Planificacao de Actividades Pedagogicas e Gestao Do Tempo

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PLANIFICAÇÃO DE ACTIVIDADES PEDAGÓGICAS E GESTÃO DO TEMPO

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PLANIFICAÇÃO DE ACTIVIDADES PEDAGÓGICAS E GESTÃO DO TEMPO

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OBJECTIVOS ENUNCIAR OS PRINCÍPIOS RELATIVOS À GESTÃO EFICAZ DO TEMPO,

TENDO EM VISTA A PLANIFICAÇÃO DAS ACTIVIDADES

IDENTIFICAR E SELECCIONAR FORMAS DE REGISTO: OSERVAÇÃO E PLANIFICAÇÃO DA ACÇÃO

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CONTEÚDOS Registo e planificação de actividades

Utilização eficaz do tempo

Observação e planificação da acção

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REGISTO E PLANIFICAÇÃO DE ACTIVIDADES Importância do registo Grelhas de observação e registo

Do registo à planificação

Da planificação à acção

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IMPORTÂNCIA DO REGISTOObservar e escutar para registar

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OBSERVAR PARA REGISTAR Observar e escutar a criança é uma

poderosa competência prática do dia-a-dia e um importante indicador da qualidade profissional em contexto creche.

«Observação próxima da criança em actividades de escolha livre é um modo de a escutar e captar a sua experiência de uma forma cuidada e respeitosa» (Elfer, 2005; Tudge e Hogan, 2005; Nutbrown, 1996 citados por Papatheodorou, Luff e Gill, 2011, p. 23).

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Realizar observações significativas e escutar as crianças torna possível aos adultos conhecerem e aprenderem mais sobre cada criança e assegurar que estão bem colocados para planear, para estimular e responder aos interesses e necessidades individuais da criança e da sua família. Para além disso, observar e documentar permite aos educadores e outros profissionais construir relações com as crianças e famílias.

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A observação cuidada das crianças permite revelar a singularidade de cada criança, ajuda a conhecer o temperamento, pontos fortes, as características, a forma como se relaciona com os outros, entre outros.

Deste modo, os educadores e outros adultos estão mais capazes de compreender as crianças, de desenvolver com elas e responderem às suas necessidades e interesses. Ao mesmo tempo, os pais percepcionam que os adultos compreendem os seus filhos, o que também contribui para o desenvolvimento de relações de confiança.

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A observação e a escuta activa da criança realizada durante as actividades e interacções do dia-a-dia e registada sob a forma narrativa e outras evidências tornam possível desenhar uma imagem do que a criança faz e como faz que pode ser partilhada com outras pessoas, nomeadamente com os pais. (Oliveira-Formosinho, 2007)

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É importante que os próprios pais compreendam a importância e a necessidade da observação cuidada para suportar e promover o desenvolvimento e a aprendizagem da criança, se empenhem na sua implementação e, mais do que isso, procurem desenvolver uma compreensão compartilhada das observações, relatos e evidências.

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A partilha de informações recolhidas entre os profissionais e os pais ajuda a tomar decisões sobre a continuidade do processo de cuidar e educar a criança, nomeadamente ao nível das interacções que desenvolvem com as crianças, ao nível das rotinas e ao nível do ambiente educativo. Educadores, outros adultos e pais podem usar esta informação para planear experiências de exploração de todos os sentidos que sejam responsivas aos interesses e às necessidades da criança.

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GRELHAS DE OBSERVAÇÃO E REGISTO

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PERFIL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA (PIP)

O PIP é um instrumento desenvolvido pela Fundação de Investigação Educacional High-Scope para avaliar a qualidade dos programas de educação pré-escolar a aplicar o modelo High-Scope. Os itens do PIP reflectem os elementos genéricos que definem as práticas de qualidade para a educação pré-escolar.

Deste modo, este instrumento permite avaliar a qualidade dos contextos de educação pré-escolar, independentemente de usarem, ou não, o modelo High-Scope, usando um modelo de recolha de dados que combina a observação directa dos contextos educacionais e a realização de entrevistas informais às educadoras e directores dos contextos avaliados.

