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    UNIP INTERATIVA

    Projeto Integrado Multidisciplinar

    Cursos Superiores de Tecnologia

    Estudo sobre a adoo de computadores pedaggicos no Brasil

    OSASCO

    2012

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    UNIP INTERATIVA

    Projeto Integrado Multidisciplinar

    Cursos Superiores de Tecnologia

    Estudo sobre a adoo de computadores pedaggicos no Brasil

    Nome: Cssio Marcello Bordignon RA: 1200375

    Nome: Priscila Monzani Silva RA: 1205177

    Nome: Renato Vinicius Pereira RA: 1205546

    Curso: Gesto da Tecnologia da Informao

    2 Semestre

    OSASCO

    2012

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    RESUMO

    A pergunta que fazemos quando algum diz que devemos colocar

    um computador nas mos de um aluno do ensino fundamental em uma

    escola pblica brasileira deve ser muito parecida quando algum h

    muitos e muitos anos atrs ousou dizer que ao invs de usarmos

    penas para escrever, deveramos usar canetas esferogrficas.

    compreensvel que haja rejeio e at descrena quandopensamos em escolas informatizadas em nosso Pas, devido ao nosso

    complexo de Vira-latas que nos foi imposto ou sugerido por quem ou

    no acreditava no potencial de nosso povo ou no potencial de nossos

    governantes em fazer do Brasil um pas desenvolvido, mas

    inadmissvel que a 6 Maior Economia do Mundo, esteja extremamente

    atrasada no que tange a informatizao das escolas de nosso Pas, nos para os alunos de escolas particulares, mas tambm para os alunos

    das escolas pblicas.

    O Brasil com todos seus problemas ao contrrio do que muita

    gente pensa no est parado em relao informatizao das escolas

    pblicas, existem projetos srios implantados pelo Governo Federal,

    mas que precisam do apoio da Responsabilidade e Seriedade dosGovernos Estaduais e principalmente dos Governos Municipais para

    funcionarem de maneira adequada e, sero esses assuntos sero

    abordados em nosso trabalho.

    Propomos em nosso trabalho, traar uma linha do tempo entre o

    desenvolvimento da Tecnologia desde a Antiguidade at os dias de hoje

    para entendermos melhor como chegamos a esse ponto da Tecnologia

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    Atual e o porqu da necessidade da adoo de computadores

    pedaggicos no Brasil, sobretudo em escolas de ensino fundamental.

    Vale lembrar que essa forma que propomos em nosso trabalho tentaenglobar de forma abrangente as disciplinas de: Organizao de

    Computadores, Princpios de Sistemas de Informao e Comunicao

    Aplicada e tentaremos efetuar um projeto (PIM) altura da Perspectiva

    dos Elaboradores desse trabalho pertencentes ao Corpo Docente de

    Nossa Instituio.

    Palavras-Chave: tecnologia, adoo, computadores, Histria,

    escolas, ensino fundamental.

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    ABSTRACT

    The question we ask when someone says we should put a

    computer in the hands of a student's elementary school in a Brazilian

    public school should be much like when someone many, many years ago

    "dared" to say that instead of using "feathers" to write, we should use

    pens.

    It is understandable that there is "rejection" and even "disbelief"when we think of computerized schools in our country due to "our

    complex Mutts" that has been imposed or suggested or not by those who

    believed in the potential of our people or the potential our rulers to make

    Brazil a developed country, but it is unacceptable for the 6th Largest

    Economy of World, are extremely backward in regard to computerization

    of the schools of our country, not only for private school students, but

    also for students public schools.

    Brazil, with all their problems as opposed to what many people

    think is not stationary with respect to the computerization of public

    schools, there are serious projects implemented by the Federal

    Government, but they need the support of Responsibility and Integrity of

    the State Governments and especially those for Municipal Governmentswork properly, and these issues will be addressed in our work.

    We propose in our work, draw a timeline between the development

    of technology from antiquity to the present day to better understand how

    we got to this point the technology now and why the need to adopt

    teaching computers in Brazil, especially in schools elementary school.

    Remember that this form that we propose in our work attempts tocomprehensively cover the disciplines of: "Computer Organization,

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    Principles of Information Systems and Applied Communication" and try

    to make a project (PIM) up to the perspective of the drafters of this work

    belonging our faculty of the institution.

    Keywords: technology, use, computers, history, schools,

    elementary schools.

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    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1. Linha do tempo em relao s tecnologias da antiguidade ....................... 15Figura 2. baco, a primeira calculadora da histria .................................................. 20Figura 3. Rgua de Clculo ...................................................................................... 22Figura 4. Mquina de Pascal .................................................................................... 23Figura 5. Mquina de Diferenas .............................................................................. 25Figura 6. Engenho Analtico ...................................................................................... 25Figura 7. Mquina de Hollerith .................................................................................. 28Figura 8. Modelo do projeto Colossus ...................................................................... 29Figura 9. ENIAC ........................................................................................................ 31Figura 10. IBM 7030 ................................................................................................. 33Figura 11. Computador desenvolvido no incio da terceira gerao ......................... 34

    Figura 12. Altair 8800 Computer ............................................................................... 36Figura 13. Gerao Apple Macintosh ....................................................................... 37Figura 14. Processadores Intel ................................................................................. 39Figura 15. Celular Smartphone ................................................................................. 40Figura 16. rea de trabalho Edubar .......................................................................... 75Figura 17. rea de trabalho Edubar Buscar Contedos ........................................ 76Figura 18. rea de trabalho Edubar Instalar Contedos ........................................ 76Figura 19. rea de trabalho Edubar Domnio Pblico ............................................ 76Figura 20. rea de trabalho Edubar TV Escola ..................................................... 77Figura 21. rea de trabalho Edubar Portal do Professor ....................................... 77Figura 22. rea de trabalho Edubar Objetos Educacionais ................................... 77Figura 23. rea de trabalho Edubar Buscar Contedos ........................................ 82

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    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1. Inovao Tecnolgica a partir da Revoluo Industrial ............................. 19Tabela 2. Cronologia da Comunucao.................................................................... 57Tabela 3. Pesquisa de distribuio de computadores nas escolas pblicas ............ 61

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    LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

    ENIAC ELECTRICAL NUMERICAL INTEGRATOR AND

    CALCULATOR

    SI SISTEMAS DE INFORMAO

    SPT SISTEMAS DE PROCESSAMENTO DE TRANSAES

    SIG SISTEMAS DE INFORMAO GERENCIAL

    SAD SISTEMAS DE APOIO DECISO

    SIE SISTEMAS DE INFORMAO EXECUTIVA

    TIC TECNOLOGIAS DA INFORMAO E COMUNICAO

    SLT SOLID LOGIC TECHNOLOGY

    SSI SMALL-SCALE INTEGRATION

    MSI MEDIUM-SCALE INTEGRATION

    LSI LARGE-SCALE INTEGRATION

    VSLI INTELIGENCIA ARTIFICIAL COM ALTA VELOCIDADE

    SGBD SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE BANCO DE

    DADOS

    ProInfro Programa Nacional de Tecnologia Educacional

    NTE NCLEO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL

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    SUMRIO

    INTRODUO ............................................................................................ 14

    1. A TECNOLOGIA NA ANTIGUIDADE .................................................... 15

    1.1. O Progresso tecnolgico na Idade Mdia ............................................ 15

    1.2. A Revoluo Industrial ......................................................................... 18

    2. ORGANIZAO DE COMPUTADORES ................................................ 19

    2.1. Histria dos Computadores e da Computao .................................... 192.1.1.baco ................................................................................................. 20

    2.1.2. Rgua de Clculo.............................................................................. 21

    2.1.3. Mquina de Pascal............................................................................ 22

    2.1.4. O advento da programao funcional ............................................... 24

    2.1.5. A Mquina de Diferenas e o Engenho Analtico .............................. 24

    2.1.6. A Teoria de Boole ............................................................................. 26

    2.1.7. Mquina de Hollerith ......................................................................... 27

    2.1.8. Computadores Pr-modernos ........................................................... 28

    2.1.9. Computao moderna ....................................................................... 30

    2.1.10. Primeira Gerao (1946 1959) ..................................................... 30

    2.2. ENIAC .................................................................................................. 30

    2.2.1. Segunda Gerao (1959 1964) ...................................................... 32

    2.2.2. PDP-8 ............................................................................................... 29

    2.2.3. Terceira Gerao (1964 1970) ....................................................... 29

    2.2.4. Quarta Gerao (1970 atual) ......................................................... 30

    2.2.5. Altair 8800 ......................................................................................... 31

    2.2.6. Apple, Lisa, Macintosh ...................................................................... 32

    2.2.7. Microsoft e o processadores Intel ..................................................... 32

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    2.2.8. Multicores .......................................................................................... 34

    2.2.9. Computao de Bolso ....................................................................... 34

    3. PRINCPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAO ................................... 353.1. Sistemas de Informao ...................................................................... 35

    3.2. Atividades envolvidas ........................................................................... 43

    3.3. Evoluo histrica ................................................................................ 44

    3.4. Evoluo do Sistema de Informao.................................................... 44

    3.5. Vantagens de um Sistema de Informao ........................................... 47

    3.6. Sistemas de Informao nas empresas ............................................... 48

    4. TIPOS DE SISTEMAS DE INFORMAO ............................................. 41

    5. COMUNICAO APLICADA .................................................................. 43

    5.1. Histria da Comunicao Humana ...................................................... 43

    5.2. Componentes da Comunicao ........................................................... 45

    5.3. Cronologia da Comunicao ................................................................ 46

    5.4. A Fala ................................................................................................... 47

    5.5. A mensagem eternizada ...................................................................... 47

    5.6. Reproduo em srie ........................................................................... 47

    5.7. A mensagem sem fronteiras ................................................................ 48

    5.8. A iluso do mundo real ........................................................................ 48

    5.9. Tudo ao mesmo tempo agora .............................................................. 48

    6. TECNOLOGIA EDUCACIONAL .............................................................. 48

    7. ESTUDO SOBRE A ADOO DE COMPUTADORES PEDAGGICOS

    NO BRASIL ........................................................................................................... 49

    7.1. Capacitao dos professores ............................................................... 51

    7.2. Pesquisa .............................................................................................. 52

    7.3. Vantages de possuir um laboratrio de informtica na escola ............. 52

    7.4. A falta de um treinamento especfico ................................................... 53

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    7.5. Do Windows para o Linux, do dia para a noite ..................................... 53

