OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · de ruas onde as cantigas, falas, palmas...

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

NEUSA MARIA DOMINGUES

UNIDADE DIDÁTICA

MARINGÁ

2013

UNIDADE DIDÁTICA

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A contribuição dos jogos e brincadeiras e a Indisciplina

escolar.

Projeto de intervenção Pedagógica na disciplina de Educação Física, Apresentado ao Programa de Desenvolvimento Educacional. Orientador: Prof. Drª. Roseli Terezinha Selicani Teixeira.

MARINGÁ

2013

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Título: A contribuição dos jogos e brincadeiras e a indisciplina escolar.

Professora PDE: Neusa Maria Domingues.

Área PDE: Educação Física

NRE: Loanda

Professor Orientador IES: Roseli Terezinha Selicani Teixeira

IES Vinculada: UEM Campos de Maringá.

Escola de Implementação: Colégio Estadual Santos Dumont. Ensino Fundamental

e Médio.

Público alvo de intervenção: Alunos do 6º ano do Ensino Fundamental do Colégio

Estadual Santos Dumont. Ensino Fundamental e Médio.

Resumo

Nesta unidade didática serão priorizados os jogos e brincadeiras populares com o

intuito, de ir além das intenções do modo como se elabora cada jogo ou brincadeira.

Mas, utilizar este conteúdo da disciplina de Educação Física objetivando ampliar as

possibilidades no combate à indisciplina escolar. Para esta construção se, utilizará

de aulas de educação física buscando possibilidades existentes em jogos e

brincadeiras, buscando promover situações e caminhos que possam levar o

educando ao entendimento de liberdade e limites. O jogo com seu aspecto lúdico,

pode levar o educando, de maneira prazerosa a refletir e discutir várias maneiras de

estabelecer limites, tendo com parâmetros para discussões as normas que norteia

cada jogo ou brincadeira. Levando em consideração a liberdade que terão em

aprender, discutir a organização e as estratégias dos jogos, bem como estabelecer

suas regras e/ou novas regras segundo o grupo.

Palavras-chave: Jogos populares, indisciplina, escola.

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1. APRESENTAÇÃO

Nesta unidade didática utilizar-se-á jogos e brincadeiras populares onde serão

organizados e priorizados alguns tipos específicos de jogos e brincadeiras

procurando sempre incentivar a imaginação da criança ajudando-as de forma

prazerosa a fazer contextualização dos mesmos correlacionando-os com a vida

cotidiana. Serão utilizados, Jogos de bets, Jogo de queimada, pique esconde, e

teatro de fantoche, vivenciando a confecção de fantoche com papel machê.

A imaginação é um processo psicológico novo para a criança, representa uma forma especialmente humana de atividade consciente que não está presente na consciência das crianças muito pequeninas e está ausente nos animais. Ela surge primeiro em forma de jogo, que é a imaginação em ação. (VYGOTSKY, 1991 apud KISHIMOTO, 2003. g, 51).

Percebe-se que para a criança usar a imaginação em forma de jogo em

tempos capitalistas é reproduzir rapidamente idéias preestabelecidas pela era

tecnológica. Na atualidade os jogos e brincadeiras vêm com manual de instrução

com ditames de como utilizar. Ordens estabelecidas pelos fabricantes, que

determinam qual brincadeiras/jogos e qual faixa etária são apropriadas de forma

homogênea sem muito explicar. Em tempos modernos se ganham tempo e

praticidade seguindo as orientações e classificações nas caixas de brinquedos e/ou

CD/DVD contendo inusitados jogos e brincadeiras, como músicas desenhos

animados e filmes infantis. Em tempos modernos, a ordem é não perder tempo.

Século XXI o tempo se apresenta freneticamente relacionado ao sensor do

cronômetro, toda resposta há de ser rápida não se tem tempo a perder. Era da

tecnologia posteriormente da globalização, fenômenos determinantes, ditadores,

direcionaram formas de vidas e questões ambientais. Cidades rendem-se a esses

fenômenos, surgindo construções e grandes vias para suportar o tráfego cada vez

mais congestionado perdendo com isso, seus espaços centrais, rendendo-se ao

estreitamento. As áreas urbanas sofreram e sofrem transformações constantemente

para se ajustar aos ditames da era tecnologicamente avançada. Às crianças

restaram pequenos espaços como playground, pracinhas e parques. Concomitante a

essa perda de espaços destinados a infância, surgiu outro problema oriunda do

progresso, a insegurança. O que outrora era coisa de cidade grande, como roubo,

homicídios, raptos e tráficos de toda espécie, hoje acontece em cidade do interior

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com pouquíssimos habitantes e é comum ouvir em jornais de grandes redes

televisivas noticias sobre roubos com reféns seguidos de morte, em cidade com

número inferior a de dez mil habitantes. Cruzar com polícias federais altamente

armados em pequenos municípios de vez em quando, se tornou habitual. Toda essa

mudança não poderia deixar de afetar a questão de valores. A aquisição de valores

quanto ao modo de agir e valorizar determinada ação, sempre foi e será absorvida

diferentemente de indivíduo para indivíduo. Porém, não só o interior das cidades

mudou, podem-se notar também mudanças no núcleo familiar, onde tudo se

transformou de acordo com a era capitalista, a maioria dos pais precisa trabalhar

fora para subsidiar o sustento de sobrevivência. Esse novo modelo de família gerou

uma espécie de desunião e essa ausência familiar em horas cruciais como

alimentação, desencadeou uma nova estrutura familiar e um novo olhar da criança

e/ou adolescente sobre relacionamento. Muitas crianças e adolescentes deste

século têm em casa como exemplo de vida a ausência dos pais ou briga entre eles.

