Polistécnica nº11 | Junho 2006

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Boletim Informativo do Instituto Politécnico de Viseu

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É sempre com a sensação de mais uma etapaalcançada que fechamos um novo número dePolistécnica. Esta é, porém, uma edição reformulada,quer ao nível dos conteúdos, quer ao nível da suaestrutura interna. Contudo, subjaz-lhe sempre o mesmoespírito, o de melhor informar todos os que compõemeste grande universo do Politécnico de Viseu e todosos outros, leitores externos, que nos acompanham.

Tal como é hábito, um elenco de notícias e deopiniões dadas à estampa, partilhando a actividade e opulsar da vida da Instituição.

Em “Entre...vistas”, e tendo como pano defundo as grandes mudanças em curso no ensinosuperior, registamos as palavras do Presidente doInstituto Superior Politécnico de Viseu. Na entrevistaque concedeu a Polistécnica, o Professor João Pedrode Barros fala do ISPV... do passado, que o sustenta, dopresente que se vive e, ambos, perfilando-lhe o futuro.Desvenda projectos... de consolidação e crescimento.Manifesta, ainda, a sua opinião sobre as actuais políticaspara o Ensino Superior – de Bolonha às medidasrecentemente anunciadas pela tutela.

Em “In Memoriam”, impõe-se a homenagem,sentida, quando, contrariamente à nossa vontade,vemos partir figuras ligadas à história desta casa. Nopresente número, é tempo de lembrar... FernandaGonçalves. Conceituada docente, que pertenceu tambémaos órgãos dirigentes da Escola Superior de Educação.

Em “Memória do ISPV”, referência a PachecoPereira e à excelente Oração de Sapiência que proferiunas comemorações do Dia do Instituto e AberturaSolene do Ano Académico, em 13 de Dezembro último.

Na rubrica “Em Foco”, a 23.ª Semana Culturalda ESEV, os Dias Abertos 2006, o lançamento do Livrode Doutoramentos do ISPV, a entrega das Bolsas deMérito.

Ainda as matérias relativas à cooperaçãointernacional, à actividade editorial, às provasacadémicas, aos eventos do Politécnico e à vidaestudantil, preenchem muitas das nossas páginas.Notícias da vasta panóplia de eventos, com o timbre doPolitécnico de Viseu, levados a cabo nestes últimosmeses, compõem o restante espaço da nossa Revista.Actividades de cariz desportivo e recreativo, cultural ecientífico enriqueceram, cada qual a seu modo, a vidainstitucional. Deixá-las aqui registadas é, também, umaforma de honrarmos o esforço e a dedicação de todosquantos contribuíram para o êxito dessas acções einiciativas.

A Coordenação dePolistécnica agradece oenvio de informação sobreactividades realizadas,eventos a ocorrer, ou outrajulgada relevante, bem comocomentários e/ou sugestõesque visem uma melhorinformação institucional.Os conteúdos devem serenviados para:

[email protected]

Polistécnicanº11

Junho -2006

PropriedadeInstituto Superior Politécnico de Viseu,

Av. José Maria Vale de Andrade,Campus Politécnico 3504-510 Viseu

email: [email protected]. 232480700/232480707

Fax. 232480750/232480780Director

João Pedro de BarrosCoordenação

Maria de Jesus FonsecaJoaquim Amaral

Corpo RedactorialMaria de Jesus Fonseca

Joaquim AmaralEster Araújo

Concepção GráficaPaulo Medeiros

FotografiaJoel Soares Marques

Teresa GouveiaArquivo

DistribuiçãoMaria da Conceição Santos

Júlia NogueiraEdição on-line

João RodriguesImpressão

EDEN Gráfico, SATiragem

2000 exemplaresDepósito Legal

161797/01Distribuição Gratuita

ISSN1645-0892

aberturanota de

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in memoriam Maria Fernanda Martins Gonçalves

(1941 – 2006)

A Fernanda partiu!Mas a inexorável máquina do tempo que nos separou vai

rapidamente aproximar o reencontro.O tempo e o espaço entre nós vão-se delindo.A Fernanda Gonçalves era um dos enormes pilares da Escola

Superior de Educação de Viseu.Sempre pensei e senti que uma das suas maiores virtudes,

enquanto professora, consistia numa profunda honestidade científica.Quero continuar a recordá-la como dinamizadora do Saber.

Para a nossa Fernanda “era intolerável não saber”. Mas também era um Ser. Um ser inteiro, que pensava, que

existia, que sentia. Por isso fez opções de vida que desempenhou deacordo com a sua visão consciente da sociedade que ansiava por vermelhorada.

Era a sua visão humanista que muitas vezes precedia a razão.Em evidência colocou sempre a amizade.Assumiu, até ao fim da sua efémera viagem terrena, o caminho

que, no seu entender, melhor serviria o seu País!Como trabalhadora incansável que era, fazia e motivava os

outros para fazer.Quanto trabalhou para muitos!Como professora foi um exemplo!Apenas como pessoa granjeou apoios e oposições como é

normal. O saldo da sua passagem pela vida foi-lhe francamente favorável.Recordo as muitas cartas que me escreveu, que não são do

domínio público, e que guardo no álbum das minhas recordações maisqueridas. Continuarei a recordá-la com saudade tentando mantê-la viva e asalvo da “ lei da morte”.

João Pedro de Barros

Quem melhor traduz os nossos sentimentos são os poetas.E a poesia é o melhor veículo dessa transmissão.

Aqui ficam versos de Ricardo Reis que, precisamente, dizemo que sentimos por ti. E dizem-no muito melhor do que nós seríamoscapazes de o dizer.

Para ser grande, sêinteiro: nadaTeu exagera ou exclui.Sê todo em cada coisa.Põe quanto ésNo mínimo que fazes.Assim em cada lago a luatodaBrilha, porque alta vive.

Ricardo Reis, Odes

Isabel Aires de Matos e Maria de Jesus Fonseca

Minha querida Fernanda:

Pensei escrever-te esta carta. Uma carta, enfim.Mas se havia ideias e sentimentos, não encontrei as palavras

que os dissessem.Continuo a não ter vontade de falar. Continuo com vontade

de silêncio.No silêncio, consigo dizer as coisas que te quero dizer. No

silêncio consigo pensar e falar contigo. No silêncio, ouves-me.Também não passou ainda muito tempo desde a última vez

que conversámos. E eu continuo a precisar de tempo, de mais tempo, atéconseguir articular pensamentos e emoções e, depois então, expressá-losem discurso.

Por agora vivo interiormente momentos de nada. Do nadaque é tudo, para continuar no registo dos poetas.

Por isso, desculpa, mas quando o sentido se perde, nadase pode dizer. E se se diz, não tem sentido.

Assim, esta seria a primeira carta que te escreveria.Uma carta que vai ficar em arquivo na gaveta e que não

vais receber, porque, afinal – resolvi-o mesmo agora – não ta vou enviar.Esta fica em memória. E quando for o tempo, o meu tempo de te escrever,então redigirei a carta que agora não fui capaz de te escrever. Até láconservo-te em memória e guardo o silêncio.

Maria de Jesus Fonseca

Não me é fácil falar da doutora Fernanda Gonçalves. Contudo, não poderia deixarde alinhavar umas linhas a seu respeito, agora que já não está fisicamente entre nós.

Com ela travei conhecimento mais íntimo quando, na Primavera do primeiro anoda década de noventa do século vinte, para o Instituto Superior Politécnico de Viseu vimexercer a minha actividade profissional. Sem ser uma pessoa efusiva, era, no entanto, detrato afável e doce. Cordial e meiga, pelo menos comigo assim o foi, tinha sempre umapalavra para dar, ou, se a distância física o não permitisse, um aceno de cabeça.

Quis o destino que com ela trabalhasse mano-a-mano, aquando das actividadescomemorativas dos 14 anos de existência da Escola Superior de Educação de Viseu, quedecorreram entre os dias 17 e 21 de Março do já bem pretérito ano de 1997. Era ela, à data,Presidente do Conselho Pedagógico e foi solicitar a minha colaboração para com ela trabalharna organização logística das cerimónias. Foram dias duros, implacáveis, por vezes de cortarà faca. Contudo, gratificantes e enriquecedores. Isto porque era grande a ansiedade, avontade de querer fazer bem e, melhor ainda, espelhar a alma da instituição Urbi et Orbi.Numa palavra, o perfeccionismo. Mas tudo se fez e, uma vez mais, a nossa casa brilhou edeu cartas. Fui, deste modo, testemunha do seu querer, da sua tenacidade, da sua garra, doseu amor à camisola!

Volvido pouco mais de um ano, eis que a volto a encontrar. A mim se dirigiu,timidamente, com um pequeno saco de plástico na mão direita, pedindo-me antecipadamentedesculpa pelo que ia fazer. De lá tirou uma t-shirt azul escura, alusiva à Expo 98 e, quase emsurdina, refere que a adquiriu aquando da visita que efectuou à exposição universal e que ausou apenas naquele dia. Como não era adepta daquele tipo de indumentária, nunca mais airia usar. Assim sendo, entendeu que a única pessoa que poderia dar-lhe uso era eu. Destemodo, sempre que o sol aperta e o tempo convida, lá visto a dita peça que, obviamente, eagora mais do que nunca, me traz gratas recordações. Nesse mesmo ano, por altura doNatal, ofereceu-me um pequeno saquinho de linho branco com um pinheirinho bordado aponto-de-cruz e cingido por uma vermelha fita de cetim. Aconchega uma pequena borrachabranca, de uso escolar, em cuja face superior, estampado a azul, sobressai um quadradoamarelo limão com um sanguíneo coração. Tem inscritos os dizeres Sugar and Spice, quemsabe uma encriptada mensagem à luz dos codificados e davincianos tempos que vivemos.

Fui despedir-me dela no passado dia 21 de Abril. Na pequena capela onde osseus restos jaziam, vivi uma emotiva cerimónia repleta de odes poéticas e hinos de saudade.

São

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A memória das instituiçõesconstrói-se em cada fracção dotempo. De forma imperceptível.

Mas imperecível.Nos volumes e nas silhuetas de

arquitecturas nascidas de energiasgerminadas no pensamento. Nas

palavras e nas ideias de quem nelastrabalha e nas daqueles que as

privilegiam com a suapresença solidária.

José Pacheco Pereira

memória5 ○

Ester Araújo -Gabinete de Publicações [email protected]

nasceu no Porto, a 6 de Janeiro de 1949. É licenciado em Filosofia.Reconhecido como um dos grandes pensadores do Portugalcontemporâneo, desde muito cedo começou a participar na vidaactiva nacional. Da sua preocupação e interesse pela recolha eorganização de variada documentação sobre a sociedade portuguesaresultou a notável biblioteca que hoje possui.

É detentor de uma actividade profícua e diversificada.Da política à docência no ensino superior. De sociólogo ainvestigador, pensador e crítico. É autor de livros sobre movimentossociais e políticos do Portugal do nosso tempo. Da sua carreira

política, destaque para a actividade desenvolvida no ParlamentoEuropeu, pelo Grupo do Partido Popular Europeu, através devários cargos, entre os quais o de vice-presidente.

A reflexão social e política de Pacheco Pereira é conhecidado grande público através de uma colaboração regular na Imprensaescrita e da prestação em programas de rádio e televisão.

Em Memórias do ISPV, na presente edição, recordamosa magnitude do discurso deste grande pensador revelada na“Oração de Sapiência” que aceitou proferir no Dia do Instituto eAbertura Solene do Ano Académico, a 13 de Dezembro de 2005.Um momento alto da vida da Instituição, agraciada, desta feita,com a fluência e a profundidade de eloquentes palavras queversaram a filosofia da vida, as essencialidades do ser humano, anossa condição de espíritos livres, a linhagem do humanismoeuropeu. No âmago, a nossa matriz cultural enquanto seresindividuais e personagens sociais. O gene distintivo da literaciado nosso código genético. Esta lição inaugural contribuiu para obrilhantismo da cerimónia que juntou na Aula Magna do ISPV

mais de 400 pessoas, entre convidados, entidades diversas, professores, alunos efuncionários. Como ficou registado na última Polistécnica, nas páginas dedicadasao evento, a vasta audiência sorveu palavra a palavra a erudição reflexiva e aeloquência de um dos mais importantes pensadores do Portugal contemporâneo.

A visita de Pacheco Pereira ao Instituto Superior Politécnico de Viseuveio assim enriquecer ainda mais a galeria de nomes ilustres que por esta Instituiçãojá passaram ao longo do seu percurso de vida. Um percurso que embora não sejaainda longo, em termos cronológicos, inscreve nas suas páginas a Memória devisitas que nunca é demais recordar, porque nos honraram com o privilégio da suapresença solidária: Jorge Sampaio, Roberto Carneiro, Marcelo Rebelo de Sousa,José Hermano Saraiva, Pedro Lynce, Júlio Pedrosa, Adriano Moreira, José VeigaSimão, Maria Barroso, Maria da Graça Carvalho, Álvaro Cunhal, Pedro Louçã,Freitas do Amaral, entre outros vultos de destaque. Assim, se constrói a vida e amemória das instituições... em cada fracção do tempo.

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MILLENIUM 32

O lançamento deste número assinala o 10.º Aniversário deMillenium.

Exactamente, em Fevereiro de 1996 veio a lume o 1.º número.Passaram, pois, 10 anos, quase sem darmos por isso. Mistérios

do tempo. Do tempo vivido. Por vezes tão curto, outras tão comprido…Cumprem-se, assim, 10 anos de publicação sistemática e

ininterrupta da Revista do Instituto Superior Politécnico de Viseu. O que,por si só, não é coisa de somenos importância, na vida de uma publicaçãoperiódica. Vaticínios do tempo, que também só o tempo cumpre.

No dia 21 de Fevereiro de 2006 foi publicado on-line o N.º 32de Millenium. Não é mera casualidade a escolha desta data: 21 deFevereiro foi decretado pela UNESCO como o Dia Internacional daLíngua Materna. Por isso, é intencionalmente que se lança este númeroneste dia. Não fosse Millenium uma revista em língua portuguesa, parafalantes e leitores desta língua que é a nossa pátria, como tão bem adefiniu Fernando Pessoa, ou, como a sentiu Vergílio Ferreira, destalíngua da qual se vê o mar.

Durante todo o corrente ano, vão decorrer as comemoraçõesdos 10 anos de vida de Millenium. Para Junho está anunciada eagendada a tertúlia Millenium, na Livraria da Praça. Em Outubro/Novembro, publicar-se-á o N.º 33 da Revista, como número temáticodedicado à Língua Portuguesa e realizar-se-á a sessão comemorativaformal, destacando-se as conferências sobre a Língua Portuguesa, comopatrimónio e legado comum que a todos nos une, e sobre a relevânciada investigação científica para o desenvolvimento.

Festejar Millenium, festejar a Língua Portuguesa é o conviteque a todos propomos.

Feliz Aniversário, Millenium!

actividade

editorial

Os recortes de Imprensa voltaram

O acervo das instituições está ligado, indelevelmente, às notícias ínsitasnos mass media. Colmatando uma lacuna que já se fazia sentir, não obstante a forçaabsorvedora da Internet, no domínio, também, da comunicação social,lembramos que voltaram os recortes de Imprensa do ISPV, já com váriasedições semanais. Não sob a forma do livro mensal, devido à impossibilidadelogística da Reprografia, assoberbada com outras tarefas, mas como “folhassoltas” e com outra amplitude nos seus destinatários – endógenos e exógenos. Semanalmente, faz-se eco da seriação que as Relações Públicasentendem realizar do que é publicado sobre os Serviços Centrais, comooutrossim, das unidades orgânicas do ISPV. Sempre que o assunto sejarelevante, informação de outros estabelecimentos de ensino superior queconnosco coabitam, também vê a luz do dia, nos nossos recortes. Com o título: “Politécnico de Viseu – Superior em Notícias – nós eos outros”, os recortes de imprensa reflectem um trabalho de equipa, ondese fundem as ligações do Departamento de Divulgação, Imagem e Eventos,Reprografia e também das Relações Públicas.

José Alberto - Gabinete de Relações Públicas - [email protected]

ciclo Venha Tomar Café Connosco

O Instituto Superior Politécnico de Viseuinaugurou, quarta-feira, dia 05 de Julho pelas 14 horas,uma exposição de Pintura da autoria do viseense AlcídioMarques.

Esta mostra é integrada no ciclo Venha TomarCafé Connosco que tem a sua programação preenchidaaté ao final do ano de 2006.

Em Setembro será Cristina Melo a expôrentre os dias 10 e 27, seguindo-se em Outubro, LuísCarlos com inauguração marcada para dia 10prolongando-se até 27. Luís Branquinho em Novembroe Júlio Pires em Dezembro completam a calendarização.

Vitor Santos -Divulgação, Imagem e Eventos - [email protected]

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A Cooperação Internacional no ISPV

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filoxenia16.ª Conferência Anual da EURASHEA Dinâmica das Instituições de Ensino Superior Não Universitário

Croácia, 27-28 Abril 2006

Alemanha a tendência parece ser a diluiçãodas tradicionais diferenças entre os dois sub-sectores do ensino superior, o universitário e opolitécnico, acentuando a competividade entreos mesmos. De facto, durante muito tempo aAlemanha dispôs de mestrados universitáriosde 9-10 semestres, em paralelo com osmestrados politécnicos cuja duração máximaera de 8 semestres, com diferenciação dosgraus atribuídos (Dipl. Eng. e Dipl. Eng. FH,respectivamente). As reformas de Bolonhaimplicaram a reestruturação deste grau deensino superior, que passou agora a ter umaduração de 1 a 2 anos (precedido de umprimeiro ciclo de 3 a 4 anos) e a ser maisorientado para a investigação ou para a prática,independentemente do tipo de instituição que oministra. Esta nova orientação teve comoconsequência uma mudança ao nível dasabordagens das universidades e dospolitécnicos, com as primeiras a reforçar acomponente prática e os segundos a dainvestigação, esbatendo-se, deste modo, astradicionais características distintivas entre estesdois tipos de instituições. Se antes era “ainstituição faz o que é”, agora é ‘a instituição é oque faz” (a função a preceder a forma), o queé interpretado, por uns, como uma oportunidadee, por outros, como uma ameaça.

Apesar de algumas diferenças naevolução dos diferentes países europeus no

que respeita à implementação deBolonha, é possível detectar umatendência que se prende com aadopção de mestrados com duasorientações distintas, perfeitamenteilustrada pelos casos da Irlanda eda Holanda: os mestrados científicos(mais orientados para ainvestigação) e os mestradosprofissionais (com uma abordagemmais prática). Tal como explicado porBryan Maguire, do HETAC (HigherEducational and Training AwardsCouncil - Conselho para osDiplomas de Ensino e FormaçãoSuperior, Irlanda), a Irlanda é umpaís com alguma tradição na ofertade mestrados não universitários,com os “colleges” regionais a

oferecerem este grau para qualificações muitoespecíficas já há 25 anos. Em 2003, foram definidosdescritores nacionais para os mestrados irlandeses– os sobejamente conhecidos “Descritores deDublin” – que, posteriormente, foram utilizados comoreferência no espaço europeu. Este país estabeleceudois tipos de mestrado: o “leccionado”, baseado numcontacto estruturado entre professores e estudantes,contendo uma componente de investigação; e omestrado de investigação, que consiste numprograma de estudo individual, devidamentesupervisionado. Foi estabelecido um quadronacional de qualificações, incluindo standardsgenéricos e específicos (estes últimos respeitantesàs áreas de gestão, enfermagem, engenharia,ciências, arte e design), estruturados em função daaquisição e desenvolvimento de conhecimentos(definição da sua amplitude e tipo), saber-fazer(abrangente e, simultaneamente, selectivo) ecompetências (com referência aos contextos, aopapel do estudante, e à capacidade de aprender aaprender). Dentro destes standards amplos, asinstituições podem estabelecer os seus programasmais especializados. Numa orientação semelhante,a Holanda criou também os seus mestradosprofissionais, lógica esta que foi igualmente alargadaaos programas de doutoramento.

