O Sesimbrense - Edição 1169 - Dezembro 2012

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ANO LXXXVI • N.º 1169 de 15 de Dezembro de 2012 • 1,00 € • Taxa Paga • Bonfim • Setúbal - Portugal (Autorizado a circular em invólucro de plástico Aut. DE00752012GSCLS/SNC) Política Local ía de Sesimbra No dia 14 de Dezem- bro de 1962 abria as portas a Biblioteca Municipal de Sesim- bra, na antiga Capela do Es- pírito Santo, partilhando livros da Fundação Gulbenkian e outros doados por sesimbren- ses: Emílio Caldeira Braz, Jo- aquim Rumina, Padre António Gomes Pólvora, e ainda pelo Padre José Gonçalves de Car- valho – todos eles já falecidos nessa altura. Manuel Fernan- des Marques fez a oferta da Grande Enciclopédia Portu- guesa e Brasielira. Dominando a sala, um gran- de tríptico de Maria Helena Leite, retratando pescadores sesimbrenses em diversas ar- tes de pesca. Tendo como seu primeiro di- rector António Telmo, acolheu ainda diversas iniciativas cul- turais, tais como exposições de pintura e de trabalhos das escolas de Santa Joana e da Casa dos Pescadores. Também ali realizaram pa- lestras figuras notávies da cultura nacional, como António Quadros e Agostinho da Silva. De uma dessas palestras, pro- ferida por Pierre Clostermann, nasceria o movimento de 1973 pela criação do Parque Maríti- mo de Sesimbra. Página 10 Página 18 Biblioteca Municipal: 50 anos de leitura pública em Sesimbra © João Augusto Aldeia Valdemar Macedo: campeão de caça submarina Valdemar Macedo sagrou- se campeão nacional de caça submarina, pela primeira vez, em 1973, representando o Benfica. Viria a repetir essa proeza, já com as cores do Clube Naval de Sesimbra, no- meadamente em 1981 e 1985. Estes títulos levaram-no a re- presentar Portugal em diver- sos campeonatos europeus e mundiais daquela modalidade, no Brasil, em Espanha e na Croácia. Começou a praticar a caça submarina, com a espingarda de elásticos, ainda em miúdo, e nunca mais parou. Pedreira do Avelino Sesimbra possui 3 dos 7 onumentos Naturais classifica- dos em Portugal, e desde sá- bado que um deles, a Pedreira do Avelino, com pegadas de diversos dinossauros, está pre- parada para acolher visitantes. Na inauguração, o professor Galopim de Carvalho felicitou a Câmara e aproveitou para pedir mais. Francisco Luís será o candidato do PSD às autárquicas Água e saneamento: novo regulamento, novos aumentos Não foi um candidato con- sensual: 8 votos a favor e 4 contra, sendo também alvo de críticas daqueles que não gos- tam de o ver tão colado à CDU. Mas Francisco Luís afirma que a grande diferenciação virá das propostas do PSD para alterar o paradigma da gestão municipal, com serviços não deficitários. Celebrando o Natal e o Ano Novo A despeito das dificuldades sociais, Sesimbra continua a honrar as tradições do Natal e a saudação ao Ano Novo. Diversas instituições cele- bram convívios e concertos de Natal, multiplicando-se as ini- ciativas de solidariedade para com os mais necessitados. Os presépios voltam a mar- car presença em todo o Con- celho, com a Quinta do Conde a organizar uma vez mais um concurso de presépios. Devido a dificuldades finan- ceiras, o programa oficial de fim de ano centrar-se-á no es- pectáculo de fogo de artifício e no mergulho, mas os hotéis e restaurantes mantém a oferta de programas para o Reveillon. Nesta ocasião, A LIga dos Amigos de Sesimbra e o jornal O Sesimbense, saudam todos os sesimbrenses e amigos de Sesimbra, fazendo votos de um Natal em Paz e Amor, e de um Feliz Ano Novo Página 3 Página 14 Página 15

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O Sesimbrense - Edição 1169 - Dezembro 2012

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ANO LXXXVI • N.º 1169 de 15 de Dezembro de 2012 • 1,00 € • Taxa Paga • Bonfim • Setúbal - Portugal (Autorizado a circular em invólucro de plástico Aut. DE00752012GSCLS/SNC)

Política Local

Dias frios e parcialmente nublados têm proporcionado paisagens extraordinárias na baía de Sesimbra

No dia 14 de Dezem-bro de 1962 abria as portas a Biblioteca Municipal de Sesim-bra, na antiga Capela do Es-pírito Santo, partilhando livros da Fundação Gulbenkian e outros doados por sesimbren-ses: Emílio Caldeira Braz, Jo-aquim Rumina, Padre António Gomes Pólvora, e ainda pelo Padre José Gonçalves de Car-valho – todos eles já falecidos nessa altura. Manuel Fernan-des Marques fez a oferta da Grande Enciclopédia Portu-guesa e Brasielira.

Dominando a sala, um gran-de tríptico de Maria Helena Leite, retratando pescadores sesimbrenses em diversas ar-tes de pesca.

Tendo como seu primeiro di-rector António Telmo, acolheu ainda diversas iniciativas cul-turais, tais como exposições de pintura e de trabalhos das escolas de Santa Joana e da Casa dos Pescadores.

Também ali realizaram pa-lestras figuras notávies da cultura nacional, como António Quadros e Agostinho da Silva. De uma dessas palestras, pro-ferida por Pierre Clostermann, nasceria o movimento de 1973 pela criação do Parque Maríti-mo de Sesimbra.

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Biblioteca Municipal: 50 anos de leiturapública em Sesimbra

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usto

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Valdemar Macedo:campeão de caça submarina

Valdemar Macedo sagrou-se campeão nacional de caça submarina, pela primeira vez, em 1973, representando o Benfica. Viria a repetir essa proeza, já com as cores do Clube Naval de Sesimbra, no-meadamente em 1981 e 1985. Estes títulos levaram-no a re-presentar Portugal em diver-sos campeonatos europeus e mundiais daquela modalidade, no Brasil, em Espanha e na Croácia.

Começou a praticar a caça submarina, com a espingarda de elásticos, ainda em miúdo, e nunca mais parou.

Pedreira do AvelinoSesimbra possui 3 dos 7

onumentos Naturais classifica-dos em Portugal, e desde sá-bado que um deles, a Pedreira

do Avelino, com pegadas de diversos dinossauros, está pre-parada para acolher visitantes.

Na inauguração, o professor

Galopim de Carvalho felicitou a Câmara e aproveitou para pedir mais.

Francisco Luís será o candidato do PSD às autárquicas

Água e saneamento: novo regulamento, novos aumentos

Não foi um candidato con-sensual: 8 votos a favor e 4 contra, sendo também alvo de críticas daqueles que não gos-

tam de o ver tão colado à CDU.Mas Francisco Luís afirma

que a grande diferenciação virá das propostas do PSD para

alterar o paradigma da gestão municipal, com serviços não deficitários.

Celebrando o Natale o Ano Novo

A despeito das dificuldades sociais, Sesimbra continua a honrar as tradições do Natal e a saudação ao Ano Novo.

Diversas instituições cele-bram convívios e concertos de Natal, multiplicando-se as ini-ciativas de solidariedade para com os mais necessitados.

Os presépios voltam a mar-car presença em todo o Con-celho, com a Quinta do Conde a organizar uma vez mais um concurso de presépios.

Devido a dificuldades finan-ceiras, o programa oficial de fim de ano centrar-se-á no es-pectáculo de fogo de artifício e no mergulho, mas os hotéis e restaurantes mantém a oferta de programas para o Reveillon.

