Policiamento rodoviário 50 anos com sede regional em assis-sp

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Resenha::Nas suas 102 páginas ilustradas, o livro comemorativo reúne um quadro completo da Companhia de Policiamento Rodoviário de Assis/SP (3ª Cia do 2º BPRv). Apresenta o histórico estadual (paulista) e o regional da modalidade de polícia de trânsito rodoviário desenvolvida pela Polícia Militar desde 1948, ainda como Força Pública, além de depoimentos, descrições de personagens e de episódios relevantes, justificativas de datas comemorativas, imagens fotográficas originais restauradas e artigos diversos.O cinquentenário da presença de uma sede regional em Assis, município do médio Vale do Paranapanema, no centro-oeste paulista é o motivo para a compilação oferecida. O amplo desenvolvimento do interior do estado, rumo ao oeste, acompanhou a expansão e o sentido das rodovias a partir da década de 1950, substituindo gradativamente as funções da precursora ferrovia que fez nascer ou firmar vários municípios do seu traçado, pela importância do transporte de pessoas e de mercadorias.No extenso material reunido e organizado em sete conjuntos, é possível conhecer a história do policial rodoviário “mão-de-onça”, do “Vigilante Rodoviário” e sua influência na carreira de vários profissionais, do patrulheiro que partiu para a carreira artística - “Marco Brasil” -, do Tenente Salviano, do Tenente Edson Reis, entre outros personagens. A obra apresenta fatos curiosos e emocionantes relatos da vida profissional dos policiais que atuam junto ao policiamento rodoviário paulista, as ações das equipes de tático ostensivo rodoviário (TOR) criadas na década de 1980, o serviço ininterrupto das patrulhas, o treinamento, as iniciativas locais de motivação e vários outros assuntos relevantes no universo de informações conhecido por “rodoviarismo”.Além dos relatos marcantes sobre o período de 1958 a 2008, o livro apresenta múltiplas faces do grupo policial-militar-rodoviário e suas realizações na época da publicação da obra.O autor-organizador, Adilson Luís Franco Nassaro, comandou a Companhia no período de 2005 a 2009, como Capitão PM. Junto com sua equipe, decidiu em 2008 registrar os feitos da atividade especializada sucedidos na mesma velocidade do seu cenário comum, na dinâmica própria dos acontecimentos do momento do transporte, no trânsito das rodovias de São Paulo.

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HistóricoPersonagensDepoimentos

ImagensArtigos

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POLICIAMENTO RODOVIÁRIO:“CINQUENTA ANOS COM SEDE REGIONAL EM ASSIS”

Autor By: 2008 Adilson Luís Franco Nassaro

Designer Gráfico e Diagramação:Luiz Carlos de Barros

Rodrigo de Souza

Colaboradores: Amarildo Delfino Dias

Adriano AranãoBenedito Roberto MeiraCélio Marcos Sampaio

Hélio Verza FilhoIvan Sérgio Alves

Jovelino Castro PereiraNelson Garcia Filho

Orlando Santos MarquesPaulo César Lopes FurtadoRoberto Nazareno Ribeiro

Rogério Márcio Donizete da SilvaSérgio SplicidoValmir Dionízio

Leonardo Victorino NettoWilson de Seixas Pinto

Fotos: Arquivos familiares

Arquivos institucionaisJornal de Assis

Jornal Diário de AssisJornal Voz da Terra

Lúcio CoelhoCarlos Henrique

Douglas Reis

Apoio Cultural: Fundação Nova América

UNIMED - AssisBanco Nossa Caixa

Prefeitura Municipal de AssisSecretaria Municipal da Educação de Assis

Capa: Luiz Carlos de Barros

Cap PM Adilson Luís Franco Nassaro

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Bibliotecária: Lucelena Alevato - CRB 8/4063

Nassaro, Adilson Luís Franco N265p Policiamento rodoviário: 50 anos com sede regional em

Assis – SP / Adilson Luís Franco Nassaro, com a colaboração de Amarildo Delfino Dias ... [et.al.]. Assis: Triunfal Gráfica & Editora, 2008

102 p. : il. ; 31 cm

ISBN: 978-85-61175-01-6

1. Policia rodoviária. 2. Polícia militar. 3. Segurança de trânsito. 4. Trânsito – Medidas de segurança. I. Título.

CDD 363.2 388.31

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I

POLICIAMENTO RODOVIÁRIO: “CINQUENTA ANOS COM SEDE REGIONAL EM ASSIS”

Í N D I C E - APRESENTAÇÃO

Cmt Pol Rod (Sede em São Paulo) ....................................................................... Pág. 06Cmt do 2º BPRv (Sede em Bauru) ........................................................................ Pág. 07Diretor da DR-7, Assis ........................................................................................... Pág. 08Cmt da 3ª Cia (Sede em Assis) ............................................................................. Pág. 09Prefeito de Assis .................................................................................................... Pág. 10

II - DESCRIÇÃODados do Município de Assis .................................................................................. Pág. 11Assis: sede da 3ª Companhia de Policiamento Rodoviário ................................... Pág. 12Descrição das Cias com telefones do CPRv e mapa do Estado ........................... Pág. 13Descrição dos Pelotões e Bases da 3ª Cia ........................................................... Pág. 14Brasão do Policiamento Rodoviário ....................................................................... Pág. 20Comandantes da 3ª Companhia ............................................................................ Pág. 21

III - HISTÓRIAO Policiamento Rodoviário no Estado de São Paulo ............................................ Pág. 22O 2º BPRv, com sede em Bauru ........................................................................... Pág. 26O Policiamento Rodoviário na região de Assis,sede da 3ª Cia do 2º BPRv ................................................................................... Pág. 27Fotos de apreensões ............................................................................................. Pág. 36Parceria de sucesso com o DER ........................................................................... Pág. 38Associação “PMs de Cristo”, 2º Núcleo em Assis ................................................. Pág. 40Programa: “Educar para o Trânsito é Educar para a Vida” ................................... Pág. 42Escotismo e policiamento rodoviário em Assis ...................................................... Pág. 44Programas: “BRAV” e “IRCC” ................................................................................ Pág. 46Homenagem ao “Policial Padrão do Ano” ............................................................. Pág. 50Convivência ........................................................................................................... Pág. 51O Grupo de Transporte Canavieiro ....................................................................... Pág. 54

IV - PERSONAGENSO companheiro Marco Brasil ................................................................................. Pág. 55O herói: “Vigilante Rodoviário” ............................................................................... Pág. 58Clóvis Luciano Gomes - o rodoviário Mão-de-Onça ............................................. Pág. 60Major Edson Reis .................................................................................................. Pág. 62Capitão Domingues ............................................................................................... Pág. 63Tenente Salviano Gonçalo de Souza, um dos pioneiros ....................................... Pág. 64Sub Ten Sebastião Wilson de Seixas Pinto ........................................................... Pág. 65Soldado Ramos e outros heróis da 3ª Cia ........................................................... Pág. 66

V – DEPOIMENTOS“Fiscalização intensa na fronteira com o Paraná”: Tenente Coronel Verza .......... Pág. 68“O Policiamento Rodoviário é diferente”: Major Meira ........................................ Pág. 69“Tapete Vermelho”: Major Nelson Garcia .............................................................. Pág. 70“A missão de preservação da vida e o combate à embriaguez ao volante”:Tenente Aranão ...................................................................................................... Pág. 71“O trabalho das equipes TOR”: Sargento Paulo .................................................... Pág. 72Fotos de apreensões das equipes TOR ................................................................ Pág. 74“Cem mil quilômetros de sucesso!”: Soldado Dias ............................................... Pág. 76“Vivi intensamente essa fase de minha existência”: Tenente Splicido ................ Pág. 78“Deixo meu filho como representante”: Tenente PM Marques (Marília) .............. Pág. 79“Vencer não é deixar de cometer erros, mas reconhecer nossos limites e corrigir nossasrotas”: Subtenente Castro .................................................................................... Pág. 80“Direção defensiva” – Sargento Valmir ................................................................. Pág. 81

VI - DATAS COMEMORATIVAS 10 de janeiro, dia do Policiamento Rodoviário ...................................................... Pág. 82 04 de julho, aniversário de inauguração da primeira sede de Destacamento em Assis ........................................................................................ Pág. 83 23 de julho, dia do “Policial Rodoviário” ................................................................ Pág. 84 25 de julho, dia de São Cristóvão e dia do Motorista ............................................ Pág. 85 25 de agosto, dia do Soldado ................................................................................ Pág. 86

VII - TRÂNSITO RODOVIÁRIOIdentificação do cliente alvo e monitoramento de suasnecessidades ......................................................................................................... Pág. 87Resultados do Policiamento Rodoviário ................................................................ Pág. 88Velocidade, ultrapassagem e distância de segurança .......................................... Pág. 90Operação “Cavalo de Aço” .................................................................................... Pág. 91Os motociclistas, os passageiros e seus capacetes ............................................. Pág. 92O Policiamento Rodoviário e o meio ambiente ..................................................... Pág. 93Solução para a questão dos animais soltos nas rodovias ..................................... Pág. 94Por um trânsito mais seguro .................................................................................. Pág. 95Os Dez Mandamentos do trânsito seguro ............................................................. Pág. 96Desenhos de filhos de Policiais Militares Rodoviários da 3ª Cia ........................... Pág. 97Mensagens para segurança no trânsito ................................................................ Pág. 98

VIII - EFETIVO Efetivo atual da 3ª Cia do 2º BPRv ...................................................................... Pág. 101

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Apresentação:Comandante do Policiamento Rodoviário do Estado de São Paulo

(CPRv)

Eliziário Ferreira Barbosa Coronel PM

No ano em que comemoramos o sexagésimo aniversário do Policiamen­to Rodoviário, criado em 10 de janeiro de 1948, enche-nos de satisfação o lan­çamento do livro comemorativo ao cinquentenário de inauguração da pri­meira sede de destacamento do muni­cípio de Assis, hoje a 3ª Companhia do 2º Batalhão de Polícia Rodoviária, pois se trata de mais uma iniciativa impor­tante para o resgate de fatos memorá­veis de nossa história.

A presença efetiva da força poli­cial foi fator preponderante para que o desenvolvimento alavancado pelas no­vas rodovias da época pudesse alcan­çar os rincões do nosso Estado, desta-cando-se na obra o processo histórico que se deu no sentido oeste, com a ins­talação do órgão regional do Departa­mento de Estradas de Rodagem e do destacamento de Policiamento Rodo­viário na região.

O contexto em que os aconteci­mentos se deram era outro e importa-nos conhecê-lo para que possamos me­lhor compreender as nuanças que en­volvem o Policiamento Rodoviário na região. Para tanto nada melhor que uma obra resultante da compilação de in­formações sobre a história, persona­gens e depoimentos de pessoas que par­ticiparam dos primórdios da Polícia Rodoviária Paulista no oeste no Esta­do de São Paulo.

A legislação de trânsito em vi­gor na época era bem menos comple­xa, a frota de veículos em circulação era bem menos expressiva, o que cer­tamente não tornava a fiscalização mais fácil. Seguramente as dificuldades para a atuação dos pioneiros eram impostas por fatores que a realidade atual torna quase inimagináveis.

Com 34 anos de experiência pro­fissional no Policiamento Rodoviário pude vivenciar a evolução da institui­

ção e de suas práticas operacionais que sempre ocorreram em perfeita sintonia com o advento das concessões rodoviá­rias, do novo Código de Trânsito Bra­sileiro e das crescentes demandas por serviços de segurança pública. Da si­nalização dos locais de acidentes com a utilização de “latas de fogo”, evoluí­mos para a utilização de modernos equipamentos e com a cooperação de equipes especializadas do DER, DERSA e Concessionárias de rodo­vias. Da atuação das patrulhas como verdadeiras ambulâncias improvisadas, evoluímos para a atuação integrada com equipes de socorro especializadas do Corpo de Bombeiros e das Conces­sionárias de rodovias. Da utilização do cronômetro e binóculos para a fiscali­zação do excesso de velocidade, evo­luímos para a utilização em larga es­cala de equipamentos eletrônicos para essa fiscalização. Da observação no terreno por parte das patrulhas rodoviá­rias, evoluímos para o monitoramento eletrônico complementar através dos sistemas de câmeras dos Centros de Controle Operacional. Da atuação qua­se que exclusivamente com o enfoque

na Polícia de Trânsito, hoje atuamos de forma efetiva como Polícia de Se­gurança, cumprindo a missão consti­tucional de preservação da ordem pú­blica atribuída à Polícia Militar.

Hoje, atuando numa malha ro­doviária de 24.000 Km de rodovias pa­vimentadas, com um efetivo de mais 4.000 homens e mulheres, organizados em unidades operacionais estrategica­mente distribuídas no Estado, o Co­mando de Policiamento Rodoviário da Polícia Militar do Estado de São Pau­lo, integrado por quatro Batalhões de Polícia Rodoviária, sediados respecti­vamente em São Bernardo do Campo (1º BPRv), em Bauru (2º BPRv), em Araraquara (3º BPRv) e Jundiaí (4º BPRv), demonstra ter acompanhado pari passu as rápidas transformações em curso na sociedade desde o início de suas atividades, sendo fundamental reconhecermos o legado que recebe­mos de nossos antecessores.

Quando os homens encontram os elementos de sua existência nas reali­zações dos seus antepassados, a com­preensão do presente e a projeção do fu­turo são inevitavelmente permeadas por sentimentos de respeito e de valoriza­ção de todo o esforço e dedicação em­preendidos. Esse efeito, notadamente em relação aos integrantes de uma ins­tituição devotada à causa pública, tor­na-se muito mais relevante, pois nos im­pele a continuar a honrar nosso com­promisso institucional com a defesa da vida e da dignidade humana.

Com a certeza de que a obra mui­to contribuirá para o enaltecimento de nossa história, congratulo-me com o autor, rendendo nossas homenagens àqueles que nos idos de 1958, mais que integrar o destacamento de Polícia Ro­doviária de Assis, lançaram as bases da instituição na região e contribuíram para a magnitude do Policiamento Ro­doviário da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

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Companhia de Assis: passado, presente e futuroCarlos Alberto Paffetti Fantini Tenente Coronel PM Comandante do 2º BPRv (Bauru)

Com particular satisfação tomei conhecimento do projeto de lançamento do livro comemorativo do cinquentenário de inauguração da primeira sede de destacamento no município de Assis, que deu origem a atual 3ª Companhia do 2º Batalhão de Polícia Rodoviária (2º BPRv). Sim, pois só conseguimos projetar um futuro melhor se compreendemos o nosso passado e vivemos intensamente o nosso presente.

E esse é o objetivo que se revela na proposta de ordenar informações que, em seu conjunto, apresentam um painel grandioso que passa por relatos de heroísmo, de amor e dedicação à causa pública, depoimentos, e também conhecimentos técnico-profissionais sobre essa tradicional modalidade de policiamento em São Paulo.

Até 1958, a fiscalização das precursoras rodovias do centro-oeste e oeste paulistas era realizada de modo itinerante, com patrulheiros vindos de Bauru, sob coordenação do Tenente Comandante de Destacamento, que constituía um posto avançado do Comando de São Paulo. As grandes distâncias dificultavam muito a atuação daqueles pioneiros. Somente com sacrifícios indescritíveis, na época era possível cobrir tão extensa área e ainda sem viaturas disponíveis, conforme relatam os mais antigos.

O Estado de São Paulo cresceu junto com a expansão das rodovias no sentido oeste e a chegada da Divisão do DER em Assis, a DR-7, foi a senha para a criação do Destacamento de Policiamento Rodoviário de Assis, com sede própria e designação de um Tenente para a coordenação local dos trabalhos. O Destacamento de Assis permaneceu, como antes, subordinado ao Comando Regional de Bauru que foi alçado ao nível de Batalhão em 1977 (2º BPRv).

Em conjunto com as Companhia de Bauru, Itapetininga, Araçatuba e Presidente Prudente, Assis integra a área do 2º BPRv, que alcança praticamente um terço de todo o Estado de São Paulo.

Portanto, Assis e Bauru sempre estiveram vinculados no tocante à fiscalização rodoviária e hoje o Comando do Batalhão comemora realizações na importante região que estabelece divisa com o Norte do Paraná e faz estratégica

ligação, entre norte-sul, leste-oeste, com sede de Subunidade (3ª Cia) instalada em 1979. São realizações na área de trânsito e na área de polícia de segurança, com uma atuação séria no combate à criminalidade.

Passei boa parte da carreira exercendo funções diversas no 2º BPRv e testemunhei o valor dos integrantes da Unidade, policiais de extremo profissionalismo, trabalhando em pontos tão distantes, mas unidos no mesmo ideal de bem servir a comunidade, garantindo a segurança nas rodovias sob sua responsabilidade. Dentre esses valorosos profissionais, vários serviram na 3ª Companhia e participaram dessa história de sucesso, que hoje prossegue, como uma árvore muito bem cultivada que oferece bons frutos.

Também destaco o excelente relacionamento com os integrantes da DR-7, engenheiros e funcionários de um modo geral, que já é uma marca da 3ª Companhia e que em muito tem auxiliado na busca de soluções conjuntas para uma maior segurança no trânsito rodoviário na região.

Por isso, cumprimento os policiais militares rodoviários da Companhia de Assis, por essa realização!

Fiscalização de trânsito rodoviário, no Km 445 da SP 270, em frente da Base de Assis

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A união faz a nossa forçaJorge Masataka MoriEngenheiro Diretor da DR-7 (Assis)

O convívio entre o Policiamento Ro­doviário e a Divisão Regional de Assis, re­monta ao ano de 1958, lembrando que, na época, toda a parte burocrática do contin­gente era desenvolvida por funcionários civis do DER. Atualmente as atividades bu­rocráticas já são exercidas por policiais militares, que também se responsabilizam pela manutenção de algumas Bases Operacionais, mas a convivência persiste.

Esse congraçamento, que evoluiu ao longo do tempo, tinha suas particularidades, pois não apenas a parte operacional estava intimamente relacionada. Havia na então Polícia Rodoviária e no DER caçadores, pescadores e jogadores de futebol que freqüentemente compartilhavam interesses mútuos. Destaca-se que a Polícia Rodoviária usava, para o seu treinamento, as instalações do DERAC (Departamento de Estradas de Rodagem - Atlético Clube) em Assis, e mantinha nas equipes de futebol alguns elementos conhecidos: o “Tenente Edson”, o Eduardo “Duardão”, o Melquiades “Quidão”, o Vicente, já do lado do DER, faziam parte da famosa equipe do DERAC, o Sergio (Barranco), Zilton (Pacuzinho), Aristeu, Henrique, José Carlos (Pó) e tantos outros, que se mesclavam para formar uma só equipe, situação que se transferia para as atividades funcionais e que permanece até hoje.

O efetivo do Policiamento Rodo­viário sempre conviveu harmoniosamen­te com o DER em Assis, disponibilizando profissionais em operações nas pistas. A presença do policial fardado impõe res­peito, fazendo com que motoristas desavisados reduzam a velocidade e se acautelem, além de respeitarem outras medidas de segurança, ao mesmo tempo em que funcionários do Departamento exercem suas atividades na conservação e implantação de rodovias. O DER, por outro lado, envida esforços para atender às necessidades de instalação e manuten­ção das Bases Operacionais. A comuni­dade ganha com essa parceria.

De fato, a nossa responsabilida­de funcional cria vínculos sobremanei­ra fortes, a nos integrar, a nos unir. Pres­tamos juntos serviços públicos de rele­vância, sejamos funcionários do DER, militares rodoviários ou não, policiais civis, professores, servidores da saúde

ou do meio ambiente. Somos, na reali­dade, todos colegas.

Especialmente o policial rodoviá­rio é um elemento próximo, é um irmão, da mesma casa, com propósitos similares no plano rodoviário e relembramos que, no início, o policial rodoviário era um fun­cionário do DER, nascido dentro do De­partamento, normatizado militarmente e investido da função de fiscalizar e orien­tar condutores para oferecer ao trânsito a segurança necessária. Posteriormente, a excelente Corporação que é a Polícia Mi­

litar carreou e abrigou no seu corpo os valorosos policiais rodoviários.

Por esses motivos, não poderia dei­xar de parabenizar no ano de 2008 o Co­mando do Policiamento Rodoviário pela passagem dos 60 anos e os Comandos Re­gionais (Batalhão em Bauru e Companhia em Assis), pelos 50 anos de história em nossa região. Tenho a certeza de que a Po­lícia Militar, o DER e os usuários de modo geral, podem contar com um valoroso efe­tivo que está pronto para proporcionar maior segurança nas rodovias paulistas.

Engenheiro Vigilato, Dr. Jorge e Capitão PM Franco, em reunião na DR-7

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Parabéns aos nossos policiaismilitares rodoviários!

Adilson Luís Franco Nassaro Capitão PM Comandante da 3ª Companhia do 2º BPRv (Assis)

É justo enaltecer o excelente trabalho desenvolvido, quase sempre anonimamente, pelos nossos policiais militares rodoviários atuantes em Assis e ampla região nos últimos cinqüenta anos de inauguração de sua sede própria.

Cumprindo honrosa missão, são eles hoje filhos da terra, todos residentes nos municípios da região. Rodam vários quilômetros por dia, cobertos pelo manto da legalidade, da farda policial-militar e das tradicionais cores cinza e amarela de suas viaturas. Enérgicos na fiscalização de trânsito, para evitar acidentes. Perspicazes no combate à criminalidade, para proteger o usuário da rodovia e a sociedade, de modo geral, que é receptora do transporte realizado nas estradas.

Hoje mesmo eu observei na rodovia, sobre o asfalto, um policial de botas, quepe e colete, em pé ao lado da viatura, cobrindo o seu posto e orientando motoristas, embaixo de um sol escaldante... Suava toda a camisa e mantinha a postura altiva, de quem cumpre e faz cumprir a lei. Talvez ele não tenha consciência plena de que o seu esforço, em conjunto com o de outros profissionais, salva muitas vidas.

Como conseqüência desse verdadeiro amor à profissão, no fechamento dos balanços parciais de produtividade e de ocorrências registradas, ano a ano, é possível observar positiva evolução na área de segurança do trânsito e também expressivos resultados operacionais no combate à criminalidade.

O patrulhamento e o posicionamento das equipes e viaturas em módulos e horários específicos - por vezes bem longe das Bases -, é otimizado pelos Comandantes de Pelotão. Eles promovem um planejamento operacional sério, devidamente supervisionado, objetivando primordialmente evitar acidentes, mediante critérios estritamente técnicos, ou seja, com base na análise crítica das características das últimas ocorrências, para a preservação da vida e da integridade física dos usuários das rodovias.

Certo é que de nada valeria o melhor dos planejamentos,

se não pudéssemos contar com a motivação e o empenho de cada um dos nossos “heróis da estrada”, a qualquer hora, no calor da tarde ou no frio da madrugada, revistando cargas e ônibus suspeitos, transportando órgãos humanos em viaturas para transplantes emergenciais, despertando motoristas sonolentos, participando de Operações em feriados enquanto os cidadãos comuns passeiam e socorrendo usuários que, em desespero, imaginavam estar sozinhos na rodovia...

O que a Instituição tem de mais valioso é exatamente esse profissional. Merecem os policiais militares rodoviários um profundo reconhecimento pelas demonstrações de eficiência ao longo da história, com constância e lealdade. Por isso registro o orgulho que tenho em comandá-los e em poder dedicar a cada um deles o livro comemorativo ao Jubileu do Policiamento Rodoviário com Sede Regional, em nome da comunidade que externa grande

respeito por tudo o que têm feito. Também, no plano pessoal, considero uma marcante

realização comemorar esse “Cinquentenário” na mesma oportunidade em que completo três anos de comando na 3ª Companhia do 2º BPRv, por alguns motivos especiais que faço questão de consignar: sou assisense e, depois de trabalhar vinte anos na Capital do Estado desde que ingressei na Polícia Militar em 1985, recebi com emoção o convite para servir no Policiamento Rodoviário da região; meu pai, Lúcio Baptista Nassaro, trabalhou durante trinta e seis anos como funcionário do DER em Assis e creio que nunca imaginou que um filho seu atuaria no comando dessa importante fração que compartilha tantos momentos em ação nas mesmas rodovias, com os integrantes do DER, na preconizada harmonia entre fiscalização e engenharia.

E estamos todos em constante aprendizado nessas estradas que sustentam o desenvolvimento e trazem esperanças de um futuro ainda melhor, e com segurança.

Enfim, desejo que cada um dos companheiros que exercem o já tradicional Policiamento Rodoviário na região também se sinta recompensado no desempenho de tão nobre tarefa. A vida não tem preço!

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Polícia Militar Rodoviária:Cinquenta anos em Assis

Ézio Spera Prefeito Municipal de Assis

Assis se constitui, em razão das rodovias por aqui localizadas, em um dos principais entroncamentos rodoviários do Estado de São Paulo. Pela nossa região passa praticamente todo o tráfego de caminhões, ônibus e automóveis oriundos da Capital e Grande São Paulo

em direção ao Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraguai e Argentina e igualmente no sentido contrário. Também por aqui saem os veículos oriundos dos Estados localizados mais ao norte com destino ao Paraná e toda a região Sul.

Por essa razão, é destacada a importância da 3ª Companhia do 2º Batalhão de Polícia Rodoviária, que comemora 50 anos de inauguração da primeira sede de Destacamento no município, em 04 de julho.

Tal data se transforma, indubitavelmente, em um marco e uma comprovação do desenvolvimento regional, dada a importância que é atribuída ao transporte rodoviário no Brasil.

Fundamental se louvar, no entanto, a importânciados POLICIAIS RODOVIÁRIOS nesta data. Tenho certeza que a criação e a manutenção da atual 3ª Companhia do 2º Batalhão de Polícia Rodoviária, esteve sempre apoiada na competência e na bravura dos “soldados do asfalto”.

A segurança pública, um dos grandes clamores da população, tem sido brilhantemente conduzida, no que diz respeito às rodovias da região, durante essas últimas cinco decadas.

Resta-nos, portanto, mais que parabenizar os integrantes da 3ª Cia, cumprimentar a todos os integrantes da Polícia Militar do Estado de São Paulo e agradecer pelo empenho no trabalho dedicado à nossa cidade e nossa região durante esses 50 anos.

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Dados do Município de AssisDADOS GERAIS

O Município de Assis está localizado na Região Oeste do estado de São Paulo, na Bacia do Médio Paranapanema, dis­tante da Capital Paulista 455 Km por via rodoviária e 548 Km por via Ferroviária. Possui e ocupa uma área territorial de pouco mais de 474 Km2 e seus limites geopolíticos encon­tram divisas ao Norte, com o Município de Lutécia, ao Sul, com os de Tarumã e Cândido Mota, à Leste, com Platina e Echaporã e, a Oeste, com Maracaí e Paraguaçu Paulista.

Apresenta estratégica localização geográfica, tanto pela si­tuação de localização geográfica em si quanto pela situação de proximidade regional com o Norte do Paraná, com a Re­gião Meridional do Mato Grosso do Sul, e se posicionando com isso, como importante eixo e rota de entroncamento ro­doviário, no próprio interior do estado, mas também no as­pecto interestadual, inclusive do próprio Mercosul.

Com isso, o acesso e ligação, tanto com as cidades mais importantes do interior paulista, inclusive a capital, tanto com outros estados, são facilitados pela malha rodoviária que ser­ve o município, em especial a Rodovia Raposo Tavares, que passa por todo o seu entorno, com próxima ligação à Rodovia Castelo Branco.

Pertence à Região Administrativa de Marília, e pela sua importância no contexto regional, Assis ocupa a condição de Sede de Sub Região Administrativa, compreendendo atu­almente 22 municípios, que compõe o CIVAP - Consórcio Intermunicipal do Vale Paranapanema: Borá, Campos No­vos Paulista, Cândido Mota, Cruzália, Echaporã, Florínea, Ibirarema, Iepê, João Ramalho, Lutécia, Maracaí, Martinó­polis, Nantes, Oscar Bressane, Palmital, Paraguaçu Paulis­ta, Pedrinhas Paulista, Platina, Rancharia, Quatá e Tarumã. Forma uma “macro-região” que conta com aproximadamente 330.000 habitantes.

A condição de Sede de Região do Governo, faz com que a cidade con­gregue e conte com a presença de vários órgãos e instituições que atuam e executam atividades de forma regionalizadas.

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E AMBIENTAIS O Município de Assis, composto por uma área territorial

de 462,9 Km2, possui as seguintes coordenadas geográficas: Latitude 22º39’39’, Longitude 50º25’13”com uma altitude média de 556m em relação ao nível do mar.

Apresenta clima sub-tropical, tendo uma temperatura mé­dia anual de 21,5ºC, com oscilações nos meses quentes entre 21ºC e 23ºC, e nos meses frios, de 13ºC e 18ºC. Tem uma precipitação pluviométrica média anual de 1.212mm. Os ín­dices de umidade relativa do ar variam entre 62% e 84%, apre­sentando média anual 75,2%.

O solo predominante é o latosso vermelho escuro, embora na cidade apresente solo arenoso. Segundo projeções do IBGE, ao completar um século, a população de Assis atingia 100 mil habitantes.

GESTÃO LOCAL O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito Municipal, Ézio

Spera, tendo como vice, João Rosa da Silva Filho. O Poder Legislativo apresenta uma Câmara Municipal cons­

tituída por 10 Vereadores: Márcio Aparecido Martins (Presi­dente), Arlindo Alves de Sousa, Célio Francisco Diniz, Clau­decir Rodrigues Martins, Cláudio Augusto Bertolucci, Cristia­no Manfio, Eduardo de Camargo Neto, José Luis Garcia, José Aparecido Fernandes e Paulo Mattioli Júnior.

O Município de Assis conta com os seguintes instrumen­tos legais e institucionais de auxílio à administração local: Plano Plurianual, Orçamento Anual, Planta de Valores, LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias, e no momento, trabalha na elaboração de seu Plano Diretor.

ASSIS O nome da cidade originou-se

do sobrenome do doador das terras, Capitão Francisco de Assis Nogueira.

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Assis: sede da Terceira Companhia dePoliciamento Rodoviário (2º BPRv)

Base Operacional de Assis, no Km 445 da SP 270 (Rodovia Raposo Tavares)

Basta olharmos para o mapa do Es­tado de São Paulo, cortado por diversas ro­dovias, para notarmos que a cidade de As­sis é um importante entroncamento rodovi­ário. Caminhos para o norte, sul, leste e oeste do estado cruzam-se, passando pelo muni­cípio.

Naturalmente, junto a esse pólo re­gional, o trabalho de fiscalização nas rodo­vias foi se fortalecendo ao mesmo tempo em que o asfalto tornou-se alvo de investi­mentos estratégicos para o desenvolvimen­to de toda a região, a partir da década de cinquenta.

Nesse contexto, além de contar com a Divisão do DER (DR-7), Assis é sede da 3a Companhia de Policiamento Rodoviário, Subunidade vinculada ao 2º Batalhão de Po­lícia Rodoviária, em Bauru. As outras Com­panhias do mesmo Batalhão são as seguin­tes: 1a em Bauru, 2a em Itapetininga, 4a em Araçatuba e 5a em Presidente Prudente. Im­portante destacar que são quatro os Bata­lhões da Polícia Militar que desenvolvem atividade especializada de policiamento ro­doviário, subordinados ao Comando de Po­liciamento Rodoviário (sede na Capital), para cobrir toda a malha de rodovias esta­duais de São Paulo.

A área de circunscrição da 3a Com­panhia (Assis), abrange hoje 57 municí­pios e a extensão de rodovias estaduais fiscalizadas alcança 1.342,51 Km. Para desenvolver sua missão, a 3a Companhia conta com 178 homens distribuídos em três Pelotões: o 1o em Assis, o 2o em Marília e o 3o em Ourinhos. Na distribui­

ção geográfica são nove as Bases Operacionais em funcionamento ininterrupto: duas no 1o Pelotão (Assis e Florínea), três no 2o Pelotão (Marília, Tupã e Garça) e quatro no 3o Pelotão (duas em Ourinhos, mais Santa Cruz do Rio Pardo e Pirajú).

Assis possui localização privilegia­da e, mesmo não sendo a cidade mais po­pulosa dessa extensa área, centraliza e co­ordena, por meio da 3a Companhia de Po­liciamento Rodoviário, o trabalho de fis­calização de importantes trechos de rodo­vias, para a garantia de um trânsito seguro na interligação entre diversos municípios. As principais rodovias são: Raposo Tavares (SP 270), Engº João Baptista Cabral Rennó (SP 225), Cmt João Ribeiro de Barros (SP 294), Manilio Gobbi (SP 284), Orlando Quagliato (SP 327), Miguel Jubran (SP 333) e um pequeno trecho (11 km) do fi­nal da Castelo Branco (SP 280).

A responsabilidade é grande. Como o transporte ferroviário foi perdendo espa­ço durante as últimas décadas e os trans­portes aéreo e o marítimo não representam grande volume por diversos motivos, espe­cialmente a falta de infra-estrutura, o abas­tecimento dos centros urbanos depende hoje, quase em sua plenitude, do trans­porte rodoviário. Podemos afirmar, por­tanto, que o desenvolvimento passa obri­gatoriamente pelas rodovias, que são verdadeiras artérias que ligam os ór­gãos (municípios) que compõem o Estado, viabilizando a integração e a evolução dos núcleos regionais.

Tudo o que é de bom - e também o que é de ruim - circula nessas rodovias. Coi­sas boas e também as nocivas são transpor­tadas para chegar até o consumidor, nas ci­dades. Pessoas viajam, em razão do traba­lho, por diversão e também por inúmeros outros motivos. Vidas e esperanças circu­lam incessantemente sobre o asfalto. Daí a importância de um trabalho forte de fiscali­zação, na esfera da preservação da ordem pública, que é competência constitucional da Polícia Militar. Certamente, nesse pla­no, a sensação de segurança na rodovia de­pende, além do respeito às regras de trânsi­to por parte dos usuários - que são fiscali­zados para esse fim - também do permanente combate à criminalidade realizado com a presença ostensiva do policiamento rodo­viário.

Assis pode se orgulhar por constituir importante pólo rodoviário. Dezenas de po­liciais militares rodoviários moram no mu­nicípio e trabalham vinculados à 3a Compa­nhia de Policiamento Rodoviário, com sede no Km 445 da SP 270 (Rodovia Raposo Tavares), representando hoje uma das mais operantes subunidades do estado de São Pau­lo, na estrutura organizacional da Polícia Mi­litar, desenvolvendo ininterruptas atividades de polícia de trânsito e de combate à criminalidade.

O trabalho desses policiais mili­tares rodoviários tem sido reconhecido pelo Comando da Instituição e tem trazi­do inúmeros benefícios aos usuários das rodovias estaduais responsáveis pelo de­senvolvimento de toda a região.

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Descrição das Companhias e telefones noâmbito do CPRv

Sede do Comando de Policiamento Rodoviário: Av. do Estado, 777 – 1º andar – Ponte Pequena

CEP 01107-000 – São Paulo-SP.

Tel: (11) 3327-2727 – Fax: (11) 3327-2653

[email protected]

site: www.polmil.sp.gov.br/unidades/cprv

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Descrição da área da Companhia de Assis,Pelotões e Bases Operacionais

COMANDANTES DOS PELOTÕES:

ASSIS: MARÍLIA: OURINHOS: 2º TENENTE PM 2º TENENTE PM 1º TENENTE PM

GILBERTO ANTÔNIO AUGUSTO JOSÉ DE ADRIANO ARANÃO DE OLIVEIRA CARVALHO FILHO

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ALGUNS DADOS ESTATÍSTICOS:

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Trechos de rodovias e municípios abrangidosASSIS

MARÍLIA

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Instrução de Tiro

Encontro TOR em Assis, instrução

de Bastão Tonfa

OURINHOS

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Bases Operacionais

MARÍLIA: SP 294, Km 452+600m (294/2). Atrás da base está a sede do 2º Pelotão.

FLORÍNEA: SP 333, Km 450+500m (333/3). Divisa de São Paulo com o Paraná.

ASSIS: SP 270, Km 445 (270/9). Atrás da base está a sede do 1º Pelotão.

A sede da Companhia se encontra na parte posterior.

3ª Companhia do 2º BPRv ASSIS - SP

GARÇA: SP 294, Km 411+700m (294/2). TUPÃ: SP 294, Km 529+700m (294/3).

OURINHOS: SP 327, Km 28+400m (327/1). OURINHOS - trecho urbano: SP 270, Km 373 (270/8). Junto com a base está a sede do 3º Pelotão.

SANTA CRUZ DO RIO PARDO: SP 225, Km 310 (225/3). PIRAJÚ: SP 270, Km 309 (270/7). Pág. 19

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Brasão símbolo doPoliciamento Rodovíario

Todos os policiais militares rodoviários de São Paulo transportam com orgulho, no ombro direito de suas camisas, o símbolo da atividade especializada de policiamento rodoviário, que também corresponde ao brasão do Comando de Policiamento Rodoviário (CPRv), com sede em São Paulo.

O símbolo traz, em seu centro, o mapa estilizado que ainda hoje é a marca do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), evocando o tempo em que o policiamento rodoviário se vinculava a esse órgão (1948 a 1962), por meio da então Secretaria de Viação e Obras Públicas.

A própria formação do “Grupo Especial de Polícia Rodoviária”, em 10 de janeiro de 1948, deu-se com o emprego de 60 homens, dentre ex­combatentes da Força Expedicionária Brasileira, comandados pelo 1º Tenente José de Pina Figueiredo, da

Força Pública. A aproximação operacional e inclusive o controle da atividade que ensejou formação técnica e organização militar sob os cuidados de instrutores habilitados para esse fim, manteve naturalmente a Milícia Paulista diretamente ligada ao patrulhamento nas rodovias em plena expansão em São Paulo.

Também, durante todo esse período, vários integrantes da então Força Pública foram cedidos para a atividade de fiscalização nas rodovias, atuando em conjunto com profissionais contratados pelo DER.

Não por acaso, portanto, em 1962 a Força Pública acabou absorvendo a então Polícia Rodoviária, para estabelecer em seus quadros o “Corpo de Policiamento Rodoviário”.