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O PIP permite avaliar os vários aspectos da implementação de um programa de educação pré-escolar: a organização do ambiente físico, o espaço e os materiais, a rotina diária, a natureza da interacção adulto/criança, a organização do pessoal, o trabalho em equipa e o envolvimento de pais. O instrumento é composto por 30 itens e organiza-se em quatro secções:

Ambiente físico (10 itens), Rotina diária (5 itens) Interacção adulta/criança (9 itens) Interacção adulta/adulto (6 itens)

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As três primeiras secções (ambiente físico, rotina diária e interacção adulto/criança) são preenchidas pela observação directa dos contextos educacionais.

A pontuação é baseada nas notas do observador que podem ser complementadas com outros documentos (fotografias, desenhos e outros materiais).

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A quarta secção é preenchida com notas da observação e através de entrevistas informais aos adultos responsáveis pela sala observada.

Os itens do PIP são avaliados numa escala Likert de cinco ponto, que vão de uma baixa qualidade (nível 1) a um nível de qualidade elevada (nível 5). Os níveis 1,2 definem uma qualidade insuficiente, o nível 3 suficiente, o nível 4 é considerado de qualidade e o nível 5 qualidade elevada.

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EXISTEM TAMBÉM

O COR;

O PQA;

Entre outros.

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DO REGISTO À PLANIFICAÇÃO

Observar e registar para planificar

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Observar e escutar pressupõe ver as acções e realizações da(s) criança(s), ouvir o que ela(s) diz(em) e registar com suficiente detalhe de modo a poder ser compreensível e ter significado para outras pessoas que possam vir a ler. Olhar, ver e escutar crianças quando estão envolvidas em actividades sozinhas, com pares ou com o apoio de adultos torna possível obter descrições ricas sobre o que as crianças fazem e quais as suas potencialidades.

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Mais do que isso observar e escutar as crianças permite ver as suas acções e verbalizações a partir da sua própria perspectiva (Cohen, Stern e Balaban, 1997, citados por Szarkowicz, 2006).

Ao escrever o que observa e o que ouve o observador cria um registo sobre o qual pode reflectir mais tarde, comparar com outros registos realizados ao longo do tempo e, ainda, partilhar e contrastar com outros adultos e com a família da criança.

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Observar e escutar as crianças para descobrir o que fazem e o que estão a aprender implica observar as crianças quando estas estão envolvidas nas actividades normais do dia-a-dia seja no contexto da creche seja no contexto familiar.

A selecção mais apropriada e eficiente da (s) técnica (s) de registo depende do foco e objectivo particular do registo e da observação e da sua utilização. O tipo de registo pode variar desde simples anotações, a narrativas mais ou menos breves, incluir registos vídeo, imagens, fotos, produções e realizações das crianças, etc.

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É importante assegurar que qualquer que seja o sistema de registo escolhido seja flexível e não consuma demasiado tempo para a sua realização.

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PROCEDIMENTOS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DA OBSERVAÇÃO

Nesta compreensão observar, registar e documentar o que a criança faz e como faz envolve competências profissionais finas e importantes por parte do observador. O observador tem de ter formação na observação em geral para conhecer as dificuldades inerentes ao próprio processo de observação e procurar identificar estratégias que minimizem essas mesmas dificuldades.

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Ao mesmo tempo, o observador deve ter formação e treino ao nível das diversas técnicas de observação para, em cada momento e em função do objectivo específico de observação, ser capaz de seleccionar a (s) técnica (s) que melhor responde (m) às questões e objectivos de observação. Para tal deve conhecer as características específicas de cada técnica de observação bem como as suas vantagens e limitações

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POR EXEMPLO: O observador em creche pode escolher,

especificamente entre os registos de incidentes e o registo contínuo mais próximo da observação não estruturada e sob a forma de registos narrativos de ocorrências ou episódios relevantes, a amostragem de acontecimentos ou, ainda, as listas de verificação ou as escalas de estimação e da definição de um conjunto de critérios prévios para registar os acontecimentos e ocorrências observadas.

