Pcs - Português - Semana 3 - Intertextualidade

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Aluno: Data: Matéria: Língua Portuguesa Prof: Débora Muramoto Email: [email protected] Semana 3 – exercícios de revisão 1) (Uff 2011) Modinha do exílio Os moinhos têm palmeiras Onde canta o sabiá. Não são artes feiticeiras! Por toda parte onde eu vá, Mar e terras estrangeiras, Posso ver mesmo as palmeiras Em que ele cantando está. Meu sabiá das palmeiras Canta aqui melhor que lá. Mas, em terras estrangeiras, E por tristezas de cá, Só à noite e às sextas-feiras. Nada mais simples não há! Canta modas brasileiras. Canta – e que pena me dá! (Ribeiro Couto) Os versos dos poetas modernistas e românticos apresentam relação de intertextualidade com o poema de Ribeiro Couto, EXCETO em uma alternativa. Assinale-a. a) “Vou-me embora pra Pasárgada / Lá sou amigo do rei / Lá tenho a mulher que eu quero / Na cama que escolherei” (Manuel Bandeira) b) “Dá-me os sítios gentis onde eu brincava / Lá na quadra infantil; / Dá que eu veja uma vez o céu da pátria, / O céu do meu Brasil!” (Casimiro de Abreu) c) “Minha terra tem macieiras da Califórnia / onde cantam gaturamos de Veneza. / Os poetas da minha terra / são pretos que vivem em torres de ametista,” (Murilo Mendes) d) “Ouro terra amor e rosas / Eu quero tudo de lá / Não permita Deus que eu morra / Sem que volte para lá” (Oswald de Andrade) e) “Em cismar, sozinho, à noite, / Mais prazer eu encontro lá; / Minha terra tem palmeiras, / Onde canta o Sabiá.” (Gonçalves Dias) 2) (Fuvest 2010) Mais do que a mais garrida a minha pátria tem End.: Rua Engenheiro Guilherme Greenhalg, nº 16, sobreloja 04 – Icaraí – Niterói/RJ

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intertextualidade

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Matria: Lngua PortuguesaProf: Dbora MuramotoEmail: [email protected]

Semana 3 exerccios de reviso1)(Uff 2011)Modinha do exlio

Os moinhos tm palmeiras Onde canta o sabi. No so artes feiticeiras! Por toda parte onde eu v, Mar e terras estrangeiras, Posso ver mesmo as palmeiras Em que ele cantando est. Meu sabi das palmeiras Canta aqui melhor que l. Mas, em terras estrangeiras, E por tristezas de c, S noite e s sextas-feiras. Nada mais simples no h! Canta modas brasileiras. Canta e que pena me d!

(Ribeiro Couto)Os versos dos poetas modernistas e romnticos apresentam relao de intertextualidade com o poema de Ribeiro Couto, EXCETO em uma alternativa. Assinale-a.

a) Vou-me embora pra Pasrgada / L sou amigo do rei / L tenho a mulher que eu quero / Na cama que escolherei (Manuel Bandeira)

b) D-me os stios gentis onde eu brincava / L na quadra infantil; / D que eu veja uma vez o cu da ptria, / O cu do meu Brasil! (Casimiro de Abreu)

c) Minha terra tem macieiras da Califrnia / onde cantam gaturamos de Veneza. / Os poetas da minha terra / so pretos que vivem em torres de ametista, (Murilo Mendes)

d) Ouro terra amor e rosas / Eu quero tudo de l / No permita Deus que eu morra / Sem que volte para l (Oswald de Andrade)

e) Em cismar, sozinho, noite, / Mais prazer eu encontro l; / Minha terra tem palmeiras, / Onde canta o Sabi. (Gonalves Dias)

2)(Fuvest 2010)Mais do que a mais garrida a minha ptria temUma quentura, um querer bem, um bemUm libertas quae sera tamen*Que um dia traduzi num exame escrito:Liberta que sers tambmE repito!(Vincius de Moraes, Ptria minha,Antologia potica.)

*A frase em latim traduz-se, comumente, por liberdade ainda que tardia.

