Otorrinolaringologia e Oftalmologia · Especialista em Otorrino-laringologia pela Pontifícia...

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Principais temas para provas SIC CLÍNICA CIRÚRGICA Otorrinolaringologia e Oftalmologia

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Principais temas para provas

SIC CLÍNICA CIRÚRGICA

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Abril, 2018Proibida a reprodução total ou parcial.

Os infratores serão processados na forma da legislação vigente.Direitos exclusivos para a língua portuguesa licenciados

à Medcel Editora e Eventos Ltda.Av. Paulista, 1776 - 2º andar - São Paulo - Brasil

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

O conteúdo deste livro é específico para provas, visando, principalmente, informar o leitor sobre as tendências das avaliações e prepará-lo para elas. Além disso, não é recomendado para a prática médica ou para a formação acadêmica. Acrescente-se que há a probabilidade de discordâncias entre conceitos das diferentes instituições, e que as informações contidas neste material estão de acordo com o regime vigente no momento da publicação, a serem complementadas conforme surgirem novos conhecimentos.

Principais temas em Otorrinolaringologia e Oftalmologia / Bruno Peres Paulucci - Eric Thuler - Vladimir Garcia Dall’Oca - Daniel Cruz Nogueira - Gustavo Malavazzi - Liang Shih Jung - Lincoln Lemes Freitas - Wilson Takashi Hida - - 1. ed. -- São Paulo: Medcel, 2018. -- (Principais temas em Otorrinolaringologia e Oftalmologia)

1. Otorrinolaringologia e Oftalmologia - Concursos - 2. Residentes (Medicina)

© 2018 by

PRINCIPAIS TEMAS EM OTORRINOLARINGOLOGIA E OFTALMOLOGIAOtorrinolaringologia

Bruno Peres Paulucci - Eric Thuler - Vladimir Garcia Dall’OcaOftalmologia

Daniel Cruz Nogueira - Gustavo Malavazzi - Liang Shih Jung - Lincoln Lemes Freitas - Wilson Takashi Hida -

Produção Editorial: Fátima Rodrigues Morais

Coordenação Editorial e de Arte: Martha Nazareth Fernandes Leite

Projeto Gráfico: SONNE - Jorlandi Ribeiro

Diagramação: Diego Cunha Sachito - Jorlandi Ribeiro - Jovani Ribeiro - Paulo Sergio Gualtieri

Criação de Capa: R2 Editorial

Assistência Editorial: Tatiana Takiuti Smerine Del Fiore

Preparação de Originais: Andreza Queiroz

Revisão Final: Henrique Tadeu Malfará de Souza

Revisão de Texto e de Provas: Caroline R. dos Anjos - Marcela Zuchelli Marquisepe

Maria Adriana Taveira - Mariana Rezende Goulart - Mônica d’Almeida

Serviços Editoriais: Eliane Cordeiro - Tatiana Alves

Serviços Gráficos: Thaissa Câmara Rodrigues

Autoria e colaboração

OTORRINOLARINGOLOGIA

Bruno Peres Paulucci Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Especialista em Otorrinolaringo-logia e subespecialista em Cirurgia Plástica facial pelo HC-FMUSP, onde também cursou doutorado e é médico colaborador. Pós-graduado em Medicina Estética e Ci-rurgia Plástica Facial pelo Instituto de Tecnologia e Pes-quisa (ITEP). Membro da Associação Brasileira de Otorri-nolaringologia e Cirurgia Cervicofacial (ABORL-CCF) e da Academia Brasileira de Cirurgia Plástica Facial (ABCPF).

Eric ThulerGraduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto (FMUSP-RP). Especialis-ta em Otorrinolaringologia pelo HC-FMUSP-RP. Título de especialista pela Associação Brasileira de Otorrinolarin-gologia (ABORL).

Vladimir Garcia Dall’OcaGraduado em Medicina pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Especialista em Otorrino-laringologia pela Pontifícia Universidade Católica de So-rocaba (PUC).

Atualização 2018Bruno Peres Paulucci

Revisão de conteúdoNadia Mie Uwagoya Taira

OFTALMOLOGIA

Daniel Cruz NogueiraGraduado em Medicina pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Especialista em Oftalmolo-gia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Fel-low em Retina pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Membro do Hospital dos Olhos de Dourados - Dourados - MS. Preceptor de catarata na Santa Casa de Misericór-dia de São Paulo. Estágio em retina e vítreo na University of California, San Francisco (UCSF - EUA).

Gustavo MalavazziGraduado pela Faculdade de Medicina da Pontifícia Uni-versidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Espe-cialista em Oftalmologia pela Santa Casa de São Paulo e em Catarata pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), onde é orientador no Instituto da Catarata.

Liang Shih JungGraduado e especialista em Oftalmologia pela Univer-sidade Federal de São Paulo (UNIFESP), onde é médico assistente do Instituto de Catarata.

Lincoln Lemes Freitas Graduado em Medicina e especialista em Oftalmologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Dou-tor em Ciências Médicas pela Universidade da Califórnia. Diretor científico do setor de Catarata da Oftalmologia da UNIFESP.

Wilson Takashi HidaGraduado pela Faculdade de Medicina da Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE). Especialista em Oftalmo-logia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, onde é assistente do setor de Catarata. Research fellow do se-tor de Catarata e pós-graduado pelo HC-FMUSP. Médico do Banco de Olhos de Sorocaba (BOS).

Atualização 2018Daniel Cruz Nogueira

Assessoria didáticaMaria Helena Lopes Amigo

Revisão de conteúdoViviane Aparecida Queiroz

Revisão técnicaCinthia Ribeiro FrancoDan Yuta NagayaDaniela Andrea Medina MacayaEdivando de Moura BarrosJoão Guilherme Palma UrushimaLuan FortiLucas Kenzo MiyaharaMariana da Silva Vilas BoasMatheus Fischer Severo Cruz HomemPriscila Schuindt de Albuquerque SchilRyo ChibaWilian Martins GuarnieriWilliam Vaz de SousaYuri Yamada

Apresentação

O ensino médico é desafiador por natureza, e o estudante que se decide pelos fascinantes caminhos da Medicina sabe disso. Fascínio advindo, em grande parte, justamente das inúmeras possibilidades e, até mesmo, obri-gatoriedades que se abrem para esse aluno logo que ele ingressa no ensino superior, a ponto de ser quase impossível determiná-las ou mensurá-las.

