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Estilistica
1.(Enem 2013)
O poema de Oswald de Andrade remonta ideia de que abrasilidade est relacionada ao futebol. Quanto questo daidentidade nacional, as anotaes em torno dos versosconstituem
a) direcionamentos possveis para uma leitura crtica dedados histrico-culturais.
b) forma clssica da construo potica brasileira.c) rejeio ideia do Brasil como o pas do futebol.d) intervenes de um leitor estrangeiro no exerccio de
leitura potica.e) lembretes de palavras tipicamente brasileiras
substitutivas das originais.
2.(Enem 2013) A diva
Vamos ao teatro, Maria Jos?Quem me dera,desmanchei em rosca quinze kilos de farinha,tou podre. Outro dia a gente vamos.Falou meio triste, culpada,e um pouco alegre por recusar com orgulho.
TEATRO! Disse no espelho.TEATRO! Mais alto, desgrenhada.TEATRO! E os cacos voaram
sem nenhum aplauso.Perfeita.
PRADO, A. Orculos de maio. So Paulo: Siciliano, 1999.
Os diferentes gneros textuais desempenham funessociais diversas, reconhecidas pelo leitor com base em suascaractersticas especficas, bem como na situaocomunicativa em que ele produzido. Assim, o texto Adivaa) narra um fato real vivido por Maria Jos.
b) surpreende o leitor pelo seu efeito potico.
c) relata uma experincia teatral profissional.d) descreve uma ao tpica de uma mulher sonhadora.e) defende um ponto de vista relativo ao exerccio teatral.
3.(Enem 2013) Lusofonia
rapariga: s.f., fem. de rapaz: mulher nova; moa; menina;(Brasil), meretriz.Escrevo um poema sobre a rapariga que est sentadano caf, em frente da chvena de caf, enquantoalisa os cabelos com a mo. Mas no posso escrever este
poema sobre essa rapariga porque, no brasil, a palavrarapariga no quer dizer o que ela diz em portugal. Ento,
terei de escrever a mulher nova do caf, a jovem do caf,a menina do caf, para que a reputao da pobre raparigaque alisa os cabelos com a mo, num caf de lisboa, nofique estragada para sempre quando este poema atravessaroatlntico para desembarcar no rio de janeiro. E isto tudosem pensar em frica, porque a l tereide escrever sobre a moa do caf, paraevitar o tom demasiado continental da rapariga, que uma palavra que j me est a pr com doresde cabea at porque, no fundo, a nica coisa que eu queriaera escrever um poema sobre a rapariga docaf. A soluo, ento, mudar de caf, e limitar-me a
escrever um poema sobre aquele caf onde nenhumarapariga se
pode sentar mesa porque s servem caf ao balco.
JDICE, N.Matria do Poema. Lisboa: D. Quixote, 2008.
O texto traz em relevo as funes metalingustica e potica.Seu carter metalingustico justifica-se pelaa) discusso da dificuldade de se fazer arte inovadora no
mundo contemporneo.b) defesa do movimento artstico da ps-modernidade,
tpico do sculo XX.c) abordagem de temas do cotidiano, em que a arte se volta
para assuntos rotineiros.d) tematizao do fazer artstico, pela discusso do ato de
construo da prpria obra.
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e) valorizao do efeito de estranhamento causado nopblico, o que faz a obra ser reconhecida.
4.(Enem 2013) Ol! Negro
Os netos de teus mulatos e de teus cafuzose a quarta e a quinta geraes de teu sangue sofredortentaro apagar a tua cor!E as geraes dessas geraes quando apagarema tua tatuagem execranda,no apagaro de suas almas, a tua alma, negro!Pai-Joo, Me-negra, Ful, Zumbi,negro-fujo, negro cativo, negro rebeldenegro cabinda, negro congo, negro ioruba, negro que foste
para o algodo de USApara os canaviais do Brasil, para o tronco, para o colar de
ferro, para a cangade todos os senhores do mundo;eu melhor compreendo agora os teus bluesnesta hora triste da raa branca, negro!Ol, Negro! Ol, Negro!A raa que te enforca, enforca-se de tdio, negro!
LIMA, J. Obras completas. Rio de Janeiro: Aguilar, 1958(fragmento).
O conflito de geraes e de grupos tnicos reproduz, naviso do eu lrico, um contexto social assinalado pora) modernizao dos modos de produo e consequente
enriquecimento dos brancos.b) preservao da memria ancestral e resistncia negra
apatia cultural dos brancos.c) superao dos costumes antigos por meio da
incorporao de valores dos colonizados.d) nivelamento social de descendentes de escravos e de
senhores pela condio de pobreza.e) antagonismo entre grupos de trabalhadores e lacunas de
hereditariedade.
5.(Enem 2013) Mal secreto
Se a clera que espuma, a dor que moraNalma, e destri cada iluso que nasce,Tudo o que punge, tudo o que devoraO corao, no rosto se estampasse;
Se se pudesse, o esprito que chora,Ver atravs da mscara da face,Quanta gente, talvez, que inveja agora
Nos causa, ento piedade nos causasse!
Quanta gente que ri, talvez, consigoGuarda um atroz, recndito inimigo,Como invisvel chaga cancerosa!Quanta gente que ri, talvez existe,Cuja ventura nica consisteEm parecer aos outros venturosa!
CORREIA, R. In: PATRIOTA, M.Para compreenderRaimundo Correia. Braslia: Alhambra, 1995.
Coerente com a proposta parnasiana de cuidado formal eracionalidade na conduo temtica, o soneto de RaimundoCorreia reflete sobre a forma como as emoes doindivduo so julgadas em sociedade. Na concepo do eulrico, esse julgamento revela quea) a necessidade de ser socialmente aceito leva o indivduo
a agir de forma dissimulada.b) o sofrimento ntimo torna-se mais ameno quando
compartilhado por um grupo social.c) a capacidade de perdoar e aceitar as diferenas neutraliza
o sentimento de inveja.d) o instinto de solidariedade conduz o indivduo a apiedar-
se do prximo.e) a transfigurao da angstia em alegria um artifcionocivo ao convvio social.
6.(Enem 2013) Gripado, penso entre espirros em como apalavra gripe nos chegou aps uma srie de contgios entrelnguas. Partiu da Itlia em 1743 a epidemia de gripe quedisseminou pela Europa, alm do vrus propriamente dito,dois vocbulos virais: o italiano influenzae o francs
grippe. O primeiro era um termo derivado do latimmedievalinfluentia, que significava influncia dos astrossobre os homens. O segundo era apenas a forma nominaldo verbogripper, isto , agarrar. Supe-se que fizesse
referncia ao modo violento como o vrus se apossa doorganismo infectado.
RODRIGUES, S. Sobre palavras. Veja, So Paulo, 30nov. 2011.
Para se entender o trecho como uma unidade de sentido, preciso que o leitor reconhea a ligao entre seuselementos. Nesse texto, a coeso construda
predominantemente pela retomada de um termo por outro epelo uso da elipse. O fragmento do texto em que h coesopor elipse do sujeito :
a) [] a palavra gripe nos chegou aps uma srie decontgios entre lnguas.
b) Partiu da Itlia em 1743 a epidemia de gripe [].c) O primeiro era um termo derivado do latim medieval
influentia, que significava influncia dos astros sobre oshomens.
d) O segundo era apenas a forma nominal do verbogripper [].
e) Supe-se que fizesse referncia ao modo violento comoo vrus se apossa do organismo infectado.
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A tirinha denota a postura assumida por seu produtor frenteao uso social da tecnologia para fins de interao e deinformao. Tal posicionamento expresso, de formaargumentativa, por meio de uma atitudea) crtica, expressa pelas ironias.
b) resignada, expressa pelas enumeraes.c) indignada, expressa pelos discursos diretos.d) agressiva, expressa pela contra-argumentao.e) alienada, expressa pela negao da realidade.
8.(Enem 2013) At quando?
No adianta olhar pro cuCom muita f e pouca lutaLevanta a que voc tem muito protesto pra fazerE muita greve, voc pode, voc deve, pode crer
No adianta olhar pro choVirar a cara pra no verSe liga a que te botaram numa cruz e s porque JesusSofreu no quer dizer que voc tenha que sofrer!
GABRIEL, O PENSADOR. Seja voc mesmo (mas noseja sempre o mesmo). Rio de Janeiro: Sony Music, 2001
(fragmento).
As escolhas lingusticas feitas pelo autor conferem ao textoa) carter atual, pelo uso de linguagem prpria da internet.b) cunho apelativo, pela predominncia de imagens
metafricas.c) tom de dilogo, pela recorrncia de grias.d) espontaneidade, pelo uso da linguagem coloquial.e) originalidade, pela conciso da linguagem.
9.(Enem 2013) Captulo LIV A pndula
Sa dali a saborear o beijo. No pude dormir;estirei-me na cama, certo, mas foi o mesmo que nada.Ouvi as horas todas da noite. Usualmente, quando eu perdia
o sono, o bater da pndula fazia-me muito mal; esse tique-taque soturno, vagaroso e seco parecia dizer a cada golpeque eu ia ter um instante menos de vida. Imaginava ento
um velho diabo, sentado entre dois sacos, o da vida e o damorte, e a cont-las assim:
Outra de menos
Outra de menos Outra de menos Outra de menosO mais singular que, se o relgio parava, eu
dava-lhe corda, para que ele no deixasse de bater nunca, eeu pudesse contar todos os meus instantes perdidos.Invenes h, que se transformam ou acabam; as mesmasinstituies morrem; o relgio definitivo e perptuo. Oderradeiro homem, ao despedir-se do sol frio e gasto, h deter um relgio na algibeira, para saber a hora exata em quemorre.
Naquela noite no padeci essa triste sensao deenfado, mas outra, e deleitosa. As fantasias tumultuavam-
me c dentro, vinham umas sobre outras, semelhana dedevotas que se abalroam para ver o anjo-cantor dasprocisses. No ouvia os instantes perdidos, mas osminutos ganhados.
ASSIS, M.Memrias pstumas de Brs Cubas . Rio deJaneiro: Nova Aguilar, 1992 (fragmento).
O captulo apresenta o instante em que Brs Cubas revive asensao do beijo trocado com Virglia, casada com Lobo
Neves. Nesse contexto, a metfora do relgio desconstricertos paradigmas romnticos, porque
a) o narrador e Virglia no tm percepo do tempo emseus encontros adlteros.b) como defunto autor, Brs Cubas reconhece a
inutilidade de tentar acompanhar o fluxo do tempo.c) na contagem das horas, o narrador metaforiza o desejo de
triunfar e acumular riquezas.d) o relgio representa a materializao do tempo e
redireciona o comportamento idealista de Brs Cubas.e) o narrador compara a durao do sabor do beijo
perpetuidade do relgio.
10.(Enem 2012) Aquele bbado
Juro nunca mais beber e fez o sinal da cruz com osindicadores. Acrescentou: lcool.
O mais, ele achou que podia beber. Bebia paisagens,msicas de Tom Jobim, versos de Mrio Quintana. Tomouum pileque de Segall. Nos fins de semana embebedava-sede ndia Reclinada, de Celso Antnio.