Cada uma destas técnicas tem características específicas adequadas para objectivos determinados, assim como, tem vantagens e limitações que o observador deve conhecer.

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NOTA: EXEMPLOS DE IMPLEMENTAÇÃO DAS TÉCNICAS DE OBSERVAÇÃO E INTERPRETAÇÕES EM ANEXO 1

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PROPOSTA DE ACTIVIDADES - INDIVIDUALDe acordo com o que aprendeu acerca das observações das crianças, escolha uma (registo de algo que a criança não saiba fazer) e planifique uma actividade que possibilite que a criança desenvolva. • Voltar

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DA PLANIFICAÇÃO À ACÇÃO

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 A PLANIFICAÇÃO DA ACTIVIDADE DEVE: ser um momento em que se tem em conta

alguns princípios pedagógicos de cariz construtivista. Esta pedagogia implica participação, as crianças são activas, competentes e têm direito a co-definir as actividades. Os objectivos da educação na pedagogia participativa/construtiva são: viver a experiência/vida, envolver-se no processo de aprendizagem experiencial, dar significado à experiencia, construir as aprendizagens, promover o desenvolvimento.

ser adequada ao contexto, aos interesses e características de desenvolvimento de cada criança e do grupo de crianças;

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integrar os componentes da aprendizagem activa (High-Scope);

diversificada e com significado; articular as diferentes áreas curriculares; ter grau crescente de desafio e de

complexidade estimular o envolvimento das crianças.

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DE ACORDO COM AS ORIENTAÇÕES CURRICULARES, QUE SÃO UM APOIO PARA A PRÁTICA PEDAGÓGICA, É IMPORTANTE RETER QUE O EDUCADOR QUANDO PLANEIA DEVE TER EM CONTA:

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QUE AS APRENDIZAGENS SEJAM SIGNIFICATIVAS E DIVERSIFICADAS “Planear o processo educativo de acordo com

o que o educador sabe do grupo e de cada criança, do seu contexto familiar e social é condição para que a educação pré-escolar proporcione um ambiente estimulante de desenvolvimento e promova aprendizagens significativas e diversificadas que contribuam para uma maior igualdade de oportunidades.” (DEB, 1997)

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QUE HAJA REFLEXÃO SOBRE AS INTENÇÕES EDUCATIVAS “Planear implica que o educado reflicta sobre

as suas intenções educativas e as formas de adequar ao grupo, prevendo situações e experiências de aprendizagem e organizando os recursos humanos e materiais necessários à sua realização. O planeamento do ambiente educativo permite às crianças explorar e utilizar espaços, materiais e instrumentos colocados à sua disposição, proporcionando-lhes interacções diversificadas com todo o grupo, em pequenos grupos e entre pares, e também a possibilidade de interagir com outros adultos. ” (DEB, 1997)

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QUE HAJA ARTICULAÇÃO DAS ÁREAS DE CONTEÚDO

“Este planeamento terá em conta as diferentes áreas de conteúdo e a sua articulação, bem como a previsão de várias possibilidades que se concretizam ou modificam, de acordo com as situações e as propostas das crianças.” (DEB, 1997)

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 QUE HAJA PARTICIPAÇÃO DAS CRIANÇAS NO PLANEAMENTO “O planeamento realizado com a

participação das crianças, permite ao grupo beneficiar da sua diversidade, das capacidades e competências de cada criança, num processo de artilha facilitador da aprendizagem e do desenvolvimento de todas e de cada uma.” (DEB, 1997)

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FASES/COMPONENTES DA PLANIFICAÇÃO:

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1) QUEM SÃO AS CRIANÇAS DESTA TURMA? Recolha e análise de informações e

evidências – neste item devem constar informações sobre as experiências prévias das crianças, aquilo que elas sabem fazer ou mostram saber fazer; devem constar também registos de observação das crianças, tais como notas diárias, entre outros.

As amostras de trabalhos das crianças também são importantes pois revelam o que sabem fazer e os registos visuais das actividades como por exemplo as fotografias e os vídeos também são relevantes.

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A informação obtida junto dos pais também importa ter em conta e as notas e comentários da equipa educativa também.