Brigas essas acompanhadas de violência física e/ou verbal, gerando desconfiança e

provocando desarranjos emocionais segregando dessa forma sentimentos às

avessas, diferentemente do que competem a um cidadão dentro das normas

constitucional e até mesmo inerente ao que pede a questão da saúde mundial.

Decorrente dessas situações houve um aumento significativo de vários tipos de

comportamentos, tratado hoje, como fenômeno surgido da nova era, e classificado

de forma única de acordo com a população e lugar que estes desarranjos

acontecem.

No espaço escolar, por exemplo, ele é estudado como violência escolar ou

indisciplina, apontada como provedora de desconforto no interior das escolas e

ainda culpado de tirar da instituição escolar um índice favorável de ensino

aprendizagem objetivado pelas áreas de conhecimento. Ainda se tratando dessa

atualidade que olhada desse viés parece aterradora, a criança de hoje perdeu

espaço e até história, com esse aperto das cidades na tentativa de se adequar ao

estilo de vida capitalista as crianças ficaram sem espaço para brincadeiras livres e

de liberdade de expressão. Essa nova realidade abstém da criança os jogos e

brinquedos tradicionais, ficando somente brinquedos industrializados representando

heróis ou bandidos dos também atuais desenhos infantis. Esses fenômenos,

violência urbana, estreitamento de espaços foram levando as crianças a conviverem

mais com adultos e simultaneamente a fazer uso de tecnologias como TV,

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computadores, tablet, e os incríveis celulares cada vez mais sofisticados. O acesso a

games eletrônicos, a brinquedos de alta funcionalidade faz parte naturalmente da

vida infantil. São comuns para a maioria das crianças operarem os celulares sempre

mais complexos deste século. Esta realidade também abre caminho para a que a

criança tenha contatos com pessoa completamente diferente de sua realidade

social, podendo dessa forma sofrer influências nem sempre bem vinda à sua vida e

a seu loco status. Essa nova vida social deixa às crianças um conhecimento

abreviado sobre jogos e brincadeiras populares ficando somente nos primeiros anos

de vida.

Nesta seqüência pedagógica utilizar-se-á conteúdo jogos e brincadeiras

populares buscando caminhos que possa auxiliar a escola a diminuir ou disseminar

este fenômeno chamado indisciplina, contribuindo assim para uma absorção maior

de apreensão de conhecimentos oferecidos por todas as áreas de conhecimento.

Cabe então ao professor da disciplina de Educação Física o levantamento

histórico dos jogos e brincadeiras tradicionais, as saudosas e divertidas brincadeiras

de ruas onde as cantigas, falas, palmas ritmavam as ações das crianças envolvidas

nas brincadeiras e nos jogos. Esses jogos e brincadeiras dependem das decisões

tomadas em conjunto dos componentes para seu desfecho final, que pode variar,

dependendo das decisões tomadas em comum acordo de todo o grupo.

A capacidade de simbolizar e de jogar com a realidade através da fantasia e dos próprios símbolos coletivamente estruturado a linguagem verbal (oral e escrita) os mitos a religião a ciência, é que permite ao homem viver numa nova dimensão da realidade: O universo simbólico. É a apresentação (simbolização que possibilita a interiorização do mundo). (KISHMOTO, 2003, p. 54)

Nas vivencias teóricas e práticas, com os jogos e brincadeiras serão

explorado questionamento, contexto, estimulo e criatividade. O público alvo

envolvido nas atividades aqui proposto são alunos de 6º ano, do ensino

Fundamental do Colégio Estadual Santos Dumont Ensino Fundamental e Médio, do

Município de Santa Cruz de Monte Castelo, Estado do Paraná. O número mínimo de

aulas necessárias para aplicação desta produção didática pedagógica será de (32)

trinta e duas horas aulas.

Optou-se por buscar caminhos que auxilie uma compreensão da indisciplina

na escola por meio dos jogos e brincadeiras populares por observar a grande

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reclamação de professores no interior da escola a respeito da dificuldade em se

fazer entender em sala de aula, não conseguindo alcançar o objetivo proposto nas

atividades propostas. Observando também as dificuldades encontradas em manter

determinada ordem quando há comemorações apresentada a/e com eles. Grande

falácia se dá também em horários de intervalos entres as aulas e hora de

alimentação, ”recreio”. Outro fator inquietante, a existência de alunos sendo

medicado como imperativos.

