Oxe! - Março de 2012

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Na ressaca de Carnaval, foco na vida na rede, mais o “Nossa Prosa, Nossa História” que relembra a chegada das famílias espanholas que deram nome ao bairro moratense, o ótimo bate-papo que tivemos com alunos da ETEC Francisco Morato e as iniciativas independentes em Franco e Caieiras que resgatam o Carnaval de rua, nos relatos de Pedro Quintanilha e Gilson “Shimú” Martins. Tem também o artista Marcos Pamplona no Axé da contracapa, o pós-carnaval na charge de Betto Souza, a segunda parte da sinistra poesia de Messias Silva, o fim da saga de um candidato a vereador, o polêmico Drama Crônico sobre feminismo no trem, as tecno-drummónicas e contundentes micro-mega poesias de André Arruda, a declaração de amor inusitada de Danilo Góes, um acróstico para Morato da Silmara Cavalcante, mais cinco super dicas Na Faixa, aniversário de Morato, mês da água, muita festa no Registro e muito mais! Feche as torneiras, conecte-se e curta!

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Page 1: Oxe! - Março de 2012

Realização:

ANO III − Numero 345.000 ExemplaresFrancisco Morato - São Paulo

Brasil

OS JOVENSETEQUIANOS

A chegada doshermanos

O artistaMarcos Pamplona no Axé, o pós-carnaval na charge de Bet-to Souza, a segunda parte da sinistra poesia de Messias Silva, a saga deum candidato a vereador, o polêmico Drama Crônico sobre feminismono trem, as contundentes micro-mega poesias deAndré Arruda, a decla-ração de amor inusitada de Danilo Góes, um acróstico para Morato daSilmara Cavalcante, mais cinco super dicas Na Faixa, aniversário deMorato, mês da água e muito mais! Feche as torneiras, conecte-se e curta!

RREEGGIISSTTRROO

Na ressaca de Carnaval, um mêscheio de festas com as escolas desamba em Franco e Morato, oficina eespetáculo AquiDentro (imagem) no “Gi-randoláRecebe...”e Pombas Urbanasna Quilombaque. Curta de novo!

Outros links

As iniciativas independentes emFranco e Caieiras que buscamresgatar o lado mais popular damaior festa brasileira nos relatosde Pedro Quintanilha e Gilson“Shimú”Martins.

CCoommppoorrttaammeennttooSSoocciieeddaaddee

CCuull ttuurraaee ccoonneexxõõeess mmii ll !!

FESTAPOPULAR

A relação dos jovens com atecnologia por eles mesmosneste ótimo bate-papo quetivemos com alunos daETEC Francisco Morato.Vire a página e confira!

Março / 201 2 DDiissttrriibbuuiiççããoo GGrraattuuii ttaa -- VVeennddaa pprrooiibbiiddaa

No “Nossa prosa, nossa história”deste mês, George de Paularelembra a chegada das famíliasespanholas que deram nome ao bairromoratense. Mira que bello na pág.4!

ilustração:RogerNeves

imagem:MariMoura

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VVIIDDAA NNAA RREEDDEE

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11 Março / 201 2

Ôxe!: Todos aqui tem acesso a internet efazem parte de alguma rede social, masna opinião de vocês, para quê serve umarede social?Etequianos: Socializar informações...

Manter contatos e conhecer novas pessoas.

Ôxe!: Vocês acreditam que as redes soci-ais funcionam... No sentido de atingir umgrande número de pessoas?Etequianos: Funciona sim, principalmen-

te porque é um meio rápido de mostrar praspessoas aquilo que você quiser... Por issoque se deve ter cuidado com aquilo que seposta. E não é apenas rápido, é também mui-to abrangente, muitas pessoas tem acesso.

Às vezes da até pra gente analisar melhor, ti-po... Uma notícia, porque vários outros pon-tos de vista vão estar expressos. É realmenteuma ferramente muito útil.

Ôxe!: E como vocês usam as rede sociais?Etequianos: Ah... Assim... Quando a gen-

te precisa saber a matéria que o professorpassou num dia em que a gente não veio...Pra saber se tem algum trabalho... Mas mui-tos jovens usam mais para ficar fofocando,mesmo. Na verdade, depende da rede soci-al, tipo o MSN, é usado mais pra isso mes-mo!

Ôxe!: Como vocês sentem a tecnologia navida de vocês? Quais as coisas boas queela nos proporciona?Etequianos: É claro que a tecnologia nos

trouxe inúmeros benefícios, desde tomarum banho quente até... Poder se comunicar,em tempo real, com uma pessoa que está dooutro lado do mundo. Com tudo isso vocêconsegue as coisas, cada vez mais rápido,porque a tecnologia, de uma certa forma,torna as coisas mais fáceis e práticas.