Curou-se 100% de vcio comentavam os amigos.
S ele sabia que andava bbado que nem um gamb.Morreu de etilismo abstrato, no meio de uma carraspana de
pr do sol no Leblon, e seu fretro ostentava inmeras
coroas de ex-alcolatras annimos.
ANDRADE, C. D. Contos plausveis.Rio de Janeiro:Record, 1991.
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A causa mortis do personagem, expressa no ltimopargrafo, adquire um efeito irnico no texto porque, ao
longo da narrativa, ocorre umaa) metaforizao do sentido literal do verbo beber.b) aproximao exagerada da esttica abstracionista.c) apresentao gradativa da coloquialidade da linguagem.d) explorao hiperblica da expresso inmeras coroas.e) citao aleatria de nomes de diferentes artistas.
11.(Enem 2012)
O efeito de sentido da charge provocado pela combinaode informaes visuais e recursos lingusticos. No contextoda ilustrao, a frase proferida recorre a) polissemia, ou seja, aos mltiplos sentidos da expresso
rede social para transmitir a ideia que pretendeveicular.
b) ironia para conferir um novo significado ao termo outracoisa.
c) homonmia para opor, a partir do advrbio de lugar, oespao da populao pobre e o espao da populao rica.
d) personificao para opor o mundo real pobre ao mundovirtual rico.
e) antonmia para comparar a rede mundial decomputadores com a rede caseira de descanso da famlia.
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14.(Enem 2010) arnavia
Repique tocouO surdo escutou
E o meu corasamborim
Cua gemeu, ser? que era meu, quando ela passou
por
mim?
[
ANTUNES, A.; BROWN, C.; MONTE, M.
Tribalistas,2002 (fragmento).
No terceiro verso, o voculo orasamborim?,que ? a juno corao + samba + tamborim,
refere-se, ao mesmo tempo, a elementos que
compm uma escola de samba e a situao
emocional em que se encontra o autor da
mensagem, com o corao no ritmo da percuss.
Essa palavra corresponde a um(a)
a) estrangeirismo, uso de elementos lingusticos originadosem outras lnguas e representativos de outras culturas.
b) neologismo, criao de novos itens lingusticos, pelosmecanismos que o sistema da lngua disponibiliza.
c) gria, que compe uma linguagem originada emdeterminado grupo social e que pode vir a se disseminarem uma
comunidade mais ampla.d) regionalismo, por ser palavra caracterstica de
determinada rea geogrfica.e) termo tcnico, dado que designa elemento de rea
especfica de atividade.
15.(Enem 2 aplicao 2010) Texto I
Cho de esmeralda
Me sinto pisandoUm cho de esmeraldasQuando levo meu corao MangueiraSob uma chuva de rosasMeu sangue jorra das veiasE tinge um tapetePra ela sambar a realeza dos bambasQue quer se mostrarSoberba, garbosaMinha escola um cata-vento a girar verde, rosa
Oh, abre alas pra Mangueira passar
BUARQUE, C.; CARVALHO, H. B. Chico Buarque deMangueira. Marola Edies Musicais
Ltda. BMG. 1997. Disponvel em:www.chicobuarque.com.br. Acesso em: 30 abr. 2010.
Texto II
Quando a escola de samba entra na Marqus de Sapuca, aplateia delira, o corao dos componentes bate mais forte eo que vale a emoo. Mas, para que esse verdadeiroespetculo entre em cena, por trs da cortina de fumaa dosfogos de artifcio, existe um verdadeiro batalho de alegria:so costureiras, aderecistas, diretores de ala e de harmonia,
pesquisador de enredo e uma infinidade de garantem quetudo esteja perfeito na hora do desfile.
AMORIM, M.; MACEDO, G. O espetculo dos bastidores.Revista de Carnaval 2010:
Mangueira. Rio de Janeiro: Estao Primeira de Mangueira,2010.
Ambos os textos exaltam o brilho, a beleza, a tradio e ocompromisso dos dirigentes e de todos os componentescom a escola de samba Estao Primeira de Mangueira.Uma das diferenas que se estabelece entre os textos quea) o artigo jornalstico cumpre a funo de transmitir
emoes e sensaes, mais do que a letra de msica.b) a letra de msica privilegia a funo social de comunicar
a seu pblico a crtica em relao ao samba e aossambistas.
c) a linguagem potica, no Texto I, valoriza imagens
metafricas e a prpria escola, enquanto a linguagem, noTexto II, cumpre a funo de informar e envolver oleitor.
d) ao associar esmeraldas e rosas s cores da escola, oTexto I acende a rivalidade entre escolas de samba,enquanto o Texto II neutro.
e) o Texto I sugere a riqueza material da Mangueira,enquanto o Texto II destaca o trabalho na escola desamba.
16.(Enem cancelado 2009) COM NICIGA, PARAR DEFUMAR FICA MUITO MAIS FCIL
1. Fumar aumenta o nmero de receptores do seu crebroque se ativam com nicotina.2. Se voc interrompe o fornecimento de uma vez, elesenlouquecem e voc sente os desagradveis sintomas dafalta do cigarro.3. Com seus adesivos transdrmicos, Niciga libera nicotinateraputica de forma controlada no seu organismo,facilitando o processo de parar de fumar e ajudando a suafora de vontade. Com Niciga, voc tem o dobro dechances de parar de fumar.
Revista poca,24 nov. 2009 (adaptado).
Para convencer o leitor, o anncio emprega como recursoexpressivo, principalmente,a) as rimas entre Niciga e nicotina.
b) o uso de metforas como fora de vontade.
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c) a repetio enftica de termos semelhantes como fcile facilidade.
d) a utilizao dos pronomes de segunda pessoa, que fazem
um apelo direto ao leitor.e) a informao sobre as consequncias do consumo docigarro para amedrontar o leitor.
17.(Enem 2009) Crcere das almas
Ah! Toda a alma num crcere anda presa,
Soluando nas trevas, entre as grades
Do calabouo olhando imensidades,
Mares, estrelas, tardes, natureza.
Tudo se veste de uma igual grandezaQuando a alma entre grilhes as liberdades
Sonha e, sonhando, as imortalidades
Rasga no etreo o Espao da Pureza.
almas presas, mudas e fechadas
Nas prises colossais e abandonadas,
Da Dor no calabouo, atroz, funreo!
Nesses silncios solitrios, graves,
que chaveiro do Cu possui as chaves
para abrir-vos as portas do Mistrio?!
CRUZ E SOUSA, J.Poesia completa. Florianpolis:Fundao Catarinense de Cultura / Fundao Banco do
Brasil, 1993.
Os elementos formais e temticos relacionados ao contextocultural do Simbolismo encontrados no poema Crcere dasalmas, de Cruz e Sousa, so
a) a opo pela abordagem, em linguagem simples e direta,de temas filosficos.
b) a prevalncia do lirismo amoroso e intimista em relao temtica nacionalista.
c) o refinamento esttico da forma potica e o tratamentometafsico de temas universais.
d) a evidente preocupao do eu lrico com a realidadesocial expressa em imagens poticas inovadoras.
e) a liberdade formal da estrutura potica que dispensa arima e a mtrica tradicionais em favor de temas docotidiano
18.(Enem 2009) Oximoro, ou paradoxismo, uma figurade retrica em que se combinam palavras de sentido opostoque parecem excluir-se mutuamente, mas que, no contexto,
reforam a expresso.
Dicionrio Eletrnico Houaiss da Lngua Portuguesa.
Considerando a definio apresentada, o fragmento poticoda obra Cantares, de Hilda Hilst, publicada em 2004, emque pode ser encontrada a referida figura de retrica :
a) Dos dois contemplorigor e fixidez.Passado e sentimentome contemplam (p. 91).
b) De sol e luaDe fogo e ventoTe enlao (p. 101).
c) Areia, vou sorvendoA gua do teu rio (p. 93).
d) Ritualiza a matanade quem s te deu vida.E me deixa vivernessa que morre (p. 62).
e) O bisturi e o verso.Dois instrumentosentre as minhas mos (p. 95).
19.(Enem cancelado 2009) Texto I
No meio do caminho tinha uma pedratinha uma pedra no meio do caminhotinha uma pedrano meio do caminho tinha uma pedra[...]
ANDRADE, C. D.Reunio.Rio de Janeiro: JosOlympio, 1971 (fragmento).
Texto II
As lavadeiras de Mossor, cada uma tem sua pedra no rio:cada pedra herana de famlia, passando de me a filha,de filha a neta, como vo passando as guas no tempo [...].A lavadeira e a pedra formam um ente especial, que sedivide e se rene ao sabor do trabalho. Se a mulher entoauma cano, percebe-se que a nova pedra a acompanha emsurdina...[...]
ANDRADE, C. D. Contos sem propsito.Rio deJaneiro: Jornal do Brasil, Caderno B, 17/7/1979(fragmento).
Com base na leitura dos textos, possvel estabelecer umarelao entre forma e contedo da palavra pedra, pormeio da qual se observaa) o emprego, em ambos os textos, do sentido conotativo da
palavra pedra.b) a identidade de significao, j que nos dois textos,
pedra significa empecilho.c) a personificao de pedra que, em ambos os textos,
adquire caractersticas animadas.d) o predomnio, no primeiro texto, do sentido denotativo
de pedra como matria mineral slida e dura.e) a utilizao, no segundo texto, do significado de pedra
como dificuldade materializada por um objeto.
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20.(Enem cancelado 2009) Ouvir estrelas
Ora, (direis) ouvir estrelas! Certoperdeste o senso! E eu vos direi, no entanto,que, para ouvi-las, muita vez despertoe abro as janelas, plido de espanto...E conversamos toda noite, enquantoa Via-Lctea, como um plio aberto,cintila. E, ao vir o Sol, saudoso e em pranto,inda as procuro pelo cu deserto.Direis agora: Tresloucado amigo!Que conversas com elas? Que sentidotem o que dizem, quando esto contigo?E eu vos direi: Amai para entend-las!Pois s quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas.
BILAC, Olavo. Ouvir estrelas. In: Tarde,1919.
Ouvir estrelas
Ora, direis, ouvir estrelas! Vejoque ests beirando a maluquice extrema.
No entanto o certo que no perco o ensejoDe ouvi-las nos programas de cinema.
No perco fita; e dir-vos-ei sem pejo
que mais eu gozo se escabroso o tema.Uma boca de estrela dando beijo, meu amigo, assunto pra um poema.Direis agora: Mas, enfim, meu caro,As estrelas que dizem? Que sentidotm suas frases de sabor to raro?Amigo, aprende ingls para entend-las,Pois s sabendo ingls se tem ouvidoCapaz de ouvir e de entender estrelas.
TIGRE, Bastos. Ouvir estrelas. In:Becker, I.Humor e humorismo: Antologia. So
Paulo: Brasiliense, 1961.
