Portifólio 20-02-11 - alana

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Estágio de Supervisionado 2 Alana Alves Farias Alagoinhas 2011 UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA UNEB DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA DCET

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Estágio de Supervisionado 2

Alana Alves Farias

Alagoinhas

2011

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA – DCET

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Portfólio de Estágio de Regência

Alagoinhas

2011

Portfólio solicitado como avaliação e cumprimento de carga horária da disciplina Prática Pedagógica e Estágio Supervisionado II, sob a regência da Profª. Cláudia Regina Teixeira de Souza.

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“O biólogo é o intérprete da natureza viva.”

(Rodej)

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I

SUMÁRIO:

SUMÁRIO I

APRESENTAÇÃO II

1. INTRODUÇÃO 1

1.1 Caracterização da Escola 2

1.2 Caracterização geral das turmas 7

1.3 Caracterização da Professora 8

2. OBJETIVO 9

3. OBSERVAÇÃO DAS AULAS 9

3.1 Primeiro ano 90 M 3 9

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 19

5. REFERÊNCIAS 21

I

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II

APRESENTAÇÃO

Eu me chamo Alana Alves Farias, tenho 25 anos sou

estudante do oitavo semestre do curso de Licenciatura em

Ciências Biológicas, oferecido pela Universidade do Estado da

Bahia - UNEB campus II, em Alagoinhas, a 2 anos trabalho

lecionando num cursinho pré-vestibular, a 8 meses ministro

aulas num curso de patologia clínica numa escola técnica de

enfermagem ambas situadas em Alagoinhas, tenho experiência

de 8 meses em monitoria de Biologia Celular e Molecular na

UNEB, além de atuar em pesquisa na área de biologia celular

e bioquímica no laboratório de genética da instituição.

ALANA ALVES FARIAS.

III

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INTRODUÇÃO

O Ensino Médio tem grande importância na formação do aluno, pois é ele

quem inicia o indivíduo nas suas escolhas e o prepara para a futura vida acadêmica

ou profissional, além de contribuir para a formação do aluno cidadão e responsável

pelos seus desejos e deveres.

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio- PCN

(2000)

O Ensino Médio está mudando e necessita romper com modelos tradicionais, para que se alcancem os objetivos propostos. A perspectiva é de uma aprendizagem permanente, de uma formação continuada, considerando como elemento central dessa formação a construção da cidadania em função dos processos sociais que se modificam. Alteram-se, portanto, os objetivos de formação no nível do Ensino Médio. Prioriza-se a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico.

O Estágio de Licenciatura é uma exigência da Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional (nº 9394/96). O estágio é necessário à formação profissional a

fim de adequar essa formação às expectativas do mercado de trabalho onde o

licenciado irá atuar. Assim o estágio dá oportunidade de aliar a teoria à prática

(BARRETO, 2006).

O estágio de regência é a oportunidade de se colocar em prática tudo o que

se aprende nas práticas pedagógicas, só que com a vantagem de adequar algumas

metodologias a depender da situação vivenciada em sala de aula, disciplina

obrigatória, talvez por seja de fundamental importância para a formação do

professor, pois é na prática do ensino que se aprende como lidar com as situações

mais inusitadas que muitas vezes nem foi discutida nas aulas de prática pedagógica

o que corrobora com Januario (2008) o “Estágio Supervisionado é o primeiro contato

que o aluno-professor tem com seu futuro campo de atuação, por meio da

observação, da participação e da regência, o licenciando poderá refletir sobre e

vislumbrar futuras ações pedagógicas”.

Assim, é no estágio que o aluno de licenciatura realmente atua como um

futuro educador, pois é vivenciando que aprende a identificar e solucionar os

problemas que ocorrem em sala de aula, e são experiências como essas que

colaboram com a transição do estagiário-professor. O estágio foi realizado no

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Colégio Estadual Polivalente de Alagoinhas, situado no município de Alagoinhas-Ba,

durante o período de 10 de outubro a 06 de dezembro de 2010, numa turma do

primeiro ano do Ensino Médio. Este foi realizado em duas etapas, uma de

observação e outra de regência e foi desenvolvida a partir da elaboração de planos

semanais contendo sequências didáticas que buscaram potencializar as relações

interativas em sala de aula acompanhadas de proposta de avaliação viável a

realidade dos alunos.

