Ôxe! - Novembro de 2013

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Nessa edição confira o ótimo texto de Tamires Santana sobre a data, o do Sidney Santos sobre o preconceito racial, a 5ª Virada Municipal da Consciência Negra na contracapa, o ótimo bate-papo que tivemos com o EJB do coletivo G.R.A.D.I. Morato, Meire Ramos falando de como foi a viagem do Teatro Girandolá à Colômbia, dois textos sobre as coisas que não tem preço nessa vida (Danilo Góes e Frank Neres), guerra e paz no texto de Joyce Milena e Messias Silva, o certo e errado na poesia de Régis Andrade, o estratégico poema de Messias Silva, a tirinha de Vinícius Macedo, a charge de Betto Souza, quatro super dicas Na Faixa, Registro, pílulas de sabedoria negra e mais!

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ANO V − Numero 545.000 ExemplaresFrancisco Morato - São Paulo

Brasil

ComportamentoSociedade

Culturae negritude!

Novembro / 201 3 Venda Proibida Distribuição Gratuita graças ao apoio do comércio local

É PRECISO LEMBRAR!20 de Novembro é dia de relembrar todo o sofrimento e fomentar uma Consciência verdadeiramente Negra

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ProgramasUbuntu 12.04 (ubuntu.com)LibreOffice 3.5.7.2 (pt-br.libreoffice.org)GIMP 2.6.12 (gimp.org)Scribus 1.4.1.svn (scribus.net)Inkscape 0.48.3.1 r9886 (inkscape.org)Mozilla Firefox 22.0 (br.mozdev.org)Audacious 3.4 (audacious-media-player.org)

::. O que a gente usou nessa edição

::. Colaboraram nesta edição:

Betto Souza(subjetividadeematividade.blogspot.com.br)

Danilo Góes([email protected])Frank Neres([email protected])Joyce Milena([email protected])Messias Silva([email protected])Régis Andrade([email protected])Sidnei Santos([email protected])Tamires Santana([email protected])Vinícius Macedo([email protected])

O informativo Ôxe! é uma iniciativa daÔxe! Produtora Comunitária que visapropiciar à população de Francisco Mo-rato e região, um veículo de jornalismocidadão e produção, difusão e divulga-ção de ideias e informações na área cul-tural. Todas as informações, ilustraçõese imagens são de responsabilidade deseus respectivos autores e obedecem alicença Creative Commons 3.0 BrasilAtribuição-Uso Não-Comercial-Com-partilhamento pela mesma Licença(acesse o blog para maiores detalhes),salvo indicações do(a) autor(a) em con-trário. Para ver uma cópia desta licença,visite http://creativecommons.org/li-censes/by-nc-sa/3.0/br/ ou envie umacarta para Creative Commons, 171 Se-cond Street, Suite 300, San Francisco,California 94105, USA.

Ôxe!: Pra quem não conhece, quem é oG.R.A.D.I Morato?EJB (G.R.A.D.I): Nasceu em 1997, com

23 jovens e 9 grupos de rap, e surge com aproposta de ser um agregador, onde todomundo se junta pra abrir portas. Mas antesde surgir esse grupo grande, já trabalháva-mos com hip hop, “Os Revolucionistas” jáexistia desde 1996, e só no outro ano deci-dimos mesmo somar as forças. Hoje somosem 4 integrantes, EJB, Anderson Dias, Gar-ga e J-Dri, que cuidam de organizar todosos grupos do coletivo, nosso papel é prepa-rar os eventos, arrumar espaço e depois,abrimos para os grupos se apresentarem.

Ôxe!: Qual o significado do nome?EJB (G.R.A.D.I): Ainda tem muito pre-

conceito com o hip hop, né?, com os te-mas que as músicas abordam e o jeito quea gente anda. Uma vez aconteceu de fala-rem que nós estávamos nos juntando praroubar, dizendo que éramos uma gangue.As pessoas não sabiam o que realmenteestávamos fazendo, preferiram julgar. Está-vamos procurando uma identidade, fazía-mos rap, mas quando falaram gangue, atéque achamos interessante. O nome é umamistura, existe o estilo gangsta, e aqui usa-mos “gangue está rap”. Usando ganguequeríamos que todos se perguntassem: “Oque essa gangue está fazendo? Roubando?Matando? - Não, essa gangue está rap”. Ea proposta foi de juntarmos os conheci-mentos e veio a sigla de “Gangsta RapApresentando Diversos Interligados”, en-tão surgiu o G.R.A.D.I., que era uma gíriaantiga, “cola na grade”. Misturamos a gíriacom o que falavam da gente.