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2) O QUE PRETENDEMOS QUE AS CRIANÇAS APRENDAM? Áreas de conteúdo (Ministério da

educação, 1997)  Experiências-chave (Hohmann & Weikart,

1979;1997)  “Objectivos de aprendizagem” (Katz &

Chard), 1997)

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3) COMO NOS ORGANIZAMOS? Recursos – materiais, humanos, logísticos;

Estratégias de ensino-aprendizagem: No que refere à organização das actividades, estas podem ser:- Individuais, em pequeno grupo e em grande grupo- Auto-iniciada e proposta pelo adulto- Interior e exterior

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COMO AVALIAMOS A APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS E A NOSSA ACTUAÇÃO?

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PROCEDIMENTOS DE OBSERVAÇÃO/AVALIAÇÃOa) Quem vamos observar?b) O que pretendemos observar? Experiência-chave- capacidade reveladas- conhecimentos, entre outras.c) Como vamos registar?- Incidentes críticos; notas de observação; registo de acontecimentos; Registo áudio e/ou visual, entre outras.

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PROCEDIMENTOS DE OBSERVAÇÃO/AVALIAÇÃO (CONTINUAÇÃO)d) Recolha de artefactos – produções que constituem evidências de aprendizageme) Análise, organização e interpretação dos dados da observação- Que informação temos?- Como é que ela documenta os progressos na(s) aprendizagem(s) da(s) criança(s)?- Como a organizamos e a interpretamos?

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f) Integração da reflexão e da avaliação na(s) planificação(ões) futura(s)- Que decisões pedagógicas podemos tomar em função da avaliação que realizamos?

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EM SUMA: A PLANIFICAÇÃO DE ACTIVIDADES CURRICULARES DEVE… Partir do conhecimento que temos das crianças; Definir as oportunidades de aprendizagem e respectiva

intencionalidade; Prepara os materiais para a actividade Tomar decisões em torno de formas de organização do

grupo, do espaço e do tempo; Antecipar o tipo de estratégias de interacção educativa Definir o foco da nossa observação e os formatos de registo; Dialogar em equipa educativa as propostas de actividade

para avaliar a sua adequação pedagógica; Reflectir em equipa pedagógica as aprendizagens realizadas

pelas crianças e a qualidade da nossa actuação.

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UTILIZAÇÃO EFICAZ DO TEMPOFormas de planeamento de actividades

Elaboração e implementação da Rotina Diária

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FORMAS DE PLANEAMENTO DE ACTIVIDADES

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EXISTEM DUAS FORMAS DE PLANIFICAÇÃO Planificação a longo prazo

Planificação a curto prazo

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Na planificação a longo prazo plano pretende-se definir, logo no início do ano lectivo, todos os aspectos que se relacionam com o ensino aprendizagem nomeadamente seleccionar e distribuir os conteúdos, tendo em conta os princípios definidos no Projeto Educativo e no Projeto Curricular de Turma/Projecto pedagógico, para que o professor possa ter uma visão de conjunto sobre tudo o que se vai passar ao longo do ano lectivo. Evidentemente que as opções que se fazem a este nível vão ser passíveis de ajustamentos ao longo do ano, visto que é necessário e importante conhecer cada turma e cada aluno para que se possam avaliar as suas necessidades para que possa intervir sobre as mesmas.

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As planificações a curto prazo são os planos de aula/planos diários de ensino/aprendizagem;

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ELABORAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DA ROTINA DIÁRIA

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A ROTINA DIÁRIA HIGH/SCOPE PRÉ-ESCOLARPermite que:

- As crianças respondam elas mesmas ao que vem a seguir;- As crianças vivenciem experiências de aprendizagem activa;- A criança aceda a tempo suficiente para ir de encontro aos seus interesses, faça escolhas, tome decisões e resolva problemas;- O adulto organize o seu tempo de modo a oferecer experiências motivantes.

A rotina diária High/Scope proporciona o apoio às crianças à medida que elas exploram os seus interesses e se envolvem em diversas actividades de resolução de problemas.

