Observativo 5
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Transcript of Observativo 5
Desde tempos imemoráveis a Lua acompanha o
Homem no seu dia-a-dia, principalmente nas suas escuras
noites. O maior astro do céu noturno já iluminou muitos
romances, caçadas e fugas. Durante toda a sua história o
Homem olhou para cima e tentou perscrutar seus segredos,
como suas fases, suas manchas (veja quadro), ou seu brilho
enigmático por entre as nuvens.
Em nossa época, porém, temos recursos para
compreender melhor alguns de seus mistérios... mistérios esses
que nossos ancestrais jamais poderiam sequer imaginar. Ainda
assim, muito temos a aprender com nossa parceira celeste.
Recentemente a NASA (Agência Espacial dos Estados
Unidos) divulgou que duas sondas (Chandrayaan-1 da Índia e
LCROSS dos EUA) confirmaram a existência de água
congelada no Pólo Sul da Lua. Esse resultado já era esperado,
pois supõe-se que a água da Terra seja proveniente dos objetos
celestes, como cometas, que colidiram com ela durante sua
formação. Objetos semelhantes também chocaram-se com a
Lua... porém, a água não permanecendo no estado líquido
devido às temperaturas extremas de sua superfície, ou evaporou
e escapou devido à sua atração gravitacional ser insuficiente
para manter uma atmosfera, ou congelou sob certas partes de
sua superfície. Os resultados das missões indicam a existência
de água em uma região maior
que se esperava, porém em
pequena concentração. Essa
água tem grande valor por
facilitar a exploração da Lua,
e também por animar a
procura por vida. Até agora
nenhuma notícia a respeito de
vida na Lua foi divulgada
pelas agências que fizeram
sua exploração. Entretanto,
por ser vizinha do único
planeta com vida conhecido,
poderá a Lua ser ainda palco
dessa incrível descoberta.
Afastando-se de nós
cerca de 4 cm por ano,
acredita-se que a Lua seja um pedaço de nosso planeta que foi
ejetado pelo impacto com um grande corpo durante a formação
do Sistema Solar, tendo, portanto, a mesma idade dos seus
objetos, cerca de 4,6 bilhões de anos. Esse tempo foi suficiente
para que devido ao famoso efeito de maré, um dos hemisférios
da Lua permanecesse voltado para nosso planeta e o outro
ficasse permanentemente oculto, só sendo visto por um ser
humano após ser fotografado por uma sonda soviética (Luna 3)
em 1959. Sendo assim, o tempo que a Lua leva para dar uma
volta em torno de si mesma (rotação) é igual ao tempo que leva
para circundar nosso planeta (translação).
Quando dois corpos se atraem o 'efeito de maré' é
causado pela diferença da ação da gravidade sobre vários pontos
de um mesmo corpo, dependendo de sua composição, forma e
movimento. Esse efeito pode ser percebido de várias maneiras,
como exemplo temos as 'marés oceânicas', que são resultado da
diferença da força aplicada pela Lua sobre as massas líquidas e
as partes sólidas da Terra em seus respectivos movimentos.
Existem planos para a instalação de bases lunares
como ponto de apoio para missões mais distantes e também
projetos para a colonização (militar, científica e civil) da Lua.
De qualquer forma missões tendo como destino a Lua ainda são
muito caras. Entretanto, com o passar dos anos, essas missões se
tornam cada vez mais viáveis,
devido as crescentes pesquisas
em tecnologias para a exploração
espacial que vêm sendo
desenvolvida por várias agências
de vários países. Portanto,
ouviremos cada vez mais sobre a
Lua, que mesmo se afastando de
nós está cada vez mais ao nosso
alcance.
Informativo do GOA #5 Departamento de Física Centro de Ciências Exatas UFES Verão de 2010 www.cce.ufes.br/goa
Quando olhamos para a Lua vemos manchasescuras contrastando com as partes brancas
brilhantes. Através dos séculos muitosimaginaram desenhos com essas manchas...
