Os limites das eleições para o DCE/UFC e a necessidade de construir uma alternativa de luta ...
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7/31/2019 Os limites das eleies para o DCE/UFC e a necessidade de construir uma alternativa de luta combativa dos estu
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Os limites das eleies para o DCE/UFC ea necessidade de construir uma alternativa de luta
combativa dos estudantes
Oposio Classista e Combativa ao DCE/UFC abril de 2012 opocicaocc.blogspot.com
Entre os dias 24 e 26 de abril ocorrer a eleio pra o DCE-UFC. Apenas duas chapas disputam opleito, a Chapa 1(OE-UNE/ANEL), que situao h duas gestes, e a Chapa 2 ligada a UJS/UNE.
Chapa 1: a poltica do medo que substitui oprograma
A Chapa 1, atual gesto, encontra claramente
mais organizada e mesmo com menos membros
possuem mais chances de ganhar. Entretanto,
essa fora da atual gesto no se deve ao
trabalho realizado no ltimo perodo. Naverdade, alm de todos os problemas, a gesto
assumiu abertamente a incapacidade de gerir o
DCE, ainda no final do ano passado, durante o
CEB que criou a comisso gestora, pois apenas
4 militantes tocavam todas as atividades.
A unidade de vrios companheiros
independentes, alguns destes combativos, em
torno da Chapa 1 se d pela poltica do medo e
no pela defesa da construo de uma gesto
combativa. Pois, o discurso propalado pelosintegrantes mais orgnicos da Chapa 1 consiste
em dizer que a direita est voltando ou a
direita est crescendo. Assim, o objetivo de
organizar os companheiros da chapa consiste
em conter o avano da "direita". A Chapa 1 se
baseia numa defesa emotiva e no programtica
para angariar adeptos e votos, faz da poltica do
medo sua plataforma de ao. A chapa ainda
prope fazer em um ano o que no conseguiu
fazer em dois, como a liberao da ConchaAcstica, creches na universidade e uma
atuao mais prxima a base dos estudantes,
entre outros.
Chapa 2: rabo preso com o governo
A Chapa 2, composta pela UJS/UNE, se
mostrou completamente afastada das lutas
estudantis na UFC nos ltimos anos, s
aparecendo agora para disputar eleio. Isso no
foge dos seus princpios, pois est de acordocom sua prtica aparatista, isso quer dizer, s
querem o aparato do DCE sem terem construido
luta nenhuma. J estiveram na direo do DCE
(2006-2009) e durante esse perodo
colaboraram de maneira subalterna com a
Reitoria e na defesa das polticas neoliberais de
privatizao da educao do governo do PT.
A Chapa 2 representa o que h de mais atrasado
no movimento estudantil brasileiro. Ela ser
incapaz de combater as polticas educacionaisprecarizadoras do governo Dilma/PT e far de
tudo para barrar a mobilizao e luta dos
estudantes, porque tem o rebo preso com o
governo. J ganhou mais de 30 milhes do
governo e em 2011, recebeu apenas para seu
congresso 3 milhes de reais, que ainda contou
com o ex-Ministro da Educao Haddad e o ex-
presidente Lula. Ainda assim, afirma manter
autonomia diante do governo, o que uma
piada!
Entre a esquerda e a direita ?: falsapolarizao na atual eleio para DCE
A polarizao esquerda ou direita, colocada
na maioria das vezes de maneira simplista e
oportunista, comeou a apresentar muitos
limites a partir do ciclo que se inicia com a
chegada do PT ao governo federal. Pois,
existem grupos identificados como esquerda
que esto no governo, ou o apoiam por fora ouainda reproduzem as mesmas bandeiras dele,
como o paragovernismo da Chapa 1. Exemplo
disso foi durante esses anos a defesa por parte
do paragovernismo das bandeiras governistas
tambm defendida pela UNE da Chapa 2 como
10% do PIB para a educao, o Pr sal nosso,
entre outras.
A poltica do medo propagada pelo
paragovernismo, hegmonico na Chapa 1, se
mostra um recurso discursivo que tenta criar
apoio a sua chapa no pelo contedo de seuprograma, mas pela necessidade de barrar a
direita. Alertamos aos companheiros sinceros
que esto nesta chapa a no cairem na falcia
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7/31/2019 Os limites das eleies para o DCE/UFC e a necessidade de construir uma alternativa de luta combativa dos estu
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desse discurso, de escolhermos o menos ruim.
