Orçamentação de Obras Rodoviárias
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UNIFAVIP | DeVry
CENTRO UNIVERSITRIO DO VALE DO IPOJUCA
COORDENAO DE ENGENHARIA CIVIL
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
ANDERSON ROBERTO
FABRCIO LINS
JEFFERSON DIEGO
JOS OSMAR
TEFILO FILHO
ORAMENTAO DE OBRAS RODOVIRIAS
CARUARU
2014
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ANDERSON ROBERTO
FABRCIO LINS
JEFFERSON DIEGO
JOS OSMAR SILVA
TEFILO FILHO
ORAMENTAO DE OBRAS RODOVIRIAS
Trabalho acadmico apresentado ao
Departamento de Engenharia Civil do Centro
Universitrio do Vale do Ipojuca como
requisito parcial de avaliao da disciplina
Estradas II.
CARUARU
2014
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SUMRIO
1 Introduo ................................................................................................................................ 4
2 Formulao de preos na engenharia civil .............................................................................. 5
2.1 Equao de preo .............................................................................................................. 5
2.2 Custos direto, indiretos, BDI e encargos sociais .............................................................. 6
2.3 Definies bsicas ............................................................................................................. 6
3 Fluxograma do oramento ....................................................................................................... 8
3.1 Oramento ......................................................................................................................... 8
3.2 Etapas da oramentao .................................................................................................... 8
4 Metodologia de oramentao utilizada pelo DNIT.............................................................. 11
4.1 SICRO ............................................................................................................................. 11
4.2 Estrutura dos custos ........................................................................................................ 14
4.3 Caracterizao dos custos de obras rodovirias .............................................................. 14
4.4 Conceito e composio do LDI (BDI) ............................................................................ 15
4.5 Planilha de quantidades com memria de clculo .......................................................... 16
4.6 Composio de custos unitrios ...................................................................................... 19
4.7 Tabelas publicadas pelo DNIT ....................................................................................... 21
4.8 Reajuste de Preo ............................................................................................................ 22
5 Custo de transportes .............................................................................................................. 23
5.1 Distncia mdia de transporte (DMT) ............................................................................ 23
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5.2 Custo de mobilizao de equipamento ........................................................................... 25
5.3 Operaes de transporte .................................................................................................. 26
6 Planilha oramentria ............................................................................................................ 29
7 Concluso .............................................................................................................................. 30
Referncias ............................................................................................................................... 31
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1 Introduo
A tarefa de calcular os custos dos servios de engenharia exige diversos requisitos que
no se restringem apenas a uma questo tcnica, envolvendo necessidade de conhecimentos
que vo desde as legislaes profissional, tributria e fiscal, conhecimento de mercado de
materiais e mo de obra em seu mais amplo sentido.
O sucesso ou fracasso das atividades profissionais de engenharia depende da forma
como se estabelece a cobrana dos honorrios profissionais ou da remunerao pelos servios
que so prestados aos clientes.
Na atualidade, se no tivermos conhecimento adequado e suficiente na forma de orar
as obras, corre-se o risco de serem apresentados preos excessivamente elevados e fora da
realidade do mercado e, portanto, levando ao cliente a no contratar o servio com a empresa
ou cobrando do cliente um valor insuficiente para cobrir os custos incidentes e ter grandes
prejuzos, podendo levar a empresa falncia.
No caso especifico da construo de estradas, onde o contratante a Administrao
Pblica, se os oramentos no forem bem feitos e no representarem a realidade da obra e do
mercado, corre-se o risco de gerar consequncias indesejveis, tais como baixa qualidade dos
servios, atrasos ou paralisaes de obra, aditivos contratuais, recursos e aes judiciais e
outras coisas, podendo levar incalculveis prejuzos para o tesouro pblico.
Este trabalho foi desenvolvido em sete captulos, de forma a apresentar a
oramentao de estradas aos alunos do curso de engenharia civil.
Os captulos foram dispostos da seguinte forma:
Captulo 2: Explica como funciona a formao de preos na engenharia civil de forma
genrica, aplicvel s obras pblicas e privadas;
Captulo 3: Apresenta o passo-a-passo para a execuo de um oramento;
Captulo 4: Apresenta o SICRO e a metodologia utilizada pelo DNIT para a
oramentao de rodovias;
Captulo 5: Mostra-nos como que o transporte de materiais onera a execuo de
estradas e como estes valores podem ser estimados;
Captulo 6: Apresenta um modelo genrico de uma planilha oramentria;
Captulo 7: Concluso do trabalho.
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2 Formulao de preos na engenharia civil
2.1 Equao de preo
Em obras pblicas a formao do preo tem como metodologia, a avaliao de
execuo bens e servios, tento em vista alguns parmetros, como projetos, estudos e
levantamentos preliminares, que se soma as condies de contratao, avaliando a logstica,
recursos tcnicos e em alguns casos a necessidade de realizar estudos e levantamentos
complementares.
Para que fique claro e bem definidos essa metodologia, de forma a no admitir
artifcios por parte do construtor, existe regras de engenharia onde tudo calculado e
demostrado (Projeto executivo, memorial de clculo, especificaes tcnicas, termo de
referncia ...)