Descrição: o distintivo é bordado em tecido de fundo azul escuro, com o formato de escudo misto, contendo no terço superior a inscrição

"POLICIAMENTO RODOVIÁRIO" em letras brancas e, nos dois terços inferiores, escudo em tamanho reduzido, de cor azul clara, contendo em seu centro um mapa estilizado, em linhas retas, do Estado de São Paulo, sobre campo oval azul. As linhas do mapa são douradas e de um ponto dele, correspondente à Capital partem oito halos, também dourados, que se abrem gradativamente e morrem nos contornos do mapa, simbolizando as direções gerais das principais rodovias do Estado. O campo oval é envolvido por uma coroa de louro culminada por uma estrela de cinco pontas, tudo em cor dourada.

MEDIDAS: Altura: 90 mm Largura: 80 mm

Descrição publicada no item 28 do Boletim Geral PM nº 167, de 1989.

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Comandantes da 3ª Companhiado 2º BPRv - Assis

André Boicenco Neto David Fernandes Pedrosa José Carlos Pires Alcides Coelho

Ramiro de OliveiraDomingos

Adilson Luís Franco Nassaro Nelson Garcia Filho

1. Capitão PM André Boicenco Neto, a partir de 30 de março de 1979.O oficial veio a exercer a função de Comandante do Policiamento Rodoviário do Estado de São Paulo, como CoronelPM, no período de 04/02/94 a 04/01/95.

2. Capitão PM David Fernandes Pedrosa, assumiu em 1983.Depois dele, permaneceram interinamente no comando, o 1º Tenente José Koki Kato e o 1º Tenente Edmilson Valterdo Nascimento.

3. Capitão PM José Carlos Pires, de 1985 a 1992.

4. Capitão PM Alcides Coelho, de 1992 a 1996.

5. Capitão PM Ramiro de Oliveira Domingos, de 1997 a 2000.O oficial, natural de Assis, exerce hoje a função de Comandante do 4º BPRv (sede em Jundiaí), como Tenente-Coronel PM.

6. Capitão PM Nelson Garcia Filho, de 2001 a 2002.O oficial exerce hoje a função de Subcomandante do 4º BPM/I (sede em Bauru), como Major PM.Depois dele, permaneceram interinamente no comando o 1º Tenente Núncio Aparecido Chiampi e o 1º TenenteAdriano Aranão.

7. Capitão PM Adilson Luís Franco Nassaro, a partir de 15 de junho de 2005.

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O Policiamento Rodoviário no Estado de São Paulo

Década de 70: fiscalização em caminhões

Na década de 30, São Paulo viu a necessidade de criar e organizar seuÓrgão Rodoviário para poder fazer jus aos recursos do Fundo Rodoviário Fe­deral. Foi criado o Departamento de Estradas de Rodagem, com uma gama de atribuições dentre elas, a de exercer a polícia de tráfego, ou seja, realizar o policiamento de trânsito nas estradas de rodagem, uma atividade completa­mente estranha aos engenheiros.

Este fato motivou, em setembro de 1947, o Presidente do Conselho Rodovi­ário do Estado, Órgão deliberativo das atividades do Departamento de Estradas de Rodagem, Engº Hipólito Rego, a man­ter contato com o Oficial da Força Pú­blica, Tenente José de Pina Figueiredo, que naquela época comandava o 1º Gru­pamento, responsável pelo policiamen­to de trânsito na cidade de São Paulo, sendo ele também o autor do Plano de Policiamento de Trânsito para a Capital.

Década de 60: apoio com motocicletas em mini-maratona, na cidade de São Paulo

Já naquela época o trânsito se en­contrava em situação caótica, em ra­zão do período pós-guerra. Ocorreu que muitos dos veículos se encontravam até então recolhidos por falta de combus­tível e naturalmente surgiram proble­mas quando estes voltaram a circular, situação que impôs aos órgãos de se­gurança a adoção de medidas para manter a disciplina do trânsito.

Em 10 de janeiro de 1948, com a edição do Decreto 17.868, foi instituída a “Polícia Rodoviária do Estado”, com o efetivo inicial de 60 homens e sob o co­mando daquele Oficial, atuante na con­dição de comissionado ao Departamen­to de Estradas de Rodagem, isto porque a competência para exercer a polícia de tráfego nas rodovias era daquele Depar­tamento. O objetivo inicial seria a ope­ração na Via Anchieta, rodovia mais im­portante e moderna da época.

Por meio da Lei nº 7.455, de 16 de novembro de 1962, a então Força Pú­blica (hoje PMESP) absorveu a Polícia Rodoviária, criando em sua organiza­ção o Corpo de Policia Rodoviária, ini­cialmente composto por oficiais e pra­ças que já exerciam a função na Polícia Rodoviária na condição de comissiona­dos, juntamente com os Guardas Rodo­viários do DER, estes civis.

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Década de 60: instrução para operação com motocicletas

A partir deste momento o Poli­ciamento Rodoviário começou a atuar com poderes delegados pelo Departa­mento de Estradas de Rodagem, tor­nando-se necessária a celebração de convênios para ajustar a competência delegada e a sua respectiva atuação.

Em 1963 foi celebrado o primei­ro convênio, restando estabelecido que:

“I - A Força Pública do Estado de São Paulo coloca o Corpo de Poli­ciamento Rodoviário (C.P.R.), à dispo­sição da Diretoria Geral do Departa­mento de Estradas de Rodagem para exercer as funções de policiamento e fiscalização de trânsito e do tráfego na rede de estradas de rodagem estadual e federal, situada no território do Esta­do, quando esta atribuição couber ao DER, por delegação da autoridade fe­deral competente;

II – O DER fixará as sedes dos destacamentos regionais e distritais do C.P.R, de acordo com as necessidades técnicas dos serviços rodoviários e porá à disposição do comando deste os imó­veis e instalações necessários, inclusi­ve viaturas, rádio-comunicação, para o cumprimento das atribuições cometi­dos aos destacamentos do C.P.R.”

Essa competência do Departa­mento de Estrada de Rodagem foi rati­

ficada na legislação de trânsito, desta-cando-se o Código Nacional de Trân­sito de 1966, lei 5.108/66 que dispu­nha em seu artigo 34, inciso IV, a com­petência do Órgão Rodoviário Estadu­al para exercer a polícia de trânsito nas estradas sob sua circunscrição.

O Decreto-Lei Estadual nº 217, de 8 de abril de 1970, dava execução

ao mandamento contido no artigo 2º do Decreto-Lei Federal nº 667, de 02 de julho de 1969 e Decreto Lei Federal nº 1.072, de 30 de outubro de 1969, que estabeleceram que à Polícia Militar do Estado competia executar com exclu­sividade o policiamento fardado, das vias de comunicação rodoviária, a fim de assegurar o cumprimento da lei.

Soldado Pereira, operador de rádio na Base de Tupã, em 1975

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Soldado Marques, na Base de Tupã, em 1975

Em 29 de março de 1971 sobre­veio a celebração de novo convênio destacando que:

“Cláusula primeira: A Secretaria da Segurança Pública, coloca à disposi­ção do Superintendente do Departamen­to de Estradas de Rodagem, o Corpo de Policiamento Rodoviário da Polícia Mi­litar do Estado, para fins de mútua coo­peração e colaboração no policiamento rodoviário, com a observância de normas técnicas e administrativas, na forma pre­vista em instruções a serem baixadas pela Superintendência da autarquia e de modo a observar-se um policiamento planeja­do e integrado das normas de trânsito e tráfego nas rodovias.

Cláusula segunda: Competirá ao Departamento de Estradas de Rodagem e mediante proposta do Comando do Po­liciamento Rodoviário o fornecimento de rádio-comunicação, viaturas e outros meios de locomoção, suas manutenções, combustível, uniformes de serviços, ar­mamento leve e munição, material per­manente, material de consumo e equipa­mentos específicos necessários para a ins­talação da Sede do Comando das Com­panhias e Destacamentos, o pagamento de diárias de diligências, e, mediante so­licitação do Corpo de Policiamento Ro­doviário com a anuência da Superinten­

dência, colocar servidores do DER à dis­posição do referido órgão, para presta­rem serviços administrativos, e à Polícia Militar as despesas com vencimentos, abonos de transferências, passagem para a reserva ou reforma, assistência social, médico-hospitalar, e outras vantagens funcionais, tudo dentro das disponi­bilidades orçamentárias.

(...) Cláusula nona: No sistema rodoviário ‘Anchieta-Imigrantes’, a DERSA fica sub-rogada nos direitos e deveres do Departamento de Estrada de Rodagem”

Com a modificação legal, o Cor­po de Polícia Rodoviária passou a ser de­nominado 39º Batalhão de Polícia Mili­tar até 1975, quando passou a chamar-se 1º BPRv, conforme o Decreto 7.296, de 15 de dezembro de 1975, que aprovou o Regulamento Geral da Polícia Militar e o Decreto 7.289, do mesmo ano. Na se­qüência, foram criados os 2º e 3º BPRv, respectivamente em 1977 e 1979, sendo instituído junto a este último, o Coman­do de Policiamento Rodoviário, ao qual ficaram subordinadas, a partir de então, as três Unidades Operacionais.

A Constituição Federal de 1988, mais precisamente em seu artigo 144, parágrafo 5º, estabelece a exclusivida­de do Policiamento Ostensivo e a Pre­servação da Ordem Pública à Polícia Militar. Esse dispositivo combinado com o disposto no Decreto Federal 88.777/83, que instituiu o Regulamen­to Geral para as Policias Militares, re­sultou na definição de que o policiamen­to rodoviário é uma das modalidades de policiamento ostensivo fardado.

A partir dessa definição, formou-se a convicção de que a competência para o exercício da polícia de tráfego ou de trânsito, passou a ser exclusiva da Polícia Militar.

Formatura no Gabinete de Treinamento (GT) do CPRv, São Paulo, em abril de 2008

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Assim sendo, os convênios fir­mados cuidaram de definir a destinação de recursos do DER para a Polícia Militar executar a fiscalização e poli­ciamento de trânsito e, até mesmo, ope­ração viária.

Em 23 de setembro de 1997 foi sancionada a lei 9.503, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro, estabe­lecendo a composição e a competên­cia dos Órgãos e Entidades do Sistema Nacional de Trânsito, definindo no ar­tigo 21 a competência do DER, en­quanto Órgão Executivo Rodoviário do Estado e no artigo 23 e anexo I a com­petência da Polícia Militar no trânsito.

Em decorrência da Lei Comple­mentar 960, de 09DEZ04 e das altera­ções organizacionais realizadas por meio do Decreto nº 49.248, de 15DEZ04, publicado no Diário Ofi­cial do Estado nº 236, de 16DEZ04, foram processadas várias modificações na estrutura da organização. Dentre elas destaca-se a criação do 4º Bata­lhão de Polícia Rodoviária (4º BPRv), sediado em Jundiaí, subordinado ao CPRv, responsável pelas rodovias com­preendidas pelo cinturão rodoviário ao redor da Capital, abrangendo as saídas para as Regiões Norte, Oeste e Sudo­este do Estado, dividindo as áreas de atuação dos 1º, 2º e 3º BPRv.

Até 2005, além do convênio da PMESP e o DER, havia uma sub­rogação do convênio com a DERSA, porém já vencido há vários anos, e es­tabelecido um Termo de Compromis­so Específico entre cada Concessioná­ria e o policiamento rodoviário.

Objetivando agrupar todas as partes envolvidas, em outubro de 2006, novo convênio foi celebrado, cujo ob­jeto é a execução dos serviços de poli­ciamento e fiscalização de trânsito e transporte nas rodovias estaduais, pela Polícia Militar do Estado de São Pau­lo, por meio do Comando de Policia­mento Rodoviário.

Caracteriza-se o compromisso firmado pela cooperação técnica e material entre os partícipes e as em­presas concessionárias intervenientes­anuentes, com prazo de vigência de 05 (cinco) anos, podendo ser prorro­gado por igual período, em face da sua natureza e objeto, mediante prévia autorização do Secretário da Seguran­ça Pública.

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Cena do filme “O Craque”, com Eva Wilma e a participação de Policiais Rodoviários-1954

Desfile do Corpo de Policiamento Rodoviário da Força Pública, na Vale do Anhangabaú-1964

Cabo PM Mariano e sua Harley Davidson no Pátio do DER de Bragança Paulista-1960

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O 2º Batalhão de Polícia Rodoviária2º BPRv, com sede em Bauru

Distribuição das áreas das cinco Companhias do 2º BPRv

Sede do 2º BPRv, em Bauru

Equipe TOR

O Segundo Batalhão de Polícia Ro­doviária (2º BPRv), com sede em Bauru, foi criado em 07 de agosto de 1977, por for­ça do Decreto nº 8684 de 30 de setembro de 1976. A cidade de Bauru foi estrategicamen­te escolhida pelo comando da Polícia Mili­tar para sediar o 2º BPRv devido a sua po­sição geográfica, região central do Estado, e também por possuir o maior entroncamen­to rodo-ferroviário de São Paulo.

Desse modo, a cidade “Sem Limi­tes” começava a despontar ainda mais no cenário policial, com um contingente de 450 policiais militares rodoviários, 95 vi­aturas e 04 radares para a manutenção da ordem pública e a fiscalização de trânsito rodoviário nas regiões de Bauru, Ribei­rão Preto, São José do Rio Preto, Araçatuba, Presidente Prudente e Marília, atuando nas interligações de 316 municí­pios paulistas.

Com o passar dos anos, em razão da necessidade de acompanhar o cresci­mento demográfico e industrial das regi­ões abrangidas, o 2º BPRv passou por várias modificações até alcançar a dimen­são atual. O efetivo aumentou para 840 policiais militares rodoviários, incluídos os 23 soldados temporários; as viaturas já so­mam 218 entre 02 e 04 rodas; e o número de radares operando na malha viária passa de 14 se considerarmos aqueles operados pelas concessionárias e pelo Departamen­

to de Estradas de Rodagem na área. O Tático Ostensivo Rodoviário

(TOR) foi criado em 30 de setembro de 1987, como nos demais Batalhões, com a missão de intensificar as ações de poli­ciamento ostensivo preventivo repressi­vo nas rodovias estaduais, principalmen­te voltado à prevenção e repressão ime­diata às ocorrências de maior vulto, so­bretudo referentes ao tráfico de entorpe­centes e ao roubo e furto de carga. Os policiais militares rodoviários que com­põem as equipes de TOR procuram se especializar diariamente, criando assim doutrina própria de emprego e apoio às ações do Policiamento Rodoviário.

Em 04 de dezembro de 1992, por força da Lei nº 8.160, o 2º Batalhão de Polícia Rodoviária passou a denominar-se “Ten Cel PM Levy Lenotti”, uma ini­ciativa do então deputado estadual Os­valdo Sbeghen, em homenagem póstu­ma ao ex-comandante da Unidade, ofi­cial de raras qualidades e que deixou marca de excelente administração.

Em 15 de agosto de 2003, uma se­mana após o 2º BPRv completar vinte e seis anos de existência, apresentou-se na sede da Unidade o 2º Sgt Fem PM Sel­ma Yaskara Gonçalves, a primeira poli­cial feminina a servir no Batalhão; na seqüência vieram o Cb Fem PM Danielle e os Sd Fem PM Raquel e Simone, mar­

cando desta forma a presença da mulher no Policiamento Rodoviário.

Hoje são quinze policiais femininas, cinco delas servindo no Pelotão de Marília, vinculado à Companhia de Assis.

Atualmente o 2º BPRv é coman­dado pelo Ten Cel PM Carlos Alberto Paffetti Fantini e possui uma área de atuação nos eixos que interligam 223 municípios paulistas, num total de aproximadamente 6.867 Km de rodo­vias policiadas pelo efetivo distribuí­do nas cinco companhias operacionais, com sedes respectivas nas cidades de Bauru, Itapetininga, Assis, Araçatuba e Presidente Prudente.

As funções administrativas ficam a cargo do Estado Maior, composto por qua­tro oficiais e da Companhia de Comando e Serviços, hoje com 44 policiais sob o co­mando de um Capitão, responsáveis pela elaboração dos planos e normas de ação a serem desenvolvidas no âmbito das subunidades, tanto no campo propriamen­te policial como no de trânsito rodoviário.

Sede do 2º BPRv: Avenida Cru­zeiro do Sul, 14-71 - Jardim Cruzeiro do Sul - Bauru/SP - CEP 17.030-743, fone/fax (14) 3203-1311 e 3203-1304, e-mail [email protected].

Site: http://www.polmil.sp.gov.br/ unidades/cprv/index.asp.

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O Policiamento Rodoviáriona região de Assis,

sede da 3ª Cia do 2º BPRv

Base Operacional de Assis, década de 60, acesso da SP 333

Primórdios...No início dos anos 50, a fiscali­

zação das rodovias do centro-oeste paulista, incluindo-se as regiões de As­sis, Marília e Ourinhos, era desenvol­vida de modo itinerante por patrulheiros integrantes do Destacamento de Bauru, criado 25 de julho de 1950.

Para enfrentar as grandes distân­cias, o modo de operação impunha enor­mes sacrifícios aos patrulheiros. As equi­pes atuavam, em seqüência, na primeira semana em Bauru, de Bauru para São Manoel, Arealva, Lençóis Paulista, Agu­dos e por toda essa região. Depois pros­seguiam até Iacanga, Ibitinga, depois para Lins, Birigui e Araçatuba, até Valparaíso. Na outra semana deslocavam-se para As­sis (mas não fiscalizavam Ourinhos, lo­

cal em que permanecia um policial de Itapetininga atuando sozinho), prossegui­am para Rancharia e Iepê, Presidente Pru­dente e Pirapozinho, encerrando desse modo o ciclo de fiscalização.

Nessa época, as estradas do inte­rior apresentavam-se construídas em cascalho e outras, ainda em terra bati­da. Quando chovia, era necessário pas­sar a máquina moto-niveladora para aplainar o leito carroçável, a exemplo do que ocorria no prolongamento da Av. Rui Barbosa, na saída da cidade de As­sis e o mesmo no seu trecho urbano. No oeste paulista somente existia asfalto em algumas quadras do centro da cidade de Santa Cruz do Rio Pardo e também de Araçatuba. Aliás, no começo da década

de 50 o povo interiorano somente ouvia falar de asfalto como “material neces­sário para pista de avião”.

Periodicamente, uma equipe itinerante passava duas semanas ba­seada em Assis e depois retornava para Bauru. Enquanto baseados nesse muni­cípio, os patrulheiros permaneciam alo­jados em uma pensão na Rua Brasil, pré­dio que veio a abrigar a agência local do Banco do Brasil.

Muitas das estradas da região eram “construídas” apenas em terra batida, para interligar municípios (as estradas deno­minadas vicinais), onde a fiscalização não chegava em razão de que o policiamento rodoviário atuava, como hoje, somente nas rodovias estaduais.

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Fiscalização de trânsito rodoviário, década de 60. Região de Assis

Por essas paragens, o DER dava suporte mediante um serviço de “Resi­dência”, que já funcionava em Assis na década de 50, para a manutenção das rodovias regionais mediante reparos bá­sicos, colocando cascalho em terrenos arenosos ou construindo aterros com transporte de terra por meio de burros, procedimento comum na época. Solta­vam-se os animais a distâncias de até mil metros, carregados de terra em duas caçambas amarradas ao lombo numa cangalha, para destino certo e, depois de descarregada a terra por portinholas na parte inferior das caçambas, os bur­ros eram despachados para retornar ao ponto inicial - também sem guia - para novo carregamento, sempre com uma chibatada na ida e outra na volta...

No início da fiscalização rodovi­ária no interior do Estado, os patrulheiros não dispunham de viaturas. Durante quase toda a década de cin­qüenta apenas uma viatura atuava no âmbito do Destacamento de Bauru, sob responsabilidade direta do comandante regional para traslado das patrulhas. Essa viatura, inclusive, foi seriamente danificada em 1951 quando um Tenen­te da capital, de nome Arantes, passan­do pela região, resolveu dirigi-la sobre uma estrada de terra, em alta velocida­de. Apesar de alertado pelos patrulheiros - que se encontravam no interior do ve­ículo - quanto à técnica de direção no solo diverso do asfalto, o Tenente res­pondeu, no meio do poeirão: “tem nada

não, isso aqui é um paraíso...” pouco antes de perder o controle da direção e provocar o capotamento da viatura.

Normalmente os patrulheiros vi­ajavam de carona e faziam grandes ca­minhadas, de dia ou de noite, enfren­tando situações difíceis em rodovias pouco movimentadas. Por vezes, pela falta de outros meios, se sujeitavam a aceitar a condução no próprio veículofiscalizado e eventualmente multado. À noite, quase sempre longe de casa e dos entes queridos, em pensões, ao tomar banho, tiravam poeira do nariz ou dos cabelos e penavam para lavar a farda cáqui, em razão da força e da cor da ter­ra vulcânica (chamada “terra roxa”) do

desbravado oeste paulista, onde o asfal­to era uma grande novidade.

Ainda no início da década de 50, foi inaugurado um trecho oficial de ro­dovia ligando Assis até Echaporã (SP 333), em 31 quilômetros de terra bati­da. Mesmo sem asfalto, a rodovia esta­dual possuía qualidade inédita, com pis­tas largas, um motivo de orgulho para a região naquele contexto viário primiti­vo. Então, para chegar até Assis, as equi­pes itinerantes do Destacamento de Bauru passavam por Presidente Alves, por Gália, por Garça, por Vera Cruz, sempre cruzando por trechos de estrada de terra até chegar em Marília e passa­vam pela serra de Echaporã até alcan­çar a rodovia recém inaugurada, para então alcançar Assis. Por isso, as cida­des de Assis e Presidente Prudente eram conhecidas pelos patrulheiros como o “fim-do-mundo”.

O trecho de Marília até Echaporã apresentava maior dificuldade para ser transposto em razão das serras. Passa­vam por cima de morros, em trechos de terra mal conservados, ao lado de ver­dadeiros abismos, com curvas extrema­mente perigosas. Temia-se especialmen­te a “Serra do Gavião”, em razão de que, no final do declive sem acostamentos, os veículos encontravam uma curva fe­chada com as laterais escoradas por ele­vados muros de madeira que dissimula­vam um grande precipício. Caminhões carregados de algodão, de cereais ou de outros produtos, por vezes não conse­guiam fazer a manobra, protagonizando trágicos acidentes.

Viatura acidentada do Destacamento de Assis, década de 60

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Descentralização do efetivoEm razão das dificuldades de

constantes viagens, ainda no ano 1951, em data não identificada, foram desig­nados dois policiais, soldados da Força Pública atuando no Destacamento de “Polícia Rodoviária” de Bauru, para ser­virem de modo fixo em Assis, quais se­jam, Manoel Fernandes Neto e Custó­dio Ferreira de Souza. Passaram a mo­rar na cidade, inicialmente na mesma pensão da Rua Brasil, e a trabalhar ex­clusivamente nas rodovias próximas. No mesmo movimento de descentralização, mais dois patrulheiros foram designa­dos para Lins: José Rodrigues e Renato Plazi; outros dois: Salviano Gonçalo de Souza e Sebastião Garcia foram desig­nados para Araçatuba. Outros dois fo­ram para Rancharia: o policial Antonio Coelho Cristino (conhecido por “King”) e o Silveira. Mais três patrulheiros fo­ram destacados para Presidente Pruden­te: Flávio de Campos Melo, José Ricarti e Bittencourt.

Além de lavrarem as “multas” du­rante as fiscalizações, atuando em ro­dovias ou em trechos pré-estabelecidos, esses patrulheiros também se responsa­bilizavam pelo recebimento dos valo­res correspondentes, bem como pela prestação de contas ao rondante - ou simples emissário -, que vinha com vi­atura de Bauru uma vez por mês tam­bém para trazer talões de multa, de apre­ensão, recibos de dinheiro e outros im­pressos necessários e, ainda, para trans­mitir orientações e receber notícias em

nome do Tenente Comandante do Des­tacamento de Bauru. Por vezes o patrulheiro destacado cumpria escala de apresentação na sede do Destacamen­to, oportunidade em que prestava con­tas pessoalmente ao Comando, tornan­do-se desnecessário, no respectivo pe­ríodo mensal, o deslocamento de al­guém de Bauru para contato.

Quanto às figuras da época, lem­bradas em relatos, merece destaque um patrulheiro que atuou em Garça duran­te algum tempo na década de 50 e ficou muito conhecido pela sua apresentação pessoal e uniforme impecável: Marcos Celso Dias Penha. Era paraguaio, natu­ralizado brasileiro e, orgulhoso da fun­ção pública que exercia, fez questão de apresentar-se todo equipado com luvas, viseiras sobrepostas ao quepe e outros acessórios próprios da fiscalização com motocicletas, como era de seu costume, para registro fotográfico de 1953 (foto hoje recuperada), apesar de sequer exis­tirem motos em funcionamento na fis­calização rodoviária da região, naquela época. As dificuldades no exercício da função, entretanto, não comprometiam o seu sucesso, especialmente junto ao público feminino e a expressiva imagem do herói “vigilante rodoviário” - que se­ria imortalizada por Carlos Miranda no primeiro seriado da televisão brasileira - já se mostrava forte no imaginário da população local.

Patrulheiro Marcos Celso Dias Penha. Garça, 1953

Policiais rodoviários atendendo acidente de trânsito na região de Assis, década de 60

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Dentre os fatos históricos dessa época, destaca-se uma ocorrência que teve muita divulgação. Em 19 de maio de 1951, os patrulheiros em serviço na cidade de Rancharia acompanharam os registros de um grave acidente aéreo que resultou na morte de todas as pessoas que viajavam em um avião (vinte e três vítimas) que seguia em vôo comercial. O avião caiu às 19 horas, próximo da rodovia, a cinco quilômetros da entrada da cidade, provavelmente em razão de relâmpago que teria atingido as suas asas. Na hora do acidente, surgiu um enorme clarão e um forte estampido vin­do da direção da rodovia; os patrulheiros, que se encontravam na ci­dade, imaginaram tratar-se de um ca­minhão de transporte de combustível que teria explodido. Houve uma grande correria e toda a população quis ver de perto o ocorrido, algo inédito para aque­la comunidade. Uma foto tirada no dia foi preservada.

Com o passar dos anos, outros patrulheiros foram designados para traba­lhar em Assis, junto com Manoel Fernandes Neto e Custódio Ferreira de Souza; foram eles: Paulo Novaes, Mário Carboneli Marques, Simoneli e o Sargento Vanderlei de Paula, que havia trabalhado no Regimento de Polícia Montada (Ca­valaria) da Força Pública e também no setor de Capturas, em que ficou conheci­do pelas inúmeras prisões realizadas. O aumento do efetivo se fazia mesmo ne­cessário em razão da expansão das rodo­vias estaduais. Todavia, os patrulheiros ainda não possuíam sede no município, permanecendo alojados em pensão e sob ordens de um Tenente (da Força Pública) do Destacamento de Bauru: Renato No­gueira Magalhães, professor de educação física, de compleição robusta, conhecido pelo rigoroso tratamento dispensado aos subordinados.

Em 02 de fevereiro de 1958, esse mesmo Tenente designou o patrulheiro Salviano Gonçalo de Souza para fiscali­zar exclusivamente a rodovia que ligava Assis, partindo do Posto Marajó, a Porto Areia, na direção de Londrina (Paraná), o primeiro trecho de asfalto da região que seria ainda inaugurado naquele mesmo ano, no aniversário do município de As­sis, então comemorado durante a primei­ra semana de julho.

O final dos anos 50 confirmou a tendência de transformação da cidade de Assis em importante eixo e rota de en­troncamento rodoviário, em substituição ao transporte ferroviário predominante em sua origem, com a inauguração de diver­sos trechos de estradas, especialmente o da SP-270 - Rodovia Raposo Tavares -, que contorna a cidade, formando-se ex-

Patrulheiros em serviço itinerante na cidade de Rancharia acompanharam os registros de um grave acidente aéreo que resultou na morte de todas as pessoas que viajavam em um avião, em 1951

Formação do Destacamentoe Pelotão de Assis

pressiva malha para interligação com a capital e cidades do interior de São Pau­lo e com os Estados do Mato Grosso do Sul e do Paraná. Nesse contexto, justificadamente, Assis recebeu uma Di­visão do DER (atual DR-7) oficialmente instituída em 1958, com sede no prolon­gamento da Av. Rui Barbosa, onde já fun­cionava o seu serviço de Residência.

Policiais rodoviários em patrulhamento na região de Assis, década de 60 Pág. 30

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No mesmo ano de 1958, finalmen­te, o Tenente Milton de Almeida Pupo foi designado para formar um “Destacamen­to Rodoviário”, com sede permanente em Assis. O oficial visitou o município du­rante o mês de junho, junto com o Tenen­te Renato - então comandante regional -, para conhecer as estradas e os patrulheiros que já serviam na área; pouco tempo de­pois se mudou com a esposa e um filho para fixar residência na cidade.

A inauguração do Destacamento de Assis, com instalação provisória naRua Ângelo Bertoncini, em uma traves­sa logo depois do velho Correio, deu-se exatamente no dia 04 de julho daquele ano, na mesma oportunidade em que foi inaugurado o trecho de asfalto ligando Assis a Porto Areia, durante as festivi­dades da semana do aniversário do mu­nicípio (a partir de 1º de julho).

A Divisão do DER e a sede do Destacamento Rodoviário significaram importantes conquistas para a cidade, possíveis graças à atuação do então De­putado José Santilli Sobrinho, expres­sivo nome da política da região. Essa mesma personalidade exerceu o cargo de prefeito do município em dois mo­mentos distintos de sua história.

Pouco tempo depois da inaugura­ção, a sede do Destacamento foi muda­da para uma grande casa alugada pelo DER perto da escola Tomás Menk.

Vista parcial de Assis, no final dos anos 50

José Santilli Sobrinho, Deputado Estadual na década de cinquenta, atuou politicamente para

a instalação da DR-7 e do Policiamento Rodoviário em Assis

Na direção oeste, a extensa área de circunscrição do Destacamento chegava até Presidente Prudente - inclusive -, ainda o ponto limite das rodovias estaduais.

Quanto aos meios, o Destaca­mento foi montado com os homens que já trabalhavam na região e recebeu uma viatura “Land Roover” (tipo “Jeep”) com tração nas quatro rodas, para rodar com o comandante. Aos poucos, o DER foi adquirindo outras viaturas: um Jeep e uma Ford F1 (camionete) para empre­

go em fiscalização no trecho de Ourinhos até Presidente Prudente. Não obstante, na maioria das vezes os patrulheiros trabalhavam mesmo a pé. Somando inicialmente quatorze ho­mens, a equipe atuava com a seguinte distribuição: Cléber em Ourinhos; Sar­gento Vanderlei, Salviano, Carboneli, José Celso de Melo, Simoneli e mais um de nome desconhecido em Assis; outros dois em Iepê; mais dois em Rancharia e três em Presidente Prudente.

No final de 1958, mediante con­curso do DER, foram designados outros patrulheiros, como reforço, dentre eles quatro com vínculos às tradicionais fa­mílias Luciano Gomes e Carneiro (de Assis): Clóvis Luciano Gomes (o “Mão­de-Onça”, conhecido jogador de bola-ao-cesto) e seu irmão Otacílio Luciano Gomes; “Zizinho” (irmão de Lodomiro Carneiro, professor de educação física e instrutor de bola-ao-cesto) e Lízias Anderson (genro de Teodomiro Carnei­ro). Vieram também Lindolfo Biúdes, Ernesto Bernardino, Ribeiro e demais integrantes de uma turma recém-forma­da em Jundiaí, toda direcionada para completar o novo Destacamento de As­sis. Com isso, foram somados aproxi­madamente vinte ao efetivo inicial de quatorze, resultando um grupo sufici­ente, à época, para uma atuante fiscali­zação rodoviária na região.

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O Tenente Pupo permaneceu pou­co tempo no comando do Destacamen­to. Assumiu, logo depois, o Tenente Hé­lio Jardim da Silveira (Tenente Jardim) que providenciou a locação de uma sede - conhecida como “escritório” - na Ave­nida Rui Barbosa, em frente ao DER.

A sede foi mudada, em 1963, para uma construção providenciada pelo DER no aterro entre a Rodovia Raposo Tavares e o acesso para Marília (Km 444 da SP 270, trevo do Posto Mode­lo), durante o comando do Tenente Cân­dido Ferreira Pinho. Foi essa a pri­meira instalação construída pelo DER especificamente para funcionar como sede própria de fiscalização rodovi­ária no interior, com características até então insuperáveis quanto às re­partições do espaço, banheiros e qua­lidade da obra em si. Uma foto da inauguração, com formatura militar, foi recentemente recuperada.

Importante destacar que, confor­me exposto, em 1962 a Força Pública absorvera a “Polícia Rodoviária”, esta­belecendo em seus quadros o Corpo de Policiamento Rodoviário, oportunidade em que os patrulheiros civis concursa­dos, puderam optar pela permanência no

DER, exercendo outras funções. Nesse momento alguns patrulheiros deixaram a fiscalização rodoviária, dentre eles Cló­vis Luciano Gomes, que havia termina­do no mesmo ano o curso superior de Di­reito e prosseguiu carreira como bem su­cedido Procurador do DER, vindo a ocu­par o cargo de Chefe do Departamento Jurídico, em São Paulo.

Já inserido na organização da Polícia Militar de São Paulo, o antigo Destacamento manteve-se com a deno­minação de Pelotão de Assis. Na se­qüência dos comandos, assumiram in­terinamente vários Sargentos e Subte­nentes e, também, passageiramente, o Tenente Fabiano (de Sorocaba), o Te­nente Gorreri (de Itapetininga) e o Te­nente Barbosa (de Bauru), até a desig­nação do Tenente Américo Borba. Es­teve no comando, depois, o Tenente Osmar Ferreira Cândido e, ainda, o Te­nente Edson Reis, que permaneceu a frente do efetivo durante quase doze anos até sua passagem para a reserva em 1976, quando transmitiu o cargo, in­terinamente, para o Subtenente Emer­son Pratis Simões.

Dentre as diversas missões de­senvolvidas pelo efetivo de Assis nas décadas de 60 e 70, sobressaem-se

algumas escoltas de Ministros em visita na região. Para uma das co­mitivas, em especial, o patrulheiro Salviano - da Força Pública e em serviço na rodoviária - recebeu ori­entações para acompanhar a autori­dade (Ministro Andreaza), de viatu­ra, do aeroporto até a entrada de Pre­sidente Prudente, quando passaria o serviço para a Guarda Civil local prosseguir.

Não concordou com essa orien­tação e conversou com o Capitão Paes Lemes, então Comandante do Polici­amento de Presidente Prudente, aler­tando-o de que não passaria a escolta salvo para o efetivo da Força Públi­ca, o que foi feito com a anuência do referido Comandante (que recepcio­nou a autoridade no quartel) ignoran­do a presença dos guarda civis que aguardavam a comitiva. Esse episó­dio ilustra bem certa rivalidade obser­vada entre as duas Instituições (For­ça Pública e Guarda Civil), com al­gumas atribuições superpostas, e que foram unificadas em 1970 para dar forma a um único órgão de policia­mento ostensivo: a Polícia Militar do Estado de São Paulo.

Inauguração da Sede do Pelotão de Assis, em 1963, entre a Rodovia Raposo Tavares e o acesso para Marília (SP 333) Pág.32

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Companhia de AssisComo consequência da unifica­

ção da Força Pública com a Guarda Ci­vil em 1970 e a reestruturação da Mi­lícia Paulista, ora chamada Polícia Mi­litar do Estado de São Paulo, estabele­ceu-se o Policiamento Rodoviário, em 24 de maio de 1971, como Unidade identificada por 39º Batalhão de Polí­cia Militar, cobrindo toda a área do Es­tado. Já em 04 de dezembro de 1973, teve sua denominação adequada à fun­ção especializada que exercia, passan­do a chamar-se Batalhão de Policia­mento Rodoviário.

Em 15 de dezembro de 1975, após nova adequação das Unidades da Polícia Militar, foi ele denominado 1º Batalhão de Polícia Rodoviária (1º BPRv), do qual foram desmembrados, em 07 de agosto de 1977, o 2º Bata­lhão de Polícia Rodoviária (2º BPRv, com sede em Bauru) e, em 25 de janei­ro de 1979, o 3º Batalhão de Polícia Rodoviária (3º BPRv, com sede em Rio Claro), que passaram a ter suas ativi­dades coordenadas pelo Comando de Policiamento Rodoviário (CPRv), com sede na Capital paulista, a partir de 30 de março de 1979.

Menos de dois anos após a cria­ção do Batalhão em Bauru, Assis foi elevada à condição de sede de Com­panhia, instalada exatamente em 30 de março de 1979 (Terceira Companhia do 2º BPRv), conforme publicação no Boletim nº CPRv-014/79, tendo como primeiro Comandante o Capitão PM André Boicenco Neto. Presidente Pru­dente permaneceu como sede de um de seus Pelotões durante dez anos, até que em 06 de outubro de 1989 a ex­tensa área foi dividida para a instala­ção da Quinta Companhia, com sede naquele município. Em razão do tama­nho da região fiscalizada, inicialmen­te, a Companhia de Assis chegou a ad­ministrar quase quatrocentos homens no final da década de 80, pouco antes da criação da Companhia de Presiden­te Prudente (5ª Cia).

A Terceira Companhia funcio­nou provisoriamente em vários ende­reços de Assis, junto com o seu 1º Pe­lotão, na seguinte sequência: Rua 7 de Setembro, 60 - Centro, Avenida Rui Barbosa, 1908 - Centro, Rua da Cons­

tituição, 481 - Vila Ouro Verde e Avenida Rui Barbosa, 2325 (no DER). Finalmen­te, a sede própria e permanente foi inau­gurada em 26 de outubro de 1990, no km 445 da SP-270 - Rodovia Raposo Tavares.

