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PRIMEIRA PARTE

ASPECTOS QUANTITATIVO'

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1. DIM3KSOES GERAIS Ir ao exterior para a realIzação de estudos superIores está longe de ser um fenômeno de grande escala no Brasil, como se pode obser­var neste quadro:

I ,

Anos'

1960 1961 1962 1963 1964 1965 1966 1967

(1)

(2)

ÇUADRO 1.1

ESTUDANTES SUPERIORES BRASILEIROS NO EXTERIOR. 1960(1967

Total de PAlSES DE ESTUDO i formados I

n'( ~Til ( 2) ~ Sobre

USA FRANÇA , INGLAT. CANADÁ TOTAL For-mados

16.893 475 71 I 17 16 579 3.4\ I 18.226 492 94 I 15 18 619 3,3\ 19.472 581 95 26 20 I 722 3,/ % 18.926 673 83 I 15 2" 795 4,2\ I , 20.282 691 125 11 11 I 841 I 4,U

I I ,

20.793 I 762 I 160 12 24 9;8 4,51 885 I • 24.301 . 109 14 29 1023 I 4,2% ,

30.108 i 1169 I 13S 15 22 1341 I 4,H

Fontes: Fundação Getúllo Vargas, Centro de Estudes. e Tre1namento e:n Re­cursos H~manos - CETRHU~ Dados EstatístIcoS PaTciais Necessa­rios ao tSLudo dos Recursos Humanos no Brasll. 19i1

I ,

I , , , ! . i

Dados fornecidos pela UNITAR, de fontes internacionais diversas.

Estes dados devem ser tomaC05, ev iclentemente ~ com cuiclaclos. já que inc~uem somente quatro paises. Sabemos, no entanto, que estes são os países que absorvem a m.aior parte dos estudantes brasileiros que

buscam formação universitária no exterior. O número de formados pe­las universldades brasileiras vem se expandindo em progressão geomé­

trica desde 1966 e, ainda que faltem íni'ormações mais recentes, é de

se crer que o número de brasileiros estudando no exterior não tenha

crescido na mesma proporção (em 1970/1971. por exenplo, havia cerca' de 1200 estudantes brasileiros matr1cu1ados em universidades norte­

americanas) . As proporções são l na reaL! riade, inferiores às lndicadas na última coluna do q~adro~ já que os nesmos estudantes podem aparecer

por rr.ais de um ano nas estatísticas internacior:ais. comO' tratareJJOS de

avaliar mais adiante. A verdadeira natureza desta percentagem deve ser avaliada em ter

mos comparativos internacionais, tal como sugerido no quadro 1.2"

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Existem. aparentemente. dois tipos de si tuaçôes: uma, próprla de pe­

quenos países em desenvolvif.lento. que não têm un:a estrutura educacio­nal mír.lma e se apoiam fortemente em uníveTsÍdades estrangeiras. Ou

tra. ua ~ual participa o Brasil, é pratlcarr.en~e auto-suficiente em terIDOS quantitativos: o estudo no exterior não desempenha um papel;

estátisticamente signiflcatlvo na formação de seu pessoal de nfvel su perior. A importância qualitativa deste treinamento, no entanto, e

granue+ e é o objeto principal desta pesquisa.

QUADRO 1.2

NC'IERO DE PESSOAS QUD ]STlJDARA~.1 NO EXTERIOR EM 1968. EM COOPERAÇÃO

CCM O TOTAL DOS INSCRITOS EM EDUCAÇÃO SUPERIOR EM SEV.S pAíSES.

Número de pessoas estudando: --I em País no exterior • percentagem população seu paIS

I lal do país (hi -

Caoarões 1.396 . 2.002 , 69, H I 5.460.000 • ~?lônbi" 1. 355 (c) 4-53.28.6 (d) ! 0,29%

I 19.191. 000

Líbano 3,500 35.000 , 10,00, 2.520.000 , Filipina.s 3.256 (e) 550.468 [f) , 0,59\ 34.656.000 i'rinidad e Tobago 2.000 912 (g) 219.29\ 1. 010. 000 Brasil 1. 341 (h) , 278.295 (i) 0,48% 85.984.000(

I , ,

Fonte: UNITAR! The Brain Drain fIam Five Developing Countries.

lal

Unitar Research Reports Number 5,1971, p.144 j exceto para

Brasil.