    7.6. A violncia ............................................................................................ 53

    7.7. Como resolver essa situao ............................................................... 548. PROINFO ................................................................................................ 54

    8.1. Perguntas e respostas sobre o ProInfo segundo o MEC ..................... 54

    8.2. Configurao dos computadores do ProInfo ........................................ 59

    9. LINUX ..................................................................................................... 61

    9.1. Linux Educacional ................................................................................ 61

    9.1.1. Verso 4.0 ......................................................................................... 61

    9.1.2. Edubar .............................................................................................. 61

    9.1.3. Buscar Contedos............................................................................. 61

    9.1.4. Instalar Contedos ............................................................................ 61

    9.1.5. Domnio Pblico ................................................................................ 62

    9.1.6. TV Escola .......................................................................................... 62

    9.1.7. Portal do Professor ........................................................................... 62

    9.1.8. Objetos Educacionais ....................................................................... 63

    10. LINUX EDUCACIONAL 4.0 ................................................................... 63

    10.1. Caractersticas tcnicas ..................................................................... 63

    10.1.1. Ferramentas educacionais .............................................................. 63

    10.1.2. Programas educacionais ................................................................. 63

    10.1.3. Ferramentas de produtividade ........................................................ 64

    10.1.4. Outras configuraes ...................................................................... 64

    10.1.5. Grficos ........................................................................................... 64

    10.1.6. Internet ............................................................................................ 65

    10.1.7. Multimdia ........................................................................................ 65

    10.1.8. Utilitrios ......................................................................................... 65

    10.1.9. Sistema ........................................................................................... 66

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    CONCLUSO ............................................................................................. 68

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ............................................................ 69

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    INTRODUO

    Um breve passeio pela Histria da Tecnologia

    Para que possamos compreender de forma ampla os

    questionamentos que fazemos hoje, necessrio voltarmos muitos anos

    no tempo para observarmos os avanos da Tecnologia e isso nos

    ajudar a termos uma viso histrica e abrangente sobre as disciplinas

    Organizao de Computadores, Princpios de Sistemas de Informaoe Comunicao Aplicada at comearmos a falar sobre A adoo de

    computadores pedaggicos no Brasil.

    Na etimologia da palavra Tecnologia que derivada do grego

    tkhne - tcnica, arte, ofcio e - estudo, sabe-se que um

    termo que envolve o conhecimento tcnico e cientfico e as ferramentas,

    processos e materiais criados e/ou utilizados a partir de tal

    conhecimento.

    Desde a descoberta do uso do fogo, provavelmente pelo Homo

    Erectus h 800.000 anos, a Tecnologia vem se desenvolvendo num

    ritmo cada vez mais frentico.

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    1. A TECNOLOGIA NA ANTIGUIDADE

    Figura 1. Linha do tempo em relao s tecnologias da antiguidade

    1.1. O progresso tecnolgico na Idade Mdia

    Neste estudo demonstra-se o enorme avano tecnolgico da mais

    caluniada das pocas histricas, a Idade Mdia.

    Diversos historiadores mostram grande m vontade para com o

    perodo medieval. Trata-se de uma viso certamente preconceituosa,causada pelo dio influncia exercida naquela poca pela Igreja

    Catlica tradicional, de cujo esprito estava impregnada, em maior ou

    menor grau, em todas as instituies.

    Todavia, a Idade Mdia foi poca de muitos inventos, grandes e

    pequenos, por exemplo, no setor de transportes, houve o

    desenvolvimento dos mastros, a juno da vela latina e da velaquadrada, a multiplicao dos remadores nas galeras, o reforo do

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    casco por meio de um esporo robusto, gerando melhores condies

    de navegabilidade. No sculo XIII, foi alcanado um progresso ainda

    maior com a substituio do pesado remo, localizado na popa do navio,pelo leme de cadaste, permitindo uma direo mais fcil e segura de

    embarcaes muito maiores. Momento quando aparecem as primeiras

    cartas, invenes que, associadas ao astrolbio, permitiram a

    navegao em alto-mar, baseadas no auxlio das bssolas. Em

    1434, surge a caravela em Valena. Nos Pases Baixos, apareceu a

    eclusa, constituda por uma cmara com portas em cada

    extremidade, que possibilitava a passagem da embarcao de um nvel

    de gua para outro. No sculo XI, os europeus comearam a usar

    ferraduras nos animais, isto lhes aumenta a vida til e, com a utilizao

    da carreta de quatro rodas, possibilita um distanciamento maior entre a

    aldeia e os campos. As invenes tidas nesta poca para melhor

    aproveitamento da fora animal, tanto no setor agrcola, comercial,

    quanto no setor militar, tiveram grande repercusso e continuam sendo

    utilizadas at os dias de hoje.

    () o jogo dianteiro mvel data do sculo XIV e permitir a trao das peas

    de artilharia recm-inventadas.

    Apud Beujouan, 1959

    A adoo generalizada da coelheira possibilitou o atrelamento aos arados de

    cavalos em lugar de bois, uma mudana que ocorreu por volta de 1200. Os bois

    tambm passaram a ser utilizados com maior eficincia atravs da inveno da

    canga frontal, pois esta lhes deu mais fora de trao que a anterior, presa nos

    chifres.

    Apud Hodgett, 1975

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    Surge um pequeno objeto, na aparncia evidente, mas totalmente

    desconhecido na Antiguidade: o estribo, graas ao qual o cavaleiro podia empunhar

    a sua arma com muito mais fora e confiana.

    Apud Trevor-Roper, 1966

    A pavimentao das estradas, mais fcil e mais

    econmica, substitui com vantagem o lajeamento das vias

    romanas. Tornando vias intransponveis em vias de trnsito. Surge

    neste perodo a primeira ponte pnsil de que se tem

    conhecimento, datada provavelmente do incio do sculo XIII e o tnelde estrada mais antigo, o do Monte Viso, com cerca de cem metros,

    construdo entre 1478 e 1480, com a finalidade de facilitar o transporte

    do sal da Provena.

    A partir do sculo X, os cursos dgua so regulados, cortados por

    desvios, barragens e quedas destinadas a movimentar moinhos de

    cereais e lagares. Foi usada em toda a parte, para bombear gua, serrar

    madeira, pulverizar o pigmento das tintas e o malte da cerveja, acionar

    mquinas, triturar minrios, forjar ferro. Com ela, a escavao das

    minas ultrapassou em muito os 800 metros de profundidade.

    Aprimoraram-se as engrenagens e outros dispositivos mecnicos.

    Surge o fole com placas e vlvulas. O bronze, uma liga de cobre e

    estanho, com um ponto de fuso mais baixo que o ferro, era fundido

    desde os comeos do sculo XII e utilizado na fabricao de sinos e

    esttuas.

    A partir do sculo XII, explorou-se outra fonte de energia: o vento.

    Os moinhos de vento so mencionados em Arles pela primeira vez entre

    1162 e 1180.

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    Na indstria domstica, a roca substitui o fuso para enrolar a

    estriga. E a partir de 1280, a roda de fiar - provavelmente uma das

    grandes invenes da indstria txtil - compete com a roca e o fuso, osquais possibilitaram s mulheres trabalhar enquanto supervisionavam

    outras atividades.

    Depois da manivela descoberta de importncia fundamental

    ocorreu a inveno alem da biela, pea rgida com duas articulaes

    para transformar o movimento rotativo em alternativo. Comearam a

    utilizarem-se ferramentas, como a plaina, e passou-se a usar o carvocomo combustvel. Outras vrias invenes, como a cola e o papel,

    tiveram seu conhecimento compartilhado pela China Europa. A tinta

    romana para escrever, feita do negro da fumaa com goma e gua, no

    tinha fixadores, era uma tinta moda, ao passo que a utilizada na Idade

    Mdia se fazia por infuso, com goma, pedra-ume e resina de carvalho.

    Nota-se assim que a Idade Mdia foi de extrema importncia em

    avanos tcnicos.

    1.2. A Revoluo Industrial - Principais avanos tecnolgicos

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    Tabela 1. Inovao Tecnolgica a partir da Revoluo Industrial

    2. ORGANIZAO DE COMPUTADORES

    2.1. A Histria dos computadores e da computao

    Hoje em dia, os computadores esto presentes em nossa vida de

    uma forma nunca vista anteriormente. Sejam em casa, na escola, na

    faculdade, na empresa, ou em qualquer outro lugar, eles esto sempre

    entre ns. Ao contrrio do que parece, a computao no surgiu nos

    ltimos anos ou dcadas, mas sim h mais de sete mil anos atrs.

    Por este motivo, desenvolvemos este projeto, que detalha a

    histria e a evoluo da computao e dos computadores em geral,

    desde a antiguidade at os dias de hoje. Desta maneira,

    disponibilizamos o conhecimento das principais formas de computao

    utilizadas pela humanidade. O texto est dividido em quatro partes e

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    tratar sobre temas diversos como baco, mquina de pascal, lgica de

    Boole, computadores Mainframes, Steve Jobs, Bill Gates, entre outros.

    2.1.1. baco

    Para dar incio, falaremos sobre uma forma de calcular muito

    simples, mas que tambm foi muito til nas culturas antigas: o baco.

    Figura 2. baco, a primeira calculadora da histria

    Muitos povos da antiguidade utilizavam o baco para a realizaode clculos do dia-a-dia, principalmente nas reas de comercio de

    mercadorias e desenvolvimento de construes civis. Ele pode ser

    considerado como a primeira mquina desenvolvida para clculo, pois

    utilizava um sistema bastante simples, mas tambm muito eficiente na

    resoluo de problemas matemticos. Formado basicamente por um

    conjunto de varetas de forma paralela, que contm pequenas bolas que

    realizam a contagem.

