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REVISÃO DO PLANO DIRETOR DE CURVELO-MG
P5 :: LEITURA COMUNTÁRIA – CONCERTAÇÃO
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS 071/2016
REVISÃO DO PLANO DIRETOR DE CURVELO, JUNTAMENTE COM A
REGULAMENTAÇÃO DA LEI E ATUALIZAÇÃO LEGISLATIVA DE SEUS INSTRUMENTOS
COMPLEMENTARES (LEI DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO, CÓDIGO DE POSTURAS E
REGULAMENTAÇÃO ADMINISTRATIVA, CÓDIGO DE OBRAS, LEI DO PERÍMETRO
URBANO E CÓDIGO DE MEIO AMBIENTE).
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PREFEITURA MUNICIPAL CURVELO
Prefeito – Maurílio Soares Guimarães
Vice-Prefeito – Marcos Dupim Mattoso
GESTÃO DO CONTRATO
Vânia Maria Macedo - SEFAZ
GRUPO PERMANENTE DE DISCUSSÃO – GPD
REPRESENTANTE DO PODER JUDICIÁRIO MUNICIPAL
Maria Eunice Ascendino França (Coordenadora Geral)
Adriane Lopes Diniz
REPRESENTANTES DO SETOR TÉCNICO
Aline Esteves Alves
Danuza de Matos Figueiredo Mendes
Nayane Miranda Silva
Patrícia Costa Gonçalves
Valdênia Coimbra Mourthé
João Alves Fonseca Filho
Saint Clair Alves Júnior
Rafaela Matoso Souza
Warley Oliveira de Freitas
Diego Diniz Maia
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CONSULTORIA CONTRATADA
MYR Projetos Sustentáveis
EQUIPE TÉCNICA RESPONSÁVEL
Coordenação Geral – Sérgio Myssior (Arquiteto, Esp.)
Coordenação Executiva – Michel Jeber Hamdan (Geógrafo, Esp.)
Arquitetura e Urbanismo, Uso do Solo, Turismo, Esporte e Lazer, Habitação e
Patrimônio Cultural:
Sérgio Myssior
Cláudia Teresa Pereira Pires
Geoprocessamento:
Michel Jeber Hamdan
João Paulo Porto Melasipo
Raquel Oliveira Silva
Pablo Mendes de Souza
Meio Ambiente, Saneamento e Infraestrutura:
Thiago Igor Ferreira Metzker
Michel Jeber Hamdan
João Paulo Porto Melasipo
Demografia, Políticas Sociais, Econômicas e de Desenvolvimento:
Marina Guimarães Paes de Barros
Ordenamento Jurídico Municipal:
Gustavo Eugênio Maciel Rocha
Priscila de Almeida Afonso
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LEITURA COMUNITÁRIA - CONCERTAÇÃO
BELO HORIZONTE
2017
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FICHA CATALOGRÁFICA
MYR Projetos Sustentáveis Plano Diretor Municipal de Curvelo, Revisão – 2016/2017. Leitura Comunitária – Concertação. – R11
Nº de páginas: 60 Palavra-chave: 1. Plano Diretor 2. Leitura Comunitária; 3. Curvelo.
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1 - INFORMAÇÕES GERAIS
1.1 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR
EMPRESA: PREFEITURA MUNICIPAL DE CURVELO
CNPJ: 17.695.024/0001-05
RESPONSÁVEL: Maria Eunice Ascendino França
TELEFAX: (38) 3722-3257
ENDEREÇO: Av. Dom Pedro II, n. 487 – B. Centro. Curvelo - MG
E-MAIL: [email protected]
1.2 IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA CONSULTORA
EMPRESA: MYR PROJETOS SUSTENTÁVEIS
CNPJ: 05.945.444/0001-13
RESPONSÁVEL: Sérgio Myssior
TELEFAX: (31) 3245-6141 / (31) 2555-0880
ENDEREÇO: Rua Centauro, nº 231 / 6º andar – B. Santa Lúcia. Belo Horizonte - MG
E-MAIL: [email protected]
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SUMÁRIO
1 - INFORMAÇÕES GERAIS ................................................................................... VI
1.1 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR ........................................................ VI
1.2 IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA CONSULTORA ........................................... VI
SUMÁRIO ................................................................................................................ VII
ÍNDICE DE FIGURAS ............................................................................................. VIII
ÍNDICE DE QUADROS ............................................................................................. IX
2 - APRESENTAÇÃO GERAL ................................................................................. 10
3 - ETAPAS DE TRABALHO E METODOLOGIA ................................................... 12
4 - LEITURA COMUNITÁRIA .................................................................................. 14
4.1 DEFINIÇÕES ................................................................................................... 15
4.2 METODOLOGIA ............................................................................................... 16
4.3 PARTICIPAÇÃO ............................................................................................... 20
4.4 AUDIÊNCIAS REGIONAIS ............................................................................... 21
4.4.1 Audiência da Sede do município de Curvelo ................................................. 25
4.4.2 Audiência no Distrito de Tomás Gonzaga ..................................................... 31
4.4.3 Audiência no Distrito de Santa Rita do Cedro ............................................... 36
4.4.4 Audiência no Distrito de JK ........................................................................... 42
4.4.5 Audiência no Distrito de Angueretá ............................................................... 48
5 - CONCLUSÃO ..................................................................................................... 54
6 - ANEXOS ............................................................................................................. 58
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ÍNDICE DE FIGURAS
FIGURA 1 – MAPA DE LOCALIZAÇÃO DAS AUDIÊNCIAS COMUNITÁRIAS .................................... 13
FIGURA 2 – PARTES DA TABELA CONTENDO OS DADOS COLETADOS NAS REUNIÕES COM A COMUNIDADE. ................................................................................................ 15
FIGURA 3 – DINÂMICA DA PLANTA FALADA - AUDIÊNCIA NA SEDE DO MUNICÍPIO. .................. 18
FIGURA 4 – DINÂMICA DOS "PROBLEMAS X QUALIDADES" - AUDIÊNCIA EM ANGUERETÁ. .... 19
FIGURA 5 – AUDIÊNCIA NA SEDE DE CURVELO. ............................................................................. 20
FIGURA 6 – DIVULGAÇÃO – SITE, E-MAIL E REDES SOCIAIS ........................................................ 22
FIGURA 7 – CARTAZES DE DIVULGAÇÃO AFIXADOS NOS LOCAIS DAS AUDIÊNCIAS ............... 23
FIGURA 8 – FAIXAS DE DIVULGAÇÃO DAS AUDIÊNCIAS ................................................................ 23
FIGURA 9 – APRESENTAÇÃO DA MYR NA CÂMARA MUNICIPAL ................................................... 25
FIGURA 10 – PÚBLICO DA AUDIÊNCIA NA SEDE. ............................................................................ 26
FIGURA 11 - “DINÂMICA PLANTA FALADA” COM IDENTIFICAÇÃO DE PROBLEMAS E QUALIDADES- AUDIÊNCIA DA SEDE. ........................................................................ 26
FIGURA 12 – DINÂMICA "PROBLEMAS X QUALIDADES" - AUDIÊNCIA DA SEDE. ........................ 27
FIGURA 13 – TEMÁTICAS ABORDADAS NA AUDIÊNCIA DA SEDE ................................................. 28
FIGURA 14 – APRESENTAÇÃO DA MYR NO DISTRITO DE TOMÁS GONZAGA. ............................ 32
FIGURA 15 – PÚBLICO DA AUDIÊNCIA DO DISTRITO DE TOMÁS GONZAGA. .............................. 32
FIGURA 16 – PLANTA PARA IDENTIFICAÇÃO DOS PROBLEMAS X QUALIDADES. ...................... 33
FIGURA 17 – DINÂMICA "PROBLEMAS X QUALIDADES" - AUDIÊNCIA DO DISTRITO DE TOMÁS GONZAGA. ...................................................................................................... 33
FIGURA 18 – TEMÁTICAS ABORDADAS NA AUDIÊNCIA EM TOMÁS GONZAGA. ......................... 34
FIGURA 19 – APRESENTAÇÃO DA MYR NO DISTRITO DE SANTA RITA DO CEDRO. .................. 37