A partir da comparao entre os poemas, verifica-se que,a) no texto de Bilac, a construo do eixo temtico se deu
em linguagem denotativa, enquanto no de Tigre, emlinguagem conotativa.
b) no texto de Bilac, as estrelas so inacessveis, distantes, eno texto de Tigre, so prximas, acessveis aos que asouvem e as entendem.
c) no texto de Tigre, a linguagem mais formal, maistrabalhada, como se observa no uso de estruturas comodir-vos-ei sem pejo e entend-las.
d) no texto de Tigre, percebe-se o uso da linguagemmetalingustica no trecho Uma boca de estrela dando
beijo/, meu amigo, assunto pra um poema.e) no texto de Tigre, a viso romntica apresentada para
alcanar as estrelas enfatizada na ltima estrofe de seu
poema com a recomendao de compreenso de outraslnguas.
TEXTO PARA AS PRXIMAS 2 QUESTES:Cano do vento e da minha vida
O vento varria as folhas,
O vento varria os frutos,
O vento varria as flores...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De frutos, de flores, de folhas.
[...]
O vento varria os sonhosE varria as amizades...
O vento varria as mulheres...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De afetos e de mulheres.
O vento varria os meses
E varria os teus sorrisos...
O vento varria tudo!
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De tudo.
BANDEIRA, M.Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro:Jos Aguilar, 1967.
21.(Enem 2009) Predomina no texto a funo dalinguagem
a) ftica, porque o autor procura testar o canal de
comunicao.b) metalingustica, porque h explicao do significado dasexpresses.
c) conativa, uma vez que o leitor provocado a participarde uma ao.
d) referencial, j que so apresentadas informaes sobreacontecimentos e fatos reais.
e) potica, pois chama-se a ateno para a elaboraoespecial e artstica da estrutura do texto.
22.(Enem 2009) Na estruturao do texto, destaca-se
a) a construo de oposies semnticas.b) a apresentao de ideias de forma objetiva.
c) o emprego recorrente de figuras de linguagem, como oeufemismo.
d) a repetio de sons e de construes sintticassemelhantes.
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e) a inverso da ordem sinttica das palavras.
Gabarito:
Resposta da questo 1:[A]
As anotaes em torno dos versos sugerem associao dabrasilidade com as vitrias conseguidas no futebol contratimes nacionais e estrangeiros. Desta forma, constituemdirecionamentos possveis para uma leitura crtica de dadoshistrico-culturais, como se afirma em [A].
Resposta da questo 2:[B]
correta a opo [B], pois, ao narrar uma ao do cotidianoem linguagem coloquial ( tou podre, a gente vamos), oautor demonstra paralelamente a preocupao em elaborarum texto em que o ritmo, a sonoridade e a escolha do lxicoesto presentes. Essa preocupao com o fazer literrioconfigura a funo potica da linguagem.
Resposta da questo 3:[D]
A funo metalingustica est presente em textos cujo foco o prprio cdigo, ou seja, o conjunto de signos utilizado
para transmisso e recepo da mensagem. No poema deNuno Jdice, o eu lrico debrua-se sobre a prpria obrapara tecer consideraes sobre o fazer artstico, o que lheprovoca conflitos pela conotao que o termo raparigapode adquirir em outros pases lusfonos: Escrevo umpoema sobre a rapariga, no posso escrever este/poemasobre essa rapariga, e limitar-me a/escrever um poemasobre aquele caf onde nenhuma rapariga se/pode sentar mesa. Assim, correta a opo [D].
Resposta da questo 4:[B]
correta a opo [B], pois o eu lrico considera que, apesarde todas as tentativas de se renegar a cultura dos negros, assuas marcas so indelveis na sociedade brasileira (E asgeraes dessas geraes quando apagarem/a tua tatuagemexecranda,/no apagaro de suas almas, a tuaalma,negro!).
Resposta da questo 5:[A]
No soneto Mal secreto, de Raimundo Correia, o eu lricoexpressa a sensao de que o comportamento social doindivduo pode dissimular as agruras de uma vida penosaque no quer revelar a ningum. Na ltima estrofe, osversos Quanta gente que ri, talvez, consigo/guarda umatroz, recndito inimigo explicam que o indivduo age
muitas vezes de forma dissimulada para ser socialmenteaceito, como se afirma em [A].
Resposta da questo 6:[E]
Na frase da opo [E], existe elipse do sujeito na oraoque fizesse referncia ao modo violento para evitar arepetio do segmento anterior a que se refere: a formanominal do verbogripper,isto , agarrar.
Resposta da questo 7:[A]
correta a opo [A], pois a oposio entre o que afirmado no cabealho de cada quadro e as posturas
assumidas pelos personagens revela crtica e, tambm,ironia, figura de linguagem em que se declara o contrriodo que se pensa.
Resposta da questo 8:[D]
correta a opo [D], pois o uso dos termos pro e praem vez de por e para, respectivamente, assim como aexpresso se liga a, conferem ao texto a espontaneidadetpica da linguagem coloquial.
Resposta da questo 9:[D]
A metfora do relgio desconstri certos paradigmasromnticos porque representa a materializao do tempo eredireciona o comportamento idealista de Brs Cubas,como transcrito em [D]. Ao contrrio do que normalmenteacontecia, em que as badaladas do relgio eram associadasao tempo que ia perdendo ao longo da vida, Brs Cubasdeclara que, naquela noite, no sentiu o mesmo enfado etristeza. Conseguiu congelar o tempo para usufruir dassensaes da lembrana do beijo trocado com Virglia,casada com Jos Lobo, personagem distante da idealizao
da virgem casta do estilo romntico.
Resposta da questo 10:[A]
Em Aquele bbado, o personagem decidiu que iria deixarde consumir lcool, mas acabou por morrer de etilismoabstrato. O paradoxo da expresso revela o uso metafricodo verbo beber para descrever a atitude apaixonada dequem se entrega s sensaes para admirar intensamente oespetculo da vida e usufruir do prazer pleno que asmltiplas e variadas manifestaes artsticas lhe
provocavam. Assim, correta a opo [A].
Resposta da questo 11:[A]
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Trata-se de polissemia da expresso rede social, poistanto pode aludir a interligao de computadores para usoda internet como designar uma espcie de leito/balano
onde dorme toda uma famlia.
Resposta da questo 12:[E]
No poema Lpida e Leve, o eu lrico estabeleceaproximaes sugestivas entre o exerccio ertico e o fazer
potico ("carcias supremas","formosos poemas"). Assim,o elemento-imagem lngua explorado
polissemicamente no sentido de fonte de prazer e ideia,expressando o total envolvimento do criador com a obracriada (Lngua que me cativas, que me enleias /os surtosde ave estranha, /em linhas longas de invisveis teias, /de
que s, h tanto, habilidosa aranha...). O eu lrico,feminino, projeta-se como frase e une-se ao discurso detodas as mulheres (amo-te como todas as mulheres),expressando o direito de desfrutar inteiramente do prazer.
Resposta da questo 13:[E]
Ao afirmar que havia realizado uma consulta paranormalcom o pai da psicanlise, a autora usa a ironia, figura delinguagem que reproduz o oposto do que realmente se
pensa. A paranormalidade contraria o cientificismo dateoria de Freud, o que foi confirmado pelo resultado do
teste obtido na segunda tentativa em que respostasdiferentes obtiveram a mesma concluso.
Resposta da questo 14:[B]
A aglutinao dos trs termos resulta no neologismo,palavra no registrada no dicionrio, mas que fruto de umcomportamento espontneo para designar uma situaoespecfica. As opes a), c), d) e e) remetem aconceituaes que no se aplicam palavra da letra criada
pelo grupo Tribalistas para designar a emoo do eu lrico.
Resposta da questo 15:[C]
O uso de recursos expressivos como a metfora(pisando/Um cho de esmeraldas, Minha escola umcata-vento a girar), a hiprbole (Meu sangue jorra dasveias) e a metonmia (Quando levo meu corao/Mangueira) contribui para a predominncia da funo
potica da linguagem no texto I, enquanto que o II, aoprivilegiar o referente (situao de que trata a mensagem),cumpre a funo de informar e envolver o leitor.
Resposta da questo 16:[D]
As alternativas A e C tambm so recursos
expressivos, mas o enunciado usa o advrbioprincipalmente, portanto, a resposta D torna-se maisadequada. A propaganda utiliza a funo conativa da
linguagem que tem entre suas caractersticas o uso derecursos para aproximar o remetente do destinatrio damensagem. O pronome voc, embora conjugado em terceira
pessoa, um pronome de segunda pessoa (como o tu) com quem o emissor fala.
Fora de vontade no uma metfora. Por issoo erro da afirmao B.O texto publicitrio no amendronta o leitor. Aargumentao fundamenta-se nas qualidades do produto.Isso justifica o equvoco da afirmao E.
Resposta da questo 17:[C]
V-se um refinamento esttico pela construo formal, oracaracterizada pelo soneto, uma forma fixa que remonta aos
padres clssicos. A temtica reflete a ideologia simbolista,representando a crise de conscincia do ser humano, levadas ltimas consequncias em funo do contexto histrico
pertencente era em voga.
Resposta da questo 18:[D]
O trecho da alternativa d tem os elementos quecaracterizam a referida figura de linguagem (o oximoro),
que se evidencia por meio dos vocbulos: matana/vida;viver/morre.
Resposta da questo 19:[A]
A significao dos vocbulos no fixa. Quandoeles so empregados em seu sentido usual, literal, comum -h denotao. Quando so empregados no sentido figurado,dependente de um contexto particular - ocorre a conotao.A palavra pedra, em ambos os textos, tem sentidoconotativo. No primeiro, o vocbulo pedra significaobstculo, empecilho. A repetio da estrutura e da palavrasugere os vrios obstculos, problemas enfrentados pelas
pessoas ao longo da vida.No segundo, pedra aparece com o significado
ampliado, na medida em que o mineral duro e slido, arocha pode expressar o destino, passado de me para filha:o de laborar como lavadeira. Logo, a alternativa A estcorreta e as afirmaes B e D esto incorretas.
A alternativa C est incorreta, pois personificaoou prosopopeia uma figura de linguagem que consiste ematribuir a seres inanimados (sem vida) caractersticas deseres animados; ou em atribuir caractersticas humanas aseres irracionais. Em ambos os textos, a palavra pedra no
se apresenta com traos de ser animado, nem comcaractersticas humanas.A afirmao E est errada, pois, no segundo texto, pedra um objeto duro, slido que serve para as lavadeiras de
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Mossor trabalharem e a sina de continuarem a repetir oofcio das ascendentes (antepassadas).
Resposta da questo 20:[D]
A alternativa A est incorreta, porque a construodo eixo temtico do poema de Bilac no se deu emlinguagem denotativa, literal, usual, previsvel. O eu lrico
personifica as estrelas, o Sol, utiliza figuras de linguagem,como a prosopopeia que consiste em atribuir a seresinanimados caractersticas de seres animados ou atribuircaractersticas humanas a seres irracionais. O texto do autor
parnasiano possui um alto ndice de plurissignificao damodalidade de linguagem, diversa da modalidade prpriado uso cotidiano.