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    Seu primeiro registro datado no ano de 5.500 a.C., pelos povos

    que constituam a Mesopotmia. Contudo, o baco tambm foi usado

    posteriormente por muitas outras culturas. Cada etnia possui umaverso de especfica desta mquina, entretanto, preservando a sua

    essncia original. Seu nome na Roma antiga era Calculus, termo de

    onde a palavra clculo foi derivada.

    O fato de este instrumento ter sido difundido entre diversas

    culturas se deve principalmente a dois fatores: o contato entre povos

    distintos o primeiro deles, o que fez com que o baco fosse copiado de

    um lugar para vrios outros no mundo. Por outro lado, a necessidade da

    representao matemtica fez com os sistemas de contagens utilizados

    no cotidiano fossem implantados de forma mais prtica.

    Sobre as operaes matemticas, ele bastante til para a soma

    e subtrao. J a multiplicao e diviso, o baco comum no muito

    recomendado, somente algumas verses mais complexas que padro.

    2.1.2. Rgua de Clculo

    Durante vrios sculos, o baco foi sendo desenvolvido e

    aperfeioado, sendo a principal ferramenta de clculo por muito tempo.

    Entretanto, os principais intelectuais da poca do renascimento

    necessitavam descobrir maneiras mais eficientes de efetuar clculos.

    Logo, em 1638, depois de Cristo, um padre ingls chamado William

    Oughtred, criou uma tabela muito interessante para a realizao de

    multiplicaes muito grandes. A base de sua inveno foram as

    pesquisas sobre logaritmos, realizadas pelo escocs John Napier.

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    Figura 3. Rgua de Calculo

    At este momento, a multiplicao de nmeros muito grandes eramuito trabalhosa e demorada para ser realizada. Porm, Napier

    descobriu vrias propriedades matemticas interessantes e as deu o

    nome de logaritmos. Aps, disso, multiplicar valores se tornou uma

    tarefa mais simples.

    O mecanismo do William consistia em uma rgua que j possua

    uma boa quantidade de valores pr-calculados, organizados em forma

    que os resultados fossem acessados automaticamente. Uma espcie de

    ponteiro indicava o resultado do valor desejado.

    2.1.3. Mquina de Pascal

    Apesar da rgua de clculo de William Oughtred ser til, os valorespresentes nela ainda eram pr-definidos, o que no funcionaria para

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    calcular nmeros que no estivessem presentes na tbua. Pouco tempo

    depois, em 1642, o matemtico francs Bleise Pascal desenvolveu o

    que pode ser chamado da primeira calculadora mecnica da histria, amquina de Pascal.

    Figura 4. Mquina de Pascal

    Seu funcionamento era baseado no uso de rodas interligadas, que

    giravam na realizao dos clculos. A ideia inicial de Pascal era

    desenvolver uma mquina que realizasse as quatro operaes

    matemticas bsicas, o que no aconteceu na prtica, pois ela era

    capaz apenas de somar e subtrair. Por esse motivo, ela no foi muito

    bem acolhida na poca.

    Alguns anos aps a Mquina de Pascal, em 1672, o alemo

    Gottfried Leibnitz conseguiu o que pascal no tinha conseguido, criar

    uma calculadora que efetuava a soma e a diviso, alm da raiz

    quadrada.

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    2.1.4. O Advento da programao funcional

    Em todas as mquinas e mecanismos mostrados na parte 1, as

    operaes j estavam previamente programadas, no sendo possvel

    inserir novas funes. Contudo, no ano de 1801, o costureiro Joseph

    Marie Jacquard desenvolveu um sistema muito interessante nesta rea.

    A indstria de Jaquard atuava no ramo de desenhos em tecidos,

    tarefa que ocupava muito tempo de trabalho manual. Vendo este

    problema, Joseph construiu a primeira mquina realmente programvel,

    com o objetivo de recortar os tecidos de forma automtica.

    Tal mecanismo foi chamado como Tear Programvel, pois

    aceitava cartes perfurveis com entrada do sistema. Desta maneira,

    Jaquard perfurava o carto com o desenho desejado, e a mquina o

    reproduzia no tecido. A partir desse momento, muitos esquemas foraminfluenciados pelo Tear, incluindo o que vamos explicar logo abaixo.

    2.1.5. A Mquina de Diferenas e o Engenho Analtico

    No ano de 1822, um artigo cientfico que prometia revolucionar

    tudo o que existia at o exato momento, no ramo do clculo eletrnico

    foi publicado. O seu autor, Charles Babbage, afirmou que sua mquina

    era capaz de calcular funes de diversas naturezas (trigonometria,

    logaritmos), de forma muito simples. Este projeto possua o nome de

    Mquina de Diferenas.

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    Figura 5. Mquina de Diferenas

    Houve um grande boomna poca por causa disso, pois as ideias

    aplicadas no projeto estavam muito a frente do seu tempo. Por causa de

    limitaes tcnicas e financeiras, a Mquina de Diferenas s pde ser

    implantada muitos anos depois.

    Figura 6. Engenho Analtico

    Aps um perodo, no ano de 1837, Babbage lanou uma nova

    mquina, chamado de Engenho Analtico (Mquina Analtica). Ela

    aproveitava todos os conceitos do Tear Programvel, como o uso dos

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    cartes. Alm disso, instrues e comandos tambm poderiam ser

    informados pelos cartes, fazendo uso de registradores primitivos. A

    preciso chegava a 50 casas decimais.

    Novamente, ela no pde ser implantada naquela poca, pelo

    mesmo motivo de limitaes tcnicas e financeiras. Simplesmente a

    tecnologia existente no era avanada o suficiente para a execuo do

    projeto. Contudo, a contribuio terica de Babbage foi to grande, que

    muitas de suas ideias so usadas at hoje.

    2.1.6. A Teoria de Boole

    Se Babbage o av da computao do ponto de vista de

    arquitetura de hardware, o matemtico George Boole pode ser

    considerado o pai da lgica moderna. Boole desenvolveu, em 1847, um

    sistema lgico que reduzia a representao de valores atravs de doisalgarismos: 0 ou 1.

    Em sua teoria, o nmero 1 tem significados como: ativo, ligado,

    existente, verdadeiro. Por outro lado, o O representava o inverso: no

    ativo, desligado, no existente, falso. Para representar valores

    intermedirios, como mais ou menos ativos, possvel usar dois ou

    mais algarismos (bits) para a representao. Por exemplo:

    00 desligado

    01 carga baixa

    10 carga moderada

    11 carga alta

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    Todo o sistema lgico dos computadores atuais, inclusive o do

    qual voc est usando, usa a teoria de Boole de forma prtica.

    2.1.7. Mquina de Hollerith

    O conceito de cartes desenvolvidos na mquina de Tear

    Programvel tambm foi muito til para a realizao do censo de 1890,

    nos estados unidos. Nessa ocasio, Hermann Hollerith desenvolveu

    uma mquina que acelerava todo o processo de computao dos dados

    computados.

    Ao invs da clssica caneta para marcar X em sim e no para

    perguntas como sexo, idade, os agentes do censo perfuravam estas

    opes nos cartes. Uma vez os dados coletados, o processo de

    computao da informao demorou aproximadamente 1/3 do comum.

    Foi praticamente uma revoluo na maneira de se coletar dados.

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    Figura 7. Mquina de Hollerith

    Aproveitando todo o sucesso ocasionado por sua mquina,

    Hollerith fundou sua prpria empresa, a Tabulation Machine Company,

    no ano de 1896. Aps algumas fuses com outras empresas e anos no

    comando do empreendimento, Hoolerith veio a falecer. Quando um

    substituto assumiu o seu lugar, em 1916, o nome da empresa foi

    alterado para Internacional Business Machine, a mundialmente famosaIBM.

    2.1.8. Computadores Pr-modernos

    Na primeira metade do sculo XX, vrias computadores mecnicos

    foram desenvolvidos, sendo que com o passar do tempo, componentes

    eletrnicos foram sendo adicionados aos projetos. Em 1931, Vannevar

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    Bush implantou um computador com uma arquitetura binria

    propriamente dita, usando os bits 0 e 1. A base decimal exigia que a

    eletricidade assumisse 10 voltagens diferentes, o que era muito difcil deser controlado. Por isso, Bush fez uso da lgica de Boole, onde somente

    dois nveis de voltagem j eram suficientes.

    A segunda guerra mundial foi um grande incentivo no

    desenvolvimento de computadores, visto que as mquinas cada vez

    mais estavam se tornando mais teis em tarefas de desencriptao de

    mensagens inimigas e criao de novas armas mais inteligentes. Entre

    os projetos desenvolvidos neste perodo, o que mais se destacou foi o

    Mark I, no ano de 1944, criado pela Universidade de Harvard (EUA), e o

    Colossus, em 1946, criado por Allan Turing.

    Figura 8. Modelo do projeto Colossus

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    Sendo uma das figuras mais importantes da computao, Allan

    Turing focou sua pesquisa na descoberta de problemas formais e

    prticos que poderiam ser resolvidos atravs de computadores. Paraaqueles que apresentavam soluo, foi criada a famosa teoria da

    Mquina de Turing, que atravs de um nmero finito de operaes,

    resolvia problemas computacionais de diversas ordens diferentes. A

    mquina de Turing foi colocada em prtica atravs do Computador

    Colossus, citado acima.

    2.1.9. Computao moderna

    A computao moderna pode ser definida pelo uso de

    computadores digitais, que no utilizam componentes analgicos com

    base de seu funcionamento. Ela pode ser dividida em vrias geraes.