Ôxe!: E quais são os males da tecnologiaou o quê de ruim ela acabou causando aHumanidade?Etequianos: Ainda em comunicação... É

assim: eu sou muito amiga duma meninaque mora nos Estados Unidos, conversomuito com ela, mas acabo não tendo tantodiálogo assim com a minha irmã, que moracomigo... Aproxima as pessoas que estãodistantes, mas pode distanciar quem estápróximo... A tecnologia, também, acaba fa-zendo com que as pessoas fiquem preguiço-sas, justamente por conta de tornar tudomais cômodo.

Ôxe!: E em relação ao meio ambiente...Etequianos: É claro que para a tecnolo-

gia estar evoluindo tanto, alguma coisa agente está perdendo... É uma faca de doisgumes. Mas a evolução da tecnologia não é

tão prejudicial ao meio ambiente... Aqui naETEC a gente faz um TCC, que é um traba-lho de conclusão de curso, onde a gente criasistemas que evitam que as empresas polu-am a natureza... Então a tecnologia, nestaparte, ajuda bastante. Tem também o lixoeletrônico, que cada vez mais vem aumen-tando, tipo... O celular de um ano atrás, jánão é mais tão legal... Já não é mais inova-ção, então muda tudo muito rápido o queaumenta o lixo eletrônico, que é descartadode maneira inadequada.

Ôxe!: E por que a gente tem que com-prar o celular novo?Etequianos: Por que as pessoas se atra-

em pela tecnologia. Ou não, ou pelos pa-drões que a mídia impõe... Somos todosvítimas do Capitalismo.

Ôxe!: Para finalizar: Como vocês imagi-nam que seria a vida sem os benefícios datecnologia?Etequianos: Acho que faltaria oportuni-

dade de emprego... Daria pra viver, mas mu-daria os padrões da sociedade. Nósvivemos, por muito tempo, sem tecnologia ehoje ela é extremamente necessária? É quequando o Homem adaptou seu meio a si,fez isso através da tecnologia, e agora é difí-cil nos imaginarmos sem ela. .::

ProgramasUbuntu 10.10 (ubuntu.com)BrOffice.org 3.2.1 (broffice.org)Gimp 2.6.10 (gimp.org)Scribus 1.3.3.13 (scribus.net)InkScape 0.48 (inkscape.org)Mozilla Firefox 3.6.13 (br.mozdev.org)Banshee 1.8.0 (banshee-project.org)

::. O que a gente usou nessa edição

::. Colaboraram nesta edição:André Arruda([email protected])Betto Souza(subjetividadeematividade.blogspot.com)Danilo Góes([email protected])Marco Nogueira([email protected])Messias Silva([email protected])Pedro Quintanilha([email protected])Gilson "Shimú" Martins([email protected])Silmara Cavalcante([email protected])

::. Diga, Ôxe! Alunos da ETECMorato (Etequianos)

O informativo Ôxe! é uma iniciativa daÔxe! Produtora Comunitária que visa pro-piciar à população de Francisco Morato e re-gião, um veículo de jornalismo cidadão eprodução, difusão e divulgação de ideias e in-formações na área cultural. Todas as infor-mações, ilustrações e imagens são deresponsabilidade de seus respectivos autorese obedecem a licença Creative Commons2.5 Brasil Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença(acesse o blog para maiores detalhes), salvoindicações do(a) autor(a) em contrário. Paraver uma cópia desta licença, visite http://crea-tivecommons.org/licenses/by-nc-sa/2.5/br/ ouenvie uma carta para Creative Commons, 171Second Street, Suite 300, San Francisco, Ca-lifornia 94105, USA.

AEquipe Ôxe! é: Fabia Pierangeli, Georgede Paula, Gilberto Araújo, Mari Moura eRoger Neves ([email protected])

Fazenda no passado, cortada por ferrovias, trabalhadores, Maria fumaça.Rica em verdes, águas límpidas. Hoje, uma cidade grande, movimentada, e o que havia.Antes, hoje não passa de histórias guardadas. Rios limpos que se transformaram emNegrume transbordando a cada chuva, invadindo casa, e até mesmo as ruas. Antes oClareado de um céu limpo, de um ar puro, e hoje, as árvores que nos restaram,

Inibem o mau cheiro e nos deixam seguros. Uma cidade que estáSediada de mudança, gritando, pedindo ajuda, onde está nossa esperança? CidadeCercada de corrupção, o que antes era apenas uma boa administração, hojeO que predomina é a enganação.

Manuseada pelo sistema, monopólio, enganada pelo sistema ganancioso e opressorOfegantes correrias, para muitos, uma cidade dormitório, tristeRealidade moratense, moradores dependentes, manipulados por políticosAusentes, um transporte usurpador, onde para se locomover, pagamosTremendo absurdo no valor. Francisco Morato tem esperança, se nós nosOrganizarmos em favor da mudança, Por isso, pense, analise, e faça o que tiver de me-

lhor ao seu alcance, e tudo em nossa cidade será como antes. .::

Na sexta-feira, 11/02, a Avenida dos Estu-dantes se encantou mais uma vez com o des-file do Bloco do Renatão. Essa tradição tempor objetivo resgatar a cultura do carnaval derua, na sua forma mais pura, onde as marchi-nhas e os sambas de exaltação são predomi-nantes.