Nota-se que, à época da inaugu­ração da sede definitiva, o Tenente Co-

Patrulheiros Rodoviários de Assis, na década de 60, com viatura modelo Jeep Willys

ronel Levi Lenotti comandava o 2º BPRv (Bauru), em profícua gestão que, reconhecida anos mais tarde, resultou na escolha do seu nome para identifi­cação do Batalhão, como justa home­nagem à sua pessoa (2º BPRv - “Ten Cel PM Levi Lenotti”).

Uma das primeiras Equipes TOR de Assis, na década de 80

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Equipe de futebol do Pelotão de Assis, no Torneio do 141ª Aniversário da Polícia Militar, em 15 de dezembro de 1972, em Assis

Já a Base Operacional de Assis margem originalmente ocupada pela Ainda, graças à iniciativa de poli­(BOp 270/9), “Sargento Hermes Reis” Base), foi transferida para o km 445, em ciais militares rodoviários voluntários e (nome dado em homenagem ao irmão do uma construção-modelo inaugurada em apoio do DER e da comunidade local, aos Tenente Edson Reis), inaugurada em 12 20 de julho de 2001, na frente da Compa- poucos foi sendo construída uma área de julho de 1975, permaneceu por vinte e seis nhia e ao lado da sede do 1º Pelotão, com treinamento e recreação, atrás do prédio anos em funcionamento na SP 270 Km 440 amplo pátio para estacionamento de veí- da Companhia, que hoje conta com qua­+ 400m, no acesso principal da cidade. culos apreendidos, integrando o atual dra esportiva, campo de futebol em tama-

No entanto, em razão da obra de complexo de policiamento rodoviário em nho oficial e um amplo salão de convi-duplicação do trecho Assis-Ourinhos da privilegiado e extenso espaço cedido pelo vência utilizado para eventos diversos de Rodovia Raposo Tavares (que utilizou a DER para essa finalidade. interesse institucional.

Antiga Base Operacional de Assis, do Km 440+400m, da Rodovia Raposo Tavares Silva Júnior, “O Patrulheiro 1020” Pág. 34

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A área de circunscrição atinge atu­almente cinquenta e sete municípios, so­mando-se 1.342,513 Km de rodovias es­taduais diuturnamente patrulhadas, cober­tas por três pelotões (1º - Assis, 2º - Marília e 3º - Ourinhos), com o total de nove Ba­ses Operacionais (Assis e Florínea / Marília, Tupã e Garça / Ourinhos (duas), Sta. Cruz do Rio Pardo e Pirajú).

Quanto aos oficiais designados para o comando da Terceira Companhia, verificou-se a seguinte seqüência: 1º - Capitão PM André Boicenco Neto, de 1979 a 1982 (dez anos mais tarde, como Coronel PM, foi Comandante do Policiamento Rodoviário do Estado de São Paulo). 2º - Capitão PM David Fernandes Pedrosa, assumiu em 1983 (depois dele, permaneceram interinamente no coman­do, o 1º Tenente José Koki Kato e o 1º Tenente Edmilson Valter do Nascimento); 3º - Capitão PM José Carlos Pires, de 1985 a 1992; 4º - Capitão PM Alcides Coelho, de 1992 a 1996; 5º - Capitão PM Ramiro de Oliveira Do­mingos, de 1997 a 2000; 6º - Capitão PM Nelson Garcia Filho, de 2001 a 2002 (após o seu comando, durante um período de três anos perma­neceram interinamente no comando o 1º Tenente Núncio Aparecido Chiampi e o 1º Tenente Adriano Aranão) 7º - Capitão PM Adilson Luís Franco Nassaro, a partir de 15 de junho de 2005.

Vocação para polícia de segurança

Acompanhando as transforma­ções da Instituição, em atendimento ao anseio da população por melhores con­dições de segurança e uma efetiva res­posta à criminalidade, gradativamente o Policiamento Rodoviário foi priorizando em todo o Estado a atuação focada na polícia de segurança, especi­almente a partir de 1987, quando foi criado o TOR – Tático Ostensivo Ro­doviário, sem o abandono da fiscaliza­ção de trânsito rodoviário.

Essa Força Tática de atuação es­pecializada em rodovias foi instituída em 30 de setembro de 1987, quando co­mandava o Policiamento Rodoviário do Estado o Cel PM Ralph Rosário Solimeo, responsável pela iniciativa. Mediante emprego de equipamentos, ar­mamentos, técnicas e táticas específi­cas para as atividades de polícia osten­siva e de preservação da ordem públi­ca, as Equipes TOR alcançaram extra­ordinário êxito nas Companhias de Po­liciamento Rodoviário do interior.

A Terceira Companhia montou e treinou equipes que, ao longo dos anos, projetaram positivamente a imagem da Polícia Militar em razão de ocorrências que comprovaram um forte combate à criminalidade nas rodovias regionais. Em conjunto com as patrulhas conven­cionais, foram responsáveis por apreen­

sões históricas de entorpecentes (algu­mas de mais uma tonelada) nas Bases Operacionais dos Pelotões de Assis, Marília e Ourinhos, além de inúmeras prisões em flagrante por delitos diver­sos, apreensões de armas, recuperação de veículos roubados ou furtados, cap­tura de diversos indivíduos foragidos e procurados pela Justiça, desbaratamen­to de quadrilhas e outros feitos devida­mente reconhecidos pela comunidade e pelo Comando.

Para se ter noção da efetividade do trabalho realizado, a partir do ano de 2001 foi quase extinta a ocorrência de roubo de cargas na região.

Sgt PM Avelino Tavares, hoje 2º Ten Res PM,serviu na administração da Companhia

de setembro 1983 a maio de 2003

Solenidade de inauguração da nova Base Operacional de Assis, em 2001

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APREENSÕES DIVERSAS

Maconha na lataria de veículo. Florínea, 2007 Maconha em fundo falso de tanque de caminhão. Assis, 2007

1,3 tl de maconha embaixo de carga de carvão. Assis, 2007 Munição transportada em ônibus. Garça, 2007

1 kg de haxixe dentro de estepe. Florínea, 2005 Maconha em veículo de passeio. Ourinhos, 2007

Maconha no para-choque de veículo. Assis, 2007 Arsenal em veículo de passeio. Sta Cruz do Rio Pardo, 2006

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APREENSÕES DIVERSAS

Maconha na lataria de veículo. Assis, 2007 Maconha em fundo falso de automóvel. Florínea, 2006

Maconha na mala em ônibus. Assis, 2006 Maconha na lataria de veículo. Assis, 2007

Droga no interior de painel de veículo. Ourinhos, 2007 Carregamento de cigarros contrabandeados. Assis, 2007

Maconha em mala em ônibus. Assis, 2007 Maconha em fundo falso de carreta. Assis, 2006

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Parceria de sucesso com o DER

Dr. Jorge, Diretor da DR-7, com Capitão Franco, Tenente Aranão e policiais militares rodoviários do 3º Pelotão, em frente à obra de construção da nova Base de Pirajú, em 2006

A área geográfica de atuação da 3ª Companhia do 2º BPRv coincide, quase na sua totalidade, com a área de circunscrição da DR-7, com sede em Assis. O trabalho desenvolvido na re­gião para a segurança nas rodovias es­taduais que interligam dezenas de mu­nicípios, caracteriza-se pelo apoio mú­tuo, envolvendo engenharia e fiscali­zação de trânsito. A experiência com­prova que não há mesmo outra forma de diminuir os acidentes senão o inves­timento nas três vértices do triângulo da prevenção: serviços de planejamen­to e engenharia, fiscalizações eficazes e educação para o trânsito.

A parceria de sucesso vem de lon­ga data. Na verdade, a primeira sede do Policiamento Rodoviário em Assis - cha­mado “Destacamento” - foi inaugurada no mesmo ano em que se instalou a DR-7,

Divisão do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) na cidade, ou seja, em 1958 (no dia 04 de julho).

Nessa época os “guardas rodoviá­rios”, como eram então chamados, com­punham um corpo vinculado ao próprio DER e, portanto, integravam a Secretaria de Viação e Obras Públicas. Não obstan­te, desde os primórdios, vários integran­tes da Força Pública foram colocados à disposição desse serviço de fiscalização; tanto, que o primeiro Comandante desig­nado em 1948, em São Paulo, quando do início das atividades do Policiamento Rodoviário estadual, era um Oficial da Força Pública: o Tenente José de Pina Fi­gueiredo.

A criação do DER, no entan­to, é mais antiga. Ocorreu em 02 de julho de 1934, por meio do De­creto estadual nº 6.529.

Quanto à organização do DER em Assis, o órgão vinha sendo repre­sentado na região, até 1958, por uma sede de Residência de Obras e uma de Residência de Conservação, subordi­nadas à Divisão Regional de Bauru, então denominada B3C. Esses órgãos cuida­vam principalmente da construção e da conservação de trechos da SP-270 (Ra­poso Tavares), da construção da SP-333, ligação Assis/Marília e Assis/Porto Char­les Naufal, na divisa com o Estado do Paraná. A B7C (sede Assis) finalmen­te nasceu por força do Decreto 25.342 de 09 de janeiro de 1956 e foi instala­da pelo Diretor Geral do Departamen­to, Ariovaldo de Almeida Viana em junho de 1958, ação confirmada pela Resolução 4004 de 27 do mesmo mês de 1958, do Conselho Rodoviário.

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No Ato DGD/DER se vê no seu: “Artigo 2º - As sedes dessas Subdivi­sões localizar-se-ão nas seguintes cida­des: São Paulo, Taubaté, Juquiá, Itape­tininga, Assis, Presidente Prudente, Ara­çatuba, São José do Rio Preto, Arara­quara, Ribeirão Preto, Campinas e Bau­ru. Artigo 3º - De imediato fica insta­lada a Subdivisão Regional de Assis”.

Em 1975, ocorreu o desmembra­mento da área original (já denomina­da DR-7), com a instalação da Divi­são Regional de Presidente Prudente - DR-12.

Quanto ao Policiamento Rodovi­ário, a sede de Assis foi elevada à con­dição de Companhia em 30 de março de 1979 - mantendo-se um pelotão na cidade -, enquanto Presidente Prudente permaneceu como sede igualmente de um de seus pelotões, até que em 06 de outubro de 1989 foi dividida a extensa área para instalação da 5ª Companhia (também do 2º BPRv), com sede naque­le município. Manteve-se, a partir de en­tão, praticamente a mesma circunscri­ção entre a DR-7 e a 3ª Companhia.

A ligação histórica e a amizade desenvolvida no convívio dos policiais militares rodoviários, engenheiros e to­dos os funcionários da Regional do DER em Assis têm propiciado soluções con­juntas para a melhor qualidade do trân­sito rodoviário e a redução gradativa dos índices de acidentes verificados ano a ano. O Engenheiro Jorge Masataka Mori, Diretor da DR-7 desde 1995, em sua longa e profícua gestão, tem busca­do integração com as forças locais, ob­tendo êxito na melhoria das condições da malha rodoviária regional e atenden­do às solicitações de adaptações neces­sárias à segurança, encaminhadas pelo Policiamento Rodoviário. Desse modo, a fiscalização e a engenharia de trânsi­to atuam em harmonia, para alcançar o mesmo objetivo: a segurança e o bem-

Atualmente a DR-7 e o Policia­mento Rodoviário passam por momen­to de expectativa, em face do proces­so de concessão dos principais trechos de rodovias, a exemplo do que já ocor­reu em diversas outras partes do Esta­do. Logo surgirá mais um colaborador, qual seja, a empresa concessionária que vencer a licitação e o DER conti­nuará atuando como órgão executivo de trânsito rodoviário. Essa nova fase não alterará a importância do traba­lho dos dois órgãos públicos envolvi­dos nas questões do trânsito rodoviá­rio.

A experiência comum e tantas realizações conjuntas por cinqüenta anos em prol da segurança viária con­tinuarão oferecendo bons frutos, es­pecialmente para a comunidade regi-

estar dos usuários. onal, na defesa do interesse público.

Entrada da DR-7, na avenida Rui Barbosa, em Assis

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Associação “PMs de Cristo”2º Núcleo de Assis

Ato Ecumênico em Ação de Graças ao “Dia do Soldado”, em frente a Base de Assis. 2006

A Associação dos Policiais Milita­res de Cristo (APMESP) com sede em São Paulo, é uma organização paralela e ao mesmo tempo ligada à Policia Militar, cri­ada em 25 de junho de 1992 por 72 inte­grantes de vários quartéis da Grande São Paulo. Esses policiais já exerciam servi­ços voluntários divulgando a fé, porém sem representatividade, e resolveram se orga­nizar e criar uma Associação mantida por eles próprios, com objetivo de levar a Pa­lavra de Vida, Esperança e de Salvação aos demais companheiros.

Objetivavam reconstruir os muros de proteção da família policial-militar com a placa de Jesus, exercendo a missão de trabalhar para Deus dentro da Polícia Mi­litar e ajudar o profissional - que muitas vezes está ferido na alma - a encontrar a verdadeira paz. O trabalho missionário e cristão não poderia estar vinculado a uma igreja específica e, portanto, não poderia pregar usos e costumes na evangelização. Assim, os integrantes da Associação fo­ram sempre cuidadosos em relação aos

costumes de cada igreja. Ao longo dos tem­pos, surgiram novos voluntários e nasce­ram também os Núcleos de Evangelização, sediados nos diversos quartéis da Polícia Militar por todo o Estado.

O 2º Núcleo de Assis teve uma his­tória muita parecida com a da própria As­sociação. O Cabo PM Ivan Sérgio Alves, servindo na 3ª Cia de policiamento rodo­viário em Assis, em março de 2002, movi­do pelo Espírito Santo, procurou o Capi­tão PM Nelson Garcia Filho, então Coman­dante, para promover oração e intercessão pela Instituição, por seus integrantes e suas famílias. A proposta foi muito bem aceita e, desse modo, em 01 de abril de 2002, aconteceu a 1ª reunião com Jesus Cristo, inaugurando uma seqüência de reuniões que não mais se interromperam. Esses en­contros semanais receberam mais tarde o nome de “Manhãs com Deus”.

Ao longo dos anos seguintes ou­tros oficiais comandaram interinamente a Companhia; porém, somente em outu­bro de 2004, o 1º Ten PM Adriano Ara-

Cabo Ivan, Coordenador do Núcleo

não, também como comandante interino, ratificou o trabalho evangelístico que vi­nha sendo realizado, prestando todo apoio à iniciativa.

Uma data especial ocorreu em mar­ço de 2005. Na ocasião, o Cb Ivan pela primeira vez fazia contato por telefone com a Associação dos “PMs de Cristo” (São Paulo), no intuito de adquirir exemplares de Bíblias Sagradas para distribuição du­rante visitas familiares que realizava nos lares dos policiais militares rodoviários de Assis e região. Foi atendido naquele dia pelo Major Res PM Cláudio, que tomou conhecimento da existência do grupo sem denominação e explicou-lhe sobre a ne­cessidade de oficializar o trabalho e im­plantar o Núcleo, além de consagrar o Cb Ivan Sérgio e também o Sd Alfredo dos Santos que o auxiliava.

Assim, na noite de 02 de abril de 2005, na Sede do Comando da 3ª Cia, ocor­reu um Culto de Ação de Graças pelo ani­versário do grupo, com a presença de apro­ximadamente 150 pessoas, oportunidade

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em que o Ten Res Zezza - Representante da Associação - consagrou o Cb Ivan e o Sd Alfredo, respectivamente como Líder e Vice-líder do oficializado 2º Núcleo dos PMs de Cristo em Assis (o 1º Núcleo já havia sido estabelecido no 32º BPM/I –Batalhão de Área de Assis).

Em 22 de Junho de 2005, o Capitão PM Adilson Luís Franco Nassaro (Cap Franco) assumiu o Comando da Compa­nhia e tomou conhecimento do trabalho. Foi recebido em sua posse, no dia 22 de Julho de 2007, com uma Manhã com Deus dirigida pelo Cabo PM Ivan, contando com a pregação da Palavra realizada pelo Bis­po da Diocese de Assis, Dom Maurício Grotto.

O novo Comandante ficou impac­tado com o agir de Deus nesse trabalho e ratificou a continuidade do seu funciona­mento. Ainda mais, auxiliou o Cb Ivan e o Sd Alfredo na implantação das Manhãs com Deus nos Pelotões de Ourinhos e Marília, fortalecendo-se a sua expansão.

O Ten Aranão, Comandante do 3º Pelotão (Ourinhos) requereu a implanta­ção do Sub-Núcleo e, assim, esse foi o pri­meiro implantado em 23 de junho de 2005, encontrando-se hoje sob a direção do Cb PM Reginaldo Marvulli. O Ten PM Au­gusto José de Carvalho Filho, Comandan­te do 2º Pelotão (Marília), também reque­reu a implantação, o que ocorreu em 19 de agosto de 2005, Sub-Núcleo atualmente di­rigido pelos Cb PM Valdecir Gonçalves dos Santos e Jairo Lopes Rodrigues.

O 2º Núcleo de Assis possui um li­vro em que são registrados todos os even­tos de sua história. Ali estão registrados nomes de homens e mulheres que visita­ram o Núcleo e que, em nome do Sr. Jesus Cristo, pregaram as Boas Novas do Evan­gelho ou deram testemunho do que Deus fez em suas vidas, após um compromisso de entregar sua vida a Ele. Também estão registrados: as realizações de todas as Manhãs com Deus, inclusive aquelas de­senvolvidas na rodovia junto aos caminho­neiros; cultos de Ação de Graças pelo “Dia do Soldado” em teatros e igrejas; partici­pações em cerimônias militares; orações intercessoras antes do inicio de operações

Capitão Franco e Cabo Ivan, com o Pastor “Cajara”, em Assis. 2007 “Campanha da Família”

militares; diversas visitas aos lares de po­liciais militares; representações da Polícia Militar pelo Líder do Núcleo e importan­tes testemunhos de policiais militares. Também estão registrados momentos tris­tes pela realização de culto fúnebre de fa­miliares de policiais e outros muito ale­gres, como Encontros de Casais e a Cam­panha pela Família. Tudo isso está regis­trado com ilustração de fotos e filmes.

Hoje, depois de mais de 06 anos de Evangelização e Intercessão, verifica-se di­ficuldade na manutenção ideal desse tra­balho. O Cabo PM Ivan prossegue na co­ordenação das atividades, contando com o apoio institucional dos Comandantes para realização da Obra. Esse tipo de serviço voluntário requer ainda maior dedicação do Líder do Núcleo, pois todos os eventos significam, na prática, uma gota d´água no deserto escaldante. Constata-se necessida­de real de visitas constantes aos lares, a manutenção de atendimentos aos diversos feridos por depressões, separações conju­gais e filhos dispersos, além da continui­dade de visitas aos hospitalizados ou àque­les que perderam entes queridos. Nota-se, sim, um mover das pessoas pelas ações do Núcleo; porém, na falta de acompanha­mento no trabalho evangelistico, elas ten­dem a voltar ao estado inicial.

“Levando palavra de vida e esperança ao Policial Militar”

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Pedimos a Deus que esse serviço possa ter uma dimensão muito maior, com o reconhecimento do Comando da Polícia Militar para expansão de tal Obra. Tam­bém, para que sejam escolhidos homens e mulheres que verdadeiramente possuem um chamado de Deus para a nobre mis­são, cumprindo-se o que o Sr. Jesus nos revelou.

Finalizando este capítulo, façamos uma oração:

“Deus, louvamos o Teu Nome, por­que o Senhor é um ser que cumpre suas pro­messas expressas na sua Palavra Sagrada. Tudo o que fizemos não foi em vão; sabemos que o Senhor está presente em nós, mas o Se­nhor fez mais, manifestou-se no nosso meio. Jamais poderíamos ter os resultados profissi­onais e familiares que obtivemos ao longo des­ses anos, assim como qualquer outra Com­panhia da Polícia Militar. Pelo seu amor, em especial na 3ª Cia de Polícia Militar Rodovi­ária, fomos reconhecidos não somente em ní­vel do alto Comando da Polícia, mas tam­bém em nível do Governo do Estado; fomos homenageados individualmente pelas nossas ações. Assim, confiamos no Senhor, no seu Filho Jesus Cristo e na ação do Espírito San­to no futuro que deverá ser ainda mais pro­missor. Amém”.

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Programa de Educação para o Trânsito

Recebimento de equipamentos de multimídia na Prefeitura de Assis, em 2007

Depois de muito planejamento e reuniões entre policiais militares rodovi­ários que atuam em Assis e em cidades próximas, foi colocado em prática, por meio de um grupo de voluntários, um pro­grama idealizado para funcionamento em Assis e região, denominado: “Educar para o trânsito é educar para a vida”.

As atividades foram iniciadas em setembro de 2006, para desenvolver a consciência de jovens alunos. Tal inicia­tiva, inédita no âmbito do Policiamento Rodoviário pelas suas características, nas­ceu da boa vontade de abnegados polici­ais que se propuseram a trabalhar nos ho­rários de folga, por uma causa digna, em­pregando os seus conhecimentos profis­sionais e sua energia, em prol da comuni­dade em que vivem.

Dentre esses policiais, destacam-se aqueles que desenvolvem palestras e exposições e vêm cumprindo com muito boa vontade a missão assumida. São eles: os Sargentos Sampaio e Vamir; os Cabos: Oliveira e Abel e os Soldados: Gildo, Val­dinei, Ludwig, Emerson e Dias. Também prestam sua colaboração e apoio o Sgt Reginaldo, o Sd Ussuy, Sd Rogério e a Sd Temp Aline. A todos eles é devido es­pecial reconhecimento pelo imediato atendimento ao chamado e ao aguçado senso de responsabilidade social.

Por conta da imprudência e da ir-responsabilidade de alguns, o trânsito bra­sileiro, urbano ou rodoviário, é considera­do uma grave doença que necessita de tra­tamento intensivo, com um remédio po­tente chamado “educação”. A mudança

para um trânsito melhor somente ocorre a partir da conscientização da nova geração sobre a maneira correta de se conduzir um veículo em via pública, aprendendo a res­peitar a sinalização e usar da cortesia.

Os jovens adequadamente educa­dos, antes mesmo de se tornarem condu­tores, passam a cobrar dos seus pais e co­nhecidos atitudes de respeito no trânsito. Quando começarem a conduzir veículos, brevemente, integrarão um grupo de mo­toristas de comportamento exemplar, co­laborando inclusive para a segurança dos demais usuários do trânsito.

Os policiais participantes do progra­ma sentiram a necessidade de desenvolver atividade preventiva na área da educação, conscientes de que o Policiamento Rodovi­ário não pode ser considerado algo distante da realidade, do dia-a-dia das cidades do in­terior. Aliás, tal modalidade de ação polici­al se revela cada vez mais presente e direta­mente relacionada com a comunidade local e o trânsito urbano, não obstante sua área restrita para fins de fiscalização, ou seja, ro­dovias estaduais, acessos e faixa de domí­nio (área marginal na rodovia).

O fato é que as cidades, outrora pequenas, cresceram e as rodovias fi­caram próximas, inseparáveis das ques­tões urbanas. Por esse motivo, os usuá­rios regionais acabam sofrendo o impac­to do trânsito rodoviário, do contínuo movimento que conjuga a ação de mo­toristas de distantes partidas e destinos, com o público local, ingresso diaria­mente nesse fluxo que já separa bairros e distritos industriais, para não dizer dos estabelecimentos comerciais, proprieda­des rurais, alças de acesso para aveni­das, faculdades, e até presídios, todos interligados na mesma malha viária.

Simulação de trânsito em acampamento escoteiro. Assis, 2006 Aula do programa de Educação para o Trânsito. Assis, 2007 Pág. 42

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Palestra inaugural do programa, no “Instituto de Educação” de Assis. 2007

Destarte, nota-se que muitos dos acidentes da região envolvem usuários locais, condutores, passageiros e pedes­tres no cenário da rodovia.

O programa insere os alunos num processo criativo, contextualizando seu desenvolvimento global, potencializan­do suas aptidões, por meio de amplo e riquíssimo campo de conhecimento. Ao mesmo tempo, colocam-se os policiais em uma posição pró-ativa para evitar a prática de infração de trânsito, exata­mente aquela que, por dever de ofício, continuam a reprimir rigorosamente com o propósito de salvar vidas.

Cada um dos jovens ouvintes do programa, na faixa dos 16 e 17 anos, próximo de tirar a habilitação para con­duzir veículos, ouve a palavra do poli­cial militar rodoviário, fardado, que passa lições preciosas, com apoio de recurso áudio-visual e conteúdo cui­dadosamente preparado. As boas ava­liações e o envolvimento da comuni­dade têm superado as melhores expec­tativas, o que incentiva a continuida­de do trabalho desses profissionais es­pecialistas em trânsito.

Em 2007 a Câmara Municipal de Assis aprovou lei, com apoio da Prefeitura Municipal, para o repasse de valores em aquisição de equipa­mento completo de multimídia (note­book, projetor de imagens e tela por­tátil), para utilização no desenvolvi­mento das palestras.

Ainda, uma viatura da Compa­nhia foi colocada à disposição dos poli­ciais para deslocamentos necessários ao programa. Também o Grupo de Esco­teiros de Assis tem participado de even­tos relacionados ao programa.

O concurso de frases de segurança no trânsito desenvolvido em 2006 e 2007 resultou em divulgação das vencedoras em programação de televisão local e em outdoors, com grande cobertura da im­prensa regional. O programa recebeu du­rante os três anos de funcionamento di­versas Moções de Aplausos de Câmaras Municipais e elogios provenientes de di­versas autoridades e órgãos da região.

Com toda essa mobilização, no se­gundo semestre de 2006 foram atingidas 2110 adolescentes em escolas da rede es­tadual de ensino, em 12 cidades da região; em 2007 foram 2200 alunos da rede esta­dual (no primeiro semestre) e 1530 alu­nos da rede municipal de Assis (no se­gundo semestre); para 2008 é projetado número equivalente ao alcançado em 2007. Nos mesmos períodos, como uma benção divina sobre esse esforço, o nú­mero de mortes em acidentes de trânsito nas rodovias regionais diminuiu mais que a média estadual, particularmente na área do primeiro pelotão (Assis).

Podem até dizer que os policiais são sonhadores. Não há problema, eles estão assumindo sua parte de responsabi­lidade e o sonho já está se tornando reali­dade porque, juntos, acreditaram nele!

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Escotismo e PoliciamentoRodoviário em Assis

Distribuição de panfletos na “Semana Nacional do Trânsito”, em frente a Base de Assis, em 2007

O Grupo Escoteiro Carajurú, ins­tituição também cinquentenária em As­sis, se orgulha de fazer parte da histó­ria do Policiamento Rodoviário no mu­nicípio. As duas instituições formam uma parceria de sucesso, pois buscam o mesmo fim, ou seja, o bem da comu­nidade de uma maneira geral. Pela co­munhão de propósitos, os integrantes do Grupo sempre apoiaram as iniciativas do Policiamento Rodoviário, especial­mente aquelas de caráter educativo, tais como as campanhas de prevenção de acidentes e as comemorações pelo Dia do Motorista.

As ações conjuntas tornaram-se mais freqüentes e passaram a dar efe­tivos resultados quando o Soldado PM

Amarildo Delfino Dias foi eleito Dire­tor Presidente do GE Carajuru e o Cap PM Adilson Luís Franco Nassaro, Co­mandante da 3ª Companhia, foi eleito ao cargo de Diretor da Associação de Pais e Amigos do Carajuru (APAC).

A partir desse momento surgi­ram importantes projetos como a par­ceria para desenvolvimento do pro­grama: Educar para o Trânsito é Edu­car para a Vida, que despertou o in­teresse do poder público municipal. Votou-se uma lei para que a APAC recebesse em doação um equipamen­to completo de multimídia, tela de projeção e um notebook, para uso da 3ª Companhia de Policiamento Ro­doviário nos trabalhos do programa

de educação para o trânsito iniciados em 2006, tendo por premissa a defe­sa da vida e a integridade física dos futuros condutores, com total apoio da comunidade local.

O Grupo Escoteiro Carajuru também utilizou por diversas vezes o espaço físico da 3ª Cia, onde realizou acampamentos inesquecíveis tanto para os Escoteiros como para os Es­cotistas. Também, durante as campa­nhas da Semana Nacional do Trânsi­to, os jovens Escoteiros sempre se fi­zeram presentes na Base Operacional de Assis, entregando panfletos e ori­entando motoristas na companhia dos policiais, nas margens da rodovia Ra­poso Tavares.

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Acampamento Escoteiro na Sede da 3ª Companhia. Assis, 2007 Grupo em frente à Base de Assis. 2006

A última empreitada de 2007 - e talvez uma das mais importantes - foi a realização do plantio de dezenas de mu­das de árvores de espécies diversas e também mudas de orquídeas defronte a sede da Companhia, momento ímpar que possibilitou aos jovens despertar sua consciência ecológica, preservando o meio ambiente e construindo um mun­do melhor. Permanece a certeza de que as mudas plantadas crescerão, possibi­litando melhor qualidade de vida a quem freqüenta esse ambiente.

Quando boas sementes são lan­çadas em terra fértil, bons frutos elas produzem e é exatamente o que aconte­ce hoje com tão nobre segmento da Po­lícia Militar de São Paulo. Não é qual-

Capitão Franco recebe homenagem, do Grupo Escoteiro “Carajurú”, na Câmara

de Assis em 2007

quer Instituição que consegue chegar tão longe e sobreviver com o passar das dé­

cadas. Graças a Deus e ao trabalho in­tenso dos primeiros policiais que che­garam à região na década de cinqüenta, verdadeiros desbravadores, a socieda­de regional tem o privilégio de contar com homens especializados que lutam diuturnamente pela preservação da vida e ainda combatem intensamente o cri­me organizado em nossas rodovias

Por isso, os Escoteiros de Assis (dos ramos Lobinho, Escoteiro, Sênior e Pioneiro), que hoje representam mais de uma centena de famílias, na posição de alerta bradam um forte “Bravo, Bravo, Bravíssimoooooo” aos abnegados Poli­ciais que começaram esta historia e tam­bém àqueles que continuam a edificá-la de modo tão digno nesse Jubileu de Ouro.

Acampamento Escoteiro na Sede da 3ª Companhia. Assis, 2006 Pág. 45

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PROGRAMAS: “BRAV” E “IRCC”

“Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada“Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada“Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre uma montsobre uma montsobre uma montanha, nem se acende uma luz para colocá-la debaixo doanha, nem se acende uma luz para colocá-la debaixo doanha, nem se acende uma luz para colocá-la debaixo do alqueire, mas sim para colocá-la sobre o candeeiro, a fim de que brilhe aalqueire, mas sim para colocá-la sobre o candeeiro, a fim de que brilhe aalqueire, mas sim para colocá-la sobre o candeeiro, a fim de que brilhe a

todos os que estão na casa.todos os que estão na casa.todos os que estão na casa. Assim, brilhe vossa luz diante dos homens, paraAssim, brilhe vossa luz diante dos homens, paraAssim, brilhe vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus”que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus”que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus”

De forma inovadora, no início de 2007 foram colocados em funcionamen­to dois programas no âmbito da 3ª Com­panhia, o primeiro objetivando incenti­var iniciativas das Bases Operacionais para redução de acidentes e vítimas: o BRAV (Bases que Reduzem Acidentes com Vítimas); o segundo, objetivando in­centivar a obtenção de resultados no combate à criminalidade, em sistema de acompanhamento e pontuação individu­al dos policiais: o IRCC (Incentivo aos Resultados no Combate à Criminalidade.

BASES QUE REDUZEMACIDENTES COM VÍTIMAS

O BRAV estabeleceu uma com­petição saudável entre as 09 Bases Operacionais, partindo do princípio de que o nível de gerenciamento mínimo, no caso de cada Sargento responsável por Base, corresponde à menor área de fiscalização na organização do Po­liciamento Rodoviário. Sendo assim, a busca regionalizada de soluções é mais eficiente em razão da maior pro­ximidade com o problema identifica­

(Matheus 5, 14-15).(Matheus 5, 14-15).(Matheus 5, 14-15).

do como ocorrência de acidentes com vítimas.

Sabe-se que para alcançar redu­ção de vítimas em acidentes, especial­mente as fatais, é necessário o envolvimento e um esforço coletivo dos agentes que podem intervir no cam­po da engenharia e fiscalização, neste último para reorientação de condutas prejudiciais à segurança do trânsito. Não é possível conceber a análise fria de “mais um morto na rodovia”, sem sentir-se responsável pela perda de uma vida e deixar de envidar esforços ca­pazes para a redução da tragédia que se assiste em graves acidentes de trân­sito rodoviário.

No caso do 2º BPRv, cada Base Operacional possui um Sargento no­meado Cmt de BOp que pode e deve promover ações objetivando a redução de acidentes, especialmente aqueles com vítimas, em sua área de atuação, auxiliando o Tenente Cmt de Pel nes­sa campanha permanente, fazendo va­ler o compromisso institucional de preservação da vida como bem maior da sociedade.

Cabe ao Cmt de Pel, também, cobrar medidas e estabelecer metas, como forma de motivação, além de analisar os acidentes com vítimas e es­tabelecer ligações com os setores regionalizados de engenharia (no caso de área do DER, com as “residênci­as”) para melhoria das condições de conservação e sinalização, dentre ou­tros itens possíveis de intervenção.

Nesse sentido, a figura do gra­duado é valorizada pela função que exerce, como responsável por uma fra­ção que, via de regra, é mantida inalterada, também levando em conta que os Tenentes, Cmt de Pel, se encon­tram naturalmente no desempenho de inúmeras atribuições próprias e, por ad­ministrarem extensa área de policia­mento, nem sempre podem acompa­nhar a evolução do serviço de cada Base e implementar idéias que são ca­pazes de surtir efeitos na diminuição de acidentes com vítimas. Portanto, não somente o Tenente, mas também o Sar­gento, deve adotar postura pró-ativa para a redução de acidentes com víti­mas nas respectivas áreas de ação.

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Apoio ao usuário em geral, para evitar

acidentes

Para mensurar a evolução da de­sejada redução de acidentes, comparam-se períodos semelhantes e adota-se um cálculo proporcional, já preestabelecido em planilha excel de fácil preenchimen­to, a fim de estabelecer equilíbrio entre as Bases. Para tanto, levantam-se os da­dos referentes ao último período (ano e meses respectivos), com os números de cada uma das Bases Operacionais. Cada Base, então, deve buscar melhorar o seu

próprio desempenho do período anteri­or. Aquela que obtém a melhor evolução percentual, comparando-se os seus pró­prios resultados, é vencedora.

Não é levado em conta o número de vítimas de cada acidente e nem a gra­vidade dos ferimentos. Desse modo, para não superestimar alguns infor­túnios com grande número de víti ­mas, trabalha-se com dois quesitos: o número total de acidentes com ví­

timas e o número de vítimas fatais, por Base Operacional.

No final de cada mês são divulga­dos resultados parciais, periodicamente, para incentivar a adoção de medidas em nível regional. Ainda, com a divulgação dos resultados (parciais e final) evolui, naturalmente, um ranking do desempe­nho das Bases.

Ainda, os Sargentos são incen­tivados a manterem em atualização diária um quadro fixado em ponto bem visível das Bases com os seguin­tes dizeres: “Estamos há ..... dias sem vítimas fatais”, válido para a respec­tiva área da Base, como mais um fa­tor motivacional.

No final do período de análise glo­bal (anual), o Sargento Cmt da BOp que obtém o melhor desempenho, com sua equipe - e também o Cmt do Pel respec­tivo - recebem elogios, eventual conces­são de láureas, indicações de policial do mês, diploma de mérito especialmente elaborado para esse fim, quadro come­morativo para fixação na Base, divulga­ção do êxito alcançado e outras premiações que surgirem como possibi­lidade de efetivo reconhecimento do êxi­to alcançado, por exemplo, destinação de algum objeto obtido em doação para melhoria do ambiente interno da Base.

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Encerrado o ano de 2007, por exemplo, concluiu-se que a Base de Tupã, do 2º Pelotão, sob comando do Subtenente Valdemar (Comandante do Pelotão, Ten Carvalho) obteve a me­lhor evolução percentual, ou seja ­26,96%. Para se chegar a esse valor, calculado automaticamente, verificou-se que a Base teve -3,92% de aciden­tes com vítima (49 em 2007 contra 51 de 2006) e -50% de fatais (6 em 2007 contra 12 em 2006). No segundo lugar, com -23,45% de redução, ficou a Base de Florínea, do 1º Pelotão (Sgt Júnior responsável, tendo o Sgt Valmir co­mandado boa parte do ano de 2007), sendo o Cmt do Pelotão o Ten Gilber­to. Em terceiro lugar a Base de Ourinhos (urbana), com -23,35% (Sgt Ademir, tendo como Cmt do Pelotão o Ten Aranão). Das 9 Bases, 3 consegui­ram redução nos dois itens (fatais e aci­dentes com vítimas) e 05 conseguiram reduzir número de fatais.

No conjunto, a 3ª Companhia en­cerrou o ano com uma redução de me­nos 13% de mortos em acidentes (83 em 2007 contra 95 em 2006) o que é muito significativo, em razão de que em 2006 já houve uma redução de me­nos 17,8 % em relação a 2005. Em am­

bos os casos, melhor que a média de evolução do Estado de São Paulo.

A partir do início do ano de 2008 o Coordenador Operacional do 2º BPRv (Bauru) expandiu a aplicação do progra­ma BRAV para todas as outras Compa­nhias do Batalhão: 1ª (Bauru), 2ª (Itapetininga), 4ª (Araçatuba) e 5ª (Pre­sidente Prudente).

INCENTIVO AOS RESULTADOSNO COMBATE À

CRIMINALIDADE

O programa IRCC foi idealiza­do para proporcionar maior motivação aos integrantes de quatro grupos em atividade no policiamento rodoviário ­patrulhas, equipes TOR, operadores de rádio e policiais da administração em apoio -, a fim de que alcancem, indivi­dualmente, melhores resultados no combate à criminalidade. Ao mesmo tempo, permite o acompanhamento do desempenho dos policiais militares ro­doviários, identificando-se e recom­pensando-se aqueles que apresentam maior eficiência.