Dessa rotina faz parte, por exemplo, um inevitável período de aulas práti-cas e horas em plantões de vários blocos, não só o responsável por grande parte da experiência que determinará a trajetória profissional desse aluno, como também o antecedente imediato do seu ingresso em um programa de Residência Médica que seja referência, no mínimo, em todo o país – o que exigirá dele um preparo minucioso e objetivo.

Esse é o contexto em que toda a equipe de conteúdo da Medcel, forma-da por profissionais das áreas pedagógica e editorial e médicos das mais diferentes especialidades, preparou a Coleção SIC Principais Temas para Provas. O material didático destaca-se pela organização e pelo formato de seus capítulos, inteiramente voltado à interação, com recursos gráficos e dicas sobre quadros clínicos, diagnósticos, tratamentos, temas frequentes em provas, leituras recomendadas e outros destaques, sem os quais o alu-no não deve prestar nenhum exame. Tudo isso somado às questões ao fi-nal, todas comentadas a partir de uma estrutura que lhe permite identificar o gabarito de imediato.

Com tudo isso, nossa equipe reforça o ideal de oferecer ao candidato uma preparação completa e lhe assegura um excelente estudo.

Índice

OTORRINOLARINGOLOGIACapítulo 1 - Anatomia em Otorrinolaringologia......................................... 171. Anatomia do nariz .....................................................182. Anatomia da orelha ..................................................273. Anatomia da faringe, da laringe e da

cavidade oral .............................................................. 364. Anatomia dos níveis cervicais ............................. 42Resumo ............................................................................44

Capítulo 2 - Métodos diagnósticos em Otorrinolaringologia........................................ 451. Introdução .................................................................. 462. Exames de imagem ................................................. 463. Exames endoscópicos ............................................. 514. Testes auditivos ....................................................... 545. Teste otoneurológico ...............................................576. Polissonografi a ......................................................... 58Resumo ............................................................................ 59

Capítulo 3 - Otologia......................................... 611. Doenças da orelha externa ................................... 622. Doenças não infecciosas da orelha média ........673. Doenças infecciosas/infl amatórias da orelha

média ...........................................................................724. Distúrbios da orelha interna ................................ 855. Fístula perilinfática ..................................................886. Surdez na infância ...................................................887. Vestibulopatias periféricas ................................... 928. Tumores de osso temporal e ângulo

pontocerebelar ........................................................ 959. Tumores glômicos de osso temporal ................. 9810. Paralisia facial periférica ..................................... 99Resumo ...........................................................................101

Capítulo 4 - Faringolaringologia ..................1031. Laringites ..................................................................1042. Patologias não infl amatórias da laringe ..........1103. Lesões benignas das pregas vocais ................... 1154. Alterações estruturais mínimas das pregas

vocais ......................................................................... 1175. Papilomatose laríngea ........................................... 1196. Paralisia de pregas vocais ................................... 1207. Trauma laríngeo .......................................................1228. Massas cervicais congênitas ...............................1249. Neoplasias de laringe .............................................13210. Faringotonsilites .................................................. 13411. Roncos e síndrome da apneia do sono........... 146Resumo .......................................................................... 148

Capítulo 5 - Rinologia ..................................... 1511. Rinossinusites ...........................................................1522. Rinossinusite aguda ...............................................1523. Complicações das rinossinusites agudas .........1554. Rinossinusite crônica ............................................ 1585. Subclassifi cações das rinossinusites

crônicas ...................................................................... 1606. Rinossinusites não infecciosas (rinites) ...........1677. Desvios septais ........................................................1698. Cisto de retenção mucoso ................................... 1709. Epistaxes .................................................................. 17010. Fraturas nasais ...................................................... 17111. Tumores de nariz e seios da face ......................172Resumo ...........................................................................176

Capítulo 6 - Outras doenças de cabeça e pescoço no território otorrinolaringológico ...1771. Glândulas salivares .................................................1782. Neoplasias de cavidade oral e orofaringe .......1873. Neoplasias de lábio ................................................ 1894. Neoplasias de palato duro .................................. 1905. Neoplasias de assoalho da boca........................ 1906. Neoplasias de nasofaringe .................................. 190Resumo .......................................................................... 194

OFTALMOLOGIA

Capítulo 1 - Conceitos gerais.........................1971. Anatomia ................................................................... 1982. Equipamentos oftalmológicos .......................... 204Resumo ..........................................................................205

Capítulo 2 - Erros de refração ..................... 2071. Introdução ............................................................... 2082. Conceitos ................................................................. 2083. Tipos de lentes ........................................................ 2104. Ametropia ................................................................. 2115. Ambliopia ................................................................. 2146. Lentes de contato .................................................. 214Resumo ...........................................................................215

Capítulo 3 - Pálpebras ....................................2171. Introdução ............................................................... 2182. Blefarite .................................................................... 2183. Hordéolo externo ..................................................2204. Calázio .......................................................................2205. Anomalias da margem palpebral ......................2206. Tumores benignos palpebrais ............................222

Questões:Organizamos, por capítulo, questões de instituições de todo o Brasil.

Anote:O quadrinho ajuda na lembrança futura sobre o domínio do assunto e a possível necessidade de retorno ao tema.

QuestõesCirurgia do Trauma

Atendimento inicial ao politraumatizado

2015 - FMUSP-RP1. Um homem de 22 anos, vítima de queda de moto em ro-dovia há 30 minutos, com trauma de crânio evidente, tra-zido pelo SAMU, chega à sala de trauma de um hospital terciário com intubação traqueal pelo rebaixamento do nível de consciência. A equipe de atendimento pré-hos-pitalar informou que o paciente apresentava sinais de choque hipovolêmico e infundiu 1L de solução cristaloide até a chegada ao hospital. Exame físico: SatO2 = 95%, FC = 140bpm, PA = 80x60mmHg e ECG = 3. Exames de imagem: raio x de tórax e bacia sem alterações. A ultrassonografia FAST revela grande quantidade de líquido abdominal. A melhor forma de tratar o choque desse paciente é:a) infundir mais 1L de cristaloide, realizar hipotensão permissiva, iniciar transfusão de papa de hemácias e en-caminhar para laparotomiab) infundir mais 3L de cristaloide, aguardar exames labo-ratoriais para iniciar transfusão de papa de hemácias e encaminhar para laparotomiac) infundir mais 3L de cristaloide, realizar hipotensão permissiva, iniciar transfusão de papa de hemácias e plasma fresco congelado e encaminhar para laparotomiad) infundir mais 1L de cristaloide, iniciar transfusão de papa de hemácias e plasma fresco congelado e encami-nhar o paciente para laparotomia