O Bloco do Renatão é também uma formade prestar homenagem ao saudoso músicocaieirense Renato Massinelli (Renatão) res-ponsável pela inicialização musical e conside-rado o “pai” de muitos músicos de Caieiras.

Este é o terceiro ano que o bloco anima asruas caieirenses. A iniciativa dos três músicose amigos Peroba, Mael e Rafael de criar obloco, deu certo e é sucesso total. A folia játem até característica marcante, que é o usode chapéus. Isso porque, o homenageado sau-doso senhor Renato, o Renatão, em dias defestas, saía pela cidade angariando prendas eem cada situação, usava um chapéu diferente,desde um simples boné a um grande sombre-ro. Por isso os organizadores fazem questãoque os foliões abusem de seus chapéus.

A se-cretaria daCulturamais umavez fezquestão deprestigiaro blocoparticipando com toda a equipe que se diver-tiu muito junto aos demais foliões. “O carna-val de rua éum dos marcos culturais maisfortes do povo brasileiro. Ver esta cultura sen-do resgatada de forma tão alegre e saudávelem Caieiras, onde pessoas de todas as idadespodem se divertir juntas, realmente éalgo pa-ra ser incentivado.”Afirma doutora TaniaShibata, secretária da Cultura. .::

CARNAVAL DE RUAEM CAIEIRASPor: Gilson "Shimú"Martins

AAccrróóssttiiccoo MMoorraatteennssee

Por: Silmara Cavalcante

Da direita para a esquerda: Amanda Marques, Vinícius Ribeiro, Diego Santos, Eliane de Sousa, Alais Cordeiro,Mayara Silveira, Hellen de Alencar, Angela Molon e Vinicius Pedroso

Be Linux, Be Free!Na confecção destematerial

gráfico foramutilizados

apenas softwares que atendem

a licençaGNU/GPL.

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imagem:IsidroLopes

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Page 3: Oxe! - Março de 2012

2Março / 201 2

Como o mês passado foi cheiode festas, confira nessaedição as imagens do carnavalde Franco e Morato, além decarnaval teve o espetáculo“AquiDentro” do grupoOPOVOEMPÈ, no GirandoláRecebe e o Pombas Urbanascom “Jogos de Papel”, naQuilombaque. Se delicie comas imagens!

::. Programação Teatro GirandoláOutras informações: 4488-8524 ou

www.teatrogirandola.com.br

Girandolá Recebe... Cia Arthur-ArnaldoDando continuidade ao projeto “Girandolá Rece-

be. . .”, que em 2012 acontecerá sempre no último finalde semana de cada mês na cidade de Franco da Rocha, eneste mês acontece nos dias 31/03 e 01/04 às 20h, o gru-po recebe a Cia Arthur-Arnaldo, com o espetáculo“Bate Papo” no Centro Cultural Newton Gomes de Sá.

Sinopse: Vagando pelas salasde bate-papo do Harry Potter eBritneySpears, adolescentes en-contram um alvo especial para oexercício do cyberbulling: umadolescente deprimido. Pormeio do poder das palavras ten-tam convencer Jim a cometersuicídio e transmiti-lo pela in-ternet. Além do espetáculo, aCia oferecerá também a oficina: Jogos teatrais, criaçãocoletiva e dramaturgia para jovens, que acontecerá nodia 31/03, das 11 às 14h. As inscrições podem ser feitasatravés do telefone: 4488-8524. O projeto é uma realiza-ção do Teatro Girandolá e conta com o apoio culturalda Confraria Poética Marginal, Informativo Ôxe! eDivisão de Cultura de Franco da Rocha.

Tanto o espetáculo quanto a oficina são indicados para

maiores de 12 anos e a ENTRADA É FRANCA!

O Centro Cultural Newton Gomes de Sá fica naAv. Sete de Setembro, s/nº, Centro, Franco da Rocha.Tel: 4443-7050

Oficina de teatro para criançasEstão abertas, até 31/03, as inscrições para a Oficina

de Teatro para Crianças, ministrada pelo Teatro Giran-dolá, no Espaço Girandolá. As aulas acontecerão as ter-ças-feiras, das 8 às 9h30 e são GRATUITAS. Criançasa partir de 7 anos podem ser inscritas.

As inscrições devem ser feitas pelo telefo-ne 4488-8524.

Oficina de artesanato indígenaNo dia 24 de março às 15h acontece no

Espaço Girandolá a Oficina de ArtesanatoIndígena, com artesã Jerá Poty da comuni-dade guarani Tekoa Pyau (Aldeia do Jara-guá). A oficina integra as ações do projeto“Ara Pyau – contando histórias, trocandosaberes”* , que resultará em um novo espetá-culo do Teatro Girandolá, com estreia pre-

vista para o dia 2 de junho.