Neste contexto de “unidade nadiversidade”, levanta-se a questão da acreditaçãoe do seu mútuo reconhecimento, que constituiu umadas principais linhas de discussão desta conferência

Decorreu, nos passadosdias 27 e 28 de Abril, naUniversidade de Dubrovnik(Croácia), a 16.ª Conferência Anualda Eurashe (Associação Europeiade Instituições no Ensino Superior),subordinada ao tema “A Dinâmicadas Instituições de Ensino SuperiorNão Universitário”. Organizada emconjunto com o ConselhoCoordenador dos Politécnicos daCroácia, a conferência foi estruturadaem torno de dois temas fundamentais:os “novos mestrados” de Bolonha; ea abertura do ensino superior à ALV(Aprendizagem ao Longo da Vida)e à formação profissional. Para alémdas usuais sessões plenárias,orientadas por peritos das áreas emcausa, foram organizados alguns workshopsinteractivos, com a participação de parceiros sociaise com o envolvimento do público, proporcionandouma discussão frutífera baseada na troca deexperiências e de pontos de vista.

Foram amplamente discutidas as maisrecentes tendências no que respeita à natureza dos“novos mestrados” de Bolonha, com base naapresentação de diversos exemplos no espaçoeuropeu. Soren Noorgard, perito colaborador daEurashe, constatou que, de facto, os “novosmestrados” apresentam uma lógica comum aosdiversos países, constituindo, na sua essência, omesmo tipo de grau, ainda que possam sertendencialmente mais orientados para a investigaçãoou para a prática e de maior ou menor grau deespecialização. Ficou igualmente claro que oaparecimento destes mestrados está associado aoaumento da capacidade de inovação no ensinosuperior, mas também a novos fenómenos decooperação e competição entre as instituiçõesuniversitárias e politécnicas. A título de exemplo,Stefanie Hofmann, Vice-Presidente da ENQA(European Network for Quality Assurance – RedeEuropeia para a Qualidade no Ensino Superior),referiu que a Comunidade Flamenga da Bélgicacomeçou já a desenvolver algumas parcerias entreuniversidades e politécnicos para a oferta demestrados conjuntos ou para o estabelecimento depercursos de aprendizagem através destes dois tiposde instituições. Segundo a mesma oradora, na

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8no âmbito do tema dos “novos mestrados”. Pareceser evidente que as avaliações e consequentesacreditações levadas a cabo por agências/entidades nacionais não são suficientes parapromover a confiança mútua. Ainda que se tratede uma questão que levanta alguma controvérsiae suscite posicionamentos diferentes no contextodo Processo de Bolonha, como referido por GuyAelterman, da NVAO (Dutch Flemish AccreditationOrganisation – Organização Holandesa para aAcreditação), começa a pronunciar-se algumconsenso em torno da ideia de que a acreditaçãodeverá assumir uma dimensão internacional. Se,de facto, Bolonha advoga a transparência,comparabilidade e compatibilidade dos graus noespaço europeu, é necessário reforçar a

cooperação entre as diversas agências deacreditação reconhecidas nacionalmente, de formaa incrementar o mútuo reconhecimento dasdecisões respeitantes à avaliação da qualidade,tal como aconselhado no Comunicado de Bergen.Neste espírito, foi criado o “Consórcio Europeupara a Acreditação no Ensino Superior” (ECA –European Consortium for Accreditation in HigherEducation), que inclui 16 agências, cobrindo umtotal de 10 países (Espanha, França, Alemanha,Áustria, Suiça, Polónia, Noruega, Irlanda, Holanda,Bélgica – Comunidade Flamenga). Este consórcio,que assenta num conjunto de princípios,designadamente a confiança, a aceitação dadiversidade de critérios e procedimentos, assimcomo a mútua verificação de informação eresultados, participou já na elaboração da“Declaração Conjunta ECA-ENIC/NARIC”, queprevê o reconhecimento automático de

qualificações com base no mútuoreconhecimento das acreditações, dando assimum significativo passo em frente no sentido depromover o reconhecimento no espaçoeuropeu. Este mútuo reconhecimento dasacreditações é aplicável não só ao nível dosgraus (o “bachelor” e o “master” de Bolonha),como também às suas orientações (investigaçãovs prática) e domínio científico. A questão fulcraldo reconhecimento reside precisamente naaquisição de competências de uma formavalidada, independentemente das diferençasde conteúdo que possam existir.

No âmbito dos procedimentos deacreditação dos mestrados, foi mais uma vezapresentado o exemplo da Irlanda, onde a

tendência parece ser a da delegação dacompetência da acreditação nas própriasinstituições de ensino superior. A acreditaçãodos mestrados neste país é coordenada peloHETAC. A acreditação do mestrado“leccionado” está sujeito a um processo similarao do primeiro ciclo, isto é, a instituição de ensinosuperior apresenta uma proposta (comobjectivos, plano de estudos, competências,corpo docente, etc.), que é analisada por umpainel de peritos, com representação daindústria e membros internacionais esecretariado por membros do HETAC.Posteriormente, este painel emite umarecomendação ao HETAC, que toma a decisãofinal. No que respeita ao mestrado deinvestigação, o programa individual é propostopelo candidato (com apoio do seu supervisor)ao HETAC, que decide da sua aprovação.

Mais recentemente, o HETAC tem delegadocompetência de acreditação em algunsinstitutos, que podem já acreditar parte da suaformação. Nestes casos, verifica-se umamonitorização contínua da instituição, com oenvolvimento de auditores externos que levama cabo uma avaliação institucional regular. Defacto, e cada vez mais, a Irlanda atribui maiorimportância à acreditação institucional e nãotanto à dos programas.

Relativamente ao segundo tema daconferência – a abertura do ensino superior àALV (aprendizagem ao longo da vida) e àformação profissional – começaram por serapresentadas as diferentes abordagens dasúltimas décadas. A sucessiva alteração danomenclatura utilizada dos anos 60 até aos diasde hoje – acesso, participação alargada,aprendizagem ao longo da vida, e inclusãosocial – reflecte bem a tendência dedemocratização e flexibilização do ensinosuperior no espaço europeu. Esta tendênciafoi acompanhada e reforçada por mudançasao nível das políticas e práticas. Para formarnovos estudantes é preciso novas instituições,depois novos programas, mais tarde ainda umanova cultura de diversidade e, hoje, uma novaaprendizagem (mais flexível) combinada comum novo discurso de acesso.

Esta nova abordagem continua, noentanto, a deparar-se com algumas barreirase disfunções institucionais, que se prendem comvisões tradicionalistas no ensino superior: aprocura do ‘melhor aluno’, a predominância domodelo de universidade a tempo inteiro, adificuldade em reconhecer e calibrar aaprendizagem no local de trabalho e, finalmente,a insuficiente atenção dada às qualificaçõesprofissionais.

Segundo Dianne Willcocks, Directorado College Universitário de St. John, existemno Reino Unido (assim como noutros países) 4modelos de ensino superior: o modelo“Junta-te ao Clube”, representado pelasuniversidades que se auto-definem segundopadrões de elevada exigência e que procuramintegrar o estudante numa estruturaperfeitamente pré-definida; o modelo “ProdutosDiferentes”, no qual o “clube universitário” setorna um pouco mais acolhedor. Oferece cursosespeciais, esquemas de apoio alternativos, umaabordagem planeada do ensino, contendo, noentanto, o perigo de guetização e demarginalização; o modelo 3, representado pelasinstituições que “vão até às pessoas”.Geralmente, apresentam bons materiais deestudo, apoio telefónico e de vídeo, não tendoinfra-estruturas reais. A sua dificuldade reside

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Véronique DelplancqRosa Chaves

Coordenação Académica da Cooperação Internacional - [email protected] / [email protected]

na elevada taxa de desistências; Finalmente, omodelo 4, o das Redes de Aprendizagem aoLongo da Vida, que traduz a organização quemelhor responde às actuais necessidades doensino superior no que repeita ao acesso eparticipação. Este envolve a colaboração entreuniversidades e outro tipo de instituições deensino superior, presença local, progressãoprofissional garantida, ligação ao emprego,desenvolvimento curricular conjunto, epercursos individuais de aprendizagem.

O que distingue estas redes são osacordos que garantem a progressão doestudante através do sistema, através dainclusão de instituições de ensino superior e deformação ao longo da vida, assim como deoutras mais orientadas para a investigação.Caracterizam-se, igualmente, peloestabelecimento de objectivos quantificáveispara o acesso e progressão dos estudantes,pela inovação curricular para facilitar aprogressão, e estratégias de ensino flexíveis.Adicionalmente, estas estruturas promovem a

Sónia Silva - Gabinete de Relações Internacionais - [email protected]

No âmbito das comemorações do XXIII Aniversário da Escola Superiorde Educação de Viseu, a Coordenação Académica da Cooperação Internacionalorganizou um painel subordinado aos temas “Criação do Espaço Europeu doEnsino Superior/Implementação das Directrizes do Processo de Bolonha” e“Instrumentos para um Ensino Superior de Qualidade”, no dia 18 de Maio de2006.

Numa primeira parte, a Dr.ª Sónia Silva, responsável do Gabinete dasRelações Internacionais do Instituto Superior Politécnico de Viseu, desenvolveu asua intervenção à volta de uma ideia-chave: a construção do Espaço Europeu deEnsino Superior no espírito da Declaração de Bolonha. Numa perspectivadiacrónica, foi apresentada a evolução do processo de Bolonha aos níveis europeue português. A Dr.ª Sónia Silva focalizou, a seguir, a sua intervenção sobre pontosfundamentais tais como as questões do reconhecimento, do sistema de ECTS e dosuplemento ao diploma.

Na segunda parte do painel, a Doutora Rosa Chaves apresentou umareflexão sobre os instrumentos para um ensino superior de qualidade e maisespecificamente sobre o Europass. O Europass é um conjunto de cinco documentos(O Curriculum Vitae Europass, o Passaporte de Línguas Europass, o Europass-Suplemento aoCertificado, o Europass-Suplemento ao Diploma e o Europass-Mobilidade) que apresenta ascompetências e as qualificações de modo transparente ao nível europeu, incentivando portanto amobilidade do cidadão no seio da Europa.

A moderadora foi a Prof.ª Doutora Véronique Delplancq. No fim das apresentações,iniciou-se um debate bastante participado que merecia uma segunda parte.

Cooperação Internacional na ESEV

consulta e o envolvimento dos agenteseconómicos e sociais, procurando dar respostaa prioridades regionais e sub-regionais.Apostam ainda nos serviços de apoio ao estudoe na disponibilização de informação clara, apoioe orientação para os públicos-alvo.

No Reino Unido foram jádesenvolvidas 14 redes desta natureza,correspondendo a um investimento de 47milhões de libras, envolvendo 75 instituiçõesde ensino superior e 160 centros de formação.Ao nível regional, foi criado a Higher York, umarede que liga universidades e o sector doscolleges, criando sinergias em prol dosestudantes, docentes, empregadores ecomunidade mais ampla. A Higher York assegurapercursos de acesso, formação/aprendizagem,ouvindo e dando resposta às necessidades dosformandos e dos empregadores locais e criandoopções de estudo mais flexíveis. A acção destarede permite simplificar e clarificar a informaçãorelativa à aprendizagem ao longo da vida e aoapoio aos estudantes.

Este tipo de associações assenta em trêsprincípios fundamentais: desenvolver os curriculade forma a permitir o alargamento da participação, afacilitar o acesso e a progressão e a integrar aformação profissional, assim como outros percursosde aprendizagem; centrar o ensino nos estudantese na comunidade, reforçando a participação dapopulação estudantil e o apoio social, e melhorandoos serviços de informação e aconselhamento;partilhar recursos e organizar iniciativasconjuntamente (incluindo a partilha edesenvolvimento de boas práticas de ensino eaprendizagem, a área do marketing ecomunicações, a formação e desenvolvimento dosrecursos humanos, a organização de conferênciase eventos), não só dentro da rede como através dacriação de sinergias entre redes.

Em suma, sublinhou-se a necessidade depromover a abertura do ensino superior,compreendendo e focando os grupos sub-representados e passando a incentivar os detentoresde qualificações profissionais a prosseguir os seusestudos neste nível de ensino.

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10PROGRAMA LEONARDO DA VINCI

PROJECTO QULTURA II

Cultura de Qualidade na FormaçãoProfissional: Eurosintonia para a

Competitividade

Sandra Familiar - Gabinete de Relações Internacionais - [email protected]

Toda uma corrente de acontecimentos brota da decisão,fazendo surgir a nosso favor toda a sorte de incidentes, encontros eassistência material que nenhum homem sonharia que viesse em suadirecção. Qualquer coisa que possa fazer, ou sonhe que possa fazer,comece a fazê-lo agora. A ousadia tem em si genialidade, força e magia.

Goethe

Porque podemos fazer sempre mais, o Instituto SuperiorPolitécnico de Viseu (ISPV) apresentou, pela quarta vez consecutiva, asua candidatura às actividades de mobilidade do programa comunitárioLeonardo da Vinci, no passado mês de Fevereiro.

A proposta deste ano é uma continuidade do projecto anterior:QULTURA – A Cultura de Qualidade na Formação Profissional:Eurosintonia para a Competitividade. O advento da qualidade comoelemento fulcral no universo das actividades humanas, em particular nasbrisas de internacionalização que respiramos, é mais um motivo paracontinuarmos a desafiar os nossos recém-diplomados.

Recentemente, a Agência Nacional para os programasSócrates e Leonardo da Vinci informou o ISPV da aprovação da nossaproposta de formação profissional. Assim, no próximo ano, Espanha,Irlanda, Itália, Malta e Luxemburgo acolherão 30 dos nossos estudantesque terminam os seus cursos, para a realização de um estágio de 24semanas, a ter lugar entre Janeiro/Fevereiro e Junho/Julho de 2007.Para o efeito, será disponibilizado apoio financeiro, por parte do programaLeonardo da Vinci, para o curso de preparação linguística, viagens,alojamento, alimentação e um seguro de responsabilidade civil.

A estrutura dos estágios passa, não exclusivamente pelaformação profissional, mas também pela preparação linguística e culturaldos beneficiários e que terá lugar nas primeiras quatro semanas dopériplo internacional. Neste sentido, pretende-se que todos os estagiáriosinteriorizem a dimensão prática e profissional que o projecto possibilita,assim como a experiência de ser e viver em países que, apesar dediferentes, são elos na roda da cidadania europeia.

Releve-se que a doutrina da valorização curricular passará,cada vez mais, pelas competências adquiridas durante os nossospercursos de vida. Não esqueçamos, portanto, que se existe qualquercoisa que se possa fazer, ou que se sonhe que se possa fazer, o melhorserá começar a fazer agora.

Em suma, esperamos, uma vez mais, proporcionarexperiências que de inesquecíveis se tornem inspirações de vidaquotidiana, nos palcos profissional e pessoal onde desempenhamos osnossos papéis.

Convidamos todos os interessados a candidatarem-se aodesafio.

A confirmação do convite deverá ser feita junto do Gabinete deRelações Internacionais do ISPV, entre Outubro e Novembro de 2006.

Resultados do Projecto COMPASS

A Escola Superior Agrária do Instituto Superior Politécnico deViseu participou num projecto intitulado “COMPASS. Development ofaccredited-post secundary education program in the topic of ecologicalfarming, for EU and candidate countries, harmonising their educationprogram”, com a referência HU/02/B/F/PP-136009, cujo site éhttp://anubis.kee.hu/Leonardo/ldvstart2.htm.

Este projecto teve como organização promotora a Szent IstvánUniversity, Faculty of Horticultural Science, Department of Ecological andSustainable Production Systems, sendo parceiros as seguintes instituições:

- University GH. Kassel (Alemanha)- Escola Superior Agrária do Instituto Superior Politécnico de

Viseu (Portugal)- Solargo (França)- Biocert srl (Itália).

Os objectivos globais do projecto foram os seguintes:- Programa educacional transnacional, a nível europeu, ao

nível pós-secundário;- Preocupações agro-ambientais e desenvolvimento

educacional ao nível das tecnologias agrícolas;- Tecnologias inovadoras na educação, nomeadamente a

tecnologia multimédia.Os grupos-alvo, para os quais se destinam as actividades a

desenvolver, foram estudantes de escolas profissionais de agricultura,nível IV (pós-secundário), desempregados com o 12.º Ano, Life-longLearning, ensino à distância, todos os trabalhadores agrícolas.

Colaboraram neste projecto os seguintes docentes da ESAV:António Pinto, Paula Correia (coordenadora institucional do projecto),Pedro Rodrigues, Helena Esteves Correia, José Luís Pereira, JoãoPaulo Gouveia e Daniela Teixeira. Estes elementos participaram naelaboração dos conteúdos científicos do livro e DVD editado recentemente,no início deste ano de 2006, cujo título é “Organic Farming Course Bookfor Post-Secundary Education”. Livro e DVD foram um dos resultadosdeste projecto e poderão ser consultados brevemente na biblioteca daESAV. Nos conteúdos abordados constam aspectos relacionados com ahistória, regulamentação, controlo e segurança alimentar, produção,transformação e comercialização dos produtos biológicos. Paralelamenteno DVD estãodocumentados casospráticos dos diferentespaíses participantes,contendo uma vertentebastante prática,complementando destemodo os conceitosteóricos abordados nolivro.

Paula Correia - Departamento de Engenharia das Ind. Agro-Alimentares - [email protected]

Page 11: Polistécnica nº11 | Junho 2006

11Centro Europeu para o Desenvolvimento

da Formação Profissional – CEDEFOP

Programa de Visitas de Estudo

O Centro Europeu para o Desenvolvimento da FormaçãoProfissional (CEDEFOP) é uma agência europeia criada em 1975 como objectivo fundamental de promover e desenvolver a educação eformação profissionais no espaço da União Europeia, disponibilizandoknow-how científico e técnico em áreas específicas e promovendo a trocade ideias e boas práticas entre os diferentes parceiros europeus.

Das diferentes tarefas desempenhadas pelo CEDEFOP, tendoem vista a promoção da aprendizagem ao longo da vida em todo o

espaço europeu, destacam-se a compilação de documentaçãoseleccionada e a análise de dados, a contribuição para odesenvolvimento e coordenação da investigação, a disseminação dainformação e a promoção de actividades e projectos conjuntostransnacionais na área da formação profissional. Pretende-se assimestimular a inclusão social, permitindo e valorizando todos os processosde aprendizagem, através da criação de redes e parcerias no espaçoalargado da União Europeia.

De todos os instrumentos utilizados pelo CEDEFOP para atingiros seus objectivos, como sejam a “European Training Village”, o JornalEuropeu de Formação Profissional, as inúmeras publicações e informaçãodisponibilizadas no seu site e as Conferências “Agora Thessaloniki”,destaca-se o Programa de Visitas de Estudo criado pela ComunidadeEuropeia em 1985 e gerido, desde então, pelo CEDEFOP.

O objectivo deste Programa de Visitas de Estudo é encorajara troca de boas práticas e a discussão entre os responsáveis pelaeducação e formação profissionais em áreas científicas de interessecomum. Estas visitas juntam assim, num determinado país anfitrião, umpequeno número de especialistas numa dada área (cerca de 12), durantetrês a cinco dias, durante os quais pessoas de diferentes países esensibilidades têm a oportunidade de contactar com novas perspectivase metodologias de ensino-aprendizagem.

Este programa é centralmente administrado pelo CEDEFOP,mas existem, em todos os países europeus, Pontos de Ligação Nacionaisresponsáveis pelo apoio ao desenvolvimento do mesmo, promovendo o

conteúdo das visitas de estudo, monitorizando a sua realização e avaliaçãofinal.

Os temas destas visitas de estudo são definidos anualmente numareunião onde estão presentes os responsáveis por todos os Pontos de LigaçãoNacional, com base nas propostas efectuadas pelo CEDEFOP e nasorientações da Comissão Europeia. Toda a informação sobre as visitas queterão lugar nesse ano será disponibilizada no site do CEDEFOP e tambémpelos Pontos de Ligação Nacional.

Assim, todos os especialistas em formação profissional,especialmente aqueles que trabalham na administração pública, organizaçõesgeridas pelos parceiros sociais e instuições de ensino (superior e não só),poderão consultar a lista das visitas disponíveis e candidatar-se a participar.

Para tal, bastará preencher o formulário de candidatura que serádisponibilizado pelo Ponto de Ligação Nacional e devolvê-lo. Todos osparticipantes seleccionados receberão um apoio finaceiro destinado a suportarparte das despesas inerentes à sua participação, apoio este calculado combase na distância da deslocação e no país onde a visita terá lugar.

