PANTOKRATOR · na misericórdia de Deus, e que por isso ... subir a dura escada da perfeição. ......

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PANTOKRATOR Informativo da Comunidade Católica Pantokrator Ano II - Outubro/2013 - nº 21 Caro leitor, No dia 1º de outubro, a Igreja celebra a memória de Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, doutora da Igreja e padroeira das missões, juntamente com São Francisco Xavier. Trata-se de uma jovem carmelita, que faleceu aos 24 anos, depois de ter vivido apenas 9 anos no Carmelo de Lisieux, França, no final do século XIX. Mas o que essa jovem religio- sa pode ter descoberto de tão extraordi- nário, em sua caminhada para a santidade, a ponto de ser proclamada Doutora da Igreja? O que ela tem a nos ensinar? Teresinha ‘desentulhou o caminho da santidade’, indicando-nos uma via nova para alcançar a santidade, a via da infân- cia espiritual, que consiste em permanecer criança diante de Deus, com um coração dependente e abandonado em Seus bra- ços, que deseja acima de tudo agradar o coração do Pai, deseja responder ao Seu amor, e por isso busca amá-lO, bem como aos outros, com todas as forças do seu co- ração. Um coração que confia cegamente na misericórdia de Deus, e que por isso não recua ou se fecha quando acontecem as quedas, mas se arrepende e se levanta prontamente, firmado no Amor Miseri- cordioso do Pai. Esta ‘pequena via’, como a própria Te- resinha chamava seu caminho de infância, é o fruto de sua própria experiência, que a fez conhecer e tocar o Amor Misericor - dioso de Deus: “Como o sabeis, sempre desejei ser santa. Mas, que tristeza! Quan- do me confronto com os santos, sempre verifiquei que há entre eles e eu a mesma diferença que existe entre a montanha, cujo cimo desaparece nos céus, e o obscu- ro grão de areia, pisoteado pelos transeun- tes. Em vez de desanimar, pensei: O Bom Deus não seria capaz de inspirar-me de- sejos irrealizáveis. Posso, por conseguinte, aspirar à santidade, não obstante minha pequenez. Ficar maior, não me é possível. Devo, pois, suportar-me como sou, com todas as minhas imperfeições. Mas, pro- curarei um meio de ir para o céu por uma trilha bem reta, bem curta, uma trilha in- teiramente nova. (...) Por mim, gostaria de encontrar um elevador para me erguer até Jesus, porque sou pequenina demais para subir a dura escada da perfeição. Busquei, então, nos Sagrados Livros uma indicação do elevador, (...) e li estas palavras (...): ‘Se alguém é PEQUENINO, venha a mim”, e ainda, “Como uma mãe que acaricia seu filhinho, assim vos consolarei, e vos acalentarei em meu regaço!” Oh! Nunca vieram alegrar minha alma palavras tão melodiosas! O elevador que me conduzirá até o céu são vossos braços, ó Jesus! Por O Estatuto do Nascituro p. 2 - VII Seminário em Favor da Vida e da Dignidade Humana Projeto Criança p. 3 - O olhar de Deus sobre as crianças se transforma em apostolado Frei Galvão p. 4 - O rosto de Cristo numa vida pela paz e pela caridade o isso, não preciso ficar grande. Devo, pelo contrário, conservar-me pequenina, que venha a ser sempre mais.” Teresinha nos ensina que a santidade não está distante de nós; não é um ideal inatingível. Ao contrário, é fruto de uma busca incessante de agradar a Deus, de amá-lO através de pequenos e simples gestos de amor no dia a dia, feitos a todos aqueles que o próprio Senhor coloca em nosso caminho. Que o Senhor nos conceda, pela in- tercessão de Santa Teresinha do Menino Jesus, a graça de amarmos nossa peque- nez, que nos permite tocar a grandeza do amor de Deus por nós! Que ela nos en- sine a perseverar na busca da santidade, sustentados pela confiança absoluta no amor e na misericórdia de Deus! Anelisa Savani Consagrada da Comunidade Católica Pantokrator 1. Pr 94 | 2. Is 66, 12-13.|3.Santa Teresinha do Menino Jesus, História de Uma Alma, Manuscrito B, n. 271. Santa Teresinha e a Infância Espiritual

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PANTOKRATORInformativo da Comunidade Católica Pantokrator Ano II - Outubro/2013 - nº 21

Caro leitor,

No dia 1º de outubro, a Igreja celebra a memória de Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, doutora da Igreja e padroeira das missões, juntamente com São Francisco Xavier. Trata-se de uma jovem carmelita, que faleceu aos 24 anos, depois de ter vivido apenas 9 anos no Carmelo de Lisieux, França, no final do século XIX. Mas o que essa jovem religio-sa pode ter descoberto de tão extraordi-nário, em sua caminhada para a santidade, a ponto de ser proclamada Doutora da Igreja? O que ela tem a nos ensinar?