Na avaliao do custo h instrumentos de moldagem para obteno de preo,
avaliao e mensurao dos efeitos no preo provocados por eventos impactante durante a
execuo do empreendimento. Podemos tomar como exemplo uma obra de uma rodovia, a
parte de corte a aterro, no projeto executivo previsto remoo de material de 3 categoria,
porm no realizado um estudo minucioso e poder ocorrer a necessidade de aditivar esse
objeto, onde necessrio fazer uma avaliao, para quantifica-lo.
A modelagem de custos tem foco dirigido ao controle financeiro, fornecendo elementos para a gesto de custos. Para a sua elaborao,
decisivo o conhecimento de Engenharia de Custos. So produtos da
modelagem de custos: matriz de custos; composies de custos unitrios; e
oramento. (CARVALHO E PINI, 2009)
Para a quantificao do custo necessrio que o profissional esteja qualificado e tenha
experincia no setor que ir avaliar, pois notria os fatores que iro influenciar nesta
mensurao de bens e servios.
De um modo geral, admite-se que o preo de venda calculado pela frmula abaixo:
= [1 +
100]
Onde:
PV Preo de venda;
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BDI Benefcios e Despesas Indiretas;
CD Custo direto.
2.2 Custos direto, indiretos, BDI e encargos sociais
A famosa sigla BDI (Beneficio e Despesas Indiretas), que na lei 8666/93 que trata
sobre licitaes, leva em considerao o BDI como clculo do oramento estimativo, fazendo
uso como um parmetro avaliativo de referncia para a anlise da comisso julgadora.
Segundo Mattos (2006), A separao dos custos de uma obra em diretos e indiretos
mera convenincia de quem ora. O importante que todo o custo de se fazer a obra seja
contemplado em alguma "caixinha" do oramento.
Na composio de um oramento temos que subdividi-los em dois parmetros, custo e
despesas. Onde o custo poderemos chamar de custo direto, que o custo em material, mo
de obra e equipamentos, que definido explicitamente nos itens do oramento. Chamaremos
de custo indireto as despesas, onde no so definidos os itens de alocao nos itens da
planilha, como por exemplo o custo de energia eltrica.
Sobre encargos sociais, os mesmos subdividem em trs tipos, Bsicos e obrigatrios,
incidentes/reincidentes e complementares. Que so taxas e contribuies pagas para
financiamento das polticas pblicas que beneficiam de forma indireta o trabalhador. Temos
como encargos, seguridade/previdncia social (INSS ou PSS), FGTS, PIS/PASEP, salrio
educao (Para o setor privado empresarial), sistema S (Para o setor privado empresarial).
2.3 Definies bsicas
2.3.1 Oramento
O oramento o clculo que se faz para determinar todos os gastos de uma obra ou de
um servio de construo. Existem dois tipos de oramento:
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a) Oramento estimativo: quando calculado com base no projeto bsico sem se ater a
detalhes de construo e sujeito a alteraes posteriores;
b) Oramento definitivo: quando calculado com base em projeto executivo completo com
todos os projetos complementares definitivos.
Basicamente, o oramento composto de duas partes:
a) Custo direto, representado por todos os valores constantes da planilha de custos;
b) BDI, que uma margem adicional ao custo direto para determinar o valor do
oramento.
Aps aprovado, o oramento transforma-se em preo de venda, que costuma ser
composto por:
a) Preos unitrios;
b) Preo global;
c) Preo integral.
2.3.2 Planilha de composio de custos
o documento que contm todos os servios e custos diretos e indiretos de uma obra
de engenharia civil, mais a composio do BDI/LDI.
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3 Fluxograma do oramento
3.1 Oramento
Obras so atividades econmicas e desta forma o aspecto custo um ponto de especial
importncia.
A preocupao com os custos da obra comea antes mesmo do incio da prpria obra,
na fase de oramentao, quando feita a determinao dos provveis custos da obra. Para
no causar confuso, Mattos (2006) define que oramento o produto do processo de
determinao dos custos, que chamado de oramentao.
O oramento pode ser interpretado de forma diferente quando analisados sob o ponto
de vista do proprietrio da obra ou do construtor.
Para o proprietrio, ele serve para descrever tosos os servios, devidamente
quantificados e multiplicados pelos respectivos preos unitrios. A somatria dos preos
unitrios define o preo total da obra, ou seja, quanto ele ter de desembolsar. Essas
informaes serviro para determinar o montante total do empreendimento e a forma como
esse montante ser desembolsado ao longo do tempo.
Para o construtor, alm da quantificao de todos os insumos necessrios, contempla-
se tambm as despesas indiretas, lucros e impostos. O oramento serve para balizar o
construtor acerca das metas de desempenho durante a obra. Uma vez que o oramento
determina o custo fixo dos servios, o construtor precisar monitorar seu desempenho para se
aproximar destas metas maximizando seus lucros.
3.2 Etapas da oramentao
Mattos (2006) afirma que a oramentao engloba trs grandes etapas de trabalho,
sendo elas:
Estudo das condicionantes (condies de contorno);
Composio de custos;
Determinao do preo.
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Num primeiro momento, analisa-se os documentos disponveis, realiza-se visitas em
campo e fazem-se consultas ao cliente. A fase seguinte caracteriza-se pela composio do
custo, que proveniente das definies tcnicas, do plano de ataque da obra, dos quantitativos
dos servios, das produtividades e da cotao dos preos de insumo. Finalmente, somam-se os
custos indiretos, aplicam-se os impostos e a margem de lucratividade desejada, obtendo assim
o preo de venda.