Ôxe!: Como começou a trajetória de vo-cês no RAP?EJB (G.R.A.D.I): Desde o começo, não

tinha muito evento de rap em Morato, en-tão percebemos que se a gente não fizesse,ninguém faria. Como queríamos muito fa-zer, resolvemos juntar os grupos antigosque já tinham trabalhos e realizavam even-tos, juntamos quem canta com quem faz, esempre gostamos de incluir gente nova.Hoje isso cresceu, não trazemos apenasmúsicos, um bom exemplo são os meninosdo freestyle, que não tem espaço na cidade,sabemos disso e toda vez que cantamosdamos espaço a esses outros talentos, quenão tem onde mostrar seu trabalho. OG.R.A.D.I é uma bandeira, todo mundopassa por ele, é dele que saem os talentos,mas todos tem seus trabalhos individuais,o G.R.A.D.I existe pra dar visibilidade, eos espectadores vão entendendo que sem-pre que tiver o G.R.A.D.I cantando, sãodiversas apresentações. É um coletivo!

Ôxe!: Além de produzir músicas e shows,vocês realizam algum trabalho com a co-munidade?EJB (G.R.A.D.I): Nesse momento, esta-

mos focados em lançar o CD, porque perce-bemos que fazíamos um pouco de cadacoisa e nada se concretizava, então dividi-mos em algumas etapas, de junho até de-zembro desse ano, decidimos preparar o CD,mas é claro que continuamos agindo indivi-dualmente, todos nós temos responsabilida-des, nos dividimos e cada um do G.R.A.D.I

tem que fazer algo pela cultura na cidade, eu,EJB, fiquei de participar dessa parte de de-bates sobre cultura, políticas públicas, vouser conselheiro da comunidade negra, vouaprender e levar para o G.R.A.D.I esse co-nhecimento, o J-Dri busca a musicalidadepra nós, o Anderson Dias é responsável pe-los contatos, por ter facilidade de viajar,sempre levando o nome do G.R.A.D.I, oGarga faz parte do grupo Sistema Afro-ver-bal, já escreveu várias músicas pra gente,mas nesse momento está focado nesse outrogrupo. Dos grupos que estão atuando até ho-je, podemos citar Os Revolucionistas, Siste-ma Afro-verbal, B7C e o Anderson Dias.

Ôxe!: O G.R.A.D.I existe desde 1996, co-mo é fazer Rap em Francisco Morato?EJB (G.R.A.D.I): Essa pergunta tem

dois caminhos, um deles é que fazer rap emmorato é como fazer rap em qualquer lugardo Brasil, é difícil, tem que gostar e não épor dinheiro, porque o rap não é só umamúsica, se você viveu, sorriu e sofreu, issoé rap e qualquer um que entenda o que é is-so, pode fazer. Durante muito tempo, a ges-tão de Francisco Morato fechou as portaspro rap, muitos que ajudaram no cresci-mento do hip hop em Morato, não faziamparte desse movimento. Mas hoje, estamosmais maduros, aprendemos muito e já sa-bemos dialogar com o poder público e te-mos nossas cartas na manga também,antigamente tínhamos que pedir e era umerro, porque nos viam como pedintes, hojesabemos exigir e fazer projetos, mas aindatemos muito que aprender. Posso até dizerque não precisamos da gestão pra fazermúsica em Morato, ela que precisa de nós.Se hoje a situação está melhor, foiporque os artistas conquistaram esseespaço. Outro recado importante épra todo mundo que escreve, vocêtem que registrar seu trabalho,porque muitos copiam, por mais sim-ples que pareça um verso seu, ele é seu.

Ôxe!: Vocês já se apresentaram emmuitos lugares, já participaram de pro-grama de TV representando Morato eagora, se preparam pra lançar o primei-ro álbum. O que significa esse lançamen-to na trajetória de vocês?EJB (G.R.A.D.I): Fecha um ciclo, por-

que de 96 pra cá, eu vi muitos artistas bons,que não conseguiram lançar um álbum, jáouvi pessoas dizendo que sonham comnosso CD gravado, então não é apenas umsonho nosso, é algo coletivo, batalhamospra escrever, cantar, se apresentar, fazeroutras pessoas sonharem junto com a gen-te, fomos o primeiro grupo a cantar na TV,o primeiro a cantar em Bar-retos, agora queremos ser oprimeiro a lançar CDcom cópias gratuitas(porque outros parcei-ros já lançaram álbuns),mas a distribuição gratui-ta é pra incentivar aindamais, nosso papel éadquirir infor-mação epassarprafrente.

O CD está quase saindo, está terminandode masterizar, são três grupos de rap dentrodo G.R.A.D.I que o produziram, ele sechama “Simplesmente Aja”. Vamos tentarlançar até o final do ano, distribuiremos1 .000 cópias, não queremos vender, tam-bém disponibilizaremos a versão online,pois queremos incentivar outros a fazeremisso também, fizemos na raça, com recursopróprio, com grana do próprio bolso, mui-tos ajudaram de outras formas, não finan-ceiramente, mas isso soma demais também.