A preferência em utilizar jogos e brincadeiras populares foi por entender que

nas escolas pouco se vivência jogos e brincadeiras populares, quando os alunos

têm essa prática nota-se claramente o prazer dos mesmos em experimentar

qualquer atividade. Por entender também que pela vivência em jogos e brincadeiras,

o aluno pode ser capaz de estabelecer conexão entre o imaginário e o real. Assim

espera - se que esta unidade didática realmente possa contribuir para melhor

compreensão da indisciplina escolar possibilitando reflexões e motivando ações que

possam possibilitar um melhoramento do ensino aprendizagem em todas as áreas

de conhecimento.

2. INDISCIPLINA NA ESCOLA

O próprio conceito de indisciplina, como toda criação cultural, não é estático, uniforme, nem tampouco universal. Ele se relaciona com um conjunto de valores e expectativas, que variam ao longo da história, entre diferentes culturas e numa mesma sociedade: nas diversas classes sociais nas diferentes intuições e até mesmo dentro de uma camada social ou organismo (REGO, 1996, p. 84).

Neste sentido, a indisciplina se constitui em um tema complexo e nos leva aos

diferentes caminhos e reflexões, como por exemplo, meio em que o indivíduo vive a

família, seu contexto social, bem como, economia e educação que lhe é

disponibilizada. Segundo estudiosos o tema indisciplina é demasiadamente

complexo tanto como ela se manifesta quanto o que pode ser considerado

indisciplina.

A indisciplina escolar tece linhas tênues entendidas como: as gangues, as

xenofobias, o bullying, o racismo entre outras formas de discriminação e

preconceitos. Assunto contemporâneo é discutido em várias partes do mundo. Na

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França, por exemplo, esse fenômeno é visto por alguns estudiosos como

incivilidade. Nos Estados Unidos da América já recai sobre outro olhar.

São muitos os tipos de violência nas escolas analisados e considerados comuns. Em especial na literatura norte-americana, o olhar recai sobre gangues, a xenofobia e bullying, Na Europa, especialmente na França, os pesquisadores têm-se dedicado ao estudo de incivilidades no meio escolar. Compreendem-se melhor as incivilidades por meio da descrição empírica. Dúpaquier (1999) refere-se a: - (delitos contra objetos e propriedade (quebra de portas e vidraças), Danificação de instalação etc.). -intimidações físicas (empurrões, escarros) e verbais (injúrias, xingamentos e ameaças): -descuido com asseio das áreas coletivas. (banheiros, por exemplo); - Ostentação de símbolos de violência; - adoção de atitudes destinadas a provocar medo (poder de armas, posturas sexistas); - alguns atos ilícitos, Como o porte e consumo de drogas (ABRAMOVAY e RUA, 2003, p. 23).

A interpretação sobre comportamento diverge de pessoa para pessoa,

mesmo de quem é considerado indisciplinado, e o olhar de quem o aponta como tal.

Muito peculiar, ela se modifica e se renova de acordo com o tempo e espaço.

Característica própria da evolução da humanidade, que tudo muda na

pretensão de uma vida e mundo melhor. Mesmo diante dessa perspectiva de

mudança do bem e para o bem. Nada fica no lugar e às vezes perdem o lugar. É o

novo se inovando. É assim em tempos tecnológicos.

A velocidade inserida no cotidiano das pessoas nesta sociedade

contemporânea obriga assimilar informações completamente novas ou

completamente inovadoras, em pouquíssimo tempo. Essas mudanças além de

trazer novas atitudes, na maioria das vezes produzem sentimento de inquietação

e/ou conflitos, e tudo o que é conflitante traz incertezas, dúvidas e até insegurança.

Apontando para a necessidade de uma pausa para melhor entendimento, forçando a

partida em busca de outros princípios para fruição de novos parâmetros diante da

adversidade.

Para as Diretrizes e Bases da Educação Básica as dimensões do conhecimento fundamentam-se nos princípios teóricos expostos, propõe-se que o currículo da Educação Básica ofereça ao estudante a formação necessária para o enfretamento com vistas à transformação da realidade social, econômica e política de seu tempo (PARANÁ, 2008, p. 20).

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Nada é estático dentro da história da humanidade o tempo não pára. É

preciso acompanhá-lo decifrando códigos entendendo o novo, buscando respostas.

A vida escolar não pode ficar indiferente a essa metamorfose não pode ficar a

deriva, como lugar exclusivo das relações sociais, tem que renovar sempre sua

práxis por meio do trabalho científico da pesquisa.

Se admitirmos que as práticas escolares são testemunhas(e sempre protagonista)das transformações históricas,isto é,que seu perfil vai adquirindo diferentes contornos de acordo com as contingências sócio-culturais,temos que admitir também que a indisciplina nas escolas releva algo interessante sobre nossos dias.(Aquino,1996, p.41)

No mundo contemporâneo, numa sociedade transformada e moldada sob viés

do capitalismo todo seu núcleo sofre mudanças e segrega valores intrínsecos a seu

ambiente. Traduzir então um comportamento oriundo de um indivíduo é árduo, mas

não significa que não se possa acreditar que seja possível combater a indisciplina na

escola. Embora para que isso aconteça há de ser feita constantemente uma

investigação pedagógica a respeito. Assim, embasado em discussões em

teorias recentes e/ou antigas sobre o assunto possa vir a ter respaldo e amplitude de

visão, conhecimento propiciando diversas formas de interpretar a realidade em que

se insere este contexto, uma situação distinta ou semelhante que possa surgir como

fator indisciplinar na escola.