3.2.1 Condies de contorno
Todo oramento se baseia num projeto, seja ele bsico ou executivo. o projeto que
que norteia o oramentista. A partir deste projeto, sero identificados os servios constantes
da obra com suas respectivas quantidades, o grau de interferncia entre eles, a dificuldade
relativa de realizao das tarefas, dentre outras coisas.
Esta fase engloba os seguintes passos:
1) Leitura e interpretao do projeto e especificaes tcnicas;
2) Leitura e interpretao do edital;
3) Visita tcnica.
3.2.2 Composio de custos
Nesta fase se consideram os seguintes passos:
1) Identificao dos servios;
2) Levantamento de quantitativos;
3) Discriminao dos custos diretos;
4) Discriminao dos custos indiretos;
5) Cotao de preos;
6) Definio de encargos sociais e trabalhistas.
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3.2.3 Fechamento do oramento
O fechamento do oramento engloba os passos descritos a seguir:
1) Definio da lucratividade;
2) Clculo do BDI;
3) Desbalanceamento da planilha.
3.2.4 Fluxograma do oramento
PROJETOSEDITAL ESPECIFICAES
VISITA TCNICA
IDENTIFICAO
DOS SERVIOS
LEVANTAMENTO
QUANTITATIVO
CUSTO DIRETO
ENCARGOS
COTAO DE PREOS
COMPOSIES DE CUSTO
CUSTO INDIRETO
ENCARGOS
COTAO DE PREOS
LUCRO E
IMPOSTOS
PREO DE
VENDA/BDI
DESBALANCEAMENTO
PLANILHA DE
PREOS
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4 Metodologia de oramentao utilizada pelo DNIT
4.1 SICRO
O SICRO tem por finalidade estimar o custo da execuo de servios de construo,
conservao e sinalizao rodovirios em diversas unidades da federao. Os servios
rodovirios so descritos no sistema pelos quantitativos necessrios de equipamentos,
materiais e mo-de-obra para execuo de uma unidade de produo do servio e
mensalmente so pesquisados os custos desses insumos para apurar o custo dos servios.
O SICRO, alm de fornecer informaes detalhadas sobre servios rodovirios,
permite a anlise de oramentos para projetos rodovirios definidos pelo usurio.
Adiante, faremos uma breve apresentao dos sistemas quem compe o SICRO2.
4.1.1 O objetivo do SICRO2
O SICRO tem como principal objetivo estimar custos para as principais atividades e
servios de referncia. Como produtor de valores de referncia, as informaes armazenadas
em seu banco de dados so, particularmente, teis para a elaborao de oramentos para
projetos rodovirios ou para anlise de preos de servios rodovirios.
Para atender este objetivo, o SICRO2 mantm um catlogo de informaes sobre os
equipamentos, os materiais e a mo-de-obra utilizados em servios rodovirios e afins. Estas
informaes so continuamente atualizadas e coladas disponveis aos usurios do sistema,
atravs de consultas e de relatrios.
Tambm mantido pelo SICRO2 e oferecido aos usurios o cadastro de
estabelecimentos que participam da pesquisa de preos do sistema, detalhando sua localizao
e formas de contato.
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4.1.2 Sistema de cadastramento de dados
O Sistema de Cadastramento de Dados, subsistema do SICRO2, composto por trs
mdulos distintos, equipamentos, mo-de-obra e materiais, cada um responsvel pela
manuteno de um grupo especfico de informaes utilizadas nos demais subsistemas. O
sistema mantm catlogos descritivos dos dados bsicos de equipamentos, mo-de-obra e
materiais, disponveis para consulta ou para serem impressos pelos usurios.
A manuteno dos dados bsicos da responsabilidade da equipe gestora do sistema
DNIT, podendo ser efetuada a qualquer tempo com a utilizao de formulrios prprios do
sistema. Como os dados no SICRO2 so mantidos de forma integrada num nico banco de
dados, uma alterao introduzida numa tabela automaticamente propagada para todas as
informaes do sistema.
4.1.3 Sistema de pesquisa de preos
Este sistema composto por quatro mdulos distintos, destinados a:
a) Efetuar a manuteno do cadastro dos estabelecimentos participantes da pesquisa de
preos, mensalmente efetuada para determinao dos preos unitrios de
equipamentos e materiais em diversas unidades federativas;
b) Efetuar a coleta mensal de preos junto aos estabelecimentos participantes, efetuando
os testes de aceitao de valores necessrios para assegurar a boa qualidade das
informaes do sistema;
c) Estabelecer o preo unitrio dos insumos para cada unidade federativa implantada no
sistema e para as regies geogrficas;
d) Prover os usurios com as informaes sobre os preos unitrios utilizados no sistema,
para a estimao dos custos rodovirios.
O sistema de pesquisa de preos PEP, utiliza as informaes mantidas pelo sistema
de cadastramento de dados para definir o perfil de informaes associadas a cada
estabelecimento participante de forma padronizada.
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A manuteno desse sistema efetuada pela equipe do sistema em conjunto com as
Unidades Regionais que colaboram na execuo do SICRO2.