O critrio pelo qual devemos analisar a Chapa 1
a avaliao dos dois anos de sua gesto e no
simplesmente o crescimento da direita.
Quando resta apenas a poltica do medo do
crescimento da direita como arma para angariar
apoiadores e votos, isso demonstra uma
fragilidade programtica e estratgica que o
paragovernismo no conseguiu superar. Esseoportunismo o pai e a me da derrota, ele
vai determinar toda sua atuao se ganharem ou
perderem nessas eleies, desde j colocando os
limites de sua atuao, seja como situao seja
como oposio.
Governismo X antigovernismo no movimentoestudantil: a maneira correta de travar a luta
Ns da RECC, atraves da OCC (Oposio
Classista e Combativa ao DCE/UFC) jafirmamos o quanto, na atual conjuntura, o
discurso esquerda X direita defendido pelo
paragovernismo se demonstrou obsoleto. Isso se
d pelas condies especificas do momento
atual. No qual, quando o Governo Lula assumiu
ocorreu uma transio pacfica dos movimentos
sociais para a esfera governista (UNE, CUT e
parte do MST).
Dessa forma, esses movimentos tentaram fazer
uma disputa por dentro do governo. O exemplo
mais claro o do MST que trocou as ocupaes
como instrumento na luta pela reforma agrria
pela disputa de pastas internas no governo,
elegendo o combate ao agronegcio e no mais
a reforma agrria como sua principal bandeira
de luta. A CUT teve seus presidente, Marinho,
como Ministro do Trabalho e aprovou a
Reforma da Previdncia de 2003 dando incio a
privatizao do setor. A UNE que h tempos j
era uma entidade burocratizada pelaUJS/PCdoB, foi de mala e cuia pro lado do
governo, no s apoiando as reformas
privatistas na educao como as elaborando
junto ao governo.
No ciclo atual, iniciado com a chegada do PT ao
governo federal, a real polarizao se d entre
governistas e antigovernistas, somente ela pode
nos guiar na identificao de nossos aliados e
inimigos. Assim, quem governo e quem no ,
quais so os movimentos de trabalhadores e
estudantes que fazem uma poltica idependente
do governo e quais no fazem. Os que no
fazem uma poltica autnoma esto
subordinados ao governo, fadados a
reproduzirem de diversas maneiras a poltica
governista. Os que fazem uma poltica
independente e que no se confundem com as
bandeiras governistas tm todo um caminho dedesafios para construir as futuras vitrias dos
estudantes e trabalhadores.
Criar uma alternativa de luta: construir aOposio Classista e Combativa
A direita ou o governismo se combate sempre,
estando ela na direo ou no das entidades. O
governismo se combate todo dia e no somente
em poca de elio. A pergunta : conseguiram
os membros da Chapa 1 combater de maneirasria o governismo enquanto estiveram na
direo do DCE? Ou se confundiram com essa
direita que agoram julgam necessrio
combater?
O imobilismo do DCE (gerido por membros da
atual Chapa 1), sua entrada tardia ou sada
apressada das lutas, quando no a sabotagem a
algumas lutas, como contra o aumento da
passagem em 2011, e a incapacidade de
construir unidade com a greve dos servidores no
mesmo ano, deixam um saldo negativo na conta
de quem promete uma gesto combativa para
2012. Para ocultar isso, o recurso a poltica do
medo do avano da direita sua nica arma. A
conquista do RU noturno que a Chapa 1 usa
como sua, na verdade foi uma conquista da luta
de todos os estudantes, engrossada no
Congresso de Estandes pelos diversos
estudantes independentes e correntes
combativas.
O combate a direita se faz com a criao de um
mvimento estudantil forte e combativo e no
apenas de forma discurssiva e em poca de
eleio. Fazemos um chamado a todos os
estudantes sinceros que no se sentem
representados pelas duas chapas em disputa a
virem discutir nosso programa e a construir um
movimento estudantil pela base e combativo.
Construir o movimento estudantil antigovernista, classista e combativo!Construir a Oposio Classista e Combativa ao DCE/UFC!