O Sesimbrense - Edição 1167 - Outubro 2012

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Página 9 ANO LXXXVI • N.º 1167 de 1 de Novembro de 2012 • 1,00 € • Taxa Paga • Bonfim • Setúbal - Portugal (Autorizado a circular em invólucro de plástico Aut. DE00752012GSCLS/SNC) Carlos Lopes: Sesimbra é um porto com futuro Alguma imprensa regional noticiou que o Governo pre- tende extinguir a Administração dos Portos de Setúbal e Sesim- bra (APSS), integrando as duas estruturas portuárias no Porto de Lisboa, e que, ainda antes disso, Carlos Lopes seria afas- tado das funções de presidente da APSS. Esta hipótese não parece confirmar-se, e o próprio jornal que veiculou aquela infor- mação, o Sem Mais, admitiu depois que tinha sido induzido em erro. Em todo o caso, considerá- mos oportuno solicitar do mais alto tresponsável da APSS uma avaliação sobre a gestão dos últimos anos. Tal como se pode ler na en- trevista que hoje publicamos, o bom desempenho dos portos de Setúbal e Sesimbra não tem paralelo no país, aspecto que deverá ser levado em conta nos estudos em curso sobre a orga- nização dos portos nacionais. O PS acusa a CDU de ter querido “fazer tudo” sem ter meios e está preocupado com o futuro da Autarquia Aniversário Cidadania Vendora da praça enfrenta ladra Freguesia da Quinta do Conde A Freguesia da Quinta do Conde assinalou o seu 27º aniversário com uma cerimó- nia solene, com a presença dos presidentes da Câmara e da Assembleia Municipal. Na mesma altura foi apresentado o livro “Quinta do Conde – ori- gens e percurso”, da autoria de Vítor Antunes, actual presi- dente da respectiva Junta de Freguesia. Antigamente, quando eram descobertos, os ladrões fu- giam, mas neste caso a mu- lher que tinha entrado na praça de Sesimbra a vender o Borda d’Agua, mesmo descoberta e denunciada, limitou-se a negar o roubo. Foi então que Nata- lina Veríssimo se aproximou dela, baixando-lhe as saias e as cuecas, pondo a descober- to as notas ali escondidas. Página 3 Política Local Obras prosseguem na vila Passado o interregno do Ve- rão, prosseguem as obras na vila de Sesimbra, embora com sortes diversas. Na marginal poente e na avenida da Liber- dade, os trabalhos avançam a ritmo acelerado, mas na rua Peixoto Correia estão simples- mente paradas. Também parada está a obra do edifício da rua Aníbal Es- meriz, tendo a Câmara decidi- do rescindir o contrato com a empresa: a mesma da rua Pei- xoto Correia, e que já devia ter terminado as obras na escola Secundária de Sampaio. Para além dos inconvenien- tes mais visíveis, estes atrasos poderão conduzir à perda de comparticipações dos fundos comunitários. A obra no interior da Fortaleza, ainda por iniciar, poderá também vir a ter pro- blemas de financiamento. Página 4 Página 10 “Tio Aldeia”, é um retrato da pintora Maria Helena Leite, que foi oferecido pela autora à Câmara, encontrando-se actualmente integrado nos fundos do Museu do Mar, num dos pavilhões da antiga escola do ciclo preparatório. A pintura foi apresentada publicamente na exposição que Maria Helena Leite rea- lizou na Biblioteca Municipal de Sesimbra, no Verão de 1963. O tio Aldeia foi um dos úl- timos pescadores a usar a tradicional vestimenta de bar- rete e faixa à cintura, e a sin- gularidade do quadro levou o vereador municipal, Zanoleti Ramada Curto, a questionar se o retratado seria uma fan- tasia. Assegurado de que era uma pessoa de carne e osso – o velho pescador morava na rua Amália – o vereador anunciou que havia uma se- nhora americana que o pre- tendia conhecer, o que, to- davia, nunca se concretizou. Mesmo integrado no Museu, o quadro continua a ser des- conhecido da grande maioria dos sesimbrenses. Assembleia Municipal aprovou recurso a empréstimo de 11,1 milhões de euros para pagar dívidas Página 11 Página 10 Edifícios com História Chalet da rua Peixoto Correia Com um telhado a dar um ar de chalet suíço e a deco- ração no estilo Arte Nova, a casa mandada construir em 1910 por Júlio Peixoto Correia, apresenta características úni- cas na arquitectura de Sesim- bra. Por isso, merecia melhor sorte do que o seu actual mau estado de conservação deixa transparecer Página 8 Página 13 Património sesimbrense

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ANO LXXXVI • N.º 1167 de 1 de Novembro de 2012 • 1,00 € • Taxa Paga • Bonfim • Setúbal - Portugal (Autorizado a circular em invólucro de plástico Aut. DE00752012GSCLS/SNC)

Carlos Lopes: Sesimbra é um porto com futuroAlguma imprensa regional

noticiou que o Governo pre-tende extinguir a Administração dos Portos de Setúbal e Sesim-bra (APSS), integrando as duas estruturas portuárias no Porto de Lisboa, e que, ainda antes disso, Carlos Lopes seria afas-tado das funções de presidente da APSS.

Esta hipótese não parece confirmar-se, e o próprio jornal que veiculou aquela infor-mação, o Sem Mais, admitiu depois que tinha sido induzido em erro.

Em todo o caso, considerá-mos oportuno solicitar do mais alto tresponsável da APSS uma avaliação sobre a gestão dos últimos anos.

Tal como se pode ler na en-trevista que hoje publicamos, o bom desempenho dos portos de Setúbal e Sesimbra não tem paralelo no país, aspecto que deverá ser levado em conta nos estudos em curso sobre a orga-nização dos portos nacionais.

O PS acusa a CDU de ter querido “fazer tudo” sem ter meios e está preocupado com o futuro da Autarquia

AniversárioCidadaniaVendora da praça enfrenta ladra

Freguesia da Quinta do Conde

A Freguesia da Quinta do Conde assinalou o seu 27º aniversário com uma cerimó-nia solene, com a presença dos presidentes da Câmara e da Assembleia Municipal. Na mesma altura foi apresentado o livro “Quinta do Conde – ori-gens e percurso”, da autoria de Vítor Antunes, actual presi-dente da respectiva Junta de Freguesia.

Antigamente, quando eram descobertos, os ladrões fu-giam, mas neste caso a mu-lher que tinha entrado na praça de Sesimbra a vender o Borda d’Agua, mesmo descoberta e denunciada, limitou-se a negar o roubo. Foi então que Nata-lina Veríssimo se aproximou dela, baixando-lhe as saias e as cuecas, pondo a descober-to as notas ali escondidas.

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Política Local

Obras prosseguem na vilaPassado o interregno do Ve-

rão, prosseguem as obras na vila de Sesimbra, embora com sortes diversas. Na marginal poente e na avenida da Liber-dade, os trabalhos avançam a ritmo acelerado, mas na rua Peixoto Correia estão simples-mente paradas.

Também parada está a obra do edifício da rua Aníbal Es-meriz, tendo a Câmara decidi-do rescindir o contrato com a

empresa: a mesma da rua Pei-xoto Correia, e que já devia ter terminado as obras na escola Secundária de Sampaio.

Para além dos inconvenien-tes mais visíveis, estes atrasos poderão conduzir à perda de comparticipações dos fundos comunitários. A obra no interior da Fortaleza, ainda por iniciar, poderá também vir a ter pro-blemas de financiamento.

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“Tio Aldeia”, é um retrato da pintora Maria Helena Leite, que foi oferecido pela autora à Câmara, encontrando-se actualmente integrado nos fundos do Museu do Mar, num dos pavilhões da antiga escola do ciclo preparatório.

A pintura foi apresentada publicamente na exposição que Maria Helena Leite rea-lizou na Biblioteca Municipal de Sesimbra, no Verão de 1963.

O tio Aldeia foi um dos úl-timos pescadores a usar a tradicional vestimenta de bar-rete e faixa à cintura, e a sin-gularidade do quadro levou o vereador municipal, Zanoleti Ramada Curto, a questionar se o retratado seria uma fan-tasia. Assegurado de que era uma pessoa de carne e osso – o velho pescador morava na rua Amália – o vereador anunciou que havia uma se-nhora americana que o pre-tendia conhecer, o que, to-davia, nunca se concretizou. Mesmo integrado no Museu, o quadro continua a ser des-conhecido da grande maioria dos sesimbrenses.