Mais informação sobre este Programa poderá ser consultada nosite http://studyvisits.cedefop.europa.eu/ ou solicitada ao Ponto de LigaçãoNacional em Portugal:

Isabel Melo e SilvaIEFP, Rua de Xabregas, 521949-003 LisboaTelefone: 21 861 46 52 / Fax: 21 481 16 18 / e-mail:

[email protected]

Rita Castro Lopes - Gabinete de Relações Internacionais - [email protected]

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12Missão de Ensino na Ege University

Na semana de 15 a19 de Maio de 2006, aprofessora da ESAV, Eng.ªPaula Correia, realizou umamissão de ensino na EgeUniversity, em Izmir, na Turquia,enquadrada no âmbito doPrograma Sócrates/Erasmus.

Esta missão deensino surgiu devido a umcontacto pessoal da docentecom a Prof. Dr.ª Tomris Altug,da Ege University, no “4thInternational Congress on FoodTechnology” em Pireaus,Grécia, em Fevereiro de 2005.

A Ege University éuma universidade pública euma das maiores universidades do país. Abrange várias áreas de formação,sendo o seu calendário escolar semelhante ao existente nas instituições deensino superior portuguesas, não obstante algumas variações de acordocom as especificidades dos cursos. Paralelamente à formação académica, aEge University desenvolve um número bastante significativo de actividadesparalelas, como é o caso de seminários, visitas educacionais, conferênciasorganizadas pelos departamentos, lições interescolares. Esta universidadetem 11 faculdades (Medicina, Farmácia, Medicina Dentária, Comunicação,Engenharia, Agricultura, Economia e Ciências Administrativas, Ciências,Letras, Pescas e Educação), 3 escolas superiores (Ciências Sociais, CiênciasNaturais e Ciências da Saúde), 5 escolas secundárias, 8 escolas profissionaise 4 institutos de investigação.Neste ano lectivo, de 2005/2006, o número de docentes é1 867, o de estudantes queainda não finalizaram as suasgraduações 41 353 e o deestudantes graduados 3 735.

A missão de ensinofoi realizada na Faculdade deEngenharia, fundada em 1842.Possui 72 professores, 18professores associados, 51assistentes, 12 docentes, 2especialistas e 104 assistentesde investigação (os quais por vezes também participam nas actividadeslectivas). A Faculdade é frequentada por mais de 3 500 alunos.

O Departamento de Engenharia Alimentar encontra-se afecto àFaculdade de Engenharia, juntamente com os departamentos de engenhariasQuímica, Informática, Civil, Computadores, Electrónica e Electrotecnia,Mecânica, Têxtil, Curtumes (peles) e Bioengenharia.

A Eng.ª Paula Correia foi recebida pela Prof. Dr.ª Sebnem Tavman,responsável pelo Programa Sócrates/Erasmus, no Departamento deEngenharia Alimentar. Na sua missão de ensino, e como era a primeira vezque o ISPV/ESAV visitava a universidade (e por curiosidade a primeirainstituição a ser recebida na universidade no âmbito deste programa) aprofessora apresentou o Instituto Superior Politécnico de Viseu, e as suasescolas integradas. Aludiu também à ESAV, bem como os projectos em queesta está envolvida. Na sua apresentação fez referência de um modo especiala dois projectos em que está/esteve envolvida: o projecto internacional

“COMPASS. Further Development of Post Secondary Education Programin the Topic of Ecological Farming with Special Attention of EmphasisingTransnationality, Harmonising Conditions of Partner EU and AssociatedCountries”, no âmbito do programa Leonardo da Vinci e que terminou emJaneiro de 2006, e ao projecto AGRO n.º 448 “Valorização e preservaçãoda biodiversidade de variedades de castanha na região Centro e Nortede Portugal”. Ambos suscitaram bastante entusiasmo, interesse e questõespor parte dos participantes. Estas apresentações foram realizadas para acomunidade escolar em geral. Para duas turmas de alunos do curso deEngenharia Alimentar apresentou mais dois temas “Vinho do Porto” e“Queijo Serra da Estrela”, dois produtos tipicamente portugueses, focando

o seu processamento econservação, bem como a suaqualidade. Os estudantes, quedesconheciam por completoestes produtos tiveramoportunidade de avaliarsensorialmente as suascaracterísticas.Por fim, é de realçar que esta

instituição visitada constitui umaparceria bastante importante,não só para a ESAV, mas paratodas as escolas integradas doISPV. Neste sentido, a Eng.ª

Paula Correia contactou a Faculdade de Agricultura para um possívelprotocolo. A professora foi também abordada pelo Professor Tevfik Tüzün,da Faculdade de Economia e Ciências Administrativas para se estabelecerum possível protocolo de mobilidade nestas áreas.

O endereço electrónico para aceder a todas as informaçõessobre a Ege University é:http://socrates.ege.edu.tr/birimListele.php?lang=en&birim=fakulte

Paula Correia - Departamento de Engenharia das Ind. Agro-Alimentares - [email protected]

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13 Programa Intensivo “A ALMA DA EUROPA”

Fernando Amaro - Coordenador Científico do Projecto - ESEV

[email protected]

Este ano, o “IP – The Soul of Europe” (ProgramaIntensivo – A Alma da Europa) decorreu na ChristelijkeHogeschool, na cidade de Ede, na Holanda, de 7 a 19 de Maio.Participaram neste programa estudantes e docentes de diversasinstituições europeias de formação de professores dos seguintespaíses: Holanda (país organizador), Áustria, Alemanha, Bélgica,Eslováquia, Grécia, Hungria, Irlanda, Noruega e Portugal. AEscola Superior de Educação de Viseu enviou duas alunas do3.º ano do curso de Licenciatura em Ensino Básico Básico – 1.ºCiclo: a Cátia Aguiar e a Ângela Dias (na foto).

Este Programa Intensivo, denominado “A Alma daEuropa”, tem como objectivos fundamentais:

- Tomar conhecimento do lugar da religião e da funçãodas visões do mundo nas diferentes culturas europeias, nopresente e no passado;

- Adquirir uma visão acerca do modo como a religiãoé ensinada em diversos países europeus e como é praticadoesse ensino;

- Adquirir “skills” interculturais no relacionamento comdimensões culturais e religiosas no seio do contexto europeu;

- Desenvolver uma atitude profissional intercultural no diálogo ena cooperação com os participantes no projecto de diferentes países eculturas da Europa.

Durante estas duas semanas, a Cátia e a Ângela participaramactivamente nas actividades desenvolvidas no âmbito do programa,integradas nos grupos internacionais, trocando experiências econhecimentos, contribuindo para uma melhor compreensão da multifacetadacultura europeia e estabelecendo saudáveis relações de amizade e convívio.

Desta sua experiência, no âmbito do Programa Erasmus, diz aÂngela:

“Quando cheguei à Holanda, estava bastante entusiasmada, mastambém com receio do que poderia encontrar, principalmente porque nãotínhamos um professor que nos pudesse orientar. A primeira semana foi um

pouco difícil, ainda não estava bem ambientada e integrada no grupo. Noentanto, a segunda semana passou a correr... Já estava completamente àvontade com as colegas dos outros países, assim como com a língua...Tive pena que o IP acabasse logo na altura em que estava realmente agostar...”

Por sua vez, a Cátia relata:“No início foi um pouco complicada a nossa integração, pois

encontrávamo-nos num país estranho e sem ninguém que nos pudesseorientar. Mas quando finalmente nos inserimos no espírito do IP Soul ofEurope, tudo correu pelo melhor. Foi uma experiência bastanteenriquecedora, tanto a nível pessoal como profissional, foi uma participaçãoúnica e que aconselho a quem tiver oportunidade de o fazer...”

Projecto OD@CEUROPE

O segundo encontro do projecto OD@CEUROPE: un OutilInformatique pour Découvrir l’@utre par la Correspondance ScolaireEuropéenne, no âmbito do programa COMENIUS 2, realizou-se em Viseunos dias 13 e 14 de Maio de 2006 e reuniu os representantes responsáveisdos principais países envolvidos neste projecto: França, Portugal, Alemanha,Grécia e Roménia.

Em análise esteve a progressão e o estado actual do projectoOD@CEUROPE. Também nesta reunião foram feitos os primeiros testes aosoftware já desenvolvido, bem como ao Sítio que se considera essencialpara a consolidação destas parcerias.

As áreas científicas de Francês e de Tecnologias da Informaçãoe Comunicação da Escola Superior de Educação de Viseu foram osorganizadores desta reunião e contaram com o apoio da ESEV, das RelaçõesInternacionais do Instituto Superior Politécnico de Viseu e do próprio ISPV.A próxima reunião terá lugar na Roménia em Outubro deste ano.

Áreas Científicas de Francês e TIC - ESEV

[email protected] / [email protected]

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provasacadémicasos mais recentes

DOUTORAMENTOS

Esta secção de Polistécnica

pretende disponibilizar informaçãosobre as provas académicas realizadaspelo corpo docente da nossa Instituição,relevando, igualmente, a excelênciacientífica de quem tem a responsabilidadede formar quadros superiores, para aregião e para o país, devidamentehabilitados para um mercado cada vezmais exigente e competitivo.

MOTRICIDADE HUMANA NA ESPECIALIDADE DE CIÊNCIAS DO DESPORTO

Abel Aurélio Abreu Figueiredo

Professor Adjunto de nomeação definitiva da Escola Superior deEducação do Instituto Superior Politécnico de Viseu, Abel Aurélio AbreuFigueiredo concluiu no dia 24 de Maio de 2006 as suas provas deDoutoramento em Motricidade Humana, na especialidade de Ciências doDesporto, com a apresentação da tese intitulada “A Institucionalização doKaraté – Modelos Organizacionais do Karaté em Portugal”, no Salão Nobre

CIÊNCIAS AGRÁRIASNA ESPECIALIDADE DE CIÊNCIA ANIMAL

Jorge Belarmino Ferreira de Oliveira

Professor Adjunto de nomeaçãoprovisória da Escola Superior Agráriado Instituto Superior Politécnico deViseu, Jorge Belarmino Ferreira deOliveira concluiu no dia 13 de Marçode 2006 as suas provas deDoutoramento em Ciências Agrárias,na especialidade de Ciência Animal,com a apresentação da tese intitulada“Estimação de parâmetros genéticos daprodução de leite e prolificidade emovinos Serra da Estrela por análisebayesiana com métodos de MonteCarlo e cadeias de Markov”, na

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.O Júri de Avaliação do trabalho foi constituído por seis

elementos:Presidente:- Doutor Jorge Manuel Teixeira de Azevedo, Professor Catedrático da Universidadede Trás-os-Montes e Alto Douro;Vogais: - Doutor Luis Varona Aguado, Investigador do Institut de Recerca i TecnologiaAgroalimentàries e Universidade de Lleida (UdL-IRTA) (Co-orientador);- Doutor Jorge António Colaço, Professor Catedrático da Universidade deTrás-os-Montes e Alto Douro (Co-orientador). - Doutor Claudino António Pereira Matos, Investigador do Centro deExperimentação do Baixo Alentejo, DRAAL; - Doutor Júlio Gil Vale Carvalheira, Professor Associado do Instituto de CiênciasBiomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto; - Doutor Severiano José Cruz da Rocha e Silva, Professor Auxiliar daUniversidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica deLisboa.

O Júri de Avaliação do trabalho foi constituído por oitoelementos:Presidente:– Reitor da Universidade Técnica de Lisboa.Vogais:- Doutor Gustavo Pires – Professor Catedrático da Faculdadede Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa(Orientador);- Doutor Manuel Sérgio – Professor Catedrático convidadoaposentado da Faculdade de Motricidade Humana daUniversidade Técnica de Lisboa;- Doutor Fernando Almada – Professor Associado daUniversidade da Beira Interior, na qualidade de especialista;- Doutor Alan Stoleroff – Professor Associado do InstitutoSuperior de Ciências do Trabalho e da Empresa;

- Doutor Carlos Colaço – Professor Associado da Faculdade de MotricidadeHumana da Universidade Técnica de Lisboa;- Doutor Jorge Castelo – Professor Auxiliar da Faculdade de Motricidade Humanada Universidade Técnica de Lisboa;- Doutora Maria Teresa Oliveira – Professora Adjunta da Escola Superior deEducação do Instituto Superior Politécnico de Viseu.

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ESCOLA SUPERIOR DETECNOLOGIA

6 de Fevereiro de 2006DÁLIA MARIA MOREIRA GONÇALVES

ENSINO DA MATEMÁTICA

INSTITUIÇÃO – Universidade Católica Portuguesa- Pólo de ViseuTESE DISSERTAÇÃO – Construção dos númerosreais

JÚRI. Professor Doutor José Alberto da Gama Fernandesde CarvalhoPresidente e Orientador (Universidade CatólicaPortuguesa). Professora Doutora Maria Celeste de AlmeidaGouveiaArguente (Universidade de Coimbra). Professor Doutor José António Pereira da SilvaVogal (Universidade Católica Portuguesa)

17 de Fevereiro de 2006MÁRCIO DINIS DO NASCIMENTO DEJESUS

MATEMÁTICA(ESPECIALIZAÇÃO EM ANÁLISE)

INSTITUIÇÃO – Faculdade de Ciências e Tecnologiada Universidade de CoimbraTESE DISSERTAÇÃO – Polinómios Ortogonais,Transformações Polinomiais e Operadores de JacobiJÚRI. Professor Doutor José Carlos PetronilhoPresidente e Orientador (Universidade de Coimbra). Professor Doutor Sc. Semyon Yakubovich Arguente Principal (Universidade do Porto). Professor Doutor Luís Daniel Moura de Abreu Arguente (Universidade de Coimbra)

17 de Fevereiro de 2006SÉRGIO MIGUEL GOMES LOPES

ENGENHARIA MECÂNICA(ESPECIALIZAÇÃO EM

TERMODINÂMICA E FLUIDOS)

INSTITUIÇÃO – Faculdade de Ciências e Tecnologiada Universidade de Coimbra

TESE DISSERTAÇÃO – Estudo do Teor deHumidade de Combustíveis Florestais Finos na Lousãno Período entre 1996 e 2004JÚRI. Professor Doutor Domingos Xavier ViegasOrientador (Faculdade de Ciências e Tecnologia daUniversidade de Coimbra). Professor Doutor Luís Teixeira de LemosCo-orientador (Escola Superior de Tecnologia deViseu). Professor Doutor Hermínio da Silva Botelho Arguente (Universidade de Trás-os-Montes e AltoDouro). Professor Doutor António Rui FigueiredoArguente (Faculdade de Ciências e Tecnologia daUniversidade de Coimbra)

22 de Março de 2006PAULA CRISTINA SARABANDO DOS SANTOS

GESTÃO DE INFORMAÇÃONAS ORGANIZAÇÕES

INSTITUIÇÃO – Faculdade de Economia daUniversidade de CoimbraTESE DISSERTAÇÃO – Comparação de MétodosMulticritério de Avaliação com Informação OrdinalUtilizando Simulação Monte CarloJÚRI. Professor Doutor João Carlos Namorado Clímaco Presidente (Faculdade de Economia da Universidadede Coimbra). Professor Doutor Manuel António Cerqueira da CostaMatosArguente (Faculdade de Engenharia da Universidadedo Porto). Professor Doutor Luís Miguel Cândido DiasOrientador (Faculdade de Economia da Universidadede Coimbra)

21 de Abril de 2005CARLA MARIA ALVES DA SILVA

CIÊNCIAS SOCIAIS

INSTITUIÇÃO – Instituto de Ciências do Trabalho eda Empresa (ISCTE) e Escola Superior de Educaçãode Viseu (ESEV)TESE DISSERTAÇÃO – Motivações de Viagem ede Procura de Destinos Turísticos de MontanhaJÚRI. Professora Doutora Carmen LagesPresidente (Instituto de Ciências do Trabalho e daEmpresa)

os últimos MESTRADOSInformação disponibilizada pelos ConselhosCientíficos das Escolas Superiores do ISPV

. Professor Doutor Joaquim RamosArguente (Universidade de Évora). Professor Doutor José Luís AbrantesOrientador (Escola Superior de Tecnologia de Viseu)

ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA

20 de Janeiro de 2006HÉLDER FILIPE DOS SANTOS VIANA

ENGENHARIA DOS RECURSOSFLORESTAIS

INSTITUIÇÃO – Universidade de Trás-os-Montes e AltoDouroTESE DISSERTAÇÃO – Aplicação de Tecnologias deDetecção Remota e Sistemas de Informação Geográficana Identificação de Áreas Ocupadas com Acacia DealbataJÚRI. Prof. Doutor Carlos Pacheco MarquesPresidente (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro). Prof. Doutor João Paulo Miranda de CastroArguente (Instituto Politécnico de Bragança). Prof. Doutor José Tadeu Marques AranhaOrientador (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro)

12 de Maio de 2006JOSÉ LUÍS DA SILVA PEREIRA

ENGENHARIA SANITÁRIA

INSTITUIÇÃO – Faculdade de Ciências eTecnologia da Universidade Nova de LisboaTESE DISSERTAÇÃO – Manipulação de Efluentesde Bovinicultura: Pré-tratamento e Aplicação ao SoloJÚRI. Prof. Doutor Fernando SantanaPresidente (Faculdade de Ciências e Tecnologia daUniversidade Nova de Lisboa). Prof. Doutor Ernesto VasconcelosVogal (Instituto Superior de Agronomia da UniversidadeTécnica de Lisboa). Prof. Doutor Henrique TrindadeVogal (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro). Prof.ª Doutora Conceição SantosVogal (Faculdade de Ciências e Tecnologia da UniversidadeNova de Lisboa)

Aos novos Doutores e Mestres do ISPVPolistécnica apresenta cumprimentos e formulavotos de sucessos académicos.

Page 16: Polistécnica nº11 | Junho 2006

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Instituto Superior Politécnico de Viseu – Investigação Científica.Doutoramentos: Temas e Resumos

A Aula Magna do ISPV foi o palco que acolheu a cerimónia pública,realizada em 9 de Março, do lançamento do livro “Instituto Superior Politécnico deViseu - Investigação Científica. Doutoramentos: Temas e Resumos / PolytechnicInstitute of Viseu – Scientific Research. Ph. D. Theses: Themes and Abstracts”.

A Sessão de Apresentação foi presidida pelo Senhor Director-Geral doEnsino Superior, Professor Doutor António Morão Dias, e contou com a presençado Presidente do Instituto Superior Politécnico de Viseu, Prof. Doutor João PedroAntas de Barros, dirigentes dos Serviços Centrais e das Unidades Orgânicas,docentes, alunos e funcionários da Instituição, além de convidados representandoas diversas entidades da sociedade civil.

Este primeiro volume agora editado referencia 50 trabalhos deinvestigação para a obtenção do grau de Doutor por parte de docentes doInstituto Superior Politécnico de Viseu. Seguir-se-ão outros tomos com os resumosda investigação realizada pelos docentes da Instituição que entretanto concluíramo seu doutoramento e os que se encontram em fase de conclusão da sua formação.

A publicação, bilingue – português e inglês –, condensa em si as áreas de doutoramento, especializações, título da tese de dissertação e datade defesa da mesma, bem como os resumos/abstracts dos professores da Instituição com doutoramento concluído até ao final do ano lectivo transacto.

O Presidente do ISPV, Prof. Doutor João Pedro Antas de Barros, ao apresentar esta obra, relevou que o propósito “deste livro é dar a conheceros trabalhos de investigação de 50 doutores do Politécnico de Viseu”, realçando o facto de o ISPV ser “uma instituição ainda jovem, comparativamente comas universidades, mas ter uma qualificação académica muito significativa, bem expressa nos 55 doutores que hoje tem e nos cerca de 100 que concluirãoo seu doutoramento brevemente, números que merecem consideração e atenção de quem dirige o ensino superior em Portugal”. O Presidente do Institutoreferiu ainda que “este livro vem demonstrar que os Institutos Politécnicos têm qualidade e capacidade e abrangem quase todas as áreas científicas” e queo Instituto Superior Politécnico de Viseu quer criar centros de investigação “de forma a recolher os benefícios que essa investigação traz”, permitindo,igualmente, “catapultar os professores, que são os agentes dessa capacidade científica, e a Instituição no seu todo”.

As primeiras palavras do senhor Director-Geral foram de apreço pela “grande qualidade do trabalho realizado” e de felicitações para “aInstituição e doutores pelo empenho que estes têm tido na formação científica e tecnológica, sinal de progresso e mudança”. Na sua alocução aludiu àrelevância do “trabalho colectivo na construção de uma Instituição que pretende aliar a qualidade a um papel actuante no desenvolvimento sustentado daregião em que se insere”, bem como à importância que “têm as instituições de ensino superior, neste caso o ISPV, na compreensão do seu papel deliderança na produção e difusão do conhecimento, respondendo às necessidades e solicitações das entidades que fazem a vida económica e social daregião”.