pessoal que estudou no exterior em 1968, em comparação com o to­tal dos inscrItos em educação superior em seu país.

j)

(b)

Cc) (d)

(e)

('f)

à metade do ano de 1967 (Nações Unidas, Anuário Estat'stico,1968). valores médios para o período 1955-1968.

dados de 1967-8 fornecídos por ICETEX e ICFES

somente para 1967

para 1967-8 (UXESCO. International Yearbook Df Education.vol.XXX, 1968, p.392). --

(g) estudando effi colégios da Universidade Regional das rndias Ociden­tais~

(h) dados do quadro 1.1. (i) dados para o início de 1968. Fundação Getúlio Vargas, CETRHU, Da­

dos Estatísticos! quadro 101. (j) Ir.terpolaçãa a partir dos censos de 1960-70~ --- -~ ........... - ....... _---""""",,,,,,,-

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2. D PROBLEMA DO "BRAI:; DRAIN"

o objctivo princIpal do projeto ora relatado nao ê o da ava-liação do fenômeno da imigração de talentos. conhecido por Hbraln

drain", mas o da avaliação do impacto do trelnamento. no exterlor,de

pessoal qualificado; e isto se expresse, entre outras c01sus.pelc f,!

to de que a amostra estuâáda i~clui somente pessoas que Jâ retornaram

ao Brasil. Isto não significa. evidentcJ:lcnte. que a preocupação com a capacidade que tem nosso paIs de reter estes proflssionais não es­teja presente no estudo; mas. de ~na maneira geral. o problema do

"brain drain", quando existe. ê muito mais de tlpO qualitativo que

quantitativo. Os dados conhecIdos :nostraIli. e nossa pesquisa COnf,lY­

ua, que a tendência à imigraçao de nossos profiss ionais é basta!lte reduzida em termos brutos, ainda que ela possa vir a constituir even tualmente Ulf. problema do pO!lto de vista da qual idade do imigrante ou do seto,. atingido. Achou-se necessário! assi:n, apresentar u!lia breve análise dos aspectos quantitativos da imigração brasileira ce profi!;. sionais superiores para os Estados Unidos, que são o prir:cipal centro de atração deste pessoal.

üs dados disponíveis se referem a pessoas que entraram nos

Estados Unidos com visto de imigração, proceientes do Bras~l, no pe­ríodo de 1954 a 1970~ for~ecidos pelo "I1lIDigratlon and Naturalization Servi ce . Uni ted States Department 01' Justice'!, e extraídos do ~~al Indicator af the In-r-tigra tion intQ, the Uni ted States of Alíens :Ln Professioaal and Relateq Occupations, publicado pelo Bureau of Bducational and Cultural Affairs do ~epartamento de Estado, para os dois últimos anos. A entrada com visto de imigrante não significa. necessarianentc t Intenção de residência permanente, rr.as não eXIstem dados disponíveis nem estimativas satisfatórIas sobre percentagem de voltas. 80~ de permanência parece ser uma estimativa razoável. nas sem maiores confirmações. Por outro lado. existe um numero não co­nhecido de pessoas que entra:n co:n outros tipos de Vl.sto e adqulren

direitos de residência permanente, o que val compensar. de alguma forma, os casos de não permanência daqueles que entraram com visto de imigrante.

Dois tipos de comparações san importantes para um dimensiona mento adequado do fenômeno do "brai::1 drain u

• Em pri::neiro lugar está a comparação entre países. Argentl!la tem sido o país que mais. perde

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profissionais para os Estados Ilnidos, e tomarr:os este país. assim co­mo a totalidade da América Latina. como termos de comparaçao. A ou-

do tempo. tra comparação é feita através A comparação no espaço e no tempo pode ser vlsta no quadro •

• 2.1 e respectivo grâfico~ A curva ;:tara a Argentina obedece quase fielmente a curva global, enquanto que a do Brasil apresenta algunas peculiaridades próprias. Existe, em primeiro lugar, uma queda nas taxas globais de lmigração no período de 1964 a 1968, que não ê se­guida pelo Brasil, onde surge um pequeno acréscimo de imigração no período 64-65. A partir daí a curva brasileira se assemelha á glo~

bal, com u~a nova anorr~lia no período 1969-70, em que aumenta a imI­

gração bra.sileira para os Estados Unidos. apesar da conhecida restri

ção do mercado de trabalho americano a partir de 1968, e que se re­flete claramente na q:teda violenta da curva de imigração global du­rante este período.