Nesta ocasião, A LIga dos Amigos de Sesimbra e o jornal O Sesimbense, saudam todos os sesimbrenses e amigos de Sesimbra, fazendo votos de um Natal em Paz e Amor, e de um Feliz Ano NovoPágina 3

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2O SESIMBRENSE | 15 DE DEZEMBRO DE 2012

Editorial

Farmácias de Serviço

nBombeiros Voluntários de SesimbraPiquete de Sesimbra: 21 228 84 50Piquete da Quinta do Conde: 21 210 61 74nGNRSesimbra: 21 228 95 10Alfarim: 21 268 88 10Quinta do Conde: 21 210 07 18nPolícia Marítima 21 228 07 78nProtecção Civil (CMS)21 228 05 21nCentros de SaúdeSesimbra: 21 228 96 00Santana: 21 268 92 80Quinta do Conde: 21 211 09 40nHospital Garcia d’Orta - Almada21 294 02 94nComissão de Protecção de Crianças e Jovens do Concelho de Sesimbra21 268 73 45nPiquete de Águas (CMS)21 223 23 21 / 93 998 06 24nEDP (avarias)800 50 65 06nSegurança Social (VIA)808 266 266

nServiço de Finanças de Sesimbra212 289 300nNúmero Europeu de Emergência112 (Grátis)nLinha Nacional de Emergência Social144 (Grátis)nSaúde 24 808 24 24 24nIntoxicações - INEM 808 250 143nAssembleia Municipal21 228 85 51nCâmara Municipal de Sesimbra21 228 85 00 (geral)800 22 88 50 (reclamações)nJunta de Freguesia do Castelo21 268 92 10nJunta de Freguesia de Santiago21 228 84 10nJunta de Freguesia da Quinta do Conde21 210 83 70nCTTSesimbra: 21 223 21 69Santana: 21 268 45 74

Contactos uteisnAnulação de cartões

SIBS (Sociedade Interbancária de Serviços)808 201 251217 813 080Caixa Geral de Depósitos21 842 24 24707 24 24 24Santander Totta707 21 24 24 21 780 73 64Millennium BCP707 50 24 2491 827 24 24BPI21 720 77 0022 607 22 66Montepio Geral808 20 26 26Banif808 200 200BES707 24 73 65Crédito Agrícola808 20 60 60Banco Popular808 20 16 16Barclays707 30 30 30

Farmácia Bio-Latina 212 109 113 Avenida da Liberdade, nº. 238 Quinta do CondeFarmácia da Cotovia 212 681 685Avenida João Paulo II, 52-C, CotoviaFarmácia de Santana 212 688 370Estrada Nacional 378, Santana Farmácia Leão 212 288 078Avenida da Liberdade, 13, SesimbraFarmácia Liz 212 688 547Estrada Nacional 377, Lote 3, AlfarimFarmácia Lopes 212 233 028 Rua Cândido dos Reis, 21, Sesimbra

Com o apoio:

A Biblioteca Maravilhosa

Pescas - Novembro

Neste Novembro, relativo equilíbrio em relação a Outubro, nos totais ge-rais, mas houve desequilíbrios nos habituais Cerco e Artesanal devido às espécies de valores diferenciados na nas vendas na Lota.

A crise que em todos os sectores de produção nacional se faz sentir, as

pescas, sobretudo no inverno, maior desnível acusa.

Esperamos melhores dias e melho-res aberturas para o desenvolvimento de uma actividade selectiva e frutuosa que os nossos dirigentes nacionais ol-vidaram e de difícil recuperação.

Pedro Filipe

A Biblioteca de Sesimbra, inaugu-rada há 50 anos, foi muito importante para mim, como terá sido para muitos outros sesimbrenses.

Já antes eu era um leitor assíduo da biblioteca itinerante da Fundação Gulbenkian, cuja carrinha vinha regu-larmente ao Largo da Marinha. Tinha uma tal paixão por aqueles livros, que costumava dormir com eles sob o comprido travesseiro que se usa-va nessa época. Mas a possibilidade de poder, em qualquer dia, consultar cou requisitar livros, representou uma grande melhoria. Servia ainda como local de convívio de jovens, sob a vigi-lância do circunspecto Julião.

Também usei muito a Biblioteca para os trabalhos escolares, sobre-tudo através da consulta da Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, a qual ainda hoje continua disponível no novo edifício da Biblioteca, e com grande procura.

Recordo-me ainda do primeiro tra-balho escolar que fiz por consulta a esta obra: um pequeno texto sobre os grandes fornos das siderurgias e o processo de fabrico do aço. Não era apenas teoria: a Siderurgia Nacional era de recente construção, no Seixal, e constituía um tema de conversa cor-

rente, pela novidade, pelas oportuni-dades de emprego e novas profissões criadas, e ainda pelas longas “nuvens” avermelhadas que saiam das suas chaminés e que pairavam durante dias no horizonte.

A possibilidade de compreender o funcionamento de tais coisas pela simples consulta de um livro, e mesmo a capacidade para escrever um texto – apesar de ser apenas um resumo da entrada da Enciclopédia – foi uma revelação maravilhosa. Não consigo descrever adequadamente o efeito que isso teve em mim: proporcionou-me auto-estima e felicidade.

Pelos padrões actuais, tratava-se de uma biblioteca muito limitada, com muito poucas actividades para além do empréstimo de livros, que também não eram assim muitos, nem muito di-versificados. Havia ainda a contrarie-dade de fechar em Agosto, mas sem-pre se podia reservar para aquele mês algumas obras mais volumosas.

Naquela época, constituia algo de maravilhoso para uma criança a cami-nho da adolescência, por isso não es-queço quanto devo à cinquentenária Biblioteca de Sesimbra.

João Augusto Aldeia

O SESIMBRENSE | 15 DE DEZEMBRO DE 20123

ONDULAÇÕES 122Eduardo Pereira

A muito curto prazo estaremos mer-gulhados em mais um período eleitoral autárquico. Num pobre país como Por-tugal, que nunca nadou em dinheiro, os períodos eleitorais autárquicos sempre nos trouxeram acrescidas dificuldades. Sucede que agora, em finais de 2012, nos encontramos em mais um dos picos da crise que nos vem acompanhando nos últimos anos. Por último, o tempo meteorológico que se prevê neste fim de Outono e começo de Inverno, poderá acrescentar mais algumas dificuldades à preparação dos actos a levar a cabo nos contactos, nos debates, na prepara-ção e no desenvolvimento da campanha eleitoral autárquica.

Quem, como eu, já participou em muitas dezenas de campanhas au-tárquicas, conhece bem as dificuldades e as perturbações de toda a ordem, que irão crescendo, à medida que as condições atmosféricas deste final de 2012 forem piorando e o “peditório”, recolhido nas ruas para ajudar os gastos da campanha, for minguando. Refiro-me

às dificuldades de circulação de viaturas nas estreitas ruas das freguesias, que têm que ser acauteladas. Refiro-me à necessidade de serem garantidas as distribuições de material de rua aos transeuntes e garantidos os contactos e as conversas de rua com os eleitores.

E, como se tudo isto não bastasse para os sesimbrenses, estas eleições autárquicas vão ser disputadas num dis-trito em que o PCP é, autarquicamente, maioritário, pouco dado a cedências e em que está posta em causa a base político - eleitoral das freguesias. Num período em que o Partido Socialista está debilitado e se confronta com sérias dificuldades de recuperação. Por muito incrível que nos pareça, esta debilidade político-partidária geral exigia que pro-curássemos o projecto que Sesimbra precisa e nos uníssemos para o apoiar e evitássemos combatê-lo, em próximas eleições.

Atrevo-me a acreditar que ainda dispomos de tempo para o conseguir.

Recebemos uma nota de imprensa dos “condomínios da encosta de Argéis”, que se têm organizado para que lhes seja reconhecido o “direito de utilizar as diversas vias/meios de comunicação que lhes permitam aceder à praia da Califór-nia e zonas envolventes, minimizando as limitações originadas pelas barreiras urbanísticas edificadas nesta zona da Vila de Sesimbra”.

Este assunto tomou especial acuidade quando o edifício Mar da Califórnia deix-ou de facultar o uso dos seus elevadores à população em geral. Conforme o nosso jornal já noticiou, não existe da parte do condomínio daquele edifício, a obriga-toriedade de facultar esse acesso por elevador, apenas o acesso por escada, que não constitui solução para pessoas com mobilidade reduzida.

Acessibilidade entre Argéis e a praia de Sesimbra

Os condomínios de edifícios locali-zados na encosta de Argéis (acima do referido edifício Mar da Califórnia) reuniram com o presidente da Câmara, que manifestou “disponibilidade para mediar uma eventual reunião com a empresa gestora do estacionamento, no sentido de se negociar uma eventual comparticipação dos condomínios da encosta de Argéis nos custos de ma-nutenção do elevador para se ter acesso à Praia da Califórnia”. Nesse sentido, os condomínios procurarão encontrar um entendimento entre as partes en-volvidas, para uma solução que envolva uma “comparticipação repartida entre a Câmara de Sesimbra, o condomínio Mar da Califórnia, a empresa de esta-cionamento Sient e os condomínios da encosta de Argéis”.

Após 35 anos, o café Porto de Abrigo fecha portas, pois a APSS necessita realizar obras naquele local.

À concessionária, Maria Odete, ainda foi ofereci-da a possibilidade de mudar para um local próximo, mas trata-se de um espaço que necessita de obras, pelo que decidiu antecipar a reforma, que também já não estava longe.

A concessão inicial foi-lhe dada pelo Clube Na-val de Sesimbra, mas passou depois para a APSS; quando o Clube se mudou para as novas instala-ções. É com alguma pena que Maria Odete aban-dona o local de trabalho e convívio de uma vida, já que não contava que tivesse de sair tão cedo. Mas conforma-se: “Agora reformo-me e vou para casa”.

Local de convívio habitual de utentes do Parque de Campismo, ou de mergulhadores, mas também de sesimbrenses que iam passear ao porto de abri-go, é mais um símbolo da antiga Sesimbra que de-saparece.