A oficina é GRATUITA e as inscrições podem ser fei-tas pelo telefone: 4488-8524. Corra, são só 20 vagas! ! !

* Projeto realizado com o apoio do Governo Estadode São Paulo, da Secretaria da Cultura, Programa de

Ação Cultural 2011

::. Programação AECAA AECA, Associação de Esporte e Cultura Alter-

nativa de Franco da Rocha, promove no dia 25 demarço, a partir das 13h, um sarau na Associação Cul-tural do Véio, com o objetivo de unir forças paraconstruir uma nova pista de Skate em Franco da Ro-cha. Manifesto, poesia, exposição de artesanato e arti-gos de capoeira. Junte-se a essa causa. GRÁTIS! AAssociação Cultural do Veio fica na Av. Escócia, 41 ,Vila Bela, Franco da Rocha, próxima a estação Balta-zar Fidelis da Linha 7 Rubi, da CPTM.

::. Programação QuilombaqueOutras informações: 3917-3012 ou

www.comunidadequilombaque.blogspot.com

Sarau D'QuiloUm refugio artístico urbano, que agrega diversas inter-

venções artísticas, poesia, teatro, dança, música e questio-namentos. Leve sua arte e participe desse banqueteantropofágico. Dia 16 (sexta) às 20h: Lançamento do livro"Primeiras Prosas" do Sarau da Ademar, na Comuni-dade Cultural Quilombaque – Travessa Cambaratiba, 5 ,Beco da Cultura, Perus/SP. Entraca Franca!

CinequilomboO CineQuilombo promove a exibição de filmes alterna-

tivos e curtas-metragens para a comunidade de Perus, ofe-recendo cinema GRATUITO em praça pública. Nestemês, a temática será "Mulheres". Dia 30/03 às 20h naPraça Inácio Dias, s/n. Em frente à estação de Trem Pe-rus, Zona Noroeste. .::

::. Na Faixa Por: Fabia Pierangeli

imagem: Divulgação

Espetáculo "Bate Papo" da Cia. Arthur-Arnaldo, grátis em Franco da Rocha

amores ad infinitum

resolveu o problema.

retirou de seu teclado a

letra “ ”. a partir daí,

nunca mais suas histórias

de amor tiveram “ im”.

André Arruda

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33 Março / 201 2

Você tem twitter? E facebook? Ah, se você não tem, po-de ser um desinformado, nessa época que cresce cada vezmais, o número de pessoas online. Em 2010, o facebook ul-trapassou o número de 175 milhões de utilizadores, sãomais de 480 mil pessoas por dia, que se entregam a essa ten-tação, cheia de novas oportunidades.

E não precisa mais ter um computador pra acessar a inter-net, hoje com cerca de R$ 200,00 se compra uma smartpho-ne e já começa a acessar essas redes, a postar fotos e opacotão todo que a galera não deixa de usufruir. É Fulanoque compartilha isso, Ciclano que publica aquilo e Beltranoque cutuca os outros, então todos os que estão fora dessa co-munidade começam a ser excluídos automaticamente dos as-suntos das rodas de conversa, porque eles não sabem dasfofocas cibernéticas que estão surgindo, ou seja, se você nãotem facebook, twitter ou até mesmo o quase extinto orkut,acaba sendo o chato, que não sabe dos novos bafões. Masserá mesmo? Talvez, o cara que não faz parte de redes soci-ais perde menos tempo na internet, usando-a de uma manei-ra mais objetiva e inteligente ou simplesmente, consegueconversar mais vezes e pessoalmente com seus amigos, éclaro quando esses estão off.

Aí, como o computador tem se tornado o melhor amigode muitas pessoas, elas começam a criar uma realidade para-lela e viver uma vida virtual, apenas virtual, onde se tem re-lações virtuais e se imagina que aquelas 3.000 fotos queestão na sua página fazem parte da sua vida, que se podecontar com eles como verdadeiros amigos, então aquele tem-po de uma hora que era apenas entretenimento, se torna ocotidiano e você passa a acessar a sua página cerca de seishoras por dia ou mais.

Existem casos de usuários viciados que morreram por per-manecerem muito tempo na frente do computador, em de-corrência de certas doenças que se desenvolvem pelapermanência em uma mesma posição, no caso dos jovensque ficam dias em frente ao computador, sentados o tempotodo. Uma das possíveis doenças, é a Trombose Venal Pro-funda, que pode evoluir para uma Embolia Pulmonar, e por

fim levar o individuo a morte. Dados de uma pesquisa reali-zada por estudiosos norte-americanos revelam que de 6% a10% dos aproximadamente 189 milhões de internautasamericanos sofrem deste mal (fonte: Brasil Escola). Na Chi-na a situação se agravou com o passar dos anos e existe atéisolamento em acampamentos, onde os jovens ficam desli-gados de tudo pra tentar curar o vício; muitos lugares utili-zam até métodos militares no tratamento.

