Projeto Hidreletrica

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    CRITRIOSDE PROJETO CIVILDE USINAS HIDRELTRICAS 1

    USINAS HIDRELTRICASCRITRIOS DE PROJETO CIVIL DE

    USINAS HIDRELTRICAS

    Outubro/2003

    Eletrobrs

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    2 CRITRIOSDEPROJETOCIVILDEUSINASHIDRELTRICAS

    Centrais Eltricas Brasileiras S.A. - ELETROBRS

    PresidenteLuiz Pinguelli Rosa

    Diretor FinanceiroAlexandre Magalhes da Silveira

    Diretor de Projetos Especiais e Desenvolvimento Tecnolgico e IndustrialJos Drumond Saraiva

    Diretor de AdministraoRoberto Garcia Salmeron

    Diretor de EngenhariaValter Luiz Cardeal de Souza

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    CRITRIOSDE PROJETO CIVILDE USINAS HIDRELTRICAS 3

    ....................................................................................................................................... 11

    2.1 Generalidades .................................................................................................... 15

    2.2 Contedo e Estrutura .............................................................................................. 16

    2.3 Nomenclatura .................................................................................................... 16

    2.4 Normas Tcnicas .................................................................................................... 16

    2.5 Definies ....................................................................................................172.5.1 Nveis de gua ........................................................................................... 17

    2.5.2 Borda Livre ................................................................................................19

    2.5.3 Descargas.................................................................................................. 19

    3.1 Generalidades .................................................................................................... 21

    3.2 Nveis de gua .................................................................................................... 21

    3.2.1 Nvel de gua no Reservatrio .................................................................... 21

    3.2.2 Nvel de gua de Jusante............................................................................ 21

    3.3 Borda Livre na Barragem, Ensecadeiras e Casa de Fora........................................ 223.3.1 Borda Livre Normal..................................................................................... 22

    3.3.2 Borda Livre Mnima ..................................................................................... 22

    3.4 Vazes .................................................................................................... 22

    3.4.1 Vazo de Projeto dos rgos Extravasores ou

    Cheia de Proteo da Barragem.................................................................. 22

    3.4.2 Vazo de Projeto da Casa de Fora ............................................................. 23

    3.4.3 Vazes de Desvio ....................................................................................... 23

    3.4.4 Vazes de Operao................................................................................... 24

    3.4.5 Vazo Sanitria ........................................................................................... 24

    3.5 Desvio do Rio .................................................................................................... 243.5.1 Desvio Atravs de Estrangulamento Parcial do Rio........................................ 25

    3.5.2 Desvio Atravs de Tnel.............................................................................. 26

    3.5.3 Desvio Atravs de Galerias ou Adufas .......................................................... 28

    3.5.4 Proteo de Canais e Ensecadeiras............................................................. 29

    3.5.5 Fechamento do Rio..................................................................................... 30

    3.6 Vertedouro ....................................................................................................31

    3.6.1 Vertedouro de Superfcie.............................................................................. 31

    3.6.2 Descarregador de Fundo............................................................................ 36

    SUMRIO

    CAPTULO1APRESENTAO

    CAPTULO2INTRODUO

    CAPTULO3CRITRIOSDE PROJETO

    HIDROLGICOSE HIDRULICOS

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    4 CRITRIOSDEPROJETOCIVILDEUSINASHIDRELTRICAS

    3.6.3 Estruturas de Dissipao de Energia ............................................................ 39

    3.7 Circuito Hidrulico de Gerao................................................................................. 41

    3.7.1 Canal de Aduo ........................................................................................ 41

    3.7.2 Tomada de gua ........................................................................................ 42

    3.7.3 Conduto Adutor ........................................................................................... 473.7.4 Conduto Forado........................................................................................ 47

    3.7.5 Canal de Fuga............................................................................................ 53

    3.8 Chamin de Equilbrio ............................................................................................. 53

    3.8.1 Introduo .................................................................................................. 53

    3.8.2 Critrio Simplificado da Canambra ................................................................ 53

    3.8.3 Extenso do Critrio da Canambra............................................................... 54

    3.8.4 Inrcia das Massas Girantes ........................................................................ 55

    3.8.5 Operao em Sistema Interligado ................................................................. 58

    3.8.6 Necessidade de Chamin de Equilbrio......................................................... 61

    3.8.7 Dimensionamento da Chamin de Equilbrio.................................................. 623.8.7.1 Dimenses Minmas....................................................................... 62

    3.8.7.2 Critrios de Dimensionamento........................................................ 63

    3.9 Estudos de Remanso.............................................................................................. 63

    3.10 Estudo de Vida til do Reservatrio ........................................................................ 64

    3.10.1 Introduo .................................................................................................. 64

    3.10.2 Avaliao do Assoreamento ......................................................................... 64

    3.10.3 Estudos a Serem Realizados........................................................................ 67

    3.10.4 Controle do Assoreamento de Reservatrios................................................. 68

    3.11 Estudos Hidrulicos em Modelos Reduzidos ............................................................. 69

    3.11.1 Dados Bsicos............................................................................................ 69

    3.11.2 Escalas .................................................................................................... 69

    3.11.3 Escolha do Tipo de Modelo a Ser Adotado.................................................... 70

    3.11.4 Limites dos Modelos .................................................................................... 71

    3.11.5 Aferio do Estiro Fluvial ............................................................................ 71

    3.11.6 Estudo das Estruturas Hidrulicas de Desvio................................................. 72

    3.11.7 Estudo da Estrutura do Vertedouro ............................................................... 73

    3.11.8 Estudo da Estrutura de Dissipao de Energia .............................................. 73

    3.11.9 Estudo das Estruturas do Circuito Hidrulico de Gerao ............................... 74

    3.11.10Plano de Operao das Comportas do Vertedouro........................................ 75

    3.12 Drenagem das guas Pluviais ................................................................................. 75

    3.12.1 Introduo .................................................................................................. 75

    3.12.2 Perodo de Retorno e Critrios de Segurana............................................... 75

    3.12.3 Clculo da Chuva de Projeto ....................................................................... 76

    3.12.4 Determinao da Vazo de Projeto............................................................... 77

    3.12.5 Dimensionamento das Estruturas .................................................................. 78

    3.12.6 Controle de Eroso a Jusante dos Dispositivos de Drenagem........................ 80

    3.13 Referncias Bibliogrficas ........................................................................................ 81

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    CRITRIOSDE PROJETO CIVILDE USINAS HIDRELTRICAS 5

    4.1 Generalidades .................................................................................................... 83

    4.2 Concreto .................................................................................................... 83

    4.2.1 Ensaios .................................................................................................... 83

    4.2.2 Classes de Concreto ................................................................................... 86

    4.2.3 Propriedades do Concreto........................................................................... 884.3 Cimento Portland .................................................................................................... 99

    4.4 Materiais Pozolnicos ............................................................................................ 104

    4.5 Agregados .................................................................................................. 105

    4.6 Aditivos .................................................................................................. 108

    4.7 gua .................................................................................................. 109

    4.8 Resistncias de Dosagem e de Controle................................................................. 109

    4.9 Traos Tericos ...................................................................................................111

    4.10 Aos ...................................................................................................111

    4.10.1 Aos para Concreto Armado .......................................................................111

    4.10.2 Aos para Concreto Protendido...................................................................1114.11 Dispositivos de Vedao e Aparelhos de Apoio........................................................ 112

    4.11.1 Dispositivos de Vedao ............................................................................ 112

    4.11.2 Aparelhos de Apoio................................................................................... 112

    4.12 Outros Materiais .................................................................................................. 114

    5.1 Generalidades .................................................................................................. 115

    5.2 Cargas Permanentes ............................................................................................ 115

    5.2.1 Peso Prprio ............................................................................................ 115

    5.2.2 Cargas Diversas....................................................................................... 116

    5.3 Cargas Acidentais ................................................................................................. 117

    5.3.1 Sobrecargas............................................................................................. 117

    5.3.2 Cargas Devido Presena de Equipamentos Eletromecnicos..................... 118

    5.3.3 Cargas de Construo e Aes Temporrias .............................................. 122

    5.4 Cargas Mveis .................................................................................................. 122

    5.5 Vibrao e Impacto ............................................................................................... 122

    5.6 Presses Hidrostticas .......................................................................................... 123

    5.7 Presses Hidrodinmicas ...................................................................................... 123

    5.7.1 Presses Hidrodinmicas Devidas a Esforos Hidrulicos .............................. 123

    5.7.2 Presses Hidrodinmicas Devidas a Aes Ssmicas..................................... 124

    5.8 Presses Intersticiais ............................................................................................. 126

    5.8.1 Subpresses no Cantato das Estrutras de Concreto com a Fundao........... 127

    5.8.2 Subpresses em Sees de Concreto........................................................ 130

    5.8.3 Subpresses em Planos da Rocha Inferiores

    ao Contato Concreto/Fundao.................................................................. 131

    5.9 Presso de Material Assoreado.............................................................................. 131

    5.10 Empuxos de Terraplenos ...................................................................................... 132

    5.10.1 Situaes de Anlise e Seleo de Parmetros............................................ 133

    CAPTULO4PROPRIEDADE

    DOS MATERIAIS

    CAPTULO5AESDE PROJETOS

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    6 CRITRIOSDEPROJETOCIVILDEUSINASHIDRELTRICAS

    5.10.2 Determinao dos Empuxos....................................................................... 134

    5.10.3 Aspectos Gerais de Empuxo do Terrapleno ................................................ 135

    5.10.4 Clculo de Empuxos ................................................................................. 135

    5.11 Aes Devidas ao Vento........................................................................................ 138

    5.11.1 Estruturas Suscetveis a Danos .................................................................. 1385.12 Dilatao, Retrao e Deformao Lenta ................................................................ 139