Assembleia Municipal aprovou recurso a empréstimo de 11,1 milhões deeuros para pagar dívidas Página 11

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Edifícios com História

Chalet da ruaPeixoto Correia

Com um telhado a dar um ar de chalet suíço e a deco-ração no estilo Arte Nova, a casa mandada construir em 1910 por Júlio Peixoto Correia, apresenta características úni-cas na arquitectura de Sesim-bra. Por isso, merecia melhor sorte do que o seu actual mau estado de conservação deixa transparecer Página 8

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Património sesimbrense

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2O SESIMBRENSE | 1 DE NOVEMBRO DE 2012

Editorial

Farmácias de Serviço

nBombeiros Voluntários de SesimbraPiquete de Sesimbra: 21 228 84 50Piquete da Quinta do Conde: 21 210 61 74nGNRSesimbra: 21 228 95 10Alfarim: 21 268 88 10Quinta do Conde: 21 210 07 18nPolícia Marítima 21 228 07 78nProtecção Civil (CMS)21 228 05 21nCentros de SaúdeSesimbra: 21 228 96 00Santana: 21 268 92 80Quinta do Conde: 21 211 09 40nHospital Garcia d’Orta - Almada21 294 02 94nComissão de Protecção de Crianças e Jovens do Concelho de Sesimbra21 268 73 45nPiquete de Águas (CMS)21 223 23 21 / 93 998 06 24nEDP (avarias)800 50 65 06nSegurança Social (VIA)808 266 266

nServiço de Finanças de Sesimbra212 289 300nNúmero Europeu de Emergência112 (Grátis)nLinha Nacional de Emergência Social144 (Grátis)nSaúde 24 808 24 24 24nIntoxicações - INEM 808 250 143nAssembleia Municipal21 228 85 51nCâmara Municipal de Sesimbra21 228 85 00 (geral)800 22 88 50 (reclamações)nJunta de Freguesia do Castelo21 268 92 10nJunta de Freguesia de Santiago21 228 84 10nJunta de Freguesia da Quinta do Conde21 210 83 70nCTTSesimbra: 21 223 21 69Santana: 21 268 45 74

Contactos uteisnAnulação de cartões

SIBS (Sociedade Interbancária de Serviços)808 201 251217 813 080Caixa Geral de Depósitos21 842 24 24707 24 24 24Santander Totta707 21 24 24 21 780 73 64Millennium BCP707 50 24 2491 827 24 24BPI21 720 77 0022 607 22 66Montepio Geral808 20 26 26Banif808 200 200BES707 24 73 65Crédito Agrícola808 20 60 60Banco Popular808 20 16 16Barclays707 30 30 30

Farmácia Bio-Latina 212 109 113 Avenida da Liberdade, nº. 238 Quinta do CondeFarmácia da Cotovia 212 681 685Avenida João Paulo II, 52-C, CotoviaFarmácia de Santana 212 688 370Estrada Nacional 378, Santana Farmácia Leão 212 288 078Avenida da Liberdade, 13, SesimbraFarmácia Liz 212 688 547Estrada Nacional 377, Lote 3, AlfarimFarmácia Lopes 212 233 028 Rua Cândido dos Reis, 21, Sesimbra

Com o apoio:

Remédios amargos

Pescas - Setembro

Melhorámos em relação a Agosto, excepto no Arrasto. Destaque para a Ar-tesanal e o Cerco que subiram respecti-vamente: em tonelagens pescadas 570 e na Lota 650.000 euros; o Cerco au-mentou 430 toneladas mas a Lota ren-deu menos 320.000 euros! Isto por mo-tivo do peixe capturado ser à base de cavala e, mesmo assim, com o apoio da Artesanalpesca que tem dado a melhor colaboração para o esgotamento desta espécie que tem sido muito abundante.

Num dos dias deste mês a traineira Princesa de Sesimbra carregou 5 bar-cos de cavala na nossa costa, tendo sido auxiliada por outras congéneres para descarregar tanta quantidade de peixe!

Que pena que já não tenhamos fábri-cas de conserva e de farinha para me-lhor aproveitamento comercial!

Continuamos à espera que “Alguém” se lembre que sem produção não po-demos evoluir, nem pagar as dívidas que insensatos governantes legaram ao país… Sem Pesca, sem Agricultura, em que outrora eramos bons, não há polí-tica que sirva os interesses nacionais, quando TODA A GENTE reivindica Di-reitos (justos) mas onde estão os meios de trabalho para dar emprego e produzir receitas?!

Acumular dívidas, sobre dívidas, de dinheiro emprestado só nos afundamos mais!...

Pedro Filipe

Um dos aspectos mais frustrantes da actual crise económica que Portugal atravessa é o de que a evolução dos acontecimentos não depende só dos portugueses. Não me refiro apenas, nem principalmente, ao facto de estarmos obrigados a cumprir objectivos impostos pelos que nos concederam empréstimos de emergência. Isso já seria mau, mas há ainda a hipótese de, mesmo que fizéssemos tudo bem, isso não ser sufi-ciente, devido ao possível agravamento da situação económica dos países com quem a nossa economia tem mais fortes ligações, nomeadamente a Espanha – mas até já a economia da Alemanha apresenta sinais de abrandamento.

A população tem-se sacrificado, como lhe exigem, com mais ou menos protes-tos, em nome da salvação do país, mas sem garantia de que o sacrifício pedido seja suficiente: aliás, tem acontecido sempre o oposto, com a única diferença de que a necessidade de “novas medi-

das” de austeridade é anunciada com cada vez maior frequência.

Até aqui foram os sacrifícios finan-ceiros, os cortes de rendimentos, o “empobrecimento necessário” para pagar a dívida. Mas agora vão-lhe acrescentar uma dose diferente de exigências: a de que nos devemos transformar numa outra coisa, com o Estado a fornecer me-nos serviços e a prestar menos apoio aos que dele verdadeiramente necessitam.

Uma coisa é termos de pagar uma dívida: podemos discordar dos prazos ou dos juros, mas não se pode negar o princípio do bom pagador. Outra coisa é termos que virar o país do avesso, só porque alguns teóricos da economia acham que é o melhor, quando o melhor que têm para nos apresentar é uma tralha neoliberal que nunca funcionou em nenhum país onde tais “médicos” foram tentar “salvar o doente”.

João Augusto Aldeia

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O SESIMBRENSE | 1 DE NOVEMBRO DE 20123

ONDULAÇÕES 120Eduardo Pereira

Meus caros leitores, as minhas descul-pas por não me ter sido possível encontrar, tempo e “disposição”, para apresentar as Ondulações que estavam alinhavadas e que deviam ter sido incorporadas no Ses-imbrense do dia 1 de Outubro passado.

Parte das colaborações, reunidas no mês de Setembro, irão ser tratadas neste número das Ondulações:

1ª. A Câmara Municipal de Sesimbra pretende solicitar 11 milhões de euros ao Programa de Apoio à Economia Lo-cal – PAEL. Até posso acompanhar este desejo, no entanto, seria aconselhável e é urgente, que sejam dadas a conhecer, aos sesimbrenses, a diversidade dessas aplicações a levar a cabo e que montantes (?) irão ser dispendidos, antes da decisão final ser tomada.

2ª. A Câmara Municipal de Sesimbra pretende aumentar as tarifas de água e saneamento em 20%. Não tenho razões para não aceitar esta pretensão, desde que resultem de uma séria consulta aos sesimbrenses.

3ª. A União Europeia está a preparar uma nova Reforma da política europeia de pescas. Já não era sem tempo. Faço votos para que os pescadores sesimbrenses se unam aos pescadores das outras praças portuguesas para defenderem na União os nossos interesses.

4ª.A declaração de utilidade turística, concedida ao Sana Park Hotel, deve orgulhar o Turismo da nossa Região. Sen-timos idêntica satisfação quando a nossa Imprensa local refere que os nossos es-taleiros navais continuam a desenvolver as nossas tradicionais artes de construção e reparação naval. Faço votos para que deixe de haver razões para as referências feitas ao défice de limpeza no Castelo e ao lixo acumulado pelas ruas e praças de Sesimbra.

Para terminar e sem comentários, transcrevo o título retirado de uma afirma-ção política, sem destinatário. Há muito dinheiro em Portugal, está é escondido (?). ESTARÁ ?

Vou ainda aproveitar estas Ondula-ções para chamar a atenção dos meus leitores para os cuidados que devem ser exigidos, sobretudo aos políticos, aos críticos, aos jornalistas, aos analistas, quanto à forma, à substância e à serie-dade das propostas contidas nos seus escritos. Os escritos não devem servir para abalar as convicções dos leitores, sobretudo em períodos de crise. Os escritos devem servir para esclarecer os leitores. Resolvi, portanto, folhear página a página do Sesimbrense, ler e anotar o que de mais importante me ia chamando a minha atenção.

Nelson Mata, pescador de 30 anos, residente na Cotovia, sofreu uma agressão a tiro, da qual resultou ficar ferido com dois tiros na cabeça. O

Agressão a tiro na Cotoviaagressor terá sido um cidadão brasi-leiro, que era seu conhecido, estando relacionados pelo facto da ex-mulher de Nelson Mata ter namorado o referi-do brasileiro.

Segundo o jornal Correio da Manhã, a agressão deu-se nas proximidades do café Matheus, na Cotovia, quando Nelson Mata se encontrava no seu au-tomóvel, na companhia da actual mu-lher e de uma filha de 7 anos. Também segundo este jornal, o alegado agres-sor colocou-se em fuga, sendo actu-almente procurado pelas autoridades policiais.

Foi ao fundo, na madrugada do dia 12 de Outubro, o veleiro Mira, embar-cação que há muitos meses se encon-trava junto da ponte-cais nº 1,no porto de Sesimbra.

Foi um funcionário da Docapesca que, por volta das 3 h da madrugada, se apercebeu de que o barco estava a meter água, e deu o alarme, permi-tindo que fossem retirados dois outros barcos de recreio que se encontravam encostados ao veleiro sinistrado.

O casco foi-se afundando lentamen-te, até que assentou no fundo e cam-bou para o exterior da ponte-cais, onde

Veleiro ao fundo no porto de Sesimbra

se encontra desde então, apenas com as pontas dos mastros à tona de água.