Considerando que o aprendizado se dá nas relações sociais a indisciplina,

certamente, pode ser algo que se manifesta dentro de núcleos diferentes da escola,

porém perpassa por ela e volta ao seu núcleo em rotatividade constante.

Conforme é possível notar, na perspectiva esboçada por Vygoststky, o aprendizado é um aspecto imprescindível do desenvolvimento das características psicológicas típicas do ser humano, já que as conquistas individuais: informações, valores, habilidades, atitudes, posturas (por exemplo, mais ou menos indisciplinadas), resultam de um processo compartilhado com pessoas e outros elementos de sua cultura. (REGO apud AQUINO, 1996, pg. 94).

Mesmo assim não se pode deixar de lado a análise exclusiva à instituição

aqui referida, a escola, e ao problema enfrentado na atualidade pelo professores, o

baixo rendimento dos alunos e a dificuldade de se alcançar o objetivo proposto no

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processo de ensino aprendizagem. Sendo a indisciplina, apontada como um dos

fatores de maior grau de dificuldade enfrentado pelos do professores, no interior da

escola. Atualmente este fenômeno tornou-se uma espécie de muro a ser

ultrapassado, para que se atinja o objetivo proposto pelas escolas que é; formar um

indivíduo emancipado, crítico, capaz de analisar, interferir e fazer contribuições na

sociedade da qual faz parte.

Entendendo que a sociedade contemporânea convive com a evolução

tecnológica que facilita o acesso a informação, a exemplo da internet que propõe

relacionamento por meio de várias redes de interação on-line, sofisticando e

ampliando saberes e novas formas de apropriação dos mesmos, podendo desta

maneira agregar norma inerente ao seu lócus status. Existindo possibilidades que

possa interferir e adentrar o espaço escolar que é destinado ao processo de

educação e socialização, novas práticas devem ser buscadas para que se possa

compreender essa realidade.

Guimarães diz: (apud AQUINO 1994.) Portanto, nem uma liberação geral, nem ordem absoluta têm eficácia sobre o movimento dos diferentes grupos que compõem o território escolar, e que obedecem as leis próprias. O conforto da escola com essas leis obriga à negociação, á adaptação. Quanto maior a sua capacidade em assumir e controlar a violência, mais a escola dará ao conjunto uma mobilidade que permitira driblar e agir com tolerância perante os diferentes tipos de ação (AQUINO, 1994, p. 80).

As expectativas evidenciadas a partir dos estudos preliminares apontam que

os jogos oferecem criatividade e propõe problemas, permitindo em sua elaboração

novos estratégias em busca de soluções.

3. JOGOS E BRINCADEIRAS POPULARES E SUAS POSSIBILIDADES

O ser humano é um ser sensível que, diante do mundo, busca significações, o que torna seu pensamento dinâmico por excelência; e é a metáfora, com suas múltiplas possibilidade de combinação, que possibilita a mediação entre realidade e pensamento (KISHIMOTO, 2003, p. 47).

Na atualidade há a necessidade de buscar a história da especificidade do

simbólico do ser humano tanto quanto a concepção consciente que atualmente se

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se encontra cada dia mais massificado. Numa sociedade onde tudo é reduzido, a

criação tem pouco espaço, o imaginário da criança ficou sintetizado diante do

progresso. Sua infância está meio engessada, falta espaço para que elas possam

viver de maneira plena e enriquecedora. Diante de tanta tecnologia não se tem muito

que pensar ou partem de algo já construído, ou se brinca com o já proposto.

Enquanto na sociedade industrial tivemos a substituição da atividade humana pela máquina, agora verificamos a substituição do raciocínio humano, pelos poderes eletrônicos da computação. (MELLO, 2003, apud, MARCELLINO, p.27).

O ser humano possui imaginação e uma inteligência simbólica que vai além

das práticas e é incontestável, por ser bem claro a transição do abstrato para o

concreto. A criança precisa de espaço, inclusive de tempo para exercitar seu

imaginário e desta construção imaginária fazer a transição de uma forma para outra

por meio do jogo. É no simbolismo que as crianças associam o imaginário ao real

fazem conexão entre um e outro, neste momento ela tem controle da situação e

criam possibilidade de construção ou reconstrução. É pelo pensamento que o ser

humano cria lugares e possibilidades que norteiam suas dificuldades pessoais e/ou

revela soluções. Toda ação do homem primeiramente se dá pelo simbólico.

Observarmos, pois, a ação de toda criação adulta primeiramente se constrói uma

situação imaginária, discute-se e executa-a. Discussão essa, feita coletivamente

verbalizada ou pela leitura de forma diferenciada. Exemplificam-se aqui as grandes

construções, as quais se visitam e ficam-se extasiados pela beleza ali construída.

Para o engenheiro primeiro veio o pensamento depois o desenho, a maquete, só

então a execução do real.