1.1 Caracterização da escola

O Colégio Estadual Polivalente de Alagoinhas (Figura 1) localiza-se no bairro

Silva Jardim, na rua Prof. Artur Pereira de Oliveira. Possui grande área e abriga

todas as séries do Ensino Fundamental e Médio, o perfil dos estudantes em sua

maioria, são oriundos de bairros próximos e da zona rural. A escola apresenta ao

todo dezesseis salas de aula padronizadas, bem arejadas e iluminadas, existe

espaço em sala para comportar todos os alunos matriculados, estes são

organizados nas salas de acordo com a faixa etária de cada série, além disso, em

cada sala possui suporte para equipamento de TV e ventilador, porém as salas se

encontram constantemente desarrumadas como mostra a figura 2 e 3. Mesmo

durante o intervalo os alunos não têm acesso à área do colégio onde se localiza a

fachada e a quadra de esportes, sendo esta usada somente para as aulas de

educação física. O colégio conta com uma equipe de seis professores para os

componentes curriculares de ciências e biologia, todos formados pela Universidade

do Estado da Bahia no antigo curso de licenciatura em ciências com habilitação em

biologia.

A escola possui uma organização moderada até porque se trata de uma

grande escola e para tanto é mais difícil manter uma boa organização sem falar na

falta de disciplina por parte de alguns alunos.

Efetuou-se atualmente no Brasil uma conjunção do nível primário e médio,

tendendo à escola unificada, que não deixou de criar problemas de “áreas de

competência” entre o staff: quem dirige a escola unificada, o diretor do antigo

primário ou do secundário? Em suma, na escola como organização complexa

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articulam-se várias instâncias burocráticas (diretor, professores, secretário) e de

linha (serventes, escriturários, bedéis), incluindo a inevitável Associação de Pais e

Mestres e o aluno, objeto supremo da instituição, conforme o tom dos discursos

solenes em épocas não menos solenes ( TRAGTENBERG, s/d).

Dentre todas essas instâncias acredito que a mais importante e a menos

frequente é a Associação de Pais, pois são eles quem deveriam gerenciar o

comportamento dos seus filhos tanto na escola quanto em casa no que se refere a

confecção das atividades.

Figura 1. Fachada do colégio.

Figura 2. Sala de aula. Figura 3. Sala de aula.

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A biblioteca...

A biblioteca está desorganizada, pois ainda está sendo concluída, mesmo

assim, os alunos têm acesso ao acervo para leitura e empréstimos. Alguns alunos

conversam e brincam muito durante a pesquisa, outros se comportam fazendo

silêncio e pesquisando. (Figuras 4 e 5).

O bom comportamento do aluno durante a pesquisa na biblioteca depende

em parte das normas que esta expõe aos estudantes além, é claro da educação

doméstica, o bibliotecário deve sempre estar à disposição e atento a todos os fatos

ocorridos na biblioteca para que assim haja silêncio a fim de que outros estudantes

consigam pesquisar e trabalhar sem maiores transtornos.

Houve uma campanha de silêncio na biblioteca da Universidade Estadual de Londrina, um de seus alunos indignado escreveu “Não parece brincadeira ser necessário fazer uma campanha em uma universidade pública do tamanho e do prestígio da UEL pedindo para seus alunos fazerem silêncio na BIBLIOTECA?” Segundo ele cinco alunos do curso de medicina conversavam como se estivessem em uma boate, sentados na mesa, rindo, contando história, enfim, qualquer coisa que não fosse estudar. Cinco pessoas “educadas”, que passaram a vida estudando (muito provavelmente em boas escolas) e que, apesar disso, não sabem a diferença entre um bar e uma biblioteca (Campanha pelo silêncio nas Bibliotecas, 2008).

Parece então, que este não é um problema exclusivo do Polivalente, o que

falta além de educação doméstica é incentivo à leitura e aos bons comportamentos

dentro de uma biblioteca.

Figura 4. Acervo da Biblioteca. Figura 5. Biblioteca.

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O Laboratório...