Ôxe!: E pra quem está começando agora,qual é a dica?EJB (G.R.A.D.I): O rap tem uma ca-

racterística de periferia, mas a pegada dorap tem muito a ver com a realidade. Hojeem dia, estão dividindo o rap igual aconte-ceu com o rock, talvez seja o momentodisso acontecer porque pessoas que nãosão tão ligadas à periferia querem cantarrap, e isso mostra como ele cresceu. Maspra quem quer começar, primeiro tem quesaber que tipo de rap quer cantar, eu en-tendo que o rap tem que falar do que agente vive, então seria legal começar a fa-lar do que você vive, do que vê, aquilo quevocê sente, seus sonhos, e usar dessa ex-periência pra cobrar o poder público, por-que essa é a diferença do rap, ele é usadopra cobrar algumas fitas e isso não é inte-ressante de ser apoiado pela gestão, por is-so tem que haver diálogo. Por exemplo,muita gente que eu conheço, acha inacei-tável o G.R.A.D.I ter ido pra televisão, jul-gam que nos vendemos, já outros parceirosacham que foi o certo, então o conselho

mais da hora é você se-guir o seu sonho, in-dependente daspessoas, porquese der certo ounão, a culpa é

sua! .::

::. Diga, Ôxe! G.R.A.D.I - Gangsta Rap Apresentando Diversos Interligados

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Na foto maior ao fundo, EJB com quem conversamos sobre atrajetória do G.R.A.D.I. ; na foto menor, Anderson Dias, EJB,

Garga e J-Dri, integrantes do coletivo.

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em:Arquivo

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2Novembro / 2013

Girandolá Recebe...As duas últimas edições de 2013 do projeto “Girandolá

Recebe. . .” já tem data, local e programação definidas. Aedição de novembro acontecerá no dia 23, às 19h, noCIC Francisco Morato (Rua Tabatinguera, 45, Centro,Francisco Morato), com a Cia Actors, grupo moratenseque apresentará o espetáculo “(viver, amar, morrer) osprazeres da morte”, drama que traz à cena os deliciosostextos escritos por Nelson Rodrigues. Já a edição de de-zembro acontecerá em Franco da Rocha, no Centro Cul-tural (Av. Sete de Setembro, s/nº, Centro, Franco daRocha), nos dias 7 e 8 de dezembro, às 16h, com a Con-fraria da Dança, grupo de Campinas, com o espetáculode dança para crianças “Sem fim”, apoiado pelo ProAC2012, prêmio da Secretaria de Estado da Cultura e peloPrêmio de Dança Klauss Viana 2012, da Funarte. Todasas apresentações são GRATUITAS.

O Girandolá Recebe. . . é um projeto da AssociaçãoConPoeMa, realizado pelo Teatro Girandolá e nas edi-ções de novembro e dezembro, recebe o apoio do CICFrancisco Morato e da Prefeitura de Franco da Rocha.

Outras informações: 4488-8524 ou www.teatrogi-randola.com.br

Sarau ConPoeMaO Sarau ConPoeMa acontece mensalmente, é um espa-

ço dedicado a livre expressão e vem se tornando um im-portante espaço de encontro e troca estética. A últimaedição desse ano acontecerá no CIC Francisco Morato

(Rua Tabatinguera, 45 – Centro – Francisco Morato) nodia 07 de dezembro, a partir das 19h. Leve uma poesia,uma música, uma história, uma coreografia, uma cena ousimplesmente sua presença, aberta pra vivenciar esse mo-mento de troca e interação.

A entrada é GRATUITA e todo mês montamos umamesa de lanches comunitária, aqueles que quiserem e pu-derem contribuir, é muito bem-vindo!!!

Mais informações: 4488-8524

Programação Espaço EcosPara aqueles que estão a fim de curtir um espaço des-

contraído, frequentado por gente interessante e que ofere-ce uma programação cultural variada, anota aí o que aindavai rolar no Espaço Ecos esse mês:

