PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE MATEMÁTICA · INTRODUÇÃO O Curso de Matemática da Universidade...

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE MATEMÁTICA DETALHAMENTO DO PROJETO PEDAGÓGICO Perfil do Curso INTRODUÇÃO O Curso de Matemática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) foi criado em 1936, no âmbito da então Faculdade de Filosofia, com duas habilitações: Bacharelado em Matemática e Licenciatura em Matemática. Foi autorizado a funcionar em 1942, através do Decreto nº 9.706, e obteve reconhecimento em 1944 através do Decreto nº 17.400 (PAIUFRGS, 1996). O diploma de licenciado era então outorgado àqueles estudantes que, tendo concluído o curso de Bacharelado, cursavam um ano adicional de disciplinas de Didática. Em 1970, como decorrência da reforma universitária de 1968, a oferta de ambas as habilitações passou a ser encargo do Instituto de Matemática da UFRGS (IM), até então dedicado exclusivamente à pesquisa. Em 1978, foi criado no IM o Programa de Pós-Graduação em Matemática, com um curso de Mestrado em Matemática Pura. Em 1988, foi instituída uma nova ênfase no curso de Matemática, o Bacharelado em Matemática Aplicada e Computacional (PAIUFRGS, 1996). No final dos anos 80, encontram-se registros das primeiras ações vinculando ensino com pesquisa e articuladas com a área de Educação Matemática. Em 1990 foram ofertadas, pela primeira vez, vagas distintas para os cursos de Bacharelado e Licenciatura em Matemática no Concurso Vestibular da UFRGS. O curso de Licenciatura passou a contar com um representante na Comissão de Graduação em Matemática. Em 1993 foi implementado um novo currículo do curso de Licenciatura, superando a estrutura tradicional “três-um” - três anos dedicados à formação matemática e um ano dedicado à formação didático-pedagógica. O novo currículo foi proposto tendo como referência um perfil delineado de professor de Matemática, de modo que “o aluno tivesse oportunidade de vivenciar situações diretamente relacionadas com” esse perfil e que a

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DEMATEMÁTICA

DETALHAMENTO DO PROJETO PEDAGÓGICO

Perfil do Curso

INTRODUÇÃO

O Curso de Matemática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) foi criado

em 1936, no âmbito da então Faculdade de Filosofia, com duas habilitações: Bacharelado

em Matemática e Licenciatura em Matemática. Foi autorizado a funcionar em 1942, através

do Decreto nº 9.706, e obteve reconhecimento em 1944 através do Decreto

nº 17.400 (PAIUFRGS, 1996). O diploma de licenciado era então outorgado àqueles

estudantes que, tendo concluído o curso de Bacharelado, cursavam um ano adicional de

disciplinas de Didática. Em 1970, como decorrência da reforma universitária de 1968, a

oferta de ambas as habilitações passou a ser encargo do Instituto de Matemática da

UFRGS (IM), até então dedicado exclusivamente à pesquisa.

Em 1978, foi criado no IM o Programa de Pós-Graduação em Matemática, com um curso

de Mestrado em Matemática Pura. Em 1988, foi instituída uma nova ênfase no curso de

Matemática, o Bacharelado em Matemática Aplicada e Computacional (PAIUFRGS, 1996).

No final dos anos 80, encontram-se registros das primeiras ações vinculando ensino com

pesquisa e articuladas com a área de Educação Matemática.

Em 1990 foram ofertadas, pela primeira vez, vagas distintas para os cursos de Bacharelado

e Licenciatura em Matemática no Concurso Vestibular da UFRGS. O curso de Licenciatura

passou a contar com um representante na Comissão de Graduação em Matemática.

Em 1993 foi implementado um novo currículo do curso de Licenciatura, superando a

estrutura tradicional “três-um” - três anos dedicados à formação matemática e um ano

dedicado à formação didático-pedagógica. O novo currículo foi proposto tendo como

referência um perfil delineado de professor de Matemática, de modo que “o aluno tivesse

oportunidade de vivenciar situações diretamente relacionadas com” esse perfil e que a

iniciação à docência permeasse todo o curso (PAIUFRGS, 1995). A organização curricular

foi estruturada segundo os critérios:

“- integrar, ao longo dos quatro anos de formação, as disciplinas das áreas pedagógica e

matemática;

“- iniciar o trabalho de formação a partir do nível em que se encontra o aluno, retomando-se

ao longo do primeiro ano conteúdos da escola secundária;

“- distribuir equilibradamente os créditos entre disciplinas de caráter matemático e caráter

pedagógico.” (PAIUFRGS, 1995).

