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    O Ser Temas Herm ticos - Livro Primeiro

    Jos Larcio do Egi toMaio-2008

    Notas de CopyrightEsta no uma obra do Domnio Pblico, embora seja disponibilizada de forma gratuita, com exclusividade,

    na Internet.

    proibida a reproduo parcial ou total do seu contedo, em quaisquer meios, impressos ou eletrnicos, sem aprvia e expressa autorizao do seu Autor.

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    NDICE DO CONTEDO

    CONCEI TOS HOLOGRFI COS DO ORGANI SMO........ ...... ...... ...... .....

    ESTADOS DE CONSCI NCI A E O DESENVOLVI MENTO DO SER........

    CONSTI TUI O F SI CA DO SER E A ALMA......................................

    A CULPA DA ALMA?..........................................................................

    A VULNERABI LI DADE DO SER.........................................................

    O SER E O UNI VERSO......................................................................

    A AMPLI TUDE ESTRUTURAL DO SER...............................................

    OS SETE N VEI S DO SER HUMANO..................................................

    A POLARI DADE ANTE O I NFI NI TO...................................................

    O UNI VERSO E O I NFI NI TO.............................................................

    O UNI VERSO, UM DEGRAU DO I NFI NI TO........................................

    EM DI REO AO I NFI NI TO.............................. ...............................

    EXPLORANDO O NADA.................................... ................................

    A FRAGMENTAO E A LEI ...............................................................

    O TDI O E O I NFI NI TO....................................................................

    A NEGATI VI DADE NOS SERES.........................................................O SER E O COSMOS ........................................... ..............................

    O SER ANTE O CONTI NUUM.............................................................

    EXPLORANDO O NADA.....................................................................

    A VOLTA DO SER I NDI VI DUADO AO .........................................

    SER E EXI STI R ................................................................................

    O POSI CI ONAMENTO DO FOCO DA MENTE.....................................

    O SER E OS SERES...........................................................................

    MUNDOS CREADOS PELOS SERES ..................................................

    CONCEI TOS HOLOGRFI COS DO ORGANI SMO........ ...... ...... ...... .....

    O PARADI GMA HOLOGRFI CO DOS SERES ...... ..... ...... ...... ..... ....... .

    I NTERAO ENTRE O MUNDO REAL E O VI RTUAL........ ....... ...... .....

    A LI BERTAO DE O SER ..................................... ...........................

    A LI BERTAO FI NAL......................................................................

    A LI BERTAO SUPREMA ..............................................................

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    CONCEI TOS HOLOGRFI COS DO ORGANI SMO

    NA MEDIDA EM QUE VOCE PARTEDA CONSCINCIA UNIVERSAL, VOC

    TODO O OCEANODEEPAK CHOPRA

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    Por certo, a matria escrita em tema anterior referente doena e a cura serem apenas a mani-festao de dois mundos, pode ser deveras chocante para muitos, e at mesmo passvel de ser cataloga-do como idia insana. Mas, nisso os hermetistas, com base no Primeiro Princpio Hermtico, noesto sozinhos, pois com idias semelhantes h muitos cientistas de renome que tm chegado a conclu-ses semelhantes, especialmente os fsicos qunticos. Mesmo que se parea deveras aberrante nosomente o que se tem afirmado sobre a natureza do corpo quanto tambm da existncia de tudo quantoh, quer seja de natureza abstrata, quer concreta. A concretitude dos elementos do universo vm sendoposta em xeque mate.

    Grofe Keith Floyd, este Prof. de psicologia do Virgina Intermont College, afirmam que a con-

    cretitude da realidade, incluindo a do corpo humano, apenas uma iluso hologrfica. a mentequem cria a aparncia do crebro, bem como a do corpo, e de tudo mais que interpretamos como fsi-co. Tem havido nos nas ltimas dcadas um virada na maneira de se ver as estruturas biolgicas, fa-zendo com que pesquisadores venham progressivamente chegando concluso da possibilidade de oprocesso de cura poder tambm ser transformado em um paradigma hologrfico. Se a aparente estru-tura fsica do corpo nada mais uma a projeo hologrfica da conscincia, torna-se claro que cadaum de ns mais responsvel por sua sade do que admite a atual sabedoria mdica. Que ns agorapodemos ver que as remisses miraculosas de doenas podem ser prprias de mudanas na conscin-cia que por sua vez efetua alteraes no holograma do corpo. Similarmente, novas tcnicas controver-sas de cura como a visualizao podem funcionar muito bem porque no domnio hologrfico de ima-gens pensadas que so muito reais se tornam realidades. Similarmente, novas tcnicas controversasde cura, como a visualizao podem funcionar muito bem porque no domnio hologrfico imagenspensadas podem se tornar realidades. Mesmo vises de experincias que envolvem realidades noordinrias se tornam explicveis sob o paradigma hologrfico. Em seu livro Gifts of UnknownThings o biologista Lyall torna claro que cada um de ns mais responsvel por sua sade do queadmite a atual sabedoria mdica. Que ns agora vejamos que as remisses miraculosas de doenaspodem ser prprias de mudanas na conscincia que por sua vez efetua alteraes no holograma docorpo.

    Tudo o que se pensa com intensidade e sem qualquer carga de dvida gera um modelo de mun-do, que segundo a conceituao de holografia, se trata de uma imagem hologrfica. Mesmo vises ex-perienciais que envolvem realidades no ordinrias se tornam explicveis sob o paradigma hologrfi-co.

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    Em um livro Gifts of Unknouwn Things o biologistaLyall Watson descreve um encontro queteve com uma mulherxam da Indonsia que, realizando uma dana ritual, era capaz de fazer um ramointeiro de uma rvore desaparecer no ar. Watson relata que ele e outro atnito expectador continuarama olhar para a mulher, e ela fez o ramo reaparecer, desaparecer novamente e assim por vrias vezes. Diz

    Watson:

    Se isto verdade, a mais profunda implicao do paradigma hologrfico que as experin-cias desse tipo s no so comuns porque ns no temos programado nossas mentes com as crenasque fazem com que o sejam. No universo hologrfico no h limites para a extenso do quanto pode-mos alterar a teia da realidade. O que percebemos como realidade apenas uma forma esperando quedesenhemos sobre ela qualquer imagem que queiramos.

    Esta transcrio mostra que aquilo que temos explicado nas recentes palestras so tambm con-cluses que pesquisadores srios tm chegado por outras vias. Watson diz textualmente que tudo o quese pensa se cria e que muitas das coisas consideradas impossveis s so tidas como tais porque no lugar comum, algo que no se repete com facilidade. Se o fossem passaria da categoria de ilogicidade

    para a de logicidade. Diz que basta alterar o que ele chama de teia da realidade para se vivenciar umaoutra realidade No Universo hologrfico no h limite para o que podemos alterar na teia da realida-de. O que ele chama teia ns temos chamado de matriz, mas isto apenas uma questo semntica.

    Exatamente h plena concordncia entre o seguinte pensamento de Watson sobre conceitosqunticos de doena e de sade com o que referimos em palestra anterior . ... agora podemos ver queas remisses miraculosas de doenas podem ser prprias de mudanas na conscincia 1 que por suavez efetua alteraes no holograma do corpo.

    Outro ponto de concordncia a concluso a que chegou Watson sobre a experincia vivencia-da com a xam. Se programarmos a mente o impossvel pode se tornar possvel, o lgico pode se tor-nar ilgico e vice-versa, pois para que coisas assim ocorram basta apenas alterar a teia da realida-de. Em nossa palestra anterior dissemos que basta se efetivar mudana na matriz do texto para se ter

    outra realidade.Se a concretividade do mundo nada mais do que uma realidade secundria originria de um

    padro hologrfico que constitui oparadigma de Bohm e Pribram, ento a mais impossvel das coisaspode se tornar verdade em termos de percepo. Muitas doutrinas dizem que tudo o que for pensvel,de alguma forma existe. Usando o exemplo do texto escrito, podemos dizer que tudo o que se pensar,por mais fantstico e julgado impossvel, pode se colocar num texto matriz escrito e assim fazer existiro que antes no existia. S o impensvel no passvel de ser criado pela mente, s o impensvel queno pode ser acrescentado matriz de um texto escrito.

    Vale salientar que esse criar no algo apenas de nvel abstrato. Ele tambm pode ser de nveldo concreto, pois o concreto, em sntese, no muito diferente do abstrato, desde que a concretitudedas coisas no mais que o resultado do tipo de percepo, e at mesmo sensorial, o concreto algo

    percebido pelo tato. Por mais abstrato que algo seja s a deteco sensorial, ou instrumental pode esta-belecer a natureza daquilo que observado. A mera percepo visual no testifica a concretitude dealgo.

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    Onde o autor usa o termo conscincia ns usamos a palavrapercepo, que uma caracterstica prpria da mente e nodiretamente d a conscincia.

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    ESTADOS DE CONSCI NCI A E O DESENVOLVI MENTO DO SER

    DEUS CONCEDE O PROGRESSO A

    PASSOS LENTOS, PORQUE A LUZREPENTINA OFUSCA VISTA ".ARAJO PORTO ALEGRE.

    JOS LARCIO DO EGITO FRC

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    Uma interrogao que fazem a respeito dos estados modificados de conscincia porque, sem-pre havendo existido grupos sociais que por diferentes meios tiveram essa condio, e mesmo assimno estabeleceram quaisquer sistemas superiores de vida. Conforme se pode ver o patamar social al-canado por eles no foi superior ao de outros grupos coexistentes que no faziam uso de substnciasindutoras de atividades psquicas especiais.

    Perde-se no passado muito remoto o quando os seres humanos comearam a fazer uso de subs-tncias vegetais, e de exerccios especiais capazes de determinarem percepes superiores. Se for assimporque nenhuma tribo indgena, afeita ao uso de certas substncias psicoativas, no saram no passado,e no saem no presente, da estagnao em que vivem e viveram antes? Por que geralmente deixaram edeixam ainda que o homem banco lhes escravize. Por que os nativos pertencentes a grupos que usam

    substncias indutoras de estados ampliados de conscincia chegam at mesmo a ser dominador e des-trudos por vcios se que eles dispem de uma capacidade de percepo bem superior que os seusdominadores e mesmo assim no conseguem nem ao menos se protegerem?

    De incio, queremos dizer que nem todas as substncias utilizadas pelos inmeros grupos espa-lhadas no mundo so de efeito positivo. Geralmente so substncias txicas, viciantes e degenerados docarter. Neste caso fica fcil se compreender o porqu as coisas aconteceram como foi citado acima.Mas, queremos falar de grupos que usam substanciam positivas, como a Hoasca, por exemplo.