O livro está também disponível on-line em www.ipv.pt/temaseresumos.

Politécnico de Viseu lança livro com temase resumos das teses de doutoramento dos seus docentes

Joaquim Amaral / Vitor Santos - [email protected] / [email protected]

emfoco

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17DIAS ABERTOS 2006

Viagem ao Mundo do Politécnico de Viseu

O mundo é um livro; aqueles que não viajam só lêem uma página. Santo Agostinho

Um Politécnico de Viseu de braços abertos à comunidaderecebeu nos dias 27 e 28 de Abril mais de 1 000 participantes, entrealunos, professores e psicólogos, oriundos de Escolas Secundárias eProfissionais de três distritos – Viseu, Coimbra e Guarda.

Esta terceira edição dos Dias Abertos do Politécnico deViseu teve como público-alvo os alunos dos 11.º e 12.º anos do EnsinoSecundário e do 2.º e 3.º anos das Escolas Profissionais, e contou coma presença das seguintes Escolas: Escola Secundária do Sátão, EscolaSecundária de Tondela, Escola Secundária Viriato (Viseu), EscolaSecundária Alves Martins (Viseu), Escola Secundária Emídio Navarro(Viseu), Escola Secundária de Mortágua, Escola Secundária de Aguiarda Beira, Escola Secundária de Cinfães, Escola Profissional de Gouveia,Escola Profissional de Vouzela, Escola Profissional Profitecla (Viseu),Escola Profissional Mariana Seixas (Castro Daire), Escola Profissionalde Torredeita (Viseu), Eptoliva – Escola Profissional de Oliveira doHospital/Tábua/Arganil, Escola Profissional de Sernancelhe e Centrode Formação Profissional de Viseu.

O evento proporcionou aos candidatos ao ensino superior,professores e psicólogos, através de visitas guiadas às EscolasSuperiores e aos Serviços Centrais do ISPV, um conhecimento maisabrangente de todas as facetas do ensino superior público da região.Do programa constaram ainda recepção, distribuição de materialinformativo e promocional do Politécnico de Viseu, actuação da Tunado ISPV, visita guiada aos Estúdios de Televisão e às Residências deEstudantes que estão implantadas no Campus, onde coexistem cominfra-estruturas educativas e desportivas. Durante a hora de almoço,os visitantes participaram ainda num programa de divulgação einformação institucionais.

Um dia pleno, para mais tarde recordar... nas palavras deFernando Pessoa o valor das coisas não está no tempo que elas

duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem

momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas

incomparáveis.

Joaquim Amaral / Ester Araújo - Gabinete de Publicações - [email protected] / [email protected]

Há Dias Assim...

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somos do tamanho dos nossos sonhos

Fernando Pessoa

13 de Dezembro

somos do tamanho dos nossos sonhos

Fernando Pessoa

Nome Escola Curso

Nélia Susete Borges Rocha Escola Superior de Saúde Enfermagem

Adriana Santos de Carvalho Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego Gestão e Informática

Fernando Manuel Carneiro Almeida Engenharia de Sistemas e Informática

David da Silva Ramos Engenharia de Sistemas e Informática

Luís Carlos Lopes Soares Engenharia de Sistemas e Informática

Vítor Manuel Rodrigues Carvalhinho Engenharia de Sistemas e Informática

Diana Isabel Carvalho de Sousa Gestão de Empresas

Fernando Gonçalves Almeida

Escola Superior de Tecnologia de Viseu

Turismo

Fátima Cristina Gomes Pinho Escola Superior Agrária Engenharia Zootécnica

Andreia Lúcia Ferreira Figueiredo Professores do 1º Ciclo do Ensino Básico

Joana da Silva Pinto Educação de Infância

António Manuel Tavares Azevedo

Escola Superior de Educação

Professores do Ensino Básico – variante de Educação Física

Cristina Margarida Afonso Mateus Escola Superior de Educação – Pólo de Lamego Educação de Infância

Bolsas de Estudo por Mérito 2005/2006

Politécnico de Viseu premeia melhores alunos

Declarações do Presidente do ISPVà Rádio Politécnico

As Bolsas de Mérito, na opinião de João Pedro Antasde Barros, líder do ISPV, em som recolhido pela RádioPolitécnico, significam para os destinatários uma emolução,um exemplo, um desafio, em suma, uma mensagem inequívoca:É preciso trabalhar para sermos os melhores, salientou.

Durante a cerimónia, o presidente do Politécnicolembrou o objectivo: É para recompensar os melhores,

começou por destacar, prosseguindo: O tempo dos medíocresmorreu; o tempo dos suficientes está quase a morrer, só hátempo para os melhores, concluiu.

Por fim, João Pedro Antas de Barros lançou um reptoaos alunos premiados e também a todo o universo estudantildo ISPV: Aproveitem o tempo. O tempo de estudante é dotempo mais lindo que há. Acreditem. Porém, é imperiosochegar ao fim do curso e sentir a mais-valia da formaçãoadquirida, que pode prenunciar outra qualidade de vida,

disse o presidente do ISPV aos alunos e familiares que seassociaram à cerimónia.

O Instituto Superior Politécnico de Viseu, à semelhança de anos anteriores,distribuiu, no dia 3 de Maio, 13 bolsas de mérito aos alunos matriculados nas suas EscolasSuperiores.

As candidaturas às bolsas decorreram de 14 de Novembro a 6 de Dezembro de2005, tendo sido recebidos 76 processos para análise.

Estas bolsas destinam-se a estudantes que tenham mostrado um aproveitamentoexcepcional no curso de ensino superior que frequentam. A cada aluno foi entregue a bolsade mérito, no valor de 1 873,50•, correspondente a cinco vezes o salário mínimo nacionale o respectivo certificado.

Os alunos contemplados com a bolsa de mérito, no ano lectivo 2005/2006, foram:

Ana Medeiros - Departamento de Planeamento e Gestão - [email protected]

José Alberto - Gabinete de Relações Públicas - [email protected]

formamosprofissionaiscompetentes

POLITÉCNICOPOLITÉCNICOPOLITÉCNICOPOLITÉCNICOPOLITÉCNICODE VISEUDE VISEUDE VISEUDE VISEUDE VISEU

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Ester Araújo - ISPV

[email protected]

Comemorações do XXIII Aniversário da ESEV“Rumo à Mudança”

O Conselho Pedagógico na operacionalização do seu projectoestratégico resolveu chamar a si a organização das Comemorações doAniversário da ESEV.

Na vigência deste Conselho Pedagógico comemoraram-se os XXIIe XXIII aniversários, com objectivos bem determinados: reforço da competênciacientífica e pedagógica dos nossos alunos, participação dos professores doensino básico e secundário do distrito, na perspectiva de que a ESEV temque funcionar como escola-mãe, por isso com responsabilidades naactualização permanente de saberes dos docentes da sua área de influênciae envolvimento de toda a comunidade nas actividades.

Para a consecução destes objectivos, estruturou-se um programade comemorações, construído para uma semana, essencialmente mobilizadorpara os actores considerados nucleares.

Nas preocupações de índole científica, convidaram-se professoresde reconhecida competência nacional e internacional, com o foco centradonos novos cursos de Animação Cultural e Educação Social e na formação deprofessores. Atendeu-se aos desafios que se colocam à ESEV com aimplementação do Processo de Bolonha procurando o esclarecimento dosalunos e a sua mobilização. Promoveu-se o designado II Congresso deAlunos, constituído pelas comunicações destes, com o objectivo de lhes permitir,ainda na formação inicial, começar a construir já o seu curriculum.

As actividades pedagógicas envolveram crianças do 1.º Ciclo, do2.º Ciclo, respectivas cooperantes da ESEV, e desenvolveram-se ao longode toda a semana, provocando uma simbiose perfeita entre alunos eprofessores, com reflexos no processo de ensino-aprendizagem destesalunos.

O programa incluiu também actividades culturais desenvolvidasessencialmente à noite, direccionadas para toda a comunidade, estimulandoa abertura à participação de todos, especialmente o Teatro da Academia, aconferência sobre desporto e o Sarau Cultural, que envolveu a entrega deprémios, já tradicional nestas comemorações. Numa semana intensa,envolvente para professores de todos os níveis de ensino, alunos do ensinobásico e outros actores, pretendeu-se colaborar na construção de uma escolahumanizada onde dê gosto viver, aberta, virada para o exterior e com aparticipação de todos.

Alberto Cartagena - Presidente do Conselho Pedagógico eCoordenador das Comemorações - ESEV

[email protected]

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Professor João Pedro Barros considera

A grande obra que se fez em Viseu, nos últimos 25 anos e que se há-deprolongar para os próximos 50, é o Instituto Superior Politécnico

de todos quantos trabalham na área da educação eda formação. Uma qualidade que estamos a atingir,passo a passo, porquanto começámos do zero ehoje caminhamos quase para os 200 doutorados epara os 300 mestres.

O segundo grande objectivo é continuar alutar pela criação de infra-estruturas: mais residências,um pavilhão gimnodesportivo, uma escolapré-primária, mais instalações para a Escola SuperiorAgrária no âmbito dos Serviços de Acção Social e,enquanto não construirmos o novo edifício da EscolaSuperior de Educação, melhorar o actual.

E o tão propalado Centro deInvestigação?

Vamos candidatar-nos, agora no mês deJulho, junto da Fundação para a Ciência e aTecnologia. Se a nossa candidatura for aceite, o queesperamos que aconteça, poderemos criar o Centrode Investigação. É que, para isso, são precisosinvestigadores devidamente apoiados pela Fundação.Só depois deste primeiro passo teremos que pensarna parte física.

Devo salientar, contudo, que já hoje temosmais de 50 laboratórios no Instituto Politécnico,podendo-se destinar alguns para criar uma unidadede investigação que motive várias áreas científicasem torno de um ou mais projectos globais.

A Escola de Comunicação e Artes étambém uma ambição que, certamente, gostariade ver avançar durate a actual Presidência, umavez que tanto se empenhou para que essaunidade orgânica viesse enriquecer ainda maiso universo do ISPV...

Sim. A Escola de Comunicação e Artescontinua a ser um objectivo. Quando nósinaugurarmos, em Setembro, o CAFAC (Centro deAnimação e Formação em Artes Cénicas) estãocriadas as condições para termos uma Escola deArtes. Só não será criada se não houver força políticapara isso.

Continua a pensar na possibilidadede criação de uma Escola de raiz ou admiteavançar-se através de uma unidade ligada à

entre...VISTAS

“Entre...vistas” regista, neste

número, as palavras do Presidente do Instituto

Superior Politécnico de Viseu. Na entrevista

que concedeu a Polistécnica, o Prof. Doutor João

Pedro de Barros faz um balanço da actividade e

da situação do Instituto, dando ainda a conhecer

os projectos traçados para o futuro.

As actuais políticas para o Ensino

Superior, entre as quais as medidas

recentemente anunciadas pela tutela e o

Processo de Bolonha, já em curso, foram

também matérias abordadas.

A conversa com o Presidente, e

também fundador do ISPV, começou com um

retorno aos ideais que nortearam o sonho de

trazer o ensino superior para Viseu.

Um dos ideais que o têm norteado desdesempre, e como o Prof. Doutor João Pedro afirmou,aquando da sua tomada de posse para este terceiromandato, foi lutar para criar condições quepossibilitassem “aos mal nascidos aqui, serem tãofelizes como os que viram a luz do dia noutrasparagens mais próximas do oceano”. Esse objectivofoi plenamente atingido?

Na minha perspectiva foi “quase” totalmenteatingido. Ponho em evidência o “quase”, porque ainda hámuitas pessoas que, mercê de uma visão social não muitocorrecta, pensam que a melhor formação é a universitáriae não a politécnica. Por isso muita gente, se calhar commelhores capacidades económicas, debandou ainda outrasparagens. Agora, quando verificamos que muitas centenasde jovens que jamais teriam possibilidade de ascender auma formação superior já conseguiram atingir esse objectivograças à existência do Politécnico, isso motiva-nos eleva-nos a crer que, efectivamente, atingimos os objectivosque tínhamos definido para a criação deste tipo de ensinoem Viseu.

Reportando-nos ao presente, quais osprojectos mais significativos que tiveram e deverãoter, ainda, a sua concretização durante o presentemandato? Falamos não só da implementação deinfra-estruturas e valências, mas também de aspectosligados à investigação, à formação do pessoal nãodocente, à cooperação internacional...

Um grande objectivo é aumentar a qualidadecientífica do corpo docente do nosso Instituto e, ao mesmotempo, fomentar a aquisição de uma mentalidadeuniversitária (que tem a ver com a universitas), por parte

Entrevista conduzida por: Joaquim Amaral / Ester AraújoGabinete de Publicações - ISPV

[email protected] / [email protected] - Teresa Gouveia - CRAV - ISPV

[email protected]

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21Escola Superior de Educação?

Inicialmente, a minha ideia era criar umanova Escola, mas como o Governo já disse que nãocriava novas unidades orgânicas, poder-se-á optarpor implantar, aqui no CAFAC, uma extensão daEscola Superior de Educação para que funcionemem ligação.

A transformação do Instituto SuperiorPolitécnico de Viseu em Universidade é tambémum objectivo que lhe é conhecido,designadamente através da passagem aUniversidade de Ciências Aplicadas?

Sim, penso que existem condições paraa passagem a Universidade de Ciências Aplicadas.

Lembro, por exemplo, o que aconteceuna Finlândia e noutros países nórdicos que foi,precisamente, a passagem dos Institutos Politécnicosa Universidades de Ciências Aplicadas. Isto vem aoencontro daquilo que é a motivação do próprio Governoque quer ver na Finlândia o modelo a copiar paraPortugal.

O ensino politécnico é aquele que melhorse adapta ao país nesta fase de transformação eevolução. Não é por acaso que algumasuniversidades portuguesas têm escolas politécnicas...

A mudança de designação deve ser umobjectivo da Instituição. Para isso tem que seraprovada, na Assembleia da República, legislaçãoprópria, no sentido de criar esta nova designação.

Constata-se que o Politécnico veiomodificar incontornavelmente a face de Viseu.E, falamos de uma evolução a vários níveis:cultural, social, económico.

Que desafios será preciso enfrentar,no futuro, para que esta Instituição possacontinuar a dar o seu contributo para odesenvolvimento de Viseu e da região?

Se os partidos políticos tivessem lutadopor esse objectivo, tínhamos hoje aqui uma grandeuniversidade das Beiras, só que estes andam, muitasvezes, a degladiar-se uns aos outros... A verdade éque muitos políticos passaram, a Instituição cá está evai mostrar aos vindouros que conseguiu criar aquium centro de formação e educação de muito valor.Estou convencido que a grande obra que se fez emViseu, nos últimos 25 anos e que se há-de prolongarpara os próximos 50, é o Instituto Superior Politécnico.É preciso motivar o sector político para que coloqueem primeiro lugar a necessidade de proteger umaInstituição que já tanto fez pela nossa comunidade.

Gostaria de tecer algum comentárioacerca das novas medidas para o EnsinoSuperior, recentemente reveladas pelo ministroMariano Gago, bem como sobre a eventual fusãode Politécnicos com Universidades?

O Instituto Superior Politécnico de Viseunão tem, neste momento, nenhum receio em relação

a qualquer medida anunciada. Quem tem qualidadenão tem que ter receio.

Lembro, também, a questão da nossasituação geográfica. Estamos colocados no centrodo país. Temos que disputar alunos, apenas, com aUniversidade de Aveiro e com a de Coimbra, sendoque o Politécnico da Guarda não disputa alunos como Politécnico de Viseu. A nossa única preocupaçãodeve ser a de continuar a criar condições paraaumentar a qualidade do trabalho que aqui se faz. Éa qualidade dos cursos que os alunos frequentamque depois vai ser testada por quem lhes vai daremprego. Podemos vir a ter algum problema apenasem relação ao número de alunos, porque nos dias dehoje é maior a oferta do que a procura.

Julgo que uma associação com aUniversidade de Aveiro e com o Instituto Politécnicoda Guarda, de forma a não estarmos três instituiçõesa fazer as mesmas coisas, seria um bom caminho aseguir. É preciso racionalizar, mas mantendo-se aautonomia, sem fusão e sem atropelos.

A obrigatoriedade de revelar opercurso profissional dos diplomados de cadauma das instituições de ensino superior querepercussões terá no Politécnico de Viseu?

Uma grande percentagem dos nossosalunos, das várias áreas científicas, tem obtido oemprego desejado.

A título de exemplo, dir-lhe-ei que aindahá dias aqui recebi o assessor financeiro de umaconceituada instituição bancária que me disse ter sidonosso aluno, na Escola Superior de Tecnologia. Comoimagina, essa informação encheu-me de alegria, nãosó pelo lugar que ocupa, mas, sobretudo, pelaformação e educação que demonstrou e pela forma eobjectividade em relação à proposta que me

apresentou.Tem havido uma boa procura de técnicos

formados por nós. Em muitos cursos, os nossos alunos játêm emprego garantido, mesmo antes de acabarem a suaformação. Existem alguns problemas em alguns cursosna área da educação, mas mesmo assim tivemos cercade 70 por cento de colocações, o que é razoável seatendermos a que há, neste momento, milhares delicenciados sem emprego.

O Processo de Bolonha está já numa faseadiantada. Se não houver imprevistos, no próximoano, uma grande parte dos nossos cursos funcionaráde forma adequada ao novo sistema, que introduznovos ciclos de estudos. Que desafios eoportunidades se perspectivam neste domínio?

Bolonha é o futuro. Bolonha é um caso desucesso a nível da Europa.

O Processo de Bolonha pressupõe umacompatibilização de sistemas, de forma a moralizá-los, aracionalizá-los e a criar as condições para a mobilidade deestudantes, de funcionários e de todos quantos trabalhamna área da formação e da educação.

Estou convencido que as nossas instituiçõesvão ganhar muito com as reformas de Bolonha, cujosprincípios são consonantes com as orientações da Estratégiade Lisboa e da Agenda 2000, que assentam na construçãoda Europa do Conhecimento, da Europa doDesenvolvimento, de forma a ser possível enfrentar outros

continentes que têm hoje uma economia muito maisdesenvolvida que a nossa.

Penso que Bolonha é o caminho certo paracriarmos uma Europa muito mais globalizada e é tambémo caminho para criar uma nova mentalidade em relação a

(Continua na pág. 32)

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Nós e Voz

O novo curso – Animação Cultural – dá os primeiros passos e com toda aexpectativa a ESEV recebe os seus candidatos. O grupo é simpático, homogéneo, dentroda sua natural e salutar diversidade, e empenhado em se afirmar enquanto futurosAnimadores.

Tenho o privilégio de lidar com eles semanalmente, procurando despertar-lheso gosto e a sensibilidade pela música, esta arte que nos seduz e envolve, que noscomunica e permite comunicar, que nos faz sentir e permite que o façamos também, quechega a alienar-nos fazendo-se presente em cada momento. Discute-se, trocam-se ideias,adquirem-se noções básicas de análise e expressão musical.

O gosto pessoal e a vontade de intervir, agir, pôr em prática, levam oitocorajosos a optar por… (receio que nem os próprios saberiam bem por quê!) …uma opção,estranhamente, invulgar em cursos não musicais: Técnica Vocal. O trabalho começa dozero: relaxamento, respiração, articulação, projecção, entoação e afinação. O barro começaa moldar-se, as areias saltam, as peças vão tomando forma.

Eu?! Sinto-me como o oleiro: cada volta da roda é uma vitória, cada retoqueuma conquista, cada peça que se finaliza uma criação que tem autonomia e vida própria,

aconteceunopolitécnico

Maria Cristina Aguiar - Área Científica de Arte e Expressões Criativas - [email protected]

Joaquim Amaral - Gabinete de Publicações - [email protected]

Palhaços à Solta no Dia Mundial da Criança

O Dia Mundial da Criança é como o Natal, é quando o homem quiser. E é, oudeveria sê-lo, TODOS os dias.

Por elas, tudo. As crianças são mesmo assim, um Mundo de cor e alegria,portadoras do sentido da vida no rasgado sorriso estampado nos seus rostos e no docefrenesim da sua contagiante e cristalina felicidade.