Antigo café da Doca fecha portas

As novas tarifas de água e sanea-mento, que entrarão em vigor a partir de Janeiro próximo, traduzem um acréscimo de 5% no custo da água, se-gundo a Câmara Municipal; mas estas tarifas já tinha aumentado em Outubro, pelo que o aumento aunual será maior. As alterações introduzidas no novo regulamentosão muitas, incluindo uma nova definição de escalões (em função do calibre dos contadores), pelo que os aumentos reais poderão variar bastante de consumidor para consumidor.

Também segundo a Câmara, a tarifa de esgoto irá baixar para a generalidade dos munícipes, mas há que contar com uma tarifa de conservação de sanea-mento, antes paga pelos proprietários e que passa agora a ser suportada pelos inquilinos: com um valor a rondar os 4 euros, este custo adicional pode representar aumentos muito superiores aos 5% indicados pela Câmara, para os consumos domésticos mais baixos.

Para fazer face às consequências mais gravosas destas novas tarifas, a Câmara disponibiliza “tarifas sociais e familiares” para os agregados com mais baixos rendimentos, que poderão significar a isenção total de pagamento das componentes fixas. Por exemplo, os consumidores cujo rendimento mensal do agregado familiar seja menor ou igual ao salário mínimo nacional e (SMN), e, cumulativamente, cujo rendimento mensal médio por pessoa, seja igual ou inferior a 50% do SMN, estarão isentos da tarifas fixas de água, de recolha de águas residuais e de resíduos sólidos urbanos (recolha de lixo).

Nos casos de rendimento mensal global menor ou igual ao SMN, mas com rendimento mensal médio por pessoa superior a 50% do SMN, a referidas

Novos tarifáriosÁgua aumenta 5%, e inquilinos passam a suportar tarifa adicional

tarifas fixas serão apenas metade das fixadas para o escalão mais baixo.

O objectivo do novo regulamento e das novas tarifas é o de garantir a “sustentabilidade” dos serviços, ou seja, procurar que as receitas cubram os respectivos custos. No estudo, re-alizado por uma empresa externa, que consuziu à fixação do novo tarifário, foram consideradas três vertentes: “uma de cariz económica, relacionada com os custos do serviço e amortização das infraestruturas, outra de carácter ambiental, focada na necessidade de incorporar os custos da escassez dos re-cursos naturais, e por fim uma última de natureza social, fundada nos princípios da acessibilidade e universalidade dos serviços, ou seja, na garantia do direito aos serviços a preços acessíveis”.

No novo modelo foram ainda distin-guidos os utilizadores domésticos e não-domésticos, e foi ainda fixado o referido tarifário especial destinado a famílias carenciadas e numerosas.

Foi ainda tida em conta a situação de pessoas colectivas, tais como Institu-ições de Solidariedade Social e clubes desportivos, para os quais se verifica uma redução no tarifário. Estão neste caso, por exemplo, as piscinas de uso público.

O novo tarifário encontra-se dis-ponível na página Internet da Câmara, embora seja necessário percorrer um caminho pouco evidente para lá chegar: abre-se a página da Câmara em:

www.cm-sesimbra.pte depois, por baixo do logotipo “Bem-vindo”, clica-se em “Câmara Munici-pal”, depois em “Editais”, depois em “Regulamento e Tabela Tarifária dos Serviços Urbanos” e, finalmente, em “Regulamento”.

4O SESIMBRENSE | 15 DE DEZEMBRO DE 2012

O SESIMBRENSE | 15 DE DEZEMBRO DE 20125

O Grupo Coral de Sesim-bra é de novo responsável pelo presépio instalado no átrio da Biblioteca Municipal de Sesimbra, na Avenida da Liberdade.

Juntamento com a Bota Big Band, o Grupo Coral re-alizou o tradicional concerto de Natal, na Igreja Matriz de Santiago.

Presépios na Quinta do Conde

A Junta de Freguesia da Quinta do Conde voltou a or-ganizar o Concurso de Presé-pios da Quinta do Conde, já na sua terceira edição, com a colaboraçao da Paróquia da-quela Freguesia..

Os presépios a concurso estarão expostos até ao dia de Reis, após o que serão atribuídos os prémios, em categorias tais como “Parti-culares”, “Associações”, “Es-colas” e “Estabelecimentos comerciais”

A Conferência Vicentina voltou a organizar, pelo segundo ano, o presépio da Bondade, na Praça da Califórnia, num espaço que também de destina a angariar ofertas e fundos para as obras daquela instituição. Também abriu uma loja solidária, na Rua Manuel de Arriaga, onde presta ajuda a famílias mais necessitadas, com bens alimentares, roupa e apoio financeiro para com-pra de medicamentos e outras despesas.

Na inauguração, estiveram presentes responsáveis da organização a nível nacional, bem como o presidente da câmara de Sesimbra. Também a RTP ali realizou uma reportagem.

Este presépio é um dos 4 que organizações da Igreja têm em Sesimbra, juntamente com os dos Escuteiros, da Fraternidade Nun’Álvares (na rua Leão de Oliveira), bem como o que se encontra exposto na Matriz de Santiago.

Natal … é ponto de en-contro!

O Natal é ponto de en-contro da família e dos amigos, mas é sobretu-do para o novo ano que convergem as nossas vontades e as nossas as-pirações.

Natal é sobretu-do para as crian-ças, a árvore dos nossos sonhos mas quando a vida cresce logo sentimos o mundo

real.E é neste mundo real que as crianças, jovens, adul-

tos e idosos vivem as amarguras dos nossos tempos. Quando o novo ano nos bate á porta, vem também

a vontade firme de continuarmos a lutar por um mun-do melhor e por uma sociedade mais justa.

Quando a folha do calendário muda, vem também o forte empenho para que os valores da sociedade sejam mais fortes e solidários.

Quando o novo ano chegar, desejamos ventos de mudança!

Que as nossas crianças vivam plenamente os seus direitos de família, educação, saúde, habitação e atá de brincar!

Que a capacidade criativa e empreendedora dos nossos jovens tenham a oportunidade de investir no seu e nosso futuro colectivo.

Que os nossos idosos tenham a plena dignidade de viver e conviver em segurança e harmonia.

Que o povo português sinta nas suas mãos a ca-pacidade de afrontar as dificuldades do dia-a-dia com determinação, coragem e consciente dos seus direi-tos em deveres de cidadãos a construir uma socieda-de justa e digna.

Que os sesimbrenses tenham no mar e no campo

Felicidade e prospe-ridade são desejos que normalmente formulamos e transmitimos nesta al-tura do ano. Neste mo-mento, porém, sabemos que estamos a atravessar um período muito difícil e que as medidas gover-namentais anunciadas provavelmente trarão um

ano de 2013 com pouca felicidade e prosperidade à maioria dos por-tugueses. Este

contexto de crise, que se agudiza dia após dia, e a cada opção tomada pelo Go- verno, afeta não só os cidadãos como o Poder Local Democrático. Numa altura dramática para tantas famílias, em que o papel das câmaras municipais e juntas de freguesia, representantes mais próximos das populações, devia ser reforçado, assistimos exatamente ao contrário,

6O SESIMBRENSE | 15 DE DEZEMBRO DE 2012

O Natal é um momento de votos de felicidades e de mensagens de espe-rança. No entanto, é difícil escrever mensagens de esperança ou desejar fe-licidades para o ano que está a chegar numa altu-ra em que atravessamos, provavelmente, o período mais difícil da nossa histó-

ria recente. Para além de ser um tempo de gran-des dificuldades é também um

tempo de intran- quilidade, no qual todos os dias so- mos surpreendi-dos com novas formas de uma austeridade incompreensível, que faz com que, para muitos, a palavra esperança comece a ser apenas uma miragem.

Como se sabe, os cortes cegos têm atingido, não só as famílias, mas também serviços públicos essen-ciais. O próprio Poder Local Democrático vê a sua autonomia, uma das grandes conquistas do 25 de Abril, limitada de dia para dia, o que faz com que seja cada vez mais difícil apoiar os casos que lhe chegam.

Neste contexto, a Câmara Municipal de Sesimbra vai manter-se ao lado dos seus cidadãos, dando prioridade aos mais necessitados e mantendo ou re-forçando os serviços essenciais às populações que representa. É esta a verdadeira essência do Poder

Mensagens de Natal 2012Local e não vamos condicioná-la ou pervertê-la, por muito que tentem dificultar a nossa ação. É com esta garantia que vos desejo, apesar de tudo, um Natal muito feliz e um ano de 2013 marcado por duas pala-vras: esperança e solidariedade.

