Os limites das eleições para o DCE/UFC e a necessidade de construir uma alternativa de luta ...

download Os limites das eleições para o DCE/UFC e  a necessidade de construir uma alternativa de luta  combativa dos estudantes

of 2

Transcript of Os limites das eleições para o DCE/UFC e a necessidade de construir uma alternativa de luta ...

  • 7/31/2019 Os limites das eleies para o DCE/UFC e a necessidade de construir uma alternativa de luta combativa dos estu

    1/2

    Os limites das eleies para o DCE/UFC ea necessidade de construir uma alternativa de luta

    combativa dos estudantes

    Oposio Classista e Combativa ao DCE/UFC abril de 2012 opocicaocc.blogspot.com

    Entre os dias 24 e 26 de abril ocorrer a eleio pra o DCE-UFC. Apenas duas chapas disputam opleito, a Chapa 1(OE-UNE/ANEL), que situao h duas gestes, e a Chapa 2 ligada a UJS/UNE.

    Chapa 1: a poltica do medo que substitui oprograma

    A Chapa 1, atual gesto, encontra claramente

    mais organizada e mesmo com menos membros

    possuem mais chances de ganhar. Entretanto,

    essa fora da atual gesto no se deve ao

    trabalho realizado no ltimo perodo. Naverdade, alm de todos os problemas, a gesto

    assumiu abertamente a incapacidade de gerir o

    DCE, ainda no final do ano passado, durante o

    CEB que criou a comisso gestora, pois apenas

    4 militantes tocavam todas as atividades.

    A unidade de vrios companheiros

    independentes, alguns destes combativos, em

    torno da Chapa 1 se d pela poltica do medo e

    no pela defesa da construo de uma gesto

    combativa. Pois, o discurso propalado pelosintegrantes mais orgnicos da Chapa 1 consiste

    em dizer que a direita est voltando ou a

    direita est crescendo. Assim, o objetivo de

    organizar os companheiros da chapa consiste

    em conter o avano da "direita". A Chapa 1 se

    baseia numa defesa emotiva e no programtica

    para angariar adeptos e votos, faz da poltica do

    medo sua plataforma de ao. A chapa ainda

    prope fazer em um ano o que no conseguiu

    fazer em dois, como a liberao da ConchaAcstica, creches na universidade e uma

    atuao mais prxima a base dos estudantes,

    entre outros.

    Chapa 2: rabo preso com o governo

    A Chapa 2, composta pela UJS/UNE, se

    mostrou completamente afastada das lutas

    estudantis na UFC nos ltimos anos, s

    aparecendo agora para disputar eleio. Isso no

    foge dos seus princpios, pois est de acordocom sua prtica aparatista, isso quer dizer, s

    querem o aparato do DCE sem terem construido

    luta nenhuma. J estiveram na direo do DCE

    (2006-2009) e durante esse perodo

    colaboraram de maneira subalterna com a

    Reitoria e na defesa das polticas neoliberais de

    privatizao da educao do governo do PT.

    A Chapa 2 representa o que h de mais atrasado

    no movimento estudantil brasileiro. Ela ser

    incapaz de combater as polticas educacionaisprecarizadoras do governo Dilma/PT e far de

    tudo para barrar a mobilizao e luta dos

    estudantes, porque tem o rebo preso com o

    governo. J ganhou mais de 30 milhes do

    governo e em 2011, recebeu apenas para seu

    congresso 3 milhes de reais, que ainda contou

    com o ex-Ministro da Educao Haddad e o ex-

    presidente Lula. Ainda assim, afirma manter

    autonomia diante do governo, o que uma

    piada!

    Entre a esquerda e a direita ?: falsapolarizao na atual eleio para DCE

    A polarizao esquerda ou direita, colocada

    na maioria das vezes de maneira simplista e

    oportunista, comeou a apresentar muitos

    limites a partir do ciclo que se inicia com a

    chegada do PT ao governo federal. Pois,

    existem grupos identificados como esquerda

    que esto no governo, ou o apoiam por fora ouainda reproduzem as mesmas bandeiras dele,

    como o paragovernismo da Chapa 1. Exemplo

    disso foi durante esses anos a defesa por parte

    do paragovernismo das bandeiras governistas

    tambm defendida pela UNE da Chapa 2 como

    10% do PIB para a educao, o Pr sal nosso,

    entre outras.