Os mergulhadores da Polícia Maríti-ma, que estiveram a verificar o estado do barco, interromperam esse traba-lho por terem considerado perigoso. A APSS deverá remover o veleiro logo que haja vaga no estaleiro naval para que possa ali ser varado.

O veleiro Mira recebe apenas visi-tas esporádicas dos seus proprietários. O estado de quase abandono a que tem estado votado pode ter contribuído para a sua deterioração e afundamen-to.

“O que nasce torto, tarde ou nunca se endireita” – este ditado popular foi citado pelo presidente da Câmara de Sesimbra, Augusto Pólvora, para referir que a Quinta do Conde representava, precisamente, uma excepção a este aforismo: “A Quinta do Conde contraria esta frase, pois apesar de ter nascido sem um planeamento, de forma desre-grada, acabou por endireitar-se.”

Augusto Pólvora falava na cerimó-nia solene que assinalou, no dia 9 de Setembro de 2012, o 27º aniversário da Freguesia da Quinta do Conde, acto em que foi também apresentado o livro “Quinta do Conde – origens e percurso”, da autoria de Vítor Antunes, actual presi-dente da respectiva Junta de Freguesia.

Augusto Pólvora disse, também, que os quinta-condenses podem estar orgulhosos, pois embora haja ainda muito para fazer, já não se colocam os velhos problemas das infraestruturas, mas sim os da cultura, da saúde, etc. Referiu ainda o facto daquela povoação se ter transformado num centro de ser-viços que serve as populações vizinhas, respondendo às necessidades das populações que ficavam nas periferias dos grandes aglomerados urbanos.” O forte associativismo e o “mosaico” de

Junta de Freguesia da Quinta do Conde comemorou o 27º aniversário

culturas da Quinta do Conde, foram outros aspectos destacados.

Odete Graça, presidente da Assem-bleia Municipal, debruçou-se sobre a importância da existência e do trabalho das Juntas de Freguesia para a identi-dade dos seus residentes, e criticou a lei que pretende extinguir numerosas destas autarquias, e reafirmou que “este instrumento é cada vez mais a afirma-ção da vontade das pessoas.”

Vítor Antunes, presidente da Junta e autor do livro cuja apresentação foi feita nesta sessão comemorativa, destacou também a importância das Juntas de Freguesia, e referiu que a Junta da Quinta do Conde recebia, do Orçamento de Estado, e para funcionar no ano in-teiro, “pouco mais de um cêntimo, por dia e por eleitor, o que constitui record absoluto e destacado em Portugal.” Não obstante as adversidades, disse Vítor Antunes, “Colocamos na agenda política os problemas que nos afectam, como é o caso da prestação de cuidados de saúde, da segurança pública, ou do ensino secundário. destacou também que “as opções da Junta são participa-das”, o que tem permitido organizações conjuntas como os Santos Populares, o festival do Caracol e a Festa da Família.

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4O SESIMBRENSE | 1 DE NOVEMBRO DE 2012

Após a pausa no período de Verão, foram retomadas as obras de requali-ficação na vila de Sesimbra, com excepção do edifício municipal da rua Aníbal Esmeriz e a rua António Peixoto

Obras prosseguem na vila

Correia. Assim, encontram-se em cur-so: o Largo da Marinha, a Avenida da Liberdade, no troço entre a pastelaria Caseiro e o largo 5 de Outubro, a Ave-nida dos Náufragos (marginal poente),

O sistema de drenagem da avenida da Liberdade condiciona a captação de águas a uma entrada muito estreita e que fica obstruída com facilidade, além de ser propícia, como já tem aconte-cido, a prender os estreitos tacões dos “saltos altos”.

O efeito estético é elegante, mas está-se a revelar pouco funcional, im-pedindo também que se formem maio-res caudais no sumidouro, que seriam importantes para a sua desobstrução. Apesar destes problemas, o sistema continua a ser colocado no novo troço em obras. E existe um problema, que só no futuro se revelará: quando for necessário reparar ou desobstruir, será preciso partir o betão que envolve a conduta, construída em chapa quinada, cuja substituição não se revela fácil nem barata.

OBRAS À “VALENCIANA”A constante mudança de percursos para os peões, provocada pela alteração

das zonas em obras, tem criado situações caricatas quando, por falta de infor-mação, as pessoas avançam por zonas sem saída, acabando “apanhadas” tal como acontecia aos peixes nas antigas armações de pesca à “Valenciana”: um adjectivo que bem se podia adaptar a estes labirintos de ferros, gradeamentos de arame e de fitas plásticas, com pisos irregulares que têm provocado quedas frequentes. A pouca informação que existe – como aquela que a foto documenta – é improvisada e confusa, e quando chove fica ilegível.

entre os restaurantes Ribamar e Frango à Guia, e o passadiço em torno dos morros do Macorrilho e Alcatraz

Na rua Dr. Peixoto Correia e no edifício da rua Aníbal Esmeriz as ob-ras estão paradas: a Câmara decidiu mesmo rescindir o contrato com a em-presa a quem tinham sido adjudicada a obra deste último edifício, devido ao notório incumprimento contratual da firma (Tricivil), que aparenta estar numa situação próxima da insolvência. Esta mesma empresa é responsável pelas obras da rua Peixoto Correia e, ainda, da nova escola secundária de Sampaio, onde também não está a cumprir oque ficou estabelecido na adjudicação. Tra-ta-se de uma situação delicada, onde o arrastamento dos prazos pode vir a provocar a perda de fundos comuni-tários, para além do estado instável em que se encontra o edifício da rua Aníbal Esmeriz, e por esse motivo a Câmara deverá contratar em breve a colocação da estrutura metálica que servirá como suporte estrutural do mesmo.

Outra situação preocupante ocorre com a Fortaleza de Santiago: a primeira fase da obra, que abrangia a recupe-ração do exterior, está praticamente terminada, apresentando-se aquele monumento com uma excelente ima-gem, resultante da limpeza das pedras e restauro e pintura do reboco exterior. Mas falta ainda a segunda fase, rela-tiva ao interior, essencial para permitir a futura instalação do Museu do Mar. Esta obra deveria estar terminada até ao final de 2013, sob pena de se per-derem financiamentos comunitários, e o presidente da Câmara, na última Assembleia Municipal, manifestou a convicção de que esse prazo poderá ser cumprido. Mas não vai ser fácil, já que o respectivo concurso de adjudica-ção ainda não foi sequer aberto, e só o processo burocrático do mesmo poderá demorar uns seis meses. Entretanto, a Fortaleza deverá continuar fechada ao público.

A obra na marginal poente de Sesim-bra encontrou também um obstáculo importante: os taipais das obras do ed-

ifício Sesimbra Shell, também paraliza-das há muito tempo,estavam a impedir o prosseguimento dos trabalhos, mas já começaram a ser removidos.

A ditadura das FinançasOs financiamentos comunitários

levam em conta, normalmente, as ex-plicações fundamentadas para os atra-sos que ocorrem neste tipo de obras públicas. A situação, no entanto, tem-se complicado desde que o ministério das Finanças passou a controlar a ex-

ecução dos fundos comunitários, com o objectivo de acelerar a sua aplicação, querendo desviar fundos para outros investimentos que possam concretizar-se mais rapidamente, ou que tenham um impacto mais forte e mais imediato na economia empresarial.

Desta forma, atrasos que poderiam ser aceites noutras circunstâncias, desde que devidamente justificados, poderão agora encontrar maior inflexi-bilidade por parte das respectivas es-truturas de gestão, o que, a acontecer, ocorre na pior das alturas, dada a difícil situação financeira da administração pública local, sem verbas para acabar as obras pelos seus próprios meios.

Atrasos quepoderiam ser aceites noutras circunstâncias, poderão agora levar à perda de financiamentos comunitários.

ELEGANTE MAS POUCO PRÁTICO

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O SESIMBRENSE | 1 DE NOVEMBRO DE 20125

em destaquePescasObras da nova unidade de congelação da ArtesanalPesca

O tenente Porfírio Vitorino de Oliveira Marinho é o novo responsável pela De-legação Marítima de Sesimbra, cargo que tem actualmente a designação de Adjunto do Capitão de Porto, substituin-do neste cargo o tenente Carlos Abreu, que desempenhou as mesmas funções desde Fevereiro de 2009.

O Tenente Oliveira Marinho desen-volveu anteriormente funções na Di-recção de Navios da Marinha, na área de comando, controlo e comunicação.

Ao novo responsável, A Liga dos Amigos de Sesimbra e o jornal O Se-simbrense formulam votos de felicida-des no desempenho das suas funções.

Novo responsável da DelegaçãoMarítima de Sesimbra

Estão a avançar a bom ritmo as obras da nova unidade de congelação e embalagem de peixe da ArtesanalPesca, no porto de Sesimbra: um investimento de 3 milhões de euros que visa reforçar a intervenção daquela Organização de Pesca no mercado, ampliando nomeadamente as suas actividades para as espécies pelágicas, como a sardinha, o carapau e a cavala. Prevê-se que possa iniciar a laboração no início do próximo ano.

Este ano o Clube Naval de Sesimbra não realizou o habitual torneio de pes-ca desportiva “José Pinto Braz”, de homenagem ao homem que desenvolveu turisticamente aquela pesca desportiva. Em seu lugar, realizou-se um jantar de convívio e homenagem, em que participou Augusto Pólvora, presidente da Câ-mara, e durante o qual Eugénia e Genny Braz, respectivamente viúva e filha de José Pinto Braz, foram agraciadas com uma reprodução fotográfica do notável empreendedor sesimbrense.