O Pólo Educacional de Lamego da Escola Superior de Educação do Politécnico deViseu comemorou com muita imaginação e alegria o Dia Mundial da Criança (1 Junho).

O Projecto Palhaços à Solta foi uma iniciativa da Área das Artes e ExpressõesCriativas do Pólo de Lamego da ESEV, resultante da solicitação da Câmara Municipal deLamego e dos dois Agrupamentos Escolares do Concelho para a animação de dois espectáculosno Parque da Cidade, tendo em vista comemorar a efeméride. Estes consistiram num sketchdramático-musical encenado para o efeito. A performance global incluiu igualmente animação derua, sem esquecer a visita à Secção de Pediatria do Hospital de Lamego.

Esta cintilante iniciativa envolveu 120 alunos do 1.º ano dos cursos de Educaçãode Infância e Professores do 1.º Ciclo do Ensino Básico e teve como público-alvo preferencialas crianças dos jardins-de-infância da cidade, mas também toda a comunidade lamecense.

deixando de ser minha, deixando a ser nossa, passando a ser detodos os que a querem fruir e apreciar.

Assim surge Nós e Voz que reúne a Fátima, a Raquel, a Sandrine,a Marisa, a Paula, a Joana, o Pedro, o Alexandre (e eu), os nove“magníficos” que, em apenas dois meses de trabalho, têm a ousadiade pisar o palco da Aula Magna do nosso Instituto, intervindo noSarau Cultural da ESEV, numa tentativa de partilhar com o públicopresente a satisfação que é fazer música, viver a música, ser aprópria música.

Dizem algumas vozes que estivemos bem. Nós e a nossa Vozdizemos apenas que vibrámos e sentimos cada som, cada movimento,cada palavra, e que vivemos, sem dúvida alguma, um momentomágico.

Parafraseando Caetano Veloso:

Minha voz, minha vida, meu segredo e minha revelaçãoPor ser feliz, por sofrer, por esperar … eu cantoPor ser feliz, para sofrer, para esperar … eu canto.

Obrigada Nós e Voz!Que as contrariedades não façam esmorecer a vontadee que a vontade leve à continuidade do projecto.

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23 Orfeão Académico do Instituto Superior Politécnico de Viseu

O Orfeão Académico surge no seio doInstituto Superior Politécnico de Viseu numa épocade grande dinamismo cultural na Instituição. Do sonhopara a sua criação, em inícios de 2005, acordámospassados alguns meses para a realidade, efizeram-se ouvir pela primeira vez as vozes do Orfeãona belíssima Aula Magna, aquando dascomemorações do Dia do ISPV, em 13 de Dezembrode 2005. Apenas alguns ensaios sustentaram o risco,mas uma enorme motivação e dedicação de alunos,professores, funcionários e apoio decisivo doPresidente do ISPV, Professor Doutor João PedroAntas de Barros, revelaram que tudo é possível, seassim for a nossa vontade.

O Orfeão Académico pretende ser umespaço onde as pessoas se sintam bem, se divirtam,tenham a irreverência própria do meio académico,mas fundamentalmente que seja um grupo unido, que

Nuno Garrido - Maestro do Orfeão Académico - [email protected]

faça da música uma forma de elevação humana, eassim possa contribuir para um mundo de harmonia.

Entendemos que o canto coral deve seruma linguagem viva, portanto, em permanentemudança, uma linguagem musical e artística de alcanceilimitado. Deve ser um permanente desafio paraencontrarmos o caminho que nos permita descobrirque podemos mudar situações e atitudes a partir damúsica, porque a música não é boa ou ruim, ésimplesmente uma manifestação da alma daspessoas.

A denominação canto coral não alcança osentido pleno que entendemos e vivemos: temos dea entender como uma nova linguagem musical emque podemos ser actores da nossa vida e não simplesespectadores, permitindo-nos ouvir a nossa músicainterior, que nos faz naturalmente diferentes.

Procuramos encontrar tudo isto no nosso

grupo, o “Orfeão Académico do Instituto Superior Politécnicode Viseu”.

O Orfeão propicia um excelente exercício deraciocínio, de sensibilidade e de trabalho em grupo. Oscomponentes do Orfeão são unânimes ao destacar ofortalecimento do espírito de grupo como um dos maioresganhos que a actividade favorece. “A voz é um código deexpressão da alma”, e é nesta perspectiva que o OrfeãoAcadémico do ISPV quer imprimir a sua forma de interpretar,de fazer música, de fazer escola, … de chegar às pessoas,a todas as pessoas, que queiram partilhar connosco estemaravilhoso mundo da arte sublime dos sons. Isto colocaem jogo todo um esquema de valores, toda uma filosofia devida e toda uma cosmovisão, que nos torna bem maishumanos e bem mais felizes…

“A música coral é o maior exercício defraternidade que a gente pode experimentar”.

A Diversidade Linguística na Escola Portuguesa

Adelina Castelo - Área Científica de Português - [email protected]

No dia 19 de Maio, pelas 10 horas, e no âmbito da Semana das Comemorações do XXIII Aniversário da ESEV, teve lugar uma conferência proferida pelaProfessora Doutora Maria Helena Mira Mateus, Professora Catedrática Jubilada da Faculdade de  Letras da Universidade de Lisboa, no Auditório da Escola. Nestaconferência, intitulada “A Diversidade Linguística na Escola Portuguesa”, a mesma Professora apresentou um projecto que coordena actualmente no ILTEC (Instituto deLinguística Teórica e Computacional), em Lisboa, e que visa responder aos desafios colocados pela presença, nas nossas escolas, de um grande número de imigrantes comlínguas maternas diferentes do Português.

O trabalho deste projecto permitiu já realizar uma análise estatística do número de línguas maternas dos imigrantes, escolher as línguas estrangeiras sobre as quaisé mais urgente trabalhar e estudar alguns aspectos da estrutura linguística das mesmas. Actualmente, os investigadores do projecto estão a conceber vários materiaisdidácticos e a escrever textos orientadores, para que os professores possam mais facilmente ajudar os alunos imigrantes a aprenderem o Português como língua segunda.

A propósito de uma das questões levantadas pelo público da conferência, a Professora Maria Helena Mateus aproveitou a ocasião para salientar a importânciade duas ideias: a de se criar uma política de língua forte que garanta uma boa divulgação e ensino do Português, nomeadamente entre as comunidades de imigrantes e nospaíses de língua oficial portuguesa, e a de se adquirir consciência de que o estudo das línguas dos imigrantes em Portugal (como o Russo, o Ucraniano, o Mandarim e aslínguas nacionais de alguns dos PALOP’s) pode ser um factor de expansão importante para o campo das Humanidades.

Depois desta conferência que contribuiu para uma tão importante reflexão, resta-nos agradecer à Professora Maria Helena Mateus o facto de se ter deslocado aViseu, para nos sensibilizar ainda mais para a situação dos nossos alunos que não falam o Português como língua materna.

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Virar a Página em Millenium

Revista do ISPV continua a comemorar os seus 10 anos de existência

A Livraria da Praça (Viseu) acolheu no dia 7 de Junho mais um evento cultural nesta cidadeem que “a arte nos cerca por todos os lados”, como bem o disse Álvaro Cunhal.

A Tertúlia Millenium foi uma iniciativa da Livraria da Praça, que, deste modo, seassociou às comemorações do 10.º Aniversário da Revista do ISPV.

Encontraram-se pessoas com interesses comuns, na definição mais estrita de tertúlia, aqual juntou, em demorado e profícuo debate, professores da Instituição, antigos docentes do Institutoe do ensino secundário e o responsável pela Livraria.

A história de Millenium, a cultura, a investigação científica e o ensino superior foram osassuntos de interesse comum mais participados.

Em conversa informal, o presidente do ISPV, Prof. Doutor João Pedro de Barros, abordouestas e outras temáticas, enfatizou o vértice cultural na estruturação de uma instituição e da sociedadeem geral e trouxe à memória a árdua edificação do Politécnico e do ensino superior na região.

A Directora de Millenium, Doutora Maria de Jesus Fonseca, na sua alocução sinóptica,folheou a génese da Revista, discorreu sobre os primeiros passos, os muros erguidos e entretantotranspostos, o papel central de Millenium para a afirmação da Instituição, bem como sobre cenários

de futuro.Encadernada numa publicação, em folhas ininterruptas ao longo de 10 relevantes anos, 32 edições (10 das quais temáticas), 30 100 exemplares, 7 519 páginas,

1 037 textos, 399 autores – eis Millenium.Informação sobre a história de uma revista com história é o que se pode encontrar no estudo 10 Anos de Millenium (www.ipv.pt/Millenium)

I Festival Internacional de Coros do Politécnico de Viseu

Pautou-se por um excelente espectáculo o I Festival Internacional de Coros do Politécnico de Viseu. O muito público presente na Aula Magna aplaudiu de pé asactuações do Orfeão Académico do ISPV, do Coral Juvenil “Sílvia Marques” de Mortágua e do Coro “Aurora” da Rússia.

O Orfeão Académico do ISPV fez a sua estreia num palco e desde já deixou as melhores impressões aos apreciadores deste tipo de música. O grupo, dirigidopelo Eng.º Nuno Garrido, é composto por docentes, funcionários e alunos do Politécnico de Viseu.

O Coral Juvenil “Sílvia Marques” de Mortágua é já uma referência no meio musical em que se insere. Com mais de 60 jovens, este grupo cantou e encantoua plateia, também ela constituída por muita juventude.

Da Rússia veio o Coral “Aurora” de St. Petersbourg. Constituído por crianças e jovens do sexo feminino, este grupo trouxe cor, alegria e muita emoção a Viseu.As interpretações foram brilhantes e culminaram com um momento deveras interessante, a interpretação em português da canção “É uma Casa Portuguesa”.

Aguarda-se uma segunda edição do Festival.

Vitor Santos - Divulgação, Imagem e Eventos - [email protected]

Joaquim Amaral - Gabinete de Publicações - [email protected]

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25SimplesMENTES BRILHANTES!

Concurso de Matemática

A Área Científica de Matemática realizou, no passado dia 19 de Maio, epelo 3.º ano consecutivo, o concurso de Matemática “Mentes Brilhantes”, integradonas comemorações do XXIII Aniversário da Escola Superior de Educação de Viseu.Este evento contou com a participação de 16 escolas do 2.º ciclo de grande parte dosconcelhos do distrito de Viseu, representadas por grupos de 3 alunos previamenteseleccionados por cada instituição. O concurso decorreu em três fases. A primeiraconsistiu no jogo “Pontos e Quadrados”, tendo sido disputada em duas mãos porcada escola. A segunda fase foi constituída por um conjunto de 15 questões matemáticasde escolha múltipla e a última fase contemplou a realização de uma tarefa matemática.Da parte da tarde, ainda antes da entrega dos prémios, os alunos tiveram oportunidadede usufruir de momentos de confraternização através de uma actividade lúdicadinamizada pelos alunos do curso de Animação Cultural.

Durante o concurso foi nítido o entusiasmo dos participantes na realizaçãodas provas, assim como os momentos de convívio, originando uma enorme satisfaçãoentre todos, tal como foi testemunhado por um deles: “Participar no concurso foi domeu agrado não só por poder ‘testar’ os meus conhecimentos em Matemática e serrecompensado com um prémio mas, também, porque pude conviver com pessoas de outras escolas e trocar ideias. Foi um concurso muito interessante. Espero que o

continuem a realizar”.O concurso teve como vencedora a Escola EB 2,3 de Santa Comba Dão,

seguindo-se a Escola Infante D. Henrique de Repeses e, em 3.º lugar, a Escola EB 2,3de Sátão. No final, todos os alunos receberam prémios de participação e aos primeirostrês grupos foram distribuídos CD-ROM “Eu adoro Matemática”. Na cerimónia de entregade prémios estiveram presentes representantes das principais entidades patrocinadoras;pelo Instituto Superior Politécnico de Viseu esteve o seu Vice-Presidente, Prof. DoutorDaniel Silva; pela Câmara Municipal de Viseu esteve presente o Vereador da Cultura,Dr. José Moreira e pela Tetri, Carlos Almeida. Para além destas, o concurso foi apoiadopela Caixa Geral de Depósitos e pelas Câmaras Municipais de Tabuaço, Moimenta daBeira e Mangualde.

Luís Menezes / Helena Gomes - Área Científica de Matemática - [email protected]

Prémio NUK 2005/2006

Os docentes da Escola Superior de Saúde de Viseu, João Carvalho Duarte,Manuela Ferreira e Paula Nelas, foram contemplados com o “Prémio Nuk Enfermeiro Obstetra2005/2006”. Destinado ao melhor trabalho de investigação realizado no âmbito da Educaçãopara a Saúde, o prémio foi entregue no “Encontro Nacional de Enfermeiros Obstetras”, que serealizou na Póvoa de Varzim, em 4 e 5 de Maio de 2006.

A temática desenvolvida foi:Educação para a Saúde Reprodutiva – Um contributo para a melhoria da

qualidade de cuidados

O estudo analisa a Saúde Reprodutiva em função de três dimensões:Conhecimentos sobre Saúde Reprodutiva, Vigilância para a Saúde Reprodutiva e Satisfaçãodas utentes face à Educação para a Saúde que realizaram.

Trata-se de um estudo quantitativo, não experimental, de naturezadescritiva -correlacional; o sentido da análise é transversal. A amostra foi constituída por 255mulheres com idades compreendidas entre os 16 e os 55 anos e o instrumento de colheita de dados utilizado foi o questionário. O tratamento de dados foi feito através daestatística descritiva e inferencial. Dos resultados obtidos extraíram-se as seguintes conclusões:

. 42,4% das utentes possuem bons conhecimentos, 33,3% possuem conhecimentos razoáveis e 24,3% têm conhecimentos insuficientes sobre SaúdeReprodutiva.

. 45,1% das utentes referem boa vigilância, 35,3% referem uma vigilância de saúde insuficiente e 19,6% vigilância razoável.

. 44,7% manifestam satisfação moderada face à educação para a Saúde Reprodutiva realizada, 39,6% referiram satisfação alta e 15,7% das utentes manifestambaixa satisfação.

. Os factores sócio-demográficos que têm influência sobre a Saúde Reprodutiva são: a situação profissional das utentes na dimensão satisfação face à educaçãopara a saúde; as habilitações literárias e a situação sócio-económica nas três dimensões por nós consideradas na avaliação da Saúde Reprodutiva.

. As variáveis ginecológicas que influenciam a Saúde Reprodutiva nas dimensões em estudo são: a indicação para a consulta do Planeamento Familiar nadimensão satisfação, a idade com que teve o último filho na dimensão conhecimentos sobre Saúde Reprodutiva.

Manuela Ferreira - Área Científica de Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica - [email protected]

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António Monteiro - Departamento de Zootecnia e Engenharia Rural - [email protected]

Colóquio “Zoonoses: ameaça invisível?”

Este colóquio, organizado pela comissão de curso de EngenhariaZootécnica e comissão de curso de Enfermagem Veterinária da Escola SuperiorAgrária de Viseu, com o apoio do respectivo director de curso, Eng.º AntónioMonteiro, e do Departamento de Zootecnia e Engenharia Rural, teve lugar no dia 11de Maio, na Aula Magna do Instituto Superior Politécnico de Viseu, ao qual assistiramcerca de 200 pessoas.

Dos temas abordados pelos oradores convidados sumariamos:

Sessão 1Zoonoses: O que são? Como se Transmitem?A Dr.ª Fátima Amaro, do Centro de Estudos de Vectores e Doenças

Infecciosas (CEVDI) do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, fez umaabordagem sobre as principais zoonoses existentes, bem como sobre os respectivosagentes etiológicos envolvidos. Focou, igualmente, os principais aspectos sobre atransmissão e emergência de zoonoses dando especial ênfase àquelas que estão aser estudadas no CEVDI.

Zoonoses em Parques Naturais.O Dr. Ricardo Brandão, do Centro de Ecologia, Recuperação e Vigilância

de Animais Selvagens, Parque Natural da Serra da Estrela, Instituto de Conservaçãoda Natureza, abordou questões relativas às adaptações da fauna selvagem, aosperigos que acarreta o contacto de espécies selvagens e domésticas, principalmentequanto à transmissão de doenças. Referiu-se à domesticação de espécies exóticasque potencia a transmissão de novas doenças ao Homem. Fez, igualmente, referênciaàs principais doenças parasitárias, bacterianas e víricas nas aves, nos lagomorfose em javalis, tendo focado os cuidados a ter pelos veterinários, caçadores e populaçãoem geral. Foi realçada a importância da recolha de animais que permite o avanço naárea de investigação e a prevenção de doenças.

Zoonoses: Perspectivas de Controlo.O Dr. Rui Sereno, Laboratórios CONTROLVET, apresentou a definição

e classificação de zoonoses. Fez uma breve referência aos factores importantespara o controlo destas doenças, tais como: agente, relação agente-hospedeiro,tecnologia de controlo disponível, condições higio-sanitárias e recursos disponíveis.Foram exemplificadas e apresentadas algumas doenças nas quais os factoresanteriormente referidos se encaixam: brucelose, raiva, salmonelose e influenza.

Sessão 2Gripe das Aves: Prevenção e Combate.O Dr. Agrela Pinheiro, Director Geral de Veterinária e Presidente da

Comissão de Acompanhamento da Gripe das Aves, alertou para o facto do actualvírus da Gripe Aviária não ser um vírus pandémico. Fez uma breve referência àorigem da actual crise. Referiu que a principal causa da expansão do vírus é amigração das aves. Foi feita a referência ao Plano de Contingência, que actualmenteevoluiu devido ao vírus H5N1, relativamente aos procedimentos, aos cenários e àimplementação de medidas. Foi realçada a importância da existência de um plano devigilância que detecte rapidamente o vírus. Por último, foi feita referência aos factoresque permitem a identificação do vírus: vigilância passiva e vigilância activa que têmo objectivo de detectar precocemente o vírus H5N1.

Gripe das Aves: Impactos na Saúde Pública.O Dr. Lúcio Meneses de Almeida, representante da Direcção Geral da

Saúde, Saúde Pública, Grupo Cooperativo da Estrutura da Gripe, iniciou o seudiscurso fazendo uma breve referência ao conceito de gripe e ao seu impacte emtemos de saúde e de economia. Centrou, essencialmente, o seu discurso nasPandemias de Gripe, tendo feito uma pequena introdução, a apresentação da suaevolução histórica, os pré-requisitos e as suas características. Finalizou, referindo aGripe Aviária, a sua situação actual, a infecção humana pelo vírus H5N1, o seupotencial pandémico e o Plano de Contigência da OMS.

Seminário“Castanheiro e Castanha. Resultados

do Projecto AGRO 448”

Realizou-se no dia 20 de Abril de 2006, nas instalações da EscolaSuperior Agrária de Viseu, um Seminário subordinado ao tema “Castanheiro eCastanha”, no qual foram divulgados alguns dos resultados já existentes no âmbitodo Projecto AGRO n.º 448, da medida 8.1, do Programa PRODEP III.

As entidades parceiras deste projecto são a Estação Florestal Nacional,Direcção Regional de Agricultura de Trás-os-Montes, Direcção Regional de Agriculturade Entre-Douro e Minho, Direcção Regional de Agricultura da Beira Litoral, DirecçãoRegional de Agricultura da Beira Interior e Escola Superior Agrária de Viseu.Pretendeu-se com esta acção proceder à divulgação dos conhecimentos, junto dosprodutores e dos membros da fileira do castanheiro, no âmbito da caracterização dasprincipais variedades nacionais de castanha. O seminário contou com 144participantes.

Um dos objectivos finais deste projecto é a certificação e catalogaçãodas principais variedades com vista à sua protecção e passar a informação aoagricultor do interesse do seu cultivo para diversos fins.

Paula Correia - Departamento de Engenharia das IndústriasAgro-Alimentares - ESAV

[email protected]

Equipa do Projecto

Actividades da Área Científicade Francês

No âmbito das comemorações do XXIII Aniversário da EscolaSuperior de Educação de Viseu, a Área Científica de Francês propôs trêsactividades de acordo com as linhas científicas desenvolvidas, a saber aLíngua e a Cultura Francesas e os processos comunicativos implicados nodesenvolvimento da linguagem.