    2.2. Primeira Gerao (1946 - 1959)

    A primeira gerao de computadores modernos tinha com principal

    caracterstica o uso de vlvulas eletrnicas, possuindo dimenses

    enormes. Eles utilizavam quilmetros de fios, chegando a atingir

    temperaturas muito elevadas, o que frequentemente causava problemas

    de funcionamento. Normalmente, todos os programas eram escritos

    diretamente na linguagem de mquina. Existiram vrias mquinas

    dessa poca, UNIVAC e ENIAC, contudo, vamos focar no ENIAC, que

    foi a mais famosa de todas.

    2.2.1. ENIAC

    No ano de 1946 ocorreu uma revoluo no mundo da computao,como o lanamento do computador ENIAC (Electrical Numerical

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    Integrator and Calculator), desenvolvido pelos cientistas norte-

    americanos John Eckert e John Mauchly. Esta mquina era em torno de

    1000 vezes mais rpida que qualquer outra que existia na poca.

    Figura 9. ENIAC

    A principal inovao nesta mquina a computao digital,

    muito superior aos projetos mecnicos-analgicos desenvolvido

    at o exato momento. Com o ENIAC, a maioria das operaes era

    realizada sem a necessidade de movimentar peas de forma

    manual, mas sim somente pela entrada de dados no painel decontrole. Cada operao podia ser acessada atravs de

    configuraes padres de chaves e switches.

    As dimenses desta mquina so muito grandes, com

    aproximadamente 25 metros de comprimento por 5,50 m de altura.

    O seu peso total era de 30 toneladas. Esse valor representa algo

    como um andar inteiro de um prdio.

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    2.3. Segunda Gerao (1959 1964)

    Na segunda gerao de computadores os transistores substituramos tubos de vcuo. O transistor foi inventado em 1947, mas s ocorreu

    seu uso em computadores at no final dos anos 1950. O computador

    com transistor foi bem superior ao do tubo de vcuo, permitindo que os

    computadores se tornassem bem menores, mais rpidos, mais baratos e

    energeticamente mais eficiente e mais vivel do que a primeira gerao

    de seus antecessores. Embora o transistor, ainda tenha gerado uma

    grande quantidade de calor que poderia submeter o computador a ser

    danificado, este trouxe realmente uma grande melhoria sobre os

    computadores de tubo de vcuo. Esses computadores da segunda

    gerao ainda contavam com cartes perfurados para entrada e sada

    de impresses. A segunda gerao de computadores passou a entender

    o cdigo binrio que uma linguagem de mquina simblica, o que

    permitiu aos programadores especificar instrues em palavras. Este

    nvel de linguagem de programao de alto nvel, assim foi possvel

    criar as primeiras verses do COBOL e FORTRAN. Estes tambm foram

    os primeiros computadores que armazenavam as instrues em sua

    memria, que passou de um cilindro magntico com a tecnologia do

    ncleo magntico. Os primeiros computadores desta gerao foram

    desenvolvidos para a indstria de energia atmica. possvel dividir os

    computadores desta gerao em duas grandes categorias:

    supercomputadores e minicomputadores.

    Muitos Mainframes (modo como s mquinas dessa poca so

    chamadas) ainda esto em funcionamento em vrias empresas nos dias

    de hoje, como na prpria IBM.

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    Figura 10. IBM 7030

    2.3.1. IBM 7030 Strech

    O IBM 7030, tambm conhecido por Strech, foi o primeiro

    supercomputador lanado na segunda gerao, desenvolvido pela

    IBM. Seu tamanho era bem reduzido comparado com mquinas

    como o ENIAC, podendo ocupar somente uma sala comum. Ele

    era utilizado por grandes companhias, custando em torno de 13

    milhes de dlares na poca.

    Esta mquina executava clculos na casa dos

    microssegundos, o que permitia at um milho de operaes porsegundo. Desta maneira, um novo patamar de velocidade foi

    atingido. Comparado com os da primeira gerao, os

    supercomputadores, como o IBM 7030, eram mais confiveis.

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    2.3.2. PDP-8

    PDP-8 foi um dos minicomputadores mais conhecidos da segundagerao. Basicamente, foi uma verso mais bsica do supercomputador,

    sendo mais atrativo do ponto de vista financeiro (centenas de milhes de

    dlares). Eram menores do que os supercomputadores, mas mesmo

    assim ainda ocupavam um bom espao no cmodo.

    2.4. Terceira gerao (1964 1970)

    Figura 11. Computador desenvolvido no incio da terceira gerao

    Os computadores desta gerao foram conhecidos pelo uso de

    circuitos integrados, ou seja, permitiram que uma mesma placa

    armazenasse vrios circuitos que se comunicavam com hardwares

    distintos ao mesmo tempo. Desta maneira, as mquinas se tornaram

    mais velozes, com um nmero maior de funcionalidades. O preo

    tambm diminuiu consideravelmente.

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    Um dos principais exemplos da Terceira gerao o IBM 360/91,

    lanado em 1967, sendo um grande sucesso em vendas na poca. Esta

    mquina j trabalhava com dispositivos de entrada e sada modernospara a poca, como discos e fitas de armazenamento, alm da

    possibilidade de imprimir todos os resultados em papel.

    O IBM 360/91 foi um dos primeiros a permitir programao da CPU

    por microcdigo, ou seja, as operaes usadas por um processador

    qualquer poderiam ser gravadas atravs de softwares, sem a

    necessidade do projetar todo o circuito de forma manual.

    No final deste perodo, houve uma preocupao com a falta de

    qualidade nos desenvolvimento de softwares, visto que grande parte das

    empresas estava s focada no hardware.

    2.4.1. Altair 8800O Altair 8800, lanado em 1975, revolucionou tudo o que era

    conhecido como computador at aquela poca. Com um tamanho que

    cabia facilmente em uma mesa e um formato retangular, tambm era

    muito mais rpido que os computadores anteriores. O projeto usava o

    processador 8080 da Intel, fato que propiciou todo esse desempenho.

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    Figura 12. Altair 8800 Computer

    Com todo o boom do Altair, um jovem programador chamado

    Bill Gates se interessou pela mquina, criando a sua linguagem de

    programao Altair Basic. O Altair funcionava atravs de cartesde entradas e sada, sem uma interface grfica propriamente dita.

    2.5. Quarta gerao (1970 at hoje)

    O microprocessador trouxe a quarta gerao de computadores,

    como os milhares de circuitos integrados foram construdos em umnico chip de silcio. O que na primeira gerao preenchia uma sala

    inteira agora podia caber na palma da mo. O chip Intel 4004,

    desenvolvido em 1971, podia juntar todos os componentes do

    computador em uma unidade central de processamento e memria de

    entrada e sada, em um nico chip. Em 1981, a IBM introduziu o seu

    primeiro computador para o usurio domstico, e em 1984 a Apple

    introduziu o Macintosh. Os microprocessadores tambm saram do reino

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    dos computadores de mesa e em muitas reas da vida, e a cada dia

    mais produtos comearam a usar os microprocessadores. Como estes

    pequenos computadores se tornaram mais poderosos, tudo foi seunindo e formando diversas redes, o que acabou levando ao

    desenvolvimento da Internet. Os computadores da quarta gerao

    tambm serviram para o desenvolvimento de interfaces grficas, para o

    mouse e criao dos dispositivos portteis.

    2.5.1. Apple, Lisa e Macintosh

    Figura 13. Gerao Apple Macintosh

    Vendo o sucesso do Altair, Steve Jobs (fundador da Apple)

    sentiu que ainda faltava algo no projeto: apesar de suas

    funcionalidades, este computador no era fcil de ser utilizado por

    pessoas comuns.

    Steve sempre foi conhecido por ter um lado artstico

    apurado, portanto, em sua opinio, um computador deveria

    representar de maneira grfica o seu funcionamento, ao contrrio

    de luzes que acendiam e apagavam. Por isso, o Apple I, lanadoem 1976, pode ser considerado como o primeiro computador

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    pessoal, pois acompanhava um pequeno monitor grfico que exibia o

    que estava acontecendo no PC. Como o sucesso da mquina foi muito

    grande, em 1979 foi lanado o Apple II, que seguia a mesma ideia.Seguindo na mesma linha, com os computadores Lisa (1983) e

    Macintosh (1984), foram os primeiros a usarem o Mouse e possurem a

    interface grfica como ns conhecemos hoje em dia, com pastas, menus

    e rea de trabalho. No um preciso dizer que esses PC tiveram um

    sucesso estrondoso, vendendo um nmero enorme de mquinas.

    2.5.2. Microsoft e os processadores Intel

    Paralelamente a Apple, Bill Gates fundou a Microsoft, que tambm

    desenvolvia computadores principiais. No comeo de sua existncia, no

    final dos anos 70 e at meados dos anos 80, Gates usou as ideias

    contidas nas outras mquinas para construir a suas prprias. Utilizando

    processadores 8086 da Intel, o primeiro sistema operacional da

    Microsoft, MS-DOS, estava muito aqum dos desenvolvidos por Steve

    Jobs. Por esse motivo, Bill Gates acabou criando uma parceria com

    Jobs, e aps algum tempo, copiou toda a tecnologia grfica do

    Macintosh para o seu novo sistema operacional, o Windows.

    Desta forma, em meados dos anos 80, O Macintosh e o Windows

    se tornaram fortes concorrentes. Com a demisso de Steve Jobs da

    Apple, a empresa acabou muito enfraquecida. Assim, a Microsoft

    acabou se tornando a lder do mercado de computadores pessoais.

    Desta aquela poca, vrios processadores da Intel foram lanados,

    acompanhados de vrias verses de Windows. Entre os modelos da

    Intel, podemos citar: 8086, 286, 386, 486, Pentium, Pentium 2, Pentium

    3, Pentium 4, Core 2 Duo, i7. A AMD entrou no ramo de processadores

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    em 1993, com o K5, lanando posteriormente k6, k7, Athlon,

    Duron, Sempron, entre outros.

    Figura 14. Processadores Intel

    Todos os computadores pessoais novos que so lanadosatualmente so bastante derivados das ideias criadas pela Apple e pela

    Microsoft.

