O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

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UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM CIÊNCIA DA MOTRICIDADE HUMANA O PERFIL DO PERSONAL TRAINER NA PERSPECTIVA DE UM TREINAMENTO FÍSICO ORIENTADO PARA SAÚDE, ESTÉTICA E ESPORTE por DAISY RIBEIRO VENANCIO PINHEIRO Dissertação Apresentada como Pré-qualificação à Obtenção do Título de Mestre em Ciência da Motricidade Humana Orientador: Prof. Dr. Manoel José Gomes Tubino Rio de Janeiro 2000/2

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UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU

EM CIÊNCIA DA MOTRICIDADE HUMANA O PERFIL DO PERSONAL TRAINER NA PERSPECTIVA DE UM TREINAMENTO

FÍSICO ORIENTADO PARA SAÚDE, ESTÉTICA E ESPORTE

por

DAISY RIBEIRO VENANCIO PINHEIRO

Dissertação Apresentada como Pré-qualificação à

Obtenção do Título de Mestre em Ciência da

Motricidade Humana

Orientador: Prof. Dr. Manoel José Gomes Tubino

Rio de Janeiro

2000/2

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ii

DEDICATÓRIA

Ao meu marido, Celso Augusto, sempre ao meu lado, compreendendo-me

e ajudando-me a superar todas as dificuldades.

À minha mãe, Marilena, e ao meu irmão, Ricardo, pela força e incentivo

que me foi dado por toda a vida.

Ao meu pai, Manoel, onde quer que esteja, pelo amor que me dedicou.

Aos meus filhos, Fernando e Henrique, luz da minha vida.

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iii

AGRADECIMENTOS

Para o meu orientador, Prof. Dr. Manoel Gomes Tubino, que com

competência, capacidade, paciência, incentivo e grande amizade me ajudou na

realização do projeto de estudo, fazendo-me, também, desenvolver como pessoa.

Agradeço imensamente.

Para o Prof. Dr. Heron Beresford, exemplo de amizade e força de vontade.

Para o Prof. Dr. Estélio Dantas e Prof. Dr. José Fernandes Filho, amigos e

exemplos de dinamismo profissional.

Para o Prof. Dr. Olavo Feijó, Profª Drª Elaine Romero, Profª Drª Fernanda

Beltrão, Prof. Dr. Vernon Furtado, Profª Drª Nilza Macário e Prof. Ms. Paulo Soter

que tanto me incentivaram.

Para a Profª Vera Lucia de Menezes Costa, pelo incentivo e confiança

depositada.

Para o Prof. Dr. Eduardo Vianna Silva, pela compreensão e ajuda.

Para os professores colegas que tanto me incentivaram e ajudaram: Adriana

Sampaio, Mercês Nogueira, Gláucia Goulart, Acir Evaristo, Sylvio Malheiro, Adriana

Costa de Sant’Anna, Marcelo Salgado, Cássia Siqueira, José Luiz Carvalho, André

Allão, Rodrigo Castro, Antônio Chiappetta, Delma Oliveira, José Luiz Gama, Vânia

Almeida, Grace Helen Azevedo, Wilson Azevedo e Alexandre Barbosa

E a todos que direta ou indiretamente me ajudaram e/ou contribuíram

durante o estudo.

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iv

RESUMO

O Personal Training tem sido uma das metodologias de atividades físicas

mais polêmicas da última década. Nesse sentido, formulou-se este estudo, tendo

como objetivos: (a) Levantar as características pessoais de Personal Trainers; (b)

Identificar a formação técnica à atividade do Personal Trainer; (c) Levantar as

expectativas dos usuários de programas de Personal Training; (d) Analisar as ações

do Personal Trainer em relação ao Manifesto Mundial da Educação Física

FIEP/2000.

Na pesquisa, além de fazer uma passagem no Manifesto Mundial da

Educação Física FIEP/2000 , levantou-se a literatura existente sobre: a interatuação

do Condicionamento Físico e Saúde, Qualidade de Vida, a Relação entre a Estética

e Atividade Física e a Individualidade Biológica, no sentido de propiciar os

fundamentos necessários para o desenvolvimento da mesma.

Com uma amostra de 32 Personal Trainers e 40 usuários de Personal

Training, aplicou-se questionários validados por professores-validadores de

reconhecido valor na comunidade científica da Educação Física.

Após tratamento estatístico, no qual as incidências nas respostas foram

analisadas, chegou-se às conclusões da dissertação. Nesta, verificou-se um conflito

de expectativas entre Personal Trainers e usuários referentes à priorização da

estética pelos usuários e da melhora da qualidade de vida pelos profissionais

entrevistados.

O estudo ainda propôs recomendações para possíveis adequações para os

programas de Personal Training ao concluir que o Personal Training, se for

desenvolvido numa relação Personal Trainer-aluno harmoniosa, poderá contribuir

para que os seus usuários tenham um crescimento de possibilidades para uma

qualidade de vida desejável, mesmo numa sociedade complexa como a atual.

O tema do estudo: O Perfil do Personal Trainer na Perspectiva de um

Treinamento Físico Orientado para Saúde, Estética e Esporte pode ser inserido na

CMH, na área temática da Cultura e Corporeidade, seguindo a linha de pesquisa de

Análise Sócio-Cultural da Corporeidade e do Esporte, por abordar a conduta motora

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ou comportamento motor do homem como ser compreendido fenomenologicamente

enquanto profissional de Educação Física e atuante como Personal Trainer (objeto

sócio-cultural). Inserido no contexto acadêmico da Educação Física, o tema

proposto tem como objeto teórico e prático de estudo a procura do Perfil Profissional

do Personal Trainer

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vi

ABSTRACT

Personal Training has been one of the methodologies of physical activities

more controversies of the last decade. In that sense, this study was formulated, tends

as objectives: (a) To get Personal Trainers's personal characteristics; (b) To identify

the technical formation to Personal Trainer activity; (c) To get the users' expectations

of the Personal Training programs; (d) To analyze Personal Trainer actions in relation

to the World Manifesto of the Physical Education FIEP/2000.

In this research, besides doing a passage in the World Manifesto of the

Physical Education FIEP/2000, the existent literature was got up on: the connection

between Physical Conditioning and Health, Quality of Life, the Relationship between

the Aesthetics and Physical Activity and the Biological Individuality, in the sense of

propitiating the necessary foundations for the development of the same.

With a sample of 32 Personal Trainers and 40 users of Personal Training, it

was applied questionnaires validated for teachers of having recognized value in the

scientific community of the Physical Education.

After statistical treatment, in which the incidences in the answers were

analyzed, it was reached the conclusions of the dissertation. In this, a conflict of

expectations was verified between Personal Trainers and users referring to the

priority of the aesthetics for the users and of the improvement of the life quality for the

professionals interviewees.

The study still proposed recommendations for possible adaptations for the programs

of Personal Training, when ending that Personal Training, if it be developed in a

harmonious relationship between the Personal Trainer and the user, will contribute so

that the users will have a growth of possibilities for a desirable quality of life, even in

a complex society as the current.

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LISTA DE ANEXOS

I - QUESTIONÁRIO A........................................................................................ 146 II - QUESTIONÁRIO B........................................................................................ 152 III - CARTA PARA O PROFESSOR VALIDADOR................................................ 156 IV - PARECER A .................................................................................................. 158 V - PARECER B.................................................................................................... 163 VI - VALIDAÇÃO DO QUESTIONÁRIO A PARTE 1........................................... 166 VII - VALIDAÇÃO DO QUESTIONÁRIO A PARTE 2.......................................... 167 VIII - VALIDAÇÃO DO QUESTIONÁRIO B PARTE 1............................................168 IX - VALIDAÇÃO DO QUESTIONÁRIO B PARTE 2 ............................................169

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SUMÁRIO

Dedicatória...................................................................................................................ii Agradecimentos...........................................................................................................iii Resumo........................................................................................................................iv Abstract........................................................................................................................vi Lista de Anexos...........................................................................................................vii CAPÍTULO I - PROBLEMATIZAÇÃO

Introduzindo as Questões que Envolvem o Treinamento Personalizado.................................................................1

O Perfil do Personal Trainer no Contexto da CMH...............................14

Relatando os Objetivos e o Propósito do Estudo..................................15

Objetivo Geral.............................................................................15

Objetivos Específicos.................................................................16

Relacionando Alguns Termos Básicos Utilizados.................................16

Justificativa e Relevância do Estudo. ...................................................22

Delimitação do Estudo..........................................................................23

Questões a Investigar...........................................................................24

CAPÍTULO II – REVISÃO DE LITERATURA

Revisando a Literatura..........................................................................25

Revisando o Personal Training na Literatura........................................26

Apresentando o Manifesto Mundial de Educação Física FIEP/2000...................................................................................30

Dissertando sobre Aspectos Interrelacionados do Condicionamento Físico e Saúde......................................................................................32

Ampliando o Entendimento de Qualidade de Vida...............................39

Refletindo sobre Estética e Atividade física..........................................43

A Estética...................................................................................44

A Verdade Estética.....................................................................46

Motricidade e Corporeidade.......................................................50

Relacionando a Estética com o Esporte como Importante Manifestação de Atividade Física ..............................................55

Respeitando a Individualidade Biológica..............................................58 CAPÍTULO III - METODOLOGIA

Tipo de Estudo......................................................................................61

Amostras...............................................................................................62

Instrumentos do Estudo........................................................................63

Validação dos Questionários................................................................64

Esquema do Desenvolvimento do estudo ............................................65

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CAPÍTULO IV – APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

Levantamento das Informações Obtidas no Questionário “A”..............68

Levantamento das Informações Obtidas no Questionário “B”..............83 CAPÍTULO V – CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES.........................................129 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................138

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CAPÍTULO I

Introduzindo as Questões que Envolvem

o Treinamento Personalizado

A chegada do fim do século e a perspectiva do novo milênio tem levado o

mundo a profundas mudanças nas áreas tecnológica, social, cultural, esportiva e

comportamental.

Nesse contexto de mudanças, o avanço da tecnologia tem propiciado o

surgimento de equipamentos altamente sofisticados e complexos (computadores,

celulares, televisores, vídeo games, etc.), trazendo um grande nível de conforto às

pessoas. Dessa forma, na medida em que o conforto vai ocupando cada vez mais

espaço no cotidiano da vida das pessoas, elas tendem a movimentar-se cada vez

menos, aumentando a inatividade. Além disso, o tempo livre disponível para o lazer

nos grandes centros urbanos vem diminuindo consideravelmente, devido ao grande

tempo despenpedido na execução das tarefas do trabalho diário, assim como no

deslocamento casa-trabalho-casa. Acrescenta-se a isso as imposições de uma

valorizada burocracia que retém as pessoas em intermináveis filas. As atividades de

lazer passivo (cinema, teatro, televisão, vídeos, assistir jogos, vídeo games, entre

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outros) estão superando as de lazer ativo ( esporte em geral, atividades físicas,

caminhadas, andar de bicicleta, jogos de brincadeiras interativas, andar a cavalo,

etc.). Enfim, a maioria da população, segundo BLAIR et al. (1996), tem diminuído o

gasto diário de calorias, enquanto a minoria que se exercita regularmente tem se

mantido estável em termos quantitativos.

Prosseguindo com ATKINSON (2000), constata-se que a obesidade é um

dos principais problemas de saúde pública, não somente nos EUA, onde 97 milhões

de adultos são obesos (55% da população adulta), mas também nas populações das

várias nações industrializadas. “Na China, segundo os últimos números disponíveis,

um em cada dez homens (12%) é obeso (16% para as mulheres) e a tendência é

aumentar. O problema afeta também vários países da América Latina, como o

México, onde 58% da população é muito gorda e 23% obesa” (id. 2000). Essas

pessoas estão sob o risco de desenvolver um conjunto de enfermidades crônicas ou

agudas, tais como: hipertensão arterial, diabetes, doenças cardiovasculares, infarto,

doenças de vesícula, osteoartrite, asma e até certos tipos de câncer

(CARVALHO,1995).

A obesidade também é um problema crescente entre os jovens, pois os fast

foods estão cada vez mais presentes às refeições. Esse quadro é agravado nas

próprias escolas, onde cada vez menos se entende a necessidade da compreensão

pública do que são padrões corretos de nutrição, bem como a indispensabilidade da

oferta de mais oportunidades para atividades físicas e jogos, com fins educativos

que possam proporcionar lazer e saúde (CARVALHO,1995).

As relações interpessoais vem se transformando na nossa moderna

sociedade, grande parte devido ao notável avanço dos meios de comunicação de

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massa, trazendo efeitos positivos em vários aspectos da vida humana. Nesse

sentido, não só a idéia da busca da saúde, mas, também, o pelo próprio conceito de

saúde mudou, incorporando o estado de saúde curativa, a saúde preventiva e até

mesmo a promoção da saúde. Na década de 70, Kenneth Cooper, com seu método

aeróbico concebido em 1968, e com o método da Força Aérea Canadense (PIRES

GONÇALVES, 1968), voltados para obtenção da aptidão física, as atividades físicas

passaram a constituir-se em meios de condicionamento e aptidão física, numa

perspectiva de obtenção e manutenção da saúde. Atualmente, a atividade física é

considerada como um meio eficaz para um estilo de vida condutor para saúde,

principalmente quando se alia à uma educação alimentar adequada.

Além disso, estão ocorrendo modificações substanciais nas distribuições das

populações dos países desenvolvidos, em relação às faixas etárias. Pela primeira

vez na história da humanidade, o número de pessoas com idade acima dos 60 anos

será superior ao número de crianças e adolescentes com idade de 14 anos ou

menos. Embora essa mudança tenha começado nos países desenvolvidos, de

acordo com GRANATO (1999), tudo indica que, brevemente, esse fenômeno atingirá

todo o planeta. No Brasil, a previsão é que ocorra por volta de 2050, quando um

(01) entre cinco (05) brasileiros terá 60 anos ou mais (id. 1999).

PAIXÃO et al. (1997) complementa o assunto, dizendo:

Hoje, o Brasil é um país que toma consciência que o envelhecimento da sua população se dá a passos largos. Segundo dados do IBGE (1991), analisados pelo médico Renato Veras em sua tese de doutorado, defendida na Universidade de Londres, a população brasileira vai crescer cinco vezes como um todo, entre os anos 1950 e 2025, mas vai se multiplicar por 15 a população de mais de 60 anos, nesse mesmo período. E mais: o Brasil será, naquele mesmo ano, o sexto país mundial em população idosa, com 33,1 milhões de pessoas de mais de 60 anos. Superado apenas pela China, Índia, a antiga URSS, EUA e Japão. Hoje com apenas 8% da população brasileira no ano 2025, 15% da população terá mais de 60 anos. (id. 1997).

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Os profissionais da área biológica, incluindo, os de educação Física,

acreditando nesta maior expectativa de vida, investem cada vez mais em

conhecimentos e formações específicas para atuarem com os grupos de longevos.

Estes grupos requerem atendimento a necessidades específicas próprias da faixa

etária de senescentes, até então pouco conhecidas, demandando procedimentos

adequados.

Motivadas por essa gama de informações, o interesse pela busca de uma

melhor qualidade de vida torna-se imperioso, aumentando a expectativa de vida da

população.

Quando o termo “qualidade de vida” é abordado, pode-se recorrer a

DANTAS (1998) que diz : “Apenas a pessoa que vê satisfeitas suas carências

fisiológicas e de segurança perseguirá o afeto, auto-estima e auto-realização. Estas

últimas necessidades poderiam suprir-se, entre outros meios, através de um

programa de atividade física bem organizado” (id.1998,p.6-7). Pela assertiva do

autor, percebe-se que a qualidade de vida se liga invariavelmente ao conceito de

saúde, o qual já é entendido desvinculado da doença, seja nos aspectos preventivos

ou curativos. A saúde, nesta linha de pensamento, deve ser considerada como uma

das variáveis na busca da qualidade de vida. Essa percepção provocou um aumento

crescente na demanda pelos programas de atividades físicas em academias, praias,

parques, áreas livres e espaços públicos.

Embora tenha sido elaborado na Antigüidade, a sociedade contemporânea

adotou, como uma espécie de “slogan”, parte do aforismo de Juvenal “Mens sana in

corpore sano” em prol da valorização da saúde. Constatando-se na mídia e no

debate acadêmico que a atividade física nunca esteve tão discutida como nos dias

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de hoje, pode-se dizer que a expressão de Juvenal reflete a visão popular

generalizada da valorização da atividade física, da mesma forma que a ciência, hoje

voltada para a saúde, valoriza a atividade física, resgatando o conceito de Fitness

(GERALDES e DANTAS,1998) e adotando o conceito de Wellness, que segundo

MELOGRANO & KLINZING (1982), traduz-se em o “aprazimento geral do indivíduo”.

Com toda essa procura pela busca da saúde, grande parte das pessoas

começou a querer “investir nelas mesmas”, a querer usufruir do direito a uma vida

saudável, mais prazerosa. A população vem sendo informada pelos meios de

comunicação de massa que a atividade física tem sido recomendada com empenho

pelos médicos, em decorrência dos provados benefícios que traz à saúde.

Entretanto, existem fatores (falta de disponibilidade, falta de disposição e motivação,

local adequado, entre outros) que dificultam o acesso aos programas de atividades

físicas, pois é difícil superar a pressão sócio-econômica-cultural das sociedades

capitalistas, industrializadas e consumistas, conciliando um programa de atividades

físicas às necessidades individuais, ao trabalho, à família e ao lazer.

Baseando-se nas observações empíricas de PINHEIRO (2000), nota-se que,

para muitas pessoas, freqüentar uma academia ou clube torna-se um sacrifício, já

que não conseguem sentir-se à vontade nesse ambiente, por serem tímidas ou

inibidas. Existem aquelas já plenamente conscientes do valor do bem estar físico e

procuram exercitar-se, mas não dispõem de tempo, nem de estímulo externo para

iniciar um programa. Há aqueles que necessitam ter mais confiança na rotina de

exercícios que lhes é prescrita e, ainda, os que buscam os almejados resultados

estéticos, porém difíceis de serem alcançados em atividades físicas padronizadas. É

muito importante saber quando as pessoas precisam de um trabalho específico,

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6

principalmente aquele que envolve reabilitação e que, por sua natureza, inspira

cuidados especiais.

Existe, também, um fator relevante que distingue e diferencia as pessoas

umas das outras, ou seja, nunca foi observado dois seres humanos exatamente

iguais em relação às suas características genotípicas e fenotípicas. Os hábitos

alimentares, tipo de atividade profissional, estilo de vida, comportamento e

preferências variam muito entre as pessoas. Pode-se concluir que um grupo de duas

ou mais pessoas não deveria executar exercícios físicos oriundos de um mesmo

programa sem que haja uma adequação às características e histórico de vida de

cada indivíduo.

Na busca de soluções para seus problemas, a sociedade tem concentrado

suas ações na oferta de caminhos individuais, onde os atendimentos são cada vez

mais personalizados.

Para compreender melhor esta escolha de caminhos individuais, recorre-se

à linha de pensamento de LIPOVETSKY(s.d.), onde o processo de personalização

dá novo sentido à organização e orientação, gerindo novos comportamentos que

conclamam os indivíduos ao exercício do direito de realizar-se com autonomia, à

parte do que é comum. “O processo de personalização: estratégia global, mutação

geral no fazer e no querer das nossas sociedades” (LIPOVETSKY, s/d, p.10). Nesta

mutação histórica da sociedade pós-moderna reina a indiferença de massa, onde o

individualismo personalizado se torna legítimo. Há evidências, segundo o autor, que

existe uma nova fase na história do individualismo ocidental, dando sentido ao que é

novo, ao tipo de organização e de controle social, rompendo com a ordem

disciplinar-revolucionária-convencional que tanto predominou até meados deste

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século. Nesta nova fase está inserido o respeito pelas diferenças, o culto da

libertação pessoal, a livre expressão, valores que dão uma nova significação à

autonomia pessoal, manifestado na tendência de sentido de humanização, da

diversificação, da psicologização das modalidades da socialização. Esses valores

revelam um novo conceito de liberdade que permitem o livre desenvolvimento da

personalidade íntima, reconhecendo os desejos singulares, moldando, assim, as

instituições, de acordo com as aspirações dos indivíduos. Esta é a Era da

Personalização, cujo valor fundamental é o da realização pessoal e o respeito pela

singularidade subjetiva, onde o indivíduo tem valor principal não somente na esfera

econômica, política e do saber, mas nos costumes e no cotidiano.

Foi a sociedade pós-moderna, ávida de identidade, que instituiu a ruptura

com as tradições em nome do “neo-individuialismo”, deixando a apatia e a

monotonia das crenças no futuro, na ciência e na técnica e optando pelo querer viver

já e agora, “ser-se jovem em vez de forjar o homem novo” (LIPOVESTKY, s/d, p.11).

Não que a era da sociedade pós-moderna queira acabar com a era do consumo

passivo, mas no conjunto acabam colaborando para o desmoronamento da era

moderna rígida, em direção a caminhos mais flexíveis, a diversidade, a escolhas

privadas, tendo em vista o princípio das singularidades individuais.

LIPOVESTKY(s/d) analisa esta mudança comportamental, o

“neoindividualismo” da sociedade pós-moderna, como fruto do próprio processo de

personalização: o narcisismo, “conseqüência e manifestação miniaturizada do

processo de personalização, símbolo da passagem do individualismo limitado ao

individualismno total, segunda revolução individualista” (id. s.d., p.13). Esta imagem

representa perfeitamente os desejos individualistas, entretanto não se identifica com

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o indivíduo desgarrado do social, apenas simboliza uma destituição de pontos altos

coletivos, políticos e ideológicos que estão se desfazendo: “uma fase chega ao fim,

uma nova fase aparece, ligada por fios mais complexos do que à primeira vista pode

parecer, às nossas origens políticas e ideológicas” (id. s.d., p.13).

Pelas assertivas de LIPOVETSKY(s/d, p.56), “[...] o narcisismo torna

possível a assimilação dos modelos de comportamento apurados por todos os

ortopedistas da saúde física e mental: instituindo um «espírito» vergado à formação

permanente, o narcisismo coopera na grande obra de gestão científica dos corpos e

das almas”.

É a era da produção do sujeito pela personalização do corpo “[...]promovido

à categoria de verdadeiro objeto de culto” (LIPOVETSKY, s/d,p.57). Este mesmo

autor diz, ainda:

Investimento narcísico do corpo directamente legível através de mil práticas quotidianas; angústia da idade e das rugas (C.N.. pp.351-367); obsessões com a saúde, com a «lina», com a higiene: rituais de controlo (check-up) e de manutenção (massagens, sauna, desportos, regimes); cultos solares e terapêuticos (sobreconsumo de cuidados médicos e de produtos farmacêuticos), etc. Incontestavelmente, a representação social do corpo sofreu uma mutação cuja profundidade pode já ser posta em paralelo com o abalo democrático da representação de outrem; é o advento deste novo imaginário social do

corpo que resulta o narcisismo.” (id. s/d, p.57-58).

É o corpo mudando sua condição de materialidade em proveito da sua

identificação com a pessoa, ou seja, com o ser-sujeito. Complementando com o

mesmo autor:

O corpo já não designa uma abjeção ou uma máquina, designa a nossa identidade profunda da qual não há motivo para ter vergonha e que pode, portanto, exibir-se nua nas praias ou nos espetáculos, na sua verdade natural. Enquanto pessoa, o corpo ganha dignidade; devemos respeitá-lo, quer dizer zelar pelo seu bom funcionamento, lutar contra a sua obsolescência, combater os signos da sua degradação através de uma constante reciclagem cirúrgica,

desportiva, dietética, etc” (LIPOVETSKY, s/d, p.58).

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Inspirado na tese de LIPOVETSKY (s/d), pode-se dizer que os cuidados com

o corpo refletem o imperativo da juventude, a luta contra o tempo, contra o

envelhecimento, contra o desgaste, contra o seu mau funcionamento. Conservar-se,

manter-se jovem, não envelhecer é o “imperativo da funcionalidade pura, o mesmo

imperativo de reciclagem, o mesmo imperativo de dessubstancialização, espiando os

estigmas do tempo, a fim de dissolver as heterogeneidade da idade” (id. s/d, p.58-

59). Isso é a finalidade de um sistema personalizado: ganhar tempo e ganhar contra

o tempo.

Procurando satisfazer as aspirações pessoais dos indivíduos que querem

manter-se jovens e saudáveis, dentro de uma ótica mercadológica de oferta e

demanda, a prática de exercícios veio evoluindo ao longo dos anos, passando pela

ginástica calistênica, musculação, ginástica aeróbica, ginástica localizada, step,

hidroginástica, body-pump, entre outros, além de todas as práticas esportivas, quer

sejam individuais ou coletivas (PINHEIRO,1998). Os profissionais de Educação

Física, na tentativa de melhorar suas perspectivas de atendimento, neste

contextualizado processo de personalização, viram-se obrigados a mesclar as

diversas metodologias de aplicação de exercícios, tanto cadiopulmonar quanto

neuromuscular, a fim de promover uma maior variação de atividades físicas, fazendo

com que as pessoas não perdessem o interesse pela sua prática, assim como

atingissem seus objetivos e necessidades individuais.

Portanto, tornou-se inevitável o surgimento do que se chamou “Treinamento

Personalizado”, mais conhecido na versão inglesa como “Personal Training”. Nada

mais sendo que um programa de exercícios físicos personalizados, elaborado de

acordo com os objetivos e necessidades individuais, acompanhado por um

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profissional habilitado e, dentro do possível, levado a efeito em locais onde a pessoa

possa sentir-se relaxada e receptiva a este programa. Pode-se dizer que o Personal

Training é caracterizado como a busca de aperfeiçoamento físico – englobando o

Fitness (GERALDES e DANTAS,1998) e o Wellness (MELOGRANO & KLINZING,

1982), despontando na segunda metade da década de 90.

Atualmente, há uma crescente procura por profissionais especializados

nesta área, que buscam atender as necessidades e expectativas em relação à forma

física e saúde da população. Pelo poder da moda, pelos exemplos e resultados

alcançados por algumas pessoas públicas que contrataram este tipo de prestação

de serviço, está ocorrendo a popularização do Personal Trainer (profissional de

Educação Física que atua na área do Personal Training), antes só acessível a esses

poucos privilegiados. Tornou-se uma atividade mais abrangente, em termos

populacionais, constituindo-se numa importante especialização da área de

Educação Física que traz importantes benefícios às pessoas.

O Personal Training surge como um indicativo de que a Educação Física

está acompanhando a evolução social - a Era da Personalização abrangida por

LIPOVETSKY (s/d).

Cada vez mais, o Personal Training vem conquistando seu espaço nas

esferas sociais e, atualmente, pode ser considerado um alvo de consumo da

sociedade. A classe média alta adota o método de forma particular entre as pessoas

e as academias, por sua vez, sentindo o forte retorno financeiro que poderiam obter,

logo trataram de incentivar e disponibilizar esse tipo de atividade.

O Personal Training, graças ao nível de remuneração alcançada e ao

sentimento de realização que possibilita, tornou-se uma das especializações mais

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cobiçadas pelos profissionais de Educação Física, segundo dados da ABPT –

Associação Brasileira de Personal Trainers (1999). Tanto que os profissionais que

atuam como Personal Trainers, diante da grande oportunidade de ascensão

profissional, começaram a investir em si mesmos, procurando cursos de pós-

graduação e inovando no mercado. Surgiram, então, os Centros de Treinamento

Personalizado ou Estúdios de Treinamento Personalizado ou, ainda, Estúdios de

Personal Training, espaços destinados à prática de atividades físicas de acordo com

os limites, objetivos e necessidades dos clientes. As sessões para a prática das

atividades são destinadas a pequenos grupos, sempre acompanhados por

profissionais experientes. Nesses centros, de um modo geral, há locais específicos

para a realização da avaliação física, além da indispensável avaliação nutricional,

levada a efeito por profissional capacitado. Assim, esses “espaços” contam com

uma equipe multidisciplinar, que poderia agregar, ainda, a valiosa ajuda de vários

outros profissionais como: psicólogos, cardiologistas, ortopedistas, entre outros, de

forma a atender o nível de exigência dos professores e adequando-se ao esquema

de trabalho a ser realizado com os clientes.

Devido a grande velocidade das mudanças, não foi possível se desenvolver

estudos aprofundados no assunto que pudessem esclarecer e respaldar todos os

aspectos e particularidades do Personal Training, inclusive em relação ao perfil do

profissional que atua nesse campo de atividade. Diante do alargamento do campo

de atuação do profissional de Educação Física, que fez surgir essa ocupação

específica para prover o atendimento personalizado – Personal Training, surgiu a

necessidade de investigar-se essa área de atuação no mercado de trabalho.