No novo currículo, também foi incorporada a perspectiva da inovação do ensino de

Matemática com recursos da tecnologia, inicialmente através de duas disciplinas e

posteriormente nas práticas pedagógicas desenvolvidas ao longo do curso (Idem, 1995).

Em 1995 foi criado o curso de Licenciatura em Matemática – Noturna, atendendo a uma

demanda social de graduação de alunos trabalhadores, com as mesmas disciplinas do

curso diurno, distribuídas ao longo de cinco anos de formação.

Em 2000, os currículos sofreram novas alterações em atendimento à exigência de um

mínimo de 300 horas de prática de ensino, estabelecida pela nova Lei de Diretrizes e Bases

da Educação (Lei nº 9.394/96). Nessas alterações, foram preservados os princípios

motivadores da reformulação curricular anterior e modificadas a súmula e carga horária de

um conjunto de disciplinas, em decorrência de avaliação interna do currículo implementado

desde 1993.

A implementação dos novos currículos dos cursos de Licenciatura foi acompanhada de um

conjunto de iniciativas relativas à qualificação do corpo docente e à melhoria das condições

de infra-estrutura dos cursos que se refletem nas práticas integradas de ensino, pesquisa e

extensão, bem como na articulação entre a formação inicial e continuada de professores.

Em primeiro lugar, deve-se destacar a qualificação, em nível de Doutorado, do corpo

docente atuante nos cursos de Licenciatura em Matemática e Licenciatura em

Matemática-Noturna.

No DMPA, responsável pela oferta de disciplinas que correspondem a cerca de 70% da

carga horária dos cursos, a qualificação dos docentes desenvolveu-se em dois sentidos.

Numa primeira vertente, prosseguiu o esforço de formação e o recrutamento de doutores

na área da Matemática, iniciado nos anos 70. Na segunda vertente, um grupo de docentes

dedicados aos cursos de Licenciatura buscou a continuidade de sua formação nas áreas da

Educação, da Educação Matemática e da Informática Educativa. Nesse mesmo período

tornaram-se sistemáticas, no âmbito do IM, as atividades de pesquisa e extensão voltadas

especificamente para as questões de ensino e de formação de professores de Matemática.

A área de Educação Matemática adquiriu identidade e espaço próprio no IM, com presença

permanente nas Comissões de Pesquisa e Extensão. Em 1996, o DMPA realizou pela

primeira vez um concurso docente voltado para essa área.

No Departamento de Ensino e Currículo (DEC) da Faculdade de Educação (FE),

responsável por um conjunto de disciplinas que inclui os estágios curriculares,

consolidou-se também um grupo de docentes dedicado ao curso de Licenciatura em

Matemática, com formação em nível de doutorado nas áreas da Educação e da Educação

Matemática.

A constituição de um grupo de docentes com formação nas áreas da Educação, Educação

Matemática e Informática Educativa reflete-se na produção de trabalhos que dizem respeito

à formação de professores e ao ensino de matemática. Dentre esses trabalhos, cabe

destacar as dissertações e teses de autoria dos docentes que atuam no curso, elencadas

no Anexo I deste documento.

Na continuidade desses trabalhos, diferentes projetos de pesquisa vêm sendo

desenvolvidos a partir de questões de ensino e aprendizagem de Matemática, envolvendo

alunos dos cursos de Licenciatura e tendo como objeto de análise e campo de

implementação a sala de aula, articulando a pesquisa e a prática docente na formação de

professores.

Entre esses projetos de pesquisa, podem ser destacados:

- o Projeto “Professores de Matemática: formação e iniciação à docência”, subprojeto da

Pesquisa Novas Políticas e Novas Práticas Curriculares em Formação de Professores

(Fórum das Licenciaturas da UFRGS - Convênio PROGRAD-UFRGS-FINEP) desenvolvido

em 1996-1997;

- o Projeto “GPA - Grupo de Pesquisa Ação em Educação Matemática da UFRGS”

(convênio PROADE-FAPERGS), desenvolvido no período 2000 a 2002, que envolveu um

número significativo de professores da rede e de alunos do Curso de Licenciatura, em

ações docentes conjuntas, que se constituíram como resposta a questões-problema da

área de ensino;