FIGURA 20 – PÚBLICO DA AUDIÊNCIA DO DISTRITO DE SANTA RITA DO CEDRO. .................... 38
FIGURA 21 – PLANTA PARA IDENTIFICAÇÃO DOS PROBLEMAS X QUALIDADES. ...................... 38
FIGURA 22 – DINÂMICA "PROBLEMAS X QUALIDADES" - AUDIÊNCIA DO DISTRITO DE SANTA RITA DO CEDRO. ............................................................................................ 39
FIGURA 23 – TEMÁTICAS ABORDADAS NA AUDIÊNCIA EM SANTA RITA DO CEDRO ................ 40
FIGURA 24 – APRESENTAÇÃO DA MYR NO DISTRITO DE JK. ....................................................... 43
FIGURA 25 – PÚBLICO DA AUDIÊNCIA DO DISTRITO DE JK. .......................................................... 44
FIGURA 26 – PLANTA PARA IDENTIFICAÇÃO DOS PROBLEMAS X QUALIDADES. ...................... 44
FIGURA 27 – DINÂMICA "PROBLEMAS X QUALIDADES" - AUDIÊNCIA DO DISTRITO DE JK ....... 45
FIGURA 28 – TEMÁTICAS ABORDADAS NA AUDIÊNCIA DE JK ...................................................... 46
FIGURA 29 – APRESENTAÇÃO DA MYR NO DISTRITO DE ANGUERETÁ. ..................................... 49
FIGURA 30 – PÚBLICO DA AUDIÊNCIA DO DISTRITO DE ANGUERETÁ. ....................................... 49
FIGURA 31 – PLANTA PARA IDENTIFICAÇÃO DOS PROBLEMAS X QUALIDADES. ...................... 50
FIGURA 32 – DINÂMICA "PROBLEMAS X QUALIDADES" - AUDIÊNCIA DO DISTRITO DE ANGUERETÁ ................................................................................................................ 50
FIGURA 33 – TEMÁTICAS ABORDADAS NA AUDIÊNCIA DE ANGUERETÁ .................................... 51
FIGURA 34 – SOMATÓRIO DE TODAS AS TEMÁTICAS. ................................................................... 55
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ÍNDICE DE QUADROS
QUADRO 1 – DIVISÃO DAS REUNIÕES POR REGIÃO, LOCAL E DATA. ......................................... 17
QUADRO 2 – QUANTIDADE DE PARTICIPANTES POR OFICINA REALIZADA ............................... 21
QUADRO 3 – NÚMERO DE CONTRIBUIÇÕES POR TÉMÁTICA ....................................................... 24
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2 - APRESENTAÇÃO GERAL
A Lei Municipal Complementar nº 57 de 10 de outubro de 2006, instituiu o “Plano
Diretor Estratégico, o sistema e o processo de planejamento e gestão do
desenvolvimento do Município de Curvelo, que teve como diretriz orientadora e
definidora a Lei Federal 10.257 de 10 de julho de 2001 – o Estatuto da Cidade.
O Estatuto da Cidade - Lei Federal nº 10.257/2001 - que orienta a política urbana
em todo o país, buscando garantir a todos o Direito à Cidade, definiu regras para
a organização do território municipal. Já o Plano Diretor é a lei municipal criada
para organizar o crescimento e o desenvolvimento do Município, planejando o
futuro da cidade, tanto para as áreas urbanas como para as áreas rurais.
O Plano Diretor é obrigatório para os municípios que possuem as seguintes
características:
• Possuem mais de 20 mil habitantes;
• Fazem parte de regiões metropolitanas;
• São turísticos;
• Sofrem impactos causados por grandes obras que colocam o meio
ambiente em risco, como rodovias, barragens, hidrelétricas, aeroportos,
indústrias.
Nesse contexto o Município de Curvelo se enquadra principalmente por
apresentar mais de 70 mil habitantes e possuir uma importante malha rodoviária.
Para a elaboração do Plano Diretor Estratégico em 2006, o Município realizou
uma ação conjunta de diferentes atores sociais e políticos, incluindo participação
de equipe especializada e participação direta da população.
Ressalta-se que, se a cidade já possui Plano Diretor, o Estatuto da Cidade
determina ainda que este deve ser revisado no prazo máximo de 10 anos. Assim,
o Plano Diretor Estratégico de Curvelo encontra-se no tempo hábil para
realização de sua revisão. Vale ressaltar que essa revisão é necessária, pois o
Município, como tantos outros, precisam se enquadrar nas constantes
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modificações que ocorrem nas ordens sociais, políticas, ambientais, econômicas
e vocacionais.
Esses processos de mudanças dinâmicas, legais e urbano ambientais
necessitam que a revisão do Plano Diretor Estratégico seja realizada tanto de
forma técnica quanto de forma participativa, através das leituras técnica e
comunitária.
Desta maneira, através de processo licitatório, a Prefeitura Municipal de Curvelo
firmou com a Myr Projetos Sustentáveis, em maio de 2016 o contrato de
prestação de serviços nº. 071/2016. Como resultado são esperados os seguintes
produtos:
1. Criação do “Espaço Plano Diretor”*;
2. Audiência Pública de lançamento da revisão do Plano Diretor e criação de
Equipe Técnica*;
3. Capacitação da Equipe Técnica*;
4. Leitura Técnica: levantamentos e diagnóstico;
5. Leitura Comunitária: concertação;
6. Síntese das leituras Técnica e Comunitária;
7. Plano Diretor;
8. Audiência Pública para Apresentação da Revisão do Plano Diretor;
9. Projeto de Lei;
10. Revisão da Lei de Parcelamento do Solo;
11. Elaboração ou revisão do Código de Edificações e Obras;
12. Elaboração ou revisão do Código de Posturas e Regulamentos
Administrativos;
13. Elaboração do Código Municipal de Meio Ambiente.
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3 - ETAPAS DE TRABALHO E METODOLOGIA
A metodologia técnico-participativa de revisão do Plano Diretor de Curvelo foi
elaborada, principalmente, para garantir aos munícipes condições de
participação no processo como um todo, em suas várias etapas e momentos.
A participação popular está assegurada em todas as fases do processo. Esta
valorização da experiência do espaço urbano vivenciado pela comunidade é uma
das premissas para o desenvolvimento de um Plano Diretor Participativo que
consiga incorporar os anseios e reais necessidades dos cidadãos. Assim, ao
invés de um Planejamento Urbano e Rural autoritário e utópico, busca-se
construir um Planejamento Urbano e Rural democrático e realista.
A partir desta premissa, a elaboração do novo Plano Diretor busca a percepção
e a opinião dos moradores sobre suas ruas, seus bairros, suas regiões e sua
cidade como uma totalidade. Para tanto foi proposta em conjunto com a equipe
técnica municipal e Grupo Permanente de Discussão, a metodologia de
subdivisão geográfica do território municipal em 5, sendo 1 na sede do munícipio
e as outras restantes em cada distrito. A distribuição espacial pode ser
visualizada na figura a seguir.
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FIGURA 1 – MAPA DE LOCALIZAÇÃO DAS AUDIÊNCIAS COMUNITÁRIAS
Fonte: MYR Projetos Sustentáveis, 2017.
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4 - LEITURA COMUNITÁRIA
De posse de todos os dados técnicos, mapas e o relatório contendo todas as
informações e dados disponibilizados acerca do município de Curvelo, foi
realizada a etapa seguinte, denominada Leitura Comunitária, onde foi possível
escutar a população e seus representantes, permitindo uma visão sob o olhar de
quem vivencia o dia a dia de Curvelo, seus problemas e potenciais.
Este Produto é composto pelo relatório descritivo, contendo todo arcabouço
metodológico, as devidas informações sobre os locais das audiências, os mapas,
fotos e demais evidências das reuniões com a comunidade e a equipe da
Prefeitura de Curvelo.
Cabe ressaltar que o relatório descritivo foi realizado contendo os principais
assuntos discutidos por temática, em cada local onde ocorreram as reuniões e
os dados foram sistematizados, compondo um relato sucinto, porém bastante
completo.