Page 21: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

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Por outro lado, os cursos de especialização e de extensão em Personal

Training são ministrados por professores em todo Brasil, segundo suas próprias

conveniências e idiossincrasias, sem terem como referência propósitos orientadores

que possam promover a convergência entre os cursos. Dessa forma, o aprendizado

proporcionado por esses cursos tende a ficar prejudicado e sua formação não estará

apoiada em procedimentos e técnicas que sigam um conteúdo significativo, criando

certa insegurança, já que os formandos nunca terão a certeza se os conhecimentos

adquiridos são de fato os que melhor contribuem para o desenvolvimento do seu

trabalho.

Outra observação importante desta análise conjuntural é o lançamento do

Manifesto Mundial de Educação Física FIEP/2000, editado pela Fédération

Internationale d’Education Physique (FIEP) em janeiro de 2000. Nesse Manifesto

foram desenvolvidos capítulos específicos sobre a renovação do conceito da

Educação Física, a Educação Física na perspectiva da Educação Continuada e as

Relações da Educação Física com o Esporte, os quais evidenciam novas

expectativas das atividades físicas. Essas novas proposições também passaram a

exigir um repensar sobre o perfil do Personal Trainer.

Diante do apresentado até o momento, tornou-se imperiosa a necessidade

de se definir o perfil desejável do Personal Trainer para que mais adiante, possam

ser também definidos os conceitos e metodologias a serem aplicados e que poderão

vir a contribuir para a melhora da qualidade dos serviços prestados por esses

profissionais.

Surgiram, então, preocupações em relação à qualidade do atendimento aos

usuários de Personal Trainers, principalmente em relação aos grandes centros

Page 22: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

13

urbanos. Pergunta-se: os usuários estão satisfeitos com o atendimento de seus

professores ? A atuação do profissional do Personal Training está sendo adequada

e bem aplicada ?

Enfim, nessa conjuntura, encontra-se o problema do estudo: quem é o

Personal Trainer que está atuando nos grandes centros urbanos brasileiros, nesse

momento de mudanças em relação às atividades físicas das pessoas ? Qual é o

perfil ideal para esse profissional ?

Todos esses questionamentos vão ao encontro da necessidade de se

descobrir as particularidades inerentes ao Personal Trainer para que se possa criar

um perfil para o mesmo. Compreender o conceito de Personal Training e aplicá-lo

não é suficiente, pois a questão do estudo, o que é ser um Personal Trainer, está

relacionada à identificação do seu perfil profissional, para que, assim, possa ser

determinado o embasamento teórico necessário à sua formação e forma de atuação.

Além disso, o estudo, para que ganhe ainda mais sentido, deverá propiciar

uma proposta de adequação do Personal Training ao novo entendimento da

Educação Física, na sua interatuação como meio eficaz para a promoção da saúde

e estética.

Page 23: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

14

O Perfil do Personal Trainer no Contexto da

Ciência da Motricidade Humana (CMH)

É necessário compreender a fenomenologia do Personal Trainer como

objeto teórico e formal da CMH, mais especificamente como objeto sócio-cultural,

verificando, analisando, interpretando e classificando suas condutas motoras

intencionais, considerando-se a procura de um perfil ideal para esse profissional e o

meio pelo qual irá desenvolver-se o objeto de estudo do tema proposto. O valor do

Personal Trainer é atribuído à qualidade desse profissional que, por meio de seus

serviços, pode suprimir, de forma positiva, as carências e necessidades de seus

usuários, bem como as suas próprias, melhorando assim a qualidade de vida dos

mesmos. Não só os profissionais, mas também a sociedade serão beneficiados com

as informações obtidas pelo estudo do tema proposto, pois os professores que

tiverem a intenção de trabalhar como Personal Trainers terão mais condições de se

qualificarem adequadamente, podendo otimizar seus trabalhos, atendendo às

exigências de mercado e passando a transmitir maior credibilidade à sociedade, já

que passam a oferecer serviços de melhor qualidade.

O tema do estudo: O Perfil do Personal Trainer na Perspectiva de um

Treinamento Físico Orientado para Saúde, Estética e Esporte pode ser inserido na

CMH, na área temática da Cultura e Corporeidade, seguindo a linha de pesquisa de

Análise Sócio-Cultural da Corporeidade e do Esporte, por abordar a conduta motora

ou comportamento motor do homem como ser compreendido fenomenologicamente

enquanto profissional de Educação Física e atuante como Personal Trainer (objeto

sócio-cultural). Inserido no contexto acadêmico da Educação Física, o tema

Page 24: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

15

proposto tem como objeto teórico e prático de estudo a procura do Perfil Profissional

do Personal Trainer.

Relatando os Objetivos e o Propósito do Estudo

Como o estudo supõe uma investigação a cerca do campo de atuação do

Personal Trainer, identificando os principais fatores que caracterizam um modelo

desejável deste profissional no renovado contexto da Educação Física, os objetivos

deste estudo são:

Objetivo Geral

Investigar o campo de atuação do Personal Trainer, identificando os

principais fatores que caracterizam o seu Perfil Profissiográfico e, em função do

obtido, propor pressupostos teóricos que possam adequar a atuação deste

profissional ao renovado conceito de Educação Física, estabelecido no Manifesto

Mundial FIEP/2000 de Educação Física.

Page 25: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

16

Objetivos Específicos

1. Levantar as características pessoais de Personal Trainers.

2. Identificar a formação técnica à atividade do Personal Trainer.

3. Levantar as expectativas dos usuários de programas de Personal Training.

4. Analisar as ações do Personal Trainer em relação ao Manifesto Mundial

FIEP/2000 de Educação Física.

Relacionando Alguns Termos Básicos Utilizados

Existem vários conceitos utilizados e que são muito próximos em seus

significados, não havendo a necessidade de se adotar apenas um conceito. Dessa

forma, a compatibilização destes conceitos permitirá uma interpretação do que é

Personal Training e Personal Trainer.

Personal Training

- Aula particular (MONTEIRO, 1998).

- Um programa de exercícios físicos personalizado, elaborado de acordo com os

objetivos e necessidades individuais, acompanhado por um profissional habilitado

(PINHEIRO,1999).

- É caracterizado como a busca de aperfeiçoamento físico (PINHEIRO,1999).

Page 26: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

17

- Treinamento personalizado (PINHEIRO,1999).

- A área da Educação Física que o Personal Trainer atua.

- Processo de aplicação e execução de testes e tarefas realizados de maneira

sistemática e individualizada; atendimento personalizado (NOVAES & VIANNA,

1998).

- Atividade física desenvolvida com base em um programa particular, especial, que

respeita a individualidade biológica, preparada e acompanhada por profissional de

educação física, realizada em horários preestabelecidos para, com segurança,

proporcionar um condicionamento adequado, com finalidade estética, de

reabilitação, de treinamento ou de manutenção da saúde (DOMINGUES, 1998).

- Processo permanente de manutenção do condicionamento físico como fator

indispensável à obtenção da saúde, em busca da qualidade de vida (COSSENZA &

CONTURSI, 1998).

- Treinamento físico individualizado (OLIVEIRA,R., 1999).

Personal Trainer

- É o profissional de Fitness licenciado em Educação Física, qualificado a

desenvolver e prescrever programas de treinamento físico individualizado,

preferencialmente com conhecimentos nas áreas de treinamento desportivo,

fisiologia do exercício, anatomia e biomecânica do movimento (OLIVEIRA, R., 1999).

- É o profissional habilitado que trabalha com Personal Training (PINHEIRO,1999).

Page 27: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

18

Os profissionais que atuam como Personal Trainers devem dominar conhecimentos

de áreas distintas e, se necessário, dispor de uma equipe multidisciplinar para

oferecer um melhor atendimento a seus clientes (NOVAES & VIANNA, 1998).

- Profissional com conclusão do curso de Educação Física, que tem em geral quatro

anos e meio, acrescido de algumas especializações e estágios em diferentes áreas

(DOMINGUES, 1998).

Outros termos a esclarecer:

Centro de Treinamento Personalizado ou Estúdios de Personal Training

- Espaço equipado com o mínimo de aparelhagem de treinamento físico, destinado à

prática de atividades físicas personalizadas, objetivando proporcionar melhor

atendimento, aprimoramento de resultados, favorecimento do bem estar dos

indivíduos, da aquisição do hábito de praticar atividades físicas, bem como da

tomada de consciência das suas necessidades para tal (ABPT, 1999).

Saúde

- BOUCHARD (1990) define saúde como um estado de bem estar geral, incluindo

muitos aspectos, entre eles: físico, psicológico, sociais, emocionais, espirituais e

ambientais.

- Para a Organização Mundial de Saúde (OMS,1995), a definição de saúde é mais

do que não se padecer de nenhuma moléstia, é usufruir de bem-estar; é o atingir-se

Page 28: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

19

o nível de capacidade “física, emocional, intelectual e social” que se responsabilizará

pelo aprazimento geral do indivíduo – Wellness (DANTAS, 1998).

- BLAIR et al (1994) diz que saúde, além de não ser a ausência de doença, deve ser

também a capacidade de desenvolver as atividades da vida diária sem dificuldades,

desfrutando-se das mesmas.

- Saúde é um processo de preservação permanente pela vida, desenvolvido em

conjunto com a inter-relação dos aspectos do corpo, mente e sentimentos (EDLIN e

GOLANTY, 1992).

Qualidade de Vida

- O conceito individual de qualidade de vida depende das carências que a pessoa

apresenta. Pode-se, por conseqüência, definir o nível de qualidade de vida ideal

como o grau ótimo de atendimento das necessidades existentes em cada um de nós

(DANTAS, 1998).

- Grau maior ou menor de satisfação das carências pessoais; observa-se que a

busca pela boa qualidade de vida consiste mais claramente em visar situações

prazerosas e menos em evitar aborrecimentos ou vivências problemáticas

(DANTAS, 1998).

- Em comunicação pessoal com TUBINO (2000), qualidade de vida das pessoas

será uma resultante da harmonização do estilo de vida, da saúde e dos indicadores

coletivos de qualidade de vida, tais como índice de desenvolvimento humano, índice

de pobreza, segurança, educação, relação com o meio ambiente, renda per capita e

outros.

Page 29: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

20

- KAGAN & KAGAN (apud ALVAREZ, 1996) consideraram quatro dimensões da

qualidade de vida: profissional, sexual, social e emocional.

- PENCKOFER & HOLMS (1984), defendem que a qualidade de vida pode ser

medida pela satisfação com a vida percebida pelos indivíduos, incluindo satisfação

com a família, com a vida social, sexual e as satisfações com as atividades físicas e

trabalho.

- Para NAHAS (1996), a inter-relação mais ou menos harmoniosa de inúmeros

fatores que moldam e diferenciam o cotidiano do ser humano resulta numa rede de

fenômenos, pessoas e situações que, abstratamente, pode ser chamada de

qualidade de vida.

- Apesar da proliferação de instrumentos e o crescimento rápido da literatura voltada

para medir a qualidade de vida (GEORGE & BEARON, 1980; GUYATT et al, 1993),

não existe uma concordância no seu significado. Na literatura médica, o termo

qualidade de vida tem sido usado para distinguir diferentes pacientes ou grupos de

pacientes.

- Vários autores salientam que a qualidade de vida é diretamente proporcional ao

status funcional, que é traduzido basicamente pela capacidade de desenvolver

atividades diárias.

- KAPLAN & BUSH (1982), introduziram o termo "qualidade de vida relacionada à

saúde" para separar os efeitos da saúde, da satisfação no emprego, meio ambiente

e outros fatores que influenciam na percepção da qualidade de vida.

- Para GILL & FEINSTEIN (apud ALVAREZ,1996), fatores diretamente relacionados

à saúde, tais como, bem-estar físico, funcional, emocional, bem-estar mental, estão

Page 30: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

21

incluídos no conceito de qualidade de vida, bem como outros elementos: trabalho,

família, amigos, e outras circunstâncias da vida.

CMH – Ciência da Motricidade Humana

- Ciência da Motricidade Humana é a área do saber, de forma interdisciplinar e

através dos mecanismos cognoscitivos da pré-compreensão, da compreensão

fenomenológica e da explicação fenomênica, que estuda as múltiplas possibilidades

intencionais das condutas motoras do Ser do Homem em uma perspectiva

ontológica, êntica, ôntica, antropológica e axiológicamente concebida a partir de

suas complexas necessidades ou carências de natureza: física/biológica,

bioenergética, psicológica, social/cultural, cósmica e humana ou enquanto pessoa

humana (Conceito emitido na Proposta do Curso de Mestrado da Universidade

Castelo Branco/1997).

Page 31: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

22

Justificativa e Relevância do Estudo

O Personal Training é uma das especializações cujo espaço de ocupação

profissional é um dos mais procurados pelos profissionais de Educação Física e, por

isso, merece um estudo que leve à identificação das características necessárias ao

Personal Trainer, bem como à sua formação técnica e os conhecimentos

indispensáveis aos trabalhos de Personal Training. A literatura nacional existente

sobre Personal Training conta com poucos estudos, havendo, inclusive, a

recomendação, por parte de alguns autores, MONTEIRO (1998), PEREIRA COSTA

e TUBINO em NOVAES e VIANNA (1998), GALVÃO em DOMINGUES (1998), que o

assunto seja pesquisado com maior profundidade.

Considerando o valor do Personal Training no mercado profissional da

Educação Física, atualmente, espera-se que, não só os profissionais, mas também a

sociedade, sejam beneficiados com as informações obtidas pelos resultados desse

estudo, pois os profissionais que tiverem a intenção de atuar como Personal Trainers

terão mais condições de se qualificarem adequadamente, podendo desenvolver

melhores trabalhos, atendendo às exigências do mercado e passando a transmitir

maior credibilidade à sociedade por oferecerem serviços de melhor qualidade.

Além disso, os resultados da pesquisa poderão ser considerados como

referencial teórico quanto aos objetivos da formação desse profissional, adequando-

se sua atuação ao renovado conceito de Educação Física, estabelecido no

Manifesto Mundial de Educação Física FIEP/2000.

Esse estudo poderá, ainda, contribuir para implementar uma nova imagem

Page 32: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

23

ao profissional de Educação Física, uma vez que este passará a ser identificado por

sua competência e comprometimento com a educação continuada, saúde, estética e

esporte, além de cientificá-lo quanto as suas reais responsabilidades e atitudes

esperadas por parte de seus usuários.

Delimitação do Estudo

A pesquisa delimitou-se ao estado do Rio de Janeiro na aplicação do

instrumentos do estudo, onde se localiza uma grande parte das propostas de

Personal Training do país.

A população da pesquisa foi constituída de Personal Trainers atuantes,

graduados em Educação Física, de ambos os sexos, fixando-se apenas nos

graduados em Educação Física, já que após a Regulamentação do Profissional de

Educação Física, pela lei 9.696/98, somente estes podem atuar no trabalho de

Personal Training.

Page 33: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

24

Questões a investigar

É necessário compreender a atuação do Personal Trainer como um campo

de investigação pertinente à CMH, mais especificamente em termos sócio-culturais,

os quais remetem a uma interpretação dos seus serviços. Nessa linha de raciocínio,

o estudo apresentou as seguintes questões:

1. Quais são as principais características pessoais do Personal Trainer ?

2. Qual a formação técnica necessária à atividade do Personal Trainer ?

3. Quais são as expectativas dos usuários de Personal Training ?

4. Onde o Manifesto Mundial FIEP/2000 de Educação Física se

interrelaciona com o Personal Training ?

Saber se o profissional de Educação Física, apenas graduado, pode atuar

como Personal Trainer é uma informação que contribuirá na questão da exigência ao

Personal Trainer ter ou não uma Especialização Lato Sensu.

Page 34: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

25

CAPÍTULO II

Revisando a Literatura

O estudo, para que atingisse seus objetivos, necessitou de aprofundamentos

em alguns tópicos, os quais forneceram os elementos e pressupostos teóricos para

o seu desenvolvimento. Nesse sentido, iniciou-se com uma revisão literária sobre o

Personal Training e por uma passagem no Manifesto Mundial de Educação Física

FIEP/2000 para o enquadramento das atividades de Personal Training nesta

renovada visão da Educação Física. Depois, achou-se importante passar por uma

revisão sobre a interatuação do Condicionamento Físico e Saúde, Qualidade de

Vida, a Relação entre a Estética e Atividade Física e, finalizando com uma revisão

sobre a Individualidade Biológica.

Page 35: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

26

Revisando o Personal Training na Literatura

CAGIGAL(1981) previu para os anos 90 que a prática esportiva alcançaria o

nível ideal, realizando a promoção de “esporte escolar para todos”, o “planejamento”,

o “esporte federado”, assim como o desenvolvimento das estruturas básicas como o

Personal Trainer. Como pode observar-se, sem dúvida alguma, as expectativas de

CAGIGAL(1981) em relação ao Personal Trainer foram alcançadas, pois o

surgimento dessa especialidade na área da Educação Física ocorreu no final da

década de 80 e início de 90. O Personal Trainer, atualmente, está em plena

atividade e tem representatividade na Educação Física.

Não se pode deixar de citar, no presente subtópico, a ABPT - Associação

Brasileira de Personal Trainers. Fundada pelo Professor de Educação Física

ANDRÉ GALVÃO, em 1997, a ABPT foi criada com o objetivo de congregar os

profissionais que atuam como Personal Trainers, resguardando a sociedade dos

leigos que se fazem passar como Personal Trainers, pois naquela época a

Educação Física ainda não era regulamentada e o mercado estava cheio de “falsos

profissionais”, colocando em risco a saúde da população, bem como a imagem e o

conceito do profissional de Educação Física. Com a Regulamentação, finalmente, o

Personal Training tornou-se uma área específica dos Profissionais da Educação

Física.

No Brasil, a literatura nacional existente sobre Personal Training, apresenta-

se de forma escassa e eminentemente técnica, sendo que já foram publicados as

seguintes obras: SILVA (1995), BRASS (1995), RODRIGUES (1996), CARVALHO e

Page 36: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

27

COSSENZA (1997), GUEDES JR. (1997), DELIBERADOR (1998), MONTEIRO

(1998), NOVAES e VIANNA (1998), RODRIGUES e CONTURSI (1998),

DOMINGUES FILHO (1998), MOSCATELO (1998), O´BRIEN (1999), OLIVEIRA R.

(1999), PORTO (2000).

Em todos os livros supracitados, foi abordado o fator estético como

prioridade para demanda dos usuários de um programa de Personal Training.

Em pesquisa realizada com alunos de academias do Rio de Janeiro (BING-

BIEHL,1989), constatou-se que 78% procuravam a atividade física para emagrecer,

12% para ganhar massa muscular, 4% procuravam na academia a chance de se

socializar e apenas 6% encaravam a atividade que iriam iniciar como um modo de se

obter e manter a saúde. Um outro estudo feito em algumas academias da zona sul

do Rio de Janeiro (id. 1989), classe social média inferior e superior (IBOPE,1989),

72% dos freqüentadores das academias tomou a decisão emotivamente como

modismo e estética e apenas 9% por fatores ligados à saúde.

Outra pesquisa feita pelos estudantes de Educação Física, da UNESA-RJ

(apud RODRIGUES e CONTURSI, 1998), com alunos de Personal Trainers das

principais academias da Zona Sul do Rio de Janeiro, 70% das pessoas que

contrataram Personal Trainers procuravam este tipo de trabalho para emagrecer

e/ou por estética; 12% com fins terapêuticos; 8% para ganhar massa muscular; 6%

encaravam a atividade como meio de obter saúde e 4% por outros fatores: modismo

ou não gostavam de fazer exercícios ou preparação física. Assim sendo, 78% dos

entrevistados contrataram um Personal Trainer visando alcançar resultados

estéticos.

Nestas duas pesquisas citadas, o fator estético mostrou-se como o de maior

Page 37: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

28

procura de atividade física pelas pessoas. Esses dados encontrados, segundo

BING-BIEHL(1989), podem ser compreendidos pela condição de ser o Brasil um

país de clima predominantemente tropical, dispensando atenção especial à estética

(BING-BIEHL, 1989). Entretanto, o autor se fixou num argumento que não justifica o

fato encontrado, pois a questão é mais de razão cultural do que pelo clima favorável.

Apesar dos altos índices encontrados nessas pesquisas, apontando a

estética como o maior motivo pelo qual as pessoas têm procurado uma atividade

física, os livros sobre Personal Training não apresentam conteúdo de acordo com o

principal objetivo - a estética. Apenas GUEDES JR. (1997) e RODRIGUES e

CONTURSI (1998) apresentam a estética como motivo mais forte para a procura,

sendo que de maneira resumida.

Embora os autores concordem em ser esse o principal objetivo pelo qual

uma pessoa procura um Personal Trainer, tratam em seus livros de alguns aspectos

direcionados ao condicionamento físico visando a saúde, como tantos outros livros

sobre atividade física, sendo que alguns têm abordagens mais aprofundadas como:

NOVAES e VIANNA (1998); MONTEIRO (1998); DOMINGUES FILHO (1998) e

O´BRIEN (1999).

É interessante verificar que os autores, mesmo apresentando a estética

como o primeiro objetivo pelo qual o Personal Trainer é procurado, não o colocam

como prioridade em suas obras, nem o apresentam como referência à cultura que

norteia a valorização do corpo.

Em relação às características pessoais do Personal Trainer, a criatividade, a

capacidade de comunicação e a experiência foram citadas como umas das

principais do Personal Trainer por RODRIGUES (1996), DOMINGUES FILHO

Page 38: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

29

(1998), RODRIGUES e CONTURSI (1998), O´BRIEN (1999) e OLIVEIRA R. (1999),

referindo-se, ainda, a esse profissional como um profissional diferenciado da área da

Educação Física.

NOVAES e VIANNA (1998) e MONTEIRO (1998) não citam as duas

primeiras características pessoais supracitadas de maneira direta, mas tocam no

assunto, relacionando-as com a motivação, que deve ser mantida durante todo o

treinamento personalizado.

Alguns autores, ainda apontam como características do Personal Trainer:

ser motivador, ter posição de confiança e responsabilidade, profissionalismo, bom

senso, bom relacionamento com o aluno, estilo pessoal e competência (NOVAES e

VIANNA, 1998; DOMINGUES FILHO, 1998; O´BRIEN, 1999; OLIVEIRA,R., 1999).

Em relação à formação técnica do Personal Trainer, vários autores o

classificam como um profissional diferenciado, não só quanto aos aspectos

pessoais, mas também quanto aos conhecimentos específicos exigidos

(RODRIGUES, 1996; DOMINGUES FILHO 1998; RODRIGUES e CONTURSI, 1998;

O´BRIEN, 1999; OLIVEIRA, R.,1999).

Percebe-se na literatura uma unanimidade em considerar-se o Personal

Trainer como um profissional graduado em Educação Física, apontando ainda que

este profissional deve possuir alguns conhecimentos específicos. Os conhecimentos

específicos mais citados são: treinamento desportivo, fisiologia do exercício,

biomecânica, prescrição de exercícios, anatomia, avaliação física, marketing

pessoal, ciências dos esportes, nutrição e psicologia.

Os autores não indicam, em suas obras, se o Personal Trainer deve ou não

ser um especialista (título resultante de uma Pós-Graduação Lato Sensu). Mas, em

Page 39: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

30

contrapartida, todos assinalam alguns conhecimentos específicos que consideram

relevantes para a execução dos trabalhos de Personal Training.

Apresentando o Manifesto Mundial de Educação Física FIEP/2000.

O Manifesto Mundial de Educação Física FIEP/2000 (FÉDÉRATION

INTERNATIONALE D’EDUCATION PHYSIQUE - FIEP, 2000) reuniu idéias que há

tanto vinham sendo debatidas e discutidas no meio acadêmico da Educação Física.

Idéias estas que fundamentam a renovada visão da Educação Física em seu sentido

mais amplo: o reconhecimento do homem como um ser passível de influências

físico-psico-sociais geradas pela interatuação e inter-relação entre o seu corpo, sua

mente e o ambiente onde vive, ou seja, o renovado conceito de Educação Física

abrange o homem na sua totalidade.

O Manifesto reconhece que a Educação Física é um direito fundamental de

todos e deve ser vista como um processo de Educação Permanente. Isso leva a

entender que a atividade física dirigida é considerada um meio efetivo de Educação

seja qual for a idade do praticante e a finalidade do processo de Educação. Dessa

forma, a Educação Física pode ser encarada como um processo de

desenvolvimento humano que se utiliza de exercícios e atividades de lazer ativo ao

longo das vidas das pessoas.

O Manifesto (FIEP,2000) diz: a Educação Física “[...] ao Reconhecer que

práticas corporais relacionadas ao desenvolvimento de valores podem levar a

Page 40: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

31

participação de caminhos sociais responsáveis e busca da cidadania [...]“(id. cap.II,

art. 2). Essa citação mostra a Educação Física como um meio efetivo para a

formação integral dos indivíduos (crianças, jovens e adultos), tendo como principais

objetivos: corpo são e equilibrado; aptidão para a ação e valores morais.

Além de ser reconhecida na perspectiva de Educação Permanente do ser na

sua totalidade, a Educação Física promove “[...]uma educação efetiva para a saúde

e ocupação saudável do tempo livre e lazer [...]” (FIEP,2000, cap.II, art. 2), quando

oferece opções para prática de atividades e o conhecimento necessário para a

execução das mesmas, desenvolvendo o hábito para a prática de forma regular nas

pessoas, seja por meio do Esporte-Educacional e do Esporte-Lazer ou de Tempo

Livre.

Assim sendo, a Educação Física “[...] Constitui-se num meio efetivo para a

conquista de um estilo de vida ativo dos seres humanos [...]”(FIEP,2000, cap.II, art.

2), “[...] contribuindo para a qualidade de vida de seus beneficiários [...]“(id. 2000,

cap.VII, art. 7).

De acordo com os conceitos apresentados pelo Manifesto Mundial de

Educação Física FIEP/2000 e considerando que as atividades provenientes do

Personal Training são desenvolvidas tratando as pessoas na sua totalidade;

segundo a individualidade biológica de cada um (genótipo e fenótipo); objetivando a

saúde e/ou a estética e/ou o condicionamento físico; visando o bem estar geral das

pessoas (corpo e espírito); objetivando melhorar a qualidade de vida;

proporcionando o desenvolvimento do hábito salutar da prática de atividades físicas;

e sempre de acordo com o processo de Educação Permanente, o Personal Training

deve ser entendido, também, como um dos processos da Educação Física que

Page 41: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

32

permitem o desenvolvimento humano – sua formação integral, o alcance de

aspirações relacionadas com a estética, além de, preventivamente, atuar na redução

de enfermidades resultantes da obesidade, doenças cardíacas, algumas formas de

câncer e depressão. Portanto, está plenamente inserido no renovado conceito de

Educação Física, expresso pelo Manifesto Mundial de Educação Física FIEP/2000.

A Educação Física desenvolvida de forma consciente, respeita as diferenças

bio-psico-sociais, ou seja, as individualidades de cada um e não dicotomiza o ser

humano, não separando o corpo físico do mental, entendendo que ambos funcionam

de modo integral. Assim sendo, Personal Training ou Treinamento Personalizado

traz em seu significado o sentido da Educação Física, cujo profissional tem o

compromisso com a formação e o desenvolvimento do ser humano.

Dissertando Sobre Aspectos

Interrelacionados do Condicionamento Físico e Saúde

Tomando como referência as antigas formas de se obter condicionamento

físico, vê-se que há muito tempo o homem se preocupa com o seu corpo.

Entretanto, o corpo não era considerado apenas uma “massa física”, mas sim um

estado sólido do ser do homem, onde os antigos consideravam o corpo como um ser

pulsante, um organismo vivo possuindo corpo e espírito, passível de influências

externas e possíveis mudanças internas (RIBEIRO,1998).

Page 42: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

33

GERALDES e DANTAS (1998), analisando o passado das práticas das

atividades físicas, disseram:

Os motivos e a evolução dos métodos e objetivos que levam o homem à busca da atividade física, vêm de épocas remotas. O conceito de totalidade orgânica tem ganho adeptos desde a antiga Grécia. CLARKE (1976) cita que no século V antes de Cristo, os atenienses reconheciam a necessidade do equilíbrio mental, social e físico. Os mesmos ideais foram apregoados, diversos séculos mais tarde, por filósofos europeus como Locke e Rousseau. (GERALDES e DANTAS, p.2).

Segundo esses mesmos autores, além dos gregos, os romanos, no século I

da Era Cristã, anunciavam essa necessidade de equilíbrio mental, social e físico

através de parte do aforismo de Juvenal, que ofereceu a expressão mens sana in

corpore sano.

Na era contemporânea, o condicionamento físico foi cultuado nos períodos

de guerras (Guerra Civil Americana e a Primeira Guerra Mundial). Nessa época, os

pesquisadores do assunto eram médicos e tinham como objetivo principal melhorar

o desempenho físico dos homens que iam para os confrontos, ou seja, visavam o

homem bem condicionado fisicamente para as batalhas. Paralelamente, os

treinadores recebiam as influências dos tipos de preparação física direcionados para

os homens que participavam dos confrontos. Os estudiosos passaram a analisar os

resultados obtidos nos treinamentos dessas competições e, a partir daí, o

treinamento físico foi evoluindo e aperfeiçoado.