Homenagem a José Pinto Braz

Nos primeiros 8 meses de 2012, a pesca de mar em Portugal registou uma diminuição de quatro mil toneladas, face ao ano anterior, o que correspondeu também a uma quebra de valor de mais de 8 milhões de euros.

Segundo dados divulgados pelo Insti-tuto Nacional de Estatística, o maior con-tributo para esta quebra veio da pesca da sardinha, com menos 14,6 mil toneladas do que nos 8 meses correspondentes de 2011. Parte desta quebra ficou a dever-se aos períodos de defeso, impostos para protecção da espécie.

Em consequência o preço médio da sardinha vendida em lota, quase dupli-cou, passando dos 80 cêntimos o quilo para 1 euro e 56 cêntimos.

Quanto ao carapau, no mesmo perío-do, pescaram-se mais 3,4 mil toneladas, e de pescada, mais 6 mil toneladas

Quebra nas capturas de sardinha fazem descer a quantidade pescada em Portugal em 2012

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6O SESIMBRENSE | 1 DE NOVEMBRO DE 2012

O programa comunitário PROMAR, destinado a apoiar o sector das Pescas, chumbou a candidatura apresentada pelo Clube Naval de Sesimbra, para aquisição da barca “Amor ao Ofício” – uma embarcação de pesca histórica, construída pelo mestre de pesca António da Olímpia, e que é o único exemplar existente da típica “barca de Sesimbra”, que não teve o seu casco adaptado à colocação de motor. Inicialmente con-struída apenas como embarcação à vela, só mais tarde é que lhe foi colocado um motor, mas sem modificação do casco.

A barca “Amor ao Ofício” encontra-se actualmente inactiva, mas nos últimos anos esteve ocupada na pesca das aio-las do ferrado, na costa da Galé, pesca que ficou registada no filme do realizador Carlos Rodrigues, precisamente com o nome “Amor ao Ofício”, e do qual fizemos uma reportagem na nossa edição de

Aquisição da barca “Amor ao Ofício” em risco

Outubro de 2011.Com a aquisição desta barca, o Clube

Naval pretendia não só salvar um bem de valor patrimonial insubstituível, como também usá-la posteriormente para a reconstituição das artes de pesca tradi-cionais de Sesimbra. O CNS contestou o chumbo da candidatura, e aguarda a análise da entidade financiadora.

A Câmara Municipal de Sesimbra também candidatou ao apoio dos fundos comunitários a aquisição de uma outra barca de pesca tradicional, a “Nossa Senhora da Aparecida”, financiamento que foi aceite e que se encontra em fase de conclusão. Esta barca, que no passado foi utilizada na pesca do alto com anzol, foi depois transformada para a realização da travessia do Atlântico, entre Portugal e o Brasil, travessia que decorreu entre Dezembro de 2005 e Março de 2006.

O Rotary Club de Sesimbra realizou a habitual homenagem ao “profissional do ano”, com a diferença, relativamente a anos anteriores, que essa distinção recaiu em duas entidades: o profissional de restauração e chef, José Manuel Rasteiro, e o colectivo da Sesimbra FM/Jornal de Sesimbra.

Na homenagem, que decorreu no passado dia 1 de Outubro, no restau-rante do Hotel do Mar, a Sesimbra FM foi representada por João Capítulo, da cooperativa proprietária dos referidos órgãos de comunicação, e pelo Director da rádio e jornal, Eduardo da Cunha Cruz e restante equipa profissional. Carlos Sargedas, presidente do RCS, justificou a homenagem por se tratar de “uma

A banda musical sesimbrense Rysko editou recentemente o seu primeiro disco, um CD com o título “Dá-me um segundo”, contendo 11 composições, todas da autoria de Rui Costa.

Os Rysko foram fundados no final de 2007, por Rui Costa (vocalista, guitarra e teclados) e Rute Ferreira (guitarra bai-xo), tendo depois agregado os músicos Nuno Reis (bateria e acordeão) e Bruno Santos (guitarra).

Para além desta formação, Bruno Santos e Nuno Reis participam ainda no L’Escargot Project, um quarteto acústico que navega por sonoridades que se podem classificar como Jazz de fusão com outros estilos musicais, e que ainda recentemente actuaram na

Rysko: primeiro disco

série de concertos de Jazz que o Velvet Café tem promovido em Sesimbra, com frequência semanal. habitualmente às sextas-feiras.

Rotary Club de Sesimbra homenageia Sesimbra FM e José Manuel Rasteiro

equipa que no seu conjunto desenvolve um verdadeiro serviço público na comu-nidade Sesimbrense.“

Relativamente a José Manuel Ras-teiro, Carlos Sargedas fundamentou a homenagem no seu trabalho em prol da gastronomia e do turismo em Sesimbra, através do seu restaurante “Padaria”, onde tem desenvolvido “um trabalho de excelência e bastante representativo da gastronomia sesimbrense, tendo nos últimos anos ganho inúmeros prémios que bem prestigiam Sesimbra.”

Na mesma cerimónia o Rotarac – orga-nização juvenil do Rotary Club – prestou homenagem a dois jovens sesimbrenses: André Vicente Manta (da Quinta do Avô António) e André Costa.

Dando sequência à sua campanha em defesa do santuário do Cabo Es-pichel, Carlos Sargedas foi recebido pelos grupos parlamentares do PSD e do PS, na Assembleia da República, a quem apresentou “as suas preocu-pações e exigências sobre a situação do Cabo Espichel”, conforme nota de comunicação que nos enviou. Nestas

Cabo Espichel noParlamento

reuniões o fotógrafo sesimbrense en-tregou aos parlamentares DVDs “com vasta informação, fotografias, pdf’s ,recortes e notícias dos jornais e infor-mação recolhida na câmara Municipal de Sesimbra através do gabinete da presidência”, alertando para a de-gradação do património edificado do Santuário do Cabo Espichel.

Fernando AlagoaFernando Alagoa fez o lançamento,

no passado dia 20 de Outubro, do seu livro “Os Senhores do Universo e o Milagre de Fátima”. Fátima Marinho, autora do prefácio do livro, fez a respec-tiva apresentação.

O nosso jornal, na edição de Julho passado, publicou uma pequena ent-revista com o autor, onde nos revelou

que o livro “não pretende teorizar nada sobre Fátima, nem discutir se houve ou não milagre, mas sim aproveitar uns quantos factos, históricos e religiosos, e intercalá-los de forma a criar uma determinada trama”.

Parte das receitas contribuirão para apoiar a campanha do Rotary Club pela erradicação da poliomielite.

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O SESIMBRENSE | 1 DE NOVEMBRO DE 20127

O ranking das escolas divulgado este ano volta a colocar a Escola Secundá-ria de Sampaio numa boa posição no ensino secundário, em 161º lugar num conjunto de 615 escolas de todo o país, embora com uma descida face ao lugar nº 154 obtido em 2011. A escola Michel Giacometti, da Quinta do Conde, ficou em 374º lugar, um pouco melhor que a posição de 2011.

Ranking das Escolas

Em termos de disciplinas, a escola Michel Giacometti obteve boas classifi-cações nos exames de Biologia e Geo-logia (122º lugar) e Matemática (266º). A escola secundária de Sampaio teve um bom posicionamento em Física e Quími-ca (186º).

As classificações dos exames do 6º ano de escolaridade, abrangendo 1.133 escolas, revelam um ordenamento se-melhante das escolas de Sesimbra, em-bora mais afastadas do fim da tabela. As notas médias dos exames destas esco-las variaram entre o máximo de 2,80 e o mínimo de 2,64 (os máximos e mínimos nacionais foram, respectivamente, 4,46 e 1,00).

Ensino básicoA classificação das escolas de Sesim-

bra, relativamente aos resultados do 9º

ano, que abrangeu 1.330 escolas, colo-ca a escola de Sampaio em 654º lugar, seguida da escola Navegador Rodrigues Soromenho (672ª), escola Michel Giaco-metti (828ª), EBI da Quinta do Conde (981ª), EB do Castelo (1.141ª) e EBI da Boa Água (1.273ª). As notas médias dos exames destas escolas variaram entre o máximo de 2,85 e o mínimo de 2,31 (os máximos e mínimos nacionais foram, respectivamente, 4,35 e 1,64).

Foi em clima de festa e com enorme sucesso que decorreu este Domingo, 28 de Outubro, o 1º Anthia Photo Challen-ge, competição de fotografia subaquáti-ca, organizada pela escola e centro de mergulho Anthia Diving Center.

Contando com 25 concorrentes, en-tre fotógrafos e modelos, a competição, composta por dois mergulhos para a captação das imagens, teve a partici-pação de alguns dos mais conceitua-dos praticantes nacionais, incluindo a actual campeã nacional da modalidade, Filomena Sá Pinto e a sua modelo, Ana Gomes, que acabaram por se classificar em terceiro lugar nesta prova.

Já o segundo classificado foi o fotó-grafo Nuno Gonçalves, sendo a dupla primeira classificada composta por Rui Bernardo e Sónia Bernardo, fotógrafo e modelo, respectivamente.