4.1.4 Sistema de custos rodovirios
o subsistema responsvel pelo principal objetivo do SICRO2, calculando os custos
de referncias para atividades e servios rodovirios. Utiliza todos os dados mantidos nos
demais sistemas, aos quais acrescenta os dados de caracterizao e composio dos custos
rodovirios, isto , alm de manusear com todas as informaes mantidas por aqueles
sistemas, acrescenta suas prprias informaes visando as operaes de custo, propriamente
ditas.
Possui trs mdulos distintos: um para composio e clculo do custo horrio de
equipamentos; uma para descrio da estrutura de composio de custos das atividades e
servios rodovirios; e um para o clculo mensal do custo rodovirio em unidades da
federao e regies geogrficas.
Sua manuteno feita nos sistemas de cadastramento de dados e de pesquisa de
preos. Como nos demais sistemas, os usurios podem obter informaes e relatrios sobre a
estrutura de composio de custo e do valor resultante no clculo mensal efetuado para
unidades e regies geogrficas.
4.1.5 Sistema de oramento
Este sistema permite a todos os usurios o registro de projetos de obras rodovirias
com seus quadros de quantidades para efetuar, periodicamente, a extrao de valores
calculados no sistema.
Os projetos devem ser definidos para um determinado CPF, recebendo um cdigo de
identificao, um ttulo e uma data limite para sua manuteno. Para cada projeto definido,
so definidas quantidades de atividades e servios de referncias no quadro de quantidades do
projeto. Existe a possibilidade de interao do SICRO2 com o MS Excel.
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Ao ser atingida a data limite para manuteno do projeto SICRO2, seus dados sero
automaticamente eliminados dos arquivos do sistema.
4.2 Estrutura dos custos
O DNIT (2003) em seu manual de custos rodovirios afirma que o preo total de
venda composto pelos seguintes fatores:
a) Custo direto dos servios;
b) Custo da administrao local;
c) Mobilizao e desmobilizao;
d) Canteiro e Acampamento;
e) Despesas eventuais;
f) Despesas financeiras;
g) Administrao central;
h) Margem;
i) Impostos sobre o faturamento.
De acordo com a viso do DNIT e dos DERs, os custos indiretos se limitariam
queles referentes parcela da administrao central da empresa a serem absorvidas pela obra
em questo, pois todos os outros podem ser atribudos a obra sem ambiguidade. Apesar disto,
na prtica sero classificados como custos diretos apenas aqueles que foram inseridos na
planilha de preos para cotao. Os que no constarem sero considerados como indiretos e
vo integrar o LDI (Lucro e Despesas Indiretas).
4.3 Caracterizao dos custos de obras rodovirias
Sobre os itens que so includos nos oramentos rodovirios como custos
indiretos, o DNIT (2003) os classifica em trs grupos.
O primeiro grupo contempla os custos que tm valor percentual fixo e obrigatrio e
que so parte integrante da carga tributria que incide sobre o preo da obra, ou seja, so
tributaes cuja aplicao regulamentada por lei.
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O segundo grupo apresenta variaes percentuais que usualmente se limitam a uma
faixa restrita. Este grupo um grupo misto. Aqui se incluem, por exemplo, o ISS e os custos
com a administrao central, entre outros.
O terceiro grupo pode apresentar variaes bastante significativas com o tipo de obra e
as circunstncias em que so realizadas. Por exemplo, os custos com canteiro e acampamento,
administrao local, mobilizao e desmobilizao.
4.4 Conceito e composio do LDI (BDI)
Lucros e despesas indiretas (BDI), como chamado no meio empresarial, uma
nomenclatura que alguns podem chamar tambm de LDI, no caso de obras pblicas, pois
resultam da incluso dos deferentes itens no listado explicitamente no oramento, tais como
impostos e alguns itens de equipamentos/servios.
Carvalho e Pini (2009) definem o BDI como, o resultado de uma operao
matemtica para indicar a margem cobrada do cliente incluindo todos os custos indiretos,
tributos etc. e a sua remunerao pela realizao de um determinado empreendimento.
Temos como exemplo de variveis que compem o BDI, tipo de obra, valor do
contrato, prazo de execuo, volume de faturamento da empresa, local da execuo da obra
etc.
Dependendo que tipo de obra recomendvel calcular o BDI para cada situao,
tomando em considerao suas peculiaridades.
Calculando o BDI:
= [((1 +
1100) (1 +
100) (1 +
100)
1 ( + + +
100 )) 1] 100
= [((1 + ) (1 + ) + (1 + )
1 ( + + + )) 1] 100 =
Onde:
i = taxa de administrao central;
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r = taxa de risco do empreendimento;
f = taxa de custo financeiro do capital de giro;
t = taxa de tributos federais;
s = taxa de tributos municipais ISS;
c = taxa de despesas de comercializao;
l = lucro ou remunerao liquida da empresa.
Obs.: As taxas no numerador incidem sobre os custos diretos.
As taxas no denominador incidem sobre o preo da venda (faturamento).
A partir de Maio de 2007, o valor da parcela de LDI foi recalculada cautelarmente, de
acordo com as orientaes do Acrdo 325/2007 Plenrio, Tribunal de Contas da Unio, de
retiradas das parcelas de Imposto de Renda (IRPJ) e Contribuio sobre Lucro Lquido
(CSLL), juntamente com a atualizao da parcela de custos financeiros pela SELIC de
maro de 2007, resultando num percentual de 20,25% em substituio ao valor de 23,90% que
vinha sendo utilizado.