Os anos de 1912 e 1930 foram caracterizados pelo surgimento de

diferenciados métodos de treinamento que, de um modo geral, tornaram-se

sistematizados. O treinamento finlandês, pioneiro na sistematização de treinamento

para atletas, contribuiu para o desenvolvimento do condicionamento físico. Além

das situações de guerra, houve um importantíssimo confronto de desempenho físico

Page 43: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

34

entre os EUA e outras potências mundiais, que contribui muitíssimo para a ciência

aplicada ao treinamento físico. Provocados pelos maus resultados dos estudantes

americanos nas provas propostas no confronto oportunizado por uma pesquisa, os

EUA criaram o President’s Council on Physical Fitness and Sports, órgão que tinha

como objetivo informar e alertar à população americana sobre o perigo nacional

desses resultados e acionar, dinamicamente, um ofensivo programa de longo prazo,

a fim de solucionar tal problema (GERALDES e DANTAS,1998).

Após a Segunda Grande Guerra, houve um considerado desenvolvimento da

Educação Física, em razão da necessidade da democracia defender seus ideais

perante o desafio imposto pelo nazismo e o fascismo. Assim sendo, nessa época, o

condicionamento físico era objetivado para atuação militar, diferentemente dos ideais

de condicionamento físico atualmente adotados (GERALDES e DANTAS,1998).

As guerras acabaram, a iminência de confrontos entre as grandes potências

ficou remota e a necessidade de hegemonia física restringe-se quase que

exclusivamente às olimpíadas. Percebe-se, cada vez, mais um aumento da procura

pela prática da atividade física por parte da população.

O crescente interesse pelas atividades físicas fundamenta-se nos seus

benefícios, cujos valores, cultivados desde os antigos, foram comprovados e

ratificados em pesquisas recentes (ALVAREZ,1996). Sabe-se que o

desenvolvimento do estudo científico em relação ao exercício físico é um

acontecimento recente (id.1996). Somente na última parte do século XlX, estudiosos

da fisiologia humana começaram a utilizar o exercício com o intuito de interferir no

organismo humano e seus sistemas com o propósito de começar a entender melhor

o seu funcionamento fisiológico (id.1996). Nos últimos 70 anos, a ciência tem

Page 44: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

35

documentado de forma mais detalhada as interferências do treinamento físico nos

músculos esqueléticos, nos sistemas circulatório e cardiovascular e nas funções

pulmonar e endócrina, demostrando à população a eficiência dos exercícios físicos

em prol da saúde, mais precisamente nos últimos 20 anos (id.1996).

Atualmente, as atividades físicas são recomendadas pelos profissionais da

saúde como promotora e mantenedora da saúde, uma vez que são o meio de

proporcionar a adequação das qualidades físicas (resistência cardiorrespiratória,

força/resistência muscular e flexibilidade) aos variados métodos de condicionamento

cardio e neuromuscular, caracterizando-se assim a aptidão física relacionada à

saúde (BERLIN,1990; MONTEIRO,1998).

Segundo BOUCHARD et al.(1990), os benefícios que o exercício promove

reduzem a ansiedade e a depressão, além de terem um forte impacto positivo sobre

outros aspectos psicológicos, tanto em pessoas normais como naquelas com

patologias diagnosticadas. BAUCK (1989), já seguia também a teoria que a prática

regular do exercício físico torna a pessoa mais calma, diminuindo a obesidade,

reprimindo a estimulação simpática (adrenalina) e ressaltando a estimulação

parassimpática, a pessoa fica mais relaxada e calma. Isso traz muitos benefícios

como, por exemplo, para o sistema cardiovascular, tornando o sangue mais fluído,

além de reduzir a porção prejudicial do colesterol, reduz a hipertensão arterial e

melhora o fluxo das coronárias. São inúmeros os benefícios provenientes dos

exercícios físicos regulares, até os hábitos nocivos à saúde como álcool e fumo

também são minimizados. Enfim, a prática de atividades físicas regulares pode

aumentar consideravelmente a tolerância ao estresse, subentendendo-se também

que, uma pessoa bem condicionada fisicamente realiza suas funções orgânicas

Page 45: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

36

satisfatoriamente, bem como está apta a exercer suas atividades da vida diária de

forma saudável.

Todavia, manter-se saudável não é apenas estar bem condicionado

fisicamente, a busca de aperfeiçoamento físico ou da aptidão física ou aptidão do

organismo – Fitness (GERALDES e DANTAS, 1998), objetivando a saúde, deve

estar acompanhada da busca do equilíbrio mental, ou seja, para obter-se saúde total

é necessário a integração do corpo e mente (FEIJÓ,1998).

Na expressão Fitness, surgida na década de 70, seu conceito estava

relacionado às capacidades: física, cognitiva, emocional, moral, espiritual entre

outras. Entretanto, a maneira como o corpo vem sendo cultuado pela sociedade

deixa de lado a existência da sua parceria com a mente, permitindo que o verdadeiro

conceito de Fitness ficasse deturpado.

A Ciência em prol da saúde, diante de tal constatação, tem contribuído muito

para que os conceitos de saúde e corpo sejam reformulados.

É sabido, hoje, por meio de muitas investigações, do Princípio da

Simultaneidade. Segundo FEIJÓ (1998), este princípio está baseado na Teoria do

Contínuo Energético Bipolar: o homem é um contínuo energético bipolar –

corpo/mente. Essa teoria é fundamentada no contínuo energético por considerar

que os pólos, corpo e mente, fundem-se em um único corpo energético da mesma

natureza, ou seja, o ser humano. Dessa forma, colocar o corpo submisso à mente, e

vice-versa, é dicotomizar o ser humano, pois estes dois elementos que formam o ser

humano (corpo e mente), funcionam e reagem simultaneamente.

Essa teoria vem explicar as reações que o ser humano sofre quando não se

leva em consideração o corpo e a mente como partes vivas do organismo.

Page 46: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

37

Para muitos o termo saúde ainda significa, simplesmente, a ausência de

doença e um grande número de pessoas que não apresentam sinais de

enfermidades consideram-se sadios. Ser sadio não é simplesmente ter um corpo

sem doenças, bem torneado e magro, mas sim, uma combinação do sentir-se bem

consigo mesmo e com aquilo que faz.

Nos dizeres de BLAIR et al. (1994), a saúde, além de não ser a ausência de

doença, deve ser também a capacidade de desenvolver as atividades da vida diária

sem dificuldades, desfrutando-se das mesmas. Esses autores indicam que pessoas

com estilo de vida ativo raramente fatigam-se com as atividades da vida diária, tendo

em geral maior capacidade para enfrentar situações emergenciais e participam com

mais freqüência e sem dificuldades de atividades recreativas com grau de

intensidade de esforço maior, ou seja, de atividades de lazer ativo mais intensas.

A palavra saúde deveria estar associada ao corpo e à mente,

simultaneamente, ao invés de ser associada, apenas, à ausência de doença. Bem

dizem EDLIN e GOLANTY (1992) que colocam o processo mental como o fator mais

importante para a saúde. Esses autores defendem que o processo mental determina

a maneira pela qual uma pessoa coordena seu estado psíquico e social, como serão

suas atitudes frente às situações de vida, ou seja, como um indivíduo reage e

interage diante dos acontecimentos e incertezas da vida.

Ainda com EDLIN e GOLANTY (1992), dentro dessa nova visão de saúde,

ressalta-se que cada indivíduo deve desenvolver a capacidade e responsabilidade

para otimizar seu senso de bem-estar e auto-estima, criando condições e

sentimentos favoráveis que possam ajudar a prevenir doenças. Portanto, o bem-

estar envolve várias características, indicando que saúde não é adquirida por certo

Page 47: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

38

tempo específico, mas num processo contínuo ao longo da vida. Entre as

características do bem-estar cita-se: estar livre de sintomas e de doenças ou dores

tanto quanto possível; ser capaz de se tornar um indivíduo ativo; e preservar a paz

de espírito na maior parte do tempo. Esses autores completam o assunto dizendo

que saúde é um processo de preservação permanente pela vida, desenvolvido em

conjunto com a interrelação dos aspectos do corpo, mente e sentimentos. Essa

mesma percepção de saúde foi encontrada por BOUCHARD et al.(1990), como

mencionado no capítulo anterior.

Com o que foi exposto em relação ao termo Fitness e ao conceito de saúde,

a adoção do termo Fitness não estará perfeitamente adequada se não estiver

associado à palavra Wellness (MELOGRANO e KLINZING, 1982). Tema de debates

nos Estados Unidos, desde a década de 70, o Wellness, expressão que significa

bem estar geral, procura harmonizar o corpo como um todo na busca do corpo

perfeito e sadio (SABA,1998). Wellness, na área da Educação Física, é um

programa que favorece todos os campos do bem-estar físico, mental, emocional,

intelectual, social e espiritual. O ser saudável requer um compromisso contínuo com

o estilo de vida, uma grande vontade de mudar em busca da melhor qualidade de

vida e da longevidade.

Continuando com SABA (1998), Wellness é uma forma de prevenção e

educação da saúde em busca do bem-estar total. Envolve a melhora da saúde

global, atividades físicas prazerosas, diminuição de peso, diminuição no consumo de

gordura, alimentação adequada, lazer, diminuição do colesterol, diminuição do

índice de suicídios, diminuição do consumo de álcool e drogas, melhora do sistema

cardiovascular, redução do stress, melhora da auto-estima e, também, a chance de

Page 48: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

39

redução dos efeitos do envelhecimento. Enfim, o conceito de Wellness vem

contribuir, significativamente, para a melhora da qualidade de vida das pessoas.

Ampliando o Entendimento de Qualidade de Vida

Em 1964, WEINER já apontava estudos que evidenciavam a atividade física

regular como protetora dos indivíduos contra certas doenças, aumentando a

expectativa e a qualidade de vida das pessoas. E essas evidências podem ser

resultado de considerações antropológicas entre pessoas com variados níveis

ocupacionais ou atividades de lazer ativo. Portanto, torna-se necessário resgatar o

valor de um estilo de vida ativo. WEINER(1964) e PAFFENBARGER(1990) citaram

também estudos que mencionavam o estilo de vida ativo como condicionante de

longevidade.

O estilo de vida ativo vem sendo defendido por estudiosos do

desenvolvimento sócio-cultural, uma vez que constataram que as comunidades onde

a civilização ocidental influenciou mudanças rápidas na rotina diária das pessoas,

passaram de uma vida ativa a uma vida sedentária. É o caso dos vários grupos

Inuitas (CARRIER et al., 1972; MAYNARD, 1976; BANG et al., 1976) que passaram

a adotar um estilo de vida semelhante ao dos grandes centros urbanos modernos.

As pesquisas confirmam que a origem do sedentarismo do homem moderno está

relacionada com o seu modo de vida, as mudanças que está sofrendo em

conseqüência de uma vida menos ativa, resultado de uma oferta tecnológica

Page 49: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

40

abundante de conforto e praticidade que dispensa, cada vez mais, o gasto calórico

diário da população, dificultando a manutenção de uma composição corporal

adequada e saudável e incapacitando a população de chegar nos anos finais de vida

com qualidade. Acrescenta-se a isso as mudanças negativas nos hábitos

alimentares das populações em geral (ALVAREZ, 1996). Desse modo, a obesidade

está crescendo vertiginosamente, como resultado da troca de estilo de vida, tendo

como conseqüência um aumento do índice de doenças cardiovasculares, reduzindo

assim a expectativa de vida, bem como a qualidade de vida dessa comunidade

(id.1996).

PATE et al. (1995) afirma que não é necessário um programa de atividades

físicas rigoroso para ser ativo fisicamente ou ter um estilo de vida ativo. Entretanto,

sugere a introdução de pequenas mudanças na rotina de vida diária. Com o

aumento da atividade física diária e, consequentemente, maximizando o gasto

calórico diário. Apenas com estas pequenas mudanças no dia-a-dia das pessoas,

esses autores afirmam que, certamente, os riscos de doenças crônicas diminuiriam,

contribuindo para melhorar a qualidade de vida.

Quando tocamos no termo “qualidade de vida”, torna-se necessário mostrar

a importância do seu significado. Lyndon Johnson, presidente dos EUA em 1964, foi

a primeira personalidade que empregou a expressão qualidade de vida, ao declarar

que "os objetivos não podem ser medidos através do balanço dos bancos. Eles só

podem ser medidos através da qualidade de vida que proporcionam às pessoas "

(PAIXÃO et al., 1997).

Citando KAGAN e KAGAN(apud ALVAREZ, 1996), pode-se considerar

quatro dimensões da qualidade de vida: profissional, sexual, social, e emocional. Da

Page 50: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

41

mesma forma, PENCKOFER e HOLMS(1984) já defendiam que a qualidade de vida

pode ser medida pela satisfação com a vida percebida pelos indivíduos, incluindo

satisfação com a família, com a vida social, sexual e com as atividades físicas, além

do trabalho.

ALVAREZ(1996) apresentou uma proposta sobre o assunto muito oportuna

para o estudo, que diz:

Com o propósito de esclarecer a utilização do termo qualidade de vida, GILL & FEINSTEIN (1994) pesquisaram 579 referências bibliográficas que diziam fornecer um compêndio compreensivo sobre esta questão e verificaram que, qualidade de vida, ao invés de ser uma descrição do status de saúde dos indivíduos, é uma reflexão do modo como eles percebem e reagem sobre o seu estado de saúde e outros aspectos não médicos de suas vidas. Nos textos revisados, os autores afirmam que estas percepções e reações podem ser melhor determinadas, se for sugerido aos pacientes a darem pontuação e indicarem os principais itens que afetam a sua qualidade de vida. A qualidade de vida inclui não somente os fatores diretamente relacionados à saúde, tais como, bem-estar físico, funcional, emocional, bem-estar mental, mas também elementos como, trabalho, família, amigos, e outras circunstâncias da vida. (id. 1996).

Continuando o tema com as idéias de DANTAS (1998), perguntando-se a

várias pessoas o significado do termo “qualidade de vida”, diferentes respostas

serão encontradas. O autor indica que “O conceito individual de qualidade de

vida depende das carências que a pessoa apresenta”(id.1998,p.6) e,

ainda, define o “[...]nível de qualidade de vida ideal como o grau ótimo

de atendimento das necessidades existentes em cada um de

nós”(id.1998,p.6). Complementando com suas palavras:

Apenas a pessoa que vê satisfeitas suas carências fisiológicas e de segurança perseguirá o afeto, auto-estima e auto-realização. Estas últimas necessidades poderiam suprir-se, entre outros meios, através de um programa de atividade física bem organizado. (DANTAS,1998, p.6).

Page 51: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

42

A atividade física, nesse contexto, pode ser considerada um meio efetivo

para se atingir a desejável qualidade de vida.

Recentemente, TUBINO(2000) foi mais abrangente na sua definição sobre o

termo “qualidade de vida”. Partindo do pensamento de ORTEGA Y GASSET (apud

TUBINO,2000,p.1): “Eu sou eu e as minhas circunstâncias”, TUBINO diz que “a

premissa fundamental da interpretação de Qualidade de Vida é “a harmonia do eu

com as suas circunstâncias”. Fica implícito que as circunstâncias individuais estarão

sempre interrelacionadas com as circunstâncias coletivas que as envolvem. Na

verdade, há uma conciliação de circunstâncias” (id.,2000, p.1).

Portanto, para TUBINO(2000), qualidade de vida das pessoas é uma

resultante da harmonização do estilo de vida, da saúde, ou seja, dos indicadores

individuais de qualidade de vida com os indicadores coletivos de qualidade de vida.

“Estes fatores se interagem e não podem, em nenhum momento, serem

considerados isoladamente” (TUBINO,2000,p.2).

Page 52: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

43

Refletindo sobre Estética e Atividade Física

Nos dias de hoje, fala-se muito na estética ligada ao culto ao corpo, à beleza

plástica tão desejada e conquistada a qualquer preço. Da mesma maneira, o esporte

tem sido bastante cultuado, embora de forma mais assistida do que praticada,

estando mais ligado ao alto rendimento e ao espetáculo.

Baseado em algumas teorias sobre a estética, NOVAES(1998) aponta o

surgimento de muitas reflexões a respeito da estética e tenta explicar tal fato, por

tratar-se de“ [...]um objeto de desejo e de consumo no mercado das necessidades

do homem moderno” (id.1998,p.4). Nesta perspectiva, EAGLETON (1993) tenta

justificar as interpretações da estética como “[...]uma nova espécie de

transcendentalismo, no qual os desejos, as crenças e os interesses agora ocupam

lugares a priori tradicionalmente reservados ao Espírito do Mundo ou ao ego

absoluto” (id.1993,p.4-5).

Os vínculos encontrados entre os elementos da estética com a moral e a

ética tentam justificar o significativo valor atribuído à estética pela sociedade. Trata-

se da estética que mantém uma relação transcendental com o ser belo, o ser bom e

o ser verdadeiro, tomando como referência os postulados de SCHILLER e VIEIRA,

em NOVAES (1998), e RODHEN (1986) que colocam o homem dentro de uma

perspectiva metafísica, situando-o à sua natureza mista, a inconsciente e instintiva e

a consciente ligada à sensibilidade e moralidade.

Neste tópico, pela importância que a estética se apresenta nas suas

relações com o esporte, considerado como uma das maiores manifestações de

Page 53: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

44

atividade física, e o trabalho profissional do Personal Trainer, faz-se necessário

aprofundar o assunto em alguns subtópicos: a estética, verdade estética, a

corporeidade e a motricidade, e finalmente abordar-se a relação entre a estética e

esporte, para que a linha de desenvolvimento transcorra adequadamente.

A Estética

Quando se fala em estética, as primeiras palavras que vêm à mente são

beleza e belo. Não há dúvida quanto ao sentido popular e cotidiano desaas

palavras. Entretanto, qual o verdadeiro significado de beleza ? O que é ser belo ?

O que é belo para um pode não ser para outro, portanto, não pode ser

considerado como uma qualidade objetiva que alguns objetos possuem. A beleza

pode existir nas formas mais distintas proporcionalmente à índole dos entes em que

se encontram. A beleza, segundo DUARTE JR.(1986), não é um atributo objetivo

que determinados objetos detêm e outros não. “Ela não se encontra nem no objeto

em si mesmo, nem isoladamente nos sujeitos humanos” (id.1986,p.45). De acordo

com este autor, a beleza é a relação que um sujeito mantém com um objeto, de

acordo com uma determinada percepção.

DUARTE JR.(1986) já indicava que a beleza do corpo influencia e motiva,

entretanto, há uma complexidade por trás dessa aparência estética quando

analisada filosófica e sociologicamente. Continuando com esse autor, a estética tem

relação não somente com o ser belo, mas também com o ser bom.

Page 54: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

45

Não há um critério único e universal que possa dar a certeza dos conceitos

do que é belo ou do que é feio. No entanto, os antigos filósofos qualificaram o

Universo como belo (kosmos) ou puro (mundus) e, nunca, como bom (agathós, em

grego; bonus, em latim), segundo DUARTE JR. (1986). “Bom é critério ético. Belo e

puro são critérios estéticos” , já dizia ROHDEN (1966, p.39). Enquanto a beleza ou

o belo são considerados como uma espécie de bem, trata-se o bem como uma

potência cognoscitiva, satisfazendo apenas ao apetite natural do conhecimento.

Sendo assim, o belo estaria relacionado, principalmente, com o transcendental bom,

assim como com o transcendental verdadeiro, sendo o melhor conceito utilizando

ambos, conjuntamente, o transcendental bom e o verdadeiro (ESTRADA, s/d).

Dessa forma, ESTRADA (s/d) esclarece:

Mas, aún, como todos los trascedentales se convierten mutuamente, puede considerarse a la belleza como outro de los trascedentales, que se explica muy especialmente por su relación com las demás propriedades trascendetales del ser. (id. s/d.,p.63).

A estética pode ser considerada a ciência que estuda o belo e está

estreitamente ligada à interpretação da cultura ao corpo e, nos dias de hoje, tem

feito emergir muitas reflexões por tratar-se de “[...] um objeto de desejo e de

consumo no mercado das necessidades do homem moderno” (NOVAES,1998, p.4).

Atualmente, a estética é apontada como o principal fator que motiva as pessoas a

procurarem a prática de atividades físicas, confirma NOVAES(1998).

Seguindo o pensamento de EAGLETON (1993), este já tinha justificado as

interpretações da estética como “[...] uma nova espécie de transcendentalismo, no

qual os desejos, as crenças e os interesses agora ocupam lugares a priori

tradicionalmente reservados ao Espírito do Mundo ou ao ego absoluto” (id. 1993,

p.4-5). O culto ao corpo, portanto, passa a ser não mais uma questão frívola, mas

Page 55: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

46

uma questão de notória importância. Diante desta concepção de estética, o corpo

pode estar caracterizado como o jogo, o cultivo da harmonia e dos equilíbrios de

beleza. Complementando, o corpo pode ser considerado, ainda, segundo os

postulados sobre estética, como conduta disciplinar (NOVAES,1998), quando

analisado pelos valores éticos e morais.

A Verdade Estética

RHODEN (1966) diz que a natureza humana começa com a possibilidade de

existência de um ser bom consciente, implicando na existência, também, de um ser

mau consciente. Para ele, as duas existências conscientes de um ser bom ou mau

abrem as portas para a possibilidade de ser, em algum tempo, um ser consciente

bom, porque com elas aparecem as distinções e diferenciações entre si,

proporcionando a liberdade do exercício de escolha do ser humano. Ainda diz o

mesmo autor que ser bom não significa ser belo, mas o ser belo pode significar ser

bom. “Só um ser consciente e livre pode estar realmente dentro da zona do bom e

do belo” (id. 1966,p.41). Ser livre, consciente e estar no plano do bom implica numa

harmonização consciente com o Todo, porém de forma dolorosa. Tudo que envolve

dificuldade não é belo, porém, pode ser bom. Entretanto, este mesmo autor usa as

palavras de Mahatma Ghandi, quando disse: “ a verdade é dura como diamante e

delicada como flor de pessegueiro” para explicar que o ser humano quando encontra

a sua verdade, não é apenas um ser bom ou “feiamente bom”, mas um ser

Page 56: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

47

“belamente bom”. “O ser belo é o esplendor do ser-bom. A beleza é a exultante

leveza da bondade.” (id. 1966,p.41-42).

Segundo BERESFORD (1994), a ética está baseada no conjunto das regras

de conduta, válidas universalmente, dentro de uma perspectiva metafísica,

contribuindo para reflexão dos problemas de ordem moral, entre outros: sentido de

existência humana, obrigações e deveres, a essência do bem e do mal, valor da

consciência moral. Complementando, utiliza-se as palavras de VAZQUES

(ibid.1994,p.33) quando diz que a ética é “ciência de uma forma específica de

comportamento humano” e a moral a base axiológica que sustenta o comportamento

humano.

A busca pela estética, por manter uma relação transcendental com o ser

belo, o ser bom e o ser verdadeiro, seria uma forma do ser entrar em contato com

valores éticos e morais. “A ética é a ciência da moral. A ética é a teoria e a moral a

prática. A ética é o mandamento e a moral os fatos. A ética é o espírito e a moral o

corpo” (VARGAS,1995,p.79).

Nas reflexões sobre a relação estético-moral de SCHILLER (apud

NOVAES,1998), o homem está situado entre a submissão à sua natureza sem

qualquer tipo de interferência, quando esta é inconsciente e instintiva e, uma

segunda natureza, a consciente ligada à moralidade e sensibilidade. A relação

estético-moral ficou ainda mais afirmada quando surgiu o imperativo categórico

kantiano, pois elevou a condição da natureza mista do ser humano, defendida por

SCHILLER (ibid. 1998).

O homem traz em sua essência a necessidade de atribuir valor aos seres

(HESSEN, 1980). O ato de valorar faz parte do seu cotidiano. O valor pode ser

Page 57: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

48

considerado uma qualidade estrutural quando constitui organização e integração de

sentido em relação às carências suprimidas. Portanto, se o ser humano atribui

significativo valor à estética (NOVAES, 1998), pode-se dizer que, por trás desta

atribuição de valor, há um grande sentimento de satisfação quando esta suprime

uma carência. E qual seria esta carência ? Para NOVAES (1998), a estética, como

princípio fundamental à busca do homem como um ser perfeito, “[...] converte a

sensibilidade e o limitado em infinito e eterno, levando à harmonia” (id.1998,p.9).

Poder-se-ia dizer, então, que a carência do ser humano, em relação à estética, está

relacionada à busca da perfeição, do ser belo e do ser bom , do ser estético, do

“homem cósmico, [...] o homem puro, o homem kosmos, homem-mundus, o homem-

univérsico ” (RHODEN,1966,p.41).

Para VIEIRA DE MELLO em CAVALCANTE (1993), o esteticismo apresenta

caráter filosófico brasileiro, quando “[...] busca estabelecer um diagnóstico do caráter

do povo brasileiro e sua prática generalizada, combatendo as ideologias

contestadoras deste caráter, e as tentativas de simplificação do problema filosófico

brasileiro” (ibid.1993,p.17). Sendo assim, a busca pela estética se apresenta como

um fundamental instrumento diagnosticador do caráter do povo brasileiro, assim

como uma forma inconsciente de reação social por uma nova ética. Pelo menos no

Brasil, isto talvez possa ser justificado por PAIM (apud VIEIRA DE MELLO,1980),

quando diz que é notório a inaptidão do povo brasileiro para ajustar-se às regras e

normas, “[...] o plano ético, no Brasil, é o próprio campo da fluidez e da indefinição”

(ibid. 1980,p.10).

Tomando-se como pressuposto a existência de um ser bom, implícito no ser

belo ou na beleza, pode-se apontar à categoria estética uma dimensão sociológica

Page 58: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

49

relacionada com a moral, ou a nova moral (BAYER, 1995). Portanto, a estética,

como o lado bom do ser consciente, se conjuga à consciência coletiva da moral,

supondo-se que a busca pela estética tem se manifestado um meio inconsciente das

pessoas tentarem reconstruir seus valores morais, isto é, um meio de construir uma

nova moral, uma nova ética (PINHEIRO, 2000).

EAGLETON em NOVAES (1998, p.9), diz que a harmonia pela estética

conduz “a reconciliação da sensação e do espírito, da matéria e da forma, da

mudança e da permanência, da finitude e infinitude”. Nos escritos de MAFESOLLI

(ibid. 1998), a estética é uma forma de caracterizar novos estilos, sendo que, no jogo

da estética ou das aparências é que se verifica “a tendência atual do homo

aesthethicus pós-moderno de romper com o racionalismo e deixar valer a força da

emoção e da natureza” (ibid.1998,p.12). Ainda, SCHILLER (apud NOVAES, 1998)

vê o enobrecimento da vida instintiva na educação estética do homem, o meio mais

importante para a auto-valorização e “[...] é no jogo da estética que ele se completa,

atinge a auto-realização suprema e realiza a sua dupla natureza” (id. 1998,p.10), o

racionalismo e o instinto sensível.

No mundo contemporâneo, a sociedade dos países mais desenvolvidos dá

mais valor à qualidade de vida, enquanto que a sociedade dos países em

desenvolvimento valoriza mais os bens materiais (NOVAES, 1998). Diante de tal

fato, poder-se-ia atribuir à valorização estética como uma forma de despertar da

consciência de uma sociedade, para o amadurecimento social, isso porque a

cobiçada “beleza do corpo” ou aparência física não está sendo analisada, aqui,

simplesmente como expressão da vaidade pessoal, mas como um fenômeno

presente, consciente ou inconscientemente, na vida das pessoas, no sentido do

Page 59: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

50

corpo/comunicação. A aparência estética atua na dinâmica do comportamento

humano (id. 1998).

Finalizando o subtópico, com NOVAES (1998):

A aparência estética da pessoa pode, então, ser entendida como o topo de um iceberg humano. A aparência estética da pessoa pode ser tratada como o resultado visível do processo complexo da evolução humana, fenômeno obviamente polivalente, pelas suas magnitudes filosófica, biológica, psicológica e sociológica. Educar esteticamente a personalidade, portanto, não é tarefa elementar, já que transcende o simples gestual dos músculos. (id. 1998,p.154).

Motricidade e Corporeidade

O homem é considerado como ser fenomenológico por suas carências e

necessidades de caráter compreensivo, isto é, leva-se em conta as relações intra e

interpessoais advindas dos comportamentos motores dotados de significação, de

vivências e convivências sócio-culturais, valorativas, assim como as

transcendências manifestadas de sua natureza como pessoa humana, enquanto

micro dentro do cosmos e as interferências multidimensionais da expansão da

consciência humana (BERESFORD, 1999). A natureza humana é, antes de tudo,

metafísica, confirmando-se nos pensamentos do filósofo contemporâneo

MERLEAU-PONTY (1994):

[...] que o Homem não é só corpo. Um espírito o penetra e o anima e permite-lhe ser, na realidade, um corpo humano. Afigura-se obstinação facciosa esquecer a espiritualidade humana. [...] matéria, vida e espírito não se apresentam como três ordens de realidades ou três ordens de seres, mas como três planos de significação, ou três formas de unidade (id.1994,p.89).