    De incio vamos considerar a civilizao Inca. Por certo foi um povo bem desenvolvido e queos dirigentes faziam uso da Hoasca e mesmo assim os espanhis facilmente destruram totalmente, empouco tempo, aquela magnfica civilizao. bom que se tenha em mente que de todas as civilizaes

    antigas a Inca foi a mais pacifica delas. Era totalmente diferente da civilizao Azteca por ser esta al-tamente sanguinria. Os Incas eram pacficos, organizados, confiantes. Para isto por certo contribuiu aHoasca. Eles viam somente o lado bom das coisas e assim tornaram-se indefesos diante dos espanhismaliciosos e sedentos de riquezas materiais

    Para que as indagaes sobre o tema possam ser respondidas, de incio, necessrio que escla-reamos o seguinte: Nem todas as substancias psicoativas so de efeito positivo. Podemos mesmo a-firmar que a grande maioria dos nativos que fazem uso de bebidas mgicas, na realidade, usa substn-cias indesejveis, pois a par de um efeito txico existem to somente aberraes sensoriais e, quandomuito, efeitos psicodlicos sem quaisquer significados no tocante ao desenvolvimento espiritual dapessoa.

    Ante o que afirmamos temos que saber separar o que seja percepo de conscincia superior e oque simples iluso sensorial. Claro que na maioria dos grupos que usaram ou que usam substncias

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    psicoativas nenhuma vantagem pode ser evidenciada. Mas a indagao deve persistir, e com refernciaqueles que usaram ou usam o sistema certo. Que empregam mtodos que promovem os estados altera-dos de conscincia da maneira correta e que poderiam assim beneficiar a pessoa, mas que aparentemen-te no se evidenciam indcios de evoluo diferenciada alguma. A verdade que um estado alterado de

    conscincia, mesmo que envolva percepes sensoriais muito sutis, no refletem evoluo ou desen-volvimento espiritual algum se a pessoa no direcionar aquilo que v no sentido de uma transformaointerior.

    Existem muitos mtodos capazes de provocarem estados de conscincia especiais. As condi-es psquicas especiais, de um modo geral, podem ocorrer quer por induo direta, quer por induoindireta (extrnseca e intrnseca respectivamente). Direta quando o agente qumico modificador doestado bsico de conscincia procede de fora do organismo, e indireta quando o agente produzido noprprio organismo. No primeiro caso trata-se de substncias introduzidas j elaboradas devidamente.No segundo caso quando so elaboradas pelo prprio organismo mediante um estmulo adequado.Em essncia, em ambas as situaes o processo intrnseco da modificao das percepes so sempreresultantes de uma ao qumica especfica, de algumas substncias especiais.

    Algumas substncias psicoativas, portanto, vm de fora do organismo (extrnsecas) e outras sosintetizadas nele (intrnsecas).

    Para justificar a afirmativa de que os estados especiais de conscincia podem determinar pro-gresso tanto do indivduo quanto da sua sociedade vai abordar um ponto que muitos estudiosos desco-nhecem.

    Os iniciadores das grandes religies, os antigos sacerdotes no passado dirigiam a vida das pes-soas e dispunham de meios capazes de provocar-lhes estados alterados de conscincia.

    Na histria, h indcios claros de que grandes Iniciadores aturam em nvel de estado diferencia-do de conscincia, seno vejamos: A partir de quando Buda comeou a sua misso? A histria do Bu-dismo relata que isso ocorreu aps um longo perodo de meditao e abstinncia a que ele se submeteu.

    Jesus jejuou 40 dias no deserto aps o que teve percepes especiais. Na verdade em se tratan-do de Jesus ele no precisava de jejum algum para ter clareza total de conscincia, mas se o fez foimostrando que essa prtica deve ser seguida por quem precisar, ou quiser, ter percepes de certo nvel.

    Houve muitos outros casos que poderamos citados como informao de que nas grandes reali-zaes msticas houve participao de elementos de induo endgena.

    Existem muitos processos capazes de acarretarem estados modificados da mente cerebral poralteraes metablicas resultantes da liberao de substancias psicoativas determinantes da abertura deconscincia.

    A cincia atual conhece alguns mecanismos bioqumicos capazes de determinarem isso. Sabe-se que a flagelao, por exemplo, capaz de produzir vivncias em estados alterados de conscincia esabe o como isto ocorre. A flagelao desdobra protenas dos tecidos lesionados produzindo, conse-qente, liberao de histamina, de serotonina e de outras substancias neuro-transmissores capazes deprovocarem "vises" e outros fenmenos psquicos.

    Os grandes iniciados tambm tiveram vivncias psquicas por induo endgenas e disto her-dou-se a tradio das "bebidas sagradas" de determinados grupos.

    Com o passar dos anos aquilo que era uma "bebida sagrada" foi sendo substituda por outrostipos de bebidas que nada tinham de "sagradas". O poder negativo acabou por induzir os seres humanosa fazerem uso de plantas diferentes, nocivas por serem txicas e deformadoras do carter, degenerado-ras da natureza das pessoas. Entre elas as bebidas alcolicas antigas e o que pior o processo de indu-o demonaca ainda continua se fazendo sentir no desenvolvimento de muitas e txicos os mais diver-

    sos.

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    A Mitologia Grega conta que do relacionamento de Zeus com a princesa tebana Smele surgiuum filho que recebeu o nome de Dionsio. Este, sendo filho de um deus Zeus com uma humana Smele Dionsio, que mais tarde veio a se chamar Baco, no foi aceito como um deus pelo Olimpo.

    Como tal, Dionsio, banido do Panteon, certa vez estava passeando por um vale quando se de-parou com uma fruta desconhecida, a uva. Dionsio compreendeu que daquela fruta podia-se fazer umabebida, o vinho. Dionsio, com certeza inspirado por uma fora negativa, provocou a fermentao dasuvas e assim produzir uma bebida que ele percebeu se dotada de caractersticas peculiares. Percebeuque atravs daquela bebida que inventara ele poderia impor a sua vontade aos homens e at mesmo aosseres do Olimpo, tornando-se assim dotado de poderes "divinos". Dentro dessa convico Dionsio em-preendeu viagens pelo mundo, e iniciou o caminho da glria material apoiado por aquela poderosa,falsa e traioeira arma que havia descoberto o vinho.

    Com um grupo de amigos Dionsio viajava pela Grcia propiciando uma falsa alegria e felici-dade s pessoas. Quando ele bebia se tornava alegre, loquaz, agradvel, de convvio, conseguindo as-sim enganar a muitos. Sob o efeito feito do vinho todas as procuraes abandonavam os coraes hu-

    manos. O medo se desvanecia, a coragem redobrava. Com o vinho os homens sentiam-se com umafora que julgavam erroneamente ser uma Fora Superior, com capacidades desejadas, quando narealidade a fora imperante sobre aquelas pessoas eras exatamente a aposta. Assim, o prprio Dionsiopassava a se julgar igual aos seus rivais deuses do Olimpo, passava a acreditar ser integrante da comu-nidade dos deuses gregos.

    Atravs da bebida Dionsio pervertia as pessoas, especialmente as mulheres as quais embriaga-va, obscurecendo-lhes o raciocnio, ensinando-lhes a praticarem crimes e atos libidinosos. Assim aspessoas se desgovernavam e passavam a cometer uma srie de desatinos, at mesmo mortes e destrui-es. Desta forma Dionsio passou a ser conhecido pelo nome de Baco, o deus do vinho. Assim, Baco,que no tinha poder divino algum, procurava se impor queles grupos de pessoas que viviam margemda sociedade grega por quem eras "respeitado".

    Baco, atravs do efeito negativo do vinho determinava orgias terrveis, e aquelas festas passa-ram a ser chamadas de Bacanais. Essa a origem da palavra bacanal, nome pelo qual ainda hoje certasorgias so conhecidas.

    Esta e a estria grega sobre a origem do vinho e em grande parte ela verdadeira.O poder das trevas atua sempre de forma reptcia fazendo com que as pessoas aceitem coisas

    nefastas como sendo boas. Ela desperta nas pessoas o desejo por coisas nefastas. Apresenta com umamscara de coisa boa aquilo que no serve realmente. Nunca ele mostra o lado ruim das coisas e como"toda moeda tem duas faces", assim tambm muitos vegetais so dotados de dupla natureza. Uma ououtra se manifesta conforme a quantidade e, ou a maneira de ser preparado para o uso. O organismono pode viver sem lcoois a quantidade necessria normalmente extra pelo organismo dos alimentos

    ingeridos.Ento o enganador como procede? - No caso do lcool fez com que aquilo que existia para serutilizado pelo lado positivo passe a s-lo pelo lado negativo. As pessoas so levadas ingesto dequantidades alm daquele limite que normal.

    Em linhas gerais a estria mitolgica do vinho reflete bem a maneira de proceder da naturezanegativa para o estabelecimento dos vcios em geral e da bebida em particular.

    Embora a mitologia conte a estria de Baco como o iniciador da bebida, queremos, contudodizer que outras bebidas j existiram antes do existiram antes do vinho. Isso ocorreu como uma detur-pao das bebidas sagradas. Vejamos como: Os Indicadores usavam determinados ervas para obteremestados ampliados de conscincia com diversas finalidades significativas para a subsistncia das tribos.Com o uso de bebidas sagradas os povos podiam empreender com mais clareza certas atividades comoa caa, por exemplo. No anseio de disporem de melhores e mais eficientes bebidas sagradas as pessoas

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    eram enganadas pelo poder das trevas quando induziam as pessoas a usarem determinadas drogas, con-vencendo os seres de que atravs do uso delas eles poderiam se encontra com o poder e se tornaremiguais a Deus. Na realidade as pessoas acreditaram nisso, pois, sob o efeito euforizante daquelas subs-tancias txicas, sentiam-se dotados de poderes excepcionais, no sabendo, contudo, da quase certeza de

    se tornarem vtimas daquelas substncias altamente perigosas, viciantes e degenerativas do carter.Assim, mais uma vez, as pessoas eram envolvidas pelo lado trevoso da natureza.

    O vinho descoberto porBaco (Dionsio) apenas foi mais uma daquelas bebidas, e no a primei-ra delas.

    Os tradutores dos textos religiosos por desconhecerem a de substncias psico-indutoras queeram usadas desde a mais remota Antigidade no fizeram tradues com o exato sentido das bebidassagradas. Confundiram bebida sagrada com bebida alcolica, especialmente o vinho que era a bebidatpica da poca. Assim foi com referncia ltima Ceia e outros momentos citados nos Evangelhos.

    No verdade que os estados alterados de conscincia no hajam promovido desenvolvimentosocial algum. Toda a moral religiosa, todos os valores do passado constituem uma herana das civiliza-

    es passadas que foram codificadas a partir das percepes superiores, que os iniciados a eles ligadostiveram, As grandes filosofias, os grandes planos de desenvolvimento da humanidade no passado nas-ceram de mentes em condies psquicas superiores quer induzidas por substncias exgenas, quer porprocessos de meditao ou coisas equivalentes.

