O que pode ter de libertador no Funk da Putaria? Escrito por : Jhone Silva Santos.

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O que pode ter de libertador no Funk da Putaria? Escrito por : Jhone Silva Santos

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O que pode ter de libertador no Funk da Putaria?

Escrito por :

Jhone Silva Santos

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Corpos deslizam, se abraçam, e se contorcem como vibradores humanos; prontos para dar prazer; promover alegria e liberdade de movimento a quem olha.

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Se há submissão nisto ou liberdade. Não podemos ter certeza desta prática política – alvo que reivindicam o direito à liberdade de arte e criação, ou seja, de expressão, estes que são direitos fundamentais redigidos pela nossa constituição atual.

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A pergunta que nos confronta é o quanto estamos prontos para aceitar sua linguagem como libertadora; visto que a mulher é protagonista desta peça; onde ela é o roteiro e a audiência - é a promoção desta cultura, desta arte que tem uma estética peculiar na maneira de agradar homens e mulheres com movimentos satíricos e exibicionistas, porém, movimentos que fazem parte do cotidiano da ciência sexóloga empírica.

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Estamos prontos para aceitar sua linguagem. Como por exemplo: “Relaxa abre as pernas e senta com a perereca”. “Susseca na pica ereta”. “Senta na pica que faz nenê”.

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A imagem de homens e mulheres costuradas nesta promoção artística, principalmente a mulher como centro da câmera nos suscitar a pensar nos seus direitos conquistados durante o longo o processo histórico. Estão estes direitos aqui sendo exibidos claramente, visivelmente. “O corpo nos pertence”. Somos nós agora conservadores autoritários-, servidores do Santo Ofício.

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Enfim, esta é uma questão delicada; difícil de ser respondida. Tecer uma teoria geral para tal problemática é impossível, as ideologias nos priva desta possibilidade. Por que estamos discutindo sexualidade, identidade e subjetividade. Dizer como os indivíduos devem se comportar, falar, não nos torna diferente deles. Claro que o Funk, como qualquer outra industria está nutrida por ideologias de mercado.

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Este que nos parece ser um vilão da estória, que impõem comandos lingüísticos de como o Funk deve produzir a imagem, a mulher, a narrativa sobre ela. Deste modo intensificando a mentalidade patriarcalista. Como narra esta canção: Mulher vou te ligar mais tarde e te mostrar como é que é. Vamos foder gostoso e fica na ponta do pé. Vou te botar de quatro, vou te botar de lado, vou te botar de frente , ai que cheiro de pimba. Vou te fazer mulher”.

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