    5.13 Referncias Bibliogrficas ...................................................................................... 140

    6.1 Generalidades .................................................................................................. 141

    6.2 Condio de Carregamento Normal (CCN) ............................................................ 142

    6.3 Condio de Carregamento Excepcional (CCE) ..................................................... 142

    6.4 Condio de Carregamento Limite (CCL) .............................................................. 142

    6.5 Condio de Carregamento de Construo (CCC) ................................................. 143

    6.6 Combinao de Aes........................................................................................... 1436.7 Referncias Bibliogrficas ...................................................................................... 144

    7.1 Generalidades .................................................................................................. 145

    7.2 Anlise de Estabilidade Global ............................................................................... 145

    7.2.1 Fator de Segurana Flutuao (FSF)...................................................... 146

    7.2.2 Fator de Segurana ao Tombamento (FST)................................................ 147

    7.2.3 Fator de Segurana ao Deslizamento (FSD)............................................... 147

    7.3 Anlise de Tenses, Tenses Admissveis, Tenses de Servio e Deformaes ........... 150

    7.3.1 Tenses Normais (de servio) em Estruturas de Concreto Massa

    e na Base das Fundaes ......................................................................... 150

    7.3.2 Anlise de Tenses e Deformaes pelo Mtodo

    dos Elementos Finitos ................................................................................ 152

    7.3.3 Tenses Admissveis do Concreto Massa.................................................... 152

    7.3.4 Tenses Admissveis nas Fundaes .......................................................... 153

    7.4 Coeficientes de Segurana Valores Mnimos Admissveis ....................................... 154

    7.4.1 Fatores de Reduo da Resistncia do Atrito

    e da Coeso (FSDe FSDc) .................................................................... 154

    7.4.2 Fatores de Segurana ao Tombamento (FST) e Flutuao (FSF) ................ 155

    7.5 Referncias Bibliogrficas ...................................................................................... 155

    CAPTULO7BARRAGENSE ESTRUTURAS

    DE CONCRETO- SEGURANA GLOBAL

    CAPTULO6CONDIESDE

    CARREGAMENTO

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    CRITRIOSDE PROJETO CIVILDE USINAS HIDRELTRICAS 7

    8.1 Generalidades .................................................................................................. 157

    8.2 Anlise Estrutural .................................................................................................. 157

    8.2.1 Combinao de Carregamentos................................................................. 157

    8.2.2 Coeficientes de Segurana ........................................................................ 158

    8.3 Dimensionamento.................................................................................................. 1598.3.1 Estruturas em Concreto Armado ................................................................. 159

    8.3.2 Estruturas em Concreto Protendido............................................................. 159

    8.3.3 Estruturas em Concreto Massa................................................................... 159

    8.3.4 Estruturas em Concreto Compactado com Rolo ........................................... 161

    8.4 Estados Limites ltimos .......................................................................................... 161

    8.4.1 Instabilidade Elstica.................................................................................. 161

    8.4.2 Fadiga .................................................................................................. 161

    8.5 Estados Limites de Utilizao .................................................................................. 161

    8.5.1 Deformao Excessiva .............................................................................. 161

    8.5.2 Fissurao................................................................................................ 1618.5.3 Vibraes e Impacto .................................................................................. 161

    8.6 Disposies Construtivas ....................................................................................... 162

    8.6.1 Cobrimento das Armaduras........................................................................ 162

    8.6.2 Espaamento Entre as Barras .................................................................... 163

    8.6.3 Esperas e Emendas das Barras................................................................. 163

    8.6.4 Dobramento das Barras ............................................................................ 163

    8.6.5 Armadura Contra a Retrao..................................................................... 163

    8.6.6 Espaamento dos Drenos .......................................................................... 164

    8.7 Referncias Bibliogrficas ...................................................................................... 165

    9.1 Generalidades .................................................................................................. 167

    9.2 Materiais de Construo ........................................................................................ 167

    9.2.1 Geral .................................................................................................. 167

    9.2.2 Balano de Materiais ................................................................................. 168

    9.2.3 Materiais para Zonas Impermeveis ........................................................... 169

    9.2.4 Materiais para Filtros e Transies ............................................................. 174

    9.2.5 Enrocamentos........................................................................................... 177

    9.3 Definio das Sees Tpicas das Barragens.......................................................... 180

    9.3.1 Fatores que Influenciam a Escolha da Seo .............................................. 180

    9.3.2 Barragem de Seo Homognea............................................................... 180

    9.3.3 Barragem de Terra-Enrocamento............................................................. 183

    9.3.4 Barragens de Enrocamento com Face de Concreto..................................... 184

    9.4 Referncias Bibliogrficas ...................................................................................... 186

    CAPTULO9BARRAGENSDE TERRA

    E ENROCAMENTO- CONCEPO

    CAPTULO8BARRAGENSE ESTRUTURAS

    DE CONCRETO- DIMENSIONAMENTO

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    8 CRITRIOSDEPROJETOCIVILDEUSINASHIDRELTRICAS

    10.1 Generalidades .................................................................................................. 187

    10.2 Anlises de Percolao ......................................................................................... 187

    10.2.1 Anlises de Fluxo pelo Macio e Fundao ................................................ 187

    10.2.2 Dimensionamento de Sistemas de Drenagem.............................................. 189

    10.2.3 Dimensionamento de Transies ................................................................ 19010.2.4 Dimensionamento de Sistemas de Impermeabilizao................................... 191

    10.3 Anlises de Estabilidade ao Escorregamento........................................................... 192

    10.3.1 Considerao dos Esforos Solicitante e Resistentes.................................... 192

    10.3.2 Casos de Carregamento............................................................................ 192

    10.3.3 Parmetros e Consideraes de Anlise..................................................... 192

    10.3.4 Mtodos de Anlise ................................................................................... 196

    10.3.5 Critrios de Aceitao ................................................................................ 197

    10.4 Anlises de Tenses e Deformaes...................................................................... 198

    10.5 Proteo de Taludes ............................................................................................. 200

    10.5.1 Talude de Montante................................................................................... 20010.5.2 Talude de Jusante da Barragem de Terra................................................... 200

    10.6 Barragens de Enrocamento com Face de Concreto................................................. 201

    10.6.1 Zoneamento da Seo Transversal............................................................ 201

    10.6.2 Caractersticas dos Enrocamentos .............................................................. 201

    10.6.3 Lagura da Crista....................................................................................... 202

    10.6.4 Espessura da Face do Concreto................................................................ 202

    10.6.5 Armadura da Face do Concreto................................................................. 203

    10.6.6 Juntas .................................................................................................. 203

    10.6.7 Plinto .................................................................................................. 204

    10.6.8 Transies................................................................................................ 205

    10.6.9 Cortina de Vedao................................................................................... 205

    10.6.10Muro de Crista.......................................................................................... 205

    10.7 Referncias Bibliogrficas ...................................................................................... 205

    11.1 Juntas de Construo............................................................................................ 207

    11.1.1 Critrios Gerais de Tratamento................................................................... 207

    11.1.2 Juntas Horizontais ..................................................................................... 207

    11.1.3 Juntas Verticais.......................................................................................... 208

    11.2 Juntas de Contrao ............................................................................................. 208

    11.3 Juntas de Dilatao ou Expanso .......................................................................... 209

    11.4 Dispositivo de Vedao ......................................................................................... 209

    11.4.1 Materiais Utilizados .................................................................................... 209

    11.4.2 Critrios Gerais para Utilizao .................................................................. 210

    11.5 Chavetas .................................................................................................. 210

    11.6 Drenos de Juntas.................................................................................................. 211

    11.7 Injees entre Blocos ............................................................................................ 211

    CAPTULO11JUNTASE REQUISITOS

    ESPECIAISPARA

    ESTRUTURASDE CONCRETO

    CAPTULO10BARRAGENSDE TERRA

    E ENROCAMENTO- DIMENSIONAMENTO

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    CRITRIOSDE PROJETO CIVILDE USINAS HIDRELTRICAS 9

    11.8 Dispositivos de Ancoragem .................................................................................... 212

    11.8.1 Tipos de Ancoragem ................................................................................. 212

    11.9 Aparelhos de Apoio............................................................................................... 213

    11.10 Estudos Trmicos do Concreto Massa .................................................................... 214

    11.11 Referncias Bibliogrficas...................................................................................... 217

    12.1 Generalidades .................................................................................................. 219

    12.2 Tipos de Escavao............................................................................................. 220

    12.2.1 Vida til das Escavaes ........................................................................... 220

    12.2.2 Localizao Geral das Escavaes............................................................. 220

    12.3 Procedimentos de Projetos..................................................................................... 221

    12.4 Condicionantes Hidrulico-Estruturais..................................................................... 221

    12.5 Condicionantes Geolgico-Geotcnicas ................................................................. 222

    12.5.1 Investigaes Geolgico-Geotcnicas ......................................................... 22212.5.2 Previso das Condies Executivas ........................................................... 223

    12.6 Projeto Geotcnico ............................................................................................... 227

    12.6.1 Escavaes a Cu Aberto.......................................................................... 227

    12.6.2 Escavaes Subterrneas......................................................................... 230

    12.6.3 Projeto de Drenagem para Escavao....................................................... 232

    12.6.4 Projeto de Proteo Superficial de Taludes em Solos ................................... 232

    12.6.5 Tratamento de Taludes Rochosos .............................................................. 233

    12.6.6 Tratamento das Escavaes Subterrneas ................................................. 233

    12.6.7 Controle Ambiental das Escavaes Subterrneas....................................... 234

    12.7 Projeto Geomtrico................................................................................................ 234

    12.7.1 Escavaes a Cu Aberto.......................................................................... 234

    12.7.2 Escaves Subterrneas........................................................................... 235

    12.7 Referncias Bibliogrficas ...................................................................................... 235

    13.1 Generalidades .................................................................................................. 237

    13.2 Tratamento Superficial ........................................................................................... 239