A escola possui um laboratório para as disciplinas de ciências naturais, os

materiais de cada disciplina fica contido em armários separados e em cima dos

armários encontra-se maquetes confeccionadas pelos alunos, pois não há outro

local para armazená-las (Figura.6). Este é equipado com diversos recursos

audiovisuais, como televisão, aparelho de DVD, data-show, e até um microscópio

acoplado à televisão e TVs pen-drive, entretanto esta é pouco utilizada. (Figura. 7)

Ainda sobre o Laboratório...

Nas figuras abaixo observa-se na primeira (Figura 8) uma centrífuga a qual a

professora havia dito que não usava porque não sabia manipular; e na segunda

(Figura 9) encontra-se vidrarias de laboratório, estas são mantidas desta forma, não

tem nenhum lugar seguro e compatível onde possa se manter estas vidrarias, e em

ambas as figuras podemos observar o estado precário de higiene.

Apesar de o laboratório conter alguns equipamentos importantes para o

aprendizado dos alunos, o mesmo possui pouca organização, pois as vidrarias se

encontram em fácil acesso aos alunos o que pode até ser um risco para os mesmos.

Figura 6. Bancadas, data-show, tv e tv pen-drive. Figura 7. Armários, trabalhos e bancadas.

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Segundo o Manual Institucional de Biossegurança (2010) todo material

(matérias-primas, vidrarias e utensílios) utilizado pelo aluno deverá ser devolvido ao

local de sua guarda. Para que assim se evite acidentes com tais materiais.

O Lazer...

A escola possui um pátio onde a maioria dos alunos se reúnem no intervalo

para bater-papo e merendar (Figura 10), a escola distribui para cada estudante a

merenda do dia, mas também há uma cantina, além disso, existe uma quadra de

esporte aberta a qual está precisando de uma reforma, pois encontra-se desgastada

como mostra a figura (Figura 11).

A evasão escolar está dentre os temas que historicamente faz parte dos

debates e reflexões no âmbito da educação pública brasileira e que infelizmente,

ainda ocupa até os dias atuais, espaço de relevância no cenário das políticas

públicas e da educação em particular (Queiroz, s/d).

Acredito que o lazer pode transformar a educação no que se refere ao

estímulo dos alunos que detém de certa dificuldade no aprendizado, por isso acho

importante um momento de lazer dentro da escola durante o intervalo das aulas para

Figura 8. Estufa e pias do laboratório de ciências. Figura 9. Vidrarias do laboratório de ciências.

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que o estudante não crie a ideia de que a escola é um ambiente “chato” de se

frequentar, mudando este pensamento o número da evasão escolar seria bem

menor.

1.2 Caracterização geral da turma

A regência ocorreu numa turma de primeiro ano matutino 90 M 3. A turma era

composta de vinte e dois alunos, sendo que apresentava um número quase similar

entre mulheres e homens e todos tinham um bom relacionamento entre si.

Trabalhar numa turma pequena é muito bom, pois não há tanto transtornos

durante as atividades, aulas-práticas e provas e ainda facilita na relação aluno-

professor.

Turma 90 M 3...

As aulas da turma 90 M 3 ocorriam ás terças-feiras iniciando-se ás 7:50 h, o

perfil da turma era de alunos descontraídos, com boa relação entre eles e também

com a professora, a turma tinha vinte e dois alunos, devido a essa pequena

quantidade de alunos a sala era pouco espaçosa, mas nada que dificultasse o

desempenho das aulas.

Figura 10. Armários, trabalhos e bancadas. Figura 11. Quadra poliesportiva do colégio

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1.3 Caracterização da professora

A professora que acompanhei nas observações das aulas se graduou na

UNEB (Universidade do Estado da Bahia), campus II no antigo curso de licenciatura

em ciências com habilitação em biologia, ela administra aulas de ciências e de

biologia no Colégio Estadual Polivalente de Alagoinhas.

Ela mostra boa relação com seus alunos e sua metodologia se limita ao uso

estrito do livro didático sugerido pela escola, quase nunca utiliza o quadro. Primeiro

ela faz a leitura do assunto contido no livro, ou pede que um aluno leia em voz alta

para a turma e a cada parágrafo ela explica o que foi lido, depois ela pede que os

alunos respondam os exercícios do mesmo livro contido no final do assunto. Durante

as observações a professora utilizou outros métodos nas aulas como uma colagem

e montagem do DNA e aulas práticas.