Adicionalmente, foi produzida uma tabela dinâmica1 (ANEXO III) contendo todos
os registros sobre os aspectos positivos e negativos acerca das temáticas e
coletados através das dinâmicas realizadas durante as reuniões com a
comunidade. Essa tabela contém planilhas separadas por local de reunião e uma
planilha geral contendo os seguintes campos-chaves: (i) a localidade onde foi
realizada a reunião (ii) a temática desenvolvida (iii) o texto descrito pelo
participante, que justifica sua percepção se o aspecto é positivo ou negativo (iv)
a palavra-chave do texto descrito pelo participante (v) e o status, identificando
1 São tabelas que permitem organizar a visualização de dados de uma planilha, filtrar
dados, acelerar a busca de uma informação e permitir tomar decisões mais assertivas.
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se o aspecto analisado pelo morador é positivo ou negativo. Na Figura 2, é
apresentado um recorte de parte da tabela exemplificando o exposto.
FIGURA 2 – PARTES DA TABELA CONTENDO OS DADOS COLETADOS NAS REUNIÕES
COM A COMUNIDADE. Fonte: MYR Projetos Sustentáveis, 2017.
4.1 DEFINIÇÕES
A leitura comunitária consiste no registro da percepção da comunidade sobre os
aspectos positivos e dos problemas locais, vivenciados no dia a dia, sendo o
resultado das impressões da sociedade sobre a realidade do município.
Nesse sentido, o trabalho ora apresentado, denominado Produto 5 - Leitura
Comunitária: Concertação, trata de identificar e entender a situação do município
– a área urbana e a área rural, seus problemas, seus conflitos e suas
potencialidades, através do olhar da comunidade.
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Importante frisar que a leitura da cidade começou por leituras técnicas, através
do Produto 4, onde foi possível “ler” o município baseado em dados técnicos,
através de um diagnóstico composto por informações advindas da Prefeitura,
dados oficiais dos órgãos federais e estaduais, além de outros coletados em
campo. O referido diagnóstico contemplou as análises sobre o meio ambiente, o
meio socioeconômico, aspectos culturais, patrimoniais e relacionados à
infraestrutura, incluindo as áreas rurais e urbanas do município.
Diferente do processo tradicional de construir diagnósticos, a atividade de “ler a
cidade” não é uma leitura exclusiva de especialistas, e pressupõe olhares
diversos sobre uma mesma realidade (Ministério das Cidades, Plano Diretor
Participativo, grifo nosso).
Para as Leituras Comunitárias foram propostos oito grandes temas para serem
discutidos, quanto as FRAGILIDADES X POTENCIALIDADES de Curvelo.
Quais sejam:
• Meio Ambiente e Saneamento;
• Cultura, Lazer e Turismo;
• Saúde e Educação;
• Desenvolvimento Social e Segurança Pública;
• Atividades econômicas;
• Mobilidade (Urbana, Trânsito e Transporte Público);
• Uso e Ocupação do Solo e Habitação;
• Normas e Leis.
4.2 METODOLOGIA
Com o objetivo de garantir a participação dos munícipes de acordo com diretrizes
do Estatuto da Cidade e do próprio Plano Diretor de Curvelo foi elaborada
metodologia que buscasse a mobilização e o debate popular e a integração dos
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questionamentos, observações, discussões, sugestões e toda forma de fala
comunitária ao texto da Leitura da Cidade.
Assim, os Grupos Permanentes de Discussão da Revisão do Plano Diretor de
Curvelo, em conjunto com a equipe técnica da consultora Myr Projetos, definiram
a seguinte agenda das reuniões, Quadro 1, para a criação da Leitura
Comunitária:
QUADRO 1 – DIVISÃO DAS REUNIÕES POR REGIÃO, LOCAL E DATA.
Região Local de realização Data
Sede de Curvelo Câmara Municipal de Curvelo 21/02/2017
Distrito de Tomás Gonzaga E. E. Basílio Francisco Xavier 22/02/2017
Distrito de Santa Rita do Cedro E. M. Coronel Modestino 06/03/2017
Distrito de JK E. M. Serafim José Maia 07/03/2017
Distrito de Angueretá E. E. Antonina Mascarenhas Gonzaga 08/03/2017
A metodologia utilizada a fim de garantir o registro e consideração da percepção
e da opinião de todos deveria ser simples e acessível aos mais diferentes nichos
socioculturais. Dessa forma, as reuniões públicas foram realizadas no formato
de oficinas com os membros da comunidade, divididas em dois momentos:
contextualização e dinâmicas de consulta popular.
No primeiro, concentrou-se a exposição das noções básicas sobre o que é um
plano diretor, o estatuto da cidade, objetivos de planejar a cidade, direitos e
deveres dos cidadãos e formas de participação social. Em seguida, eram
apresentadas imagens da cidade buscando iniciar a reflexão dos participantes
sobre a cidade em que vivem.
A primeira atividade realizada foi a planta falada (Figura 3). Nessa os munícipes
presentes eram convidados a localizar em mapas impressos de Curvelo e de sua
região, lugares simbólicos e de referência, também podiam apontar problemas e
qualidades do município. Discutia-se, ainda, a história dos lugares, possibilitando
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uma visão sobre a evolução do município e favorecendo a interação direta entre
os presentes.
FIGURA 3 – DINÂMICA DA PLANTA FALADA - AUDIÊNCIA NA SEDE DO MUNICÍPIO. Fonte: MYR Projetos Sustentáveis, 2017.
Em seguida iniciava-se a dinâmica dos “problemas x qualidades” (Figura 4).
Nessa a população era convidada a escrever em papéis autoadesivos de cores
diferentes os pontos negativos/problemas, bem como os pontos
positivos/potenciais do município de acordo com os oito grandes temas. A ideia
era construir, a partir das temáticas já citadas, quadros sobre a situação das
realidades vivenciadas pelos participantes em Curvelo.
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FIGURA 4 – DINÂMICA DOS "PROBLEMAS X QUALIDADES" - AUDIÊNCIA EM ANGUERETÁ. Fonte: MYR Projetos Sustentáveis, 2017.
A construção desses quadros possibilitou o registro das informações que a
população trouxe da situação de cada tema, demostrando como o cidadão de
Curvelo “lê” a sua Cidade, expressando a visão e perspectiva de quem a habita
e a utiliza cotidianamente.
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FIGURA 5 – AUDIÊNCIA NA SEDE DE CURVELO. Fonte: MYR Projetos Sustentáveis, 2017.
Estes dados coletados são cruciais na construção do diagnóstico,
encaminhamento de diretrizes, tanto do novo Plano Diretor quanto das Leis
complementares.
4.3 PARTICIPAÇÃO
A leitura comunitária é resultante das audiências públicas realizadas nas 5
regiões em que o município de Curvelo foi dividido.
Considerando que a população residente em Curvelo é de cerca de 79 mil
pessoas, segundo estimativas do IBGE de 2016, pode-se considerar que a
participação da população nas reuniões foi limitada, já que cerca de 314 pessoas
compareceram aos eventos, conforme distribuição apresentada no Quadro 2 a
seguir.
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QUADRO 2 – QUANTIDADE DE PARTICIPANTES POR OFICINA REALIZADA
REGIÃO PARTICIPANTES
Sede de Curvelo 138
Distrito de Tomás Gonzaga 41
Distrito de Santa Rita do Cedro 47
Distrito de JK 43
Distrito de Angueretá 45
TOTAL 314
Ressaltamos que, apesar do número de participantes, foram consideradas
satisfatórias as discussões sobre os diversos temas. As oficinas proporcionaram
quantidade e diversidade de informações que possibilitaram o entendimento do
município de uma forma bastante esclarecedora.
4.4 AUDIÊNCIAS REGIONAIS
Durante os meses de fevereiro e março de 2017 foram realizadas 5 audiências
públicas no município de Curvelo, dando início ao processo participativo dos
moradores da cidade na revisão do Plano Diretor Municipal. A divulgação ficou
a cargo da Prefeitura de Curvelo, através de seus canais de comunicação,
convites eletrônicos, faixas e cartazes nos locais das audiências (Figura 6, Figura
7, Figura 8).
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FIGURA 6 – DIVULGAÇÃO – SITE, E-MAIL E REDES SOCIAIS Fonte: MYR Projetos Sustentáveis, 2017.
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FIGURA 7 – CARTAZES DE DIVULGAÇÃO AFIXADOS NOS LOCAIS DAS AUDIÊNCIAS Fonte: MYR Projetos Sustentáveis, 2017.