    13.2.1 Remoo de Materiais Indesejveis............................................................ 239

    13.2.2 Regularizao da Fundao...................................................................... 239

    13.2.3 Limpeza .................................................................................................. 240

    13.2.4 Recobrimento Superficial ............................................................................ 240

    13.2.5 Drenagem Superficial ................................................................................ 241

    13.2.6 Injees Localizadas ................................................................................. 241

    13.3 Tratamentos Profundos.......................................................................................... 241

    13.3.1 Projeto Geotcnico .................................................................................... 242

    13.3.2 Consolidao da Fundao ....................................................................... 242

    13.3.3 Injeo Profunda das Fundaes............................................................... 243

    CAPTULO12ESCAVAES

    CAPTULO13TRATAMENTODAS

    FUNDAES

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    10 CRITRIOSDEPROJETOCIVILDEUSINASHIDRELTRICAS

    13.3.4 Drenagem Profunda das Fundaes em Rocha .......................................... 244

    13.3.5 Drenagem Profunda das Fundaes em Solo ............................................. 246

    13.4 Critrios para Liberao de Fundaes.................................................................. 246

    13.5 Referncias Bibliogrficas ...................................................................................... 247

    14.1 Generalidades .................................................................................................. 249

    14.2 Critrios de Projeto de Instrumentao.................................................................... 250

    14.2.1 Grandezas a serem Monitoradas................................................................ 250

    14.2.2 Seleo dos Blocos ou Sees Chave ..................................................... 253

    14.2.3 Quantidade de Instrumentos....................................................................... 253

    14.2.4 Seleo dos Tipos de Instrumentos............................................................. 254

    14.2.5 Instrumentao de Barragens de Pequeno Porte......................................... 256

    14.2.6 Codificao dos Instrumentos e Simbologia.................................................. 257

    14.3 Fases para Elaborao de Projetos de Instrumentao............................................ 26014.3.1 Estudos de Viabilidade e Projeto Bsico...................................................... 260

    14.3.2 Projeto Executivo ...................................................................................... 260

    14.4 Critrios para o Estabelecimento de Valores de Controle para Instrumentao........... 261

    14.4.1 Manual de Superviso do Comportamento da Barragem............................. 261

    14.4.2 Determinao dos Valores de Referncia para Cada Instrumento ................. 261

    14.5 Critrios de Operao, Processamento e Anlise de Dados ..................................... 263

    14.5.1 Leitura e Processamento dos Dados........................................................... 263

    14.5.2 Frequncia da Leitura dos Instrumentos...................................................... 263

    14.5.3 Apresentao dos Resultados .................................................................... 265

    14.5.4 Anlise e Interpretao dos Resultados....................................................... 266

    14.5.5 Avaliao por Consultores Especiais .......................................................... 266

    14.6 Inspees Visuais In Situ..................................................................................... 267

    14.6.1 Freqncia das Inspees......................................................................... 268

    14.7 Referncias Bibliogrficas ...................................................................................... 269

    A.1 Introduo .................................................................................................. 271

    A.2 Causas de Ruptura............................................................................................... 272

    A.3 Metodologia de Clculo Preliminar.......................................................................... 272

    A.4 Metodologia de Clculo Definitivo ........................................................................... 274

    A.5 Plano de Aes Emergenciais (PAE) ...................................................................... 275

    A.6 Referncias Bibliogrficas ...................................................................................... 277

    CAPTULO14AUSCULTAOE

    INSTRUMENTAODASOBRAS CIVIS

    ANEXOAESTUDODE RUPTURA

    DA BARRAGEM

  • 7/30/2019 Projeto Hidreletrica

    11/279

    CRITRIOSDE PROJETO CIVILDE USINAS HIDRELTRICAS 11

    A segurana das barragens constitui uma preocupao permanente para as entida-

    des governamentais, tanto por sua importncia econmica especfica como pelo

    risco potencial que representa a possibilidade de ruptura ou outro acidente grave,

    em termos de vidas humanas, impacto ao meio ambiente, prejuzos materiais e os

    reflexos econmico-financeiros.

    Considerando a recente privatizao parcial do setor eltrico, e visando a manuten-

    o do padro de qualidade dos projetos hidreltricos, a ELETROBRS resolveu

    consolidar no documento Critrios de Projeto Civil de Usinas Hidreltricas, a ex-

    perincia das concessionrias de energia eltrica federais e estaduais, de modo a

    preservar a memria do Setor Eltrico adquirida ao longo dos ltimos 50 anos de

    projeto e construo de usinas hidreltricas

    Este documento, iniciado pela ELETROBRS em outubro de 1999, com o apoio do

    CBDB Comit Brasileiro de Barragens, procurou uniformizar e definir os critrios

    utilizados no desenvolvimento de projetos em nvel de Viabilidade, Bsico e Execu-

    tivo de Usinas Hidreltricas. Est elaborado nos moldes daqueles produzidos pelo

    Bureau of Reclamation-USBR, pelas concessionrias de energia eltrica e por di-

    versas projetistas.

    No se trata de um rol de exigncias ou condies mnimas, mas de um documento

    de orientao ao estabelecimento do projeto com adequadas condies de quali-

    dade tcnica, segurana e custo. Caractersticas particulares podem indicar o inte-

    resse ou necessidade de alterao ou complementao dos critrios aqui defini-

    dos em casos especficos.

    A elaborao destes critrios contou com a participao em sua primeira fase de

    trabalho, de tcnicos da ELETROBRS (coordenao do Grupo Tcnico), conces-

    sionrias de energia eltrica (CHESF, ELETRONORTE, FURNAS, CEMIG, COPEL

    e ITAIPU) e de representantes do CBDB e do LACTEC/CEHPAR. Aps o trmino

    desta fase, foi emitida uma primeira minuta, para anlise e comentrios dos traba-

    lhos, por parte de consultores independentes, para a consolidao deste documen-

    to final.

    CAPTULO 1A PRESENTAO

  • 7/30/2019 Projeto Hidreletrica

    12/279

    12 CRITRIOSDEPROJETOCIVILDEUSINASHIDRELTRICAS

    pela ELETROBRS

    Valter Luiz Cardeal de Souza

    Diretor de Engenharia - DE

    Luciano Nobre VarellaChefe do Departamento de Engenharia e Meio Ambiente - DEA

    ngelo Antonio Carillo

    Chefe da Diviso de Engenharia de Gerao

    pelo CBDB

    Cassio Baumgratz Viotti

    Grupo Tcnico de Coordenao - GT

    Srgio Corra Pimenta - Coordenador do GT- ELETROBRS (Consultor)

    Aurlio Alves Vasconcelos - CHESF

    Antnio Srgio Guerra Gabinio - COPEL

    Ademar Sergio Fiorini - ITAIPU

    Fernanda Tavares R. de Oliveira - CEMIG

    Hlio Costa de Barros Franco - ELETRONORTE

    Massahiro Shimabukuro - FURNAS

    Tibiri Gomes de Mendona - CEMIG

    Pela CEMIG

    Luz Carlos Gomide

    Marcus Gontijo Rocha

    Maria Ceclia Novais Firmo Ferreira

    Virmondes Rodrigues da Cunha

    Pela CHESF

    Alberto Jorge Tavares Cavalcanti

    Jos Aquino de Souza

    Ricardo Jos Barbosa de Souza

    COORDENAODOS TRABALHOS

    SUPERVISO TCNICADOS TRABALHOS

    COLABORADORES

  • 7/30/2019 Projeto Hidreletrica

    13/279

    CRITRIOSDE PROJETO CIVILDE USINAS HIDRELTRICAS 13

    Pela COPEL

    Denise Arajo Vieira Kruger

    Marcos Alberto Soares

    Nelson SaksPaulo Levis

    Pela ELETROBRS

    Jos Antnio Rosso

    Jos Carlos Vieira Milanez (Consultor)

    Heitor Barros de Oliveira (Consultor)

    Mrcio Corra Pimenta

    Rafael Mora de Melo (Consultor)

    Pela ELETRONORTE

    Arnaldo Ferreira da Costa

    Gilson Machado da Luz

    Gilson Motta

    Marcos Elias

    Por FURNAS

    Antonio Vieira Cavalcanti

    Jos Adelmar de Mello FrancoJos Francisco Farage do Nascimento

    Rubens Machado Bittencourt

    Por ITAIPU

    Evangelista Caetano Porto

    Pelo CBDB

    Cassio Baumgratz ViottiErton Carvalho

    Joaquim Pimenta de vila

    Jos Bernardino Botelho

    Massahiro Shimabukuro

    Newton de Oliveira Carvalho

    Pelo LACTEC/CEHPAR

    Andr Lus Tonso Fabiani

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    14 CRITRIOSDEPROJETOCIVILDEUSINASHIDRELTRICAS

    Pela ENGEVIX Engenharia S/C Ltda

    lvaro Eduardo Sardinha

    Carlos Corra

    Jos Antunes Sobrinho

    Pela THEMAG Engenharia

    Joo Carlos Dal Fabbro

    Sergio Cifu

    Joo Francisco Alves Silveira

    Nelson L. de Souza Pinto

    Srgio N. A. de BritoWalton Pacelli de Andrade

    CONSULTORESINDEPENDENTES

  • 7/30/2019 Projeto Hidreletrica

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    CRITRIOSDE PROJETO CIVILDE USINAS HIDRELTRICAS 15

    Este documento apresenta os Critrios Gerais de Projeto Civil para o desenvolvi-

    mento de projetos de Usinas Hidreltricas em todas as suas etapas: viabilidade,

    bsico e executivo. Para o projeto executivo, estes critrios podero ser

    complementados por critrios especficos de projeto, que orientaro o detalhamento

    de cada estrutura componente em particular.

    Estes critrios, baseados em anlises tericas e experimentais de utilizao consa-

    grada, tem por finalidade orientar as condies exigveis na verificao da seguran-a das estruturas principais das UHEs e estabelecer as definies, normas, diretri-

    zes e critrios de quantificao das aes e das resistncias a considerar no projeto

    das estruturas, que permitam a mxima eficincia, durabilidade e confiabilidade da

    gerao energtica.

    Na elaborao destes critrios procurou-se dar um sentido o mais abrangente pos-

    svel na matria tratada, incluindo-se o estado da arte com relao s estruturas dos

    aproveitamentos e seus mtodos construtivos.

