PESQUISA

A Organização Empreendedora

A Organização EmpreendedoraA Organização Empreendedora

Introdução

21%

Recursos inadequados ou inexistentes

14%

Precária comunicaçãoda estratégia

12%

Falta de clareza na definição de medidas exigidas para execução

11%

Falta de clareza na responsabilidade

por execução

10%

Silos e cultura organizacional

impedem a execução

8%

Monitoramentoinadequado do desempenho

8%

Conseqüências ou prêmios inadequados para fracasso

ou sucesso

7%Fraca liderança sênior

5%Liderança

sem empenho

2%

Estratégia desaprovada

2%

Outros obstáculos

Em pesquisa publicada pela Harvard Business Review, as empresas se mostraram longe de obter bom desempenho financeiro a partir de suas estratégias. O que emerge dos resultados da pesquisa é uma seqüência de eventos mais ou menos assim: as estratégias são aprovadas, mas mal comunicadas. Isso, por sua vez, torna quase impossível a conversão da estratégia em iniciativas e planos específicos de alocação de recursos. Os níveis mais operativos da organização não sabem o que fazer, como fazer e quando fazer. Até porque o seu bônus anual está atrelado ao desempenho de curto prazo. Logo, os resultados previstos nunca se concretizam. E, como ninguém pode ser penalizado por desempenhos futuros e pela “defasagem estratégica”, o ciclo de mau desempenho se repete, às vezes por anos a fio, cercado de boas desculpas, justificativas e explicações.

A Pesquisa

A busca da competitividade está diretamente relacionada a encontrar uma vantagem competitiva sustentável. A questão central é que as organizações subestimam o potencial de seu pessoal e subutilizam seus talentos. A realização de resultados no presente e no futuro depende de uma equipe alinhada e de uma cultura organizacional que promova a iniciativa individual e o trabalho em equipe.

Esta primeira edição da pesquisa “A Organização Empreendedora”, desenvolvida pelo Núcleo de Empreendedorismo da Fundação Dom Cabral, em parceria com o PAEX, convidou os empresários a contar, eles próprios, como avaliam suas organizações considerando um modelo de cultura empreendedora. O resultado desse primeiro estudo expõe dados valiosos sobre as características de organizações de alto desempenho. Em sua segunda etapa, a pesquisa buscará um maior aprofundamento sobre Gestão Empreendedora, investigando os elementos de uma organização com E x c e l ê n c i a e m R e s u l t a d o s Sustentáveis: orientação e cultura organizacional empreendedoras e seus respectivos resultados. RESULTADOS

ORIENTAÇÃO EMPREENDEDORA

• InovaçãoPropensão a riscoProatividadeAutonomia Competitividade

••••

CULTURA ORGANIZACIONALEMPREENDEDORA

•••••

Capacidade de decisãoTolerância a errosRecompensas SuporteColaboração

ORIENTAÇÃO EMPREENDEDORA

CULTURA ORGANIZACIONALEMPREENDEDORA

1

A Organização Empreendedora2

Caracterização da Amostra

Um total de 146 empresas responderam aos questionários distribuídos durante o Encontro Anual do PAEX 2007. Nesse universo, 98% atenderam aos critérios estabelecidos para a participação, passando a compor a amostra total do estudo, representado expressivamente por empresas de controle familiar que atuam no setor de serviços.

83%

Familiar

11%

Cap. Pulv.

6%Sub.

0%Investidor Inst.

As empresas que compõem a amostra total da pesquisa estão distribuídas, quase que igualitariamente, entre os diversos portes financeiros, com uma leve predominância de empresas com 100 a 300 funcionários, caracterizando, de fato, uma amostra de médias empresas.

Seto

r da

Eco

nom

iaTi

po d

e C

ontr

ole

Port

e Fi

nanc

eiro

N. d

e Fu

ncio

nári

os23%

29%

R$5,00 a R$25,00

14%

Acima de R$150,00

10%R$5 milhões

R$25,00 a R$50,00

24%

R$50,00 a R$150,00

31%

Até 10018%

Acima de 100

19%

300 a 1000

32%

100 a 300

As empresas estão predominantemente na região Sudeste (51%). Outro dado relevante está relacionado ao tempo de atuação das empresas: 48% na faixa de 10 a 30 anos.

