PLANO ESTRATÉGICO NACIONAL TURISMO [MINISTÉRIO ECONOMIA E INOVAÇÃO (2007 - VERSÃO REVISTA)]

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    PLANOESTRATGICO

    NACIONAL DOTURISMO

    Para o Desenvolvimentodo Turismo em Portugal

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    PLANOESTRATGICO

    NACIONAL DOTURISMO

    Para o Desenvolvimentodo Turismo em Portugal

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    O Turismo um sector estratgico prioritrio para Portugal.

    O turismo tem uma importncia verdadeiramente estratgica para a economia portuguesa

    em virtude da sua capacidade em criar riqueza e emprego.Trata-se de um sector em que temos

    vantagens competitivas claras como sucede com poucos outros. Est a ter lugar uma grande

    aposta no turismo por parte do Governo e dos empresrios do sector.

    O turismo est a viver um bom momento. As receitas esto a aumentar.Existe capacidade

    instalada de boa qualidade em termos de infra-estruturas e de recursos humanos. Esto a serlanados numerosos projectos de alta qualidade nas zonas tradicionais. Esto a surgir novos

    destinos de grande qualidade, por exemplo no Litoral Alentejano, na zona Oeste, em Porto

    Santo e no Douro, fruto da iniciativa empresarial e da capacidade do Governo em desbloquear

    processos que se encontravam parados h anos. A aposta no turismo vai continuar.

    J foi feito muito. Por exemplo, foram desbloqueados licenciamentos que estavam para-

    dos h anos.Ligada a rede do Inftur s melhores escolas estrangeiras para elevar o nvel do ensi-

    no. Facilitada a aquisio de residncias por no residentes.Criado o Turismo de Portugal, ip.

    Mas ainda h muito para fazer.Desde segmentar melhor as propostas de valor a aumentara oferta de qualidade.Melhorar as acessibilidades.Desenvolver o turismo residencial e de sade.

    Criar uma imagem mais forte junto dos clientes exigentes. Facilitar o licenciamento e reduzir o

    peso da burocracia.

    Para atingir este objectivo ambicioso necessria uma estratgia. Essa estratgia est

    traduzida no PENT. A elaborao do PENT exigiu muitas horas de trabalho e envolveu muitas

    pessoas no Ministrio da Economia e da Inovao e nas instituies do sector e exigiu a

    mobilizao de consultores de alto nvel.Quero dar os meus parabns a todos, em particular ao

    Secretrio de Estado do Turismo, Bernardo Trindade, e ao Presidente do Turismo de Portugal,

    Lus Patro. O PENT no foca apenas os objectivos de longo prazo para o sector. Tambm seexigem resultados no curto e no mdio prazo.

    A nossa ambio tem de ser maior de dia para dia. Acredito no potencial do turismo.

    Acredito na vontade, no talento e na determinao dos protagonistas do sector. Acredito que

    possvel subirmos na escala de valor. Acredito que possvel irmos mais longe. Temos recursos

    excepcionais em termos de localizao, segurana do Pas, patrimnio histrico e cultural,

    afabilidade e adaptabilidade dos portugueses, qualidade das praias, potencial em desenvolver

    o golfe e as actividades nuticas.

    Manuel PinhoMinistro da Economia e da Inovao

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    Portugal est a afirmar-se como destino turstico de excelncia.

    Porque acredito verdadeiramente nesta vocao do nosso pas, considero essencial

    mobilizar esforos e fazer convergir meios e sinergias num sentido comum.

    Foi por isso que, no incio de 2006, lanmos um desafio sociedade portuguesa e,

    concretamente, aos agentes do Turismo: traar, com o contributo de todos, um caminho estvel

    de aco, com metas e objectivos claros, que permita ao Turismo contribuir decisivamente para

    o bem-estar da populao portuguesa, atravs da gerao de riqueza, da criao de postos detrabalho, da capacidade que lhe inerente de promover a coeso territorial.

    Apresentmos ento as linhas orientadoras que norteariam o Plano Estratgico Nacional

    do Turismo e a nossa actuao.

    Hoje, temos a consolidao deste trabalho que, acredito, constituir uma referncia de

    aco para todos os que, directa e indirectamente, contribuem para o desenvolvimento do

    Turismo em Portugal.

    Os bons resultados que o Turismo em Portugal obteve em 2006 demonstram que estamosno caminho certo e que a convergncia de todos os intervenientes num caminho comum

    determinante para a nossa afirmao enquanto destino turstico de referncia.

    Mas tempo de olhar em frente, pois a responsabilidade para os prximos anos ainda

    maior. O esforo a fazer, atravs das polticas que vamos implementar com a colaborao dos

    principaisplayers do mercado, consolidar e prolongar o ciclo positivo que inicimos em 2006.

    a hora!

    Bernardo Trindade

    Secretrio de Estado do Turismo

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    SUMRIO EXECUTIVO

    O Plano Estratgico Nacional do Turismo (PENT) uma iniciativa do Governo, da

    responsabilidade do Ministrio da Economia e da Inovao, para servir de base concretizao

    de aces definidas para o crescimento sustentado do Turismo nacional nos prximos anos, e

    orientar a actividade do Turismo de Portugal, ip, entidade pblica central do sector.

    Este documento sintetiza as concluses do diagnstico, objectivos e linhas de

    desenvolvimento estratgico para o sector, que foram materializadas em 5 eixos, atravs de

    11 projectos. A implementao desses projectos requer a participao de vrias entidades que

    influenciam directa ou indirectamente a qualidade do destino Portugal e dos seus produtos

    tursticos, estando a concretizao dos objectivos dependente no s do Turismo de Portugal,ip, mas tambm do envolvimento efectivo destas entidades.

    PENT

    > Uma grande oportunidade para um forte desenvolvimento do sector a nvel qualitativo

    e quantitativo

    O Turismo um dos principais sectores da economia portuguesa, tendo o seu peso na

    economia vindo a crescer nos ltimos anos (11% do PIB em 2004).No entanto,Portugal perdeu

    quota de mercado a nvel internacional, e est muito dependente de quatro mercadosemissores e do desempenho de trs regies (Algarve, Lisboa e Madeira), sendo ainda afectado

    por uma elevada sazonalidade e limitaes nas ligaes areas.

    As perspectivas de forte crescimento para o mercado mundial constituem uma

    oportunidade para Portugal, mas necessria uma estratgia de actuao que permita

    responder sofisticao da procura e a um nmero crescente de ofertas concorrenciais.

    > O momento para qualificar e desenvolver o sector do Turismo nacional

    A viso para o Turismo em Portugal uma viso estratgica ambiciosa, mas exequvel,assente em 3 pilares: Portugal dever ser um dos destinos de maior crescimento na Europa,

    atravs do desenvolvimento baseado na qualificao e competitividade da oferta,

    transformando o sector num dos motores de crescimento da economia nacional.

    A proposta de valor de Portugal ir apostar nos factores que mais nos diferenciam de

    outros destinos concorrentes Clima e luz, Histria, Cultura e Tradio, Hospitalidade e

    Diversidade concentrada e em elementos que qualificam Portugal para o leque de opes

    dos turistas Autenticidade moderna, Segurana e Qualidade competitiva.

    Os objectivos definidos representam um grande desafio para o sector. Este dever crescerde forma sustentada acima da mdia europeia, particularmente em termos de receitas. No

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    mercado internacional, Portugal ambiciona crescer anualmente: 5% no nmero de turistas,

    atingindo os 20 milhes de turistas em 2015; e cerca de 9% nas receitas, ultrapassando o

    patamar dos 15 mil milhes de euros nesse ano, ou seja, mais do dobro do actual volume dereceitas. Lisboa, Algarve e o Porto e Norte iro ser as regies com maior contribuio absoluta

    para o crescimento, enquanto o Alentejo ir registar a maior contribuio relativa, com

    crescimentos anuais da ordem dos 11%. Desta forma, o Turismo ir contribuir positivamente

    para o desenvolvimento econmico do pas, representando, em 2015, mais de 15% do PIB e

    15% do emprego nacional.

    > Executar uma estratgia exigente, ambiciosa e inovadora para o sector do Turismo

    Seleccionaram-se 21 mercados emissores alvo, incluindo o mercado interno, que foram

    diferenciados em funo do seu potencial e do posicionamento competitivo de Portugal, eclassificados em 3 grupos:

    Mercados estratgicos Portugal, Reino Unido, Espanha, Alemanha e Frana quedevem ser alvo de um elevado esforo de promoo, assegurando uma contribuio absoluta

    significativa para o Turismo, e estimulando um crescimento relativo na poca baixa (Outubro a

    Maio) superior ao da poca alta;

    Mercados a consolidar Pases escandinavos, Itlia, Estados Unidos da Amrica, Japo,Brasil, Holanda, Irlanda e Blgica em que se ambiciona um crescimento absoluto relevante;

    Mercados de diversificao ustria, Sua, Rssia, Canad, Polnia, Repblica Checa,

    Hungria e China em que o objectivo consiste no aumento de quota de mercado suportada noreforo da notoriedade do Destino Portugal.

    Portugal dispe das matrias-primas condies climatricas, recursos naturais e

    culturais indispensveis consolidao e desenvolvimento de 10 produtos tursticos

    estratgicos: Sol e Mar, Touring Cultural e Paisagstico, City Break, Turismo de Negcios, Turismo

    de Natureza, Turismo Nutico, Sade e Bem-estar, Golfe, Resorts Integrados e Turismo

    Residencial, e Gastronomia e Vinhos. A interveno nestes produtos envolve o desenvolvimento

    de ofertas estruturadas, distintivas e inovadoras, alinhadas com a proposta de valor de Portugal

    e suportadas na capitalizao da vocao natural de cada regio, que nos permitam competir,com xito,nos mercados alvo.

    As caractersticas e infra-estruturas de cada destino reflectem-se num portfolio de

    produtos a potenciar para cada regio. Face aos recursos e factores distintivos que apresentam,

    o desempenho de curto e mdio prazo ir ser alavancado nos produtos Sol e Mar,Touring e City

    Break. Ser dada particular ateno requalificao da regio do Algarve.

    Para alm dos Aores, plo-regio j em fase mais adiantada, estratgico desenvolver

    6 novos plos tursticos Douro, Serra da Estrela, Oeste, Alqueva, Litoral Alentejano e Porto

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    Santo zonas que, pelos contedos especficos e distintivos, justificam a sua criao para o

    desenvolvimento do mercado nacional e internacional. Estes plos de desenvolvimento

    permitem diversificar a oferta turstica, mas , no entanto, necessrio assegurar aimplementao de modelos de desenvolvimento sustentado.