Tenho domínio do assunto Refazer essa questãoReler o comentário Encontrei dificuldade para responder

2015 - SES-RJ2. Para avaliar inicialmente um paciente com traumatis-mo cranioencefálico, um residente utilizou a escala de Glasgow, que leva em conta:a) resposta verbal, reflexo cutâneo-plantar e resposta motorab) reflexos pupilares, resposta verbal e reflexos profundosc) abertura ocular, reflexos pupilares e reflexos profundosd) abertura ocular, resposta verbal e resposta motora

Tenho domínio do assunto Refazer essa questãoReler o comentário Encontrei dificuldade para responder

2015 - UFES3. A 1ª conduta a ser tomada em um paciente politrau-matizado inconsciente é:

a) verificar as pupilasb) verificar a pressão arterialc) puncionar veia calibrosad) assegurar boa via aéreae) realizar traqueostomia

Tenho domínio do assunto Refazer essa questãoReler o comentário Encontrei dificuldade para responder

2015 - UFG4. Um homem de 56 anos é internado no serviço de emergência após sofrer queda de uma escada. Ele está inconsciente, apresenta fluido sanguinolento não coa-gulado no canal auditivo direito, além de retração e movimentos inespecíficos aos estímulos dolorosos, está com os olhos fechados, abrindo-os em resposta à dor, e produz sons ininteligíveis. As pupilas estão isocóricas e fotorreagentes. Sua pontuação na escala de coma de Glasgow é:a) 6b) 7c) 8d) 9

Tenho domínio do assunto Refazer essa questãoReler o comentário Encontrei dificuldade para responder

2015 - UFCG 5. Um homem de 20 anos foi retirado do carro em cha-mas. Apresenta queimaduras de 3º grau no tórax e em toda a face. A 1ª medida a ser tomada pelo profissional de saúde que o atende deve ser:a) aplicar morfinab) promover uma boa hidrataçãoc) perguntar o nomed) lavar a facee) colocar colar cervical

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2014 - HSPE6. Um pediatra está de plantão no SAMU e é acionado para o atendimento de um acidente automobilístico. Ao chegar ao local do acidente, encontra uma criança de 5 anos próxima a uma bicicleta, sem capacete, dei-tada no asfalto e com ferimento cortocontuso extenso no crânio, após choque frontal com um carro. A criança está com respiração irregular e ECG (Escala de Coma de Glasgow) de 7. O pediatra decide estabilizar a via aérea

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Comentários:Além do gabarito o�cial divulgado pela instituição, nosso

corpo docente comenta cada questão. Não hesite em retornar ao conteúdo caso se sinta inseguro. Pelo

contrário: se achá-lo relevante, leia atentamente o capítulo e reforce o entendimento nas dicas e nos ícones.

ComentáriosCirurgia do Trauma

Atendimento inicial ao politraumatizado

Questão 1. Trata-se de paciente politraumatizado, ins-tável hemodinamicamente, com evidência de hemope-ritônio pelo FAST. Tem indicação de laparotomia explo-radora, sendo que a expansão hemodinâmica pode ser otimizada enquanto segue para o centro cirúrgico.Gabarito = D

Questão 2. A escala de coma de Glasgow leva em con-ta a melhor resposta do paciente diante da avaliação da resposta ocular, verbal e motora. Ainda que a avaliação do reflexo pupilar seja preconizada na avaliação inicial do politraumatizado, ela não faz parte da escala de Glasgow.Gabarito = D

Questão 3. A 1ª conduta no politraumatizado com rebai-xamento do nível de consciência é garantir uma via aérea definitiva, mantendo a proteção da coluna cervical.Gabarito = D

Questão 4. A pontuação pela escala de coma de Glasgow está resumida a seguir:

Abertura ocular (O)

Espontânea 4

Ao estímulo verbal 3

Ao estímulo doloroso 2

Sem resposta 1

Melhor resposta verbal (V)

Orientado 5

Confuso 4

Palavras inapropriadas 3

Sons incompreensíveis 2

Sem resposta 1

Melhor resposta motora (M)

Obediência a comandos 6

Localização da dor 5

Flexão normal (retirada) 4

Flexão anormal (decor-ticação) 3

Extensão (descerebração) 2

Sem resposta (flacidez) 1

Logo, o paciente apresenta ocular 2 + verbal 2 + motor 4 = 8.Gabarito = C

Questão 5. O paciente tem grande risco de lesão térmica de vias aéreas. A avaliação da perviedade, perguntando-se o nome, por exemplo, é a 1ª medida a ser tomada. Em caso de qualquer evidência de lesão, a intubação orotra-queal deve ser precoce.Gabarito = C

Questão 6. O tiopental é uma opção interessante, pois é um tiobarbitúrico de ação ultracurta. Deprime o sistema nervoso central e leva a hipnose, mas não a analgesia. É usado para proteção cerebral, pois diminui o fluxo sanguí-neo cerebral, o ritmo metabólico cerebral e a pressão in-tracraniana, o que é benéfico para o paciente nesse caso.Gabarito = A

Questão 7. Seguindo as condutas preconizadas pelo ATLS®, a melhor sequência seria:A: via aérea definitiva com intubação orotraqueal, man-tendo proteção à coluna cervical.B: suporte de O2 e raio x de tórax na sala de emergência.C: garantir 2 acessos venosos periféricos, continuar a infusão de cristaloides aquecidos e solicitar hemoderi-vados. FAST ou lavado peritoneal caso o raio x de tórax esteja normal.D: garantir via aérea adequada e manter a oxigenação e a pressão arterial.E: manter o paciente aquecido.Logo, a melhor alternativa é a “c”. Gabarito = C

Questão 8. O chamado damage control resuscitation, que deve ser incorporado na próxima atualização do ATLS®, está descrito na alternativa “a”. Consiste na contenção precoce do sangramento, em uma reposição menos agressiva de cristaloide, mantendo certo grau de hipo-tensão (desde que não haja trauma cranioencefálico as-sociado), e no uso de medicações como o ácido tranexâ-mico ou o aminocaproico.Gabarito = A

Questão 9. O tratamento inicial de todo paciente poli-traumatizado deve sempre seguir a ordem de priorida-des proposta pelo ATLS®. A 1ª medida deve ser sempre garantir uma via aérea pérvia com proteção da coluna cervical. Nesse caso, a fratura de face provavelmente in-viabiliza uma via aérea não cirúrgica, e o paciente é can-didato a cricotireoidostomia. Após essa medida, e garan-