Page 60: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

51

Essa natureza metafísica diz respeito ao Homem contextualizado na esfera

cósmica, segundo sua motricidade. Para entender o que é motricidade, deve-se,

primeiramente, reconhecer que o homem não é apenas um organismo ao nível do

biológico. Existe, entre este organismo e o mundo, um corpo que abrange o

biológico, o psicológico, o social, pulsando diante das percepções sentidas e vividas,

por ser o homem, em si e a partir de si mesmo, provido de uma orientação e uma

capacidade de intercâmbio com o mundo em que vive, dando condição de existência

às coisas (MERLEAU-PONTY,1994).

A motricidade, então, emerge da dinâmica destas percepções que levam o

homem ao conhecimento dos objetos ou dos seus movimentos, materializada pela

corporeidade, cujo corpo é o lugar, a cena, onde se movimenta a vida deste homem.

Nas palavras de MERLEAU-PONTY(1994), “[...] o organismo porque totalidade,

apreende-se, qual fenômeno dotado de uma actividade determinada, e só em

actividade pode compreender-se corretamente [...]”, “[...] o homem é um pensamento

em acto” (id. 1994,p.89), sendo: o corpo o veículo do ser no mundo, vinculando a

interioridade da consciência à exterioridade do mundo, permitindo na percepção o

primeiro contato do sujeito com este mundo; e motricidade a verdade original da

percepção deste mundo. A consciência deve ser sempre um ato dotado de

significação e, assim, concebe a motricidade como a intencionalidade que conduz o

homem, enquanto ser práxico ou ser carente por sua natureza, ao movimento em

busca da realização e auto-realização. “Existe um movimento intencional do corpo,

diferente do simples movimento no espaço, e que tange ao caminho e abertura para

as coisas, para os outros”(id. 1994,p.90).

Page 61: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

52

A motricidade humana confere ênfase à capacidade do homem mover-se no

mundo temporalmente e a corporeidade é considerada como a materialização desse

movimento ou como a capacidade do homem estar no mundo no tempo e no

espaço. A corporeidade, existindo no mundo das experiências humanas, é a

condição de presença do ser no espaço tridimensional (físico, psíquico e espiritual)

em que participa, adquirindo, assim, significação (FEITOSA,1996).

Portanto, seguindo a linha de pensamento de FEITOSA (1996), a

motricidade como energia ontológica (estudo dos seres em geral como objeto de

estudo), revela-se na corporeidade como matéria ontológica, sendo essas duas

manifestações modos complementares do ser Homem.

Para se entender o significado de corporeidade, SANTIN(1996) diz que é

necessário adentrar no significado antropológico que traz em sua bagagem histórica,

ou seja, retomar o antigo discurso da corporeidade para que seja possível a

continuidade ou descontinuidade da discussão sobre corporeidade. Na tentativa de

obter o seu entendimento, estudiosos como HUSSERL(id.1996) perseguiu os vários

possíveis significados que a corporeidade traz ao longo dos tempos, propondo a

superação desse carrossel de significações para se repensar sobre a corporeidade a

partir do “corpo vivente”, deixando para trás o modelo clássico de pensamento,

corpo versus corporeidade.

Page 62: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

53

A seguir, SANTIN(1996) explica:

A proposta da fenomenologia de HUSSERL, de deixar que as coisas falem, tornou-se um caminho obrigatório para obter uma interpretação e uma compreensão mais fiel de qualquer realidade. Será preciso deixar que o corpo fale pelo corpo. A razão já falou durante muito tempo do corpo, segundo as regras da racionalidade. Conseguimos, por esse caminho, obter a corporeidade racional. Precisamos encontrar o caminho que nos leve à corporeidade corporal. Esta só será alcançada quando for revelada pela fenomenologia do corpo, organismo vivo e vivente. O corpo precisa falar de si mesmo, segundo as regras da corporeidade ou da fenomenologia corporal “(id.1996,p.94).

LEVINAS (apud SANTIN, 1996) tenta entender corporeidade considerando-a

como a dinâmica da linguagem do corpo que se estabelece num discurso direto,

comparando-a à linguagem de alguns poetas que não apresenta apenas idéias, mas

acima de tudo revela “presença, uma manifestação, uma visibilidade, talvez dito com

maior precisão, uma fisionomia, um rosto” (id.1996,p.95).

Cita-se ainda os dizeres de BARTHES(apud SANTIN,1996,p94) quando diz:

“meu corpo não tem as mesmas idéias que eu” e as palavras de PASCAL

(ibid.1996,p.94): “o coração tem razões que a razão desconhece” para enriquecer o

pensamento de LEVINAS (ibid.1996).

Embora existam tantas definições e tantos entendimentos sobre as palavras

motricidade, corporeidade e corpo, esses mestres supracitados, e mais tantos outros

estudiosos no assunto, chegam a conclusão que a questão deve ser analisada, não

somente na esfera antropológica, mas também fora dela, pois a antropologia de

nossa herança filosófica ainda divide o corpo que sente do que vê e do que é visto.

Não podendo haver distinção entre eles, mas uma inter-relação comum, sem saídas

ou entradas paralelas, e o cruzamento simultâneo de suas reações e ações, fazendo

acontecer uma totalidade simultânea e indivisível. Sendo assim, SANTIN(1996,p.96)

conclui que “a corporeidade é a condição humana, ou seja, o modo de ser do

Page 63: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

54

homem. Para GRUPE a existência humana acontece pelo fato de o homem existir

como um ser corporal no mundo“.

Adotando-se ainda as palavras deste mesmo autor,

O que se pretende expor aqui é a não-aceitação de um corpo como recipiente de uma consciência ou de um espírito, mas entendê-lo dentro de um processo evolutivo cujo resultado é a compreensão de um corpo conscientizado e, até, espiritualizado (SANTIN,1996,p.96).

BERESFORD (1997) diz que nossa cultura ainda está repleta de

impregnações do dualismo cartesiano e valores religiosos tradicionais, não

permitindo que se absorva adequadamente a idéia do homem indivisível, atingindo,

até mesmo, as áreas de estudos que se ocupam diretamente com o corpo.

Tomando as palavras deste mesmo autor, “...talvez pela falta de aprofundamento

nas doutrinas contemporâneas...”, os estudiosos do assunto “...contam com uma

série de dificuldades para admitirem que o homem não tem um corpo, mas que o

homem é um corpo” (id.1997,p.18).

Pode-se dizer, diante desse complexo de pensamentos, que o fundamental

nessa discussão não é reconstruir simples e isoladamente a imagem do corpo, pois

assim fazia a antropologia tradicional. “O fundamental é descrever a fenomenologia

dessa corporeidade; em outras palavras, como aconteceria o processo fatual de sua

manifestação” (SANTIN,1996,p.97). Por mais que seja um resultado de

investigações antropológicas, a corporeidade passou a ser uma “imposição de

interesses socio-políticos e ideológicos. É por isso que o tema da corporeidade não

conduz apenas à antropologia, mas exige uma profunda investigação sociológica”

(id. 1996,p.97).

Page 64: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

55

Relacionando a Estética com o Esporte como Importante Manifestação de Atividade

Física

De acordo com WERNECK (1991,p.47), educação “é o ato de transmissão

não só de um conhecimento instrucional, mas principalmente na transferência de

uma escala de valores que deve ser bastante refletida e conscientemente aceita.” A

educação então passa a ser um processo cultural de humanização do homem, não

só apreendendo valores como, também, instaurando valores. Seguindo com

EDGAR MORIN citado por SILVA (2000), educação é o processo permanente de

transformação, seja por meios formais e não-formais, preparando o homem para

enfrentar as incertezas, deixando o indivíduo dotado de ações e reações para

enfrentar as situações da vida.

Estudiosos da ciência do esporte, como TUBINO(1992), defendem o

esporte como o caminho mais efetivo para a formação dos indivíduos, “a prática

esportiva como educação social será indispensável no desenvolvimento de suas

potencialidades e imprescindível nos seus processos de emancipação” (id.1992,

p.33). Seguindo essa linha conceitual de educação, o esporte, considerado como

uma manifestação de atividade física das mais importantes nesta transição de

séculos, pode ser apreciado como um meio eficaz e capaz de promover as

transformações interpessoais, assim como as intrapessoais, tão necessárias para a

formação do indivíduo. O esporte-educação e o esporte-lazer, vertentes do esporte,

têm o papel fundamental de proporcionar vivências e mudanças em prol de uma

sociedade mais saudável e feliz, pois estão baseados em princípios pré-

Page 65: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

56

estabelecidos: participação, cooperação, co-educação, co-responsabilidade e

integração (id. 1992).

Relacionando a estética com o Esporte, considerado como importante

manifestação de atividade física, pode-se dizer que a estética está para a superação

do determinismo da natureza pessoal, assim como a atividade física se torna um

poderoso meio para a conquista desta estética ou aparência estética. Entretanto, a

atividade física apenas tornar-se-á um eficiente e eficaz meio capaz de fazer com

que a pessoa alcance os elementos da estética: moralidade, equilíbrio, harmonia e

desenvolvimento, com liberdade (NOVAES,1998), se em seu conteúdo pedagógico

estiverem as bases que regem o esporte-educação, promovendo, assim, a

modelagem estética da pessoa. Pelo jogo da estética, o homem chega à realização

suprema, sendo que os fundamentos do esporte-educação podem ser considerados

o caminho para que a atividade física modele esteticamente este homem

(PINHEIRO, 2000).

Recorre-se aos dizeres de BERESFORD (1994), entendendo que a questão

ética é fundamental para seguir o raciocínio:

O esporte pode se tornar um meio consciente de educação humanista e para a cidadania, na medida em que tiver as suas leis ou regras baseadas num princípio ético, e com isso fundamentar moralmente as normas de conduta de seus praticantes, assim como também dos membros da comunidade desportiva como um todo (id.1994,p.25).

Já que a estética tem a ética e a moral como elementos de suporte, o jogo

da estética, no contexto do esporte, pode possibilitar o desenvolvimento dos

indivíduos, ”...numa estrutura de relações recíprocas e com a natureza, sua

formação corporal e as próprias potencialidades, preparando-os para o lazer e o

exercício crítico da cidadania” (TUBINO, 1996,p.19).

Page 66: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

57

Continuando com ASSIS em DANTAS(1994,p.144), “Estamos vivendo uma

sociedade de rendimento, na qual só vale quem rende, onde o diálogo, a liberdade

e, principalmente, a solidariedade, foram negligenciados.” Esta sociedade exigente,

reunindo a insegurança e a ansiedade, reforçando o conformismo e o consumismo,

é regida por critérios econômicos e rejeita critérios éticos, segundo PINHEIRO

(2000). Seguindo com este último, o autor arrisca em dizer que, no mundo atual, a

sociedade urge a estética do esporte, mais precisamente, o esporte-educação. A

estética esportiva

“[...] com o fortalecimento do fair-play, nascendo um novo espírito esportivo, despertando a conscientização, desenvolvendo a convivência social, devolvendo a oportunidade da vivência corporal. A estética do esporte, aliada à ciência e à filosofia, possuindo como principal fundamento o desenvolvimento do ser conscientemente belo e bom [...] “ (PINHEIRO,2000,p.10).

“É por princípio ético que a sociedade clama a estética esportiva”

(PINHEIRO, 2000, p.10).

Além do que foi exposto, PINHEIRO (2000) cita a contribuição dos meios de

comunicação e da tecnologia para a estética do esporte, a fotografia que nasceu de

uma necessidade humana de se aproximar do real, captando originalmente uma

infinidade de possibilidades expressivas e estéticas, assim como as imagens da

televisão e vídeo, principalmente, quando utilizado o recurso do slow-motion.

PINHEIRO (2000,p.10) ainda afirma que “O esporte, neste aspecto, obtém um

fortíssimo aliado na sua relação com a estética, pois a beleza de um atleta em

movimento, os momentos de um jogo coletivo ou individual, [...] a dança da beleza

corporal, [...] encantam milhares de pessoas com imagens e emoções ali expressos

e registrados, permitindo melhores possibilidades de comtemplação da estética

esportiva”.

Page 67: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

58

PINHEIRO (2000) aponta nesta relação de contemplação da estética no

esporte, o aspecto motivacional que leva a sociedade ao êxtase, fazendo com que

seja ainda maior a busca da aparência estética.

Respeitando a Individualidade Biológica

Em termos técnico-operacionais, técnico no sentido da estruturação de um

treinamento físico e operacional no sentido de se tornar possível a obtenção de

resultados satisfatórios, o princípio da Individualidade Biológica é tomado como fator

essencial na elaboração de qualquer preparação física, inclusive àquelas dirigidas

por Personal Trainers.

Como bem diz MONTEIRO (1998, p.27), “Respeitando este princípio, a

definição das potencialidades e deficiências relacionadas à aptidão física se faz

necessária, no sentido de diagnosticar e orientar o treinamento individualizado”.

POLLOCK & WILMORE (1993), apontam ainda que é necessário que seja

esclarecido e compreendido as necessidades pessoais, o histórico, as condições

clínicas e as fisiológicas do estado atual de saúde para prescrever atividades físicas

de forma segura e adequada.

Sendo assim, parece que as atividades de Personal Training tentam

corroborar as palavras supracitadas, por estarem amplamente fundamentadas no

princípio da Individualidade Biológica.

Page 68: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

59

Segundo RODRIGO e CONTURSI (1998), no trabalho realizado por um

Personal Trainer deve haver a preocupação com a globalidade do organismo de

cada aluno, proporcionando um treinamento baseado nos princípios científicos do

treinamento esportivo. Embora os autores coloquem esses princípios como

especificidade do Personal Training, cabe aqui lembrar que estes teriam que ser a

base de qualquer programa de atividade física.

Ainda NOVAES e VIANNA (1998,p.5), colocam que “[...] a organização, a

avaliação, a prescrição e a orientação devem ser estruturadas com base em

princípios do treinamento desportivo, da biomecânica e da fisiologia do exercício”.

MONTEIRO (1998,p.15-16) complementa, dizendo que “[...] estruturar e monitorar

um programa de exercícios pode ser um tanto quanto complexo, principalmente em

função da variabilidade de características exibidas pelos praticantes”.

LUXEMBURGO em OLIVEIRA R. (1999), aponta a dificuldade de adaptar

um atleta ao condicionamento ideal, imaginado ainda a dificuldade maior na

adaptação de pessoas comuns ao condicionamento físico sem a finalidade do

esporte profissional. Comenta, ainda, “...sou formado em Educação Física e

reconheço que a universidade é falha na especialização deste profissional [...]”, o

Personal Trainer (id.1999,prefácio).

Aproveitando o ensejo, acrescenta-se que, atualmente, a população está

voltada não mais só para o físico (DANTAS,1998), mas também para o seu bem

estar global, ou seja, o homem está questionando sua forma de se exercitar. Parece

que o homem está mais consciente, exigindo que o atendimento de suas

necessidades seja “[...] de forma globalizante, holística, fisicamente, afetivamente,

sociopsicologicamente. É esta abrangência de objetivos que os exercícios corporais

Page 69: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

60

[...] reclamam, no despontar de um novo milênio” (id.1998,p.5). Este autor ainda

indica o Personal Trainer como uma nova tendência homologada por uma parcela

diretamente envolvida com a prática da atividade física, já com capacidade para

julgar se as aulas em academias são, na verdade, “[...] um meio de sociabilização

eficaz e/ou de obtenção de padrões estéticos e de saúde desejáveis” (id.1998,p.5).

Numa abordagem mais acadêmica, verifica-se que a população está

expressando um maior esforço pela conquista da afeição, do exercitar-se de forma

prazerosa e sadia, “[...] em prol de uma auto-estima mais sólida e bem estruturada,

contribuindo assim para a melhoria da qualidade de vida do ser humano” (DANTAS,

1998,p.6).

Diante de toda a complexidade na elaboração de um Personal Training e

lembrando OLIVEIRA R. (1999,p.9) que diz ser “[...] um mercado em busca de um

profissional com formação superior, reciclado e bem informado [... ]”, é necessário

pesquisar os Personal Trainers, verificando-se as características e qualidades que

os diferenciam das demais especialidades da Educação Física, visto que, pelo

sucesso que possuem, podem ser considerados profissionais altamente eficientes,

quando dotados de embasamento teórico-científico, e eficazes, quando partem para

o gerenciamento de seus conhecimentos aliados à experiência, obtendo bons

resultados.

Page 70: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

61

CAPÍTULO III

Metodologia

Neste capítulo os procedimentos metodológicos são descritos a partir de

uma seqüência julgada adequada, a saber: (a) Tipo de Estudo; (b) Instrumentos

Utilizados; (c) Amostras; (d) Esquema do Desenvolvimento do Estudo.

Tipo de Estudo

O Tipo de Estudo pode ser caracterizado como Descritivo, devido a

finalidade de “[...] obter informações acerca de condições existentes, com respeito a

variáveis ou condições numa situação” ( FLEGNER e DIAS, 1985,p.56).

Por ser de natureza Descritiva, o estudo pode ser ainda classificado como

uma Investigação (Survey), pois, além de descrever condições atuais, compara

estas condições com critérios predeterminados. Pode-se dizer, também, que através

de um Survey é possível buscar o perfil de uma população alvo (FLEGNER e DIAS,

Page 71: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

62

1985).

Assim, o estudo, como pesquisa descritiva tipo Survey, é entendida por

compreender uma investigação das características do Personal Trainer, buscando a

atual posição desse profissional, os conhecimentos pertinentes a trabalhos de

Personal Training, as expectativas dos usuários deste tipo de trabalho e, finalmente,

estabelecer uma relação do Personal Trainer com o Manifesto Mundial da FIEP/2000

de Educação Física.

Amostras

Estabeleceu-se, como critério de seleção, Personal Trainers atuantes,

graduados em Educação Física da Cidade do Rio de Janeiro. Selecionando-se,

também, alunos participantes de programas efetivos de Personal Training da Cidade

do Rio de Janeiro, os quais constituem parte da população/universo estudado.

A amostra foi constituída por 32 (trinta e dois) Personal Trainers e 40

(quarenta) alunos de Personal Training, do sexo masculino e feminino.

Tanto a amostra de Personal Trainers, como a de alunos de Personal

Training, foi desenvolvida atendendo a disponibilidade de profissionais desse campo

de ocupação profissional e de alunos que participam desses programas. Ambos os

grupos demonstraram grande interesse em participar da pesquisa.

Page 72: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

63

Instrumentos do Estudo

Foram utilizados dois (2) questionários específicos, sendo um para os

Personal Trainers e outro para os alunos de Personal Training. Observa-se que a

confecção dos instrumentos do presente estudo tomou como referência a pesquisa

apresentada por PINHEIRO (1999), dando continuidade ao trabalho.

O questionário destinado aos Personal Trainers (“Questionário A”) foi

composto por duas partes: a primeira parte para obter informações pessoais do

entrevistado e referentes à sua formação profissional e a segunda parte composta

de sete (7) perguntas a serem respondidas por ordem de classificação numérica,

atribuindo-se valores de um (1) a cinco (5), onde o 1(um) correspondeu ao menor

valor de classificação e o 5 (cinco) o maior valor atribuído, objetivando coletar dados

sobre aspectos específicos relativos a esse perfil profissional.

O questionário destinado aos Alunos de Personal Trainers (“Questionário B”)

foi, também, composto por duas partes: a primeira parte para obter informações

pessoais do entrevistado e a segunda parte para conseguir informações sobre o

perfil desejável do Personal Trainer, com cinco (5) perguntas a serem respondidas

por ordem de classificação numérica, atribuindo-se valores de um (1) a cinco (5),

sendo que 1 (um) corresponde ao menor valor de classificação e 5 (cinco) o maior

valor atribuído.

Page 73: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

64

Validação dos Questionários

Os questionários tiveram seus conteúdos validados através de uma análise

detalhada de cinco (5) professores-validadores, considerados notórios na Educação

Física e que tinham conhecimento das atividades de Personal Training.

Os valores e a percepção dos professores-validadores escolhidos, quanto a

coerência, a clareza e a validade das perguntas, formuladas em relação à matéria do

estudo, foram hierarquizados em um formulário anexado ao questionário, intitulado

“Parecer A” e “Parecer B”, de acordo com a amostra destinada, ou seja, Personal

Trainers e Alunos de Personal Training. Nesse formulário anexado, o professor-

validador manifestou o seu parecer escolhendo entre as opções: MANTER,

RETIRAR OU REFORMULAR, para cada pergunta do questionário. Quando a opção

REFORMULAR era escolhida, o professor-validador oferecia a sua sugestão para a

reformulação da pergunta. No caso da opção REFORMULAR ser escolhida três (3)

vezes, a pergunta ou item foi reformulado, seguindo as sugestões apresentadas. Em

alguns casos, houve apenas uma (1) ou duas (2) escolhas da opção REFORMULAR

na pergunta ou item. Entretanto, foram aceitas as modificações sugeridas pelos

professores validadores, por serem sugestões que trariam ainda mais elucidação ao

enunciado da pergunta ou item.

Dessa forma, validou-se os questionários como instrumento do estudo,

possibilitando o desenvolvimento da pesquisa.

Page 74: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

65

Esquema de Desenvolvimento do Estudo

A pesquisa pode ser expressa por esquema de desenvolvimento que expõe

os passos seguidos concomitantemente e seqüencialmente, de acordo com as

necessidades que o próprio estudo requeria durante o seu percurso. Para uma

melhor visualização, apresenta-se abaixo este esquema:

Problematização

Introdução

Objetivos do Estudo

Termos Básicos

Justificativa e Relevância

do Estudo

Delimitação do Estudo

Questões a Investigar Revisão de Literatura

Manifesto Mundial de

Educação Física FIEP/2000

Condicionamento Físico e

Saúde

Qualidade de Vida

Estética e Atividade Física Literatura sobre Personal

Training

Individualidade Biológica

Elaboração

dos Questionários

Validação

dos Questionários

Aplicação dos

Questionários:

Profissionais

Alunos

Conclusões

e

Recomendações

Resultados

e

Análises dos Resultados

Metodologia do Estudo

Tipo de Estudo

Instrumentos Utilizados

Amostras

Esquemas de

Desenvolvimento de Estudo

Page 75: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

66

O Capítulo I apresentou a Problematização do Estudo, ou seja, o Problema

pelo qual o estudo se originou, com o título: Introduzindo as Questões que Envolvem

o Treinamento Personalizado. Esse tópico buscou fundamentos básicos para o

completo entendimento do problema da pesquisa. Logo a seguir, foram

apresentados:

Os Objetivos do estudo, Geral e Específicos;

Os Termos Básicos, sugerindo conceitos e definições sobre alguns temas

que foram abordados no estudo;

A Justificativa e a Relevância do Estudo, indicando os subsídios que

tornam a pesquisa necessária e relevante;

A Delimitação do Estudo que apresenta o território em que foi aplicado o

instrumento do estudo;

E por fim a apresentação das Questões a serem investigadas no Estudo;

No Capítulo II foi realizado uma Revisão de Literatura, apresentando

conceitos, pensamentos, autores, enfim, os pressupostos teóricos indispensáveis ao

desenvolvimento do estudo. Estes são os assuntos abordados em tópicos, no

desenrolar do segundo capítulo:

A apresentação do Manifesto Mundial de Educação Física FIEP/2000;

Alguns aspectos importantes sobre o Condicionamento Físico e Saúde;

O entendimento de Qualidade de Vida;

Aspectos relacionados à Estética e Atividade física;

Nesse tópico serão abordados alguns subtópicos sobre:

Page 76: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

67

A Estética

A Verdade Estética

Motricidade e Corporeidade

A Relação entre Estética e Atividade física.

Comentários sobre a literatura sobre Personal Training; e

E finalmente, uma abordagem sobre a Individualidade Biológica.

No decorrer da pesquisa, ao mesmo tempo que o autor se prendia à Revisão

de Literatura, o Capítulo III foi realizado apresentando o Tipo de Estudo adotado,

cuja metodologia deu rumo à pesquisa. Nesse capítulo, definiu-se os Instrumentos

do Estudo, os Questionários-piloto e a Validação dos mesmos, as Amostras e,

finalmente, foi apresentado o Esquema do Desenvolvimento do Estudo. Os

Capítulos II e III possuíam uma inter-relação entre si, bem como o Capítulo I

interferiu de forma efetiva na execução dos outros dois capítulos.

Após a Elaboração e Validação dos Questionários, prosseguiu-se com a

Aplicação dos mesmos em suas respectivas amostras (Profissionais e Usuários de

Personal Training). Com os questionários respondidos, o autor prosseguiu

apresentando os resultados encontrados, analisando-os posteriormente.

Percebe-se pelo esquema formulado que a partir da problematização relativa

ao Perfil do Personal Trainer na perspectiva da Saúde, Estética e Esporte,

passando-se por uma revisão de literatura do problema com aspectos considerados

essenciais para o estudo, adotando-se uma metodologia julgada adequada para o

tipo de estudo, e depois utilizando-se e aplicando-se questionários validados como

instrumentos em professores e usuários de Personal Training, foi possível chegar-se

às conclusões e recomendações.

Page 77: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

68

CAPÍTULO IV

Apresentação e Análise dos Resultados

Levantamento das Informações Obtidas no Questionário “A”

As primeiras informações contempladas pelo escopo do trabalho são em

relação ao Sexo e Idade dos profissionais entrevistados. A dicotomia sexual (Tabela

1) demonstrou que 81,30% dos professores são do sexo masculino, estando em sua

maioria (62,50%) com pelo menos 31 anos (Tabela 2 e Gráfico 1). Isto pode ser um

indício de que o grupo de Personal Trainer é detentor de significativa experiência na

área de atuação, tal suposição é, a priori, fortalecida pela existência de somente

12,50% de indivíduos com idade igual ou inferior a 25 anos.

Page 78: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

69

Tabela 1: Distribuição de Sexo – Profissional

Sexo Freqüência Absoluta

Freqüência Relativa

Freqüência Relativa

Acumulada

Feminino 6 18,80 18,80

Masculino 26 81,30 100,00

Total 32 100,00

Tabela 2: Distribuição de Idade – Profissional

Idade Freqüência Absoluta

Freqüência Relativa

Freqüência Relativa

Acumulada

21 > 1 3,10 3,10

22 a 25 3 9,40 12,50

25 a 28 5 15,60 28,10

28 a 31 3 9,40 37,50

31 a 34 6 18,80 56,30

34 < 14 43,80 100,10

Total 32 100,00

Gráfico 1: Distribuição de Idade – Profissional

Com relação à Formação da amostra de profissionais que atuam em

Personal Training (Tabela 1), observa-se que todos são professores de Educação

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

21 > 22 a 25 25 a 28 28 a 31 31 a 34 34 <

%

Page 79: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

70

Física, sendo que 87,50% exclusivamente. A investigação sobre Instituição de

origem indica que há um equilíbrio entre Públicas (46,88%) e Privadas (53,12%)

(Tabela 2). Na Tabela 3 constata-se que somente 37,50% dos Personal Trainers

estão graduados há no máximo cinco anos, o que ratifica o indício de experiência

constatado no parágrafo anterior sobre as Características Pessoais destes Personal

Trainers.

Tabela 1: Distribuição de Formação - Profissional

Formação Freqüência Absoluta

Freqüência Relativa

Freqüência Relativa

Acumulada

Educação Física 28 87,50 87,50

Educação Física / Fisioterapia

2 6,30 93,80

Educação Física / Medicina

1 3,10 96,90

Educação Física / Pedagogia

1 3,10 100,00

Total 32 100,00

Tabela 2: Distribuição de instituição de Graduação – Profissional

Instituição Freqüência Absoluta

Freqüência Relativa

Freqüência Relativa

Acumulada

Exército 1 3,10 3,10

FESC 1 3,10 6,30

Outras 1 3,10 9,40

UCB 2 6,30 15,60

UERJ 5 15,60 31,30

UFRJ 6 18,80 50,00

UFRRJ 2 6,30 56,30

UGF 11 34,40 90,60

UNESA 2 6,30 96,90

UNIVERSO 1 3,10 100,00

Total 32 100,00

Page 80: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

71

A Formação acadêmica dos profissionais (Tabela 4) pesquisados indica que

somente 18,80% não possuem pós-graduação e 34,40% são detentores de titulação

Lato Sensu. Isto é um indicativo de que entre os profissionais há alguma

preocupação com o conhecimento técnico.