    As solues de engenharia selecionadas para o projeto devem ser confiveis, segu-

    ras e comprovadas pela experincia e no indevidamente arrojadas ou complica-

    das. Solues de projeto seguras e simples devem ser selecionadas e analisadas

    em detalhe para assegurar a sua adequao e inteira concordncia com os requi-

    sitos bsicos. Consideraes de custos no devero ter prioridade sobre aspectos

    de segurana e de confiabilidade.

    Durante a execuo dos aproveitamentos, dever ser verificado se existem diver-

    gncias entre os parmetros efetivos do aproveitamento e os adotados nos critriosde projeto, o que poder levar a eventuais modificaes na concepo do projeto

    original.

    Aos eventos excepcionais e s suas conseqncias, devem ser dispensadas consi-

    deraes apropriadas. Estes eventos podero ser causados pela prpria natureza

    ou podero ser resultantes de falhas de operao, manuteno ou conduta nociva.

    Os critrios de projeto devem incorporar componentes capazes de prevenir ou pelo

    2.1GENERALIDADES

    CAPTULO 2INTRODUO

  • 7/30/2019 Projeto Hidreletrica

    16/279

    16 CRITRIOSDEPROJETOCIVILDEUSINASHIDRELTRICAS

    menos aliviar os efeitos de tais eventos excepcionais, reservando uma margem de

    segurana nas anlises, com esta finalidade.

    Nos Critrios de Projeto, incluem-se padres, mtodos de anlise estrutural e hi-

    drulica, hipteses de carga, tenses admissveis, tipos de materiais, juntas e con-

    dies de suas utilizaes, hipteses de projeto, alm de outros dados e procedi-

    mentos gerais para os seguintes elementos de projeto:

    Obras de Desvio do Rio; Reservatrio; Barragens de Concreto, Terra e Enrocamento e Diques;

    Tomada de gua;

    Condutos Forados e Tneis; Chamin de Equilbrio; Casa de Fora e Estruturas Associadas; Canais de Aduo e de Fuga; Vertedor, Calha e Bacia de Dissipao; Muros de Arrimo.

    N.A. Nvel de gua;

    f Coeficiente de majorao das cargas atuantes;

    c Coeficiente de minorao da resistncia caracterstica do concreto;

    s

    Coeficiente de minorao da resistncia caracterstica do ao;

    fck

    Resistncia caracterstica compresso do concreto;

    ftk

    Resistncia caracterstica trao do concreto;

    fcj

    Resistncia mdia compresso com carregamento rpido na idade de

    j dias;

    Desvio padro.

    As normas e padres que sero utilizados para a elaborao do Projeto sero as

    ultimas edies das Normas e Regulamentos da Associao Brasileira de Normas

    Tcnicas - ABNT.

    Casos especficos e/ou omissos sero supridos pelas normas, regulamentos e pa-

    dres tcnicos das organizaes abaixo relacionadas no que lhes for prprio:

    2.2CONTEDOE ESTRUTURA

    2.3NOMENCLATURA

    2.4NORMAS TCNICAS

  • 7/30/2019 Projeto Hidreletrica

    17/279

    CRITRIOSDE PROJETO CIVILDE USINAS HIDRELTRICAS 17

    American Association of State Officials - ASSHO; American Concrete Institute - ACI; American National Standard Institute - ANSI;

    American Institute of Steel Construction - AISC;

    American Society of Civil Engineers - ASCE; American Society for Testing Materials - ASTM; American Water Works Association - AWWA; American Welding Society - AWS; Associao Brasileira de Cimento Portland - ABCP; Associao Brasileira de Geologia de Engenharia -ABGE; Associao Brasileira de Mecnica dos Solos - ABMS; Associao Brasileira de Mecnica das Rochas - ABMR;

    Associao Brasileira de Recursos Hdricos - ABRH;

    Association Franaise de Normalisation - AFNOR; British Standards - BS; California Department of Water Resources - CDWR; Comit Brasileiro de Barragens - CBDB; Comit Eurointernational du Beton - CEB; Concrete Reinforcing Steel Institute - CRSI; Deutsche Industrie Normen - DIN; Instituto Brasileiro de Concreto - IBRACON;

    Instituto de Pesquisas Tecnolgicas - IPT;

    International Committes on Large Dams - ICOLD; Laboratrio Nacional de Engenharia Civil - LNEC; Societ Hidraulique Franaise - SHF; United States Army Corps of Engineers - USACE; United States Bureau of Reclamation - USBR; United States Federal Specifications - USFS.

    2.5.1 Nveis de gua

    Nvel Mximo Normal no ReservatrioNvel de gua mximo no reservatrio para fins de operao normal da usina.

    Corresponde ao nvel que limita a parte superior do volume til.

    Nvel Mnimo Normal no ReservatrioNvel de gua mnimo no reservatrio para fins de operao normal da usina.

    Corresponde ao nvel que limita a parte inferior do volume til.

    2.5DEFINIES

  • 7/30/2019 Projeto Hidreletrica

    18/279

    18 CRITRIOSDEPROJETOCIVILDEUSINASHIDRELTRICAS

    Nvel de Mxima Enchente no ReservatrioNvel mximo atingido no reservatrio resultante da passagem da cheia de projeto

    da barragem, admitindo-se o reservatrio no Nvel Mximo Normal no incio do

    evento e todas as comportas dos rgos extravasores operativas.

    Nvel Mximo Operativo no Canal de FugaNvel de gua a jusante da Casa de Fora para a vazo correspondente ao somatrio

    dos engolimentos mximos de todas as turbinas, com vazo vertida nula.

    Nvel mnimo Operativo no Canal de FugaNvel de gua a jusante da Casa de Fora para a vazo correspondente ao

    engolimento nominal da mquina de menor capacidade, com vazo vertida nula.

    Nvel Mnimo no Canal de FugaNvel mnimo de gua a jusante da Casa de Fora com vazo nula atravs das

    turbinas.

    Nvel de Mxima Enchente no Canal de FugaNvel de gua a jusante da Casa de Fora resultante da passagem da cheia de

    projeto da Casa de Fora.

    Nvel de Mxima Enchente a Jusante da Barragem

    Nvel de gua imediatamente a jusante da barragem resultante da passagem da

    cheia de projeto da barragem.

    Nvel Mnimo a Jusante da BarragemNvel mnimo de gua que pode ocorrer a jusante da barragem.

    Nvel de Mxima Enchente a Jusante do VertedouroNvel mximo de gua a jusante do vertedouro resultante da passagem da cheia de

    projeto da barragem.

    Nvel Mnimo a Jusante do VertedouroNvel mnimo de gua a jusante do vertedouro sem vertimento, considerando, quan-

    do houver, a influncia da vazo nominal de uma mquina pelo Canal de Fuga.

  • 7/30/2019 Projeto Hidreletrica

    19/279

    CRITRIOSDE PROJETO CIVILDE USINAS HIDRELTRICAS 19

    2.5.2 Borda L ivre

    Borda Livre Normal da Barragem a distncia vertical entre o nvel mximo normal no reservatrio e a cota de

    galgamento da barragem.

    Borda Livre Mnima da Barragem a distncia vertical entre o nvel de mxima enchente no reservatrio e a cota de

    galgamento da barragem.

    Borda Livre da Ensecadeira a distncia vertical entre o nvel resultante da passagem da vazo de desvio e a

    cota de galgamento da ensecadeira.

    Borda Livre da Casa de Fora a distncia vertical entre o nvel de mxima enchente no Canal de Fuga e a cota

    de proteo da Casa de Fora.

    2.5.3 Descargas

    2.5.3.1 Vazes da Cheia

    Cheia Mxima Provvel a cheia afluente ao reservatrio definida pela hidrgrafa resultante da Precipitao

    Mxima Provvel - PMP, sobre a bacia de drenagem a montante da barragem, (con-

    forme procedimentos recomendados pela World Meteorological Organization - 1973),

    admitindo-se condies crticas de escoamento superficial e levando-se em conta os

    efeitos dos reservatrios de montante e do prprio reservatrio da barragem conside-

    rada. Tambm denominada de PMF (do ingls Probable Maximum Flood).

    Cheia de Dada Recorrncia

    Cheia resultante dos estudos de anlise de freqncia de vazes mximas anuais

    no perodo histrico, caracterizada pelo respectivo tempo de recorrncia (TR) ex-

    presso em nmero de anos.

    Cheia de Projeto da Barragem a cheia caracterizada pela mxima hidrgrafa afluente ao reservatrio, que define

    a capacidade do vertedouro para garantir a segurana da barragem, levando-se em

    conta o efeito de amortecimento do reservatrio.

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    20 CRITRIOSDEPROJETOCIVILDEUSINASHIDRELTRICAS

    Cheia de Projeto da Casa de Fora a cheia que, aps propagao pelo reservatrio, produz o nvel de gua no Canal

    de Fuga que condiciona a proteo da Casa de Fora contra inundao.

    2.5.3.2 Vazes de Desvio

    So vazes de cheia de dada recorrncia, consideradas nas diferentes fases de

    manejo do rio durante a construo.

    2.5.3.3 Vazes de Operao

    Engolimento Nominal da Turbina a vazo atravs da turbina para a altura de queda, potncia e velocidade nominais.

    Engolimento Mximo da Turbina a maior vazo que se pode verificar atravs da turbina em condies normais de

    operao.

    Vazo Sanitria a vazo mnima a ser garantida a jusante do aproveitamento e que atenda s

    exigncias dos rgos ambientais e da legislao em vigor.

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    CRITRIOSDE PROJETO CIVILDE USINAS HIDRELTRICAS 21

    Os critrios hidrulicos definidos neste captulo estabelecem os princpios gerais

    do projeto hidrulico, sem limitar as numerosas solues e alternativas que podem

    resultar em cada projeto.