Considere as seguintes afirmaes:

I.O dilogo com outros textos (intertextualidade) procedimento central na composio da estrofe.

II.O esprito de contradio manifesto nos versos indica que o amor da ptria que eles expressam no oficial nem conformista.

III.O apego do eu lrico tradio da poesia clssica patenteia-se na escolha de um verso latino como ncleo da estrofe.

Est correto o que se afirma em

a) I, apenas.

b) II, apenas.

c) I e II, apenas.

d) II e III, apenas.

e) I, II e III.

3)TEXTO PARA A PRXIMA QUESTO:

Voc sabia que com pouco esforo possvel ajudar o planeta e o seu bolso?Ao usarmos a energia eltrica para aparelhos eletrnicos e lmpadas tambm emitimos gs carbnico, um dos principais gases do efeito estufa. Atitudes simples como trocar lmpadas incandescentes pelasfluorescentes e puxar da tomada os aparelhos que no esto em uso reduziro a sua conta de luz e as nossas emisses de CO2na atmosfera.(Planeta sustentvel: conhecimento por um mundo melhor)(Mackenzie 2010)Assinale a alternativa que indica recurso empregado no texto.

a) Intertextualidade, j que se pode notar apropriao explcita e marcada, por meio de citaes, de trechos de outros textos.

b) Conotao, uma vez que o texto emprega em toda a sua extenso uma linguagem que adota tom pessoal e subjetivo.

c) Ironia, observada no emprego de expresses que conduzem o leitor a outra possibilidade de interpretao, sempre crtica.

d) Denotao, pois h a utilizao objetiva de palavras e expresses que destacam a presena da funo referencial.

e) Metalinguagem, uma vez que a linguagem adotada serve exclusivamente para tratar da prpria linguagem.

4)IdeologiaMeu partido

um corao partido

E as iluses esto todas perdidas

Os meus sonhos foram todos vendidos

To barato que eu nem acredito

Eu nem acredito

Que aquele garoto que ia mudar o mundo

(Mudar o mundo)

Frequenta agora as festas do Grand Monde

Meus heris morreram de overdose

Meus inimigos esto no poder

Ideologia

Eu quero uma pra viver

Ideologia

Eu quero uma pra viver

O meu prazer

Agora risco de vida

Meusex and drugsno tem nenhumrock n rollEu vou pagar a conta do analista

Pra nunca mais ter que saber quem eu sou

Pois aquele garoto que ia mudar o mundo

(Mudar o mundo)

Agora assiste a tudo em cima do muro

Meus heris morreram de overdose

Meus inimigos esto no poder

Ideologia

Eu quero uma pra viver

Ideologia

Eu quero uma pra viver

(CAZUZA e ROBERTO FREJAT - 1988)

E as iluses esto todas perdidas(v. 3)

Esse verso pode ser lido como uma aluso a um livro intituladoIluses perdidas, de Honor de Balzac.

Tal procedimento constitui o que se chama de:

a) metfora

b) pertinncia

c) pressuposio

d) intertextualidade

5) (Ueg 2008)Pai, afasta de mim esse clice

Pai, afasta de mim esse clice

Pai, afasta de mim esse clice

De vinho tinto de sangue

Como beber dessa bebida amarga

Tragar a dor, engolir a labuta

Mesmo calada a boca, resta o peito

Silncio na cidade no se escuta.

(Disponvel em:Acesso em: 19 set. 2007.)

Durante a Ditadura Militar, a censura poltica funcionou como uma mordaa liberdade de expresso no Brasil. Em funo disso, artistas de diversas tendncias usaram a sua criatividade na produo de obras de forte apelo poltico, mas que, ao mesmo tempo, preservavam a beleza esttica. Um exemplo a cano "Clice", composta por Chico Buarque e Gilberto Gil, em 1973. Sobre a expressividade potica e poltica dessa cano, INCORRETO afirmar:

a) Ela explora o duplo sentido que se pode verificar na leitura do vocbulo "clice", em razo da identidade fnica entre esta palavra e a forma verbal do verbo "calar", na terceira pessoa do imperativo.

b) Percebe-se a manifestao de uma intertextualidade entre os trs primeiros versos e o contexto bblico da crucificao de Cristo.

c) "Bebida amarga", no contexto da cano, metaforiza o contexto scio-histrico em que ela foi composta.

d) A cano um exemplo da bossa nova, um gnero musical que tentou extirpar qualquer influncia norte-americana na msica popular brasileira.

