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Obras de Arte Segurança Introdução - Obras de Arte Chamamos Obra de Arte a qualquer construção que por dificuldade técnica de execução ascende à categoria de arte. Exemplo disto são certas pontes, viadutos, túneis, barragens ou até mesmo edifícios cujo nível de dificuldade supere o normal. . Contudo, com a complexidade do projecto em mãos erguem-se certos problemas no que concerne à segurança. Deverão, portanto, ser identificados quais os principais riscos neste género de construções e quais as medidas a ser tomadas de forma a garantir a segurança durante e após a obra. Principais Riscos na Construção de Obras de Arte Tal como em qualquer obra, riscos como quedas, desabamentos de estruturas, incêndios, atropelamentos, choques eléctricos e mau uso de equipamento poderão resultar em acidentes graves e até perdas de vidas. O facto de se tratar da construção de uma Obra de Arte não mudará o tipo de riscos envolvidos mas sim as consequências destes, podendo estas ser bastante mais graves. Agentes de Segurança e a sua Formação Como forma de prevenir e salvaguardar a segurança, quer da estrutura, quer dos indivíduos que a constroem e utilizam, deverá ser destacada uma equipa constituída por técnicos formados em segurança, saúde e higiene no trabalho, cujas competências incluem a concepção, desenvolvimento, execução e actualização de um plano de segurança e saúde, promovendo desta forma práticas seguras desde o momento inicial da obra até ao momento em que esta é utilizada. Estes, para alem de uma formação superior num qualquer ramo, deverão possuir uma especialização em Técnicas de Saúde e Segurança no Trabalho. Medidas Preventivas e Conclusões Os técnicos de segurança, baseando-se nas sua própria pesquisa, deverão, portanto, implementar medidas preventivas (como sinalização formação sobre riscos e perigos), bem como medidas de segurança activa (EPC’s e EPI’s). Desta forma, os riscos serão evitados e no infortuito de ocorrerem serão salvaguardados pelas medidas de resposta. Podemos então concluir que dada a complexidade da execução de Obras de Arte, medidas de segurança extra terão de ser reforçada de forma a impedir consequências agravadas, permitindo assim que gerações futuras as admirem em todo o seu esplendor Bibliografia: - Pinto, Abel; “Manual de Segurança; Edições Sílabo, Lisboa, 2008. -Fabbri, Davide; “ The Gotthard Base Tunnel: Fire/Life Safety System ”. Sydney, 2004 -Autoridade Para as Condiçoes de Trabalho – http://www. act.gov.pt -AlpTransit; http://www.alptransit.ch -Kuenzi, Renat – “Protecting miners against tunnel health dangers.”; http://swissinfo.ch; Trabalho Realizado Por: - Alexandre Polícia - Fábio Almeida - Francisco Cunha - Gonçalo Tiago - Jorge Teixeira - Nuno Eusébio - Pedro Pereira Caso-estudo: Gotthard Base Tunnel Pela sua difícil execução técnica, laborioso planeamento e actualidade, consideramos o Gotthard Base Tunnel (GBT) como o caso estudo ideal para uma perspectiva acerca da segurança em Obras de Arte. Finalizado em 15 de Outubro de 2010, o GBT é maior túnel ferroviário do mundo, estendendo-se por 57km e fazendo a ligação entre Erntfeld e Bodio. Perante incêndios ocorridos em túneis rodoviários suíços na presente década, para a execução de GBT foram minuciosamente revistas e planeadas medidas de segurança contra incêndios de forma a garantir a segurança de operários e utilizadores da estrutura. As duas prioridades seriam então a disponibilidade de acesso durante e após emergências, bem como a rapidez de retorno ao normal funcionamento. Optou-se assim por um sistema de dois túneis interligados por uma câmara de segurança em cada 30 metros, munido de três sistemas de ventilação independentes. Em caso de qualquer situação inesperada um controlo central interromperá o andamento dos comboios e enviará carruagens de salvamento e de combate ao fogo já preparados pelo túnel oposto. Os passageiros ou operários aguardarão nas câmaras de segurança que ligam os túneis até chegar a carruagem de salvamento. Para além disso, utilizou-se uma construção por sectores constituídos por uma malha de fibras anti-fogo envolta em cimento, de forma a garantir a rápida substituição dos sectores danificados em caso de incêndio. Foi também instalado um sistema de drenagem de água de forma a que as águas utilizadas no combate ao fogo não se infiltrem na estrutura. Desta forma os incêndios, ainda que de seja um worst case cenario pouco frequente, serão facilmente respondidos e será possível prevenir diversas mortes e danos.