14, 21 e 28/11 (quintas) às 20h - Balaio Geral "NovaVersão" (espaço aberto para apresentação de músicas,poesias, dança, teatro: trabalhos autorais ou não) GRÁTIS15/11 (sexta) às 21h30 - Banda Contagem Zero(Rock Nacional e Internacional) R$ 4,0016/11 (sábado) às 21h30 - Casulo de Rudá - (Todaverba de couvert artístico arrecadada será revertida paracompra de presentes de Natal para crianças carentes deum bairro a ser definido de Fco. Morato) R$ 4,0017/11 (domingo) às 20h - Leon Carvalho (acústico)GRÁTIS22/11 (sexta) às 21h30 - BandaNego D'água - R$ 4,0023/11 (sábado) às 21h30 - Thiago Bianch (vocalis-ta da Banda Noturno) - participação Banda 3º Vol-

tagem - R$ 4,0024/11 (domingo) às 20h - Tributo ao David Bowie (como Trio Virado no Siri e Banda Esttaca Zero) GRÁTIS

O Bem Amado na ETEC Francisco MoratoA Cia ClofClof, grupo de teatro formado por alunos da

ETEC Francisco Morato, fará apresentações de seu no-vo espetáculo “O Bem Amado”, nos dias 18, 19 e 21 denovembro às 19h, no auditório da escola. O Bem Amado éuma peça escrita por Dias Gomes que coloca em cena umprefeito que se elege prometendo construir e inaugurar umcemitério. Mas, pra seu azar, depois que ele assume a pre-feitura, ninguém mais morre na cidade e essa inauguraçãovira sua obsessão. O texto narra, de maneira muito bemhumorada, os mandos e desmandos do prefeito OdoricoParaguaçu. A entrada é 1 kg de alimento não perecível.

Outras informações: 4489-4875 .::

"Não preciso terambições. Só temuma coisa que euquero muito: que ahumanidade vivaunida.. . negros ebrancos todosjuntos.'"

Bob Marley

No Registro desse mês,confira a viagem doGirandolá para a Colômbia, no7° Encuentro Mundial de Teatroy Danza Infantil y Juvenil(EMTIJ), com o espetáculoinfantil Conto de Todas as Cores.

::. Na Faixa Por: Fabia Pierangeli

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em:Divulga

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Novembro / 20133

!"Olha de novo:não existembrancos, não

existem amarelos,não existem

negros: somostodos arco-íris."

Ulisses Tavares

Por: Tamires Santana

“Valeu Zumbi!/O grito forte dos Palmares/Quecorreu terras, céus e mares/Influenciando a aboli-ção. . .”. O samba enredo Kizomba, a festa da raça,apresentado pela Escola de Samba Unidos de VilaIsabel em 1988 resume de forma esplendorosa aforça de uma cultura que ainda hoje tem um“bom jogo de cintura para fazer valer seus ideais”.

Zumbi é respeitado e não é atoa. Símbolo má-ximo nacional que representa a resistência e lutacontra a escravidão, foi um dos líderes do Qui-lombo dos Palmares, localizado na Serra da Bar-riga - o qual resistiu por mais de um século,acolhendo milhares de escravos fugidos, índios ebrancos. O Quilombo dos Palmares foi o maiorquilombo da época colonial, possuía uma enormecapacidade de organização, o que representavaextremo perigo à mentalidade escravocrata. Zum-bi foi seu último líder.

O Dia da Consciência Negra é comemoradoem 20 de novembro, data esta a qual Zumbi foimorto (1695). Fruto do movimento negro estima-se que em mais de setecentas cidades brasileiras éconsiderado feriado municipal, sendo FranciscoMorato uma delas. O intuito do dia 20 de novem-bro é trazer a reflexão sobre o racismo e seus re-flexos, colocando em primeiro plano o resgate dacultura negra no Brasil e, sobretudo, solidificarações afirmativas que insere o afrodescendenteenquanto protagonista na sociedade.

No Brasil “ninguém” é racista, já que foi socadona construção da identidade do brasileiro o dis-curso da miscigenação fraternal entre brancos, ín-dios e negros. Entretanto, olhando para asestatísticas logo se entende que “ninguém” só po-de ser “alguém”, afinal, o extermínio da juventu-de, a pobreza, o alto índice de analfabetismo e osdireitos negados a moradia, fatores vigentes efundamentais para a manutenção da desigualdadesocial, faz o discurso deleitar-se no paraíso, en-quanto na vida real o alvo tem cor e endereço.

Se autodeclarar negro ainda gera desconforto ealvoroço, que dirá pensar em políticas públicas di-recionadas à população negra. Sendo assim, oConselho de Participação e Desenvolvimento daComunidade Negra de Francisco Morato não égrande apenas em seu nome, enquanto órgão tema responsabilidade de enfrentar e combater o ra-cismo e qualquer tipo de intolerância. Não devemedir esforços junto ao poder público e a popula-ção moratense na defesa dos direitos e sua totalinserção na vida sócio, econômica, política e cul-tural. Criado pela Lei Municipal nº 2.163 de 23

de novembro de 2005, cumpre o papel de “botaro dedo na ferida” por meio da pesquisa, do le-vantamento de dados, de discussões e questiona-mentos, quando preciso a força da lei.