- o Projeto “O Computador na Aprendizagem de Matemática Elementar”, iniciado em 1995

e em desenvolvimento até hoje, articulando ensino, pesquisa, formação de professores e

uso de tecnologia informática e servindo de apoio para as disciplinas do Curso de

Licenciatura que aliam Informática com Ensino de Matemática;

- o Projeto de Pesquisa “Construção dos números reais e discussões sobre trigonometria e

funções trigonométricas”, desenvolvido desde 2002, que parte de uma das principais

problemáticas da formação de professores - “qual é o conhecimento específico de

Matemática que deve ser construído em nível superior e que é essencial ao professor do

nível básico?” -, tem como campo de ação a sala de aula do Curso de Licenciatura e se

propõe a produzir material didático;

- o Projeto Fábrica Virtual - Produção de Módulos Educacionais Digitais - Matemática,

dentro do Projeto RIVED (Red Internacional Virtual de Educación), desenvolvido no MEC

pela Secretaria de Educação a Distância (SEED) em parceria com a Secretaria de Ensino

Médio e Tecnológico (SEMTEC), constituindo-se em uma iniciativa para criação de material

didático digital com intuito de otimizar o processo de ensino das ciências da natureza e da

matemática no ensino médio presencial, com financiamento da UNESCO;

- o projeto “Um Ambiente de Apoio à Pedagogia de Projetos de Aprendizagem” realizado

pela Fundação de Apoio à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (FAURGS) e com

financiamento da FINEP - Financiadora de Estudos e Projetos, do Ministério da Ciência e

Tecnologia.

Há também licenciandos vinculados a projetos de pesquisa em Matemática Pura e

Aplicada: “Construção dos Números Reais e discussões sobre Trigonometria e as Funções

Trigonométricas”; “Equações de Evolução Não Lineares – Advecção-Difusão,

Navier-Stokes e Outras Equações”; “Equações Semilineares Elípticas”; “Estimação em

Processos Fracionariamente Integrados Multivariados”; “Geometria Algébrica I”; “Geometria

das Curvas Planas”; “Grupos Finitos de Reflexões”.

No que tange à infra-estrutura dos cursos, cabe destacar a constituição, em 1994, do

Laboratório de Informática do curso de Licenciatura, com recursos do Programa de Apoio à

Qualidade de Ensino de Graduação da UFRGS, e mantido com recursos do IM. Em 2001,

foi ampliado com recursos da FAPERGS o Laboratório de Ensino de Matemática, também

instalado no IM e projetado para realização de experiências de ensino. O Laboratório teve

sua capacidade ampliada para 50 alunos, ocupando área de 100m2, e foi dotado de

espaço para reuniões. Foram comprados televisão, filmadora, vídeo, computador,

impressora e recursos para exposições multi-mídia. Desde 2002, está em andamento o

Projeto Laboratório de Matemática: um espaço para práticas didáticas e atividades

culturais.

No âmbito da Faculdade de Educação, um importante avanço em termos de infra-estrutura

foi a constituição do Laboratório de Informática do Ensino Superior (LIES), que possibilita

aos licenciandos o acesso amplo e gratuito à Internet, ao correio eletrônico e cumpre as

funções de suporte tecnológico às suas atividades de produção acadêmica, tais como

digitação, formatação e impressão de textos e também serve aos professores como apoio

às aulas. Outro importante recurso à disposição de professores e alunos é a Central de

Produções da Faculdade de Educação, que produz material de ensino para alunos e

professores da UFRGS e de outras instituições. Para isso conta com: acervo de programas

e filmes em vídeo na área da educação; o Setor de Arte, o que oferece suporte gráfico para

o ensino, a pesquisa e a extensão, desde a elaboração de lâminas, cartazes, painéis até a

produção de ilustrações e finalização de arte para publicações; o Setor de Vídeo que está

aparelhado para produções de vídeos, desde o roteiro a montagens na ilha de edição, com

inclusão de efeitos; o Setor de Editoração Eletrônica.