. . A interpretação do comportamento destas curvas depende

de fatores que estão além do escopo desta pesquisa. uma serle

de A se-

melhança entre as três curvas do gráfico sugere que variações no tem po do fenômeno do Brain Draln obedecem a deterninantes gerais que es capam aos aco~tecimentos partículares de países isolados. Estes fa­tores têm a ver, presumivelmente, com alterações no mercado de traba lho norteamericarto, e com mudanças na pOlítica de concessão de vistos, Efeítos internos, detectados através da comparação dos dados nacio­nais e internacionais, derivam também de d~as fontes. Em ~rimelro ' lugar, estâ a expansão do sistema educacional nacional e da capaclda de do mercado de trabalho em absorver esta mão de obra. Depois. es­tão as transformações de tipo institucional e polItico, que eventual mente deslocam certos grupos profissionals do mercado de trabalho I

tal como se deu na crise universitária argentina de 1966. Dado Q nú mero tão limitado de pessoas envolvidas. no entanto qua.lquer relação mais direta entre ocorrências de tipo global e imigração (para o ex­terior) deve ser estabelecida por informações de primeira mão. que nao são o objeto desta pesquisa.

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, IMIGRANTES DE NIVEL SUPERIOR DA

AMÉRICA LATINA PARA OS ESTADOS UNIDOS

1954

1300

1200

f 100

1970

i" . '" / .

\

.I \ I \

l i

/. 'I I . . \

I ' . \ / / i

\ i

I \ I \

1000 I . I '. . , I \ \ . !

900 I I

800i 700 I

I 600

1 500,

400

300

200

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I /

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100 .......... , .. '........ ,o" .' .. " .. ,'

," .. ' 154367896012

.......... , ••• BRASIL ___ ARGENTINA

_,_ ._. AhlERICA LATINA

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3 4 O • X - onol y- 119 de

'upeno(

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7 • imivran f61

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5

com

OB8.- O -;rético dó Ame'r/eQ Lotina 'oi conltruido no tlseclo 1/2.

_.~.~._-- --~,~.~.

\ i

.'

70 -X

nlv.1

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QUADRO 2. I

IMI~RA~TES 'OE NlvEL SUPERIOR OA AMERICA LATINA PARA OS ESTAOOS UNIDOS (1954/1970)

ANO DE CAlEG. SAlDA PROFISSIONAL

. I '. ',:, , i I I i 53/4 54/5'55/656/757/8 :8/9159/°160/1161/2162/363/46415 65/666/7i67/8 68/9:69/10 TOTAIS

ARQU ITETURA ,-CI~NCIAS SOCIAIS C I ENC. NATURAl S CONTAB IllOAOE DIREITO ECONOMIA ENFERMAGEM ENGENHARIA 15 MATEI1fiT ICA ,ESTA

TlSTICA, AFINS MEDICINA 8 MÚSICA OOONTOLOG I A PROFESSORES (PRI MAR.SEC.e nESP. 2

QUIMICA 3

2

10 31

1 20

6

1 S

9 51

51

7

4 2

15 14 28 10 59 70 45 49

35 29 31 28

4 5 3

3 3 7 12 8 10 2

3 10 2 I I 9 1 12 33

13 10 3

57 3

2 2 9 12 I 9 21 21 5 15 2 2 8 12 48 42

2 25 35 4 9 5 8

69 n 7 II

I 15 7 25 9 3 29 38

2 28 16 4

74 10

5 15 23 9 6 32 22 10 6 3 2 18 15 43 35

1 40 36 19 8 3 9

, I I 73 8 12

4 9 6 7 4 4 I J 54

3 21 6 7

65 8

~ 5 I ~ I 6 I B 15 12 8 4 5 9 I) 9 46 27

7 I 23 9 3 2 9 3

62 56 9 5

6 14 6 15 a 2 14 47

2 ,3 8 1

47 7

32 134

71 181 78 33

229 733

19 455 85 79

705 132

TOTAIS 31 79 130 129 130 ln 97 167 206 253 261 316 248 211 226 161 199 2966

TOTAIS AMER ICA lAT I NA

BRAS I L %

AK~ lAT I NA

325 424 605 851 990 778 8431377179523422711 25332057 IB72 2887,2277 1365 26032

9,5 18.6i21,5 15,2 13,1 15,7 11,512,111,510,8 9,612,5112,011,3' 7,a, 7,1 14,6 11 ,4%