Passerini (2007) apud Jenuário (2008, p. 2) acredita que,

o processo de formação do professor é contínuo, inicia-se antes mesmo do curso de graduação, nas interações com os atores que fizeram e fazem parte de sua formação. E este processo sofre influência dos acontecimentos históricos, políticos, culturais, possibilitando novos modos de pensar e diferentes maneiras de agir perante a realidade que o professor está inserido.

Deste modo é imprescindível a constante atualização da formação do

professor a fim de que este desempenhe da melhor forma seu trabalho diante das

diversidades culturais e tecnológicas existentes tanto na sociedade quanto em sala

de aula, para que este saiba direcionar as distintas potencialidades e dons de seus

alunos com o intuito de compreendê-los e auxilia-los em busca de sua identidade

como cidadão e futuro profissional. E para tanto acredito que esta professora tinha

gabarito para atuar desta forma, ou seja, no incentivo a formação da identidade dos

alunos, pois a mesma tinha boa relação com os mesmos, além de até aconselhá-los

em alguns momentos.

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2. OBJETIVO

O objetivo deste portfólio é avaliar através de um conjunto de procedimentos

contínuo, as peculiaridades das situações observadas e vividas durante a prática de

ensino-aprendizagem realizadas durante o período de regência no Colégio Estadual

Polivalente de Alagoinhas.

.

3. OBSERVAÇÃO DAS AULAS

3.1 - 1º ano 90 M 3

1º Dia de observação – 14/09/10

Assunto: Ácidos nucléicos

1º aula (7:50) a professora deu aula teórica com uso do quadro-branco e explicando

passo a passo o assunto.

2º aula (8:40) a professora passou atividade sobre o assunto para ser entregue na

próxima aula.

A sala estava bastante atenta e todos estavam quietos durante a aula

expositiva. Segundo o Hale Report apud Godoy, (1997. p. 1). – um relatório sobre os

métodos utilizados no ensino universitário, publicado em Londres, em 1964, p. 170 –

é possível definir a aula expositiva como: “... um tempo de ensino ocupado

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inteiramente ou principalmente pela exposição contínua de um conferencista. Os

estudantes podem ter a oportunidade de perguntar ou de participar numa pequena

discussão, mas em geral não fazem mais que ouvir e tomar apontamentos.”

Assim também foi o que ocorreu nesta aula, poucos alunos participaram

questionando e participando da aula e a maioria se contentava em copiar o assunto

e fazer a tarefa, apenas um aluno se mostrou inquieto saindo da sala, mas sempre

voltando.

Pelo o que foi observado nesta aula todos os alunos gostam da professora, o

mais audacioso da turma deixou um texto no quadro para a professora dizendo que

a iria deixar sair mais cedo porque ela estava “dodói”. Então na segunda aula a

regente deixou atividade e me pediu que eu os acompanhasse, observando e

ajudando nas possíveis dúvidas. Os alunos pareciam serem interessados e os

mesmos concordam as atividades auxiliam na melhor aprendizagem.

2º Dia de observação – 28/09/10

Assunto: Aula prática de extração de DNA

A professora extraiu DNA de morangos e todos os alunos se mantiveram bem

interessados e empolgados, pois nunca tinham visto uma extração de DNA e todos

se mostraram bem prestativos.

Pude notar que estes alunos apreciam aulas mais dinâmicas como aulas-

práticas que é um diferencial numa rotina de escola pública, de acordo com Morais

(2002) as aulas (teóricas e práticas) estão totalmente interligadas, dentro e entre

unidades, de tal modo que os conceitos vão sendo sucessivamente ampliados e

aplicados ao longo do ano. Este assunto permitiu que a professora fizesse esta aula

prática, já que esta é uma prática rápida e simples, onde daria para fazer com as

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vidrarias que se tem no laboratório além do fato dela ter dois horários, e ainda daria

para passar uma atividade de casa abordando não só a genética, mas também a

natureza química do DNA.

1º Dia de Regência – 12.10.10

Assunto: Introdução a citologia

Iniciei a aula me apresentando e pedindo que todos se apresentassem, logo

depois expliquei sobre os assuntos que trabalharíamos na unidade e iniciei a aula

com introdução a citologia.