    Agora vejamos quais as vantagens que os estados de percepes especiais podem oferecer:Quando uma pessoa tem conscincia da outra face da vida, dos mundos imateriais que a cercam, porcerto ela pode ter o necessrio estmulo para a busca do progresso e para correo de distores queretardam o seu desenvolvimento espiritual. Vendo e sentindo diretamente as vivncias que as religiesapenas dizem e que as filosofias simplesmente discutem, a pessoa pode eliminar dvidas e assim utili-zar-se das experincias para o desenvolvimento mediante a prtica dos princpios de uma vida reta,determinante da elevao das vibraes individuais sem o que no pode haver sintonia com nveis mais

    altos da conscincia interior.Mas, a simples percepo extra sensorial determinado por quaisquer meios que sejam utiliza-

    dos no se revestem de valor se aquilo que for percebidos deixar de ser usado para a converso da ne-gatividade para a possibilidade. Se assim no for tudo ocorrer como se a pessoa estivesse simplesmen-te assistindo a um filme qualquer, um atendimento sensorial, apenas.

    Portanto, baseado nas vivncias msticas, nas percepes evidenciadas em estados especiais deconscincia, a pessoa precisa trabalhar no sentido do aprimoramento existencial para que disto decorrao crescimento interior. A transformao de nvel de vibrao do baixo para o alto o fator determinantede uma maior sintonia com a Partcula Csmica. S assim, ento, haver progresso espiritual.

    Certas condies de conscincia, determinadas percepes, permitem pessoa ver alm dos limi-

    tados horizontes da matria, mas ver no significa seguir. Seguir uma condio ligada ao querer que,por sua vez, est diretamente condicionado ao livre arbtrio. Uma pessoa que tenha viso mstica porcerto pode ter compreenses muito mais acuradas do que aquela normalmente permitida pela matriadensa, mas ela s segue as indicaes percebidas se quiser, pois o livre arbtrio soberano.

    Num estado especial de conscincia uma pessoa pode ver muitas coisas, pode ver o sentido daevoluo, mas isto no determina por si evoluo ou desenvolvimento algum. O desenvolvimento determinado to somente pelo querer da pessoa, pois s assim fica preservado o livre arbtrio.

    No se pode ser um espectador no drama da existncia, tem-se que participar como ator do con-trrio progresso algum advir das experincias psquicas que a pessoa possa vir a ter. Por isto queexistem aquelas tribos indgenas em que as decises so tomadas em estados alterados de conscinciapelo o uso de vegetais especiais.

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    H dirigentes tribais que fazem uso de Hoasca2, mas que nem por isso progrediram ou fizeramo seu povo progredir.

    Mesmo aqueles ndios que usam aHOASCA 3 continuam vivendo em dificuldades e sendo des-

    trudos pelo homem branco. Se muitos nativos tm estados especiais de conscincia, se vivenciam n-veis de conscincia muito alm daqueles peculiares ao homem branco, por que razo existe entre elescimes, orgulho, egosmo, personalismo, lutas internas pelo poder, guerras entre tribos, etc. - Nessesentido, de um modo geral no h quaisquer diferenas entre grupos que fazem uso de rituais ligados aestados especiais de conscincia e outros que no o fazem, praticamente os dois grupos so semelhan-tes quer no tocante aos atrasos de vida quer no relacionamento existencial, etc. - Isto acontece exata-mente porque, como afirmamos antes, as percepes por si mesmo nada significam.

    Normalmente o emprego de indutores psquicos apenas despertam percepes um tanto maisprofundas, mas isto no condiciona diretamente o progresso existencial. Se as vises forem bem apro-veitados o progresso ser por certo muito mais fcil do que sem elas, mas de forma alguma o progressoe o desenvolvimento de qualquer natureza est contido na experincia em si. Por esta razo que se faz

    preciso em todos os sistemas a presena doMESTRE, condutor que guie atravs de um corpo de dou-trinas. A viso psquica mostra o que certo para o progresso espiritual, mas a doutrina quem dizcomo proceder para que a meta seja atingida.

    Como se pode entender pelo que antes comentamos, as experincias psquicas, no mximo doconscincia pessoa da natureza individual para que ela possa dissipar os vus do esquecimento ligados reencarnaes passadas, mas, quanto ao desenvolvimento propriamente ela no mximo leva a pessoaao nvel de conhecimento evolutivo correspondente a alguma encarnao anterior.

    Com o uso de substncias indutoras de percepes a pessoa podem abrir a conscincia paraaquilo que j sabe de antes, facilitando as coisas para que ela chegue logo ao grau de conhecimento jadquirido antes na escalada do desenvolvimento espiritual. Facilitando para que a pessoa se torne cien-te do nvel d recordao j antes despertado, chegando ao limiar do j alcanado. Mas, pelo estado alte-rado de conscincia, de forma alguma a memria csmica despertada bruscamente para alm do limi-ar j alcanado na escalada evolutiva.

    Por isso que o egosta, o tirano, o agressivo, o medroso, e todos assim entram e saem dos es-tados alterados da mente sem grandes modificaes. Nenhum conhecimento especial, e conseqente-mente, desenvolvimento determinado diretamente pelo estado alterado de conscincia. Na realidadetudo se passa como se fosse apenas um filme, por mais concretas e reais que possam ser as percepes.O progresso realmente s ocorre em decorrncia do despertar da ConscinciaCsmica e isto no feito por qualquer substancia ou mtodo. fruto sim do desenvolvimento da compreenso procedidopela prpria pessoa, da elevao do padro de vibrao desde que para se ter acesso memria csmica preciso sintoniz-la, e para sintoniz-la preciso elevao espiritual. Um nativo no apresenta qual-

    quer progresso aprecivel assim como a pessoa no perde quaisquer das suas paixes diretamente pelosimples fato de ter vivncias de estados alterados de conscincia.

    Diante do que afirmamos pode-se indagar; Ento, para que servem tais meios de percepo? -J o dissemos antes, servem para que a pessoa possa us-las na estruturao da vida pessoal, no traba-lho do desenvolvimento interior, para ter foras para o desenvolvimento e bem mais do que isso. Vendoe sentindo outras realidades, compreendendo-as, a pessoa pode mudar o seu posicionamento perante avida e assim progredir na escala csmica. A percepo em si mesmo no significa nada se a pessoa novier a utiliz-la para o desenvolvimento espiritual pela compreenso que aqueles estados facultam.

    2 - Bebida Sagrada dos sacerdotes Incas, Permite estados alterados de conscincia e no apresenta toxidez alguma assim como no geral dependncia.

    Atualmente so sendo difundidas muitas religies baseadas nas percepes obtidas atravs da Hoasca.3

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    As percepes no superam em qualquer momento o livre arbtrio, pois este, exatamente, oelemento direcionador do progresso individual.

    Baseado nas percepes superiores e que no passado, assim como no presente so estruturados

    os corpos de doutrina das organizaes ou mesmo aquele que a pessoa v e estabelece para si mesmoquando em estado da alterado de conscincia.

    Uma pessoa pode ver em nvel superior de conscincia, mas de nenhuma forma ela induzida aseguir sem que haja a aquiescncia do querer pessoal.

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    CONSTI TUI O F SI CA DO SER E A ALMA

    "TUDO QUANTO PERTENCE AOS

    MORTAIS MORTAL".L U C I A N O

    JOS LARCIO DO EGITO1976- 3329

    T E M A 0.1 2 2

    a apreciao da essncia dos seres nos defrontamos freqentemente com incongruncias cho-cantes, especialmente quando feito uma anlise comparativa entre as informaes da metafsica e dascincias humanas.

    esta palestra tentaremos esclarecer melhor certos aspetos da natureza humana e tentaremosdar maiores subsdios para que se possa entender melhor a nossa caminhada mstica, alm de dadospara que aprendamos a nos omitirmos, muitas vezes, em questes que envolvem o julgamento de pes-soas.

    medicina atual reconhece que o carter do indivduo em parte decorrente de sua estrutura-o biolgica, sendo parcialmente funo de transmisses genticas.

    medicina sabe que grande parte da maneira de ser de um indivduo uma decorrncia da suaestruturao biolgica. Sendo assim como conciliar a cincia com a religio quando uma diz que as

    caractersticas da pessoa uma decorrncia da estrutura biolgica e a outra diz que da alma. Para quepossamos nos situar diante do problema vamos tomar por base aquilo que afirma a medicina homeop-tica.

    Homeopatia um sistema mdico que se baseia no princpio de que os estados de doena sopassveis de cura atravs de substncias capazes de originarem sintomas semelhantes queles que sodeterminados pela prpria doena. A ao daquelas substncias se faz em doses infinitesimais, em nveltal de diluio tal cuja natureza s pode ser explicado por meios fsicos ultra-precisos e explicado se-gundo as leis da mecnica ondulatria.

    Homeopatia pode ser considerado uma medicina essencialmente vibratria, o que vem deacordo com as doutrinas msticas. um sistema que no busca o remdio que tenha ao antagnicacom o estado patolgico, antes ela procura evidenciar qual a substncia que o organismo necessita parareequilibrar a sua "Fora Vital" e assim efetivar a cura; no s a cura daquela doena, como tambm deoutras ainda no manifestadas fisicamente, ou mesmo, para evitar aquelas que possam atingir o indiv-duo a curto prazo.

    urar o indivduo como um todo, e no uma leso especfica, a meta da Homeopatia.a busca de equilibrar a Fora Vital por meio de uma substncia nica, descobriram os ho-

    meopatas que os sintomas e caractersticas mentais e emocionais do indivduo so importantssimospara a escolha do remdio preciso, que o medicamento constitucional prprio daquele indivduo .

    omprovou-se que cada organismo tem entre as diversas substncias existente alguma que lhe mais afim, exatamente aquela que melhor reequilibra a sua Fora Vital.

    iante do que afirmamos acima, comprovou-se que humanidade inteira divide-se em grupos se-

    gundo os seus medicamentos constitucionais.