Para Luria (2006), Uma situação objetiva imaginária também é uma situação

das relações humanas. Portanto, um traço bem definido do jogo, é que, mesmo

numa situação imaginária a criança pode pacificamente se submeter à regra do jogo

a qual ela (as) mesma optou por existir.

A situação objetiva imaginária desenvolvida é sempre, também, uma situação de relações humana nela desenvolvidas. Um traço marcante nos jogos, com uma situação imaginária desenvolvida e relações sociais, é precisamente o de que surge neles um processo de subordinação da criança às regras da ação, processo este que surge das relações estabelecidas entre participantes do jogo (LURIA, 2006, p.136.).

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Segundo Marcelino (2003) O lúdico proporciona o resgate da

criatividade,trabalha a auto – estima, preserva valores, leva o educando a acordar e

fazer escolhas.

Reencontrar o lúdico, entender o seu valor revolucionário, torna-se imperativo se deseja preservar os valores humanos no homem. Da mesma forma, através dele podemos resgatar a criatividade, ousando experimentar o novo, acordar do estado vegetativo, improdutivo, disfuncional do corpo ou da mente e escolher tornar-se homem, resistindo às experiências de vida deslumbrantes, acreditando em si, em idéias, sonhos e visões, elementos, entre outros, percebidos como intrínsecos dos homens e da humanidade (MARCELLINO, 1995, p. 31).

A realização desse estudo se constituirá num espaço de reflexão e

possibilidades de intervenção significativa nas aulas de educação física no combate

e indisciplina presentes no espaço escolar, buscando encontrar caminhos que

norteie outras interpretações que possam auxiliar os professores a terem novos

olhares, sobre o fenômeno indisciplina.

Segundo SOARES, os conteúdos devem ser organizados de forma que

respeite o contexto social do aluno e sua cultura para que realmente o mesmo faça

sentido para ele. Admitindo que: ser humano é ser historicamente construído. Dar

relevância à vida social do educando é primordial. Desta maneira a prática

pedagógica do professor estará realmente tratando das competências da escola

sendo fidedigno com o documento que norteia as pratica pedagógicas de todas as

áreas de conhecimento, as diretrizes e bases do Estado do Paraná.

Para Libâneo (apud COLETIVOS DE AUTORES) os conteúdos são realidades exteriores ao aluno que devem ser assimilados e não simplesmente reinventados, eles não são fechados e refratários às realidades sociais, pois não basta que os conteúdos sejam apenas ensinados ainda que bem ensinados seja preciso que se ligue de forma indissociável a sua significação humana social. (SOARES. Et. al., 1995, p, 39).

Assim sendo, a Educação Física deve dar sua contribuição na formação de

indivíduos críticos e transformadores, por meio de conteúdos que os orientem à

contextualização, pesquisa e a reflexão sobre as práticas desta área de

conhecimento.

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No caso do jogo, ao respeitarem seus combinados, os alunos aprendem a se mover entre a liberdade e os limites, os próprios e os estabelecido pelo grupo. Além do seu aspecto lúdico, o jogo pode servir de conteúdo para que o professor discuta as possibilidades de flexibilização das regras e da organização coletivas. As aulas de Educação Física podem contemplar variadas estratégias de jogo, sem a subordinação de um sujeito (PARANÁ, 2008, p.65).

4. A EDUCAÇÃO FÍSICA E A ESCOLA

A Educação Física como área de conhecimento traz consigo a

responsabilidade e a mesma função das demais áreas de conhecimento

sistematizado, contribuir para formação do indivíduo. Nenhuma área de

conhecimento sozinha, dá sustentação a uma visão ampla do aluno. É necessário

que aja uma articulação entre essas áreas de conhecimento para que o aluno tenha

uma visão diferenciada, e assim criar possibilidades que viabilizem a compreensão

do aluno sobre o mundo em que está inserido. Propiciar caminhos que o leve a

entender os aspectos políticos, históricos, sociais, econômicos e culturais de seu

tempo. Entender a realidade compreendendo o que compete à evolução da

sociedade vigente. Incentivar a criatividade com intuito de fazer com que

compreenda o valor da contextualização e da conexão, viabilizar caminhos que o

conduz ao discernimento que o leve a ter capacidade de construir pontes e a

ultrapassar limites, que objetive e busque uma sociedade produtiva e responsável.

Neste sentido a Educação Física se orienta por uma diretriz onde são

apresentados os conteúdos estruturantes que são: Esporte Dança: Jogos e

brincadeiras: Ginástica: Lutas e Danças, e os define como conhecimento de

amplitude.

Nestas diretrizes Curriculares, os conteúdos Estruturantes foram definidos como os conhecimentos de grande amplitude, conceitos ou práticas que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para compreender seu objetivo de estudo/ensino. (SECRETARIA DA EDUCAÇÃO, 2008, p. 62).

Ao professor de educação física cabe a responsabilidade de trabalhar cada

conteúdo estruturante garantindo aos alunos o que lhe é de direito a

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contextualização e reflexão sobre cada atividade praticada. Em sua prática

pedagógica o professor deve priorizar e sempre levar em consideração o contexto

sócio/cultural de cada conteúdo na certeza que nada será vivenciado de maneira

limitada priorizando a prática pela pratica e não respeitando seu contexto

histórico/social e a realidade atual dessa prática dentro da sociedade.