Na perspectiva da inovação do ensino de Matemática com recursos da tecnologia, foram

criados sítios que possibilitam a divulgação da produção dos professores e estudantes dos

cursos de Licenciatura, que inclui recursos didáticos. Em 1998, foi criado o sítio

http://mathematikos.psico.ufrgs.br , que serve de suporte virtual para disciplinas dos cursos

de Licenciatura. Em 2000, foi criado o sítio http://www.edumatec.ufrgs.br , produção do

Projeto Educação Matemática e Tecnologia Informática, implementada com recursos do

Projeto Produção de Material Didático, financiado pelas Pró-Reitoria de Pesquisa e de

Graduação da UFRGS. Este sítio, até o ano de 2002, funcionou como material de apoio

para uma disciplina dos cursos de Licenciatura. No ano de 2003, com apoio da Secretaria

de Educação à Distância da UFRGS (SEAD), o projeto foi reestruturado para oferta de

Educação a Distância (Projeto Educação Matemática e Tecnologia Informática: uma

experiência em Educação a Distância), já com uma primeira experiência em andamento

desde outubro de 2003. Em 2001 foi criado o sítio http://matematicao.psico.ufrgs.br ,

também contando com recursos do Projeto Produção de Material Didático, financiado pelas

Pró-Reitoria de Pesquisa e de Graduação da UFRGS e SEAD, e sendo produzido

integralmente por estudantes da Licenciatura que, por sua vez, o utilizam em trabalhos

práticos com alunos do Ensino Fundamental. Como expressão institucional do trabalho

desenvolvido, o IM é um dos núcleos da SEAD e um dos Institutos fundadores e membros

permanentes do Centro Interdisciplinar em Novas Tecnologias na Educação (CINTED),

criado em 2001.

As atividades de extensão estão integradas à formação dos licenciandos de forma

sistemática nas disciplinas de Laboratório de Prática de Ensino de Matemática. No âmbito

dessas disciplinas, os licenciandos desenvolvem experiências de ensino-aprendizagem

junto a diferentes grupos de alunos: experimentos localizados em torno de tópicos

específicos implementados na sala de aula regular ou no ambiente do Laboratório de

Ensino da Matemática (IM-UFRGS), com alunos de nível fundamental e médio;

intervenções em turmas de ensino fundamental ou médio, na modalidade regular ou EJA;

parceria permanente com o Colégio de Aplicação da UFRGS, na forma de assessoria ao

Projeto Amora e oficinas de ensino; cursos de extensão para alunos ou egressos do ensino

médio, nas áreas da Geometria, da Análise Combinatória e Probabilidade, dos Números

Reais e das Funções.

Outros projetos de extensão têm propiciado também a interação dos estudantes dos

cursos com grupos das comunidades interna e externa à UFRGS.

Durante o ano de 2003, 40 licenciandos dos cursos diurno e noturno participaram, como

bolsistas, do Programa ECSIC - Escola, Conectividade e Sociedade da Informação,

atuando em 25 escolas da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre. Este programa é

desenvolvido em parceria com a Prefeitura de Porto Alegre e financiado pelo BNDES -

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. A partir dele, pretende-se

disseminar os modelos ou protótipos de inovação curricular desenvolvidos e testados pelo

Laboratório de Estudos Cognitivos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em

função das “necessidades de transformação do modelo de Escola da Sociedade Industrial

para um novo modelo: o da Escola que vai formar o cidadão da Sociedade da Informação e

da Sociedade do Conhecimento” (PROJETO ECSIC, 2001, p. 35). Atualmente, 20

estudantes dos cursos de Licenciatura em Matemática participam desse Programa,

interagindo com estudantes do ensino fundamental em 15 escolas do Município de Porto

Alegre.

Desde 2003, licenciandos vêm atuando no Programa Pró-Cálculo, nos cursos de

Pré-Cálculo oferecidos aos calouros da UFRGS e no acompanhamento das “turmas

especiais” de Cálculo I, oferecidas aos alunos com duas ou mais reprovações na disciplina.

As diretrizes para formação inicial e continuada de professores mais recentes indicam a

articulação entre investigação e prática, ao longo desse processo de formação. Nos

últimos dez anos, o IM tem realizado atividades de extensão voltadas para a formação

continuada de professores que integram tratamento de conteúdos matemáticos,

desenvolvimento de competências práticas e oportunidade para pesquisa em Educação

Matemática. Podem ser citadas as seguintes iniciativas de formação continuada:

- a seqüência de três Oficinas de Matemática para professores e licenciandos, atividades

de extensão desenvolvidas em 1992, 1993 e 1995;

- os quatro Cursos Pró-Ciências oferecidos para professores de Matemática e que

contaram com recursos do Ministério da Educação (MEC) e da Fundação de Apoio à

Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS), nos anos de 1996, 1997, 1998/99 e

2003 (no último caso, através de convênio com a Secretaria da Educação do Estado);

- a seqüência de quatro Cursos para Professores de Ensino Médio, realizados em convênio

com Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Projeto Instituto do Milênio), em janeiro e

julho de 2002, em janeiro e julho de 2003 e em janeiro e julho de 2004.