Tabela 3: Distribuição de Tempo de Graduação – Profissional

Tempo Freqüência Absoluta

Freqüência Relativa

Freqüência Relativa

Acumulada

< 1 3 9,40 9,40

< 5 9 28,10 37,50

> 10 13 40,60 78,10

> 12 1 3,10 81,30

> 20 4 12,50 93,80

> 5 2 6,30 100,00

Total 32 100,00

Page 81: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

72

Tabela 4: Distribuição da Pós-graduação - Profissional

Pós-graduação Freqüência

Absoluta

Freqüência Relativa

Freqüência Relativa

Acumulada

Extensão / Aperfeiçoamento

1 3,10 3,10

Lato Sensu 11 34,40 37,50

Lato Sensu / Aperfeiçoamento

1 3,10 40,60

Lato Sensu / Extensão

2 6,30 46,90

Lato Sensu / Mestrado / Doutorado / Pós-doutorado / Livre Docência

1 3,10 50,00

Lato Sensu / Mestrado

5 15,60 65,60

Lato Sensu / Atualização / Extensão / Aperfeiçoamento

1 3,10 68,80

Mestrado 4 12,50 81,30

Não cursou 6 18,80 100,00

Total 32 100,00

Pela Tabela 5, pode-se afirmar que o curso de pós-graduação, em geral, foi

realizado em instituição privada (68,00%), há no máximo 1 ano (25,00%), ou entre 2

e 5 anos (21,90%) (Tabela 6). Chama a atenção o fato de que a maioria dos

entrevistados (43,80%) não possui formação específica em Personal Training

(Tabela 7), apesar disto, cerca de 53,10% deles atuam na área há pelos menos um

ano (Tabela 8). Deste percentual, temos que 41,18% estão formados há no máximo

cinco anos (Tabela 9), o que ratifica o indício de que a maioria dos Personal Trainers

são profissionais experientes.

Page 82: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

73

Tabela 5: Distribuição de Instituição de Pós-graduação – Profissional

Instituição Freqüência Absoluta

Freqüência Relativa

Freqüência Relativa

Acumulada

IBMR 1 4,00 4,00

UCB 6 24,00 28,00

UERJ 5 20,00 48,00

UFRJ 3 12,00 60,00

UGF 7 28,00 88,00

UGF/UCB 1 4,00 92,00

UNESA 2 8,00 100,00

Total 25 100,00

Tabela 6: Distribuição de Tempo de Término da Pós-graduação – Profissional

Tempo Freqüência Absoluta

Freqüência Relativa

Freqüência Relativa

Acumulada

< 1 8 32,00 32,00

> 10 3 12,00 44,00

2 a 5 7 28,00 72,00

5 a 7 1 4,00 76,00

7 a 10 3 12,00 88,00

Curso 3 12,00 100,00

Total 25 100,00

Tabela 7: Distribuição de Formação em Personal Training – Profissional

Formação Freqüência Absoluta

Freqüência Relativa

Freqüência Relativa

Acumulada

Aperfeiçoamento 3 9,40 9,40

Atual/Aper 2 6,30 15,60

Atualização 2 6,30 21,90

Especialização 3 9,40 31,30

Ext/Atual 1 3,10 34,40

Ext/Atual/Aper 1 3,10 37,50

Extensão 5 15,60 53,10

Extensão/Aper 1 3,10 56,30

Não 14 43,80 100,00

Total 32 100,00

Page 83: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

74

Tabela 8: Distribuição do Tempo de Atuação em Personal Training - Profissional

Tempo Freqüência Absoluta

Freqüência Relativa

Freqüência Relativa

Acumulada

> 5 1 3,10 3,10

< 1 5 15,60 18,80

> 5 9 28,10 46,90

1 a 5 17 53,10 100,00

Total 32 100,00

Tabela 9: Cruzamento Tempo de Atuação em Personal Training e

Tempo de Formado – Profissional

Atuação Tempo

< 1 < 5 > 12 > 20 > 5 Total

> 5 1

1 a 5 1 7 2 1 17

< 1 2 2 5

> 5 1 2 1 9

Total 3 9 1 4 2 32

Analisando as respostas dos Personal Trainers entrevistados ao

questionário-instrumento “A” , no tocante à formação acadêmica do Personal Trainer

(Tabela 1 e Gráfico 1) ( Questão 1), a seqüência Valor 5, 4, 3, 2 e 1 foi ocupada

pelas respectivas opções: "Graduação acrescida de Especialização Lato Sensu"

(28,10%), "Graduação acrescida de Especialização Lato Sensu em Personal

Training" (28,10%), "Graduação acrescida de Especialização em nível de Extensão"

(37,50%), “Graduação em Educação Física acrescida de Experiência" (15,60%), e

"Graduação em Educação Física" (37,50%).

Alguns aspectos merecem ser destacados, entre eles os percentuais para

maior e menor valores obtidos pela "Graduação em Educação Física", 31,30% e

37,50% respectivamente, o que demonstra que há um certo equilíbrio entre os

profissionais no que concerne a importância da Graduação em Educação Física

Page 84: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

75

frente a Especialização Lato Sensu em Personal Training. Esse empate técnico pode

indicar que, apesar de haver uma tendência à especialização, ainda existe alguma

resistência com relação a isso. A Especialização em Nível de Extensão obteve para

Valor 3, 37,50% das indicações e para Valor 2, 28,10%, o que salienta a relevância

desta especialização frente as demais opções.

Tabela 1: Distribuição das Opções da Questão 1 – Profissional

Opção Valor 1 Valor 2 Valor 3 Valor 4 Valor 5

A1 12 (37,50%) 6 (18,80%) 0 (0,00%) 4 (12,50%) 10 (31,30%)

B1 2 (6,30%) 6 (18,80%) 5 (15,60%) 8 (25,00%) 9 (28,10%)

C1 4 (12,50%) 9 (28,10%) 12 (37,50%) 5 (15,60%) 1 (3,10%)

D1 6 (18,80%) 6 (18,80%) 8 (25,00%) 9 (28,10%) 4 (12,50%)

E1 6 (18,80%) 5 (15,60%) 7 (21,90%) 5 (15,60%) 8 (25,00%)

F1 2 (6,30%) 0 (0,00%) 0 (0,00%) 1 (3,10%) 0 (0,00%)

Total 32 (100,00%)

32 (100,00%)

32 (100,00%)

32 (100,00%)

32 (100,00%)

Gráfico 1: Evolução das Opções da Questão 1 – Profissional

Em relação aos Conhecimentos Necessários (Questão 2) à atuação do

Personal Trainer (Tabela 2 e Gráfico 2), o posicionamento do grupo de profissionais

0

2

4

6

8

10

12

A1 B1 C1 D1 E1 F1

Fre

q.

Ab

solu

ta Valor 1

Valor 2

Valor 3

Valor 4

Valor 5

Page 85: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

76

é bastante clara, a "Fisiologia do Exercício" detém prioridade máxima, seguida

respectivamente por "Treinamento Desportivo", "Biomecânica e/ou Cinesiologia",

"Biometria e Avaliação Física" e, por último, "Noções de Nutrição".

Tabela 2: Distribuição das Opções da Questão 2 – Profissional

Opção Valor 1 Valor 2 Valor 3 Valor 4 Valor 5

A2 3 (9,37%) 2 (6,30%) 6 (18,80%) 7 (21,90%) 12 (37,50%)

B2 1 (3,10%) 4 (12,50%) 10 (31,30%) 7 (21,90%) 1 (3,10%)

C2 2 (6,30%) 4 (12,50%) 8 (25,00%) 9 (28,10%) 4 (12,50%)

D2 5 (15,60%) 6 (18,80%) 2 (6,30%) 3 (9,37%) 5 (15,60%)

E2 4 (12,50%) 8 (25,00%) 2 (6,30%) 4 (12,50%) 5 (15,60%)

F2 6 (18,80%) 1 (3,10%) 1 (3,10%) 0 (0,00%) 0 (0,00%)

G2 2 (6,30%) 2 (6,30%) 0 (0,00%) 2 (6,30%) 1 (3,10%)

H2 5 (15,60%) 1 (3,10%) 1 (3,10%) 0 (0,00%) 1 (3,10%)

I2 2 (6,30%) 1 (3,10%) 2 (6,30%) 0 (0,00%) 2 (6,30%)

J2 1 (3,10%) 3 (9,37%) 0 (0,00%) 0 (0,00%) 1 (3,10%)

K2 1 (3,10%) 0 (0,00%) 0 (0,00%) 0 (0,00%) 0 (0,00%)

Total 32 (100,00%)

32 (100,00%)

32 (100,00%)

32 (100,00%)

32 (100,00%)

Gráfico 2: Evolução das Opções da Questão 2 – Profissional

0

2

4

6

8

10

12

A2 B2 C2 D2 E2 F2 G2 H2 I2 J2 K2

Fre

q.

Ab

solu

ta

Valor 1

Valor 2

Valor 3

Valor 4

Valor 5

Page 86: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

77

A obtenção dos cinco Conhecimentos de Aplicação Direta (Questão 3) mais

importantes (Tabela 3 e Gráfico 3), segundo os profissionais, também não

apresentou qualquer nebulosidade, perfazendo a seguinte ordenação decrescente:

"Exercícios localizados com o uso da musculação" (59,38%), "Exercícios aeróbios"

(10,62%), "Exercícios de alongamento/flexibilidade" (53,12%), "Exercícios de

relaxamento" (31,30%), e "Exercícios localizados sem o uso da musculação"

(40,62%).

Tabela 3: Distribuição das Opções da Questão 3 – Profissional

Opção Valor 1 Valor 2 Valor 3 Valor 4 Valor 5

A3 2 (6,30%) 4 (12,50%) 2 (6,30%) 4 (12,50%) 19 (59,38%)

B3 4 (12,50%) 2 (6,30%) 6 (18,80%) 13 (40,62%) 7 (21,90%)

C3 1 (3,10%) 7 (21,90%) 17 (53,12%) 4 (12,50%) 1 (3,10%)

D3 10 (31,30%) 6 (18,80%) 3 (9,37%) 10 (31,30%) 4 (12,50%)

E3 10 (31,30%) 13 (40,62%) 3 (9,37%) 1 (3,10%) 0 (0,00%)

F3 5 (15,60%) 0 (0,00%) 1 (3,10%) 0 (0,00%) 1 (3,10%)

Total 32 (100,00%)

32 (100,00%)

32 (100,00%)

32 (100,00%)

32 (100,00%)

Gráfico 3: Evolução das Opções da Questão 3 – Profissional

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

A3 B3 C3 D3 E3 F3

Fre

q.

Ab

solu

ta Valor 1

Valor 2

Valor 3

Valor 4

Valor 5

Page 87: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

78

Os Personal Trainers julgam que a "Titulação" seja a característica mais

importante (18,80%) a ser apresentada (Tabela 4 e Gráfico 4)(Questão 4). Em

seguida, para 31,30%, deles encontra-se o "Conhecimento técnico atualizado". A

prioridade mediana foi estabelecida para a "Assiduidade e pontualidade", com

18,80% das indicações. Com igual percentual consta o "Comportamento social e

profissional adequados sob o ponto de vista moral", com Valor 2, e, como de menor

importância, foram apontados, com 15,60% de ocorrências, a "Cultura geral" e

"Capacidade de comunicação com os alunos".

Vale ressaltar que o "Conhecimento técnico atualizado" recebeu 25,00% de

indicações para a máxima importância, logo podemos assegurar que esta é a

principal característica desejável no profissional de Personal Training.

Tabela 4: Distribuição das Opções da Questão 4 – Profissional

Opção Valor 1 Valor 2 Valor 3 Valor 4 Valor 5

A4 4 (12,50%) 1 (3,10%) 4 (12,50%) 4 (12,50%) 2 (6,30%)

B4 5 (15,60%) 3 (9,37%) 0 (0,00%) 1 (3,10%) 0 (0,00%)

C4 4 (12,50%) 3 (9,37%) 6 (18,80%) 1 (3,10%) 2 (6,30%)

D4 3 (9,37%) 4 (12,50%) 2 (6,30%) 10 (31,30%) 8 (25,00%)

E4 3 (9,37%) 4 (12,50%) 5 (15,60%) 5 (15,60%) 3 (9,37%)

F4 5 (15,60%) 3 (9,37%) 5 (15,60%) 2 (6,30%) 2 (6,30%)

G4 1 (3,10%) 4 (12,50%) 1 (3,10%) 3 (9,37%) 2 (6,30%)

H4 3 (9,37%) 1 (3,10%) 1 (3,10%) 4 (12,50%) 6 (18,80%)

I4 1 (3,10%) 3 (9,37%) 5 (15,60%) 1 (3,10%) 3 (9,37%)

J4 3 (9,37%) 6 (18,80%) 3 (9,37%) 1 (3,10%) 4 (12,50%)

Total 32 (100,00%)

32 (100,00%)

32 (100,00%)

32 (100,00%)

32 (100,00%)

Page 88: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

79

Gráfico 4: Evolução das Opções da Questão 4 – Profissional

Para a classificação das prioridades do Trabalho de Personal Trainer

(Tabela 5 e Gráfico 5) (Questão 5), os profissionais indicaram que "Direcionar o

trabalho segundo um planejamento" (28,10%), "Ajustar o plano de acordo com as

variações ocorridas ao longo do seu desenvolvimento" (40,62%), "Trabalhar com

equipe multidisciplinar" (28,10%), "Usar instalações agradáveis e materiais

adequados" (37,50%), e "Adaptar os meios de informática ao trabalho" (28,10%) são

respectivamente as opções em ordem descrescente de priorização.

Com relação ao atendimento ao aluno (Tabela 6 e Gráfico 6) (Questão 6), a

relevância decrescente se estabelece por: "Trabalho permanente com estímulos de

motivação" (43,75%), "Atendimento individual durante as aulas" (21,90%), "Estipular

o número máximo de alunos por professor" (40,62%) e "Atendimento

supervisionado" (46,88%).

Salienta-se que, para a terceira posição, o "Atendimento supervisionado"

recebeu 28,10% das indicações, o estabelecimento de um número máximo de

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

A4 B4 C4 D4 E4 F4 G4 H4 I4 J4

Fre

q.

Ab

solu

ta

Valor 1

Valor 2

Valor 3

Valor 4

Valor 5

Page 89: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

80

alunos e a motivação permanente receberam 25,00% de indicações cada uma, logo

pode-se concluir que todas as opções apresentadas aos profissionais poderiam

ocupar o Valor 3, havendo portanto novo empate técnico para essa posição.

Tabela 5: Distribuição das Opções da Questão 5 – Profissional

Opção Valor 1 Valor 2 Valor 3 Valor 4 Valor 5

A5 3 (9,37%) 2 (6,30%) 4 (12,50%) 6 (18,80%) 9 (28,10%)

B5 1 (3,10%) 4 (12,50%) 6 (18,80%) 13 (40,62%) 6 (18,80%)

C5 6 (18,80%) 2 (6,30%) 9 (28,10%) 4 (12,50%) 6 (18,80%)

D5 6 (18,80%) 4 (12,50%) 3 (9,37%) 3 (9,37%) 2 (6,30%)

E5 2 (6,30%) 12 (37,50%) 6 (18,80%) 2 (6,30%) 3 (9,37%)

F5 9 (28,10%) 3 (9,37%) 2 (6,30%) 1 (3,10%) 2 (6,30%)

G5 4 (12,50%) 5 (15,60%) 1 (3,10%) 3 (9,37%) 3 (9,37%)

H5 1 (3,10%) 0 (0,00%) 1 (3,10%) 0 (0,00%) 1 (3,10%)

Total 32 (100,00%)

32 (100,00%)

32 (100,00%)

32 (100,00%)

32 (100,00%)

Gráfico 5: Evolução das Opções da Questão 5 – Profissional

0

2

4

6

8

10

12

14

A5 B5 C5 D5 E5 F5 G5 H5

Fre

q.

Ab

solu

ta

Valor 1

Valor 2

Valor 3

Valor 4

Valor 5

Page 90: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

81

Tabela 6: Distribuição das Opções da Questão 6 – Profissional

Opção Valor 1 Valor 2 Valor 3 Valor 4

A6 6 (18,80%) 6 (18,80%) 7 (21,90%) 10 (31,30%)

B6 4 (12,50%) 13 (40,62%) 8 (25,00%) 6 (18,80%)

C6 15 (46,88%) 6 (18,80%) 9 (28,10%) 1 (3,10%)

D6 6 (18,80%) 6 (18,80%) 8 (25,00%) 14 (43,75%)

E6 1 (3,10%) 1 (3,10%) 0 (0,00%) 1 (3,10%)

Total 32 (100,00%) 32 (100,00%) 32 (100,00%) 32 (100,00%)

Gráfico 6: Evolução das Opções da Questão 6 – Profissional

Segundo os profissionais, o resultado esperado de um programa de

Personal Training (Tabela 7 e Gráfico 7) (Questão 7), em ordem ascendente de

importância, consiste em promoção da educação para a saúde (21,90%), promoção

de bem estar físico e mental do aluno (15,60%), atendimento das necessidades

identificadas no aluno (25,00%), alcance dos objetivos de cada aluno (21,90%) e

melhoria da qualidade de vida (34,38%).

0

2

4

6

8

10

12

14

16

A6 B6 C6 D6 E6

Fre

q.

Abso

luta

Valor 1

Valor 2

Valor 3

Valor 4

Page 91: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

82

Tabela 7: Distribuição das Opções da Questão 7 – Profissional

Opção Valor 1 Valor 2 Valor 3 Valor 4 Valor 5

A7 1 (3,10%) 3 (9,37%) 8 (25,00%) 7 (21,90%) 7 (21,90%)

B7 1 (3,10%) 5 (15,60%) 3 (9,37%) 6 (18,80%) 11 (34,38%)

C7 4 (12,50%) 1 (3,10%) 3 (9,37%) 7 (21,90%) 3 (9,37%)

D7 2 (6,30%) 1 (3,10%) 3 (9,37%) 3 (9,37%) 2 (6,30%)

E7 1 (3,10%) 2 (6,30%) 2 (6,30%) 1 (3,10%) 1 (3,10%)

F7 2 (6,30%) 4 (12,50%) 2 (6,30%) 2 (6,30%) 1 (3,10%)

G7 2 (6,30%) 0 (0,00%) 6 (18,80%) 2 (6,30%) 3 (9,37%)

H7 7 (21,90%) 6 (18,80%) 1 (3,10%) 1 (3,10%) 0 (0,00%)

I7 2 (6,30%) 1 (3,10%) 1 (3,10%) 1 (3,10%) 1 (3,10%)

J7 2 (6,30%) 2 (6,30%) 1 (3,10%) 0 (0,00%) 1 (3,10%)

K7 4 (12,50%) 5 (15,60%) 1 (3,10%) 2 (6,30%) 1 (3,10%)

L7 4 (12,50%) 2 (6,30%) 1 (3,10%) 0 (0,00%) 1 (3,10%)

Total 32 (100,00%)

32 (100,00%)

32 (100,00%)

32 (100,00%)

32 (100,00%)

Gráfico 7: Evolução das Opções da Questão 7 – Profissional

0

2

4

6

8

10

12

A7 B7 C7 D7 E7 F7 G7 H7 I7 J7 K7 L7

Fre

q. A

bso

luta

Valor 1

Valor 2

Valor 3

Valor 4

Valor 5

Page 92: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

83

Levantamento das Informações Obtidas no Questionário “B”

Antes de discutir-se as expectativas dos usuários de programas de Personal

Training, faz-se necessário apresentarmos sucintamente o perfil dos alunos

estudados, particularmente no que concerne as seguintes variáveis: Sexo, Idade,

Formação Escolar e Profissão, pois estas encontram-se notória e intimamente

relacionadas com questões tais como capacidade de observação; análise crítica;

experiência e exigência de vida; e disponibilidade de tempo e necessidades.

Perfil dos Usuários de Personal Training

A amostra estudada é formada em sua maioria por mulheres (Tabela 1) e

indivíduos com pelo menos 25 anos (77,50%) (Tabela 2 e Gráfico 1). Salientamos,

que na amostra em questão temos 33 (82,50%) (Tabela 3) indivíduos com grau

superior concluído e/ou pós-graduação, o que a priori sugere uma predominância de

algumas profissões. Porém, observamos que tal fato não ocorre (Tabela 4) e que os

25,00% de executivos (Administradores, Empresários e Economista) encontrados

não configuram, por si só, significância estatística, pois o conjunto amostral é muito

heterogêneo para 40 questionários. Soma-se a isto o fato de que, além dos sete

indivíduos exclusivamente estudantes, temos outros sete (Tabela 5) que trabalham e

estudam, o que seguramente modifica a Tabela 4, principalmente quando há um

professor de Educação Física cursando Jornalismo e uma secretária, Fisioterapia.

Page 93: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

84

Tabela 1: Distribuição de Sexo - Aluno

Sexo Freqüência Absoluta

Freqüência Relativa

Freqüência Relativa

Acumulada

Feminino 24 60,00 60,00

Masculino 16 40,00 100,00

Total 40 100,00

Tabela 2: Distribuição de Idades - Aluno

Idade Freqüência Absoluta

Freqüência Relativa

Freqüência Relativa

Acumulada

21 > 5 12,50 12,50

22 a 25 4 10,00 22,50

25 a 28 6 15,00 37,50

28 a 31 7 17,50 55,00

31 a 34 7 17,50 72,50

> 34 11 27,50 100,00

Total 40 100,00

Gráfico 1: Distribuição de Idades - Aluno

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

< 21 22 a 25 25 a 28 28 a 31 31 a 34 34 <

%

Page 94: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

85

Tabela 3: Distribuição de Formação - Aluno

Formação

Freqüência Absoluta

Freqüência Relativa

Freqüência Relativa

Acumulada

Médio 7 17,50 17,50

Outros 3 7,50 25,00

Superior 30 75,00 100,00

Total 40 100,00

Tabela 4: Distribuição de Profissão – Aluno

Profissão Freqüência Absoluta

Freqüência Relativa

Freqüência Relativa

Acumulada

Estudante 7 17,50 17,50

Administrador 5 12,50 30,00

Advogado 2 5,00 35,00

Aeroviária 1 2,50 37,50

Agente de Turismo

1 2,50 40,00

Analista de Sistema

1 2,50 42,50

Arquiteto 2 5,00 47,50

Atleta 2 5,00 52,50

Atriz 1 2,50 55,00

Bailarina 1 2,50 57,50

Comerciante 1 2,50 60,00

Dona de casa 1 2,50 62,50

Economista 1 2,50 65,00

Empresário 4 10,00 75,00

Engenheiro 2 5,00 80,00

Funcionário Pública

1 2,50 82,50

Industriário 1 2,50 85,00

Médico 1 2,50 87,50

Militar 1 2,50 90,00

Produtor de Arte 1 2,50 92,50

Radialista 1 2,50 95,00

Secretária 1 2,50 97,50

Vendedora 1 2,50 100,00

Total 40 100,00

Page 95: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

86

Tabela 5: Distribuição Estudante - Aluno

Estudante Freqüência Absoluta

Freqüência Relativa

Freqüência Relativa

Acumulada

Não 26 65,00 65,00

Sim 14 35,00 100,00

Total 40 100,00

Com base na Tabela 6 e Gráfico 2, podemos afirmar que, para os alunos, o

mais importante para a atuação do Personal Trainer no contexto acadêmico é a

“Graduação acrescida de especialização Lato Sensu em Personal Training” (52,5%),

em segundo lugar aparece a “Graduação acrescida de especialização Lato Sensu”

(40,0%), seguida de “Graduação acrescida de especialização em nível de Extensão”

(35%), “Graduação em Educação Física acrescida de Experiência” (25,0%) e, em

último, a “Graduação em Educação Física” (62,5%).

Merece destaque o fato de que a “Experiência” (veja gráfico 2) do

profissional não dispõe de convergência perante os usuários, pois para 11

pesquisados foi apontada em terceiro lugar e para 10, em segundo, o que

caracteriza um empate técnico. O interessante é que a “Graduação acrescida de

Experiência” não ficou na terceira posição por uma diferença de três pontos em

relação a Graduação acrescida de especialização ao nível de Extensão. Para o

Valor 2, a opção “Graduação em Educação Física acrescida de Experiência”

recebeu 10 indicações contra 13 dadas à “Graduação acrescida de especialização

Lato Sensu” e 12 para a “Graduação acrescida de especialização ao nível de

Extensão”, podendo-se considerar que, comparada à Graduação unicamente, a

experiência é mais importante, porém, no tocante à especialização, a experiência é

menos relevante.

Page 96: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

87

Tabela 6: Distribuição das Opções da Questão 1 - Aluno

Opção Valor 1 Valor 2 Valor 3 Valor 4 Valor 5

A1 25 (62,5%) 3 (7,5 %) 1 (2,5%) 1 (2,5%) 10 (25,0%)

B1 0 (0,0%) 13 (32,5%) 9 (22,5%) 16 (40,0%) 3 (7,5%)

C1 8 (20,0%) 12 (30,0%) 14 (35,0%) 5 (12,5) 0 (0,0%)

D1 3 (7,5%) 2 (5,0%) 5 (12,5%) 10 (25,0%) 21 (52,5%)

E1 4 (10,0%) 10 (25,0%) 11 (27,5%) 8 (20,0%) 6 (15,0%)

Total 40 (100,0%) 40 (100,0%) 40 (100,0%) 40 (100,0%) 40 (100,0%)

Gráfico 2: Evolução das Opções da Questão 1 – Aluno

A1-“Graduação em Educação Física”

B1- “Graduação em Educação Física acrescida de Especialização Lato Sensu”

C1 “Graduação em Educação Física acrescida de Especialização em nível de

Extensão”

D1- “Graduação em Educação Física acrescida de Especialização Lato Sensu em

Personal Training”

E1-“Graduação em Educação Física acrescida de Experiência”

0

5

10

15

20

25

A1 B1 C1 D1 E1

Fre

q.

Abso

luta

Valor 1

Valor 2

Valor 3

Valor 4

Valor 5

Page 97: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

88

Na Tabela 7 e Gráfico 3 nota-se que o “Conhecimento em campos

específicos da Biologia” é considerado a área de domínio mais importante com

37,5% de concordância entre os usuários, em segundo lugar surge a opção

“Conhecimento na área de avaliação física”, escolhida por 30% dos pesquisados.

Com 22,5%, “Treinamento esportivo” surge em terceiro e em quarto temos

“Conhecimento na área de Nutrição” (17,5%). Para o Valor 1, não há conclusão com

relação a opção apontada pelos usuários, talvez “Conhecimentos na área de

Educação Física” seja a detentora de maiores indícios.

Vale ressaltar que entre a maioria das opções existe uma indefinição muito

grande, com destaque para “Conhecimento na área de Nutrição” com seis (15,0%) e

sete (17,5%) indicações para Valor 2 e 3, respectivamente, e “Conhecimento na área

de Educação Física” com nove (22,5%), oito (20,0%) e oito (20,0%) indicações para

Valor 5, 3 e 1, respectivamente. Podemos afirmar que a opção “Conhecimento

moral-ético” dentre as escolhidas é aquela de menor relevância, pois somente

recebeu três indicações, sendo duas (5,0%) para Valor 1 e uma (2,5%) para Valor 4.

Em última análise temos para esta questão um volume significativo de empates

técnicos, o que sugere indefinição com relação as classificações para os valores 3, 2

e 1.

Page 98: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

89

Tabela 7: Distribuição das Opções da Questão 2 - Aluno

Opção Valor 1 Valor 2 Valor 3 Valor 4 Valor 5

A2 3 (7,5%) 5 (12,5%) 6 (15,0%) 4 (10,0%) 15 (37,5%)

B2 6 (15,0%) 4 (10,0%) 4 (10,0%) 6 (15,0%) 2 (5,0%)

C2 1 (2,5%) 8 (20,0%) 4 (10,0%) 12 (30,0%) 9 (22,5%)

D2 5 (12,5%) 9 (22,5%) 9 (22,5%) 3 (7,5%) 2 (5,0%)

E2 3 (7,5%) 7 (17,5%) 6 (15,0%) 1 (2,5%) 0 (0,0%)

F2 5 (12,5%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 2 (5,0%) 0 (0,0%)

G2 8 (20,0%) 5 (12,5%) 8 (20,0%) 5 (12,5%) 9 (22,5%)

H2 2 (5,0%) 0 (0,0%) 3 (7,5%) 3 (7,5%) 1 (2,5%)

I2 2 (5,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 1 (2,5%) 0 (0,0%)

J2 5 (12,5%) 2 (5,0%) 0 (0,0%) 3 (7,5%) 2 (5,0%)

Total 40 (100,0%) 40 (100,0%) 40 (100,0%) 40 (100,0%) 40 (100,0%)

Gráfico 3: Evolução das Opções da Questão 2 – Aluno

Expectativas dos Usuários de Programas de Personal Training

A Tabela 8 e Gráfico 4 apresenta as pontuações obtidas pelas opções

referentes ao que o aluno espera do Personal Trainer (Pergunta 3), neles pode-se

observar que o “Conhecimento técnico atualizado” (45,5%) é, inquestionavelmente, a

0

2

4

6

8

10

12

14

16

A2 B2 C2 D2 E2 F2 G2 H2 I2 J2

Fre

q.

Abso

luta

Valor 1

Valor 2

Valor 3

Valor 4

Valor 5

Page 99: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

90

maior expectativa dos usuários, seguida da “Experiência profissional” (27,5%). Nas

posições subseqüentes temos “Seriedade” (17,5%), “Atenção especial” (12,5%) e,

finalmente, “Que o estimule para um estilo de vida ativo” (15,0%).