A idéia baseia-se também no con­ceito simples de “competição saudável” entre os policiais, observados os referi­

dos grupos em que atuam - e também os seus círculos -, estipulando-se pontuação equilibrada para cada resultado prático de ações de combate a criminalidade, na busca de qualidade da intervenção, ou seja, destacar aquela que gera resultado mensurável, não simplesmente a quanti­dade de ações desenvolvidas.

Desse modo, a iniciativa, a ex­periência, o tirocínio e até mesmo a sorte podem influir na computação e revelar quem, ou melhor, quais os po­liciais militares que mais trazem resul­tados positivos para a melhoria da es­tatística dos Pelotões e da Subunidade, na luta contra o crime nas rodovias. Lidam-se, portanto, com números, para mobilizar pessoas.

Os melhores pontuados recebem, no final do período anual de observa­ção, um pacote de premiação que en­volve as motivações possíveis no âm­bito da Polícia Militar (láureas, elogio, indicação como policial do mês, pos­sibilidade de escolha de melhor perío­do para afastamentos regulares, diplo­ma de mérito e outras que surgirem). Também são premiados com presentes arrecadados dentre as associações re­presentativas de policiais militares atu­antes na região.

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Dia do Policial Militar Rodoviario em Assis, 2008, na Câmara Municipal, com entrega da premiação dos programas IRCC e BRAV

É dada ampla divulgação aos re­sultados, com emissão de parciais a cada mês, durante o funcionamento do pro­grama, em ranking de pontuação nos dois círculos: Cb/Sd, Sgt/Subten. No caso dos Sargentos, a divulgação é restrita ao res­pectivo círculo.

O espírito de competição é provo­cado pela divulgação, mês a mês, em qua­dro de avisos da pontuação dos policiais - Cb/Sd - a exemplo do que ocorre com o campeonato de pilotos de fórmula 1 em que somente no final do período é reve­lado o vencedor, ou seja, aquele que nor­malmente não venceu todas as provas, mas somou mais pontos. A constância e a perseverança, portanto, são fundamen­tais para o policial alcançar destaque.

Os dados são retirados das mensa­gens “021”, dos Boletins de Ocorrência e dos Termos Circunstanciados lavrados, di­ariamente atualizados pela própria admi­nistração da Cia, sob supervisão imediata do Cmt de Cia, em lançamento nos cam­pos próprios de uma planilha excel já pre­parada para esse fim. Possível, portanto, a eventual recontagem em caso de falha de lançamento, vez que os critérios são absolutamente objetivos, conforme tabe­la de pontuação previamente definida.

A pontuação discriminada prevê a valorização do trabalho em equipe, des­

tacando que os policiais integrantes da patrulha recebem a respectiva pontua­ção individualmente, de acordo com os dados registrados nos documentos de origem (fonte da informação). O ope­rador de rádio que atuou no caso de captura ou na identificação de veículo caráter furtado, roubado ou adultera­do, em consulta, identificação de do­cumento falso e outros delitos também recebe a mesma pontuação.

A tabela de pontuação é simplificada e as regras de funcionamen­to são bem claras, para proporcionar a segurança de sua aplicação e o sentimen­to de justiça na atribuição do mérito fi­nal, incentivando a continuidade das ini­ciativas para repressão à criminalidade.

Ainda, os Cmt de cada Pel e também os graduados Cmt de Bases podem instituir premiações em âmbito local para os policiais militares que se destacam no mesmo período, indepen­dentemente da premiação providenci­ada pelo Comando da Cia, levando-se em conta que a pontuação objetiva es­tabelece um parâmetro confiável de aferição de desempenho, pronto e dis­ponível para imediata consulta.

Os números obtidos em 2007 re­velam que a 3ª Companhia continua em ritmo forte contra o crime. Por exemplo,

em todo o ano foram registrados somente 02 casos de roubo de carga, delito prati­camente extinto na ampla região se com­parado à outras áreas; foram 107 prisões em flagrante, com 682 pessoas detidas (contra 647 de 2006); foram 83 procura­dos pela Justiça capturados (contra 77 de 2006); foram 2.960,35 Kg de droga apre­endida (praticamente três toneladas), em diversas ações fiscalizadoras, contra 1.995,55 Kg apreendidos em 2006.

Os policiais que se destacaram no ano de 2007, somando maior núme­ro de pontos no contexto do programa IRCC foram os seguintes:

Equipe TOR: Sgt Sampaio, Cb Elias e Sd Idair.

Patrulheiro: Sd PM Genésio (1º Pelotão).

Operador de rádio: Sd PM José Roberto (Base de Assis, 1º Pelotão);

Efetivo em apoio: Sd PM Rogé­rio (auxiliar na sede da 3ª Cia).

No âmbito do 2º BPRv, o Coorde­nador Operacional do Batalhão iniciou acompanhamento da pontuação de todo o efetivo, por meio da Seção de Infor­mações, abrangendo o efetivo de toda a Unidade, utilizando-se de base de dados específica para esse fim e tabela de pon­tuação similar, além da observação de ou­tros critérios de interesse operacional.

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Policial Padrão do ano de Assis

Discursos na Câmara Municipal, durante a solenidade doPolicial Padrão do Ano, em 2007

Cabo PM Wagner Barrionuevo Ventura, em 2005

Por meio da lei municipal nº 4.400, de 06 de janeiro de 2004, foi re­gulamentada a concessão do Diploma “Policial Padrão do Ano”, mérito outor­gado a policiais lotados no município. Com base em lei anterior, de iniciativa da Câmara Municipal de Assis, desde 1994 os Vereadores já vinham elegendo policiais militares de destaque, do efeti­vo do Batalhão de Área local (32º BPM/ I), enaltecendo a dedicação dos profissi­onais de segurança pública em serviço na cidade, em ato público, como forma de manifestar o reconhecimento de toda a comunidade.

A partir do ano 2.000 ocorreu im­portante mudança: também passaram a ser homenageados representantes dos demais órgãos policiais, dentre eles um policial militar rodoviário em serviço no 1º Pelo­tão (Assis) ou na sede da Companhia.

Os profissionais que recebem o tí­tulo “Policial Padrão do Ano” são os es­colhidos pelos Vereadores, convocados pelo Presidente da Câmara, após recebi­mento - encaminhado pelas Instituições - de uma lista tríplice com o nome e a função dos indicados respectivamente no âmbito da 1ª Companhia do 32º BPM/I (policiamento de área), da 3ª Companhia do 2º BPRv (policiamento rodoviário), 2º Pelotão Ambiental (policiamento am­biental), 2º SGI (bombeiro), pelo Dele­gado Seccional da Polícia Civil de Assis e pelo Perito Chefe da Seção de Polícia Técnico-Científica local (criminalística).

A lista com o nome dos indicados é encaminhada mediante ofício até o dia

1º do mês de junho de cada ano, referen­te ao período anterior, juntamente com a síntese das indicações. Na falta de rece­bimento das indicações, a lei municipal prevê a possibilidade de escolha direta e exclusiva dos Vereadores, podendo con­tar com apoio das Entidades Represen­tativas da Polícia Civil e Militar.

Por fim, de cada órgão poli ­cial é eleito àquele que receberá o diploma em solenidade especial ­mente agendada e desenvolvida normalmente no mês de dezembro, com as homenagens merecidas. São representados, dessa forma, os cin ­co órgãos policiais com atuação e sede no município.

No caso da 3ª Companhia do 2º BPRv, encontra-se disciplinado o proce­dimento para a indicação da lista tríplice por meio da Ordem de Serviço 2BPRv­001/30/07, de 15 de maio de 2007, com­

preendendo uma escolha com critérios objetivos, por eleição dentre os pares e superiores, com pesos distintos, consoli­dando a participação dos próprios polici­ais. Ainda, excluem-se das indicações os eleitos em anos anteriores, para que ou­tros policiais também tenham a oportuni­dade de receber a distinta homenagem.

Desde o ano 2000, tivemos a satisfação de ver eleitos policiais mi­litares rodoviários de grande valor, que mereceram as indicações e o re­conhecimento público de suas quali­dades, representando dignamente todo o efetivo que trabalha no Pelo­tão de Assis, compreendendo neste as Bases de Assis e de Florínea e tam­bém da sede da Cia. Ao longo desses sete últimos anos, foram os seguin­tes homenageados, sempre em refe­rência ao desempenho do período anterior à eleição:

POLICIAL PADRÃO DO ANO DE ASSIS

2000 - Sargento PM Célio Marcos SAMPAIO 2001 - Sargento PM VALMIR Dionizio 2002 - Sargento PM PAULO Cesar Lopes Furtado 2003 - Soldado PM GENESIO Alves Moreira 2004 - Cabo PM Wagner Barrionuevo VENTURA 2005 - Soldado PM GILDO Cardoso de Araújo 2006 - Soldado PM Francisco José LUDUWIG

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Encontros de confraternização

Jantar do final do ano de 2005, no Clube São Paulo de Assis

Nos últimos anos foram intensi­ficados os momentos de confraterniza­ção entre os policiais militares rodovi­ários como forma de estimular a cama­radagem, de comemorar bons resulta­dos profissionais obtidos e, também, de manifestar o contentamento pelo desem­penho da função.

Mesmo diante de alguma dificul­dade própria da atividade profissional, são notáveis as manifestações de orgulho e apreço por integrar o efetivo do Policia­

mento Rodoviário. Esses eventos valori­zam, sobretudo, a união da família polici­al-militar-rodoviária.

Dentre as memoráveis confraterni­zações destacam-se os elegantes jantares dançantes de final de ano, por adesão, re­alizados respectivamente em 2005, no São Paulo Clube de Assis, com 400 pessoas; o de 2006, no Tênis Clube de Assis, com 500 pessoas (81 policiais militares rodo­viários com parentes e amigos) e o de 2007, no salão da AABB, em Marília, que

Decoração especial para os jantares dançantes realizados em 2005, 2006 e 2007

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reuniu 450 pessoas. Todos foram marcados por ótimos

serviços de buffet, decoração especial, ban­das-show para animação e a presença ma­ciça de casais em trajes sociais. Para a or­ganização de cada um desses grandes even­tos trabalhou uma comissão de voluntári­os, cuja recompensa maior foi a satisfação de proporcionar inesquecíveis momentos de alegria a todos os participantes.

Também são lembrados os cam­peonatos de futebol com a participação dos times da sede da Cia e de cada um dos três Pelotões (Assis, Marília e Ourinhos) tradicionalmente realizados por ocasião do “Dia do Policial Rodoviário” (23 de julho), ou do “Dia do Soldado” (25 de agosto); os almoços de confraterniza­ção dos encontros de Equipes TOR do 2º BPRv realizados uma vez por ano na área da 3ª Cia; os churrascos de final de ano, próximo ao Natal, com a presença do Pa­pai Noel no salão de confraternização da Companhia; noites festivas nas sedes; os inesperados “happy hour” de sexta-feira a tardezinha e tantos outros momentos de descontração que tornam cada vez mais unidos os policiais militares rodoviários.

Deve-se mesmo valorizar o que é mais importante na Instituição: a pessoa do seu profissional!

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Convivência

Almoço na Sede da Cia com o pessoal do DER e Deputado Mauro Bragato Almoço de Natal, com familiares de policiais em dezembro de 2006

Jantar dançante em dezembro de 2006, em Assis Jantar em dezembro de 2007, em Marília

Jantar dançante em dezembro de 2005, em Assis Equipe do Pelotão de Marilia em confraternização - 2004

Jantar dançante em dezembro de 2006, em Assis Jantar dançante em dezembro de 2007, em Marilia

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Convivência

Time do Pelotão de Assis, Dia do Policial Rodoviario, 2006 Cantores da Banda Jet Boys, de Assis, cantam em surpresa aos policiais, 2005

Time da 3ª Cia disputa Campeonato “Dia do Soldado” na ADPM, 2006 Equipe da administração da Cia, em 2005. Sgt Fernando, Sd Floriano, Cb Furlaneto e Sd Gerson

Policiais Femininas do pelotão de Marilia: Sd Neliane, Cb Renata e Sd Pelicer Momento de descontração em uma das confraternizações da 3ª Cia, 2006

Policiais em serviço na madrugada de Natal, na Base Operacional de Assis, em 2005 Encontro TOR, em 2007, na sede da Cia

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O Grupo de Transporte Canavieiro (GTC)

Àrea de abrangência e empresas que integram o Grupo na região de Assis

Em razão das características do solo e do clima, a região do Vale do Para­napanema tem na agricultura sazonal o seu ponto forte no campo econômico. Desta­cam-se nesse contexto a soja, a cana-de­açúcar, milho, mandioca e café. A cana é responsável pela significativa produção de álcool e açúcar - e mais recentemente de energia elétrica por termoelétricas -, no funcionamento de mais de dez usinas ins­taladas, que correspondem, no seu con­junto, a 7% de toda a moagem de cana no Estado de São Paulo.

Ocorre que todo esse volume de cana-de-açúcar precisa ser transportado a cada ano pelas rodovias durante a dura­ção da safra (de abril a novembro), como um dos grandes motores do desenvolvi­mento sócio-econômico regional, estabe­lecendo-se situações de risco para o trân­sito. Então, surgiu naturalmente a preo­cupação, por parte de representantes das empresas do setor sucro-alcoolero, do DER e do Policiamento Rodoviário, em organizar um grupo com representantes, responsáveis de cada entidade, para pre­paração do transporte, partindo do fiel cumprimento da legislação de trânsito, da promoção de instrução aos motoristas e da adoção de medidas práticas, objetivan­do dar maior segurança a esse tipo de transporte e, com isso, evitar acidentes.

A primeira reunião preparatório de safra ocorreu em 1992, com participação do

Diretor de Divisão do DER e do Coman­dante Regional do Policiamento Rodoviá­rio, representando os órgãos públicos incen­tivadores do Grupo de Transporte Canavi­eiro, juntamente com diretores e responsá­veis pelo setor de transporte das empresas interessadas. Desde, então, todo ano ocorre esse encontro preparatório da safra, oportu­nidade em que são traçadas as metas e os compromissos voltados para a segurança do trânsito rodoviário no transporte da cana.

Os compromissos assumidos e cum­pridos pelas empresas compreendem a im­plantação gradativa de carrocerias fecha­

das para o transporte da cana, a manuten­ção de equipe exclusiva para limpeza da pista, eliminação do uso de fogo com a im­plantação de sinalizadores eletrônicos, em­pedramento e sinalização adequada dos acessos, além da limpeza dos caminhões evitando-se barro na pista e a perda da fun­cionalidade dos refletivos.

O DER mantém canal aberto para sugestões e propostas de melhorias na ro­dovia, acompanha as providências adota-das pelas empresas, viabiliza serviços de engenharia de interesse público e processa os pedidos de autorização especial de trans­porte, dando suporte aos usuários por meio de suas equipes técnicas e de apoio (Uni­dades Básicas de Atendimento).

O Policiamento Rodoviário, respon­sável pelas fiscalizações do trânsito e do transporte, igualmente mantém estreito con­tato com os responsáveis pelas equipes de transporte, promove instruções por meio de palestras de educação para o trânsito volta­das ao público específico, esclarecendo dú­vidas a respeito da legislação específica e cobrando o fiel cumprimento das normas de trânsito, a fim de evitar acidentes.

O sucesso do “Grupo Canavieiro”, que já completou dezesseis anos de fun­cionamento ininterrupto, é comprovado pelos baixos índices de acidentes relacio­nados ao transporte de cana na região de Assis e a boa manutenção da pista, sem restos de cana. A experiência de verda­deiro envolvimento dos profissionais in­teressados, pioneira no âmbito estadual pelo que se tem notícia, foi inclusive le­vada para outras regiões produtoras de cana, onde se criaram grupos similares.

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O companheiro Marco Brasil

O locutor de Rodeios Marco Brasil, que foi Policial Militar Rodoviário da 3ª Cia, em jantar, em Assis. 2005

Muitas pessoas que hoje ouvem a voz marcante do locutor e apresenta­dor de rodeios Marco Brasil talvez se surpreendam em saber que ele, de 1988 a 1993, trabalhou como policial militar rodoviário, atuando nas Bases de Assis, Ourinhos e Santa Cruz do Rio Pardo.

Natural de Dracena, nascido em 28 de janeiro de 1966, Marco Aurélio Ribeiro teve infância humilde e sempre acreditou em sua capacidade de superar desafios, aproveitando bem as oportuni­dades que apareceram em seu caminho. Aos 21 anos ele desistiu de tentar carrei­ra profissional no futebol (como golei­ro) e ingressou na condição de soldado, mediante concurso, na Polícia Militar Rodoviária de São Paulo. Identificado profissionalmente como o “Soldado Mar­co Aurélio”, RE 886752-6, fez amigos e construiu história de sucesso. Exatamen­te nessa fase de sua vida, o indiscutível talento foi revelado e, então, o artista não coube mais dentro da farda

Vários de seus colegas, ainda atuantes no Policiamento Rodoviário, lembram com sorriso indisfarçável epi­sódios que merecem registro. Descre­vem que, no final da década de 80, o soldado Marco Aurélio era o mais alto

da turma, com quase dois metros ainda somados à bota e ao quepe do tradicio­nal uniforme de policial rodoviário.

Sempre de bem com a vida, ale­gre e comunicativo, não escapou da es­calação, como goleiro, para defender o time do seu pelotão nos torneios inter­nos. E destacou-se como bom defensor. Por essa participação, foi lançado um elogio escrito nos seus assentamentos individuais, hoje arquivados na sede da Companhia de Policiamento Rodoviá­rio de Assis, constando que o time ven­ceu o “Torneio Integração” realizado na ADPM de Assis em 1993, evento que reuniu vários times de policiais milita­res da região.

A elevada estatura, aliás, foi mo­tivo de algumas situações até engraça­das. O soldado Marco Aurélio era obri­gado a regular o banco do passageiro da viatura modelo voyage no último ní­vel e deitá-lo para conseguir nela en­trar. Por “coincidência”, foi escalado para patrulhar junto com o policial mais baixo da equipe... Então, em certa oca­sião, permaneceu dentro da viatura ope­rando o rádio, quase que deitado no ban­co ajustado à sua altura, enquanto o co­lega baixinho realizava uma fiscaliza­

ção de trânsito. De repente, o cidadão fiscalizado começou a ameaçar o poli­cial, achando que ele estivesse só. O comportamento inesperado durou até o momento em que Marco Aurélio saiu lentamente da viatura para perguntar qual era o problema...

Outro episódio envolvendo a questão da sua altura deu-se durante uma fiscalização envolvendo um cami­nhão. O soldado Marco Aurélio cami­nhou em direção à boléia do veículo, junto com seu companheiro e solicitou os documentos ao motorista. Então, esse lhe disse: “tudo bem, pode fiscalizar, mas não está certo você vir subindo no estribo do caminhão desse jeito...” O mal entendido foi desfeito quando o motorista constatou que o policial esta­va, na verdade, com o pé no asfalto e desculpou-se dizendo que nunca tinha visto um rodoviário tão alto.

Fatos tristes também marcaram esse período, como o trágico acidente de trânsito no Km 486 da Rodovia Raposo Tavares em que faleceu o cantor “Jes­sé”, no ano de 1992. O Soldado Marco Aurélio se encontrava de serviço exata­mente no dia, pela Base Operacional de Assis e acompanhou a ocorrência.

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Em confraternização com os Policiais Militares Rodoviários, em Assis, 2006

Durante as longas madrugadas em serviço na rodovia, nos intervalos das fis­calizações, quando surgia o silêncio, Marco Aurélio gostava de fazer alocu­ções para descontrair o ambiente e, para tanto, colecionava frases que observava em pára-choques de caminhões. Proje­tava a voz em alto volume e cantava ver­sos e trovas, tendo os colegas como ou­vintes. Nesses momentos, “declamava poemas tendo como únicas testemunhas os companheiros e a luz do luar...”. Tam­bém era comum entrar nas bases opera­cionais brincando com os outros polici­ais, entoando trovas de estilo provocan­te e segurando um microfone invisível.

Surgiu, nessa época, a oportunida­de de apresentar um programa sertanejo na rádio Itaipu FM em Marília, às 5 horas da manhã. Por cultivar as tradições serta­nejas e a cultura do campo, apareceram na seqüência outras propostas e logo se firmou como locutor.

Outro policial militar locutor, cabo Gesiel “o patrulheiro 1020” (Silva Júni­or), apresentou-o para um profissional do ramo, que possuía estúdio de gravação (o “chuchu”). Deu-se, nessa fase, início à trajetória de sucesso no rodeio graças ao estilo e carisma próprios de sua per­sonalidade.

Quando não houve mais compati­bilidade entre as diversas propostas re­cebidas e o desempenho da função de policial militar rodoviário, enfrentou com dificuldade a decisão de pedido de des­ligamento do serviço público.

Hoje, quando Marco Brasil passa por uma viatura ou por uma base do po­liciamento rodoviário em São Paulo, faz

Sd Marco, em 1990, região de Assis

questão de parar e conversar com os po­liciais, pois se sente em casa. Durante as locuções de rodeio, quando desce de he­licóptero e vê nas proximidades da are­na uma viatura do Policiamento Rodo­viário, sempre manda um abraço para os “botas pretas”. De fato, deixa transpare­cer orgulho dessa fase da sua história, momento em que seu potencial artístico veio a aflorar.

Mesmo possuindo uma agenda disputada, com um nome internacional­mente conhecido, Marco Brasil acei­tou prontamente o convite para parti­cipar do Jantar de Final de Ano dos ro­doviários realizado em Assis, em de­zembro de 2006, atuando como mestre de cerimônia. Confraternizou-se com os companheiros presentes e lembrou, emocionado, diversos momentos vivi­dos. Lançou, ainda, na mesma noite,

uma música de homenagem aos poli­ciais rodoviários em parceria com a du­pla Joaquim e Manuel, também presen­te no evento, graças à sua iniciativa.

Por tudo isso, Marco Brasil, para você que sempre diz “acredite nos seus sonhos”, saiba que a consideração é re­cíproca. Receba um forte abraço de to­dos os companheiros do Policiamento Rodoviário. Nas suas viagens pelas ro­dovias de São Paulo, apareça sempre para rever os amigos, como fez recen­temente junto à sede da Companhia de Assis, quando, de surpresa, veio trazer cópias de seu novo disco para os poli­ciais. O mais importante Marco: seja feliz e continue transmitindo essa sua emoção para toda a gente do Brasil!

Sd Marco Aurélio, integrando equipe de patrulha, inicio dos anos 90

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Marco Brasil com a dupla Joaquim e Manuel, lançando música em homenagem aos Policiais Rodoviários, em jantar de final de ano no Assis Tênis Clube, em 2006

Música: Homenagem ao Policial Rodoviário(Joaquim e Manuel & Marco Brasil)

A nossa homenagem de grande valorDa classe querida de trabalhador

Orgulha o país, a nossa naçãoHomens e Mulheres de bravo trabalho

24 horas é o seu horárioProfissionalismo e dedicação.

São anjos da guarda de nossas estradas,Com disposição, honram suas fardas

Pedimos a Deus sua proteçãoPara os Militares e os FederaisConsideramos a todos iguais

Em versos rendemos nossa gratidão.

Todas as rodovias do solo traçadoNas Bases existem equipes de guardaSempre dispostos estão trabalhando

Os Federais e os MilitaresEssa união que nunca se acabe

As duas Polícias estão no comando.

Dando segurança ao povo estradeiro,São anjos da guarda dos caminhoneiros

Eles são fiéis e amigos seus.Viver viajando, você é feliz

Seja cauteloso obedeça ao que dizOs Rodoviários, Polícia de Deus.

A maior tristeza para o policialÉ prestar socorro em vítima fatalO seu coração quebra em pedaços

Por velocidade ou outras divergênciasEles estão presentes fazendo ocorrências

Eles são gentis, muito solidários.

Em sua viagem, se for abordadoTenha humildade seja educado

Estão sempre fazendo sua obrigação.Se for infrator diga: “sou culpado”

Conscientemente e diz: “muito obrigado”Tire como exemplo uma boa lição.

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O herói: “Vigilante Rodoviário”

Carlos Miranda, protagonizando o “Vigilante Rodoviário”

Encontra-se sempre nas principais solenidades do Comando de Policiamen­to Rodoviário, na Capital Paulista, o eter­no Vigilante Rodoviário, Sr. Carlos Miranda, hoje Tenente Coronel da Re­serva da Polícia Militar.

Não é difícil cumprimentá-lo e ouvir dele algumas palavras sobre a fic­ção que se tornou realidade. Ele incor­porou plenamente o personagem ines­quecível, primeiro herói da televisão brasileira, na década de 60 e, depois de inspirar gerações, continua influencian­do vários admiradores.

Na época do lançamento da sé­rie, artistas como Ary Fontoura, Stênio Garcia, Ary Toledo e Juca Chaves atua­ram como simples coadjuvantes em ce­nas que apresentavam dois protagonis­tas: a figura de um policial rodoviário e um cachorro.

O “Inspetor Carlos” tinha como inseparável e fiel companheiro o cão Lobo e, juntos, combatiam o crime nas rodovias. A dupla, ao lado de outros po­liciais rodoviários representados, encan­tou muitos jovens no saudoso seriado que entrou para a história como a primeira obra em formato de série produzida na América Latina por técnicos e artistas brasileiros, apresentada em preto-e-bran­co, alcançando um dos maiores índices de audiência da televisão brasileira em crescente desenvolvimento.

Lançada no início de 1961 pela ex­

tinta TV Tupi, a série “O Vigilante Ro­doviário” chegou a superar a audiência dos seus concorrentes importados “Rin-Tin-Tin”, “Papai Sabe Tudo” e “Lanceiros de Bengala”, então destaques na televisão. A série era exibida todas as quartas-feiras, as 20h, depois do progra­ma jornalístico “Repórter Esso” apresen­tado nas emissoras de rádio da época. A TV Tupi colocava então no ar a famosa

música que marcava a chegada de mais uma aventura do policial rodoviário: “De noite ou de dia / Firme no Volante / Vai pela rodovia / Bravo Vigilante / O seuolhar amigo / É o sinal que avisa o peri­go / Vigilante Rodoviário”.

Andando em seu “Sinca Chambord”, ou em sua moto, acompa­nhado do fiel amigo Lobo, o patrulheiro percorria as estradas envolvendo-se em perigosas situações, das quais sempre se saia muito bem. Conta-se que o pro­prietário de Lobo – um guarda-civil – recebia cachê maior do que o próprio galã do seriado, tão importante era a par­ticipação do animal.

O herói personificado no Vi­gilante Rodoviário mostrava virtu­des como lealdade, tenacidade e sensibilidade no trato com as pes­soas, independentemente da idade ou da situação social. Preocupava-se com a segurança da comunidade e sempre fazia o bem, ainda que de­senvolvendo missões fora do âmbi­to de fiscalização das rodovias. Va­lorizava, em última instância, a dig­nidade da pessoa humana, ao mes­mo tempo em que prendia crimino­sos e protegia a sociedade.

“Vigilante Rodoviário” e o inseparável cão Lobo em ação

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Coronel Carlos Miranda, em foto recente

Por isso não é exagero afirmar que, mesmo décadas depois, constitui atual modelo de relação da Polícia com a comunidade.

Voltando à história do artista Carlos, antes do êxito profissional tra­balhava como figurante e fazia peque­nas participações em filmes até viajar com um grupo de teatro mambembe. Já cansado de figuração, o ex-ator jun­tou-se com os produtores Ary Fernandes e Alfredo Palácios e passou a representar o personagem central, tendo como cenário as crescentes ro­dovias paulistas, aproveitando-se também o momento da implantação da indústria automobilística no Bra­sil. Infelizmente, depois de somar 37 capítulos, a série acabou saindo do ar por falta de patrocínio, permane­cendo inabalável, todavia, a imagem de sucesso do Vigilante.

Durante as exibições do seriado que trazia marcas de modernidade, mui­tos jovens foram inspirados a ingressar no policiamento rodoviário, valorizan­do-se a atividade profissional pela re­ferência do herói das estradas, idealista e nacionalmente conhecido.

Relata-se que depois de encerra­da a série, Carlos Miranda estreou em

novelas da rede Tupi e participou de vá­rios filmes, como ator e em outras fun­ções, não demorando muito para que se decidisse pelo afastamento das câ­maras. No entanto, Miranda sentia-se tão ligado ao papel do Vigilante que logo ingressou na Polícia Mili­tar Rodoviária de São Paulo. Não teve dificuldades inclusive por que já havia freqüentado os cursos neces­sários durante o seriado. Afirmou em entrevista de 1988, já como Oficial da Reserva, em matéria publicada em revista comemorativa dos 40 anos da Instituição, que “não ficou rico, mas

sente-se recompensado por ter incen­tivado muitos a ingressarem na profis­são, como policiais rodoviários e de saber que tem muitos fãs em todo o país”.

Hoje, o Tenente Coronel Carlos Miranda se apresenta em eventos, com o mesmo uniforme que o consagrou, resgatando a memória da TV e do cinema nacional e, tam­bém, divulgando o nome da Polícia Militar Rodoviária, educando crian­ças para o trânsito. Por isso se co­menta, com toda propriedade, que no seu caso “a vida imitou a arte”.

Cenas de divulgação do antigo seriado “Vigilante Rodoviário”

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Clóvis Luciano Gomes: o rodoviário “Mão-de-Onça”

Equipe de “Bola ao Cesto” assisense, na década de 50, com o jogador, professor e policial rodoviário “Mão-de-Onça”

Muitos moradores antigos da em 04 de julho daquele mesmo ano de 10 de janeiro 1948, data de cria-cidade de Assis lembram com sauda- com apenas 14 patrulheiros. ção da “Polícia Rodoviária”). Além des de Clóvis Luciano Gomes. Filho O grupo era responsável pela dos dois irmãos, aproximadamente de família tradicional, no final de fiscalização das rodovias estaduais mais dezoito patrulheiros formados 1958 ingressou mediante concurso no de toda a região, remodeladas pelo no curso que funcionava em Jundiaí Departamento de Estradas de Roda- Governo de Ademar de Barros , foram somados ao efetivo inicial, sob gem (DER), junto com seu irmão abrangendo inclusive os trechos de comando do Tenente Mil ton de Octacílio Luciano Gomes, para com- Ourinhos e Presidente Prudente. Almeida Pupo, resultando um grupo pletar o efetivo do recém instalado Nessa época, o Policiamento suficiente, à época, para uma atuan­“Destacamento de Polícia Rodoviá- Rodoviário ainda era exercido por te fiscalização rodoviária na extensa ria” que fora inaugurado no município patrulheiros vinculados ao DER (des- região com sede em Assis.

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Eram eles chamados pela po­pulação de “guardas rodoviários” e exerciam a polícia de trânsito, in ­clusive armados, com a participa ­ção de integrantes da Força Públi ­ca colocados à disposição do DER para servir no referido órgão.

Clóvis não se limitou a cum­prir seus compromissos profissionais e continuou estudando, preparando-se para novos desafios, além de le­cionar nos cursos da rede pública de ensino, na antiga “Escola Municipal Sede”, hoje conhecida como Escola João Mendes. Conquistou, com sua conduta, a admiração de diversos companheiros de profissão.

Não apenas isso.. . Além de patrulheiro rodoviário, estudioso, professor sereno e dedicado, ele era um respeitado jogador de basquete em Assis (esporte então conhecido como “bola ao cesto”), o que lhe va­leu o apelido de “Mão-de-Onça”. O jornal impresso na época trazia as escalações do time que defendia a ci­dade, constando esse curioso nome pelo qual o atleta era conhecido no meio esportivo. Comenta-se que ele era um dos destaques do time, sem­

pre responsável por muitas cestas, contando com boa estatura, complei­ção física e mãos fortes.

Mantendo a dedicação aos estudos, formou-se Bacharel em Direito em 1962, exatamente no ano em que ocorreu um fato que acabou mudando o rumo de sua vida profissional. A Força Pública absorveu a “Polícia Rodoviária”, estabelecendo em seus quadros um Corpo de Policiamento Rodo­viário e, nessa ocasião, os patrulheiros civis concursados puderam optar pela permanên­cia no DER, exercendo outras funções.

Clóvis manteve-se no DER e, graças à sua formação acadêmica e continuado estudo, desenvolveu uma bem sucedida carreira como assisten­te jurídico. Reconhecido pelo seu grande conhecimento na área do Di­reito, como Procurador, veio a ocu­par inclusive o cargo de Chefe do De­partamento Jurídico em São Paulo.

Depois de longos anos de serviço e também de aposentadoria intensamente vividos, veio a falecer em 2007. Seu ir­mão Octacílio, hoje morando em Rondônia, fez publicar uma mensagem na imprensa registrando que Clóvis perma­neceu durante vários dias no leito de um hospital, enfermo, e mesmo assim sentin-

Clóvis, destaque do time assisense no final dos anos 50

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Clóvis Luciano Gomes, o “Mão-de-Onça” em ação

do-se útil e feliz pelo fato de poder falar de Deus a quem entrasse em seu quarto.

Talvez algumas pessoas que o conheceram como simplesmente o “Mão-de-Onça” ainda não saibam que ele, Dr. Clóvis Luciano Gomes, encer­rou sua missão terrena deixando mar­cas no policiamento rodoviário, no DER, nas escolas, nos alunos a quem ensinou e também no esporte.

Um dos seus antigos alunos, que tem boas lembranças do polivalente professor Clóvis, é Lúcio Baptista Nassaro, que também trabalhou no DER durante mais de três décadas e é pai do atual comandante da Compa­nhia de Policiamento Rodoviário de Assis. No seu diploma conquistado no final da década de 50 e hoje guardado com carinho consta o nome completo e a assinatura do mestre que era mais conhecido pelo expressivo codinome.

Enfim, se o que todos buscam com intensidade nessa vida é ser feliz, vale re­gistrar a definição dada pelo irmão de Cló­vis quanto à sábia forma com que o ho­menageado se encontrou com a felicida­de: “O que é ser feliz? Jamais seria uma vida isenta de perdas e frustrações! Ser fe­liz é deixar de ser vítima e se tornar autor da própria História”.

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Major PM Edson Reis

Tenente Edson Reis, comandante do pelotão rodoviario de Assis.Década de 60

Edson Reis recebe a espada na Academia do Barro Branco, em 1963, em São Paulo

Edson Reis foi o Oficial que mais tempo comandou o Pelotão de Po­liciamento Rodoviário de Assis. Nas­cido em 06/12/1927, ingressou na Aca­demia do Barro Branco e recebeu a espada em formatura de 1963. Como Tenente permaneceu durante quase doze anos a frente do Pelotão.

De porte atlético, alto e de boa sociabilidade, manteve excelente relaci­onamento com a comunidade assisense durante o período em que exerceu o co­mando e igualmente no período posteri­or ao serviço ativo, ou seja, após 1976. Era conhecido também pela prática de atividades esportivas e fez inúmeros amigos e admiradores em toda a região.

Na inatividade recebeu promo­

ções, alcançando o posto de Major. Nes­sa condição, como Major da Reserva da Polícia Militar, em 02 de dezembro de 1999, as 11:45 hs, veio a falecer em trá­gico acidente de trânsito rodoviário, do tipo colisão transversal, na SP-333 (Rod Rachid Rayes), Km 400,500 - Assis/SP, local bem próximo da sede em que fun­cionava o referido Pelotão, ou seja, perto do aterro entre a Rodovia Raposo Tavares e o acesso para Marília (Km 444 da SP 270, trevo do Posto Modelo).

A Base Operacional de Assis (BOp 270/9), inaugurada em 1975, re­cebeu o nome de “Sargento Hermes Reis”, em homenagem ao irmão de Ed­son Reis, também policial militar ro­doviário de grande conceito entre os

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companheiros da região de Assis. Essa Base permaneceu por vinte e seis anos em funcionamento na SP 270 Km 440 + 400m, no acesso principal da cidade até sua transferência para o Km 445, junto à sede da Companhia e do Pelo­tão, sendo reinaugurada em 2001.

Em razão da importância do Ma­jor Edson Reis para a historia do Poli­ciamento Rodoviário em Assis, em 2008 o Comandante da 3ª Cia apresentou pro­posta para homenageá-lo por ocasião das comemorações do cinquentenário da sede de destacamento no municí­pio, dando o seu nome às instalações do 1º Pelotão, Assis, em nova cons­trução, como justo tributo ao distinto e saudoso Comandante de Pelotão.

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Capitão PM Domingues, primeirocomandante do Pelotão de Ourinhos

Inauguração da Sede do 3º Pelotão (Ourinhos) e posse do então 2º Tenente PM Domingues, em 12 de outubro de 1989

Tenente PM Domingues, primeiro Comandante do Pelotão de Ourinhos

José Pereira Domingues nasceu, aos 13/10/47, em Tatuí/SP. Ingressou na Polícia Militar do Estado de São Paulo, em 20/09/69, como Soldado. Ocupou as graduações de Cabo, 3º Sargento e 2º Sar­gento. Em 14/02/86, por mérito intelec­tual, foi aprovado para o Curso de Habi­litação para o Quadro de Oficial Auxilar (CHQOA) e, em 27/12/86, foi declarado 2º Tenente, sendo classificado no 2º Ba­talhão de Polícia Militar Rodoviária e de­signado para comandar o 2º Pelotão da 3ª Companhia.

Em 24/05/89, foi transferido para comandar o recém criado 3º Pelotão da 3ª Companhia do 2º Batalhão da Polí­cia Militar Rodoviária, sediado em Ourinhos, cuja instalação situava-se em precárias instalações às margens do Km 372+500 metros da SP 270 (Rodovia Raposo Tavares).

Compromissado em melhorar as condições de trabalho dos policiais mi­litares rodoviários que ali serviam e a qualidade do atendimento ao público, o então 2º Ten PM José Pereira Domingues iniciou uma árdua luta para viabilizar a construção de uma nova sede para o 3º Pelotão, sensibilizando os seus comandantes e comandados, o Departamento de Estradas de Rodagem e a comunidade regional.

Em 1993, às margens do Km 28+400 metros da SP 327 (Rodovia Orlando Quagliato), iniciaram-se as obras da tão sonhada sede do 3º Pelotão.