EXPLORANDO
Para saber mais acesse:http://www.arcadovelho.com.br/Lua/A%20Conquista%20da%20Lua.htm
LUAA
Alguns vêem
facilmente
um coelho.
Outros vêem
São Jorge lutando
contra um temível
dragão!
E você, o que
vê na Lua?
Imagem do topo:Cena do filme "Moon", Sony Pictures
A mesma sonda que foi capaz defotografar os restos missões Apolo na Lua,o Orbitador de Reconhecimento Lunar(LRO, em inglês) da Nasa, agora foi capazde identificar os lugares mais gelados daLua.
Através do Diviner, instrumentoacoplado na LRO com o objetivo demapear a emissão termal da superfícielunar, foram possíveis fazer medições dasgrandes variações de temperatura da Lua.
Enquanto o equador lunar chegaa temperaturas de 127ºC, o interior decrateras nos polos podem chegar a 247 ºC(26 Kelvins). Temperatura tão baixa noSistema Solar era esperado apenas emlugares mais distantes do que Plutão,devido a sua distância ao Sol.
O motivo é que algumas crateras,pela sua profundidade e por se situaremnos polos lunares, nunca recebem a luzdireta do Sol. E, diferente da Terra, a Luanão possui atmosfera e o calor não sepropaga pela sua superfície, comoacontece por aqui. Não existe umaestimativa muito precisa da quantidade deágua, mas existe uma boa possibilidadeque nessas crateras geladas exista água naforma de gelo.
Graças a Chandrayaan-1, da Índia e
LCROSS, sonda dos EUA que colidiu comuma cratera na Lua, a existência de aguaem sua superfície já está confirmada. Essadescoberta ainda pode dizer muito quantoao futuro da exploração lunar.
Quem lembra do Grande Colisor de Hádrons (LHC,sua sigla em inglês), aquele megaprojeto por vezes tachado deapocalíptico? Tem o formato circular, com comprimento decircunferência de 27km e está enterrado a mais de 100 metrosabaixo da França e da Suíça. É o maior acelerador de partículasdo mundo e a maior e mais cara máquina já construída peloHomem: mais de 10 bilhoẽs de dólares! Parece muito? Porém, émuito menos do que só os EUA gastaram na querra do Iraque,cerca de 1 trilhão de dólares, ou o que o governo brasileirogastou para salvar os bancos nos últimos anos.
Após quase duas décadas em construção, iniciou seufuncionamento dia 10/09/2008, mas 9 dias depois ocorreu umincidente, o que demandou reparos que tomaram 14 meses!
Finalmente, no dia 20 de Novembro de 2009, o LHCretomou seus experimentos e as partículas voltaram a seraceleradas em seus túneis. Já no dia 30 o acelerador se tornouaquele a ter utilizado as energia mais altas num experimento departículas, batendo o recorde do Tevatron da Fermilab eultrapassando a marca de 1 TeV, chegando a 1,18 TeV. O que éum TeV? É 1 trilhão de elétronsVolt. 1 eV é a energia adquiridapor uma partícula de carga, em módulo, igual à carga de umelétron, quando submetida a uma diferença de potencial de 1Volt.
Apesar do recorde, os feixes ainda não alcançaram asvelocidades desejadas. Com cautela, verificando ocomportamento do acelerador para evitar novos incidentes, aequipe empregará quantias cada vez maiores de energia até queos feixes de prótons cheguem a velocidades próximas à da luz, eentão colidam, gerando várias partículas a serem observadaspelos grandes detectores. A previsão é que até o fim de 2010 asenergias empregadas cheguem a 7 TeV!
A maior expectativa quanto às possíveis descobertas doLHC dizem respeito a partícula denominada bóson de Higgs. Deacordo com Modelo Padrão (que descreve as forçasfundamentais fortes, fracas e eletromagnéticas menos a
gravitacional), esta é a única partícula prevista que ainda não foidetectada.