Em 2002, um grupo de docentes deu início ao estudo dos caminhos para a criação de um

novo Programa de Pós-Graduação no IM - o PPG-Ensino de Matemática, vinculado ao

oferecimento de um Mestrado especialmente destinado para os professores em exercício

na rede de escolas do nível fundamental, médio e técnico. Em 2004 foi criado e cadastrado,

junto ao CNPq, o Grupo de Pesquisa em Ensino de Matemática da UFRGS e apresenta-se

a proposta de criação de um Programa de Pós-Graduação em Ensino de Matemática e de

um Mestrado Profissionalizante para professores de Matemática em exercício, já aprovado

nas instâncias da UFRGS.

PROPOSTA

As mudanças implementadas nos cursos de Licenciatura em Matemática a partir de 1993,

consolidadas na última década, estão em consonância com as orientações estabelecidas

pelas atuais Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da

Educação Básica emanadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) e colocam os

cursos em condições privilegiadas para o atendimento às suas determinações. A proposta

que ora apresentamos, a ser implementada em 2005, adapta a organização institucional e

curricular dos cursos de Licenciatura em Matemática e de Licenciatura em

Matemática-Noturna da UFRGS às exigências dessas Diretrizes e às da Resolução 2/2002

do CNE, bem como às determinações do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da

UFRGS (CEPE) em sua Resolução 04/2004, assinada em 28/04/2004.

As alterações curriculares propostas, com implementação prevista para 2005/01, visam,

sobretudo, atender:

1. as exigências estabelecidas pelo CNE e pelo Ministério da Educação:

a)a Resolução CNE/CP 1/2002, publicada no DOU de 04/03/2002, que “institui as

Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em

nível superior, curso de Licenciatura, de graduação plena”, e que enfatiza a necessidade de

programas de formação que integrem, desde os primeiros anos de curso, a aquisição de

competências pedagógicas e competências em área específica de conhecimento;

b)a Resolução CNE/CP 2/2002, publicada no DOU de 04/03/2002, que “institui a duração e

a carga horária dos cursos de Licenciatura, de graduação plena, de formação de

professores da Educação Básica em nível superior”, estabelecendo uma integralização

mínima de 2800 horas de formação, com a seguinte distribuição:

-1800 horas para conteúdos curriculares de natureza científico-cultural;

-400 horas de prática pedagógica como componente curricular, ao longo do curso;

-400 horas de estágio curricular supervisionado, a partir da segunda metade do curso;

-200 horas para outras formas de atividades acadêmico-científica culturais.

2. as exigências estabelecidas pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFRGS

em sua Resolução 04/2004, que reforça a importância da “indissociabilidade entre

formação da especialidade e a formação pedagógica pela introdução, desde as etapas

iniciais do curso, de disciplinas de práticas pedagógicas”, assim como “a inclusão da

pesquisa como eixo articulador entre a construção do conhecimento específico e a prática

pedagógica” e institui, como obrigatório nos cursos de Licenciatura, o Trabalho de

Conclusão de Curso (TCC) como registro de “reflexão que integre a construção teórica com

as experiências adquiridas ao longo das práticas pedagógicas e do estágio obrigatório.”

Estes esclarecimentos justificam as grades curriculares e a distribuição de carga horária

propostas para os cursos de Licenciatura em Matemática e Licenciatura em Matemática-

Noturna, detalhadas a seguir.

Atividade do Curso

Os cursos de Licenciatura em Matemática oferecem anualmente 90 vagas, sendo 45 no

curso Licenciatura em Matemática (diurno, com ingresso no primeiro semestre) e 45 no

curso Licenciatura em Matemática – Noturna (com ingresso no segundo semestre do ano).

Os currículos dos cursos oferecem uma formação básica em Matemática, além de

enfatizar as disciplinas de formação prática-pedagógica, em parceria com a Faculdade de

Educação. Todas as disciplinas que integram o currículo são de caráter obrigatório.

Caracterizadas por sua natureza científico-cultural, o primeiro conjunto de disciplinas que

compõe o currículo está formado por dois grupos.