Além de exercer a missão de traçar os princi-pais problemas que atingem a população afrodes-cendente, especificamente, recorrendo a soluçõese ações preventivas, trabalha em torno da des-construção dos valores arraigados na cultura, oqual mantém o preconceito e a intolerância a cer-ca de uma crença, modo de vestir, falar e todo umoceano de problemas a ser combatido. E não pre-cisa ir muito longe para o entendimento. Sem cu-tucar a onça com vara curta, quantos discursospor aí pregam que as religiões de matriz africana(e não se limita apenas a Umbanda e Candomblé)são práticas demoníacas e devem ser combatidascom todas as forças?! Quantos cachos foram ab-duzidos pelo formol, porque a moda defende ocabelo liso, de corte hollywoodiano?! Quantasmulheres não ficaram agonizando de dor na horado parto porque a mulher negra é mais forte eaguenta?! Ou quantas vezes esta mesma mulherchora quando um filho é preso ou é morto namão do crime, para não dizer, com o aval do pró-prio Estado?!

É, camarada! O Dia da Consciência Negra me-xe com a sociedade, isto é fato. Causam polêmi-cas, geram dúvidas, revolta, protestos, fazperguntas. Muitos se encontram a um passo doentendimento, mas e enquanto a consciência co-letiva não chega? A luta nunca abaixou a guarda,mesmo sabendo que anda oculta ou mal contadanos livros de História. Sempre a caminho de ummundo plural e igualitário, vozes ecoam: valeuZumbi!

“Jorges Velhos Virão com a mesma visão! Váriosna prontidão, donde vem? Quantos são?

Continuarão as Revoluções Pernambucanas,Canudos, Contestado, Conjuração Baiana!

Mas sem drama! Cada um com seu estilo e perfil!

Resistência é o que nóis é! Palmares édescendência. . .

A semelhança com o lugar não é meracoincidência”

Trecho da Música “Jorge Velho”

do grupo G.R.A.D.I. Morato

No último mês de outubro, o  Tea-tro Girandolá fez uma incrível via-gem de 10 dias, partindo do Brasil epousando em Fontibón, um povoadomuito acolhedor da,Colômbia.

As malas cheias de fitas, cores ebrincadeiras, levavam a história deLili, de Mário Quintana, para a Casade Cultura, Escolas e Teatros de Bo-gotá. O espetáculo Conto de Todasas Cores foi apresentado 6 vezes du-rante a programação do 7° Encuen-tro Mundial de Teatro y DanzaInfantil y Juvenil (EMTIJ), e mes-mo sem entenderem uma palavra emportuguês, dos niños aos viejos, nin-guém tirava os olhos do palco, cap-turados pela imaginação sem freiosda menina Lili.

E não teria como não ser uma via-gem especial, além de ser a primeiravez em que iríamos nos apresentarfora do país, indo com a responsabi-lidade de representá-lo num encon-tro mundial, podendo compartilharnosso processo de trabalho e nossasideias numa palestra no 4° ForoMundial de Especialistas en Dra-maturgia Infantil, ainda tivemos oprazer de conhecer pessoas e gruposmuito queridos nesses dias. O espe-táculo, os atores, e o Brasil forammuito bem recebidos pelos Colombi-anos, que demonstravam todo seucarinho ao final de cada apresenta-ção, com abraços fortes, sorrisos lar-gos, muitos pedidos de pelo menosuma assinatura, uma mensagem, ouo que fosse em português, para queguardassem de recordação, e até lá-grimas de saudades.

O EMTIJ 2013 contou não sócom a presença de representantes do

Brasil, mas também de grupos deCuba (Parabajitos), México (La Va-letina Teatro), Equador (GrupoMáscaras e Grupo Juglar), Argentina(ADN), além de grupos de outrosestados do país (Col. Nuestra Señorade las Mercedes, Grupo Catarsis,Orkéseos, El Grupo, Caja Negra,Centro Amar SDIS e Grupo Terra-nova), que mostraram um pouqui-nho da cultura e dos sonhos de cadalugar. A experiência de conhecer oteatro que é feito em todos essescantos do mundo, a poesia, o olhar eespecificidades de seus lugares, verespetáculos pensados para infância,com tanta gana, e com a importânciaa que se deve, é tão importante paraquem já se sentiu remando sozinho,para quem sente que precisa de maisgente para mudar alguma coisa. Es-sas trocas, de palavras, de vivências ede muito sentimento latino, fizeramum bem danado para nós, é o quenos alimenta, nos fortalece, e nosimpulsiona a mais sonhos, mais es-petáculos, mais parcerias, mais via-gens, mais encontros... e maismudanças.