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LINHAS ORIENTADORAS DA ORGANIZAÇÃO DE UMA PROGRAMAÇÃO DIÁRIA E DE ROTINAS DE CUIDADOS EM CRECHE Criar um horário diário que seja previsível e,

no entanto, flexível

Incorporar aprendizagem activa, incluindo apoio do adulto, em cada acontecimento

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CRIAR UM HORÁRIO DIÁRIO QUE SEJA PREVISÍVEL E, NO ENTANTO, FLEXÍVEL Organizar o dia em torno de acontecimentos

diários regulares e rotinas de cuidados Seguir consistentemente o horário diário Adaptar-se aos ritmos naturais e aos

temperamentos das crianças Proporcionar uma transição suave entre uma

experiência interessante e a que se segue.

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INCORPORAR APRENDIZAGEM ACTIVA, INCLUINDO APOIO DO ADULTO, EM CADA ACONTECIMENTO Ser paciente com o intenso interesse das crianças

em relação às coisas à sua volta Valorizar a necessidade da criança para a exploração

sensório-motora em cada acontecimento ou rotina Partilhar o controlo do dia com as crianças,

proporcionando-lhes oportunidades de escolha Estar alerta para as comunicações e conversas das

crianças ao longo do dia Trabalhar em equipa de forma a dar apoio a cada

criança ao longo do dia Observar as acções e as comunicações das crianças

pela perspectiva das experiências-chave.  

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EXEMPLO DE UMA ROTINA DIÁRIA EM CRECHE

A rotina diária que estou a apresentar pode e deve ser encarada como um exemplo ou uma orientação pois cada estabelecimento deve orientar e organizar o seu tempo tendo em conta os seguintes aspectos: recursos humanos, espaço físico e faixa etária das crianças. No caso do berçário o termo rotina não é adequado e não se deve aplicar, pois os profissionais deverão ter em conta as necessidades e os ritmos (sono, alimentação, higiene) de cada bebé. É importante salientar que é possível implementar o tempo de planear-fazer-rever em creche mas de forma adaptada, tendo em conta a maturidade das crianças pequenas.

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Horário Momento/Actividade Espaço Observações

7:30h – 8:45h Acolhimento Espaço de transição  8:45h – 9:00h Lanche (futa e pão ou

iogurte)Refeitório  

9:00h - 9:30h Bons-dias Sala  9:30h - 11:00h Tempo de pequeno

grupo/Escolha livreSala/Exterior/Ginásio  

11:00h - 11:45h Almoço Refeitório  

11:45h - 12:15h Higiene wc  

12:15h – 15:00h Sesta/Descanso Sala  

15:00h – 15:30h Higiene Wc  

15:30h – 16:00h Lanche da tarde Refeitório  

16:00h – 18:00h  

Tempo de grande grupo/Escolha Livre/Exterior

Sala/Exterior/Ginásio  

18:00h – 19:30h Prolongamento de Horário Espaço de transição  

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PAGINA 295 EDUCAÇÃO DE BEBÉS EM INFANTÁRIOS

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LINHAS ORIENTADORAS DA ORGANIZAÇÃO DE UMA PROGRAMAÇÃO DIÁRIA E DE ROTINAS DE CUIDADOS EM PRÉ-ESCOLAR

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A rotina diária apoia a iniciativa da criança

- A rotina diária proporciona uma estrutura para os diferentes acontecimentos ao longo do dia;

- Apesar de dividir o dia em blocos de tempo destinados a diferentes actividades, não interfere nos pormenores daquilo que as crianças decidem fazer em cada uma dessas actividades;

- Proporciona tempo à criança para expressar os seus objectivos e intenções, a interacção com pessoas e materiais, resolução do problemas;

- Permite que a criança construa a sua acção, segundo os seus planos, talentos, e interesses.

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A rotina diária proporciona uma organização social

- A rotina diária Hisg/Scope fornece uma organização social, pois cria uma comunidade e prepara para interacções em desenvolvimento;

- Encoraja a formação de uma comunidade, onde as relações entre adultos e crianças se baseiam no controlo partilhado;

- A rotina diária proporciona às crianças um ambiente seguro e com significado. As crianças sabem o que esperar em cada parte do dia, equilibrando entre os seus limites e liberdades.