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7. Tumores malignos palpebrais .............................223Resumo ..........................................................................224

Capítulo 4 - Conjuntiva ................................. 2251. Introdução ................................................................2262. Conjuntivite .............................................................2263. Conjuntivite por gonococos ................................2304. Conjuntivite alérgica ..............................................2315. Conjuntivites autoimunes ................................... 2336. Pterígio .....................................................................2347. Distúrbios do olho seco ........................................234Resumo ..........................................................................236

Capítulo 5 - Esclera e episclera ................... 2371. Introdução ................................................................2382. Episclerite .................................................................2383. Esclerite imunomediada ......................................2384. Esclerite infecciosa .................................................2415. Esclera azul ...............................................................241Resumo ..........................................................................242

Capítulo 6 - Córnea ........................................ 2431. Introdução ................................................................2442. Ceratites infecciosas .............................................2443. Ceratites intersticiais ............................................ 2474. Ceratites imunológicas ........................................2485. Ectasias corneais ....................................................2486. Distrofias corneanas .............................................2507. Anel de Kayser-Fleischer .....................................250Resumo ...........................................................................251

Capítulo 7 - Cristalino .................................... 2531. Introdução ................................................................2542. Catarata ....................................................................254Resumo ..........................................................................258

Capítulo 8 - Glaucoma ................................... 2591. Introdução ................................................................2602. Glaucoma primário de ângulo aberto ou

glaucoma crônico simples....................................2613. Glaucoma de pressão intraocular normal ......2634. Glaucoma primário de ângulo fechado .......... 2635. Glaucomas secundários .......................................264Resumo ..........................................................................266

Capítulo 9 - Uveítes ....................................... 2671. Introdução ................................................................2682. Classificação ............................................................2683. Achados clínicos .....................................................2684. Tratamento .............................................................. 2725. Etiologias .................................................................. 273Resumo ..........................................................................278

Capítulo 10 - Retina ....................................... 2791. Introdução ............................................................... 2802. Descolamento de retina ...................................... 2803. Doença macular relacionada à idade ............... 2814. Retinopatia diabética ...........................................2835. Retinopatia hipertensiva .....................................2856. Oclusão arterial .....................................................2867. Oclusão venosa ......................................................2888. Retinopatia da prematuridade ..........................289Resumo ..........................................................................290

Capítulo 11 - Órbita .........................................2911. Introdução ................................................................2922. Celulite orbitária ....................................................2923. Tumores benignos orbitários .............................2944. Doença ocular tireoidiana ...................................294Resumo ..........................................................................298

Capítulo 12 - Tumores malignos ..................2991. Tumores malignos de pálpebra ......................... 3002. Tumores malignos de órbita ...............................3023. Tumores malignos de bulbo ocular ..................302Resumo ..........................................................................306

Capítulo 13 - Estrabismo............................... 3071. Introdução ................................................................3082. Diagnóstico ..............................................................3083. Tipos ...........................................................................3094. Tratamento ..............................................................309Resumo .......................................................................... 310

Capítulo 14 - Traumatismos oculares ......... 3111. Introdução .................................................................3122. Diagnóstico ...............................................................3123. Tratamento ...............................................................313Resumo ...........................................................................317

Capítulo 15 - Manifestações oculares na AIDS ...................................................................3191. Definição ...................................................................3202. Classificação ............................................................3203. Etiologia ....................................................................3204. Quadro clínico .........................................................3205. Diagnóstico laboratorial e tratamento ............321Resumo ..........................................................................324

Capítulo 16 - Toxicidade farmacológica ..... 3251. Introdução ................................................................3262. Principais fármacos ...............................................3263. Medicações tópicas oculares e efeitos

sistêmicos ................................................................ 3274. Drogas de abuso .................................................... 327Resumo ..........................................................................328

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Principais temas para provas

SIC CLÍNICA CIRÚRGICA

Anatomia em Otorrinolaringologia

Bruno Peres Paulucci

Neste capítulo, serão revisados os principais tópicos sobre anatomia do ouvido, do nariz/fossas nasais e da faringe e laringe, com enfoque nos tópicos mais cobrados nos concursos médicos. O nariz tem, em sua anatomia externa, pirâmide nasal (óssea e cartilaginosa) e válvula nasal. Nas fossas nasais, observam-se parede medial (septo nasal) e parede lateral do nariz (conchas e mea-tos). Há, ainda, os seios paranasais (frontal, esfenoidal, maxilar, células etmoidais) e cóana. Quanto à vasculari-zação nasal, a irrigação provém das artérias carótidas interna e externa. A anastomose dos 2 sistemas caro-tídeos acontece na zona de Kiesselbach. A inervação provém dos nervos trigêmeo (sensitiva) e olfatório (olfa-tiva). A rinofaringe localiza-se posteriormente às cóanas e anteriormente à coluna cervical e já não faz mais parte da cavidade nasal. Duas estruturas destacam-se nessa região: a adenoide (ou tonsila faríngea) e o óstio tubá-rio. Quanto à fi siologia nasal, ressaltam-se o batimento mucociliar e o fl uxo aéreo. A orelha é dividida, anatomi-camente, em externa (pavilhão auricular e o Conduto Auditivo Externo – CAE), média (caixa ou cavidade tim-pânica, tuba auditiva e células mastóideas, membrana timpânica e cadeia ossicular) e interna (labirinto ósseo, labirinto membranoso). O labirinto é composto por canais semicirculares (CSCs), vestíbulo, cóclea, utrículo, sáculo e órgão de Corti. Os músculos do ouvido são o tensor do tímpano e estapédio. Na vascularização do ouvido, estão as artérias carótida externa, interna e vertebral. A iner-vação vestibulococlear é feita através do NC VIII (nervo vestibulococlear) e do NC VII (nervo facial). A faringe se divide em nasofaringe (tuba auditiva, adenoide, fossetas de Rosenmüller), orofaringe (pilares amigdalianos ante-rior e posterior, úvula, amígdala e língua) e hipofaringe (anel linfático de Waldeyer: adenoide, tonsilas palati-nas, tonsilas linguais e tonsilas orofaríngeas). A laringe é formada pelas cartilagens (aritenoide, cuneiformes e corniculadas, epiglote, tireoide e cricoide) e musculatura intrínseca (músculos adutores das pregas vocais e mús-culo abdutor). Sua inervação é feita pelo nervo laríngeo inferior e superior. A laringe subdivide-se anatomica-mente em supraglote, glote e subglote. A fonação ocorre pela vibração das pregas vocais quando o ar atravessa a laringe durante a expiração. Essa vibração das pregas vocais e da mucosa gera uma onda sonora de acordo com a tensão, a massa e a posição das pregas. A cavidade oral é delimitada anteriormente pela boca (músculo orbicular da boca), lateralmente pela região jugal, superiormente pelo palato (duro e mole) e inferiormente pelo assoalho da boca. A cavidade oral tem relação anatômica direta com as glândulas salivares maiores (parótidas, subman-dibulares, sublinguais).