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Obras de ArteSegurança

Introdução - Obras de Arte

Chamamos Obra de Arte a qualquer construção que por dificuldade técnica de execução ascende à categoria de arte. Exemplo disto são certas pontes, viadutos, túneis,

barragens ou até mesmo edifícios cujo nível de dificuldade supere o normal. . Contudo, com a complexidade do projecto em mãos erguem-se certos problemas no que concerne

à segurança. Deverão, portanto, ser identificados quais os principais riscos neste género de construções e quais as medidas a ser tomadas de forma a garantir a segurança

durante e após a obra.

Principais Riscos na Construção de Obras de Arte

Tal como em qualquer obra, riscos como quedas, desabamentos de estruturas, incêndios, atropelamentos, choques eléctricos e mau uso de equipamento poderão resultar em

acidentes graves e até perdas de vidas. O facto de se tratar da construção de uma Obra de Arte não mudará o tipo de riscos envolvidos mas sim as consequências destes, podendo

estas ser bastante mais graves.

Agentes de Segurança e a sua Formação

Como forma de prevenir e salvaguardar a segurança, quer da estrutura, quer dos indivíduos que a constroem e utilizam, deverá ser destacada uma equipa constituída por

técnicos formados em segurança, saúde e higiene no trabalho, cujas competências incluem a concepção, desenvolvimento, execução e actualização de um plano de segurança e

saúde, promovendo desta forma práticas seguras desde o momento inicial da obra até ao momento em que esta é utilizada. Estes, para alem de uma formação superior num

qualquer ramo, deverão possuir uma especialização em Técnicas de Saúde e Segurança no Trabalho.

Medidas Preventivas e Conclusões

Os técnicos de segurança, baseando-se nas sua própria pesquisa, deverão, portanto, implementar medidas preventivas (como sinalização formação sobre riscos e perigos), bem

como medidas de segurança activa (EPC’s e EPI’s). Desta forma, os riscos serão evitados e no infortuito de ocorrerem serão salvaguardados pelas medidas de resposta. Podemos

então concluir que dada a complexidade da execução de Obras de Arte, medidas de segurança extra terão de ser reforçada de forma a impedir consequências agravadas,

permitindo assim que gerações futuras as admirem em todo o seu esplendor

Bibliografia:

- Pinto, Abel; “Manual de Segurança; Edições Sílabo, Lisboa, 2008.

- Fabbri, Davide; “ The Gotthard Base Tunnel: Fire/Life Safety System ”. Sydney, 2004

- Autoridade Para as Condiçoes de Trabalho – http://www. act.gov.pt

- AlpTransit; http://www.alptransit.ch

- Kuenzi, Renat – “Protecting miners against tunnel health dangers.”; http://swissinfo.ch;

Trabalho Realizado Por:

- Alexandre Polícia

- Fábio Almeida

- Francisco Cunha

- Gonçalo Tiago

- Jorge Teixeira

- Nuno Eusébio

- Pedro Pereira

Caso-estudo: Gotthard Base Tunnel

Pela sua difícil execução técnica, laborioso planeamento e actualidade, consideramos o Gotthard Base Tunnel (GBT) como o caso estudo ideal para uma perspectiva acerca da

segurança em Obras de Arte. Finalizado em 15 de Outubro de 2010, o GBT é maior túnel ferroviário do mundo, estendendo-se por 57km e fazendo a ligação entre Erntfeld e

Bodio. Perante incêndios ocorridos em túneis rodoviários suíços na presente década, para a execução de GBT foram minuciosamente revistas e planeadas medidas de

segurança contra incêndios de forma a garantir a segurança de operários e utilizadores da estrutura. As duas prioridades seriam então a disponibilidade de acesso durante e

após emergências, bem como a rapidez de retorno ao normal funcionamento. Optou-se assim por um sistema de dois túneis interligados por uma câmara de segurança em

cada 30 metros, munido de três sistemas de ventilação independentes. Em caso de qualquer situação inesperada um controlo central interromperá o andamento dos comboios

e enviará carruagens de salvamento e de combate ao fogo já preparados pelo túnel oposto. Os passageiros ou operários aguardarão nas câmaras de segurança que ligam os

túneis até chegar a carruagem de salvamento. Para além disso, utilizou-se uma construção por sectores constituídos por uma malha de fibras anti-fogo envolta em cimento, de

forma a garantir a rápida substituição dos sectores danificados em caso de incêndio. Foi também instalado um sistema de drenagem de água de forma a que as águas utilizadas

no combate ao fogo não se infiltrem na estrutura. Desta forma os incêndios, ainda que de seja um worst case cenario pouco frequente, serão facilmente respondidos e será possível

prevenir diversas mortes e danos.