Augusto PólvoraPresidente da Câmara Municipal de Sesimbra

ou seja, a um autêntico ataque à sua autonomia, à sua forma de organização e à sua credibilidade. Esta estratégia não está apenas associada à crise finan-ceira, como nos querem fazer crer, mas sobretudo a uma ânsia de limitar a nossa intervenção em áreas fundamentais. Mesmo perante este cenário, e com todas as dificuldades que atravessa, Câmara Munici-pal de Sesimbra vai continuar a reunir esforços para garantir a qualidade dos serviços públicos que pres-ta e, sobretudo, para se manter sempre ao lado dos munícipes apoiando-os em tudo o que estiver ao seu alcance. Desejo a todos um feliz Natal e um ano de 2013 cheio de solidariedade e esperança.

Felícia CostaVice-Presidente da Câmara Municipal de Sesimbra

o sentido das suas conquistas para um futuro melhor.Em nome da assembleia municipal desejo sublinhar

o esforço, a luta e o reconhecimento público duma po-pulação a lutar pelos seus direitos de participação na construção dum mundo melhor.

Odete Graça Presidente da Assembleia Municipal

Resistir é ganhar!O anúncio de medidas

contra os mais fracos tão restritivas quanto inimagi-náveis há poucos anos; a sua trágica implementa-ção e a ameaça de outras tantas mais gravosas ain-

da, sempre e quase só dirigidas aos do costume, para além de evidenciar um premeditado ajus-te de contas com o 25 de Abril, visa

espoliar a esperan-ça e a dignidade ao ser humano, criar a dependência através do desemprego e da fome; instituir a insegurança, o medo e a lei do mais forte.

O Natal é, e tem de con-tinuar a ser, uma época de alegria e de esperança nesta curta passagem pela vida. Apesar das dificul-dades que atravessamos, o espirito de Natal deve ser glorificado e vivido em família com muita frater-nidade, porque uma famí-

lia feliz é a melhor das prendas que podemos desejar. Por isso devemos valorizar a vida junto daqueles que

p e r d e r a m a vontade de viver e devolver a es- perança àqueles que já não acr- editam em nada e em ninguém. É também uma quadra muito marcada pela caridade que, apesar de provocar algum conforto a quem recebe, o facto é que a realida-de em que vivem pouco ou nada se altera. Isto porque os senhores do mundo valorizam mais os dinheiros, os lucros e o acumular de riquezas, subjugando povos e nações a esse constante amealhar. Nesta quadra, a mais bela do ano, desejo que todos sejamos crianças e celebremos com renovada esperança este Natal e que ele se repita no coração de todos nós em cada dia do próximo Ano Novo.

Boas festas e muita fé para 2013.Joaquim Diogo

Presidente da Liga dos Amigos de Sesimbra

Natal... de esperança.Num ano extremamente

difícil para os portugueses, do ponto de vista econó-mico e social, e onde os sesimbrenses, sejam eles trabalhadores ou empre-sários, não fogem à regra neste quadro de dificulda-

des, seria expectável, nesta ocasião de Na-tal, o envio de uma mensagem de es-perança no futuro!

Seria desejável uma mensa- gem de partilha, de solidariedade, de expetativa de um futuro melhor!

Seria e será! … mas não no futuro que nos querem fazer crer! Num futuro e com um discurso de espe-rança que nunca haverá de chegar.... e se chegar, o que teremos será uma percentagem de população desempregada que atingirá números desastrosos e uma pobreza certamente muito maior! Não! Não que-remos este futuro em que teremos de pagar educa-ção, saúde... este futuro onde não sabemos o que nos reserva!

Não! Não quero e julgo que não deveremos acei-tar palavras de “políticos que se intitulam como de terceira geração” de continuarmos amarrados a uma esperança que não existe!

Quero e desejo a todos é uma esperança num futu-ro diferente. Numa politica diferente! Num futuro onde possamos ter emprego, dignidade, justiça... num futu-ro onde a partilha e solidariedade não sejam apenas palavras de circunstância e ocasião num qualquer discurso!

E é por isso que o apelo que vos faço é que não se resignem! Lutem pelos vossos direitos. Pelo serviço público. Para que todos possam ter um Natal!

Da nossa parte fica apenas o compromisso de que não iremos desistir... de procurar este futuro melhor!

Boas Festas.Francisco Jesus

Presidente da Junta de Freguesia do Castelo

Quando chega a época de Natal, é tempo de refle-tir, tempo de dar, tempo de partilha.

O ano de 2012 não foi um ano fácil, implemen-tou-se um Plano demasia-do austero, e que colocou em situações muito com-

plicadas centenas de famílias, não de vontade própria

nem tão pouco democraticamen-te escolhido, foi

nos imposto uma situação que para muito se tornou irreversível.

A Junta de Freguesia de Santiago tem acompa-nhado de perto muitas situações e necessidades de

Como em outras oca-siões, eis que o ano de 2012 passou rapidamen-te, como sempre a vora-cidade do tempo não é percetível, mas logo che-ga o Natal, aquele mo-mento mágico propício à partilha dos afetos, onde os sentimentos mais no-

bres, grandiosos e de compaixão nos invadem.

Independente-mente do período de dificuldades

que todos atra- vessamos, o Natal será sempre um momento de celebração, do reencontro e da partilha, numa época em que devemos acentuar os valores do humanismo e dos gestos solidários para com aqueles que, por vicissitudes diversas, atraves-sam hoje um período de acrescidas dificuldades, es-quecendo-se alguns, que ser solidário deve ser uma constante da vida.

Logo após o Natal chega repentinamente o Ano Novo, deixando antever grandes decisões, diria coleti-vas e individuais, muitas impulsionadas por mudanças que pouco controlamos, outras que nada podemos fazer para mudar, mas tal como o Natal, o novo ano que se aproxima teima em despertar e renovar a nos-sa esperança num futuro melhor, acreditando que é possível fazer diferente, contrariando as notícias que diariamente nos tomam de assalto e nos atormentam.

Enquanto Vereador, o que se exige nos tempos que correm é ser pragmático, realista e exigente na gestão da Câmara, na administração dos dinheiros públicos, lamentavelmente, nem todos a todo o tempo pensa-ram e pensam assim, por isso vivemos em dificul-dades; não vivemos tempos fáceis, nem vivemos no tempo das grandes obras de regime contra tudo e con-tra todos, das ideias visionárias em que só o próprio acredita, a política, essa dita nobre atividade, apenas deve servir um interesse maior, as pessoas e as suas necessidades, este é o mote do próximo ano, tudo o resto é efémero e acessório.

Assim, o Natal comemora-se perto do final de cada ano, mas constrói-se diariamente e será sempre aquilo que nós quisermos, à semelhança do Ano Novo, ele próprio sinónimo de esperança renovada.

Votos de Um Santo Natal e de Um Próspero Ano Novo.

Américo GegalotoVereador da Câmara Municipal de Sesimbra

O SESIMBRENSE | 15 DE DEZEMBRO DE 20127

Esta avalanche devastadora e opressora, que se afir-ma sem alternativa, vai ter como noutras ocasiões, o combate vitorioso das pessoas e particularmente dos quintacondenses cuja capacidade empreendedora é sobejamente reconhecida. Atente-se no épico exem-plo que foi a luta pelo Centro de Saúde. Repare-se na reivindicação do ensino secundário. Observe-se a generosidade e o dinamismo do movimento associa-tivo. A Quinta do Conde tem argumentos e forças que a animam. E se no momento atual resistir já é vencer, não podemos descurar a unidade. A nossa força está na nossa unidade. Saibamos escolher o que nos une e ganharemos decerto. Convergência na acção por políticas sérias e honestas, políticas para as pessoas e para as famílias, políticas por Portugal e pelos por-tugueses, políticas de futuro e de esperança. É este o nosso combate, que enfrentamos com confiança, por nós e pelos nossos filhos.

Os quintacondenses podem contar com a sua Jun-ta de Freguesia. Desejamos e trabalhamos para que todos vivam Festas de Natal felizes e que no novo ano de 2013 se concretizem os anseios pessoais e colectivos da nossa comunidade. Boas Festas!

Vítor AntunesPresidente da Junta de Freguesia da Quinta do Conde

fregueses que encaminhados para as instituições, têm visto resolvidas algumas das necessidades com que se deparam a cada dia.

Estaremos por cá junto da nossa população e con-tinuando a fazer as opções que nos parecem ser as mais adequadas dentro das limitações orçamentais e das competências atribuídas.

Um Novo Ano se avizinha e apesar da austeridade anunciada, nós estaremos por cá, disponíveis para ajudar.

A Junta de Freguesia de Santiago e toda a sua equi-pa deseja aos nossos fregueses e a toda a população, um Natal cheio de esperança e um ano de 2013 com melhores prespetivas.

Ana CruzPresidente da Junta de Freguesia de Santiago

8O SESIMBRENSE | 15 DE DEZEMBRO DE 2012

A experiência acumulada durante as suas funções no Comité Olímpico Nacional deram o mote para um novo livro de David Sequerra, que teve apre-sentação na Biblioteca Municipal de Sesimbra, no passado dia 15 de De-zembro. As receitas da venda do livro foram oferecidas pelo autor à Associa-ção Externato de Santa Joana, que se fez representar pelo seu presidente, Florindo Paliotes.