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    sto muito importante para listrar o estudo da dualidade da personalidade dos seres que es-tudamos nesta srie de palestras.

    omo que o homeopata determina qual o medicamento constitucional de um paciente? - Me-

    diante um exame, no da leso em si, mas das condies psquicas em geral, do temperamento, dosdesejos, das averses, da sexualidade, e das reaes ante as condies climticas e ambientais, etc. otipo de remdio identificado. Desta maneira encantar-se-o indivduos que tm muito ansiedade pelofuturo, indicativo de uma pessoa "Calcrea carbnica"; que tm forte inclinao para o suicdio, agres-sivo, etc., indicativo deAurum met."; outros com tendncia para as artes, sentimentais, inclinados a tervises psquicas e clarividncia, que lembra "phosphorus"; um bilioso, agressivo, ditatorial intolerantes contradies, mas tambm muito inseguro, possivelmente umLycopodium.

    utro ponto que queremos salientar que esse tipo constitucional parece ser em parte transmi-tido hereditariamente. Numa famlia em que um dos genitores , por exemplo, "Sulfur" h certa predo-minncia de indivduos com essa constituio naquela famlia. De modo idntico, ocorre com todas assubstncias homeopticas e isto leva a crer que esta caracterstica constitucional se transmite genetica-

    mente. isto tiramos a seguinte concluso: O TIPO CONSTITUCIONAL CARACTERIZA A NA-TUREZA DO SER, assim sendo um percentual muito elevado do carter, dos desejos, emoes detodas as espcies, so condies inerentes ao organismo fsico.

    uando o organismo entra em desequilbrio em sua FORA VITAL todos os seus sintomasconstitucionais se exacerbam a tal ponto que podem surgir doenas somticas e psquicas. Enquanto oser est equilibrado, segundo o seu medicamento de fundo (constitucional), as qualidades psquicas aele inerentes permanecem atenuadas, porm quando surge o desequilbrio que elas se sobressaem.Assim sendo, um indivduo constitucionalmente Aurum pode viver uma existncia em equilbrio semchegar jamais ao suicdio, porm, quando ocorre um desequilbrio em sua Fora Vital, facilmente elepode por fim a existncia corporal se suicidando.

    stas consideraes preliminares sobre o papel exercido pela substancias constitucional, ou me-lhor, admitindo-se que cada indivduo tem um medicamento de fundo inerente sua personalidade, noslevam a uma srie de indagaes metafsicas interessantes.

    primeira delas a seguinte: Se o temperamento, se a conduta de uma pessoa depende muitoda sua constituio, a ponto de poderem ser corrigidos os episdios proeminentes que se exteriorizamcomo doena pela sua substncia constitucional, pergunta-se: At que ponto espiritualmente se podeculpar algum por um determinado tipo de reao? Se um fator natural qualquer pode desequilibrar aFora Vital de um indivduo "Agaricus", por exemplo, e este em conseqncia matar algum, se tornarum assassino, at que ponto aquele esprito culpado realmente ? Ela encarnou um corpo "Agaricus",um assassino em potencial e como tal que em determinadas situaes no tem como evitar reaes a-gressivas intensas. Como o detentor daquele corpo com tal caracterstica pode deixar de representar to-

    das as caractersticas inerentes quele tipo de mentalidade, ou sofrer as suas conseqncias quando umfator ambiental provocar um desequilbrio da Fora Vital.

    m indivduo que haja sido dotado de um organismo constitucionalmente "Aurum metalicum",que pode facilmente chegar ao suicdio, que culpa ele tem se chegar quela situao? Segundo a quasetotalidade das religies o suicdio um crime, um pecado, um desvio da alma humana. Mas, pensemosno seguinte: Se a tendncia suicida uma contingncia muitas vezes condicionada pela herana orgni-ca, at onde vai culpa da alma?

    mais santa das almas que passou pelo mundo terreno, se tivesse recebido um corpo de consti-tuio "Mercrios" ou "Nux vmica", por certo teria sido irascvel, agressivo, explosivo, e tanto quantocruel. Ele poderia controlar esta condio at um certo ponto, mas no em sua totalidade, no a um

    ponto de se tornar meigo, dcil, e conformado como, por exemplo, uma pessoa de constituio Pul-satilla. Uma pessoa de um grupo no pode eliminar a totalidade das condies mentais desse grupo.

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    Quando h equilbrio as caractersticas constitucionais se tornam atenuadas, mas sempre presentes aponto de marcar-lhe a personalidade.

    alma de um Nero, ou de um Hitler, certamente no teria sobre si as enormes responsabilida-des espirituais se tivessem encarnado uma constituio mais dcil como a de um calcarea carbnicaque nem ao menos suporta ouvir falar de crueldades.

    ale agora uma indagao: A alma escolhe o corpo segundo uma necessidade evolutiva? - Paraos adeptos da reencarnao como seria isto, como a evoluo seria programada antecipadamente?

    m indivduo no pode deixar de apresentar as caractersticas que sejam peculiares sua cons-tituio biolgica. Um indivduo, por exemplo, com aquela constituio que os homeopatas denomi-namLycopodium pode se manter dentro de certos limites de controle, porm ele jamais ser totalmentedestitudo de orgulho, de prepotncia, de agressividade, e falta de confiana em si mesmo. Se ele setornasse muito afetivo, carinhoso e no irritvel pela contradio no mais seria Lycopodium e sim umaoutra constituio.

    e a conduta de um se parcialmente moldado pelo seu tipo constitucional, o que acontece com

    a alma quando ela tem que se submeter a uma existncia inteira quela condio? Tem-se que viversubmetida s condies inerentes quele tipo constitucional quanto de culpa ele tem em decorrncia dequalquer ato que venha a praticar? E se algum constitucionalmente afetivo e meigo portanto quemrito, em termos de conquistas espirituais que virtude ela tem? Se sempre foi gentil e meiga, portantouma pessoa boa, submissa e dedicada, mas se tais caractersticas so inerentes a uma condio orgni-ca, que mrito tem. Ento como atribuir qualidades boas quela alma se quem condiciona o seu bomtemperamento a sua constituio fsica?

    ue culpa cabe a uma alma se algum irascvel, bilioso e ditatorial s o corpo que encarnaquem condiciona aquele carter?

    Homeopatia reconhece um carter "mercurius" que muitssimo irritvel e violento, podendofacilmente matar e se suicidar. Ento que parcela de culpa cabe quela alma pelas suas atitude se tem

    como nico crime o haver encarnado em um organismoMercurius.egundo a Homeopatia uma mulher Spia fundamentalmente triste e detentora de uma tre-

    menda indiferena afetiva ao ponto de abandonar o esposo e os prprios filhos sem razo aparente. Queculpa tem aquela alma se tal pessoa chega a esse extremo ? Diante de uma pessoa Spia em desequil-brio, um homeopata com toda segurana pode "predizer" que aquele estado ir se manifestar mais cedoou mais tarde, e que quando tal ocorrer quela mulher por certo rejeitar os familiares. Indagamos oquanto de culpa ou de pecado levar aquela alma por ter um corpo assim?

    ualquer pensador at o momento fez essas indagaes, exatamente porque nenhum deles vi-veu como homeopata tendo diante de si casos assim que atestam com toda certeza que a quase totalida-de das caractersticas comportamentais dos seres so funo da constituio biolgica. Assim sendoquais os mritos e demritos da alma?

    esmo quando equilibrado toda pessoa tem sempre um seu carter marcado pela constituiofsica e como tal impossvel avaliar o ser seu carter real e verificar a usa personalidade tendo comobase o corpo fsico, por isto um erro tremendo avaliar a culpabilidade de uma determinada pessoa se-gundo uma anlise objetiva.

    lis, como escrevemos no tema A DUALIDADE DO EUqualquer julgamento objetivo umailuso, puramente "maya" como dizem os orientais.

    a palestra seguinte veremos a palestra seguinte veremos o porqu de isso tudo acontecer as-sim.

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    A CULPA DA ALMA?"O CORPO TERRA MASA ALMA FOGO "

    N I O

    JOS LARCIO DO EGITO1976 - 3329

    T E M A 0.1 2 3

    Na palestra anterior tecemos comentrios sobre o papel fundamental que o corpo material de-termina no comportamento e na personalidade de uma pessoa, e por isto indagamos o quanto de res-

    ponsabilidade tem uma alma pelos acertos e desacertos de uma vida. Como o corpo condiciona grandeparte das reaes de um indivduo cabe, ento, se indagar sobre o nvel de culpabilidade da alma.

    Poder-se-ia dizer que a responsabilidade da alma idntica quela que ela tem quando vivenciaum corpo patologicamente doente. Um louco, por exemplo, no pode ser diretamente culpado pelosdesatinos que possa cometer porque tudo o que ele faz basicamente uma injuno de distrbio fun-cional do crebro, portanto no tem peso algum para ele como esprito. Mas, como veremos depois,mesmo neste tipo de caso ainda paira grau de culpa.

    Estamos citando um caso extremo, uma mente psicoptica. Neste caso estamos considerandoum grau mximo de distrbio, mas vale salientar que no s nas situaes que consideramos acentu-adamente patolgicas que a matria orgnica dita a forma de comportamento do ser. Podemos dizerque no existe um ser em que a matria no exera algum tipo de condicionamento, de determinaosobre os atos individuais.

    O homeopatas e alguns psiclogos concluram muito diferente porque no apenas nos psi-copatas que a estrutura cerebral, ou glandular, dita a forma de ser, a conduta de vida pessoal. No hduvidas que todas as pessoa tm uma maneira de ser basicamente condicionada pela sua estrutura bio-lgica. Na realidade o padro de comportamento depende tanto do lado espiritual quanto d lado cor-poral.

    Por isso afirmamos ao mstico restam muitas indagaes metafsicas, pois se em nenhum casoa conduta de algum dependncia nica da alma, sendo muito mais da constituio fsica portanto mister uma avaliao que leve em conta essas duas condies.

    No restam dvidas de que muito difcil para quem no dispe de bases msticas e metafsi-cas profundas compreender o porqu a alma responsvel pelos acertos e erros de uma existncia.Mais difcil ainda para aquelas pessoas que admitem que a alma s tem uma existncia material. Di-fcil porque se torna praticamente impossvel se entender a razo pela qual uma alma possa ser punidapor atos que ela cometeu mas que em parte foram resultantes de um condicionamento da estrutura bio-lgica.Fica difcil se explicar que um esprito possa responder pelos atos impostos pela organizao da mat-ria cerebral, por um corpo passvel de ditar-lhe um padro de comportamento dito pecador.

    Para que possamos estudar esta questo vamos aqui considerar as opinies sobre a origem daalma das duas correntes mais difundidas, Uni e o Pluriencarnacionismo.

    Segundo a viso Uniencarnacionista muito difcil uma resposta satisfatria para a questo em

    estudo, pois que a alma encarnando somente uma vez ela estando cativa das condies impostas pela

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    constituio fsica do corpo suas atitudes no seriam jamais de mritos ou de demritos, no lhe ca-bendo nem loiros e nem condenaes pois tudo dependeria do tipo de corpo que ela houvesse recebido.

    A resposta est contida na natureza da criao dos espritos e nas leis que regem a "escolha"do corpo. Essas leis se resumem numa lei maior que a LEI DO MERECIMENTO ( estudaremosoportunamente ).

    Outra indagao que surge : Qual o carter usado para a escolha de um corpo pela alma? Porque para uns, uma estrutura fsica que os leva a serem meigos, dceis, e para outros, uma capaz de tor-n-los violentos? - Ou ser que para o desenvolvimento espiritual no deve ser levado em contas aque-las condies impostas pelo tipo constitucional?