Na sala 4 decorreu, do dia 15 ao dia 17 de Maio de 2006, umaexposição subordinada ao tema “Affiches du cinéma Français” para quefossem desenvolvidas outras competências comunicativas ao nível linguísticoe cultural, mediante um material fora do comum. No dia 16 de Maio, a Prof.Doutora Véronique Delplancq proferiu uma conferência intitulada “Le françaisactuel: mode d’emploi” onde explorou os vários tipos de comunicação oralno contexto intercultural actual.

No dia 17 de Maio, a Doutora Luísa Taveira da Escola Superiorde Saúde de Alcoitão dinamizou uma conferência onde apresentou aimportância do jogo como factor primordial de desenvolvimento da criançacom dificuldades de comunicação.

Área Científica de Francês - [email protected]

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Dia da Saúde Materna

Integrado nas comemorações do DiaInternacional da Mulher, a Escola Superior deSaúde de Viseu, em parceria com o 2.º Curso dePós-Licenciatura de Especialização emEnfermagem de Saúde Materna e Obstetrícia,levou a cabo no dia 8 de Março de 2006 umasérie de actividades que culminaram com o diaAberto da Saúde Materna.

O referido encontro promoveu a Saúde,divulgando e projectando a importância daMaternidade, tendo sido uma oportunidade parase reflectir sobre novos conhecimentos nesta áreado saber.

O programa levado a cabo incluiu uma primeira mesa que teve como tema “A Promoção da Amamentação”, uma segunda mesa que abordou as “TerapiasComplementares em Obstetrícia” e uma terceira onde se debateu o tema da “Maternidade”.

Presentes estiveram mais de 200 profissionais de saúde (médicos e enfermeiros). A sessão de abertura foi presidida pelo Prof. João Carvalho Duarte (presidentedo Conselho Directivo da ESSV) e contou ainda com as presenças da Professora Doutora Manuela Ferreira (coordenadora do 2.º CPLEESMO), Enfermeiro Victor Varela(Presidente da Associação Portuguesa dos Enfermeiros Obstetras), Professora Emília Coutinho (Vice-Presidente do Conselho Científico) e Enfermeiro Rui Soares, emrepresentação dos estudantes do Curso de Pós-Licenciatura de Especialização em Enfermagem de Saúde Materna e Obstetrícia.

As temáticas revelaram-se de grande interesse, tendo suscitado debate profícuo, nomeadamente na preparação para o nascimento e terapias complementares àmedicina tradicional no atendimento da grávida e parturiente.

Manuela Ferreira - Área Científica de Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica - [email protected]

1.ª Feira Equestre de Viseu

Decorreu de 2 a 4 de Junho, no Centro Hípico Montebelo, a 1.ª Feira Equestre deViseu, uma iniciativa conjunta da Escola Superior Agrária de Viseu e do Centro Hípico Montebelo.A feira teve início na sexta-feira, dia 2, com o baptismo de equitação para todas as criançaspresentes e prolongou-se durante a noite com Fados de Coimbra, Tuna Ad Libitum e Garraiada,onde todos os destemidos e amantes da afficcion toureira tiveram a possibilidade de lidar tourose vacas.

No dia 3, durante a manhã, decorreu uma demonstração à guia de poldros doscriadores da região e, na parte da tarde, um concurso de saltos. No período da noite houve doisespectáculos: “Cavalo e fantasia”, um espectáculo de doma equestre, sendo os cavalosapresentados à mão, e ainda uma demonstração de “Toureio a cavalo”.

No dia 4, no período da manhã, realizaram-se um horse paper e uma palestra temáticasobre a alimentação equina. No período da tarde, uma gincana, seguida da actuação de ranchosfolclóricos e grupos de cantares populares.

Todas as actividades anteriormente citadas não são mais do que o reviver de antigastradições que se desenvolveram na região e que remontam ao início da nossa nação, como sejao “Cavalo de Maio”, na qual todas as pessoas que tinham cavalos na região eram obrigadas aapresentá-los no 1.º dia de Maio para uma inspecção cuidada e rigorosa, a fim de poderem serutilizados nas cruzadas contra os mouros.

Outra tradição revivida foi a festa que o Infante D. Henrique mandou fazer como tributoa todos os cavaleiros da região responsáveis pela conquista de Ceuta, que durou desde avéspera de Natal até ao dia de Reis, e onde todo o povo se pôde deliciar com várias actividadeslúdicas ligadas à equitação como sendo os jogos da Argolinha, Canas e Pucaretas.

As “Corridas de Cavalo”, que decorriam no antigo hipódromo do Fontelo, ou ainda asantigas touradas que se praticavam na região e que encontraram expoente máximo na família Casimiro oriunda da região deViseu, foram também tradições revisitadas.

Rui Coutinho - [email protected]

Fórum: Fruticultura da Beira Alta – Novos desafios. O programa, que se desenvolveu no dia 6 de Junho, na Aula Magna do ISPV, contemplou duassessões subordinadas aos temas: 1- Qualidade e Competitividade; 2 – Organização e Valorização. Organização: Direcção Regional de Agricultura da Beira Litoral; FELBA;Associação de Agricultores para Produção Integrada de Frutos de Montanha; Associação de Produção Integrada do Dão; Cooperativa Agrícola de Mangualde; CooperativaAgrícola de Fruticultores da Beira Alta; Escola Superior Agrária de Viseu; Fenafrutas.

Dia Aberto do Departamento de Produção Vegetal. Seminário: Energia da Biomassa. Decorreu no dia 7 de Abril, no Auditório da EscolaSuperior de Tecnologia de Viseu. Comissão Organizadora: Eng.º António Pinto, Eng. Hélder Viana, Eng.ª Daniela Teixeira, e os alunos Miguel Simões, Marcos Garridoe Cátia Simões.

Breves ESAV

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281as Jornadas de Emergência “Um algoritmo para a vida”

Na Aula Magna do Instituto Superior Politécnico de Viseu, decorreram, nos dias 5 e 6 de Maio de 2006, as 1as Jornadas de Emergência subordinadas ao tema“Um algoritmo para a vida”, cuja organização foi da responsabilidade dos estudantes do Curso de Pós-Graduação de Urgência e Emergência (CPGUE) da Escola Superiorde Saúde de Viseu.

A sua realização foi concebida como um espaço privilegiado dedebate, partilha, reflexão e de divulgação dos temas, que constituíram oseguinte programa científico:

Competências em Emergência;Novas Guidelines em reanimação cardiorespiratória;

Actuação em situações de Excepção:. Abordagem Pré-Hospitalar;. Abordagem Intra-Hospitalar;

Trauma:. Utilização de Fluidos em Trauma e Controlo daCoagulação;. Organização do Trauma no Pré-Hospitalar e nosServiços de Urgência – Grupos de Trauma.

Para tal, contámos com valiosos contributos de diversosespecialistas na área da emergência e com elevado número de participantesnum acontecimento desta natureza. As condições da sua realizaçãomerecem uma referência, por si só.

A reflexão ao longo das actividades das Jornadas foienriquecedora para todos. A partilha e a discussão conjunta contribuíram para o desenvolvimento de perspectivas actualizadas e inovadoras, garantindo a melhoriapermanente da qualidade da prestação de cuidados no contexto da emergência, e formação diferenciada dos diversos profissionais.

Vale a pena ainda referir a iniciativa, esforço, entusiasmo e dedicação dos estudantes da CPGUE que se reflectiu no enorme êxito deste evento.

Como em todas as cadeias, a sua força depende da resistência do elo mais fraco. Por isso, todos somos importantes… para salvar vidas.

Coordenação das Jornadas - [email protected]

Ciclo de Conferênciasdo Departamento de Matemática, Informática e Economia da ESAV

Vítor Martinho / Joaquim Soares de Sousa - [email protected] / [email protected]

O Departamento de Matemática, Informática e Economia (DMIE) daEscola Superior Agrária de Viseu está a organizar um ciclo de Conferências, comuma periodicidade mensal, de Março a Junho de 2006, sobre diversas temáticas

relacionadas com “A Agricultura e o Desenvolvimento Rural”.Este Ciclo de Conferências conta com a participação de oradores de

reconhecido mérito científico, como o Prof. Doutor Artur Cristóvão e o Prof. LuísTibério, ambos da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, o Prof. DoutorFrancisco Avillez, o Prof. Doutor Fernando Oliveira Baptista e o InvestigadorDoutor Joaquim Miguel Costa, todos do Instituto Superior de Agronomia daUniversidade Técnica de Lisboa.

Dado o contexto de contínuos ajustamentos que se verificam nasorientações para o sector agrário e mundo rural português, muito em virtude dePortugal ser um Estado-membro da União Europeia, e as crescentes dificuldadesem se atenuarem os desequilíbrios entre o litoral e o interior, parece-nos pertinenteabrir este fórum de discussão, mais ainda, nesta fase de negociação do próximoQuadro Comunitário de Apoio.

As temáticas a serem tratadas neste Ciclo de Conferências referem-sea assuntos actuais, como “Organizações e Desenvolvimento Local”, “O Futuro daAgricultura em Portugal”, “Agricultura, Espaço e Desenvolvimento Rural”, “Sistemasde Horticultura Intensiva em Estufa na Europa: os Casos da Holanda e da Espanha(Almeria)” e “Micro-Produções Agrícolas”.

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292.º Seminário Futebol

“Da Formação ao Rendimento – A Arte do Saber Ganhar”

com idênticos propósitos de formação.Na altura, como agora, realce-se todo o

apoio do Conselho Directivo da ESEV e da Presidênciado Instituto Politécnico sem o qual não teria sido possívelobter o sucesso desejado que, conforme constava dorespectivo programa, tinha como objectivo promovero debate e reflexão de investigadores e técnicosdesportivos em torno da área da formação em Futebol:um espaço, um tempo, um contexto de formação e

No passado dia 20 de Março, com maisde duzentos participantes, a Área Científica deEducação Física da Escola Superior de Educaçãolevou a efeito, na Aula Magna do Instituto SuperiorPolitécnico de Viseu, a realização do 2.º SeminárioFutebol “Da Formação ao Rendimento – A Arte doSaber Ganhar”, a cuja sessão de abertura presidiu oProf. Doutor João Pedro Antas de Barros – Presidentedo ISPV, Prof.ª Doutora Maria Teresa Oliveira –Vice-Presidente da ESEV, Doutor José Alberto –Presidente da Associação de Futebol de Viseu e Dr.José Guilherme – Vereador do Desporto da CâmaraMunicipal de Viseu.

Tratando-se de uma acção formativa paratodos os que se interessam pelo treino dos jovensdesportistas na especialidade de futebol, ainiciativa/organização partiu dos alunos que frequentama disciplina de Opção Desportos Colectivos-Futebol,do curso de Professores de Educação Física (4.º anoda licenciatura) e do respectivo docente Prof. IdalinoAlmeida, pretendendo ser uma continuidade do primeiroSeminário que se realizou em 13 de Maio de 2003

Idalino Almeida - Área Científica de Educação Física - [email protected]

rendimento do atleta que é pretendido formar. A formaçãonecessita de ser uma aposta credível de todos aqueles quese interessam verdadeiramente pelo desenvolvimento doFutebol, não bastando recorrer a essa ideia como retóricade discursos inflamados.

Com este seminário, a Área Científica deEducação Física da ESEV pretendeu proporcionar umespaço de diálogo e conhecimento da pluralidade dosprocessos, conteúdos e práticas de ensino e treino doFutebol, tendo em vista um salto qualitativo da formação,com consequente reflexo no rendimento e melhoria doFutebol regional e nacional. Daí que a qualidade dosprelectores convidados tenha abarcado aspectos de índoletão científica como empírica, de modo a que pudessesatisfazer a diversidade do grande número de presentesque muito participaram nos debates que se sucederam àscomunicações apresentadas. Destas salientamos ascomunicações feitas por José Guilherme Oliveira (Prof.FCDEF e treinador dos juniores do FC Porto) sobre“Periodização e Operacionalização da Organização do Jogode Equipa”, Luís Norton de Matos (ex-treinador do Vitóriade Setúbal) sobre “As razões do Sucesso/Modelo de Jogo”,Luís Freitas Lobo (Cronista de “A Bola”) que abordou “AEvolução da Táctica/Mecanização e Liberdade dosPrincípios de Jogo” e José Carlos Leitão (Psicólogo doDesporto na UTAD), que dissertou sobre “Quem joga sãoos jogadores”.

O Seminário terminou com a realização de umpainel/debate sobre “Futebol Jovem  – Formar para Ganhar”,no qual participou o Treinador da Selecção Nacional deFutebol Sub-17, Prof. Edgar Borges, que muito contribuiupara o enriquecimento de todos os participantes.

De salientar que a maioria dos participantes noseminário eram estudantes da FCDEF da Universidade doPorto e da UTAD, o que, conjuntamente com os muitostécnicos de clubes da região e estudantes da ESEV,comprova o crescente interesse pelas temáticas abordadas

e importância do certame realizado.

Novos Cursos de Pós-Graduação na Escola Superior de Saúde de Viseu

No passado mês de Fevereiro, iniciaram-se na Escola Superior de Saúde deViseu os Cursos de Pós-Licenciatura de Especialização em Enfermagem de Saúde Infantil ePediatria (CPLEESIP) e o de Pós-Licenciatura de Especialização em Enfermagem deReabilitação (CPLEER). Constituem um grupo de 50 enfermeiros, oriundos de várias regiõesdo país e com várias experiências profissionais. Ao longo de 18 meses lectivos estarãoligados à Escola, onde receberão formação especializada e darão também o seu contributoenquanto actores importantes no processo ensino/aprendizagem.

Ernestina Silva - Área Científica de Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica - [email protected]

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30II Seminário de Turismo:Mercados Emergentes da Actividade Turística

O evento decorreu durante o dia 31 de Março de 2006, na Aula Magna doInstituto Superior Politécnico de Viseu, tendo sido organizado pelos alunos do 3.º anodo curso de Turismo, juntamente com alguns dos seus docentes.

Estiveram presentes oradores de renome, em representação de importantesentidades ou empresas do sector turístico. O Seminário teve como público-alvo osempresários e os estudantes da área de Turismo, e foi seu objectivo apelar para anecessidade de reestruturação do sector no que concerne à satisfação das necessidadesespecíficas dos portadores de deficiência, dos jovens, das crianças e dos turistassénior – os quatro mercados emergentes da actividade turística que foram tratados nesteSeminário.

A Sessão de Abertura esteve a cargo do Presidente da Escola Superior deTecnologia de Viseu, Dr. José Alberto Ferreira; do Vereador do Pelouro da Cultura eTurismo da Câmara Municipal de Viseu, Dr. Guilherme de Almeida; do Presidente daRegião de Turismo Dão Lafões, Professor Pires; do Presidente do Instituto SuperiorPolitécnico de Viseu, Professor Doutor João Pedro de Barros; e do Governador Civilde Viseu, Dr. Acácio Pinto. Foram abordadas temáticas fundamentais: a importânciacrescente do Turismo em Portugal, o aproveitamento das potencialidades da regiãopara o desenvolvimento da actividade turística local, ou o Processo de Bolonha e asalterações futuras que implicará no ensino.

Depois de uma pausa para café, deu-se início ao primeiro painel:

I Painel: Turismo para todos – Turismo e Deficiência

Neste Painel – cujo moderador foi o Dr. João Pedro Costa, docente do

curso de Turismo da Escola Superior de Tecnologia de Viseu – o primeiro oradorfoi o Dr. Júlio Damas Paiva, da Associação Beira Aguieira de Apoio ao DeficienteVisual. O prelector alertou para a necessidade de adaptar a indústria do Turismo àsnecessidades especiais das pessoas com deficiência – física, mental, visual ouauditiva – ao nível das infra-estruturas e no que concerne ao correcto atendimento.Apresentou o vídeo “Welcome without Barriers – Foundation Nestlé Pro Gastronomia,Switzerland, 1996”, que ilustrou exemplos a seguir e a evitar.

A Drª. Clara Mineiro trabalha na Divisão de Divulgação e Formaçãodo Instituto Português de Museus (IPM), onde coordena o Projecto Museus eAcessibilidade, que promove a acessibilidade dos Museus do IPM no que concerneàs barreiras arquitectónicas, à informação – em Braille, em vários idiomas, emvários formatos, e em textos de diferentes níveis – e ao contacto com o acervo –exposições tácteis.

O último orador a intervir no I Painel foi o Dr. Jorge Loureiro, Vice-Presidente da Associação de Hotéis de Portugal e Presidente Adjunto da AgênciaRegional de Promoção Turística do Centro de Portugal. Na sua intervenção,contextualizou o público acerca das alterações globais do mercado turístico, alertandopara a necessidade de criar um padrão de qualidade dos destinos turísticosportugueses. Torna-se então necessário ordenar o território, dinamizar os pacotesturísticos e rejuvenescer os Produtos Clássicos. Neste âmbito surge a AgênciaRegional de Promoção Turística, para efeitos de promoção nos mercados externos.

A sessão terminou com um aceso debate, a que se seguiu um almoçode trabalho que teve lugar no Restaurante Rodízio O Pinheirão.

Mesa-Redonda: Novos Públicos da Actividade Turística

No retomar dos trabalhos, a Drª. Carla Silva, docente do curso deTurismo da Escola Superior de Tecnologia de Viseu, apresentou o Dr. MartinianoLaginha, Coordenador do Departamento de Promoção Turística do Instituto deTurismo de Portugal (ITP), que apresentou o Plano Estratégico Nacional deTurismo (PENT), cujo principal objectivo é acelerar o crescimento do sectorturístico português. Tudo isto através de 5 eixos: Eixo I – Territórios, Destinos eProdutos: descentralização da actividade turística no litoral e grandes cidades,assim como o desenvolvimento de dez Produtos Turísticos estratégicos paraPortugal. O Eixo II diz respeito à Marca Portugal Turismo. O Eixo III aborda aqualificação de Recursos. O Eixo IV diz respeito à Distribuição e Comercialização,nomeadamente através da Internet. Finalmente, o Eixo V – Inovação eConhecimento é relativo aos sistemas de informação, monitorização e avaliação.Finalizou a apresentação com a projecção dos anúncios publicitários em queparticipam as figuras públicas Mariza, José Mourinho e Tiago Monteiro.

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311º IPV Kart Cup

No feriado de 25 de Abril teve lugar, no circuito de Vila Nova de Paiva, oprimeiro IPV Kart Cup.

Este evento, co-organizado pelo Kartódromo de Vila Nova de Paiva epelos elementos dos Serviços de Informática (SI) do ISPV teve por objectivo divulgara modalidade entre o pessoal do Politécnico de Viseu (alunos e colaboradores) e dara conhecer, assim, os rudimentos básicos do desporto automóvel a pessoas quesempre terão tido interesse em experimentar, mas não terão tido muitas oportunidadesde o fazer em grupo.

Contando com a participação de 7 equipas de 3 elementos, nas quais se

incluíram várias equipas da ESTV, ESEV, Serviços Centrais entre outras, o dia foi debrincadeira, boa disposição e salutar convívio, tendo alguns dos estreantes reveladomesmo potencialidades que eles próprios desconheciam, o que se traduziu, na pista,em interessantes lutas pelas primeiras posições do pódio (e não só) resultando porvezes em aparatosos… “despistes”, mas sempre sem consequências de maior.

Com a cobertura da VTV, à qual a organização agradece, o evento podeainda ser visualizado em www.ipv.pt/vtv/ipv/kart.htm.

No final, todas as equipas levaram medalhas para casa, tendo os lugaresdo pódio sido ocupados pela seguinte ordem: em 1.º lugar a equipa dos SI, seguidada equipa da CARACOL KART TEAM e em 3.º pela ESEV. Acima de tudo imperoua boa disposição e proporcionou-se um primeiro contacto com esta modalidade amuita gente, tendo sido para alguns, quem sabe, a primeira de muitas provas que irãoainda disputar.

Ficou o aperitivo, pode ser que haja mais, até à próxima…

João Branco - Serviços de Informática - [email protected]

O Dr. Adriano Azevedo, representante da Termalistur – a empresamunicipal responsável pelo Termalismo Júnior das Termas de S. Pedro doSul – adaptou o PENT ao concelho referido: no Eixo I, destacou os ProdutosTurísticos mais importantes para o concelho; no Eixo II, falou no futuro lançamentode uma linha de cosméticos; no Eixo III, destacou a qualificação dos recursoshumanos; no Eixo IV, informou da difusão on-line das potencialidades turísticas deS. Pedro do Sul; e, finalmente, no Eixo V, falou nos sistemas de informaçãoprevistos para funcionar nos pontos turísticos do concelho. Entre os vários Projectosprevistos para S. Pedro do Sul, abordou o Programa de Termalismo Júnior –Termalistur – para fazer com que as crianças encarem os tratamentos termaiscomo um bem necessário e lúdico.