A alternativa B est incorreta, pois o sujeitopotico, do poema parnasiano, com traos romnticos,afirma que o amor capacita as pessoas a ouvir ecompreender as estrelas, portanto, estas so acessveis. J asestrelas a que se refere o eu lrico do texto de Bastos Tigreso as atrizes do cinema. A acessibilidade limitada. Acompreenso sobre elas depende do conhecimento dalngua inglesa, pois, o texto se refere, provavelmente, sartistas do cinema norte-americano.
As alternativas C e E esto incorretas, na medidaem que as expresses dir-vos-ei sem pejo e entend-las s so utilizadas pelo escritor, para realizar a ironia, acrtica s ideias do poema parnasiano. Tigre realiza a
intertextualidade, a partir do poema de Bilac. A linguagemusada no texto humorstico mais coloquial que a de Bilac:Vejo que ests beirando a maluquice extrema.../ Umaboca de estrela dando beijo / , meu amigo, assunto praum poema. A viso apresentada para alcanar as estrelas,no texto de Bilac, romntica; no de Tigre, moderna.A afirmao D est correta, porque, no texto de Tigre,
percebe-se o uso da linguagem metalingustica no trechoUma boca de estrela dando beijo/, meu amigo, assunto
pra um poema.A funo metalingustica ocorre quandose fala sobre o cdigo utilizado, usa-se a linguagem parafalar dela prpria.Boca de estrela dando beijo matria,assunto para ser usado em um poema, aqui est a funo
citada.
Resposta da questo 21:[E]
O texto referido potico, cuja construo pauta-se peloemprego de uma linguagem figurada na qual o autorutilizou-se de alguns recursos expressivos, conferindo umaautntica expressividade linguagem.
Resposta da questo 22:[D]
No texto, h a predominncia de aliterao, que,foneticamente representada pela consoante v.Caracterizada por meio dos versos: O vento varria ossonhos, e varria as amizades, o vento varria as mulheres...
[...].No que se refere s construes sintticas, estas apresentamsemelhana nos trs grupos de versos, ou seja, todos so
dotados dos termos essenciais que compem a orao:sujeito, predicado e complemento.
Fontica
1.(Enem 2 aplicao 2010) Quando vou a So Paulo,ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; no esperos o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas paraconferir a pronncia de cada um; os paulistas pensam quetodo nordestino fala igual; contudo as variaes so maisnumerosas que as notas de uma escala musical.Pernambuco, Paraba, Rio Grande do Norte, Cear, Piau
tm no falar de seus nativos muito mais variantes do que seimagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho,e todo mundo ri, porque parece impossvel que um praianode beira-mar no chegue sequer perto de um sertanejo deQuixeramobim. O pessoal do Cariri, ento, at se orgulhado falar deles. Tm uns ts doces, quase um the; j ns,speros sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos osterminais em al ou el carnavau, Raqueu... J os
paraibanos trocam o l pelo r. Jos Amrico s me chamava,afetuosamente, de Raquer.
Queiroz, R. O Estado de So Paulo. 09 maio 1998(fragmento adaptado).
Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo devariao lingustica que se percebe no falar de pessoas dediferentes regies. As caractersticas regionais exploradasno texto manifestam-sea) na fonologia.
b) no uso do lxico.c) no grau de formalidade.d) na organizao sinttica.e) na estruturao morfolgica.
2.(Enem 2009) Para o Mano Caetano
O que fazer do ouro de tolo
Quando um doce bardo brada a toda brida,
Em velas pandas, suas esquisitas rimas?
Geografia de verdades, Guanabaras postias
Saudades banguelas, tropicais preguias?
A boca cheia de dentes
De um implacvel sorriso
Morre a cada instante
Que devora a voz do morto, e com isso,
Ressuscita vampira, sem o menor aviso
[...]
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E eusoy lobo-bolo? lobo-bolo
Tipo pra rimar com ouro de tolo?
Oh, Narciso Peixe Ornamental!
Tease me, tease me outra vez1Ou em banto baiano
Ou em portugus de Portugal
De Natal
[...]
1Tease me (caoe de mim, importune-me).
LOBO. Disponvel em: http://vagalume.uol.com.br.Acesso em: 14 ago. 2009 (adaptado).
Na letra da cano apresentada, o compositor Loboexplora vrios recursos da lngua portuguesa, a fim deconseguir efeitos estticos ou de sentido. Nessa letra, oautor explora o extrato sonoro do idioma e o uso de termoscoloquiais na seguinte passagem:
a) Quando um doce bardo brada a toda brida (v. 2)b) Em velas pandas, suas esquisitas rimas? (v. 3)c) Que devora a voz do morto (v. 9)d) lobo-bolo//Tipo pra rimar com ouro de tolo? (v. 11-12)e) Tease me, tease me outra vez (v. 14)
Gabarito:Resposta da questo 1:[A]
A Fonologia (do Gregophonos= som e logos= estudo) oramo da Lngustica que estuda o sistema sonoro de umidioma. Ao comentar as variaes que se percebem no falarde pessoas de diferentes regies (Tm uns ts doces, quaseum the; j ns, speros sertanejos, fazemos um duro au oueu de todos os terminais em al ou el carnavau, Raqueu...J os paraibanos trocam o l pelo r. Jos Amrico s mechamava, afetuosamente, de Raquer), a autora analisa as
mudanas fonticas caractersticas de cada regio.
Resposta da questo 2:[D]
O efeito sonoro se faz com uma combinao lingusticaexplorando os fonemas /l/, /b/, /t/. A linguagem coloquial representada pela expresso tipo pra rimar.
Gramtica
1.(Enem 2013) Gripado, penso entre espirros em como a
palavra gripe nos chegou aps uma srie de contgios entrelnguas. Partiu da Itlia em 1743 a epidemia de gripe quedisseminou pela Europa, alm do vrus propriamente dito,dois vocbulos virais: o italiano influenzae o francs
grippe. O primeiro era um termo derivado do latimmedievalinfluentia, que significava influncia dos astrossobre os homens. O segundo era apenas a forma nominal
do verbogripper, isto , agarrar. Supe-se que fizessereferncia ao modo violento como o vrus se apossa doorganismo infectado.
RODRIGUES, S. Sobre palavras. Veja, So Paulo, 30nov. 2011.
Para se entender o trecho como uma unidade de sentido, preciso que o leitor reconhea a ligao entre seuselementos. Nesse texto, a coeso construda
predominantemente pela retomada de um termo por outro epelo uso da elipse. O fragmento do texto em que h coeso
por elipse do sujeito :a) [] a palavra gripe nos chegou aps uma srie decontgios entre lnguas.
b) Partiu da Itlia em 1743 a epidemia de gripe [].c) O primeiro era um termo derivado do latim medieval
influentia, que significava influncia dos astros sobre oshomens.
d) O segundo era apenas a forma nominal do verbogripper [].
e) Supe-se que fizesse referncia ao modo violento comoo vrus se apossa do organismo infectado.
2.(Enem 2013)
Nessa charge, o recurso morfossinttico que colabora para oefeito de humor est indicado pelo(a)a) emprego de uma orao adversativa, que orienta a quebra
da expectativa ao final.b) uso de conjuno aditiva, que cria uma relao de causa
e efeito entre as aes.c) retomada do substantivo me, que desfaz a
ambiguidade dos sentidos a ele atribudosd) utilizao da forma pronominal la, que reflete um
tratamento formal do filho em relao me.e) repetio da forma verbal , que refora a relao de
adio existente entre as oraes.
3.(Enem 2013) Secretaria de Cultura
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EDITAL
NOTIFICAO Sntese da resoluo publicada no
Dirio Oficial da Cidade, 29/07/2011 pgina 41 511Reunio Ordinria, em 21/06/2011.Resoluo n 08/2011 TOMBAMENTO dos imveis daRua Augusta, n 349 e n 353, esquina com a Rua Marqusde Paranagu, n 315, n 327 e n 329 (Setor 010, Quadra026, Lotes 0016-2 e 00170-0), bairro da Consolao,Subprefeitura da S, conforme o processo administrativo n1991-0.005.365-1.
Folha de S. Paulo, 5 ago. 2011 (adaptado).
Um leitor interessado nas decises governamentais escreveuma carta para o jornal que publicou o edital, concordando
com a resoluo sintetizada no Edital da Secretaria deCultura. Uma frase adequada para expressar suaconcordncia :a) Que sbia iniciativa! Os prdios em pssimo estado de
conservao devem ser derrubados.b) At que enfim! Os edifcios localizados nesse trecho
descaracterizam o conjunto arquitetnico da RuaAugusta.
c) Parabns! O poder pblico precisa mostrar sua foracomo guardio das tradies dos moradores locais.
d) Justa deciso! O governo d mais um passo rumo eliminao do problema da falta de moradias populares.
e) Congratulaes! O patrimnio histrico da cidade
merece todo empenho para ser preservado.
4.(Enem 2013) Novas tecnologias
Atualmente, prevalece na mdia um discurso deexaltao das novas tecnologias, principalmente aquelasligadas s atividades de telecomunicaes. Expressesfrequentes como o futuro j chegou, maravilhastecnolgicas e conexo total com o mundo fetichizamnovos produtos, transformando-os em objetos do desejo, deconsumo obrigatrio. Por esse motivo carregamos hoje nos
bolsos, bolsas e mochilas o futuro to festejado.Todavia, no podemos reduzir-nos a meras vtimas
de um aparelho miditico perverso, ou de um aparelhocapitalista controlador. H perverso, certamente, econtrole, sem sombra de dvida. Entretanto, desenvolvemosuma relao simbitica de dependncia mtua com osveculos de comunicao, que se estreita a cada imagemcompartilhada e a cada dossi pessoal transformado emobjeto pblico de entretenimento.
No mais como aqueles acorrentados na cavernade Plato, somos livres para nos aprisionar, por espontneavontade, a esta relao sadomasoquista com as estruturasmiditicas, na qual tanto controlamos quanto somoscontrolados.
SAMPAIO, A. S. A microfsica do espetculo.Disponvel em: http://observatoriodaimprensa.com.br.
Acesso em: 1 mar. 2013 (adaptado).
Ao escrever um artigo de opinio, o produtor precisa criaruma base de orientao lingustica que permita alcanar os
leitores e convenc-los com relao ao ponto de vistadefendido. Diante disso, nesse texto, a escolha das formasverbais em destaque objetivaa) criar relao de subordinao entre leitor e autor, j que
ambos usam as novas tecnologias.b) enfatizar a probabilidade de que toda populao
brasileira esteja aprisionada s novas tecnologias.c) indicar, de forma clara, o ponto de vista de que hoje as
pessoas so controladas pelas novas tecnologias.d) tornar o leitor copartcipe do ponto de vista de que ele
manipula as novas tecnologias e por elas manipulado.e) demonstrar ao leitor sua parcela de responsabilidade por
deixar que as novas tecnologias controlem as pessoas.
5.(Enem 2013) Dvida
Dois comprades viajavam de carro por umaestrada de fazenda quando um bicho cruzou a frente docarro.