O acelerador representa uma maneira de detectar apartícula de Higgs dentro do laboratório, mas, no fim de 2009,surgiu um novo método: a observação de picos de raiosgamaprovenientes do aniquilamento de partículas de matéria escurano espaço. Modelos indicam que o aniquilamente de duas"WIMPs" (partículas massivas de interação fraca, na sigla eminglês), que ocorrem em choques, podem produzir bósons deHiggs, e com eles picos específicos de raiosgama. A captaçãodestes sinais aos telescópios e a comparação deles com oscálculos teóricos poderia então representar a detecção das taispartículas, e poderia ocorrer até mesmo antes do Grande Colisorde Hádrons.
Será provada a existência do Bóson de Higgs? Nosresta acompanhar a observação paralela entre as colisões nasalturas celestes e as colisões nos subterrâneos europeus.
Grande Colisor de Hádrons de Volta!A S T R O N O VA S
2
Descobertos os Lugares Mais Gelados da Lua
Grande Colisor de Hádrons, as partículas são aceleradas nointerior do túnel azul e cinza.
Foto:
CERN
Uma das primeiras imagens obtidas pela sondaLRO, esta paisagem tem 1400 metros de lado.
Foto:NASA/Goddard Space Flight Center/Arizona StateUniversity
Chuva de meteoros é um evento em que um grupo de
meteoros (popularmente conhecidos por "estrelas cadentes"),
são observados irradiando de uma região do céu. Até a Idade
Média eram fenômenos frequentemente apreciados - e as vezes
até amedrontavam, os mais diversos povos do mundo. Com a
Revolução Industrial e o aumento da luminosidade esta conexão
com nossos antepassados quase não existe mais. Para resgatar
esta conexão e não perdermos nossas heranças culturais, temos
que nos deslocar para lugares distantes das cidades.
No GOA, em Fundão, podemos desfrutar desse e de
outros prazeres que são a contemplação do Céu e do Universo.
Durante o final de semana 12 a 14 de Dezembro houve
o máximo da chuva de meteoros, chamada Geminídeas. Um
grupo do GOA, com um ônibus cedido pela UFES, foi até o
Parque do Goiapaba-açu, em Fundão-ES, onde está sendo
instalado um observatório astronômico remoto, a 815m de
altitude, para observá-la.
Como o previsto, o tempo no sábado estava ótimo, sem
nuvens e com uma visibilidade jamais vista por nossa equipe
naquela região. Para aquela noite programamos uma atividade
pública de observação do céu até as 22h para os poucos curiosos
que passaram pelo Parque. Logo no início da noite começamos a
observar as "estrelas cadentes" que pareciam surgir da
constelação do Gêmeos, daí a origem do nome da chuva de
meteoros. Por quase todos lados que observávamos, víamos um
risco cortando o céu hora mais intenso, hora menos e até alguns
bólidos, meteoros mais brilhantes como uma bola de fogo que
pode ser recuperado para estudos.
Apontavámos nossas câmeras para vários lados, mas os
meteoros surgiam de outros, como se as Lei de Murphy
estivessem sendo aplicadas para nós, naquele momento. Mesmo
assim, conseguimos capturar pela lente de uma Zenite, com
filme ISO 400, o meteoro da foto acima. Estimamos que cada
um conseguiu observar cerca de 50 meteoros durante a noite.
Para os que acreditam em lendas, essa quantidade de "Estrelas
cadentes" dariam para resolver quase todos problemas da vida.
Já no domingo, quando era esperado o máximo do
chuveiro, depois de um dia inteiro ensolarado, logo após o pôr-
do-sol, para nossa decepção, as nuvens apareceram e
permaneceu nublado durante toda noite.
Foto de um meteoro feita pela Equipe GOA. Essa foto foi publicada no Nó Nacional
do AIA2009 (www.astronomia2009.org.br) e no sítio de divulgação da Nasa, o
Space Weather (www.spaceweather.com).