    3.2.1 Nvel de gua no Reservatrio

    Nvel Mximo Normal no ReservatrioO Nvel Mximo Normal no reservatrio ser definido atravs dos estudos energti-

    cos, levando-se em considerao possveis condicionantes ambientais.

    Nvel Mnimo Normal no ReservatrioO Nvel Mnimo Normal no reservatrio ser definido atravs dos estudos energti-

    cos, levando-se em considerao possveis condicionantes ambientais.

    Nvel de Mxima Enchente no Reservatrio (Nvel Mximo Maximorum)

    O Nvel de Mxima Enchente no reservatrio resultar da propagao da cheia de

    projeto da barragem, impondo-se a operao das comportas para manter constan-

    te o nvel do reservatrio at que a vazo afluente atinja a capacidade mxima do

    vertedouro com o reservatrio no Nvel Mximo Normal. A laminao da cheia, a

    partir deste ponto, ser automtica. No se considera o efeito do vento.

    3.2.2 Nvel de gua de Jusante

    Os nveis de gua a jusante sero definidos com base na curva-chave estabelecida

    para o local.

    O nvel mnimo no canal de fuga ser definido em funo da vazo sanitria, ou em

    funo da vazo de engolimento nominal de uma mquina.

    CAPTULO 3CRITRIOSDE PROJETO

    HIDROLGICOSE HIDRULICOS

    3.1GENERALIDADES

    3.2

    NVEISDE GUA

  • 7/30/2019 Projeto Hidreletrica

    22/279

    22 CRITRIOSDEPROJETOCIVILDEUSINASHIDRELTRICAS

    3.3.1 Borda Liv re Normal

    Borda Livre Normal da BarragemEm barragens de terra ou enrocamento, a borda livre normal ser definida para

    absorver o efeito das ondas provocadas pelo vento, segundo mtodo de Saville ref.

    (1), admitindo-se um vento mximo de 100 km/h e uma onda com 2% de probabili-

    dade de ser superada. Dever ser limitada ao mnimo de 3,0 m.

    Em barragens de concreto, a borda livre normal ser limitada ao mnimo de 1,5 m.

    Borda Livre das EnsecadeirasA borda livre normal das ensecadeiras dever ser limitada ao mnimo de 1,0 m.

    Borda Livre da Casa de Fora

    A borda livre da Casa de Fora ser no mnimo de 1,0 m.

    3.3.2 Borda L ivre Mn ima

    Borda Livre Mnima da BarragemEm macios de terra ou enrocamento, a borda livre mnima dever ser de 1,0 m

    acima do Nvel de Mxima Enchente do reservatrio.

    Em barragens de concreto, a borda livre mnima dever ser de 0,5 m acima do Nvel

    de Mxima Enchente do reservatrio.

    3.4.1 Vazo de Projeto dos rgos Extravasores ou Cheia de Projeto da

    Barragem

    Para barragens maiores que 30 m ou cujo colapso envolva risco de perdas de vidas

    humanas (existncia de habitaes permanentes a jusante), a vazo de projeto dos

    rgos extravasores, ou cheia de projeto, ser a cheia mxima provvel.

    Para barragens de altura inferior a 30 m ou com reservatrio com volume menor

    que 50.000.000 m3 e, no havendo risco de perdas de vidas humanas (inexistncia

    de habitaes permanentes a jusante), a cheia de projeto ser definida atravs de

    uma anlise de risco, respeitada a recorrncia mnima de 1000 anos.

    3.3BORDA LIVRE

    DA BARRAGEM,

    ENSECADEIRASE CASADE FORA

    3.4VAZES

  • 7/30/2019 Projeto Hidreletrica

    23/279

    CRITRIOSDE PROJETO CIVILDE USINAS HIDRELTRICAS 23

    3.4.2 Vazo de Projeto da Casa de Fora

    Ser definida atravs de uma anlise de risco das vazes naturais mdias dirias,

    respeitada a recorrncia mnima de 1000 anos.

    3.4.3 Vazes de Desvio

    As vazes de desvio, para cada fase do manejo do rio, sero definidas pelos tempos

    de recorrncia resultantes de uma anlise de risco, confrontando-se o custo das

    obras de desvio com o valor esperado do custo dos danos resultantes das respecti-

    vas enchentes. No clculo dos danos sero considerados os danos locais, os cus-

    tos devidos a atraso no cronograma e eventuais danos a montante e a jusante.

    Anlise de RiscoPara cada fase de manejo do rio durante a construo, as vazes de

    dimensionamento das obras de desvio devero ser definidas em funo do risco de

    inundao da rea ensecada, levando-se em conta o tempo de exposio a este

    risco.

    Na definio do risco a ser adotado, devero ser considerados os seguintes aspec-

    tos:

    custo previsto dos danos causados obra, resultantes de cheias superi-

    ores considerada, incluindo-se os prejuzos advindos dos atrasos de

    cronograma e custos de reposio do empreendimento situao ante-

    rior;

    custo previsto dos danos causados s obras e comunidades a jusante oumontante, inclusive o relativo perda de vidas humanas.

    O estudo dever considerar cada fase do desvio e ser orientado pelos critrios

    delineados na tabela abaixo:

    TABELA 3.1

    CATEGORIA DO DANO RISCO ANUAL

    No h perigo de vidas humanas nem se prev que ocorram danos importantes na obra e seu andamento. 5% a 20%

    No h perigo de vidas humanas mas j se prevem danos importantes na obra e seu andamento. 2% a 5%

    H algum perigo de perda de vidas humanas e so previstos importantes danos na obra e ao seu andamento. 1% a 2%

    H perigo real de perda de vidas humanas e so previstos grandes danos obra e ao seu andamento.

  • 7/30/2019 Projeto Hidreletrica

    24/279

    24 CRITRIOSDEPROJETOCIVILDEUSINASHIDRELTRICAS

    Para estruturas em que a exposio maior que um ano, o risco no perodo total

    definido pela relao:

    n

    rTr

    =

    111

    onde:

    r = risco assumido;

    Tr = tempo de recorrncia da vazo de cheia, em anos (inverso do risco anual);

    n = durao da fase do desvio, em anos;

    Nas operaes de desvio e de fechamento final para enchimento do reservatrio

    sero consideradas as vazes caractersticas da poca prevista para as respectivas

    operaes.

    3.4.4 Vazes de Operao

    Engolimento Nominal da TurbinaSer definido com base nos estudos energticos e de motorizao.

    Engolimento Mximo da TurbinaSer definido com base nos estudos energticos e de motorizao.

    3.4.5 Vazo Sanitria

    a vazo mnima a jusante do barramento e dever atender s exigncias dos

    rgos ambientais e da legislao em vigor.

    O manejo do rio durante a construo depende do relevo local e das particularida-

    des do projeto.

    O desvio poder ser efetuado em diversas fases ou em uma fase nica em funodas caractersticas do vale.

    Em vales abertos, a operao de desvio poder ser feita atravs do estrangulamento

    parcial do rio, que permanecer na calha natural, e, aps o fechamento da seo,

    atravs da prpria estrutura principal.

    Nos vales mais estreitos, as guas podero ser desviadas atravs de tneis, galeri-

    as, estruturas rebaixadas ou adufas.

    3.5DESVIODO RIO

  • 7/30/2019 Projeto Hidreletrica

    25/279

    CRITRIOSDE PROJETO CIVILDE USINAS HIDRELTRICAS 25

    3.5.1 Desvio Atravs de Estrangulamento Parcial do Rio

    O estrangulamento parcial do rio caracterizado pela restrio parcial da calha do

    rio pela ensecadeira, com o fluxo direcionado para uma das margens. Poder, em

    casos particulares, ser efetuado em diversas etapas.

    O perfil da linha de gua ao longo do desenvolvimento da ensecadeira dever ser

    calculado pelo mtodo das diferenas finitas "Standard Step Method" para a vazo

    de desvio resultante das anlises de risco.

    O coeficiente de rugosidade ser estimado a partir do resultado da calibragem do

    leito natural do rio realizada para o trecho em questo, com base em perfis ou nveis

    de gua medidos para condies de vazo conhecidas. Na impossibilidade de se

    obter esta estimativa atravs da calibragem, devero ser adotados os valores forne-cidos na tabela 3.2.

    O controle a jusante ser definido pelas observaes linimtricas no campo. O

    eventual estabelecimento de controle hidrulico pela prpria ensecadeira dever

    ser particularmente verificado e levado em considerao.

    Sero definidos os nveis mximos de gua ao longo da ensecadeira e as velocida-

    des mximas do fluxo para avaliao das obras de impermeabilizao e/ou prote-

    o da ensecadeira. A prtica tem demonstrado que a velocidade mdia no trechoestrangulado deve ser de at 6 m/s.

    TABELA 3.2COEFICIENTE DE RUGOSIDADE (REF. 4)

    TIPO MNIMO MDIO MXIMOn Ks n Ks n Ks

    Canais escavados em terraLimpo 0,018 56 0,022 45 0,027 37C/ alguma vegetao 0,030 45 0,027 37 0,033 30Revestido c/ enrocamento 0,028 35 0,035 28 0,045 22

    Canais ou tneis escavados em rocha 0,030 33 0,033 30 0,038 26

    Canais ou tneis em concreto projetado 0,020 50 0,022 45 0,025 40

    Canais e condutos de concreto 0,013 77 0,014 71 0,017 59

    Rios ou canais com fundo rochososem vegetao nas margens 0,030 33 0,035 28 0,040 25

    Rios ou canais com fundo rochosocom vegetao nas margens 0,040 25 0,045 22 0,050 20

  • 7/30/2019 Projeto Hidreletrica

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    26 CRITRIOSDEPROJETOCIVILDEUSINASHIDRELTRICAS

    3.5.2 Desvio Atravs de Tnel

    DimensionamentoSempre que as condies geolgicas forem favorveis, pode-se adotar para o tnel

    a seo arco retngulo. Caso contrrio, dever ser adotada seo ferradura, que

    apresenta maior estabilidade estrutural.