As duas primeiras posições podem indicar, a priori, uma contradição com

aqueles obtidos na primeira questão, porém é conveniente salientarmos que a

atualização profissional é obtida em cursos de pós-graduação, o que torna os

resultados das duas questões convergentes, pois as opções que apresentaram

maior destaque na primeira questão foram àquelas referentes à especialização (pós-

graduação).

Diante disso, podemos concluir que o usuário de programas de Personal

Training espera que o profissional com quem trabalha seja atualizado, comprometido

com o seu trabalho e que demonstre interesse profissional pelo desempenho do

aluno, o que significa que a relevância deste trabalho não consiste somente na

atividade física, mas igualmente no relacionamento entre professor e aluno.

Page 100: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

91

Tabela 8: Distribuição das Opções da Questão 3 - Aluno

Opção Valor 1 Valor 2 Valor 3 Valor 4 Valor 5

A3 0 (0,0%) 1 (2,5%) 0 (0,0%) 1 (2,5%) 2 (5,0%)

B3 4 (10,0%) 5 (12,5%) 4 (10,0%) 7 (17,5%) 2 (5,0%)

C3 2 (5,0%) 2 (5,0%) 3 (7,5%) 0 (0,0%) 0 (0,0%)

D3 2 (5,0%) 1 (2,5%) 1 (2,5%) 1 (2,5%) 2 (5,0%)

E3 2 (5,0%) 1 (2,5%) 1 (2,5%) 1 (2,5%) 0 (0,0%)

F3 5 (12,5%) 4 (10,0%) 5 (12,5%) 7 (17,5%) 5 (12,5%)

G3 3 (7,5%) 5 (12,5%) 7 (17,5%) 1 (2,5%) 1 (2,5%)

H3 3 (7,5%) 4 (10,0%) 2 (5,0%) 2 (5,0%) 1 (2,5%)

I3 2 (5,0%) 4 (10,0%) 5 (12,5%) 6 (15,0%) 18 (45,0%)

J3 0 (0,0%) 1 (2,5%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 1 (2,5%)

K3 6 (15,0%) 5 (12,5%) 7 (17,5%) 11 (27,5%) 5 (12,5%)

L3 6 (15,0%) 5 (12,5%) 2 (5,0%) 2 (5,0%) 2 (5,0%)

M3 3 (7,5%) 2 (5,0%) 0 (0,0%) 1 (2,5%) 0 (0,0%)

N3 1 (2,5%) 0 (0,0%) 2 (5,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%)

O3 1 (2,5%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%)

P3 0 (0,0%) 0 (0,0%) 1 (2,5%) 0 (0,0%) 1 (2,5%)

Total 40 (100,0%) 40 (100,0%) 40 (100,0%) 40 (100,0%) 40 (100,0%)

Gráfico 4: Evolução das Opções da Questão 3 – Aluno

As verdadeiras causas de ingresso dos usuários em programa de Personal

Training (Questão 4) (Tabela 9 e Gráfico 5) são “Estética” (45,0%), “Saúde” (30,0%),

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

A3 B3 C3 D3 E3 F3 G3 H3 I3 J3 K3 L3 M3 N3 O3 P3

Fre

q.

Abso

luta

Valor 1

Valor 2

Valor 3

Valor 4

Valor 5

Page 101: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

92

“Qualidade de Vida” (30,0%), “Obter resultados rápidos” (15,0%) e “Bem estar”

(22,5%) para os valores 5, 4, 3, 2 e 1 respectivamente, em geral estas opções

apresentaram-se bem equilibradas em todos os valores, excetuando-se o

dominante, o que é um forte indício de que formam um conjunto bem definido de

aspectos motivacionais para a prática física em programas de Personal Training.

Tabela 9: Distribuição das Opções da Questão 4 - Aluno

Opção Valor 1 Valor 2 Valor 3 Valor 4 Valor 5

A4 0 (0,0%) 1 (2,5%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%)

B4 2 (5,0%) 4 (10,0%) 5 (12,5%) 6 (15,0%) 18 (45,0%)

C4 1 (2,5%) 0 (0,0%) 1 (2,5%) 1 (2,5%) 2 (5,0%)

D4 1 (2,5%) 2 (5,0%) 7 (17,5%) 0 (0,0%) 3 (7,5%)

E4 2 (5,0%) 6 (15,0%) 6 (15,0%) 12 (30,0%) 7 (17,5%)

F4 4 (10,0%) 6 (15,0%) 12 (30,0%) 8 (20,0%) 1 (2,5%)

G4 7 (17,5%) 2 (5,0%) 1 (2,5%) 1 (2,5%) 0 (0,0%)

I4 9 (22,5%) 6 (15,0%) 5 (12,5%) 3 (7,5%) 1 (2,5%)

J4 3 (7,5%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%)

K4 2 (5,0%) 1 (2,5%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%)

L4 2 (5,0%) 4 (10,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%)

O4 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 3 (7,5%) 2 (5,0%)

P4 2 (5,0%) 2 (5,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 1 (2,5%)

R4 1 (2,5%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%)

S4 4 (10,0%) 6 (15,0%) 3 (7,5%) 6 (15,0%) 3 (7,5%)

T4 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 1 (2,5%)

Total 40 (100,0%) 40 (100,0%) 40 (100,0%) 40 (100,0%) 40 (100,0%)

Page 102: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

93

Gráfico 5: Evolução das Opções da Questão 4 – Aluno

Com o apoio da Tabela 10 e do Gráfico 6, temos que, uma vez pertencente

a um programa de Personal Training (Questão 5), os usuários esperam como

resultados mais relevantes do mesmo “Atingir seus objetivos” (32,5%) e “Conseguir

resultados estéticos” (20,0%). Para o Valor 3 não foi encontrada uma definição clara.

“Desenvolver um estilo de vida ativo” (25,0%) foi apontada como o quarto resultado

mais procurado pelos usuários. A posição de menor valor foi ocupada pela opção

“Promover bem estar físico e mental” (25,0%).

Com relação ao terceiro resultado mais importante, temos um equilíbrio

entre “Atender às suas necessidades” e “Melhorar sua qualidade de vida”, ambas

com cinco (12,5%) indicações. Esse quadro confuso nos leva a concluir que o

terceiro resultado mais almejado pelos usuários de programas de Personal Training

não tem definição. O exposto para a expectativa de resultado pós-ingresso no

Personal Training demonstra a necessidade dos profissionais estarem atentos às

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

A4 B4 C4 D4 E4 F4 G4 I4 J4 K4 L4 O4 P4 R4 S4 T4

Fre

q.

Abso

luta

Valor 1

Valor 2

Valor 3

Valor 4

Valor 5

Page 103: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

94

particularidades de cada aluno, buscando favorecer o alcance dos objetivos

individuais.

Tabela 10: Distribuição das Opções da Questão 5 - Aluno

Opção Valor 1 Valor 2 Valor 3 Valor 4 Valor 5

A5 0 (0,0%) 4 (10,0%) 5 (12,5%) 3 (7,5%) 3 (7,5%)

B5 2 (5,0%) 2 (5,0%) 8 (20,0%) 6 (15,0%) 13 (32,5%)

C5 8 (20,0%) 3 (7,5%) 5 (12,5%) 4 (10,0%) 3 (7,5%)

D5 2 (5,0%) 3 (7,5%) 5 (12,5%) 8 (20,0%) 11 (27,5%)

E5 3 (7,5%) 5 (12,5%) 4 (10,0%) 4 (10,0%) 2 (5,0%)

F5 3 (7,5%) 10 (25,0%) 1 (2,5%) 0 (0,0%) 0 (0,0%)

G5 9 (22,5%) 5 (12,5%) 4 (10,0%) 5 (12,5%) 4 (10,0%)

H5 10 (25,0%) 8 (20,0%) 5 (12,5%) 4 (10,0%) 1 (2,5%)

I5 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 1 (2,5%)

J5 3 (7,5%) 0 (0,0%) 3 (7,5%) 6 (15,0%) 2 (5,0%)

Total 40 (100,0%) 40 (100,0%) 40 (100,0%) 40 (100,0%) 40 (100,0%)

Gráfico 6: Evolução das Opções da Questão 5 – Aluno

0

2

4

6

8

10

12

14

A5 B5 C5 D5 E5 F5 G5 H5 I5 J5

Fre

q. A

bso

luta

Valor 1

Valor 2

Valor 3

Valor 4

Valor 5

Page 104: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

95

Cruzamento de Dados segundo a Idade e Sexo dos Entrevistados

Quando analisamos a variação das respostas à Questão 1 segundo a Idade

dos entrevistados, temos que os indivíduos com pelo menos 25 anos, em geral,

apontam a “Graduação em Educação Física” como a opção de menor relevância no

tocante à formação acadêmica do profissional de Personal Training. Para a opção

merecedora do Valor 2, notamos que somente há convergência nas faixas etárias de

25 a 28, que escolheram a “Graduação acrescida de especialização em nível de

especialização” e 31 a 34, “Graduação acrescida de especialização Lato Sensu”.

Com relação ao Valor 3 não podemos afirmar que há convergência sobre qualquer

opção apresentada em nenhuma faixa etária. Porém, para o Valor 4, temos em

“Graduação acrescida de especialização Lato Sensu” o consenso relativo entre para

as pessoas entre 25 e 28 anos. Foi considerada a mais relevante para os

entrevistados nas faixas de 28 a 31 e > 34 anos, a opção de “Graduação acrescida

de especialização Lato Sensu em Personal Training”.

Page 105: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

96

Tabela 11: Cruzamento entre Idade e Questão 1 - Aluno

Valor Opção Idade

21 > 22 a 25

25 a 28

28 a 31

31 a 34

> 34 Total

1 A1 1 2 5 5 5 7 25

C1 1 2 1 1 2 1 8

D1 1 2 3

E1 2 1 1 4

Total 5 4 6 7 7 11 40

2 A1 1 1 1 3

B1 2 2 1 1 5 2 13

C1 4 3 1 4 12

D1 1 1 2

E1 2 2 2 1 3 10

Total 5 4 6 7 7 11 40

3 A1 1 1

B1 1 1 1 3 3 9

C1 3 2 1 2 1 5 14

D1 1 3 1 5

E1 1 1 3 2 2 2 11

Total 5 4 6 7 7 11 40

4 A1 1 1

B1 2 1 4 2 2 5 16

C1 1 1 2 1 5

D1 1 2 1 2 2 2 10

E1 1 1 2 1 3 8

Total 5 4 6 7 7 11 40

5 A1 2 2 1 1 1 3 10

B1 1 1 1 3

D1 3 2 3 5 2 6 21

E1 2 3 1 6

Total 5 4 6 7 7 11 40

A relação entre faixa etária e conhecimentos considerados importantes à

atividade do Personal Trainer (Tabela 12) demonstra que para os indivíduos entre 31

e 34 anos, o mais relevante é o conhecimento de “Biomecânica e/ou Cinesiologia”.

Para o Valor 4, 54,5% dos indivíduos com mais de 34 anos escolheram

“Conhecimento na área de Educação Física”. Nesse mesmo grupo etário e também

Page 106: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

97

com 54,5% surge a opção “Conhecimento em campos específicos da Biologia” como

a menos importante dentre o conjunto apresentado. Para este Valor 5, o grupo de

31 a 34 anos escolheu “Conhecimento na área de avaliação física” (57,14%). No

mais, não é possível ter-se qualquer conclusão entre conhecimentos considerados

importantes e faixa etária, o que volta a ocorrer no cruzamento do que o usuário

espera do Personal Trainer e Idade (Tabela 13), a exceção do Valor 3 apontado na

categoria até 21 anos, “Conhecimento técnico atualizado” com 60,0% das

indicações. Ressalta-se que esta opção é tida por 71,23% dos indivíduos entre 31 e

34 anos como a de maior expectativa.

A Tabela 14 demonstra que, para 50,0% das pessoas entre 25 e 28 anos, o

“Bem estar” é citado como a causa de menor importância para ingresso em

programa de Personal Training. Os indivíduos com idades no intervalo de 28 a 31

anos declararam que “Saúde” (57,14%) e “Qualidade de Vida” (71,42%) foram as

causas motivadoras de Valor 2 e 3, respectivamente, para o ingresso, sendo a

“Estética” a mais relevante para 57,14% dos representantes dessa faixa etária e

daqueles entre 31 e 34 anos de idade.

Enquanto participantes de um programa de Personal Training, os usuários

declaram esperarem com Valor 1 “Melhorar a saúde”, 66,67% dos indivíduos entre

25 e 28 anos; Valor 3, “Atingir seus objetivos” para 57,14 % na faixa etária de 31 a

34 anos; e “Atingir seus objetivos” com Valor 5 para 57,14% dos representantes do

grupo entre 28 e 31 anos.

Page 107: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

98

Tabela 12: Cruzamento entre Idade e Questão 2 - Aluno

Valor Opção IDADE

21 > 22 a 25

25 a 28

28 a 31

31 a 34

> 34 Total

1 A2 1 2 3

B2 2 4 6

C2 1 1

D2 2 2 1 5

E2 1 2 3

F2 1 1 1 2 5

G2 2 1 3 2 8

H2 2 2

I2 1 1 2

J2 1 1 2 1 5

Total 5 4 6 7 7 11 40

2 A2 1 2 1 1 5

B2 1 1 2 4

C2 1 2 1 1 3 8

D2 1 1 2 1 4 9

E2 1 1 3 2 7

G2 1 1 1 1 1 5

J2 1 1 2

Total 5 4 6 7 7 11 40

3 A2 1 2 2 1 6

B2 1 3 4

C2 1 1 1 1 4

D2 1 1 1 1 2 3 9

E2 1 2 1 1 1 6

G2 1 1 2 1 3 8

H2 2 1 3

Total 5 4 6 7 7 11 40

4 A2 2 2 4

B2 1 2 1 2 6

C2 1 1 3 1 6 12

D2 1 1 1 3

E2 1 1

F2 1 1 2

G2 1 3 1 5

H2 1 1 1 3

I2 1 1

J2 1 2 3

Total 5 4 6 7 7 11 40

Page 108: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

99

5 A2 2 2 2 2 1 6 15

B2 1 1 2

C2 2 2 4 1 9

D2 1 1 2

G2 2 1 2 2 2 9

H2 1 1

J2 1 1 2

Total 5 4 6 7 7 11 40

Tabela 13: Cruzamento entre Idade e Questão 3 - Aluno

Valor Opção IDADE

21 > 22 a 25

25 a 28

28 a 31

31 a 34

> 34 Total

1 B3 1 1 1 1 4

C3 1 1 2

D3 1 1 2

E3 1 1 2

F3 1 1 1 1 1 5

G3 1 2 3

H3 1 1 1 3

I3 1 1 2

K3 2 3 1 6

L3 1 2 2 1 6

M3 1 1 1 3

N3 1 1

O3 1 1

Total 5 4 6 7 7 11 40

2 A3 1 1

B3 2 1 2 5

C3 1 1 2

D3 1 1

E3 1 1

F3 1 1 2 4

G3 1 2 2 5

H3 1 1 1 1 4

I3 1 1 2 4

J3 1 1

K3 2 1 2 5

L3 1 1 1 2 5

M3 2 2

Total 5 4 6 7 7 11 40

Page 109: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

100

3 B3 1 1 1 1 4

C3 1 1 1 3

D3 1 1

E3 1 1

F3 1 2 1 1 5

G3 1 2 2 2 7

H3 1 1 2

I3 3 1 1 5

K3 2 1 1 3 7

L3 1 1 2

N3 1 1 2

P3 1 1

Total 5 4 6 7 7 11 40

4 A3 1 1

B3 2 2 1 2 7

D3 1 1

E3 1 1

F3 1 1 3 2 7

G3 1 1

H3 1 1 2

I3 1 2 3 6

K3 2 1 3 5 11

L3 1 1 2

M3 1 1

Total 5 4 6 7 7 11 40

5 A3 1 1 2

B3 1 1 2

D3 1 1 2

F3 1 1 3 5

G3 1 1

H3 1 1

I3 2 3 3 5 5 18

J3 1 1

K3 1 1 1 1 1 5

L3 1 1 2

P3 1 1

Total 5 4 6 7 7 11 40

Page 110: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

101

Tabela 14: Cruzamento entre Idade e Questão 4 – Aluno

Opção IDADE

21 > 22 a 25

25 a 28

28 a 31

31 a 34

> 34 Total

1 B4 1 1 2

C4 1 1

D4 1 1

E4 1 1 2

F4 1 1 2 4

G4 1 2 1 3 7

I4 1 3 1 2 2 9

J4 2 1 3

K4 2 2

L4 1 1 2

P4 1 1 2

R4 1 1

S4 1 1 1 1 4

Total 5 3 6 7 7 11 40

2 A4 1 1

B4 1 1 2 4

D4 1 1 2

E4 1 1 4 6

F4 3 1 1 1 6

G4 1 1 2

I4 2 1 1 2 6

K4 1 1

L4 2 1 1 4

P4 1 1 2

S4 1 1 1 2 6

Total 5 3 6 7 7 11 40

3 B4 1 2 1 1 5

C4 1 1

D4 1 2 4 7

E4 2 1 1 2 6

F4 1 1 5 2 3 12

G4 1 1

I4 1 2 1 5

S4 1 1 1 3

Total 5 3 6 7 7 11 40

Page 111: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

102

4 B4 2 1 1 1 1 6

C4 1 1

E4 1 2 3 3 2 12

F4 3 2 3 8

G4 1 1

I4 1 2 3

O4 1 2 3

S4 1 1 1 1 2 6

Total 5 3 6 7 7 11 40

5 B4 2 1 1 4 4 5 18

C4 1 1 2

D4 2 1 3

E4 2 1 4 7

F4 1 1

I4 1 1

I5 1 1

O4 2 2

P4 1 1

S4 2 1 3

T4 1 1

Total 5 3 6 7 7 11 40

Tabela 15: Cruzamento entre Idade e Questão 5 – Aluno

Valor Opção IDADE

21 > 22 a 25

25 a 28

28 a 31

31 a 34

> 34 Total

1 B5 1 1 2

C5 1 1 2 2 2 8

D5 1 1 2

E5 1 1 1 3

F5 3 3

G5 1 1 4 2 1 9

H5 2 2 3 3 10

J5 1 1 1 3

Total 5 4 6 7 7 11 40

Page 112: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

103

2 A5 1 2 1 4

B5 1 1 2

C5 1 1 1 3

D5 2 1 3

E5 2 1 1 1 5

F5 2 2 1 1 2 2 10

G5 1 1 3 5

H5 1 2 2 1 2 8

Total 5 4 6 7 7 11 40

3 A5 1 1 3 5

B5 1 3 4 8

C5 1 2 1 1 5

D5 1 1 1 2 5

E5 2 1 1 4

F5 1 1

G5 1 1 1 1 4

H5 1 1 3 5

J5 1 1 1 3

Total 5 4 6 7 7 11 40

4 A5 1 1 1 3

B5 2 1 3 6

C5 2 1 1 4

D5 1 1 1 2 2 1 8

E5 1 1 2 4

G5 1 1 1 1 1 5

H5 1 1 1 1 4

J5 1 1 1 1 2 6

Total 5 4 6 7 7 11 40

5 A5 1 1 1 3

B5 1 1 3 4 2 2 13

C5 1 1 1 3

D5 2 1 2 2 4 11

E5 1 1 2

G5 1 1 2 4

H5 1 1

I5 1 1

J5 1 1 2

Total 5 4 6 7 7 11 40

Page 113: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

104

Pode-se afirmar que em geral as prioridades de homens e mulheres, no

tocante ao programa de Personal Training, não são distintas, apresentando alguns

aspectos de destaque. A formação acadêmica do profissional (Tabela 16) menos

prioritária é a "Graduação em Educação Física", para 50,0% dos homens e 70,83%

das mulheres. Para 50,0% do grupo masculino, a "Graduação acrescida de

Especialização Lato Sensu" é merecedora do Valor 4, sendo que o Lato Sensu em

Personal Training é a melhor adequação para 62,5% dos homens e 45,83% das

mulheres no que se refere à atuação do Personal Trainer.

Com relação aos conhecimentos considerados mais importantes ao

profissional (Tabela 17), não há evidência estatística significativa de alguma

prioridade, segundo a dicotomia sexual.

Quanto às expectativas em relação ao Personal Trainer (Tabela 18), para as

mulheres o "Conhecimento técnico atualizado" foi considerado como de máxima

relevância. Nota-se que a causa que leva homens (50,0%) e mulheres (41,67%) a

ingressarem em um programa de Personal Training (Tabela 19) é principalmente a

"Estética".

Finalmente, a expectativa relacionada aos resultados do programa (Tabela

20) é "Atingir seus objetivos" para 50,0% do grupo masculino e "Conseguir

resultados estéticos" para a maioria do feminino (37,5%). Observa-se que, não

necessariamente, isso reflete uma divergência absoluta, pois o alcance de objetivos

pode significar obter resultados estéticos.

Page 114: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

105

Tabela 16: Cruzamento entre Sexo e Questão 1 – Aluno

Valor Opção Sexo

Feminino Masculino Total

1 A1 17 8 25

C1 6 2 8

D1 1 2 3

E1 4 4

Total 24 16 40

2 A1 3 3

B1 9 4 13

C1 8 4 12

D1 2 2

E1 5 5 10

Total 24 16 40

3 A1 1 1

B1 5 4 9

C1 7 7 14

D1 3 2 5

E1 8 3 11

Total 24 16 40

4 A1 1 1

B1 8 8 16

C1 3 2 5

D1 8 2 10

E1 5 3 8

Total 24 16 40

5 A1 6 4 10

B1 2 1 3

D1 11 10 21

E1 5 1 6

Total 24 16 40

Page 115: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

106

Tabela 17: Cruzamento entre Sexo e Questão 2 – Aluno

Valor Opção Sexo

Feminino Masculino Total

1 A2 1 2 3

B2 3 3 6

C2 1 1

D2 5 5

E2 2 1 3

F2 3 2 5

G2 5 3 8

H2 1 1 2

I2 2 2

J2 2 3 5

Total 24 16 40

2 A2 4 1 5

B2 2 2 4

C2 7 1 8

D2 4 5 9

E2 3 4 7

G2 2 3 5

J2 2 2

Total 24 16 40

3 A2 5 1 6

B2 1 3 4

C2 3 1 4

D2 6 3 9

E2 5 1 6

G2 3 5 8

H2 1 2 3

Total 24 16 40

4 A2 3 1 4

B2 4 2 6

C2 5 7 12

D2 1 2 3

E2 1 1

F2 2 2

G2 4 1 5

H2 3 3

I2 1 1

J2 2 1 3

Total 24 16 40

Page 116: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

107

5 A2 9 6 15

B2 1 1 2

C2 5 4 9

D2 1 1 2

G2 6 3 9

H2 1 1

J2 1 1 2

Total 24 16 40

Tabela 18: Cruzamento entre Sexo e Questão 3 – Aluno

Valor Opção Sexo

Feminino Masculino Total

1 B3 1 3 4

C3 1 1 2

D3 1 1 2

E3 1 1 2

F3 3 2 5

G3 3 3

H3 2 1 3

I3 1 1 2

K3 3 3 6

L3 4 2 6

M3 3 3

N3 1 1

O3 1 1

Total 24 16 40

2 A3 1 1

B3 4 1 5

C3 2 2

D3 1 1

E3 1 1

F3 2 2 4

G3 3 2 5

H3 2 2 4

I3 2 2 4

J3 1 1

K3 2 3 5

L3 3 2 5

M3 1 1 2

Total 24 16 40

Page 117: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

108

3 B3 2 2 4

C3 2 1 3

D3 1 1

E3 1 1

F3 3 2 5

G3 2 5 7

H3 1 1 2

I3 4 1 5

K3 5 2 7

L3 1 1 2

N3 1 1 2

P3 1 1

Total 24 16 40

4 A3 1 1

B3 6 1 7

D3 1 1

E3 1 1

F3 2 5 7

G3 1 1

H3 2 2

I3 4 2 6

K3 8 3 11

L3 1 1 2

M3 1 1

Total 24 16 40

5 A3 2 2

B3 1 1 2

D3 2 2

F3 4 1 5

G3 1 1

H3 1 1

I3 12 6 18

J3 1 1

K3 2 3 5

L3 2 2

P3 1 1

Total 24 16 40

Page 118: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

109

Tabela 19: Cruzamento entre Sexo e Questão 4 – Aluno

Valor Opção Sexo

Feminino Masculino Total

1 B4 1 1 2

C4 1 1

D4 1 1

E4 2 2

F4 3 1 4

G4 4 3 7

I4 3 6 9

J4 2 1 3

K4 2 2

L4 2 2

P4 2 2

R4 1 1

S4 3 1 4

Total 24 16 40

2 A4 1 1

B4 3 1 4

D4 1 1 2

E4 4 2 6

F4 3 3 6

G4 1 1 2

I4 4 2 6

K4 1 1

L4 3 1 4

P4 1 1 2

S4 3 3 6

Total 24 16 40

3 B4 3 2 5

C4 1 1

D4 4 3 7

E4 1 5 6

F4 9 3 12

G4 1 1

I4 4 1 5

S4 1 2 3

Total 24 16 40

Page 119: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

110

4 B4 5 1 6

C4 1 1

E4 8 4 12

F4 1 7 8

G4 1 1

I4 2 1 3

O4 2 1 3

S4 5 1 6

Total 24 16 40

5 B4 10 8 18

C4 2 2

D4 2 1 3

E4 4 3 7

F4 1 1

I4 1 1

I5 1 1

O4 2 2

P4 1 1

S4 3 3

T4 1 1

Total 24 16 40

Tabela 20: Cruzamento entre Sexo e Questão 5 – Aluno

Valor Opção Sexo

Feminino Masculino Total

1 B5 2 2

C5 5 3 8

D5 2 2

E5 1 2 3

F5 1 2 3

G5 6 3 9

H5 6 4 10

J5 3 3

Total 24 16 40

Page 120: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

111

2 A5 1 3 4

B5 2 2

C5 2 1 3

D5 1 2 3

E5 2 3 5

F5 8 2 10

G5 3 2 5

H5 5 3 8

Total 24 16 40

3 A5 3 2 5

B5 6 2 8

C5 4 1 5

D5 3 2 5

E5 2 2 4

F5 1 1

G5 2 2 4

H5 2 3 5

J5 1 2 3

Total 24 16 40

4 A5 2 1 3

B5 3 3 6

C5 1 3 4

D5 5 3 8

E5 2 2 4

G5 2 3 5

H5 4 4

J5 5 1 6

Total 24 16 40

5 A5 2 1 3

B5 5 8 13

C5 1 2 3

D5 9 2 11

E5 1 1 2

G5 4 4

H5 1 1

I5 1 1

J5 1 1 2

Total 24 16 40

Page 121: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

112

Cruzamento de dados entre Entrevistados Estudantes e Não Estudantes

Conforme esperado, temos na Tabela 21 a "Graduação em Educação

Física" considerada por 65,38% dos não estudantes e 57,14% dos estudantes como

de menor importância para atuação do Personal Trainer. Por outro lado, a

"Graduação acrescida de especialização em nível de Extensão" foi apontada como

de relevância média (Valor 3) por 57,14% dos estudantes. Para 64,29% do grupo

estudantil a “Especialização Lato Sensu em Personal Training” é o mais prioritário,

tal opinião encontra ratificação em 46,15% dos profissionais.

O cruzamento entre a classificação de estudantes e a importância de

conhecimentos (Tabela 22) não demonstrou aspectos conclusivos. Fato análogo

ocorreu na expectativa em relação ao Personal Trainer (Tabela 23) e ao programa

que o usuário frequenta (Tabela 24). Porém, na declaração das verdadeiras causas

para ingresso em um programa de Personal Training (Tabela 25), metade dos

profissionais afirmaram que o principal motivo foi a de ordem estética.