Teresinha ‘desentulhou o caminho da santidade’, indicando-nos uma via nova para alcançar a santidade, a via da infân-cia espiritual, que consiste em permanecer criança diante de Deus, com um coração dependente e abandonado em Seus bra-ços, que deseja acima de tudo agradar o coração do Pai, deseja responder ao Seu amor, e por isso busca amá-lO, bem como aos outros, com todas as forças do seu co-ração. Um coração que confia cegamente na misericórdia de Deus, e que por isso não recua ou se fecha quando acontecem as quedas, mas se arrepende e se levanta prontamente, firmado no Amor Miseri-cordioso do Pai.

Esta ‘pequena via’, como a própria Te-resinha chamava seu caminho de infância, é o fruto de sua própria experiência, que a fez conhecer e tocar o Amor Misericor-dioso de Deus: “Como o sabeis, sempre desejei ser santa. Mas, que tristeza! Quan-do me confronto com os santos, sempre verifiquei que há entre eles e eu a mesma diferença que existe entre a montanha, cujo cimo desaparece nos céus, e o obscu-

ro grão de areia, pisoteado pelos transeun-tes. Em vez de desanimar, pensei: O Bom Deus não seria capaz de inspirar-me de-sejos irrealizáveis. Posso, por conseguinte, aspirar à santidade, não obstante minha pequenez. Ficar maior, não me é possível. Devo, pois, suportar-me como sou, com todas as minhas imperfeições. Mas, pro-curarei um meio de ir para o céu por uma trilha bem reta, bem curta, uma trilha in-teiramente nova. (...) Por mim, gostaria de encontrar um elevador para me erguer até Jesus, porque sou pequenina demais para subir a dura escada da perfeição. Busquei, então, nos Sagrados Livros uma indicação do elevador, (...) e li estas palavras (...): ‘Se alguém é PEQUENINO, venha a mim”, e ainda, “Como uma mãe que acaricia seu filhinho, assim vos consolarei, e vos acalentarei em meu regaço!” Oh! Nunca vieram alegrar minha alma palavras tão melodiosas! O elevador que me conduzirá até o céu são vossos braços, ó Jesus! Por

O Estatuto do Nascituro p. 2- VII Seminário em Favor da Vida e da Dignidade Humana

Projeto Criança p. 3- O olhar de Deus sobre as crianças se transforma em apostolado

Frei Galvão p. 4- O rosto de Cristo numa vida pela paz e pela caridade

o

isso, não preciso ficar grande. Devo, pelo contrário, conservar-me pequenina, que venha a ser sempre mais.”

Teresinha nos ensina que a santidade não está distante de nós; não é um ideal inatingível. Ao contrário, é fruto de uma busca incessante de agradar a Deus, de amá-lO através de pequenos e simples gestos de amor no dia a dia, feitos a todos aqueles que o próprio Senhor coloca em nosso caminho.

Que o Senhor nos conceda, pela in-tercessão de Santa Teresinha do Menino Jesus, a graça de amarmos nossa peque-nez, que nos permite tocar a grandeza do amor de Deus por nós! Que ela nos en-sine a perseverar na busca da santidade, sustentados pela confiança absoluta no amor e na misericórdia de Deus!

Anelisa Savani Consagrada da Comunidade Católica Pantokrator

1. Pr 94 | 2. Is 66, 12-13.|3.Santa Teresinha do Menino Jesus, História de Uma Alma, Manuscrito B, n. 271.

Santa Teresinha e a Infância Espiritual

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VIII Seminário em Favor da Vida e da Dignidade Humana: Estatuto do Nascituro

São João Evangelista nos ensina que todos aqueles que receberam Cristo e aos que crêem no Seu nome, Ele lhes deu o poder de se tornarem filhos de Deus. A filiação divina é o cume da ma-turidade cristã. Assim nasceu, na Comu-nidade Católica Pantokrator, o Projeto Filhos no FILHO, que tem a missão de fomentar a formação integral da pessoa, tendo Jesus Cristo como Modelo, a fim de que o homem se reconheça como filho de Deus e, assim, possa assumir o seu papel de agente transformador da sociedade como evangelizador que é chamado a ser pelo seu Batismo.