4.5 Planilha de quantidades com memria de clculo
O desenvolvimento de planilhas que envolvem composio de custos necessita de
anlises sobre conceitos regidos por princpios bsicos de oramentao indispensvel por
tornar-se prximo da realidade do projeto. So levados em considerao atributos como
aproximao, especificidade e temporalidade. Segundo Mattos (2006), so definidas da
seguinte forma:
4.5.1 Aproximao
Todo oramento aproximado, na maioria das vezes baseiam-se em previses. Por
mais que todas as variveis sejam ponderadas, h sempre uma estimativa associada. O
oramento no tem que ser exato, porm preciso. Ao orar uma obra, o oramentista no
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pretende acertar o valor em cheio, mas no se desviar muito do valor que efetivamente ir
custar. O oramento presta-se a dar uma ideia mais ou menos prxima daquele valor. Quanto
mais apurada e criteriosa for a oramentao, menor ser sua margem de erro.
A aproximao de um oramento est embutida em diversos itens, conforme exposto a
seguir.
4.5.1.1 Mo-de-obra
Produtividade das equipes Tomando como exemplo: quando se admite que um
pedreiro gasta 1,0h para fazer 1,0 m de alvenaria de bloco cermico, ser por meio dessa
premissa que o total de mo-de-obra de alvenaria ser calculado. A produtividade ento afeta
diretamente a composio de custo;
Encargos sociais e trabalhistas - O percentual de encargos que afeta sobre a mo-de
obra leva em conta premissas tais como incidncia de acidentes do trabalho, rotatividade para
clculo de aviso prvio, faltas justificadas e outros elementos arbitrados a partir de parmetros
estatsticos e histricos.
4.5.1.2 Material
Preo dos insumos - No se pode afirmar com preciso que os preos cotados durante
a oramentao sero os praticados durante a obra;
Impostos - Os impostos embutidos no preo de aquisio dos insumos podem variar
durante a obra. Alm disso, a base de clculo de impostos como o ISS estimada para fins de
oramento;
Perda - O percentual de perda e desperdcio arbitrado para cada insumo que entra no
oramento. Assim, por exemplo, admitir que h uma perda de 8% no bloco cermico uma
considerao que pode se mostrar arrojada, realista ou conservadora;
Reaproveitamento - consiste na quantidade de vezes que um insumo pode ser
reutilizado (Ex.: chapa compensada).
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4.5.1.3 Equipamento
Custo horrio Varivel que depende de parmetros de clculo como vida til, custo
de manuteno e operao, etc.;
Produtividade - Tomando, por exemplo, que uma escavadeira escava 50 m de solo
por hora, h uma margem de incerteza includa, pois a produtividade funo da
disponibilidade mecnica (percentual de tempo em que o equipamento est em condies
mecnicas de ser utilizado) e do coeficiente de utilizao (percentual do tempo disponvel em
que o equipamento efetivamente trabalha), alm do empolamento do material escavado
(aumento de volume entre os estados natural e solto).
4.5.1.4 Custos indiretos
Pessoal - Salrios e encargos sociais das equipes tcnica, administrativa e de apoio;
Despesas gerais Esto relacionadas a contas de gua, luz, telefone, aluguel de
equipamentos gerais (grua, andaimes), seguros, fretes, etc.
Imprevistos - os oramentistas precisam incluir no oramento alguma verba para os
custos que no podem ser orados com certeza ou explicitamente: retrabalho por causa de
chuvas, refazimento de servio por m qualidade, danos causados por fenmenos naturais ou
por terceiros, danos causados pela construtora a terceiros, etc.
Especificidade o oramento para a construo de uma casa em uma cidade diferente
do oramento de uma casa igual em outra cidade. No se pode falar em oramento
padronizado ou generalizado. Por mais que um oramentista se baseie em algum trabalho
anterior, sempre necessrio adaptar a obra em questo.
Todo oramento est intrinsecamente ligado a:
Empresa - o oramento traz implcita a poltica da empresa na quantidade de cargos
de superviso previstos (engenheiros, mestres, encarregados), no padro do canteiro de obras,
na quantidade de veculos disponibilizados para a equipe, no grau de terceirizao de servios,
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na taxa de administrao central cobrada da obra para cobrir parte dos custos do escritrio
central da empresa, na necessidade de emprstimos para fazer a obra, etc.;
Condies locais - clima, relevo, vegetao, profundidade do lenol fretico, tipo de
solo, condies das estradas locais, facilidade de acesso s fontes de matrias-primas,
qualidade da mo-de-obra, oferta de equipamento, qualidade dos subempreiteiros da regio,
diferentes alquotas de impostos, entre outros fatores.
4.5.2 Temporalidade
Um oramento realizado tempos atrs j no vlido hoje. Se, por exemplo, algum
orou uma obra e ganhou a licitao, mas a obra s vier a ser mobilizada quatro anos depois,
lgico perceber que alguns ajustes precisam ser feitos. Isso se deve a:
Flutuao no custo dos insumos ao longo do tempo;
Criao ou alterao de impostos e encargos sociais e trabalhistas, tanto em espcie
quanto em alquota;
Evoluo dos mtodos construtivos - surgimento de tcnicas, materiais e
equipamentos mais adequados;
Diferentes cenrios financeiros e gerenciais - terceirizao, delegao de tarefas,
condies de capital de giro, necessidade de emprstimo, etc.