Tenente PM Domingues, em Ourinhos

O local foi estrategicamente escolhido pelo 2º Ten PM José Pereira Domingues, pois a SP 327 era, e ainda é, a mais mo­vimentada das rodovias da região de Ourinhos, tornando-se imprescindível a presença diuturna do Policiamento Ro­doviário para a preservação da vida e in­tegridade física dos seus milhares de usu­ários. A escolha foi certeira e atingiu o objetivo intentado pelo Oficial, pois das 25 mortes ocorridas nos seus 32 quilô­metros de extensão em 1993, a SP 327, em 1994, foi palco de 11 vítimas fatais, uma redução de aproximadamente 55%.

O 2º Ten PM José Pereira Domingues, em 24/05/94, foi promovi­do ao posto de 1º Tenente e, 12/09/94,

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passou para a inatividade e foi promovi­do ao posto de Capitão, deixando as obras bastante adiantadas.

A nova sede do 3º Pelotão foi con­cluída e inaugurada em 15/09/95 e é uma das referências de atendimento e segu­rança nas rodovias do sudoeste paulista.

Em 27/02/00, infelizmente o Ca­pitão Res PM José Pereira Domingues faleceu vítima de um tumor na cabeça, deixando saudades em todos aqueles que tiveram a oportunidade de celebrar do seu convívio amigo e alegre.

O Capitão Domingues era um pro­fissional exemplar e exigia dos seus su­bordinados uma atuação irrepreensível em prol da defesa da vida nas rodovias. Mas também era um comandante amigo e pre­ocupado com o bem-estar dos seus subor­dinados. No âmbito familiar, era esposo e pai sempre atento e presente, semeando e cultivando o amor em família.

A importância das ações do Cap Res PM José Pereira Domingues para o Policiamento Rodoviário e, em especi­al, para o 3º Pelotão da 3ª Companhia do 2º Batalhão de Polícia Militar Rodoviá­ria é insofismável. Destarte, na busca do necessário reconhecimento do seu valor, por ocasião das comemorações do Cinqüentenário do Policiamento Rodo­viário na região, foi proposta oficialmen­te a outorga do seu nome para a sede do 3º Pelotão da 3ª Companhia do 2º Bata­lhão de Polícia Militar Rodoviária, no município de Ourinhos.

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Tenente Salviano Gonçalo de Souza, um dos pioneirosSalviano nasceu em 1922, em Ca­

baceiras, na Paraíba, e foi admitido como Soldado voluntário na Força Pública em 1948, na cidade de São Paulo, após ter servido junto à Força Expedicionária bra­sileira. Ingressou na recém criada “Polí­cia Rodoviária Estadual” no mesmo ano, ao superar testes de conhecimentos, per­manecendo atuante no policiamento ro­doviário até 1976, quando então passou para a inatividade.

Como acontece com todos os des­bravadores, o começo da carreira foi para ele muito difícil. Com o avanço e evolu­ção das rodovias em direção ao interior do Estado, montaram-se equipes para cuidar da fiscalização em pontos avan­çados e Salviano foi designado, em 1950, para fundar o 1º Destacamento Rodovi­ário de Bauru (hoje sede do Comando Regional – 2º Batalhão de Polícia Rodo­viária), ao lado de outros patrulheiros. A área de circunscrição abrangia todo o oeste paulista, até Presidente Prudente, inclusive, ponto limite das incipientes ro­dovias estaduais.

Para enfrentar as grandes distân­cias, a forma de operação impunha enor­mes sacrifícios aos patrulheiros, que dis­punham de poucos recursos (apenas uma viatura) e atuavam de modo itinerante, pernoitando em diferentes municípios durante intermináveis viagens. Nessa

Tenente Salviano, em 2006, Assis

época, as “rodovias” do interior apresen­tavam-se construídas em cascalho e, al­gumas, em terra batida. Quando chovia, se fazia necessário passar a máquina moto-niveladora para aplainar o leito car­roçável, a exemplo do que ocorria no pro­longamento da Av. Rui Barbosa, na saí­da da cidade de Assis. Sim, porque no começo da década de 50 o povo interio­rano ouvia falar de asfalto apenas como material necessário para pista de avião...

Nessas paragens, o DER dava su­porte mediante serviço de “Residência”, que já funcionava em Assis, dentre ou­tras cidades, para a manutenção das ro-

Tenente Salviano, em 2006, Assis, depois de entrevista em frente a sua casa

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dovias regionais mediante reparos bási­cos, colocando cascalho em terrenos are­nosos ou construindo aterros com trans­porte de terra por meio de burros em pro­cedimento comum na época.

Em razão da falta de viaturas, nor­malmente os patrulheiros viajavam de carona e faziam grandes caminhadas, de dia ou de noite, enfrentando situações difíceis em rodovias pouco movimenta­das. À noite, quase sempre longe de casa e dos entes queridos, em pensões, ao to­mar banho, tiravam a terra do nariz e dos cabelos e penavam para lavar a farda cáqui, em razão da força e da cor do solo vulcânico (a chamada “terra roxa”) do desbravado e crescente oeste paulista.

Em 1958, Salviano acompanhou a criação da Divisão do DER (a DR-7) em Assis, cidade que já era considerada importante entroncamento rodoviário e, também, o “Destacamento Rodoviário”, com sede permanente no município, inaugurado em 04 de julho do mesmo ano. Trabalhou intensamente nas duas décadas seguintes em missões diversas, testemunhando a evolução tanto no as­pecto logístico quanto técnico-profissi­onal do policiamento rodoviário, junto com o desenvolvimento regional e a melhoria das condições das rodovias es­taduais. Passou para a inatividade, como Tenente, três anos antes do seu Destaca­mento alçar à condição de Companhia (1979), mesmo ano de criação do Bata­lhão com sede em Bauru (2º BPRv).

Ao final de extenso relato colhi­do em depoimento no mês de março de 2006, oportunidade em que Salviano des­creveu toda a sua trajetória profissional, disse emocionado, certamente em nome de vários contemporâneos seus: “não me arrependo de ter enfrentado tantos desa­fios; faria tudo novamente e tenho mui­to amor por essa Polícia. Amo a Força Pública, a Polícia Militar, o Policiamen­to Rodoviário, de coração”.

Os policiais militares rodoviários de hoje são legatários de algo inestimá­vel, construído com sacrifício, dedicação e perseverança pelos pioneiros desbrava­dores. Devem, bem por isso, registrar essa história e edificá-la, para também ser tor­narem dignos de pertencerem a ela.

Missão cumprida, Salviano! (Salviano faleceu em 01 de feve­

reiro de 2007, aos 84 anos, em Assis).

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Subtenente Sebastião Wilson de Seixas Pinto

Patrulheiro Seixas, no posto de fiscalização, em Marilia, década de 60 Em fiscalização de caminhão, final da década de 60

Existem alguns exemplos digni­ficantes de gerações que atuaram no po­liciamento rodoviário da região, demons­trando verdadeiro amor à profissão pas­sada de pai para filho. Dentre eles as fa­mílias: Dias, Marques e Seixas.

O Sub Ten PM Sebastião Wilson de Seixas Pinto, RE 21.926-6, foi admi­tido como Soldado em 08/04/1960; pro­movido a Cabo em 1967 e a Sargento em 1972. Quanto à sua trajetória profissio­nal, trabalhou na cidade de Garça no pe­ríodo de 1960 a 1963 (na Força Públi­ca); foi transferido para o Policiamento Rodoviário em 1963 depois de concluir curso específico em Jundiaí, tendo atua­do como patrulheiro rodoviário na bai­xada Santista (Cubatão) e, após, em Bauru e Marília (a partir de 1964).

No posto de Marília, traba ­lhou juntamente com o Tenente Ari (que é pai do Capitão Arildo Dias e avô do Tenente Douglas, todos do Policiamento Rodoviário). Casou-se em 28/12/1963 com Aurélia Peres de Seixas Pinto, de Garça.

Em 1971 trabalhou na Base Operacional de Pirajuí (Policiamento

Rodoviário), atuando como Comandan­te da Base durante o período de 1972 a 1976. A partir de 1978 serviu no Corpo de Bombeiros e no CFAP (Centro de For­mação e Aperfeiçoamento de Praças), em São Paulo, trabalhando no Curso de Sar­gentos até 1985, ocasião em que adoe­ceu e permaneceu afastado até 1986.

Faleceu em 14 de abril de 1986, aos 48 anos de idade, de morte natural.

Deixou três filhos: Lúcia Hele­na de Seixas Pinto, administradora de empresas; Wilson de Seixas Pinto, policial militar rodoviário - Sargento PM servindo em Marília - e Renata de Seixas Pinto, professora.

Seixas, fiscalizando condutor de Gordine, década de 60

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Soldado Ramos e outros heróis da 3ª CiaAntônio Ramos da Silva nas­

ceu em Marília, aos 02 de setembro de 1959. Ingressou na Polícia Mili­tar em 31 de maio de 1979 e, depois de servir no 9º BPM/I (policiamento de área em Marília) foi movimenta­do por conveniência própria para o 2º BPRv em 1988, mesmo ano em que iniciou o Curso de Especialização em Trânsito Rodoviário, em São Paulo.

Após conclusão do curso, foi in­cluído no estado efetivo da 3ª Cia, de­signado para servir junto ao 3º Pelotão (sede em Ourinhos), local em que se dedicou ao policiamento rodoviário até o dia em que faleceu, em serviço, víti­ma de disparo de arma de fogo.

O Soldado Ramos se encontra­va de serviço no último dia da Ope­ração Finados de 1997, em 04 de no­vembro, realizando fiscalizações em frente à Base de Ourinhos, no Km 28 + 400m da SP 327, quando uma moto com dois ocupantes aproximou-se do local. O passageiro (garupa), que era um detento que se encontrava bene­ficiado por indulto, havia obrigado uma moto-taxista de Ourinhos a transportá-lo e portava um revólver. Diante da parada na Base Operacio­nal, efetuou rapidamente disparos contra o policial militar rodoviário, que não teve oportunidade de reagir.

Apesar de tentar fuga a pé, na seqüência, o autor dos disparos foi preso pelos demais policiais militares rodoviários e respondeu criminalmen­te pelo homicídio.

Sendo reconhecida a morte do Soldado Ramos oficialmente como em razão do serviço, foi ele promovido a Cabo PM “post morte”. Sua foto en­contra-se na “Galeria de Heróis”, fi­xada na entrada principal da sede do 2º BPRv, em Bauru.

Em memória do herói patrulhei­ro, o Comando da 3ª Cia decidiu ho­menageá-lo, propondo dar o seu nome à Base de Piraju, reconstruída em 2007 e pertencente ao Pelotão de Ou­rinhos, local em que Ramos trabalhou, dentre as Bases desse Pelotão.

Soldado Ramos

Sepultamento do Soldado Ramos

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Também o Cabo PM Arlindo da Silva Sobrinho permanece na memória dos companheiros policiais militares ro­doviários, particularmente do Pelotão de Assis, em que pese sua morte em 18 de julho de 1992 não ter ocorrido propria­mente em razão do serviço.

N a t u r a l d e P r e s i d e n t e Bernardes, ele ingressou na Polí ­cia Militar em 1986 e a partir ja ­neiro de 1987 foi classificado no 1º Pelotão da 3ª Cia (Assis). De­pois de ser promovido a Cabo, em 1992, continuou trabalhando no pelotão, destacadamente na Base Operacional de Florínea, SP 333 (Rodovia Miguel Jubran), na divi ­sa de São Paulo com o Paraná.

No dia 18 de julho de 1992, quando retornava do serviço, após 12 horas de trabalho na Base de Florínea, por volta das 7h30min, envolveu-se em acidente de trânsi ­to no Km 404 da SP 333, sentido Assis. Na oportunidade, dirigia o seu veículo particular e veio a fa ­lecer em virtude dos ferimentos so­fridos. Possuía 32 anos de idade.

Em homenagem ao Cb PM Arlindo da Silva Sobrinho, que era profissional estimado pelos demais companheiros, a Base Operacional d e F l o r í n e a r e c e b e u s e u n o m e quando reformada, mediante a Lei Estadual nº 8.619, de 23 de março de 1994, conforme registro em pla ­ca de metal f ixada em ponto de destaque naquela sede.

Arma utilizada pelo criminoso, no assassinato do Soldado Ramos

Placa fixada na Base de Florínea em homenagem ao Cabo Arlindo da Silva Sobrinho

Já os Soldados Júlio Budiski e Olímpio Ferreira da Silva foram as­sassinados quando em serviço na Base Operacional de Rancharia, em 08 de março de 1985, por um casal de cri­minosos que armou uma emboscada, em uma ação previamente articulada, ludibriando-os durante o trabalho no período noturno.

Nessa época, a Base pertencia à área da Companhia de Assis. Por esse motivo, e em homenagem aos dois patrulheiros, a Base de Santa Cruz rece­beu o nome “Soldado Budiski e Soldado Olímpio”, quando da sua inauguração em 17 de outubro de 1986, conforme placa de metal fixada em sua fachada.

As fotos dos dois patrulheiros po­dem ser encontradas também na “Gale­ria de Heróis”, na entrada principal da sede do 2º BPRv, em Bauru.

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Fiscalização intensana fronteira com o Paraná

Hélio Verza Filho Tenente Coronel PM

(como Major PM, foi Subcomandantedo 2º BPRv de 2004 a 2008)

Quando Tenente, comandei as equipes de TOR da área do Batalhão e fui também responsável pela Seção de Informações, razão pela qual conheci de

perto essa área, o valor dos patrulheiros em suas iniciativas e os resultados notáveis que ao longo do tempo surgiram por conta da precisa intervenção policial.

Vivemos juntos momentos de intensa alegria com ocorrências históricas, de grande repercussão e também enfrentamos momentos tristes, como a morte de policiais em serviço. De tudo, fica a certeza de uma prestação de serviço à altura do merecimento da comunidade paulista, da missão cumprida e da preparação para novos desafios.

Igualmente junto com o efetivo da Companhia de Assis, participei de vários campeonatos de futebol de campo, na sede da Subunidade, em um ambiente de convivência saudável, no correto caminho da valorização do ser humano que se encontra dentro da farda. De fato, a união das equipes, do comando, de cada patrulheiro, em prol do objetivo comum, faz toda a diferença.

Aos policiais militares rodoviários de Assis e Região externo cumprimentos pelo cinquentenário dessa importante modalidade de policiamento com sede local e vislumbro um futuro promissor, por conta do constante aperfeiçoamento das técnicas policiais e manutenção do compromisso de trabalho com qualidade, aliado a um profundo respeito ao ser humano, que é marca do Policiamento Rodoviário.

Durante mais de duas décadas de serviço no âmbito do 2º BPRv, como Tenente, Capitão e Major, pude acompanhar de perto as atividades desenvolvidas na região sob coordenação da Companhia de Assis, tanto na área de trânsito quanto nas fiscalizações voltadas à repressão da criminalidade.

As características de fronteira com o Paraná e os importantes eixos de ligação rodoviária que passam nessa área, ao lado do profissionalismo dos policiais militares rodoviários, permitiram a intensificação verificada nas ações contra o tráfico de drogas, de armas e o transporte ilegal de mercadorias diversas, que configura o contrabando ou descaminho, dentre outros delitos. Buscas em ônibus rodoviário de linha, em frente à Base de Assis

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O Policiamento Rodoviário “é diferente” Benedito Roberto Meira

Major PM Coordenador Operacional

do 2º BPRv

Em grande parte dos 27 anos em que já trabalhei na Polícia Militar, atuei na cidade de Bauru, no 4º BPMI, o fa­moso e centenário 4º BC - “Batalhão de Caçadores”. Em 2005, promovido a Ma­jor PM, fui designado para servir no 2º BPRv e exercer a função de Coordena­dor Operacional. Um verdadeiro desafio.

Jamais poderia imaginar que me seria confiada a missão de trabalhar no Policiamento Rodoviário. Inicialmente fiquei apreensivo, afinal de contas em toda minha carreira profissional havia servido exclusivamente em Unidade territorial – Batalhão de área (4º BPMI). O meu amigo e “irmão” Coronel PM Helder Pereira, que atuou no Policiamen­to Rodoviário praticamente toda sua car­reira, ao saber da designação, tão logo me encontrou e disse: “Meira, o Policia­mento Rodoviário não é melhor e nem pior que o Policiamento Urbano Territorial, ele é diferente”.

Guardei comigo a mensagem do Coronel Helder e comecei a observar as atividades desenvolvidas, a missão da unidade, as peculiaridades e diversida­des de cada região e das rodovias. As uni­dades do Policiamento Rodoviário são consideradas pela Instituição como “uni­dades especializadas” e compete a elas a execução dos serviços de policiamento e fiscalização de trânsito e transporte nas rodovias estaduais, por meio de convê­nio firmado com o Departamento de Es­trada e Rodagem – DER.

Além da atuação voltada à preven­ção de acidentes de trânsito, não pode­mos deixar de mencionar a forte atuação do Policiamento Rodoviário na repres­são ao crime nas rodovias. O grande ali­ado do policiamento rodoviário é fator surpresa. Os usuários das rodovias esta­duais ao serem abordados por policial militar rodoviário acreditam num primei­ro momento que serão objetos apenas de fiscalização de trânsito e mal podem ima­ginar que o “Guarda Rodoviário” pode­rá também voltar sua atuação na repres­são ao crime. Aí está a surpresa e a van­tagem em relação ao criminoso.

Os indicadores criminais e operacionais demonstram que a cada ano as rodovias passaram a ser utilizadas pelos infratores da lei como alternativa para o tráfico de drogas, de animais sil­vestres e de armas, roubo de car­ga, contrabando e descaminho.

As insistentes e necessá­rias reuniões de análise crítica, realizadas mensalmente, permi­tem elaborar um diagnóstico e observar a evolução dos aciden­tes de trânsito e crimes ocorri­dos nas rodovias. Ao mesmo tempo, possibilitam a avaliação do desempenho dos policiais militares por meio dos indica­dores resultantes da ação de fiscalização de trânsito e operacionais, voltados à repressão ao crime.

Quanto ao “diferente” que o ami­go Coronel Helder enfatizou, acabei des­cobrindo o seu verdadeiro sentido: não existe rotina nas rodovias. A diversidade de usuários, de veículos e de ocorrências induz os policiais militares rodoviários a serem constantemente instruídos sob a ótica da legislação de trânsito e a possuir tirocínio policial diferenciado no tocante à repressão criminal.

Certa vez um instrutor da Academia do Barro Branco disse que o policial militar, se fosse comparado com

algum animal, deveria sê-lo com o “camaleão”, ou seja, aquele que possui a capacidade de se adaptar e atuar com naturalidade na diversidade de problemas que enfrenta no dia-a-dia.

Graças a nossa capacidade “camaleônica”, a Polícia Militar com mais 170 anos e o Policiamento Rodoviário com 60 anos de existência resiste a tudo e a todos e consegue promover a tão almejada sensação de segurança ao cidadão no mais absoluto respeito e compromisso com a “Defesa da Vida, da Integridade Física e da Dignidade da Pessoa Humana”.

Operação na SP 333, entre Assis e Marília

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Tapete VermelhoNelson Garcia Filho Major PM atual Subcomandante

do 4º BPM/I (Bauru)

Quando recebi telefonema do Ca­pitão atual Comandante da 3ª Cia do 2º BPRv, o grande amigo Franco, fiquei muito lisonjeado pelo convite por ele for­mulado, para realização da difícil tarefa de, em apenas uma ou duas laudas, sintetizar o que vivi no comando dessa subunidade, de 2001 a 2002.

Falar daqueles dias é muito prazeroso, pois avalio que foi nesse período que minha carreira foi impul­sionada.

Lembro do primeiro dia em que cheguei em Assis e fui muito bem re­cebido por todos. Um policial viajou até Bauru para buscar-me e achei, des­de então, diferente de tudo que havia conhecido.

Os policiais militares já me conhe­ciam pelo sistema de trabalho que havia implantado na Rodovia Castelo Branco, com o uso da tecnologia com câmeras de vídeo, em que nossos patrulheiros acompanhavam em tempo real o que es­tava acontecendo em toda extensão da rodovia. Depois, as concessionárias Ecovias e Autoban também adotaram o sistema para as suas rodovias, mas tive o gosto de ser uma das pessoas que acre­ditou no sistema que mais tarde cidades também colocariam nas ruas e avenidas de todo o país.

Resolvi colocar o título no texto de “Tapete Vermelho”, pois foi o que senti que fizeram para mim sem que eu merecesse tal atitude. Depois percebi que não eram somente os policiais que me tratavam bem, mas a própria comunida­de de um modo geral.

Percebi que os funcionários do DER eram solícitos e o comércio lo­cal atendia muito bem os seus clien­tes. Essas impressões valeram muito, pois em todos os locais e ocasiões em que me expresso, acabo citando a ci­dade de Assis como exemplo de aco­lhimento.

Bem, o fato é que talvez eu tenha

“Quando o filho lheperguntar: papai,

onde iremos quando nósmorrermos? então diga paraele olhar para o céu e ver asestrelas; lá as estrelas estãoumas ao lado das outras e

sempre as estrelas maispróximas são o pai e a mãe,irmãos e primos e amigos,

de forma que nuncae durante toda eternidade

estarão juntos

”dado sorte, ou realmente a luz estava bri­lhando bastante na Terceira Companhia, mas lembro-me bem que aprendi que o crime organizado não é difícil de des­manchar quando se derrota a sua logística. Conseguimos atacar franca­mente o tráfico de drogas do cartel de Bogotá, na linha Raposo Tavares x São Paulo e também derrotamos as quadri­lhas de roubo de carne bovina, além de desestruturar o contrabando de cigarros para a Capital.

Bastava uma idéia e todos a abraçavam. Mas tem uma coisa muito importante em tudo isso, meu Coman­dante e conselheiro, na época o Major Daniel Rodrigueiro era meu ícone, pois discutia cada detalhe das minhas idéias, por que ele, como eu, adota­mos livros de táticas militares, apesar de sermos policiais. A realidade que vivemos nos dias de hoje dá campo para aproveitarmos estratégias e táti­cas estudadas no campo da guerra.

Claro que sempre houve a preocu­pação de que ninguém percebesse o uso dos sistemas táticos, pois o que quería­mos mesmo era a prisão dos criminosos.

A Companhia de Assis é estraté­gica em todos os sentidos e seu efetivo sabe disso. A Polícia Federal, não ra­ras vezes, procura estreitar os laços de

amizade e cooperação, bem como a co­irmã Polícia Civil.

Lembro-me também de que, como o terreno da sede da Cia é muito grande, comprei dois pôneis e os coloquei para pastar no local cheio de árvores e frutos. Chegamos até a idealizar um lugar para festas, aproveitando um barracão que o antigo comandante ganhara de um fazendeiro.

Não vou nomear os policiais para não cometer deslize, vez que cada um tinha o perfil necessário para a sua função e não a toa várias vezes fomos reconhecidos como uma das melhores Companhias da Polícia Militar em questões de apreensões de armas e drogas e outros quesitos; mas nunca esquecerei a dona Valda que preparava cada bife para mim como se eu fosse filho dela, pois ela sabia que eu tinha três filhos e a minha esposa estava grávida novamente e eu nunca suportei ficar longe deles.

Aos meus amigos, meus irmãos, deixo a lembrança da história que um dia contei para todos em reunião: “Quando o filho lhe perguntar: papai, onde iremos quando nós morrermos? então diga para ele olhar para o céu e ver as estrelas; lá as estrelas estão umas ao lado das outras e sempre as estrelas mais próximas são o pai e a mãe, irmãos e primos e amigos, de forma que nunca e durante toda eternidade estarão juntos”. É o que lhes digo hoje: vocês da Terceira Companhia, estarão sempre comigo, até lá no espaço quando formos estrelas.

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A missão de preservação da vidae o combate à embriaguez ao volante

Diante de uma gravíssi­Adriano Aranão ma infração administrativa de

1º Tenente PM Comandante do trânsito, que causa sério e imi­3º Pelotão (Ourinhos) nente risco à segurança viária,

não poderia ficar o Poder Pú­blico despido de qualquer me-

A Polícia Militar do Es­ dida capaz de superar a nega­tado de São Paulo, no exercí­ tiva do condutor de se subme­cio da sua nobre e relevante ter aos testes em questão. O missão constitucional e legal, interesse público, consubstan­busca incessantemente a preser­ ciado no direito coletivo ao vação da vida, da integridade fí­ trânsito em condições seguras, sica e da dignidade da pessoa não pode sucumbir em face da humana. negativa do motorista.

Nas rodovias paulistas, a Com este novo instru­atuação firme e compromissa­ mento jurídico, o Policiamen­da do Policiamento Rodoviário, to Rodoviário poderá atuar tanto no combate à criminali­ ainda mais firmemente no dade como no policiamento e combate à embriaguez ao vo­fiscalização de trânsito, tem lante, impondo aos motoristas sido uma das mais importantes infratores as medidas legais garantias de tranqüilidade e se- cabíveis, e melhor cumprir a gurança daqueles que diuturna­mente se utilizam dos milhares de qui­lômetros da nossa malha viária.

Inserindo-se neste contexto, a 3ª Companhia do 2º Batalhão de Polícia Militar Rodoviária tem obtido acentu­ado destaque. Merecem aplausos, den­tre outras atividades de polícia de se­gurança, as toneladas de drogas anual­mente apreendidas, as dezenas de veí­culos recuperados e os inúmeros con­denados capturados. De outro lado, muitos acidentes são prevenidos e in­calculáveis as vidas preservadas.

Nesta sua incansável e perma­nente batalha a favor da vida, o Polici­amento Rodoviário se defronta com aqueles que insistem em beber e diri­gir, trazendo perigo e morte para as nossas rodovias.

Inúmeras são as campanhas edu­cativas que alertam para o perigo da combinação álcool e volante. Ainda as­sim, a embriaguez ao volante continua sendo uma das principais causas de aci­dentes e mortes no trânsito brasileiro. O álcool e as demais substâncias de efeitos embriagantes atuam diretamente

sobre o sistema nervoso central, dimi­nuindo sensivelmente a capacidade de reação diante das adversidades surgi-das durante as viagens.

Diante deste cenário, o legisla­dor pátrio, ao elaborar a lei nº 9.503, de 21 de setembro de 1997 (CTB), re­servou recrudescido tratamento àquele que é surpreendido dirigindo veículo automotor sob efeito de álcool ou de substância entorpecente, tóxica ou de efeitos análogos, tipificando a sua con­duta como infração administrativa e, tendo gerado perigo de dano, também como crime de trânsito.

No combate à embriaguez ao vo­lante, importante foi a mudança intro­duzida pela Lei nº 11.275, de 7 de fe­vereiro de 2006 no art. 277 do CTB, possibilitando que, diante da recusa do motorista de soprar no bafômetro ou ceder sangue para exame laboratorial, o agente de trânsito pudesse lavrar o auto de infração e adotar as demais me­didas administrativas cabíveis com base em outras provas em direito admitidas, notadamente a testemunhal.

sua missão de preservação da vida, da integridade física e dignidade humana no trânsito.

Entretanto, cônscio de que a ver­dadeira e duradoura mudança não se opera pela repressão, cuja importância no combate em curto prazo da embria­guez no trânsito é insofismável, o Po­liciamento Rodoviário também inves­te nas ações educativas, buscando, por meio do alerta e da conscientização, a transformação necessária para a garan­tia da vida no trânsito.

Finalizando, é necessário desta­car que nestes 50 anos de história do Policiamento Rodoviário com sede na região, muito já se fez pela preserva­ção da vida, da integridade física e dig­nidade humana no trânsito e, tenham todos certeza, muito ainda será feito. Valorosos policiais já ofertaram a sua contribuição, inclusive, como o Sd PM Antônio Ramos da Silva, com o sacri­fício da própria vida. Outros ainda vi­rão e, sem dúvidas, também deixarão a sua passagem registrada com ações em prol da construção de um trânsito mais seguro e humano.

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O trabalho das equipes TOR

Paulo César Lopes Furtado Sargento PM

Chefe de Equipe TOR em Assis

Foi com muita surpresa que recebi convite do comandante da Companhia para escrever algo sobre as equipes de Tático Os­tensivo Rodoviário (TOR), para o livro em comemoração aos 50 anos de Policiamento Rodoviário com sede na nossa região.

Certamente esse será um livro que marcará gerações. As histórias a serem contadas são tantas que não caberão so­mente em um volume. Então pensei na responsabilidade que assumiria ao cumprir o solicitado. Missão difícil... Gosto muito de atuar, de estar à frente de ocorrências, mas escrever realmen­te não é minha melhor habilidade. As­suntos, temas, histórias e mais históri­as dos meus quase vinte anos de Poli­ciamento Rodoviário começaram então a surgir sem parar.

Grandes lembranças, boas recor­dações e também momentos difíceis vi­vidos; mas aí vinha a sensação de poder colaborar e mostrar quão grande, nobre e bonita é a nossa missão. Autuar, ensi­nar, prender, acalmar, salvar. Há quem já nos chamou de “anjos do asfalto”.

Tudo girava na cabeça numa velo­cidade excessiva e nem ao menos conse­guia começar. Vieram lembranças de ocor­

rências policiais, acidentes, atendimentos, instruções, amigos, aqueles que já se fo­ram - por terem passado para a inativida­de ou não -, as histórias que nos conta­vam, aquilo tudo que nos ensinavam.

Nomes surgiam sem parar e me perdoem se esqueci de algum: Eduar­do, Lérias, Ditão, Lara, Splicido, Moreira, Toledo, Furlan, Nunes, Lucas, Domingos e tantos outros. To­dos me ensinaram algo e com isso con­segui chegar a este momento de ter a honra de traçar algumas linhas sobre essa Instituição tão importante, para

mim e para milhares de cidadãos que cruzam as rodovias no dia-a-dia.

O Capitão foi bem específico na orientação: “lembre também do Tático Ostensivo Rodoviário (TOR) de 1988 e 1989, quando as equipes surgiram na re­gião”. Como algumas linhas teriam que sair, decidi por um paralelo rápido das ocorrências que acompanhamos no final dos anos 80 e no começo de 90, até os dias atuais.

Naqueles tempos, e parece que foi ontem mesmo, eram muito comuns apre­ensões de veículos furtados ou roubados em São Paulo, ou adulterados, que pas­savam pelas rodovias estaduais para se­rem vendidos ou trocados por droga no Paraguai. Praticamente em todo serviço recuperávamos um carro nessas condi­ções. Esse assunto mereceu até reporta­gem da Rede Globo. Um repórter fez o percurso e mostrou como era o método dos criminosos; mas, injustamente, apresentou somente as possíveis falhas na fiscalização durante todo o percurso e não mencionou quantos carros nós re­cuperávamos naquela fase.

Com o passar do tempo essa mo­dalidade de crime foi sendo trocada por outras. Vieram os roubos a ônibus de tu­rismo que levavam “sacoleiros” para fa­zer compras no Paraguai. Eram monta­das verdadeiras operações de guerra para combater essas quadrilhas que agiam desde a rodovia Castelo Bran­co até a SP-333.

Apreensão de droga escondida no banco de veículo. Assis, 2007 Pág. 72

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Equipe TOR realizando condução de preso em flagrante Sgt Paulo realizando instrução de tiro no estande do TG de Assis

Algumas foram desmanteladas e houve vários criminosos presos, graças ao empenho de todo o efetivo e das equi­pes TOR. Outras quadrilhas desistiram, pois sentiam a presença forte do Policia­mento Rodoviário fazendo frente a qual­quer delito.

Já no final dos anos 90 e come­ço de 2000, com o aperfeiçoamento da fiscalização, não havia uma modalida­de de crime que se sobressaísse em nossa região, sem que tivesse a aten­ção do Policiamento Rodoviário vol­tada para o seu combate. Passamos a agir em todas as frentes, com as equi­pes TOR sempre na vanguarda.

A partir de 2000 as equipes TOR do 2º BPRv passaram a combater sis­tematicamente o tráfico de drogas. Nossa região sempre foi mostrada como a “rota do tráfico”. A imprensa se incumbiu de dar essa denominação. Foi então iniciado um procedimento próprio para as equipes TOR atuarem no combate ao tráfico de drogas em transporte regular de passageiros.

Os traficantes passaram a usar intensamente essa modalidade e o trabalho de repressão resultou - e continua resultando – em boas ocor­rências. A nossa região pode não constituir propriamente uma rota, mas representa uma alternativa, em razão de que estamos geografica ­mente posicionados em um ponto importante do Estado em relação aos estados do Centro-oeste brasileiro e países como o Paraguai, Bolívia e Colômbia, conhecidos como produ­tores e fornecedores de drogas.

Aproveitando nossa posição, as equipes TOR da 3ª Cia passaram a in­vestir pesado no ataque ao tráfico de

drogas. Várias são as ocorrências des­sa natureza. Algumas com quantida­des de drogas surpreendentes, outras em quantidades menores, mas, que na soma geral, nos colocam como uma das Companhias de Policiamento de São Paulo que mais apreende drogas em todo o Estado.

Só para recordar uma ocorrên­cia - e esta não podia ficar de fora porque até hoje é lembrada nas con­versas sobre as grandes apreensões - foi a de 2.040 Kg de maconha e 10 Kg de haxixe em um ônibus de “tu­rismo”, em abril de 2004. Durante patrulhamento pela SP-333, eu, o Sd PM Valter e o Sd PM Genésio avis­tamos no pátio do Posto Panema um ônibus parado entre os caminhões. Esperamos alguns minutos e o veí­culo reiniciou sua viagem. Decidi­mos abordá-lo. Tão logo parou, des­ceu o motorista e outras duas pesso­as, sendo que uma delas de imediato pediu que fossem liberados e ofere­ceu um "cafézinho" para a equipe (tentativa de suborno). Sem darmos ouvidos à insinuação daquele sujei­to franzino, moreno, de barba, entra­mos no coletivo e no teto um para­fuso mal apertado chamou-me a atenção. Decidimos removê-lo.

Para nossa surpresa o ônibus esta­va com o teto, as laterais e fundos falsos recheados de maconha. Foi a maior apre­ensão, durante ação fiscalizadora, regis­trada na área da 3ª Cia. Quatro pessoas conseguiram fugir e outras quatro foram presas em flagrante. Depois, descobrimos que a pessoa que nos ofereceu o "cafézinho" era conhecida como "Ligeirinho", um dos maiores traficantes de drogas da região norte de São Paulo.

Graças a essa ação naquele dia, in­vestigações foram deflagradas e o trafi­cante se encontra hoje preso, tendo res­pondido também por aquela ocorrência. E depois dessa vieram muitas outras, também expressivas, mas com menores volumes de apreensão. A intensificação no combate ao tráfico de drogas foi um compromisso assumido e cumprido até hoje com desenvoltura, dedicação e bus­ca contínua de melhores resultados.

Tal ação fiscalizadora ultrapas­sou divisas. Órgãos policiais de outros Estados passaram a investir pesado também no combate ao tráfico; os pró­prios traficantes buscaram alternativas. Passaram a ser mais cautelosos e atual­mente buscam, de toda a forma, ludi­briar a fiscalização. Muitas vezes che­gam inclusive a transportar droga den­tro de fundos falsos de combustível; mas as equipes TOR, juntamente com as equipes de patrulha da nossa queri­da Companhia, estão sempre alertas e as apreensões continuam.

Para não alongar mais o assunto decidi parar por aqui, pois as ocorrên­cias e casos para contar são muitos. Talvez só me reste agradecer a oportu­nidade oferecida pelo meu comandan­te, bem como a todos os policiais que passaram pela minha vida nessas duas décadas de Policiamento Rodoviário. Assis teve, tem e sempre terá uma Po­lícia Militar Rodoviária voltada para o atendimento imediato e de boa quali­dade a todos os usuários, buscando a redução de acidentes e agindo firme no combate aos criminosos que insistirem em se utilizar das rodovias estaduais para a prática do mal.

Um grande abraço a todos os ro­doviários de ontem, de hoje e de amanhã!

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APREENSÕES DIVERSAS - EQUIPES TOR

Maconha em veículo particular, em Assis, 2006 Maconha em veículo particular, em Ourinhos, 2007

Armas, munições e medicamentos, em Tupã, 2007 Haxixe com passageiro de ônibus, em Assis, 2006

Palmilha de tênis de haxixe, em ônibus, em Assis, 2005 Maconha em malas em ônibus, em Assis, 2006

Maconha em mala em ônibus, em Assis, 2007 Maconha em mala em ônibus, em Assis, 2006 Pág.74

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APREENSÕES DIVERSAS - EQUIPES TOR

Medicamentos diversos, em ônibus, em Assis, 2006 Maconha em malas, em ônibus, em Assis, 2007

Lança perfume , em ônibus, em Sta. Cruz do Rio Pardo, 2006 Maconha em malas, em ônibus, em Assis, 2006

Maconha e haxixe, em veículo particular, em Florínea, 2007 Maconha no bagageiro de ônibus fretado, em Garça, 2005

Maconha e produtos de informática em ônibus, em Assis, 2006 Cão labrador “Areta”, com Equipe TOR, em Assis, 2006 Pág.75

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100 mil quilômetros de sucesso!

Amarildo Delfino Dias Soldado PM da 3ª Cia

Em meados de 2005 recebi o con­vite do Capitão PM Franco, então novo Comandante da 3ª Cia de Policiamento Rodoviário, para assumir uma nova fun­ção, qual seja, a de organizar a seção de P5 (Relações Públicas) e também ser seu motorista. O desafio consistia em aper­feiçoar as relações com a imprensa regi­onal e trabalhar com educação para o trânsito, além de processar as rotinas in­ternas próprias dessa seção e dirigir a viatura R-2301.

Recebi o convite no momento certo, quando se encerrava outra mis­são. Havia trabalhado por oito anos ininterruptos no Setor de Comunicação Operacional (Serviço de Dia), seção da qual me orgulho de ter ajudado a estruturar junto com o Sgt PM

Reginaldo, Cb PM Lucas, hoje Sargen­to reformado e Cb PM Ivan, buscando um ambiente de trabalho confortável e dinâmico aos operadores de rádio, bem como maior segurança e confiabilidade no atendimento ao efetivo da Compa­nhia, com agilidade nas respostas de pesquisas em apoio aos patrulheiros. Vejo o Serviço de Dia como o “cora­ção” da Companhia, vez que do opera­dor de rádio, em algumas situações, depende a própria vida do companhei­ro de trabalho, sem falar do encami­nhamento dos registros das ocorrênci­as. Bons tempos também foram aque­les; mas, enfim, nostalgia a parte.