No primeiro grupo de disciplinas de natureza científico-cultural temos as seguintes

disciplinas oferecidas pela Faculdade de Educação, cada uma delas com carga horária de

30 horas, totalizando 300 horas: Organização da escola básica, Psicologia da Educação I,

História da Educação: história da escolarização brasileira e processos pedagógicos,

Tendências em Educação Matemática, Psicologia da Educação II, Filosofia da Educação,

Teoria do currículo, Organização curricular, planejamento e avaliação, Intervenção

pedagógica, Psicologia da Educação: temas contemporâneos.

O segundo grupo de disciplinas de natureza científico-cultural é composto por disciplinas

sob a responsabilidade do Instituto de Matemática e Instituto de Física, totalizando 1560

horas. As disciplinas Cálculo e Geometria Analítica I-A, Cálculo Geometria Analítica II-A,

Física Geral I e Física Geral II têm cada uma carga horária de 90 horas. As demais

disciplinas têm cada uma carga horária de 60 horas: Fundamentos de Matemática I,

Geometria I, Geometria Analítica B, Computador na Matemática Elementar, Fundamentos

de Matemática II, Geometria II, Fundamentos de Aritmética, Álgebra I, Álgebra Linear I - A,

Combinatória I, Álgebra II, Combinatória II, Aplicações da Matemática, Probabilidade e

Estatística, História da Matemática, Análise Real I, Análise Real II, Pesquisa em Educação

Matemática e uma disciplina de caráter alternativo-obrigatório. O Trabalho de Conclusão de

Curso completa este conjunto de disciplinas de natureza científico-cultural, estando sob a

responsabilidade da COMGRAD-MAT.

Um segundo conjunto de disciplinas é caracterizado por sua natureza prática. Inclui as

seguintes disciplinas oferecidas pelo Instituto de Matemática, que totalizam 420 horas:

Laboratório de Prática de ensino-aprendizagem em Matemática I, Laboratório de Prática de

ensino-aprendizagem em Matemática II e Laboratório de prática de ensino-aprendizagem

em Matemática III, com 120 horas cada e Educação Matemática e Tecnologia, com 60

horas. Inclui também as disciplinas oferecidas pela Faculdade de Educação que

caracterizam o estágio curricular supervisionado e que totalizam 420 horas: Estágio em

Educação Matemática I, com 60 horas, Estágio em Educação Matemática II e Estágio em

Educação Matemática III, cada uma delas com carga horária 180 horas.

Complementando as 2700 horas correspondentes às disciplinas listadas acima, há as 200

horas de atividades acadêmico-científico-culturais, regidas pela Resolução 38/2002 do

CEPE/UFRGS, a serem regulamentadas, no âmbito dos cursos de Licenciatura em

Matemática, pela Comissão de Graduação em Matemática.

Na presente proposta foi mantido e aprofundado o espírito de integração e articulação

entre as diferentes vertentes que compõem o espectro da formação de um futuro professor

de Matemática, presentes na última adaptação curricular realizada nos cursos de

Licenciatura em Matemática, e aqui representadas pelas disciplinas dos Institutos de

Matemática e Física e da Faculdade de Educação.

INTEGRALIZAÇÃO CURRICULAR

A integralização curricular é obtida por meio de créditos atribuídos às disciplinas em que o

aluno lograr aprovação. Cada crédito corresponde a quinze horas de carga horária.

O currículo do curso de Licenciatura em Matemática (diurno) é estruturado em 8 etapas

semestrais, enquanto que o curso de Licenciatura em Matemática - Noturna tem as

mesmas disciplinas, distribuídas em 10 etapas semestrais.

A duração mínima é de 6 semestres para o curso de Licenciatura em Matemática e de 8

semestres para o curso de Licenciatura em Matemática – Noturna. A duração máxima

desses cursos é de 16 e 20 semestres, respectivamente.

O total de créditos para ambos os cursos é 180. Além dos 180 créditos, o currículo

contempla um total de 200 horas correspondentes às Atividades

acadêmico-científico-culturais, o que totaliza 2900 horas de carga horária em cada curso.