Todos se mostraram muito curiosos e um pouco inquietos, acho que pelo fato

deu ser a professora nova, mas gostei da turma, apesar de ter um único aluno muito

inquieto e um pouco gaiato, mas prestativo, é ele quem me ajuda na montagem do

Datashow. Nesta aula não houve perguntas e nem colocações acho que pelo fato de

ser o 1º contato com eles.

De acordo com uma reportagem de Cristiane Marangon da revista nova

escola reconhece que o primeiro dia de aula é o momento propício para combinar as

regras de convivência, nesse primeiro bate-papo recolha dados para seu

planejamento. Se a classe for de adolescentes, você pode expor o programa da

disciplina e pedir que falem sobre suas expectativas.

Essas dicas servem para aproximar o professor da turma e descontrair a aula,

por isso achei interessante começar a aula com uma conversa mostrando o

cronograma da unidade e assim pudemos nos conhecer melhor e explanar as

expectativas que todos estavam esperando para aquela unidade.

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2º Dia de Regência 19.10.10

Prova da 3º Unidade de Matemática

Neste dia apliquei prova de matemática da 3º unidade, os alunos

conversaram um pouco e percebi que alguns estavam colando, porém não tomei a

prova por não ter visto nenhum papel de cola e também porque não era prova de

biologia, portanto achei que não tinha a autoridade de tomar a prova. E neste dia

achei que eles se aproximaram mais de mim, pois eu brinquei com eles e eles

corresponderam, foi bem divertido, apesar de eu ter criticado a atitude de colar

alegando que este ato não os beneficia.

Segundo Silva e Santos (2002) para que haja uma boa convivência entre

professor e aluno é necessário certa dose de humildade e um bom diálogo. Este é o

primeiro passo para que seja possível iniciar qualquer processo de mudança, pois a

confiança entre professor e aluno é primordial. O papel do educador em conduzir

seus alunos a criticidade deve ser essencialmente recíproco, já que há uma troca de

experiências na busca da aquisição de novos conhecimentos e novos caminhos a

serem seguidos. Acredito que devido a este dialogo pude transparecer os meus

dogmas e assim eles me conheceram melhor abrindo espaço para conversarmos e

brincarmos diante dos diferentes princípios dos meus alunos.

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3º Dia de Regência – 26.10.10

Assunto: Aula-prática de membrana plasmática

Neste dia cheguei mais cedo para preparar a aula prática de membrana,

porém os dois microscópios estavam quebrados e então não pude fazer a prática.

Então fui montar o Datashow, porém o computador estava configurado de uma

forma que eu não consegui transferir a imagem para o projetor, então pedi ajuda a

coordenação e ninguém sabia resolver e aí pedi a professora e ela chamou um

aluno que soube desconfigurar e a aula correu bem, porém pedi uns 40 minutos na

confusão do Datashow.

Neste dia também teve muita evasão por parte dos meninos, pois era a

semana de jogos e a maioria dos alunos do sexo masculino estavam jogando, então

aos meninos dei à chance de me entregar a atividade na próxima aula, já que era

jogos da escola. Devido às aulas de observações com a docente percebi que estes

alunos apreciavam metodologias novas por isso pensei na aula-prática e concordo

com Shimazaki et al, (2007), que diz ser essencial para que o educador repense

todo o processo de ensino-aprendizagem da linguagem e o funcionamento do

código. Porém como a prática não foi realizada pensei em fazer uma maquete

quando fosse abordar as estruturas celulares da célula.

4º Dia de Regência – 02.11.10

Não houve aula por conta do feriado de finados

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5º Dia de Regência – 09.11.10

Assunto: Estruturas celulares

Neste dia a minha professora foi observar a aula e o aluno gaiato arrumou

uma pequena confusão com outro aluno da sala ao lado, porém nada que fosse um

problema, na sala havia barulho, porém este vinha da sala ao lado, pois os alunos

estavam em aula vaga e estavam jogando, o que estava atrapalhando um pouco a

minha aula, devido à acústica ruim da sala.

Também nesse dia havia preparado e agendado o Datashow, mas houve

reunião e este foi transferido para a reunião e não fui informada, então eu tive que

dar a aula com o livro fazendo apontamentos e escrevendo no quadro. Neste dia

passei para a próxima aula a confecção da maquete, pois acredito que sejam

necessário diferentes recursos para estimular a participação e encantar os alunos a

fim de os fazerem gostar do assunto, pois segundo eles mesmos é cheio de

detalhes e palavras difíceis.