Contudo, ainda segundo Mattos (2006), visto que o oramento tem enfoques
distintos quando analisado sob o prisma do proprietrio da obra ou pelo construtor. O
oramento a descrio de todos os servios, devidamente quantificados e multiplicados
pelos respectivos preos unitrios, cuja somatria define o preo total, ou seja, seu
desembolso.
4.6 Composio de custos unitrios
Baseia-se simplificadamente em 5 fatores bsicos, que so: Produo das Equipes
Mecnicas, Metodologia para Pesquisa de Campo com vistas Determinao de
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Produtividade de Equipamentos Novos, Atividades Auxiliares e Custos de Referncia, Carga,
Descarga, Manobra e Transportes na Obra, Tabela de Custos Unitrios de Referncia. De
acordo com o DNIT (2003), define-se pelos pontos expostos a seguir.
4.6.1 Quanto produo das equipes mecnicas
Realizam-se pesquisas, mediante a fabricantes e usurios, com intuito de obter valores
inerentes as produtividades utilizadas comumente nos clculos dos custos rodovirios, porm
adotando critrios em relao a caractersticas de novos equipamentos, bem como possveis
alteraes, quando assim ocorrem, nos mtodos construtivos, como tambm altera a formao
das equipes, nos casos onde as mesmas solicitarem possveis mudanas.
4.6.2 Quanto a Metodologia para Pesquisa de Campo com vistas Determinao de
Produtividade de Equipamentos Novos
Consiste em desenvolver uma metodologia para pesquisar, no campo, baseando-se na
produtividade dos novos equipamentos com a utilizao de um referencial estatstico de
observao.
4.6.3 Quanto a Atividades Auxiliares e Custos de Referncia
Deve-se classificar as composies de custos unitrios como segue:
a) Custos Unitrios Diretos para Atividades Auxiliares: So relativamente
direcionados para atividades de apoio tais como: fabricao na obra de materiais e
componentes, transportes comerciais e outros essenciais ao suprimento da obra,
fornecimentos de materiais compreendendo, alm do custo do material, seu transporte e
descarga na obra, assim como custos unitrios diretos para a execuo de atividades
-
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elementares, isto , onde os trabalhos so realizados exigindo uma menor complexidade
passvel de ser quantificado e que pode fazer parte, indiferentemente, de servio mais
complexo de mais de uma categoria, ou seja, Construo, Conservao, Sinalizao ou
Restaurao.
b) Custos Unitrios Diretos de Referncia de Obras e de Servios: Dispostos nos
nveis de agregao com que figuram usualmente nas Normas de medio e pagamento nas
contrataes do DNIT. Sero assim obtidos agregando os itens pertencentes s duas fases
anteriores, classificados pelas categorias que iro compor Tabelas de Custos Unitrios
Regionais do DNIT.
4.6.4 Quanto a Tabela de Custos Unitrios de Referncia:
So tabelas inerentes ao SICRO que apresentaro os Custos Unitrios de Referncia,
onde se incluiro os custos diretos e o LDI (lucro e despesas indiretas). Os custos Unitrios de
Referncia, em sua apresentao nas Tabelas, so discriminados de acordo com as diferentes
categorias de obras, ou seja: Construo, Conservao, Sinalizao e Restaurao, muito
embora possam ter origem em Composies de Servios Auxiliares, agregados segundo
critrios implcitos a cada caso.
4.7 Tabelas publicadas pelo DNIT
So obtidos no site do rgo federal, para consulta e anlise quanto a disponibilidade
de custos quanto aos servios a serem executados, sejam eles: materiais utilizados,
equipamentos, mo-de-obra, insumos e medies especficas. Podemos definir como Sicro
Nordeste, o material disponibilizado relativo nossa regio e aos seus estados. Quanto a
Pernambuco, a mais recente pesquisa consta de dados atualizados em maio de 2014, sobre
tabelas com ou sem desonerao de preos e valores no implcitos quanto a aquisio de
ligantes betuminosos segundo a ANP.
-
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4.8 Reajuste de Preo
regulamentado atravs da lei vigente, por meio do decreto 1054, de 7 de Fevereiro
de 1994. Nele so previstas as responsabilidades da Unio quanto a seus rgos de entidades
da Administrao Federal direta, fundos especiais, autarquias, fundaes pblicas, empresas
pblicas, sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou
indiretamente pela responsabilidade da mesma, bem como seus artigos e disposio das
responsabilidades determinadas aos quais foram citados mediante a obteno de valores
reestabelecidos.
-
23
5 Custo de transportes
Segundo Ribeiro (2009), a movimentao de material tem alto impacto no custo final
de obras rodovirias. Os custos com transportes so aqueles que se referem aos procedimentos
de carga, descarga e manobra dos materiais bem como a mobilizao e desmobilizao dos
recursos necessrios execuo.
De acordo com o DNIT (2003), estes custos so calculados com o uso de equaes
lineares compreendendo dois termos, um deles varivel e outro fixo, assumindo a forma de
geral abaixo apresentada.
= +
Onde:
Y Custo total da tonelada transportada;
a Custo unitrio por tonelada-quilmetro transportada;
x Distncia de transporte;
b Custo fixo relativo s operaes de carga, descarga e manobra.