    A definio quanto ao nmero de tneis e o dimetro a ser adotado ser feita com

    base em um estudo econmico, levando-se em considerao o custo da estrutura

    e a altura resultante da ensecadeira de montante.

    As estruturas de tomada e controle utilizadas para o fechamento final sero com-

    pactas, aceitando-se variaes de formas mais abruptas e curvaturas mais pronun-

    ciadas do que em tomadas de gua convencionais.

    Nos tneis sem revestimento, a velocidade de escoamento mxima admissvel ser

    definida em funo da resistncia da rocha eroso, no devendo ultrapassar os

    valores da tabela 3.3:

    TABELA 3.3

    TEMPO DE RECORRNCIA VELOCIDADE MXIMA

    10 anos 15 m/s100 a 200 anos 20 m/s

    500 anos 25 m/s

    Controle do fluxo aps o desvioPara o desvio atravs de tneis, as curvas de descarga sero definidas em funo

    da natureza do controle hidrulico: soleira, canal livre ou conduto sob presso, com

    ou sem submergncia a jusante.

    Sero admitidas presses negativas ao longo dos contornos slidos at um limite

    de -6,0 m de coluna de gua, a serem verificadas em modelo hidrulico reduzido.

    A cota da plataforma de manejo das comportas ser definida em funo do tempo

    disponvel para a inspeo da estrutura de desvio aps o fechamento e a remoo

    do equipamento de manobra, para as condies de vazo previstas.

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    CRITRIOSDE PROJETO CIVILDE USINAS HIDRELTRICAS 27

    Perda de CargaAs perdas de carga contnuas no tnel sero calculadas atravs da equao de

    Manning-Strickler:

    2

    32

    =

    R

    nVLhf

    ou da frmula de Darcy-Weisbach:

    g

    V

    R

    Lfhf

    24

    2

    =

    onde:

    hf = perda de carga contnua, em m;V = velocidade mdia na seo, em m/s;

    L = comprimento do conduto, em m;

    n = coeficiente de rugosidade, obtido na tabela 3.2;

    R = raio hidrulico = PA , em m;

    A = rea da seo molhada do tnel, em m2;

    P = permetro da seo molhada do tnel, em m;

    f = coeficiente de perda de carga;

    g = acelerao da gravidade, em m/s2.

    O coeficiente de rugosidade (n) ser definido com base na tabela 3.2, especifica-

    mente para as paredes, piso e abbada do tnel, dependendo do revestimento

    adotado. Os diferentes valores (n1, n2, etc.) devero ser combinados em uma m-

    dia ponderada, considerando o permetro da superfcie correspondente, da seguin-

    te forma:

    =

    ==N

    i

    i

    N

    i

    ii

    P

    Pn

    n

    1

    1

    .

    onde:

    n = coeficiente de rugosidade;

    P = permetro da superfcie correspondente, em m.

    O mesmo procedimento poder ser adotado para o coeficiente de perda de carga

    (f), obtido nos Grficos 224-1, 224-5 e 224-6 do HDC ref. (3).

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    28 CRITRIOSDEPROJETOCIVILDEUSINASHIDRELTRICAS

    As perdas localizadas sero obtidas atravs da equao:

    g

    VKhl

    2

    2

    =

    onde:

    hl = soma das perdas localizadas, em m;

    K = coeficiente de perda de carga;

    V = velocidade mdia do escoamento na seo, em m/s;

    g = acelerao da gravidade, em m/s2.

    Para o clculo da perda de carga na entrada, o valor de K ser definido atravs do

    Grfico 221-1 do HDC, ref.(3).

    Para as perdas devido a curvaturas, o valor de K ser definido atravs do Grfico

    228-1 do HDC, ref. (3).

    3.5.3 Desvio Atravs de Galerias ou Adufas

    Normalmente, as galerias sero dimensionadas para uma velocidade mxima

    admissvel de 15 m/s. A ocorrncia de velocidades superiores dever ser justificada.

    Analogamente ao caso dos tneis, as curvas de descarga sero definidas em fun-o da natureza do controle hidrulico: soleira, canal livre ou conduto sob presso,

    com ou sem submergncia a jusante.

    Adufas operando a plena seo sero tratadas como bocais ou como galerias de

    desvio, dependendo das condies particulares do projeto.

    No caso de existir canal de acesso galeria, o remanso correspondente ser cal-

    culado conforme descrito no item 3.5.1.

    As perdas de carga contnua e localizadas sero calculadas como descrito no item

    3.5.2.

    Sees Rebaixadas - AdufasO escoamento sobre blocos rebaixados de macios de concreto ou atravs de

    adufas em seo parcial poder ser tratado como o escoamento sobre vertedouros

    de parede espessa, atravs da seguinte expresso:

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    CRITRIOSDE PROJETO CIVILDE USINAS HIDRELTRICAS 29

    ( ) 23

    2 HKHLCQ f =

    onde:

    Q = Vazo, em m3/s

    L = largura til da(s) adufa(s), em m;

    H = carga sobre a soleira, em m;

    Cf = coeficiente de descarga, que varia entre 1,5 e 1,9 em funo das carac-

    tersticas particulares do projeto e das propores da soleira;

    K = coeficiente de contrao, geralmente tomado igual a 0,1, para uma aber-

    tura abrupta.

    Consideraes adicionais, inclusive o efeito de submergncia a jusante, podero

    ser orientados pela folha 711 do HDC Ref. (3).

    3.5.4 Proteo de Canais e Ensecadeiras

    A dimenso dos enrocamentos de proteo para revestimento de canais ou para

    construo dos diques de fechamento em gua corrente ser definida com base na

    frmula de Isbash:

    DgV s )(22,1 =

    onde:

    ( ) 21

    2 hgV = = velocidade limite do escoamento junto cabea do dique, em m/s;

    h = desnvel na seo estrangulada pelo dique, em m;

    S = peso especfico da rocha;

    = peso especfico da gua;

    3 6

    s

    WD

    = = dimetro equivalente do bloco da rocha, em m;

    W = peso do bloco.

    Na fase de projeto bsico os estudos sero baseados na frmula acima ou nas

    consideraes e bacos apresentados na folha 712-1 do HDC Ref.(3). Para os

    casos mais complexos, a definio final do projeto dever ser confirmada em mo-

    delo hidrulico.

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    30 CRITRIOSDEPROJETOCIVILDEUSINASHIDRELTRICAS

    Para o peso especfico da rocha igual a 2,65 t/m3 e, conhecendo-se a velocidade

    mdia do escoamento resultante da passagem da vazo de desvio, o dimetro

    mdio do material de proteo poder ser avaliado pelas expresses:

    DV 9,4= , vlida para pedras individuais e,

    DV 8,6= , vlida para pedra imbricada no enrocamento,

    onde:

    V = velocidade mdia do escoamento, em m/s;

    D = dimetro mdio do material, em m.

    A figura 3.1, na pgina ao lado, ilustra resultados experimentais em modelos e

    prottipos, referidos ao peso especfico da rocha igual a 2,65 t/m3, e os situa com

    relao frmula indicada de Isbash.

    3.5.5 Fechamento do Rio

    A cota de implantao das obras de desvio, tneis, galerias, sees de concreto

    rebaixadas ou adufas ser definida de modo a limitar o desnvel, por ocasio do

    fechamento do rio, em um valor compatvel com o mtodo de fechamento previsto.

    Para fechamento por diques de enrocamento em ponta de aterro, sero considera-das a disponibilidade do material natural (dimetro mximo, volume) e a diviso

    possvel do desnvel total entre montante e jusante. Em princpio, o desnvel em

    cada dique no dever ser superior a 3,0 m no fechamento.

    O dimetro do material a ser utilizado na fase de fechamento do rio poder ser

    estimado pela expresso:

    HD = 30,0

    onde:

    D = dimetro mdio do material, em m;

    H = diferena de nvel de gua entre montante e jusante da ensecadeira,aps o fechamento, em m.

    recomendvel que o fechamento do rio seja verificado em ensaios em modelo

    reduzido.

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    CRITRIOSDE PROJETO CIVILDE USINAS HIDRELTRICAS 31

    FIGURA 3.1RELAO

    VELOCIDADE DOESCOAMENTO-PESO/DIMETRO

    DOSBLOCOS

    3.6.1 Vertedouro de Superfcie

    O Vertedouro ser projetado de maneira a conduzir as vazes de cheia restituindo-

    as a jusante em condies de segurana para a barragem e sem perturbaes de

    nvel prejudiciais operao da usina. Seu dimensionamento ser fruto de anlise

    econmica que considere alternativas com e sem comportas e suas quantidade e

    dimenses mais adequadas. Nos vertedouros controlados por comportas, sero

    previstas no mnimo duas comportas.

    3.6VERTEDOURO

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    32 CRITRIOSDEPROJETOCIVILDEUSINASHIDRELTRICAS

    Para reservatrios com rea de inundao relativamente pequena em que o

    parmetro

    A

    QR

    3600=

    onde:

    R = velocidade de subida do nvel do reservatrio, em m/h;

    Q = pico da cheia de projeto, em m3/s;

    A = rea do reservatrio, em m2;

    resultar maior do que 2 m/h, ser adotado vertedouro de crista livre sem comportas,

    ou justificado um sistema de comportas automticas face s condies de segu-

    rana especficas, ou ampliada a borda livre normal da barragem, considerando otempo disponvel limitado para as decises de operao e/ou correo de panes

    eventuais.

    A velocidade do escoamento no canal de aproximao no dever exceder 6,5 m/s.

    Carga de projetoO perfil da soleira vertente ser definido pela forma do jato livre em vertedouro de

    parede delgada conforme critrios do BUREAU OF RECLAMATION ref. (2) e do

    HDC ref. (3).

    A carga de projeto ser definida pela condio de altura de presso mxima nega-

    tiva de 6,0 m na crista a plena abertura das comportas.

    Balano a montanteA crista em balano ou inclinada para montante pode proporcionar economia apre-

    civel no volume de vertedouros de concreto a gravidade, respeitadas as condies

    de estabilidade estrutural.