Após organizar com a família mi­nha vida pessoal, aceitei o convite, cien­te de que enfrentaria horários incertos. Reconheço que gosto de desafios e, no começo, houve mesmo dificuldades quanto à estruturação do P5 na Compa­nhia, pois necessitávamos de uma sala

e tão logo esta foi disponibilizada, cor­remos para organizar a seção. Logo na seqüência, recebi o apoio do Sd Fem Temp Aline, que colabora atualmente no setor e posso dizer que o sonho a cada dia se torna realidade.

A organização dessa seção teve grande importância na estratégia de ges­tão pela qualidade, tanto no âmbito do Batalhão (2º BPRv) e da 3ª Companhia, quanto no âmbito de seus três pelotões (Assis, Marília e Ourinhos). De fato, quando há solicitação para realização de qualquer tarefa, desde uma simples nota de imprensa até a assistência a um cole­ga, temos prontamente condições de atender os interessados com excelência e, ainda, aliviamos o serviço do Encar­regado de Administração da Compa­nhia - e também dos Comandantes de Pelotão - quanto aos elogios, conces­sões de láureas, medalhas e tantos ou­tros procedimentos próprios.

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O espaço hoje também funcio­na, excepcionalmente, como local para seções reservadas de procedi­mentos disciplinares.

O segredo do sucesso desse tra­balho, não somente nas questões de re­lações públicas, está na competência da equipe administrativa da Companhia, cujo lema é a união. Temos pessoas com­prometidas com o sucesso da causa pú­blica a começar pelo nosso Comandan­te, Cap PM Franco, pessoa de caráter íntegro, zelosa e muito compromissada, passando pelo brilhantismo do Sgt Fernando, Sgt Reginaldo, Sd Rogério, Sd Floriano e Sd Gerson e da equipe do Serviço de Dia, 24 horas (Cb Ivan, Sd Tácito e Sd Honório), cada um em sua área de atuação, trabalhando para o bem da comunidade.

Quanto à experiência operacional nesse período, depois de dois anos e mais de 100 mil quilômetros percorridos com a viatura do Comando por estas rodovi­as do nosso Estado, em dias comuns, fi­nais de semana, feriados, de noite e de dia, é que me dou conta de quanto a jor­nada foi proveitosa. Eu e o Capitão Fran­co passamos por muitas experiências agradáveis e outras também desagradá­veis, mas certamente as primeiras cons­tituem o maior conjunto.

Fato marcante ocorreu na madru­gada do Natal de 2005 quando por inici­ativa do Comandante, rodamos em tor­no de 900 Km, trabalhando na noite de Natal e cumprimentando cada um dos companheiros que se encontravam em

serviço naquele turno de serviço, nas nove Bases Operacionais da Compa­nhia. A surpresa dos policiais foi gran­de. Compartilhamos preciosos momen­tos com os patrulheiros na pista, traba­lhando naquela data mágica, quando qua­se todos estão juntos aos seus familia­res. Também levamos panetones, refri­gerantes e um cartão para cada um des­ses profissionais que defendem a socie­dade. Muitas pessoas não têm consciên­cia de que os policiais militares estão compromissados com a defesa da vida, bem maior do ser humano e por isso de­dicam-se com determinação, mesmo em datas especiais como é o caso do Natal.

A ocorrência mais marcante em toda minha vida profissional na Polícia Militar aconteceu neste período, ou seja, no dia 17 de julho de 2006 quando eu e o Capitão Franco viajávamos para Bauru na sede do nosso Batalhão, no final da Rodovia Castelo Branco. Um jovem em crise emocional se equilibrava com as pontas dos pés descalços sobre o estrei­to parapeito lateral do viaduto ali exis­tente, à aproximadamente doze metros de altura em relação à via inferior. Ao perceber nossa presença, o indivíduo fez menção de se atirar, momento em que o começamos a aproximação, iniciando longa e paciente conversa a fim de que o interlocutor, abalado emocionalmente, desistisse do ato, porém sem sucesso. No momento em que o rapaz se distraiu con­segui lançar-me sobre ele, trazendo-o são e salvo para o lado seguro do viaduto. Realmente naquele dia senti que Deus nos enviara para aquele lugar, a fim de

que fosse realizada a importante missão. Muitas foram as experiências en­

volvendo fiscalizações, apoios diversos, operações desenvolvidas e inúmeros so­corros prestados (de pessoas e veículos). Em 2006, socorremos uma família na SP 421, próximo de Paraguaçu Paulista, quando foi preciso algemar a mãe, na presença dos filhos, como um último re­curso autorizado pelo pai, em razão de que ela ameaçava jogar-se contra os ve­ículos em movimento, apresentando si­nais de graves transtornos mentais, afir­mando agressivamente encontrar-se do­minada por entidade espiritual. Em 2007, identificamos e encaminhamos aos pais um jovem de Ourinhos, que cambalea­va próximo de Salto Grande, nas mar­gens da Rodovia Raposo Tavares e que fora vítima de abusos após ingestão de bebida alterada que lhe deram na noite anterior, no golpe conhecido como “boa noite cinderela”.

Ainda, boas idéias surgiram du­rante os nossos deslocamentos com a vi­atura, tal como o Programa: “Educar para o Trânsito é Educar para a Vida” (EDUCAR) materializado e hoje em pleno funcionamento na região de As­sis, com a participação de companhei­ros voluntários.

Enfim, com a graça de Deus, che­go ao final dessas lembranças com a cer­teza de que foram dias e noites inesquecí­veis, pois em todos os quilômetros roda­dos contribuímos para que a missão de preservar vidas fosse desempenhada com êxito. Portanto, posso dizer que foram cem mil quilômetros de muito sucesso!

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“Vivi intensamente essa fase de minha existência”Sérgio Splicido

Tenente Reserva PM

Na década de 1970 sentía­mos a carência de opções de tra­balho e de estudo para quem resi­dia no interior de Estado. Também não tínhamos informações sobre cursos técnicos ou superiores, nem sobre o mercado de trabalho.

Desse modo, em 1973, após terminar o serviço militar obrigatório no Tiro de Guerra-TG 121 em Assis, pedi demissão da loja “Casa de Presentes”, onde trabalhava como balconista e ven­dedor e, juntamente com um co­lega, fui montar uma oficina de conserto de aparelhos odontológicos e de equipamentos de veículos (velocímetros, hodômetros, marcador de horas de má­quinas, etc.), na cidade de Ponta Grossa/ PR. A empreitada não obteve êxito e após cinco meses retornei para Assis, onde voltei a trabalhar na mesma loja.

Então, em junho de 1974 foi aber­to concurso para ingresso na Polícia Mi­litar Rodoviária e, por incentivo de meu pai - pois nunca havia cogitado ser um policial -, prestei tal concurso, no qual fui aprovado. Em 16 de dezembro do mesmo ano fui oficialmente admitido como Soldado PM e iniciei o curso de formação no 16º BPM, em São Paulo.

Fazendo um retrospecto de minha carreira, lembro que, após a conclusão do curso, no início de julho de 1975, fui apre­sentado no então CPR – Corpo de Polici­amento Rodoviário (39º BPM), onde ini­ciei o curso de Policiamento Rodoviário, que terminou em outubro de 1975.

Na seqüência, fui classificado no Pelotão de Mogi das Cruzes, onde per­maneci até junho de 1977, quando então fui convidado para integrar a equipe de comando do CPRv, pois naquela época já havia sido criado tal comando e tam­bém os 1º e 2º BPRv. Na seqüência, fui transferido para o 2º BPRv (Bauru) e per­maneci adido ao CPRv até outubro de 1979 trabalhando na equipe de coman­do, que prestava apoio em todo o Esta­do, de acordo com as determinações do Cmt de Pol Rod.

Então, em outubro de 1979, final­

mente obtive a classificação no 1º Pelo­tão da Companhia em Assis, para desen­volvimento de atividade operacional. Na­quela época retornei aos estudos, conclui o 2º Grau e, em 1987, ingressei na Facul­dade de Direito “Euripedes Soares da Rocha” – Fundação de Marília, para con­cluir o Bacharelado em 1990. Em 1992, após concurso, fui promovido a Cabo PM.

Em 1993 alcancei aprovação no Curso de Habilitação ao Quadro Auxili­ar Oficial PM – CHQOPM, tendo fre­qüentado o curso na APMBB em 1994. Já como 2º Tenente, após cumprir a “Operação Verão” de dezembro de 94 a março de 95, em Caraguatatuba, voltei a ser classificado no 2º BPRv, onde assu­mi o Comando do 2º Pelotão/4ª Cia -Botucatu, até início de 1996, ocasião em que fui transferido para a Companhia de Assis, por conveniência própria.

A partir de então exerci diversas funções, como: auxiliar do Cmt de Cia, Cmt do 1º Pelotão, Oficial SJD e P1 do 2º BPRv. Já em agosto de 2001 fui promovido a 1º Tenente PM por merecimento e iniciei os afastamentos regulares para passagem para a inatividade, o que se deu por fim em junho de 2002. Todavia, não parei de li­dar com assuntos de trânsito, pois passei a integrar a JARI – Junta Administrativa de Recursos de Infrações – Assis.

Quanto à avaliação pessoal dessas experiências, passo a registrar algumas considerações.

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A vida de caserna, com suas características próprias, res­trições, limites e normas a serem cumpridas, nunca foram para mim causa para desmotivação. Muito pelo contrário, as dificul­dades me impulsionaram no sen­tido de que me esforçasse em estudar, aprimorar e conhecer cada vez mais, para melhor exe­cutar as missões que me eram confiadas.

Assim, posso afirmar que vivi intensamente, de corpo e alma, essa fase de minha exis­tência. Mesmo reconhecendo o cometimento de erros, tenho a convicção de que sempre procu­rei dar o melhor do meu conhe­cimento e de minhas forças. Por isso posso dizer que não sinto saudades do tempo que ingres­

sei e permaneci no serviço ativo, pois o que tinha que fazer, eu fiz.

Permanecem, sim, as lembranças dos momentos felizes de convivência com os colegas e amigos, com os quais sempre que possível mantenho contato, quer em eventos, quer em visitas na sede da Cia, quer no dia-a-dia.

Também há as lembranças dos momentos difíceis, perigosos e tristes do cotidiano profissional, no atendimento ao público, nas ocorrências criminais e nos acidentes graves. No entanto, mais forte é a certeza de haver cumprido a jornada com profissionalismo, dedicação, respei­to ao ser humano e às leis, com isenção de qualquer animosidade pessoal.

Tinha - e ainda tenho - a convic­ção de que em qualquer atividade que realizamos, não basta “vestir a cami­sa” e participar, pois, para a sua com­pleta realização, é necessário estar compromissado com os seus objetivos e com a expectativa das pessoas ou da en­tidade representada.

Destarte, sinto-me feliz em haver participado ativamente da história do Policiamento Rodoviário de São Paulo, particularmente junto à sede da 3ª Cia do 2º BPRv, cujas instalações inclusive ajudei a construir, tendo ai trabalhado por 23 anos.

Que Deus continue nos abenço­ando em todos os momentos de nossas vidas!

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“Deixo meu filho como representante”Orlando Santos Marques

Tenente Reserva PM

Ingressei na Polícia Militar Rodo­viária no ano de 1974, tendo feito a ins­crição no Pelotão de Assis, em 1973 onde realizei o primeiro exame.

Fazendo um retrospecto da carrei­ra, lembro-me que freqüentei escola de Soldado PM no 16ºBPM, tendo iniciado o curso em 1974. Depois de encerrada a primeira etapa, fui apresentado no 39º BPM (então Batalhão de Polícia Rodo­viária), junto com outros companheiros, para início da segunda fase, que era es­pecialização em Policiamento Rodoviá­rio. Formei-me em 10 de janeiro de 1975.

Fui apresentado na 5ª Cia PMRv de Araçatuba, sendo destinado a ser­vir na Bop de Tupã onde permaneci até 1975, quando então, aprovado em concurso, fui apresentado ao CFAP, São Paulo, onde freqüentei o Curso de Formação de Cb PM. Encerrado este curso, retornei para a Base de Tupã, onde permaneci até 1976, sendo remanejado por efeito de promoção, para a 2ª Cia de Guarda PM (2ª CIPGd) do palácio dos Bandeirantes, Unidade em que servi até 1978.

Em seguida, consegui transferên­cia para o 2º BPRv, sendo destacado no Pelotão de Presidente Prudente, com des­tino à Base de Dracena, onde servi até 1978. Então, classifiquei-me no concur­so para Sargento PM, tendo freqüentado o respectivo curso até o final 1979, em São Paulo. Já como Sargento, servi na Base de Rancharia (Pelotão de Presidente Prudente), no Pelotão de Marília, na Bop de Tupã e na Base de Gália.

Em 1990, depois de promovido a Subten PM, fui classificado nova­mente no Pelotão de Presidente Pru­dente, onde permaneci até 1992, retornando em seguida ao Pelotão de Assis. Em 1993 fui classificado no Pe­lotão de Marília, onde permaneci até minha passagem para a inatividade, o que ocorreu em 1997, junto com a pro­moção ao posto de 2º Tenente PM.

Foram 23 anos servidos à Insti­tuição em que adquiri uma experiên­cia muito grande. Batalhei muito para atingir os objetivos como militar es­tadual, responsável no atendimento

aos anseios da população, notadamente àqueles que utilizavam as rodovias como meio de locomoção.

Quantas notificações aplica ­das, quantos acidentes atendidos, quantas informações e apoio ao pú­blico e muito mais.

Tudo me faz repensar agora o quanto procurei ser útil à sociedade, não medindo esforços para isso. Fiz muitos amigos, muito mais que inimigos, tenho certeza. Tirei de circulação muitos alhei­os à Lei e à ordem. Atingi o meu ideal.

Desses longos anos, dois aconte­cimentos ficaram gravados na minha mente e volta e meia me vêm a lembran­ça; a primeira delas foi quando ainda re­cruta, na fase de especialização, auxiliei no atendimento de acidente na Rodovia Castelo Branco, no km 240, envolvendo um fusca modelo antigo, ocasião em que seu condutor colidiu na traseira de um caminhão, tendo morte instantânea. Era época de Natal e isto me marcou muito.

Outro fato ocorreu na Base de Rancharia, no ano de 1985, quando dois

policiais no exercício de suas funções, no período noturno, foram ludibriados por um casal de marginais que acabaram por dizimar suas vidas, numa embosca­da previamente articulada. Eram os Sol­dados Budisk e Olímpio e ambos foram meus comandados naquela Base, duran­te o ano de 1980.

Modéstia a parte, hoje me sinto tranqüilo e consciente do dever cum­prido. Tenho muito orgulho em poder dizer que servi na Polícia Militar e mais orgulhoso ainda em poder afir­mar que deixei alguém para dar con­tinuidade do meu trabalho. É com muita tranqüilidade que digo que me empenhei para que meu filho, Solda­do PM Glauco, ingressasse na Polícia Militar e hoje ele está aí, representan­do este velho patrulheiro.

Agradeço a Deus, primeiramente pela oportunidade de ter passado por tudo isso e saído de cabeça erguida. Também a todos os companheiros que colaboraram para o meu sucesso: meu muito obrigado!

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“Vencer não é deixar de cometer erros, masreconhecer nossos limites e corrigir nossas rotas”Jovelino Castro Pereira

Subtenente Reformado PM

Na década de 70, inspirado por um programa televisivo em que era exibida a série de filmes “O Vigilante Rodoviário”, tive a certeza de que um dia meu sonho de ser policial rodoviário tornar-se-ia realida­de. A cada dia minha paixão se intensifi­cava, até que em dezembro de 1973 me inscrevi para realizar um exame escrito de admissão, em que fui aprovado, igualmen­te obtendo sucesso nos exames de saúde e de aptidão física.

Em 29 de abril de 1974, ainda jo­vem e repleto de felicidade, iniciei o res­pectivo curso no 16º BPM/M Osasco/SP. No final do mesmo ano, estagiei no km 129 da SP 280 e, em janeiro de 1975, fui clas­sificado no Pelotão de Presidente Pruden­te. Galguei a graduação de Cabo PM em 1977 e, então, fui classificado - por efeito de promoção - no 10º GI (Bombeiro em Marília SP), mas meu sonho continuava vinculado ao Policiamento Rodoviário.

Após muito esforço e persistência consegui transferência para a 3ª Compa­nhia do 2º BPRv (Assis) em 1980, onde servi por cinco anos. Mas, como almejava crescer na carreira, submeti-me ao curso de Sargentos, em 1985 e, ao seu término, fui classificado fora da minha unidade, no CSM/MB, em São Paulo.

Percorri caminhos diferentes e enriqueci meus laços de amizades, adicionando pessoas ao conjunto de ami­gos inesquecíveis, conselheiros e consoladores. Foram eles pivôs do meu sucesso, pois eu era casado e tinha dois filhos pequenos - inclusive a caçula ha­via nascido quando eu ainda freqüenta­va o curso de Soldado, em maio de 1974.

Enfrentando a distância de casa, nessa trajetória somente eles e Deus ame­nizavam meu sofrimento nas horas mais difíceis. Porém, em um domingo, encon­trando-me de serviço como Comandante da Guarda no CSB/MB, apareceu um se­nhor acompanhado de sua esposa, que foi recebido pelo Sargento PM Adjunto de Dia; então, instantes depois, perguntou-me se eu tinha conhecimento de datilografia e lhe respondi que sabia “catar-milho”. Foi nes­se dia e nesse momento que senti que a

porta do céu se abriu, e “Deus olhou para mim e disse: Hoje é o teu dia de glória, você é o meu filho querido”.

Após ter realizado a solicitação do visitante, um simples trabalho de datilo­grafia, e em conversação com a esposa da­quele senhor, relatei a minha situação em desabafo, instante em que esta bendita se­nhora disse-me: “Porque você não fala com meu marido? Ele é Coronel Diretor de En­sino da PM”. Apresentou-me a ele, na se­qüência, e contou-lhe sobre a minha luta.

Foi assim que o Coronel determi­nou que eu passasse em seu gabinete (no Centro Administrativo), o que fiz logo no dia seguinte. Então, questionado so­bre o interesse de minha transferência, disse-lhe que era por conveniência pró­pria, pelo interesse familiar em retornar para OPM de origem. Olhou para meus olhos e falou-me: Sua transferência até a Páscoa está bom, meu filho?

Fiquei atônito e sem ação, pois es­tava às vésperas da Páscoa. Voltando à realidade e com o coração cheio de emo­ção, agradeci a Deus e àquele ser huma­no cheio de bondade. Realizava-se um milagre em minha vida.

Tendo acontecido o que fora previs­to, apresentei-me na 3ª Cia do 2º BPRv, em Assis-SP, onde permaneci até a minha passagem para inatividade em 1999. An­tes de encerrar a carreira fui promovido à 2º Sargento PM por merecimento. Após fre­qüentar o Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos, fui promovido também por me­recimento e, já na inatividade, recebi a pro­

moção à Subtenente PM. Tempos passados, cheios de ale­

grias e também de tristezas. Às vezes a sau­dade bate às portas e fico navegando em meu pensamento, relembrando aquela far­da cor cáqui, que orgulhosamente usava, sentindo-me herói, à vista do público.

Recordo de meus instrutores. Al­guns diziam: _“O recruta veste uma farda, calça a bota, coloca uma faca e põe uns óculos escuros e se acha “otoridade”. Re­cordo ainda dos colegas do 16º BPM/M, ainda em 1974 quando iniciei a viver meu sonho. Hoje, para amenizar a saudade dos velhos amigos dos registros estatísticos (RE) das casas de 48 mil, nos encontra­mos e revivemos nossas aventuras reais.

Quero agradecer meus superiores pelos elogios recebidos, agradecer meus pares pelo companheirismo e solidarie­dade, agradecer àqueles que continuam próximos e rogar a Deus pela paz daque­les que se encontram no Seu reino.

Tudo passa, a saudade fica, mas o que Deus criou jamais passará. Apesar de todos os desafios, incompreensões, perí­odos de crises, alegrias, vitórias, valeu a pena viver essa etapa. Pois não devemos apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza; não apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracas­sos, pois através de tudo isto que passa­mos, que nos tornamos um ser vitorioso.

Por fim, deixo um conselho para aqueles que estão começando sua trajetó­ria: animem-se, tenham metas, façam o que ninguém fez, sonhem muito, sonhem alto, mas tenham seus pés no chão, nunca quei­ram ser mais que os outros. Valorizem seus estudos, amem seu serviço, criem oportu­nidades e, ao criá-las, não tenha, medo de falhar; caso venham a falhar, repensem a vida, mas não recuem jamais. Lembre-se sempre de agradecer a Deus, mesmo se as coisas derem erradas, e procurem transfor­mar esses erros em lições de vida... Pois vencer não é deixar de cometer erros, mas reconhecer nossos limites e corrigir nos­sas rotas. Sejam os “anjos do asfalto”, ori­entando e preservando vidas.

Agradeço em especial àqueles que me ajudaram e que sempre estiveram ao meu lado, em todos os momentos de minha vida: minha querida esposa e meus filhos, hoje e sempre meus eternos companheiros.

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“Direção defensiva: sonho ou realidade?”Valmir Dionízio

1º Sargento PM Comandante da

Base Operacional de Assis

Trabalho há mais de vinte anos com trânsito. Já assisti muitas tragédias e também já vi muitos finais felizes.

Porém... Houve uma ocasião, não sei ao certo se estava acordado, em devaneios, ou se dormi e sonhei... O certo é que, de re­pente, eu vivia num mundo em que o ambi­ente de trânsito era caracterizado pelo fato de que as pessoas praticavam a direção de­fensiva.

Assim, as crianças eram orientadas desde a mais tenra idade a praticarem con­dutas corretas no trânsito, a fim de que ne­nhum mal lhes fosse causado, individual ou coletivo. Pais, professores e policiais ensi­navam às crianças os princípios de uma di­reção segura. A Polícia, aliás, tinha pouco trabalho, pois os condutores e pedestres se comportavam de tal maneira que o serviço policial se limitava à prestação de informa­ções, de auxílio aos usuários e ao combate dos crimes nas estradas.

Os motoristas devidamente habilita­dos, com o exame de saúde válido e catego­ria apropriada ao veículo, antes de iniciarem uma viagem, verificavam o documento do veículo (CRLV), quanto ao seu licenciado se encontrar em dia, e também observavam as condições gerais do veículo, tais como: estado dos pneus (com sulcos de profundi­dade acima de 1,6mm), nível de água do radiador, bateria, nível do óleo do motor, água do lavador de vidros, buzina, extintor carregado, macaco, triângulo, chaves de roda e de fenda, e pneu sobressalente (calibrado).

Em meu sonho, o motorista adentrava no seu veículo e regulava a distância e altura do banco; regulava retrovisores interno e externo; colocava o cinto de segurança e orientava os demais ocupantes a usarem tam­bém esse importante dispositivo de proteção. Ainda, certificava-se de que o combustível era suficiente para chegar ao seu destino; lembrava sempre de usar calçados que se fir­massem nos pés e jamais atendia ligação do aparelho celular dirigindo, pois, além da con­figuração de infração de trânsito, tal condu­ta poderia levá-lo a um acidente de trânsito. Também tinha cuidado com o uso do rádio (CD Player), para não desviar sua atenção, pois o cérebro pode levar alguns segundos para a tomada de decisões.

Os motoristas só dirigiam em plenas condições físicas e emocionais, em razão do

risco causado pela debilidade de qualquer natureza, ao lado de outros fatores, como o consumo de bebida alcoólica, o uso de dro­gas, o uso de medicamento que modifica o comportamento, ficar muito tempo sem dor­mir e a ingestão de alimentos muito pesados que acarretam sonolência.

Outra conduta evitada pelos condu­tores defensivos era o de transportar animais soltos e desacompanhados no interior do ve­ículo e o de transportar, no exterior do veícu­lo, objetos que poderiam se deslocar durante o percurso.

No trânsito, todos se comportavam de maneira civilizada, dirigindo com a cortesia devida, lembrando sempre que o pedestre tem a preferência. No meu sonho (utopia) os pe­destres podem e devem colaborar para um trânsito mais seguro, agindo de maneira cau­telosa nas vias públicas. De fato, é proibido ao pedestre: permanecer ou andar nas pistas de rolamento, exceto para cruzá-las onde for permitido; cruzar pistas de rolamento nos viadutos, pontes, ou túneis, salvo onde exis­ta permissão; atravessar a via dentro das áre­as de cruzamento, salvo quando houver si­nalização para esse fim; utilizar-se da via em agrupamentos capazes de perturbar o trânsi­to e desobedecer à sinalização de trânsito específica;

E que sonho... Os motoristas sempre aguardavam uma oportunidade segura, em local permitido para fazer uma ultrapassa­gem, quando dirigindo em vias com duplo sentido de direção e pista única, nos trechos

em curvas e em aclives. Também, jamais ultrapassavam veículos em pontes, viadu­tos e nas travessias de pedestres, exceto se houvesse sinalização permissiva e utiliza­vam o acostamento somente em caso de necessidade.

Numa rodovia, para fazer uma con­versão à esquerda ou um retorno, aguarda­vam a oportunidade segura no acostamento. Nas rodovias sem acostamento, seguiam a sinalização indicativa de permissão. Os mo­toristas sempre defensivos não paravam seus veículos nos cruzamentos, bloqueando a pas­sagem de outros veículos. Nem mesmo se estivessem na via preferencial e olhando o semáforo verde.

Mantinham a atenção ao dirigir, mes­mo em vias com tráfego intenso e com baixa velocidade, observando atentamente o mo­vimento de veículos, pedestres e ciclistas, devido à possibilidade da travessia de pedes­tres fora da faixa e a aproximação excessiva de outros veículos, que podem acarretar aci­dentes.

Os motoristas mantinham uma distân­cia segura do veículo da frente, cientes de que uma boa distância permite o tempo sufi­ciente para reagir e acionar os freios em uma situação de emergência e o tempo também para que o veículo, uma vez freado, pare antes de colidir.

E os motociclistas então, esses nobres pilotos, em meu sonho (utopia)... Por tratar-se de um veículo muito ágil e prático, além de econômico no combustível e na manu­tenção, a motocicleta foi muito vendida na última década. Por outro lado, é um veículo que disputa espaço com outros bem maiores que ele. Contudo o motociclista valorizava o uso obrigatório do farol baixo aceso, no importante aspecto “VER E SER VISTO" e adotava comportamentos defensivos e ade­quados durante a pilotagem, com o uso cor­reto do capacete, de modo a não se envolver em acidentes e aumentar o seu nível de se­gurança.

Bem, embora eu saiba que foi só um sonho e que as pessoas que deveriam ler este texto provavelmente não o lerão, ain­da assim, escrevi com muito carinho, pois me lembrei da parábola do passarinho que tentava apagar um enorme incêndio na flo­resta, indo até o rio e buscando água no seu bico, para sobrevoar o incêndio e jo­gar nele a água, enquanto os outros ani­mais zombavam, dizendo: “Você esta lou­co? Não vai conseguir apagar o incêndio sozinho”.

E o passarinho respondia: “Estou fa­zendo minha parte”.

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10 de Janeiro: Dia do Policiamento Rodoviário

Dia 10 de janeiro é o dia em que se comemora a criação do Grupo Espe­cial de Polícia Rodoviária, que ocorreu no ano de 1948 em São Paulo. Todos os documentos e registros históricos dispo­níveis indicam que, nessa data, foi des­tacado um efetivo inicial de 60 homens, ex-combatentes da Força Expedicioná­ria Brasileira, comandados pelo 1º Te­

nente José de Pina Figueiredo, da então Força Pública, para atuar na recém inau­gurada SP 150 - Rodovia Anchieta.

Esse grupo deu origem ao atual Comando de Policiamento Rodoviário, com sede na Capital Paulista, contando hoje com aproximadamente 4.000 ho­mens distribuído em 4 Batalhões e 16 Companhias territoriais, para atuar em 24

Evento comemorativo ao Dia do Policiamento Rodoviário,

Base de Assis, 2006

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mil Km de rodovias estaduais. Trata-se hoje de uma atividade especializada da Polícia Militar que tem trazido expressi­vos resultados, de modo marcante no combate à criminalidade, garantindo a segurança e a tranqüilidade dos usuários das rodovias paulistas.

É justo lembrar, no entanto, con­forme também registros históricos, que anteriormente, já em 1928, a Guarda Ci­vil de São Paulo dispunha de uma cha­mada “Divisão de Policiamento Rodo­viário”. Mesmo que de forma restrita, esse grupo de guardas civis exerceu ati­vidades nas insipientes rodovias da épo­ca, constituindo o primeiro núcleo de po­liciamento rodoviário de que se tem no­tícia no Estado de São Paulo.

No que se refere à cidade de As­sis, o primeiro destacamento - com sede própria - foi criado em 04 de julho 1958, no mesmo ano da chegada da Divisão do DER no município (DR-7). Hoje, o mu­nicípio é sede da 3ª Companhia do 2º Batalhão de Polícia Rodoviário.

Ainda quanto à Assis, é importan­te registrar que no ano de 2006 foi apro­vada a lei municipal nº 4.803, de inicia­tiva da Câmara dos Vereadores da cida­de, instituindo o dia 10 de janeiro no calendário oficial do município como “Dia do Policiamento Rodoviário”, em reconhecimento aos vários munícipes que se dedicam profissionalmente à tão nobre atividade, preservando vidas e in­tegridade física de usuários, garantindo a fluidez do trânsito e combatendo a cri­minalidade nas rodovias estaduais sob sua responsabilidade.

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04 de julho: aniversário da sede dePoliciamento Rodoviário em Assis

Fiscalização de trânsito rodoviário, na região de Assis. Final da década de 60

O motivo da idealização e do lan­çamento do livro do “Cinqüentenário do Policiamento Rodoviário com sede em Assis” é perpetuar a lembrança da data de 04 de julho de 1958, ocasião em que foi registrada a inauguração da primeira instalação própria, no mesmo ano em que foi estabelecida a Divisão do DER (DR­7), no município.

Essa ligação histórica com o DER, que incorporava o antigo “Corpo de Policiamento Rodoviário” desde o seu início em São Paulo, em 1948, explica os laços de amizade e cooperação até hoje mantidos entre os policiais, os en­genheiros e funcionários responsáveis pela fiscalização e pela engenharia de trânsito rodoviário.

A inauguração do Destacamento de Assis, na data mencionada, em insta­

lação ainda provisória na Rua Ângelo Bertoncini, localizada na travessa se­guinte à do velho Correio, deu-se na mesma oportunidade em que foi inaugu­rado o trecho de asfalto ligando Assis a Porto Areia, durante as festividades da semana do aniversário do município (a partir de 1º de julho), em 1958.

Até então, desde a criação do Des­tacamento de Bauru, em 25 de julho de 1950, o policiamento rodoviário era re­alizado de modo itinerante nas regiões centro-oeste e oeste paulista, engloban­do Assis, Marília e Ourinhos, o que im­punha aos patrulheiros enormes sacrifí­cios. Sem viatura e sede própria, a equi­pe passava duas semanas baseada em As­sis, fiscalizando as rodovias próximas, e depois retornava para Bauru, a fim de prestar contas, inclusive quanto à arre­

cadação das multas impostas. Nessas condições, os patrulheiros

destacados permaneciam alojados em uma pensão na Rua Brasil, prédio que veio a abrigar a agência local do Banco do Brasil.

Finalmente, em 1958, foi designa­do o Tenente Milton de Almeida Pupo para formar o “Destacamento Rodoviá­rio”, com sede permanente em Assis, inaugurada em 04 de julho. O Destaca­mento foi montado inicialmente com quatorze homens que já vinham traba­lhando na região e recebeu uma viatura “Land Roover” (tipo “Jeep”) com tração nas quatro rodas. Aos poucos, foram ad­quiridas outras viaturas: um Jeep e uma Ford F1 (camionete) para emprego em fiscalização no trecho de Ourinhos até Presidente Prudente.

Sede do Destacamento de Assis. Final da década de 60

Base Operacional de Assis.Novas instalações inauguradas em 2001

Base Operacional de Assis, com nova fachada, em 2008

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23 de Julho: Dia do Policial RodoviárioCalendários, almanaques e agendas

indicam o dia 23 de julho como o dia do “Guarda Rodoviário”. Cabe aqui uma ex­plicação inicial: é compreensível a ma­nutenção da popular forma de tratamento dirigida aos profissionais responsáveis pela fiscalização de trânsito rodoviário, que atualmente integram carreiras própri­as de atividade policial; afinal, durante muito tempo foram conhecidos como os “guardas rodoviários” e ainda hoje são assim chamados, até porque o senso co­mum parece indicar que é mais simpático dirigir-se ao agente como “Seu Guarda” ao invés de “Sr. Policial”.

Em cidades médias e grandes, para fiscalização de trânsito urbano, já surgem algumas guardas especializadas, que atuam em relação às infrações de compe­tência do município, acompanhando o processo de municipalização do trânsito preconizado pelo Código de Trânsito Bra­sileiro (Lei 9.503, de 1997). Porém, nas rodovias federais e estaduais, que exata­mente interligam os municípios em gran­des distâncias, a atuação é mesmo exclu­siva da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Militar, respectivamente, na cir­cunscrição de cada Estado.

Diversos Estados possuem hoje, in­clusive, na estrutura da Polícia Militar, modalidade especializada de Policiamen­to Rodoviário, a exemplo de São Paulo. Nas terras paulistas, em 10 de janeiro de 1948, pelo Decreto Estadual nº 17.868 do Governador Ademar Pereira de Barros, foi criado o Grupo Especial de Polícia Ro­doviária, com um efetivo de 60 homens, ex-combatentes da Força Expedicionária Brasileira, comandados pelo 1º Tenente José de Pina Figueiredo, da então Força Pública, destacados para atuar na recém inaugurada SP 150 – Rodovia Anchieta. Nesse mesmo ano, foi inaugurada a pri­meira pista da Via Anhanguera (SP-330), ligando São Paulo a Jundiaí e depois a Campinas ampliando-se a área ação e a importância desse grupo precursor que continuou crescendo junto com o desen­volvimento do Estado, marcado pela ex­pansão de sua malha rodoviária em dire­ção ao oeste paulista.

Embora o Policiamento Podoviário tenha sua criação datada de 1948 em São Paulo, registros históricos dão conta de que anteriormente, já em 1928, a Guarda Civil de São Paulo dispunha de uma cha­

mada “Divisão de Policiamento Rodovi­ário”. Mesmo que de forma restrita, esse grupo de guardas civis exerceu ativida­des nas rodovias da época que, por sinal, se tratavam de vias ainda insipientes quan­to às suas características de engenharia.

A propósito, o ano de 1928 tam­bém foi marcado pelo início das ativida­des da Polícia Rodoviária Federal, atuan­te nas rodovias que cruzam o país, deno­minadas “BR”, registrando-se o dia 24 de julho como data de sua criação.

Chamado de “guarda” ou de “poli­cial”, na verdade o que importa é o reco­nhecimento da sociedade quanto à impor­tância desse profissional, seja ele policial rodoviário federal ou estadual, nesse caso, policial militar atuante nas rodovias. É ele o responsável pela segurança dos moto­ristas e usuários em geral, salvando vidas com sua intervenção precisa e por vezes repressiva, no estrito cumprimento da lei, quando surpreende prática de infração de trânsito ou ilícito penal.

Com a grande ampliação da malha rodoviária observada nas últimas décadas, a atuação desse profissional ganhou des­taque em razão de que também cresceu a necessidade de vigilância nas estradas. No seu trabalho diário, em fiscalização de trânsito, o policial rodoviário dá apoio e orientação aos usuários, inclusive em so­

corros mecânicos, evita que os motoris­tas ultrapassem o limite de velocidade, que pratiquem outras infrações de trânsi­to comuns, que dirijam sob efeito do ál­cool ou outras substâncias enebriantes, que utilizem veículos em más condições para transitar e, com suas iniciativas, evi­ta acidentes. Quando não consegue evitar o acidente, normalmente é o primeiro a chegar para socorrer o acidentado, provi­denciar sinalização de emergência e efe­tuar os registros policiais devidos.

Também o policial rodoviário com­bate a criminalidade quando realiza bus­cas em veículos suspeitos, além de bus­cas pessoais em usuários das rodovias em atitude suspeita, exercendo o poder de polícia próprio de sua função, o que traz expressivos resultados operacionais com a apreensão de produtos e objetos ilíci­tos, provenientes do tráfico de drogas, do contrabando e descaminho e, ainda, a re­cuperação de veículos roubados ou furta­dos e de outros objetos de crime, deten­ção de procurados pela Justiça e realiza­ção de prisões em flagrante por delitos di­versos. Desse modo, garante a segurança nas rodovias no sentido mais amplo pos­sível da expressão.

No dia 23 de julho, dirigimos cum­primentos a todos os policiais rodoviári­os do Brasil!

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25 de Julho: Dia de São Cristóvão e Dia do Motorista

Monsenhor Floriano abençoa veículos, em Assis. 25 de julho, de 2005 Voluntários medem pressão e glicemia de motoristas

É admirável o gesto de fé dos mo­toristas que no dia 25 de julho conduzem seus veículos até a pequena igreja de São Cristóvão, no bairro da Luz, em São Pau­lo, para receberem as bênçãos do pároco e dirigirem orações, para que o Santo, con­siderado protetor dos viajantes e dos mo­toristas, por eles interceda.

Nesse dia, o ato de abençoar os ve­ículos torna-se marcante, com grande for­ça de expressão. Longe de qualquer supers­tição ou simples apego material ao próprio veículo, o gesto deve ser encarado exata­mente como manifestação de fé popular e de apreço às mais caras tradições cristãs.