Durante a 1ª atividade pública noGOA, pudemos ver e fotografarmeteoros da chuva Geminídeas
7
Foto do Observatório GOA feita no pico vizinho
FFoottoo ppaannoorrââmmiiccaa ddoo ppiiccoo mmaaiiss aallttoo ((vviizziinnhhoo aaoo GGOOAA))
Equipe GOA fotografando astros no Observatório
Veja o calendário de atividades napágina 6
Entre os dias 7 a 18 de dezembro de
2009 grande parte dos lideres mundiais se
reuniram em Copenhague para debater sobre
o futuro do clima no Planeta. O objetivo
oficial era avaliar as mudanças climáticas
ocorridas no passar dos últimos anos e
estabelecer um novo acordo global entre os
países para 2012, quando expira o primeiro
tratado do protocolo de Kyoto.
Na realidade os líderes querem
salvar o capitalismo, que vive da
usurpassão da Terra e dos povos. Uma das
poucas discussões com resultados, foi do
Comite de Observações da Terra por Satélite
(CEOS, sua sigla em inglês) que estuda o
papel das florestas nas mudanças climáticas.
A política de reduçãododesmatamento
e da degradaçãodasflorestasforam estabelecidos
como pontos centrais em qualquer acordo,
visto que esses são responsáveis por 20% da
emissão de gases do efeito estufa. A
observação das florestas via satélite,
principalmente as tropicais, desempenhará um
papel essencial para que os países façam o
próprio controle e monitoramento necessário.
A Agencia Espacial Européia (ESA, sua
sigla em inglês) através do programa de
Monitoramento Global para o Ambiente e
Segurança (GMES, sua sigla em inglês) já está
cooperando com o controle via satélite das
florestas do Camarões, Gabão e República do
Congo. Segundo Gilberto Câmara, diretor do
INPE (Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais), que esteve em Copenhague e é
membro do CEOS, para um resultado mais
efetivo, os dados obtidos dos satélites devem
ser de livreacesso a população.
Monitoramento Via Satélite para Controle Climático
3
Esperando o Máximo Solar
Finalmente o Sol começa a demonstrar sinais de
atividade magnética. As manchas do novo ciclo 24 já tardavam a
aparecer (vide capa do Observativo #4), mas quando chegou o
fim de 2009 foram surgindo as tão esperadas perturbações
magnéticas e com elas algumas manchas.
As manchas, regiões mais escuras da superfície, podem
ocorrer associadas a outros fenômenos solares: espículas,
protuberâncias e erupções. Em 2009 foi confirmada
definitivamente a existência de um quinto fenômeno sobre o
qual só havia suspeitas, o chamado Tsunami Solar. Com nome
fazendo referência ao catastrófico fenômeno que ocorre nos
oceanos terrestres, elas são exatamente o que muitos estudiosos
do Sol relutaram em acreditar: ondas gigantes que chegam a ter
100 mil km de altura (mais de 7 planetas Terra enfileirados) e
velocidade de 1 milhão de km/h!
Com surpresas como essa, vamos ver quem vai deixar
de acompanhar os estudos sobre este belíssimo astro!
Esperando o Máximo Solar
Iceberg Gigante se DesprendeEncontrado iceberg gigante com 500m de
comprimento a apenas 8 km da ilha de Macquarie, entrea Austrália e a Antártida. Leia mais no sítio do GOA.
Fotomontagem comparando o iceberg gigante com um cruzeiro.
Fot
o:A
PP
hoto
Foto em ultra-violeta extremo da atividade solar de 22-12-09
Finalizamos o ano de 2009
como um dos mais frutíferos para a
Astronomia brasileira e mundial. 2010
continua com todo o legado deixado
pelo Ano Internacional da Astronomia
2009: novos observatórios (como o
GOA), planetários fixo e móveis,
museus, exposições, novos clubes, etc.
Mas o legado mais importante, sem
dúvida, foi a colaboração dos diversos
grupos que criaram uma rede brasileira
e mundial de Astronomia, unindo
pesquisadores, universidades,
observatórios, planetários, museus e
astrônomos amadores. No ES e na UFES, especificamente,
temos atividades constantes que podem ser levadas até sua
escola ou grupo. Queremos usar a Astronomia para criar um elo
que una o conhecimento humano e encurtar o abismo que
fragmenta os diversos fenômenos científicos, criando realmente
um ensino transdisciplinar.