Regi

ões

Tem

po d

e A

tuaç

ão

39%

Indústria

59%

Serviço

1%Público

1%ONG / Fund

51%

Sudeste

10%

Nordeste

7%

Centro-Oeste

32%

Sul

21%

10 anos

31%

30 anos

48%

10 a 30 anos

Formalização Estratégica e Desempenho

O desempenho das empresas será aprofundado no segundo estudo da pesquisa, comparando setores e organizações com informações quantitativas. A avaliação das empresas participantes é de que 54% estão com desempenho na média do setor. Chama a atenção o fato de que ainda 24% das empresas adotam um planejamento informal, ou não adotam um Projeto Estratégico. Se cruzarmos as informações oferecidas, somente 3% da amostra total das empresas sem planejamento estratégico têm desempenho acima da média do setor.

Proj

eto

Estr

atég

ico

Des

empe

nho

no S

etor

A Organização Empreendedora 3

16%

Informal

8%

Não

76%

Sim

16%

Abaixo

30%

Acima

54%

Média

Avaliação Geral – Classificação das Empresas Pesquisadas

Situação indiferenciada

no mercado

Emergentes e com potencial

Destacados e de grande potencial

abaixo de 50%

Necessidades de melhoria

entre 50% e 70% acima de 80% acima de 90%Não foram detectados sinais de mentalidade empreendedora, e a

questão da inovação ainda é pouco trabalhada na

organização.

Sua organização apresenta sinais de clima favorável ao

empreendedorismo e à inovação, mas ainda pode avançar na direção de um

ambiente mais empreendedor.

Sua organização conta com um ambiente

empreendedor caracterizado pela

inovação, trabalho em equipe, proatividade e

busca da melhoria contínua dos processos.

O resultado demonstra pouca atenção em relação à inovação e ao ambiente

empreendedor. A organização poderia obter

maiores vantagens e resultados decorrentes da utilização dessas práticas.

Fato

res

Pesq

uisa

dos

1. Aceitação de riscos e fracassos2. Proatividade3. Criatividade, idéias e inovação4. Clima de colaboração5. Suporte financeiro a projetos novos6. Suporte a projetos experimentais7. Desenvolvimento de novos projetos e promoções8. Capacidade de inovação como elemento da performance 9. Liberdade de decisão por novos projetos10. Tempo de decisão11. Taxa de “novos produtos”12. Taxa de “produtos inexistentes no mercado

Considerando os 12 fatores ao lado na avaliação das 143

empresas participantes, somente 1% se destaca como um

ambiente empreendedor, sendo que a maioria significativa, 55%,

encontra-se numa situação indiferenciada.

Os Resultados e o Desafio...

O presidente tem um importante papel na criação de um contexto unificador na organização. Por sua visão e valores, ele(a) é capaz de impregnar de significados as interações, gerando uma espécie de “aroma” corporativo que orienta os relacionamentos e que produz impactos sobre a conduta e a atitude das pessoas.

É como alguém que entre em todos os escritórios, que caminhe pelos corredores, pelo depósito, que capte o aroma e se detenha para observar o comportamento das pessoas...

A Organização Empreendedora4

25%

Melhoria

1%

Destacada

19%

Potencial

55%

Indiferenciada Ele(a) inspira e mantém o comprometimento das pessoas com os objetivos compartilhados e, ao mesmo tempo, é sutilmente hábil em

evitar eventuais disputas de poder que naturalmente decorrem do incentivo à iniciativa e ao espírito empreendedor. Tais disputas podem

produzir mais conflitos que os gerados anteriormente, quando predominava a doutrina dos “feudos” e de seus senhores feudais...