Segundo Neto & Fracalanza, (2003) a melhoria da qualidade do ensino

praticado em nossas escolas públicas pressupõe, ao lado de recursos pedagógicos

alternativos e variados, postos à disposição dos professores e dos alunos

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6º Dia de Regência – 16.11.10

Montagem da maquete

Neste dia era para ser entregue a maquete pronta, porém eles alegaram que

não conseguiram montar, então eu os ajudei, mas tinha poucos alunos e a aula foi

divertida, porém um pouco conturbada, pois assim que acabou a maquete, eles

desejaram ir embora, mais ainda era cedo e eu tinha que corrigir a atividade, mas eu

consegui corrigi o estudo dirigido e dei assunto.

Novas metodologias são importantes para o entusiasmo dos alunos ainda

mais quando se trata de uma turma de adolescentes, por isso eles estavam com

vontade de ir embora o que era divertido já tinha sido feito que era a confecção da

maquete, então eles não queriam mais aula teórica. Porém, pude notar que tal

atividade influenciou positivamente na minha relação com alguns alunos que

sentavam no fundo da sala, pois estes me pediram ajuda e começaram a me dar

atenção e nós então começamos a conversar e nos conhecer melhor e até hoje

mantenho contato com tais alunos, com isso concluo que tais atividades reforçam a

relação professor/aluno.

De acordo com Silva & Santos (2002)

a linguagem encontra-se relacionada com a interação entre os aspectos cognitivos e afetivos. Este fato pode ser verificado em sala de aula, pois quando há relação afetiva boa entre professor e aluno, a criança é falante e extrovertida. Mas, quando ocorre o contrário, vemos um quadro de pouco uso da linguagem, bem como das emoções. A interação professor-aluno ultrapassa os limites profissionais, escolares, do ano letivo e de semestres. É, na verdade, uma relação que deixa marcas, e que deve sempre buscar a afetividade e o diálogo como forma de construção do espaço escolar.

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7º Dia de regência – 23.11.10

Preparativos para a feira de cultura

Neste dia preparei aula sobre Mitocôndria, Núcleo – DNA e RNA, porém os

alunos estavam preparando o material da feira de cultura, e a professora regente

pediu que eu os ajudasse então nas duas aulas eu os ajudei a montar alguns

cartazes e panfletos e para os alunos que ainda não tinham me entregado a

maquete eu aceitei.

8º Dia de Regência – 25.11.10

Dia da feira de cultura - Tema: Dança...

Dia da feira de cultura, eu os visitei e os ajudei no estande, tudo estava

caprichado e todos estavam felizes e orgulhosos de si mesmos, ganhei presentes e

fui muito bem recebida por todos. Pude notar que metodologias diferentes estimulam

os alunos o que foi evidenciado nesta feira, alguns alunos tem preguiça de fazer os

exercícios, porém para esta feira de cultura todos os alunos trabalharam por isso o

resultado foi tão bom, então eu me pergunto: Cadê a preguiça?...Talvez tal evento

os estimule tanto, pois foi aberto ao público e com isso os pais poderiam ver e se

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orgulhar do trabalho de seus filhos. E tal evento é muito importante na escola, pois

mostra à sociedade a importância da educação e cultura no desenvolvimento do

indivíduo. O que corrobora com Monteiro (2010) que diz “a escola deve criar

interações entre os vários intervenientes educativos, além de envolver os pais, a

família e a comunidade no projeto”.

E a feira de cultura foi um evento que trouxe todos esses setores da

sociedade em contato com a escola.

9º Dia de Regência – 30.11.10

Revisão

Neste dia houve prova da IV unidade de física que foi antecipada. Então tomei

conta da prova e assim que eles terminaram eu apliquei revisão para a prova de

biologia. A revisão foi feita com auxílio de um mapa conceitual.

Segundo Souza s/d o mapa conceitual é um instrumento facilitador na

aprendizagem significativa, um recurso utilizável de variadas formas no contexto

escolar: estratégia de ensino; organizadores curricular, disciplinar ou temático;

instrumento avaliativo – e estes são apenas alguns exemplos.