Nesta perspectiva, não se pode esquecer dos brinquedos que, no seu processo de criação, envolvem relações sociais, políticas e simbólicas que se fazem presentes desde sua invenção. (SECRETARIA DA EDUCAÇÃO, 2008, p, 66).

Neste contexto abre espaço para a discussão sobre as possibilidades de

fazer conexão entre a prática em jogos e brincadeiras populares e a vida social do

aluno.

5. PROBLEMATIZAÇÃO

Tempos moderno, com as mudanças na sociedade surge fenômenos que

precisam ser questionados. Hoje se convive muito com a violência instalada em

diferentes lugares dentro da sociedade e manifestada de modo distinto em cada

lugar. De maneira geral todos buscam ações diferentes para conviver com a

insegurança, problema muito discutido na sociedade em que vivemos. É apontada

sob vários adjetivos, dependendo do lugar e como ela se manifesta. No espaço

escolar em especial nas escolas brasileiras ela é apontada como uns dos fatores

que dificulta segundo discurso dos professares, ações quanto às práticas

pedagógicas.

Esta práxis busca caminhos que norteiem possibilidades e reflexão sobre

quais os fatores que contribuem/ou tornam o aluno (in) disciplinado?. Na tentativa de

disseminar ou diminuir a mesma no espaço escolar.

6. INSTRUMENTALIZAÇÃO

As expectativas evidenciadas a partir dos estudos preliminares apontam que

os jogos oferecem criatividade e propõe problemas. Para o desenvolvimento dessa

prática pedagógica se promoverá uma discussão que leve as reflexões com intuito

de obter resposta do quanto os alunos conhecem de jogos e brincadeiras populares

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e suas potencialidades utilizando como parâmetro um questionário fechado sobre

Jogos e brincadeiras populares.

7. METODOLOGIA

A pesquisa se caracteriza de campo de cunho qualitativo envolvendo 40

alunos da educação básica que serão submetidos a um questionário com o intuito

de sondar o conhecimento dos mesmos sobre jogos populares. Num segundo

momento os mesmos irão vivenciar jogos populares como a bola queimada, a bets,

pique – esconde o pular corda o pique - esconde e o teatro com fantoche de papel

machê que possibilitará a socialização, integração e conhecimento. No terceiro

momento será feito estudos sobre os jogos e suas possibilidades no combate da

indisciplina. Neste contexto abre espaço para a discussão sobre a dinâmica em

relação com o jogo jogado e a vida cotidiana.

8. SEQUÊNCIA DIDÁTICA DE IMPLEMENTAÇÃO

Esta seqüência pedagógica será composta por 32 aulas ministrada durante as

aulas de Educação Física no período matutino no Colégio Estadual Santos Dumont,

na cidade de Santa Cruz de Monte Castelo Paraná, envolvendo 40 alunos. Será

mediada pelo professor de Educação Física da referida Escola e também autor

desta unidade didática, a mesma será utilizada como material de pesquisa e

parâmetro norteando o resultado deste estudo.

9. CONCEITUANDO JOGOS E BRINCADEIRAS POPULARES

Jogos e brincadeiras populares fazem parte da cultura dos povos e são

criados e passados de geração para geração ao longo do tempo.

fevereiro Apresentação do trabalho para a equipe pedagógica e administrativa.

1h/aula

março Apresentação do projeto aos alunos 1h/aulas

março Questionário sobre jogos e brincadeiras pelo aplicado pelo professor de Educação Física da turma do 6º ano matutino na busca do perfil do aluno

2h/aula

março Pique – esconde 2h/aulas

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abril bets 3h/aula

maio Pular corda 2h/aulas

maio Bola queimada 2h/aula

junho fantoche 4h/aulas

junho Rua de recreio 3h/aulas

10. CAPACIDADE EM AÇÃO

Atividade -1

Apresentação do projeto à administração e equipe pedagógica. É o tempo

que nos mobilizamos para tornamos consciência dos jogos e brincadeiras em

questão. Neste momento é necessária atividades com intuito de sondar a respeito

do conhecimento prévio que os alunos têm sobre jogos e brincadeiras populares.

Atividade – 2

Aplicação do questionário

Sabe-se que os jogos populares são jogos e brincadeiras tradicionais,

também conhecidos como jogos de rua, como por exemplo, estes aqui relacionados:

pique esconde a bola queimada, bets, pula corda e fantoche de papel machê,

responda as seguintes questões.

Identificar a idade do entrevistado.

( ) menos de 11 anos ( ) maior de 12 anos.

1- Você já brincou ou brinca de jogos populares?

( ) sim ( ) não

2- Qual a freqüência que você brinca utilizando jogos populares?

( ) nunca ( ) as vezes

( ) sempre ( )diariamente.

3- Onde você mais utiliza jogos populares para brincar?

( ) na escola durante o recreio.

( ) na rua de sua casa

( ) nunca utiliza

4-Você acha interessante jogo popular?

( )sim ( ) não

5-Seus pais já brincaram com você com jogos populares?

( ) sim ( ) não

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6-Você já participou de alguma festividade onde houve a utilização de jogos

populares?