Um dos compadres falou: Passou um largato ali!O outro perguntou:
Lagarto ou largato?O primeiro respondeu:
Num sei no, o bicho passou muito rpido.
Piadas coloridas. Rio de Janeiro: Gnero, 2006.
Na piada, a quebra de expectativa contribui para produzir oefeito de humor. Esse efeito ocorre porque um dos
personagensa) reconhece a espcie do animal avistado.
b) tem dvida sobre a pronncia do nome do rptil.c) desconsidera o contedo lingustico da pergunta.d) constata o fato de um bicho cruzar a frente do carro.e) apresenta duas possibilidades de sentido para a mesma
palavra.
6.(Enem 2012) TEXTO I
Antigamente
Antigamente, os pirralhos dobravam a lngua diante dospais e se um se esquecia de arear os dentes antes de cair nosbraos de Morfeu, era capaz de entrar no couro. No deviatambm se esquecer de lavar os ps, sem tugir nem mugir.
Nada de bater na cacunda do padrinho, nem de debicar osmais velhos, pois levava tunda. Ainda cedinho, aguava as
plantas, ia ao corte e logo voltava aos penates. No ficavamangando na rua nem escapulia do mestre, mesmo que noentendesse patavina da instruo moral e cvica. Overdadeiro smart calava botina de botes para comparecertodo lir ao copo dgua, se bem que no convescote apenaslambiscasse, para evitar flatos. Os bilontras que eram um
precipcio, jogando com pau de dois bicos, pelo que careciamuita cautela e caldo de galinha. O melhor era pr as
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barbas de molho diante de um treteiro de topete, depois defintar e engambelar os cois, e antes que se pudesse tudoem pratos limpos, ele abria o arco.
ANDRADE, C. D.Poesia e prosa. Rio de janeiro: novaAguilar, 1983 (fragmento).
TEXTO II
Palavras do arco da velha
Expresso SignificadoCair nos braos deMorfeu
Dormir
Debicar Zombar, ridicularizarTunda Surra
Mangar Escarnecer, caoarTugir MurmurarLir Bem-vestido
Copo dguaLanche oferecido pelosamigos
Convescote PiqueniqueBilontra VelhacoTreteiro de topete Tratante atrevidoAbrir o arco Fugir
FLORIN, J. L. As lnguas mudam. In: Revista LnguaPortuguesa, n. 24, out. 2007 (adaptado).
Na leitura do fragmento do textoAntigamenteconstata-se,pelo emprego de palavras obsoletas, que itens lexicaisoutrora produtivos no mais o so no portugus brasileiroatual. Esse fenmeno revela quea) a lngua portuguesa de antigamente carecia de termos
para se referir a fatos e coisas do cotidiano.b) o portugus brasileiro se constitui evitando a ampliao
do lxico proveniente do portugus europeu.c) a heterogeneidade do portugus leva a uma estabilidade
do seu lxico no eixo temporal.d) o portugus brasileiro apoia-se no lxico ingls para ser
reconhecido como lngua independente.e) o lxico do portugus representa uma realidade
lingustica varivel e diversificada.
7.(Enem 2012)
As palavras e as expresses so mediadoras dos sentidosproduzidos nos textos. Na fala de Hagar, a expresso
como se ajuda a conduzir o contedo enunciado para ocampo daa) conformidade, pois as condies meteorolgicas
evidenciam um acontecimento ruim.b) reflexibilidade, pois o personagem se refere aos tubaresusando um pronome reflexivo.
c) condicionalidade, pois a ateno dos personagens acondio necessria para a sua sobrevivncia.
d) possibilidade, pois a proximidade dos tubares leva suposio do perigo iminente para os homens.
e) impessoalidade, pois o personagem usa a terceira pessoapara expressar o distanciamento dos fatos.
8.(Enem 2012)
O efeito de sentido da charge provocado pela combinaode informaes visuais e recursos lingusticos. No contextoda ilustrao, a frase proferida recorre a) polissemia, ou seja, aos mltiplos sentidos da expresso
rede social para transmitir a ideia que pretendeveicular.
b) ironia para conferir um novo significado ao termo outracoisa.
c) homonmia para opor, a partir do advrbio de lugar, oespao da populao pobre e o espao da populao rica.
d) personificao para opor o mundo real pobre ao mundovirtual rico.
e) antonmia para comparar a rede mundial decomputadores com a rede caseira de descanso da famlia.
9.(Enem 2011)
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O humor da tira decorre da reao de uma das cobras comrelao ao uso de pronome pessoal reto, em vez de pronomeoblquo. De acordo com a norma padro da lngua, esse uso
inadequado, poisa) contraria o uso previsto para o registro oral da lngua.b) contraria a marcao das funes sintticas de sujeito e
objeto.c) gera inadequao na concordncia com o verbo.d) gera ambiguidade na leitura do texto.e) apresenta dupla marcao de sujeito.
10.(Enem 2011) Cultivar um estilo de vida saudvel extremamente importante para diminuir o risco de infarto,mas tambm como de problemas como morte sbita ederrame. Significa que manter uma alimentao saudvel e
praticar atividade fsica regularmente j reduz, por si s, as
chances de desenvolver vrios problemas. Alm disso, importante para o controle da presso arterial, dos nveis decolesterol e de glicose no sangue. Tambm ajuda a diminuiro estresse e aumentar a capacidade fsica, fatores que,somados, reduzem as chances de infarto. Exercitar-se,nesses casos, com acompanhamento mdico e moderao, altamente recomendvel.
ATALIA, M. Nossa vida.poca. 23 mar. 2009.
As ideias veiculadas no texto se organizam estabelecendorelaes que atuam na construo do sentido. A esserespeito, identifica-se, no fragmento, que
a) A expresso Alm disso marca uma sequenciao deideias.
b) o conectivo mas tambm inicia orao que exprimeideia de contraste.
c) o termo como, em como morte sbita e derrame,introduz uma generalizao.
d) o termo Tambm exprime uma justificativa.e) o termo fatores retoma coesivamente nveis de
colesterol e de glicose no sangue.
11.(Enem 2010) O Flamengo comeou a partida noataque, enquanto o Botafogo procurava fazer uma fortemarcao nomeio campo e tentar lanamentos para VictorSimes,isolado entre os zagueiros rubro-negros. Mesmocommais posse de bola, o time dirigido por Cuca tinhagrande dificuldade de chegar a rea alvinegra porcausa do
bloqueio montado pelo Botafogo na frente da sua rea.No entanto, na primeira chance rubro-negra, saiu o gol.Aps cruzamento da direita de Ibson, a zaga alvinegrarebateu a bola de cabea para o meio da rea. Klbersonapareceu na jogada e cabeceou por cima do goleiro Renan.Ronaldo Angelim apareceu nas costas da defesa e empurrou
para o fundo da rede quase que em cima da linha: Flamengo1 a 0.
Disponvel em: http://momentodofutebol.blogspot.com(adaptado).
O texto, que narra uma parte do jogo final do CampeonatoCarioca de futebol, realizado em 2009, contm vriosconectivos, sendo que
a) aps conectivo de causa, j que apresenta o motivo dea zaga alvinegra ter rebatido a bola decabea.
b) enquanto tem um significado alternativo, porqueconecta duas opes possveis para serem
aplicadas no jogo.c) no entanto tem significado de tempo, porque ordena os
fatos observados no jogo em ordemcronolgica de ocorrncia.d) mesmo traz ideia de concesso, j que com mais posse
de bola, ter dificuldade no algonaturalmente esperado.e) por causa de indica consequncia, porque as tentativas
de ataque do Flamengo motivaram oBotafogo a fazer um bloqueio.
12.(Enem 2010) arnavia
Repique tocou
O surdo escutou
E o meu corasamborim
Cua gemeu, ser? que era meu, quando ela passou
por
mim?
[
ANTUNES, A.; BROWN, C.; MONTE, M.
Tribalistas,2002 (fragmento).
No terceiro verso, o voculo orasamborim?,
que ? a juno corao + samba + tamborim,
refere-se, ao mesmo tempo, a elementos que
compm uma escola de samba e a situao
emocional em que se encontra o autor da
mensagem, com o corao no ritmo da percuss.
Essa palavra corresponde a um(a)a) estrangeirismo, uso de elementos lingusticos originadosem outras lnguas e representativos de outras culturas.
b) neologismo, criao de novos itens lingusticos, pelosmecanismos que o sistema da lngua disponibiliza.
c) gria, que compe uma linguagem originada emdeterminado grupo social e que pode vir a se disseminarem uma
comunidade mais ampla.d) regionalismo, por ser palavra caracterstica de
determinada rea geogrfica.e) termo tcnico, dado que designa elemento de rea
especfica de atividade.
13.(Enem 2010) O presidente lula assinou, em 29 desetembro de 2008, decreto sobre o Novo AcordoOrtogrfico da Lngua Portuguesa. As novas regras afetam
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principalmente o uso dos acentos agudo e circunflexo, dotrema e do hfen. Longe de um consenso, muita polmicatem-se levantado em Macau e nos oito pases de lngua
portuguesa: Brasil, Angola, Cabo Verde, Guin-Bissau,Moambique, Portugal, So Tom e Prncipe e Timor leste.
Comparando as diferentes opinies sobre a validade de seestabelecer o acordo para fins de unificao, o argumentoque, em grande parte, foge a essa discusso a) A Academia (Brasileira de Letras) encara essa
aprovao como um marco histrico. Inscreve-se,finalmente, a Lngua Portuguesa no rol daquelas que
conseguiram beneficiar-se h mais tempo daunificao de seu sistema de grafar, numa demonstrao de
conscincia da poltica do idioma e dematuridade na defesa, difuso e ilustrao da lngua da
Lusofonia.
SANDRONI, C. Presidente da ABL. Disponvel em:http://academia.org.br. Acesso em: 10 nov. 2008.
b) Acordo ortogrfico? No, obrigado. Sou contra.Visceralmente contra. Filosoficamente contra.
Linguisticamente contra. Eu gosto do c do actor e opde cepticismo . Representa um
patrimnio, uma pegada etimolgica que faz parte de umaidentidade cultural. A pluralidade um
valor que deve ser estudado e respeitado. Aceitar essaaberrao significa apenas que a
irmandade entre Portugal e o Brasil continua a ser a
irmandade do atraso.
COUTINHO, J. P.Folha de So Paulo, Ilustrada.28 set.2008, E1 (adaptado).
c) H um conjunto de necessidades polticas e econmicascom vista internacionalizao do
portugus como identidade e marca econmica. possvelque o (Femando) Pessoa, como
produto de exportao, valha mais do que a PT (PortugalTelecom). Tem um valor econmico
nico.
RIBEIRO, J. A. P. Ministro da Cultura de Portugal.
Disponvel em: http://ultimahora.publico.clix.pt. Acessoem: 10 nov. 2008.d) um acto cvico batermo-nos contra o Acordo
Ortogrfico. O acordo no leva a unidadenenhuma. No se pode aplicar na ordem interna um
instrumento que no esta aceitainternacionalmente e nem assegura a defesa da lngua
como patrimnio, como prev aConstituio nos artigos 9 e 68.