    2.6. Quinta gerao (atualmente)

    A Quinta gerao de dispositivos de computao, com base em

    inteligncia artificial, ainda esta em desenvolvimento, apesar de

    existirem algumas aplicaes, tais como reconhecimento de voz, que

    esto sendo usados atualmente. Os usos de processamento paralelo e

    de supercondutores esto ajudando a fazer da inteligncia artificial uma

    realidade. A computao quntica e molecular e a nanotecnologia iro

    mudar radicalmente a face dos computadores nos prximos anos. O

    objetivo da computao da quinta gerao desenvolver dispositivos

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    que respondem a linguagem natural de entrada e so capazes de

    aprender e a se auto-organizar.

    2.6.1. Multicores

    Uma das principais tendncias dos ltimos anos do mercado de

    desktops o chamado multicores, que consiste em vrios

    processadores trabalhando paralelamente. Assim, as tarefas podem ser

    divididas e executadas de maneira mais eficiente. No incio da dcada

    de 2000, os transstores usados no processador j estavam muito

    pequenos, causando um aquecimento maior que o normal. Desta

    maneira, foi necessrio dividir a CPU em vrios ncleos.

    2.6.2. Computao de Bolso

    Figura 15. Celular Smartphone

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    Finalizando essa parte do trabalho, vamos falar sobre a

    computao de bolso, que est cada vez mais presentes nas nossas

    vidas. De alguns anos para c, cada vez mais computadores mveis solanados no mercado, os quais podem ser carregados dentro do bolso,

    por isso o seu nome.

    Entre estes dispositivos, podemos citar primeiramente os

    celulares, que cada vez mais executam funes existentes nos

    computadores, possuindo sistemas operacionais completos. Alm deles,

    Palmtops, pen drives, mp3-9, cmeras fotogrficas, TVs portteis.

    Na verdade, a principal tendncia do futuro, que j est ocorrendo

    agora, a unio de muitas funcionalidades em um mesmo aparelho.

    Por isso, aps alguns anos, vai ser muito comum que as pessoas

    tenham somente um nico dispositivo porttil, que ir executar todas as

    tarefas desejadas. O Iphone, da Apple, o aparelho porttil que se maisaproxima deste dispositivo nico.

    3. PRINCPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAO

    3.1. Sistemas de Informao

    Sistema de Informao a expresso utilizada para descrever um

    Sistema seja ele automatizado (que pode ser denominado como

    Sistema de Informao Computadorizado), ou manual, que abrange

    pessoas, mquinas, e/ou mtodos organizados para coletar, processar,

    transmitir e disseminar dados que representam informao para o

    usurio e/ou cliente.

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    Todo Sistema que manipula dados e gera informao, usando ou

    no recursos de tecnologia da informao, pode ser genericamente

    considerado como um sistema de informao. Por exemplo, o sistemade informao organizacional pode ser conceituado como a organizao

    e seus vrios subsistemas internos, contemplando ainda o meio

    ambiente externo.

    Para Laudon e Laudon, um sistema de informao pode ser

    definido como um conjunto de componentes interrelacionados

    trabalhando juntos para coletar, recuperar, processar, armazenar edistribuir informaes com a finalidade de facilitar o planejamento, o

    controle, a coordenao, a anlise e o processo decisrio em

    organizaes.

    Alm disso, o termo tambm utilizado para descrever a rea de

    conhecimento encarregada do estudo de Informtica, Tecnologia da

    Informao e suas relaes com as organizaes. Neste contexto, esta

    disciplina comumente classificada como uma cincia exata e da terra.

    Um terceiro uso para a expresso Sistemas de Informao refere-

    se a um curso de graduao cujo foco o desenvolvimento e aplicao

    de sistemas de informao computadorizados nas organizaes. O

    contedo deste curso abrange aspectos tcnicos, gerenciais esociolgicos, abrangendo, em linhas gerais, os contedos relevantes

    estudados na rea de conhecimento Sistemas de Informao.

    As concepes mais modernas de Sistemas de Informao

    contemplam tambm os Sistemas de telecomunicaes e Sistemas para

    internet ou equipamentos relacionados, sistemas ou subsistemas

    interconectados que utilizam equipamentos na aquisio,

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    armazenamento, manipulao, gesto, movimento, no controle, na

    exposio, na troca, no intercmbio, na transmisso, ou na recepo da

    voz e/ou dos dados, e inclui o software e hardware utilizados. Emrelao a esta ltima definio, comum nos meios acadmicos a

    utilizao do termo Tecnologias da Informao e Comunicao (TIC).

    Um sistema de informao pode ser ento definido como todo

    sistema usado para prover informao (incluindo o seu processamento),

    qualquer que seja o uso feito dessa informao.

    Um sistema de informao possui vrios elementos

    interrelacionados que coletam (entrada), manipulam e armazenam

    (processo), disseminam (sada) os dados e informaes e fornecem um

    mecanismo de feedback.

    3.2. Atividades envolvidas

    "Combinao de recursos humanos e computacionais que

    interrelacionam a coleta, o armazenamento, a recuperao, a

    distribuio e o uso de dados com o objetivo de eficincia gerencial

    (planejamento, controle, comunicao e tomada de deciso) nas

    organizaes. Podem tambm ajudar os gerentes e os usurios a

    analisar problemas, criar novos produtos e servios e visualizar

    questes complexas". (MEC-98/SBC)

    O tipo de trabalho previsto para um Bacharel em Sistemas de

    Informao abrange a administrao do fluxo de informaes geradas e

    distribudas por redes de computadores dentro de uma organizao.

    Suas responsabilidades em uma empresa podem abranger o

    planejamento e organizao do processamento, armazenamento,recuperao e disponibilizao das informaes presentes nos sistemas

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    computacionais. Este trabalho tambm abrange funes relacionadas a

    suporte aos usurios e infraestrutura tecnolgica. abrangente em

    reas de Cincia da Computao (Software) e Engenharia daComputao (Hardware).

    No mbito do desenvolvimento de sistemas (software), o trabalho

    do Bacharel em Sistemas de Informao inclui gesto de projetos,

    levantamento de requisitos, anlise, especificao, projeto/desenho (no

    sentido de design) do sistema, programao, testes, homologao,

    implantao e acompanhamento dos sistemas solicitados pelos seususurios/clientes.

    3.3. Evoluo histrica

    O Sculo XX considerado aquele do advento da Era da

    Informao. A partir de ento, a informao comeou a fluir com

    velocidade maior que a dos corpos fsicos. Desde a inveno dotelgrafo eltrico em 1837, passando pelos meios de comunicao de

    massa, e at mais recentemente, o surgimento da grande rede de

    comunicao de dados que a Internet, o ser humano tem de conviver

    e lidar com um crescimento exponencial do volume de dados

    disponveis.

    O domnio da informao disponvel uma fonte de poder, uma

    vez que permite analisar fatores do passado, compreender o presente, e

    principalmente, antever o futuro. Os sistemas de informao surgiram

    antes mesmo da informtica.

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    3.4. Evoluo do Sistema de Informao

    Para caracterizar a evoluo do Sistem de Informao ao longodos tempos, utilizaremos os perodos e os pontos mais marcantes que

    ocorreram no mesmo.

    Antes de 1940, antes mesmo da popularizao dos computadores,

    os sistemas de informao nas organizaes se baseavam basicamente

    em tcnicas de arquivamento e recuperao de informaes de grandes

    arquivos. Geralmente existia a figura do "arquivador", que era a pessoa

    responsvel em organizar os dados, registr-los, catalog-los e

    recuper-los quando necessrio.

    Esse mtodo, apesar de simples, exigia um grande esforo para

    manter os dados atualizados bem como para recuper-los. As

    informaes em papis tambm no possibilitavam a facilidade de

    cruzamento e anlise dos dados. Por exemplo, o inventrio de estoquede uma empresa no era uma tarefa trivial nessa poca, pois a

    atualizao dos dados no era uma tarefa prtica e quase sempre

    envolvia muitas pessoas, aumentando a probabilidade de ocorrerem

    erros.

    No perodo entre 1940 e 1952, foi poca onde os computadores

    eram constitudos de vlvulas eletrnicas (so componentes grandes e

    caros), era uma tcnica lenta e pouco durvel. Nessa poca os

    computadores s tinham utilidade cientifica, para poder fazer clculos

    mais rpidos (algumas vezes a mais que nossa capacidade de calcular).

    A Mo de obra utilizada era muito grande para manter o computador

    funcionando, para fazer a manuteno de vlvulas e fios (quilmetros),

    que eram trocados e ligados todos manualmente. Essas mquinas

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    ocupavam reas grandes, como salas ou galpes. A programao era

    feita diretamente, na linguagem de mquina. A forma de colocar novos

    dados era por papel perfurado.

    Entre 1952 e 1964, tivemos um perodo destacado pela origem dos

    transistores e grande diminuio de cabos e fios, diminuio de tamanho

    das maquinas e aumento da capacidade de execuo de clculos em

    relao gerao anterior. O comeo da comercializao dos

    computadores foi marcado, eram vendidos para as grandes empresas.

    Foi utilizada a tcnica de integrao em que em uma pequena

    cpsula continha vrios transistores, chegavam a milhares em um

    espao menor que a unha. o comeo do microprocessador, a

    linguagem de programao que era feita por mnemnicos (comandos

    abreviados). A linguagem dominante era ASSEMBLY e nessa poca os

    clculos estavam na casa dos milionsimos de segundo. Surgiram

    formas de armazenamento cada vez maiores: as fitas e tambores

    magnticos (para uso de memria).

    J entre 1964 e 1971, nasce uma nova tcnica de Circuito

    Integrado, o SLT (Solid Logic Technology), que se trata de uma tcnica

    de microcircuitos. Com isso podendo fazer processos simultneos,

    dando um grande salto de processamentos. Ainda tendo novasevolues para tcnica de integrao SSI (integrao em pequena

    escala), MSI (integrao em mdia escala) as tcnicas de integrao

    evoluram de SSI (integrao em pequena escala), LSI (integrao em

    grande escala) e VLSI (integrao em muito grande escala). A

    linguagem utilizada na poca era linguagens orientadas (linguagem

    universal e assemelham-se cada vez mais com linguagem humana).Esses processos chegaram a ponto de se bilionsimos de segundos.