A oradora que se seguiu foi a Drª. Elisabete Conceição, Directora doDepartamento Comercial das Pousadas da Juventude. A sua apresentaçãobaseou-se na Rede Nacional de Turismo Juvenil (RNTJ). Movijovem permite aosjovens possuidores do Cartão Jovem ou do Cartão de Alberguista, a preçosacessíveis, um contacto próximo com a realidade e o património português.Informou que existem as Pousadas e os Albergues da Juventude, e que a suasegmentação é feita através da classificação dos empreendimentos no que concerneao seu contexto envolvente. Falou na expansão da RNTJ, pois a próximainauguração seria no dia seguinte em Melgaço. Concluiu defendendo que a RNTJé um importante complemento sócio-educativo dos jovens.

Seguiu-se mais um coffee break servido pelos Serviços de AcçãoSocial do Instituto Superior Politécnico de Viseu.

No retomar dos trabalhos, a moderadora foi a Drª. Cristina Barroco,docente do curso de Turismo da Escola Superior de Tecnologia de Viseu, queapresentou o Eng.º Luís Montês, organizador de Festivais de Verão na empresaMúsica no Coração. A sua apresentação tomou como exemplo o Festival doSudoeste, que contribui para o desenvolvimento da economia local: os jovensvisitam atracções culturais, compram artesanato e provam a gastronomia alentejana,regressando depois em férias para conhecer melhor a região. O orador apresentoutambém os meios utilizados para divulgar o Festival. Por último, projectou umDVD com uma montagem sobre os festivais Ilha do Ermal, Hype@Tejo, Sudoestee Sapo Surf Bits.

A intervenção seguinte esteve a cabo do Dr. Carlos Correia,representante do Departamento de Turismo Sénior da Agência Abreu. Referiu queo Turismo Sénior é o novo paradigma do nosso século, dado que a populaçãomundial está a envelhecer. Traçou um perfil deste cliente: é activo, exigente,pontual, procura qualidade e novos Produtos Turísticos, e tem poder de compra.Os seniores constituem um mercado emergente que ajuda a combater asazonalidade do sector. A Agência Abreu procura satisfazer estas necessidades.Finalizou a sua apresentação dizendo que os jovens têm tempo; os adultos têmdinheiro; mas os idosos têm ambas as coisas.

O último orador a intervir foi o Eng.º Miguel Martinha, o Director doDepartamento de Turismo e Férias do INATEL, que apresentou dois programasdireccionados para este target: Turismo Sénior e Saúde e Termalismo Sénior, quetêm como objectivo melhorar a qualidade de vida dos seniores, e, ao mesmotempo, dinamizar os destinos receptores. Apresentou ainda outras actividades,fora da esfera do Turismo, que o INATEL criou para este público-alvo.

Seguiu-se um período de debate, e após o encerramento do Seminário,o jantar teve lugar na Casa da Ribeira.

A realização deste Seminário foi apoiada pelas seguintes instituiçõesou empresas: Instituto Superior Politécnico de Viseu, Escola Superior de Tecnologia,Escola Superior Agrária, Serviços de Acção Social, Câmara Municipal de Viseu,Caixa Geral de Depósitos, Instituto de Turismo de Portugal, Instituto do Empregoe Formação Profissional, Região de Turismo Dão-Lafões, Montebelo Hotel e Spa,Hotel Príncipe Perfeito, Hotel Íbis, Restaurante Rodízio O Pinheirão, AlbergariaJosé Alberto e União das Adegas Cooperativas do Dão.

Vanessa Santos - Aluna do 3.º Ano do Curso de Turismo - [email protected]

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32LAMEGOLAN 2006

A cidade de Lamego acolheu, de 26 a 28 de Maio, um encontro de internautas,uma iniciativa promovida pelo curso de Engenharia Informática e Telecomunicaçõesda Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego, tendo contado com osapoios da Direcção da ESTGL, da Câmara Municipal de Lamego e da LigaPortuguesa Contra o Cancro.

A “Lamego Lan Party” juntou no Pavilhão Álvaro Magalhães uma centena dejovens, alguns dos quais pertencentes a equipas de topo nacional. Estes tinham àsua disposição uma rede de computadores que possibilitou torneios de jogosmultiplayer e a troca de experiências informáticas e de rede. Durante estes três dias,foi possível trocar impressões sobre o desempenho de computadores e softwarelivre e ter acesso à Internet através de uma linha de 100Mbit/s cedida pela PTComunicações.

Os torneios disputados foram os seguintes: Counter Strike 1.6 (1.º Exotic),Need for Speed Underground 2 (1.º Excello – Jordan), Pro Evolution Soccer 5 (1.ºEdgar) e TrackMania Nations (1.º Excello – Jordan).

Foi também possível, mesmo para quem não participou na “LamegoLan”, oacesso a uma zona com computadores que permitiam a navegação na Internet oua realização de jogos em rede com os participantes do evento. Para além destes ainiciativa contou também com a visita de algumas centenas de curiosos no decorrerda mesma.

A Fundação Portugal Telecom disponibilizou ainda um camião/sala informáticaonde era possível o acesso à Internet apoiado por um formador especializado.

Dada a satisfação demonstrada pelos participantes, Câmara Municipal de Lamego, Direcção da ESTGL, e pelos incentivos recebidos, a organização começoujá a trabalhar na preparação da “LamegoLan 2007”.

Para mais informações, poder-se-á consultar o site www.lamegolan.com

essa Europa.O ISPV tem consciência da importância de todo este Processo, pelo que

está já adaptada a Bolonha, com poucas excepções, uma grande parte doscurricula – 14 cursos. Além disso, possui um Gabinete de Relações Internacionaisaltamente activo, que fez e está a fazer um trabalho muito relevante.

A par desta política de compatibilização de sistemas de ensino, emtermos europeus, o Politécnico de Viseu tem exercido ampla cooperação comoutros países, nomeadamente com os de expressão portuguesa. A parceriaque está a ser desenvolvida com Cabo Verde insere-se, certamente, numaestratégia de abertura e de estreitamento de laços com o mundo lusófono...

Pensamos, na realidade, que com este tipo de cooperação podemos contribuirpara a defesa e desenvolvimento do espaço lusófono. Nem sempre isto é fácil. Serianecessário criar condições para uma maior mobilização em torno destes projectos.Mas, estou convencido de que iremos aumentar essa colaboração.

Logo no início do próximo ano lectivo irá um grupo de funcionários e professoresdo ISPV para Cabo Verde. Gente que vai montar, no local, um esquema de apoio paracriação de estruturas voltadas para a formação.

As Escolas Superiores Agrária, de Saúde, de Tecnologia e de Educação doISPV vão, brevemente, levar a Cabo Verde uma acção de formação para formadores.

É nossa intenção colaborar com os professores do secundário para umamelhor rentabilização do trabalho que desenvolvem, vindo a ser, eles próprios, os

veículos para a formação a nível superior, através de vídeo-conferências e deoutros meios que as novas tecnologias proporcionam.

Para finalizar, o Presidente do ISPV deixa uma mensagem àInstituição:

Uma das coisas que gostaria ainda de dizer é que as instituiçõesevoluem em função da capacidade que há dos mais velhos transmitirem aos maisnovos muito daquilo que são os valores e os princípios que nortearam a suaacção.

O grande movimento a que chamamos a endoculturação passa pelaactual geração dar a mão à anterior. Transpondo esta ideia para o Politécnico deViseu, direi que a evolução da Instituição deve ter em conta os pilares que foramconstruídos por aqueles que primeiramente aqui chegaram. Juntamente com todasas unidades orgânicas, poder-se-á criar, assim, o ambiente propício para que hajauma evolução normal.

Pela nossa parte, estamos a cultivar a harmonia interna que possapermitir ao ISPV continuar a projectar-se a nível nacional e internacional.

Penso que muito já foi feito, mas ainda há muito para fazer. No binómioEducação/Formação, como em tudo na vida, nunca está tudo feito.

entre...VISTAS(Continuação da pág. 21)

Comissão Organizadora - [email protected]

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Equipa de Futebol da AEESTV (ISPV)sagrou-se Bicampeã Nacional de Futebol Universitário

Paulo Sousa - Presidente da [email protected]

A equipa de Futebol da Associação de Estudantes da Escola Superior deTecnologia de Viseu tornou-se Bicampeã Nacional de Futebol Universitário nopassado dia 4 de Maio, na cidade de Vila Real, ao vencer, no Estádio Universitárioda UTAD, a sua congénere do Instituto Superior de Contabilidade e Administraçãode Lisboa (ISCAL) por 4-1. Para garantir o apuramento para o jogo da final do campeonato organizadopela FADU, a equipa da AEESTV eliminou, nas meias-finais da competição, aUniversidade Lusófona por 1-0. Viseu alcança, desta forma, uma vez mais, o patamar mais elevado destacompetição, já que foi a única equipa a sagrar-se Bicampeã Nacional de FutebolUniversitário (2004/2005 e 2005/2006) desde que estes campeonatos sãoorganizados pela Federação Académica de Desporto Universitário (FADU). Com a conquista deste importante título e dependendo de alguns apoiosfinanceiros, a AEEST Viseu prepara-se para representar Portugal nos CampeonatosEuropeus de Futebol Universitário, a serem disputados na cidade de Eindhoven,na Holanda, entre os dias 2 e 9 de Julho de 2006, com o objectivo de “escrever”bem alto e a letras de ouro o nome da Escola Superior de Tecnologia, do InstitutoSuperior Politécnico de Viseu, da cidade de Viseu e claro, de PORTUGAL.

Para a posteridade ficam os nomes dos Campeões Nacionais: Bruno Ferreira (Gr), Alexandre Simões, Hugo Salgado, Joaquim Lopes, ValterMarques, Alexandre Rocha, João Santos, Paulo Brás, Carlos Arede, José Ferreira(Esquilo), Simão, Alcino Nunes, Nuno Rocha, Jailson, Marco Ferreira, Victor Alexandre,Luís Silva, Marco Pinto, Gilberto Serrano, Joca (Tr) e Paulo Sousa (Dl). A vida de estudante não é só estudar e, em alguns casos, há quem, literalmente,“sue a camisola” pela sua Escola. A Direcção da AEESTV agradece a todos os atletas e treinador o sacrifício evontade de vencer que demonstraram ao longo de toda a competição. Essa vontadeespelhou-se em vários atletas da nossa equipa, que diariamente fizeram a viagemViseu/Vila Real, faltando a treinos e saindo mais cedo do trabalho, só para representarema nossa academia na luta pela revalidação do Título. A todos um sentido bem-haja. Umapalavra de especial apreço e carinho a todos os membros da claque Máfia Azul eamigos, que se deslocaram à cidade de Vila Real para, uma vez mais, apoiarem ascores da sua Escola.

vida estudantil

há maisalém de marrar...

POLITÉCNICOPOLITÉCNICOPOLITÉCNICOPOLITÉCNICOPOLITÉCNICODE VISEUDE VISEUDE VISEUDE VISEUDE VISEU

Page 34: Polistécnica nº11 | Junho 2006

34V Semana Cultural

dos Estudantes da Tecnologia

A semana organizada pela Associação de Estudantes da ESTV já éuma referência a nível académico na cidade de Viseu. Não só pelo número deestudantes envolvidos (este ano estima-se que participaram cerca de 12 mil estudantese viseenses em geral), mas também pela diversidade de actividades realizadas quetêm como objectivo “levar a cultura ao meio estudantil e académico”.

Este ano, a Semana Cultural da AEESTV realizou-se entre os dias 3 e6 de Abril, tendo envolvido espectáculos em três áreas: Música, Teatro e “Stand UpComedy”.

O evento iniciou-se com a actuação da Tuna do Instituto SuperiorPolitécnico de Viseu (Tunadão 1998), seguindo-se a actuação do grupo musical“MEGA” (Aveiro) e da referência nacional “Jaimão e a sua Abelha Maia”.

A tenda colocada no parque de estacionamento da ESTV foi demasiadopequena para acolher os milhares de estudantes que não faltaram à chamada demais um evento organizado pela AEESTV durante este ano lectivo.

O segundo dia foi dedicado especialmente ao teatro. O grupo de teatroOrfeão de Águeda apresentou a peça “Todos à espera de Godot”. Em seguidaactuou o grupo “Diabo à Sete”, um grupo de música tradicional portuguesa cominfluências da música Celta.

O dia 5 de Abril, quarta-feira, era aguardado por milhões de portuguesesnão pela realização da V Semana Cultural, certamente, mas sim pelo facto de oBenfica jogar contra outro grande do futebol mundial – o F.C. Barcelona. Apesar doresultado ter sido negativo para a equipa portuguesa, com o consequente afastamentoda Liga dos Campeões, os estudantes não deixaram de estar presentes no últimodia, repleto de convívio, alegria e muita diversão, destacando-se no programa apresença de um artista nacional do StandUp: Hugo Sousa. Depois de uma hora deboa disposição, actuou o grupo de música brasileira “Água na Boca” seguindo-se adiscoteca académica com o DJ Pedrinho.

Relativamente ao balanço da V Semana Cultural, o Presidente daAssociação de Estudantes da ESTV sublinha que “é positivo”, dando como exemploo número significativo de pessoas presentes nas actividades em cada um dos dias(cerca de 3 mil pessoas por dia).

O sucesso deste evento passa, essencialmente, por “dinamizar a vidaacadémica promovendo inúmeras acções de âmbito gratuito” com um “orçamentolimitado”, como é o caso do da AEESTV.

Para o ano haverá mais…

17.º Aniversário da Associaçãode Estudantes da ESTV

No passado dia 15 de Março de 2006, a Associação de Estudantes daEscola Superior de Tecnologia de Viseu (AEESTV) comemorou o seu décimosétimo ano de existência.

A AEESTV é uma das mais antigas associações de estudantes de Viseue foi fundada em 1989, por iniciativa de colegas de então, sendo desde a sua criaçãoo representante legítimo e único de todos os estudantes da ESTV.

Limitada desde início por falta de apoios económicos indispensáveis àrealização de eventos, conseguiu apesar de tudo ir sobrevivendo e crescer até aonível em que se encontra actualmente.

De realçar que, a AEESTV é um membro fundador do Fórum Académicopara a Informação e Representação Externa (FAIRE), da Federação Académica deViseu (FAV), da Associação Académica do Instituto Superior Politécnico de Viseu(AAISPV) e faz parte da Federação Nacional de Estudantes do Ensino SuperiorPolitécnico (FNAEESP). Além disso, foi a AEESTV que em 1998, na pessoa do seupresidente, lançou a um ex-tuno de outra academia o desafio de fundar uma tunaexclusiva do ISPV, de forma a colmatar uma importante lacuna da vida académicado Instituto. Assim nasceu a TUNADÃO 1998.

Para assinalar a fundação e a comemoração do seu aniversário, aAEESTV promoveu um fórum-debate sobre política educativa e o Processo deBolonha, no qual estiveram presentes o Presidente da Associação Académica deCoimbra e o Secretário Executivo do FAIRE, como oradores.

Além dos prelectores mencionados anteriormente estiveram presentes oDr. José Alberto, Presidente da ESTV, Paulo Sousa, Presidente da AEESTV, Eng.ºFernando Sebastião e Dr. Álvaro Gomes, fundador da AEESTV, tendo cada umtomado a palavra na sessão de abertura.

Pela primeira vez foi possível reunir todos os ex-Dirigentes Associativosque fizeram parte da história desta Associação. A todos eles, assim como paraaqueles que contribuíram para o engrandecimento da AEESTV, felicitações de plenosucesso pessoal e familiar.

Paulo Sousa - Presidente da [email protected]

Paulo Sousa - Presidente da [email protected]

XVII Taça das Agrárias

A Associação de Estudantes daEscola Superior Agrária de Viseu teve a seucargo a Organização da “XVII Taça dasAgrárias” Viseu 2006. Este eventodecorreu na semana de 23 a 28 de Abril de2006.

O principal objectivo do evento foireunir estudantes de todas as EscolasSuperiores Agrárias do País que duranteuma semana mediram forças nas maisvariadas modalidades desportivas – Rugby,

Futebol de 7 (masculinos), Futsal (femininos), Streetbasket (femininos e masculinos)e Voleibol, Ténis, Ténis de Mesa (masculinos e femininos), Matraquilhos, Sueca eXadrez. A iniciativa decorreu da melhor forma possível, registando uma participaçãode cerca de 300 alunos “agrários” do país.

V Garraiada da Escola Agrária

No decorrer desta Semana teve ainda lugar a “V Garraiada daEscola Agrária”, que se mostrou, mais uma vez, e à semelhança dos anostransactos, uma verdadeira invasão de aficionados à Quinta d’ Alagoa,tornando-se assim uma referência das actividades académicas da cidade.Este tipo de eventos visa sempre a divulgação da Escola Superior Agrária,do Instituto Superior Politécnico de Viseu, e até da própria cidade, como éaliás apanágio desta Associação de Estudantes sempre que realizaactividades.

Telmo Cardoso - Presidente da [email protected]

Telmo Cardoso - Presidente da [email protected]

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Page 35: Polistécnica nº11 | Junho 2006

35II Semana de Saúde de Viseu

“Programa de Saúde ao longo do Ciclo Vital”

Valter Silva - Presidente da [email protected]

Como no ano anterior, verificou-se que a grande maioria das pessoas querealizaram rastreios no espaço físico da “II Semana de Saúde de Viseu” eram pessoas

reformadas ou com mais tempo disponível.Por isso, este ano, decidiu-se escolherduas empresas a nível da cidade de Viseu:Visabeira e Câmara Municipal de Viseu, erealizar no local os rastreios, para assimse conseguir abranger um númerorepresentativo da classe activa. Estesrastreios decorreram muito favoravelmente,com uma enorme adesão.

O “coração” de todas estasactividades foi o espaço físico da “II Semanade Saúde de Viseu”. Esta actividadedecorreu entre os dias 15 e 19 de Maio. Olocal continha um espaço de desportos

radicais, para estimular os estilos de vida saudáveis e a prática desportiva; um espaçoem que foram realizados rastreios de Colesterolémia, Glicemia Capilar, Tensão Arteriale Índice de Massa Corporal, com cerca de 600 pessoas a realizarem estes rastreios; oespaço para o “Centro de Saúde dos Pequenitos”; o espaço da Associação de Estudantes

da Escola Superior de Enfermagem deViseu para que fossem divulgadas todasas suas actividades ao longo destes 20anos de existência; o espaço de mostrados trabalhos dos estudantes do 2.º ciclo;e um espaço de debate em que foramapresentados os actuais problemas daprofissão de Enfermagem.

Decorreram ainda emsimultâneo com esta Semana, váriastertúlias que tiveram a participação dossindicatos da classe de enfermagem ede um representante da Ordem dosEnfermeiros.

A actividade, organizada e concretizada por estudantes, para uma cidade epara uma população, foi um estrondoso sucesso.

A Organização agradece o apoio de todas as instituições que colaboraramnesta actividade, já que sem elas não teria sido possível a sua concretização. Umagradecimento especial para o Conselho Científico e Direcção da Escola Superior deSaúde de Viseu que, conjuntamente com a Associação de Estudantes, tornaram esteprojecto possível. Este será um projecto que deverá crescer de ano para ano, aumentandoo número de pessoas envolvidas.

A Associação de Estudantes da Escola Superior de Enfermagem deViseu, propôs-se há dois anos a esta parte organizar a Semana de Saúde deViseu. A primeira actividade desenvolvida comeste nome teve um enorme sucesso a nível danossa cidade, da comunidade viseense.

O segundo projecto Semana de Saúdede Viseu foi bastante arrojado e abrangente. Oobjectivo deste segundo projecto: “II Semana deSaúde de Viseu – Programa de Saúde ao longo doCiclo Vital”, foi “pôr” a cidade a “mexer”, a pensarem prevenção e a prevenir.

Esta iniciativa envolveu os maisdiversos escalões etários e as mais diversaspessoas. Assim, em relação às escolas primáriase aos alunos do 1.º ciclo, foi proposta às escolas arealização de um “Centro de Saúde dosPequenitos”, com o objectivo de desmistificar o “síndrome da bata branca”, emque as crianças assumiam um papel de Pai e Mãe, levando os seus “filhos”(bonecas) ao Centro de Saúde.