Sem apoios e contando apenas com a aposta pessoal da Anthia Diving Center e do seu responsável, Jorge Silva (Jori), na dinamização do turismo subaquático nacional e particularmente em Sesim-

bra, esta prova demonstrou mais uma vez a riqueza de fauna e flora das águas que banham a Vila.

Cada participante teve de submeter à apreciação dos elementos do júri, três imagens, nomeadamente uma imagem de ambiente com ou sem modelo, uma imagem de “macro” e uma imagem cria-tiva livre, que apelaram à imaginação, improviso e capacidade técnica dos fo-tógrafos.

Após a votação dos portfolios a con-curso pelo painel de 3 jurados, compos-to por Miguel Helfrich, Luís Veríssimo e Leonel Silva, foram divulgados os resul-tados e entregues os prémios aos ven-cedores no decorrer do jantar de encer-ramento do evento, realizado no Hotel Sana Park.

Segundo a organização o sucesso do evento perspectiva a sua continuida-de no próximo ano, existindo a vontade de internacionalizar a prova, dando a conhecer Sesimbra, o Parque Marinho Luiz Saldanha e as maravilhas subaquá-ticas que aqui existem, além-fronteiras.

1º ANTHIA PHOTO CHALLENGEFotografia Subaquática na baía de Sesimbra

A Câmara Municipal deliberou man-ter a taxa de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) a cobrar em 2013, nos 0,4%, abaixo do limite máximo de 0,5%. Também se mantêm os incentivos aos proprietários que efectuem obras de re-cuperação em edifícios do Núcleo Antigo da vila de Sesimbra, mas não será agra-vado o IMI para os prédios degradados, atendendo às actualizações que estão a ser feitas no valor dos edifícios. Para os prédios rústicos e urbanos, as taxas permanecem também nos 0,8 e 0,7 %, respetivamente.

Votada na câmara municipal, esta pro-posta teve o voto contra do vereador do PS, Américo Gegaloto. A proposta, aprovada pelos restantes vereadores, seguirá ago-ra para debate na Assembleia Municipal. O que acontecerá em 2013, é que os valores de IMI a cobrar pelas Autarquias Locais, deverão subir substancialmente,

Taxa municipal do IMI mantém-se em 2013

em função das actualizações dos valores matriciais – os quais deverão ser propor-cionalmente maiores para os edifícios mais antigos.

A previsão de grandes aumentos no valor a pagar de IMI tem gerado um grande debate, a nível nacional, sobre a “cláusula de salvaguarda”, que limitava os aumentos ao maior de dois valores: ou 75 euros, ou um terço do aumento que existe face a uma situação em que não tinha havido reavaliação.

Inicialmente o Governo anunciou a eliminação desta cláusula mas, perante a pressão da Oposição e dos repre-sentantes dos proprietários, acabou por recuar nesta intenção. Não é certo, no entanto, em que valor será fixada a cláusula: é um dos assuntos que deverá ser abordado durante a discussão na especialidade do Orçamento de Estado para 2013.

Perto de 70 técn icos das áreas da saúde, segurança no trabalho e psi-cologia, em rep-

resentação de entidades públicas e privadas de todo o país, participaram no IV Seminário de Recursos Humanos, intitulado Promoção da Saúde dos Tra-balhadores – Uma Aposta no Futuro das Organizações, que decorreu no Cine-teatro Municipal João Mota, em Sesimbra. Na sessão de abertura, o presidente da Câmara Municipal, Augusto Pólvora, refer-iu que «este encontro é importante para partilharmos experiências e refletirmos so-bre as preocupações e desafios que hoje se colocam aos trabalhadores em geral e em particular à administração pública,

IV Seminário de Recursos Humanos

que está a ser confrontada com políticas restritivas e de redução de direitos». O autarca sublinhou ainda que o tema «não podia ser mais atual, pois reúne os ingredientes para se procurarem caminhos que possam contribuir para a promoção da saúde dos trabalhadores». Na sessão de encerramento, a verea-dora do Pelouro dos Recursos Humanos da Câmara Municipal, Carmen Cruz, enalteceu todas as apresentações, referindo que «é nesta troca de ide-ias e de experiências que podemos encontrar novas estratégias e mel-hores métodos de trabalho para mel-horar o bem-estar dos trabalhadores». O seminário, inserido na Semana Euro-peia para a Segurança no Trabalho, foi organizado pela Câmara Municipal de Sesimbra.

A Câmara de Sesimbra voltou a re-alizar mais uma edição da Zimbramel, que, como habitualmente, decorreu no recinto do Castelo de Sesimbra. A novidade, desta vez, foi que a entrada na feira era paga: um euro por pessoa.

Os apicultores estavam representa-dos em 8 pavilhões. Os outros produ-tos locais com pavilhões foram: as pastelarias Delicia d’Aiana, Segredos da Terra e Maria da Graça Garrau, e Inês Marcelino com o seu Queijo Tradicional da Azoia.

Talvez sinal dos tempos de crise, foi o razoável número de pavilhões e bancas de artesanato: 8.

A organização registou 3.799 entradas cobradas na bilheteira. A questão do pagamento foi pos-teriormente debatida na

Assembleia Municipal, com o partido socialista a questionar a oportunidade de se ter cobrado entrada para um recinto onde existe uma igreja, cujo acesso não pode ser condicionado a pagamento.

Em relação ao pagamento, o verea-dor José Polido admitiu que, no próximo ano, o valor da entrada possa vir a ser deduzido nas compras a realizar na própria feira.

Zimbramel

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10O SESIMBRENSE | 1 DE NOVEMBRO DE 2012

Assembleia aprova PAELNuma reunião extraordinária que teve

lugar no passado dia 3 de Outubro, a Assembleia Municipal aprovou, por unanimidade, o recurso do Município ao empréstimo do PAEL – Programa de Apoio à Economia Local, destinado a financiar parte da dívida de curto prazo da Câmara Municipal, até ao montante de 11,1 milhões de euros.

Neste momento o Governo está a analisar as candidaturas apresentadas pelos vários municípios e, no caso de ultrapassarem o montante da linha de crédito criada para o PAEL (mil milhões de euros) o valor dos empréstimos a cada Câmara será menor do que o pretendido. Na proposta de Orçamento de Estado, o Governo já revelou que se candidataram ao PAEL 308 municípios, mas sem referir o valor em causa.

A candidatura a este financiamento foi acompanhada de um documento em que cada município se compromete a tomar medidas para o reequilíbrio das suas finanças, no essencial, previsões de evolução de receitas e despesas para os próximos anos. Os municípios que se candidataram à variante deste em-préstimo que permite o seu pagamento em 20 anos, estarão sujeitos a controlos mais apertados das suas finanças, com imposição de aumentos de taxas e tarifas, por parte do Governo: estão neste caso 53 municípios. No entanto, Sesimbra pertence ao outro grupo, que terá de

reembolsar o empréstimo num prazo mais curto (14 anos), mas sem ficarem sujeitos a um controlo tão apertado das suas finanças: a Câmara terá apenas de cumprir as previsões de receitas e despesas, e não poderá aumentar o seu endividamento de curto prazo.

O presidente da Câmara, Augusto Pólvora, admitiu que a receita corrente da Autarquia possa aumentar 3,5% no próximo ano, e 1% nos anos seguintes. Considerada uma previsão optimista pela Oposição, este aumento de receita foi justificado por Augusto Pólvora, entre outros motivos, pelo elevado número de isenções de IMI que caducam no próximo ano. Para 2013 também estão programados novos aumentos nas tari-fas de água e de saneamento. Prevê-se também uma redução de 2% ao ano, das despesas com pessoal, essencialmente devido à saída de funcionários por motivo de reforma.

No entanto, a tão falada devolução de um dos subsídios retirados aos funcionári-os públicos, e que ocorrerá ao longo de 2013, embora não adiante muito para os próprios funcionários (pois, em com-pensação, aumentam outras deduções salariais, a título de impostos), acabará por agravar a despesa de pessoal a pagar pela Autarquia em 2013: o Governo recebe os aumentos de impostos, mas as Câmaras é que terão de devolver o subsídio aos funcionários.

A notícia da nossa anterior edição so-bre Ilda Carvalho continha dois erros, cla-morosos pelos quais pedimos desculpa à senhora Ilda e aos nossos leitores.

Por um lado, o que se comemorou fo-ram os 25 anos de actividade na profis-

são de manicure e pedicure e não 50.Por outro lado, a representante da

Junta de Ffreguesia de Santiago foi a ad-vogada Carmen Rosa, a quem também apresentamos as nossas desculpas pelo troca de apelidos.

Ilda Carvalho

O gosto de coleccionar envolve facetas muito variadas, sob múltiplos aspectos.

É um “hobby” que tem cada vez mais seguidores, de férteis imaginações e idêntico empenho, envolvendo gente de todas as idades.

Em Sesimbra e suas cercarias sabe-mos bem que há um bom número de de-votados coleccionadores, permitindo-nos elogiar, desde já, o caso de Ilda Carvalho, uma “pexita” de adopção, que muito se orgulha da sua magnífica colecção de colheres.

Nas colunas de “O Sesimbrense” essa sua devoção já foi falada e elogiada mas agora, que o limite simbólico das 1000 unidades conseguidas, parece-nos opor-tuno citar o que de meritório resulta do gosto e paciência de Ilda Carvalho, bem enraizada na vida e obra da Liga e do Jornal.