FIGURA 8 – FAIXAS DE DIVULGAÇÃO DAS AUDIÊNCIAS Fonte: MYR Projetos Sustentáveis, 2017.
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O registro das reuniões com a comunidade foi realizado através de lista de
presença, contidas no ANEXO I e gravação de áudio no ANEXO II.
As audiências tiveram como público alvo moradores de regiões específicas,
onde os cidadãos puderam construir, com o apoio da equipe técnica da MYR e
do Grupo Permanente de Discussão, uma imagem da realidade local no que diz
respeito a oito eixos temáticos principais já mencionados anteriormente.
Ao todo foram computadas 1008 contribuições, agrupadas por 8 temas,
distribuídas da seguinte forma (Quadro 3).
QUADRO 3 – NÚMERO DE CONTRIBUIÇÕES POR TÉMÁTICA
Temática Contagem por tema
Atividades Econômicas 120
Cultura, Lazer e Turismo 122
Desenvolvimento Social e Segurança Pública 137
Leis e Normas 42
Meio Ambiente e Saneamento 217
Mobilidade 120
Saúde e Educação 170
Uso e Ocupação e Habitação 80
Total geral 1008
Ressalte-se que foi produzido um arquivo em formato *.xlsx (Excel) – ANEXO III
- contendo as planilhas, já citadas anteriormente, com todos os dados
sistematizados por local de apresentação e exibindo todos os registros das
contribuições das dinâmicas realizadas no âmbito das audiências públicas, que
foram compiladas em escritório e extraídas valiosas informações.
Nesse sentido, o relatório que se segue pretende descrever, de forma
sistematizada, as audiências públicas e quais os principais pontos levantados
pela comunidade, na investigação da realidade local e de forma setorizada.
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4.4.1 Audiência da Sede do município de Curvelo
No dia 21/02/2017, ocorreu na Câmara Municipal a audiência que abrangeu
todos os bairros da sede do município de Curvelo. Os moradores chegaram por
volta das 18:30 e conversaram entre si e com a equipe responsável pelas
oficinas de capacitação e leitura comunitária. A audiência iniciou por volta das
19 horas, com aproximadamente 138 pessoas. O Sr. João Alves Fonseca Filho,
membro do Grupo Permanente de Discussão de Revisão do Plano Diretor, abriu
a audiência explicando o objetivo dos trabalhos que seriam desenvolvidos na
sequência e agradecendo a participação dos presentes, que representavam um
grande avanço na qualidade do processo de revisão do plano diretor de forma
participativa.
Durante a explanação da equipe da MYR, foi explicado aos moradores o que é
o Plano Diretor, e qual a exigência estabelecida pelo Estatuto das Cidades para
elaboração desta importante lei de planejamento municipal. Além disso, foi
explicado todas as fases do processo de construção e revisão do plano diretor.
FIGURA 9 – APRESENTAÇÃO DA MYR NA CÂMARA MUNICIPAL Fonte: MYR Projetos Sustentáveis, 2017.
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FIGURA 10 – PÚBLICO DA AUDIÊNCIA NA SEDE. Fonte: MYR Projetos Sustentáveis, 2017.
Em seguida, partimos à oficina de trabalho, onde os moradores identificaram
pontos negativos e positivos ("problemas x qualidades") da sede e adjacências
(Figura 11 e Figura 12) utilizando os mapas fixados no local e os quadros
temáticos.
FIGURA 11 - “DINÂMICA PLANTA FALADA” COM IDENTIFICAÇÃO DE PROBLEMAS E QUALIDADES- AUDIÊNCIA DA SEDE.
Fonte: MYR Projetos Sustentáveis, 2017.
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FIGURA 12 – DINÂMICA "PROBLEMAS X QUALIDADES" - AUDIÊNCIA DA SEDE. Fonte: MYR Projetos Sustentáveis, 2017.
Dentre os 8 temas abordados, os quatro temas que tiveram maior destaque na
audiência da sede foram: Meio Ambiente, Mobilidade e por fim empate entre
Saúde e Educação e Uso e Ocupação e Habitação respectivamente, como pode
ser visualizado na Figura 13.
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FIGURA 13 – TEMÁTICAS ABORDADAS NA AUDIÊNCIA DA SEDE Fonte: MYR Projetos Sustentáveis, 2017.
Os dados foram sistematizados por temática e encontram-se a seguir.
Meio Ambiente e Saneamento
Dentre as questões discutidas na temática de meio ambiente e saneamento, os
pontos positivos mais apontados foram que a cidade é muito arborizada e a área
urbana possue muitas praças.
Já os pontos negativos foram ausência de coleta seletiva, falta de controle de
resíduos de construção civil, alta cobrança pelos serviços da COPASA, falta de
fiscalização ambiental, ausência de parque municipal para população. Nesse
sentido foi requerida a regularização do Parque da Biquinha e preservação do
córrego do Riacho Fundo. Houve também uma solicitação de criação de
secretaria específica de meio ambiente e saneamento.
6%
10%
8%
7%
31%
14%
12%
12%
TEMÁTICAS ABORDADAS NA SEDE
Atividades Econômicas
Cultura, Lazer e Turismo
DesenvolvimentoSocial/Segurança Pública
Leis e Normas
Meio Ambiente eSaneamento
Mobilidade
Saúde e Educação
Uso eocupação/habitação
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Arquivo: 148-P5-LEITURA-COMUNITARIA-R11-170626
Cultura, Lazer e Turismo
Dentre as questões discutidas na temática de cultura, lazer e turismo, os pontos
positivos mais apontados foram as festas tradicionais e o incentivo ao turismo
religioso. Já os pontos negativos foram a falta de espaço para lazer nas praças,
falta de teatro, resolução do problema do cinema e mais apoio aos talentos de
Curvelo.
Saúde e Educação
Dentre as questões discutidas na temática de saúde e educação, o ponto positivo
mais apontado foi a qualidade do atendimento nos dois serviços. A distribuição
gratuita de material escolar na rede pública e a implantação do Colégio
Tiradentes também foram citadas como positiva. Já os pontos negativos na
saúde foram a falta de unidades de saúde em vários bairros, falta de equipe
médica nas unidades de saúde, dificuldade de agendar consultas no SUS. Na
educação foram a falta de creches e escolas em bairros periféricos e a falta de
programas em tempo integral nas instituições de ensino público.
Desenvolvimento social e Segurança pública
Dentre as questões discutidas na temática de desenvolvimento social, os pontos
positivos mais apontados foram a existência do programa “Olho Vivo” pela
cidade e a capacitação da equipe de assistência social. Já os pontos negativos
foram aumentar a fiscalização, incentivar o apoio público às associações de
bairros e falta de projetos sociais de reintegração da juventude.
Atividades Econômicas
Dentre as questões discutidas na temática de atividades econômicas, os pontos
positivos mais apontados foram o incentivo ao empreendedorismo por meio da
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Arquivo: 148-P5-LEITURA-COMUNITARIA-R11-170626
otimização dos processos de abertura de empresas, maior incentivo fiscal e
financeiro para instalação de empresas de médio e grande porte. Já os pontos
negativos foram o grande desemprego, falta de incentivo aos pequenos
empresários, tributação e IPTU muito caros, desestimulando a abertura de novos
negócios.
Mobilidade
Dentre as questões discutidas na temática de mobilidade, os pontos positivos
mais apontados foram continuar com a implantação da faixa de pedestre elevada
e continuar com a implantação de ciclovias. Já os pontos negativos foram
melhorar os passeios, ausência de meios de locomoção para pessoas
portadoras de necessidades especiais, falta de sinalização vertical e horizontal,
melhoria na qualidade do transporte público coletivo, revisão do contrato com a
prestadora do serviço atual e ampliação das linhas de ônibus.
Uso e ocupação do solo e Habitação
Dentre as questões discutidas na temática de uso e ocupação do solo e
habitação, os pontos positivos mais apontados foram expansão do perímetro
urbano possibilitando a implantação do autódromo, a urbanização de bairros e o
programa “Minha Casa Minha Vida”. Já os pontos negativos foram os problemas
com a drenagem pluvial, falta do recadastramento imobiliário, ocupação em
áreas de preservação (próximo a cursos d’água), abertura de loteamentos sem
licença, instalação de chacreamentos irregulares e falta de fiscalização. Além
disso, foi citado amplamente que o zoneamento urbano está defasado e o
perímetro urbano previsto em lei não está sendo respeitado, gerando dúvidas
sobre qual perímetro deve ser utilizado, o do Plano Diretor de 2006 ou da Lei de
2003.