Os devotos buscam na força divina, ao menos uma vez por ano, apoio para en­frentarem as dificuldades da profissão e al­cançarem feliz regresso, sempre depois de vencidas as distâncias, em razão do cami­nho que escolheram para ganhar a vida. Muitos desses profissionais, de fé, encon­tram-se no dia 25 de julho longe da igreja e também longe de casa, trabalhando nas rodovias, e conhecem São Cristóvão ao me­nos pelo nome e pela causa de intercessão.

A importância do transporte rodo­viário no Brasil fez com que se multipli­cassem os chamados “profissionais da es­trada”. Não são apenas os motoristas, mas os viajantes de um modo geral, os frentis­tas, os gerentes e funcionários de postos de abastecimentos, também de empresas de transportes e de outros estabelecimen­

tos que circundam ou dependem do trans­porte na rodovia, os engenheiros e funcio­nários de órgão públicos ou privados, que trabalham na área de engenharia, manuten­ção e sinalização e, também, os policiais que atuam em fiscalização nas rodovias.

Formam todos uma grande comu­nidade que vive em um ritmo diferente, que parece mais veloz, num ambiente por vezes rude e áspero, como o asfalto, mas com uma solidariedade que chega a sur­preender e até sensibilizar aqueles que já desistiram de acreditar na bondade alheia. Todos têm em comum o foco na estrada. O caminho que percorrem diariamente para levar e trazer progresso, esperança, vida. Pelas boas intenções, muitos inclu­sive desenvolvem uma fé de caráter pes­soal, distante das celebrações, mas dirigi-da à realização do bem comum, pela aju­da ao próximo.

Pesquisando um pouco sobre a vida de São Cristóvão, compreende-se a ori­gem desses valores cultivados por tão boa gente. Ele nasceu em 25 de julho, na Pa­lestina, terra natal de Jesus e converteu-se ao cristianismo. Morreu no ano 250 d.C. pela perseguição que o imperador Décio moveu aos cristãos. Há duas ver­sões para a sua morte, a primeira diz que foi crucificado, a segunda, decapitado. Certo que, em vida, realizou o ministério de transportar pessoas de um lado para o outro, em um rio. Narra-se que, ao chegar

um dia em uma das margens, notou que o menino que levava nos ombros era o pró­prio Jesus e este lhe falou: “Tu transpor­taste o Senhor do mundo!”. Por esse mo­tivo, segundo a enciclopédia Barsa, a tra­dição indica que o seu nome original (Ofe­ro) foi trocado por Christophoros ou Christoballos, que em grego significa aquele que carrega Cristo.

Lembrar São Cristóvão no dia 25 de julho é também homenagear toda a gen­te que vive trabalhando na rodovia, lidan­do com o transporte. Observa-se, por tal motivo, que calendários e agendas hoje indicam a data igualmente como o “Dia do Motorista”.

Ao conhecer mais de perto esses profissionais, observamos que vários de­les também transportam Cristo consigo. Por isso não é raro, na rodovia, assistir­mos a cena de um motorista parando no acostamento, de imediato, para socorrer um colega com dificuldades mecânicas no seu veículo, ou para promover gestos de solidariedade sem receber qualquer van­tagem pessoal com a boa ação realizada.

Na imensidão da rodovia, quando se pensa que está só, pode-se descobrir a qualquer momento, com a mesma surpre­sa de São Cristóvão, que se está transpor­tando o Senhor do mundo... “Que nesse dia, especialmente, Deus abençoe todos os profissionais da estrada e que lhes dê um caminho seguro e um feliz regresso!”

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25 de Agosto: Dia do Soldado

Deve-se lembrar com apreço e re­conhecimento a figura universal do Sol­dado nesse dia especial. É o momento certo para se reverenciar o idealista que tem por diferencial o fato de assumir o compromisso de defesa da Pátria, da or­dem e da sociedade em geral, se preciso for com o sacrifício da própria vida.

Os Soldados merecem tal consi­deração por tudo o que já foi realizado sob o alto preço de tantos sacrifícios, em prol do bem comum. Cada Soldado de­fende esse ideal, independentemente se integrando as Forças Armadas, as Polí­cias Militares ou os Corpos de Bombei­ros Militares, exercendo função propri­amente militar, ou se na condição de ci­vil orientado por suas convicções pesso­ais em benefício da comunidade e agin­do como Soldado do bem. Nessa abor­dagem, é sempre ele o legionário que sus­tenta, em última instância, o equilíbrio das relações da vida em sociedade.

Não é o Soldado - profissio­nal - um militar por simples capri­cho de representação das Institui ­ções, para perfilar-se em uniformes vistosos e garbosos, mas para con­dicionar-se ao cumprimento das or­dens regulares, com base nos prin­cípios da hierarquia e da disciplina. Por isso ele, o profissional, não pode

fazer greve, não pode sindicalizar-se e está sujeito aos rigores da Jus­tiça Militar e dos regulamentos dis­ciplinares capazes de lhe impor in­clusive a privação de liberdade em situações inimagináveis para um ci­vil; já, em contrapartida, e bem por isso, o Estado deve prover-lhe em tratamento igualmente diferenciado.

Mas a condição de militar, que caracteriza o Soldado profissional - aí subentendidas todas as graduações e postos, do Recruta ao General - repre­senta um meio e não um fim em si mes­mo. Essa característica militar se re­vela eficiente e mesmo imprescindível para a consecução das missões consti­tucionais e, porque não dizer, para a própria garantia do Estado Democráti­co de Direito hoje consolidado.

A figura emblemática do Solda­do que é capaz de empenhar a própria vida, na luta pelo que acredita, fazen­do cumprir um juramento de sangue, induz à reflexão sobre o que de fato secrê. É possível, então, alcançar o âma­go de questões profundas de ordem éti­ca, na análise individual do que é per­mitido ou daquilo que é correto, le­vando em conta que não se vive iso­lado e cada ação, boa ou ruim, tem o potencial de interferir na vida dos

outros. Resulta o convencimento, pelo seu exemplo, de que a posição individual nunca pode suplantar o in­teresse maior da coletividade. Dife­rentemente do simples mercenário, o Soldado exerce uma missão e não apenas um trabalho; faz valer sua vocação e acredita na causa que de­fende com todas as suas forças.

Por tudo isso, que cada vez mais seja possível identificar o idealismo do Soldado nos integrantes de nossa so­ciedade, como modelo de seriedade, de pureza, de esforço e de tenacidade.

Assim, que cada político ou ocu­pante de cargo público seja um Solda­do da integridade moral e do interesse coletivo; que cada juiz, promotor ou advogado seja um Soldado da Justiça e não somente do Direito; que cada po­licial seja um Soldado da paz e da har­monia social; que cada religioso seja um Soldado de Deus, tendo por princí­pio a caridade; que cada profissional de imprensa seja um Soldado da ver­dade; que cada professor seja um Sol­dado da formação plena do indivíduo, não somente do seu intelecto; enfim, que cada cidadão seja um Soldado do bem. Estaremos todos irmanados nas fileiras da vida, acreditando e lutando por um mundo melhor.

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Identificação do cliente-alvo eatendimento de suas necessidades

A prática da gestão da qualidade impõe a identificação dos clientes-alvo a partir da correlação com os serviços prestados, além do monitoramento e atendimento de suas necessidades para o sucesso das ações desenvolvidas.

No âmbito do policiamento rodoviário, podemos compreender os clientes como aqueles que se beneficiam ou participam dos processos desenvolvidos, de modo que identificamos o grupo “interno”, integrado pelos componentes da força de trabalho policial e o “externo”, integrado pelos usuários, esses em sentido estrito ou em sentido amplo.

Os usuários das rodovias estadu­ais que compõem a área de circunscri­ção, em sentido estrito, são aqueles que se encontram na condição de motorista e motociclista, passageiro ou pedestre e ciclista. Já os usuários, em sentido am­plo, além dos primeiros, são os integran­tes de comunidade lindeira (aquela que se mantém no limite da rodovia), bem como trabalhadores e encarregados que atuam nas margens das rodovias, no co­mércio, na indústria, nos setores relaci­onados ao transporte rodoviário, inclu­sive na própria conservação da rodovia, ou em qualquer outro ramo de atividade.

A maior parte dos clientes-alvo se encontra no conjunto dos usuários mo­toristas e motociclistas, acompanhados de seus respectivos passageiros. Nesse universo é possível separar dois grandes grupos, pelos critérios de horário, trecho e freqüência de circulação.

O primeiro é composto pelo usuá­

rio regional, que circula em horários e trechos de modo diário ou semanal (ro­tineiro), normalmente cobrindo pequenas distâncias, características que facilitam a interação com o Policiamento Rodoviá­rio por meio de um natural maior conta­to com o policial da respectiva área de circulação. O segundo grupo é o usuário transregional, ou seja, aquele que não se vincula à região policiada pelo efetivo da Unidade e transita no trecho como iti­nerário para o seu destino final, normal­mente cobrindo grandes distâncias, em intervalos maiores de tempo.

Outro critério para segmentação, no contexto do usuário em sentido estrito, é a finalidade do uso da rodovia, podendo também ser destacados dois grandes grupos: o usuário para fins profissionais (que circula em serviço ou em direção ao local de serviço e retorno) e o usuário para fins outros (passeio, estudo e compromissos diversos).

Nessa avaliação, a complexa área de atuação da 3ª Cia do 2º BPRv engloba 1.362,50 Km de rodovias estaduais, que interligam 57 municípios, incluindo os acessos, onde é realizado ininterruptamente o policiamento rodoviário. As faixas de domínio, abrangendo 25 (vinte e cinco) metros de cada lado das rodovias, contados a partir do seu ponto central, também integram a respectiva área de circunscrição.

Basicamente, os clientes externos visam obter segurança no tráfego, como beneficiários das ações próprias de poli­ciamento rodoviário e das campanhas

educativas, bem como segurança em amplo contexto, por meio do policiamen­to preventivo para que se evitem ações criminosas nas rodovias. Já os clientes internos objetivam a melhoria no ambi­ente de trabalho e nos processos de exe­cução dos serviços.

Sob o ponto de vista do usuário em sentido estrito, as suas necessidades podem ser traduzidas em três itens que induzem à observação e direcionamento do trabalho, para uma melhor prestação de serviços, quais sejam:

- maior presença possível do Poli­ciamento Rodoviário, item relacionado à visibilidade das viaturas e distribuição dos policiais ao longo da rodovia. Ob­servando-se que a diminuição dos aci­dentes e de vítimas surge como natural decorrência dessa estratégia, somada a uma fiscalização dirigida às infrações que mais causam acidentes.

- menor tempo possível entre a solicitação e a chegada da viatura no lo­cal de acidente, ou no local da necessi­dade de apoios diversos, o que represen­ta, na prática, uma conseqüência do pri­meiro item;

- melhor qualidade possível no atendimento, reflexo do preparo técnico e do relacionamento interpessoal do pro­fissional, com destaque à sua cordiali­dade, em qualquer situação, seja duran­te um simples fornecimento de alguma informação ou apoio, ou mesmo durante fiscalização de trânsito (polícia de trân­sito) ou em uma abordagem propriamen­te policial (polícia de segurança).

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Resultados do Policiamento Rodoviário

É fundamental fazer um balan­ço do que foi realizado após o fecha­mento de períodos de mês, semestre e ano, para buscar o aprimoramento do trabalho, em qualquer área de atuação. No caso do Policiamento Rodoviário, que é atividade especializada desenvol­vida por algumas Unidades da Polícia Militar nas rodovias estaduais e faixas de domínio (margens das rodovias), a verificação dos resultados obtidos sig­nifica a melhor referência para o pla­nejamento do próximo período, para propositura de metas e, ainda, para aperfeiçoamento da instrução, servin­do como instrumento de motivação dos profissionais responsáveis por toda a ação policial desenvolvida.

O objetivo é muito bem defini­do e amplamente discutido: reduzir o número de vítimas de acidentes, espe­cialmente as fatais, além de garantir a fluidez do trânsito. Ao mesmo tempo, pretende-se diminuir a incidência de ilícitos penais (crimes e contravenções) na área de circunscrição. Para esse úl­timo quesito, avalia-se igualmente a produtividade no combate à

criminalidade, somando-se as prisões em flagrante realizadas, os detidos, os procurados pela Justiça capturados e as apreensões de drogas e demais objetos de ilícito, dentre outros itens mensuráveis.

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Quando alguém se propõe a redu­zir incidências, ou seja, evitar algo (como no caso de vítimas e infrações penais na rodovia) trabalha com o conceito de ação preventiva. A ênfase da conduta está no espaço temporal anterior aos aconteci­mentos indesejáveis. Deve-se atuar de modo pró-ativo e, não somente, reativo. Mesmo quando são apreendidas drogas transportadas nas rodovias (tráfico como ilícito penal), exercendo-se uma repressão (ação reativa) pratica-se a prevenção de condutas similares, desestimulando-se outras ocorrências pela mensagem explícita de que ações se­melhantes não sairão impunes.

A constatação de uma irregulari­dade do veículo, ou uma irregularidade na conduta do motorista motiva imedia­ta providência legal para reparação ou correção de posturas comportamentais. Quando se autua um motorista, se apre­ende documentos ou se apreende o pró­prio veículo, decorrente de alguma infra­ção de trânsito praticada (esfera adminis­trativa) alcança-se a prevenção de aciden­tes, específica (individual) ou geral (exemplo aos demais usuários).

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Não é outra a finalidade da apli­cação das regras do Código de Trânsito Brasileiro e demais normas legais e re­gulamentares na área de trânsito.

Embora existam outros fatores que influem na ocorrência de acidentes de trânsito, tais como o ambiente (chuva, ne­blina, fumaça etc.) e as condições da pis­ta, certo que a grande maioria dos sinis­tros é conseqüência direta da imprudên­cia, negligência ou mesmo imperícia de usuário da via. Inclusive, já se constatou em pesquisa recente que praticamente metade dos mortos em acidentes de trân­

sito se encontrava sob efeito de álcool ou de outras substâncias que interferem nos sentidos humanos.

O que dizer, então, da prática de ilícitos penais nas rodovias? São eles evi­dentes resultados da vontade humana, seja da conduta dolosa ou do risco assumido. Contra esse fator humano, preponderan­te, aplica-se o remédio da atuação opera­cional planejada, caracterizada por méto­dos de vigilância e de fiscalização volta­dos a coibir infrações de trânsito e inten­sificação de buscas pessoais e veiculares em situações de suspeita, objetivando a

localização de objetos ilícitos, para repres­são e a prevenção de infrações penais.

Nessa linha de ação, junto com os esforços da área de engenharia para melhoria das condições das rodovias, busca-se motivar o profissional, polici­al militar rodoviário atuante, para a co­lheita de resultados que possam ser ava­liados de modo positivo ao término do período analisado.

O quadro abaixo demonstra alguns dos itens de destaque, na evolução anual dos dados da área da 3ª Cia do 2º BPRv, no período de 2001 a 2007:

ALGUNS DADOS DA COMPANHIA DE ASSIS

Devem ser comemorados esses resultados que demonstram diminui­ção das fatais nas rodovias regionais, constância nas ações preventivas e re­pressivas de trânsito e o combate for­te à criminalidade. A incidência de furto ou roubo de carga é tão pequena que essa modalidade criminosa se en­contra praticamente extinta na região, graças ao trabalho permanente de po­lícia ostensiva; de fato, durante todo o ano de 2007 ocorreram apenas dois registros isolados que estão sendo de­vidamente investigados, com suspei­ção de fraude.

A 3ª Cia continua com grande destaque na apreensão de drogas. Fe­chou o ano de 2007 como a Subuni­dade que mais apreendeu entorpecen­te na área do 2º BPRv que é conside­rada a Unidade com melhor desempe­nho nesse item em todo o Estado.

Também foram transportados nas viaturas vários órgãos para trans­plante; prestados inúmeros apoios a outras Secretarias e órgãos públicos

em fiscalização na rodovia; providen­ciadas sinalizações emergenciais e socorros a usuários, além das campa­nhas e trabalhos educativos de trânsi­to e atendimento ao público de um modo geral.

O resultado positivo é alcança­do com o comprometimento, vonta­de e dedicação de cada policial mili­tar rodoviário em serviço. De nada adiantaria o esforço, igualmente, se não houvesse o apoio dos demais ór­gãos policiais, com quem se mantém permanente contato harmonioso, in­terativo e, por isso, extremamente produtivo. A imprensa exerce bem o seu papel, noticiando ocorrências de destaque e mantendo excelente nível de relacionamento com os policiais militares rodoviários.

A gestão pela qualidade se de­monstra por índices tangíveis, como se procura apresentar. Justo, portan­to, que a sociedade deles tome conhe­cimento, afinal, ela é a destinatária e a beneficiária dos serviços públicos.

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Velocidade, ultrapassagem e distância de segurançaPartindo de uma análi­

se cuidadosa de cada acidente ocorrido nas rodovias, chega-se à conclusão de que o exces­so de velocidade, as ultrapas­sagens em local proibido e o hábito de não manter distân­cia de segurança em relação ao veículo da frente são as prin­cipais causas desses eventos trágicos que tiram a vida de incautos motoristas - e de ter­ceiros cautelosos também.- , de passageiros e até mesmo de pedestres, além de deixar se­qüelas nos sobreviventes, ge­rando elevado custo social.

Tais condutas constitu­em graves e independentes infrações de trânsito previstas respectivamente nos ar­tigos 218, 202/203 e 192 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), Lei Federal nº 9.503/97 (classificadas como gravís­simas em alguns casos) e, por sinal, inti­mamente relacionadas umas às outras. De fato, corre excessivamente quem tem pressa e se arrisca além do limite para o qual foi projetada a via; ultrapassa em local impróprio quem igualmente tem pressa e não consegue aguardar o mo­mento oportuno, expondo outros à gra­ve perigo, particularmente em pistas sim­ples - não duplicadas - e, finalmente, não guarda distância de segurança também o apressado intolerante à permanência de qualquer outro veículo à sua frente, for­çando ultrapassagens.

Quanto à velocidade, é bom lem­brar que o motorista tem as limitações pró­prias de sua natureza humana. Imaginan­do-nos também como máquinas - e de certa forma o somos -, facilmente pode­mos concluir que os sentidos e as reações corporais comandadas pelo cérebro não foram projetados para operar em altas velocidades e, também, somos obrigados a reconhecer a fragilidade de nossa estru­tura corpórea em face de uma mudança radical de velocidade, no caso de uma colisão, por exemplo.

Na verdade, submetemo-nos a uma ilusão de normalidade provocada dentro de um veículo a cem quilômetros por hora e temos a sensação de que seria possível tranqüilamente abrir a porta e também descer no asfalto... Outra ilusão comum é achar que, em caso de colisão, estaremos

Efetivo do Policiamento Rodoviário operando radar manual

protegidos em razão da lataria ou que con­seguiremos nos segurar ou, ainda, segu­rar crianças eventualmente soltas, com apenas um dos braços enquanto o outro segura o volante...

Excesso de confiança é o fator que leva alguns motoristas a assumirem riscos desnecessários. Desconsideram que em alta velocidade os olhos cansam rapidamente, por conta da movimentação intensa do glo­bo ocular e das variações de luz e de cores, enfim, pelo grande número de informações captadas. Tudo passa muito rapidamente pelos olhos e pela mente do motorista em constante processamento, inclusive a ava­liação do tempo e espaço necessários para que se realize uma ultrapassagem segura. E quanto maior a velocidade, maior a chan­ce de falha humana.

Lógico que a velocidade muito baixa também pode causar acidentes, es­pecialmente colisões traseiras; por isso constitui também infração de trânsito circular com a velocidade abaixo da mínima, ou seja, em regra a menos da metade da máxima permitida, de acor­do com o CTB, conduta passível de au­tuação tanto quanto o excesso de velo­cidade, em condições normais, salvo se o veículo estiver circulando na faixa da direita (art. 219).

Imagine um caminhão a 40 km/h em uma rodovia cuja velocidade permiti­da é de 100 Km/h; a média dos demais veículos, nesse caso, estaria provavelmen­te um pouco abaixo da máxima e, em uma colisão traseira, o estrago seria equivalen­te a um carro encontrando uma parede à quase 60 Km/h. Parece pouco, mas pode

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nos contar o quanto é dolori­do quem teve a triste experi­ência de bater a testa em uma porta de vidro ou em um pos­te, sem notar o obstáculo en­quanto andava; também não é difícil imaginar o que acon­tece com alguém correndo (a uma média de 12 Km/h) vin­do a bater em uma parede... Calcule, agora, o estrago provocado por uma colisão a 50, 60 Km/h ou mais.

Por isso são utilizados instrumentos auxiliares, como os radares, para a constatação de velocidade excessiva, a partir da sinali­

zação da rodovia, bem como a análise de elementos objetivos em relação às cir­cunstâncias para comprovação do aspec­to de “incompatibilidade de velocidade” que motiva enquadramento diverso do ex­cesso (art. 220 combinado com o 43). Para preservar vidas, a fiscalização no item “velocidade” deve ser implacável nas es­tradas.

Ultrapassagem em locais indevidos (onde houver marcação viária longitudi­nal de divisão de fluxos opostos do tipo linha dupla contínua ou simples contínua amarela, por exemplo) é igualmente uma infração de trânsito muito séria. Expõe a sério risco a vida de terceiros, além da vida do próprio condutor incauto. Não é à toa que se verificam, rotineiramente, a inci­dência de acidentes fatais causados por ultrapassagens mal sucedidas...

Por outro lado, a falta de distância mínima - de segurança - em relação ao veículo da frente, variável de acordo com a velocidade e convencionada em pelo menos 2 segundos de intervalo, quase sempre é forma irresponsável de pressio­nar a ultrapassagem, daí a sua relação di­reta com as outras infrações de trânsito já expostas. Ainda, tal conduta é contrária a tudo o que se ensina enfaticamente hoje em dia, no contexto da chamada “direção defensiva”.

Por isso, com propriedade, devem ser absolutamente evitadas essas três in­frações: excesso de velocidade, ultrapas­sagem proibida e falta de distância de se­gurança.

Paz na estrada aos motoristas de boa vontade!

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Operação “Cavalo de Aço”

Fiscalização de motociclistas

A Polícia Militar Rodoviária vem desenvolvendo sistematicamente ações planejadas de fiscalização de trânsito com foco em motocicletas, em todo o Estado de São Paulo, em razão do au­mento expressivo da frota em circulação que trouxe, como conseqüência, o au­mento dos acidentes e de vítimas que se utilizam desses veículos de duas rodas. Tal iniciativa resulta da competência ori­ginária (Constitucional) quanto à reali­zação da polícia ostensiva e à preserva­ção da ordem pública e, como compe­tência derivada de Convênio, a fiscali­zação de trânsito nas rodovias.

Nesse universo de atribuições se inclui a repressão à prática de infrações de trânsito e a adoção das providências legais previstas no Código de Trânsito Brasileiro, além daquelas decorrentes da legislação penal, igualmente repressi­vas, diante da constatação de infrações penais. A fiscalização é realizada em todas as rodovias estaduais, sob o já tradicional nome de Operação “Cava­lo de Aço”.

Essa intervenção mostra-se hoje mais que necessária. De fato, no Brasil encontra-se em plena expansão a produ­ção e a venda de motociclos. Em 2005 foram vendidos 1,024 milhões de unida­des no país. Em 2006 e 2007, o cresci­mento foi superior a 20%, respectiva­

mente, em relação ao ano de 2005, com a venda de mais 1,2 milhões de unidades ao ano, segundo a Abraciclo - Associa­ção Brasileira dos Fabricantes de Moto­cicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bici­cletas e Similares.

As motocicletas de 100 a 250 cc de cilindradas foram as mais ven­didas nas regiões Sudeste, com mais de 40%, seguida do Nordeste, com pouco mais de 20% e da região Sul, com aproximadamente 19% lideraram o ranking da distribuição geográfica de vendas ao mercado interno.

Ainda, tem crescido nos últimos anos o transporte denominado de “moto-frete” e também os serviços de “moto-táxi”, que se tornaram modali­dades muito comuns na estrutura das cidades de médio e grande porte, com tendência de expansão em relação às cidades de menor população.

Nota-se, também, que a compra de uma motocicleta está bastante facili­tada, o que torna esse veículo um atra­tivo aos usuários atuais de viagens a pé, trens e ônibus, principalmente. Estima-se atualmente que mais de 30% do mer­cado de motocicletas é composto por ex­usuários de transporte coletivo. Como resultado dessa evolução, a circulação de motocicletas vem apresentando uma série de problemas, não só nas áreas ur­

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banas, como também nas rodovias paulistas. Todas essas circunstâncias explicam o fato de que, nos últimos anos, a participação de motocicletas envolvidas em acidentes nas rodovias estaduais paulistas aumentou expressi­vamente: de 16 % em 2006 para 20 % em 2007.

Acidentes com motocicletas ten­dem a gerar vítimas graves, por tratar-se de veículo em que o condutor e o eventual passageiro estão muito expos­tos a ferimentos em caso de acidente. Em rodovias, o problema é amplifica­do em função das velocidades maiores praticadas pelo tráfego geral, agravan­do-se a interferência lateral quando da circulação da motocicleta entre faixas (no “corredor”), particularmente nos trechos urbanos. Exatamente por isso, em relação às mortes ocorridas nas ro­dovias estaduais, torna-se alarmante a constatação de que os motociclistas res­ponderam por 25 % dos óbitos em 2007, contra 18 % em 2006.

Estudos recentes indicam que o perfil do motociclista acidentado é re­presentado por: 93 % do sexo masculino; 75 % na faixa etária entre 20 e 30 anos; 64 % dirigem 10 horas por dia; em 76 % circulam em motocicletas de baixas cilindradas (125cc). Logicamente que os acidentes ocorridos nas cidades absorvem boa parte das estatísticas, com esse exato perfil. Na rodovia, por outro lado, onde o perigo é potencialmente maior, notam-se características similares a partir da veri­ficação de que a motocicleta vem substi­tuindo o automóvel por conta dos seus bai­xos custos.

Além da delicada questão dos acidentes, impõe-se maior número de abordagens a motociclistas em razão de que aumentou muito, também, a uti­lização de motos para fins ilícitos, com ênfase no tráfico de entorpecentes e roubos pela maior agilidade do veícu­lo de duas rodas.

No contexto da fiscalização do trânsito, em especial, somente a atuação ostensiva, intensa e inteligente pode atin­gir os fins pretendidos, que são basica­mente a mudança de comportamento do motociclista que pratica infrações e a re­tirada de circulação das motocicletas que se encontram em situação irregular, par­ticularmente quanto ao não oferecimento de plenas condições de segurança.

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Os motociclistas, os passageiros e seus capacetesO Código de Trânsito Bra­ positivo refletivo de segurança

sileiro (Lei Federal nº 9.503/97) (adesivo refletivo) nas partes tra­já obrigava o uso de capacete de seira, frontal e nas laterais do ca­segurança tanto para o condutor pacete e, também, o selo de iden­(motociclista) quanto para o ga­ tificação regulamentado pelo IN­rupa (passageiro) das motoci- METRO, ou a existência de eti­cletas, motonetas e ciclomoto­ queta interna, comprovando a res em circulação (artigos 54 e certificação do produto. Verifi­55). Particularmente para o car-se-á, também, se o capacete condutor, já era exigido o ca­ apresenta algum defeito (trincas, pacete com viseira ou, na falta por exemplo) e a integridade do desta, “óculos protetores”. Para revestimento interno, da cinta ju­o passageiro a lei não impunha gular (que não pode estar desfia-tal complementação. da) e do engate (que deve estar

A falta de regulamentação funcionando). específica gerava uma série de A não adequação do equi­interpretações dúbias, prejudici­ pamento ou sua não fixação cor­ais à desejada uniformidade de reta enquadra-se na mesma infra­procedimentos da fiscalização, ção de trânsito da falta do capa­destacando-se o fato de que a in­ cete, eis que o inciso I do artigo fração de trânsito pela falta do 244 prescreve a infração como capacete era (e continua sendo) “sem usar capacete de segurança classificada como gravíssima e com viseira ou óculos de prote­passível de multa (R$ 191,54) e ção e vestuário de acordo com as suspensão do direito de dirigir, nos termos do artigo 244, incisos I e II, também do CTB. Importante esse tema, eis que o nível de exposição do corpo humano sobre um veículo como a moto­cicleta em movimento é muito grande e, bem por isso, a gravidade dos ferimen­tos resultantes de acidentes é proporcio­nal à fragilidade que se compensa, até certo ponto, pelo uso correto do equipa­mento obrigatório de segurança.

Recentemente foi publicada a Re­solução nº 203 (de 29 de setembro de 2006), do Conselho Nacional de Trânsi­to (CONTRAN), que é o órgão coorde­nador do Sistema Nacional de Trânsito e órgão máximo normativo e consultivo na área de trânsito, disciplinando o uso de capacete para condutor e passageiro de motocicleta, motoneta, ciclomotor, trici­clo motorizado e quadriciclo motoriza­do, ou seja, para todas as categorias as­semelhadas à motocicleta (que sujeitam o corpo humano à grande exposição), o que veio esclarecer vários pontos rele­vantes, regulamentando finalmente a matéria relativa ao capacete.

O primeiro ponto que se coloca é obrigatoriedade do uso do equipamento, em qualquer via pública, pelo condutor e pelo passageiro (as motocicletas e seus as­semelhados não foram projetados e apro­vados para a condução de mais de um passageiro). O segundo ponto é a obri­gatoriedade, ora expressa, da sua afixa­

ção à cabeça “pelo conjunto formado pela cinta jugular e engate, por debaixo do maxilar inferior”. Tanto quanto ainda é comum flagrar pessoas sobre uma moto com o capacete protegendo um dos coto­velos ao invés da cabeça, não é raro en­contrar pessoas com o capacete apenas encaixado na cabeça (ou por vezes apoia­do na testa...), sem a adequada fixação, o que compromete totalmente a efici­ência do equipamento que deveria ser­vir como instrumento de proteção em caso de acidente.

O terceiro ponto é a obrigatorieda­de do capacete se encontrar “certificado por organismo acreditado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO), de acordo com regulamento de avaliação da conformidade por ele aprovado”. Signifi­ca dizer que não é qualquer capacete que pode ser utilizado a pretexto de se evitar multas ou, ainda, para inventar ou seguir alguma tendência de moda. Para proteger a calota craniana e pelo menos as partes laterais do maxilar, o capacete deve en­volver toda a cabeça e não apenas a sua parte superior como ocorre com vários modelos conhecidos como “coquinho”, que são proibidos.

No contexto das especificações técnicas, as autoridades de trânsito ou seus agentes devem observar, durante a fiscalização, a devida aposição de dis­

normas e especificações aprova­das pelo CONTRAN”. Á propósito, quanto à questão do vestuário, como equipamento obrigatório de segurança, aguarda-se ainda regulamentação da matéria.

Interessante, também, a questão da proteção dos olhos. A viseira é peça obri­gatória do capacete, exceto no caso de utilização de “óculos de proteção”, ora definidos como “aquele que permite ao usuário a utilização simultânea de ócu­los corretivos ou de sol” (o anexo da re­ferida Resolução trás suas especifica­ções). Portanto, de acordo com o que foi regulamentado, sem a viseira posiciona­da de forma a dar proteção total aos olhos, é proibido usar apenas óculos de sol, óculos corretivos (de graus), ou ain­da o de segurança de trabalho (EPI), que não são capazes de substituir o equipa­mento identificado como “óculos de pro­teção”. Por fim, a viseira deve se apre­sentar em padrão cristal (transparente) para uso no período noturno, restando proibida a aposição de qualquer película em sua extensão e também nos óculos de proteção, a fim de se garantir a máxi­ma transparência em qualquer horário de utilização e, com isso, favorecer a capa­cidade de visão do usuário.

Por isso, ao motociclista e ao pas­sageiro da moto fica a seguinte mensa­gem: para preservar sua vida, use sempre o capacete. E corretamente.

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O Policiamento Rodoviário e o meio ambienteA Instituição identifica e tra­

ta os aspectos que causam impac­tos sociais e ambientais, decorren­tes de seus produtos, processos e instalações. Também previne aci­dentes de trânsito relacionados ao transporte de produtos perigosos, com a finalidade de evitar danos ao meio ambiente e à sociedade em ge­ral.

Quando ocorrem tais aciden­tes, não obstante o esforço em evitá­los, minimiza os impactos ambientais mediante atendimento rápido, breve acionamento dos ór­gãos responsáveis pelas interven­ções necessárias - inclusive limpe­za do local - tais como CETESB, Corpo de Bombeiros, DER e Con­cessionárias, além de providenciar sinalização emergencial, socorro imediato às vítimas e registros per­tinentes.

Outros impactos ambientais podem ocorrer na área de atuação, sem relação direta com os produtos perigosos, opor­tunidade em que o Policiamento Rodovi­ário também age prontamente. Exemplo disso é o caso dos incêndios em margens de rodovias, por vezes causados por pon­tas de cigarros atiradas por incautos moto­ristas.

Nessa situação, é acionado ime­diatamente o Corpo de Bombeiros e é providenciada a urgente sinalização do local para se evitar acidentes de trânsito em razão da fumaça que di­minui a visibilidade dos usuários da rodovia. Também são promovidas in­terdições e desvios necessários, além da colocação das viaturas em pontos estratégicos com luzes intermitentes e “high-light” ligados, o que auxilia a sinalização de emergência.

No campo preventivo, a força de trabalho age com equipes treinadas

Policial fiscalizando nível de emissão de fumaça com escala “Ringelmann”

Apreensão de pássaros silvestres transportados ilegalmente. Assis, 2007. (na foto, Cabo Ribeiro)

para a fiscalização dos veículos de transporte de produtos perigosos, pro­tegendo particularmente os mananci­ais que podem ser atingidos em razão de acidentes nas rodovias, evitando-se graves prejuízos à sociedade. Tam­bém age na proteção à qualidade do ar por meio da fiscalização dos níveis de emissão de fumaça dos veículos movidos a óleo diesel, mediante em­prego da escala “Ringelmann”, instru­mento de medição visual para subsi­diar lavratura de autos de infração de trânsito, distribuído recentemente a todo o efetivo.

Igualmente no contexto dos cri­mes ambientais, a força de trabalho re­prime o transporte rodoviário irregu­lar de animais silvestres, de produtos e subprodutos naturais sem registro de procedência legal, a exemplo de ma­deira, carvão e palmito, adotando pro­vidências quanto ao encaminhamento da ocorrência policial e apreensões de­vidas. Ainda que não seja caracteri­zada a infração na área ambiental, por vezes tal ação policial detecta e repri­me crimes contra a economia popu­lar, ao constatar ausência de notas fiscais relacionadas ao transporte re­alizado.

Quanto às viaturas utilizadas, que compreendem importante instru­mento de trabalho em emprego perma­nente, a preocupação com a manuten­ção preventiva, regulagem e limpeza

diminui impactos ambientais de­correntes de sua operação.

No âmbito interno, os po­liciais são conscientizados sobre a importância de se evitar o des­perdício de materiais, pois tal conduta, além de significar uma economia para o Estado, também diminui a quantidade de lixo acu­mulado, proporcionando mais saúde e reduzindo a agressão ambiental.

Na prática, os resultados correspondem a uma melhor conservação das instalações, uma redução com os gastos na manutenção e reparos dos pró­prios públicos e o aumento da satisfação e segurança do poli­cial militar, independente de tra­balhar na função administrativa ou operacional, e daqueles que utilizam os serviços do policia­

mento rodoviário. Ainda, as unidades de Policia­

mento Rodoviário foram escolhidas pelo Alto Comando da Polícia Mili­tar, juntamente com as do Policiamen­to Ambiental, para implantação em sua totalidade dos efeitos de registro imediato da Lei Federal 9.099/95, após período de experiência.

Assim, desde 1º de janeiro de 2004 todas essas unidades vêm con­feccionando o chamado Termo Cir­cunstanciado, aplicado aos crimes considerados de menor potencial ofen­sivo, ou seja, com pena até dois anos de prisão, considerando-se nesse contexto vários crimes ambientais, o que reflete um ganho na qualidade do serviço prestado, em vista de não ser mais necessário o afastamento do po­licial de seu local de trabalho, aumen­tando a ostensividade e promovendo a repressão imediata das infrações ao meio ambiente.

Viatura própria para fiscalizaçãode transportes de produtos perigosos

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Solução para a questão dosanimais soltos nas rodovias

Mesmo com o desenvolvimento regional e a acentuada melhoria das con­dições gerais de segurança nas rodovias, nota-se que ainda ocorrem acidentes em decorrência de animais soltos. Por isso, é importante sempre destacar as respon­sabilidades individuais, para a diminui­ção desses eventos tão danosos à segu­rança do trânsito.

A pessoa que por omissão permi­te que seus animais permaneçam na via pública, causando sério risco ao trânsito e, conseqüentemente, à vida de terceiros, pratica a contravenção penal de omissão de cautela na guarda ou condução de animais, artigo 31, parágrafo único da Lei de Contravenções Penais (Decreto-lei nº 3.688/41). Se identificado, obviamente, o proprietário ou o preposto responsável deverá responder criminalmente pela sua omissão em conduta extramente lesiva à segurança da coletividade. Cabível, igualmente, a imputação do crime de maus tratos a animais, quando constata­do o abandono ou o abuso do proprietá­rio ou encarregado nos termos do artigo 32 da lei federal nº 9.605/98 (Lei dos Cri­mes Ambientais).

Teoricamente é possível, depen­dendo das investigações sobre um aci­dente que resulte morte, se constatada a

omissão do proprietário do animal, inclu­sive o indiciamento por homicídio culpo­so, ou seja, sem a intenção de matar. E além da responsabilidade penal, em qual­quer hipótese de prejuízos decorrentes, também existe a obrigação de reparação dos danos causados (responsabilidade ci­vil) como conseqüência da conduta do proprietário do animal solto em via pú­blica. A dificuldade na aplicação da lei existe em razão de que, naturalmente, em situações de acidente, quase sempre não aparece o responsável pelo animal, pois este nega a sua propriedade...