Tendo muitos amigos que sabem des-sa sua valiosa colecção, Ilda Carvalho está habituada a receber lembranças “acolheradas” de quem viaja, mundo fora, e se lembra da coleccionadora.

Estará para breve, queremos crer, uma nova exposição, ultrapassado o simbóli-co limite das 1000 unidades.

As colheres são metálicas, de porcela-na, de madeira, de plástico moldado, de barro e tem um colorido altamente valo-

rizador. Os sesimbrenses fiam à espera dessa prometida iniciativa cultural de Ilda Carvalho. * * *

Já agora e a propósito citemos alguns casos similares que conhecemos rela-tivos a colecções de tartarugas, patos e pedras, da responsabilidade de amigos a habitantes do concelho de Sesimbra. Haverá, por certo, mais alguns casos de similar devoção/entretenimento de uma apreciada multiplicidade imaginativa que bom seria dar conhecimento ao nosso jor-nal, para útil e bem merecida divulgação.

Recentemente, no novíssimo Museu do Vinho, na Anadia, foi-nos dado apreciar uma magnífica colecção de saca-rolhas, de todos os feitios e origens, resultado do paciente labor de um ilustre engenheiro agrónomo ligado à vinicultura da região. À escala internacional, por toda a europa e não só, esta colecção da Anadia tem sido bastante divulgada e enaltecida.

Será que por cá, mais ao sul, haverá quem coleccione saca-rolhas?

Enquanto não temos resposta, volte-mos a homenagear o espírito e a tenaci-dade de Ilda Carvalho e o seu milhar de bonitas colheres que bem merecem uma próxima exposição.

Dona Ilda – Vamos a isso!D.S.

Coleccionar - Das colheres às Tartarugas…

A Câmara Municipal de Sesimbra volta a realizar a Zimbra Outono, de 1 a 4 de Novembro, iniciativa destinada a promover as produções locais, e nomeadamente as produções da ag-ricultura biológica e tradicional, típicas desta época do ano, como a castanha, a noz, a romã ou a batata-doce, entre outras, e que podem ser adquiridas junto dos vários produtores locais. Um dos produtos em destaque é a maçã camoesa da Azoia, também chamada maçã Férrea, e que foi recentemente registada como Variedade Tradicional da Região de Sesimbra

Também estarão à venda o queijo da

Zimbra OutonoAzoia, mel, pão de fabrico tradicional e doçaria, bem como a Farinha Torrada, Broas de Alfarim, Tamarinas e Broas de Milho.

Alguns produtores locais estarão a mostrar e a vender os seus produtos na Praça da Califórnia, na vila de Ses-imbra, entre as 10 e as 19 horas.

Simultaneamente, no período de 1 a 11 de Novembro, decorre a sétima edição da Semana Gastronómica Sa-bores de Outono, também organizada pela Câmara Municipal, associações de comerciantes do concelho e Junta de Freguesia do Castelo, com participação de 32 restaurantes

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O SESIMBRENSE | 1 DE NOVEMBRO DE 2012 11

Estas preocupações foram apresen-tadas na conferência de imprensa que o PS realizou no passado dia 17 de Outubro, para divulgar a sua posição face à situação financeira da Câmara, e nomeadamente em relação ao recurso que a Autarquia pretende fazer a um empréstimo para pagar dívidas a for-necedores – assunto que tratamos na página anterior desta edição.

Américo Gegaloto, vereador do PS na Câmara, apresentou um relato do modo como têm funcionado os manda-tos da CDU, enquanto que Manuel José Pereira, responsável da bancada do PS na Assembleia Municipal, centrou a sua comunicação nos aspectos financeiros da Autarquia.

“Escalada da dívida”Manuel José Pereira recordou os

investimentos feitos pelo PS durante os seus mandatos (desde 1997 a 2004, inclusive), salientando que a grande prioridade, então, era a de regularizar o abastecimento de água, com a cons-trução de uma grande conduta, bem como o abastecimento da Lagoa e do Casal do Sapo.

Estes e outros investimentos da re-sponsabilidade do PS, no seu primeiro mandato, resultaram num volume de investimento de 58 milhões de euros, mais uma dívida de curto prazo que atingiu os 7 milhões de euros.

Comparando com o 1º mandato da CDU, o investimento foi de apenas 49 milhões, (menos 10 milhões que o do PS) mas a dívida criada foi incal-culavelmente superior, d etal modo que ao fim de 7 anos já atinge os 23 milhões de euros. Ou seja: para o PS, os investimentos realizados pela CDU não justificam a dívida.

Comparando também as receitas dos primeiros mandatos de cada um dos partidos, Manuel José Pereira referiu que o PS teve receitas de 114 milhões de euros, enquanto que a CDU beneficiou de 160 milhões de euros de receita.

Para o PS, as “desculpas” para aumento da dívida, apresentadas pela CDU, são falsas: não foi por aumento de investimento, nem por diminuição de receitas, mas sim pelo aumento da despesa corrente: 67 milhões no 1º mandato do PS, 140 milhões no da CDU.

Partido Socialista acusa CDU de ter “arriscado demasiado”e de ter metido o Concelho numa “camisa de sete varas”

“Câmara arriscoudemasiado”

O PS acusa a CDU de ter querido “fazer tudo”, quando não existia suporte financeiro para isso. Américo Gegaloto referiu que não foi por falta de avisos, pois ele próprio, em numerosas de-liberações municipais, tais como a entrega de subsídios, alertou para o perigo de se assumirem compromissos sem capacidade para os suportar.

Manuel José Pereira considerou que o “futuro do concelho se encontra hipo-tecado” e, em consequência, o Con-celho está obrigado a um “programa de austeridade a que este empréstimo obriga”. Assim, o concelho “está a empobrecer mais do que o resto do País”. Um dos exemplos disso é que, ao recorrer ao PAEL, a Câmara obriga-se a que o endividamento líquido tenha de “diminuir 10% só num ano”.

O PS acusa ainda a CDU de não ter um “Plano B”, um plano alterna-tivo para o caso de não conseguir do PAEL os 11,1 milhões de euros de que necessita.

“Incoerência, a roçar a irresponsabilidade, do PSD”

Uma nota de vigorosa crítica foi dirigi-da pelo PS ao PSD, cujo comportamento classificam de “incoerência, a roçar a irresponsabilidade”. Manuel José Pereira recordou a acusação que o PSD fazia ao PS nos mandatos municipais deste partido: “Câmara Patrão”. Mas agora, para os socialistas, o PSD está “sentado à mesa do orçamento”, e questionou se ainda se justifica que o PSD tenha na sua sigla o “S” (de Social) e o “D” (de Democrata).

“Futuro comprometido”Uma das consequências da situação

criada na Câmara, segundo o PS, é que em futuros mandatos “qualquer Executivo que vier a seguir terá a sua capacidade muito limitada”, já que

as receitas “estarão comprometidas”: “Não sei se haverá dinheiro para fazer flores, quanto mais para obras…” disse Américo Gegaloto.

Referindo-se ao argumento de Au-gusto Pólvora, de que era preciso in-vestir para aproveitar os fundos comu-nitários, que seriam um “comboio que não passa duas vezes”, o PS disse que agora é que vamos ficar a ver passar os comboios, pois não haverá dinheiro para mais obras ou outros investimen-tos durante os próximos anos.

Além disso, o PS teme que Câmara procure agravar os tarifários, conside-rando que o Concelho foi metido pela CDU “numa camisa de 7 varas”.

O PS manifestou-se “seriamente preocupado com a situação da Autarquia, dos trabalhadores da Câmara e da população do concelho”, por causa do nível da dívida de curto prazo, que já atingiu os 23 milhões de euros – o triplo do valor que tinha quando, em 2005, a CDU iniciou os seus mandatos.

O Partido Socialista acusa a Câmara liderada por Augusto Pólvora de ter querido “fazer tudo”, apesar de não ter meios para isso, com o argumento de que “o comboio dos fundos comunitários não passa duas vezes”. Com consequência, a Câmara vai ficar “sem qualquer capacidade de investimento nos próximos anos, e mesmo sem capacidade para assegurar alguns serviços correntes”, receando o PS que a Autarquia tenha de recorrer a agravamentos de taxas e tarifas.

O “Plano B” do PSO Sesimbrense colocou ao PS a

seguinte questão, já que acusava a CDU de não ter um “Plano B”, e tam-bém de ter comprometido o futuro do Concelho durante muitos anos: tem o PS um “Plano B”? Ou melhor: vai o PS concorrer às próximas eleições autárquicas, com interesse em vencê-las, e tem um programa adequado para o caso de vencer, ou seja, um plano alternativo ao da CDU?

Em resposta, o PS confirmou que vai concorrer às próximas eleições autárquicas, e com um programa, que

está neste momento a ser elaborado, mas podendo desde já adiantar algu-mas orientações. Américo Gegaloto disse que procurarão renegociar o PAEL, de modo a aliviar as duras condições que ele comporta. Entre os investimentos que procurarão realizar em Sesimbra, foi referida a variante à estrada 378, a manutenção da re-cuperação urbanística, a reabilitação urbana, bem como a introdução de margens de flexibilização no IMI para apoio ao investimento.

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Vivendo e desempenhando a ac-tividade profissional de fotógrafo em Sesimbra, já há largos anos, Carlos sargedas tem também uma forte liga-ção familiar à piscosa vila.