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3. O UNIVERSO DA PESQUISA

A realização de uma pesquisa em profundidade sobre o impacto do treinamento superior no exterior exigu:., COiTIQ trabalho preliminar,

a elaboração de um dlretório, tão exaustivo quanto possível. das

pessoas que estiveram em cursos superiores no exterior no~ últinos 10 anos. A partir deste trabalho fOI possível. então, seleClonar a amostra sobre a qual foi feito o estudo.

Para a realização deste levantamento. a equipe do Projeto contou CQm a cooperação de praticamente todas as instituições no Dr,! si1 que tên progl'amas de treinan:.ento superlor r..o exterior, lncluindo

c Conselho Nacional de Pesqulsas, a Coordenação do Aperfeiçoamento I

do Pessoal de Nível Superior (CAPES), a ComIssão Fullbright, a USAID.

a Fundação Ford, O Conselho Britânico, a Embaixada Alemã, universid~ des, fundações, grandes empresas e outras agências governament.als.

Chamou a atenção, durante este trabalho de levantamento, a

ausência de informações sistcoáticas e atualizadas por part,c da graE

de maioria dos ôrgãos dedicados ao finanCIamento de estudos no exte­rior. Poucos p055uiam dados globais sobre seus proprios bolsistas. informações individualizadas sobre os bolsistas eram escassas e os endereços disponíveis eram) em sua maioria, dcsatuallzados. Informa ções mais atualizacias foram obtidas. naturalmente, das entidades ou órgâos e~pregadores desse pessoal. mas a grande dispersão dessas en­tidades impediu um levantamento mais completo.

Dada essa situação! foi considerado necessário enviar um pe­~ueno formulário a todas as pessoas cujos endereços atuais ou passa­dos eram conhecidos, solicitando a atualização das informações sobre sua própria pessoa e referências sobre colegas e conhecidos com for­mação no exterior. Este trabalho se prolongou por aproximadamente I

seis meses, com vários milhares de cartas enviadas e uma alta taxa de resposta e cooperaçao. AQ final de período, cerca de 4.500 nomes haviam sido listados~

O interesse central do Projeto 'é o grupo de profissionais

com formação universitária no de triagem da lista de nomes.

exterior, e isto levou a um processo Foram lncluidas somente pessoas que

residiam no Brasil em 1970, e excluídas as estrange1.ras, assim como brasileíros que tiverar.l toda sua educação secundária no exterior. O levanta;;nento exclui ainda pessoas que regressarar.J do exteriol' antes

---------- - -

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de 1959. as que ficarao no exterior por manes de um período letivo (de 9 meses) e não obtiveram títulos acadêmlcos, e as que estlve­ram CP cursos práticos ou estágio de trojnamcnto não acadêmico. Após a triagem restaram cerca de 2~8QO nomes, das quais 1.879 fo~­neceram endereços, local de tranalho, especiallzação e outras in­

formações adicionais. Certas limitações tIa coleta de dados foram inevltáve~s.

Mencione-se. por exemplo ~ o pequeno número de inforTI:aç,ões sobr e pessoas que realizaran: estudos por conta própruL Embora. a evidên eia. sugira UE número limitado desses casos, persiste como problema a ausência de fontes de infornação para estudos auto-flnanciados l

salvo referÊncias casuais de amigos e conhecidos. UJla outra limitação refere-se ã ênfase no ambiente acadêm!

co como fonte de ir.formação, em detrimento do setor técnico. ~ote

-se, po~êm! que esta seria uma limitação malS aparente que reaL~ Na realidade, os dados eoletados no meio não-acadêmico sugerem que nessa área predominam treinamentos de duração média inferlor a um ano acadêmico, ou estágios práticos que nào lncluim.os no grupo se­

leClonado para o Projeto. Uma forma de avaliar a qualIdade dos resultados obtidos e

compará-los com dados sobre braSlleiros no exterior obtidos por fo~tes cstrangeiyas irrdependente5~ Como subsídios para o Projeto, a UNITAR organizou os dados disponíveIS sobre estudantes brasilei­

ros eu universidades d.e vár10s países estrangell"Os. inclulndo os Hstac.os Unidos. França~ Canadá, Alemanha e lnglatel'ra~ Fol possí­vel. para alguns casos, reallzar uma aná!ise sistemática que ,errei tisse o estabelecimento de um critério externo para a avaliação

dos resultados obtidos pelo nosso levãntamento.