A actividade decorreu entre os dias 15 e 19 de Maio, no Campo Viriato,no espaço físico da “II Semana de Saúde deViseu”. Esta actividade foi um estrondoso sucesso.

Aos alunos do 2.º ciclo foi proposta arealização de cartazes e trabalhos relativos à saúde,a todos os níveis. Estes foram expostos no localanteriormente referido. A organização realça oempenho e a vontade como as crianças abraçarameste projecto, tendo criado um espaço maisagradável e mais “saudável”.

No 3.º ciclo, foram realizados ensinosàs turmas do 7.º, 8.º e 9.º anos das escolas:Grão Vasco, Infante D. Henrique e Viriato, sobreas mais diversas temáticas que foram propostaspelas escolas. Entre eles: Higiene Pessoal;Alimentação; Saber Estar; Consumo de Substâncias, entre outros. Julgamos tersido um sucesso, pois é importante estar directamente em contacto com osestudantes e não esperar que estes venham até nós.

Relativamente ao ensino secundário, foram aplicados questionáriosaos estudantes do 10.º, 11.º e 12.º anos de Viseu, sobre a temática “Consumo desubstâncias e comportamentos sexuais nos estudantes”. O objectivo destequestionário foi saber quais as maiores dificuldades a nível do ensino secundáriosobre estas temáticas, para posteriormente serem feitas sessões de educaçãosobre os mesmos.

Os estudantes da Escola Superior de Saúde de Viseu tiveram formaçãopor parte do Instituto de Drogas eToxicodependência e do Centro deAconselhamento e Detecção Precoce do VIH,para que a linguagem fosse uniforme e paradar a conhecer aos estudantes a existênciadestas instituições.

O trabalho científico encontra-se emfinalização; os ensinos foram realizados a todosos estudantes do 10.º Ano, e espera-se queseja possível para o próximo ano lectivo aaplicação de novo questionário, para poderaveriguar o sucesso destes ensinos realizados.

A nível do ensino superior, foramfeitos rastreios de VIH e colheita de dadoresde medula óssea.

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XVIII Jornadas de Enfermagem

Nos dias 15, 16 e 17 de Março de 2006, a Associação de Estudantes da Escola Superior de Enfermagem de Viseu realizou as suas XVIII Jornadas deEnfermagem, na Aula Magna do ISPV. Esta é a actividade da nossa Associação deEstudantes com mais história e com um historial de sucesso de dimensão nacional,tendo em conta que estas são as mais antigas Jornadas de Enfermagem do paísorganizadas por estudantes.

No presente ano, o tema central das nossas Jornadas foi “PensarEnfermagem, dinâmicas do cuidar”. A escolha do tema, prende-se com a necessidadecada vez mais presente de todos os estudantes estimularem a sua capacidade de auto-crítica e de criação da sua própria personalidade, pensando a nossa profissão e nãoapenas apreendendo-a, procurando espaços de debate e de auto-formação queproporcionam o seu crescimento pessoal. Tudo isto é possível na profissão em que nóssomos o futuro, pois existem dinâmicas do Cuidar, que deverão ser pensadas ereflectidas por todos os estudantes de Enfermagem.

Os temas debatidos foram os seguintes:- Enfermagem na Europa- Cuidados Paliativos- Enfermagem no Desporto- Desmistificar a Epilepsia- Enfermeiro de Família- Enfermagem – Trabalho em equipa

Para além destas conferências, decorreram ainda no pequeno auditório doISPV diversos workshops. A iniciativa contou com a presença de prelectores de todo o país e ainda do Secretário Geral da Federação Europeia de Enfermagem (EFN).

As Jornadas tiveram a participação de cerca de 300 estudantes de todo o País.Para além das actividades científicas, a Associação proporcionou ainda um espaço cultural, do qual fizeram parte actividades como a actuação do grupo de Teatro

da Serra de Montemuro, com a peça “Sucata Sister” e a actuação do grupo “A Naifa”, com a apresentação do novo álbum “3 minutos antes de a maré encher”.Esta é uma actividade que queremos seja cada vez mais conceituada a nível nacional e a nível da Enfermagem Portuguesa.

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Bolonha

Alexandre Santos - Presidente da [email protected]

Decorreram aproximadamente sete anos desde a assinatura da Declaraçãode Bolonha, a 19 de Junho de 1999. Seria impensável na altura que fosse possívelchegar a 2006 com tantas indefinições e incertezas relativamente a um tema que irámexer tão profundamente no actual, e futuro, sistema de ensino superior nacional eeuropeu.

O Processo de Bolonha trará ao sistema do ensino superior transformaçõesque não estão ainda completamente definidas, pois são objecto de uma discussão avários níveis. No Seminário Internacional “Vocational Content in Mass Higher Education?Responses to the challenges of the work place and labour market”, que decorreu emBona, Alemanha, discutiu-se a transformação dos modelos das instituições do EnsinoSuperior para fazer face à recorrente questão da empregabilidade dos diplomados e suapreparação para o mercado de trabalho, uma função que, ao longo das várias declaraçõespós-Bolonha, tem sido atribuída às instituições de Ensino Superior. Trata-se de umaabordagem com possíveis impactos no futuro, nomeadamente na avaliação do sucessoe qualidade das instituições e das suas estratégias organizacionais enquanto respostasaos desafios e tensões a que o ensino superior está a ser submetido.

A implementação do Processo de Bolonha constitui um desafio de tal formaestrutural e importante que vai ter, espera-se, repercussões fortes no modo como osportugueses encaram o ensino superior.

Muito resumidamente, “Bolonha” propõe:- A criação de um sistema de dois ciclos, um primeiro de formação mais

geral e um segundo mais especializado, estando o acesso a este último disponívelapenas para quem completar o primeiro;

- Promover e facilitar a mobilidade de estudantes e docentes;- A criação de um sistema de graus legível e comparável e a utilização de

um sistema de créditos que facilite o reconhecimento e a mobilidade nacional einternacional;

- Fomentar a aprendizagem ao longo da vida;- Incentivar a participação estudantil (a Declaração de Praga define

que um dos objectivos deste processo é que estudantes e instituições sejampartes na criação do Espaço Europeu de Ensino Superior).

O ensino superior em Portugal necessita urgentemente de eliminaralguns dos seus problemas estruturais, cuja resolução se tem vindo a arrastar eque, com o decorrer do Processo de Bolonha, poderão finalmente ser solucionados.A participação estudantil neste Processo é crucial, devendo incluir procedimentosde consulta e ocorrer ao nível de cada escola, nos órgãos de gestão, com oenvolvimento das associações de estudantes.

Uma declaração expressa numa reunião ministerial de Berlim, em2003, sublinha a necessidade de haver uma participação construtiva deorganizações de estudantes no Processo de Bolonha e de incluir os estudantesem todos os estádios das actividades desenvolvidas, de forma continuada,reconhecendo o seu papel como parceiros na governação do ensino superior. Deigual modo, se referiu a necessidade de chamar as organizações de estudantespara identificar modos de aumentar concretamente o envolvimento da populaçãoestudantil na governação do ensino superior. Pois é, em última instância, aparticipação activa de todos os parceiros no Processo que assegurará o seusucesso a longo prazo.

Cabe, portanto, a cada um de nós não ficar indiferente a este momentodecisivo de transformação e dar o nosso contributo para que Bolonha se traduzanuma real melhoria das condições de formação no ensino superior.

Valter Silva - Presidente da [email protected]

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inforpolisPolitécnico de Viseu lança a concurso diversas empreitadas

Estão em fase final de adjudicação mais três empreitadas para abeneficiação das instalações de três unidades orgânicas do Instituto:

Empreitada de concepção e reparação das coberturas doedifício e anexos, e das respectivas fachadas da Escola Superiorde Educação do Instituto Superior Politécnico de Viseu.

O procedimento está em fase final de adjudicação, prevendo-se oinício da empreitada durante as férias escolares, pelo prazo de 80 dias decalendário. O valor da empreitada é de 297.014,34 Euros.

Os trabalhos consistem essencialmente em:- Substituição das estruturas de madeira da coberturado ginásio;- Substituição integral dos materiais de todas as coberturas(telhas, telas, etc.);- Colocação de isolamentos térmicos;- Reparação das fachadas exteriores e respectivapintura geral.

Empreitada para a conclusão da ampliação e remodelação da Escola Superior de Saúde do Instituto Superior Politécnico deViseu.

O valor base para esta empreitada é de 381.272,39 Euros. O procedimento está em fase de audiência prévia, prevendo-se o início daempreitada o mais tardar em Setembro de 2006, com o prazo de 4 meses.

Empreitada para a beneficiação de espaços exteriores e pavimentação de arruamentos na Quinta da Alagoa do InstitutoSuperior Politécnico de Viseu.

A adjudicação será efectuada a todo o momento pelo valor de 66.894,85 Euros, tendo o prazo de 2 meses. Os trabalhos a realizar serão:- Movimento de terras para a o alargamento da entrada da Escola Agrária e instalação de um portão eléctrico com automatismo;- Realização de novo traçado e pavimentação do arruamento até à zona pedagógica da Quinta;- Pavimentação da zona envolvente ao Edifício da Presidência da Escola;- Diversas alterações nas infra-estruturas existentes.

Novos Órgãos de Escolas do ISPV tomam Posse

Pedro Sousa - Departamento Técnico - [email protected]

9 de Maio de 2006

Conselho Científico da Escola Superior AgráriaPresidente: Vítor João Pereira Martinho (Professor Adjunto)Vice-Presidente: António Manuel Santos Tomás Jordão (Professor Adjunto)Secretária: Carlota Maria de Carvalho Lemos Borges (Professora Adjunta)

17 de Maio de 2006

Conselho Científico da Escola Superior de TecnologiaPresidente: Fernando Baltasar Moreira Duarte (Professor Adjunto)Vice-Presidente: António José Queirós Soares de Figueiredo (Professor Adjunto)Secretário: Pedro Agostinho da Silva Baila Madeira Antunes (Professor Adjunto)

22 de Fevereiro de 2006

Pólo Educacional de Lamego da Escola Superior de EducaçãoCoordenadora: Margarida Maria Mendes de Barros Navarro de Menezes(Professora Adjunta)

22 de Fevereiro de 2006

Mesa da Assembleia de Representantes da Escola Superior AgráriaPresidente: Raquel de Pinho Ferreira Guiné (Professora Adjunta)Vice-Presidente: João Carlos Gonçalves (Assistente do 2.º Triénio)

21 de Março de 2006

Conselho Directivo da Escola Superior de SaúdeVice-Presidente: Lídia do Rosário Cabral (Professora-Coordenadora)

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38Legislação

Decreto-Lei n.º 64/2006 (1.ª série) de 21 de Março de 2006 –Regulamenta as provas especialmente adequadas destinadas a avaliara capacidade para a frequência do ensino superior dos maiores de 23anos.

Decreto-lei n.º 74/2006 de 24 de Março de 2006 – Ministério daCiência, Tecnologia e Ensino Superior – Aprova o regime jurídico dosgraus e diplomas do ensino superior.

Aviso n.º 6084/2006 (2.ª série) de 9 de Maio de 2006 – Tabela detaxas e emolumentos das provas destinadas a avaliar a capacidade defrequência dos cursos superiores do IPV dos maiores de 23 anos.

Regulamento n.º 42/2006 de 17 de Maio de 2006 – Regulamento deAcumulação de Funções – Aprovado em Conselho Geral do InstitutoPolitécnico de Viseu, em 31 de Março de 2006.

Resolução de Conselho de Ministros n.º 38/2006 de 18 de Maiode 2006 – Presidência do Conselho de Ministros – Aprova um conjuntode medidas e procedimentos a observar por todos os ministérios emmatéria de admissão de novos efectivos de pessoal, tendo em vista aoperacionalização do princípio de uma nova admissão por cada duassaídas.

Regulamento n.º 46/2006 de 23 de Maio de 2006 – Regulamento demobilidade interna dos docentes do Instituto Superior Politécnico de Viseu– Aprovado em Conselho Geral do Instituto Superior Politécnico de Viseu,em 31 de Março de 2006.

Portaria n.º 464/2006 de 23 de Maio de 2006 – Ministério das Finançase da Administração Pública – Actualiza os coeficientes de revalorizaçãodas remunerações que constituem base de cálculo das pensões. Revogaa Portaria n.º 363/2005 de 4 de Abril.

Lei n.º 15/2006 de 26 de Maio de 2006 – Assembleia da República –Fixa os termos de aplicação do actual sistema integrado de avaliação dodesempenho da Administração Pública, criado pela Lei n.º 10/2004 de22 de Março e determina a sua revisão no decurso de 2006.

Regulamento n.º 88/2006 (2.ª série) de 09 de Junho de 2006 –Ministério da Cultura – Estatuto do Atleta para o Instituto SuperiorPolitécnico de Viseu, pretende-se ver aplicado aos atletas, como taldefinidos, o regime de faltas e exames previsto no estatuto dos estudanteselementos da Tuna do ISPV.

Lei n.º 60/2005 de 29 de Dezembro de 2005 – Assembleia da República –Estabelece mecanismos de convergência do regime de protecção social dafunção pública com o regime geral da segurança social no que respeita àscondições de aposentação e cálculo das pensões.

Decreto-Lei n.º 229/2005 de 29 de Dezembro de 2005 – Ministério dasFinanças e da Administração Pública – Revê os regimes que consagram paradeterminados grupos de subscritores da Caixa Geral de Aposentações.

Decreto-Lei n.º 234/2005 de 30 de Dezembro de 2005 – Ministério dasFinanças e da Administração Pública – Procede à terceira alteração do Decreto-Lei n.º 118/83 de 25 de Fevereiro, que estabelece o funcionamento e oesquema de benefícios da Direcção-Geral de Protecção Social aosFuncionários e Agentes da Administração Pública (ADSE).

Portaria n.º 159/2006 de 20 de Fevereiro de 2006 – Ministério da Ciência,Tecnologia e Ensino Superior – Aprova os modelos de cartas de curso dosgraus de bacharel e de licenciado conferidos pelo Instituto Politécnico deViseu através das suas escolas superiores.

Portaria n.º 207/2006 de 28 de Fevereiro – Ministério da Ciência, Tecnologiae Ensino Superior – Altera a Portaria n.º 820/2005 de 13 de Setembro (fixa asvagas para a candidatura à matrícula e inscrição no ano lectivo de 2005/2006nos cursos de complemento de formação em Enfermagem ministrados emestabelecimentos de ensino superior).

Portaria n.º 208/2006 de 28 de Fevereiro – Ministério da Ciência, Tecnologiae Ensino Superior – Revoga a Portaria n.º 824/85 de 31 de Outubro, que fixao novo regime de prova de rastreio de doenças pulmonares ecardiovasculares dos estudantes do ensino superior público.

Decreto-lei n.º 50-A/2006 de 10 de Março de 2006 – Ministério das Finançase da Administração Pública – Estabelece as normas de execução do Orçamentode Estado para 2006.

Portaria n.º 229/2006 de 10 de Março de 2006 – Ministério das Finanças eda Administração Pública – Procede à revisão anual das remunerações dosfuncionários e agentes da Administração Central, Local e Regional, actualizandoos índices e as escalas salariais em vigor, bem como as tabelas de ajudas decusto, subsídio de refeição e de viagem e marcha e comparticipação daADSE.

Decreto Lei n.º 55/2006 de 15 de Março de 2006 – Ministério do Trabalhoe da Solidariedade Social – Define as regras de execução da Lei n.º 60/2005de 29 de Dezembro, que estabelece mecanismos de convergência do regimede protecção social da função pública com o regime geral da segurançasocial, no que respeita às condições de aposentação e cálculo das pensões.

Despacho n.º 6396/2006 (2.ª série) de 20 de Março de 2006 – Ministérioda Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – Aprova o calendário para osconcursos especiais de acesso ao ensino superior em 2006.

Despacho n.º 6397/2006 (2.ª série) de 20 de Março de 2006 – Ministérioda Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – Aprova o calendário para osregimes especiais de acesso ao ensino superior em 2006.

Raquel Cortez Vaz - Departamento Jurídico - [email protected]

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A VTV, a página web dedicada à informação audiovisual, temmantido uma actualização regular, cumprindo os objectivos de divulgareventos, iniciativas e informações relacionadas com o ISPV/UnidadesOrgânicas e com a comunidade local.

Após um regime experimental, a VTV estreou, no início deAbril, um grafismo diferente e uma nova disposição de conteúdos, surgindoestes “agrupados” por temas.

Para consultar a televisão online do Politécnico de Viseu bastateclar http://www.ipv.pt/vtv/ ou aceder à emissão através de um linkcolocado na página principal do ISPV.

Núcleo de Televisão

Proposto pelo Centro de Recursos Audiovisuais e autorizadopor despacho do Senhor Presidente do ISPV foi constituído o Núcleo deTelevisão. A novel estrutura está aberta à participação de alunos, docentese funcionários do Politécnico. Tem como objectivo fundamental a produçãode documentos vídeo e multimédia para difusão por rede interna e porInternet, utilizando os recursos técnicos disponibilizados pelo CRAV.

Após a divulgação do projecto a todas as Unidades Orgânicas,realizada por cartaz alusivo elaborado pelo Departamento de Imagem eEventos e por contacto pessoal, sentiu-se a necessidade de organizaruma série de acções, tendo em vista integrar os participantes na iniciativae dar a conhecer os métodos de trabalho em termos organizacionais,técnicos e redactoriais.

Assim, nos primeiros dias do mês de Fevereiro, deu-se inícioa um conjunto de sessões, ainda a decorrer, onde são abordados temasrelacionados com a produção e a informação televisiva. Durante esteperíodo foram já realizados quatro documentos audiovisuais, traduzindoo grande empenho que todos os envolvidos colocaram neste projecto.

Por motivos facilmente compreensíveis, o núcleo de televisãoirá interromper as suas actividades durante os meses de Verão,recomeçando-as no início de Outubro. Esteja atento pois, nessa altura,vamos abrir um novo período de inscrições.

Jorge Alves - CRAV - [email protected]

Todos os propostos aprovados

15 CURSOS DO POLITÉCNICO DE VISEU

ADEQUADOS A BOLONHA

– Mais 2 novas Licenciaturas criadas –

O Instituto Superior Politécnico de Viseu tem já aprovados todos os15 cursos que propôs à Direcção Geral do Ensino Superior (DGES) noâmbito da adequação ao Processo de Bolonha (ver contra-capa).

Dos cursos autorizados e registados pela Direcção Geral do EnsinoSuperior, o ISPV é dos politécnicos com mais adequações ao Processo deBolonha.

A designação de algumas licenciaturas sofreu igualmente alterações,sendo as mais relevantes as seguintes:

– Marketing (antigo curso de Gestão Comercial e da Produção);– Engenharia Mecânica (antigo curso de Engenharia Mecânica e

Gestão Industrial);– Engenharia Informática (antigo curso de Engenharia de Sistemas

e Informática).De acordo com aquele organismo foi enviado para publicação em

Diário da República o despacho de registo das adequações dos ciclos deestudos dos cursos referidos, podendo estes iniciar o seu funcionamento apartir do próximo ano lectivo.

NOVOS CURSOS

Com a aprovação de 2 novas Licenciaturas – Tecnologias eDesign de Multimédia e Engenharia e Gestão Industrial – o Politécnicode Viseu passa a disponibilizar um total de 32 Cursos.

Saliente-se que estas aprovações são referentes ao 1.º ciclo deestudos, encontrando-se ainda a decorrer o processo de análise de outraspropostas de criação de novos cursos (1.º e 2.º ciclos de estudos, Licenciaturae Mestrado).

Os restantes cursos do ISPV encontram-se em adaptação paraentrarem em funcionamento no ano lectivo de 2007/2008.

Joaquim Amaral / Ester Araújo - Gabinete de Publicações - [email protected] / [email protected]

Novo site da Escola Superior Agrária de Viseu

Criado pelo Serviço de Internet do Instituto Superior Politécnico deViseu, a Escola Superior Agrária lançou, no passado mês de Dezembro, oseu novo site que apresenta novas funcionalidades visando optimizar a suautilização.

Faça uma visita em www.esav.ipv.pt

João Rodrigues - Serviços de Internet - [email protected]

Page 40: Polistécnica nº11 | Junho 2006