6) (Uff 2007)A modernidade tem-se utilizado de meios expressionais que dialogam com diversas linguagens, produzindo pela intertextualidade novos sentidos e novos dilogos.Identifique o comentrio pertinente sobre a ressignificao promovida pela intertextualidade dos fragmentos que se seguem.

a) Amor fogo que arde sem se ver.

ferida que di e no se sente.

um contentamento descontente.

dor que desatina sem doer.

Lus Vaz de Cames O amor o fogo que arde sem se ver.

ferida que di e no se sente.

um contentamento descontente.

dor que desatina sem doer.

Ainda que eu falasse a lngua dos homens E falasse a lngua dos anjos, sem amor eu nada seria.

Legio Urbana, "Monte Castelo"

Os versos de "Monte Castelo" retomam trs fontes distintas que remetem ao local de resistncia (ttulo da cano), necessidade imperiosa do sentimento fraterno (Apstolo Paulo) e ao carter contemplativo e dcil da vivncia amorosa (Cames).

b) Quando nasci, um anjo torto

desses que vivem na sombra

Disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.

Carlos Drummond de Andrade, "Poema das sete faces" Quando nasci um anjo esbelto,

desses que tocam trombeta, anunciou:

vai carregar bandeira.

Cargo muito pesado pra mulher,

esta espcie ainda envergonhada.

Adlia Prado, "Com licena potica"Os versos de Adlia Prado retomam a imagem do "anjo", reproduzindo o carter de aceitao do papel da mulher no contexto social.

c)

Nosso cu tem mais estrelas,

Nossas vrzeas tm mais flores

Nossos bosques tm mais vida,

Nossa vida mais amores.

Gonalves Dias Nossas vrzeas tm mais flores

nossas flores mais pesticidas.

S se banham em nossos rios

Desinformados e suicidas.

Luiz FernandoVerssimoO fragmento retomado por Verssimo - versos de "Cano do Exlio" - situa a realidade em que se insere, sob o ponto de vista crtico, confrontando-se viso ufanista do Romantismo.

d)

Conselho se fosse bom, as pessoas

no dariam, venderiam.

V dormir que a dor passa.

Quem espera sempre alcana.

Provrbios e ditos populares. Oua um bom conselho

Que eu lhe dou de graa

Intil dormir que a dor no passa

Espere sentado

Ou voc se cansa

Est provado, quem espera nunca alcana.

Chico Buarque, "Bom conselho"O fragmento de "Bom conselho" refora pela linguagem potica o carter moralista e educativo desses provrbios.

e)A feio deles serem pardos, maneira d'avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem nenhuma cobertura, nem estimam nenhuma cousa cobrir nem mostrar suas vergonhas. E esto acerca disso com tanta inocncia como tambm em mostrar o rostoTrecho da Carta de Pero Vaz de Caminha a el-rei d. Manuel Senhor:Escrevo esta carta para vos dar conta dos sucessos da terra de Vera Cruz desde o dia de seu achamento at a construo desta Braslia onde agora me encontro. Eu a tenho, Senhor, por derradeiro feito e ltima louania da gente de cepa e me empenharei em bem descrev-la, nada pondo ou tirando para aformosear nem para enfear, mas s praticando do que vi, ouvi ou me pareceu.

Segunda Carta de Pero Vaz de Caminha, a El Rei, escrita da Novel Cidade de Braslia com a data de 21 de abril de 1960. (Por Darcy Ribeiro)O fragmento da carta de Darcy Ribeiro retoma o estilo detalhista e inventivo de Pero Vaz de Caminha, ao construir a imagem do Brasil segundo o olhar europeu.