Os dados disponíveis se referere ao número de estudantes brasileiros regu1armente matriculaêos em universidades estrangei­ras, por ano. As informações são detalhadas de forma nem sempre comparáveis de um país a outro. e podem ser Illstas nos quadros A1 a AS de Profissionais Brasileiros Treinados no Exterior,1960-l970, lncluido como anexo.

Estes quadros nos permitem obter o total de tlestudantes­

-ano" no r>cl'íodo de 10 anos. por país. Para chegarmos ao t;úf:lero total de estudantes, ê necessárIO ter algu~a estimatlva do tempo médio que o estudante fica no exterior. :IRIa TJaneira de calcular j

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esta relação entre numero total de estudantes e número de estudan­tes-anO ê, simplesme~te dividir um pelo outro, o que podemos fazer

para as informações de que dispomos em nosso levantamento. Este

quociente é. então. aplicado ao total de estudantes-ano conhecido' pelas estatísticas, o que nos permite uma estimativa final do n~me­ro de estudantes brasileiros no exterloT. por país. Se denominamcs

o total de estudantes-ano dos quadros "AI< EA, o total levantado EL.

e o total de estudantes-ano levantado EAl~ a fórmula para a estima-tiva do total de estudantes no exterior será: TIL To xEA

EAL

Resta saber como chagamos aos valores EAL. Para calculá-los. tÍnhaQos informações sobre o ano de saída e o ano de chegada ao Bra­sil de cada estudante, e tabulamos esta informação para cada país ou grupo de pa.íses, como pode ser visto nos quadros "BO I do documento n9

2. Estes quadros incluem; nas linhas~ ~s frequencias acumuladas de estudantes residentes no país. gue voltara.m em um ano determinado. Isto significa~ por exemplo, que dos 188 estudantes brasileiros que voltaram dos Estados Unidos em 1970) 186 estavam lã em 1969, 128 en 1968, etc~, e so~ente 1 em 1960. As colunas incluem I assim, todos'

as estudantes residentes em cada ano, ciiscrimínados por ano de vol!!. A soma das colunas reprodu~ o total de estudantes-ano, que pode ser então comparado aos totais fornecidos pelas estatísticas disponíveis, de acordo com a fórmula acima.

O quadro 3.1 resume o resultado final desta estimativa. Uma série de ajustes e cOTreções foram necessárias, para reduzir tando T

quanto possível as distorções: a. O coeíiciente estudantes/estudantes-ano foi calculado com

base nos anos de 1961 a 1968, para corrigir deformações resultantes dos critérios de organização do levantamento. Com efeito, o levanta mento excluiu todos os estudantes brasileiros no exterior que não • voltaram até 1970) o que levou a um coeficiente de 1,0 para aquele ano~ e só incluiu os que chegaram ao exterior em 1959 ou depois, o que reduziu ó coeficiente para aquele ano a 0,0. Esta distorção re­percute também sobre os anos contíguos, que também foram excluídos do cálculo. (isto significa que os valores da coluna "D" do quadro I

3.1 não derivam diretamente dos valores das colunas nA" e IlC I').

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b, Para cálculo de estudantes-ano da Inglaterra , considera­mos, na quadro 3.1, as universidades. escolas técnicas. educação e enfermagem, e excluímos a categoria de r1treinamento prático". mas

incluímos "outros", Isto levou a um total de 689 estudantes-ano P!' -ra este pals.

c. Para os demaIs países, não havia estatístlcas disponíve­is sobre estudantes-ano, Por isto, decidimos supor que os demais'

países estão, em Seu conjunto. representados no levantamento na me!

ma proporçiiQ que aqueles para os quais uma estimativa foi possIvel.