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    Entre a gerao de 1971 e 1981surgiram os microprocessadores,e com isso a reduo dos computadores (microcomputadores). E osurgimento de linguagens novas de alto-nvel e nasceu a transmisso de

    dados entre computadores atravs de rede.

    E do perodo de 1981 at os dias atuais, essa nova gerao em

    que estamos vivendo, surgiu com VLSI, Inteligncia artificial com

    altssima velocidade (com um ou mais ncleos por processadores,

    grande freqncia e transferncia de dados entre os componentes do

    computador), programas com alto grau de interatividade com o usurio,

    grande rede mundial (Internet) e que impulsionou mais ainda a

    informtica (grande marco), etc.3.5. Vantagens de um Sistema de Informao

    Em um Sistema, vrias partes trabalham juntas visando um

    objetivo em comum. Em um Sistema de Informao no diferente,

    porm o objetivo um fluxo mais confivel e menos burocrtico das

    informaes. Em um Sistema de Informao bem construdo, suas

    principais vantagens so: Otimizao do fluxo de informao permitindo

    mais agilidade e organizao; Reduo de custos operacionais e

    administrativos e ganho de produtividade; Mais integridade e veracidade

    da informao; Mais estabilidade; Mais segurana de acesso

    informao.

    Informaes de boa qualidade so essenciais para uma boa

    tomada de deciso.

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    Observaes: Um Sistema de Informao no precisa ter

    essencialmente computadores envolvidos, basta ter vrias partes

    trabalhando entre si para gerar informaes.

    Ele pode ser tanto manual quanto baseado em TI, ou uma mescla

    dos dois. Acontece que um Sistema de Informao grande dificilmente

    sobrevive atualmente sem estar informatizado, o que por si s no

    elimina o fator humano no processo. a interao dos componentes da

    TI com o componente humano que faz com que um Sistema de

    Informao tenha funcionalidade e utilidade para a organizao. (ATecnologia de sistema de informao utilizada de forma mais

    acessvel pelo o pblico, por consequncia da tecnologia se abranger

    rapidamente entre a sociedade, com isso a informo automatizada

    agrega grandes benefcios no mercado de trabalho).

    3.6. Sistemas de Informao nas empresas

    escala das organizaes, a informao um fator decisivo na

    gesto por ser um recurso importante e indispensvel tanto no contexto

    interno como no relacionamento com o exterior. Quanto mais vivel,

    oportuna e exaustiva for essa informao, mais coesa ser a empresa e

    maior ser o seu potencial de resposta s solicitaes da concorrncia.

    Alcanar este objectivo depende, em grande parte, do reconhecimentoda importncia da informao e do aproveitamento das oportunidades

    oferecidas pela tecnologia para orientarem os problemas enraizados da

    informao.

    A revoluo da Informao exige, assim, mudanas profundas no

    modo como vemos a sociedade na organizao e sua estrutura, o que

    se traduz num grande desafio: aproveitar as oportunidades, dominando

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    os riscos inerentes ou submeter-se aos riscos com todas as incertezas

    que acarretam.

    Na chamada Sociedade de Informao, esta possui um efeito

    multiplicador que dinamizar todos os sectores da economia,

    constituindo, por sua vez, a fora motora do desenvolvimento poltico,

    econmico, social, cultural e tecnolgico.

    O acesso informao e a capacidade de, a partir desta, extrair e

    aplicar conhecimentos so vitais para o aumento da capacidadeconcorrncia e o desenvolvimento das actividades comerciais num

    mercado sem fronteiras. As vantagens competitivas so agora obtidas

    atravs da utilizao de redes de comunicao e sistemas informticos

    que interrelacionam empresas, clientes e fornecedores.

    4. TIPOS DE SISTEMAS DE INFORMAO

    Para cada nvel organizacional existe um tipo especfico de

    sistema de informao. No nvel operacional temos os Sistemas de

    processamento de transaes (SPT). Tratando-se de nvel ttico, temos

    dois tipos de SI: Sistemas de informao gerencial (SIG) e Sistemas de

    apoio deciso (SAD). No topo dessa estrutura, temos o nvel

    estratgico que est amparado por Sistemas de informao executiva(SIE).

    Essa forma mais aceita de se dividir os sistemas de informao,

    de acordo com sua finalidade de uso e nvel organizacional o qual ir

    auxiliar.

    Um SPT um sistema que processa as transaes operacionais

    de uma organizao. Por transaes podemos entender como duaspartes que trocam informaes resultantes de alguma atividade. Em

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    uma empresa, transaes podem ser coisas como fechamento de um

    pedido, matricula de um aluno, emisso de nota fiscal, baixas em um

    estoque.Todas essas atividades geram dados que so coletados,

    processados, armazenados e distribudos pelos sistemas de informao.

    Os dados que entram num SPT so padronizados e descrevem as

    transaes efetuadas.

    O processamento desses dados segue algoritmos que permitem

    automatizar a maioria das transaes rotineiras de uma organizao,

    seguindo operaes (como decises estruturadas e clculos) que so

    repetidas a cada transao. Geram atualizaes nos dados, emisso de

    relatrios e envio dos dados a outros sistemas.

    O armazenamento dos dados gerados pelos sistemas de

    processamento de transaes se d na forma de banco de dados. Tais

    bancos de dados guardam um histrico com a srie de transaes

    ocorridas na organizao.

    O resultado gerado por um sistema de transao resulta em

    documentos que formalizam a efetivao da transao (faturas,

    duplicatas, oramentos, etc.), podendo tambm gerar relatrios acerca

    destas transaes, para fins de avaliao, conferncia ou auditoria. SPT

    podem tambm enviar remessas de dados para outros sistemas.

    O controle e feedbackdesses sistemas inclui o uso de ferramentas

    de desenvolvimento de software (linguagens de programao e

    sistemas de gerenciamento de banco de dados - SGBD) para fazer a

    consistncia dos dados entrados e gerados pelo sistema.

    Sistemas de informao gerencial sintetizam, registram e relatam a

    situao em que se encontram as operaes da organizao, dando aos

    gerentes subsdios para o controle da qualidade e da obteno dasmetas estipuladas.

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    Os dados que constituem a base deste sistema so coletados a

    partir dos SPT e resumem as operaes realizadas pela empresa,

    mostrando a realidade da empresa num perodo j transcorrido. Estesdados so processados de forma a permitir a comparao com outros

    dados de mesma categoria ou com metas preestabelecidas. Estes

    dados constituem bancos de dados que apresentam somente valores

    que determinados indicadores tiveram ao longo do tempo.

    Como resultado, so gerados relatrios e grficos que permitem

    monitorar, a partir de determinados indicadores, uma determinada rea.

    Esses relatrios podem ser programados previamente ou podem ser

    gerados por demanda (ad-hoc), que so emitidos mediante solicitao.

    O feedback desses sistemas permitem verificar se uma

    determinada rea vem alcanando as metas estipuladas ou se alguma

    situao incomum est ocorrendo.

    Os sistemas de apoio deciso ajudam os gerentes do nvel ttico

    e estratgico de uma organizao em decises semiestruturadas, ou

    seja, decises com um nvel maior de subjetividade quando comparado

    a um problema estruturado. Essas situaes que exigem tais decises

    rapidamente se modificam, podem no se repetir e dificilmente so

    planejadas ou previstas.

    Constituem a entrada desses sistemas dados referentes

    realidade interna e externa da organizao. Os dados sobre a realidade

    interna so tirados dos dois sistemas acima descritos, e os dados sobre

    a realidade externa demonstram a realidade do ambiente de atuao da

    organizao.

    O processamento desse sistema inclui modelos analticos, banco

    de dados especializados, processo de modelagem para apoio a tomadade deciso e insights do tomador de decises (so posicionamentos que

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    o tomador de decises pode inserir no sistema e que advm da

    interao do tomador de decises com o problema analisado). Atravs

    do sistema podem-se gerar cenrios e simulaes, permitindo umacomparao entre as possibilidades a serem escolhidas.

    Do sistema resultam relatrios e grficos que permitem comparar os

    resultados das diferentes simulaes realizadas.

    Os SAD so interativos, permitem aos usurios levantar

    suposies e incluir novos dados, realizar diferentes perguntas e refinar

    os rumos das aes a serem tomadas, constituindo assim o feedbackdo

    sistema.

    Por fim, temos os sistemas de informao executiva, que auxiliam

    os gerentes de nvel estratgico de uma organizao, que tm

    necessidade de informaes diferenciadas em relao aos demais

    nveis da empresa. Isso porque a deciso estratgica envolve decises

    no estruturadas, ou seja, aquelas onde no h um bom nvel de

    compreenso da situao ou no h concordncia a respeito do

    procedimento a ser adotado.

    Para entrada do sistema, os dados mostram a realidade interna e

    externa da empresa. A realidade interna mostrada pelos relatrios e

    dados dos demais sistemas de informao descritos at aqui, e os

    dados externos so obtidos a partir de fontes externas e dizem respeito

    a tendncias e previses polticas, econmicas e tecnolgicas.

    O processamento destes dados permitem ao executivo uma viso

    geral da situao ou, quando necessrio, uma viso detalhada de algum

    aspecto. Isto possvel utilizando-se ferramentas de incluso de dados

    sobre eventos externos, bem como a obteno de dados resumidos

    obtidos a partir dos demais sistemas de informao utilizados pela

    organizao. So gerados relatrios grficos a partir destas informaescondensadas dos demais sistemas (internos e externos).

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    Um SIE bastante interativo, permitindo ao usurio obter relatrios

    que indiquem situaes fora dos parmetros estipulado pelos planos da

    empresa. Alm disso, pela anlise de tendncias, permite que oexecutivo antecipe situaes que alterem o panorama de negcios em

    que a organizao atua. Esse, portanto, o mecanismo de feedbackde

    um sistema de informao executiva.