Tendo-se especializado em diversos domínios da fotografia profissional, Carlos Sargedas também tem desen-

Fotógrafos de Sesimbra (XI)

Carlos Sargedasvolvido campanhas de defesa do San-tuário do Cabo, tendo sido agraciado, em 2010, com o prémio “Espichel”, atribuído pela Assembleia Municipal.

Em 2012 criou o festival de cinema “Finisterra”, também com o objectivo de promover nacional e internacional-mente, Sesimbra e a Arrábida.

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O SESIMBRENSE | 1 DE NOVEMBRO DE 201213

Os nossos associados

Ilda Marques dos Santos Rodrigues orgulha-se de dar continuidade a uma das mais antigas assinaturas d’O Sesimbrense, feita pelo seu pai, Gil Pereira Rodrigues, logo um ano após o início da publicação

Vendedora da praça baixou as cuecas a uma ladra para reaver o dinheiro roubado

Natalina Veríssimo (à direita na foto) não teve receio de denunciar a ladra.

Natalina Veríssimo, com banca de frutas na praça de Sesimbra, reparou que uma mulher imigrante, que andava a vender almanaques, roubara dinheiro do bolso de um cliente, e denunciou-a. A mulher, rapidamente levantou as saias e escondeu as notas na roupa interior, ao mesmo tempo que negava o roubo. Natalina levantou então as saias à ladra e baixou-lhe as cuecas, fazendo cair as duas notas de vinte euros que tinha furtado.

Tratava-se de um grupo de três mul-heres, provavelmente romenas, que costumam usar o método de abordar as pessoas com muita insistência, tocando-lhes e não “descolando”, para tentar convencê-las a dar-lhes algum dinheiro apenas para se verem livres delas. Habitualmente vendem pensos rápidos ou o almanaque Borda d’Água, e por vezes transportam crianças meno-res ao colo.

As três mulheres colocaram-se atrás dos clientes que aguardavam ser atendidos na banca ao lado, de Teresa Gomes, e ao mesmo tempo que acenavam com o almanaque e insistiam

“Compra! Compra!”, uma delas, com o almanaque a tapar a mão, com dois dedos tentava tirar as notas que um senhor tinha no bolso da camisa.

Natalina avisou o senhor antes mes-mo do roubo ser consumado: “Olhe que ela está a roubá-lo! Mas como o senhor não sentia nada, ela continuava, até que tirou as notas, e eu então disse: - olhe que já o roubou!”

Natalina ficou indignada, e saiu da banca na direcção da ladra: “Não posso ver estas coisas. Ela quando me vê sair, agarra no dinheiro e escondeu debaixo das saias, e a dizer: Ai não tenho nada. Então eu deito-lhe as saias para o lado da cabeça, meto-lhe as mãos nas cue-cas, baixei-lhe as cuecas e caíram duas notas de vinte euros.”

A seguir, Natalina agarrou-as pelo braço e colocou-as na rua. Mas con-tinuam a aparecer na praça: “Sempre que as vejo aqui entrar digo: vocês não são bem vindas. Até já disse ao fiscal aqui da praça, mas ele diz que, entrando para pedir não podem ser postas na rua. Mas elas não andam a pedir, andam a vender. E com a intenção de roubar!”

Depois do muro da Rua José Pinto Brás ter sido alvo de críticas e duvidas por parte da população da vila de Sesimbra, o Jornal O Sesimbrense, na edição 1151 de 30 de Junho de 2011, quis saber quais os motivos para a rua estar intransitável desde o inverno de 2009, data em que o talude do Cemitério sofreu uma derrocada.

Relembramos que a via pública em questão esteve a cargo das Construções Oásis que, em conjunto com o edifício situado na Rua Major Joaquim Preto Chagas, foi também responsável pela construção deste muro, que adjudicou a uma terceira empresa.

À data da notícia publicada, a Câmara Municipal de Sesimbra informou-nos que estava “a proceder a um ajuste directo para a execução da obra de requa-lificação”, e que a obra não avançara antes “porque as Construções Oásis, que tinham assumido parte do custo, estão em processo de insolvência”. Na mesma notícia podemos também ler: “A Câmara acrescentou ainda que “a obra de re-qualificação será assegurada integralmente pela Autarquia e iniciar-se-á logo que concluído o processo de adjudicação. O abandono da empresa Oásis, obrigou a um esforço orçamental do Município que atrasou o lançamento da obra, a qual esperamos que possa ter início em breve”.

A mesma via está neste momento transitável, fazendo-se circular num sentido, desde o meio do ano corrente, aquando a realização das várias alterações do trânsito da vila de Sesimbra. Contudo as obras não foram executadas, apenas desobstruíram parte da via; na opinião de alguns “o problema foi minimizado mas não resolvido”. Querendo dar continuidade ao assunto ainda por resolver, O Se-simbrense entrou em contacto com a Câmara questionando-a se esta passagem, agora transitável, é segura para quem lá passa, ao que nos foi informado que “a via está completamente segura,senão não teria sido aberta ao trânsito”. Quanto à conclusão da obra, “Logo que haja disponibilidade financeira proceder-se-á à reconstrução do muro de suporte, que permitirá retomar o estacionamento entretanto interrompido”.

Andreia Coutinho

Muro da Rua José Pinto Brás, Um ano depois…

A Mútua dos Pescadores, entidade criada em 1942 para o sector da Pesca, assinalou os seus 70 anos com uma edição especial da sua publicação trimestral, a revista “Marés”, onde se faz um extenso historial da vida desta instituição seguradora.

Criada no âmbito das Casas dos Pes-cadores, era, formalmente, uma socie-dade propriedade dos seus associados. Porém, era praticamente obrigatório que quem fosse associado da Casa dos pescadores também aderisse à Mútua, e os associados nada mandavam na “sua” sociedade: tal como as Casas dos Pescadores, eram controladas pelo Estado, através da direcção, em cada zona piscatória, do Capitão de Porto ou do Delegado Marítimo.

Após o 25 de Abril, as Casas dos Pescadores foram extintas e as suas funções integradas no sistema geral da Segurança Social. Mas a Mútua so-breviveu, tendo passado a ter a forma cooperativa, muito por influência das ideologias da época.

Entretanto, tem vindo a alargar a sua actividade seguradora, promovendo hoje um leque alargado de seguros, tais como seguro de habitações ou de veículos automóveis, estratégia justifi-cada pela necessidade de “garantir a sua carteira comercial num ambiente de concorrência aberta e num contexto de acentuado declínio da pesca”.

Estará a Mútua a caminho de se tornar numa empresa seguradora como outra qualquer? A concretizar-se, esta

Mútua dos Pescadores: 70 anos

hipótese seria algo paradoxal, atenden-do a que desde a sua transformação em cooperativa, após a Revolução de Abril, a Mútua tem mantido uma forte ligação a uma ideologia sindicalista de esquerda, adversa do Capitalismo. É talvez por isso que João Lopes, ses-imbrense que se guindou, por mérito próprio, de pescador até dirigente da Mútua (desde 1981), defende que “a Mútua deve continuar a cheirar a peixe”, ou seja: deve continuar a ter um peso importante no sector da pesca e no apoio aos pescadores.

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Jorge Martelo

Faleceu Domingos Cachão, conhecido empresário sesimbrense que, durante muitos anos, dirigiu o res-taurante A Virgilinda, uma das casas de referência da gastronomia sesimbrense. Domingos Cachão foi tam-bém um activo dirigente associativo, tendo pertencido à Direcção e outros órgãos sociais de colectividades como a Sociedade Musical Sesimbrense, o Clube Se-simbrense, a Associação de Socorros Mútuos Marítima e Terrestre, e a Liga dos Amigos de Sesimbra.

A primeira profissão de Domingos Cachão foi a de barbeiro: durante muitos anos na Cotovia, em Santana, no Zambujal e também em Lisboa. Desempenhou ain-da a profissão de canteiro, no Zambujal e em Cascais. Só depois, no final dos anos 40, é que se estabeleceu em Sesimbra, na restauração.

Aos seus familiares, a Liga dos Amigos de Se-simbra e o jornal O Sesimbrense, apresentam sentidas condolências.

Domingos Cachão

A Sociedade Musical Sesimbrense viu aprovada a sua candidatura para obras de qualificação na sua sede: um investimento de 56 mil euros, que terá uma compartici-pação da União Europeia de 42 mil euros (75 %).

Este apoio é concedido através do programa PRO-MAR, que visa apoiar o sector da Pesca. O financia-mento concedido à Sociedade Musical Sesimbrense teve em consideração o papel daquela colectividade no apoio à comunidade piscatória e à cultura das pescas. Fundada em 1914, a SMS tem sido tradicionalmente a colectividade da comunidade piscatória, que continua a constituir a principal base dos seus associados.

A SMS tem também levado a cabo diversas iniciativas cívicas e culturais, tais como debates e tertúlias, em torno dos problemas e anseios da comunidade piscatória.

As obras apoiadas pela União Europeia, e que de-verão estar concluídas até ao final do corrente ano, destinam-se a melhorar as instalações da colectividade, no apoio às actividades sociais, melhorando a zona de convívio.

Musical recebe fundos comunitários

Nos próximos dias 11 e 12 de Novembro o Hotel do mar vai acolher um “convívio monumental” de agentes de viagens. Sob a designação de “Soltrópico Arrábida Weekend”o convívio incluirá o 1º Grande Prémio em Kart Soltrópico / Região de Turismo de Lisboa e Vale do Tejo em que irão participar 20 equipas exclusivamente compostas por agentes de viagens. A prova irá ter lugar no Kartódromo Internacional de Palmela.