    A poltica do medo propagada pelo

    paragovernismo, hegmonico na Chapa 1, se

    mostra um recurso discursivo que tenta criar

    apoio a sua chapa no pelo contedo de seuprograma, mas pela necessidade de barrar a

    direita. Alertamos aos companheiros sinceros

    que esto nesta chapa a no cairem na falcia

  • 7/31/2019 Os limites das eleies para o DCE/UFC e a necessidade de construir uma alternativa de luta combativa dos estu

    2/2

    desse discurso, de escolhermos o menos ruim.

    O critrio pelo qual devemos analisar a Chapa 1

    a avaliao dos dois anos de sua gesto e no

    simplesmente o crescimento da direita.

    Quando resta apenas a poltica do medo do

    crescimento da direita como arma para angariar

    apoiadores e votos, isso demonstra uma

    fragilidade programtica e estratgica que o

    paragovernismo no conseguiu superar. Esseoportunismo o pai e a me da derrota, ele

    vai determinar toda sua atuao se ganharem ou

    perderem nessas eleies, desde j colocando os

    limites de sua atuao, seja como situao seja

    como oposio.

    Governismo X antigovernismo no movimentoestudantil: a maneira correta de travar a luta

    Ns da RECC, atraves da OCC (Oposio

    Classista e Combativa ao DCE/UFC) jafirmamos o quanto, na atual conjuntura, o

    discurso esquerda X direita defendido pelo

    paragovernismo se demonstrou obsoleto. Isso se

    d pelas condies especificas do momento

    atual. No qual, quando o Governo Lula assumiu

    ocorreu uma transio pacfica dos movimentos

    sociais para a esfera governista (UNE, CUT e

    parte do MST).

    Dessa forma, esses movimentos tentaram fazer

    uma disputa por dentro do governo. O exemplo

    mais claro o do MST que trocou as ocupaes

    como instrumento na luta pela reforma agrria

    pela disputa de pastas internas no governo,

    elegendo o combate ao agronegcio e no mais

    a reforma agrria como sua principal bandeira

    de luta. A CUT teve seus presidente, Marinho,

    como Ministro do Trabalho e aprovou a

    Reforma da Previdncia de 2003 dando incio a

    privatizao do setor. A UNE que h tempos j

    era uma entidade burocratizada pelaUJS/PCdoB, foi de mala e cuia pro lado do

    governo, no s apoiando as reformas

    privatistas na educao como as elaborando

    junto ao governo.

    No ciclo atual, iniciado com a chegada do PT ao

    governo federal, a real polarizao se d entre

    governistas e antigovernistas, somente ela pode

    nos guiar na identificao de nossos aliados e

    inimigos. Assim, quem governo e quem no ,

    quais so os movimentos de trabalhadores e

    estudantes que fazem uma poltica idependente

    do governo e quais no fazem. Os que no

    fazem uma poltica autnoma esto

    subordinados ao governo, fadados a

    reproduzirem de diversas maneiras a poltica

    governista. Os que fazem uma poltica

    independente e que no se confundem com as

    bandeiras governistas tm todo um caminho dedesafios para construir as futuras vitrias dos

    estudantes e trabalhadores.

    Criar uma alternativa de luta: construir aOposio Classista e Combativa

    A direita ou o governismo se combate sempre,

    estando ela na direo ou no das entidades. O

    governismo se combate todo dia e no somente

    em poca de elio. A pergunta : conseguiram

    os membros da Chapa 1 combater de maneirasria o governismo enquanto estiveram na

    direo do DCE? Ou se confundiram com essa

    direita que agoram julgam necessrio

    combater?

    O imobilismo do DCE (gerido por membros da

    atual Chapa 1), sua entrada tardia ou sada

    apressada das lutas, quando no a sabotagem a

    algumas lutas, como contra o aumento da

    passagem em 2011, e a incapacidade de

    construir unidade com a greve dos servidores no

    mesmo ano, deixam um saldo negativo na conta

    de quem promete uma gesto combativa para

    2012. Para ocultar isso, o recurso a poltica do

    medo do avano da direita sua nica arma. A

    conquista do RU noturno que a Chapa 1 usa

    como sua, na verdade foi uma conquista da luta

    de todos os estudantes, engrossada no

    Congresso de Estandes pelos diversos

    estudantes independentes e correntes

    combativas.

    O combate a direita se faz com a criao de um

    mvimento estudantil forte e combativo e no

    apenas de forma discurssiva e em poca de

    eleio. Fazemos um chamado a todos os

    estudantes sinceros que no se sentem

    representados pelas duas chapas em disputa a

    virem discutir nosso programa e a construir um

    movimento estudantil pela base e combativo.

    Construir o movimento estudantil antigovernista, classista e combativo!Construir a Oposio Classista e Combativa ao DCE/UFC!