    O dimensionamento poder ser feito com base no HDC ref. (3), folhas 111-19 a 111-

    19/2.

    Localizao das comportasA localizao das comportas sobre a soleira exerce influncia direta sobre as pres-

    ses que se estabelecem ao longo do perfil do vertedouro para operao com

    aberturas parciais. A presso mnima no dever ser inferior a -2,5 m de coluna de

    gua e dever ser confirmada nos estudos em modelo reduzido.

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    CRITRIOSDE PROJETO CIVILDE USINAS HIDRELTRICAS 33

    Se as comportas ensecadeiras forem posicionadas na regio da crista da ogiva do

    vertedouro, devero ser verificadas as presses imediatamente a jusante das ra-

    nhuras, tendo em vista a ocorrncia de baixas presses nessa regio.

    Uma estimativa da presso mnima poder ser efetuada com base nas indicaes

    dos grficos 311-6 e 311-6/1 do HDC ref. (3).

    Capacidade de DescargaA capacidade de descarga da soleira operando como vertedouro livre ser calcula-

    da pela frmula:

    Q = C.L.H3/2

    onde:

    C = coeficiente de descarga, em m1/2/s;

    L = largura efetiva do vertedouro, em m;

    H = carga sobre a crista, em m.

    O valor do coeficiente de descarga para a carga nominal igual carga de projeto

    dever ser obtido da publicao do Bureau of Reclamation ref. (2) e os efeitos da

    variao da carga, da inclinao da face de montante, da velocidade de aproxima-

    o e do grau de afogamento a jusante, sero avaliados com base nas publicaes

    do Bureau of Reclamation ref. (2) e do HDC ref. (3).

    Para perfis de forma irregular serviro de base os grficos encontrados na publica-

    o do Bureau of Reclamation ref. (5).

    A largura efetiva do vertedouro ser definida pela frmula

    L = L' - 2 ( Ka + n.Kp ) H

    onde:

    L = largura efetiva, em m;

    L' = largura geomtrica til, em m;

    Ka = coeficiente de contrao das ombreiras;

    Kp = coeficiente de contrao dos pilares;

    n = nmero de pilares;

    H = carga sobre a crista da ogiva, em m.

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    34 CRITRIOSDEPROJETOCIVILDEUSINASHIDRELTRICAS

    Os coeficientes Ka e Kp sero baseados nas indicaes dos grficos 111-3/1 e 2,

    111-5 e 6 do HDC ref. (3).

    A capacidade de descarga do vertedouro dever ser verificada em modelo reduzido.

    Escoamento Controlado pelas ComportasA capacidade de descarga do vertedouro, operando com aberturas parciais das

    comportas, ser calculada pela expresso

    ghBGCQ od 2=

    onde:

    Q = descarga, em m3/s;Cd = coeficiente de descarga;

    G0 = abertura da comporta, definida como a distncia mnima entre a borda

    da comporta e a soleira do vertedouro, em m;

    B = largura geomtrica til do vertedouro, em m;

    h = carga hidrulica sobre o centro do orifcio, em m.

    O coeficiente de descarga ser baseado nas indicaes do grfico 311-1 do HDC

    ref. (3).

    O eixo e a viga de apoio (munho) das comportas devero estar posicionados fora

    da linha da lmina de gua.

    FIGURA 3.2

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    CRITRIOSDE PROJETO CIVILDE USINAS HIDRELTRICAS 35

    Calha do VertedouroEm vertedouros de concreto gravidade, o perfil da calha ser definido pelas condi-

    es de estabilidade da estrutura.

    Nos vertedouros de encosta, o perfil ser adaptado ao relevo local. A calha ser, em

    princpio, retilnea e de seo retangular.

    A declividade dever garantir um escoamento supercrtico e estvel. As curvas verti-

    cais convexas sero baseadas na forma de um jato livre de acordo com a equao:

    ]cos)(4[ 2

    2

    vhhK

    xtgxy

    ++=

    onde: = ngulo do canal com a horizontal acima da curva, em graus;

    K = coeficiente > = 1,5;

    h = profundidade do escoamento, em m;

    hv = gv

    2

    2

    = altura cintica;

    v = velocidade do escoamento, em m/s;

    g = acelerao da gravidade, em m/s2.

    Para as curvas cncavas, o raio de curvatura no dever ser inferior a 5h.

    Eventuais variaes de largura da calha, estreitamentos ou alargamentos, sero

    limitadas por inclinaes de 1:3F, onde F o nmero de Froude do escoamento.

    recomendvel a verificao da calha em modelo reduzido.

    Borda Livre do MuroA borda livre dos muros laterais do vertedouro ser definida com base em ensaios

    em modelo reduzido. A aerao do fluxo poder ser avaliada com base no grfico050-3 do HDC ref. (3).

    Perdas de CargaA estimativa das perdas de carga ao longo da face de jusante do vertedouro poder

    ser importante para o projeto dos dispositivos de dissipao de energia. Ser ne-

    cessria, tambm, para se determinar a profundidade do escoamento ao longo da

    calha.

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    36 CRITRIOSDEPROJETOCIVILDEUSINASHIDRELTRICAS

    Para a estimativa das perdas de carga no perfil da lmina lquida no trecho inicial do

    escoamento durante o desenvolvimento da camada limite ser utilizado o mtodo

    preconizado nas folhas 111-18 a 111-18/5 do HDC ref. (3).

    Para o trecho com a camada limite plenamente desenvolvida, ser aplicado o m-

    todo clssico das diferenas finitas, "standard-step-method", considerando o coefi-

    ciente de rugosidade de Manning igual a 0,012 para o clculo das velocidades

    mximas, e igual a 0,015 para o clculo dos nveis de gua.

    Aerao InduzidaA necessidade de dispositivos de aerao para evitar a cavitao ser determinada com

    base em um ndice de cavitao incipiente = 0,25, que corresponde a irregularidades

    graduais de acabamento da superfcie de concreto, da ordem de 20:1. O ndice de

    cavitao natural do escoamento ao longo do rpido ser calculado pela expresso:

    gv

    HH vn

    2

    =

    egR

    vhh

    PH a ++=

    cos

    onde:

    n

    = ndice de cavitao natural;

    i

    = ndice de cavitao incipiente;

    H = altura de presso em termos de presso absoluta, em m;

    v = velocidade mdia do escoamento, em m/s;

    Hv

    = altura de presso de vapor, em m.

    Pa = presso atmosfrica;

    h = profundidade do escoamento normal ao piso, em m;

    = ngulo de inclinao da calha com a horizontal, em graus;

    R = raio de curvatura da curva vertical (negativo nas curvas convexas), em m;

    = peso especfico da gua = 10.000 N/m3;

    g = acelerao da gravidade, m/s2;

    Dispositivos de aerao sero previstos sempre que n < i

    3.6.2 Descarregador de Fundo

    Descarregadores de fundo sero previstos na barragem sempre que for imperativo

    manter uma vazo a jusante, independente da vazo turbinada, para abastecimen-

    to, irrigao, gua de compensao, ou outros usos; quando houver a necessidade

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    CRITRIOSDE PROJETO CIVILDE USINAS HIDRELTRICAS 37

    de rebaixamento do reservatrio abaixo da crista do vertedouro ou de seu esvazia-

    mento, ou quando for necessria a descarga de sedimentos. Em alguns casos, o

    prprio vertedouro poder ser concebido parcial ou totalmente como um

    descarregador de fundo.

    Ser projetado de maneira a permitir a conduo da gua atravs da barragem em

    condies de segurana com eficincia hidrulica elevada, controle atravs de

    comportas ou vlvulas de regulao e restituio a jusante, prevendo-se a conveni-

    ente dissipao de energia e minimizao dos efeitos erosivos.

    Formas de entradaAs tomadas de gua proporcionaro a acelerao progressiva e gradual do fluxo e

    tero, em geral, superfcies curvas contnuas, de preferncia elpticas ou circulares,

    previstas para manter condies adequadas de presso ao longo das paredes.

    A distribuio das presses ser determinada em modelos reduzidos e avaliaes

    preliminares podero ser feitas com base nos grficos 211-1 a 1/2, 221-2 a 3/1 do

    HDC ref. (3).

    As condies de vorticidade devero ser verificadas em modelo reduzido.

    Devero ser evitadas presses negativas que se traduzam em perigo de cavitao.

    RanhurasA perturbao do fluxo produzida pelas ranhuras resulta em um abaixamento loca-

    lizado da presso que dever ser verificado devido ao risco de cavitao.

    O decrscimo de presso em ranhuras retangulares e ranhuras com recesso na

    parede de jusante poder ser avaliado com base nos grficos 212-1 e 1/1 do HDC

    ref. (3).

    Ranhuras com recesso sero adotadas se a presso resultante for inferior pres-

    so atmosfrica.

    A necessidade de blindagem metlica na regio da ranhura ser avaliada em fun-

    o do abaixamento de presso. Alturas de presso inferiores a -3,0 m de coluna de

    gua indicam a necessidade de blindagem, que depender finalmente da freqn-

    cia prevista para a operao.

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    38 CRITRIOSDEPROJETOCIVILDEUSINASHIDRELTRICAS

    GradesA necessidade de grades a montante dos vertedouros de fundo depende do tipo de

    controle previsto para o fluxo. Vlvulas de regulao do tipo jato oco (Howell-Bunger)

    exigem cuidados semelhantes aos adotados para as tomadas do circuito de gera-

    o.

    O controle a montante por meio de comportas de segmento ou comportas deslizantes

    poder prescindir das grades. Controles intermedirios ou a jusante para esses

    tipos de comportas devero prever grades fixas com abertura mxima inferior a 1/3

    da mnima dimenso do conduto na seo das comportas.