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anatomia em otorrinolaringologia 37

mente e os óstios tubários lateralmente. Suas principais estruturas são a tuba auditiva, a adenoide (quando hiperplásica, pode cursar com obstrução nasal) e as fossetas de Rosenmüller (região retrotubá-ria), principal região de origem de carcinomas de rinofaringe;

Figura 34 - Cavidade nasal e rinofaringe: observar a localização anatômica da ade-noide, tuba auditiva e fosseta de RosenmüllerFonte: site Human Anatomy Body.

DicaA adenoide de crianças pode estar aumentada de tamanho (hiperplásica), de forma a obstruir até 100% do espaço faríngeo. Geralmente oclui a aber-tura da tuba auditiva e gera patologias da orelha média (otites secretoras, otites crônicas).

- Orofaringe: anteriormente é limitada pelo palato mole, com seus 2 pilares – o anterior (músculo palatoglosso) e o pos-terior (músculo palatofaríngeo), que representa a transição entre a cavidade oral e a orofaringe. Entre esses pilares, está a amígdala palatina. O espaço virtual entre os pilares amig-dalianos e a amigdala é chamado cápsula amigdaliana. Nesse espaço, formam-se os abscessos periamigdalianos (Figura 35). A parede posterior da orofaringe está em contato íntimo com a coluna cervical. Essa região é formada pelos músculos constritores da orofaringe, de especial importância na fona-ção e na deglutição (Figura 35);

DicaOs abscessos periamig-dalianos formam-se no polo superior da loja amigdaliana, devido aos ligamentos da amígdala serem mais fl ácidos nessa região.

Figura 35 - Anatomia da amígdala: observar os pilares anterior e posterior "envol-vendo" a amigdala. A linha tracejada mostra esquematicamente a região ocupada pela amigdala entre os pilaresFonte: adaptado do site Health Hype.

Faringolaringologia

Bruno Peres Paulucci

Neste capítulo, serão abordadas as principais doenças da faringe e da laringe. Nas crianças, as mais comuns na prática diária e nos concursos médicos são as doenças infl amatórias e infecciosas; nos adultos, é importante o aluno saber os diagnósticos diferenciais entre tumo-res benignos e malignos nessa topografi a. As laringites podem ser agudas ou crônicas, sendo as primeiras de evolução de até 15 dias, e as crônicas, de evolução de mais de 4 semanas (tuberculose, sífi lis e leishmaniose). As infecciosas agudas incluem a supraglotite pediá-trica, a supraglotite do adulto, a laringotraqueíte aguda (crupe), a traqueíte bacteriana, a difteria e a coqueluche, sendo esta uma infecção faringolaríngea bacteriana por B. pertussis. Apresenta 3 fases, sendo características a tosse em “guincho” e a dor faríngea. O diagnóstico é clí-nico e o tratamento, feito com eritromicina. As laringites não infecciosas incluem a laringite por refl uxo, o crupe espasmódico e as laringites granulomatosas (doenças autoimunes, como Wegener e lúpus eritematoso sistê-mico). As patologias não infl amatórias da laringe incluem laringomalácia, estenose, atresia, web laríngeo e larin-gocele. A principal delas é a laringomalácia, defi nida por fl acidez das estruturas laríngeas, por imaturidade de desenvolvimento da laringe. Considerando ainda as pato-logias não infl amatórias da laringe, as lesões benignas das pregas vocais têm sua importância principalmente como diagnóstico diferencial com as lesões malignas, têm como principal queixa a disfonia e estão associa-das sobretudo ao abuso vocal; são elas: nódulos, pólipos, edema de Reinke, sulcos vocais, cistos, vasculodisgene-sias e microdiafragma ou web. É preciso atentar-se, ainda, aos papilomas laríngeos, que são os tumores benignos mais comuns da laringe (lesões vegetantes provoca-das pelo papilomavírus humano). Pode ocorrer paralisia das pregas vocais decorrentes de lesões do nervo larín-geo recorrente ou do nervo vago (NC X), cujas causas mais comuns são compressão tumoral, traumas, doen-ças granulomatosas, trauma cranioencefálico e acidente vascular cerebral. Os traumas laríngeos são raros e predo-minam em homens adultos jovens, podendo ser fechados ou abertos. As massas cervicais congênitas são as causas mais comuns de edema cervical em crianças, exceto pelas adenopatias cervicais benignas, e incluem alterações em arcos e bolsas faríngeas, em fendas branquiais (cistos e fístulas), cistos do ducto tireoglosso, hemangiomas e cis-tos dermoides. Atenção ao cisto de ducto tireoglosso, pois é tema recorrente em provas.

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sic otorrinolaringologia112

Figura 9 - Representação es-quemática da Figura 8: obser-var o colabamento laríngeo devido à projeção das arite-noides sobre a via aérea

B - Estenoses laríngeasAs estenoses laríngeas podem ocorrer na região da supraglote, da glote ou da subglote.

Estenose subglótica é a situação que mais apresenta necessidade de algum tipo de intervenção, seguida pela estenose glótica. Estenoses supraglóticas são raras em crianças e decorrem, na maioria dos casos, de lesões térmicas ou químicas.

C - Estenose laríngea congênita

a) Estenose subglótica - Definição: em neonatos, uma luz traqueal de diâmetro menor do que 4mm na região da cartilagem cricoide. As estenoses subglóti-cas podem se apresentar como webs laríngeos, estenoses ou mesmo atresias; - Quadro clínico: pode se apresentar como infecções das vias aéreas superiores de repetição (diagnosticadas como crupe), em que um leve edema mucoso resulta em diminuição da luz laríngea e obstrução abaixo das pregas vocais (2 a 3mm abaixo). Casos mais graves de es-tenose subglótica podem necessitar de abordagem cirúrgica de emer-gência ao nascimento (traqueostomia ou intubação).

Embora a classificação das estenoses subglóticas varie, o diagnóstico é basicamente endoscópico.