    No h dvidas de que o organismo em parte responsvel pelo padro mental do indivduo.Como isso verdade se torna difcil punir um espirito pelo que ele comete. Hoje a cincia sabe perfei-tamente que o estado depressivo basicamente uma condio orgnica e que quando muito intensoleva inexoravelmente ao suicdio. Sendo assim, porque ento algumas religies at chegam ao extremode negarem o direito de serem celebrados atos litrgicos para os suicidas? Uma pessoa que nasceu com

    uma constituio predisponente de suicdio altamente suscetvel a cometer aquele tipo de ato extre-mado diante de determinadas pelas presses da vida? - Se a constituio fsica determina a disposiodestrutiva de um indivduo, porque, ento, negar alma o ato litrgicos se ela no tem culpa pelo quehaja acontecido?.

    Muitas pessoas diro que esta situao semelhante quela determinada pelas doenas mentaisgraves( psicopatias = loucura ) em que a alma no tem culpa quando ocorre uma atitude criminosa oupecaminosa, desde que aquele tipo de agir fruto de uma imposio patolgica grave. Mas o quequeremos por em evidncia que no s em situaes mentais graves que a condio biolgica ditaas normas de conduta da pessoa. Estamos estudando basicamente aqueles casos em que no so aque-les em que a pessoa considerada psiquicamente pelas leis dos homens. Estamos estudando o compor-tamento dos seres em geral, em que com certeza grande parte da maneira de ser injuno da matria.

    So aqueles casos em que no se trata de doena propriamente, mas apenas de uma exacerbao de"marcas" impostas pela constituio biolgica e que acompanha a pessoa a vida inteira. Somentequando exacerbadas esses processos que aquelas pessoas podero chegar ao nvel de doena, masno quando elas esto equilibradas.

    Uma pessoa "Nux vmica", por exemplo, no um doente; ela pode se tornar doente em de-terminadas situaes, porm ela independentemente de estar ou no doente ela se apresentar a vida in-teira com o comportamento tpico de "Nux vmica" que envolve uma grande agressividade. Nascendonuma constituio Nux vmica a pessoa estar marcada por um tipo caracterstico de personalidadeagressiva.

    Segundo o pensamento da doutrina homeoptica, o indivduo pode estar ou no estar apresen-

    tando sintomas patolgicos o estigma de determinadas doenas e maneira de ser o acompanha sempre.Segundo as constituies, conforme preceitua a Homeopatia. O problema que estamos estudando setorna de difcil resposta porque fundamentalmente a personalidade prpria de cada um est basicamen-te ligada constituio, sendo a doena to somente um surto de intensificao de sintomas em de-corrncia de uma diminuio da atual Fora Vital.

    Para os adeptos da reencarnao da alma o problema oferece menos dificuldades para ser en-tendido, porm ainda h pontos de difcil conciliao. Segundo aquela linha de pensamento a alma vol-ta para uma nova vida, para novas experincias que se adicionaro totalidade dos conhecimentos evivncias adquiridas atravs de uma srie de vidas sucessivas. Mas, mesmo assim interroga-se: Emcada nova encarnao a alma vai adquirindo um corpo constitucional mais equilibrado, mas tendenteao pacifismo, de mais resistncia aos atos extremos? Se assim for poder-se- avaliar evoluo da al-

    ma segundo o tipo constitucional do indivduo e isso no parece ser verdadeiro.

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    Ou ser que a alma deve ter vivncias em vrios tios de temperamento, encarnar vrias consti-tuies diferentes para sentir as diferentes condies como uma pessoa calma, serena, agitada, colri-ca, tristes, etc.? Se assim for, nenhuma atitude inerente ao tipo constitucional interessa, pois no planoevolutivo tanto faria a pessoa ser um indivduo propenso matar, quando a amar.

    Outra indagao: Como se efetua o processo de escolha para uma encarnao levando-se emconsiderao o tipo constitucional? O que leva a alma a escolha para sua reencarnao um corpo de talou de qual natureza. Se essa escolha fosse motivado pelo querer do esprito por certo nenhum deles es-colheria uma constituio mais propensa s qualidades negativas. Todos, por certo escolheriam o tipomais harmonioso com a natureza, menos propenso a cometer atos que so considerados pecaminosos,nasceriam numa famlia rica, com uma estrutura bonita, charmosa, etc. A escolha seria orientada porum pouco de egosmo ainda existente na alma aps cada encarnao, fazendo com que ela escolhesseegoisticamente o melhor, da nenhuma escolheria uma constituio feia, agressiva e coisas assim.

    Se por um lado, o tipo constitucional a ser encarnado no decorre de uma escolha da alma, con-seqentemente esta no teria culpa por qualquer conduta que o corpo lhe venha impor durante a sua

    existncia terrena.Muitos pensaro e diro o seguinte: Cabe alma controlar as emoes. No duvidamos que ela

    exera certo tipo de controle sobre as emoes e aes, porm este controle no absoluto, do contrrioum temperamento constitucional no seria um fator importante na conduta do ser e jamais haveria exa-cerbao dos sintomas porque ela os controlaria.

    Ambas as linhas de pensamento filosfico, quanto a condio da alma encanada, levam inda-gao de difceis respostas.

    Tomemos como exemplo para efetuar este estudo das relaes alma /corpo o princpio dos gru-pos constitucionais, porm ele no diferente de outros fatores inerentes ao meio que decisivamentemarcam o tipo de conduta individual.

    A nosso ver, os fatores ambientais marcam menos do que os fatores constitucionais, por istoescolhemos esta varivel, para as indagaes sobre a responsabilidade da alma ante a existncia car-nal.

    Evidentemente todas as possveis explicaes oferecidas pelas religies em geral vo se mos-trarem insatisfatrias. Somente se mergulhando na metafsica mais profunda da Rosacruz, de Cabala ede algumas outras Doutrinas que se torna possvel o entendimento desta problemtica com perfeitaclareza.

    Todas as indagaes que fizemos so inquiries que jamais um "iniciado" faria, isto porquetodas elas foram estabelecidas em bases puramente da egopersonalidade do ser, a qual, para um mstico quase destituda de valor.

    Ao mstico interessa a apreciao da personalidade essencial, ou como diria um cabalista; In-

    teressa TEPHERETH e no YESOD.Todo condicionamento constitucional se processa unicamente ao nvel do corpo, no mximo

    atingindo a esfera da vontade que se situa emHOD. A conduta e o temperamento imposto pelo grupoconstitucional se fazem sentir no corpo, portanto em MALKUT. preciso se separar o que do reinode MALKUT( corpo ) daquilo que do TEPENTE( natureza essencial).

    Os fatores constitucionais so inerentes ao corpo e s moldam, s marcam a Egopersonalidade.Voltemos a tecer alguns comentrios a respeito daquela observao cuidadosa feita por uma

    Soror ( A dualidade do EU ) que dizia respeito s duas maneiras diferentes como se lhe apresentava oesposo. Havia uma diferena marcante entre a sua personalidade comum e aquela que ela percebia em"projeo". A personalidade impaciente, irritvel, que ela citava como sendo aquela do seu esposo em

    descries fsicas ambientais certamente era a EGOPERSONALIDADE, uma condio totalmente su-

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    jeito s injunes do corpo fsico, sendo este constitucionalmente condicionado quele tipo de tempe-ramento, poderem, quando em "projeo psquica" liberto da quase totalidade dos grilhes do corpofsico, ele no trazia aqueles estigmas constitucionais, resultando disto uma personalidade bem di-ferente. Quando ela o percebia em nvel de "Personalidade Essencial" em que as indutores do corpo

    quase no se faziam sentir resultava, ento, a grande diferena entre a essncia e o corpo, entre TE-PHERET e MALKUT.

    Como na rvore da Vida as duas personalidades esto ligadas por uma via, conseqentemente,h interferncias recprocas, podendo a alma, refletida como personalidade essencial, manter certonvel de controle sobre a Egopersonalidade e, atravs desta, vivenciar o mundo objetivo, tirando deleas necessrias experincias da vida material.

    A personalidade alma pertence uma trade superior, de um nvel de energia vibratria eleva-do, por isto pouco eficiente para atuar no mundo da matria densa e conseqentemente ela necessitade um instrumento adequado, que o corpo fsico.

    A alma no pode dominar totalmente o corpo porque seria necessrio que ela tivesse uma ab-

    soluta possibilidade de manifestao objetiva total, e se tivesse no seria necessrio, por certo, um cor-po. COMO ELA NO TEM TOTAL DOMNIO, TAMBM ELA NO TEM CULPA TOTAL.A alma muito eficiente no seu mundo de origem onde reinam vibraes que lhes so harm-

    nicas, porm no mundo denso, as diferenas vibratrias no permitem um bom "acoplamento"( emlinguagem de eletrnica: Um perfeito casamento de impedncias ) pois que ela cicla num harmnicomuito elevado , o que determina perda no acoplamento com a matria densa do mundo. Por isto, paraque a ao da alma possa se fazer sentir se faz necessrio um instrumento intermedirio que o corpo,cujas vibraes baixas se acoplar bem com as do mundo material. Mesmo assim, o corpo sendo consti-tudo de matria densa, ainda oferece uma tremenda resistncia atuao da alma, mas para remediaressa situao ele dispe de estruturas orgnicas extremamente sutis em nvel de matria, que so al-guns elementos do sistema nervoso, de pontos anatomicamente inidentificveis como os "chacras" e

    especialmente os "Centros Psquicos" normalmente ligados alguma glndula de secreo interna. OsCentros Psquicos so verdadeiras "estaes receptoras" das vibraes elevadas oriundas do planosimateriais. Os "chacras" so conversores de foras, captadores de energia, verdadeiros "plugs" para arecepo de energia de altssimas freqncias.

    Toda essas estruturas interagem um sistema muito delicado de processamento das mensagensintegradoras entre a alma e o corpo, mas o rendimento no 100% eficiente. H uma perda enorme, huma resistncia ainda extremamente marcante capaz de reduzir acentuadamente o processo de intera-o.

    O corpo tem uma natureza prpria, com caractersticas individuais, peculiares, que no podemser controladas totalmente pela alma em decorrncia do que citamos antes. Sendo assim ela no pode

    sentir todas as sensaes conseqentes das atividades somticas, e vice-versa. H erros que refletemna alma, exatamente aquelas que ela poderia controlar, mas h aquelas que s o corpo responsvelporque a alma no tem possibilidade de manter o devido controle.

    Todas as condies mentais de um indivduo que encarna um tipo constitucional violento, refle-tem-se pouco da alma, por isto o que mais deve ser levado em conta para uma avaliao do seu planode desenvolvimento, plano de conscincia psquica clara, no so as atividades fsicas e psquicas.