A proporção conjunta estimada para Estados Unidos. França. Inglater

ra e Canadá foi de 72,7%. e esta percentagem foi utilizada para e~ timar o total de estudantes brasileiros na Alemanha, países latino­americanos e demais países na coluna E do quadro 3.1. (Os coefici­

entes para estes países na coluna D foram calculados para efeito comparativo, já que nao podiam ser utilizados para o cálcUlO).

gUADRO 3.1

ESTIMATIVA DE ESTUDt\;'iTES BRASILEIROS NO EXTERIOR, 1960/1970

PArSES

Es tados Unidos

França Inglaterra Canadã

Alemanha Alnérica Latina Outro s , Sem Informação

Total

AC')

1964

342

197

23

170

106

289

2SZ1

A(' ) - Total levantado

II ( ') - Total conhecido

C( *) - Total calculado

IBC')

7346

1183

689

196

cc *)

4058 131

365

44

364

191

439

6196

D(') EC')

(0,328) 2410

(0,315) 373

• (0,407)' 280

(0,20) 39

(0,374) 235

(0,459) 147

(0,384) 347

- 3881

pelo Projeto Retorno de estudantes-ano de estudantes-ano

DC') - Coeficiente estudantes/estudantes-ano E( *) - Total de estudantes estimado F(') - Percentagem do total no levantamento GC*) - Percentagem do total geral

F (')

(70,3)

(91,7)

{70,3)

(70,3)

(12,7)

(72,7)

i (72,7)

(72,7)

G(*) I (62,2)

( 9,6)

(7,2),

l 1, O ) ( 6,1)

( 3,8)

( 0,0)

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o resultado final é um número estimado de ~881 estudantes bra

sileiros em universidades estrangeiras nos ÚltlffiOS 10 anos, dos quais

cerca de 72,7% estão listados pelo Projeto Retorno.

Estes números não passam, evidentemente, de uma"adivinhação

educada", e devem ser utilizados com cautela. E bastante provável

que as estatísticas disponíveis não sejam completas, c nosso levanta­

mento algumas vezes inclui pessoas que não estiveram em cursos univer

sitirios no sentido mais estrito do termo. E passiveI pensar, assim,

na percentagem de 72,7% como um limite máximo, e supor que, na reali­

dade, nosso levantamento abrange algo como 50% do total, pelo menos.

4. A AMOSTRA

Como em todos os estudos desta natureza, buscou-se obter uma amostra tão representativa do universo quanto possível, sem, entreta~

to, a pretensão de chegar a uma amostragem realmente probabilística .. O primeiro obstáculo para isto foi a inexistência de informações sufi

cientes sobre o universo. Dado o caráter tentativo e aproximado das estimativas indicadas anteriormente, não teria sentido proceder como

se os critérios de aleatoriedade pudessem ser efetivamente preenchi­

dos. Segundo, havia um problema de tempo: o questionário deveria

ser aplicado antes que o trabalho de listagem fosse completado. Ter­

ceiro, havia pelo menos três níveis de informação: informações mais completas sobre as pessoas que nos haviam enviado endereços atualiza­

dos, informações incompletas sobre pessoas que não pudemos contactar e informações estatísticas globais. A amostra deveria ser baseada,

tanto quanto possível, nes-tas últimas informações, mas os entrevista­dos deveriam estar todos no primeiro grupo.

A amostra deveria ainda cumprir uma série de requisitos simu! tâneos. Ela deveria ser representativa do pessoal brasileiro com ed~

cação de longa e média duração no exterior; deveria ser comparável'

com os estudos promovidos pela UNITAR em outros países; deveria limi tar-se aos Estados brasileiros nos quais fosse possível obter coorde­

nadores regionais para o trabalho de atualização de endereços e entre vistas, etc. Foram definidos "a priori" os seguintes parâmetros:

a. a amostra deveria corresponder a aproximadamente 20% do universo. Dada uma estimativa inicial de três mll. a mostra deverla

ser de 600. a fim de compensar as perdas previsíveis. o número de questionários foi aumentado para 700.

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b. uma estratificação deveria ser introduzida por ramo de es­tudos e por país de estudo Esta estratificação, que obedece sobretu­do aos termos de comparabilidade internaçiona,l. deveria referir-se ao grupo de maior permanência no exterior (~ai$ de 2 anos). ou com títu­lo universitário formal obtido em menos tempo. Decidiu-se que este I

grupo estratificado seria de SOO pessoas, e uma amostra probabllísti­ca. de ZOO seria tomada dos que permaneceram no est!"angeiro entre 1 e 2 anos sem a obtenção de tItulo universitário formal.