Na presença de uma boa “teca” de amigos, David Sequerra recordou que quando começou a vir para Sesimbra, em 1940, se designavam os veranean-tes como “banhistas”, qualidade que continua a defender para si, mas agora num sentido diferente: por se tratar de “banhos de amizade”. Agradecendo a presença dos amigos, referiu que este novo livro resultou do incitamento que lhe dirigiu o seu amigo e director do Comité Olimpico de Portugal, Vicente Moura. Agradeceu também ao autor do grafismo do livro, Fernando Pires, antigo colega dos Pupilos do Exército.

Na mesa de honra desta apresen-tação estiveram Augusto Pólvora, pre-sidente da Câmara, e Felícia Costa, vereadora da Cultura, bem como o pa-dre de Santiago, Manuel Silva, e Maria Emília Crespo, que fez a leitura de ex-certos do livro.

Augusto Pólvora destacou a quali-dade de “sesimbrense por adopção” de David Sequerra, referindo que terá sido daqueles que “bebeu a água da Fonte da Califórnia”, sendo por isso um sesimbrense “do coração”. Des-tacou algumas das funções de relevo desempenhadas por David Sequerra, tais como as ligadas ao Desporto, bem como as de Director do jornal O Sesim-brense.

Evocações Olímpicas novo livro de David Sequerra

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O programa das festas de Natal e a Passagem de Ano em Sesimbra, que já tem sofrido reduções am anos anteriores, volta a sofrer com a crise que afecta ins-tituições e empresas.

Este ano a Câmara Municipal não efec-tou as decorações luminosas em espaços públicos, mas mantém o fogo de artifício e o mergulho na baía.

Um aspecto relevante deste final de ano é o acréscimo do número de iniciati-vas de solidariedade que diversas institui-ções levam a cabo.

Procurámos agregar neste espaço um conjunto de iniciativas de diversa nature-za que decorrerão neste período, fazendo votos para que os nossos leitores possam partilhar com os seus amigos e familiares o espírito de paz, união, comunhão e es-perança.

Feira Mostra de PresépiosDe 14 a 16 de Dezembro | Sexta a Do-mingoJunta de Freguesia da Quinta do CondeInformações: 21 210 83 70Organização: Junta Freguesia da Quinta do Conde

À Descoberta do Castelo15 de Dezembro | SábadoCentro de Documentação Rafael Montei-roCastelo de Sesimbra9.30h | Mostra e venda de doces10h | Workshop de broas15h | Ateliê de pintura, com João Manão

Workshop de Prendas Recicladas15 de Dezembro | Sábado |10 horasCIPA, Quinta do CondeInformações e inscrições: 21 080 96 66 | [email protected]

Iniciativas “do Natal

ao Ano Novo”Organização: Anime – Projecto de Anima-ção e Formação | Apoio: CM Sesimbra

Concerto de NatalBota Big Band e Grupo Coral de Sesimbra15 de Dezembro | Sábado21.30 horasIgreja Matriz de SantiagoOrganização: Academia de Música do GRES Bota no Rego

À Descoberta do Castelo16 de Dezembro | Domingo | a partir das 9.30 horasCentro de Documentação Rafael MonteiroCastelo de SesimbraMostra e venda de produtos gastronómi-cos regionais associados ao Natal

Mostra de Doces de Natal16 de Dezembro | Domingo | 15 horasGrupo Desportivo e Cultural do Conde IIA receita da venda reverte a favor da En-contra a Esperança

III Concurso de Presépios da Quinta do CondeDe 20 de Dezembro a 6 de Janeiro

Informações: 21 210 83 70Organização: JF Quinta do Conde | Apoio: Paróquia da Quinta do Conde

“The end of the world”21 de Dezembro | Sexta-feiraGliese Bar SesimbraLive Painting: Gemeniano Cruz

Maior Concentração de Mergulhadores de PortugalMergulho e Almoço de Natal22 de Dezembro | SábadoA partir das 8:30

Festa de Natal GRES Bota no Rego“Bota aqui e partilhe”23 de Dezembro | Domingo | 16 horasCine-teatro João Mota

Música, teatro, poesia e algum sambaOrganização: GRES Bota no Rego

Espectáculo piromusical intitulado Este Oceano Que Nos UneO Ano de Portugal no Brasil - Brasil em Portugal31 de Dezembro | Segunda-feira(12 minutos - ao longo da marginal)

Dia de Reis6 de Janeiro | Domingo | 10.30hCantar as JaneirasMercado Municipal da Quinta do Conde6 de Janeiro | Domingo | 17hEspectáculo de teatro e músicaCineteatro Municipal João MotaSesimbra

Na noite de réveillon, os restaurantes e bares do concelho, brindarão ao Ano Novo com iniciativas diversificadas. Na zona nascente, o Gliese Bar contará com DJ’s e artistas, o bar Onda Selvagem e o Restaurante O Canhão, oferecem música ao vivo com Clayton e Júlio Panão, respectivamente. As comemorações no Mil e Uma Noites, estarão a cargo da DJ Lady Morgana.

Ao longo de toda a marginal, haverá animação de rua, música ao vivo e DJ’s. Destas iniciativas ficarão encarregues os estabelecimentos comerciais aderen-tes.

Todos os restaurante e bares da zona poente estarão abertos na noite de fim de ano, com diferentes menus e apresentações.

10O SESIMBRENSE | 15 DE DEZEMBRO DE 2012

Valdemar Macedo sagrou-se campeão nacional de caça submarina, pela primeira vez, em 1973, repre-sentando o Benfica. Mas viria a repetir essa proeza, já a representar o Clube Naval de Sesimbra, nomeadamente em 1981 e 1985. Estes títulos levaram-no a representar Portugal em diversos campeonatos europeus e mundiais daquela modalidade, no Brasil (Flo-rianopolis), em Espanha (Palma de Maiorca e Catalunha) e na Croácia.

Começou a praticar mergulho e a pesca submarina com a espingarda de elásticos, ainda em miúdo: “Depois veio uma equipa do Benfica e perguntaram-me se eu queria ir para uma escola de mergulho do Benfica”. Mas logo após o seu primeiro título nacional, o Clube Na-val organizou uma equipa sesimbrense,

Valdemar Macedo: campeão da caça submarinaque passou a participar regularmente nas provas nacionais.

A costa de Sesimbra acolheu o primeiro campeonato mundial de-sta modalidade, em 1958; Valdemar Macedo, que na altura contava apenas 13 anos, não se recorda muito bem desse acontecimento. Mas quando, em 1980, se realizou em Sesimbra o Campeonato Europeu desta modali-dade, já participou, integrando a equipa do Clube Naval.

Apanha de algasPescador de profissão, Valdemar

Macedo também se dedicou à apanha de algas, que era feita com escafandro semiautomático, com tubagens ligadas

a um barco, actividade que deixou marcas no corpo: “Foram muitas horas. A maior parte de colegas meus, tal como eu, temos problemas provocados pela embolia. Íamos muito fundo, sem fazer descom-pressões. Nessa altura só quem tinha câmara de descompressão era o Al-feite, e barcos da Marinha. Dentro de água não fazía-mos descompressão, era tudo “à balda”. Tínhamos um curso, mas era só para mergulho com escafandro, não se podia andar com garrafas.”

Valdemar andava no seu barco, o Santa Mãe: “Fa-zia-mos as algas durante 6 meses, depois trabalhava-se aos alcatruzes ou à

pesca da fundura.”Com tantas horas no fundo das

águas de Sesimbra, chegou a encontrar vestígios das navega-ções de outras eras: “Canhões, já vi: na Foz há uma zona que tem canhões. Âncoras, tenho uma. Também encontrámos cepos romanos em chumbo.”

No entanto, Valdemar não acredita numa versão corrente em Sesimbra, de que a na laje submersa, frente a Sesimbra e conhecida como Mar da Pedra, existam vestígios de antigas construções: “Antigamente di-ziam isso, mas eu não acredito. O Mar da Pedra não é de pedra solta, nem cimentada, é mesmo natural.”

Mas há uma característica do Mar da Pedra que conheceu bem, e que entretanto desapa-receu: “Antigamente crescia lá o golfo e o sargaço, agora não tem nada, nem coral tem; na baixa da Rachada, na Pedra Bonita, encontrava-se coral, mas agora não tem nada. Mesmo nas pedras do molhe novo, cresciam muitas algas, e agora já não há nada.”

A caça, ou pesca submarina, é uma modalidade subaquática das mais populares em Portugal, sendo praticada, exclusivamente, em apneia. O equipamento básico é constituído por mascara, tubo de respiração, barbata-nas, fato de mergulho, meias, luvas, cinto com lastro, boia ou prancha de sinalização, lanterna. O objectivo é a captura de espécies marinhas através da utilização de um arpão, com propulsão por elásticos.