Tabela 21: Cruzamento entre Estudante e Questão 1 – Aluno

Valor Opção Estudante

Não Sim Total

1 A1 17 8 25

C1 6 2 8

D1 1 2 3

E1 2 2 4

Total 26 14 40

2 A1 2 1 3

B1 8 5 13

C1 9 3 12

D1 2 2

E1 5 5 10

Total 26 14 40

Page 122: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

113

3 A1 1 1

B1 7 2 9

C1 6 8 14

D1 5 5

E1 8 3 11

Total 26 14 40

4 A1 1 1

B1 10 6 16

C1 4 1 5

D1 6 4 10

E1 6 2 8

Total 26 14 40

5 A1 7 3 10

B1 2 1 3

D1 12 9 21

E1 5 1 6

Total 26 14 40

Tabela 22: Cruzamento entre Estudante e Questão 2 – Aluno

Valor Opção Estudante

Não Sim Total

1 A2 2 1 3

B2 6 6

C2 1 1

D2 4 1 5

E2 2 1 3

F2 2 3 5

G2 4 4 8

H2 1 1 2

I2 2 2

J2 3 2 5

Total 26 14 40

2 A2 3 2 5

B2 4 4

C2 6 2 8

D2 5 4 9

E2 4 3 7

G2 2 3 5

J2 2 2

Total 26 14 40

Page 123: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

114

3 A2 5 1 6

B2 4 4

C2 1 3 4

D2 5 4 9

E2 6 6

G2 4 4 8

H2 1 2 3

Total 26 14 40

4 A2 2 2 4

B2 2 4 6

C2 10 2 12

D2 1 2 3

E2 1 1

F2 2 2

G2 4 1 5

H2 3 3

I2 1 1

J2 1 2 3

Total 26 14 40

5 A2 9 6 15

B2 2 2

C2 6 3 9

D2 1 1 2

G2 8 1 9

H2 1 1

J2 2 2

Total 26 14 40

Page 124: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

115

Tabela 23: Cruzamento entre Estudante e Questão 3 – Aluno

Valor Opção Estudante

Não Sim Total

1 B3 3 1 4

C3 1 1 2

D3 2 2

E3 2 2

F3 2 3 5

G3 2 1 3

H3 2 1 3

I3 2 2

K3 3 3 6

L3 3 3 6

M3 2 1 3

N3 1 1

O3 1 1

Total 26 14 40

2 A3 1 1

B3 5 5

C3 1 1 2

D3 1 1

E3 1 1

F3 3 1 4

G3 2 3 5

H3 2 2 4

I3 3 1 4

J3 1 1

K3 2 3 5

L3 5 5

M3 2 2

Total 26 14 40

Page 125: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

116

3 B3 4 4

C3 2 1 3

D3 1 1

E3 1 1

F3 2 3 5

G3 5 2 7

H3 1 1 2

I3 2 3 5

K3 7 7

L3 2 2

N3 2 2

P3 1 1

Total 26 14 40

4 A3 1 1

B3 3 4 7

D3 1 1

E3 1 1

F3 6 1 7

G3 1 1

H3 2 2

I3 6 6

K3 8 3 11

L3 1 1 2

M3 1 1

Total 26 14 40

5 A3 2 2

B3 2 2

D3 2 2

F3 4 1 5

G3 1 1

H3 1 1

I3 12 6 18

J3 1 1

K3 4 1 5

L3 1 1 2

P3 1 1

Total 26 14 40

Page 126: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

117

Tabela 24: Cruzamento entre Estudante e Questão 5 – Aluno

Valor Opção Estudante

Não Sim Total

1 B5 2 2

C5 3 5 8

D5 2 2

E5 2 1 3

F5 3 3

G5 7 2 9

H5 8 2 10

J5 3 3

Total 26 14 40

2 A5 2 2 4

B5 1 1 2

C5 3 3

D5 3 3

E5 3 2 5

F5 7 3 10

G5 3 2 5

H5 4 4 8

Total 26 14 40

3 A5 4 1 5

B5 6 2 8

C5 3 2 5

D5 3 2 5

E5 3 1 4

F5 1 1

G5 2 2 4

H5 3 2 5

J5 2 1 3

Total 26 14 40

4 A5 2 1 3

B5 3 3 6

C5 4 4

D5 5 3 8

E5 2 2 4

G5 3 2 5

H5 3 1 4

J5 4 2 6

Total 26 14 40

Page 127: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

118

5 A5 1 2 3

B5 9 4 13

C5 2 1 3

D5 8 3 11

E5 1 1 2

G5 3 1 4

H5 1 1

I5 1 1

J5 1 1 2

Total 26 14 40

Tabela 25: Cruzamento entre Estudante e Questão 4 – Aluno

Valor Opção Estudante

Não Sim Total

1 B4 2 2

C4 1 1

D4 1 1

E4 2 2

F4 2 2 4

G4 6 1 7

I4 6 3 9

J4 3 3

K4 2 2

L4 2 2

P4 2 2

R4 1 1

S4 3 1 4

Total 26 14 40

2 A4 1 1

B4 4 4

D4 1 1 2

E4 3 3 6

F4 3 3 6

G4 2 2

I4 3 3 6

K4 1 1

L4 4 4

P4 1 1 2

S4 3 3 6

Total 26 14 40

3 B4 4 1 5

Page 128: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

119

C4 1 1

D4 4 3 7

E4 3 3 6

F4 10 2 12

G4 1 1

I4 2 3 5

S4 2 1 3

Total 26 14 40

4 B4 2 4 6

C4 1 1

E4 11 1 12

F4 4 4 8

G4 1 1

I4 2 1 3

O4 2 1 3

S4 5 1 6

Total 26 14 40

5 B4 13 5 18

C4 1 1 2

D4 1 2 3

E4 4 3 7

F4 1 1

I4 1 1

I5 1 1

O4 1 1 2

P4 1 1

S4 3 3

T4 1 1

Total 26 14 40

Page 129: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

120

Cruzamento de dados segundo o Grau de Escolaridade

Inicialmente, faz-se necessário salientar que a categoria de Formação

"Outros" será desconsidera para feito de análise por conter apenas três indivíduos, o

que dota qualquer possível análise de tendenciosidade. Assim, nota-se que 66,67%

das pessoas. com grau de escolaridade superior, demonstraram prioridade mínima

para a “Graduação em Educação Física” e 71,43% dos detentores de escolaridade

média têm a especialização em nível de Extensão como de importância mediana à

atuação do Personal Trainer. Entre os distintos grupos de escolaridades existe

convergência ao apontarem a “Especialização Lato Sensu em Personal Training”

como a prioridade máxima, 57,14% das indicações do grupo médio e 50,0% do

superior (Tabela 26).

Na questão 3 "O que espera do Personal Trainer ?" (Tabela 27), destaca-se

o fato de que 71,43% dos portadores de escolaridade média terem a opção

"Conhecimento técnico atualizado" como a mais importante, o que não ocorreu na

mesma proporção com a categoria superior, onde somente 36,67% dos

entrevistados refletiram esta preocupação.

Tal qual ilustrado na Tabela 25, 50,0% dos entrevistados que detêm nível

superior encontraram na estética o suporte motivacional para iniciarem o programa

de Personal Training (Tabela 28). Com relação aos conhecimentos mais importantes

ao Personal Trainer (Tabela 29) e às verdadeiras causas para ingresso em um

programa de Personal Training (Tabela 30), as respectivas distribuições de

freqüências não permitem uma conclusão robusta.

Page 130: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

121

Tabela 26: Cruzamento entre Formação e Questão 1 – Aluno

Valor Opção Formação

Médio Outros Superior Total

1 A1 3 2 20 25

C1 2 1 5 8

D1 1 2 3

E1 1 3 4

Total 7 3 30 40

2 A1 3 3

B1 4 9 13

C1 1 11 12

D1 1 1 2

E1 3 1 6 10

Total 7 3 30 40

3 A1 1 1

B1 1 8 9

C1 5 1 8 14

D1 5 5

E1 2 1 8 11

Total 7 3 30 40

4 A1 1 1

B1 3 2 11 16

C1 5 5

D1 3 7 10

E1 1 7 8

Total 7 3 30 40

5 A1 3 1 6 10

B1 3 3

D1 4 2 15 21

E1 6 6

Total 7 3 30 40

Page 131: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

122

Tabela 27: Cruzamento entre Formação e Questão 3 – Aluno

Valor Opção Formação

Médio Outros Superior Total

1 B3 1 3 4

C3 1 1 2

D3 1 1 2

E3 2 2

F3 1 4 5

G3 1 1 1 3

H3 3 3

I3 2 2

K3 3 3 6

L3 1 5 6

M3 3 3

N3 1 1

O3 1 1

Total 7 3 30 40

2 A3 1 1

B3 1 4 5

C3 1 1 2

D3 1 1

E3 1 1

F3 1 3 4

G3 5 5

H3 2 2 4

I3 4 4

J3 1 1

K3 1 4 5

L3 3 2 5

M3 2 2

Total 7 3 30 40

Page 132: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

123

3 B3 1 3 4

C3 2 1 3

D3 1 1

E3 1 1

F3 1 1 3 5

G3 7 7

H3 2 2

I3 1 4 5

K3 1 6 7

L3 1 1 2

N3 1 1 2

P3 1 1

Total 7 3 30 40

4 A3 1 1

B3 2 5 7

D3 1 1

E3 1 1

F3 2 5 7

G3 1 1

H3 1 1 2

I3 1 5 6

K3 3 8 11

L3 1 1 2

M3 1 1

Total 7 3 30 40

5 A3 2 2

B3 2 2

D3 1 1 2

F3 1 1 3 5

G3 1 1

H3 1 1

I3 5 2 11 18

J3 1 1

K3 5 5

L3 2 2

P3 1 1

Total 7 3 30 40

Page 133: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

124

Tabela 28: Cruzamento entre Formação e Questão 5 – Aluno

Valor Opção Formação

Médio Outros Superior Total

1 B5 2 2

C5 2 2 4 8

D5 2 2

E5 3 3

F5 3 3

G5 2 7 9

H5 1 1 8 10

J5 3 3

Total 7 3 30 40

2 A5 4 4

B5 2 2

C5 3 3

D5 1 2 3

E5 2 1 2 5

F5 1 9 10

G5 2 3 5

H5 1 2 5 8

Total 7 3 30 40

3 A5 1 4 5

B5 2 6 8

C5 1 1 3 5

D5 1 4 5

E5 1 3 4

F5 1 1

G5 1 1 2 4

H5 5 5

J5 1 2 3

Total 7 3 30 40

4 A5 1 1 1 3

B5 1 1 4 6

C5 4 4

D5 2 6 8

E5 1 1 2 4

G5 1 4 5

H5 1 3 4

J5 6 6

Total 7 3 30 40

Page 134: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

125

5 A5 3 3

B5 2 2 9 13

C5 1 2 3

D5 2 9 11

E5 2 2

G5 1 1 2 4

H5 1 1

I5 1 1

J5 2 2

Total 7 3 30 40

Tabela 29: Cruzamento entre Formação e Questão 2 – Aluno

Valor Opção Formação

Médio Outros Superior Total

1 A2 3 3

B2 3 3 6

C2 1 1

D2 5 5

E2 1 2 3

F2 1 4 5

G2 1 1 6 8

H2 1 1 2

I2 2 2

J2 1 4 5

Total 7 3 30 40

2 A2 2 3 5

B2 4 4

C2 1 7 8

D2 1 8 9

E2 1 1 5 7

G2 2 3 5

J2 1 1 2

Total 7 3 30 40

Page 135: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

126

3 A2 1 5 6

B2 4 4

C2 1 3 4

D2 2 1 6 9

E2 6 6

G2 1 1 6 8

H2 3 3

Total 7 3 30 40

4 A2 4 4

B2 1 5 6

C2 3 1 8 12

D2 1 2 3

E2 1 1

F2 2 2

G2 1 4 5

H2 3 3

I2 1 1

J2 1 1 1 3

Total 7 3 30 40

5 A2 3 1 11 15

B2 1 1 2

C2 1 1 7 9

D2 1 1 2

G2 1 1 7 9

H2 1 1

J2 2 2

Total 7 3 30 40

Page 136: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

127

Tabela 30: Cruzamento entre Formação e Questão 4 – Aluno

Valor Opção Formação

Médio Outros Superior Total

1 B4 2 2

C4 1 1

D4 1 1

E4 2 2

F4 1 3 4

G4 1 1 5 7

I4 1 1 7 9

J4 2 1 3

K4 1 1 2

L4 2 2

P4 2 2

R4 1 1

S4 1 3 4

Total 7 3 30 40

2 A4 1 1

B4 4 4

D4 1 1 2

E4 1 5 6

F4 1 1 4 6

G4 1 1 2

I4 2 1 3 6

K4 1 1

L4 1 3 4

P4 1 1 2

S4 6 6

Total 7 3 30 40

3 B4 2 1 2 5

C4 1 1

D4 1 6 7

E4 6 6

F4 2 2 8 12

G4 1 1

I4 1 4 5

S4 1 2 3

Total 7 3 30 40

Page 137: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

128

4 B4 1 5 6

C4 1 1

E4 3 9 12

F4 2 6 8

G4 1 1

I4 1 2 3

O4 3 3

S4 1 5 6

Total 7 3 30 40

5 B4 3 15 18

C4 1 1 2

D4 1 2 3

E4 3 1 3 7

F4 1 1

I4 1 1

I5 1 1

O4 1 1 2

P4 1 1

S4 3 3

T4 1 1

Total 7 3 30 40

Page 138: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

129

CAPÍTULO V

Conclusões e Recomendações

De acordo com os resultados obtidos no estudo, as principais

características pessoais que o Personal Trainer deve possuir, segundo

as amostras investigadas , são: t itulação, conhecimento técnico

atualizado, experiência prof issional, assiduidade e pontualidade,

comportamento social e prof issional sob o ponto de vista moral,

seriedade, cultura geral, atenção especial, capacidade de comunicação

com os alunos, além de ser capaz de estimular seus alunos para um

esti lo de vida ativo.

Em relação à formação técnica para o desempenho da atividade

do Personal Trainer foi apontado que a Graduação em Educação Física

acrescida de Pós-Graduação em nível de Especial ização e a

Graduação em Educação Física acrescida de Pós-Graduação em nível

de Especialização em Personal Training são fundamentais aos

prof issionais que desejam atuar como Personal Trainers . Da amostra

Page 139: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

130

dos usuários, a Graduação em Educação Física acrescida de Pós -

Graduação em nível de Especial ização em Personal Training foi a

opção selecionada como a mais adequada para a formação técnica

necessária ao Personal Trainer .

Vale salientar que a Graduação em Educação Física acrescida de

Experiência também ocupou lugar de destaque nos resultados, assim

como o fato de serem os prof issionais entrevistados, em sua maioria

(63,50%), formados há, no mínimo, cinco anos e, 62,50% deles estarem

com mais de 31 anos. Isso pode ser um indício de que o grupo de

Personal Trainers entrevistados possui signif icat iva experiência na área

de atuação.

Além disso, 34,40% dos entrevistados são detentores de titulação

Lato Sensu . Isso é um indicativo de que, entre os prof issionais desta

área de atuação, há alguma preocupação com o conhecimento técnico.

Apesar de 43,80% não possuírem formação específ ica em Personal

Training, cerca de 53,10% deles atuam na área há pelos menos um

ano, o que ratif ica o indício de que a maioria dos Personal Trainers são

prof issionais experientes.

Diante do exposto, o estudo sugere que para atuar como Personal

Trainer, segundo a percepção dos prof issionais entrevistados, o

prof issional deve ter graduação em Educação Física acrescida de Pós -

Graduação em nível de Especialização. Por outro lado, não f icou clara

a definição quanto ao tipo de especial ização a ser requerid a (Pós-

Graduação em nível de Especialização em Personal Training ou em

Page 140: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

131

outra área da Educação Física). Entretanto, para os usuários do

Personal Training a graduação acrescida de Pós-Graduação em nível

de Especialização em Personal Training é indispensável.

Da mesma forma, o estudo assinala outro ponto relevante, qual

seja o fato de que o prof issional para atuar como Personal Trainer deve

ter experiência prof issional. De acordo com a amostra de prof issionais

e usuários entrevistados com suas respectivas respostas, o estudo

sugere que o Personal Trainer deve ter um mínimo de experiência

prof issional e de preferência, comprovada, pois conforme demostrou o

estudo, a amostra composta de prof issionais, em sua maioria (63,50%),

possui mais de 5 anos de formação, estando alguns atuando nesta área

há apenas 1 ano. Dessa forma, f icou explícito que há uma tendência de

absorção, no mercado do Personal Training , de prof issionais com

experiência. Ficou indicado, ainda, que está havendo uma seleção

natural para o preenchimento de espaços prof issionais nesta

especialidade.

Quantos aos conhecimentos técnicos necessários que o Personal

Trainer deve possuir, por consenso entre os Personal Trainers e

usuários de Personal Training, a Fisiologia do Exercício, o Treinamento

Desport ivo e Conhecimentos na área de Avaliação Física, foram

assinaladas como prioritários. Todavia, os usuários também

valorizaram conhecimentos na área de nutrição como ponto importante,

enquanto que os Personal Trainers julgaram a necessidade em

conhecimentos da Biomecânica. Isso talvez possa ser explicado pelo

Page 141: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

132

fato de que a maioria dos Personal Trainers trabalharem em parceria

com nutricionistas, sem prescrever indicações quanto à alimentação

dos alunos.

Merece destaque em relação aos Conhecimentos de Aplicaç ão

Direta na área da Educação Física, a preferência dos Exercícios

localizados com o uso da musculação por mais da metade dos

prof issionais entrevistados (59,38%), f icando evidenciados a seguir, a

necessidade de Exercícios aeróbios, Exercícios de

alongamento/f lexibi l idade e Exercícios de relaxamento. Esses

resultados confirmam a revisão de literatura a respeito, no

desenvolvimento da pesquisa, sobre a necessidade dos prof issionais

que atuam como Personal Trainers possuírem alguns conhecimentos

específ icos .

Dentre as prioridades do Trabalho de Personal Trainer , os

prof issionais preconizam que este deve ser direcionado segundo um

planejamento pré-estabelecido, ajustando-se o plano de acordo com as

variações ocorridas ao longo do seu desenvolvimento, além da

participação de equipe mult idiscipl inar. Também há consenso, no

trabalho do Personal Trainer, sobre a uti l ização de instalações

agradáveis e materiais adequados, assim como a adaptação aos meios

de informática como forma de otimizar grande parte das tarefas a

serem realizadas.

Com relação à forma de atendimento do Personal Trainer , mostra-

se preponderante, na pesquisa, a necessidade de se estabelecer um

Page 142: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

133

trabalho permanente com estímulos de motivação e a determinação de

um número máximo de alunos por professor.

O estudo apresenta como as verdadeiras causas de ingresso dos

usuários em programa de Personal Training, em ordem descendente:

Estética, Saúde, Qualidade de Vida, Obter resultados rápidos e Bem

estar. Estes valores indicam que a “Estética” vem a ser o motivo maior

pelo qual o usuário de Personal Trainer mais contrata este tipo de

serviço, embora as opções tenham se apresentado bem equilibradas

em todos os valores, excetuando-se o dominante, o que é um forte

indício de que formam um conjunto bem definido de aspectos

motivacionais para a prática em programas de Personal Training.

Por sua vez, os prof issionais entrevistados ressaltam que o

resultado esperado de um programa de Personal Training, em ordem

ascendente de importância, consiste em Promoção da educação para a

saúde, Promoção de bem estar f ísico e mental do aluno, Atendimento

das necessidades identif icadas no aluno, Alcance dos objet ivos de

cada aluno e Melhoria da qualidade de vida. Neste part icular, o estudo

aponta divergências entre as colocações apresentadas pelos Personal

Trainer e usuários.

De acordo com os usuários, o ingresso num p rograma de

Personal Training é, em grande parte, motivado por fatores estét icos

como anteriormente mencionado, não coincidindo com a opinião dos

prof issionais entrevistados, levando-os a não concentrar o seu trabalho

nos reais motivos de ingresso dos usuár ios. Isso não signif ica que os

Page 143: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

134

resultados esperados do programa de Personal Training , citados pelos

prof issionais, não estejam de acordo com os preceitos da Educação

Física expressos no Manifesto FIEP/2000.

Pela investigação, constatou-se que não há harmonia de

percepções entre os Personal Trainers e usuários de Personal Training

quanto aos motivos de ingresso nos programas. Desse modo, o estudo

previne quanto à necessidade de uma compatibil ização de objetivos e

expectativas entre usuários e Personal Trainers.

As conseqüências do descompasso apontado chega aos autores

de livros, de acordo com a literatura levantada, o que reforça a

necessidade de uma rediscussão do assunto entre os prof issionais.

Esse conflito se aprofunda quando o estudo aponta que os

usuários, uma vez integrados no programa de Personal Training ,

esperam como resultado “Atingir seus objetivos” (32,5%) e em ordem

de importância, “Conseguir resultados estéticos” (20,0%), “Atender às

suas necessidades”, e “Melhorar sua qualidade de vida”. Esta

preferência pela estética, tendo como base o que foi descrito na

literatura revisada, pode ser um ref lexo das aspirações da sociedade

de romper possíveis condições de imoralidade social, t ipos de carência

éticas e morais circunstanciais que tem levado as pessoas,

inconscientemente, a sentirem o desejo de reconstruir ou renovar

valores ético-morais

Essa insatisfação com a sua condição estética permite que o

homem recorra à própria estét ica em busca de uma perfeição

Page 144: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

135

relacionada com o lado bom do seu ser, na sua essência mais pura.

Nessa l inha de pensamento, a valorização da beleza corporal não pode

ser mais considerada, simplesmente, como apenas a expressão da

vaidade humana, mas como um meio inconsciente do despertar da

consciência, do amadurecimento, ou se ja, um meio para a construção

ou reconstrução de valores ét ico-morais. Isso signif ica que surge uma

revolução estét ica, uma revolução no sentido de que as pessoas não

aceitam mais compromisso com o racionalismo, mas buscam realizar -se

segundo a sua própria emoção e natureza. Assim, a busca da beleza,

fenômeno tão presente na vida das pessoas, torna -se um meio pelo

qual os prof issionais de Educação Física podem apoiar -se, de maneira

a ajudar as pessoas a conseguirem a realização plena. Dessa forma,

negligenciar o fator estét ico na elaboração de um programa de

Personal Training signif ica dif icultar o desenvolvimento pessoal,

principalmente onde a estét ica está explicitada nos desejos

relacionados pelo usuário como objet ivo principal.

Assim, conclui-se que os prof issionais devem, inicialmente,

planejar programas adequados e sintonizados com os interesses e

expectativas dos usuários, para depois de uma integração afetiva entre

professor-aluno, possam, gradualmente, introduzir os objetivos e

expectativas de suas convicções pessoais.

Sem dúvida, a diferenciação de um trabalho pert inente do

Personal Trainer pode estar, justamente, na aproximação professor -

Page 145: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

136

aluno, proporcionado uma relação menos impessoal e mais afetiva na

prática da atividade física.

A expectat iva de resultado pós-ingresso no programa de Personal

Training demonstra a necessidade dos prof issionais estarem atentos às

particularidades de cada aluno, buscando favorecer o alcance dos

objetivos individuais. A rapidez nos resultados é outra expectativa dos

usuários que os levam a ingressar em programas de Personal Training .

Complementando, o usuário de programas de Personal Training

espera que o prof issional com quem trabalha esteja atualizado,

comprometido com o seu trabalho e que demonstre interesse

prof issional pelo seu desempenho, corroborando a idéia de que a

relevância desse trabalho não consiste somente na at ividade física,

mas também, no relacionamento entre professor e aluno.

Segundo a análise dos resultados, pode-se af irmar que para o

usuário de programas de Personal Training existem sutis diferenças

entre os grupos de escolaridades e faixa etária distintas. No tocante

aos grupos de homens e mulheres, as divergências encontradas não

configuram por si só aspectos signif icat ivos, havendo portanto

necessidade do Personal Trainer manter-se atento à cada realidade

encontrada.

No desenvolvimento da pesquisa, foi ainda possível constatar que

a individualidade biológica e as part icularidades de cada modalidade de

esporte, mesmo nos esportes coletivos, remetem à necessidade de um

treinamento personalizado.

Page 146: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

137

Quando o estudo se referenciou no Manifesto Mundial da

Educação Física FIEP/2000, permit iu a possibi l idade de que as

atividades físicas dos programas de Personal Training , se ministradas

com intenções educativas, possam ser caracterizadas como estratégias

de Educação Física, onde o desenvolvimento, nos usuários, de hábitos

motores, atitudes e conhecimentos os conduzam, nesse processo

educativo, a um estilo de vida at ivo.

O Personal Trainer apoiado no princípio da tomada de

consciência pela vivência educativa, pode promover mudanças

benéficas às pessoas, como o hábito salutar da prát ica diária de

exercícios f ísicos, a minimização do lazer passivo, o incentivo a um

esti lo de vida ativo, enfim, a transformação nas pessoas da condição

de usuários para beneficiários, promovendo a atividade física como o

caminho para o desenvolvimento de valores, o incentivo à participação

social responsável, a cidadania, a formação integral e a realização

plena. Nessa perspectiva, o Personal Training como um meio de

Educação Permanente, poderá constituir -se numa das mais completas

formas de elaboração de programas de atividade física.

Finalmente, conclui-se que num período reconhecido como a Era

da Personalização, o Personal Training , se for desenvolvido numa

relação Personal Trainer-aluno harmoniosa, poderá contribuir para que

os seus usuários tenham um crescimento de possibil idades para uma

qualidade de vida desejável, mesmo numa sociedade complexa como a

atual.

Page 147: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

138

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Page 154: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

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ANEXO I

QUESTIONÁRIO “A”

QUESTIONÁRIO-PILOTO PARA PESQUISA SOBRE

PERSONAL TRAINERS INSTRUÇÕES:

Questionário para ser respondidos por PERSONAL TRAINERS.

Responda atentamente todas as questões.