( ) sim ( ) não

7-Qual desses jogos populares você já brincou?

( ) bets ( ) pula corda ( )bola queimada ( ) pique esconde ( )

fantoche.

8-Você gostaria de participar de jogos populares em sua aula de educação física?

( ) sim ( ) não.

Atividade- 3

Pique – esconde

Objetivo: levar a criança perceber o trabalho em equipe, a importância de fidelidade

junto às limites estabelecidos em comum com o grupo. Estimular a criação de novas

regras ou apresentar variáveis do jogo e colaborar apresentando e vivenciado com

os demais.

O jogo desenvolve: agilidade, concentração e noção de espaço.

No jogo básico inicialmente o grupo elege um dos participantes para ser o

‘perseguidor’ ele deve esconder o rosto em um pique que pode ser uma árvore ou

um ponto da escolha do grupo. Contar até 30 enquanto os demais componentes se

escondem no espaço determinado pelo grupo. Quando termina de contar, o

‘perseguidor’ vai atrás dos jogadores escondidos. Quem for visto e tocado por ele

está fora do jogo. Assim que encontrar alguém volta ao pique e diz o nome da

pessoa encontrada falando 1, 2, 3, “nome” pego.

Os jogadores escondidos também podem tentar correr até o pique e se salvar

enquanto o perseguidor não estiver olhando. Depois pode optar por salvar alguém

caso o último a ser encontrado consiga chegar ao ponto e bater, ele tem a opção de

salvar todos e aqueles que não conseguirem se salvar, a serem salvos. Também

conhecido em algumas regiões como "Salve o Mundo" e "31 Salve Todos".

Reflexão:

Na vida cotidiana nós precisamos agir em conjunto porque se não estaremos

agindo de forma isolada. Desta forma estaremos sozinhos tanto no fracasso quanto

na derrota. Se agirmos coletivamente sempre teremos a quem contar as alegrias, as

tristezas e vitórias bem como compartilhar as mesmas.

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Questionário final

Poderia correr todos para o mesmo lugar?

( ) sim ( ) não

Poderia partilhar um lugar bem escondido com o parceiro?

( ) sim ( ) não

O “perseguidor” em questão poderia abrir os olhos sem que ninguém visse?

( )sim ( ) não

Se alguém mais rápido salvasse alguém isso poderia ser considerado uma boa

ação?

( )sim ( ) não.

Atividade- 4

Jogo de bets

Objetivo: Viabilizar conceitos sobre limites. Respeito às limitações do próximo.

Trabalho em equipe e filantropia através da construção ou doação (empréstimos de

materiais) no caso bola, tacos.

O jogo desenvolve: agilidade, destreza, flexibilidade, velocidade, concentração,

raciocínio.

Origem

Há várias versões sobre sua origem, entre elas que foi criado pelo Jangadeiro

do Brasil, que jogavam tacos nos porões dos navios durante a travessia dos

oceanos. A outra que tem origem britânica, inclusive seu nome é dado em

homenagem a Rainha Elizabeth I dessa versão ele é descendente do cricket

britânico.

O Jogo

O jogo de bets é um jogo de rua. Cujo objetivo principal do jogo é rebater a

bola lançada pelo jogador adversário e lança-la para bem longe, porque neste

período os jogadores que detém os tacos de madeiras durante o tempo em que o

adversário correr atrás da bola, a dupla que rebateu deve cruzar os bets, no centro

do campo,contando pontos cada vez que cruzarem os tacos de madeiras. O jogo

termina quando a dupla atingir o ponto determinado pelo grupo que varia entre 5, 7

ou 12, até 21 deverá derrubar as “casinhas” tripé, cruzar os tacos no centro do jogo.

Sair correndo contando até o ponto decidido e gritar vitória. São necessários dois

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tacos de tamanho médio, dois alvos (pedaços de madeira apoiados em forma de

tripé) e uma bola pequena de borracha, ou uma bola do jogo de tênis.

Elaboração: São colocados os tripés em uma distancia determinada pelo grupo e

desenhando um circulo que servirá de base para descansar o taco. É jogado por

duas duplas, sendo que uma está em posse dos tacos de madeiras que são os

rebatedores. A outra dupla detém posse da bola. São os lançadores. É decidido

quem fica com as bets pegando um taco molhando uma parte jogando para cima, o

lado que cair para cima dá direito ao inicio do jogo em posse da bets quem escolheu

seco ou molhado dependendo do que decidiu o grupo. Cada rebatedor fica

posicionado perto de um tripé, com o taco sempre tocando o chão dentro da base.

Os lançadores se posicionam fora do espaço entre as bases. Eles podem

entrar nesse espaço para pegar a bola, mas os lançamentos são feitos atrás da linha

da base de seu lado.

Variações: Se o taco tiver fora da base o adversário poderá atingir e derrubar o tripé

e tomar posse dos tacos. Todas as vezes que dupla em posse dos tacos

necessitarem de tirar o taco da base terá que pedir licença.

Regra do “para traz”, regra da lancha.

Você conhece outras variações? Quais?

Reflexão

Onde é que na vida comum do dia a dia entra trabalho em parceria?