Registraram-se durante os anos de 2006 e 2007 vários acidentes nas rodovias regionais causados pela presen­ça de animais na pista, em especial ca­valos e bovinos, o que justificou uma grande mobilização dos policiais milita­res rodoviários para identificar os pro­prietários e responsáveis, nas proprieda­des lindeiras, a fim de promover adver­tências e, em caso de flagrante contra­venção, a lavratura de termo circunstan­ciado, com o posterior encaminhamento do caso ao juízo competente, para o de­vido processamento da ação em rito su­maríssimo (apesar da gravidade da con­duta, a infração penal é caracterizada como de pequeno potencial ofensivo em

virtude da Lei 9.099/95). Nesse mesmo período, 13 casos foram processados, objetivando intervenção do Poder Judi­ciário, somente na região de Assis.

Além dos registros policiais devi­dos, de qualquer modo o animal é imedia­tamente retirado da via pública e condu­zido mediante apoio do DER ou empre­sas concessionárias e, em alguns casos, das Prefeituras locais, para espaço pró­prio, de onde somente é retirado pelo res­ponsável devidamente identificado e com o pagamento das despesas decorrentes.

Por isso, quando algum usuário das rodovias estaduais observa ani­mais soltos na pista ou nas proximi­dades, pode e deve acionar, por ques­tão de cidadania, o Policiamento Ro­doviário de imediato (em Assis, pelos telefones 18-3322-8644, ou 18-3325­1013, ou mesmo pelo número 190).

No caso de área urbana, ao no­tar animais soltos na via pública, além do acionamento do órgão da Prefeitu­ra que cuida da recolha, o cidadão igualmente pode acionar a Polícia, desde que tenha a identificação do res­pectivo proprietário ou encarregado que deveria cuidar dos animais, para que seja possível a responsabilização também no campo penal.

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Por um trânsito mais seguro

Ordem legal de parada para fiscalização

Acidentes de trânsito representam hoje um dos grandes problemas sociais do Brasil. De acordo com dados divul­gados pelo Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN), por ano mais de 350.000 pessoas são feridas e outras 35.000 perdem a vida em acidentes nas ruas e avenidas das cidades ou nas rodo­vias, resultando um custo social anual da ordem de mais de 10 bilhões de reais, segundo o Instituto de Pesquisa Econô­mica Aplicada (IPEA).

Esse cálculo não pode abranger, evidentemente, o custo moral da perda de uma vida sequer. O valor de uma vida, para a família que a perdeu, é imensurável. E quem de nós nunca perdeu um ente que­rido em um acidente de trânsito? Como podemos reverter esse quadro e afastar­mos tal realidade que se apresenta tão pró­xima de qualquer cidadão na condição de condutor, passageiro ou mesmo pedestre?

Pode-se estabelecer três fatores que influenciam diretamente na ocorrên­cia de desastres no trânsito: o fator me­cânico (relacionado ao próprio veículo), o fator ambiental (relacionado aos ele­mentos externos como a pista, luz e con­dições climáticas) e, finalmente, o fator humano (relacionado ao comportamen­to). Por vezes esses fatores se comuni­cam, de modo que um mesmo sinistro pode resultar da combinação, em percentuais variados, de cada um desses três itens.

Ao menos nas vias que apresen­

tam razoáveis condições de conservação e de sinalização, pode-se afirmar, sem a menor dúvida, que prepondera o fator hu­mano como causador de trágicos even­tos. Prepondera, na maioria das vezes, o sentimento de impunidade que afrouxa os cuidados dos motoristas - que também praticam infrações de trânsito. Então, a incidência constante de acidentes traz a sensação de intranqüilidade, o que sub­verte a ordem normal e compromete a almejada segurança para aqueles que res­peitam as regras de trânsito.

Assistimos a ultrapassagens e con­versões em locais proibidos, excesso de velocidade, desrespeito ao pedestre, à distância mínima em relação ao veículo da frente, à sinalização, condutores sem habilitação e tantas outras situações ir­regulares que poderiam ser evitadas pela simples correção de atitudes. Aliás, o fa­tor mecânico, quando evidenciado, qua­se sempre é resultante de falta de manu­tenção no veículo, ou seja, também deri­vado de uma falha humana, a exemplo de iluminação deficiente, falta de equi­pamentos básicos de segurança e pneus excessivamente gastos.

Tratando de comportamento, é bom lembrar que o condutor, o passagei­ro e o pedestre têm responsabilidades no trânsito. O condutor normalmente é o que detém maior influência, pois deve tomar decisões rápidas, como responsável pela trajetória, sinalização e velocidade do ve­ículo, dentre outros itens, em situações

normais de funcionamento mecânico. Mas não significa que o passageiro é sempre isento de responsabilidade, ain­da que inexistente na legislação de trân­sito. Como é possível, por exemplo, al­guém aceitar ser transportado, em um veículo sem condições de segurança ou dirigido por alguém embriagado?

Com relação ao pedestre, por ou­tro lado, é muito comum encontrá-lo cru­zando inadvertidamente ruas, avenidas e mesmo rodovias com grande movimento (e, nessas, pulando divisórias) sem a no­ção completa do risco que corre. Alguma noção possui; caso contrário, o seu com­portamento poderia ser classificado como suicida. Infelizmente, para aqueles que se preocupam somente com o tempo que podem perder, faixas ou passarelas para travessia são elementos decorativos.

Não é difícil, portanto, chegar à simples conclusão de que devemos in­vestir muito na conscientização, para di­minuirmos os índices de acidentes de trânsito. Buscaremos, então, no próprio fator humano a força para reverter a intranqüilidade reinante no trânsito. Tra­ta-se mesmo de necessária mudança de comportamento, a fim de que cada um dos usuários seja um agente da seguran­ça no trânsito.

O Código de Trânsito Brasileiro (CTB), lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, reservou um de seus capítulos (o Capítulo VI) para tratar da “Educa­ção para o trânsito” (artigos 74 a 79), prestigiando a prevenção dos acidentes por meio de constante trabalho de conscientização em campanhas e mobilização de todos os órgãos e entida­des relacionados, direta ou indiretamen­te, com o trânsito urbano ou rodoviário.

O engajamento da sociedade em geral é necessário. Não basta apenas que os órgãos de fiscalização atuem com ri­gor, reprimindo incessantemente as in­frações de trânsito, já que defendemos tal ação como indispensável para coibir condutas irregulares, para o propósito da prevenção de caráter geral. Não basta, também, a simples troca do carro velho pelo novo e, ainda, a atuação eficaz dos órgãos responsáveis pela manutenção ou melhoria das condições das vias.

Todos os usuários têm a sua parti­cular responsabilidade, pessoal e abso­lutamente intransferível. Trata-se, por­tanto, de uma questão de cidadania, de consciência, de preservação da vida, para alcançarmos um trânsito mais seguro.

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Os 10 mandamentos do trânsito seguroEntre 2006 e 2007, a Frente Parla­

mentar em Defesa do Trânsito Seguro, mobilização suprapartidária do Congres­so Nacional, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o Ministério das Cidades, o Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN) e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) uniram-se por ocasião da Semana Naci­onal de Trânsito para levar às Igrejas, es­colas, empresas e associações de bairro uma mensagem de educação, de solida­riedade e respeito de todos nas ruas e es­tradas do Brasil. Para tanto, valeram-se dos “Dez Mandamentos do Motorista”, publicados no documento “Orientações para a pastoral da estrada” do Conselho Pontifício da Pastoral para os Migrantes e Itinerantes.

O documento original foi publica­do pelo Vaticano, em meados de 2006, expressando sua preocupação com o alto número de mortos no trânsito e denunci­ando que o automóvel, em muitas das ve­zes, se transformou em simples objeto de ostentação e de vaidade. O texto também denunciou comportamentos "pouco equi­librados" de muitos motoristas, como a falta de cortesia, gestos ofensivos, dis­cussões, blasfêmias, perdas do senso de responsabilidade e violação deliberada das normas de circulação, tudo em pre­juízo à valorização da vida.

Apontou o fato de que no século XX cerca de 35 milhões de pessoas mor­reram em acidentes de trânsito, e os feri­dos totalizaram 1,5 bilhão em todo o mun­do. Em 2000, os mortos foram 1,26 mi­lhão. Diante dos dados alarmantes, o Va­ticano pediu que fossem respeitadas as normas de trânsito, lembrou a "virtude da prudência", advertiu sobre a distração e o uso de telefones celulares durante a condução, além da grave conduta de di­rigir sob os efeitos do álcool e de outras substâncias entorpecentes.

Por conta da constatação de que a maior parte dos acidentes tem causa exa­tamente na conduta dos motoristas, é es­sencial a ampla divulgação desse contem­porâneo “Decálogo do Motorista”, que também constitui os “Dez Mandamentos do Trânsito Seguro”.

São deveres que ultrapassam os simples preceitos religiosos para consti­tuírem regras e também princípios fun­damentais de convivência fraterna no trânsito e de valorização da vida.

1. “Não matar” O carro é um instrumento a serviço da vida, da convivência e do pro­gresso. Por isso é fundamental respeitar as leis de trânsito para prote­ger a vida.

2. “A estrada deve ser para você um instrumento de comunhão entre as pessoas e não um local com risco de vida” As estradas são construídas para aproximar as pessoas e favorecer a promoção humana. Vamos defender a vida com amor e colaboração, também no trânsito.

3. “Cortesia, sinceridade e prudência ajudarão você a superar os imprevistos” A sensibilidade nas relações humanas é o suporte para as grandes e pequenas soluções da vida. No trânsito precisamos manter esse clima de respeito e amor ao outro.

4. “Seja caridoso e ajude o próximo nas suas necessidades, espe­cialmente as vítimas de acidentes” O amor e a justiça são princípios indispensáveis para manter e culti­var a dignidade humana. Por isso, “não nos cansemos de fazer o bem” (GI 6,9).

5. “Que o carro não seja para você expressão de poder e domínio nem ocasião de pecado” O bom uso do carro depende das boas intenções do motorista. O que se passa no coração se expressa nas relações entre as pessoas.

6. “Convença, com caridade, os jovens e os que já não o são para que não dirijam quando não estiverem em condições de fazê-lo” O bom senso é princípio indispensável no discernimento sobre as con­dições de dirigir. É preciso aceitar os próprios limites e obedecer as leis de trânsito.

7. “Ajude as famílias das vítimas de acidentes” A verdadeira solidariedade se confirma nas horas difíceis da vida. O que você gostaria que lhe fizessem procure fazer ao outro.

8. “Reúna a vítima com o motorista agressor num momento opor­tuno para que possam viver a experiência libertadora do perdão” Fogo não se apaga com o fogo! Violência não se resolve com violên­cia! Só o perdão liberta e promove a paz e a justiça.

9. “Na estrada proteja o mais vulnerável” O cuidado pela vida, sobretudo a dos mais fracos, é a maior expressão de grandeza de um coração que sabe amar. A própria lei de trânsito estabelece que a preferência é sempre dada ao pedestre e ao veículo de menor resistência.

10. “Sinta-se responsável pelo outro” Ninguém é mais do que o outro, mas todos somos menos sem o outro. Somos mutuamente responsáveis pela vida e pela paz nas estradas. Seja solidário!

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Desenhos de filhos de Policiais MilitaresRodoviários da 3ª Companhia do 2º BPRv

Amanda Cândido Rodrigues Filha do Cb PM Lopes

Lorena Caroline de Lima Lopes Filha do 3º Sgt PM Elias

Lucas Marques Dias Filho do Sd PM Dias

Carlas Ferris Plaza Filha do 1º Sgt PM Plaza

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MENSAGENS PARA SEGURANÇA NO TRÂNSITOMENSAGENS PARA SEGURANÇA NO TRÂNSITO PEDESTRE: Você também deve obediência às regras de trânsito para a segurança de todos. É recomendável usar roupas claras para melhor ser visto. Ao atravessar uma via, guarde mais espaço

entre você e o veículo em movimento. À noite ou em dias chuvosos, todo cuidado é pouco. No caso de semáforo, evite atravessar a via no sinal amarelo ou enquanto os carros não pararem total­

mente. Procure atravessar sempre em locais com sinalização, usando as faixas de pedestres ou passarelas e

viadutos no caso das rodovias. Nas estradas, onde não existem calçadas e faixas de segurança, ande sempre no acostamento e em

sentido contrário ao dos veículos. Se tiver que cruzar a via onde não há passarelas ou viadutos, atravesse-a sempre em linha reta.

Evite travessia nos locais onde existe divisória (barreira) entre os sentidos de direção. Quando estiver em grupo, faça uma fila única.

Muita atenção na hora de atravessar uma via. Permaneça na calçada ou acostamento e olhe para todos os lados. Evite sair de pontos cegos de visão, como subidas, curvas, árvores, carros estacionados, etc.

Em faixa de segurança, atravesse pela direita dela. Ainda assim, olhe para os dois lados mantenha a atenção. Um motorista distraído ou mal educado pode se tornar uma desagradável surpresa. Crianças, pessoas idosas e deficientes sempre devem ser ajudados no momento de atravessar a rua.

Tome muito cuidado ao embarcar e desembarcar de um veículo. Na hora de descer de um ônibus, por exemplo, espere o veículo parar completamente, desça, aguarde o mesmo se afastar e só então atravesse a via.

CICLISTA: Pedale sempre com muito cuidado e atenção, obedecendo e respeitando as leis de trânsito e as regras de

circulação do ciclista. Você tem responsabilidades para um trânsito seguro. Ande sempre pelo lado direito da via e no mesmo sentido dos veículos (para evitar o ofuscamento e

garantir melhor visão sua dos limites em que pode transitar). Quando estiver em grupo, ande sempre em fila única. Quando necessário pedalar nas rodovias, use

apenas o acostamento. Nas vias de fluxo rápido e intenso, preste muita atenção às curvas, cruzamentos e pontos de ônibus.

Cuidado ao passar por carros estacionados: as portas podem se abrir de repente e causar acidentes. Na cidade, não circule sobre as calçadas. Use sempre as ciclovias, ou então os caminhos mais seguros,

sinalizados e de menor movimento. Nunca pegue carona na traseira de veículos ou ao lado deles. Numa freada brusca é quase impossível

evitar a colisão e outros acidentes. Faça de tudo para ser visto. Durante o dia sempre sinalize a intenção de suas manobras. Á noite e em

dias chuvosos dê preferência ao uso de roupas claras. Use sempre o capacete próprio para proteção da cabeça, pois uma simples queda pode ser fatal. Equipe

sua bicicleta com luzes e adesivos refletivos. Sua segurança pode estar garantida nesses simples detalhes. Pense como motorista. A superioridade dos demais veículos em relação à bicicleta é evidente e o respei­

to ao ciclista nem sempre é praticado.

CRIANÇA: Ao atravessar a rua, utilize sempre a faixa de segurança e atravesse em linha reta. Não corra ao atraves­

sar a rua. Na saída da escola, ande sempre na calçada, longe do meio fio. Se a rua não tiver calçada, ande encos­

tada nos muros, de frente para a direção de onde vêm carros. Se a rua não tiver faixa nem sinal, atravesse num lugar reto e sem curvas, para enxergar bem os carros

dos dois lados. Se houver policiais ou guardas, respeite suas orientações. Eles estão ali para ajudar. Somente suba ou desça do veículo de transporte escolar quando ele estiver totalmente parado. Não

coloque a cabeça ou o braço para fora da janela do veículo. Lembre seus pais de alguns cuidados sobre o transporte escolar que vai levar você para a aula. Por

exemplo, se ele possui permissão do órgão municipal, equipamentos de segurança, condições de tráfego e outros. No carro de seus pais, criança menor de 10 anos, só no banco de trás, sempre com o cinto de segurança

e portas trancadas. E não fique em pé entre os bancos dianteiros. Não mexa nos equipamentos do veículo. Você pode movimentar o carro e não saber como controlá-lo.

Não coloque o braço nem a cabeça para fora da janela e não passeie no porta-malas ou ainda na carroceria de caminhonetes.

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MENSAGENS PARA SEGURANÇA NO TRÂNSITO De bicicleta, só saia na rua se já for maior. E sem fazer acrobacias. Ainda, ande sempre pela ciclovia, ou

então passeie nos parques e praças. Também de bicicleta, cuide bem dos freios e utilize capacete. Ao andar de patins ou patinete, não esqueça do capacete, munhequeira, luvas, joelheiras e cotoveleiras. Evite brincar na via pública, soltando pipas, andando de patins ou bicicleta. Lugar de diversão é no

parque, praça, jardim ou quintal. Não brinque entre carros estacionados. Se a bola cair na rua, não corra atrás; peça para um adulto

buscar ou olhe muito bem e devagar se não vem vindo carro. Não empine pipas nas proximidades de ruas e rodovias e nunca use “cerol”. Linha cortante pode matar,

especialmente motociclistas.

MOTOCICLISTA: Use sempre capacete na especificação regulamentar e vestimentas de segurança (luvas, botas, jaquetas,

etc). Este equipamento é proteção certa para você e seu garupa. Seja habilitado e pilote sempre com atenção. Não costure o trânsito ou circule entre veículos em

movimento. Saiba usar os freios com habilidade: sempre os dois ao mesmo tempo, usando os quatro dedos na hora

da frenagem. Lembre-se que o freio traseiro, além de ajudar a parar, mantém o equilíbrio da moto. Fique visível aos outros veículos no trânsito. Evite manter-se nos pontos cegos de visão dos automóveis

e, mesmo durante o dia, circule com farol aceso, sinalizando sempre suas intenções. Vista-se com roupas claras para ser notado a distâncias maiores. Faixas refletivas de qualquer cor nas

costas, frente e braços da jaqueta são ideais. Cuidado com os cruzamentos: sempre pare e olhe antes de passar. Ocupe adequadamente seu espaço

nas ruas e nunca divida a mesma faixa com outros veículos. Mantenha sua moto bem regulada e em ótimo estado de funcionamento. Verifique com freqüência os

estados das luzes e dos pneus. Preste atenção nas condições da pista (presença de areia, óleo, água no chão, buracos etc.) quando pilotar em vias urbanas e estradas.

Conheça a postura correta de pilotagem, qual seja, coluna reta, sentado no centro da moto, com ombros e braços relaxados. Em terrenos irregulares, levante-se sobre a pedaleira para diminuir o impacto. O passagei­ro (garupa) deve sentar-se bem próximo ao piloto, segurando firme para acompanhar os movimentos e inclina­ções da moto.

Pilote defensivamente. Identifique e previna ações de pedestres e outros veículos, decidindo antecipa­damente o que vai fazer. A atenção a tudo o que acontece a sua volta é fundamental.

MOTORISTA: Dirija sempre em velocidade moderada. Os poucos segundos que você ganha correndo são perdidos em

algum sinal ou cruzamento. E em alta velocidade, as chances de reagir a tempo para evitar um acidente são muito reduzidas.

Tanto na cidade quanto na estrada, todo bom motorista deve conhecer, conservar e respeitar as leis e sinais de trânsito. Uma ação indispensável para preservar sua vida e a de outras pessoas no trânsito.

O uso do farol baixo durante o dia, e em qualquer situação, é recomendável (ainda que não obrigatório), pois aumenta muito a visibilidade do seu veículo, especialmente nas rodovias de mão dupla de direção. Esse simples cuidado pode evitar acidentes.

Mantenha seu veículo sempre em boas condições de funcionamento. Faça revisões periódicas e deixe tudo bem regulado: sistema de freios, elétricos, pneus, amortecedores, etc. Antes de viajar, particularmente, a verificação desses itens é obrigação do motorista.

Mantenha sempre atualizadas a documentação e o licenciamento do seu veículo. Ande sempre com os originais da Carteira Nacional de Habilitação e do CRLV (documento do veículo) e nunca plastificados.

Não dirija cansado, com stress ou sono, nem sob o efeito de bebidas alcoólicas ou drogas. Isso diminui em muito os seus reflexos e torna você um verdadeiro perigo no volante. Seja responsável e se cuide.

Guarde uma distância segura entre o seu veículo e o que vai a sua frente (pelo menos 4 metros). Evite andar "colado". Assim você tem mais visão e garante o domínio do veículo em caso de alguma parada súbita.

Somente ultrapasse com segurança. Nunca ultrapasse em curvas, lombadas ou locais proibidos. Em caso de dúvida, não arrisque. A decisão e a manobra de ultrapassagem devem ser precisas e imediatas. Muitos acidentes gravíssimos ocorrem em ultrapassagens indevidas.

Em condições climáticas adversas (noite, chuva, neblina etc.), redobre a atenção. Use faróis baixos e reduza a velocidade. Nunca deixe o pisca alerta ligado com o veículo em movimento.

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MENSAGENS PARA SEGURANÇA NO TRÂNSITO Na hora do embarque ou desembarque de passageiros, tome cuidado. Aproxime o veículo da guia da

calçada, evitando parar em fila dupla e, na rodovia, pare somente em local seguro, no acostamento. Lugar de criança é no banco de trás, longe das portas e com o cinto de segurança. Menores de 4 anos devem usar cadeirinhas apropriadas para a idade. Bebês ficam mais seguros em

cestos presos pelo cinto, sempre no banco de trás.Para entrar à esquerda ou fazer um retorno na rodovia, pare sempre no acostamento. É o lugar certo

para você observar o movimento e esperar a sua oportunidade de mudar de pista. 90% dos acidentes de trânsito acontecem por imprudência dos motoristas. Por isso, nunca abuse da

autoconfiança. Dirija sempre com muita atenção e cuidado. Concentração, habilidade, precisão e responsabilidade

são qualidades fundamentais de um bom motorista. Use sempre o cinto de segurança e faça com que todos os seus passageiros usem-no também. Mais

do que evitar uma multa, você vai proteger sua vida e a dos passageiros.

CINTO DE SEGURANÇA: O cinto de segurança é um dispositivo simples que serve para proteger sua vida e diminuir as

conseqüências dos acidentes. Ele impede, em casos de colisão, que seu corpo se choque contra o volante, painel e pára-brisas, ou que seja projetado para fora do carro.

Em uma colisão de veículos a apenas 40 km/h, o motorista pode ser atirado violentamente contra o pára-brisas ou arremessado para fora do carro. Alguns motoristas pensam que podem amortecer o choque segurando firmemente no volante. Isto é ilusório, porque a força dos braços só é eficaz a uma velocidade de até 10 km/h. Use, portanto, o cinto de segurança.

Em caso de colisão, tombamento ou capotamento, primeiro o veículo bate num obstáculo, e, em seguida, os passageiros são projetados contra o painel, o pára-brisas, ou uns contra os outros. O cinto evita esta segunda colisão, segurando e mantendo motorista e passageiros no banco.

O acidente gera uma carga que é uniformemente distribuída ao longo de toda a área de contato do cinto de segurança sobre o corpo humano. Estas áreas são os nossos pontos mais fortes. O próprio cinto absorve parte do impacto e por isso ele é tão importante.

É fundamental sentar-se corretamente no banco e com a coluna bem reta. O cinto abdominal deve ser colocado na região dos quadris e não na barriga. O cinto diagonal (a grande maioria dos modelos) deve passar pelo ombro. O cinto não deve estar torcido, nem com folgas.

Um dos principais argumentos das pessoas que não usam cinto refere-se a que este "pode machucar e provocar lesões". A análise dos raros casos de algum tipo de trauma causado pelo cinto de segurança con­cluiu que, na imensa maioria das vezes, o choque fora tão violento que os danos seriam maiores sem o cinto de segurança ou, ainda, que houve uso inadequado do cinto.

ALCOOLISMO: Beber antes de dirigir ou dirigir depois de beber são as ações mais criminosas do trânsito brasileiro.

Ano a ano, praticamente 50% de todas as mortes em acidentes de trânsito são provocadas pela ingestão de álcool. Isto significa que a ingestão de álcool é responsável, no trânsito, pelo ferimento de 19900 pessoas, e por mais de 30.000 mortes por ano.

O álcool na corrente sangüínea provoca o afrouxamento da percepção e o retardamento dos reflexos. A dosagem excessiva conduz à perigosa diminuição da percepção e à total lentidão dos reflexos, diminuindo a consciência do perigo.

Todo condutor em estado de embriaguez, mesmo leve, compromete gravemente sua segurança, a dos demais usuários da via e a dos passageiros, que estão apostando suas próprias vidas, ou seja, 100% nas condições desse motorista.

Testes realizados com motoristas revelaram que sob o efeito do álcool, é exigido maior tempo de observação para avaliar as situações de trânsito, mesmo as mais corriqueiras. Torna muito difícil sair-se bem de situações inesperadas que dependam de reações rápidas e precisas. Nessas condições, o motorista fixa-se num único ponto, diminuindo sua capacidade de desviar a atenção para outro fato relevante; desse modo, limita-se a percepção a um menor número de fatos num determinado tempo.

DROGAS: Alguns motoristas utilizam drogas com fins que não os medicinais. Além de praticarem infração

penal, esses condutores estão expondo sua própria vida - e a dos passageiros e demais usuários da via - ao grave risco de acidente de trânsito.

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Efetivo atual da 3ª Cia do 2º BPRv POR ORDEM DE ANTIGUIDADE, CONTANDO: POSTO/GRADUAÇÃO, NOME E ÁREA DE TRABALHO

Pos/Grad Nome área Pos/Grad Nome área

Cap PM ADILSON LUIS FRANCO NASSARO Sede Cia Cb PM REGINALDO MARVULLI 3º Pel

1º Ten PM ADRIANO ARANÃO 3º Pel Cb PM MARCOS ANTONIO CORRÊA CAMPOS 3º Pel

2º Ten PM GILBERTO ANTONIO DE OLIVEIRA 1º Pel Cb PM AMADEU AP. ROCHA DOS SANTOS 2º Pel

2º Ten PM AUGUSTO JOSÉ DE CARVALHO FILHO 2º Pel Cb PM WILSON CESAR DA COSTA 3º Pel

Subten PM EZEQUIEL SANT´ANA 1º Pel Cb PM ELCIO ELIAS DE CAMPOS TOR - Cia

Subten PM VALDEMAR ALVES DOS SANTOS 2º Pel Cb PM ADRIANO FERNANDES FANINI 2º Pel

1º Sgt PM VALMIR DIONIZIO 1º Pel Cb PM RUDKELER BALBINO DE OLIVEIRA TOR - Cia

1º Sgt PM CELSO APARECIDO DE JESUS PLAZA 2º Pel Cb PM WAGNER BARRIONUEVO VENTURA 1º Pel

1º Sgt PM FERNANDO LUIS SILVA Sede Cia Cb PM HAMILTON CÉSAR DE SOUZA 2º Pel

2º Sgt PM CELIO MARCOS SAMPAIO TOR - Cia Cb PM MARCIO RONI MIRANDA 3º Pel

2º Sgt PM ADEMIR CANDIDO CARLOS 3º Pel Cb Fem PM ELAINE RENATA FANTI 2º Pel

2º Sgt PM JOSÉ CARLOS DE PONTES 1º Pel Sd PM JOSÉ SIDNEI DA ROSA 3º Pel

2º Sgt PM JOÃO FERNANDES JÚNIOR 1º Pel Sd PM ROBERTO CONCEIÇÃO DE CARVALHO 1º Pel

2º Sgt PM REGINALDO GARCIA Sede Cia Sd PM DAMIÃO RAMOS DA SILVA 2º Pel

2º Sgt PM PAULO CESAR LOPES FURTADO TOR - Cia Sd PM DERCILIO MATHIAS 3º Pel

2º Sgt PM VALDECIR DE SOUZA DA SILVA 2º Pel Sd PM HERMINIO DE JACOMO FILHO 3º Pel

2º Sgt PM CARLOS ALBERTO CHRISTONI 3º Pel Sd PM JOSÉ SÉRGIO RODRIGUES 3º Pel

2º Sgt PM MÁRCIO A. MARTINS COMBINATO 2º Pel Sd PM ALFREDO DOS SANTOS 1º Pel

2º Sgt PM CÁSSIO MARCELO DE O. BERNARDES TOR - Cia Sd PM JOEL CARLOS DA SILVA 1º Pel

3º Sgt PM WILSON DE SEIXAS PINTO TOR - Cia Sd PM JOSÉ APARECIDO ALVES 1º Pel

3º Sgt PM NIELSON AP. RODRIGUES DA SILVA 3º Pel Sd PM ADALBERTO VARLEI GERMANO 1º Pel

Cb PM JOSÉ CARLOS MONGE 2º Pel Sd PM AGNALDO YOSHIHARU USSUY 1º Pel

Cb PM VALDECIR GONÇALVES DOS SANTOS 2º Pel Sd PM MÁRIO DA SILVA DADÁRIO 3º Pel

Cb PM JOSÉ LUCIO BARBOSA 1º Pel Sd PM ROGÉRIO MÁRCIO DONIZETE DA SILVA Sede Cia

Cb PM JAIRO LOPES RODRIGUES 2º Pel Sd PM RONALDO JOSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA 2º Pel

Cb PM NELSON EDUARDO DE LIMA 3º Pel Sd PM ALCIDES AIRES DE ARAUJO JUNIOR 2º Pel

Cb PM ABEL ALVES DA SILVA 1º Pel Sd PM REINALDO ARRUDA MARTINS 2º Pel

Cb PM ENOQUE DINIZ DO NASCIMENTO 1º Pel Sd PM JOSÉ OLIVEIRA DA SILVA 2º Pel

Cb PM IVAN SERGIO ALVES Sv de Dia Sd PM CARLOS HENRIQUE DE OLIVEIRA 2º Pel

Cb PM ROBERTO NAZARENO RIBEIRO 1º Pel Sd PM JOVELINO JESUS DA ROCHA 2º Pel

Cb PM MARCIO AUGUSTINHO BARCHI 1º Pel Sd PM LUCIANO DE PAULA ALEXANDRE 2º Pel

Cb PM MARCOS CESAR NOGUEIRA MOREIRA 2º Pel Sd PM EDER APARECIDO ZANOTTI 2º Pel

Cb PM HERMES THEODORO DA SILVA 2º Pel Sd PM MARCIO ANTONIO DOS SANTOS 3º Pel

Cb PM ARI KERCHE DE CAMARGO 2º Pel Sd PM SILVIO JOSÉ PONTARA NEGRÃO 3º Pel

Cb PM PAULO SERGIO BARBEIRO 2º Pel Sd PM NELSON FELICIANO LEITE 3º Pel

Cb PM CLAUDIO VERISSIMO DE OLIVEIRA 2º Pel Sd Fem PM NELIANE DONELLA DOS SANTOS 2º Pel

Cb PM EDILSON JOSÉ DE NOVAES 2º Pel Sd PM LUIS ANTONIO DE SOUZA GALAN 3º Pel

Cb PM FRANCISCO CARLOS DE OLIVEIRA 3º Pel Sd PM VALTER EZIDIO TOR - Cia

Cb PM ELIAS LOPES DA CONCEIÇÃO 2º Pel Sd PM IDAIR JUSTIMIANO DA SILVA TOR - Cia

Cb PM LUIZ CARUZZO SOBRINHO 1º Pel Sd PM MARCO ANTONIO GRAMALHO 1º Pel

Cb PM ARMANDO FRANCISCON JUNIOR 3º Pel Sd PM JOSÉ EDUARDO VIRGILIO DE PAULA 2º Pel

Cb PM SÉRGIO VIEIRA 3º Pel Sd PM IVANIR HENRIQUE COSTA 2º Pel

Cb PM NELSON MARTINS FIRMINO TOR - Cia Sd PM HELDER IVES MEDRONI 3º Pel

Cb PM MARCELO DA SILVA COSTA 2º Pel Sd PM GILDO CARDOSO DE ARAUJO 1º Pel Pág.101

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Efetivo atual da 3ª Cia do 2º BPRv POR ORDEM DE ANTIGUIDADE, CONTANDO: POSTO/GRADUAÇÃO, NOME E ÁREA DE TRABALHO

Pos/Grad Nome área Pos/Grad Nome área

Sd PM IDEVANIR DE CAMPOS CEARENCE 2º Pel Sd PM MOACIR KAMAGUSO JAMAICO 3º Pel

Sd PM ANTONIO LUIZ DA SILVEIRA 3º Pel Sd PM IVANIR RIBEIRO 1º Pel

Sd PM RODOLFO DE CASTRO ALVES 3º Pel Sd PM RICARDO ALVES PEREIRA 3º Pel

Sd PM ANTONIO JOSE ABREU PINTO 1º Pel Sd PM CARLOS ALBERTO HONORIO Sv de Dia

Sd PM ALEXANDRE ROGERIO ROSA 3º Pel Sd PM EDVALDO DE OLIVEIRA TOR - Cia

Sd PM JOSÉ ROBERTO CARDOSO 1º Pel Sd PM ADERBAL SIQUEIRA FILHO 1º Pel

Sd PM JÚLIO CESAR BALBINO 3º Pel Sd PM JULIO CESAR COSTA E SILVA 2º Pel

Sd PM LUCIANO DE CAMPOS RUBIO 3º Pel Sd PM MAURI RIBEIRO PROENÇA 2º Pel

Sd PM OSCAR BATISTA SILVEIRA JUNIOR 1º Pel Sd PM ANTONIO CARLOS BERMEJO CHEDER 2º Pel

Sd PM SÉRGIO HENRIQUE SILVERIO 2º Pel Sd PM ROSIEL DA SILVA 1º Pel

Sd PM RINALDO BISPO DOS SANTOS 2º Pel Sd PM ANDRÉ MARTINS 2º Pel

Sd PM FRANCISCO JOSÉ LUDUWIG 1º Pel Sd PM EMI TORRENTE 2º Pel

Sd PM AUGUSTO MOISES DA COSTA 1º Pel Sd Fem PM GISLENE MARTINS 2º Pel

Sd PM CAMILO LELIS TACITO CICCONI Sv de Dia Sd Fem PM JOELMA DOS SANTOS OLIVEIRA 2º Pel

Sd PM CLODOALDO APARECIDO DE SOUZA 3º Pel Sd PM MIGUEL HENRIQUE TAHARA 2º Pel

Sd PM GILSON DE OLIVEIRA LOPES 2º Pel Sd PM FERNANDO AUGUSTO DE SOUZA CAMPOS 3º Pel

Sd PM VALDINEI GONÇALVES 1º Pel Sd PM DAVI DE ALMEIDA DA SILVA 3º Pel

Sd PM LUIZ SOUZA SANTOS 2º Pel Sd PM CLÁUDIO BERNARDINO DE SOUZA 3º Pel

Sd PM JOELSON OLIVEIRA DOS SANTOS 1º Pel Sd PM EDER DOS SANTOS DA FONSECA 2º Pel

Sd PM ADEMIR APARECIDO VASCONCELOS 1º Pel Sd PM EMERSON CRISTIANO DE OLIVEIRA 1º Pel

Sd PM CASSIANO BRITO DA SILVA 2º Pel Sd PM FÁBIO APARECIDO DA SILVA 3º Pel

Sd PM EDILSON DONIZETTI PEREIRA 3º Pel Sd PM MARCIO ALVES PEREZ TOR - Cia

Sd PM MARCOS GONÇALVES GOMES 3º Pel Sd PM RICARDO ISAIAS MINUNI DE LIMA 3º Pel

Sd PM PEDRO APARECIDO ANTUNES DA SILVA 3º Pel Sd PM LOUDINEI ARAGÃO BARIANE 1º Pel

Sd PM MARCIO APARECIDO LEAL DA FONSECA 1º Pel Sd PM SÉRGIO DOS SANTOS TRINDADE 2º Pel

Sd PM GLAUBER ROBERTO PINTO 3º Pel Sd PM ANTONIO MARCOS ROMEIRO 3º Pel

Sd PM JACI DA COSTA 3º Pel Sd PM ADRIANO COSTA ISIDORO 3º Pel

Sd PM JURANDIR ROBERTO GARCIA 1º Pel Sd PM GLAUCO F. PERALTA MARQUES 2º Pel

Sd PM GENESIO ALVES MOREIRA 1º Pel Sd PM LUIZ FABIANO DE ANDRADE TOR - Cia

Sd PM SÉRGIO FLORIANO ROSA 1º Pel Sd PM MARCELO DUTRA 3º Pel

Sd PM ARMANDO PAULIN JÚNIOR 3º Pel Sd PM ROBSON THIAGO DE SOUZA 2º Pel

Sd PM ANDERSON LUIS DE SOUZA 3º Pel Sd PM RODRIGO PIRES DOS SANTOS 3º Pel

Sd PM VALDEMIR DE SÁ FABIANO 1º Pel Sd PM ROGÉRIO LUIZ CORDEIRO F. DE ARRUDA 2º Pel

Sd PM EDUARDO ORTIZ SCARPELLI 2º Pel Sd PM RAUL MARTINS FILHO 3º Pel

Sd PM JORGE LUIS GOUVEA DE MATTOS 1º Pel Sd PM FERNANDO HENRIQUE CARREIRA 3º Pel

Sd PM PAULO AUGUSTO MONTEIRO 1º Pel Sd PM FRANCIS DIEGO PEREIRA DE OLIVEIRA 2º Pel

Sd PM AMARILDO DELFINO DIAS Sede Cia Sd PM LEANDRO RAMOS DA SILVA 2º Pel

Sd PM APARECIDO FÁBIO MORENO 3º Pel Sd PM SANDRO SANCHES DO NASCIMENTO 2º Pel

Sd PM ARIOVALDO LEME DE FREITAS 3º Pel Sd Fem PM MARCIELE FERNANDA AP. LOURENÇO PELLICER 2º Pel

Sd PM GERSON ALVES DE SOUZA Sede Cia Sd Fem PM Temp ALINE ALMEIDA DE OLIVEIRA Sede - Cia

Sd PM ROBERTO CARLOS COUTO DA SILVA 3º Pel Sd PM Temp SIDNEY MION 1º Pel

Sd PM SANDRO MARQUES MENOCCI 3º Pel Sd PM Temp ANTONIO F. BITENCOURT MATOS SATÃO VITAL Sede - Cia

Sd PM CLEVER PETERSON GOMES DA SILVA 2º Pel Sd PM Temp CLEBER APARECIDO BOTELHO DE MELLO 1º Pel

Sd PM JOSELY ANTONIO ALVES PIRES 3º Pel Sd PM Temp THIAGO PALOMAR DE ANDRADE Sede - Cia Pág.102

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