MOURA, V. G. Escritor e euro deputado. Disponvel em:www.mundoportugues.org. Acesso em: 10 nov. 2008.
e) Se para ter uma lusofonia, o conceito [unificao da
lngua] deve ser mais abrangente e temosde estar em paridade. Unidade no significa que temos que
andar todos ao mesmo passo. No
necessrio que nos tornemos homogneos. At porque oque enriquece a lngua portuguesa so
as diversas literaturas e formas de utilizao.
RODRIGUES, M. H. Presidente do Instituto Portugus doOriente, sediado em Macau. Disponvel em:http://taichungpou.blogspot.com. Acesso em: 10. nov.2008 (adaptado).
14.(Enem 2 aplicao 2010) O American Idol islmico
Quem no gosta doBig Brother diz que os reality showsso programas vazios, sem cultura. No mundo rabe,esse
problema j foi resolvido: em The Millions Poet (OPoetados Milhes), lder de audincia no golfo prsico,o
prmio vai para o melhor poeta. O programa, que
transmitido pela Abu Dhabi TV e tem 70 milhes deespectadores, uma competio entre 48 poetas de 12pases rabes em que o vencedor leva um prmio deUS$1,3 milho.Mas l, como aqui, o reality gera controvrsia. OBBB tevea polmica dos coloridos (grupo em que todosos
participantes eram homossexuais). EMillions Poetdetonou uma discusso sobre os direitos da mulher nomundo rabe.
GARATTONI, B. O American Idol islmico.SuperInteressante. Edio 278, maio 2010 (fragmento).
No trecho Mas l, como aqui, o reality gera controvrsia,o termo destacado foi utilizado para estabelecer umaligao com outro termo presente no texto, isto , fazerreferncia aoa) vencedor, que um poeta rabe.
b) poeta, que mora na regio da Arbia.c) mundo rabe, local em que h o programa.d) Brasil, lugar onde h o programa BBB.e) programa, que h no Brasil e na Arbia.
15.(Enem 2 aplicao 2010)
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O cartaz de Ziraldo faz parte de uma campanha contra o usode drogas. Essa abordagem, que se diferencia das de outrascampanhas, pode ser identificadaa) pela seleo do pblico alvo da campanha, representado,
no cartaz, pelo casal de jovens.b) pela escolha temtica do cartaz, cujo texto configura uma
ordem aos usurios e no usurios: diga no s drogas.c) pela ausncia intencional do acento grave, que constri a
ideia de que no a droga que faz a cabea do jovem.d) pelo uso da ironia, na oposio imposta entre a seriedade
do tema e a ambincia amena que envolve a cena.e) pela criao de um texto de stira postura dos jovens,
que no possuem autonomia para seguir seus caminhos.
16.(Enem 2010) Os filhos de Ana eram bons, uma coisaverdadeira e sumarenta. Cresciam, tomavam banho,exigiam para si, malcriados, instantes cada vez mais
completos. A cozinha era enfim espaosa, o fogoenguiado dava estouros. O calor era forte no apartamentoque estavam aos poucos pagando. Mas o vento batendo nascortinas que ela mesma cortara lembrava-lhe que sequisesse podia parar e enxugar a testa, olhando o calmohorizonte. Como um lavrador. Ela plantara as sementes quetinha na mo, no outras, mas essas apenas.
LISPECTOR, C.Laos de famlia. Rio de Janeiro: Rocco,1998.
A autora emprega por duas vezes o conectivo mas nofragmento apresentado. Observando aspectosda
organizao, estruturao e funcionalidade doselementosque articulam o texto, o conectivo mas expressa o mesmocontedo nas duas situaes emque aparece no texto.
a) expressa o mesmo contedo nas duas situaes em queaparece no texto.
b) quebra a fluidez do texto e prejudica a compreenso, se
usado no incio da frase.c) ocupa posio fixa, sendo inadequado seu uso naabertura da frase.
d) contm uma ideia de sequncia temporal que direciona aconcluso do leitor.
e) assume funes discursivas distintas nos dois contextosde uso.
17.(Enem 2 aplicao 2010) Diego Souza ironizatorcida do Palmeiras
O Palmeiras venceu o Atltico-GO pelo placar de 1 a 0,com um gol no final da partida. O cenrio era para ser de
alegria,j que a equipe do Verdo venceu e deu umimportante passo para conquistar a vaga para as semifinais,mas no foi bem isso que aconteceu.O meia Diego Souza foi substitudo no segundo tempodebaixo de vaias dos torcedores palmeirenses e chegou afazer gestos obscenos respondendo torcida. Ao final do
jogo, o meia chegou a dizer que estava feliz por jogar noVerdo.
Eu no estou pensando em sair do Palmeiras. Estoumuito feliz aqui disse.Perguntado sobre as vaias da torcida enquanto erasubstitudo, Diego Souza ironizou a torcida do Palmeiras.
Vaias? Que vaias? ironiza o camisa 7 do Verdo,
antes de descer para os vestirios.
Disponvel em: http://oglobo.globo.com. Acesso em: 29abr. 2010.
A progresso textual realiza-se por meio de relaessemnticas que se estabelecem entre as partes do texto. Taisrelaes podem ser claramente apresentadas pelo empregode elementos coesivos ou no ser explicitadas, no caso da
justaposio. Considerando-se o texto lido,a) no primeiro pargrafo, o conectivoj que marca uma
relao de consequncia entre os segmentos do texto.b) no primeiro pargrafo, o conectivo mas explicita uma
relao de adio entre os segmentos do texto.c) entre o primeiro e o segundo pargrafos, est implcita
uma relao de causalidade.d) no quarto pargrafo, o conectivo enquanto estabelece
uma relao de explicao entre os segmentos do texto.e) entre o quarto e o quinto pargrafos, est implcita uma
relao de oposio.
18.(Enem 2 aplicao 2010) Diante do nmero de bitosprovocados pela gripe H1N1 gripe suna no Brasil, em2009, o Ministro da Sade fez um pronunciamento pblicona TV e no rdio. Seu objetivo era esclarecer a populao eas autoridades locais sobre a necessidade do adiamento doretorno s aulas, em agosto, para que se evitassem aaglomerao de pessoas e a propagao do vrus.
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Fazendo uso da norma padro da lngua, que se pauta pelacorreo gramatical, seria correto o Ministro ler, em seu
pronunciamento, o seguinte trecho:
a) Diante da gravidade da situao e do risco de que nosexpomos, h a necessidade de se evitar aglomeraes depessoas, para que se possa conter o avano da epidemia.
b) Diante da gravidade da situao e do risco a que nosexpomos, h a necessidade de se evitarem aglomeraesde pessoas, para que se possam conter o avano daepidemia.
c) Diante da gravidade da situao e do risco a que nosexpomos, h a necessidade de se evitarem aglomeraesde pessoas, para que se possa conter o avano daepidemia.
d) Diante da gravidade da situao e do risco os quais nosexpomos, h a necessidade de se evitar aglomeraes de
pessoas, para que se possa conter o avano da epidemia.e) Diante da gravidade da situao e do risco com que nosexpomos, tem a necessidade de se evitaremaglomeraes de pessoas, para que se possa conter oavano da epidemia.
TEXTO PARA A PRXIMA QUESTO:6Viajam de bonde silenciosamente. Devia ser
quase uma hora, 1pois o veculo j se enchia do pblicoespecial dos domingos.
2Eram meninas do povo envolvidas nos seusvestidos empoados com suas fitinhas cor-de-rosa ao cabeloe o leque indispensvel; eram as baratas casemiras claras
dos ternos, [...] eram as velhas mes, prematuramenteenvelhecidas com a maternidade frequente, 7a acompanhara escadinha dos filhos, ao lado dos maiores, ainda moos,que fumavam os mais compactos charutos do mercado era dessa gente que se enchia o bonde e se via pelascaladas em direo aos jardins, aos teatros em matin, aosarrabaldes e s praias.
3Era enfim o povo, o povo variegado da minhaterra. 4As napolitanas baixas com seus vestidos de roda esuas africanas, as portuguesas coradas e fortes, caboclas,mulatas e pretas era tudo sim preto, s vezes todosexemplares em bando, s vezes separados, 8que a viagem de
bonde me deu a ver.
E muito me fez meditar o seu semblante alegre, asua fora prolfica, atestada pela cauda de filhos quearrastavam, a sua despreocupao nas anemias que havia,em nada significando a preocupao de seu verdadeiroestado 5e tudo isso muito me obrigou a pensar sobre odestino daquela gente.
BARRETO, Lima. O domingo. Contos completos de LimaBarreto.
Organizao e introduo de Llia Moritz Schwarcz. SoPaulo: Companhia
das Letras, 2010. p. 589.
19.(Enem 2 aplicao 2010) Sobre os elementoslingusticos do texto, est correto o que se afirma em
a) A forma verbal Viajam (ref.6) refere-se a um sujeitono explicitado na sequncia textual.
b) O termo em negrito, em a acompanhar a escadinha dos
filhos (ref.7), apresenta um valor quantitativo.c) A palavra enfim, em Era enfim o povo (ref.3), constituiuma palavra denotativa de finalidade.
d) As formas pronominais seus e suas (ref.2) denotamposse de sujeitos distintos no contexto da frase.
e) O vocbulo em destaque, em que a viagem de bondeme deu a ver (ref.8), pode ser permutado porporque,
preservando-se o mesmo sentido do contexto.
20.(Enem cancelado 2009) Pris, filho do rei deTroia, raptou Helena, mulher de um rei grego. Isso
provocou um sangrento conflito de dez anos, entre ossculos XIII e XII a.C. Foi o primeiro choque entre o
ocidente e o oriente. Mas os gregos conseguiram enganar ostroianos. Deixaram porta de seus muros fortificados umimenso cavalo de madeira.
Os troianos, felizes com o presente, puseram-nopara dentro. noite, os soldados gregos, que estavamescondidos no cavalo, saram e abriram as portas dafortaleza para a invaso. Da surgiu a expresso presentede grego.
DUARTE, Marcelo. O guia dos curiosos.So Paulo:Companhia das Letras, 1995.
Em puseram-no, a forma pronominal no refere-se:
a) ao termo rei grego.b) ao antecedente gregos.c) ao antecedente distante choque.d) expresso muros fortificados.e) aos termos presente e cavalo de madeira.
21.(Enem cancelado 2009) COM NICIGA, PARAR DEFUMAR FICA MUITO MAIS FCIL
1. Fumar aumenta o nmero de receptores do seu crebroque se ativam com nicotina.2. Se voc interrompe o fornecimento de uma vez, elesenlouquecem e voc sente os desagradveis sintomas dafalta do cigarro.3. Com seus adesivos transdrmicos, Niciga libera nicotinateraputica de forma controlada no seu organismo,facilitando o processo de parar de fumar e ajudando a suafora de vontade. Com Niciga, voc tem o dobro dechances de parar de fumar.
Revista poca,24 nov. 2009 (adaptado).