Esperando o Máximo SolarAIA2009 se Encerra, Mas aAstronomia Continua
Foto:
SOHO
,ESA
eNAS
A
www.astronomia2009.org.br
Magnitude é a escala de medida
do brilho dos objetos celestes. É uma escala
inversa: quanto mais brilhante o objeto,
menor o valor da magnitude.
O conceito de magnitude teve sua
origem na Grécia antiga quando Hiparco
(160 a.C. - 125 a.C.) catalogou visualmente
mais de 800 estrelas e associou a cada uma
delas uma “grandeza” de acordo com seu
brilho: as mais brilhantes eram as de 1ª
grandeza e as menos brilhantes as de 6ª.
À medida que se descobriu que o
brilho que observamos de um objeto celeste
não depende apenas de seu tamanho, mas
também de sua distância e da natureza de
sua luz, o termo “grandeza” foi substituído
pelo termo “magnitude”.
A utilização do telescópio, 17
séculos depois de Hiparco, revelou a
existência de astros com brilho ainda mais
fraco, só visíveis ao telescópio. Para estes
astros Galileu estendeu a escala até 7.
Com o avanço da Ciência e o
aperfeiçoamento dos instrumentos
utilizados, tornou-se crescente a
necessidade de uma escala menos subjetiva,
que não dependesse da acuidade visual do
observador. Assim, no século XIX, o
astrônomo Pogson, preservando as raízes
históricas do conceito de Hiparco, observou
que a pecepção da vista humana é
logarítimica. Assim,
criou um modelo
matemático que utiliza
esta característica do
olho humano, definindo
com exatidão o conceito
de magnitude. Esta
equação logarítmica
indica que um astro com
magnitude 5x menor que
outro tem um brilho 100x
maior.
Atualmente a escala de magnitude
foi estendida a números negativos, que são
os menores valores e portanto os maiores
brilhos. O planeta Vênus, por exemplo,
pode chegar a uma magnitude visual de -5,
a estrela mais brilhante do céu noturno,
Sírius, tem magnitude -1,4, Vega por
definição tem magnitude
0,0. Em locais muito
favoráveis, o limite
visual ainda é 6, como
na classificação de
Hiparco.
Com a melhoria da
sensibilidade dos
dispositivos eletrônicos,
é possível o cálculo de
magnitudes com
precisão de várias casas decimais, e não
apenas números inteiros.
Como as estrelas encontram-se a
diferentes distâncias, a magnitude aparente
não mede seu verdadeiro brilho. A
magnitude absoluta é a magnitude aparente,
m, que um objeto teria se estivesse a uma
distância padrão de 10 parsecs da Terra
(32,6 anos-luz). Neste caso a nossa estrela
teria uma magnitude 5, daí alguns dizerem
desconectadamente que o Sol é uma estrela
de quinta grandeza.
O Astrocine, um dos projetos
promovidos pelo GOA, tem o intuito de
divulgar a Astronomia com vídeos,
palestras e debates. Para o ano de 2010,
pretendemos mantê-lo nas quartas-feiras,
às 19h. O melhor é que os participantes
podem dar suas opiniões e também estão
livres para indicar novos debates e
filmes, aumentando a troca de
conhecimento entre os bolsistas do GOA
e os demais interessados em Astronomia.
6
CALENDÁRIO DO GOAO projeto Telescópio nos
Bairros continua. Naturalmente durante o
período de férias escolares a procura é
menor, mas nada impede de marcar sua
visita. Neste projeto levamos uma palestra
temática de Astronomia e telescópios na
sua escola ou bairro. Para agendar ligue
4009 2484. Quem ainda não sabe os
procedimentos, entre no sítio do goa e
confire: www.cce.ufes.br/goa.