    O reforo das acessibilidades areas a cidades/regies emissoras com maior potencial

    turstico em cada mercado ter grande impacto no crescimento dos fluxos tursticos a curto

    prazo.A prioridade dever ser dada reduo de lacunas ao nvel das ligaes directas,entre os

    principais aeroportos do pas e os mercados emissores,que se pretende que contribuam para a

    reduo da sazonalidade.

    necessrio apostar na realizao de 1-2 mega-eventos por dcada para contribuir para

    a melhoria da oferta e a projeco e notoriedade do destino, e na organizao e promoo deum calendrio nacional de eventos, composto por 10-12 grandes eventos de projeco

    internacional que contribuam para o reforo da proposta de valor e a imagem de marca do

    destino.Finalmente dever ser assegurada animao local nas principais zonas tursticas.

    fundamental actuar ao nvel do enriquecimento da oferta, desenvolvendo e inovando

    contedos tradicionais portugueses que constituam factores de diferenciao turstica. Assim,

    pretende-se partilhar com o turista momentos da Histria e Cultura Portuguesas, literatura,

    msica ou outros, em funo do contexto. Pretende-se ainda desenvolver e adequar elementos

    da oferta cultural que possibilitem experincias distintivas ao turista, melhorar o marketing da

    oferta museolgica e monumental adequando horrios de funcionamento e integrando aoferta e reforar o conceito da riqueza da gastronomia portuguesa pela criao de pratos de

    referncia.

    A qualidade urbana, ambiental e paisagstica dever tornar-se numa componente

    fundamental do produto turstico para qualificar e valorizar o destino Portugal. Esta interveno

    requer a constituio de Zonas Tursticas de Interesse (ZTIs), como por exemplo, ncleos

    histricos e fronteirios e plos de desenvolvimento turstico.

    Pretende-se lanar o programa Qualidade Portugal, com o objectivo de reforar a

    qualidade do Turismo ao longo dos momentos de verdade da experincia do turista, atravsda implementao de um sistema de qualidade turstica e da formao e valorizao dos

    recursos humanos, desde o processo de recolha de informao antes da viagem,at ao contacto

    para follow up. As ofertas de qualidade devero ser premiadas pela discriminao positiva das

    entidades que cumpram os standards exigidos.

    No que diz respeito aos recursos humanos, fundamental criar um programa de

    excelncia da formao turstica, criando uma escola de gesto turstica internacional,

    seleccionando uma escola por regio, e estimulando o desenvolvimento curricular de outras

    reas disciplinares no sector do Turismo e fomentando a especializao.

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    Na promoo e distribuio existe a necessidade de inovar e de comunicar uma proposta

    de valor diferenciada, actuando em segmentos alvo por mercado emissor. De destacar neste

    ponto o maior enfoque no canal internet e na gesto proactiva da relao com os prescritores.A prioridade de promoo dever ser centrada no destino Portugal.

    Finalmente,pretende aumentar-se a eficcia da actuao dos agentes pblicos e privados,

    atravs da facilitao da interaco das empresas com o Estado, da promoo e difuso do

    conhecimento, do estmulo investigao e desenvolvimento e adopo de prticas

    inovadoras e modernas, no sentido de aumentar a competitividade das empresas do sector.

    > A execuo com sucesso das linhas de orientao estratgica implicar um grande rigor,

    inovao e proactividade por parte das instituies pblicas e do sector privado

    os 5 eixos estratgicos devero ser implementados atravs de 11 projectos

    A implementao do PENT estruturada em 5 eixos:

    > Territrio, Destinos e Produtos

    > Marcas e Mercados

    > Qualificao de Recursos

    > Distribuio e Comercializao

    > Inovao e Conhecimento

    A concretizao dos 5 eixos requer a implementao de 11 projectos, a vrios nveis e

    englobando mltiplas entidades:

    > I Produtos,Destinos e Plos

    > II Interveno em ZTIs (Urbanismo, Ambiente e Paisagem)

    > III Desenvolvimento de Contedos distintivos e inovadores

    > IV Eventos

    > V Acessibilidade Area

    > VI Marcas, Promoo e Distribuio

    > VII Programa de Qualidade> VIII Excelncia no Capital Humano

    > IX Conhecimento e Inovao

    > X Eficcia do relacionamento Estado-Empresa

    > XI Modernizao Empresarial

    Sob a orientao poltica do Ministrio da Economia e da Inovao devero ser envolvidas

    as seguintes entidades: administrao central, regional e local, associaes sectoriais,empresariais

    e regionais, e empresas directa ou indirectamente relacionadas com a actividade turstica.

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    As intervenes sero de investimento e complexidade varivel e com impactos

    diferentes no que diz respeito aos efeitos de curto, mdio ou longo prazo.

    A implementao ser gerida por uma estrutura cujo steering de monitorizao ser

    composto por elementos da Secretaria de Estado do Turismo e do Turismo de Portugal, ip, sob

    a orientao poltica do Ministrio da Economia e da Inovao.

    necessria uma forte comunicao alargada aos diversos parceiros do sector turstico

    agentes pblicos, sector empresarial e pblico para o desenvolvimento de uma cultura de

    excelncia, e para assegurar a sua receptividade, mobilizao e envolvimento nas aces de

    desenvolvimento e implementao do Plano Estratgico Nacional do Turismo.

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    Glossrio

    ADETURN Associao de Turismo do Norte de Portugal

    AENA Aeropuertos Espaoles y Navegacin Area

    AIA Aviation Industry Association

    AICEP Agncia para o Investimento e Comrcio Externo de Portugal

    ANA ANA Aeroportos de Portugal S.A.

    ANAM ANAM Aeroportos e Navegao Area da Madeira S.A.

    ARPT Agncia Regional de Promoo Turstica

    BP Banco de Portugal

    CAGR Compound Annual Growth Rate

    CCDR Comisso de Coordenao e Desenvolvimento Regional

    DGAE Direco-Geral da Administrao Educativa

    DMC Destination Management CompanyDRT Direco-Regional do Turismo

    ICCA International Congress and Convention Association

    ICN Instituto da Conservao da Natureza

    IET Instituto de Estudios Turisticos

    INE Instituto Nacional de Estatstica

    Inftur Instituto de Formao Turstica

    IPM Instituto Portugus de Museus

    IPPAR Instituto Portugus do Patrimnio Arquitectnico

    LEADER Liason Entre Actions pour le Dveloppement de L'Economie Rurale

    MAOTDR Ministrio do Ambiente, do Ordenamento do Territrio e do Desenvolvimento Regional

    MEI Ministrio da Economia e da InovaoMOPTC Ministrio das Obras Pblicas,Transportes e Comunicaes

    NUT Nomenclatura das Unidades Territoriais

    PALOPs Pases Africanos de Lngua Oficial Portuguesa

    PEC Plano de Estabilidade e Conhecimento

    PCM Presidncia do Conselho de Ministros

    PCO Professional Congress Organiser

    PENT Plano Estratgico Nacional do Turismo

    PIB Produto Interno Bruto

    PIT Programa de Interveno Turstica

    PITER Programas Integrados Tursticos de Natureza Estruturante e Base Regional

    PRIME Programa de Incentivos Modernizao da EconomiaPROT Planos Regionais de Ordenamento do Territrio

    PROZEA Plano Regional de Ordenamento da Zona Envolvente da Albufeira do Alqueva

    QREN Quadro de Referncia Estratgico Nacional

    R&D Research and Development

    RevPAR Revenue Per Available Room

    TOURMIS www.tourmis.info

    UE-15 Alemanha, ustria, Blgica, Dinamarca,Espanha, Finlndia, Frana, Grcia,Holanda, Irlanda, Itlia,

    Luxemburgo, Portugal, Reino Unido e Sucia

    UNESCO United Nations Educational,Scientific and Cultural Organisation

    UNWTO United Nations World Tourism Organisation

    ZTIs Zonas Tursticas de Interesse

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    NOTA METODOLGICA

    1. Os dados estatsticos oficiais do INE, de mbito regional, tm por base as NUT II nos

    termos definidos pelo Decreto-Lei n 244/2002, de 5 de Novembro;

    2. Para efeitos de anlise, formulao de objectivos e definio das linhas de

    desenvolvimento estratgico do Plano Estratgico Nacional do Turismo (PENT), as regies de

    Lisboa, Centro e Alentejo correspondem s novas unidades territoriais NUT II;

    3. O Plo de Desenvolvimento Turstico do Oeste, correspondente rea geogrfica

    NUT III Oeste, est inserido, em termos de tratamento estatstico e consequente anlise e linhas

    de desenvolvimento estratgico do PENT, na NUT II Centro;

    4. Seguindo naturais preocupaes de coeso territorial, plasmadas em estratgias e

    programas nacionais governativos,a implementao dos projectos do PENT levar em linha de

    conta solues institucionais que garantam a coerncia entre o desenvolvimento de projectos

    com efeitos estruturantes nas regies e os correspondentes planos regionais de ordenamento

    do territrio (PROT).

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    NDICE

    I.TURISMO EM PORTUGAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

    I.1. Dimenso econmica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17O Turismo um dos principais sectores da economia portuguesa, tendo o seu peso

    na economia vindo a crescer nos ltimos anos

    I.2. Sntese da evoluo recente do negcio turstico de Portugal . . . . . . . . . . . . . . . . . 18O sector do Turismo nacional perdeu quota a nvel internacional, estando muito

    dependente de quatro mercados de origem, sendo afectado por uma elevadasazonalidade e por limitaes nas ligaes areas

    I.3. Principais oportunidades e desafios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35A evoluo do sector a nvel mundial possibilita um forte crescimento do Turismo em

    Portugal,mas requer uma estratgia de actuao que permita responder sofisticao da

    procura e das ofertas concorrenciais

    II.VISO E OBJECTIVOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45

    II.1 Viso para o sector . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45Portugal dever ser um dos destinos de maior crescimento na Europa, atravs

    do desenvolvimento baseado na qualificao e competitividade da oferta, transformando

    o sector num dos motores de crescimento da economia nacional

    II.2. Proposta de valor de Portugal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45Uma proposta de valor atractiva baseada nas caractersticas diferenciadoras de Portugal

    II.3. Objectivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47Crescimento sustentado acima da mdia europeia, com especial incidncia ao nveldas receitas

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    III. LINHAS DE DESENVOLVIMENTO ESTRATGICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59

    III.1. Mercados emissores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59Apostar na captao de turistas de 20 mercados emissores internacionais

    e no desenvolvimento do Turismo interno

    III.2. Estratgia de produtos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63Consolidar e desenvolver 10 produtos tursticos estratgicos