Para convencer o leitor, o anncio emprega como recursoexpressivo, principalmente,a) as rimas entre Niciga e nicotina.
b) o uso de metforas como fora de vontade.c) a repetio enftica de termos semelhantes como fcil
e facilidade.d) a utilizao dos pronomes de segunda pessoa, que fazem
um apelo direto ao leitor.
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e) a informao sobre as consequncias do consumo docigarro para amedrontar o leitor.
22.(Enem cancelado 2009) Manuel Bandeira
Filho de engenheiro, Manuel Bandeira foi obrigado aabandonar os estudos de arquitetura por causa datuberculose. Mas a iminncia da morte no marcou deforma lgubre sua obra, embora em seu humor lrico hajasempre um toque de funda melancolia, e na sua poesia hajasempre um certo toque de morbidez, at no erotismo.Tradutor de autores como Marcel Proust e WilliamShakespeare, esse nosso Manuel traduziu mesmo foi anostalgia do paraso cotidiano mal idealizado por ns,
brasileiros, rfos de um pas imaginrio, nossa Cocanhaperdida, Pasrgada. Descrever seu retrato em palavras
uma tarefa impossvel, depois que ele mesmo j o fez tobem em versos.
Revista Lngua Portuguesa, n 40, fev. 2009.
A coeso do texto construda principalmente a partir do(a)a) repetio de palavras e expresses que entrelaam as
informaes apresentadas no texto.b) substituio de palavras por sinnimos como lgubre e
morbidez, melancolia e nostalgia.c) emprego de pronomes pessoais, possessivos e
demonstrativos: sua, seu, esse, nosso, ele.d) emprego de diversas conjunes subordinativas que
articulam as oraes e perodos que compem o texto.e) emprego de expresses que indicam sequncia,
progressividade, como iminncia, sempre, depois.
23.(Enem cancelado 2009) Vera, Slvia e Emlia sarampara passear pela chcara com Irene. A senhora tem um jardim deslumbrante, dona Irene! comenta Slvia, maravilhada diante dos canteiros de rosas ehortnsias.
Para comear, deixe o senhora de lado e esquea odona tambm diz Irene, sorrindo. J um custoaguentar a Vera me chamando de tia o tempo todo. Meunome Irene. Todas sorriem. Irene prossegue:
Agradeo os elogios para o jardim, s que voc vai terde faz-los para a Eullia, que quem cuida das flores. Eusou um fracasso na jardinagem.
BAGNO, M.A lngua de Eullia: Novela Sociolingustica.So Paulo: Contexto, 2003 (adaptado).
Na lngua portuguesa, a escolha por voc ou senhor(a)denota o grau de liberdade ou de respeito que deve haverentre os interlocutores. No dilogo apresentado acima,observa-se o emprego dessas formas. A personagem Slviaemprega a forma senhora ao se referir Irene. Nasituao apresentada no texto, o emprego de senhora aose referir interlocutora ocorre porque Slviaa) pensa que Irene a jardineira da casa.
b) acredita que Irene gosta de todos que a visitam.
c) observa que Irene e Eullia so pessoas que vivem emrea rural.
d) deseja expressar por meio de sua fala o fato de sua
famlia conhecer Irene.e) considera que Irene uma pessoa mais velha, com a qualno tem intimidade.
24.(Enem cancelado 2009) A figura a seguir trata da taxade desocupao no Brasil, ou seja, a proporo de pessoasdesocupadas em relao populao economicamente ativade uma determinada regio em um recorte de tempo.
A norma padro da lngua portuguesa est respeitada, nainterpretao do grfico, em:a) Durante o ano de 2008, foi em geral decrescente a taxa
de desocupao no Brasil.b) Nos primeiros meses de 2009, houveram acrscimos na
taxa de desocupao.c) Em 12/2008, por ocasio das festas, a taxa de
desempregados foram reduzidos.d) A taxa de pessoas desempregadas em 04/08 e 02/09,
estatisticamente igual: 8,5.e) Em maro de 2009 as taxas tenderam piorar: 9 entre
100 pessoas desempregadas.
25.(Enem 2009)
A linguagem da tirinha revelaa) o uso de expresses lingusticas e vocabulrio prpriosde pocas antigas.
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b) o uso de expresses lingusticas inseridas no registromais formal da lngua.
c) o carter coloquial expresso pelo uso do tempo verbal no
segundo quadrinho.d) o uso de um vocabulrio especfico para situaescomunicativas de emergncia.
e) a inteno comunicativa dos personagens: a deestabelecer a hierarquia entre eles.
TEXTO PARA A PRXIMA QUESTO:
26.(Enem 2009) Os principais recursos utilizados paraenvolvimento e adeso do leitor campanha institucionalincluem
a) o emprego de enumerao de itens e apresentao dettulos expressivos.
b) o uso de oraes subordinadas condicionais e temporais.c) o emprego de pronomes como voc e sua e o uso do
imperativo.d) a construo de figuras metafricas e o uso de repetio.e) o fornecimento de nmero de telefone gratuito para
contato.
Gabarito:
Resposta da questo 1:[E]
Na frase da opo [E], existe elipse do sujeito na oraoque fizesse referncia ao modo violento para evitar a
repetio do segmento anterior a que se refere: a formanominal do verbogripper,isto , agarrar.
Resposta da questo 2:[A]
correta a opo [A], pois a conjuno coordenativaadversativa mas expressa oposio ao que enunciado naorao principal, em que Filipe discorre sobre o fato de a
preguia ser a me (origem) de todos os defeitos. Aocontrrio, do que se esperava, o personagem subverte osignificado do termo naquele contexto para justificar a sua
preguia.
Resposta da questo 3:[E]
O edital publicado naFolha de S. Paulorefere-se a umaao de tombamento efetuada pela Secretaria de Cultura. A
proteo do patrimnio pblico considerado documentohistrico, salvaguardando-o de descaracterizao porausncia de manuteno bsica, poderia ser saudado com asexpresses transcritas na opo [E].
Resposta da questo 4:[D]
correta a opo [D], pois o uso dos termos verbais em 1pessoa do plural (carregamos, podemos reduzir-nos,desenvolvemos, somos, controlamos) inclui o leitornas apreciaes que o autor emite ao longo do texto.
Resposta da questo 5:[C]
Um dos personagens no considerou o contedo lingusticoda pergunta do outro, que perguntava qual seria a pronnciacorreta do nome do bicho e no a espcie a que pertencia.
Assim, correta a opo [C].
Resposta da questo 6:[E]
O escritor usa o bom humor para enumerarcomportamentos do passado atravs de expresses tambmnotoriamente ultrapassadas. Tal recurso coloca emevidncia que o lxico do portugus suscetvel demudanas relativamente a tempo e espao, refletindo adiversidade dos enunciantes. Assim, correta a opo [E].
Resposta da questo 7:
[D]
correta a opo [D], pois a presena dos tubaresseguindo a embarcao permite que Hagar infira a
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possibilidade de perigo iminente e expresse essa suposiona frase como se eles soubessem que algo ruim vaiacontecer.
Resposta da questo 8:[A]
Trata-se de polissemia da expresso rede social, poistanto pode aludir a interligao de computadores para usoda internet como designar uma espcie de leito/balanoonde dorme toda uma famlia.
Resposta da questo 9:[B]
No segundo quadro, o pronome pessoal eles
inadequado, pois deve ser usado para desempenhar funode sujeito. Como o verbo arrasar transitivo, o pronomedeveria ser substitudo pelo pronome oblquo os emfuno de objeto direto. Segundo a norma padro da lngua,a frase deveria ser substituda por Vamos arras-los!.
Resposta da questo 10:[A]
A expresso alm disso acrescenta informaes (importante para o controle da presso arterial, dos nveis decolesterol e de glicose no sangue) ao que havia sidoanteriormente sobre as atitudes recomendveis para se terum estilo de vida benfico sade (manter umaalimentao saudvel e praticar atividade fsicaregularmente).
Resposta da questo 11:[D]
A conjuno subordinativa mesmo indica concesso, poisestabelece uma relao de oposio ao que seria esperado.Apesar de o Flamengo ter maior posse de bola, tinhadificuldade em chegar rea alvinegra. Mesmo sersubstitudo por embora ou ainda que. Aps e
enquanto estabelecem circunstncia de tempo, noentanto, adversidade e por causa de, causa, o queinvalida as outras opes.
Resposta da questo 12:[B]
A aglutinao dos trs termos resulta no neologismo,palavra no registrada no dicionrio, mas que fruto de umcomportamento espontneo para designar uma situaoespecfica. As opes a), c), d) e e) remetem aconceituaes que no se aplicam palavra da letra criada
pelo grupo Tribalistas para designar a emoo do eu lrico.
Resposta da questo 13:[C]
Na opo c), o Ministro da Cultura de Portugal apresentaargumentao de teor poltico-econmico, diferentementedas outras opes em que h opinies favorveis e
desfavorveis ao acordo, mas que remetem a outroscontextos.
Resposta da questo 14:[C]
O advrbio de lugar l funciona como elementoarticulador entre o que se mencionou anteriormente (omundo rabe, local em que h o programa) e o que seafirma a seguir (aqui).
Resposta da questo 15:[C]
O slogan tradicional No droga foi modificadointencionalmente atravs da supresso do acento grave,indicativo de crase. Assim, o cartaz sugere que a pessoa, osujeito da ao, quem escolhe o seu caminho e no a droga.
Resposta da questo 16:[E]
Na primeira ocorrncia, a conjuno subordinativa masexpressa oposio (O calor era forte..., O vento batendonas cortinas...lembrava-lhe que se quisesse podia parar).
Na segunda, a palavra enfatiza, reala a ideia de que soessas apenas e no outras que ela plantara, sendousada como partcula expletiva ou de realce.
Resposta da questo 17:[C]
Os elementos coesivos destacados no encontramcorrespondncia correta em A, B e D, pois j que marcarelao de causalidade; mas, de adversidade eenquanto, relao de tempo. Tambm no existe oposioentre os dois ltimos pargrafos do texto como se afirmaem E, mas sim uma relao de continuidade, pois o verbo
de elocuo ironizou, do quarto pargrafo, introduz a falade Diego Sousa expressa em discurso direto no 5pargrafo. Portanto, apenas C est correta, pois o segundopargrafo explica a causa da vitria do Palmeiras no tersido suficiente para alegrar o pblico: as vaias da torcida eos gestos obscenos do jogador contriburam para ensombraro evento.
Resposta da questo 18:[C]
A regncia adequada do verbo expor exige o uso dapreposio a, assim como o verbo evitar, no infinitivo
pessoal, deve acompanhar o sujeito no plural, o queinvalida as opes A e D. A locuo verbal da oraosubordinada adverbial final (para que se possa conter oavano da epidemia) deve concordar com o sujeito simples
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no singular, o que invalida tambm a opo B. Em E, inadequado, na linguagem formal, o uso do verbo ter como sentido de haver. Assim, a frase correta a que se
apresenta em C: Diante da gravidade da situao e do riscoa que nos expomos, h a necessidade de se evitaremaglomeraes de pessoas, para que se possa conter o avanoda epidemia.