O Projeto Filhos no FILHO reali-za anualmente o Seminário em Favor da Vida e da Dignidade Humana, por meio do qual promove reflexões acerca de temas atuais que envolvem questões como educação e cultura, bioética, de-fesa da vida e da dignidade humana se-gundo valores cristãos.

Neste ano, em sua 8ª edição, o Se-minário em Favor da Vida e da Digni-dade Humana terá como tema o Es-tatuto do Nascituro. O Projeto de Lei nº 478/2007, mais conhecido como

Estatuto do Nascituro, tem sido ob-jeto de discussão e polêmica, uma vez que emendas recentes promovem uma mudança substancial no espírito do Es-tatuto, do modo como o projeto fora inicialmente concebido, que objetivava a proteção integral do nascituro. Nas-cituro é o ser humano concebido, mas ainda não nascido. Ele goza de direitos, que a lei brasileira sempre protegeu. No entanto, a Lei nº 12.845/2013, que en-trou em vigor recentemente, dispõe so-bre o atendimento obrigatório e integral de pessoas em situação de violência se-xual, de tal maneira a permitir a prática do abortamento num grau que pratica-mente aprova o aborto no Brasil, ferin-do diretamente os princípios do direito natural, intocáveis e irrenunciáveis.

O Seminário acontecerá dia 16 de outubro, quarta-feira, a partir das 19h30., na Sede da Comunidade Pan-tokrator, rua Culto à Ciência, 238, Bo-tafogo – Campinas/SP.

As palestras serão proferidas pela médica ginecologista Dra. Elizabeth Kipman e pelo jurista Dr. Paulo Silveira Marins Leão Junior, Procurador Geral

do Estado do Rio de Janeiro. Ambos dispõem de requerida experiência téc-nica, humana e social, o que tornará o debate envolvente e esclarecedor. Vale a pena conferir.

Kátia Maria Bouez AzziConsagrada da Comunidade Católica Pantokrator

EXPEDIENTE O Pantokrator é uma publicação mensal dirigida aos sócios, membros, engajados e amigos da Comunidade Católica PantokratorDireção Geral: Edgard Gonçalves | Grupo de Comunicação: Eliana Alcântara, Jildevânio Souza, Juliana Campos, Vanessa Cícera, Vanessa Ozelin, Vanusa Silva e Renata Andrade | Jornalista Responsável: Renata Andrade MTB 56 525 | Planejamento, Criação, Edição e Revisão: Comuni-dade Católica Pantokrator - www.pantokrator.org.br

Visando a formação e evange-lização das famílias, a comunidade realizará nos dias 26 e 27 de outu-bro o retiro para casais, com o tema: Família “Torna-te o que és”.

Queremos tornar viva em nossas famílias o desejo do nosso Pontífi-ce em que disse recentemente “Fa-zendo votos de que vocês, queridas famílias brasileiras, sejam o mais convincentes arautos da beleza do amor sustentado e alimentado pela

fé e como penhor de graças do Alto, pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida, a todos concedo a Ben-ção Apostólica.”.

Para mais informações: (19) 3232-4400 e pelo site www.pantokrator.org.br

Deus abençoe nossas famílias!

Retiro para Casais: Família torna-te o que és!

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Projeto Criança

“E tomando o menino, colocou-o no meio deles: abraçou-o e disse-lhes: Todo o que recebe um destes meninos em Meu nome, a Mim que recebe”(Mc 9,36-37). Neste evangelho fica bem cla-ro para nós que a criança goza de um carinho especial por parte de Deus, ela expressa toda pureza, singeleza e peque-nez que nós deveríamos ter.

Sob o olhar de Deus pelas crianças nasceu na Comunidade Católica Pan-tokrator o “Projeto Criança”, em res-posta ao próprio chamado de “formar e gerar filhos fiéis a Deus”. Neste senti-do a evangelização das crianças assume um papel fundamental em sua forma-ção, visto que a infância é um momen-to propício para o aprendizado em que a terra do coração está arada e aberta para acolher as sementes da verdade e da vida em Cristo.

E é esse o grande desafio da Comu-nidade, pois constantemente é lançada a semente da morte, principalmente atra-vés dos meios de comunicação, no qual muitas crianças passam horas assistindo programas ditos infantis, que na realida-de matam aos poucos sua inocência.