A distribuiçào da amostra por países de estudo obedeceu a uma distribuição ligeiramente distinta daquela da última coluna do quadro 3.1. em função das informações levantadas ao final de 1970. Para a

distribuição por áreas de especialização adotou-se, na falta de reelhor informação~ a proporção dos estudantes bras11eiros nos Estados Unidos no período 1960-1970, conforme o quadro 4.1.

QUADRO 4.1 ESTUDANTES BRASILEIROS 'OS ESTADOS UNIDOS, POR ESPECIALIZAÇÃO, 19601 1970:

Distribuição Distribuição $ jlSPECIALIZAÇAQ Percentual Retifícada

I

A 18,6 19,0 II 12,6 12,9 C 24,8 25,4 D 17,3 17,7 lJ 20,0 20,5 F 4,4 4,5 G

, 2,3 ---

T O T A L 100,0 100,0

A - Engenharia, Arquitetura B - Ciências Biológicas, Ciências Físicas e da Terra,

Matemática. C - Negôcios i Comércio. Ad~inistração. Geografia, Ci­

ências Sociais. D - Línguas e Literatura, inclusive ensino de Língua. E - Belas Artes e Artes aplicadas. Economia Doméstica.

Jornalismo I Direi to, Eiblioteconomia. Religião e Teologia, Agricultura e outros.

F - Ciências Médicas, Odontologia e Veterinária. G - Sem informação.

----~-~.~.~

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Xo momento de selecionar a amostra hav18 1.389 nomes listados com informaçêcs completas, preenchendo as condiçôes necessárias para a inclusão na amostra, que eram as seguintes:

a. ter estado no exterior por um período superIor a um ano 1! tivo í.9 meses);

b. ter endereço conhecido e confirmada por contato telefônlco ou carta;

c. ter estado no exterior engajaúo efetivamente em cursos su-periores;

d. ter voltado ao Brasil depois de 1959; e. estar Tesidindo presentemente no Brasil; f. residir em um dos seguintes Estados: Ceará! Pernambuco; B!

hia. Minas Gerals, Ríc de Jane1To, Guanabara~ São Paulo, Rio Grande do Sul ou elT. Brasília, cent:ros unIverSl tâ'I"ios

aos quais se li~itou a pesqulsa.

A distrlbuição percentual por país e ramo de especiallzação I

que tratareos de obter é a indicada no quadro 4.2, enquanto que o qua­dro 4.3 mostra o número de casos por célula a serem entrevistados em um total de SOO. Houve uma perda de 17\ devida ã ausencia de pessoas com as características desejadas e~ algumas células,a peSSO<lb cujas' características se revelavaon, após a entrevlsta I C0f:10 fora da defini­ção da amos tra I a .mudança de endereços. difIculdades de conta to" etc, (O número de recusas em responder ao questionárlo foi extremamente ' reduzido). Os resultados obtidos, em termos relat1vo5 e absolutos.e~ tão lndicados nos quadros 4~4 e 4.5. O quadro 4.6 dá a distribuIção por país e especialização dos estudantes com menos de dois anos no ex tel'ior e sem terem obtido títulos acadêm1cos formaIs. Um último entre vistado foi eliminado da amostra por não ha.ver estado em univers~dade nO exterior, reduzindo o total final a 567> sabre o qual a análise dos dados é feita.

Finalmente t ainda que a distribuição geográfica dos entrevlS-tados tenha sido obtida aleatoriamente, dentro possível realizar a pesquisa~ ela ção dos dados da listagem final.

se aproximou O quadro 11.7

dos Estados em que foi bastante da dlstribai­compara três distribu!

çoes: a prevista pela amostra, a da listagem, e a dlstribulção flnal da amostra obtida.

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QUADRO 4.2

ESTRUTURA TEdRICA DA AMOSTRA - ESTUDANTES DE LONGA DURAÇÃO, N~EROS

RELATIVOS.