As águas da costa de Sesimbra, pela sua transparência e calmaria, são especialmente adequadas para este desporto que, no entanto, é totalmente proibido desde 2005, pelo regulamento do Parque Marinho Luiz Saldanha.

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12O SESIMBRENSE | 15 DE DEZEMBRO DE 2012

Descia a rua do tribunal olhando o mar, a praia e sentindo o calor do sol na cara. Olhei para baixo, devagar. Lá estava ela... A praia da Califórnia! Ainda não tinha sido capaz, este tempo todo depois e ain-da não tinha sido capaz... Senti um nó na garganta e lágrimas nos olhos. Que saudades da minha praia!! Resolvi descer, ganhei coragem e desci. Desci as escadas de madeira que antes eram de pedra, sen-tei-me dos degraus, tirei os sapatos, enfiei os pés na areia e chorei. Não sei quanto tempo fiquei ali mas era preciso que tivesse chorado ali, com os pés na areia, naquela areia. Desci até ao mar e molhei os pés. É incrível como a água ali nunca está fria. Olhei para cima e podia jurar-vos que por um mo-mento estava tudo como era antes. Vi o pavilhão azul, a esplanada da minha mãe com os chapéus, os toldos as barracas... Ouvi até a minha mãe a chamar... Paulinha Nicole! e uma voz de criança a reponder: - Já vamos mãe! - Não é já vou é agora!

O Pavilhão Azul - Respondia a minha mãe. Juro-vos que ouvi! Até cheirei o pei-xe e o frango assado que cos-tumavam assar no final do dia. Está tudo lá! Continua tudo na

praia da Califórnia tal como a deixei. Talvez seja por isso que eu pense que o tempo não existe. Ali tudo é eterno! Chorei tanto... tanto mas, precisava tanto!

Ali ficaram 25 anos da minha vida, 25 anos de memórias. Há 8 anos que não pisava aquela areia! Doeu mas estou feliz agora, fiquei em paz! Fiz as pazes com a Califórnia e até com o que lá foi cons-truído, um hotel e um pseudo jardim qualquer, enfim! Perdoei e agradeci.

Agradeci por ser quem sou. Pois se sou eu com as todas as minhas memórias fantásticas à praia da Califórnia o devo! Sou a Paulinha! Mais que nunca sou eu! Soube-o enquanto respirava todo aquele mar, sou a empregada de mesa e de balcão, a que tomava banho de noite no mar e se esquecia das horas, a que brincava ás escondidas e à apanhada e fugia para o caneiro para namorar! Sou eu! Aquela que conhecia toda a gente e que toda a gente co-nhecia, a que montava a esplanada às 8 da manhã

já com música alta e os folhados já no forno! Sou eu! Aquela que ria alto e gostava do sabor das coi-sas simples! A neta do Marcelino, a filha da Nelinha, sou eu! Aquela que partilhou a melhor infância e a melhor adolescência que alguém pode ter com tanta tanta gente boa! Está na hora de fazer novas memó-rias, pois só quando agradecemos verdadeiramente o que temos podemos seguir em frente.

Assim chorei tudo o que tinha a chorar e agradeci.

Paulinha ( Ana Paula Costa)

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14O SESIMBRENSE | 15 DE DEZEMBRO DE 2012

Desde o passado dia 14 de Dezembro, as grandes lajes de pedra com pegadas de dinossauros exis-tentes no Zambujal, contam com um espaço muse-ológico, devidamente preparado para a visita, com zonas de estacionamento e painéis interpretativos, permitindo que qualquer pessoa possa usufruir deste importante monumento natural.

A inauguração do novo equipamento foi assinalada com intervenções do Director do Museu Nacional de História Natural e da Ciência, José Pedro Sousa Dias, e do presidente da Câmara de Sesimbra, Augusto Pólvora.

Também presente, o professor Galopim da Carv-alho, conhecido especialista e grande impulsionador deste projecto, felicitou a Câmara, e aproveitou para solicitar a musealização de dois outros sítios: os conglomerados do Porto do Concelho, na Apostiça (prova geológica de que o Tejo, há milhões de anos, desaguava na zona da actual Lagoa de Albufeira) e a Gesseira de Santana.

Referindo-se ao longo período de 20 anos que este processo levara, disse que “Já estava desmoralizado e a dizer mal da CMS, mas quando aqui me trouxeram fiquei muito arrependido.”

Augusto Pólvora recordou o trabalho desenvolvido em prol deste processo por Odete Graça, na altura vereadora da Câmara, e agradeceu também a dis-ponibilidade do sr. Anselmo Raimundo, para a utiliza-ção do terreno. Lembrou ainda que aquele espaço interpretativo só fora possível com o apoio financeiro do programa PRODER, através de uma candidatura organizada pela ADREPES.

Destacou o facto de se localizarem em Sesimbra 3 dos 7 monumentos naturais classificados em Portugal: a Pedreira do Avelino, a jazida do Cabo Espichel e a dos Lagosteiros, todas com pegadas de dinossauros.

Respondendo a Galopim de Carvalho, que desig-nou como o “padrinho” do projecto, disse que a Câmara está a organizar um geocircuito, que incluirá estes monumentos icnofósseis, e também a Gesseira de Santana, o Porto do Concelho e um povoado do calcolítico, próximo desta Pedreira.

José Pedro Sousa Dias historiou o processo, iniciado há mais de 20 anos, com dois artigos, de Miguel Magalhães Ramalho e Miguel Telles Antunes, respectivamente em 1988 e 1990. Seguiram-se de-pois artigos de Galopim de Carvalho e Vanda San-tos, na revista Sesimbra Cultural, tendo havido uma “intervenção continua e militante do Museu Nacional de História Natural e da Ciência, que conduziu à clas-sificação oficial do monumento natural, em 1997, por iniciativa do professor Galopim de Carvalho”..

Pegadas de dinossauros da Pedreira do Avelino,no Zambujal:Inaugurado núcleo interpretativo

Em relação ao trabalho de concepção do espaço in-terpretativo, destacou o trabalho da equipa constituída por Paulo Caetano, da Universidade Nova, Vanda Santos, do Museu de História Natural, e Ana Pólvora, da Câmara Municipal de Sesimbra. Terminou referindo que a CMS “tem mostrado interesse e persistência, a todos os títulos notáveis, na valorização cultural e económica das riquezas culturais do concelho, o que nos enche de grande satisfação.”

Finalmente, Paulo Caetano e Vanda Santos des-creveram em pormenor as funcionalidades do espaço interpretativo, que o primeiro considerou como um

Anselmo Raimundo é um dos proprietários da pedreira, já muito antiga, e que há 74 anos foi adquirida por seu sogro, José Casaca. Recordou que a descoberta das pegadas fósseis foi feita pelo professor Miguel Telles Antunes, que tem residência na Cotovia, e que costumava deslocar-se à pedreira para encomendar cantarias.

A principal laje com pegadas fósseis apresenta claros sinais duma tentativa de corte, realizada há alguns anos para a transportar para a Universidade Nova – onde, aliás, se encontra uma pedra mais pequena, também retirada dali. Mas como a laje começou a lascar, desistiram de tal intento. “Se fosse com as máquinas de corte que temos actualmente, tinham cortado com facilidade e levado a laje para o Monte da Caparica”.

“paradigma de bom exemplo de recuperação”, tendo Vanda Santos expresso a sua alegria, porque “ter um trabalho publicado numa revista não tem nada que ver com a possibilidade de poder estar perante os vestígios autênticos”.

Na cerimónia estiveram presentes os vereadores Felícia Costa e Francisco Luís, o presidente da Junta de Freguesia do Castelo, Francisco de Jesus, a Directora do Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB), o sub-director regional de Agricultura, e ainda o presidente e outros membros da ADREPES.

O SESIMBRENSE | 15 DE DEZEMBRO DE 201215

No dia 14 de Dezembro de 1962 foi inaugurada a Biblioteca Municipal de Sesimbra, na antiga Capela do Espírito Santo, adaptada para esse fim.

Ao fundo, no local onde estivera o altar-mor, encontrava-se um grande tríptico da pintora Ma-ria Helena Leite, com cenas da vida piscatória. Nas paredes laterais, grandes estantes repletas de livros: num dos lados, os livros da Biblioteca Gulbenkian, no outro, os da Câmara. Para leitura presencial, três mesas e doze cadeiras, da marca Olaio, com design inovador para o que era habitual na vila.

No entanto, esta foi uma iniciativa que demorou a concretizar: o aluguer daquelas ins-talações pela Câmara, com o objectivo de ali colocar uma biblio-teca, datava de 1947. E não foi por falta de livros: já em 1943, Emílio Caldeira Braz tinha feito uma importante doação de livros ao Município; a este espólio juntaram-se as doações de outros sesim-brenses: Joaquim Rumina, Padre António Gomes Pólvora e Padre José Gonçalves de Carvalho.