    Todos os problemas materiais se tornam muito evidentes ao nvel da Egopersonalidade "YE-SOD" porm muito atenuados ao nvel da Personalidade Essencial TEPHERETH.

    Para terminar resta-nos discutir quanto aos critrios de escolha adotados pela alma para umaencarnao, o que faremos na palestra A ENCARNAO E A ALMA.

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    A VULNERABI LI DADE DO SER

    " O INTELECTO ANULA O DESTINO.QUEM RACIOCINA LIVRE".E M E R S O N

    JOS LARCIO DO EGITO, FRC1984 - 3337

    T E M A 0.1 6 8

    H muita polmica em torno da vulnerabilidade do ser, indagaes se ele pode ser atingido porforas estranhas, especialmente por espritos desencarnados e coisas assim. Em caso afirmativo a inda-gao at que ponto um ser passvel de ser vtima de um outro, se existem meios atravs dos quais,uma pessoa pode prejudicar outra.

    Na palestra A TRANSMISSO DO MAL vimos vrias vias por onde algum pode prejudicaros seus semelhantes. Vimos que de forma direta, mecanicamente, isto muito fcil, mas que atravs deoutros processos poder ou no ser fcil, pois tudo vai depender da sujestionabilidade do receptor, ouda pessoa que pretende prejudicar tenha domnio de conhecimentos especiais sobre a natureza dos se-res. Indaga-se se existe meios que possibilitem algum atingir uma pessoa por processos mgicos oupsquicos independentemente da sugesto? - A resposta positiva e a seguir veremos por que.

    Para se compreender o ser com todas as suas funes fsicas e psquicas nada melhor do que oesquema da rvore da Vida, pois ele representa a planta arquitetnica "do homem e de todas as coisasexistentes por isto a usaremos tambm nesta palestra (Vide fig. 1).

    Na palestra MENTE S EM CORPO SO vimos que os "sephirah" s se manifestam no ho-mem graas aMalkut. Este sephirot o palco onde todas as atividades se exteriorizam no mundo ma-terial. Portanto somente Malkutpode ser vulnerar. Qualquer prejuzo de uma funo orgnica (Hod eNetzah) requer vulnerabilidade do corpo fsico. Todas as aes mecnicas necessariamente tm que le-sionar o corpo.

    Igualmente atravs do corpo que ocorre a conscientizao das coisas. Via de regra tudo aquiloque um indivduo percebe do mundo material fruto das percepes de Malkut. Disto resulta uma pri-meira concluso. Excetuando-se os danos fsicos todos as demais condies que possam ser dirigidas a

    uma pessoa passa pelo crivo da razo objetiva, portanto parte integrante de Malkut. Ali o intelecto temcondies de aceitar ou de recusar qualquer percepo, como dizia Emerson: O INTELECTO ANULAO DESTINO....

    Assim sendo todas as portas de entrada praticamente esto situadas em um sephirah que Mal-kut. Tudo aquilo que uma pessoa v, sente, percebe, pensa e intui, se manifesta em funo de Malkuteeste tem intelecto para aceitar ou rejeitar.

    O intelecto exterior, a mente pura, as emoes, ou seja, todos os "sephiroth da trade mdia darvore da Vida, bem como os da Trade Superior no se manifestam diretamente no mundo material.

    Evidentemente o Intelecto Puro (= mente. conscincia) existe por s mesmo e inunda todo ouniverso. O intelecto puro individualizado constitui o esprito independentemente do corpo, mas suamanifestao no mundo material requer a participao do corpo fsico, pois sua frequncia vibratriaest to afastada das frequncias do mundo da matria densa que a ressonncia infinitamente peque-

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    na, por isto o intelecto puro no capaz de desenvolver qualquer ao intensa diretamente sobre a ma-tria. Somente com a converso redutora das frequncias que se processa no crebro que o intelectopuro pode atuar no plano onde estamos.

    Analisando-se o esquema darvore da Vida vemos que dentro das condies normais nenhumainterferncia de fora pode influir sobre os sephiroth sem que isto seja feito atravs de Malkut. Comoperturbar uma emoo, uma intuio, uma atividade orgnica diretamente, se elas inexistem sem o cor-po? Como vulnerar um pensamento sem que a ao vulnerbizadora seja dirigida ao corpo fsico?

    Uma emoo pode ser perturbada, ser alterada, mas isto s pode ser feito atravs do corpo e aliest o Intelecto para anular aquilo que no passe pelo crivo da razo. Se uma influncia exterior se fizersentir ela no interfere na emoo diretamente, amas sim no indivduo que sente a emoo, e este temmeios de anular, de ser que aquela emoo no existe por si mesmo. Diante de uma personalidade mui-to forte as emoes nada provocam, pois elas tm que vencer as defesas da personalidade, portanto,somente penetrando atravs deMalkutisso se torna possvel.

    Por uma questo de distanciamento vibratrio nenhuma ao material pode atingir diretamente

    a essncia anmica. A recproca verdadeira, a alma, o intelecto em essncia, no pode atuar direta-mente sobre o organismo diretamente por isso impossvel se vulnerar uma alma, assim como emo-es, intuio, etc. sem vulnerar o organismo.

    No homem, aquele ser simbolicamente expresso pelo pentagrama com a quinta ponta voltadapara cima, no h condies de ser atingido por sortilgios. Apenas e atravs deMalkut, parte da estrelade cinco pontas invertida, que as condies malficas podem vulnerar o ser.

    Como citamos antes e em outras palestras a matria pouco responsiva s frequncias eleva-dssimas da Trade Superior, sendo assim uma ao direta no pode ser veiculada a partir de l, bemcomo aquilo que inerente coluna da direita da rvore da Vida, como, por exemplo, a intuio, asemoes profundas e os processos autnomos, porque eles no envolvem a mente objetiva, e sim aMente Csmica de onde tudo o que de dali provm est isento de condies de maldade.

    Para que a entidade alma, a mente, possa atuar no mundo denso indispensvel um corpo fsi-co. Sem um corpo material jamais pode se efetuar qualquer dano direto a quem quer que seja. Assim, aalma ou qualquer ser imaterial no podem agir diretamente sobre um ser material, em decorrncia deineficincia de sintonia vibratria. (Esto muito afastadas no Teclado Csmico)

    Numa palestra anterior dissemos que os Grandes Mestres devem ter um corpo denso para poderexercer atividades no mundo material. Evidentemente eles se revestem de um corpo muito mais tnuedo que o do homem comum, mas mesmo assim ainda um corpo material. Como mente, como perso-nalidade alma incorprea, nem os Grandes Mestres podem desenvolver aes materiais diretamente.

    Disto vemos que impossvel uma entidade alma, incorprea, vulnerar diretamente quem querque seja. Se entidades de outros planos tentarem vulnerar, causar prejuzos a uma pessoa, s poss-vel atravs de uma ao em nvel de corpos intermedirios e isso envolve um elevadssimo dispndiode energia e mesmo assim de certo modo o processo requer um tanto de sujestionabilidade sujes-tionabilidade. Via de regra a prpria pessoa que se condiciona, se enche de temores, somatiza aquiloque apenas como uma irradiao, e ento a prpria mente dela que desenvolve o malefcio, quer essasugesto seja consciente, quer seja inconsciente.

    A pessoa que conseguir se defender de um mal direto, e se no der guarida sugesto, se tiveruma personalidade forte e bem formada com conhecimento da natureza dos planos do astral um ser li-vre e imune a quaisquer malefcios externos.

    Desde que a pessoa se defenda da ao direta e no se condicione com os processos de magia,de nenhuma forma ela ser vulnerado pelos processos de magia negra.

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    No estamos querendo dizer que a magia negra no existe ou que inofensiva. Muito pelo con-trrio, ela existe perigosssima mas o ser pode ser invulnervel a ela e exatamente isso o que pre-tendemos mostrar.

    Em tema futuro estudaremos como os processos de magia negra atuam.Qualquer emisso vibratria, qualquer transmisso, seja l qual s pode agir de trs maneiras:

    DIRETAMENTE: (requer veculo material) ou por outras formas de energia ligadas s mat-ria. Queremos dizer, utilizando algum instrumento algum aparelho emissor, ou coisas assim que emi-tam ondas vibratrias lesivas, ou que causem impacto fsico. Estas fontes, por serem materiais, somentepodem ser manipuladas por seres materiais, portanto no h por que as temer.

    Evidentemente a mente pode atuar sobre a matria, haja visto o fenmeno "poltergeister", con-tudo algo excepcional, um processo de elevadssimo dispndio de energia sutil. Por isto e por muitosoutros fatores, somente pode ocorrer raramente. S excepcionalmente uma pessoa consegue ativarmentalmente a matria densa com facilidade por isto os "trabalhos" de magia negra em sua grandemaioria nunca atuam diretamente sobre o corpo, sendo mais comum pela sujestionabilidade.

    INDIRETAMENTE : Quando os canais sensoriais normais ou paranormais so utilizados,neste caso o mal est na interpretao que a mente objetiva der. Sendo assim possvel ao ser anular aemisso, o que equivale a no se deixar influenciar.

    Os fetiches, os objetos impregnados com emisses psquicos so dispositivos estudados no te-ma PSICOMETRIA e podem vulnerar o indivduo porm s de forma indireta. A mensagem nesta queum fetiche possa veicular no exerce qualquer ao direta, preciso que aquilo que est registrado nomente da pessoa seja "decifrada" pela sua mente. Estaanalisa a mensagem, grava e assim por haver o condicionamento resultando como consequncia umasugesto. A ao da mensagem unicamente resultante da maneira como a mente objetiva a aceitar.

    Poder haver mal, ou no porm quando houver ele ser decorrente apenas da interpretao

    objetiva. Se a pessoa no se tornar "condicionada" pela mensagem nenhum malefcio poder vulner-la.Um fetiche pode ser autntico, energicamente carregado e preparado segundo a psicometria

    porque em qualquer coisas podem ser gravado mensagens e entre elas alguma que seja nefasta. Atuacomo se fosse uma pelcula cinematogrfica que pode determinar algum tipo de mal conforme a influ-ncia que exercer sobre a pessoa. Isto vai depender da maneira como a pessoa recebe e interpreta amensagem. Inconscientemente a pessoa entre em sintonia com a mensagem gravada num fetiche masse a mente objetiva da pessoa no aceitar a mensagem, se no se deixar guiar por ela, seja qual for omal impresso no fetiche no se far sentir. Ela no tem ao direta alguma, apenas indiretamente influ-enciando a pessoa. Assim no se pode dizer que num fetiche, num "despacho" ou coisa equivalente,no possa haver uma mensagem nefasta capaz de atingir um indivduo.