Na metodologia empregada atualmente, a parte fixa includa diretamente nas
composies dos custos dos servios para o qual esto sendo realizadas as operaes de
transporte. O custo do transporte calculado pelo produto do custo unitrio da tonelada e da
distncia a ser transportada, fornecido pela composio auxiliar respectiva, pela distncia
mdia de transporte e pelo peso transportado.
5.1 Distncia mdia de transporte (DMT)
A distncia mdia de transporte (DMT) a distncia, em projeo horizontal, entre o
centro de massa de uma camada de pavimento e o centro de massa das jazidas que fornecero
materiais para a execuo da camada.
Essa distncia dada pela expresso abaixo:
Onde:
-
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di distncia mdia de transporte correspondente ao segmento de camada i.
Vi volume do segmento de camada i.
5.1.1 Aplicao
A DMT usada para a elaborao de quantitativos de pavimentao para oramento
ou pagamento do transporte dos materiais necessrios a execuo de uma camada de
pavimento.
A DMT pode ser aplicada quando se dispe de vrias opes de jazidas para a
execuo de uma camada do pavimento, determinando a distribuio mais econmica.
= +
Sendo:
DF distncia fixa (da jazida at o incio do ponto de distribuio)
DT distncia varivel (do incio da distribuio at o centro de gravidade da massa de
material a ser transportada).
5.1.2 Dados necessrios para o clculo.
Para o clculo da DMT, necessita-se dos seguintes dados:
a) Espessura da camada de aterro;
b) Largura da camada de aterro (constante);
c) Momento de transporte (M), que o produto entre o volume transportado (v) pela
distncia mdia (d) do volume distribudo.
=
Caso haja variao de espessura ao longo de uma extenso qualquer da camada, a
DMT pode ser obtida da seguinte forma:
-
25
Figura 1 Clculo da distncia varivel
Fonte: autor desconhecido
Sendo a direo do transporte no sentido de A para D, o momento total de transporte
ser dado por:
=
=1 1 + 2 2 + 3 3
1 + 2 + 3 =
Assim:
= +
5.2 Custo de mobilizao de equipamento
Os equipamentos necessrios para execuo de obras rodovirias so geralmente
agrupados da seguinte forma, de acordo com o DNIT (2003):
a) Veculos leves;
b) Equipamentos de pequeno porte;
c) Equipamentos de grande porte.
Os veculos leves e caminhes comuns so equipamentos que se deslocam at o local
da obra por seus prprios meios. Nestes casos, o custo de mobilizao corresponde ao custo
operacional de cada um destes veculos para vencer a distncia percorrida, acrescida das
despesas relacionadas ao seu operador.
A instalao da obra requer ainda a utilizao de diversos equipamentos de pequeno
porte, peas, ferramentas e outros utenslios que em conjunto chegam a representar uma
massa considervel a ser transportada. O DNIT distingue os equipamentos de pequeno porte
como sendo aqueles cuja massa no ultrapassa 10 toneladas. O custo de mobilizao, neste
caso, ser representado pelos custos de carga, descarga e seguro dos bens transportados.
-
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Equipamentos que pelo seu peso ou por suas dimenses requeiram transporte em
carretas, com ou sem escolta, so classificados como equipamentos de grande porte. O preo
bsico de mobilizao deste tipo de equipamento deve considerar os seguintes pontos:
a) Preo bsico, em R$/t.Km.
b) Taxa de utilizao viria (TUV), cobrada pelo DNIT caso o conjunto do equipamento
+ meio de transporte tenha peso bruto total (PBT) superior a 45 toneladas.
c) Preo de escolta, se as dimenses ultrapassarem 3,20 metros de largura, 25 metros de
comprimento ou 5 metros de altura, ou ainda se o PTB exceder 60 toneladas. Nestes
casos, a escolta obrigatria.
Por orientao do Tribunal de Contas da Unio, o percentual referente a mobilizao e
desmobilizao no est incluso no LDI. Desta forma, o oramentista dever seguir as
orientaes do DNIT para calcular o custo destes itens.
5.3 Operaes de transporte
O DNIT (2013), define da seguinte forma as operaes de transporte.
5.3.1 Transporte local
As operaes de transporte local so aquelas realizadas dentro do canteiro de obras
para o deslocamento dos materiais necessrios execuo das diversas etapas do servio. Est
relacionada ao tipo da rodovia e distncia percorrida, que iro determinar a velocidade
mdia do trajeto. Tambm devem ser considerados os tempos de manobras para carga e
descarga bem como as prprias operaes de carga e descarga.
A produo horria de um caminho dada pela expresso abaixo:
=
2 +
Onde:
-
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PH produo horria em t/h;
C capacidade til do caminho em t;
E fator de eficincia;
X distncia de transporte em Km;
V velocidade mdia em Km/h;
T Tempo total de manobras, carga e descarga, em h.
O custo unitrio da tonelada transportada obtido da seguinte expresso:
$ =
Sendo:
CHO Custo horrio operativo, em R$/h;
PH Produo horria em t/h.
5.3.2 Transporte comercial
Os transportes comerciais so aqueles de materiais que vm de fora dos limites da
obra. feito, geralmente, em caminho carroceria, exceto no caso de brita e areia, que so
transportados em caminho do tipo basculante.
Devido s longas distncias de transporte, o custo unitrio calculado desprezando os
valores de carga, descarga e manobra.