    III.3. Linhas orientadoras para as regies . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73Desenvolver ofertas distintivas para as regies, alinhadas com a proposta

    de valor do destino Portugal, capitalizando a vocao natural de cada regio

    e desenvolvendo os seus factores de qualificao

    III.4. Linhas de orientao para os plos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83Desenvolver 6 novos Plos Tursticos para diversificar a oferta turstica em Portugal

    e implementar um modelo de desenvolvimento sustentado

    III.5. Acessibilidades areas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87Reforar as acessibilidades areas com as cidades/regies com maior potencial turstico

    em cada mercado emissor

    III.6.Eventos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93Dinamizar um calendrio nacional de eventos que assegure o reforo

    da notoriedade do destino e o enriquecimento da experincia do turista

    III.7. Enriquecimento da oferta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96Desenvolver e inovar contedos tradicionais portugueses que constituam

    factores de diferenciao turstica

    III.8. Qualidade urbana, ambiental e paisagstica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99Tornar a qualidade urbana, ambiental e paisagstica numa componente

    fundamental do produto turstico para valorizar e qualificar o destino Portugal

    III.9. Qualidade de servio e de recursos humanos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101Reforar a qualidade do Turismo portugus aos longo dos momentos de verdade

    de interaco com o turista, atravs da implementao de um sistema de qualidade

    turstica e da formao e valorizao dos recursos humanos

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    III.10. Promoo e distribuio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105Implementar uma abordagem inovadora, comunicando uma proposta de valor

    diferenciada, actuando por mercado emissor e segmento, conferindo maior enfoqueno canal internet, promovendo uma gesto proactiva da relao com prescritores

    e definindo como prioridade o destino Portugal

    III.11. Eficcia e modernizao da actuao dos agentes pblicos e privados . . . 108Facilitar a interaco das empresas com o Estado, promover a difuso

    do conhecimento, estimular a investigao e o desenvolvimento e a adopo

    de prticas inovadoras pelas empresas, incentivar a modernizao empresarial

    IV. PROGRAMA DE IMPLEMENTAO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111

    IV.1. Projectos de concretizao do PENT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111A implementao do PENT estruturada em 5 eixos estratgicos com base

    em 11 projectos

    IV.2. Gesto da implementao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 114Gerir a implementao suportada numa estrutura de program management

    e na monitorizao de indicadores

    IV.3. Envolvimento dos parceiros do sector . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115Realizar uma comunicao alargada ao sector turstico para mobilizar parceiros

    e captar recursos humanos e financeiros para o sector

    ANEXO DETALHE DOS PROJECTOS DE IMPLEMENTAO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117

  • 7/29/2019 PLANO ESTRATGICO NACIONAL TURISMO [MINISTRIO ECONOMIA E INOVAO (2007 - VERSO REVISTA)]

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    16 plano estratgico nacional do turismo

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    17

    I.TURISMO EM PORTUGAL

    > Uma grande oportunidade para um forte desenvolvimento do sector a nvel qualitativo e

    quantitativo, mas com necessidade de um novo modelo de actuao por parte dos

    agentes do sector

    I.1. Dimenso econmica

    O Turismo um dos principais sectores da economia portuguesa, tendo o seu peso

    na economia vindo a crescer nos ltimos anos

    > As receitas de Turismo representam 6,3 mil milhes de euros, correspondendo a 11% do

    PIB e apresentam uma tendncia crescente

    Em Portugal observou-se um crescimento anual nas receitas de 2,5%, entre 2000 e 2004,

    atingindo os 6.307 milhes de euros, o que equivale a 11% do PIB.

    Receitas e contribuio do Turismo para o PIB

    > O Turismo um dos principais sectores geradores de emprego, representado 10,2% da

    populao activa

    O Turismo um dos sectores com maior importncia para o emprego nacional,

    representando 10,2% da populao activa em 2004 (crescimento relativo de 0,2 p.p. face a

    2000).

    Fontes:BP; INE

    > Peso da despesa no PIB (% PIB)

    10%11%

    2000 2004

    > Receitas (milhes)

    5.720

    6.307

    2000 2004

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    18 plano estratgico nacional do turismo

    Contribuio do Turismo para Emprego

    > Estima-se que o investimento pblico e privado no sector no perodo 2000-2006 totalize

    4 mil milhes de euros

    O investimento privado, objecto de apoio pelo sector do Turismo (projectos PRIME,

    projectos especiais, desconcentrados e protocolos bancrios), totaliza cerca de 2,2 mil milhes

    de euros no perodo 2000-2006, aos quais se devem acrescentar cerca de 0,8 mil milhes de

    euros de investimento, no conjunto do programa PITER II, no mesmo perodo. O investimento

    pblico com incidncia no Turismo, objecto de apoio em idntico perodo, ascende a mil

    milhes de euros.

    Entre os principais investimentos privados, destaca-se o conjunto de investimentos, em

    curso ou em projecto, em regies com menor expresso no sector, nomeadamente no Oeste e

    no Alentejo, estando prevista a criao de um nmero significativo de postos de trabalho

    directos.

    I.2. Sntese da evoluo recente do negcio turstico de Portugal

    O sector do Turismo nacional perdeu quota a nvel internacional (perodo 2000-

    2005), estando muito dependente de quatro mercados de origem e de trs regies

    nacionais, sendo afectado por uma elevada sazonalidade e por limitaes nas ligaesareas

    I.2.1 Evoluo da procura

    O Turismo estrangeiro representa 52% dos hspedes em territrio nacional, tendo

    Portugal vindo a perder quota (perodo 2000-2005) a nvel internacional e estando muito

    dependente de quatro mercados de origem

    Fonte: INE

    10,0% 10,2%

    2000 2004

    > Emprego (% emprego total)

  • 7/29/2019 PLANO ESTRATGICO NACIONAL TURISMO [MINISTRIO ECONOMIA E INOVAO (2007 - VERSO REVISTA)]

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    19

    > Portugal recebeu cerca de 12 milhes de turistas em 2005, representando 52% dos

    hspedes em territrio nacional, tendo o seu nmero crescido a um ritmo inferior ao

    Turismo interno

    O Turismo interno tem vindo a ganhar importncia face ao Turismo externo. Em 2005

    gozaram frias em Portugal 2,4 milhes de residentes, um crescimento de 7,1% face ao ano

    anterior. No mesmo perodo, os turistas estrangeiros em Portugal totalizaram cerca de

    12 milhes, crescendo 3,0% face ao ano anterior.

    Tambm os hspedes nacionais tm vindo a crescer a um ritmo superior ao dos

    estrangeiros.Em 2002, os hspedes estrangeiros representavam 53,6% do total, o equivalente a

    5,7 milhes de hspedes. Em 2005, este valor sofreu um acrscimo de 300 mil hspedes,

    representando um crescimento mdio anual de 1,8% face ao crescimento de 4,0% dos

    hspedes nacionais.

    Peso dos hspedes estrangeiros no total de hspedes em Portugal

    (2002 2005; milhes de hspedes)

    1) Fora da residncia habitual

    Fonte: DGT

    2004 2005E

    11,62 11,96

    2004 2005

    CAGR 04-057,1%

    CAGR 04-053,0%

    2,28 2,44

    > Mercado interno (portugueses que gozaram friasem Portugal1); milhes)

    > Turistas estrangeiros em Portugal(milhes)

    2002 2003 2004 2005

    MercadoNacional

    MercadosEstrangeiros

    10,5 10,4 10,911,5

    46,4%

    53,6%

    47,3%

    52,7%

    47,3%

    52,7%

    48,1%

    51,9%

    CAGR 02 - 05

    2,8%

    4,0%

    1,8%

    - 05

    2,8%

    4,0%

    1,8%

    Fonte: INE

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    20 plano estratgico nacional do turismo

    > Entre 2000 e 2005, Portugal manteve a quota de receitas mas perdeu em termos de

    recepo de turistas 2006 foi um ano de viragem do crescimento do nmero de turistas

    internacionais

    Portugal um dos 20 principais destinos mundiais, mas tem vindo a perder quota de

    mercado no Turismo mundial, tendo sido ultrapassado por destinos como a Turquia, a Hungria,

    a Tailndia e a Malsia.

    Quota no mercado mundial de Turismo (Top 20; % nmero de turistas recebidos)

    O desempenho do Turismo portugus, no perodo 2000 a 2005, ficou abaixo da

    generalidade dos destinos europeus, com um crescimento mdio anual do nmero de turistas

    de -0,2%, o que equivale a menos 100 mil turistas no perodo em referncia.

    De destacar o desempenho da Espanha, um destino consolidado e com 12,6% de quota

    de mercado na Europa, que conseguiu captar mais 7,7 milhes de turistas, o equivalente a um

    crescimento anual de 3% entre 2000 e 2005.

    Fonte: UNWTO

    Nota: Dados no disponveis para a Hungria antes de 2004

    11,0%Frana

    7,4%EUA

    7,0%Espanha

    6,0%Itlia

    4,6%China

    3,7%Reino Unido

    3,1%Federao Russa

    3,0%Mxico

    2,9%Canad

    2,8%Alemanha

    2,6%ustria

    2,5%Polnia

    1,9%Grcia

    1,9%Hong Kong (China)

    1,8%Portugal

    1,5%Malsia

    1,5%Holanda1,4%Turquia

    1,4%Tailndia

    1,0%Arbia Saudita

    >Ranking em 2000

    11,0%Frana

    7,4%Espanha

    6,2%EUA

    5,7%Itlia

    5,2%China

    3,4%Reino Unido

    3,0%Federao Russa

    2,9%Canad

    2,8%Mxico

    2,6%ustria

    2,6%Alemanha

    2,4%Hong Kong (China)

    2,0%Grcia

    2,0%Polnia

    1,9%Malsia

    1,8%Turquia

    1,7%Portugal1,5%Tailndia

    1,5%Ucrnia

    1,4%Holanda

    >Ranking em 2002

    9,8%Frana

    6,0%EUA

    6,9%Espanha

    5,5%China

    4,9%Itlia

    3,6%Reino Unido

    2,7%Mxico

    2,6%Alemanha

    2,6%Federao Russa

    2,5%ustria

    2,5%Canad

    2,2%Turquia

    2,1%Malsia

    2,0%Ucrnia

    1,9%Polnia

    1,9%Grcia

    1,8%Hong Kong (China)

    1,6%Hungria1,5%Tailndia

    1,5%Portugal

    1,3%Holanda

    >Ranking em 2004

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    21

    Crescimento mdio anual do nmero de turistas estrangeiros (2000-2005; %)

    Por outro lado, 2006 foi um ano de viragem, quer em termos do crescimento do nmero

    de hspedes estrangeiros, quer em termos de dormidas de estrangeiros.At Outubro de 2006,

    o Turismo internacional em Portugal apresentou um crescimento acumulado de 8,8% de

    hspedes estrangeiros, face ao mesmo perodo em 2005 e um crescimento de 5,6% de

    dormidas de estrangeiros, para o mesmo perodo.