Definição de termos: Personal Training é a área da Educação Física que o profissional atua e Personal Trainer é o profissional que trabalha com Personal Training. 1º PARTE: Informações pessoais dos entrevistados (marque um X dentro dos parênteses) a) SEXO: ( F ) ( M ) b) IDADE: ( ) 21 ou menos ( ) 22 a 25 ( ) 25 a 28 ( ) 28 a 31 ( ) 31 a 34 ( ) mais de 34 c) FORMAÇÃO: Graduação em Educação Física ( ) Graduação em outro curso ( ) Especifique:________________________________________________ Outros ( ) Especifique:_______________________________________________ d) Em que instituição concluiu a Graduação? ( ) Universidade Castelo Branco – UCB ( ) Universidade Gama Filho – UGF ( ) Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UFRJ

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( ) Universidade Estadual do Rio de Janeiro – UERJ ( ) Universidade Estácio de Sá – UNESA ( ) Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ ( ) Outras. Especifique:_____________________________________ e) Há quanto tempo concluiu a Graduação? ( ) menos de 1 ano ( ) menos de 5 anos ( ) mais de 5 anos ( ) mais de 10 anos ( ) mais de 20 anos f) PÓS-GRADUAÇÃO ( ) Não cursou. ( ) Pós-Graduação Lato Sensu ( ) Mestrado ( ) Doutorado ( ) Pós-Doutorado ( ) Livre Docência ( ) de Atualização ( ) de Extensão ( ) de Aperfeiçoamento g) Em que instituição concluiu a última Pós-Graduação?

h) Informe se possui formação específica em Personal Training: ( ) Não. ( ) Pós-Graduação Lato Sensu em nível de Especialização ( ) Curso de Extensão ( ) Curso de Atualização ( ) Curso de Aperfeiçoamento Outros ( ) Especifique:________________________________________________ i) Há quanto tempo concluiu a última Pós-Graduação? ( ) menos de 1 ano ( ) 2 a 5 anos ( ) 5 a 7 anos ( ) 7 a 10 anos ( ) mais de 10 anos j) Há quanto tempo atua como Personal Trainer no mercado de trabalho? ( ) menos de 1 ano ( ) 1 a 5 anos ( ) mais de 5 anos

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148

2º PARTE: Responda com atenção. 1) EM RELAÇÃO À FORMAÇÃO ACADÊMICA, O QUE VOCÊ JULGA MAIS ADEQUADO PARA UMA ATUAÇÃO COMO PERSONAL TRAINER? Enumere de 1 a 5, segundo a ordem de importância na sua opinião, sendo 1 = menor valor e 5 = maior valor. ( Atenção, escolha apenas as 5 opções mais importantes. As opções que restarem, deixe em branco) ( ) GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA ( 3º grau completo). ( ) GRADUAÇÃO ACRESCIDA DE ESPECIALIZAÇÃO LATO SENSU* ( ) GRADUAÇÃO ACRESCIDA DE ESPECIALIZAÇÃO EM NÍVEL DE

EXTENSÃO** ( ) GRADUAÇÃO ACRESCIDA DE ESPECIALIZAÇÃO LATO SENSU* EM

PERSONAL TRAINING ( ) GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA ACRESCIDO DE EXPERIÊNCIA ( ) NÃO É NECESSÁRIO ESPECIALIZAÇÃO. ( ) OUTROS. ESPECIFIQUE: ________________________________ * LATO SENSU – CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO COM 360 h, NO MÍNIMO. ** EXTENSÃO – CURSO DE ATÉ 100 h. 2) EM RELAÇÃO AOS CONHECIMENTOS NECESSÁRIOS À ATUAÇÃO DO PERSONAL TRAINER, QUAIS OS QUE VOCÊ CONSIDERA MAIS IMPORTANTES? Enumere de 1 a 5, segundo a ordem de importância na sua opinião, sendo 1 = menor valor e 5 = maior valor. ( Atenção, escolha apenas as 5 opções mais importantes. As opções que restarem, deixe em branco) ( )FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO (é através da fisiologia do exercício que podemos saber como funciona a contração muscular no mecanismo do movimento corporal, as adaptações cardiorrespiratórias, as reações químicas que decorrem da interação entre nutrição e atividade física, da bioenergética, enfim tudo o que concerne ao desempenho dos músculos nos exercícios) ( )BIOMECÂNICA E/OU CINESIOLOGIA ( é o estudo das propriedades mecânicas dos músculos e articulações no movimento corporal ) ( )TREINAMENTO ESPORTIVO ( é através da adaptação do estudo dos princípios básicos do treinamento esportivo para pessoas não atletas, que permitirá ao profissional criar seus próprios sistemas de treinamento individualizado) ( )ANATOMIA ( estudo minucioso do corpo humano e suas estruturas ) ( )BIOMETRIA E AVALIAÇÃO FÍSICA ( é um campo do conhecimento que permite ao profissional saber das diferenças individuais, das potencialidades e dos limites de cada um )

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149

( )NOCÕES DE NUTRIÇÃO (é fundamental para entender as reações químicas que decorrem da interação entre nutrição e atividade física ) ( )NOÇÕES DE PSICOLOGIA (é importante para que não se separe o corpo físico da mente) ( )PRIMEIROS SOCORROS ( é essencial para os primeiros procedimentos em situações emergenciais) ( )CONHECIMENTO SOBRE SOMATOTIPO (estudo que ajuda na prescrição de exercícios de acordo com o biotipo da pessoa: ectomorfo, mesomorfo e endomorfo) ( ) CONHECIMENTO MORAL-ÉTICO ( )OUTROS. ESPECIFIQUE:_________________________________ 3) NO PERSONAL TRAINING, EM RELAÇÃO AOS CONHECIMENTOS DE APLICAÇÃO DIRETA, O QUE VOCÊ JULGA MAIS IMPORTANTE? Enumere de 1 a 5, segundo a ordem de importância na sua opinião, sendo 1 = menor valor e 5 = maior valor. ( Atenção, escolha apenas as 5 opções mais importantes. As opções que restarem, deixe em branco) ( ) EXERCÍCIOS LOCALIZADOS COM O USO DA MUSCULAÇÃO ( ) EXERCÍCIOS AERÓBIOS ( ) EXERCÍCIOS DE ALONGAMENTO/FLEXIBILIDADE ( ) EXERCÍCIOS LOCALIZADOS SEM O USO DA MUSCULAÇÃO ( ) EXERCÍCIOS DE RELAXAMENTO ( ) OUTROS. ESPECIFIQUE:_________________________________ 4) EM RELAÇÃO ÀS CARACTERÍSTICAS QUE UM PERSONAL TRAINER DEVE APRESENTAR, O QUE VOCÊ JULGA MAIS NECESSÁRIO? Enumere de 1 a 5, segundo a ordem de importância na sua opinião, sendo 1 = menor valor e 5 = maior valor. ( Atenção, escolha apenas as 5 opções mais importantes. As opções que restarem, deixe em branco) ( ) APRESENTAÇÃO PESSOAL ( ) CULTURA GERAL. ( ) ASSIDUIDADE E PONTUALIDADE ( ) CONHECIMENTO TÉCNICO ATUALIZADO. ( ) EXPERIÊNCIA. ( ) CAPACIDADE DE COMUNICAÇÃO COM OS ALUNOS. ( ) CARISMA. ( ) TITULAÇÃO (PÓS-GRADUAÇÃO, MESTRADO, DOUTORADO, ETC). ( ) INOVAÇÃO E CRIATIVIDADE. ( ) COMPORTAMENTO SOCIAL E PROFISSIONAL ADEQUADO SOB O PONTO

DE VISTA MORAL. ( ) OUTROS. ESPECIFIQUE:_________________________________

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5) EM RELAÇÃO AO TRABALHO DE UM PERSONAL TRAINER, O QUE VOCÊ JULGA MAIS IMPORTANTE? Enumere de 1 a 5, segundo a ordem de importância na sua opinião, sendo 1 = menor valor e 5 = maior valor. ( Atenção, escolha apenas as 5 opções mais importantes. As opções que restarem, deixe em branco) ( ) DIRECIONAR O TRABALHO SEGUINDO UM PLANEJAMENTO ( ) AJUSTAR O PLANO DE ACORDO COM AS VARIAÇÕES OCORRIDAS AO LONGO DO SEU DESENVOLVIMENTO. ( ) TRABALHAR COM EQUIPE MULTIDISCIPLINAR: MÉDICO, NUTRICIONISTA, PSICÓLOGO E FISIOTERAPEUTA. ( ) CRIAR MECANISMOS NECESSÁRIOS DE ESTAR À DISPOSIÇÃO DO SEU ALUNO PARA OS ESCLARECIMENTOS NECESSÁRIOS EM RELAÇÃO AO PROGRAMA, FORA DO HORÁRIO DAS AULAS. ( ) USAR INSTALAÇÕES AGRADÁVEIS E MATERIAIS ADEQUADOS. ( ) ADAPTAR OS MEIOS DE INFORMÁTICA AO TRABALHO ( ) ESTABELECER UM CONTRATO ESCRITO DE DIREITOS E DEVERES ENTRE O PERSONAL TRAINER E O ALUNO. ( ) ESTABELECER UM CONTRATO VERBAL ENTRE O PERSONAL TRAINER E O ALUNO. ( ) OUTROS. ESPECIFIQUE:_________________________________ 6) EM RELAÇÃO À FORMA DE ATENDIMENTO DO PERSONAL TRAINER AO ALUNO, O QUE VOCÊ JULGA MAIS ADEQUADO? Enumere de 1 a 4, segundo a ordem de importância na sua opinião, sendo 1 = menor valor e 4 = maior valor. ( Atenção, escolha apenas as 4 opções mais importantes. As opções que restarem, deixe em branco) ( ) ATENDIMENTO INDIVIDUAL DURANTE AS AULAS. ( ) ESTIPULAR O NÚMERO MÁXIMO DE ALUNOS POR PROFESSOR ( ) ATENDIMENTO SUPERVISIONADO (O ALUNO SEGUE AS ORIENTAÇÕES E O PROGRAMA DO PERSONAL TRAINER, MESMO NÃO TENDO O SEU ACOMPANHAMENTO DURANTE AS SESSÕES DE TREINAMENTO) ( ) TRABALHO PERMANENTE COM ESTÍMULOS DE MOTIVAÇÃO. ( ) OUTROS. ESPECIFIQUE:_________________________________ 7) EM RELAÇÃO AO RESULTADO ESPERADO DO PROGRAMA DE PERSONAL TRAINING, O QUE VOCÊ JULGA MAIS IMPORTANTE? Enumere de 1 a 5, segundo a ordem de importância na sua opinião, sendo 1 = menor valor e 5 = maior valor. ( Atenção, escolha apenas as 5 opções mais importantes. As opções que restarem, deixe em branco) ( ) ATENDER ÀS NECESSIDADES IDENTIFICADAS NO ALUNO. ( ) MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA DO ALUNO. ( ) ATINGIR OS OBJETIVOS DO ALUNO.

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( ) CONSEGUIR RESULTADOS MAIS RÁPIDOS. ( ) CONSEGUIR RESULTADOS ESTÉTICOS. ( ) MELHORAR A APTIDÃO FÍSICA DO ALUNO. ( ) DESENVOLVER NOS ALUNOS UM ESTILO DE VIDA ATIVO. ( ) PROMOVER UMA EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE. ( ) DESENVOLVER UMA EDUCAÇÃO PARA A OCUPAÇÃO SAUDÁVEL DO TEMPO LIVRE DE LAZER. ( ) PROMOVER O DESENVOLVIMENTO DA CONSCIÊNCIA CORPORAL DO ALUNO. ( ) PROMOVER NO ALUNO BEM ESTAR FÍSICO E MENTAL. ( ) OBTER RESULTADO FINANCEIRO. ( ) OUTROS. ESPECIFIQUE:_________________________________

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ANEXO II

QUESTIONÁRIO “B”

QUESTIONÁRIO-PILOTO PARA PESQUISA SOBRE

PERSONAL TRAINERS INSTRUÇÕES:

Questionário para ser respondidos por ALUNOS de PERSONAL TRAINERS.

Responda atentamente todas as questões.

Definição de termos: Personal Training é a área da Educação Física que o profissional atua e Personal Trainer é o profissional que trabalha com Personal Training. 1º PARTE: Informações pessoais dos entrevistados ( marque um X dentro dos parênteses ) a) SEXO: ( F ) ( M ) b) IDADE: ( marque um X dentro dos parênteses ) ( ) 21 ou menos ( ) 22 a 25 ( ) 25 a 28 ( ) 28 a 31 ( ) 31 a 34 ( ) mais de 34 c) FORMAÇÃO: ( ) SUPERIOR ( ) 2º GRAU ( ) OUTROS. ESPECIFIQUE:__________________________________________ d) PROFISSÃO: ______________________________________________________ e) É ESTUDANTE?_____________EM QUE LOCAL?________________________ f) BAIRRO ONDE MORA: ______________________________________________

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2º PARTE: Responda com atenção. 1) EM RELAÇÃO À FORMAÇÃO ACADÊMICA, O QUE VOCÊ JULGA MAIS ADEQUADO PARA UMA ATUAÇÃO DO PERSONAL TRAINER? Enumere de 1 a 5, segundo a ordem de importância na sua opinião, sendo 1 = menor valor e 5 = maior valor. ( Atenção, escolha apenas as 5 opções mais importantes. As opções que restarem, deixe em branco) ( ) GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA ( 3º grau completo). ( ) GRADUAÇÃO ACRESCIDA DE ESPECIALIZAÇÃO LATO SENSU* ( ) GRADUAÇÃO ACRESCIDA DE ESPECIALIZAÇÃO EM NÍVEL DE

EXTENSÃO** ( ) GRADUAÇÃO ACRESCIDA DE ESPECIALIZAÇÃO LATO SENSU* EM

PERSONAL TRAINING ( ) GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA ACRESCIDO DE EXPERIÊNCIA ( ) NÃO É NECESSÁRIO ESPECIALIZAÇÃO. ( ) OUTROS. ESPECIFIQUE: __________________________________________ * LATO SENSU – CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO COM 360 h, NO MÍNIMO. ** EXTENSÃO – CURSO DE ATÉ 100 h. 2) QUAIS OS CONHECIMENTOS MAIS IMPORTANTES QUE O PERSONAL TRAINER DEVE POSSUIR? Enumere de 1 a 5, segundo a ordem de importância na sua opinião, sendo 1 = menor valor e 5 = maior valor. ( Atenção, escolha apenas as 5 opções mais importantes. As opções que restarem, deixe em branco) ( ) CONHECIMENTO EM CAMPOS ESPECÍFICOS DA BIOLOGIA como ANATOMIA-estudo minucioso do corpo humano e suas estruturas; FISIOLOGIA-através da fisiologia do exercício que podemos saber como funciona a contração muscular no mecanismo do movimento corporal, as adaptações cardiorrespiratórias, as reações químicas que decorrem da interação entre nutrição e atividade física, da bioenergética, enfim tudo o que concerne ao desempenho dos músculos nos exercícios; BIOQUÍMICA, entre outros. ( ) BIOMECÂNICA E/OU CINESIOLOGIA (o estudo das propriedades mecânicas dos músculos e articulações no movimento corporal) ( ) CONHECIMENTO NA ÁREA DE AVALIAÇÃO FÍSICA ( é um campo do conhecimento que permite ao profissional saber das diferenças individuais, das potencialidades e dos limites de cada um ) ( ) TREINAMENTO ESPORTIVO (através da adaptação do estudo dos princípios básicos do treinamento esportivo para pessoas não atletas, que permitirá ao profissional criar seus próprios sistemas de treinamento individualizado) ( ) CONHECIMENTO NA ÁREA DE NUTRIÇÃO (é fundamental para entender as reações químicas que decorrem da interação entre nutrição e atividade física ) ( ) CONHECIMENTO NA ÁREA DE PSICOLOGIA (é importante para que não se

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154

separe o corpo físico da mente) ( ) CONHECIMENTOS DA ÁREA DA EDUCAÇÃO FÍSICA (exercícios de musculação, exercícios de alongamento/flexibilidade, exercícios aeróbios, entre outros) ( )PRIMEIROS SOCORROS ( essencial para os primeiros procedimentos em situações emergenciais) ( ) CONHECIMENTO MORAL-ÉTICO ( )CONHECIMENTO SOBRE SOMATOTIPO (estudo que ajuda na prescrição de exercícios de acordo com o biotipo da pessoa) ( )OUTROS. ESPECIFIQUE: __________________________________________ 3) O QUE ESPERA DO PERSONAL TRAINER? Enumere de 1 a 5, segundo a ordem de importância na sua opinião, sendo 1 = menor valor e 5 = maior valor. ( Atenção, escolha apenas as 5 opções mais importantes. As opções que restarem, deixe em branco) ( ) EXCLUSIVIDADE ( ) ATENÇÃO ESPECIAL ( ) COMPANHEIRISMO ( ) AMIZADE ( ) CARISMA ( ) RESPONSABILIDADE ( ) SERIEDADE ( ) BOA COMUNICAÇÃO ( ) CONHECIMENTO TÉCNICO ATUALIZADO ( ) CULTURA GERAL ( ) EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL ( ) QUE O ESTIMULE PARA UM ESTILO DE VIDA ATIVO ( ) ASSIDUIDADE E PONTUALIDADE ( ) EXEMPLO DE FORMA FÍSICA ( ) BOA APRESENTAÇÃO PESSOAL ( ) COMPORTAMENTO SOCIAL E PROFISSIONAL ADEQUADO SOB O PONTO

DE VISTA MORAL ( ) OUTROS. ESPECIFIQUE: __________________________________________ 4) QUAIS FORAM AS VERDADEIRAS CAUSAS PARA O SEU INGRESSO NUM PROGRAMA DE PERSONAL TRAINING? Enumere de 1 a 5, segundo a ordem de importância na sua opinião, sendo 1 = menor valor e 5 = maior valor. ( Atenção, escolha apenas as 5 opções mais importantes. As opções que restarem, deixe em branco) ( ) MODA ( ) ESTÉTICA ( ) COMPETIÇÃO ( ) APTIDÃO FÍSICA ( ) SAÚDE

Page 164: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

155

( ) QUALIDADE DE VIDA ( ) LONGEVIDADE ( ) PREENCHIMENTO DE TEMPO ( ) BEM ESTAR ( ) ENTRETENIMENTO (LAZER) ( ) ALONGAMENTO ( ) RELAXAMENTO ( ) COMPANHIA ( ) FALTA DE TEMPO PARA IR A ACADEMIA ( ) FRUSTAÇÃO EM OUTRAS ATIVIDADES FÍSICAS ( ) INDICAÇÃO DE AMIGOS ( ) INDICAÇÃO MÉDICA ( ) CURIOSIDADE ( ) OBTER RESULTADOS RÁPIDOS ( ) OUTROS. ESPECIFIQUE: _________________________________________ 5) AGORA QUE VOCÊ JÁ FREQUENTA AS AULAS DE PERSONAL TRAINING, O

QUE ESPERA COMO RESULTADO DO PROGRAMA? Enumere de 1 a 5, segundo a ordem de importância na sua opinião, sendo 1 = menor valor e 5 = maior valor. ( Atenção, escolha apenas as 5 opções mais importantes. As opções que restarem, deixe em branco) ( ) ATENDER ÀS SUAS NECESSIDADES. ( ) ATINGIR SEUS OBJETIVOS. ( ) MELHORAR SUA QUALIDADE DE VIDA. ( ) CONSEGUIR RESULTADOS ESTÉTICOS. ( ) MELHORAR SUA APTIDÃO FÍSICA. ( ) DESENVOLVER UM ESTILO DE VIDA ATIVO. ( ) MELHORAR A SUA SAÚDE. ( ) PROMOVER BEM ESTAR FÍSICO E MENTAL. ( ) PROPICIAR UMA MELHOR OCUPAÇÃO PARA O TEMPO LIVRE DE LAZER. ( ) OBTER RESULTADOS RÁPIDOS ( ) OUTROS. ESPECIFIQUE: _________________________________________

Page 165: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

156

ANEXO III

Sr. Validador

O estudo tem como tema O Perfil Do Personal Trainer na Perspectiva de um

Treinamento Físico Orientado para Saúde, Estética e Esporte.

Como o estudo supõe a avaliação do campo de atuação do Personal

Trainer, identificando os principais fatores que caracterizam um modelo desejável

deste profissional no renovado contexto da Educação Física, os objetivos desse

estudo são:

Objetivo Geral. Avaliar o campo de atuação do Personal Trainer, identificando os

principais fatores que caracterizam o seu Perfil Profissiográfico e, em função do

obtido, propor pressupostos teóricos que possam adequar a atuação deste

profissional ao renovado conceito de Educação Física estabelecido no Manifesto

Mundial FIEP/2000 de Educação Física.

Objetivos Específicos . Levantar as características pessoais de Personal Trainers;

identificar a formação técnica à atividade do Personal Trainer; levantar as

expectativas dos usuários de programas de Personal Training; e, finalmente analisar

as ações do Personal Trainer em relação ao Manifesto Mundial FIEP/2000 de

Educação Física.

As questões do estudo a serem respondidas são as seguintes: Quais são as

principais características pessoais do Personal Trainer ? Qual a formação técnica

necessária à atividade do Personal Trainer? Quais são as expectativas dos usuários

de Personal Training? E onde o Manifesto Mundial FIEP/2000 de Educação Física

se interrelaciona com o Personal Training?

Neste sentido, as perguntas dos questionárioS-instrumentos a serem

validados tomam como base temas que estão de acordo com os objetivos e as

questões do estudo a serem investigados, tendo-se como amostra os próprios

profissionais atuantes nesta área, bem como os alunos destes profissionais. Com as

informações obtidas dos entrevistados, será possível chegar a conclusões

Page 166: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

157

importantes desse segmento da Educação Física, tão carente de investigação

científica.

Assim, pedimos ao Srº. (Srª) que verifique a coerência, a clareza e a validade

das perguntas formuladas do questionários-instrumentos, para obter-se a opinião de

profissionais que atuam como Personal Trainers e de alunos de programas de

Personal Training, em relação às questões do estudo a serem respondidas,

refletindo assim a realidade desse mercado.

Junto ao prováveis questionários-instrumentos, segue uma folha dirigida para

a emissão do seu parecer em relação a cada pergunta. Caso concorde com a

pergunta, marque um X na opção MANTER; caso discorde, marque RETIRAR ou

REFORMULAR, sugerindo a reformulação no espaço abaixo.

Antecipadamente, agradeço o tempo que vai dedicar a este trabalho.

Daisy R.V.Pinheiro

Page 167: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

158

ANEXO IV

PARECER A

Parecer do validador em relação ao questionário a ser respondido pelos PERSONAL

TRAINERS

Caso concorde com o item ou pergunta, marque um X em MANTER. Caso discorde marque em RETIRAR ou REFORMULAR, sugerindo a reformulação no espaço abaixo. 1ª PARTE INFORMAÇÃO DOS ENTREVISTADOS. ITEM a : ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ITEM b : ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ITEM c : ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: ___________________________________________________________________

Page 168: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

159

______________________________________________________________________________________________________________________________________ ITEM d : ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ITEM e : ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ITEM f : ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ITEM g : ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ITEM h : ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR

Page 169: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

160

SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ITEM i : ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ITEM j : ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ITEM l : ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 2ª PARTE PERGUNTA 1 TEMA: FORMAÇÃO DO PERSONAL TRAINER.. ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: ___________________________________________________________________

Page 170: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

161

______________________________________________________________________________________________________________________________________ PERGUNTA 2 TEMA: CONHECIMENTOS NECESSÁRIOS AO PERSONAL TRAINER.. ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PERGUNTA 3 TEMA: GRUPOS DE EXERCÍCIOS CONSIDERADOS MAIS EFICAZES. ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ PERGUNTA 4 TEMA: CARACTERÍSTICAS DO PERSONAL TRAINER.. ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ PERGUNTA 5 TEMA: ESTILOS DE ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DO PERSONAL TRAINER.. ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: ___________________________________________________________________

Page 171: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

162

______________________________________________________________________________________________________________________________________ PERGUNTA 6 TEMA: ESTRATÉGIA OU FORMA DE RELAÇÃO PT- ALUNO. ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ PERGUNTA 7 TEMA: OBJETIVOS A SEREM ALCANÇADOS NO TRABALHO DE PERSONAL TRAINING. ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR

SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Page 172: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

163

ANEXO V

PARECER B

Parecer do validador em relação ao questionário a ser respondido pelos ALUNOS de

Personal Trainers.

Caso concorde com o item ou pergunta, marque um X em MANTER. Caso discorde marque em RETIRAR ou REFORMULAR, sugerindo a reformulação no espaço abaixo. 1ª PARTE INFORMAÇÃO DOS ENTREVISTADOS. ITEM a : ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ITEM b : ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ITEM c : ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ITEM d : ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR

Page 173: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

164

SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ITEM e : ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ITEM f : ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 2ª PARTE

Caso concorde com o item ou pergunta, marque um X em MANTER. Caso discorde marque em RETIRAR ou REFORMULAR, sugerindo a reformulação no espaço abaixo. PERGUNTA 1 TEMA: OPINIÃO DOS ALUNOS SOBRE A FORMAÇÃO DO PERSONAL TRAINER.. ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ PERGUNTA 2 TEMA: OPINIÃO DOS ALUNOS SOBRE OS CONHECIMENTOS DO PERSONAL TRAINER. ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR

Page 174: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

165

SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ PERGUNTA 3 TEMA: EXPECTATIVA DOS ALUNOS EM RELAÇÃO AO PERSONAL TRAINER. ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PERGUNTA 4 TEMA: MOTIVO (CAUSA) PARA A PROCURA DO PERSONAL TRAINING. ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ PERGUNTA 5 TEMA: EXPECTATIVA DOS ALUNOS EM RELAÇÃO AO RESULTADO DO PERSONAL TRAINING. ( ) MANTER ( ) RETIRAR ( ) REFORMULAR SUGESTÃO: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Page 175: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

ANEXO VI

ITENS JUIZ ANÁLISE Modificação Sugerida Parecer FinalJ1 MJ2 MJ3 MJ4 MJ5 MJ1 MJ2 M

ITEM B - Tema: IDADE DO ENTREVISTADO J3 M Mantem a pergunta (100%)J4 MJ5 MJ1 MJ2 RF

ITEM C - Tema: FORMAÇÃO DO ENTREVISTADO J3 M Mantem a pergunta (80%)J4 MJ5 MJ1 MJ2 RF

ITEM D - Tema: INSTITUIÇÃO DA FORMAÇÃO J3 M Mantem a pergunta (80%)J4 MJ5 MJ1 MJ2 RF Há quanto tempo concluiu

ITEM E - Tema: CONCLUSÃO DA GRADUAÇÃO J3 M a graduação? Mantem a pergunta (80%)J4 MJ5 MJ1 RFJ2 RF

ITEM F - Tema: PÓS-GRADUAÇÃO J3 M Mantem a pergunta (60%)J4 MJ5 MJ1 RFJ2 RF

ITEM G - Tema: INSTITUIÇÃO DA PÓS GRADUAÇÃO J3 M Mantem a pergunta (60%)J4 MJ5 MJ1 MJ2 M Separar os módulos:

ITEM H - Tema: FORMAÇÃO EM PERSONAL TRAINING J3 M especialização, atualização Mantem a pergunta (100%)J4 M e extensão.J5 MJ1 MJ2 M

ITEM I - Tema: CONCLUSÃO DA FORMAÇÃO EM J3 M Mantem a pergunta (100%)PERSONAL TRAINING J4 M

J5 MJ1 MJ2 M

ITEM J - Tema: TEMPO DE ATUAÇÃO COMO J3 M Mantem a pergunta (100%)PERSONAL TRAINER J4 M

J5 M

PARA ANÁLISE: MANTER - M ; RETIRAR - R ; REFORMULAR - RF

VALIDAÇÃO DO QUESTIONÁRIO A - 1ª PARTE

ITEM A - Tema: SEXO DO ENTREVISTADO Mantem a pergunta (100%)

Page 176: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

ANEXO VII

PERGUNTAS JUIZ ANÁLISE Modificação Sugerida Parecer Final

J1 RF

J2 RF

J3 M

J4 M

J5 RF

J1 RF Mudança no valor das

J2 RF opções de enumeração.

PERGUNTA 2 - Tema: CONHECIMENTOS NECESSÁRIOS AO J3 M Acrescentou-se: Reformular a pergunta (60%)

PERSONAL TRAINER J4 M Conhecimentos em Soma-

J5 RF totipo e Moral e Ético.

J1 M

J2 M

PERGUNTA 3 - Tema: GRUPOS DE EXERCÍCIOS CONSIDERADOS J3 M Mantem a pergunta (100%)

MAIS EFICAZES J4 M

J5 M

J1 RF

J2 RF

PERGUNTA 4 - Tema: CARACTERÍSTICAS DO PERSONAL TRAINER J3 M Mantem a pergunta (60%)

J4 M

J5 M

J1 RF

J2 M

PERGUNTA 5 - Tema: ESTILOS DE ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO J3 M Mantem a pergunta (80%)

DO PERSONAL TRAINER J4 M

J5 M

J1 M Ao invés das opções 2 e 3

J2 M colocar: Estipular o número

PERGUNTA 6 - Tema: ESTRATÉGIA OU FORMA DE RELAÇÃO J3 M máximo de alunos por Mantem a pergunta (80%)

PERSONAL TRAINER-ALUNO J4 M professor.

J5 RF

J1 M

J2 RF

PERGUNTA 7 - Tema: OBJETIVOS A SEREM ALCANÇADOS J3 M Mantem a pergunta (80%)

NO TRABALHO DE PERSONAL TRAINING J4 M

J5 M

PARA ANÁLISE: MANTER - M ; RETIRAR - R ; REFORMULAR - RF

VALIDAÇÃO DO QUESTIONÁRIO A - 2ª PARTE

PERGUNTA 1 - Tema: FORMAÇÃO DO PERSONAL TRAINER

Mudança no valor da

enumeração: 1= menor valor e 5=

maior valor. Mudança na ordem

de posição das opções de

resposta.

Reformular a pergunta (60%)

Page 177: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

ANEXO VIII

ITEM JUIZ ANÁLISE Modificação Sugerida Parecer Final

J1 R

J2 M

J3 M

J4 M

J5 M

J1 R

J2 M

ITEM B -Tema: IDADE DO ENTEVISTADO J3 M Mantém a pergunta (80%)

J4 M

J5 M

J1 R

J2 M

ITEM C - Tema: FORMAÇÃO DO ENTREVISTADO J3 M Mantém a pergunta (80%)

J4 M

J5 M

J1 R

J2 M

ITEM D - Tema: PROFISSÃO DO ENTREVISTADO J3 M Mantém a pergunta (80%)

J4 M

J5 M

J1 R

J2 M Mudar para:

ITEM E - Tema: ESCOLARIDADE DO ENTREVISTADO J3 M É estudante? Mantém a pergunta (80%)

J4 RF Em que local?

J5 M

J1 R

J2 M

ITEM F - Tema: BAIRRO ONDE RESIDE J3 M Mantém a pergunta (80%)

J4 M

J5 M

PARA ANÁLISE: MANTER - M ; RETIRAR - R ; REFORMULAR - RF

VALIDAÇÃO DO QUESTIONÁRIO B - 1ª PARTE

ITEM A - Tema: SEXO DO ENTREVISTADO Mantém a pergunta (80%)

Page 178: O perfil do Personal trainer na perspectiva de um treinamento físico

ANEXO IX

PERGUNTA JUIZ ANÁLISE Modificação Sugerida Parecer Final

J1 RF Mudança no valor

J2 M da enumeração: 1= menor

J3 RF valor e 5 = maior valor.

J4 M

J5 RF

J1 RF Acrescentar:

J2 M Conhecimento moral-ético

PERGUNTA 2 - Tema: CONHECIMENTOS DO PERSONAL TRAINER J3 RF nas opções de respostas. Mantem a pergunta (60%)

J4 M

J5 M

J1 RF

J2 M

PERGUNTA 3 - Tema: EXPECTATIVA DO ALUNO EM RELAÇÃO J3 RF Mantem a pergunta (60%)

AO PERSONAL TRAINER J4 M

J5 M

J1 RF Incluir entre as opções

J2 M de respostas:

PERGUNTA 4 - Tema: MOTIVO (CAUSA) PARA A PROCURA J3 M Obter resultados Mantem a pergunta (60%)

DO TRABALHO DE PERSONAL TRAINING J4 M rápidos.

J5 RF

J1 R Incluir entre as opções

J2 M de respostas:

PERGUNTA 5 - Tema: EXPECTATIVA EM RELAÇÃO AOS J3 R Obter resultados Manter e reformular a pergunta (60%)

RESULTADOS DO PERSONAL TRAINING J4 M rápidos.

J5 RF

PARA ANÁLISE: MANTER - M ; RETIRAR - R ; REFORMULAR - RF

VALIDAÇÃO DO QUESTIONÁRIO B - 2ª PARTE

PERGUNTA 1 - Tema: FORMAÇÃO DO PERSONAL TRAINER Reformular a pergunta (60%)