Perfil do Egresso

PERFIL DO LICENCIANDO - COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

Definimos o perfil do profissional que se espera formar neste curso a partir do perfil que

está expresso no Projeto Pedagógico do Curso de Licenciatura em Matemática, formulado

em 1992. O professor formado no Curso de Licenciatura em Matemática deve:

“- apresentar um bom domínio de conteúdos matemáticos;

“- apresentar um bom domínio de teorias de ensino aprendizagem e saber adequá-las ao

conteúdo específico;

“- apresentar um bom domínio da tecnologia informática como ferramenta para a

aprendizagem da Matemática;

“- ser um pesquisador dentro da sala de aula, capacitado a entender as diferentes

estratégias desenvolvidas pelos alunos no processo de aprendizagem e as variáveis

didáticas envolvidas no processo;

“- ser agente de transformação dentro de sua escola, questionando os programas e as

seqüências de ensino vigentes;

“- estar em permanente contato com pesquisas e experiências na área de Educação

Matemática, realimentando permanentemente a dinâmica do ensinar e do aprender.”

(PAIUFRGS, 1995, p. 4).

O profissional que se pretende formar é um: professor com sólido conhecimento

matemático; professor prático-reflexivo, aquele que produz “conhecimento pedagógico dos

conteúdos”; professor para o futuro, com domínio da tecnologia; professor-pesquisador em

sala de aula; professor agente transformador da realidade da escola e co-responsável pela

qualidade do ensino. Esse perfil orienta as diferentes estratégias de formação que vão

perpassar todo trabalho docente e o próprio currículo.

Os objetivos específicos do Curso de Licenciatura consistem no desenvolvimento de ações

que contribuam para desenvolver:

a)conhecimento dos conteúdos da Matemática básica, com bom nível de abstração,

estabelecendo relações dos conteúdos entre si e dos conteúdos com as outras áreas da

ciência e do cotidiano;

b) conhecimento de teorias de aprendizagem e de cognição, sabendo adequá-las ao

conteúdo específico;

c) competência no uso da tecnologia informática para ensino e aprendizagem da

Matemática;

d)competências para desenvolver pesquisa na da sala de aula, tomando o aluno como

sujeito da aprendizagem, buscando entenderas diferentes estratégias desenvolvidas no

processo de aprendizagem e buscando identificar as diferentes variáveis didáticas

envolvidas no processo;

e) competência para se tornar agente de transformação dentro de sua escola,

questionando os programas e as seqüências de ensino vigentes e multiplicando a formação

recebida;

f) competência para buscar a atualização permanente nas áreas de Ensino de Matemática

e Educação Matemática, estando em contato com pesquisas e experiências novas para

realimentar permanentemente a dinâmica do ensinar e do aprender.

Forma de Acesso ao Curso

As formas de acesso ao curso de matemática se dá de três formas:

a. Por meio do exame vestibular, onde o candidato pode inscrever-se pelo acesso universal

ou pela reserva de vagas, programa de quotas. Conforme, explicita-se abaixo:

A ocupação das vagas oferecidas para cada curso dar-se-á em dois sistemas de ingresso:

a) por Acesso Universal; e b) por Acesso Universal e Reserva de Vagas.

- Todo candidato estará concorrendo por Acesso Universal.

- O candidato que desejar concorrer também às vagas do sistema de ingresso por Reserva

de Vagas deverá assinalar sua opção no ato da inscrição no CV/2010. Neste caso, o

candidato deverá assinalar uma das duas opções: a) candidato egresso do ensino público;

ou b) candidato egresso do ensino público autodeclarado negro.

- Para fins deste Edital, entende-se por egresso do ensino público o candidato que cursou,

com aprovação, pelo menos a metade do Ensino Fundamental e a totalidade do Ensino

Médio no Sistema de Ensino Público.

- Do total das vagas oferecidas em cada curso de graduação da UFRGS, será garantido, no

mínimo, 30% (trinta por cento) para candidatos optantes egressos do ensino público.

- Do total das vagas oferecidas aos candidatos egressos do ensino público, conforme

estabelecido, no mínimo, a metade será garantida aos candidatos que se autodeclararem

negros no ato da inscrição.

- A comprovação da condição de egresso do ensino público pelo candidato que for

classificado em vaga de reserva para egressos do ensino público dar-se-á mediante

apresentação, quando do ato de matrícula, à Comissão de Graduação do Curso, de

certificado de conclusão e histórico escolar completo do Ensino Fundamental e Médio,

reconhecido pelo órgão público competente, que comprovem as condições expressas no

aqui.