Com a chegada das férias e do
verão, faremos alguns eventos para
aproximar as pessoas da Natureza e,
principalmente, da Astronomia, que é o
objetivo principal do GOA. No dia
16 de janeiro, faremos nosso segundo
atendimento no Parque, chamado Noite
Astronômica. Serão mostrado vídeos
astronômicos no centro de visitantes do
Parque e, a partir do pôr-do-sol,
observaremos o céu noturno através de
telescópios. Essa atividade será
realizada a cada duas semanas, de
acordo com as possibilidades do
tempo, é claro.
Dia 30 de janeiro, durante a 3ª
Noite Astronômica, o grande astro da
noite será Marte, também conhecido
como planeta vermelho, que aparecerá
no céu, logo após o pôr-do-sol,
proporcionando, junto com a nebulosa
de Orion, uma bela observação.
Astrocine
Telescópio nosBairros
Enciclopédia Astronômica: Magnitude
Em Sábados alternadosdas 16h às 21h.
Durandte os meses de Fevereiro eMarço, entre em contato para conferir
nossa programação.
Em Maio de 2010 realizaremosna UFES um Seminário direcionado aprofessores, divulgadores e entusiastasda Astronomia. Teremos cursos,palestras e oficinas. Informações einscrições na página do GOA.
Seminário
Seguindo pela rodovia que vai
de Fundão para Santa Teresa, entrar no
km 6, à direita, quando avista-se a
silhueta ilustrada do mapa abaixo. A
partir daí seguir as placas do Parque
Goiapaba-açu, por mais 7,5 km de estrada
vicinal.
Como chegar?
A magnitude visual do Sol é27, da Lua Cheia 13 e osbrilhos mais fracos que o
Telescópio Espacial Hubbleconsegue captar são de
magnitude visual 30, maisde 10 bilhões de vezes a
capacidade do olho humano.
Efem
érid
esAs
tronô
mica
sH
orá
rio
sd
as
fas
es
da
Lu
ad
ea
co
rd
oc
om
oh
orá
rio
ofic
ial
de
Bra
síl
iae
ad
ap
tad
os
pa
ra
ofim
do
ho
rá
rio
de
ve
rã
o.
Agora o Observativo passa a ter 8 páginas e a ser por
estação do ano, ou seja, trimestral e a grande nebulosa de Órion
é o astro do Verão. No dia 2 de Janeiro teremos o periélio
(máxima aproximação ao Sol) da Terra. Um dia depois temos o
máximo da chuva Quadrantídeas, que será prejudicado pela Lua
Cheia. Para quem tiver a oportunidade de encontrar um bom
local para observação e com a Lua em uma posição menos
desfavorável, poderá ver até 40 meteoros por hora.
Teremos dia 15 de Janeiro, mesmo dia da Lua Nova,
um eclipse solar anular, o maior desse milênio. Será visível na
maior parte do Leste da África e Ásia.
Em 29 de Janeiro o planeta vermelho, Marte, estará
em oposição. Isso significa que neste dia estará mais próximo
da Terra (99,3 milhões de km) em seu brilho máximo. Este é o
melhor momento para ver e fotografar o planeta vermelho.
No dia 20 de Março teremos o equinócio. Neste dia,
cujo dia e a noite tem a mesma duração, começa o outono
(Hemisfério Sul) e a primavera (no Hemisfério Norte).
Saturno, o planeta dos anéis, estará em oposição no dia
22 de março. Neste dia estará visível a partir das 21h. Este é o
melhor momento para ver e fotografar o planeta. Nesse ano,
porém, seus anéis estarão quase de perfil, dificultando sua
observação. Boas observações e céu limpo para todos.
4
CÉU DA ESTAÇÃOAlinh
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As 2 manchas ao Sul-Sudoeste são
a Pequena e a Grande Nuvem de
Magalhães (PNM e GNM), visíveis
somente longe da Poluição
Luminosa das cidades.
Imagem composta da Grande Nebulosa de Órion.
Fot
o:H
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C A R T A C E L E S T E
5
Para boa parte do Brasil, esta carta representa a posição aproximada dosastros no céu nas seguintes datas:
Início de Janeiro 00h00minJaneiro para Fevereiro 22h00minFevereiro para Março 20h00minFinal de Março 18h00min
Para entender a carta, posicione-a sobre a cabeça e observe de baixo paracima, lendo as instruções no contorno.