O “Projeto Criança” busca de forma concreta semear vida no coração desses pequeninos, e assim realiza o grupo de oração infantil em três faixas etárias. Ele acontece todas as quintas-feiras às 20h na casa sede da Comunidade em Campinas. Nesses grupos são realizadas diversas atividades de evangelização, de acordo com a idade em que a criança está: louvor, experiências de oração,

brincadeiras dirigidas e um momento reservado para que ela possa agradecer e colocar diante de Deus as suas neces-sidades. É muito bonito, quando de for-ma espontânea, ela reza pelo amiguinho doente, pela família em dificuldade, ou que pede a Deus para ganhar o brinque-do desejado, ou para tirar boas notas, é nesta simplicidade que elas tocam de forma concreta o amor de Deus.

Outra atividade realizada é o “Cine-minha com pizza”, que tem o objetivo de criar e propiciar laços de amizade sa-dias entre elas. Neste dia, elas partilham e assistem um filme juntas. Existe tam-bém os “Encontrinhos” que acontecem todas as vezes em que acontece o “En-contrão” para os adultos. Assim os pais podem deixar seus filhos, enquanto ex-perimentam a graça de Deus. Neste dia é preparado um “mini-retiro” para elas, também com dinâmicas, oração, louvor e brincadeiras.

Em relação às famílias, muito frutos são colhidos. Muitos pais relatam que são levados a vir ao Grupo de Oração porque os filhos querem participar do Grupo de Oração Infantil.

É desta forma que através deste pro-jeto experimentamos a alegria de servir a Deus e aprendemos com os pequenos a termos um coração simples e feliz.

Nerailde SilvaDiscípula da Comunidade Católica Pantokra-

tor e Supervisora do Projeto Criança.

A Comunidade Católica Pantokrator teve a honra de receber no Fórum para as Fa-

mílias, que aconteceu entre os dia 26 e 29 de agosto, Ítalo Fasanella, Fundador e Modera-dor Geral da Comunidade Sagrada Família. Ítalo é autor de vários livros voltados para a

família e palestrou no Fórum sobre a formação moral e religiosa dos filhos.

O Pantokrator: Em sua palestra você disse que é mais fácil ensinar do que educar, por quê?Ítalo Fasanella: Para ensinar bas-ta saber e para educar é preciso ser, o testemunho de vida é fundamental. A educação não pode ser restrita a uma transmissão de conhecimento, educa-ção é transmissão de vida e a gente só transmite aquilo que vive, por isso o tes-temunho dos pais é muito importante.

OP: Você é pai de 4 filhos. Na sua vi-são quais são os principais desafios da família cristã, no que diz respeito à sociedade moderna?Ítalo: A sociedade moderna traz de-safios com a velocidade da informa-ção, com o incremento tecnológico. As pessoas acabam se conectando em um mundo virtual e acabam se desco-nectando do mundo real, inclusive da família. Então, o desafio é o equilíbrio, não podemos satanizar o mundo mo-derno, por isso a necessidade do equi-líbrio. Não podemos desistir, é preciso acreditar que com a graça de Deus é possível ajudar os filhos a ter critérios de discernimento para que eles saibam até onde podem ir.

OP: Vivemos hoje uma crise de valo-res, qual a importância do exemplo dos pais na educação dos filhos? Ítalo: Essa crise é superável através do exemplo, do testemunho de amor e de perdão que os próprios pais devem dar aos filhos no dia a dia, em coisas sim-ples, ordinárias.

OP: Deixe uma mensagem para as famílias que sofrem e enfrentam tan-tos desafios para educar seus filhos.Ítalo: As famílias devem ter atitude de acolhida diante do sofrimento, unindo ao sofrimento de Cristo. Esta atitude torna o sofrimento redentor. Nunca de-sanimar e nunca desistir da família, por-que Deus nunca irá desistir dela.

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Por ser o mês de outubro dedicado, entre outras coisas, a se celebrar o Dia das Crianças, resolvemos trazer para esta seção do nosso informativo histó-rias de crianças que frequentam o “Gru-pinho de Oração” da Comunidade.

São muitos os testemunhos de crianças que após uma experiência com Deus, através da nossa obra, podería-mos trazer até vocês leitores. Porém, va-mos citar brevemente apenas dois deles.

Certo dia, os pais de um menino que costuma sempre frequentar nos-so “grupinho”, não poderiam vir à

Comunidade, pois, seria necessário deixar o carro no estacionamento e eles estavam sem dinheiro para isso.

A criança insistiu muito e, mesmo com as tentativas dos pais, em expli-car o motivo ele não cedia. Quan-do percebeu que não haveria jeito de resolver a situação, teve uma ideia. Correu, pegou o seu cofrinho e re-tirando de dentro dele todas as eco-nomias que tinha, entregou o dinhei-ro aos pais e disse que eles poderiam usá-lo para pagar o estacionamento.