    Tudo aquilo que tocamos, que manipulamos, fica impregnado com as nossas vibraes, por istomesmo que a maioria dos bruxos mesmo desconhecendo a lei que rege esse fenmeno obtm resulta-dos, mas aquilo s acontece porque algo quando manipulado com dio, com desejos malficos, etc.fica impregnado com aquela mensagem negativa; fica como que se fosse uma fita magntica gravadocom uma mensagem nefasta. Assim, quando algum tiver contacto com aquele objeto inconsciente-mente pode ter percepes da mensagem. Dai para diante est sujeito haver a possibilidade de um malse aquela pessoa, mesmo sem compreender os princpios envolvidos, se tornar sugestionada com a im-presso que sentiu.

    Por outro lado, se a pessoa conhecer os princpios, conseqentemente se no se influenciar antea percepo que sentiu, aquela objeto ser to inofensivo quando um fita magntica gravada com umamensagem nefasta que uma pessoa escute mas que no lhe d qualquer importncia. Escutando a gra-

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    vao da fita a pessoa poder ou no seguir aquilo que nela est contido, tudo depender do grau deaceitao. Caso nada daquilo seja aceito a fita ser to somente uma fita tola e inconseqente.

    A rvore da Vida um sistema fechado por onde s entram as coisas atravs de Malkut, atra-vs de Ketherou de alguma outra rvore interligada.

    Vejamos o acesso atravs de Kether. Por esse ponto impossvel a veiculao de qualquer coi-sa capaz de vulnerar o ser. No h possibilidade de malefcios porque ali est a Centelha Divina, na-quele nvel todos os seres so puros. O pecador e o santo, o malfeitor e o ordeiro, enfim, todos os seresso puros e perfeitos em Kether. Todos os seres so iguais naquele nvel. No havendo diferenas entreos seres naquele nvel, conseqentemente dali nenhum mal pode ter origem ou passar por l. Naqueleponto todos so UNO, desprovidos de paixes, portanto no h algum para fazer mal a algum.

    Quando uma emisso m, procedente do ser objetivo chega ao nvel da Centelha Divina, esta,como Mente Pura e Consciente interpreta tudo com imperfeio do ser objetivo e nada veicula conse-qentemente.

    Ela, a Centelha Individual, da mesma natureza eu a de qualquer outro ser e somente aquilo

    que ela julga necessrio ao ser veiculado atravs dela. O mal a outrem no aceito naquele nvel. ACentelha Divina de um marginal idntica de um santo, como "a corrente eltrica" que flui por du-as lmpadas distintas ligadas em srie", portanto a poro que estiver fluindo por uma delas tem amesma natureza da parcela que estiver fluindo pela outra; qualquer alterao, corte, interrupo numdos filamentos afeta igualmente a outra lmpada, por isto uma dessas opes no faz distines e noveicula nada de prejudicial outra, pois isto equivaleria a faz-lo contra s prpria. Todos os seres seinterligam atravs de Ketherpor onde flui a Corrente Csmica comum a todos.

    Os seres do Universo so "rvores da Vida" ligados entre si por um fio de Conscincia Csmi-ca, e este fio o canal de interao entre os seres por via mstica.

    Kether um ponto comum de todos os seres e por Ele todos os seres so iguais, ou melhor, umas coisa, por isto ali no se estabelecem diferenas entre seres. Ali nenhuma individualidade far mal a

    outra porque estar fazendo a si mesmo. impossvel uma entidade incorprea assumir o corpo de um ser qualquer porque cada ser

    uma rvore independente. Um esprito que estiver dentro da rvore do nosso universo no pode se a-possar de um corpo, seria preciso que o esprito ao qual pertencesse o corpo houvesse dele sado. Con-tudo, pode haver irradiao de uma mente e a mensagem ser captada por uma outra se efetivando assimuma transmisso de informaes. Pode haver uma projeo da conscincia para um outro plano ondehaja sintonia com uma outra.Contudo pode ocorrer uma coisa muito sria que o imbricamento de rvores Fig. 1 .

    O imbricamento de rvores so interaes de seres de planos paralelos e ser assunto de umaoutra palestra.

    Todas as informaes espritas de que um obsessor se apossar de um corpo de uma pessoa, ouque um esprito incorpora-se numa pessoa, na realidade no bem assim. O que existe a captao demensagens por uma pessoa e o mais decorre de mecanismos da mente do receptor. Incorporao signi-ficaria duas rvores se fundirem e isso no existe.

    Pela fig.1 podemos ver rvores imbricadas. Em casos assim h interaes entre diferentes seresporm evidentemente no uma incorporao porque corpo Malkut. Uma incorporao implica emque numa das rvores Malkut fosse ocupado simultaneamente por duas rvores. Uma rvore na reali-dade contem um numero muito elevados de outras rvores. Por exemplo uma clula de um indivduo uma rvore em si e que est contida na rvore maior da pessoa. Uma rvore pode conter um imensonmero de outras, mas no pode conter igual a ela prpria.

    Toda Criao, este universo onde estamos se constitui uma rvore" e nele esto contidos um

    inconcebvel nmero de outras rvores mas todas esta so hierarquicamente menores do que aquela.

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    No possvel dois universos idnticos ocupando o mesmo espao. Um universo idntico s pode exis-tir como paralelo, um ligado ao outro por Kether. No tema 169 ser mais bem explicado as diferentespossibilidades de interligao entre rvores.

    FIG 1

    Fig.2

    Concluindo diremos que estudamos as possibilidades de dano direto ao ser como algumas dou-

    trinas espritas afirmam. Mostramos que impossvel, contudo veremos em outras palestras que existeessa possibilidade porm a maneira outra bem diferente.

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    O SER E O UNIVERSO

    O SER NO APENAS UMA UNIDADE

    NO UNIVERSO, MAS UMA UNIDADE DOUNIVERSOJOS LARCIO DO EGITO, FRC.

    1976 - 3329

    T E M A 0. 3 2 2

    Inicialmente temos que admitir como premissa uma condio que tem sido demonstrada verda-deira. As doutrinas msticas ensinam desde um passado bem remoto, e a cincia oficial ultimamentetambm vem admitindo que todos os processos biolgicos, quer eles sejam da esfera somtica quer dapsquica, parecem ocorrer segundo as leis da mecnica ondulatria e da Teoria Quntica.

    Talvez, o fator que mais tenha influenciado as cincias oficiais para a aceitao deste princpiohaja sido as pesquisas no campo da parapsicologia que, na tentativa de explicar certos fenmenos co-mo a telepatia, por exemplo, aventou a idia de que esta, bem como outros fenmenos parapsicolgi-cos, provavelmente se processariam por meio de ondas semelhantes s de rdio. Na prtica no foi pos-svel provar isto, razo pela qual, novas teorias surgiram, contudo, se a cincia oficial no conseguiu

    provar que certos fenmenos psquicos se processam por meio de ondas hertzianas. Mas, por outrolado, tambm no ficou demonstrada qualquer impossibilidade de existir algum outro tipo de transmis-so, pois as experincias s serviram para provar que aqueles fenmenos no so detectveis nos com-primentos ondas comuns das emisses de rdio, mas deixando em aberto a possibilidade de outrostipos diferentes de ondas. Podemos afirmar que ondas hertzianas so ondas restritas a determinadasfaixas vibratrias do Teclado Csmico, mas em outras faixas no impossvel que ocorram outros tiposde ondas transmissveis.

    A falta de deteco de inmeras bandas de freqncias justamente a razo pela qual a cinciaoficial ainda no evidenciou que todos os fenmenos de natureza parapsicolgica, como a telepatia, ametagnomia, a telergia, etc., se processam segundo os princpios da mecnica ondulatria.

    Em resumo: As emisses relacionadas aos processos parapsicolgicos podem no se processar

    dentro das faixas de ondas hertzianas comuns, porm elas so indubitavelmente emisses ondulatrias.Em temas anteriores salientamos que as leis comuns da fisiologia no justificam inmeros fe-

    nmenos comuns, especialmente aqueles que envolvem algumas condies psquicas, e citamos espe-cialmente aquele exemplo de um paciente quando sob estado de condicionamento hipntico ao ser to-cado por um estilete frio poder desenvolver uma bolha com todas as conseqncias e caractersticasdaquela produzida por uma queimadura comum. Fizemos ver noutra palestra que isto no seria poss-vel de acontecer mediante qualquer processo conhecido da fisiologia animal atualmente estudado.

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    Em decorrncia deste fato atribumos a causa daquele fenmeno integrao entre a conscincia indi-vidual da clula e a conscincia do indivduo. Mas, mesmo assim, ainda nos resta saber como ocorre ainterao entre a conscincia do indivduo e a clulas. 4

    Podemos afirmar que no ser multicelular h dois tipos fundamentais de vias de interao.Num primeiro tipo esto aquelas vias conhecidas da fisiologia como via nervosa ( impulso ner-

    voso), e a via humoral ( substncias veiculadas at a regio pela circulao dos lquidos no organismo).Num segundo grupo, que a cincia desconhece, situam-se os fenmenos relacionados com a

    interao entre as individualizaes de conscincia. Na realidade esse tipo e interao no se processapor qualquer via e nem mesmo por emisso ou vibrao de qualquer espcie, como veremos na palestraseguinte.

    Em resumo podemos dizer que um ser tem absoluta necessidade de manter uma interao per-feita entre as partes e o todo, do contrrio surge um estado de desarmonia orgnica que se manifestasob a forma de doenas, quer somticas, quer psquicas, conforme abordamos em outra palestra. Mas aintegrao vai muito alm daquela que existe entre a parte e o organismo fsico.

    Um dos grandes erros que o homem tem cometido permanentemente situar o ser vivo isola-damente no mundo, tornando-o uma unidade no universo quando na realidade ele uma unidade douniverso.

    Somente nos ltimos tempos tem-se ouvido falar de que os seres ( animais e vegetais ) vivemintegrados a outros sistemas e a outros seres formando os chamados sistemas ecolgicos.

    Um sistema ecolgico por definio um sistema de inter-relacionamento dos seres entre si, eentre eles e o meio ambiente atravs de atividades biolgicas. Porm, cabe-nos afirmar que os sistemasecolgicos clssicos, embora fundamentais, ainda no so tudo, so limitados em nmero de elementos,e de vias de interao. Num sistema ecolgico clssico so levados em conta poucas espcies, quantoem realidade ele imensamente mais amplo em unidades e a interao entre os seres extremamenteprofunda e praticamente infinita.

    A interao no se processa somente no que diz respeito s atividades ambientais, ao diretade um ser sobre outro, quer facilitando quer dificultando as sobrevivncia recprocas. H uma gamabem mais sutil de interdependncias entre os ser que se processam numa faixa bem mais difcil de serpesquisada.