Voltamos ao Brasil com vontadede dar as mãos a toda a AméricaLatina, de conhecer Cuba e o seu tãointrigante e diferente sistema políti-co, de aprender espanhol, de fortale-cer essa rede e trazer grupos para seapresentarem aqui em Morato, deabrir mais espaços para infância nonosso trabalho e na nossa cidade, equiçá, de dentro de alguns anos, po-der sediar aqui esse encontro tão im-portante e rico.

Colômbia, nós vamos nos “ex-trañar”de ti! .::

DIA DA CONSCIÊNCIANEGRA

a evidência de que o racismotem cor e endereço

PPoorr:: MMeeiirree RRaammooss

A campanha Faça parte desta Consciência (disponível nas redes sociais eno blog comunidadenegrafm.blogspot.com.br) está sendo promovida peloConselho da Comunidade Negra e propõe instigar a reflexão sobre a atuaçãode cada cidadão na história do município de Fco. Morato. Mostrar o afrodes-cendente enquanto protagonista nos processos sociais, educacionais, artísticos,etc., instiga a população a participar das ações a serem realizadas na 5ª ViradaMunicipal da Consciência Negra, no dia 20 de novembro, Dia da ConsciênciaNegra, a ser realizada das 10h às 20h no calçadão, em frente a estação de trem.

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DDiivveerrssããoo NNããooTTeemm PPrreeççoo

"Sou negromeus avós foramqueimadospelo sol da Áfricaminha alma recebeu obatismo dos tamboresatabaques, gongôs eagogôs."

Solano Trindade

Por: Danilo Góes

Sozinho numa longa jornada sem rumo,caminhei pelo vasto deserto da vida, en-contrei caravanas indo e vindo em váriasdireções, andarilhos solitários traçando ca-minhos opostos. Sofrendo o martírio docalor escaldante e a frieza absoluta das noi-tes estreladas.

Nas tempestades de areia busquei abrigoem Oásis da solidão. Em poços escassos novazio da água enlameada vi a minha verda-deira face.

A ação do tempo implacável levara todajuventude e vitalidade deixando apenasuma carranca enrugada e esquelética comaspecto cadavérico e duas pequenas fendasonde firma os olhos .

Se nosso rosto reflete a alma, seria euum espírito cansado e penoso?

Quem me vê se arrastando por entre adunas não imagina que carrego um grandetesouro, sou mais rico do que qualquer fa-raó, rei ou imperador, aquilo que possuo

ninguém pode me tirar .

Tenho história. Aventurei-me no desco-nhecido, viajei nos acordes das melodias,naveguei no mar da poesia, sobre tempes-tades turvas de lágrimas, vivenciei cre-púsculos melancólicos, e nasceres de solvigorosos que me encheram de vida. So-brevoei as mais belas paisagens pintadas,surreais, fotográficas e imaginárias. Brin-quei na terra da fantasia, traguei goles deagonia, sofrimento e alegria, e tudo foipassageiro, exceto o amor.

Aprendi que cada fenômeno por maissimples e corriqueiro que seja é raro, poisé único, que por toda eternidade não tor-nará a se repetir, exceto enquanto minhalembrança relutar em existir. No álbum defotografia da memória guardarei cada de-talhe.

E o bem mais precioso tenho a guardacompartilhada.

A amizade. .::

O barulho na rua é infernal, o que des-perta o sono da menina Kezia. O sobe edesce de carrinho de rolimã está frenéti-co. O vizinho aposentado jogou pedrasna rua para a molecada não descer maiscom os carrinhos, instalando o pandemô-nio e até pedras no aposentado a moleca-da jogou.

A menina Kezia estava olhando todaaquela situação por trás do portão. O ba-rulho do rolimã chamou sua atenção e afez sorrir quando um menino deu um ca-valinho de pau e saiu rolando pelo chão.

Às 7 horas da manhã sua mãe estádormindo, a menina Kezia volta seusolhos para brincadeira que estava antes -“comidinha de mentirinha”. Ao passarum amigo do seu pai, que lhe dá umasbalas e a menina Kezia o faz comer a co-midinha de mentirinha.

A menina Kezia não conseguiu vaga naúnica escolinha de educação infantil pró-xima a sua residência que atende quatrobairros. Sendo assim, é educada pela TV,ficava o dia inteiro em casa assistindoDiscovery Kids – Adora Peixonauta eBarney. Mas, devido ao aperto no orça-mento familiar, seus pais tiveram quecancelar a assinatura. Já nos canais aber-tos às sete e pouco da manhã, passa jor-nalismo sensacionalista, violências ecrimes são as temáticas, ela prefere brin-car sozinha.