A linha azul (o Equador Celeste) representa o limite entre o HemisferioCeleste Sul e o Hemisfério Celeste Norte, é a projeção da Linha do Equadorterrestre no céu.
Os nomes dos Astros estão com inicial maiúscula e os dasCONSTELAÇÕES em caixa alta. As principais estrelas das contelaçõesocidentais visíveis nesta carta estão unidas por linhas.
A "grande mancha azul" é a Via Láctea, a nossa galáxia, queinfelizmente não conseguimos visualizar das cidades devido à poluição luminosa.
Como usar a Carta Celeste
Carta gerada
com os programas livres
Stellarium, GIMP e Inkscape.
Alinh
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vermelha
é o
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ptica
visto da Terr
a ou também
a trajetór
ia aparent
e queo Sol
percorre
durante
o anopela
s
constel
ações zod
iacais.
As 2 manchas ao Sul-Sudoeste são
a Pequena e a Grande Nuvem de
Magalhães (PNM e GNM), visíveis
somente longe da Poluição
Luminosa das cidades.
Horizontais:
7-Agência Espacial Européia (em inglês);
8-Cidade em que se localiza o GOA;
9-Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais;
10-Planeta Vermelho;
12-Sistema que os líderes mundiais
querem salvar durante o COP15;
14-Maior chuva de meteoros do mês de
Dezembro, fotografada pelo GOA;
15-Sonda que colidiu com a Lua
confirmando a presença de água em sua
superfície;
16-Região mais escura e fria do Sol;
17-Nome das atividades públicas no GOA;
Verticais:
1-Estrutura geológica que, quando
próxima aos pólos da Lua, possibilita a
ocorrência de baixíssimas temperaturas;
2-A fórmula de magnitude de Pogson
matematicamente é do tipo "..." ;
3-Boletim de divulgação da NASA com o
qual o GOA contribuiu com uma foto;
4-Partícula que se espera detectar no LHC;
5-Chuva de meteoros cuja visualização foi prejudicada pela Lua
Cheia no início de 2010;
6-Ondas no Sol que chegam a ter 100 mil km de altura;
11-Escala que mede o brilho dos objetos celestes;
13-Nome dado à máxima aproximação entre a Terra e o Sol.
Equipe GOA: Bolsistas: Conrado Adverci, Karina Costa, Lívia Melina,Mário De Prá, Nikolai B. S. Neves, Rodrigo Hulle e Coordenação: Marcio MalacarneColaboradores: Maikon B. de Araujo, Filipe Mecenas e Darlan Machado.Textos, projeto gráfico e diagramação: Equipe GOA e Colaboradores.Revisão: Sandro Ricardo de Sousa e Flávio Gimenes Alvarenga.Contato: (+55 27) 4009 2484 www.cce.ufes.br/goa [email protected] Av. F. Ferrari, 514, Cep 29075910, VitóriaES.
Este impresso foi criado usando ecofontes e programas livres: Ubuntu, Gimp, Stellarium, Scribus, Inkscape, OpenOffice, etc. Tiragem: 3000 cópias.
EXPEDIENTE
No Observativo Nº 4apareceram os seguintes erros: Na carta celeste a galaxia M31 saiuduplicada, a certa é a que está naconstelação de Andrômeda. O texto 1 Ano de GOA foi cortadonas versões impressas em papelreciclado. É possivel ler o texto naintegra na versão em papel branco ouno site www.cce.ufes.br/goa.
Cadastrese e receba em casa oObservativo: www.cce.ufes.br/goa.
Receba oObservativo!
Há 13,8 bilhões de anos,segundos antes da criaçãodo nosso Universo... Tudo certo.Vamos ligar oGrande Colisor deHádrons e ver oque acontece!
Realização Apoio Parceria
Erratas!
CRUZADAS ASTRONÔMICASEncontre as palavras nos textos deste Observativo e confira a resposta no sítio do GOA