    Desempenho 2006 vs. 2005

    Fonte: UNWTO

    Nota: Para a Grcia no esto disponveis os dados de 2005, pelo que foram considerados os dados de 2004

    Variao total no

    n de turistas(00-05; milhes)

    Quota de Mercado

    Europa, % 2005

    -8,4%

    -5,6

    Hungria

    2,3

    -2,7%

    -2,2

    Polnia

    3,4

    -0,2%

    -0,1

    Portugal

    2,7

    2,1%

    2,0

    ustria

    4,5

    3,0%

    7,7

    Espanha

    12,6

    2,5%

    2,5

    Alemanha

    4,9

    0,1%

    0,4

    Frana

    17,2

    3,5%

    Reino-Unido

    4,8

    6,8

    16,2%

    10,7

    Turquia

    4,6

    7,7%

    Crocia

    2,6

    1,9

    -2,4%-1,2%

    -4,7

    Itlia

    8,3

    0,0%

    0,0

    Holanda

    2,3

    0,4%

    0,2

    Grcia

    3,1

    Rssia

    -1,3

    4,5

    2.403

    1.0941.293

    1.089

    1.301

    1.7781.807

    Jan Fev MarAbrMaiJun Jul AgoSet OutNovDez

    270308

    425

    618655

    253298

    495

    643

    766

    654575

    28

    1

    336

    646

    738

    840

    697

    611

    580625

    Jan Fev MarAbrMaiJun Jul AgoSet OutNovDez

    > Nmero de hspedes estrangeiros (milhares)

    Fonte: Proturismo

    > Nmero de dormidas de estrangeiros (milhares)

    2006 2005

    1.697

    2.1962.438

    2.505

    2.730

    3.193

    2.660

    2.251

    1.288

    1.030

    2.870

    3.377

    2.897

    2.3502.394

    449

    At Outubrocrescimento de5,6% face a 2005

    At Outubrocrescimento de8,8% face a 2005

  • 7/29/2019 PLANO ESTRATGICO NACIONAL TURISMO [MINISTRIO ECONOMIA E INOVAO (2007 - VERSO REVISTA)]

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    22 plano estratgico nacional do turismo

    > O Turismo internacional em Portugal est dependente de quatro mercados emissores

    (Reino Unido, Espanha, Alemanha e Frana) que representam 60% dos hspedes

    estrangeiros e 67% das receitas. A Europa dos 15 representa 81% dos hspedesestrangeiros e 82% das receitas

    A dependncia dos quatro principais mercados emissores (Reino Unido, Espanha,

    Alemanha e Frana) aumentou face a 2002. No que diz respeito ao nmero de hspedes

    estrangeiros, o aumento foi de 1 p.p., atingindo em 2005 os 60%. Relativamente s receitas, os

    quatro principais mercados representam 67% das receitas, com destaque para o Reino Unido

    que, alm de ser o mercado que mais contribui para este valor (25%), registou tambm o maior

    crescimento, 5,2% ao ano, entre 2002 e 2005.

    Dependncia dos quatro principais mercados emissores da UE -15 (2002-2005; %)

    > O Algarve a regio que apresenta maior concentrao de mercados emissores e Lisboa

    a que tem uma maior diversificao. O Alentejo, Porto e Norte e Centro dependem

    essencialmente dos mercados nacional e espanhol

    O Algarve a regio com maior nmero de dormidas de estrangeiros e aquela que

    apresenta o maior grau de dependncia (82%) relativamente aos quatro principais mercados

    emissores. De destacar a importncia do Reino Unido que representa cerca de metade das

    dormidas de estrangeiros na regio.

    Lisboa a regio do pas com a procura mais diversificada. O turista espanhol o que

    representa maior nmero de dormidas de estrangeiros nesta cidade, seguido pelo alemo. Os

    quatro mercados mais importantes representam 50% de todas as dormidas de estrangeiros, o

    valor mais baixo das regies portuguesas.

    > N de hspedes(milhes; % total estrangeiros)

    > Receitas(mil milhes; % total )

    2002 2005

    5,76,0

    Outros

    Alemanha

    Espanha

    R. Unido

    Frana

    +0,9%

    -2,7%-2,6%

    +9,6%

    +1,7%

    -0,3%

    -1,3%+9,6%

    -1,7%

    -0,1%

    -1,3%

    +3,6%

    +1,5%

    +1,0%

    +5,2%

    CAGR1,7% 23,6 23,9

    Frana

    Espanha

    Alemanha

    R. Unido

    Outros

    2002 2005

    CAGR0,4%

    6,1 6,4

    Frana

    Espanha

    Alemanha

    R. Unido

    Outros

    2002 2005

    CAGR1,5%

    > N de dormidas(milhes; % total estrangeiros)

    22% 22%

    15% 19%14%8%

    41%40%

    CAGR02-05

    CAGR02-05

    CAGR02-05

    31%31%

    16%17%

    11%5%5%

    37%38%

    25%22%

    15%15%

    15%15%

    12%11%

    37%

    12%7%

    9%

    33%

    Fontes: INE; BP

  • 7/29/2019 PLANO ESTRATGICO NACIONAL TURISMO [MINISTRIO ECONOMIA E INOVAO (2007 - VERSO REVISTA)]

    25/137

    23

    A Madeira, terceira regio com maior nmero de dormidas de turistas estrangeiros,

    apresenta um grau de dependncia de 70% o segundo mais elevado do pas com destaque

    para os mercados britnico e alemo que representam 61% das dormidas de estrangeiros.

    Mercados emissores das regies (2005; % dormidas de estrangeiros)

    Em relao s restantes regies de destacar a regio dos Aores que apresenta um

    conjunto de mercados de origem diversos das restantes regies a Dinamarca, a Sucia e aNoruega so os 3 mercados com mais peso.

    As regies do Alentejo,Centro e Porto e Norte so as que apresentam maior dependncia

    do Turismo nacional.

    I.2.2 Desempenho das regies

    O sector turstico encontra-se muito concentrado em trs regies, sendo afectado

    por uma elevada sazonalidade e por uma oferta essencialmente de gama mdia-baixa

    > Trs regies (Algarve, Lisboa e Madeira) concentram mais de 85% das dormidas de

    estrangeiros em estabelecimentos hoteleiros, com o perodo do Vero a representar 46%

    do total

    O nmero de dormidas de estrangeiros apresentou um ligeiro crescimento entre 2003 e

    2005. O Algarve, Lisboa e a Madeira representaram 85% das dormidas de estrangeiros.

    Algarve Madeira Aores Centro Porto e Norte Alentejo Lisboa

    OutrosOutros

    Outros Outros Outros OutrosOutros

    10,7 4,8 0,7 1,1 1,3 0,2 5,1# dormidasestrangeiros(milhes)

    Irlanda

    Holanda

    Alemanha

    Reino Unido

    EspanhaFrana

    Aleman.

    ReinoUnido

    ReinoUnido

    ReinoUnido

    ReinoUnido

    Aleman. Aleman. Aleman.

    Aleman.

    Aleman.

    Noruega

    Sucia

    Dina-marca

    Frana

    Espanha

    ItliaFrana

    Espanha

    Holanda

    Espanha

    Frana

    Espanha

    dormidasnacionaisem % total 23% 14% 42% 67% 63% 74% 29%

    33%21%

    29% 31% 25% 23%

    17%

    28

    %

    21%13% 12%

    12%10%

    11%

    11%12%

    10% 11%9%

    7%

    5%

    10% 8% 8% 9%

    8%

    18%

    37% 38%50%

    39%29%

    47%

    43%

    5%

    Fonte: INE

  • 7/29/2019 PLANO ESTRATGICO NACIONAL TURISMO [MINISTRIO ECONOMIA E INOVAO (2007 - VERSO REVISTA)]

    26/137

    24 plano estratgico nacional do turismo

    O nmero de turistas estrangeiros no Algarve tem vindo a diminuir a uma taxa de 1,6% ao

    ano, representando, em 2005, 45% das dormidas de estrangeiros em estabelecimentos

    hoteleiros. Lisboa a segunda regio com maior peso no Turismo, com 21% das dormidas deestrangeiros,tendo crescido a uma taxa anual de 5,9%. A Madeira manteve o nvel de dormidas

    (0,3%), representando 20% das dormidas de estrangeiros, em 2005.

    O pico das dormidas deu-se em Agosto com 3,2 milhes de dormidas. No outro extremo

    situam-se os meses de Inverno Janeiro e Dezembro com cerca de 1/3 do valor de Agosto.

    Dormidas de estrangeiros em hotelaria global e sazonalidade - Portugal

    Em relao s restantes regies, a regio do Porto e Norte a que tem maior peso no

    Turismo,representando 3,4 milhes de dormidas em estabelecimentos hoteleiros, seguida pelo

    Centro, os Aores e o Alentejo. Note-se ainda que a regio do Porto e Norte tem tambm o

    melhor desempenho em 2006, no que diz respeito ao crescimento do Turismo estrangeiro.

    1,3

    1,8

    2,7

    3,2

    2,7

    2,3

    1,3

    1,0

    2,42,4

    1,8

    Jan

    Fev

    Mar Ab

    rM

    ai Jun Ju

    lAg

    oSe

    tOu

    tNo

    vDe

    z

    1,1

    > Dormidas de estrangeiros

    (2005; milhes)

    46,0% das

    dormidas anuais

    48% 48% 47% 44% 45%

    25% 20% 20% 22% 21%

    17% 20% 21% 20% 20%

    10% 12% 12% 14% 14%

    1998 2002 2003 2004 2005

    -1,6%

    5,9%

    23,2 23,2 23,0 23,9

    >Dormidas de estrangeiros por regio

    (milhes)

    Algarve

    Outras

    Lisboa

    Madeira0,3%

    7,1%

    CAGR 1,4%

    23,6

    CAGR03-05

    Fonte: INE

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    27/137

    25

    Sntese da performance do Turismo por regio (NUT II)

    > As principais regies tursticas Algarve, Lisboa e Madeira apresentam taxas de

    ocupao inferiores s de regies similares de Espanha,o que resulta em nveis baixos de

    RevPAR

    As regies tursticas de Portugal apresentam taxas de ocupao bastante inferiores s de

    regies similares de Espanha. De destacar as baixas taxas de ocupao verificadas no Porto e

    Norte e no Centro, ambas com valores inferiores a 40%. Esta tendncia mantm-se para as

    regies portuguesas que apresentam melhor desempenho,como a Madeira taxa de ocupao

    de 57,4% verificando-se invariavelmente valores inferiores aos de regies de referncia de

    Espanha.