Onde é que temos um tempo determinado para finalizar tarefa?

Quando é que necessitamos de ajuda para alguma realização?

Quando que necessitamos do outro em nossa vida?

Questões

Nesta brincadeira você se sentiu lesado alguma vez?

( ) sim ( ) não.

Você achou que todos colaboraram corretamente?

( ) sim ( ) não

Achou bem colada as regras do jogo?

( ) sim ( ) não

Você achou necessária o pedido de licença?

( ) sim ( ) não

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Atividade- 5

Pular corda

O Jogo desenvolve: agilidade condicionamento físico, cooperação, memória,

seqüência, lateralidade e socialização.

Objetivo da atividade: respeito às limitações do outro. Cooperação.

Elaboração.

Para brincar são necessários dois participantes, cada um segura em uma

ponta da corda, batendo-a em círculo e de forma ritmada enquanto o terceiro

integrante pula, assim que ela tocar o chão.

Variações: Colocar em vez de um, mais participantes. Aumentar o tempo ritmo de

batida da corda ou usar cantigas de rodas de terminando ações dentro do pular

cordas.

Reflexão

Na vida pode ter velocidade variada também?

Na vida pode ter tempo que você pode optar cantar?

Na vida cotidiana podemos decidir se fazemos as coisas sozinhas ou em mais

pessoas?

Questões

1-Você achou que na brincadeira nada reflete da vida comum, onde podemos

delimitar limites?

( ) sim ( ) não

2-Você acha que na vida, se algo for bem explicado, exemplo regras a serem

respeitadas na escola pode ser mais bem absorvido para resolver questões?

( )sim( ) não.

Na vida, você acha que se têm limites demais? Eles devem ser respeitados

rigorosamente?

Bola Queimada

O jogo desenvolve: agilidade, destreza, velocidade e/reação.

Objetivo - Levar os alunos a refletir sobre possível mudança na vida produzida pela

reação de um determinado ato.

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Elaboração: são necessários dois grupos de alunos em números iguais, uma bola

leve em espaço retangular divide em duas partes. Nos extremos de cada espaço fica

um espaço que pode ser chamado de (prisão, cercado etc., a critério do grupo) onde

os jogadores queimados de cada time deverão ficar. Depois de divididos os times e

tirado no par ou ímpar que inicia com a bola bola. Iniciará o jogo sob o sinal de

alguém determinado pelo grupo. Quem tiver de posse de bola deverá tentar queimar

o jogador adversário, atingindo-o com a bola. O indivíduo queimado deverá ir para a

prisão colaborando com seu grupo na tentativa de queimar o adversário. A prisão de

cada equipe ficara do lado contrário a seu campo de defesa. Se alguém conseguir

pegar a bola na hora que tentarem queima - lo, a situação muda, além disso, ele

ganha uma vida. Podendo salvar alguém que estiver preso, dando oportunidade de

voltar ao jogo. Vence a partida quem conseguir colocar todos adversários na prisão.

Reflexão

Isso pode acontece em nossas vidas?

Pode acontece na escola, por exemplo, de que forma?

Você já se considerou queimado na escola?

Em qual situação?Ou nunca houve situação dessas?

Questões

Você acha que a escola tem que mudar formas de apresentar suas normas, regras?

(sim ( ) não

Tem coisas em nossa vida que pode ser considerada prisão?

( ) sim ( )não

Na escola já existiu algo que te remete a um tipo de prisão?

( ) sim ( 0 não

Fantoches

O Jogo desenvolve: Leitura e maneiras variadas de contar fábulas por meio de livros

infantis. Trabalhar expressão vocal, estimular a criatividade e desenvolver

habilidades manuais.

Objetivo: Levar o aluno observar que podemos fazer interferências na vida

direcionando resultados.

Estratégias

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Será contada a fábula dos três porquinhos, oralmente e por desenho animado

em vídeo. Solicitar que eles contem uma história também.

-Todos em círculo para facilitar audição sobre a fábula.

-Será proposta para fazerem atividades em quarteto para construção do teatro de

fantoches.

-Incentivar e ajudar os alunos na reprodução oral das histórias.

-Será Utilizado recurso de vídeo na internet para mostrar um teatro de fantoches.

-Na escola já existe cenário para apresentação da encenação de fábulas por meio

de fantoches.

Utilizar a história dos três porquinhos para encenação de fantoche que será confeccionado com papel machê pelos alunos e professor.

Reflexão Esta fábula tem relação quando nos comprometemos em realizar bem determinada

tarefa?

Para realizar bem uma determinada tarefa é necessário que se tenha certa dose de

disciplina?

Questões

A disciplina torna difícil a realização de determinadas tarefa?

( ) sim ( )não

1- Quando bem elaborado bem explicado determinada tarefa fica mais fácil fazer

com certa ordem estabelecida?

( ) sim ( ) não

2- Você achou essa atividade difícil de ser fazer?

( ) sim ( ) não

3- Você achou divertido fazer essa atividade?

( ) sim ( ) não

Atividade- 6

Será oferecida a comunidade escolar uma rua de recreio ao lado da escola contendo

jogos e brincadeiras populares.

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