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Arquivo: 148-P5-LEITURA-COMUNITARIA-R11-170626
Normas e Leis
Dentre as questões discutidas na temática de normas e leis, os pontos positivos
mais apontados foram a iniciativa de revisar o plano diretor e fazer nova licitação
para o transporte público. Já os pontos negativos foram a falta de fiscalização de
modo geral e quanto a “lei do silêncio”, falta de leis que regulamentam os bares
e restaurantes, o zoneamento urbano defasado e a reformulação do perímetro
urbano.
4.4.2 Audiência no Distrito de Tomás Gonzaga
A audiência ocorreu na Escola Estadual Basílio Francisco Xavier no dia
22/02/2017 e abrangeu o distrito de Tomás Gonzaga e a localidade de Estiva e
adjacências. Os moradores chegaram por volta das 18:30 e conversaram entre
si e com a equipe responsável pelas oficinas de capacitação e leitura
comunitária. A audiência iniciou por volta das 19 horas, com aproximadamente
41 pessoas presentes. O Sr. João Alves Fonseca Filho, membro do Grupo
Permanente de Discussão de Revisão do Plano Diretor, abriu a audiência
explicando o objetivo dos trabalhos que seriam desenvolvidos na sequência e
agradecendo a participação dos presentes, que representavam um grande
avanço na qualidade do processo de revisão do plano diretor de forma
participativa.
Durante a explanação da equipe da MYR, foi explicado aos moradores o que é
o Plano Diretor e qual a exigência estabelecida pelo Estatuto das Cidades para
elaboração desta importante Lei de planejamento municipal. Além disso, foram
explicadas todas as fases do processo de revisão e construção do plano diretor.
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Arquivo: 148-P5-LEITURA-COMUNITARIA-R11-170626
FIGURA 14 – APRESENTAÇÃO DA MYR NO DISTRITO DE TOMÁS GONZAGA. Fonte: MYR Projetos Sustentáveis, 2017.
FIGURA 15 – PÚBLICO DA AUDIÊNCIA DO DISTRITO DE TOMÁS GONZAGA. Fonte: MYR Projetos Sustentáveis, 2017.
Em seguida, partimos à oficina de trabalho, onde os moradores identificaram
pontos negativos e positivos ("problemas x qualidades") do distrito de Tomás
Gonzaga e adjacências (Figura 16 e Figura 17).
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Arquivo: 148-P5-LEITURA-COMUNITARIA-R11-170626
FIGURA 16 – PLANTA PARA IDENTIFICAÇÃO DOS PROBLEMAS X QUALIDADES. Fonte: MYR Projetos Sustentáveis, 2017.
FIGURA 17 – DINÂMICA "PROBLEMAS X QUALIDADES" - AUDIÊNCIA DO DISTRITO DE TOMÁS GONZAGA.
Fonte: MYR Projetos Sustentáveis, 2017.
Dentre os 8 temas abordados, os quatro temas que tiveram maior destaque na
audiência em Tomás Gonzaga foram: Saúde e Educação, empate entre Meio
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Arquivo: 148-P5-LEITURA-COMUNITARIA-R11-170626
Ambiente e Desenvolvimento Social e Segurança Pública e Cultura, Lazer e
Turismo respectivamente, como pode ser visualizado Figura 18.
FIGURA 18 – TEMÁTICAS ABORDADAS NA AUDIÊNCIA EM TOMÁS GONZAGA. Fonte: MYR Projetos Sustentáveis, 2017.
Os dados foram sistematizados por temática e encontram-se a seguir.
Meio Ambiente e Saneamento
Dentre as questões discutidas na temática de meio ambiente e saneamento, o
ponto positivo apontado foi que a coleta de lixo foi iniciada no Distrito e tem a
periodicidade de uma vez por semana. Já os pontos negativos foram a falta de
limpeza das fossas, a qualidade da água que chega nas casas é péssima (com
muito cloro e suja) e as nascentes não estão protegidas e estão secando.
15%
14%
17%
3%
17%
10%
22%
2%
TEMÁTICAS ABORDADAS EM TOMÁS GONZAGA
Atividades Econômicas
Cultura, Lazer e Turismo
DesenvolvimentoSocial/Segurança Pública
Leis e Normas
Meio Ambiente eSaneamento
Mobilidade
Saúde e Educação
Uso eocupação/habitação
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Arquivo: 148-P5-LEITURA-COMUNITARIA-R11-170626
Cultura, Lazer e Turismo
Dentre as questões discutidas na temática de cultura, lazer e turismo, o ponto
positivo apontado foi que a igreja foi reformada. Já os pontos negativos foram
que o distrito não tem opções de lazer, falta uma academia ao ar livre na praça,
e não é feito mais a festa de Tomás Gonzaga por falta de incentivo, muito
importante na identidade do distrito.
Saúde e Educação
Dentre as questões discutidas na temática de saúde e educação, o ponto positivo
apontado foi a reativação da escola de Porções. Já os pontos negativos
apontados foram a falta carro para levar os pacientes até o distrito sede, falta
atendimento médico e dentista, falta de remédios, a necessidade de ampliar o
atendimento médico e especialista, falta de creche no Distrito, falta de
capacitação continua para os professores e ineficiência do transporte escolar.
Desenvolvimento social e Segurança pública
Dentre as questões discutidas na temática de desenvolvimento social e
segurança pública, os pontos positivos mais apontados foram a construção do
centro comunitário no Distrito e boa organização social da comunidade. Já os
pontos negativos foram a falta de posto policial, a falta atendimento da polícia, a
falta de segurança, a falta equipamentos e assistência social mais ativa.
Atividades Econômicas
Dentre as questões discutidas na temática de atividades econômicas, os
participantes não identificaram nenhum ponto positivo. Já os pontos negativos
apontados foram a falta de oportunidade de emprego, a comunicação é muito
precária, o abastecimento de energia insuficiente para atender às atividades
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Arquivo: 148-P5-LEITURA-COMUNITARIA-R11-170626
agropecuárias, pouco comércio e nenhum serviço e regularização das atividades
do Morro do Cristal.
Mobilidade
Dentre as questões discutidas na temática de mobilidade, os participantes não
identificaram nenhum ponto positivo. Já os pontos negativos apontados foram
falta de horários de transporte para o distrito sede, transporte é caro, falta
sinalização, falta asfalto da BR até o Distrito e falta limpeza das ruas.
Uso e ocupação do solo e Habitação
Dentre as questões discutidas na temática de uso e ocupação do solo e
habitação, os participantes não identificaram nenhum ponto positivo. Já os
pontos negativos apontados foram a falta de regularização fundiária e um
programa da prefeitura para fins de fornecer a documentação dos imóveis para
como a escritura.
Normas e Leis
Dentre as questões discutidas na temática de normas e leis, os participantes não
identificaram nenhum ponto positivo. Já o ponto negativo apontado foi a
cobrança de IPTU no Distrito, pois há casas na comunidade que são tombadas
e por lei não deveriam pagar IPTU. Outra questão importante é a revisão da área
urbana, pois segundo os moradores, a sede do Distrito não possui características
urbanas e a cobrança do IPTU é injusta, sendo que, 70% da população não paga
o tributo e os outros 30% não sabem por que pagam o imposto.
4.4.3 Audiência no Distrito de Santa Rita do Cedro
A audiência ocorreu na Escola Municipal Coronel Modestino no dia 06/03/2017
e abrangeu o distrito de Santa Rita do Cedro e adjacências. Os moradores
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Arquivo: 148-P5-LEITURA-COMUNITARIA-R11-170626
chegaram por volta das 18:30 e conversaram entre si e com a equipe
responsável pelas oficinas de capacitação e leitura comunitária. A audiência
iniciou por volta das 19 horas, com aproximadamente 47 pessoas. O Sr. João
Alves Fonseca Filho, membro do Grupo Permanente de Discussão de Revisão
do Plano Diretor, abriu a audiência explicando o objetivo dos trabalhos que
seriam desenvolvidos na sequência e agradecendo a participação dos
presentes, que representavam um grande avanço na qualidade do processo de
revisão do plano diretor de forma participativa.