Até 1962, a única biblioteca pública de que os sesimbrenses dispunham era a biblioteca itinerante da Fundação Gulbenkian – uma carrinha cheia de livros que, quinzenalmente, estacionava no largo da Marinha, para renovação dos emprésti-mos. Leitores em fila indiana, sobretudo crianças, aguardavam pacientemente a sua vez de entrar na carrinha e escolher, no pouco tempo de que

As primeiras estatísticas conhecidas sobre a Biblioteca de Sesimbra foram publicadas em Setembro de 1973, num artigo do nosso jornal. Contava então com 1.711 leitores inscritos, dos quais 36% até aos 11 anos, e 40% entre os 12 e os 16 anos. Os leitores com mais de 17 anos representavam apenas 24%. Os leitores do sexo feminino eram maioritários: 58%.

O número de atendimentos anuais variava entre os 6 mil (em 1967, com 18

A inauguração contou com a pre-sença do governador civil de Setúbal, Miguel Bastos, e do presidente da Câmara, Mário Águas. A Fundação Gulbenkian fez-se representar pelos escritores Domingos Monteiro, Bran-quinho da Fonseca e Orlando Vitorino, colaboradores daquela instituição.

O presidente da Câmara assinalou tratar-se de um “melhoramento há muito desejado, mas só agora foi possível dar-lhe concretização, mercê de um esforço que, pesando so-bremaneira no erário municipal, tem a contrapartida, que nos é muito grata, de permitir iniciar a existência de um núcleo cultural que certamente muito contribuirá para a valorização da nossa terra”.

Apesar da modéstia das instalações, a Biblioteca, nos seus primeiros anos de existência, acolheu outras activi-dades culturais, tais como exposições de pintura, ou de trabalhos manuais das alunas da Escola de Santa Joana ou da Casa dos Pescadores. Também ali se realizaram algumas conferên-cias, onde participaram nomes de destaque na cultura portuguesa, tais como António Quadros, Octávio da Veiga Ferreira ou Agostinho da Silva.

Foi ainda na biblioteca que teve lugar uma conferência de Pierre Clo-stermann, em Outubro de 1970, sobre o valor biológico das águas costeiras de Sesimbra, e preconizando a cria-ção de um parque nacional e reserva para a sua protecção, ideias que foram acolhidas por Rafael Monteiro (colab-orador do jornal O Sesimbrense) e Or-lando Vitorino (na altura, presidente da assembleia-geral da Liga dos Amigos de Sesimbra), lançando, em 1973, a histórica campanha para criação do Parque Marítimo de Sesimbra. Ent-regue ao Governo no início de 1974, a proposta acabaria por ser engolida pelo turbilhão revolucionário desse ano, mas, anos mais tarde, acabaria por vingar.

Em 1973, quando se realizavam al-gumas obras no edifício da capela do Espírito Santo, detectou-se que sob o soalho havia um conjunto de espaços, onde foram encontradas pinturas com interesse arqueológico: tratava-se do antigo hospital da Confraria do Corpo Santo, dos Mareantes de Sesimbra, que hoje se encontra disponível para visita. As obras de investigação ar-

g As obras que “expulsaram” a biblioteca

Desde a sua inauguração, em 24 de Setembro de 2005, com os seus 2.200 m2 de instalações amplas, bem iluminadas e bem equipadas, a Biblioteca têm desempenhado o papel de “centro cultural” de Sesim-bra, dada a multiplicidade de equipa-mentos e funções que oferece, bem como de actividades que promove e acolhe, quer de iniciativa municipal, quer da sociedade civil.

Para além da leitura, presencial ou de empréstimo domiciliário – de liv-ros, mas também de música e filmes em suportes digitais – a Biblioteca oferece ainda acesso à Internet, em computadores da Biblioteca, ou em equipamentos pessoais através duma rede sem fios (weireless).

No rés-do-chão funciona o balcão de recepção e a sala polivalente, com capacidade para 80 lugares, equi-pada para a realização de reuniões,

conferências e debates, seminários e acções de formação, etc., estando quase permanentemente ocupada com actividades.

É também aqui que se realizam actualmente as reuniões da vereação municipal, não propriamente uma fun-ção característica, mas que se justifica pela dificuldade em encontrar outro espaço que permita o acolhimento da população, que deve poder assistir a estas reuniões.

No primeiro piso, encontra-se a sala de leitura geral, com obras para emprés-timo e para consulta no local (enciclo-pédias, publicações periódicas, etc.), disponibilizando ainda computadores e equipamentos audiovisuais. No mesmo piso encontra-se a zona de leitura de jornais e a cafetaria. Também neste piso se acede à sala polivalente do cine-teatro, cujas actividades complementam as da Biblioteca – embora, na peculiar

A actual Bibliotecaorganização municipal de Sesimbra, tenha uma gestão “autónoma”.

No segundo piso está o espaço infanto-juvenil, que inclui uma be-beteca (até aos 3 anos), e uma biblioteca completa, incluindo equi-pamentos informáticos e audiovi-suais, dotada de obras bibliográficas e audiovisuais para as idades mais jovens.

No terceiro piso encontram-se os serviços técnicos, reservados ao tra-balho bibliotecário e administrativo.

A Biblioteca, entretanto, foi alar-gando a sua rede de influência com polos de leitura na Quinta do Conde (no edifício da Junta de Freguesia) e em Sampaio (no edifício Raio de Luz). Durante o Verão, oferece ainda as Bibliotecas de Praia, nas praias do Ouro, Califórnia, Moinho de Baixo e Lagoa de Albufeira, e ainda no Parque de Campismo.

50º aniversário da Biblioteca Municipal de Sesimbra

g Uma história atribulada...

dispunham, livros para leitura na quinzena seguinte.A nova Biblioteca melhorou muito esta situação:

em qualquer dia da semana se podiam escolher, calmamente, os livros desejados, ou então, consul-tar ou ler na própria biblioteca. A principal obra de referência e consulta era a Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, oferta do sesimbrense e professor catedrático de veterinária, Manuel Fer-nandes Marques. As três mesas não proporciona-vam muitos lugares de leitura, mas revelavam-se suficientes para a procura daquela época.

Entre os dois fundos bibliográficos disponíveis, eram os livros da Biblioteca Gulbenkian que mais leitores atraiam: edições recentes, com muitos livros destinados à juventude, seduziam mais os leitores do que as “velhas” edições do fundo Municipal, como a colecção oferecida por Emílio Caldeira Braz: um importante acervo de livros sobre temas republicanos. Com o tempo, esta colecção, bem como os fundos bibliográficos oferecidos por Joaquim Rumina e pelos padres Pólvora e Carv-alho, acabaram por se dispersar, com muitos ex-emplares remetidos para a biblioteca do Zambujal, de onde alguns teriam “migrado” para a biblioteca da associação Raio de Luz… No entanto, está-se actualmente a proceder à inventariação destes espólios bibligráficos, que, logicamente, deverão ser de novo reunidos, de forma a dar cumprimento à vontade dos respectivos doadores.

g Estatísticas

queológica, e a sua posterior muse-alização, acabaram por determinar o encerramento do edifício, passando a Biblioteca a funcionar em instalações provisórias e bastante precárias na rua Amália, no bloco da Mata de Sesimbra. Mais tarde, a biblioteca passou para contentores no antigo recinto da es-cola do Ciclo Preparatório: instalações um pouco melhores, mas ainda assim insuficientes para uma biblioteca mu-nicipal. Dum modo geral, a capacidade da biblioteca para desempenhar as suas importantes funções, ficou muito restringida, durante largos anos.

Foi só em Setembro de 2005, com a inauguração do novo edifício, onde antes existira o cineteatro João Mota, que a Biblioteca encontrou os espaços e equipamentos adequados para as ne-cessidades culturais do presente – ver caixa no fundo desta página.

mil livros requisitados) e os 10 mil (em 1965, com 37 mil livros requisitados).

Por temas, nos livros requisitados em 1972, dominava a literatura (80%), seguindo-se a história, biografias e viagens (8,5%) e as ciências (6,4%).

* * *Para o ano de 2012 (de Janeiro a

Novembro) a Biblioteca facultou-nos os seguintes dados:

– Entraram nas salas de leitura 21,7 visitas por hora

– O total de visitas equivale a 129 % da população

– Os leitores solicitaram 6 emprésti-mos por hora

– As novas inscrições equivalem a 0,6% da população

– O investimento em aquisições bib-liográficas foi de 0,02 € por habitante

– A proporção do fundo bibliográfico é de 0,9 existências por habitante.

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O Partido Social Democrata de Sesimbra reve-lou, no jantar de Natal que realizou no dia 4 de Dezembro, que Francisco Luís será, de

novo, o seu cabeça de lista à Câmara Municipal, nas eleições que decorrerão no final de 2013.