    Enquanto os ecologistas somente analisam o inter-relacionamento ao nvel das relaes biolgi-cas clssica, h outro campo praticamente inexplorado, bem mais amplo e que considera relaes hols-ticas abertas, pois os seres interdependem-se no somente no plano somtico, objetivo, mas tambm noplano psquico e bem alm deste, conforme estudaremos na palestra seguinte.

    J vimos no tema INTERAES PSQUICAS que os seres possuem diversos canais pormeio dos quais eles estabelecem comunicaes recprocas, quer em nvel consciente, quer inconscien-

    te. Disto decorre uma conseqncia interessante: Se muitas coisas que parecem surgir de dentro de ns,por exemplo, um pensamento ou uma idia, pode ter origem exterior e por isto o que percebemos apenas a deteco inconsciente de uma emisso pelas vias extra-sensoriais, ento, como sabermos a-quilo que prprio de ns e o que captado de fora? - Como saber se algo que aflora nossa conscin-cia objetiva procedente de um nvel inconsciente de ns mesmos ou de fora? - Evidentemente no muito fcil separar as duas coisas, por isto muitos erros decorrem exatamente do julgar que aquilo queaflora como sendo mensagens exteriores ser na realidade elaboraes pessoais e, por outro lado emoutros momentos se deixar de dar importncia s percepes intuitivas exteriores por julg-las idealiza-es e devaneios pessoais.

    4 Na realidade Conscincia uma s em todo o Cosmo. H como que setorizaes desta conscincia, as individualizaes so delimita-

    es da Conscincia nica, delimitaes que podem ser de uma forma lata considerado isolada, personalizadas, mas mesmo assim aindaexiste um elo interligando todas as pretensas unidades.

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    Outro ponto que devemos estudar diz respeito integrao das unidades que compem um or-ganismo.

    Se a conscincia manifesta a nvel celular pode se integrar a conscincia do organismo do qual

    faz parte sem ligao material contnua, por qual razo conscincias que no pertenam ao copo fsicodo indivduo no podem tambm estar permanente, ou temporariamente, integradas entre si? 5Esse tipode indagao existe porque nem ao menos se conhece os limites daquilo que chamamos indivduo.

    Por muitas vezes pensadores fizeram a seguinte indagao: Qual o limite do corpo humano? -Onde ele comea e onde termina? - Seria a epiderme o limite externo? Ou seria ele determinado portudo aquilo que vai alm da pele, como a aura e de outros campos energticos que existem em torno docorpo fsico?

    Uma serpente detecta o ser vivo no por suas caractersticas fsicas comuns, mas pelo seu cam-po de calor graas a um dispositivo prprio para a deteco do campo constitudos pelas irradiaesinfravermelho emitidas pelo calor do corpo. Para a serpente, portanto, um ser vivo algo muito maisvolumoso do aquele que vemos. Portanto o limite de um mesmo corpo no o mesmo quando perce-

    bido por uma pessoa ou por uma serpente. Sendo assim onde termina o corpo? Ningum pode saber epor isto no pode ser dado uma resposta indagao feita.Se algum dissesse que o corpo do ser vivo pode ser limitado at aquele ponto onde o seu calor

    se faz presente, isto , at o limite do seu campo infravermelho, abriria um campo para especulaesmuito intrincado. Para uma pessoa o limite do corpo de um ser vivo a pele ou no mximo os pelosdele. Por outro lado para uma serpente o limite da irradiao infravermelha; para um vidente e paraalgum que analise uma fotografia Kirlian aquele limite o da aura.

    Atualmente se sabe que o ser emite no somente calor ou irradiaes que formam a aura, mastambm ondas telepticas e uma gama imensa de outras irradiaes ainda no evidenciadas pela cinciaoficial. Considerando-se que para quem detectasse aquelas faixas de freqncias seria outro, temosnecessariamente que admitir ser a rigor impossvel estabelecer o limite definitivo de um ser qualquer.

    Somente se pode estabelecer limites se concomitantemente for estabelecido em que condies for feitaa sua determinao.

    Vejamos agora outro ponto importante. Quando que se pode dizer que um ser interfere dire-tamente sobre outro? - A primeira resposta poderia ser: Quando o atinge fisicamente? Para um ser in-terferir fisicamente noutro se faz preciso que ultrapasse o limite fsico considerado, isto , a pele. Mas,como vimos antes, se o limite no realmente a pele, indagamos ento se algo que atinja aquele limiteinvisvel est ou no atingindo ou havendo algum tipo de interferncia. Se duas pessoas esto prximasentre si de modo que as ondas de calor de uma se misture com as de outra, h certamente uma interfe-rncia ao nvel do campo infravermelho, no certo? Numa multido, por exemplo, ao nvel do campoinfravermelho todos os seres esto como que englobados formando uma s estrutura. Neste caso umaserpente detectaria o conjunto como uma coisa s. Se transportarmos esse raciocnio para as demais

    radiaes o que obteremos? - Certamente um ser coletivo...Nesta palestra visamos mostrar que o ser encarnado no pode a rigor ser delimitado. Toda

    delimitao estabelecida segundo o nvel de percepo do observador.

    5 Quando falamos de conscincias individualizadas na realidade falamos de nveis, pois em essncia conscincia uma s.

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    A AMPLI TUDE ESTRUTURAL DO SER

    ACORDADOS, DESFRUTAMOS DE UM MUNDOCOMUM A TODOS. ADORMECIDOS, VAGUEAMOS

    NUM MUNDO INTEIRAMENTE NOSSO .

    1 9 9 5

    T E M A 0. 3 2 3

    Na palestra anterior vimos que o limite estabelecido pelas estruturas celulares da pele formandoo corpo somtico no o ser todo porque ele na realidade se estende de forma indefinida. Enquanto ocorpo somtico geralmente est delimitado aquele segundo corpo, ou melhor o campo das irradiaesde cada indivduo est como que associado um variado nmero de corpos de diversos seres, formandouma espcie de ser coletivo. Uma serpente, por detectar o campo infravermelho percebe um grupo deseres que estejam prximos, como sendo uma s unidade individual.

    H outro ponto muito importante que diz respeito no condio de diversos seres serem detec-tados como um s, mas um mesmo indivduo ser detectado como se fossem diversos, um ser com ml-tiplos corpos.

    Para o nvel sensorial de uma pessoa o corpo uma estrutura delimitada at o limite estabeleci-do pela pele, mas para uma serpente aquele limite o do campo infravermelho, portanto o corpo mui-

    to maior do que o que vemos. Mas no apenas o campo infravermelho que existe em torno de um servivo, pois h o campo energtico constitudo pelo corpo bioplasmtico que pode ser fotografado peloprocesso Kirlian e percebido pelos sensitivos. Mas no apenas mais este um campo ( que pode serconsiderado um segundo corpo). Existem mais cinco nveis, perfazendo um total de 7 campos ( = 7corpos . Assim o indivduo apresenta uma sucesso de corpos formando uma estrutura unitria mutu-amente constituda, sendo cada nvel delimitado por patamares de freqncias vibratrias.

    Como s temos conscincia objectiva da parte somtica dos seres aqueles envoltrios presen-tes no corpo fsico consistidos pelas suas irradiaes no so levados em conta.

    Em razo do que acabamos de afirmar que erroneamente se pensa que existe somente o corposomtico, ficando os corpo constitudos de irradiaes completamente ignorados.

    Esses ensinamentos podem ter certa comprovao quando estabelecemos uma analogia com o

    um corpo pluricelular. Cada clula tem a sua prpria forma de conscincia, e aquela conscincia celu-lar, dentro de certos limites, autnoma porm quando a clula faz parte de um organismo ela se inte-gra conscincia coletiva individual. Esta, por sua vez, at certos limites tem autonomia prpria maspor sua vez tambm integra-se uma mais ampla que conscincia coletiva e assim sucessivamentenum total de 7 nveis culminando com a integrao CONSCINCIA CSMICA.

    J o mestre da psicanlise Jung revelou a existncia de inconsciente coletivo, muito emboraantes dele isto j fosse claramente ensinado pelo misticismo com o nome de CONSCINCIA COLE-TIVA.

    Como seres coletivos as estruturas vivas multicelulares no so ilhas, no existem isoladas. Ainterdependncia entre os seres vai muitssimo alm dos limites estabelecidos pelos ecologistas. Estes

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    preconizam um limite que vai to somente at o nvel da estrutura somtica, enquanto os msticos en-tendem que ele vai bem alm, vai at onde as emanaes de um ser estendem.

    Uma comprovao experimental do que antes afirmamos difcil de ser feito nos seres elemen-tares mas nos seres ao nvel animal torna-se mais fcil, como entre o homem e os vegetais.

    Ligando-se galvanmetros a dispositivos inscritores de grficos e acoplando-os a um vegetalpode-se comprovar que at mesmo as emoes sentidas por uma pessoa a muitos quilmetros de dis-tncia podem ser detectadas pelas plantas e isto ser comprovado com registros grficos, demonstrandohaver uma forma de percepo por parte de uma planta.

    Backster, na Califrnia fez muitas experincias desse tipo. Ele mantinha um grupo de plantascom as quais estava familiarizado e quando saa as deixava no laboratrio ligadas aparelhos de regis-tros grficos. Tudo aquilo que ele vivenciava, como sejam: raiva, ansiedade, medo, susto, etc., mesmoestando as plantas a quilmetros de distncia, era sentido pelas plantas, conforme ele comprovavaatravs dos grficos quando voltava ao laboratrio. O grfico de cada planta evidenciava que para cadaemoo havia um registro caracterstico no grfico e tambm que o registro era feito pela planta no

    exato momento em que alguma emoo ocorria.H algo de coletivo entre a planta e a pessoa. Quando via de integrao por meio da qual isto

    se processa pouco sabe-se a respeito. Trata-se de uma via desconhecida da cincia, mas que podemosdizer que uma decorrncia direta da natureza unitria da conscincia ( a conscincia una ).

    Diante do que acima afirmamos, pode-se concluir que qualquer ser pode sofrer influncias dasmais diversas naturezas procedentes do seu meio exterior e senti-las desde que hajam detectores aptospara o devido registro. A conscincia da recepo de algo exterior depende da existncia ou no debloqueios estabelecidos entre o ser e o meio.

    Em decorrncia dos bloqueios, quando se tem uma sensao ou coisa equivalente um tantodifcil se saber se algo inerente mente individual ou se uma recepo a nvel subconsciente proce-

    dente de uma fonte exterior aflorando conscincia objetiva.Em resumo: Todo ser tem uma individualidade relativa; dentro de certos limites ele individu-alizado tal como uma clula o no organismo, mas, dentro de outras condies ele deixa de ser umindivduo isolado e passa a ser um indivduo coletivo.

    No organismo h uma interao sutil entre as clulas que mantm o ser como unidade. A inte-rao que mantm a individualidade do ser se faz por vias nervosas ( nervos ), por vias humorais (san-gue, linfa, e ou