    5. COMUNICAO APLICADA

    5.1. Histria da Comunicao Humana

    Os homens das cavernas, com seu crebro rudimentar, devia se

    comunicar atravs de gestos, posturas, gritos e grunhidos, assim como

    os demais animais no dotados da capacidade de expresso mais

    refinada.

    Com certeza, em um determinado momento desse passado, esse

    homem aprendeu a relacionar objetos e seu uso e a criar utenslios para

    caa e proteo e pode ter passado isso aos demais, atravs de gestos

    e repetio do processo, criando assim, uma forma primitiva e simples

    de linguagem.

    Com o tempo, essa comunicao foi adquirindo formas mais clarase evoludas, facilitando a comunicao no s entre os povos de uma

    mesma tribo, como entre tribos diferentes. As primeiras comunicaes

    escritas (desenhos) de que se tm notcias so das inscries nas

    cavernas 8.000 anos a.C.

    O povo sumrio, considerada a uma das mais antigas civilizaes

    do mundo, j ocupava a regio da Mesopotmia quatro sculos antes

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    de Cristo. Essa civilizao foi a primeira a usar o sistema pictogrfico

    (escritas feitas nas cavernas, com tintas).

    Esse tipo de escrita era utilizada, tambm, pelos egpcios que, em

    3.100 a.C., criaram seus hiers glyphs ou escrita sagrada, como os

    gregos as chamavam.

    Esse tipo de escrita era, alm de pictrica, ideogrfica, ou seja,

    utilizava smbolos simples para representar tanto objetos materiais,

    como ideias abstratas. Utilizava o princpio do ideograma (sinal queexprime ideias) no estgio em que deixa de significar o objeto que

    representa, para indicar o fonograma referente ao nome desse objeto.

    Uma das mais significativas contribuies dos sumerianos

    est ligada ao desenvolvimento da chamada escrita cuneiforme. Nesse

    sistema, observamos a impresso dos caracteres sobre uma base de

    argila que era exposta ao sol e, logo depois, endurecida com suaexposio ao fogo. De fato, essa civilizao mesopotmica produziu

    uma extensa atividade literria que contou com a criao de poemas,

    cdigos de leis, fbulas, mitos e outras narrativas. a lngua escrita

    mais antiga das que se tm testemunhos grficos. As primeiras

    inscries procedem de 3.000 a.C..

    Um estgio moderno da comunicao humana foi descoberta da

    tipografia (arte de imprimir), pelo alemo Johann Gutemberg, em 1445.

    Essa inveno multiplicou e barateou os custos dos escritos da poca e

    abriu a era da comunicao social.

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    5.2. Componentes da Comunicao

    So componentes do processo de comunicao: o emissor da

    mensagem, o receptor, a mensagem em si, o canal de propagao, o

    meio de comunicao, a resposta (feedback) e o ambiente onde o

    processo comunicativo acontece.

    Com relao ao ambiente, o processo comunicacional sofre

    interferncias do rudo e a interpretao e compreenso da mensagem

    fica subordinada ao repertrio (crenas, modo de ser, comportamentos)do receptor.

    Em relao forma, a comunicao pode ser verbal, no verbal,

    gestual e mediada.

    Verbal Comunicao atravs da fala

    propriamente dita, formada por palavras e frases. Tem suasdificuldades (timidez, gagueira, etc.), mas ainda a melhor

    forma de comunicao.

    No verbal Comunicao que no feita por

    palavras faladas ou escritas. Usam-se muito os smbolos

    (sinais, placas, logotipos, cones) que so constitudos de

    formas, cores e tipografias, que combinados transmitem uma

    ideia ou mensagem.

    Linguagem corporal corresponde a todos os

    movimentos gestuais e de postura que fazem com que a

    comunicao seja mais efetiva. A gesticulao foi a primeira

    forma de comunicao. Com o aparecimento da palavra

    falada os gestos foram tornando-se secundrios, contudo

    eles constituem o complemento da expresso, devendo ser

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    coerentes com o contedo da mensagem. A expresso

    corporal fortemente ligada ao psicolgico, traos

    comportamentais so secundrios e auxiliares. Geralmente utilizada para auxiliar na comunicao verbal, porm, deve-

    se tomar cuidado, pois muitas vezes a boca diz uma coisa,

    mas o corpo fala outra completamente diferente.

    Comunicao mediada processo de

    comunicao em que est envolvido algum tipo de aparato

    tcnico que intermedia os locutores.

    Toda essa inovao nas formas de comunicao, fez com que a

    humanidade passasse a viver de uma forma totalmente nova, onde as

    fronteiras fsicas deixam de ser obstculos comunicao constante

    entre os povos. Formas que at alguns anos eram impensveis, passam

    a fazer parte do nosso dia a dia.

    Um universo novo se apresente e,se os horizontes se alargam,

    perde-se o controle da informao prxima e garantida. Chegamos

    exacerbao da informao (que diferente do conhecimento),

    atravs dos meios eletrnicos, dos quais a internet a campe. Nesse

    universo tecnolgico predomina a sapincia humana, suas qualidades,

    mas tambm, suas mazelas. Cabe s pessoas que se comunicam faz-

    lo de forma a utilizar as informaes como fonte de troca para aquisio

    do conhecimento e us-las com sabedoria.

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    5.3 Breve cronologia da Comunicao

    Tabela 2. Cronologia da Comunicao

    5.4. A fala

    A fala surge quando gestos, expresses faciais e o uga-uga da

    Pr-Histria no so mais suficientes.

    5.5. A mensagem eternizada

    A escrita libera o crebro da tarefa de memorizar. Com ela, o

    saber pode ser acumulado fora do corpo e possvel deixar registros

    que sero vistos mesmo depois da morte. A palavra escrita torna-se

    sagrada e os livros, pilares das religies.

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    5.6. Reproduo em srieA prensa, inventada por Gutenberg em 1452, permitiu a

    reproduo fiel e a difuso de uma mesma mensagem. Os

    acontecimentos circulam com rapidez. Notcias ganham alcance

    continental, de forma peridica. Instala-se a ideia da liberdade de

    imprensa: preciso dizer tudo.

    5.7. A mensagem sem fronteiras

    O ar um suporte mais dinmico e democrtico do que as folhas

    de papel. Com os veculos "de massa", possvel atingir uma multido

    de annimos. As ondas do rdio encurtam distncias. O telgrafo e o

    telefone possibilitam a comunicao instantnea - com a interao

    quase imediata de emissor e receptor - e, por isso, funcionam quase

    como extenses do corpo.

    5.8. A iluso do mundo realA comunicao audiovisual poupa-nos o esforo da imaginao.

    Da urgncia de captar o movimento de uma sociedade industrializada,

    surge a fotografia. Logo o cinema cria a iluso do movimento real. A TV

    traz o mundo para dentro da sala - e, com ele, as mensagens

    publicitrias. H uma nova maneira de perceber o planeta: o comeoda globalizao.

    5.9. Tudo ao mesmo tempo agoraO mundo virtual um imenso arquivo de dados sempre disponvel.

    No h fronteiras: tudo est ligado em rede planetria. E um minsculo

    aparelho capaz de nos dar acesso a todo esse universo. Os impactos

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    da internet mudam as relaes de trabalho, o aprendizado e a vida

    social. preciso rever alguns conceitos, como a liberdade de expresso.

    6. TECNOLOGIA EDUCACIONAL

    Desde o princpio da Educao Sistematizada, so utilizadas

    diversas tecnologias educacionais, de acordo com cada poca histrica.

    Ainda hoje se usa a tecnologia do giz e da lousa, que antigamente erem

    feitos de pedra ardsia; usa-se a tecnologia dos livros didticos e,

    atualmente, os diversos estados mundiais debruam-se sobre quais oscurrculos escolares mais adequados para o tipo de sociedade

    pretendida. No mundo ocidental, um dos grandes desafios adaptar a

    educao tecnologia moderna e aos meios de comunicao atuais,

    como a televiso, o rdio, os suportes informticos e outros que

    funcionam tambm como meios educativos, em um nvel informal.

    Nas dcadas de 1950 e 1960, a tecnologia educacionalapresentava-se como um meio gerador de aprendizagem. Na dcada de

    70, passou a fazer parte do ensino como processo tecnolgico. Em

    meados de 90, caracterizou-se pela busca de novos modos de trabalhar

    no campo educacional.

    A tecnologia educacional reflete sobre a aplicao de tcnicas

    para a soluo de problemas educativos. Ela procura controlar o sistema

    de ensino-aprendizagem como aspecto central e a garantia de

    qualidade, preocupando-se com as tcnicas e sua adequao s

    necessidades e realidade dos educandos.

    No incio do sculo XXI as tecnologias comeam a ser vistas e

    usadas numa outra perspectiva no processo educativo. Deixam de ser

    encaradas como meras ferramentas que tornam mais eficientes e

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    eficazes modelos de educao j sedimentados, passando a ser

    consideradas como elementos estruturantes de "novas" educaes (no

    plural), com o objetivo de expressar a diversidade das culturas e dosprocessos pedaggicos. Nesse sentido, a TV, o vdeo, o Rdio

    (comunicao), a Internet, o material impresso possibilitam articularem-

    se novas linguagens e novas racionalidades na escola. Mais e mais

    escolas e centros de educao esto usando ferramentas on-line e

    colaborativas para aprendizado e busca de informaes. As principais

    ferramentas usadas e conhecidas so agregao e distribuio de

    contedo (RSS, ATOM), Ambientes de aprendizagem como Weblogs

    (BLOGs), WebQuestse Wikise objetos educacionais.

    importante identificar as ferramentas que realmente podem ser

    utilizadas como instrumentos educacionais e avaliar sua aplicao de

    modo a promover a aprendizagem significativa, crtica e eficaz.

    Historicamente o uso das tecnologias na educao apoiou-se em

    trs eixos sociais: a comunicao, a psicologia da aprendizagem e a

    teoria sistmica.