Durante a explanação da equipe da MYR, foi explicado aos moradores o que é
o Plano Diretor, e qual a exigência estabelecida pelo Estatuto das Cidades para
elaboração desta importante Lei de planejamento municipal. Além disso, foram
explicadas todas as fases do processo de revisão e construção do plano diretor.
FIGURA 19 – APRESENTAÇÃO DA MYR NO DISTRITO DE SANTA RITA DO CEDRO. Fonte: MYR Projetos Sustentáveis, 2017.
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Arquivo: 148-P5-LEITURA-COMUNITARIA-R11-170626
FIGURA 20 – PÚBLICO DA AUDIÊNCIA DO DISTRITO DE SANTA RITA DO CEDRO. Fonte: MYR Projetos Sustentáveis, 2017.
Em seguida, partimos à oficina de trabalho, onde os moradores identificaram
pontos negativos e positivos ("problemas x qualidades") do distrito de Santa Rita
do Cedro e adjacências (Figura 21 e Figura 22).
FIGURA 21 – PLANTA PARA IDENTIFICAÇÃO DOS PROBLEMAS X QUALIDADES. Fonte: MYR Projetos Sustentáveis, 2017.
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Arquivo: 148-P5-LEITURA-COMUNITARIA-R11-170626
FIGURA 22 – DINÂMICA "PROBLEMAS X QUALIDADES" - AUDIÊNCIA DO DISTRITO DE SANTA RITA DO CEDRO.
Fonte: MYR Projetos Sustentáveis, 2017.
Dentre os 8 temas abordados, os quatro temas que tiveram maior destaque na
audiência em Santa Rita do Cedro foram: Meio Ambiente, Desenvolvimento
Social e Segurança Pública e empate entre Cultura, Lazer e Turismo e Saúde e
Educação respectivamente, como pode ser visualizado na Figura 23.
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Arquivo: 148-P5-LEITURA-COMUNITARIA-R11-170626
FIGURA 23 – TEMÁTICAS ABORDADAS NA AUDIÊNCIA EM SANTA RITA DO CEDRO Fonte: MYR Projetos Sustentáveis, 2017.
Os dados foram sistematizados por temática e encontram-se a seguir.
Meio Ambiente e Saneamento
Dentre as questões discutidas na temática de meio ambiente e saneamento, os
pontos positivos mais apontados foram que a mata do Cedro está sendo
preservada e deveria ser uma unidade de conservação e que, recentemente, foi
realizado um reflorestamento próximo ao rio das Velhas, com plantas nativas. Já
os pontos negativos foram o aumento do plantio de eucalipto na região em
detrimento do cerrado, falta de fiscalização ambiental, coleta de lixo sem
planejamento, cursos d’águas secando e número de peixes diminuindo.
12%
15%
17%
3%
23%
10%
15%
5%
TEMÁTICAS ABORDADAS EM SANTA RITA DO CEDRO
Atividades Econômicas
Cultura, Lazer e Turismo
DesenvolvimentoSocial/Segurança Pública
Leis e Normas
Meio Ambiente eSaneamento
Mobilidade
Saúde e Educação
Uso e ocupação/habitação
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Arquivo: 148-P5-LEITURA-COMUNITARIA-R11-170626
Cultura, Lazer e Turismo
Dentre as questões discutidas na temática de cultura, lazer e turismo, os pontos
positivos mais apontados foram a existência das igrejas centenárias e a festa
anual do Distrito, mas que vem perdendo força. Já os pontos negativos foram a
falta da academia ao ar livre nas praças, melhorar a área de esporte (quadra),
criar novas áreas de lazer, melhorar infraestrutura e incentivar as festas no
distrito.
Saúde e Educação
Dentre as questões discutidas na temática de saúde e educação, o ponto positivo
mais apontado foi a boa infraestrutura da creche e da escola. Já os pontos
negativos foram que a saúde é ineficiente por falta de médicos e especialistas,
falta de qualificação dos profissionais da saúde e falta ambulância.
Desenvolvimento social e Segurança pública
Dentre as questões discutidas na temática de desenvolvimento social e
segurança pública, o ponto positivo mais apontado foi a criação do Alcoólicos
Anônimos no distrito. Já os pontos negativos foram a falta de segurança, a falta
de policiamento, o aumento do uso de drogas, nenhum incentivo para
desenvolvimento das crianças e jovens e a ausência de uma associação mais
atuante e participativa.
Atividades Econômicas
Dentre as questões discutidas na temática de atividades econômicas, os
participantes não identificaram nenhum ponto positivo. Já os pontos negativos
apontados foram a falta de emprego, a falta de incentivo ao pequeno produtor, a
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Arquivo: 148-P5-LEITURA-COMUNITARIA-R11-170626
falta de cursos profissionalizantes, a falta de promoção de feiras para venda de
produtos artesanais locais e falta comércio e serviços no Distrito.
Mobilidade
Dentre as questões discutidas na temática de mobilidade, os participantes não
identificaram nenhum ponto positivo. Já os pontos negativos apontados foram
os poucos horários de transporte para a sede, as ruas estão precisando de
manutenção e o acesso ao Distrito é realizado em via estreita e sem
infraestrutura.
Uso e ocupação do solo e Habitação
Dentre as questões discutidas na temática de uso e ocupação do solo e
habitação, os participantes não identificaram nenhum ponto positivo. Já os
pontos negativos apontados foram a presença de loteamentos clandestinos,
necessidade de regularização fundiária e recadastramento imobiliário.
Normas e Leis
Dentre as questões discutidas na temática de normas e leis, os participantes não
identificaram nenhum ponto positivo. Já os pontos negativos apontados foram a
necessidade de regularização das escrituras e falta de fiscalização municipal.
4.4.4 Audiência no Distrito de JK
A audiência ocorreu na Escola Municipal Serafim José Maia no dia 07/03/2017
e abrangeu o distrito de JK e adjacências. Os moradores chegaram por volta das
18:30 e conversaram entre si e com a equipe responsável pelas oficinas de
capacitação e leitura comunitária. A audiência iniciou por volta das 19 horas, com
aproximadamente 43 pessoas presentes. O Sr. João Alves Fonseca Filho,
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Arquivo: 148-P5-LEITURA-COMUNITARIA-R11-170626
membro do Grupo Permanente de Discussão de Revisão do Plano Diretor, abriu
a audiência explicando o objetivo dos trabalhos que seriam desenvolvidos na
sequência e agradecendo a participação dos presentes, que representavam um
grande avanço na qualidade do processo de revisão do plano diretor de forma
participativa.
Durante a explanação da equipe da MYR, foi explicado aos moradores o que é
o Plano Diretor, e qual a exigência estabelecida pelo Estatuto das Cidades para
elaboração desta importante Lei de planejamento municipal. Além disso, foi
explicado todas as fases do processo de revisão e construção do plano diretor.
FIGURA 24 – APRESENTAÇÃO DA MYR NO DISTRITO DE JK. Fonte: MYR Projetos Sustentáveis, 2017.
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Arquivo: 148-P5-LEITURA-COMUNITARIA-R11-170626
FIGURA 25 – PÚBLICO DA AUDIÊNCIA DO DISTRITO DE JK. Fonte: MYR Projetos Sustentáveis, 2017.
Em seguida, partimos à oficina de trabalho, onde os moradores identificaram
pontos negativos e positivos ("problemas x qualidades") do distrito de JK e
adjacências (Figura 26 e Figura 27).
FIGURA 26 – PLANTA PARA IDENTIFICAÇÃO DOS PROBLEMAS X QUALIDADES. Fonte: MYR Projetos Sustentáveis, 2017.
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Arquivo: 148-P5-LEITURA-COMUNITARIA-R11-170626
FIGURA 27 – DINÂMICA "PROBLEMAS X QUALIDADES" - AUDIÊNCIA DO DISTRITO DE JK Fonte: MYR Projetos Sustentáveis, 2017.
Dentre os 8 temas abordados, os quatro temas que tiveram maior destaque na
audiência em JK foram: Meio Ambiente, Desenvolvimento Social e Segurança
Pública e empate entre Saúde e Educação e Uso e Ocupação e Habitação
respectivamente, como pode ser visualizado na Figura 28.