    Taxas de ocupao de cama nas regies portuguesas face a regies espanholascomparveis (2005; %)

    CentroNorte 3,4

    2,6%

    x n dormidas de nacionais e estrangeiros (milhes)x

    x% Crescimento no n dormidas de estrangeiros (CAGR 03-05)1)

    x%

    Lisboa >Dependente do mercado nacional> Crescimento global da procura,

    mas reduo do mercadointernacional

    > Taxa de ocupao e RevPar sobpresso

    >Grande peso de penses na ofertade alojamento

    > Pouca presena de hotis dequalidade internacional

    Alentejo

    Algarve

    > Baixo crescimento e dependnciado mercado nacional

    > Taxa de ocupao e RevPar baixose em reduo

    > Oferta hoteleira baseada em4 e 3 estrelas

    >Crescimento negativo das dormidas (03-05)> Taxa de ocupao e RevPar baixos e

    em reduo>Oferta muito dependente deapartamentos tursticos

    > Poucos resorts integrados e hotisde marcas internacionais

    >Hotelaria a necessitar de requalificao> Elevado peso de camas paralelas

    > Dependente do mercado nacional> Crescimento baseado nos turistas

    nacionais> Taxa de ocupao e RevPar estveis,

    mas hotelaria sob presso> Grande peso de penses na oferta

    de alojamento> S um hotel de 5 estrelas de cadeias

    internacionais

    21,3%

    3,3

    4,2%

    0,9

    0,8%

    13,8

    -1,6%

    11,9%

    7,2%

    1,4%

    x% Crescimento no n dormidas de estrangeiros (CAGR 05-06E: YTD Outubro)x%

    7,35,9%

    1,1

    29,8%

    12,1%

    1,7%

    7,35,9%

    1,1

    29,8%

    5,6

    0,3%

    12,1%

    1,7%

    3,3%

    Aores

    > Crescimento significativo de turistasinternacionais

    > Taxa de ocupao e RevPar comforte reduo

    > Oferta hoteleira baseada em4 e 3 estrelas

    > Crescimento inferior ao de Barcelona> Taxa de ocupao e RevPar acima da

    mdia nacional>Oferta hoteleira de qualidade e em

    crescimento superior ao nmerode turistas

    Fonte: INE; Direco-Geral de Turismo (DGT); Impactur; Proturismo

    1) Novas NUTs II

    > Crescimento baixo do nmero dedormidas

    >

    Taxa de ocupao acima damdia nacional> Reduo do RevPar e da taxa de

    ocupao dos hotis> Taxa de ocupao baixa face s

    Canrias> Oferta hoteleira de qualidade

    Madeira

    II

    VI

    III

    V

    VII

    I

    IV

    47,5%Algarve

    47,8%Mrcia

    56,8%Andaluzia

    63,3%ComunidadeValenciana

    > A garve > Lis oa

    49,6%

    51,9%

    59,0%

    Lisboa

    Madrid

    Catalunha

    > Ma eira

    77,0%

    74,5%

    57,4%Madeira

    Tenerife

    Las Palmas

    Fontes: IET; DGT; Impactur; Anlise Roland Berger

  • 7/29/2019 PLANO ESTRATGICO NACIONAL TURISMO [MINISTRIO ECONOMIA E INOVAO (2007 - VERSO REVISTA)]

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    26 plano estratgico nacional do turismo

    As baixas taxas de ocupao resultam em baixos valores de RevPAR, sendo que apenas asregies de Lisboa e da Madeira apresentam valores superiores mdia nacional. De salientar

    ainda que o Algarve,a regio do pas com maior importncia nas dormidas de estrangeiros, tem

    um RevPAR bastante baixo, ao nvel do verificado na regio do Porto e Norte.

    Todas as regies com excepo do Centro verificaram uma variao negativa do

    RevPAR face a 2002.

    RevPAR por regio (2005; )

    > Centro

    Castela e Leo

    Centro

    Galiza

    > Norte

    Castela e Leo

    Porto e Norte

    Galiza

    Pas Basco

    Madrid

    Catalunha

    41,0%

    37,2%

    36,6%

    48,7%

    41,0%

    38,2%

    36,6%

    59,0%

    51,9%

    Fonte: IET; DGT; Impactur

    > RevPAR por regio (2005)

    Lisboa

    Norte

    Algarve

    Madeira

    Aores

    Centro

    Alentejo

    > Variao do RevPAR (2002-2005)

    Portugal = 27,2

    40

    30

    26

    23

    23

    21

    21

    -0,8%

    -4,5%

    -6,2%

    -2,3%

    -1,3%

    0,0%

    -4,3%Portugal = -1,8%

    Fonte: INE

  • 7/29/2019 PLANO ESTRATGICO NACIONAL TURISMO [MINISTRIO ECONOMIA E INOVAO (2007 - VERSO REVISTA)]

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    27

    Algarve

    > O Turismo no Algarve tem sido condicionado por uma estagnao do Turismointernacional e apresenta uma elevada sazonalidade que condiciona as taxas de

    ocupao

    O Turismo no Algarve evoluiu negativamente no perodo de 2002 a 2005. No que diz

    respeito evoluo das dormidas totais, a taxa de crescimento anual foi de -1,1%. Os turistas

    estrangeiros, que representam 77% das dormidas, tm vindo a diminuir, sendo este efeito

    parcialmente compensado por um aumento da procura nacional.

    O RevPAR reflecte a situao verificada nas dormidas. Com efeito, a diminuio da procura

    tem levado a uma descida deste indicador, de 24,3 em 2002 para 23,4 em 2005.

    Anlise de performance turstica do Algarve (1/2)

    A durao da estadia tem acompanhado as tendncias mundiais que apontam no sentidode frias mais curtas. Assim, o Algarve apresenta em 2005 uma estadia mdia de 5,3 dias, face a

    5,8 dias em 2002.

    O Algarve , essencialmente, um destino de Sol e Mar,o que tem como consequncia uma

    elevada sazonalidade verifica-se uma taxa de ocupao de 64% nos meses de Vero (Julho,

    Agosto e Setembro), com o pico a verificar-se em Agosto, com uma taxa de ocupao de 76%.

    Por outro lado, os meses de Inverno (Dezembro e Janeiro) apresentam taxas de ocupao

    bastante baixas, na ordem dos 20%.

    > Dormidas em estabelecimentos hoteleiros1)(milhes)

    83% 83% 82% 82%

    -2,2%

    2,6%

    Estrangeiros

    Nacionais

    2002 2003 2004 2005

    44,8%

    2002 2003 2004 2005

    RevPAR

    CAGR-1,1%

    Taxa deocupaode cama

    1) Inclui aldeamentos e apartamentos tursticos2) Reino Unido, Alemanha, Holanda e Irlanda

    Fontes: INE, DGT

    CAGR-1,3%

    Peso dos 4maiores

    mercados2)46,3 45,1 46,7 49,3Preo

    Mdio ()

    > Desempenho dos estabelecimentos hoteleiros(EUR; %)

    14,29 14,04 13,25 13,81

    CAGR

    77%76%78%80%

    23%24%22%20%

    23,420,922,324,3

    47,5%49,4%52,5%

  • 7/29/2019 PLANO ESTRATGICO NACIONAL TURISMO [MINISTRIO ECONOMIA E INOVAO (2007 - VERSO REVISTA)]

    30/137

    28 plano estratgico nacional do turismo

    6,53 6,42

    6,99

    46,3

    7,26

    71%72%71%71%

    29%28%29%29%

    41,4 39,9 40,4

    47,5%47,8%46,5%48,1%

    1) Inclui aldeamentos e apartamentos tursticos2) Reino Unido, Alemanha, Holanda e IrlandaNota: em 2003 existiu uma mudana nas NUTS II

    Fontes: INE, DGT

    50% 50% 50% 50%

    2002 2003 2004 2005 2002 2003 2004 2005Peso dos 4

    maioresmercados2)

    86,1 85,8 96,9 85,1PreoMdio ()

    > Dormidas em estabelecimentos hoteleiros1)(milhes)

    > Desempenho dos estabelecimentos hoteleiros(EUR; %)

    CAGR6,3%

    CAGR0,6%

    RevPAR

    Taxa deocupaode cama

    Estrangeiros

    Nacionais

    5,9%

    7,2%

    CAGR03-05

    Anlise de performance turstica do Algarve (2/2)

    Lisboa

    > O Turismo na regio de Lisboa tem crescido a um ritmo elevado, mas inferior ao de

    cidades de referncia, condicionado por limitaes na acessibilidade area e por um

    dfice de conhecimento internacional da realidade de Lisboa

    O Turismo na regio de Lisboa tem crescido a uma taxa de 6,3% ao ano, entre 2003 e 2005.Este desempenho tem sido sustentando por crescimento quer na procura nacional, quer na

    procura estrangeira 71% da procura total em 2005. O RevPAR tem evoludo positivamente,

    atingindo os 40,4 em 2005, apesar do crescimento acentuado da oferta hoteleira.

    Anlise de performance turstica da regio de Lisboa

    Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez2002 2003 2004 2005

    > Sazona i a e a procura ( ormi as por cama

    instalada; %; 2005)

    > Esta ia m ia nos esta e ecimentos

    hoteleiros (dias)

    31%

    43%

    51%

    62%

    76%

    54%

    39%

    19%

    23%

    37%

    27%

    20%

    5,8 5,7

    5,45,3

    Fontes: INE, DGT

  • 7/29/2019 PLANO ESTRATGICO NACIONAL TURISMO [MINISTRIO ECONOMIA E INOVAO (2007 - VERSO REVISTA)]

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    29

    Anlise de performance turstica da regio de Lisboa

    No perodo entre 2000 e 2005, a regio de Lisboa cresceu a um ritmo moderado, massuperior ao de outras grandes cidades europeias j consolidadas como destinos tursticos

    (ex. Londres, Paris, Madrid). Ficou, no entanto, abaixo de Praga e Barcelona. J em 2006, Lisboa

    conseguiu atingir nveis de crescimento em linha com as melhores prticas.

    Benchmarking da evoluo do nmero de turistas internacionais nas regies de cidades

    europeias (CAGR 2000-2005; %; milhes de turistas)

    A regio de Lisboa tem como principal produto turstico o City Break, caracterizado por

    estadias curtas,sendo que as acessibilidades areas tm sido um factor limitativo de um melhor

    desempenho.Lisboa possui, face a Barcelona,um nmero menor de ligaes directas a cidades

    europeias, com menor frequncia semanal (respectivamente, 950 vs. 1417 ligaes semanais).

    Por outro lado, as tendncias mundiais apontam no sentido da diminuio nos custos detransporte e no aumento da despesa com a estadia. Neste contexto, o nmero de ligaes

    areas efectuadas por companhias low cost assume especial relevncia. O crescimento

    registado por Lisboa, em 2006, ao nvel de Barcelona, decorre do crescimento de passageiros

    das low cost, facto que refora a necessidade de melhorar a acessibilidade area para o destino.