Por que fazer outra coisa se até amor se tem na net? Temmesmo, o número de relacionamentos virtuais cresce a ca-da dia, os casais trocam e-mails, se telefonam sempre, temmuitos casos de relacionamentos que duraram dois anossem os próprios parceiros se conhecerem pessoalmente.Uma pesquisa mostra que 66 % dos britânicos já encontra-ram com alguém que só tinham falado através da internet,na frente estão os italianos (69%), seguido pelos brasileiros(69,6%), logo depois os franceses (70%) e os espanhóis(80%), que mais encontraram com pessoas que conhece-ram online (fonte: Coxim Agora, 2012). Tá certo que tempessoas que se conheceram na internet e casaram, mas mes-mo com finais felizes é preciso ficar esperto e pensar nasconsequências de confiar numa pessoa que você nunca viue não conhece direito, não se sabe qual a cara e quais as in-tenções do outro lado da tela. Afinal de contas, é questioná-vel acreditar que as pessoas são verdadeiras nos seus perfispara os possíveis pretendentes, por exemplo, muitos acabamcriando um personagem e se mostrando de uma maneiraperfeita pra todos, escondendo seus defeitos, e quando háperfeição, já podemos duvidar.

Mas além de compartilharem de tudo um pouco e exporpro mundo sobre sua vida pessoal, tudo tem seus prós econtras: há algum tempo, vem crescendo o número de mani-festações pela internet, gente que expõe sua opinião e conse-gue fazer um reboliço pra conseguir uma vida melhor paraaqueles que são considerados minorias, e utilizam de umaforma positiva tudo o que as redes sociais oferecem, é indig-nação contra os crimes que vem acontecendo, campanhapor bons tratos aos animais, a valorização da mulher, racis-mo, temas de extrema importância. Tem muita coisa interes-sante rolando por aí, mas é ai que questiono: essas pessoasconseguem mudar mesmo essa realidade? Existem muitosjovens empenhados em usar essa tecnologia não apenas pa-ra diversão, mas também pra gerar discussões e debates arespeito de diversos assuntos, pode-se dizer que as pessoasconseguem ter atitudes pela telinha que nem sempre aconte-ce no dia a dia, todos parecem ter mais liberdade atrás deum computador e nem sempre todo rapaz que posta suas in-satisfações na política, comparece nas passeatas a respeitodo assunto.

Mas você que é um jovem on, já se perguntou o que fazde verdade pelo que posta, além de escrever, sentado nafrente do seu computador no conforto do seu lar. Quais sãoas suas reais atitudes pra mostrar que é contra ou a favor dealgo? Existem muitos que lutam, utilizam as redes sociaiscomo apoio no que fazem, pra fortalecer e aumentar a cadadia o número de admiradores nas causas e esse mundo dainternet tem um grande potencial de alcance, são milhõesque podem se juntar pra realizar efetivamente ações paraum bem comum, mas por outro lado, vem surgindo umageração de revolucionários digitais interessados nos assun-tos políticos, econômicos e sociais, mas que só se manifes-tam pela internet e acham que estão fazendo muito, pormais que estejam sendo vistos e compartilhados, permane-cem nessa posição confortável e não partem pra briga real,aqui na vida real, na labuta que temos que enfrentar a cadadia, nos embates que travamos constantemente na luta poruma vida melhor, com menos desigualdade social. O jeito éaproveitar que ainda não temos censura à internet e botar aboca no trombone cibernético que nos dá um grande lequede possibilidades, pra mostrarmos que queremos um povoque se sinta reconhecido e realmente visto, se todos somar-mos forças, será possível não apenas cutucar, mas conse-guir abalar a estrutura da maioria dominadora que nãocurte nada essas polêmicas virtuais. .::

Por:MariMoura

Page 5: Oxe! - Março de 2012

4Março / 201 2

Que sentimento é esse? Algo meio indefinido. Será que é Amor? Não sei.Acredito que esteja mais próximo da gratidão. Tenho uma relação boa, mas po-deria ser melhor. Esse deve ser o motivo por não amar, espero sempre mais. Émuita desconfiança, mas tenho certeza que nossa relação é abalada devido à in-terrupção de outros, que lucram com nosso sofrimento, não querem nos ver nosamando.

Foi ela que me deu abrigo quando ninguém me quis, confesso que estou comela por não ter outra opção. É o que me sobrou, agarrarei com todas as forças,vou dar valor no que tenho, às vezes nossa felicidade está naquilo que rejeitamos.Creio que não juro amor por vergonha.

Como um tetraplégico e sua cadeira de roda, sou Eu e Francisco Morato. Sema cadeira a vida do deficiente físico seria muito mais difícil, dessa forma ele tempela cadeira uma gratidão, mas ele não a quer, queria se locomover sozinho. Damesma forma nutro sentimentos positivos por essa cidade, mas não posso viverno conformismo. Falta muito para esse município dar o básico para seus muníci-pes. Mas esse sentimento não impede de querer o melhor para essa terra, de cri-ar um carinho por componentes da mesma. Sei que o problema não é da regiãoe sim de quem a administra.