, SPEcr ALIZAÇÃO : USA FR GB ALEM. CMl. EUR. A. LAT. TOTAL

,

A 12,03 1,98 1,37 1,48 0,50 0,84 0,80 I 19.0

B 8,16 1,34 0,93 1,01 0,35 0,57 0,54 12,9

C 16,08 2,64 1,83 1,98 0.69 1,11 L07 25,4

D 11,20 1,84 1.27 1,38 0,49 0,78 0,14 17,7

I E i i 12,99 2,13 1,48 1,60 0,55 0,90 0,85 20,S

, F

, 2,84 0,47 0,32 D,35 0,12 0,20 0,20 4,5 , , ,

T O T A L 63,3 10,4 7,2 ! 7,8 I ' ' -, , 4,4 4 , 2 100,0

QUADRO 4.3

ESTRUTURA nORTCA DA AMOSTRA - ESTUDANTE DE LONGA DURAÇÃO, DADOS ABSO

LUTOS

ESPECIALI ZAÇÃO I USA FR GB ALEM. 'CAN. I EUR. A. LAT. TOTAL

A 60 10 7 8 2 4 , 4 9S

B 41 7 5 5 2 3 3 66

C 80 13 9 10 3 6 5 I

126

D 56 9 6 6 2 4 4 I 87 ,

, E 65 11 7 8 3 5 4 .l03

F 14 2 2 2 1 1 1 23

T O T A L 3ló 52 I 36 39 13 23 21 500 ,

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20

QUADRO 4.4

DISTRIBUI ÃO PERCENTUAL DE ENTREVISTADOS COM TITULO E MAIS DE UM ANO D UDO L , J L T VO

fESPEL:.ULIZAÇAo USA FR GB ALEM. CAN. EUR. A.LAT. TOTA!,

A 12,53 2,17 0,72 - 0,72 ,0.72 0,24 17 .10 -

B 12.05 2,65 1,20 0 1 48 0,48 O~72 - 17 ~ 59

C 19.51 2.89 0,48 1.45 0,48 0,96 0,96 26,74

D 6,50 1,69 0,24 1,20 - 0,48 0,24 10,36 , B 15,42 2,41 0.24 1,93 0,72 0,98 , 21,68 - , F 3,85 - 9,6 ~,7Z 0,24 0,24 0,48 6,50

T O T A L 69,86 11 ,80 3 t8S 6,5 1,2 3,8 2,89 10n , , i

QUADRO 4.5

ENTREVISTADOS COM TITULO DE MESTRADO E DOUTORADO E MAIS DE UM ANO IlE ~fl!!1ºQS NO BXTªR lOR (LONGA DlIRA~AO) flOME~õS AllSQtU}'os.

~SPECL<liIZAÇ~O USA FR CB ALEM. CAND. EUR. A. LAT, TOTAL

A 52 9 3 3 O 3 1 71

B 50 11 S 2 2 3 O 73

C 81 12 2 6 2 4 4 111

I D ! 27 7 1 5 O 2 1 43

E J

64 10 1 8 O 3 4 90 , !

F 16 O 4 3 1 1 2 Z7

T O T A L i

290 49 16 27 5 16 12 415 ,

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QUADRO 4.6

E};TREVISTADOS COM UM A DOIS ANOS DE ESTUDOS NO EXERIOR SEM OBTENÇÃO DE TITULO FORj;t~L - NUMEROS .~llSOLUTOS.

I ' USA FR GB ALEM. CAND. EUR. A.LAT. OUT. TOTAL , i ,

,A 5 10 ! 1 7 1 5 1 1 31 , , , , , ,

!B • 9 6 2 3 - 1 - - 21 · · .e , 10 6 - 2 - 1 3 2 • 24

~ 11 4 - 1 - - - 2 18

b 10 9 5 5 - 2 1 3 35

F 13 , 4 1 • 1 1 2 - 24 ,

roTAL 58 37 12 19 ,

2 10 7 8 153 , . , , , I ,

QUADRO 4.7

DISTRIBUIÇÃO DOS ENTREVISTADOS POR ESTADO

Uni verso Amostra Amostra

Estado Total Retificado obtida prevista

Balda 5,0 5.4 6,7 7,5 ,

Ceará 5,7 6,1 8,2 B,6

Brasília 3 1 2 3,5 3,7 3,5

Guanabara 23 ,8 25,6 , 30,2 31,8

t.fi:las Gerais 10 I 5 11)3 13~4 14.2

Pernambuco 4,8 5 , 2 4,4 5,1

R.Grande do Sul 6,8 !

7.4 4 • i 5.1

São Paulo 33,0 35,9 25,5 24,6

Outros. NR 6,9 - 3,2 -TOTAL (2.821) (2.625) (567) (663)