A sua mãe grita seu nome, ela sai cor-rendo pelo corredor deixando os prati-nhos pelo caminho. Recebe uma bronca

daquelas, pois já havia avisado para nãosair. A menina Kezia desde pequenasempre foi danada, assim que começou aandar sua mãe não podia dar um descui-do e lá estava ela brincando com a águada privada.

No ano passado a menina Kezia haviaganhado um celular, pois mesmo não sa-bendo ler já conseguia ligar para o pai docelular da mãe. Falando em celular ela fezalgo hilário, acostumada a passar as fotoscom o dedo quando viu um porta-retratoficou passando o dedo para ver outrasimagens.

Passou o dia inteiro assistindo “GalinhaPintadinha”, ela não enjoa desse desenhomesmo assistindo diversas vezes por dia.Geralmente a menina Kezia dorme antesde seu pai chegar, mas como hoje tem opresente do dia das crianças, sua mãemanteve-a acordada. O presente rendeuuma grana que não poderia ser gasta, masem suaves prestações com bastante juros,seu pai trouxe a “Totoka da Galinha Pin-tadinha” embrulhada em um lindo papelde presente. Queria dar para ela aquiloque não teve na infância.

A menina Kezia, no primeiro momentose impressionou com o papel de presentee ficou horas brincando com o papel, sóparou quando sua mãe chamou para abrira caixa. Quando sua mãe tirou a Totokaela entrou na caixa pedindo para o paiempurrá-la, a empolgação foi tão grandecom a caixa que a menina Kezia dormiuna caixa deixando seu pai exausto detanto empurrar pra lá e pra cá. .::

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Page 6: Ôxe! - Novembro de 2013

Novembro / 20135

Por: Régis Andrade

JJáá nnããoo sseeii oo qquuee éé cceerrttoo,,ee ssee oo cceerrttoo vvaallee aa ppeennaa..MMuuiittaass ppeessssooaass ddiizzeemmqquuee tteemmooss qquuee aannddaarr ppeelloo cceerrttoo,,MMaass oo qquuee eeuu vveejjoo éé qquuee nnããoo ttáá nnaaddaa cceerrttoo..OO eexxeemmpplloo ddee ffaazzeerr ttuuddoo cceerrttoo..SSeerriiaa aa ffaaccççããoo ppoollííttiiccaa ddoo nnoossssoo ppaaííss..MMaass ppeelloo vviissttoo,, nnããoo ffaazz oo qquuee éé cceerrttoo,,tteemmooss uummaa ccoonnssttiittuuiiççããoo qquuee éé uumm ccoonnjjuunnttooddee nnoorrmmaass ee rreeggrraassee cchheeiiaass ddee aarrttiiggoosséé mmaaiiss qquuee uummaa bbííbblliiaa ee ppáággiinnaass aammaarreellaass,,éé uummaa vveerrggoonnhhaa,,sseerráá qquuee eessttáá cceerrttoo??SSee aa nnoossssaa ffaaccççããoo ppoollííttiiccaa ddoo ppaaííss,,ffoossssee sséérriiaa ee cceerrttaa,,ppeeggaarriiaa ooss ppoollííttiiccooss ccoorrrruuppttooss,, llaaddrrõõeessee ccoollooccaarriiaamm pprraa ffoorraa ddee ccaassaa,,MMaass ccoommoo ttooddooss tteemm oo rraabboo pprreessoo,,nnããoo oo ffaazzeemm,,aaíí eeuu ppeerrgguunnttoo,,éé cceerrttoo??AAttéé oo ppoovvoo qquuee ccoobbrraa oo cceerrttoo,,nnããoo eessttáá cceerrttoo,,VVeejjaa,,ssóó iinnvvaassããoo ddee tteerrrraa aallhheeiiaa,,éé cceerrttoo??nnããoo..ÉÉ rroouubboo..MMaass vvaaii iinnvvaaddiirr ddee qquueemm iinnvvaaddee..NNoo rraabboo ddooss oouuttrrooss nnããoo aarrddee,,IIssssoo éé ssóó uumm eexxeemmpplloo,,eessttee ppoovvoo ddiizz qquuee aannddaa ppeelloo cceerrttoo,,VVeejjaa ssóó,,oo lliixxoo nnoo cchhããoo,,ooss rriiooss ppoolluuííddooss,,aass mmaattaass ddeessttrruuííddaass,, eettcc..EEssttee éé oo ppoovvoo qquuee ccoorrrree ppeelloo cceerrttooee qquuee ffeezz ttuuddoo iissssoo!!??.. .. .. .. :: ::

Eu Me Lembro do tempo dos Meus Avós, em que tudoera calmo devido ao Silêncio depois de tantos Conflitos.

Hoje Minha Avó me contará, ela sem Forças para falarmas contará a história da sua época, como foi o mundo na-quele Século.