Próximos Passos da Pesquisa

A primeira pesquisa realizada durante o Encontro Anual do PAEX terá uma seqüência para validação dos resultados. A avaliação individual que sua empresa recebeu representa o ponto de vista do respondente do primeiro questionário. Caso seja de seu interesse ampliar e qualificar melhor essa avaliação, entre em contato com Lucas Calais Ferreira (lucascalais@fdc.org.br), que discutirá o procedimento para sua participação na segunda fase da pesquisa.

Lembramos que a participação é gratuita e ajudará a sua organização a ser avaliada com maior precisão. Nessa segunda fase da pesquisa, o questionário será ampliado, para permitir um melhor diagnóstico das oportunidades de melhoria.

Equipe

Afonso Otávio CozziMestre em Administração, pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Brasil, 2004.Professor de Empreendedorismo da FDC.Autor de “A consultoria empresarial no Brasil e a experiência do Sebrae”, 1976, “Modernização empresarial na pequena e média empresa”, 1977, e “A Organização empreendedora: um estudo de caso no Grupo Gerdau”, 2004. Co-autor de “Innovation and entrepreneurship in Brazilian small and medium enterprise network”, 2003, e “Desenvolvendo a capacidade empreendedora de uma organização”, 2004.

Luis Augusto Lobão MendesMestre em Engenharia de Produção, pela Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil, 2002.Professor nas áreas de Estratégia Empresarial, Gestão de Processos, Gestão do Clima Organizacional, Remuneração Variável e Gestão da Performance da Fundação Dom Cabral. Palestrante internacional com mais de uma centena de projetos estratégicos realizados. Dezena de artigos publicados, colunista e conselheiro editorial da revista CRN. Áreas de interesse em pesquisa: Planejamento Estratégico, Modelos de Gestão e Análise de Performance Empresarial.

Valéria MariaEconomista, doutora em Políticas de Ciência, Tecnologia e Inovação, pela Universidade de Sussex (SPRU), Inglaterra, mestra em Sociologia, pela UFPE, e especialista em Teoria Econômica, pela UFMG. Pesquisadora do Núcleo de Empreendedorismo da FDC e especialista em Empreendedorismo Corporativo e Tecnológico, Sistemas de Inovação em Biotecnlogia, Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) e Economia da Cultura. Professora-pesquisadora do Mestrado Acadêmico em Administração da Faculdade Novos Horizontes.

Lucas Calais FerreiraGraduando em Administração, pela Faculdade de Ciências Econômicas/Universidade Federal de Minas Gerais. Bolsista na área de Empreendedorismo Corporativo.Co-autor de textos técnicos para o Núcleo de Empreendedorismo.

Publicações do Núcleo de Empreendedorismo da FDC– Empreendedorismo de Base Tecnológica. Afonso Otávio Cozzi, Valéria M. M. Júdice, Fernando Dolabela, Louis Jacques Filion– O empreendedorismo tecnológico, ambiente e cultura de negócios no Brasil. Valéria M. M. Júdice, Maria Celeste Reis Lobo de Vasconcelos – FDC e Jardim Canadá: uma experiência comunitária inovadora. Afonso Otávio Cozzi, João Carlos Firpe Penna– Preparing responsible entrepreneurs for today and for tomorrow. Carlos Alberto Arruda de Oliveira, Afonso Otávio Cozzi– Projeto spin-offs corporativos. Afonso Otávio Cozzi, Louis Jacques Filion, Fernando Dolabela, Cândido Borges, Edmilson de Oliveira Lima, Valéria M. M.

Júdice, Daniel M. Mendes, Luana de Albuquerque Dapiève– Perfil empreendedor dos gestores de empresas incubadas: um estudo de caso. Léo F. C. Bruno, Luciana Oliveira do Valle– Onde está o capital empreendedor. Afonso Cozzi– Desenvolvendo a capacidade empreendedora de uma organização. Afonso Otávio Cozzi, Carlos Arruda– Innovation and entrepreneurship in a Brazilian SME network. Linda Goulart, Afonso Otávio Cozzi, Carlos Arruda