    12% 2006

    3%

    Lisboa2)

    4,1

    1) rea metropolitana;

    2) NUTS II;3) Turistas hospedados em hotis e similares4) Turistas em 2003; CAGR 2000 a 2003;5) Turistas em 2004; CAGR 2000 a 2004

    Fonte: Tourmis, 2006; Associao Turismo de Lisboa (ATL): dados estatsticos, 2006

    # Turistas(2005)

    10%

    Praga1)

    3,9

    9%

    Barcelona

    5,5

    3%

    Viena

    2,0

    1%

    Paris

    15,4

    1%

    Amester.3)

    4,2

    0%

    Madrid4)

    5,8

    -4%

    Londres5)

    27,0

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    32/137

    30 plano estratgico nacional do turismo

    57%

    21%

    22%

    0%

    0%

    Magnficasurpresa

    Abaixo dasexpectativas

    Grandedecepo

    Acima dasexpectativas

    Igual sexpectativas

    >

    Realidade face s expectativas1) >

    Probabilidade de regresso regio1)

    Muito provvel

    Pouco provvel

    Provvel

    8%

    13%De certeza que no

    79%

    >78% dos turistas considerou a experinciaacima das suas expectativas iniciais

    >79% dos turistas que visitou a regiode Lisboa considera voltar

    1) Excluindo respostas no sabe / no responde

    40%

    39%

    Fonte: ATL Observatrio: Inqurito de Satisfao, 2005

    Peso das ligaes internacionais directas low costno total de ligaes internacionais

    (Setembro 2006)

    O desempenho da regio de Lisboa tem sido condicionado por falta de conhecimento da

    regio a nvel internacional. Assim se explica que Lisboa tenha ultrapassado as expectativas de

    78% dos turistas estrangeiros, sendo que 79% considera voltar a visitar a regio.

    Avaliao da regio de Lisboa turistas estrangeiros (2005; %)

    88%68% 60%

    12%32% 40%

    Lisboa Barcelona Barcelona + Girona

    Regular

    100% 100% 100%

    Low cost

    Fonte: ANA; AENA

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    33/137

    31

    Madeira

    > O Turismo na Madeira tem crescido a um ritmo baixo, est muito dependente dosmercados ingls e alemo e caracteriza-se por uma estadia de mdia durao

    Entre 2002 e 2005 a regio da Madeira apresentou um crescimento de dormidas em

    estabelecimentos hoteleiros de 1% anual, no tendo este crescimento sido suficiente para

    assegurar a manuteno do RevPAR. Esta regio essencialmente um destino internacional,

    sendo o peso dos estrangeiros no total das dormidas de 86%.Por outro lado,apresenta estadias

    mdias bastante elevadas (5,6 dias), devido ao elevado peso dos voos charter.

    Anlise de performance turstica da Madeira

    Os mercados emissores do Reino Unido e Alemanha representaram mais de 60% das

    dormidas de estrangeiros na regio da Madeira em 2005. Esta dependncia de mercados est

    associada s acessibilidades areas, com os pases de maior importncia a terem uma maior

    frequncia semanal de ligaes e um nmero mais elevado de cidades servidas.

    O Reino Unido,que representou 33% das dormidas de estrangeiros na regio, o segundo

    pas com as melhores acessibilidades por ligaes regulares, com 3 cidades servidas e

    15 ligaes semanais,seguido da Alemanha 28% das dormidas de estrangeiros em 2005 que

    possui as melhores ligaes regio.

    86%85%86%86%

    14% 14% 15% 14%

    > Dormidas em estabelecimentos hoteleiros1)(Milhes)

    5,475,60 5,50 5,64

    2002 2003 2004 2005

    > Desempenho dos estabelecimentoshoteleiros (EUR; %)

    1) Inclui aldeamentos e apartamentos tursticos2) Reino Unido, Alemanha, Frana e Espanha

    Fonte: INE; DGT

    Peso dos 4maiores

    mercados2)69% 70% 70% 70%

    PreoMdio () 55,9% 55,8% 56,9% 51,7%

    1,1%

    0,8%

    2002 2003 2004 2005

    CAGR-1,0%

    CAGR-4,5%

    CAGR

    57,4%

    RevPAR

    Taxa deocupaode cama

    31,3 29,734,234,1

    56,6%61,3%

    61,0%

  • 7/29/2019 PLANO ESTRATGICO NACIONAL TURISMO [MINISTRIO ECONOMIA E INOVAO (2007 - VERSO REVISTA)]

    34/137

    32 plano estratgico nacional do turismo

    33%

    33%

    45%

    29%

    33%

    100%

    Algarve

    Porto eNorte

    Centro

    Lisboa

    Madeira

    Alentejo

    15

    18

    11

    7

    3

    1

    Nmero de hotisde 5 estrelas

    Fonte: MaisTurismo, Edies e Publicidade S.A.

    Acessibilidades ao Funchal

    > A oferta hoteleira nacional liderada por grupos locais verificando-se uma baixa presena

    de cadeias internacionais de referncia, e existindo apenas cerca de 50 hotis de cinco

    estrelas. Os baixos nveis de RevPAR esto associados a uma necessidade de

    requalificao da oferta de alojamento

    As principais cadeias internacionais tm uma presena reduzida na oferta hoteleira de

    5 estrelas.As regies com maior peso no Turismo internacional Lisboa e Algarve so tambm

    as que tm um nmero mais elevado de hotis de 5 estrelas, dos quais 1/3 pertence a cadeias

    internacionais.De destacar tambm que com excepo do Alentejo,que apenas tem um hotel

    de 5 estrelas todas as regies apresentam um peso de cadeias internacionais inferior a 45%.

    Percentagem de hotis de 5 estrelas detidos/geridos (marca internacional) por cadeias

    internacionais (%; 2006)

    19

    15

    3

    3

    2

    2

    1

    1

    Alemanha

    Reino Unido

    Finlndia

    Espanha

    Holanda

    Dinamarca

    ustria

    Noruega

    > Nmero de ligaes semanais directas

    (Funchal; Setembro 2006)# cidadesservidas

    7

    3

    1

    1

    1

    1

    1

    1

    Reino Unido

    Sucia

    Espanha

    Blgica

    Dinamarca

    Holanda

    Finlndia

    Noruega

    Frana

    Irlanda

    Rep. Checa

    > Passageiros em voo charter

    (>

    5000 pax/ano; passageiros; 2005)

    7

    3

    1

    1

    1

    1

    1

    1

    48.052

    34.555

    33.072

    32.794

    29.702

    25.4941)

    23.779

    18.981

    10.633

    5.942

    306.332

    38% dosturistas naMadeira

    1) Total de passageiros em voo charter(inclui mercados emissores com menos de 5000 pax/ano)

    Fonte: ANA

  • 7/29/2019 PLANO ESTRATGICO NACIONAL TURISMO [MINISTRIO ECONOMIA E INOVAO (2007 - VERSO REVISTA)]

    35/137

    33

    O alojamento em Portugal necessita de ser requalificado.As penses representam,a nvel

    nacional, o segundo tipo de alojamento mais expressivo em nmero de camas. De destacar as

    regies do Porto e Norte, Centro e Alentejo as menos importantes no que diz respeito sdormidas de estrangeiros em que este tipo de alojamento representa mais de 30% da

    capacidade oferecida, o que est tambm relacionado com o facto de estarem no grupo das

    regies com pior desempenho ao nvel do RevPAR todas com valores inferiores mdia

    nacional.

    Nmero de camas por regio e por tipo de alojamento (2005; milhares de camas)

    > A fragmentao da oferta, o elevado nmero de trabalhadores no qualificados e a

    actuao com grande nvel de individualismo por parte das empresas do sector,

    condicionam a qualidade de servio, o relacionamento com os operadores tursticos e a

    explorao do canal internet

    O emprego no sector de Turismo muitas vezes visto como temporrio, o que resulta num

    fraco investimento em formao e consequentemente num decrscimo da qualidade do

    servio. Reflexo deste facto a situao do Alentejo, onde a falta de qualificao pode pr em

    causa a qualidade dos servios dos novos investimentos. A falta de formao turstica

    transversal a todo o territrio j d que pensar aos prprios empresrios que tm projectos emcarteira, enquanto que as autoridades locais apelam rpida criao de uma escola de hotelaria

    em vora. De facto, dos actuais 11 mil trabalhadores da regio, apenas 20% tm formao

    especfica (DN, 21/06/2006).

    75%

    49% 55%58%

    75%

    39%48%

    15%

    32%

    35% 30%11%

    36% 16%

    20%

    6%9% 7%

    9%14%

    13%

    4% 6% 3% 7%

    9% 13%

    5%4%

    34%

    28%

    3%4%7%3%5% 7%

    Algarve Lisboa Madeira Norte Centro Aores Alentejo Total

    Apartamentostursticos

    Hotis

    Hotis

    Apartamento

    Aldeamentos

    Outros Outros

    Penses

    Hotis

    HotisApart.

    Hotis

    HotisApart.

    Penses

    Estalagens

    Hotis

    Penses

    Estalagens

    Outros Outros

    Hotis

    Penses

    HotisApart.

    Outros

    Hotis

    Penses

    HotisApart.

    Outros

    Pousadas

    Hotis

    Penses

    Apart.tursticos Hotis

    Apart.

    EstalagensOutros

    Milharescamas 100,0 48,1 28,1 34,6 8,4 9,0 263,8

    Hotis

    Penses

    Estalagens

    Apart.

    tursticos

    Outros

    35,5

    .

    Fonte: INE

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    34 plano estratgico nacional do turismo

    A fragmentao da oferta e o pendor individualista dos agentes do sector so tambm

    factores negativos que condicionam o desempenho do sector turstico portugus. A falta de

    cooperao entre os diversos players do mercado condiciona a existncia de uma ofertaintegrada, como mostra por exemplo a impossibilidade de um turista efectuar reservas

    directamente atravs dos sites oficiais ou a inexistncia de motores de busca nacionais para

    hotis ou restaurantes,ao contrrio do que acontece noutros pases.

    Outra consequncia negativa da actuao individual a dificuldade de falar a uma s

    voz com agentes internacionais, existindo Convention Bureaux a promover a mesma

    oferta/regio, em contraste com a falta de um Convention Bureau em regies importantes

    (ex: Madeira).

    > A acessibilidade area tem condicionado o desenvolvimento dos mercados alvo,verificando-se um grande paralelismo entre a existncia de ligaes directas e o peso do

    mercado nas regies

    Com o aumento das viagens de curta durao, verifica-se uma crescente importncia da

    acessibilidade area. Com efeito, existe uma elevada correlao entre o peso dos mercados nas

    regies e o nmero/frequncia de cidades com ligaes directas aos aeroportos que servem a

    regio.

    Relao entre o peso dos 4 principais mercados emissores no Turismo e no nmero deligaes areas regulares (Setembro 2006; %)

    Assim,o desempenho de Portugal tem sido condicionado por lacunas nas acessibilidades

    areas, como demonstrado no ponto III.5.