Sou grato pela infância que passei aqui, quando se é criança meio que se es-quece o contexto que está a sua volta, tudo vira brincadeira e a incapacidade daadministração publica é instrumento de diversão: tubo da canalização que nãoveio, se transforma em playground; guerrinha de lama na rua sem asfalto; “virarmortal” no aterro ilegal.

De Cassiano a Zezinho, ocorreram muitas mudanças, se foram positivas é de-vido aos avanços do mundo e não dos mandantes que passaram pela prefeitura.Estamos muito atrasados em relação aos desenvolvimentos de outras cidades.Somos o município mais populoso em relação às regiões próximas e somos umdos mais miseráveis. Um lugar em que os feitos dos “representantes do povo” sósão bem feitos na maquete.

Escuto o silvo do trem vindo, barulho que representa muito, soa como os gri-tos de vários moradores cansados no trajeto do trabalho à casa. Uma multidãovoltando para sua morada. Por mais que não morra de amor por essa terra, tenhorespeito por esse lugar. Por mais humilde que seja é a minha casa. Como diz Sa-botage “um bom lugar se constrói com humildade”. Sou Moratense, me esforçomesmo com todas as adversidades existentes, para gostar desse lugar, para quedessa forma, amanhã não tenha vergonha de assumir um amor escondido.

Parabéns Morato! .::

AMOR ESCONDIDO

Dona Dirce Grandizoli e Dona Nair Grandizo-li, as irmãs, vieram para a Fazenda Belém aindamuito miúdas. Vieram de Jarinu, quando Jarinuainda era Atibaia, e nessa é poca a prima, DonaVilma Lupiañes, já estava aqui. A princípio, se es-tabeleceram numa colô-nia, onde hoje é o bairroJardim Alegria, depoisdesceram para as mar-gens da ferrovia, para cul-tivar batatas.

Seo Francisco que con-tava. . . “Não! A gente vaiplantar batata, porque foiisso que meu pai veio fa-zer aqui!” Ele plantavadesde lá do viaduto até essas lojas daqui da fren-te. . . E nossa infância era linda, maravilhosa. . . Sa-be onde é o Milk shake, então nossos paisestudaram lá, foi a primeira escola de Morato, de-pois nós estudamos ali onde é acâmara. Depois que veio o DrMorato, o Celestina. . . Mas agente plantava, colhia, pulavacorda, andava balançando noscipó, jogava peteca, brincava deamarelinha. . . muito melhor doque hoje! As crianças tinham li-berdade para correr, brincar naavenida. . . Naquela época não ti-nha tanto carro, era mais char-rete. . . Também era tudo de terra,não tinha asfalto. . . Mas tambémnão tinha enchente. O riozinhoera de uma água cristalina, vocêenxergava as pedrinhas. . . quan-do o sol batia as pedrinhas relu-ziam! Era a coisa mais linda! Tinha até peixinho!

Na sala azul celeste, presente três gerações du-ma mesma sina. Dona Sibelis Grandizoli, filha daDona Dirce chegou a contar:

Ainda na minha infância o rio era limpo. Eume lembro que na casa domeu bisavô, alí onde é oBradesco, tinha uma bica e agente tomava água lá. Aque-le Rio que tem em frente aDon Paco, era limpo! En-tão. . . São coisas assim, queeram delas e eram da minhageração e eu guardo commuito carinho. . . Eu penso:“estamos num centro comer-cial”, que benefício que isso

trouxe? Ruas asfaltadas, mas que você nem con-segue andar, poluição sonora, visual. . . Hoje mi-nha filha vive aqui, com todos o benefícios doprogresso, mas com menos liberdade e uma me-

nor qualidade de vida. O que faltouaqui, foi uma crescimento organizado.O que a gente vivenciou não foi isso,foi um crescimento desorganizado.

Vieram das longínquas terras espa-nholas los abuelos: Francisco RomeraLupiañes e Maria Garcia Marthos,aqui tiveram seis filhos, entre eles:Rosa Lupiañes (mãe da Dona Dircee da Dona Nair), Francisco LupiañesFilho (pai da Dona Vilma), Felix Lu-piañes que casous-se com a LairceLupiañes, e a Isabel Lupiañes RomeraRyan, as duas são nomes de escola,mas aí já é outra história... .::

::. Nossa Prosa... Nossa História

DDaaEEssppaannhhaa ppaarraa aa

FFaazzeennddaaBBeelleemm

PPoorr:: GGeeoorrggee ddee PPaauullaa

homem virtual

um certo dia, empunhou

o mouse.

desde então, nunca mais

foi encontrado, apenas

conectado.

André Arruda

PPoorr:: DDaanniilloo GGóóeess

''

Saiba: blogduoxe.blogspot.comSiga: @informativo_oxeCurta: Produtora Ôxe!