Os pais ficaram comovidos com

o desprendimento do menino e, é claro, vieram ao grupo de oração.

A filha de um membro da Comu-nidade partilhou um dia que durante uma adoração que foi feita junto com as crianças ela se sentiu muitíssimo amada por Deus Pai e que aquele tinha sido o dia mais feliz de toda sua vida.

Estes testemunhos nos ale-gram muito, pois sabemos o quan-to Deus espera que cuidemos des-sas pequenas vidas, pois, quem ganha uma criança para Cristo, ganha uma vida inteira a serviço de Deus.

Para vivenciar o Ano da Fé, o informativo ‘O Pantokrator’ está publicando testemunhos de pessoas que tiveram uma experiência profunda de fé. Envie para nós você também a sua história pelo email [email protected]

Nasceu no dia 10 de maio de 1739, na cidade de Guaratinguetá (SP). Filho de Antônio Galvão e de Isabel Leite de Barros, cresceu em um ambiente fami-liar profundamente religioso. Antônio viveu com seus irmãos numa casa gran-de e rica, pois seus pais gozavam de prestígio social e influência política. O pai, querendo dar uma formação huma-na e cultural segundo suas possibilidades econômicasA, mandou Antônio, aos 13 anos, à Bahia, a fim de estudar no semi-nário dos padres jesuítas. Lá fez grandes progressos nos estudos e na prática cris-tã. Queria tornar-se jesuíta, mas por cau-sa da perseguição movida contra a Or-dem pelo Marquês de Pombal, seu pai o aconselhou a entrar para os francisca-nos, que tinham um convento em Tau-baté, não muito longe de Guaratinguetá. Assim, renunciou a um futuro promis-sor e influente na sociedade de então, e aos 16 anos, entrou para o noviciado na Vila de Macacu, no Rio de Janeiro. Foi ordenado sacerdote no dia 11 de julho de 1762, sendo transferido para o Con-vento de São Francisco em São Paulo. Em 1774, fundou o Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Divina Providência, hoje Mosteiro da Imacula-da Conceição da Luz, das Irmãs Con-cepcionistas da Imaculada Conceição.

Cheio do espírito da caridade, não me-dia sacrifícios para aliviar os sofrimentos alheios. Por isso o povo a ele recorria em suas necessidades. Frei Galvão viajava constantemente pela capitania de São Paulo, pregando e atendendo as pessoas. Fazia todos esses trajetos sempre a pé. Frei Galvão, além da construção e dos encargos especiais dentro e fora da Or-dem Franciscana, deu toda a atenção e o melhor de suas forças à formação das Recolhidas. Era para elas verdadeiro pai e mestre. Para elas escreveu um estatu-to, excelente guia de disciplina religiosa. Esse é o principal escrito de Frei Galvão, e que melhor manifesta a sua personali-dade. Faleceu em 23 de dezembro de 1822, no Mosteiro da Luz de São Pau-lo. Em 25 de outubro de 1998, Frei Galvão foi beatificado pelo Papa João Paulo II, dele recebendo os títulos de Homem da Paz e da Caridade e de Pa-trono da Construção Civil no Brasil. O milagre atribuído aconteceu em 1990 em São Paulo, com a menina Daniela, que aos 4 anos de idade teve complicações bronco-pulmonares e crises convulsi-vas. Após 13 dias de UTI, os familiares, amigos, vizinhos e religiosas do Mostei-ro da Luz rezaram e deram a menina as pílulas de Frei Galvão, em 21 de junho teve alta do hospital considerada curada.

Frei Galvão foi Canonizado pelo Papa Bento XVI em 2007, pelo milagre alcan-çada pela Sra Sandra Grossi de Almeida e seu filho Enzo. A Sra Sandra após três abortos espontâneos engravidou nova-mente e graças à intercessão do Beato Frei Galvão, que foi invocado durante toda a gestação pela família por novenas e as pílulas de Frei Galvão, teve seu fi-lho. Frei Galvão foi modelo de sacerdo-te cujo coração estava todo devotado às ovelhas a ele confiadas. Toda a sua pes-soa era caridade, delicadeza e bondade: testemunhou a doçura de Deus entre os homens.

Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, rogai por nós!

Vanessa CíceraPostulante da Comunidade Católica Pantokrator

Ser uma criança de Deus

Dica de leituraSanto Antõnio de Sant’Ana Galvão – o primeiro santo brasileiro!