Resposta da questo 19:[B]
A forma verbal viajam refere-se a todos que constituamo grupo que vai ser descrito na sequncia do texto, o queinvalida a opo a). Tambm so incorretas c), d) e e), poisa palavra enfim apresenta valor de concluso, seus esuas denotam posse do mesmo sujeito e que um
pronome relativo que pode ser permutado por os quais.Assim, apenas b) vlida.
Resposta da questo 20:[E]
A questo versa sobre coeso textual. O pronomepessoal do caso oblquoofaz o papel de anafrico, ou seja,retoma um elemento j expresso anteriormente no perodo.A forma pronominal no utilizada, para ajudar a eufonia(combinao de sons agradveis).
O pronome retoma um imenso cavalo de madeira epresente.
Mesmo que o candidato no conhecesse os elementos decoeso: anafrico, catafrico, elipse, expanso lexical,conectivos, poderia responder pergunta, fazendo a leiturae interpretando o texto.
Resposta da questo 21:[D]
As alternativas A e C tambm so recursosexpressivos, mas o enunciado usa o advrbio
principalmente, portanto, a resposta D torna-se maisadequada. A propaganda utiliza a funo conativa dalinguagem que tem entre suas caractersticas o uso derecursos para aproximar o remetente do destinatrio damensagem. O pronome voc, embora conjugado em terceira
pessoa, um pronome de segunda pessoa (como o tu) com quem o emissor fala.
Fora de vontade no uma metfora. Por issoo erro da afirmao B.O texto publicitrio no amendronta o leitor. Aargumentao fundamenta-se nas qualidades do produto.Isso justifica o equvoco da afirmao E.
Resposta da questo 22:[C]
Os elementos de coeso so os responsveis pelaarticulao entre as diferentes passagens de um texto. Umtexto possui coeso quando h conexo entre as partes queo constituem. No excerto sobre Manuel Bandeira, o
remetente utiliza os pronomes possessivos sua, seu,como em sua obra; seu humor lrico, e na sua
poesia; o pronome demonstrativo esse, como em esse
nosso Manuel; o pronome pessoal do caso reto ele, comoem depois que ele mesmo, que ajudam a elaborar umtexto coeso.O emissor da mensagem usou alguns desses elementoscomo anafricos - palavras que retomam termos citadosanteriormente. So elas: esse, essa, isso, aquele, aquela, ele,ela, o, lhe, que, o qual, a qual, seu, sua etc. Em muitostextos, possvel usar outros elementos coesivos, como oscatafricos - palavras alusivas a passagens que ocorrero nasequncia do texto. So elas: isto, este, esta, tal como, asaber etc; elementos de expanso lexical: expressessinnimas que evitam repetir palavras e ajudam a dar maisinformaes sobre um determinado termo; elipse:
apagamento de uma palavra ou expresso; conectivos:preposies, conjunes, pronomes relativos.
Resposta da questo 23:[E]
O pronome de tratamento senhora usado nalngua portuguesa como sinal de respeito. Pode-se mesmodizer que para a imensa maioria dos brasileiros s h doistratamentos de 2. pessoa realmente vivos: voc, comoforma de intimidade; o senhor, a senhora, como forma derespeito ou cortesia. Neste caso, se se trata de moa solteira,usa-se a forma senhorita. (CUNHA, Celso. Pronomes de
tratamento in Gramtica da Lngua Portuguesa.2.ed.Rio deJaneiro: 1975).As expresses dona Irene (dita por Slvia) e tia,normalmente pronunciada por Vera j balizam o leitor paraa ideia - Irene mais velha.
Resposta da questo 24:[A]
O candidato no precisaria verificar o grfico pararesponder questo. Ele necessitou apenas analisar asafirmaes e averiguar as inadequaes em relao normaculta.[A] Correta, porque o adjunto adverbial durante o ano de
2008 foi deslocado para o incio da orao, o que exigeo uso da vrgula.
[B] Incorreta, pois o verbo haver, no sentido de existir, impessoal. Conjuga-se na terceira pessoa do singular:houve.
[C] Incorreta, pois o sujeito a taxa de desempregadosnoconcorda como o verbo composto foram reduzidos.Deveria ser - a taxa de desempregados foi reduzida.
[D] Incorreta. No se utiliza a vrgula entre o sujeito e opredicado.[E] Incorreta. No se usa crase ante de verbo.
Resposta da questo 25:[C]
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V-se na tirinha uma linguagem informal: o verbo ter(Pensei que voc tinha consertado...), na linguagemformal, deveria ser substitudo por haver (Pensei que
voc havia consertado....
Resposta da questo 26:[C]
O uso do modo verbal imperativo uma caracterstica dochamado texto persuasivo, cuja finalidade convencer oleitor diante de um determinado assunto. No caso emquesto, sobre as medidas tomadas em relao ocorrnciada referida epidemia. Como tambm o emprego dos
pronomes, os quais revelam a pessoa gramatical, ou seja, apessoa com quem se fala.
Interpretao de texto parte I
1.(Enem 2013) Tudo no mundo comeou com um sim.Uma molcula disse sim a outra molcula e nasceu a vida.Mas antes da pr-histria havia a pr-histria da pr-histria e havia o nunca e havia o sim. Sempre houve. Nosei o qu, mas sei que o universo jamais comeou.[]Enquanto eu tiver perguntas e no houver respostascontinuarei a escrever. Como comear pelo incio, se ascoisas acontecem antes de acontecer? Se antes da pr-pr-histria j havia os monstros apocalpticos? Se esta histriano existe, passar a existir. Pensar um ato. Sentir umfato. Os dois juntos sou eu que escrevo o que estouescrevendo. [] Felicidade? Nunca vi palavra mais doida,inventada pelas nordestinas que andam por a aos montes.Como eu irei dizer agora, esta histria ser o resultado deuma viso gradual h dois anos e meio venho aos poucosdescobrindo os porqus. viso da iminncia de. De qu?Quem sabe se mais tarde saberei. Como que estouescrevendo na hora mesma em que sou lido. S no inicio
pelo fim que justificaria o comeo como a morte parecedizer sobre a vida porque preciso registrar os fatosantecedentes.
LISPECTOR, C.A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco,1988 (fragmento).
A elaborao de uma voz narrativa peculiar acompanha atrajetria literria de Clarice Lispector, culminada com aobra A hora da estrela, de 1977, ano da morte da escritora.
Nesse fragmento, nota-se essa peculiaridade porque onarradora) observa os acontecimentos que narra sob uma tica
distante, sendo indiferente aos fatos e s personagens.b) relata a histria sem ter tido a preocupao de investigar
os motivos que levaram aos eventos que a compem.
c) revela-se um sujeito que reflete sobre questesexistenciais e sobre a construo do discurso.d) admite a dificuldade de escrever uma histria em razo
da complexidade para escolher as palavras exatas.
e) prope-se a discutir questes de natureza filosfica emetafsica, incomuns na narrativa de fico.
2.(Enem 2013)
O poema de Oswald de Andrade remonta ideia de que abrasilidade est relacionada ao futebol. Quanto questo daidentidade nacional, as anotaes em torno dos versosconstituem
a) direcionamentos possveis para uma leitura crtica dedados histrico-culturais.
b) forma clssica da construo potica brasileira.c) rejeio ideia do Brasil como o pas do futebol.d) intervenes de um leitor estrangeiro no exerccio de
leitura potica.e) lembretes de palavras tipicamente brasileiras
substitutivas das originais.
3.(Enem 2013) TEXTO I
Andaram na praia, quando samos, oito ou dez deles; e da apouco comearam a vir mais. E parece-me que viriam, este
dia, praia, quatrocentos ou quatrocentos e cinquenta.Alguns deles traziam arcos e flechas, que todos trocaram
por carapuas ou por qualquer coisa que lhes davam. []
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Andavam todos to bem-dispostos, to bem feitos egalantes com suas tinturas que muito agradavam.
CASTRO, S. A carta de Pero Vaz de Caminha. PortoAlegre: L&PM, 1996 (fragmento).
TEXTO II
Pertencentes ao patrimnio cultural brasileiro, a carta dePero Vaz de Caminha e a obra de Portinari retratam achegada dos portugueses ao Brasil. Da leitura dos textos,constata-se quea) a carta de Pero Vaz de Caminha representa uma das
primeiras manifestaes artsticas dos portugueses emterras brasileiras e preocupa-se apenas com a estticaliterria.
b) a tela de Portinari retrata indgenas nus com corpospintados, cuja grande significao a afirmao da arteacadmica brasileira e a contestao de uma linguagem
moderna.c) a carta, como testemunho histrico-poltico, mostra o
olhar do colonizador sobre a gente da terra, e a pinturadestaca, em primeiro plano, a inquietao dos nativos.
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No discurso do reprter, a repetio causa um efeito desentido de intensificao, construindo a ideia de
a) opresso fsica e moral, que gera rancor nos meninos.b) represso policial e social, que gera apatia nos meninos.c) polmica judicial e miditica, que gera confuso entre os
meninos.d) concepo educacional e carcerria, que gera comoo
nos meninos.e) informao crtica e jornalstica, que gera indignao
entre os meninos.
6.(Enem 2013) Gripado, penso entre espirros em como apalavra gripe nos chegou aps uma srie de contgios entrelnguas. Partiu da Itlia em 1743 a epidemia de gripe quedisseminou pela Europa, alm do vrus propriamente dito,
dois vocbulos virais: o italiano influenzae o francsgrippe. O primeiro era um termo derivado do latimmedievalinfluentia, que significava influncia dos astrossobre os homens. O segundo era apenas a forma nominaldo verbogripper, isto , agarrar. Supe-se que fizessereferncia ao modo violento como o vrus se apossa doorganismo infectado.
RODRIGUES, S. Sobre palavras. Veja, So Paulo, 30nov. 2011.
Para se entender o trecho como uma unidade de sentido,
preciso que o leitor reconhea a ligao entre seuselementos. Nesse texto, a coeso construda
predominantemente pela retomada de um termo por outro epelo uso da elipse. O fragmento do texto em que h coesopor elipse do sujeito :a) [] a palavra gripe nos chegou aps uma srie de
contgios entre lnguas.b) Partiu da Itlia em 1743 a epidemia de gripe [].c) O primeiro era um termo derivado do latim medieval
influentia, que significava influncia dos astros sobre oshomens.
d) O segundo era apenas a forma nominal do verbogripper [].
e) Supe-se que fizesse referncia ao modo violento comoo vrus se apossa do organismo infectado.
7.(Enem 2013)
Nessa charge, o recurso morfossinttico que colabora para o
efeito de humor est indicado pelo(a)a) emprego de uma orao adversativa, que orienta a quebra
da expectativa ao final.b) uso de conjuno aditiva, que cria uma relao de causa
e efeito entre as aes.c) retomada do substantivo me, que desfaz a
ambiguidade dos sentidos a ele atribudosd) utilizao da forma pronominal la, que reflete um