Minha Avó mesmo Admirada, Balançava a Cabeça e Fa-lará "O mundo se Perdeu", o que no Presente foi Paz seTornou de uma hora pra outra a Temida Guerra.

Se Passará muitas décadas dos chocantes e históricos ce-nários "A Primeira Guerra Mundial, e Segunda" tudo sePerderá, o que foi um cenário marcante hoje é paz, mas Re-fletimos o Presente onde tudo se Retornou.

O Século das Leis, onde tudo é motivo de Guerra, nemmesmo o tempo conseguirá acalmar, vejamos tantas pessoasprocurando um cantinho silencioso, se convertendo promundo de Deus cada Vez Mais, para Pedir Sua Proteção, eProsseguir sua Curtição, sem se privar diante de algumas si-tuações.

Após o bom Governo de Getúlio Vargas, a Política sePerdeu em Meio à Corrupção e Enganação; Fernando Hen-rique, Politico que por suas Propostas enganou o Brasil.

Com Mudanças Financeiras, o Brasil se Revoltou, terá aCerteza que esse é o motivo da extinção de Paz.

Terá por Surgimento, Políticos Verdadeiros, que por seuolhar Periférico Lutou para então as Leis Surgirem, o RealSer Implantado e Apaziguar a Situação.

Hoje vejamos estamos em 2013 No século XXI, A Guerrase Evoluiu, A Paz se Decaiu, o mundo está tremendo emtanta Violência, e nem mesmo dentro de casa garantimos aproteção.

A maior Parte da População carente, onde à todo mo-mento é presenteada, principalmente os jovens a quem de-vemos ouvir, não evitam a guerra aproveitam o momento,para soltar sua voz, em meio a comunicação enxergamosgrandes erros, o porque ensinar uma criança a Matar? .::

Comandou com punhos de ferronas artimanhas era um fenômeno

por água, ar e terraatuava de maneira anônima;

Possuía um nervo de açosabia maneirar

media passo a passopara ao adverso peneirar;Não temia ao antagônico

no objetivo a se postarpensava no fator orgânico

para sua elite suportar;Era perito em estratagemas

especialista, no intento, hábilem planejamentos um grande gênio

reduzia um alvo inábil;Pela destreza em se infiltrar

se destacou na carreirapor várias etapas administraroculto ultrapassou barreiras;

Guapo aliava coragem e astúciaem artimanhas foi ardilosoesquemático de fina argúcia

dono dum artifício obscuro; cabuloso;Gonçalo era criativo; engenhoso

sábio a, um esquema, esboçarseu talento o indicou à arte de ser manhoso

e ao inimigo muito esforçar;Seu segredo de bons resultados

usava no que nos conduzo que faz nosso ser confortado

rezava à Abner pai da luz;O Gonçalo à tudo era imbatível

quando um andar feminino o gamouao azul-olhar ficou suscetível

arriou a guarda, entregue, ao amor. . . .::

PPoorr:: JJooyyccee MMiilleennaa ee MMeessssiiaass SSiillvvaa

Guerra e PazPor: Messias Silva

O ESTRATEGISTAO CERTO É ERRADO!...OU ERRADO É CERTO?...

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Page 7: Ôxe! - Novembro de 2013

6Novembro / 2013

::.ViniciusMacedo

Sei que o passado foi sangrento para muitos e muitos escravos,Karaba Kunta Kinte foi um deles.

Mas o preconceito ainda predomina em massa nas pessoas que foramo principal agente na construção desse imenso país. (OS NEGROS)

Partindo do princípio que todos são iguais, gostaria de retratar asnovelas que os atores negros sempre fazem papéis de pessoas ruinscomo ladrões, estupradores, faxineiros, sem desmerecer, ocupando oscargos mais baixos da sociedade. Sabendo que o GOVERNO repassa asverbas para as grandes emissoras de TV na produção daquilo que eleschamam de ENTRETENIMENTO.

Como mudar essa forma de pensamento que reflete nas pessoas o arde preconceito e racismo que de certa forma prega transparentemente asupremacia BRANCA?

Fico extremamente triste com as questões escravocratas que agentescolonizadores em seus navios negreiros e em suas casas nos sótãosestupravam mulheres negras e destruíram inúmeras famílias separandoos escravos e vendendo para outros SENHORES DE ENGENHO.

E aê camarada você ainda tem orgulho de agir e dizer que éBRANCO de pura raça ou etnia?

Veja bem os conceitos das palavras e o que realmente defende.Cêtámaluco! .: :

PPoorr:: SSiiddnneeyy SSaannttooss

PPrreeccoonncceeii ttoo RRaacciiaall

::.BettoSouza

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imagem: Wikimedia Commons

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