E de acordo com Moreira e Buchweitz (1993) o mapa conceitual utilizado

enquanto instrumento avaliativo concentra-se na obtenção de informações acerca da

estruturação edificada pelo educando para um conjunto de conceitos. Assim, importa

determinar os conceitos apropriados e as relações estabelecidas entre eles,

interessa precisar como “[...] ele estrutura, hierarquiza, diferencia, relaciona,

discrimina e integra conceitos de uma determinada unidade de estudo, tópico,

disciplina etc.”

Optei por um mapa conceitual por se tratar de uma revisão e de assuntos de

uma unidade inteira, e o mapa ia ser o modo criativo, além de se tratar de uma

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forma avaliativa, porque pude visualizar quem tinha aprendido e estava estudando e

quem não estava estudando e tinha dificuldade nos assuntos.

10º Dia de Regência – 06.12.10

Prova da IV unidade de biologia

Neste dia eu tomei conta da prova da IV unidade de biologia e como era o

último encontro me despedi da turma até fui convidada para a festa deles, mas

infelizmente não pude ir, esta turma me proporcionou boas experiências e sento

falta das nossas aulas. Professor e aluno são indivíduos que estão no mundo, não

como individualidades à parte, estabelecendo relações unívocas com a escola e a

sociedade. São indivíduos ativos em constantes interações, ou seja, dando e

recebendo influências de outros indivíduos, da Escola, da família, dos meios de

comunicação e da sociedade em geral. (BARRETO, s.d.).

A minha relação com esta turma foi muito amigável e prazerosa, com trocas

de informações, brincadeiras , conversas e até conselhos, afinal estava ali para

orientar de melhor modo os alunos e assim obter a confiança deles, não acho justo o

professor tratar os alunos como indivíduos á parte, (sujeito/objeto) os quais lhes

devem obediência, pelo contrário acredito que o professor está ali como ser humano

capaz de formar opiniões e acalentar conflitos e para isso ele precisa ter

sensibilidade para lidar com as diversas situações que ocorrem em sala de aula,

claro que sempre respeitando as suas respectivas posições.

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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Atualmente, o docente tem que ser um profissional multidisciplinar, pois lida

com os saberes, com a psicologia, pois tem que entender como os alunos agem,

além disso, tem que se mostrar um diplomata em todos os momentos, porque é um

formador de opinião, ainda tem que saber usar todos os recursos tecnológicos e

estar em constante informação, pois todos esses fatores são diversos em sala de

aula, este profissional tem que conviver constantemente com desafios e o estágio de

regência é o princípio de todo esse desafio, é com esta ferramenta que se entra

neste mundo tão complexo e majestoso que é educar.

Realmente não foi fácil esse estágio, encontrei diversas dificuldades,

principalmente quanto à estrutura física da escola, a sala era muito quente e tinha

uma acústica ruim, sem falar no primeiro encontro com os alunos, sendo que havia

alunos mais velhos do que eu. Porém devido as experiências anteriores como o

estágio de observação facilitou no meu desenvolvimento e na capacidade de

avaliação da atuação do professor, pois devido as várias situações observadas

compreendi e moldei a forma que iria atuar no estágio de regência.

O estágio foi um período em que busquei vincular aspectos teóricos com

aspectos práticos, um momento em que a teoria e a prática se mesclam para que

fosse possível apresentar um bom resultado. Apesar de todas as dificuldades

consegui cumprir o cronograma, e também fechar as notas. Resolvi passar muitas

atividades com total de três pontos para ajudá-los na conquista de notas e também

para estimulá-los a ler sobre o assunto, mas nesta experiência diferentemente do

estágio anterior percebi que o grande número de atividades os ajudou, pois estes

me entregavam as atividades e gostavam de fazê-las acredito que não só por conta

da pontuação, mas também por conta do aprendizado porque segundo o que uma

de minhas alunas disse “as atividades ajudam a aprender”.

Contudo é através do estágio que há o crescimento como profissional na

confecção da identidade do professor, sabendo adaptar a teoria com a realidade de

cada aluno com o intuito de se obter um ensino realmente eficaz, necessário e de

qualidade, pra mim esta é a principal importância do estágio de regência.

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" As palavras só têm sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor.

Aprendemos palavras para melhorar os olhos."

"Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem...

O ato de ver não é coisa natural.

Precisa ser aprendido!"

Rubem Alves

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5. REFERÊNCIAS

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