Francisco Luís é actualmente vereador municipal, responsável pelos pelouros da Protecção, Seguran-ça, Fiscalização Municipal (excepto na Urbanização e Edificação) e Ambiente.

Francisco Luís disse ao nosso jornal que esta es-colha foi o resultado dum “processo participado com todos os membros das comissões políticas e dos ou-tros órgãos do Partido”. Segue-se a entrevista que Francisco Luís nos concedeu:

A votação no seu nome não foi muito dividida?Previamente à votação formal houve várias con-

versas, não apareceu nenhum nome alternativo, e no voto secreto, em urna, houve 8 votos a favor e 4 contra – não foi assim tão equilibrada como isso.

Isso significa que houve críticas ao seu de-sempenho como vereador?

Houve algumas, como decorre da votação, é claro que não foi um nome consensual. Há militantes que acham que o PSD se deve comprometer mais com aquilo que é o seu ideário e com aquilo que são as suas propostas; há quem ache que o PSD não deve colaborar tanto, nem estar tão comprometido com as políticas do Executivo maioritariamente comunista; e há quem pense também o contrário: que até devía-mos, energicamente, defender mais a participação no Executivo. Há opiniões para todos os gostos. E no PSD não há delitos de opinião, cada um exprime as suas opiniões livremente.

As pessoas sabem o que é que eu fiz no passado, sabem os propósitos como os quais me comprometo para o futuro, e essa postura e esse tipo de actuação foi maioritariamente vencedora na escolha.

Já começaram a elaborar o programa eleitoral?O PSD está neste momento a iniciar o processo

de elaboração do programa, mas estamos ainda a um ano das eleições, e num ano as coisas podem alterar-se, apesar de termos a ideia de que as gran-des linhas orientadoras para o Concelho de Sesim-bra podem e devem ser feitas com alguma antece-dência.

Há uma coisa que sabemos: é que o paradigma da gestão autárquica, em Sesimbra, e mesmo, creio eu, em todas as autarquias do país, por motivos óbvios que todos conhecemos, tem de mudar. Sabemos que este problema com que Sesimbra se debate é estrutural, e os problemas estruturais necessitam de

Francisco Luís:Temos de mudar de paradigma na gestão municipal, tornando sustentáveis os serviços que prestamos

respostas estruturais. Provavelmente o modelo que o PSD

vai apresentar para Sesimbra, visa mu-dar o paradigma de gestão. E terá de ser um modelo de desenvolvimento sus-tentável: não é possível que os serviços que estão a ser prestados às populações continuem a ter défices sucessivos: por-que alguém há-de pagar.

Entre as soluções, a primeira será a de equilibrar as contas do Município, é a mais importante. E prestar com quali-dade os serviços que são necessários à população, como o abastecimento de água, a recolha do lixo, a limpeza das ruas, a requalificação de algumas zo-nas muito degradadas que ainda temos. Isto são os serviços mínimos, mas nos tempos que correm, se os conseguirmos cumprir bem, e com qualidade, são muito importantes.

Isso significa aumento dos preços de alguns dos serviços prestados pela Câmara?

É evidente que temos que tornar sus-tentáveis os serviços que prestamos. Das duas uma: se não são sustentáveis, mudamos de vida. Ou então, se não queremos acumular dívida, temos que os prestar mal e reduzindo a qualidade.

Eu penso que esse esforço já está na cabeça de alguns dirigentes da Câmara, mas isto tem de ser assumido claramen-te, e com isto não estou a dizer que este tipo de medidas tenham que ser toma-das todas de uma vez. Não é possível numa determinada área termos um défi-ce muito grande, entre aquilo que custa o serviço e o que cobramos à população, e noutras áreas não podermos prestar serviços, porque falta dinheiro.

Isto para nós é fundamental. Não quei-ram ouvir de nós que vamos propor baixa de taxas, porque isso não é sustentável.

Isso quer dizer também que concorda com a redução das estruturas municipais, imposta pelo Governo?

Independentemente de concordarmos ou não, eu, pessoalmente, acho que alguma coisa teria que ser feita, porque as estruturas da Câmara, a nível de pessoal dirigente, cresceram duma forma exponen-cial. Se não houvesse aqui alguma lucidez, alguma

maneira de parar este processo, de obrigar os Mu-nicípios a restruturarem-se provavelmente este pro-cesso não ia parar.

Mas provavelmente só vamos ver o impacto das restruturações depois de estarem concretizadas, de-pois de vermos isto a funcionar. Acho é que deviam ter dado alguma margem de manobra aos Municí-pios, adequando às suas necessidades.

O PSD neste mandato, no essencial, apoiou as orientações e deliberações da maioria, raramen-te aparecendo em discordância. Não receia vir a ser penalizado eleitoralmente por isso?

Concordo com a avaliação óbvia de que o PSD ra-ramente vota contra as soluções que são propostas. Mas não é só o PSD. O PS, que quando está de fora é tão crítico, quando é chamado a votar, 90 ou 95% das vezes vota de acordo com as propostas.

Na gestão do dia a dia não há muitas coisas que separem os Partidos. Coisa diferente é termos que mudar o paradigma. Se calhar aí, já não vai haver consenso. O que não me parece legítimo, é votar-mos a favor e depois termos um discurso diferente para fora: isso é enganar as pessoas

E a impopularidades do Governo, não poderá também penalizar o PSD nas autárquicas?

São medidas muito duras, e é opinião geral de que isso pode penalizar o PSD. Mas eu estou mais optimista, porque independentemente de não con-cordar com esta ou aquela medida do Governo, sei que o caminho não podia ser muito diferente. Temos que envolver toda a gente, e o modelo que vamos apresentar é um modelo participado. Pergunta-me se vamos ser penalizados: não sei. Não sei como é que o país vai estar daqui a um ano.

Francisco Luís é militante desde 1983, tendo militado na JSD, já com um papel activo na escola. Foi por duas vezes presidente da concelhia do PSD de Sesimbra, e vice-presidente de duas comissões politicas. Integra actualmente a Comissão Política Distrital do PSD.

Iniciou funções autárquicas na Assembleia Municipal, logo a liderar a bancada, que na altura tinha um acordo com o CDS. Findo esse mandato, foi escolhido para candidato à Câmara de Sesimbra, tendo sido o único eleito do PSD para o Executivo Municipal.

O SESIMBRENSE | 15 DE DEZEMBRO DE 201219

As eleições para os corpos sociais do Grupo Desportivo de Sesimbra voltam a estar marcadas pela incerte-za, dado que nenhuma lista foi apre-sentada dentro do prazo fixado para esse fim.

Assim, o Presidente da Mesa da Assembleia procedeu à prorrogação do prazo para entrega de listas can-didatas às eleições para o triénio de 2013 a 2015, que está agora fixado até às 18h.30 do próximo dia 28 de Dezembro.

No caso de surgirem listas candi-datas, as eleições terão lugar no dia 5 de Janeiro de 2013.

Prorrogado o prazo para

entrega de listas para 2013-2015

No passado dia 9 de Dezembro, o Sporting Club de Portugal, anunciou em comunicado a demissão do sesim-brense Artur Pereira, do comando da equipa sénior de Hoquei em Patins, do clube. De relembrar que Artur Pereira assumiu o cargo de treinador principal, no início da época.

No comunicado publicado no site ofi-cial do clube, pode-se ainda ler «Antes do jogo realizado este sábado diante da AE Física, em que o Sporting alcan-çou uma brilhante vitória, Artur Perei-ra reuniu com a direcção da secção e informou a sua decisão de cessar as funções no final do encontro, invocan-do que o Sporting não merece o lugar

Artur Pereira demite-se do Sporting

O Sesimbrense contactou Sebas-tião Patrício, actual presidente da Direcção, e que se esperaria que viesse a renovar a sua candidatura, perguntando-lhe se o facto de não ter surgido qualquer lista traduziria a sua recusa em voltar a participar nos ór-gãos sociais do GDS.

Não querendo adiantar nada por enquanto, Sebastião Patrício disse--nos que esperaria pelo novo prazo limite, e que “logo se veria” – o que parece indiciar que não existe, da sua parte, uma recusa terminante em vol-tar a candidatar-se ao lugar de presi-dente do GDS.

que ocupa neste momento na tabela classificativa, e que algo tinha que ser feito, sendo no entender do mesmo esta a melhor solução para que os ob-jetivos do clube sejam alcançados».

A direção do hóquei em patins leo-nina sublinhou ainda a «elevação, no-breza de caráter e o sportinguismo» de Artur Pereira e agradeceu os seus préstimos.

Após a vitória frente ao AE Física, o sporting subiu ao 13º posto do campe-onato.

No final da tarde do dia 13 de De-zembro, o clube apresentou no novo treinador Hugo Gaidão e o seu adjunto Paulo Santos.

20O SESIMBRENSE | 15 DE DEZEMBRO DE 2012