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Arquivo: 148-P5-LEITURA-COMUNITARIA-R11-170626
FIGURA 28 – TEMÁTICAS ABORDADAS NA AUDIÊNCIA DE JK Fonte: MYR Projetos Sustentáveis, 2017.
Os dados foram sistematizados por temática e encontram-se a seguir.
Meio Ambiente e Saneamento
Dentre as questões discutidas na temática de meio ambiente e saneamento, os
pontos positivos mais apontados foram construção de ETE no distrito e as formas
de reaproveitamento de entulhos gerados pela ardósia. Já os pontos negativos
foram que a lagoa do distrito foi degradada e secou, falta de limpeza das fossas,
falta de rede de esgotos e a deposição de resíduos da construção civil na rua.
Cultura, Lazer e Turismo
Dentre as questões discutidas na temática de cultura, lazer e turismo, o ponto
positivo mais apontado foi a festividade da tradicional Folia de Reis. Já os pontos
negativos foram a falta de opções de lazer para as crianças e jovens, falta
7%
11%
16%
4%
20%
12%
15%
15%
TEMÁTICAS ABORDADAS EM JK
Atividades Econômicas
Cultura, Lazer e Turismo
DesenvolvimentoSocial/Segurança Pública
Leis e Normas
Meio Ambiente e Saneamento
Mobilidade
Saúde e Educação
Uso e ocupação/habitação
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Arquivo: 148-P5-LEITURA-COMUNITARIA-R11-170626
incentivos na prática de esportes, falta de apoio para as festas tradicionais do
distrito e a falta de manutenção e infraestrutura do campo de futebol.
Saúde e Educação
Dentre as questões discutidas na temática de saúde e educação, os
participantes não identificaram nenhum ponto positivo. Já os pontos negativos
apontados foram a falta de creches no Distrito, falta de médicos e infraestrutura
na unidade de saúde, falta de especializações para os profissionais de saúde e
educação e a falta programas de escola integral para as crianças e jovens.
Desenvolvimento social e Segurança pública
Dentre as questões discutidas na temática de desenvolvimento social e
segurança pública, o ponto positivo mais apontado foi a presença do grupo
COMAS pelo apoio as pessoas necessitadas. Já os pontos negativos foram a
falta de maior apoio da prefeitura ao grupo COMAS, a falta de policiamento, de
acompanhamento do conselho tutelar, além da falta de iluminação pública.
Atividades Econômicas
Dentre as questões discutidas na temática de atividades econômicas, os
participantes não identificaram nenhum ponto positivo. Os pontos negativos
apontados foram inconsistência de sinal de telefonia, a falta serviços e alguns
comércios.
Mobilidade
Dentre as questões discutidas na temática de mobilidade, os participantes não
identificaram nenhum ponto positivo. Já os pontos negativos apontados foram a
falta de infraestrutura como calçadas e asfalto. O transporte público até a sede
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Arquivo: 148-P5-LEITURA-COMUNITARIA-R11-170626
é muito ruim e muito caro. São necessárias ações da prefeitura junto ao DER
que visam maior segurança no trecho da BR-135 que divide o Distrito.
Uso e ocupação do solo e Habitação
Dentre as questões discutidas na temática de uso e ocupação do solo e
habitação, os participantes não identificaram nenhum ponto positivo. Já os
pontos negativos apontados foram a necessidade de regularização fundiária
para fins de registro do imóvel e a implantação de loteamentos clandestinos.
Normas e Leis
Dentre as questões discutidas na temática de normas e leis, os participantes não
identificaram nenhum ponto positivo. Já os pontos negativos apontados foram a
morosidade de análise das reclamações e pedidos de serviços junto a prefeitura
na sede e a possibilidade de criar uma subprefeitura no Distrito, que tem
demanda e potencial para tal.
4.4.5 Audiência no Distrito de Angueretá
A audiência ocorreu na Escola Estadual Antonina Mascarenhas Gonzaga no dia
08/03/2017 e abrangeu o distrito de Angueretá e adjacências. Os moradores
chegaram por volta das 18:30 e conversaram entre si e com a equipe
responsável pelas oficinas de capacitação e leitura comunitária. A audiência
iniciou por volta das 19 horas, com aproximadamente 45 pessoas. O Sr. João
Alves Fonseca Alves, membro do Grupo Permanente de Discussão de Revisão
do Plano Diretor, abriu a audiência explicando o objetivo dos trabalhos que
seriam desenvolvidos na sequência e agradecendo a participação dos
presentes, que representavam um grande avanço na qualidade do processo de
revisão do plano diretor de forma participativa. Destaque para a presença de
muitos estudantes que contribuíram com a audiência.
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Durante a explanação da equipe da MYR, foi explicado aos moradores o que é
o Plano Diretor, e qual a exigência estabelecida pelo Estatuto das Cidades para
elaboração desta importante Lei de planejamento municipal. Além disso, foram
explicadas todas as fases do processo de revisão e construção do plano diretor.
FIGURA 29 – APRESENTAÇÃO DA MYR NO DISTRITO DE ANGUERETÁ. Fonte: MYR Projetos Sustentáveis, 2017.
FIGURA 30 – PÚBLICO DA AUDIÊNCIA DO DISTRITO DE ANGUERETÁ. Fonte: MYR Projetos Sustentáveis, 2017.
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Arquivo: 148-P5-LEITURA-COMUNITARIA-R11-170626
Em seguida, partimos à oficina de trabalho, onde os moradores identificaram
pontos negativos e positivos ("problemas x qualidades") do distrito de Angueretá
e adjacências (Figura 31 e Figura 32).
FIGURA 31 – PLANTA PARA IDENTIFICAÇÃO DOS PROBLEMAS X QUALIDADES. Fonte: MYR Projetos Sustentáveis, 2017.
FIGURA 32 – DINÂMICA "PROBLEMAS X QUALIDADES" - AUDIÊNCIA DO DISTRITO DE ANGUERETÁ
Fonte: MYR Projetos Sustentáveis, 2017.
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Arquivo: 148-P5-LEITURA-COMUNITARIA-R11-170626
Dentre os 8 temas abordados, os três temas que tiveram maior destaque foram:
Saúde e Educação, Atividades Econômicas e Desenvolvimento Social e
Segurança Pública, como pode ser visualizado na Figura 33.
FIGURA 33 – TEMÁTICAS ABORDADAS NA AUDIÊNCIA DE ANGUERETÁ Fonte: MYR Projetos Sustentáveis, 2017.
Os dados foram sistematizados por temática e encontram-se a seguir.
Meio Ambiente e Saneamento
Dentre as questões discutidas na temática de meio ambiente, os pontos positivos
mais apontados foram a proteção de algumas nascentes que perpassam o
distrito e a preservação do córrego do Rodrigo. Já os pontos negativos foram a
ausência de rede de esgoto da COPASA, problemas com drenagem pluvial, falta
de coleta de lixo, falta da limpeza das fossas e expansão do plantio de eucalipto
na região.
21%
12%
15%
2%12%
11%
23%
4%
TEMÁTICAS ABORDADAS EM ANGUERETÁ
Atividades Econômicas
Cultura, Lazer e Turismo
DesenvolvimentoSocial/Segurança Pública
Leis e Normas
Meio Ambiente eSaneamento
Mobilidade
Saúde e Educação
Uso e ocupação/habitação
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Arquivo: 148-P5-LEITURA-COMUNITARIA-R11-170626
Cultura, Lazer e Turismo
Dentre as questões discutidas na temática de cultura, lazer e turismo, o ponto
positivo mais apontado foi o incentivo da Prefeitura nas festas da padroeira e da
ardósia. Já os pontos negativos foram a falta de opções de lazer, falta de
construção de praças, manutenção da quadra da escola e instalação de
academia da cidade.
Saúde e Educação
Dentre as questões discutidas na temática de saúde e educação o ponto positivo
mais apontado foi a construção do CTA (Centro de Tratamento de Reabilitação).
Já os pontos negativos foram a falta de cursos profissionalizantes para jovens,
falta creche municipal, melhorar a infraestrutura da escola e da unidade de
saúde, falta transporte para os alunos (ensino infantil e faculdades), falta
medicamentos e a falta atendimento especializado nas unidades de saúde.