No caso do cimento, como a fbrica entrega o produto a granel na central de concreto
do comprador, o preo do transporte costuma estar includo no preo do material e no
considerado no oramento.
-
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5.3.3 Transporte de materiais betuminosos
Na determinao de custos de transporte comercial de produtos betuminosos, as
equaes tarifrias so fornecidas pelo DNIT (Ofcio Circular n 032/2000/DEPC de
28/06/2000 do extinto DNER e Portaria n 250 de 04/05/2003 do DNIT).
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6 Planilha oramentria
A seguir, um exemplo de planilha oramentria.
P L A N I L H A G E N E R I C A
Execuo Extenso Folha
Lote Trecho Data
Rodovia Segmento Visto
CDIGO DESCRIMINAO UNID. QUANT. PREO UNITRIO TOTAL
1 MOBILIZAO/DESMOBILIZAO Vb
Fixao de placa da obra
2 SERVIOS EM TERRA
Limpeza m
Desmatamento vegetao at 15 cm m
Destocamento arvore > 30cm Ud
3 TERRAPLENAGEM
Escavao, carga e transporte de material m
de 1 categoria, com DMT de 50 100m
4 DRENAGEM
Entrada dgua tipo EDA 01 Ud
5 PAVIMENTAO
Base de brita graduada m
Imprimao m
CBUQ t
6 SINALIZAO
Pintura de faixa material termoplstico m
Taxa reflexiva monodirecional Ud
7 SERVIOS COMPLEMENTARES
Cerca de arame farpado m
Defensa malevel simples m
8 OBRAS DE ARTE
BSTC 0,60m m
BDTC 1,20m m
BTTC 0,80m m
9 OBRAS ESPECIAIS
Gabio, Guarda-corpos, etc m
10 PROJETO AMBIENTAL
Mudas arbreas arbustivas Ud Hidrosemeadura m
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7 Concluso
O processo de estimao dos custos das obras tem fator decisivo na contratao de
servios de engenharia. Obviamente, a tcnica aplicada tambm um fator chave na
contrao, mas sempre o custo final do projeto ser considerado para que o contrato seja
fechado.
Ao longo deste trabalho apresentamos conceitos bsicos necessrios para o
profissional de engenharia que venha a trabalhar com oramentao de obras rodovirias.
Como na nossa regio, a concentrao dos profissionais de engenharia civil est focada na
execuo de obras civis, buscamos fazer uma aproximao entre as metodologias utilizadas
nos sistemas de obras civis e rodovirias.
Em seguida, explicamos passo-a-passo o processo de oramentao de uma obra,
destacando as principais fases deste processo. Destacamos tambm que apesar de um
oramento ser sempre uma aproximao do custo real, o conhecimento tcnico e a experincia
adquirida pelo profissional que ora a obra permite que os valores finais e estimados sejam
muito prximos. Isso se deve, tambm, pelo policiamento das tcnicas aplicadas nos canteiros
de obras a fim de se reduzir desperdcios.
Apresentamos o SICRO2, metodologia utilizada pelo DNIT para controle e
oramentao das obras rodovirias e fizemos uma breve descrio dos mdulos que o
compe, bem como fizemos explanaes sobre os conceitos necessrios para utilizao desse
sistema.
Finalmente, apresentamos a mtodo de clculo da distncia mdia de transporte, que
permite uma aproximao da oramentao de volume e transporte de materiais necessrios a
execuo da obra. A apresentao de uma planilha oramentria genrica completa nossa
pesquisa.
Acreditamos que este trabalho, apesar de superficial, possa servir como boa referncia
de introduo queles que venham a se interessar por oramentos de obras rodovirias.
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Referncias
DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES: Manual
de custos rodovirios Metodologia e conceitos. Vol. 1. Brasil, 2003.
_______. Manual de custos rodovirios Manual do sistema Manual do usurio. Vol. 2. Brasil, 2003.
_______. SICRO PE Maio 2014, ____. Disponvel em < http://www.dnit.gov.br/servicos/sicro/nordeste/nordeste/2014/pernambuco-maio-2014>.
Acessado em: 03. Set. 2014 s 19:31.
CMARA DOS DEPUTADOS. Decreto n 1.054, de 7 de Fevereiro de 1994, ____.
Disponvel em < http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1994/decreto-1054-7-fevereiro-
1994-449328-norma-pe.html>. Acessado em: 03. Set. 2014 s 23:44.
CARVALHO, L. F., PINI, M. S. Formao do preo, 2009. Disponvel em <
http://construcaomercado.pini.com.br/negocios-incorporacao-construcao/98/formacao-do-
preco-conheca-a-metodologia-da-pini-servicos-283653-1.aspx>. Acessado em: 05. Set. 2014
s 13:27.
MATTOS, A. D. Como preparer oramentos de obras: dicas para oramentistas, estudos de
caso, exemplos. PINI, So Paulo, 2006.
MATTOS, A. D. Custo direto ou indireto? 2013. Disponvel em <
http://blogs.pini.com.br/posts/Engenharia-custos/custo-direto-ou-indireto-302173-1.aspx>.
Acessado em: 06. Set. 2014 s 13:14.
RIBEIRO, D. Notas de aula da disciplina de construo de estradas: Clculo de volumes
de terra. UFBA, Salvador, 2009.