Naquele tempo. . . : atual rua Gerônimo Caetano Garciano centro de Francisco Morato

Dona Sibelis no colo da avó RosaLupiañes esbanjando felicidade

ii mmaa ggee mm::AAcc eerr vvooppee ssss ooaallDD.. DDii rrcc eeGGrr aannddii zzooll ii

ii mmaa ggee mm::AAcc eerr vvooppee ssss ooaallDD.. VVii ccee nntt iinnaa

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Page 6: Oxe! - Março de 2012

55 Março / 201 2

Por:Messias SilvaNão sou visionário mas simpatizantesei das codificações de Kardec,iluminado importanteo espiritismo a todos esclarece;

Deus me desperta em teologiacreio no invisível que "existe",não sou ateu, respeito a teocraciao amor é "presente"e não é visto;

Aqui médiuns desencarnadosmissionários pela humanidade,nesse mundo os encarnadospelo amor, pela bondade:

Amália Soler, Jean MeyerWillian Sted, Leon Denis da França,Fredrich Myers, Pierre Ley MarieEmma Britten, Elizabeth, D'Esperance;

Alice Lins, Florence CookEusápia Paladino, George Owen,Ernesto Bozzano, Wiliam CrookesAlexander Akasakof, Artur Doyle;

Andrew Davies, Carl DuprelGabriel Delanne, Willian Stainton,Antonio Sayão, Cairbar ShutelOlímpio de Menezes, Camille

Flammarion;

Bezerra de Menezes, Carmem CiniraJoana de Angelis, Aurora Silveira,Auta de Souza, Gonçalves BatuíraBitencourt Sampaio, Francisco Siqueira;

Divaldo Franco, Humberto CamposMaria Dolores, Sheila,Manoel Miranda, Anália Franco

Lucios, Augusto Pacheco;

Emmanuel, André LuizCândido Xavier, Ivone Pereira,Clélia Soares, Augusto EliasFamília Gaspareto, Meimei;

Vivi fase adolescente sob tribulaçõesrostos no telhado, frutos de perturbações,medo de dormir no escurofamília, aconchego, seguro,meus pais puseram ao seu quarto minha

camagritos em altas horas, o terror à tona,nos; quarto e sala, uma cortinacolorida de tiras longas e finas,meus pais deixavam as luzes apagadassobressaltado, acordei na madrugada,o homem de terno xadrez ia de um lado à

outrona penumbra via perfilado o seu rosto,na cabeça um chapéu pequeno de courobrilhou no escuro um rosto louro,fiquei poucos segundos à observaro sorriso detrás das cortinas e o desfilar,as características distintas dos meus paisque traziam a melanina dos ancestrais,chapéu de couro. . . abas bem

retocadas!?. . .chapéu de palha. . . abas dobradas!!!. . .para me despertar, ao CEASA, não era o

meu p. . . paaaiiiiiii. . .que ao correr a acender a luz vai. . .cobri minhas vistas com as mãos. . .meu ser sentia o vibrar do clarão. . .não mais sentia a escuridão. . .luz da alma que a psique comporta. . .indiquei à porta. . .pronunciei: - pai, o homem. . .- q. . . que homem, filho, que homem!?. . . "

Pois é caros eleitores, voltando ao nosso"quem conta um conto aumenta um ponto" elembrando que no capítulo anterior, nosso as-pirante a político, muito chateado por ter per-dido as últimas eleições, bradou aos quatroventos que na próxima tudo seria diferente; ahistória que chegou até nós continua assim:Acostumado que é, a lidar com bêbados etambém sendo um deles, viu-se um dia dian-te de uma situação que para ele era o resulta-do de suas orações à nossa senhora dosalcoólatras; eis que um bebum, desses quenão conseguem nem mesmo fixar os olhosem alguma coisa, pois os mesmos ficammeio que fora de foco, surgiu em sua frentecom um bilhete de loteria. Isso seria muito co-mum se não fosse o fato desse bilhete estarpremiado!

E o nosso politiqueiro, por incrível que pa-reça, nesse dia estava sóbrio! Então, seu gran-de coração (talvez inchado pelo álcool), secomoveu e ele se ofereceu para ajudar o po-bre bêbado a resgatar o prêmio. Passado al-gum tempo, o pobre desgraçado, quandoperguntado sobre o bilhete, chora e diz quenão sabe que fim deu, que nunca conseguiubotar a mão em dinheiro algum, pois disse-ram a ele que seu CPF estava irregular e queteria que aguardar uns dias para tomar possede seu "legado". Dois anos se passaram e tu-do que se ouve sobre o assunto são falatóriose “diz que me disse”, porque o bêbado, conti-

nua bêbado e pobre, já o devoto de nossa se-nhora dos alcoólatras parece que se deumuito bem. Como num milagre, a vida donosso protagonista deu uma verdadeira revi-ravolta, seu comércio cresceu muito, sua vidamudou da água para o vinho, e ao que tudoindica, é claro que ele deve estar se esbaldan-do.