    30%

    40%

    50%

    60%

    70%

    80%

    90%

    100%

    30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

    > Peso dos 4 maiores mercados emissores para o destino (2005)

    > % do nmero de ligaes areas regulares com os 4 maioresmercados emissores para o destino (Setembro 2006)

    Lisboa

    Algarve

    Madeira

    Porto e Norte

    Fonte: ANA, INE

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    35

    I.3. Principais oportunidade e desafios

    A evoluo do sector a nvel mundial possibilita um forte crescimento do sector doTurismo em Portugal, mas requer uma estratgia de actuao que permita responder

    sofisticao da procura e das ofertas concorrenciais

    I.3.1 Evoluo das tendncias do consumidor

    As principais tendncias ao nvel do consumidor apontam para o crescimento do

    Turismo, potenciado pelo desenvolvimento doshort break, pelo aumento do nmero dos

    adultos/seniores que viajam e pela procura de experincias diversificadas

    > Acelerao do crescimento do nmero de turistas internacionais em todo o Mundo

    O sector do Turismo cresceu a uma taxa de 8,0% ao ano, entre 2003 e 2005, superior ao

    crescimento mdio da economia mundial (3%) no mesmo perodo.A Organizao Mundial do

    Turismo prev que at 2020 a tendncia se mantenha, com o crescimento mdio anual do

    nmero de turistas a atingir os 4,4% entre 2006 e 2020, mais uma vez superior s previses para

    o crescimento da economia.

    Evoluo do nmero de turistas (milhes turistas incoming, 2003-2020)

    2003 2004 2005 2006p 2010p 2020p

    691764

    Resto do Mundo

    Resto da Europa

    806 8505,7

    Europa do Sul/Mediterrneo

    Crescimento de 8% entre2003 e 2005, superior aocrescimento mdio daeconomia mundial (3%)

    UNWTO prev a manutenodo ritmo de crescimentosuperior ao da economiamundial

    998

    155

    03-05

    148

    486

    252

    Fonte: UNWTO, 2006; Economist Intelligence Unit (EIU)

    850

    CAGR 8,0%

    %

    3,5 %

    2,4 %

    998

    1552

    CAGR4,4%

    12,4%

    6,2

    3,3%

    CAGR

    CAGR06-20

    470

    344

    184

    383

    300

    167

    364

    284

    158

    340

    274

    150

    291

    %

    833

    233

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    36 plano estratgico nacional do turismo

    > Envelhecimento da populao europeia

    Ao nvel da importncia de cada escalo etrio para o Turismo tem-se verificado umatendncia para o envelhecimento do turista tipo, que se prev que continue. Em 1992 o

    segmento well established 40 a 59 anos de idade representava 30% dos turistas, subindo

    para os 38% em 2001.

    Por outro lado, existe uma correlao positiva entre a despesa anual mdia em frias e a

    idade. A despesa anual mdia per capita em frias na Europa atinge os 615, sendo que os

    turistas com mais de 50 anos tm gastos acima da mdia.

    Caracterizao dos turistas europeus por idade e despesa

    > Aumento do nmero de viagens de curta durao

    semelhana do que acontece com a idade mdia dos turistas,o nmero e a durao das

    viagens tm sofrido uma evoluo.A tendncia que se observa neste ponto a de um aumentodo nmero de viagens de curta durao.

    Assim, entre 2000 e 2004, o nmero de short trips cresceu a uma taxa anual de 13%, face a

    um decrscimo anual de 4% dos turistas que apenas fazem uma viagem longa por ano. A

    combinao entre uma viagem longa e vrias short trips tambm tem vindo a aumentar,

    crescendo no perodo em anlise a uma taxa anual de 4%.

    10% 5%

    32% 27%

    19%20%

    17%22%

    13% 16%

    9% 10%

    1992 2001

    50-59

    40-49

    30-39

    20-29

    -19

    + 60

    > Despesa anual mdiaper capita em frias naEuropa (EUR)

    100% 100%850

    735

    685

    595

    491

    > 70 anos

    40-49 anos

    30-39 anos

    60-69 anos

    50-59 anos

    at aos 29anos

    615

    > Repartio de turistas por escalo etrio(%; 1992-2001)

    615

    504

    Fonte: UNWTO, 2003

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    37

    Evoluo do nmero e durao das viagens (2000-2004; %)

    > Aumento dos gastos com a estadia e reduo dos gastos com a viagem

    No que diz respeito composio da despesa dos turistas, prev-se que se mantenha a

    tendncia observada nos ltimos anos de crescimento da despesa com a estadia em

    detrimento da despesa com a viagem.

    Evoluo da despesa com frias na Europa (pessoa/dia)

    Short trips

    umaviagemlonga e

    short trips

    umaviagem

    longa porano

    CAGR

    +13%

    +4%

    -4%55,1% 53,0% 51,5% 49,3%

    39,0% 42,1% 42,9% 43,5%

    5,9% 4,9% 5,6% 7,2% 8,8%

    47,1%

    44,1%

    2000 2001 2002 2003 2004

    > Tendncia para 2 a 3viagens por ano

    > A proporo de turistasque viajam mais vezes porano aumentou 45% em2000 e mais de 50% em2003

    > Reduo do tempomdio entre marcao eviagem

    > Nmero cada vez maiorde turistas em short trips

    Fonte: UNWTO

    >% da despesa total > Despesa com viagem e reservas (ano 2000=100)

    > Despesa no local de estadia (ano 2000=100)

    Estadia

    Viagem/reservas

    CAGR -1,4%

    60% 65% 65% 66% 67%69%

    40% 35% 35% 34% 33%31%

    1993 2000 2001 2002 2003 2004

    CAGR +1,6%

    1993 2000 2001 2002 2003

    1993 2000 2001 2002 2003Fonte: UNWTO 2003

    95,5%

    75,3%

    100,0% 98,2% 102,4% 105,0%

    100,0% 97,8% 97,8% 96,1%

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    38 plano estratgico nacional do turismo

    > Procura de experincias diversificadas

    semelhana do que acontece com a despesa, tambm os produtos e as experinciasprocuradas pelos turistas tm evoludo. Neste ponto destaca-se a tendncia para um aumento

    da diversificao das experincias, que se reflecte naturalmente nas principais motivaes de

    viagem. Neste contexto, cada vez mais importante a oferta de um conjunto alargado de

    produtos que d resposta a uma procura diversificada.

    > Aumento do DIY e diminuio das viagens organizadas

    Existe uma tendncia para uma reduo do peso das viagens organizadas, por oposio

    ao crescimento do DIY (do it yourself). Utilizando como exemplo a forma de organizao das

    viagens dos turistas estrangeiros em Espanha, entre 2001 e 2005, verificamos, quer em termosrelativos,quer em valores absolutos, uma tendncia para a diminuio das viagens vendidas sob

    a forma de pacote turstico, crescimento anual de -4% por oposio ao verificado nas viagens

    sem pacote turstico que tm crescido a um ritmo anual de 9%.

    Turistas estrangeiros em Espanha segundo forma de organizao da viagem

    (milhes; 2002-2005)

    2001 2002 2003 2004 2005

    Com pacoteturstico

    Sem pacoteturstico

    50 52 5256

    51

    50%

    50%

    47%

    53%

    47%

    53%

    44%

    56%

    38%

    62%

    CAGR 02-05

    3%

    -4%

    9%

    Fonte: IET, Frontur

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    39

    I.3.2 Transformao dos modelos de negcio

    Os novos modelos de negcio apontam para uma tendncia crescente dedesintermediao e para uma maior segmentao das ofertas/experincias

    > Desintermediao entre a procura e a oferta possibilitada pela internet

    No que diz respeito transformao dos modelos de negcio,o aumento da utilizao da

    internet tem tido um papel importante.

    O modelo inicial de intermediao pressupe uma estratgia de pull em que o

    consumidor compra o produto turstico a uma agncia/operador de viagens, um importante

    intermedirio no servio.

    Este modelo de distribuio tem vindo a ser substitudo pela coexistncia de estratgias

    pull e push, em que as tendncias apontam cada vez mais para vendas directas sem a presena

    de intermedirios. Actualmente o consumidor continua a ter a opo de se dirigir a

    intermedirios como as agncias de viagens ou operadores tursticos mas passou a ter a

    possibilidade, principalmente atravs da internet, de comprar directamente s companhias

    areas, hotis e demais promotores de servio.

    Evoluo do modelo de distribuio

    A importncia da internet na alterao do modelo de negcio, com a progressiva

    desintermediao da oferta, est reflectida no aumento das receitas do Turismo online.

    A crescente utilizao da internet tem contribudo para a importncia que este canal tem

    actualmente. Em 2000, as receitas do Turismo online, na Europa, atingiam os 2,5 bilies de euros,

    sendo que este, em 5 anos, foi multiplicado por 10 vezes, o equivalente a um crescimento anual

    de 59%, face a um crescimento de "apenas" 3,3% do Turismo mundial para o mesmo perodo.

    Procura Procura

    Operador turstico

    Vendadirecta

    > Modelo de distribuio inicial > Novo modelo de distribuio

    Agncias de viagens

    Operador turstico

    Companhia area

    Servios

    Hotel

    Companhiaarea

    HotelServios

    Agnciasde viagens

    Fonte: Entrevistas a clientes e operadores tursticos

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    > Desenvolvimento das low cost

    O mercado low costtem crescido a taxas bastante elevadas, particularmente no mercado

    europeu, o que se tem reflectido na quota de mercado que este tipo de transportadoras areas

    tem hoje.

    A quota de mercado das companhias low costna Europa passou de 3%, em 1996, para

    14%, em 2003, o que equivale a um crescimento anual de quota de 26%.As previses apontam

    para que mesmo a um ritmo de crescimento anual mais moderado (13%) os voos low costrepresentem 1/3 do mercado em 2010.

    Quota de mercado das companhias low costna Europa (1996-2010e; %)

    Note-se ainda que as companhias low cost potenciam a marcao directa de viagens,

    contribuindo para o aumento da desintermediao e diminuio dos pacotes tursticos.

    Dimenso das receitas do Turismo online na Europa (1998-2006e; Bn)

    40 plano estratgico nacional do turismo

    0,2 0,82,5

    4,9

    8,6

    13,2

    18,9

    25,2

    31,5

    1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006E

    vs 3,5% de crescimento doTurismo no mundo (00-05)

    CAGR 59%

    Fonte: Carl H. Marcussen, Centre for Regional and Tourism Research, www.crt.dk/trends, 26 April 2006

    33%29%

    26%

    23%

    21%18%

    16%14%13%

    11%9%

    6%4%3%3%

    96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

    CAGR 96-0326%

    CAGR 04-1013%

    Fonte: ECA; AENA; IET

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    41

    > Sofisticao do negcio hoteleiro com segmentao de experincias e enfoque dos

    grandes grupos nas actividades de marketing e de gesto hoteleira

    O negcio hoteleiro tem acompanhado as mudanas do comportamento do consumidor

    e apresenta actualmente duas grandes tendncias: por um lado, verificamos um aumento da

    sofisticao do negcio que resulta numa crescente segmentao de experincias por outro

    lado, assiste-se a um crescente enfoque dos grandes grupos nas actividades de marketing e de

    gesto hoteleira.

