Parte 3 Fundamentos microeconômicos Sessão 1 · • Otimização e equilíbrio geral ⇒Não...

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Parte 3 Fundamentos microeconômicos Sessão 1 Reinaldo Gonçalves

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Parte 3

Fundamentos microeconômicos

Sessão 1

Reinaldo Gonçalves

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Sumário

1. Estruturas de mercado1.1 Modelos básicos

1.1.1 Concorrência perfeita1.1.2 Monopólio

1.2 Concorrência imperfeita1.2.1 Oligopólio

A. Modelo de CournotB. Modelo de SweezyC. Cartel perfeitoD. Duopólio: dilema do prisioneiro

1.2.2 Concorrência monopolística

3

Sumário, cont...

1.3 Críticas à Teoria Marginalista

A. Hall e Hitch

B. Mason

C. Coase

D. Steindl

E. Labini

2. Organização industrial

2.1 Barreiras à entrada

2.2 Mercados contestáveis

2.3 Paradigma E-C-D

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Sumário, cont...3. Outros enfoques teóricos

3.1 Teoria Behaviorista 3.2 Teoria da Agência3.3 Teoria Evolucionista 3.4 Economia dos Custos de Transação

4. Regulação econômica4.1 Fundamentos4.2 Nova fase da regulação: Reformas 1980s

5. Defesa da concorrência5.1 Fundamentos5.2 Experiência nos EUA

5

Sumário, cont...

6. Política industrial

6.1 Definições

6.2 Rationale da política industrial

7. Acordos internacionais e policy space

8. Síntese

Bibliografia

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1. Estruturas de mercado

1.1 Modelos básicos

1.1.1 Concorrência perfeitaA. Modelo: hipótesesB. Intervenção governamental: perdaC. Eficiência de Pareto: alocação ótima de recursos

1.1.2 MonopólioA. Modelo: hipótesesB. Monopólio naturalC. Concorrência perfeita vs monopólio

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1.1 Modelos básicosEstruturas de mercado: Tipos

8

Empresa: otimização de lucroCusto marginal = Receita marginalPreço > Custo variável médio

Custos

9

10

Receita total (RT)

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

11

12

1.1.1 Concorrência perfeitaA. Modelo: Hipóteses

� grande número de compradores e vendedores

� produto homogêneo

� transparência de mercado: completa informação

� livre entrada e saída no mercado

� maximização de lucro

� perfeita mobilidade de fatores

Empresa só fixa a quantidade a ser vendida

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Otimização: Cmg = Rmg

Lucro normal

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Lucro vs prejuízo: Preço vs Custo médio

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B. Intervenção governamental: perda para consumidores e produtores

Peso morto

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C. Eficiência de Pareto: alocação ótima de recursos

o Mercado competitivo: sistema de alocação ótima de recursos

o Situação em que ninguém pode melhorar sem que alguém piore

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Ótimo de Pareto, Pareto eficiente

Sistema eficiente

� Eficiência produtiva� Produção custo mínimo

� Eficiência alocativa� Recursos alocados para produtos mais valorados pela sociedade

� Eficiência distributiva� Produtos distribuídos segundo as preferências dos consumidores

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Aparelho analítico neoclássico

� Curva de possibilidade de produção (fronteira de produção)� Locus das combinações de produção que implicam na utilização plena e eficiente dos fatores de produção

� Determinação: funções de produção e dotação de fatores

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Conceitos

� Custo de oportunidade (de A)=> o quanto se perde da produção da mercadoria B ao se aumentar em uma unidade a produção de A

� Ideia-chave: melhor uso alternativo para o fator

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Custo de oportunidade

Custo de oportunidadeconstante

Custo de oportunidade variável - crescente

A

B B

∆A

∆B

∆A

∆B

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Custo de oportunidade variável (crescente) e linha de preços

� Fatores de produção não são igualmente eficientes na produção de todos os produtos

� Linha de preços

Y = Pa . Qa + Pb . Qb

Qb = (Y/Pb) - (Pa/Pb) Qa

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Otimização

� Equilíbrio na produção� Linha de preços (PP) tangencia a curva de possibilidade de produção

� TMSP (TMT) = ∆B / ∆A = Pa / Pb

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Equilíbrio na produção Q*

Custo de oportunidadeconstante

Custo de oportunidade variável - crescente

A

B B

P

P P

P

Q*Q*

Qb = (Y/Pb) - (Pa/Pb) Qa

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Conceito

� Curva de indiferença social

� Locus das combinações de consumo de A e B que implicam mesmo nível de satisfação (utilidade) para a sociedade como um todo

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Curva de indiferença social: características

� Convexa

� Não se cruzam

� Inclinação negativa

A

B

I1

I2

I3

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Otimização: Equilíbrio no consumo