- A rotina diária facilita as transições das crianças de casa para o Jardim-de-Infância, criando um sentido de pertença a uma comunidade.

- Os procedimentos da rotina diária permitem a criação de uma rede social, onde todos fazem planos, trabalham e falam do que fizeram.

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A rotina diária promove uma estrutura flexível

- A rotina diária não é uma sequência de actividades imutável, onde os adultos tomam todas as decisões, ou onde as actividades acontecem ao acaso. Os adultos fazem um plano geral para cada parte do dia, segundo uma sequência de acontecimentos;

- A rotina é flexível, pois os adultos nunca podem prever com exactidão a forma de reagir das crianças, o que dirão e farão face a uma experência.

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A rotina diária apoia os valores do currículo

- A rotina diária fornece à criança uma estabilidade que lhe permite iniciar, reflectir, modificar e expandir as suas aprendizagens pela sua própria acção;

- Acredita-se que as crianças aprendem melhor quando seguem os seus interesses, através de experiências pessoais e na aprendizagem pela acção.

- A rotina diária permite ao adulto por em prática os valores do currículo, na sua sequência predizível e variada no conteúdo.

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Horário Momento/Actividade Espaço Observações7:30h – 8:45h Acolhimento Espaço de transição  8:45h – 9:00h Lanche (futa e pão ou iogurte)    

9:00h - 9:30h Bons-dias Sala  9:30h - 10:30h Tempo de pequeno grupo Sala  

10:30h – 12:00h Planear-fazer-rever Refeitório  

12:00h - 12:15h Higiene WC  

12:15h – 13:00h Almoço Refeitório  

13:00h – 14:00h Descanso Espaço de transição  

14:00h – 15:00h Tempo de grande grupo Sala  

15:00h - 16:00h Planear-fazer-rever Sala  

16:00h- 16:30h Lanche Refeitório  16:30h – 18:00h Escolha livre Sala/Exterior  

18:00h – 19:30h Prolongamento de horário Espaço de transição  

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ORIENTAÇÕES GERAIS PARA ESTRUTURAR UMA ROTINA DIÁRIA

Diversidade de períodos de aprendizagem pela acção, proporcionando à criança um leque de experiências e de interacções;

- Tempos de Planear-fazer-rever:

Planear: a criança decide o que vai fazer e partilha essa informação com o adulto, enquanto este observa, ouve e pede clarificações, podendo estar a registar estas informações. O planeamento encoraja a criança a ligar os seus interesses com acções intencionais e com um objectivo.Trabalhar: a criança faz aquilo que decidiu. Enquanto trabalham, o adulto presta atenção, observando, apoiando e ajudando. Após cerca de 45 a 55 minutos as crianças arrumam. Este tempo encoraja a criança a centrar a sua atenção na brincadeira e na resolução de problemas que possam sugir.Rever: As crianças reencontram-se e partilham aquilo que fizeram. O adulto ouve e conversa acerca das suas experiências. rever permite à criança reflectir e compreender e desenvolver as suas competências.

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- Tempo em pequenos grupos

Este tempo é destinado à experimentação de materiais e resolução de problemas, através de uma actividade que os adultos escolhem intencionalmente, com um objectivo.Os grupos são compostos por 5 a 10 crianças e um adulto, que se reúnem em vários locais (chão, exterior, em volta da mesa). Estes experimentam materiais, exploram um interesse e usam materiais para resolver um problema.O adulto encoraja a criança a tomar decisões e a fazer escolhas de como utilizar os materiais ou incentivando a criança a expressar-se.

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- Tempo em grande grupo

Este tempo constrói na criança um sentido de comunidade, pois permite que as crianças trabalhem juntas e construam experiências comuns a todos.As crianças e os adultos reúnem-se para cantar, movimento e música, leitura de histórias, dramatização de histórias e acontecimentos.