Tabela 4 - Graus de obstrução laríngea

I <50%II 51 a 70%III 71 a 99%IV Obstrução completa

Figura 10 - Graus de estenose laríngeaFonte: adaptado do site do Children’s Hospital of Philadelphia.

b) AtresiaA atresia supraglótica é a malformação laríngea mais grave, geral-mente associada a outras malformações, como atresia esofágica e fís-tula traqueoesofágica.

c) Webs (membranas laríngeas)Webs laríngeos (formações diafragmáticas) são malformações causa-das pela falha na recanalização completa da laringe. Geralmente, lo-

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Principais temas para provas

SIC CLÍNICA CIRÚRGICA

Pálpebras

Wilson Takashi HidaLiang Shih Jung

Neste capítulo, serão abordadas as características nor-mais das pálpebras e as principais doenças nessa região. Pela localização, são situações que normalmente levam o paciente a procurar atendimento médico prontamente, de modo que é importante conhecer os diagnósticos diferenciais e as respectivas condutas. As principais afec-ções das pálpebras são a blefarite, o hordéolo externo, o calázio e outras anomalias da margem palpebral, como a ptose, o entrópio e o ectrópio; há, ainda, os tumores benignos (hemangiomas e nevos) e malignos (carcinomas) palpebrais. Dentre elas, as mais comuns são a blefarite, o hordéolo externo e o calázio. A blefarite pode decor-rer de processos alérgicos ou infecciosos relacionados a doenças dermatológicas (dermatoblefarite) ou, ainda, de infecções bacterianas (estafilocócicas), virais (herpes) e parasitárias (pitiríase) não associadas a dermatopatias. O hordéolo externo, também conhecido como terçol, é um processo infeccioso agudo das glândulas de Meibo-mius, causado por Staphylococcus, enquanto o calázio se constitui em processo inflamatório não infeccioso dessas mesmas glândulas, decorrente da reação granulomatosa realizada por tecidos vizinhos em virtude da secreção das glândulas de Meibomius.

3Lincoln Lemes FreitasDaniel Cruz Nogueira

pálpebras 223

Figura 8 - Hemangioma capilar

G - Granuloma piogênicoProliferação de tecido granulomatoso, geralmente precedida por cirur-gia, trauma ou infecção. Apresenta aspectos polipoide e vascular.

H - XantelasmasPlacas subcutâneas amareladas; são depósitos lipídicos, associados a níveis séricos elevados de colesterol (Figura 9).

Figura 9 - Xantelasmas

I - NeurofibromaNeurofibromas plexiformes afetam tipicamente crianças com neurofi-bromatose tipo 1, e os solitários tendem a ocorrer em adultos.

7. Tumores malignos palpebrais

DicaO carcinoma de células basais é a neoplasia maligna humana mais comum; na pálpebra, representa 90% dos casos.O carcinoma de células escamosas é menos comum, porém mais agres-

sivo (Figura 10). Outros tumores malignos são melanoma, carcinoma de glândulas sebáceas e sarcoma de Kaposi.

Estrabismo

Daniel Cruz Nogueira

Estrabismo é o não alinhamento ocular que, se não tra-tado na infância, pode levar a ambliopia (perda visual definitiva por falta de estímulo, que acontece até por volta dos 7 anos, da área cortical responsável pela visão). Além da implicação estética, o estrabismo pode levar a perda de visão se não for adequadamente tratado. Divide-se, basicamente, em exotropia (divergente) e eso-tropia (convergente). Há, também, desvios verticais e síndromes associadas. No diagnóstico, são realizados exames de motilidade ocular para identificar a presença e o tipo do estrabismo ou, até mesmo, pseudoestrabismo. Os princípios de tratamento são comumente abordados nos concursos médicos. O tratamento inclui adesivos oclusores oculares e prescrição óptica adequada. A cirur-gia para a correção do estrabismo pode ser realizada em qualquer idade, exceto nos casos sujeitos a contratura muscular (exemplo: esotropia congênita), em que deve ser o mais precoce possível.

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estrabismo 309

3. Tipos

Tabela 2 - Tipos de estrabismo

Esotropias (Figura 4)

- Estrabismo convergente;

- Podem ter componente refracional associado ou não; quando houver hipermetropia, devem ser prescritas lentes positivas;

- Na esotropia essencial do lactente (esotropia congêni-ta ou síndrome de Ciancia), a criança deve ser operada mais precocemente (até os 2 anos).

Exotropias (Figura 5)

- Estrabismo divergente;

- Podem ser constantes ou intermitentes;

- Correção óptica significativa deve ser prescrita.

Síndromes especiais

Duane, Brown, Moebius, síndromes por fibroses congê-nitas de músculos oculares

Paralisias ou paresias de músculos ocu-lares

- Resultam em estrabismo; frequentemente, diplopia (visão dupla);

- A causa da alteração motora deve ser investigada. Figura 3 - Tipos de estrabismo em posição primária do olhar: (A) esotro-pia; (B) exotropia; (C) hipertropia; (D) hipotropia

Figura 4 - Esotropia Figura 5 - Exotropia

4. TratamentoAntes mesmo de nos preocuparmos com o desvio propriamente dito, devem-se avaliar a acuidade visual e/ou a capacidade de fixação ocular. São fatores que determinam o bom desenvolvi-mento visual; se houver sinais de ambliopia, o tratamento com adesivos oclusores oculares deverá ser imediatamente realizado, além da prescrição óptica adequada.

TratamentoNo estrabismo, oclusão visa penalizar o olho bom para que o mais fraco se desenvolva, pois, na maioria das vezes, com os 2 olhos abertos, o fraco fica suprimido.