    7. ESTUDO SOBRE A ADOO DE COMPUTADORES

    PEDAGGICOS NO BRASIL

    J faz alguns anos que o Governo Brasileiro (Ministrio daEducao) concluiu que as escolas pblicas brasileiras, sobretudo as do

    ensino fundamental deveriam ser informatizadas e que no podemos

    mais negligenciar o fato que vivemos na Era da Informtica e a

    ferramenta computador tornou-se indispensvel em qualquer nvel de

    atividade.

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    Existe, porm uma grande resistncia contra a implantao dos

    projetos de informatizao nas escolas pblicas brasileiras devido a

    vrios fatores que sero abordados a seguir.Segundo o estudo Pesquisa sobre o Uso das Tecnologias da

    Informao e da Comunicao nas Escolas Brasileiras, do Comit

    Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), divulgada em (2011):

    Apenas 4% das escolas pblicas tm computador em classe, diz a

    pesquisa.

    O Estudo mostra que 81% das escolas tm laboratrio de

    informtica.

    Embora 92% das escolas pblicas urbanas do Brasil tenham

    computador com acesso internet em seu estabelecimento, apenas 4%

    tm o equipamento instalado em sala de aula. A pesquisa mostrou ainda

    que apenas 18% dos professores de escolas pblicas urbanas do Brasil

    usam internet na sala de aula.

    Onde so instalados computadores nas escolas

    Sala do coordenador ou diretor8%

    Laboratrio de informtica1%

    Sala dos professores ou sala de reunio8%

    Biblioteca ou sala de estudos para os alunos8%

    Sala de aula %

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    Fonte: Cetic.br

    Tabela 3. Pesquisa de distribuio de computadores nas escolas pblicas atualmente

    Foram includas na pesquisa amostral 497 escolas pblicas

    municipais e estaduais urbanas do pas. Participaram do estudo 4.987

    alunos, 1.541 professores, 428 coordenadores e 497 diretores de

    escolas. O objetivo da pesquisa foi identificar o uso e a apropriao da

    internet banda larga nas escolas pblicas urbanas do pas. A

    investigao foi feita sobre o uso nos processos pedaggicos e

    administrativos da escola.

    O estudo mostrou que 92% das escolas tm internet. Destas, 87%

    tm internet banda larga. Em mdia, as escolas tm 23 computadores

    instalados, sendo 18 em funcionamento, e tm em mdia 800 alunos

    matriculados. Segundo a pesquisa, 81% das escolas tm laboratrio de

    informtica. Destas salas, 86% tm computadores conectados internet.

    O estudo mostra ainda que 52% das escolas tm uma pessoa que

    atua como monitora na sala de informtica. O profissional um

    viabilizador de uso de laboratrio, disse Juliano Cappi, coordenador de

    pesquisas do Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informao e

    da Comunicao (CETIC.br), do Ncleo de Informao e Coordenaodo Ponto BR do comit.

    Segundo a pesquisa, os professores declaram que a principal

    dificuldade o nmero insuficiente de computadores por aluno e

    conectados internet. A sala de aula ainda tem uma carncia grande

    de ter computador e internet, disse Alexandre Barbosa, gerente do

    CETIC.br.

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    Entre as atividades em sala de aula, 59% dos professores diz que

    no ensina os alunos a usar computador e internet. Daqueles que usam

    internet na sala de aula, 24% do aulas expositivas, 23% fazemexerccios para prtica e fixao de contedo e 23% do interpretao

    de textos.

    7.1. Capacitao dos professores

    Segundo o estudo, 64% dos professores acham que os alunos

    sabem mais sobre o uso de computador e internet do que eles. Oprofessor percebe que pode melhorar no uso da internet, para se sentir

    seguro na sala de aula. Talvez isso indique a relevncia dos programas

    de capacitao, disse Juliano.

    Dos professores, 48% fizeram um curso especfico para aprender

    a usar o computador e a internet. Outros 38% aprenderam sozinhos e

    27%, com outras pessoas. Entre os alunos, 40% aprenderam comoutras pessoas, 38%, sozinhos, e 25%, em curso.

    Contatos informais o principal tipo de apoio percebido pelo

    professor para o desenvolvimento dos conhecimentos para uso da

    informtica, segundo a pesquisa. Isso ocorre para 75% deles.

    Na pesquisa, 55% dos professores tm entre 31 e 45 anos. Amdia de tempo de experincia de 15 anos. Dos educadores, 96% tm

    ensino superior e 56% tm especializao. A renda de 42% deles de

    at R$ 1.530, sendo que 90% deles tm computador em casa e 81%

    tm internet em casa.

    Est em andamento tambm uma pesquisa qualitativa, com 12

    escolas. Esse estudo ser divulgado no final de quatro anos.

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    7.2. Pesquisa

    O Brasil tem 51,5 milhes de estudantes matriculados na

    educao bsica, segundo o Censo Escolar 2010. Destes, 43,9 milhes,

    85,4%, estudam em escolas pblicas. Das escolas pblicas, 64.879

    esto em reas urbanas.

    A margem de erro da pesquisa para o total Brasil de quatro

    pontos percentuais, com um intervalo de confiana de 95%.

    At que ponto a existncia de computadores nas escolas

    consegue ser aproveitada pelos estudantes?

    7.3. As vantagens de se ter um laboratrio de informtica na

    escola

    Hoje, muitas pessoas ainda no sabem digitar rapidamente,

    acessar sites na Internet, usar editores de texto (como o Word), montar

    planilhas no Excel e criar apresentaes no PowerPoint. Tais pessoas

    tm uma dificuldade enorme em se qualificar em uma entrevista de

    emprego que exija tais requisitos.

    Mudar essa situao (na teoria) simples, basta seguir a seguinte

    frmula: escolas com laboratrios de informtica abertas comunidade+ pessoas dispostas a ensinar gratuitamente o que sabem = qualificao

    solidrias de mo-de-obra.

    Alm disso, os laboratrios servem para que os alunos dessas

    escolas possam aprender as referidas habilidades desde cedo,

    chegando, dessa forma, ao mercado de trabalho com o mnimo daquilo

    exigido.

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    7.4. A falta de um treinamento especfico

    Porm, apesar de tudo isso parecer timo, deve-se ressaltar o

    seguinte: uma grande quantidade de professores (assim como alunos)

    ainda no sabe usar o computador de maneira satisfatria.

    Para Paulo Freire, educador brasileiro considerado um dos

    pensadores mais notveis da histria da pedagogia mundial, o uso da

    tecnologia no deveria ser realizado de qualquer modo ou sem a devida

    preparao, no entanto, isso justamente o que acontece hoje em dia.Para exemplificar isso, ser citado um caso ocorrido na dcada de 1990

    envolvendo o Governo do Estado do Paran.

    7.5. Do Windows para o Linux, do dia para a noite

    Naquela poca (por volta de 1996) o governo ainda usava o

    Windows em seus computadores, porm, a verso utilizada j era antigademais e precisava ser atualizada para que os servidores pblicos

    pudessem trabalhar melhor. Entretanto, aqueles eram tempos no muito

    propcios para que um gasto to grande fosse feito e, devido a isso,

    resolveu-se que o governo passaria a usar o Linux, sistema operacional

    gratuito, em seus computadores.

    Desde ento, todo novo funcionrio pblico admitido devecomprovar, mediante concurso pblico, que sabe usar o Linux. At a

    tudo bem, no entanto, todos aqueles que entraram antes de o Linux ser

    adotado foram obrigados a aprender a us-lo por conta prpria, pois no

    receberam treinamento algum do Estado.

    7.6. A violncia

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    Um fato interessante sobre laboratrios de informtica nas

    escolas que alguns diretores esto recusando-se a instal-los devido

    ao temor de que a escola passe a ser alvo de assaltos. Tal atitude levaem conta a segurana em detrimento do conhecimento e da incluso

    digital, mas com certeza uma escolha sbia.

    A violncia, de modo geral, gera um crculo vicioso, pois ela um

    fruto da falta de oportunidades e educao das camadas mais baixas da

    sociedade, assim como, acaba por impedir que a educao seja

    disseminada, que caso contrrio geraria oportunidades para aquelesprivados da educao. Ou seja, a mxima violncia gera violncia

    real.

    7.7. Como resolver essa situao?

    Muitas pessoas, alunos e professores que saibam usar

    computadores, poderiam se solidarizar com aquelas que ainda no osabem e ensin-las. Pois dessa forma, o problema da falta de

    treinamento poder ser resolvido sem a interveno do Estado. Esse

    exemplo j vem sendo seguido h alguns anos em vrias partes do

    Brasil, mas, com certeza, no o nico modo de ajudar.

    8. PROINFO

    O Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo) um

    programa educacional criado pela Portaria n 522/MEC, de 9 de abril de

    1997, para promover o uso pedaggico de Tecnologias de Informao e

    Comunicaes (TICs) na rede pblica de ensino fundamental e mdio.

    8.1 - Perguntas e respostas sobre o ProInfo Segundo o MEC

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    De acordo com as informaes obtidas pelo Ministrio da

    Educao sobre o ProInfo, temos alguns questionamentos listados

    abaixo que servem para esclarecer o entendimento da real funo desteprograma.

    P: Como posso participar do ProInfo?R: Para fazer parte do ProInfo Urbano e/ou Rural, o municpio ou o

    estado deve seguir trs passos: a Adeso, o Cadastro e a Seleo das

    escolas.

    A adeso o compromisso do municpio com as diretrizes do

    programa, imprescindvel para o recebimento dos laboratrios. Para isso

    deve-se fazer o download do termo de adeso, assinar e enviar ao MEC

    com a documentao exigida.

    Aps esta etapa deve ser feito o cadastro do prefeito em nossosistema, onde ser solicitado um usurio e senha, criado pelo

    responsvel pelos dados, que permite que o prximo passo, a seleo

    de escolas, seja efetuado.

    A seleo das escolas ProInfo feita em nosso sistema, onde j

    existem escolas pr-selecionadas de acordo com os critrios adotados

    nestas distribuies.