Desenvolvimento social e Segurança pública
Dentre as questões discutidas na temática de desenvolvimento social e
segurança pública, os pontos positivos mais apontados foram o atendimento no
CREAS e a ação da polícia militar junto à comunidade escolar. Já os pontos
negativos foram falta de posto policial no distrito, falta de divulgação dos
benefícios sociais para comunidade, falta iluminação pública em vários pontos,
falta canal de comunicação entre comunidade e Prefeitura.
Atividades Econômicas
Dentre as questões discutidas na temática de atividades econômicas, o ponto
positivo mais apontado foi a extração de ardósia, que gera emprego, apesar de
causar algum impacto ao meio ambiente. Já os pontos negativos foram a
infraestrutura de iluminação que não atende à demanda, falta de incentivo de
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Arquivo: 148-P5-LEITURA-COMUNITARIA-R11-170626
outras atividades ligadas ao uso da terra, falta de emprego principalmente para
os jovens e a falta de comércio e serviços no Distrito.
Mobilidade
Dentre as questões discutidas na temática de mobilidade o ponto positivo mais
apontado foi a proximidade de duas importantes vias a MG-420 e a BR-040. Já
os pontos negativos foram a falta de horários do transporte público que liga o
Distrito a sede, o valor elevado das passagens, a falta de infraestrutura como
asfalto dentro do distrito, falta ações de segurança junto ao DER na via que corta
o Distrito e a falta manutenção periódica.
Uso e ocupação do solo e Habitação
Dentre as questões discutidas na temática de uso e ocupação do solo e
habitação, o ponto positivo mais apontado foi o potencial de uso da represa
Retiro de Baixo como uma área para empreendimentos de lazer e
desenvolvimento econômico. Já os pontos negativos foram a necessidade de
recadastramento imobiliário, necessidade de regularização fundiária,
implantação de equipamentos para a comunidade em áreas institucionais e
loteamentos irregulares, que não recebem implantação de sistemas de luz, água
e esgoto.
Normas e Leis
Dentre as questões discutidas na temática de normas e leis, os participantes não
identificaram nenhum ponto positivo. Já os pontos negativos apontados foram a
falta de fiscalização municipal e a dificuldade de atendimento da Prefeitura nas
solicitações da comunidade. Foi proposto pelos participantes um canal de
comunicação com a Prefeitura onde possam ser realizadas reclamações,
contribuições e solicitações, com prazo definido para resposta.
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5 - CONCLUSÃO
Para complementar o conhecimento técnico do município de Curvelo, tomamos
por referência a soma das percepções das diferentes regiões onde foram
realizadas as oficinas de leitura comunitária e colhidas da população as
informações relativas aos temas de a) Meio Ambiente e Saneamento; b) Cultura,
Lazer e Turismo (Preservação da Paisagem Cultural e Patrimônio); c) Saúde e
Educação; d) Desenvolvimento Social e Segurança Pública; e) Atividades
Econômicas (Comércio, Serviços, Produção Agrícola e Indústria); f) Mobilidade
Urbana (Trânsito e Transporte Público); g) Uso e Ocupação do Solo e Habitação
(Planejamento Territorial Urbano); h) Normas e Leis (Regularização Fundiária).
O ponto de maior destaque nas discussões pode ser retratado pela forma de
organização da cidade que cria uma dicotomia no município entre os antigos e
novos moradores. E partir dessas diferenças de perfis, sobre a visão do
município, os problemas e perspectivas da população se desenvolvem.
A partir da somatória de todas as 5 audiências regionais (Figura 34), foi possível
identificar que o maior questionamento foi com relação a temática de meio
ambiente e saneamento (21%), em seguida saúde e educação (17%). Já as
temáticas que tiveram o menor questionamento foram leis e normas (4%) e uso
e ocupação do solo e habitação (8%).
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FIGURA 34 – SOMATÓRIO DE TODAS AS TEMÁTICAS. Fonte: MYR Projetos Sustentáveis, 2017.
A localização dos pontos e polos comerciais e de serviços pela cidade e também
as más condições de acessos aos poucos pontos existentes estiveram presentes
nas discussões do tópico Atividades Econômicas. O atual cenário não atende
às dimensões do município, já que são centralizados em poucos locais,
principalmente no que se refere aos serviços de correios e bancários.
Na temática Cultura, Lazer e Turismo, além da ausência de sinalização que
faça o turista chegar aos pontos, o desconhecimento da população e a ausência
de planos municipais e roteiros prejudicam os negócios locais bem como a
valorização dos bens municipais. Sobre o patrimônio cultural destacou-se o
pouco incentivo na preservação dos bens materiais e a ausência de bens
12%
12%
14%
4%
21%
12%
17%
8%
Atividades Econômicas
Cultura, Lazer e Turismo
Desenvolvimento Social/Segurança Pública
Leis e Normas
Meio Ambiente e Saneamento
Mobilidade
Saúde e Educação
Uso e ocupação/habitação
TOTAL DE TEMÁTICAS ABORDADAS
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imateriais tombados. O lazer foi apontado nos distritos pela falta de espaços e
opção: sem quadras e praças.
O tópico de Desenvolvimento Social e Segurança Pública, apesar de abordar
também a questão da assistência social, teve como maior foco de discussão as
ocorrências de crimes e suas possíveis causas. Os moradores destacam que
cuidar do jovem não se resume apenas ao ir à escola, mas dar condições de
trabalho e aprendizado. Nessas discussões o jovem desocupado foi visto como
vítima da situação.
Na temática de Leis e normas foi muito discutido a defasagem e a ausência de
algumas leis regulamentares como plano diretor e código de posturas. Outra
questão apontada foi a falta de regularização fundiária e zoneamento urbano,
que acaba inviabilizando alguns empreendimentos ou permitindo usos
conflitantes no mesmo lugar.
A preservação ambiental e falta de fiscalização foram pontos recorrentes nas
discussões do Meio Ambiente e Saneamento. Outra grande questão apontada
pela população foi a ausência de parques urbanos na sede de Curvelo e nos
distritos e comunidades rurais, a substituição de vegetação nativa por
monocultura de eucalipto e a ausência de praças ou a falta de manutenção
dessas áreas.
As distâncias entre os moradores e os equipamentos foram questionadas, seja
pela dificuldade de acesso e/ou pela ausência de transporte, sendo um dos
temas mais abordados quando a discussão passava pelo tema da Mobilidade
urbana. A cidade não é integrada, este foi o principal foco das conversas sobre
transporte e afins, sobretudo pela ausência de vias contínuas de interligação
intermunicipal e de transporte público que atenda os bairros em sua
integralidade. A ausência de espaço ou vias para bicicleta, modo utilizado por
boa parte dos participantes, e a qualidade dos passeios para os pedestres
também foram ressaltados. Segundo os presentes esses quase não existem e
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prejudicam fortemente a mobilidade daqueles com dificuldade de locomoção e a
segurança de todos.
Na Saúde foi apontada a falta de infraestrutura em algumas unidades de saúde,
além da falta de especialistas. Outra questão muito pontuada foi a dificuldade de
locomoção dos distritos à sede para receber atendimento médico. Já na
Educação a grande questão apontada foi a falta de programas como a escola
integral com atividades variadas para os alunos. Para as duas atividades a
população sugere que o poder público poderia oferecer mais cursos de
capacitação para os profissionais ligados a saúde e educação.
Considerando a localização de empreendimentos de programas sociais de
habitação e a mudança da paisagem do município, muitos destacaram a
preocupação com o tratamento dado pelo poder público executivo e legislativo
municipal sobre o Uso e ocupação do solo, regularização fundiária.
Destacaram ainda o não cumprimento do perímetro urbano do Plano Diretor
aprovado em 2006, percepção que está presente na maioria das reuniões.
Portanto, considera-se que a participação popular nas 5 (cinco) reuniões foi
bastante expressiva, cujo objetivo de conhecer a realidade municipal através do
olhar da comunidade que nele habita e vivencia seus potenciais e seus
problemas diariamente, foi alcançado. Entretanto, ressalta-se que a visão crítica
da população e o desejo de mudanças estiveram notoriamente presentes nas
reuniões, reafirmando a necessidade de revisão no plano diretor e o acesso à
cidade de forma mais justa e igualitária.
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6 - ANEXOS
• ANEXO I - Lista de presença