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Otorrinolaringologia

Anatomia em Otorrinolaringologia

2015 - HSPE - CLÍNICA CIRÚRGICA 1. Um residente, durante uma cirurgia, refere ter lesado o nervo hipoglosso, após ter cruzado as artérias caró-tidas, durante um esvaziamento cervical. O preceptor constatou não se tratar da lesão desse nervo, porém de outra estrutura, com trajeto e dimensões semelhantes. Assinale a alternativa que apresenta essa outra estru-tura:a) nervo marginal mandibularb) nervo lingualc) artéria linguald) nervo laríngeo superiore) artéria facial

Tenho domínio do assunto Refazer essa questãoReler o comentário Encontrei difi culdade para responder

2015 - HNMD - CLÍNICA CIRÚRGICA2. As bacias ganglionares linfáticas cervicais contêm en-tre 50 e 70 linfonodos por lado e dividem-se em 7 níveis. Com relação a esses níveis, é correto afi rmar que:a) o nível I é limitado superiormente pela base do crânio,

anteriormente pelo músculo estilo-hióideo e inferior-mente por um plano horizontal que se estende poste-riormente a partir do osso hioide

b) o nível IIA contém a glândula submandibularc) o nível III é posterior à borda posterior do músculo es-

ternocleidomastóideo, anterior ao músculo trapézio, superior à clavícula e inferior à base do crânio

d) o nível V (mediastino superior) situa-se entre as arté-rias carótidas comuns e é superior ao arco aórtico e inferior à borda superior do esterno

e) o nível VI é limitado pelo osso hioide superiormente, pelas artérias carótidas comuns lateralmente e pelo esterno inferiormente

Tenho domínio do assunto Refazer essa questãoReler o comentário Encontrei difi culdade para responder

2014 - HSPE - CLÍNICA CIRÚRGICA3. Não é inervado pelo nervo laríngeo inferior o músculo:a) tireoaritenóideob) cricoaritenóideoc) cricotireóideo

d) vocale) tireoidiano

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2014 - UCPEL4. Durante a cirurgia da tireoide, podemos identifi car as seguintes estruturas, exceto:a) ramo interno do nervo laríngeo superiorb) ramo externo do nervo laríngeo superiorc) nervo laríngeo inferiord) paratireoidese) ligamento de Berry

Tenho domínio do assunto Refazer essa questãoReler o comentário Encontrei difi culdade para responder

2014 - UFS - CLÍNICA CIRÚRGICA5. A laringe humana adulta, do início da epiglote à borda mais inferior da cricoide, corresponde, em nível cervical:a) cartilagem pré-esfenoidal a cartilagem esfeno-occipitalb) base occipital/C1 a C4c) C2 a C5d) C3/C4 a C7

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2014 - UFT - CLÍNICA CIRÚRGICA6. O nervo laríngeo recorrente é responsável pela mo-bilidade das pregas vocais verdadeiras e deve ser pre-servado em cirurgias laringotraqueais, como a traque-oplastia. Ele é ramo de qual nervo e recorre em qual estrutura normalmente?a) nervo frênico; veia subclávia direita e esquerdab) nervo vago; veia subclávia direita e esquerdac) nervo frênico; veia subclávia direita e artéria aorta à

esquerdad) nervo vago; veia subclávia direita e artéria aorta à es-

querdae) nervo vago; veia subclávia esquerda e veia cava à di-

reita

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2013 - UEL - CLÍNICA CIRÚRGICA7. Sobre a abertura de drenagem dos seios paranasais na cavidade nasal, assinale a alternativa correta:a) o seio esfenoidal e as células etmoidais posteriores

drenam no meato nasal superior

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õesQuestões

Oftalmologia

Conceitos gerais

2013 - MEDCEL121. Assinale a alternativa que contém glândulas sebá-ceas das pálpebras:a) Moll, Zeissb) Meibomius e Zeissc) Moll e lacrimald) Meibomius e lacrimal

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2013 - MEDCEL122. Qual é o trajeto da lágrima?a) glândulas lacrimais → canalículos → pontos lacrimais

→ saco lacrimal → ducto nasolacrimal → meato nasal inferior

b) glândulas lacrimais → pontos lacrimais → canalículos → ducto nasolacrimal → saco lacrimal → meato nasal inferior

c) glândulas lacrimais → pontos lacrimais → canalículos → saco lacrimal → ducto nasolacrimal → meato nasal inferior

d) glândulas lacrimais → pontos lacrimais → canalículos → saco lacrimal → meato nasal inferior → ducto nasola-crimal

e) pontos lacrimais → glândulas lacrimais → canalículos → saco lacrimal → ducto nasolacrimal → meato nasal inferior

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2013 - MEDCEL123. Qual estrutura é responsável pelo maior poder di-óptrico do olho?a) retinab) cristalinoc) írisd) coroidee) córnea

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2012 - MEDCEL 124. Sobre as camadas da córnea, qual tem o papel fun-damental de manter a deturgescência corneana?

a) epitéliob) camada de Bowmanc) estromad) membrana de Descemete) endotélio

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Erros de refração

2017 - FMUSP-RP125. Um homem de 64 anos comparece à Unidade de Saúde da Família queixando-se de difi culdade para en-xergar de longe. Ao exame, apresenta acuidade visual para longe de 0,2 em ambos os olhos, com uma Tabela de escala decimal que vai de 0,1 a 1 (sendo 1 a melhor visão que pode ser medida na Tabela). Ao repetir o exame com o uso de 1 orifício estenopeico, o paciente apresentou acuidade visual de 0,8 em ambos os olhos. Diante desse caso, a causa mais provável de defi ciência visual é:a) erro refrativob) sequela de toxoplasmose ocularc) retinopatia diabéticad) glaucoma crônico

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2015 - UFF126. Dentro do Programa Saúde na Escola (PSE), as ações do Projeto Olhar Brasil, que objetivam contribuir para a redução das taxas de repetência e evasão escola-res e facilitar o acesso da população à consulta oftalmo-lógica e a óculos corretivos, sugere-se, dentre outros, o seguinte critério para encaminhamento prioritário ao profi ssional da área:a) história de glaucoma na famíliab) diferença de 2 linhas ou mais entre a acuidade visual

dos olhosc) estrabismod) diabetese) acuidade visual inferior a 0,1 em quaisquer dos olhos

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ComentáriosOtorrinolaringologia

Anatomia em Otorrinolaringologia

Questão 1. O nervo laríngeo superior é ramo do nervo vago (NC X) e corre inferiormente, tendo relação com as caróti-das; o nervo hipoglosso (NC XII) corre paralelo ao NC X e pode ser confundido durante procedimentos cirúrgicos. Gabarito = D

Questão 2. Trata-se de uma questão em que é necessá-rio o conhecimento da anatomia cirúrgica topográfi ca do pescoço. Os níveis cervicais são assim divididos:- Nível 1: subdividido em IA (submentonianos) e IB (sub-

mandibulares). Entre mandíbula, músculos digástricos e hioide;

- Nível 2: corresponde ao terço superior, situando-se en-tre estilo-hióideo e a bifurcação da artéria carótida (esta última correspondendo a projeção do osso hioide);

- Nível 3: abaixo da bifurcação da carótida (clinicamente a projeção do hioide) e da borda inferior da cricoide;