    Capacidade de descargaA avaliao da capacidade de descarga ser efetuada com base em coeficientes

    de perda de carga de estruturas anlogas, como apresentado nos grficos 221/1 a

    1/3 do HDC ref. (3) ou, no caso de orifcios controlados por comportas e vlvulas de

    regulao, pela expresso:

    gHCAQ 2=

    onde:

    Q = descarga, em m3/s;

    C = coeficiente de descarga, definido atravs dos grficos 320-1, 320-3, e332-1 e 1/1, do HDC ref. (3);

    A = rea do orifcio, em m;

    H = diferena entre o nvel de gua a montante e o nvel de gua a jusante do

    dispositivo de controle.

    A capacidade de descarga e as condies do escoamento devero ser verificadas

    em ensaios de modelo reduzido.

    VentilaoA ventilao ampla do fluxo a jusante da suco da comporta ou vlvula de controle

    fundamental para a segurana da operao e a reduo dos riscos de cavitao.

    A estimativa de quantidade de ar arrastado pelo escoamento poder ser efetuada

    atravs do grfico 050-1 do HDC ref. (3), complementada pelas indicaes de Wisner,

    ref. (6).

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    CRITRIOSDE PROJETO CIVILDE USINAS HIDRELTRICAS 39

    A velocidade do ar no duto de ventilao no dever superar 60 m/s. A tomada do

    duto de ventilao dever ser protegida com relao aproximao de pessoas ou

    animais.

    AeraoA necessidade de dispositivos de aerao para evitar a cavitao ser baseada no

    ndice de cavitao incipiente, conforme descrio apresentada no item 3.6.1 refe-

    rente ao vertedouro de superfcie. Ser observada a condio mais crtica dos

    vertedouros de fundo tendo em vista a ausncia da camada limite no fluxo de alta

    velocidade emergente da comporta de regulao.

    3.6.3 Estruturas de Dissipao de Energia

    Bacias de dissipaoAs bacias de dissipao do tipo ressalto sero aplicadas sempre que no for poss-

    vel a adoo do defletor em salto de esqui para a restituio do fluxo do vertedouro

    ou descarregador de fundo a jusante. Bacias do tipo "roller bucket" podero consti-

    tuir alternativa vlida dependendo de avaliao econmica e consideraes sobre

    a rocha de fundao.

    O dimensionamento preliminar da bacia de dissipao dever seguir a experin-

    cia do Bureau of Reclamation ref. (2) ou ref. (6) e ser verificado em modelo hidru-

    lico reduzido.

    A profundidade da bacia ser prevista para a vazo de projeto, enquanto o seu

    comprimento poder ser otimizado para uma enchente de perodo de recorrncia

    de 100 a 200 anos, admitindo-se a expulso do ressalto para enchentes mais raras;

    os danos sero justificados por uma anlise econmica.

    Defletores em salto de esquiOs defletores em salto de esqui constituem um sistema eficiente e econmico para

    a restituio das guas a jusante de vertedouros e so recomendados quando as

    condies hidrulicas, topogrficas e geolgicas o permitem.

    A crista do defletor dever estar sempre situada acima do nvel de mxima enchente

    a jusante do vertedouro.

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    40 CRITRIOSDEPROJETOCIVILDEUSINASHIDRELTRICAS

    A curvatura do defletor dever ser capaz de definir a orientao do jato efluente,

    correspondendo a um raio de curvatura entre 5 a 10 vezes a profundidade do esco-

    amento.

    O ngulo de sada do defletor com a horizontal ser escolhido de forma a conciliar

    o lanamento do jato a uma distncia suficiente para garantir a segurana da estru-

    tura principal, com o interesse de se conseguir a expulso do ressalto, a boa defini-

    o do jato para vazes pequenas e a reduo do ngulo de incidncia do jato na

    bacia de lanamento.

    Em princpio dever ser adotado um ngulo de sada em torno de 10 a 20, porm

    sua otimizao ser objeto de ensaio em modelo reduzido.

    O alcance do jato poder ser avaliado preliminarmente com base na equao da

    trajetria de um jato livre:

    )cos)(4[2

    2

    vhhK

    xtgxy

    ++=

    onde:

    = ngulo de sada do defletor, em graus;

    h = profundidade do escoamento, em m;

    hv

    = altura cintica = gV

    2

    2

    onde V = velocidade mdia do escoamento, em m/s;

    y = altura entre o ponto de sada do jato no defletor e o nvel de gua de

    jusante, em m;

    x = distncia entre o ponto de sada no defletor e o ponto de alcance do jato,

    em m;

    K = 0,90, considerando o efeito da resistncia do ar, ou com base no grfico

    112.8 do HDC ref. (3).

    A crista do defletor dever ser bem definida para minimizar a tendncia a presses

    negativas imediatamente a montante da mesma. O ngulo entre a tangente curva

    na crista e o paramento imediatamente a jusante no dever ser inferior a 40o.

    A distribuio das presses ao longo da curva poder ser avaliada segundo o mto-

    do proposto por Ballofet, admitindo-se um fluxo potencial, ou com auxlio do grfico

    112-7 do HDC ref. (3)

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    CRITRIOSDE PROJETO CIVILDE USINAS HIDRELTRICAS 41

    Bacia de lanamentoO interesse de se efetuar uma pr-escavao da bacia de lanamento e a extenso

    desta pr-escavao sero avaliados com base na previso da magnitude da fossa

    de eroso natural e das conseqncias dessa eroso.

    As dimenses da fossa de eroso dependem das caractersticas hidrulicas do jato

    efluente do salto de esqui e da natureza da rocha na regio da bacia de lanamento,

    cuja avaliao inicial difcil e aproximada.

    Estudos em modelo reduzido com fundo mvel com material solto ou com material

    coesivo so teis para orientar a dimenso da eroso.

    Uma avaliao inicial da profundidade da fossa de eroso poder ser efetuada com

    base na frmula de Veronese:

    225,054,0. HqKhe

    =

    onde:

    he = profundidade da eroso medida a partir do nvel de gua na bacia de

    lanamento, em m;

    q = vazo especfica mxima, em m/s/m;

    H = desnvel total entre o nvel de gua no reservatrio e o nvel de gua nabacia de lanamento, em m;

    K = coeficiente de Veronese, a ser definido:

    1,9, valor para areia solta, que pode ser considerado como um valor limite;

    1,4 a 1,5, valor mdio que reflete dados observados em diversas obras;

    0,7, valor aplicvel fundao em basaltos de excelente qualidade.

    3.7.1 Canal de Aduo

    DimensionamentoO dimensionamento do canal de aduo ser feito com base em um estudo econ-

    mico objetivando a minimizao da soma do custo da estrutura e do valor presente

    da energia perdida.

    Em princpio, o canal ser dimensionado para o engolimento mximo das mqui-

    nas, considerando o reservatrio em seu nvel mnimo operacional. A velocidade

    3.7

    CIRCUITO HIDRULICODE GERAO

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    42 CRITRIOSDEPROJETOCIVILDEUSINASHIDRELTRICAS

    mxima ser da ordem de 2,5 m/s para canais escavados em rocha ou revestidos

    em concreto, e de 1,0 m/s para canais escavados em solo.

    Perda de Carga

    A perda de carga nos canais de aduo ser calculada atravs do mtodo das

    diferenas finitas "Standard Step Method", utilizando-se a equao de Manning-

    Strickler:

    21

    321

    IRn

    V = ou

    2

    32

    =

    R

    nVLhf

    onde:

    V = velocidade mdia na seo, em m/s;

    R = raio hidrulico = A/P, em m;

    I = declividade do canal, em m/m;

    A = rea molhada, em m2;

    P = permetro molhado, em m;

    L = comprimento do canal, em m;

    n = coeficiente de rugosidade, obtido na tabela 3.1;

    hf = perda de carga contnua no canal, em m.

    3.7.2 Tomada de gua

    GeometriaA tomada de gua ser projetada de forma a estabelecer uma acelerao progres-

    siva e gradual do escoamento do reservatrio aduo, evitando-se os fenmenos

    de separao do escoamento e minimizando-se as perdas de carga.

    Para tomadas com carga menor que 30 m.c.a., a velocidade adotada na seo

    bruta das grades ser de 1,0 a 1,5 m/s. Para tomadas com carga maior que 30

    m.c.a., a velocidade adotada ser de 1,5 a 2,5 m/s.

    Na seo das comportas, a velocidade mxima no dever ultrapassar a 6 m/s.

    Submergncia mnimaNo projeto da tomada de gua a formao de vrtices com arrastamento de ar

    dever ser evitada, fixando-se a elevao do portal de entrada em funo da

    submergncia mnima e reduzindo-se a circulao do escoamento na rea da

    tomada.

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    CRITRIOSDE PROJETO CIVILDE USINAS HIDRELTRICAS 43

    O grau de submergncia poder ser avaliado pela Frmula de Gordon:

    KV d=

    onde:

    s = submergncia da tomada, em m;

    d = mnima dimenso vertical na seo longitudinal da tomada, em m;

    V = velocidade mdia nesta seo, em m/s;

    K = coeficiente varivel, igual a 0,545 para condies simtricas de aproxi-

    mao, e 0,725 para condies assimtricas de aproximao.

    A elevao mxima da geratriz superior do conduto, na seo onde foi tomada a

    dimenso d, ser definida pela cota do nvel de gua mnimo normal do reservatriosubtrado do valor de s. Alm desta condio, a aresta superior do portal de entrada

    da tomada de gua dever se situar pelo menos 2,0 m abaixo do nvel de gua

    mnimo normal do reservatrio.

    A formao de vrtices desfavorveis muito influenciada pela circulao do esco-

    amento no canal de aproximao. Portanto, o critrio de submergncia dever ser

    considerado apenas como uma estimativa preliminar para o projeto da tomada de

    gua, que ser posteriormente verificado em modelo reduzido.

    Duto de ventilaoO duto de ventilao ser dimensionado para uma vazo de ar igual ao engolimento

    mximo da turbina, admitindo-se uma velocidade mxima de 60 m/s.

    Para comportas tipo vago com vedao a montante, o espao livre do nicho da

    comporta poder substituir o duto de ventilao.

    Ser verificada