No sábado de manhã será a vez de um passeio em 4x4 pela Serra da Arrábida e, à tarde, uma visita às Caves José Maria da Fonseca em Azeitão, com prova de vinhos.

Hotel do Maracolhe agentes de viagens

Faleceu Jorge Martelo, conhecido advogado sesim-brense, que exercia esta profissão desde 1984. Tam-bém desenvolveu actividades políticas e associativas, nomeadamente na a Associação de Socorros Mútuos Marítima e Terrestre e na Liga dos Amigos de Sesim-bra.

Aos seus familiares apresentamos sentidas condo-lências.

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O SESIMBRENSE | 1 DE NOVEMBRO DE 201215

Vai ser notícia!Zimbra Outono – Feira dos Produtos do Outono1 a 4 de OutubroDas 10 às 19 horasPraça da Califórnia

O Rotary e as Novas Gerações: Gestão de Liderança, a Construção da AçãoOradora: Mara Duarte3 de Novembro | SábadoÀs15 HorasBiblioteca Municipal

Aniversário ACRUTZ - Escola de Samba Saltaricos Castelo3 de Novembro | SábadoÀs 22 horasActuação de Escolas e Grupos de Samba

CaminhadaVamos ajudar a Maria Inês4 de Novembro | DomingoDas 9 às 12 horasInformações: Parques de Campismo Campi-meco e Valbom

Exposição de trabalhosAlunos Rotary Club de SesimbraDe 6 a 17 de NovembroBiblioteca Municipal

6ª edição do Dia da Consulta Jurídica Gratuita8 de Novembro | QuintaDas 10 às 17 HorasDelegação de SesimbraEdifício da Falésia

Fados de São Martinho9 de Novembro | SextaÀs 21:30Na Sociedade Musical SesimbrenseInformações:

Liga dos Amigos de Sesimbra 21 223 31 33

Acção de sensibilização so-bre bullying10 e 24 de Novembro A partir das 15 horas, CIPA, na Quinta do CondeLoja Ond@JovemInscrições:21 210 22 31 e 93 998 00 [email protected]

Workshop Figo-da-Índia10 de Novembro | SábadoA partir das 9hNa Junta da Freguesia do Castelo e na Quinta dos Cactos, no ZambujalContactos: [email protected] 868 24 26

“A Intervenção das IPSS na Comunidade – Desafios pre-sentes e futuros”19 de Novembro | SegundaNa Junta de Freguesia da Quin-ta do Conde

Workshop de Introdução à Fotografia de Moda (exterior)25 de Novembro | QuintaDas 10 às 14 horasInformações: [email protected]

Concurso Internacional de Desenho “Protecting our fisheries – inheriting a healthier world”Entre os 6 e os 20 anos de idadeInscrições até 30 de NovembroInformações:http://www.fao.org/climatechan-ge/youth/78616/en/

O Clube Escola de Ténis de Sesimbra, celebrou no passado dia 20 de Outubro, o seu 13º aniversário numa cerimónia informal, seguida de um animado jantar convívio entre associados, atletas e fami-liares, contando ainda como convidados, Augusto Pólvora, presidente da edilidade, Ricardo Dias e Artur Pereira, representan-tes das Juntas de Freguesia do Castelo e Santiago respectivamente. A autarquia aproveitou ainda a ocasião para home-nagear e agraciar com medalhas do município a equipa de Veteranos + 45 do CETS que se sagrou bicampeã Regional nos anos de 2011 e 2012.De seguida fo-ram entregues os troféus referentes ao Campeonato Absoluto do Concelho de Sesimbra, bem como os dos torneios co-memorativos daquela data festiva, encer-rando-se as festividades com o tradicional apagar de velas do bolo de aniversário.

Classificações Camp. AbsolutoCampeão - Fábio Rocha, Vice-campeão - Marco Pires, Semi-finalistas - João P. Al-

13º Aniversário do Clube Escola de Ténis de Sesimbra

deia e Rui RibasVet. + 351º Class. - José Pina, 2º Class. - João Pe-dro Pereira, Semi-finalistas - Luis Ferreira e Nuno CorreiaVet. + 451º Class. - Pedro Roque, 2º Class. - Rui Ribas, 3º Class. - Joaquim Barreira, 4º Class. - Alfredo CoiteiroVet. + 501º Class. - João P. Aldeia, 2º Class. - Gui-lherme Marques, Semi-finalistas - Luis Esteves e Pedro Aleixo DiasSub 161º Class. - Tiago Silva, 2º Class. - José Nuno Pinto, 3º Class. - João PenimSub 141º Class. - Diogo Luis, 2º Class. - Leonar-do Rodrigues, 3º. Class. - João Carlos Pinto, 4º Class. - Miguel SantosPares Livres1ºs Class. - F. Rocha/M. Pires, 2ºs Class. . J. Pina/A. Aldeia, Semi-finalistas - P. Roque/R. Ribas e Ricardo Ribas/R. Pe-dro Ribas

João Pedro Aldeia

Foi no fim-de-semana de 29 e 30 de Setembro, na 2ª etapa do campeonato, em Quiaios e Montemor-o-Velho, que Alice Silva se sagrou campeã Ibérica de Orientação Pedestre.

O Grupo Desportivo União da Azoia esteve representado por quatro atletas, na XX edição desta prova, dos quais se destacou Alice Silva, que confirmou os bons resultados obtidos na 1ª etapa, rea-lizada em Março, em Córdoba.

Durante a presente época, a atleta ve-terana (D45) do GDU Azoia, já foi cam-

Orientação Pedestre Alice Silva Campeã Ibérica

peã nacional de distância longa (Abril) e distância média (Junho) permitindo-lhe reforçar uma posição nos lugares cimei-ros, no ranking da Federação Portugue-sa de Orientação.

De salientar que o campeonato Ibé-rico disputou-se em simultâneo com o I Troféu Quiaios Hotel, onde os atletas da Azoia obtiveram os seguintes resultados:

H14 – 8º Miguel Baltazar; 18º Pedro Cabeça

H18 – 15º Tiago BaltazarD45 – 1ª Alice Silva

No passado dia 06 de Outubro, após vencer o Ferroviário da Beira por 1-0, a equipa da Costa do Sol, orientada por Diamantino Miranda e pelo seu treinador adjunto, o sesim-brense Nelson Santos, garantiu a presença na final da Taça de Moçam-bique a realizar no próximo dia 25 de Novembro.

A equipa técnica chegou a Mapu-to, em Moçambique, no início deste ano, conforme tivemos oportunidade de noticiar.

Nelson Santos na final da Taça de Moçambique

O Núcleo Sportinguista de Sesimbra vai promover, a partir de 7 de Novem-bro, a organização de equipas de Futsal Feminino, cujos treinos estão marcados para os seguintes dias e horas, no Pavilhão de Sampaio:

Escolinhas (4 aos 11 anos): quartas-feiras das 20h às 21:15 h

Júniores (12 aos 17 anos) quartas e sextas-feiras das 21h às 22:30

Séniores: (mais de 17 anos) quartas e sextas-feiras das 22h às 23:30

Sporting promove Futsal Feminino

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O SESIMBRENSE

Maxiloja investe em Santana

O jornal online FIRSTPOST publicou um video de reportagem do fotógrafo David Caretas com a modelo Vera Nar-ciso, realizado no a praia do Ribeiro do Cavalo, e que contou ainda com o traba-lho de Débora Aldeia como assistente de iluminação.

David caretas é um fotógrafo sesim-brense que tem dedicado grande parte do seu trabalho à fotografia de moda e publicidade.

Também Vera Narciso é natural de Sesimbra, terra onde viveu até aos 27 anos, residindo actualmente no Seixal.

O trabalho realizado por estes sesim-brenses no Ribeiro do Cavalo é um book fotográfico, e a sua divulgação interna-cional contribui também para a divulga-ção das nossas excelentes praias e do nosso magnífico mar.

Um aspecto negativo, no entanto, foi o de que a praia se encontrava num lasti-mável estado de sujidade - o qual, feliz-mente, não é visível nas imagens, mas deve dar que pensar. No entanto, estão de parabéns estes nossos conterrâneos, pela divulgação das nossas belezas.

Produçãofotográfica de sesimbrenses em destaque

A Maxiloja abriu um novo estabeleci-mento em Santana, junto à praça de ta-xis. A rede de mercados de Armindo de Almeida Diogo, passa assim a ter quatro lojas: para além desta, em Sesimbra, na Almoinha e na Costa da Caparica.

Um novo investimento é sempre de destacar, e ainda mais em período de crise económica, e, neste caso, com

criação de três postos de trabalho.Naquele local já funcionava um esta-

belecimento semelhante, que foi agora completamente remodelado, passan-do a dispor de uma nova imagem, com uma agradável disposição dos produtos à venda. É também de salientar que a Maxiloja é uma marca própria do empre-sário sesimbrense.

Armindo Diogo descende de uma fa-mília que fabricava pão caseiro, tendo ele próprio vendido pão em Sesimbra. Gradualmente foi investindo no comér-cio alimentar e, para o crescimento das suas lojas, associou-se a uma rede de lojas nacional, mas gradualmente tem vindo a afirmar e a autonomizar a sua marca Maxiloja.