- Nível 4: da borda inferior da cricoide até a clavícula;- Nível 5: LNDs do triângulo cervical posterior, posterior

ao músculo esternocleidomastóideo;- Nível 6: entre as 2 carótidas, com hioide superiormente

e fúrcula inferiormente.A seguir, os níveis de linfonodos cervicais:

Gabarito = E

Questão 3. A questão não cobra raciocínio clínico. Para resolvê-la, é necessário ter conhecimentos anatômicos básicos da anatomia da laringe e saber que todos os seus músculos intrínsecos, exceto o cricotireóideo, são iner-vados pelo nervo laríngeo recorrente, ramo do nervo vago. O cricotireóideo, por sua vez, é inervado pelo ramo laríngeo externo do nervo laríngeo superior do nervo vago.Gabarito = C

Questão 4. Trata-se de uma questão de técnica cirúrgica, bastante específi ca. Devemos lembrar que o nervo larín-geo superior se divide em 2 ramos: externo e interno. O interno penetra na laringe acima da cartilagem tire-óidea, enquanto o externo corre lateroposterior à car-tilagem tireóidea e inerva os músculos extrínsecos da laringe. Dessa forma, o ramo interno do laríngeo supe-rior, por penetrar na laringe em nível bastante superior à topografi a de tireoide, não é visualizado de rotina nesse procedimento.Gabarito = A

Questão 5. Esta questão, de anatomia cervical, nos per-mite eliminar as alternativas “a” e “b” logo à 1ª leitura, uma vez que a epiglote se encontra longe da base do crânio (cartilagem pré-esfenoidal e base occipital). Con-siderando que, à altura de C2 (osso áxis), encontramos a rino/orofaringe, podemos eliminar a alternativa “c” e assinalar a “d”. Gabarito = D

Questão 6. Trata-se de uma questão de anatomia, na qual é necessário o conhecimento básico do trajeto do nervo laríngeo recorrente. Esses nervos originam-se a partir do NC X (nervo vago) no tórax. Uma vez que emer-ge, o laríngeo recorrente tem trajeto diferente no lado direito e no esquerdo. No hemitórax direito, ele contorna a veia subclávia e direciona-se superiormente, chegando à laringe. No lado esquerdo, esse loop é feito ao redor da aorta.Gabarito = D

Questão 7. Sobre a anatomia da drenagem dos seios da face:- Frontais: meato médio;- Maxilares: meato médio;- Etmoidais anteriores: meato médio;

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ComentáriosOftalmologia

Conceitos gerais

Questão 121. - Glândulas de Meibomius: são glândulas sebáceas modifi cadas e localizadas na placa tarsal, em uma fi leira de cerca de 30 aberturas em cada pálpebra;- Glândulas de Zeiss: são glândulas sebáceas modifi ca-

das e localizadas nos folículos ciliares;- Glândulas de Moll: são glândulas sudoríparas modifi ca-

das que se comunicam com um folículo ciliar;- Glândulas lacrimais: principais e acessórias, são res-

ponsáveis pela secreção da lágrima.Gabarito = B

Questão 122. As vias lacrimais são formadas pela pro-dução e pelo escoamento da lágrima. A produção é re-alizada pela glândula lacrimal principal, na porção su-perolateral anterior da órbita. As glândulas acessórias são pequenas e adjacentes à principal. O escoamento é feito pelos pontos lacrimais superior e inferior, ambos na porção medial das pálpebras; destes a lágrima passa para os canalículos, que se juntam e formam o canalículo comum, desembocando no saco lacrimal. Este, por sua vez, é localizado na fossa do osso lacrimal e a lágrima continua pelo ducto nasolacrimal, que se abre no meato nasal inferior.Gabarito = C

Questão 123. A córnea é responsável por cerca de 2/3 do poder refracional do olho, cerca de 43 dioptrias, e o cris-talino, por cerca de 1/3 do total, cerca de 22 dioptrias. As demais estruturas não exercem refração signifi cativa.Gabarito = E

Questão 124. A córnea mede 11,5mm de diâmetro na ver-tical e 12mm na horizontal e é constituída pelas seguin-tes camadas:- Epitélio: estratifi cado, escamoso e não queratinizado.

A renovação do epitélio ocorre principalmente pelas células-tronco, que se localizam no limbo, com migra-ção celular centrípeta, mas também ocorre pela mem-brana basal do epitélio;

- Camada de Bowman: camada acelular do estroma;- Estroma: corresponde a 90% da espessura da córnea,

composto, principalmente, por fi brilas de colágeno;- Membrana de Descemet: fi na trama de fi brilas de colá-

geno;

- Endotélio: consiste em uma camada única de células hexagonais que não se regeneram e tem o papel fun-damental de manter a deturgescência (estado de baixa hidratação) corneana.

Gabarito = E

Erros de refração

Questão 125. Analisando as alternativas:a) Correta. O orifício ou buraco estenopeico, colocado na frente do olho, elimina os erros e as aberrações ópticas. Se a perda visual for por estas causas, a visão irá me-lhorar, como neste caso. É um indício de que, fazendo o exame de refração e prescrevendo a correção óptica, a visão do paciente melhora. Porém, se não tiver melhora, serão lesões anatômicas.b) Incorreta. A perda visual causada pelas lesões da to-xoplasmose não melhora com o buraco estenopeico. c) Incorreta. A perda visual causada pela retinopatia dia-bética não melhora com o buraco estenopeico.d) Incorreta. A perda visual causada pelo glaucoma não melhora com o buraco estenopeico.Gabarito = A

Questão 126. O Projeto Olhar Brasil é um projeto em par-ceria dos Ministérios da Saúde e da Educação, cujo obje-tivo é identifi car e corrigir problemas visuais relacionados à refração e garantir assistência integral em Oftalmologia para os casos em que são diagnosticadas outras doenças que necessitem de intervenções. Para isso, é realizada uma triagem para a avaliação da acuidade visual junto aos educandos matriculados em escolas vinculadas ao PSE. Neste contexto, analisando as alternativas: a), b), c) e d) Incorretas. Trata-se de critérios para enca-minhamento regular ao oftalmologista.e) Correta. Mostra o critério para encaminhamento prio-ritário ao oftalmologista, assim como situações de qua-dro agudo (olho vermelho, dor, secreção abundante etc.) e trauma ocular recente. Gabarito = E

Pálpebras

Questão 127. A obstrução do ducto lacrimal em um lac-tente de 6 meses ocorre por canalização tardia do ducto

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