    No que diz respeito s experincias do consumidor, existe uma evoluo no sentido da

    segmentao. Por exemplo, a Starwood o maior grupo hoteleiro de luxo e com presena

    significativa no mercado nacional tem acompanhado esta tendncia, com a criao de vrias

    marcas de hotis para diferentes segmentos, gerindo actualmente 8 marcas diferentes.

    O modelo de gesto hoteleira tambm tem vindo a sofrer alteraes. O grupo Starwood

    serve mais uma vez de exemplo para ilustrar esta tendncia,com a transferncia do enfoque da

    propriedade de estabelecimentos para a gesto de empreendimentos. O peso dos hotis

    prprios passou de 56% para 39%, verificando-se uma tendncia inversa no que diz respeito aos

    hotis franchisados (de 21% para 36%).

    I.3.3 Ambiente concorrencial entre destinos

    Os pases e as cidades esto a aumentar a sofisticao da sua oferta,competindo em

    todo o ciclo do turista (notoriedade/promoo, motivaes, acessibilidade, experincia

    local) para atrair e fidelizar turistas

    As alteraes no comportamento dos turistas, j referidas anteriormente, esto a levar a

    que os vrios destinos (pases, regies, cidades) aumentem a sofisticao da oferta para atrair e

    fidelizar turistas.

    Observa-se um esforo dos vrios destinos na realizao de eventos mediticos no

    sentido de aumentar os nveis de notoriedade/promoo. Quanto aos produtos oferecidos, temexistido uma evoluo no sentido da diversificao, atravs de ofertas diferenciadoras e

    inovadoras, para dar resposta s mltiplas motivaes dos turistas. Em relao s

    acessibilidades, j assinalmos a tendncia para a diminuio dos custos com o transporte, da

    que seja importante para um destino europeu captar rotas e bases de companhias low cost.

    Finalmente, verifica-se uma actuao dirigida qualidade do servio, do ambiente, do espao

    urbano e do ordenamento do territrio, no sentido de melhorar a experincia local.

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    > Organizao de megaeventos mediticos para gerar notoriedade de destino e promoo

    generalizada das marcas pases e principais regies

    A organizao de megaeventos assume cada vez mais importncia, devido ao mediatismo

    e notoriedade que estes trazem. Neste contexto, eventos mediticos desportivos ou de outro

    tipo assumem especial importncia, no s pela quantidade de turistas que trazem ao

    destino, mas tambm pela publicidade que geram. Eventos da magnitude do Euro 2004 ou da

    Expo 98 provocam um efeito escala de notoriedade, levando ao aumento do nmero deturistas no s no ano do evento, mas tambm nos anos seguintes.

    > Desenvolvimento de infra-estruturas/contedos e eventos regulares para dar resposta a

    mltiplas motivaes

    O comportamento do consumidor tem evoludo no sentido de preferncias mais

    complexas, com mltiplas motivaes. Neste contexto, os destinos tm vindo a desenvolver

    infra-estruturas e contedos que respondem aos novos padres de comportamento do

    consumidor.

    A disponibilizao de um calendrio de eventos de projeco internacional importante

    para reforar as motivaes e promover a fidelizao do turista (no caso de eventos regulares

    ex.Oktoberfest).Esta realidade pode ser observada em destinos concorrentes de Portugal,onde

    existe um grande esforo na criao de eventos regulares. Igualmente importante tem sido o

    desenvolvimento de infra-estruturas que, pela sua existncia, conseguem atrair mais turistas a

    uma regio, sendo o exemplo mais flagrante o Museu Guggenheim, em Bilbau.

    42 plano estratgico nacional do turismo

    Principais tendncias ao longo do ciclo do turista

    Notoriedade/ Promoo

    MotivaoAcessibilidade

    Experincialocal

    Ciclo doTurista

    Realizao de megaeventos commediatismo a nvelmundial e de eventosregulares com carcterinternacional

    Captao de companhiasde aviao (rotas e bases),em especial low cost

    Desenvolvimento deinfra-estrutura de comboio

    de alta velocidade

    Melhoria do espaourbano, qualidade deservio, entretenimento eanimao na cidade eregio

    Diversificao dosprodutos oferecidos,correspondendo a

    mltiplas motivaesdos turistas

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    43

    > Criao de condies para o desenvolvimento de low coste desenvolvimento das ligaes

    ferrovirias de alta velocidade

    Criar condies para o desenvolvimento de companhias low costassume-se cada vez mais

    como base para um bom desempenho turstico na Europa. Como j foi anteriormente referido,

    a despesa com a estadia est a ganhar peso no total das despesas de Turismo, por oposio ao

    decrscimo dos gastos com o transporte.

    Assim, essencial existirem companhias low cost baseadas, ou com operao relevante,

    nos aeroportos portugueses. Ilustrativo deste facto o desempenho, em termos de trfego, dos

    aeroportos com companhias low costbaseadas,comparativamente aos aeroportos sem low cost

    carriers. No perodo 2002-2003 as taxas de crescimento dos aeroportos com companhias low

    costbaseadas foi claramente superior.

    Taxa de crescimento do trfego por tipo de aeroporto (2002-2003; %)

    > Actuao a vrios nveis para melhorar a experincia local englobando urbanismo,

    ambiente, animao e contedos culturais

    Assiste-se igualmente a uma maior preocupao com a qualidade do urbanismo e doambiente e a uma melhoria dos contedos culturais e de animao. A Catalunha, por exemplo,

    possui leis especficas de proteco da paisagem.

    As ilhas Baleares so outro exemplo de um destino cuja actuao reflecte as crescentes

    preocupaes urbansticas e ambientais. Com problemas de desordenamento do territrio e

    excesso de construo semelhana de algumas zonas tursticas em Portugal a regio tem

    vindo a tomar um conjunto de medidas para inverter esta situao como, por exemplo,no caso

    da construo de um novo empreendimento obrigatoriamente ser destrudo outro, e no caso

    da construo de campos de golfe, estes obrigatoriamente utilizaro as guas residuais.

    2,0%

    -1,2%

    4,5%3,4% 3,7%

    9,7%

    Hubsintercontinentais

    Hubscontinentais

    Aeroportosregionais

    Aeroportos sem base de uma companhia low cost

    Aeroportos com, pelo menos, uma companhia low costbaseada

    Fonte: AIA; AENA; ECA; ACI; Artigos de Imprensa

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    44 plano estratgico nacional do turismo

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    45

    II.VISO E OBJECTIVOS

    > O momento para qualificar e desenvolver o sector do Turismo nacional

    II.1. Viso para o sector

    Uma viso estratgica ambiciosa, mas exequvel

    Portugal dever ser um dos destinos de maior crescimento na Europa, atravs do

    desenvolvimento baseado na qualificao e competitividade da oferta, transformando o sector

    num dos motores de crescimento da economia nacional.

    Viso para o Turismo nacional

    II.2. Proposta de valor de Portugal

    Proposta de valor atractiva baseada nas caractersticas diferenciadoras de Portugal

    A proposta de valor para Portugal aposta na combinao dos elementos diferenciadorese dos elementos qualificadores do pas.

    Os elementos diferenciadores constituem os recursos tursticos que distinguem Portugal

    de outros destinos concorrentes clima e luz; histria, cultura e tradio; hospitalidade;

    diversidade concentrada.

    Os elementos qualificadores so necessrios para qualificar Portugal no leque de opes

    dos turistas autenticidade moderna, segurana e excelncia na relao qualidade/preo.

    > Um dos destinos de maior crescimento na Europa, alavancado numa

    proposta de valor suportada em caractersticas distintivas e inovadoras do pas

    > Desenvolvimento do Turismo baseado na qualificao e competividade da

    oferta, alavancado na excelncia ambiental/urbanstica, na formao dos recursos

    humanos e na dinmica/modernizao empresarial e das entidades pblicas

    > Importncia crescente na economia,constituindo-se como um dos motores

    do desenvolvimento social, econmico e ambiental, a nvel regional e nacional

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    Proposta de valor de Portugal fundamentos estratgicos

    > Quatro factores como base de diferenciao:

    > Clima e Luz

    > Histria, Cultura e Tradio

    > Hospitalidade

    > Diversidade concentrada

    Em relao diferenciao face a outros destinos, Portugal distingue-se pelo seu clima e

    luz, pela sua cultura e tradio, pelo acolhimento e pela diversidade concentrada que apresenta.

    Factores diferenciadores mencionados por operadores e outros agentes de mercado

    plano estratgico nacional do turismo

    Relaes profundas (carcter portugus brando, afvel, quente, comunicativo,receptividade aos estrangeiros)Gastronomia e vinhosQualidade dos estabelecimentos tursticos e qualidade de servio

    Forte preservao das tradies (festas populares, trajes regionais, procisses,msica tradicional, romarias, tradies acadmicas, fado)Ligao ao Atlntico/ Descobrimentos

    Pas resort (atlntico, praia, plancie, floresta, ruralidade, cidade, golfe, casinos)Multiplicidade de influncia de culturas (celtas, romanos, rabes, povosdos descobrimentos)Multiplicidade de sub-culturas regionais (Minho, Douro, Lisboa, Algarve)

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    Pas do Sul da Europa, com temperaturas amenas todo o ano, e poucaprecipitao fora da poca do InvernoElevado nmero de dias de sol e horas de luz

    Clima eLuz

    Histria,Cultura eTradio

    Hospitalidade

    Diversidadeconcentrada

    Elementos Diferenciadores

    Diferenciam o Destino Portugalde outros destinos mundiais naforma como os recursostursticos do resposta smotivaes daqueles que nosprocuram

    Histria, Cultura e Tradio

    Hospitalidade

    Diversidade concentrada

    Clima e Luz

    Segurana

    Autenticidademoderna

    Qualidadecompetitiva

    (valueformoneyemp

    rodutodequalidade)

    Elementos Qualificadores

    Qualificam o destino Portugalno leque de opes dos turistas

  • 7/29/2019 PLANO ESTRATGICO NACIONAL TURISMO [MINISTRIO ECONOMIA E INOVAO (2007 - VERSO REVISTA)]

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    > Os elementos qualificadores da proposta de valor devero ser a autenticidade moderna,

    a segurana e a qualidade, com excelente relao qualidade-preo

    Os elementos que qualificam a proposta de valor esto ligados a trs conceitos:

    > Autenticidade moderna Portugal um pas europeu moderno,em forte crescimento

    e com uma elevada sofisticao nos servios

    > Segurana Portugal um pas com taxas de criminalidade reduzidas

    > Qualidade competitiva Servios com elevada qualidade e profissionalismo, mas com

    preos muito competitivos

    II.3. Objectivos

    Crescimento sustentado acima da mdia europeia, com especial incidncia ao nvel

    das receitas

    > Crescimento anual do nmero de turistas internacionais acima dos 5% e das receitas

    acima dos 9%

    Os objectivos para o Turismo interna