� Linha de preços (PP) tangencia a curva de indiferença social

� TMSC = ∆B / ∆A = Pa / Pb

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Equilíbrio no consumo

A

B

I1

I2

I3

C3 (Y3)

C1 (Y1)

P

P

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Equilíbrio na produção e no consumo(economia fechada)

A

B

I1

I2

I3

A2

B2

C2 (Y2) = (A2, B2)

P

P

TMSP = TMSC = ∆B / ∆A = Pa / Pb

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Eficiência econômica: Equilíbrio geral

A

B

I1

I2

I3

A2

B2

C2 (Y2) = (A2, B2)

P

P

TMSP = TMSC = ∆B / ∆A = Pa / Pb

Ineficiênciaprodutiva

Ineficiênciadistributiva

Equilíbrio geral (com eficiência alocativa)

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Concorrência perfeita e Estado

• Mercado concorrência perfeita

• Otimização e equilíbrio geral

⇒Não há lugar para o Estado⇒Exceção

⇒ políticas assistencialistas⇒benevolência, caridade

⇒Reino do Estado serviçal

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1.1.2. Monopólio

A. Modelo: hipóteses

� um único vendedor

� produto não tem substituto

� concorrência entre consumidores

� curva de receita média é a curva de demanda do mercado

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Otimização: Cmg = Rmg(Curva de demanda de mercado = curva receita média)

Lucro anormal: P > Cme

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Monopólio: Barreiras à entrada

� Dimensão do mercado (pequeno)� Economias de escala

� Superioridade tecnológica � Direitos de propriedade (patentes, copyright)

� Controle de fontes de insumos

� Regulamentação governamental

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B. Monopólio natural

� Custo fixo total elevado

� Monopólio criado e sustentado por economias de escala

� Economias de escala no âmbito da produção relevante para o setor

� Curva custo total médio declina no âmbito de produção em que P > Ctotal-médio

o Monopólio natural => barreira à entrada� Ctotal-médio mais baixo do que qq firma menor

o Ex: água, gás, eletricidade, telefonia

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Monopólio natural: equilíbrio e contestabilidade

com contestabilidadesem contestabilidade

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C. Concorrência perfeita vs monopólio: Equilíbrio de mercado (Supondo Cfixo = 0; Cmg constante)

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Excedente do consumidor: concorrência perfeita vs monopólio (Supondo Cfixo = 0; Cmg constante)

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Excedente do consumidor e regulação do monopólio natural (Supondo Cfixo = 0; Cmg constante)

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Bibliografia

� Kon, A. Economia Industrial. São Paulo: Livraria Nobel S.A., 1994.

� Spínola, M. R. de P. Estruturas de mercado. In: Manual de Economia. Equipe de Professores da USP. São Paulo: Editora Saraiva, 1998, p. 181-194.

� Azevedo, P. F. de. Organização industrial. In: Manual de Economia. Equipe de Professores da USP. São Paulo: Editora Saraiva, 1998, p. 195-222.

� Anuatti Neto, F. Regulamentação dos mercados. In: Manual de Economia. Equipe de Professores da USP. São Paulo: Editora Saraiva, 1998, p. 223-242

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Bibliografia, cont...

� Mello, M. T. L. Defesa da concorrência. In:Kupfer, D., Hasenclever, L. (orgs.) Economia Industrial. Fundamentos Teóricos e Práticas no Brasil. Rio de Janeiro: Ed. Campus, 2002, p. 485-514.

� Pinto Jr., H. Q., Fiani, R. Regulação econômica. In:Kupfer, D., Hasenclever, L. (orgs.) Economia Industrial. Fundamentos Teóricos e Práticas no Brasil. Rio de Janeiro: Ed. Campus, 2002, p. 515-514.

� Ferraz, J. C., Paula, G. M. de, Kupfer, D. Política industrial. In:Kupfer, D., Hasenclever, L. (orgs.) Economia Industrial. Fundamentos Teóricos e Práticas no Brasil. Rio de Janeiro: Ed. Campus, 2002, p. 545-567.

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Bibliografia, cont...

� Arena, R. Approches théoriques et EconomieIndustrielle. In: Arena, R. et al. Traité d´ÉconomieIndustrielle. Paris: Economica, 1988, p. 120-132.

� Benzoni, L., Quelin, B. La concurrence oligopolistique: dynamique et instabilité. In: Arena, R. et al. Traitéd´Économie Industrielle. Paris: Economica, 1988, p. 478-502.

� Bellon, B., Bandt, J. La politique industrielle. In: Arena, R. et al. Traité d´Économie Industrielle. Paris: Economica, 1988, p. 841-857.

� Kovacic, W. E., Shapiro, C. Antitrust policy: a centuryof economic thinking. Competition Policy Center, University of California, Berkeley, 1999.

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