- Tempo de recreio

Tempo destinado à brincadeira física e barulhenta. As crianças e o adulto vão para o exterior uma ou duas vezes por dia, durante cerca de 30/40 minutos. O adulto acompanha as brincadeiras e apoia. As crianças têm a oportunidade de brincar juntas, inventar jogos e regras e estar em contacto com o exterior.

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- Tempos de transição

Estes são os períodos em que as crianças saem de uma actividade ou experiência e vão para a seguinte. As transições ocorrem quando a criança muda de casa para o Jardim-de-Infância e mais tarde regressam a casa. Pretende-se que estes tempos sejam interessantes e calmos para a criança, através de, por exemplo, reuniões no inicio do dia, onde se conversa ou se traz informações interessantes. O adulto pode ajudar em muito a aumentar a qualidade destes momentos, como seu apoio e intervenções.

- Comer e descansar

As refeições são períodos sociais. O descanso é o período em que a criança dorme ou realiza actividades lúdicas calmas. Estes são momentos característicos da vida familiar, transportados para os contextos.

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Os períodos de aprendizagem pela acção têm lugar numa sequência sensata e predizível que dá resposta ás necessidades particulares do contexto

A sequência da rotina diária varia de contexto para contexto, pois depende de aspectos como os que se seguem:

- Dimensão do dia escolarUma das maiores diferenças entre os programas educativos de meio dia ou de dia inteiro é a quantidade de tempo que a criança passa a comer e a dormir. Os programas de meio dia incluem, geralmente, uma refeição leve e/ou uma refeição mais completa e nenhum tempo de descanso. Já os de dia inteiro incluem 1 ou 2 refeições completas, 1 ou 2 leves e cerca de uma hora para descanso.

- Padrões de chegada e partida das criançasAs chegadas e partidas influenciam bastante a equipa educativa no planeamento do início e fim do dia. Há programas em que os tempos de chegada e partida estão bem definidos, e as crianças iniciam e terminam todas as mesmas actividades. Há outros em que isso não acontece e as partidas e chegadas são distribuídas por um período de uma ou duas horas, sendo que apenas a parte central do dia é comum a todas as crianças.

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- Localização do programaOs programas localizados em prédios poderão

ter uma organização da rotina influenciada pelo acesso e localização de ginásios, recreios, cozinhas ou bares e piscinas. Se o espaço para brincadeiras ao ar livre for um parque público é importante que seja planeado o seu uso, tendo em conta questões como tráfego, outros frequentadores, entre outros.

- ClimaO clima poderá influenciar o horário das

actividades. No Inverno ou no Verão é importante planear segundo o tempo. O importante é que a rotina seja consistente e que se mantenha, independentemente das particularidades existentes em cada contexto.

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Vantagens da rotina diária consistente:

- Crianças e adultos podem associar-se ao programa em qualquer ponto do dia ou do ano;

- É uma ajuda para a compreensão do programa e do que é esperado delas;

- Autonomia;- Segurança.

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PROPOSTA DE ACTIVIDADE - FAÇA UMA PLANIFICAÇÃO SEMANAL PARA CRECHE E OUTRA PARA PRÉ-ESCOLAR Grupos de 4/5 elementos;

Deve ser simples;

Deve conter as 3 áreas de conteúdo: desenvolvimento pessoal e social; expressões (dramática, plástica, motora, musical, linguagem oral e abordagem à escrita, matemática) e conhecimento do mundo;

Pequeno Grupo, actividades de pintura, recorte, experiências…

Grande grupo – histórias, ginástica, canções,…

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  Actividades Recursos Objectivos Avaliação das Actividades

Propostas/Observações

segunda-feira

Pequeno-Grupo  Grande Grupo  

    Crianças Adultos Recursos

 

terça-feira Pequeno-Grupo  Grande Grupo 

    Crianças Adultos Recursos

 

quarta-feira Pequeno-Grupo  Grande Grupo 

    Crianças Adultos Recursos

 

quinta-feira Pequeno-Grupo  Grande Grupo 

    Crianças Adultos Recursos

 

sexta-feira Pequeno-Grupo  Grande Grupo 

    Crianças Adultos Recursos