E agora eleitor, será que a campanha denosso candidato ainda vai ser feita com seuvelho carro ano 78? Já faz algum tempo queele desfila com um carro bem diferente, aliásdo ano! Achamos que sua campanha agoravai bombar; ou quem sabe ele retorna às ori-gens e reforma seu velho carro, faz cara desanto, honesto, de candidato bem intenciona-do, preocupado com o povo moratense, tãojudiado, tão carente, tão necessitado de umvereador que se interessa tanto pelo bilhete,quer dizer, pelo bem estar de todos.

E como já dissemos na edição anterior, ca-ro (e)leitor, ano eleitoral é sempre um pratocheio para acontecimentos que mais parecemhistória de novela... Mas essa ainda não ter-minou, teremos mais detalhes na próximaedição. E não esqueçam que toda históriacontada muitas vezes, tem alguma alteração,(aumenta-se um ponto), por isso, pesquisebem o seu candidato antes de votar, imagi-nem um tipo como esse administrando nos-sas vidas? Fiquem alertas... "ELE" vem aí...

QQuueemm ccoonnttaauumm ccoonnttoo.. .. ..

PPoorr:: MMaarrccoo ee FFaabbiiaa

O Homem de Terno Xadrez...(Parte 2)

Oferecimentos aos entes queridos que já se foram: minhas avós Vitória Rosalém eCândida Messias da Silva, meu avô José Estevão, meu pai José Leal, meu tio João Leal,

meu irmão Miza e minha irmã Nazaré (Universo Sideral).

(Parte 2)

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Page 7: Oxe! - Março de 2012

6Março / 201 2

Por: Betto Souza

::. Rapidinha

VIVA VILA!Por: Pedro Quintanilha

Aconteceu o Carnaval daVila Ramos. Em meio a“chuva e trovoadas” porémmais um evento maravilhoso,com a participação entusiastados moradores e de muitosamigos famosos abrilhantan-do o palco, a praça e a qua-dra do Flamenguinho. .::

Feminismo defende a igualdade de direitos e status entrehomens e mulheres em todos os campos. Desencadeou-se após

a Revolução Francesa, em 1789. Enquanto os revolucionáriosproclamavam a declaração dos direitos do Homem e do Cidadão, aescritora Olympe de Gouges redigia um projeto de declaração dosdireitos (especificamente) da mulher.

Em 1848, a Europa passou por outra revolução e as mulheresagora reivindicavam não só a igualdade jurídica e o direito a voto,mas também a equiparação de salários.

Com a crescente industrialização, as mulheres do século XIXforam, cada vez mais, abandonando seus lares para empregarem-secomo assalariadas nas indústrias e oficinas.

O fato é que elas não precisavam iniciar nenhum movimentorevolucionário. Não precisavam nem ter se preocupado em trabalhar,pois seus laboriosos maridos já cumpriam com esta árduaobrigação... É claro que quando os pobres coitados retornavam aoslares, tinham o direito de, no mínimo, uma janta quente!

Daí que naquela manhã eu havia conseguido me sentar no trem –uma grande façanha! –, em minha frente se aprumaram duas belasmulheres de meia idade, destas típicas contemporâneas ou declaradas“independentes”, trajadas com elegância e bem perfumadas, inclusiveo perfume de uma até me irritava as narinas. Elas conversavam:

- Os homens de hoje não são nada cavalheiros!

- Não mesmo, menina! – instigava a outra – Não mandam flores,não puxam a cadeira, não dão passagem... Nem assento!

- É mesmo! Nem assento!

Percebi que se referiam a mim quando falavam, em voz alta, sobreo assento.

Ah, minhas caras! Se o Movimento Feminista lutou por igualdadede direitos e deveres... Se todos nós temos, da mesma maneira, defazer esta viagem cansativa para ir ao trabalho... O que me motivariaa sair do meu assento para oferecer a uma das senhoras?

Agora sofram as consequências do desvario de suas ancestrais! .::

OO qquuoott ii dd iiaannoo dduumm ssuubbuurrbbaannooDDrraammaa CCrrôônniiccoo

PPoorr:: OOllaavvoo PPaassssooss

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OO MMoovviimmeennttoo FFeemmiinniissttaa,, ooppiioorr eerrrroo ddaass mmuullhheerreess

André Arruda

Música ao vivo, humor e animação foia receita do evento popular

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Presença das famílias marca o játradicional evento francorrochense

Este ano, o quadra do Flamenguinhofoi o palco do Carnaval da Vila Ramos

imagem: Pedro Quintanilha

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Page 8: Oxe! - Março de 2012

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Artes.EstudouArtes

Plásticas

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Tadeu

efezpósgraduação

pelaUNESPnaárea

deArtes

Visuais.Já

participoudevárias

exposições

individuaisecoletivas,dentreelas,destacam-se:Salão

BunkyodeArteContemporânea

daSociedade

Brasileira(2005)eExposiçãoindividualOBJECTU(PoçosdeCaldas

-2008).