7) (Pucpr 2006)Leia o poema:

podem ficar com a realidade

esse baixo astral

em que tudo entra pelo cano

eu quero viver de verdade

eu fico com o cinema americano

O poeta Paulo Leminski neste poema usa de procedimento redundante em sua obra. Assinale a alternativa que identifica esse procedimento:

a) intertextualidade.

b) ironia.

c) crtica sociedade de massa.

d) fuga realidade.

e) desejo de viver intensamente.

8)Clonagem

Parabenizo o jornalista Marcelo Leite pelo artigo "O conto das clulas de cordo" (Mais!, pag. 18,18/7).

A tecnologia de congelamento de clulas de cordo muito bem dominada por alguns servios mdicos no Brasil h vrios anos. Logo, seria natural que migrssemos para esse campo. Mas, mesmo sendo factvel a sua introduo, ficamos convencidos de que essa seria uma rea que s deveria ser implantada por instituies (preferencialmente pblicas) responsveis pelo tratamento de um grande contingente de pacientes, pois s com um cadastro nacional abrangente poderiam ser atendidos aqueles com indicao de transplante de medula ssea que no tivessem doadores relacionados disponveis.

Infelizmente, foi com muito pesar que vi a proliferao de bancos de cordo voltados ao possvel atendimento dos prprios doadores do cordo (crianas saudveis e provenientes de famlias com bons recursos financeiros), uma prtica totalmente desnecessria com pouca repercusso do ponto de vista da sade pblica.

Foi por esse motivo que nunca nos aventuramos nessa rea.

Silvano Wendel, diretor mdico do banco de sangue do Hospital Srio-Libans (So Paulo-SP)

FOLHA DE S. PAULO, So Paulo, 23 jul. 2004, p. A3, Painel do Leitor.

O ttulo do artigo de Marcelo Leite "O conto das clulas de cordo" resume a tese de que a prtica de doao de cordo umbilical no tem favorecido aqueles que realmente necessitam de transplante de medula. O sentido construdo no ttulo alcanado pelo recurso de:

a) inverso, construda pelo emprego das palavras "clulas" e "conto".

b) oposio, provocada pelo uso da palavra "cordo" que tem duplo sentido.

c) pardia, construda pela explicao do que vm a ser as clulas de cordo.

d) intertextualidade, marcada pelo uso de termos que recuperam elementos dos contos de fadas.

e) contradio, provocada pelo uso dos termos "cordo" e "clulas" que remetem a domnios diferentes.

9)(Pucmg 2003)Leia os versos abaixo, parte do "Poema de Sete Faces", de "Alguma Poesia":

"Mundo mundo vasto mundo,

mais vasto meu corao."

Se considerarmos que Toms Antnio Gonzaga autor do verso "Eu tenho um corao maior que o mundo", podemos afirmar que, nos dois versos de Drummond acima transcritos, existe:

a) mera cpia do verso de Toms Antnio Gonzaga.

b) plgio visvel do verso de Toms Antnio Gonzaga.

c) intertextualidade flagrante com o verso de Toms Antnio Gonzaga.

d) apropriao indevida do verso de Toms Antnio Gonzaga.

10)(Fuvest 2001)Chega!

Meus olhos brasileiros se fecham saudosos.

Minha boca procura a "Cano do Exlio".

Como era mesmo a "Cano do Exlio"?

Eu to esquecido de minha terra...

Ai terra que tem palmeiras

onde canta o sabi!

(Carlos Drummond de Andrade, "Europa, Frana e Bahia", ALGUMA POESIA)

Neste excerto, a citao e a presena de trechos.............. constituem um caso de..............

Os espaos pontilhados da frase acima devero ser preenchidos, respectivamente, com o que est em:

a) do famoso poema de lvares de Azevedo / discurso indireto.

b) da conhecida cano de Noel Rosa / pardia.

c) do clebre poema de Gonalves Dias/ intertextualidade.

d) da clebre composio de Villa-Lobos/ ironia.

e) do famoso poema de Mrio de Andrade / metalinguagem.

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