- O candidato que for classificado em vaga destinada a candidato autodeclarado negro

deverá, adicionalmente ao previsto no item anterior, assinar junto à COMGRAD a

autodeclaração étnico-racial, realizada por ocasião da inscrição no Concurso Vestibular.

A PROVA DE MATEMÁTICA

A prova de Matemática pretende identificar o aluno matematicamente alfabetizado, capaz

de ler, compreender, interpretar e resolver situações-problema apresentadas na linguagem

do cotidiano, na simbólica ou na linguagem dos gráficos, diagramas e

tabelas. Privilegia, ao invés da memorização de definições, teoremas e fórmulas isoladas, a

capacidade de o candidato usar o pensamento dedutivo e indutivo, o combinatório, o

estimativo, o geométrico e o algébrico, entre outros, para resolver problemas e estabelecer

conexões entre várias áreas dentro da própria

Matemática. Enfatiza, pois, mais os conceitos e as idéias matemáticas do que os símbolos

e os procedimentos de cálculo longos e formais. Apresenta, quando possível, questões que

envolvam uma visão integrada da Matemática com outras áreas de conhecimento do

candidato. As questões propostas abrangem

conteúdos de Ensino Fundamental (1° Grau) e Ensino Médio (2°Grau) que possam servir

de subsídio para os estudos posteriores do aluno nos diferentes cursos de graduação.

b. O ingresso extravestibular se dá de duas formas: por transferência interna e/ou voluntária

e por ingresso de diplomado.

A transferência interna acontece duas vezes no ano; no primeiro e segundo semestre. Já a

transferência voluntária e o ingresso de diplomado acontecem uma vez por ano, no primeiro

semestre e no segundo semestre respectivamente.

O Ingresso Extravestibular nas modalidades de Transferência Interna e Transferência

Voluntária por Processo Seletivo Unificado destina-se a candidato aluno da UFRGS ou de

outra Instituição de Ensino Superior - IES, matriculado ou com matrícula trancada, que

tenha sido aprovado no conjunto das disciplinas que compõem os três primeiros semestres

do seu curso de origem, no caso de curso semestral, ou nos dois primeiros anos, no caso

de curso seriado ou anual.

O curso de origem do candidato deverá ser reconhecido pelo MEC e ser idêntico (mesma

denominação) ou assemelhado ao curso pretendido, conforme disposto no anexo à

Resolução nº.14/2008 do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFRGS ( CEPE).

Aluno de curso idêntico ou assemelhado de instituição de ensino superior estrangeira

poderá candidatar-se e, se pré-selecionado, estará sujeito à análise específica da sua

documentação, a ser realizada pela Comissão de Graduação do respectivo curso de

destino.

Na modalidade de Transferência Interna, os candidatos já alunos da UFRGS somente

poderão concorrer ao processo seletivo para Ingresso Extravestibular se tiverem

ingressado no curso de origem, através de Concurso Vestibular.

É vedada a Transferência Voluntária para os dois semestres finais do curso pretendido.

Adicionalmente, para os Cursos de Odontologia e Teatro - Licenciatura e Bacharelado, os

candidatos deverão obter aprovação em Prova de Habilitação Específica, de caráter

eliminatório. A execução e a aplicação das Provas de Habilitação Específica são de

responsabilidade da respectiva Comissão de Graduação.

A ocupação das vagas deverá ser feita por curso, obedecendo à classificação estabelecida

no Art. 18 Resolução nº.14/2008 do CEPE, independentemente de se tratar de aluno da

UFRGS -transferência interna - ou proveniente de outra instituição de ensino superior -

transferência voluntária.

Os classificados deverão estar posicionados preferencialmente na quarta etapa do curso

pretendido e, para tanto, a COMGRAD respectiva dará aproveitamento às atividades

realizadas pelo classificado na sua instituição de origem quando, à luz do projeto

pedagógico, estas guardarem equivalência com as atividades curriculares da UFRGS.

Sistema de Avaliação do Projeto do Curso

1.O sistema de avaliação do curso terá como objetivo garantir que os titulados tenham o

perfil desejado na sua formação A avaliação permanente do curso acontecerá por

intermédio de uma avaliação interna do curso, que analisa toda a unidade e não só a

graduação. Mas foca especialmente na graduação, no desempenho dos alunos e nas

medidas que devem ser tomadas.

Quanto à sua organização: Internamente, possui uma Comissão de Graduação, com a

coordenação do curso e suas representações. Neste nível, são resolvidas questões de

caráter interno ao andamento do curso. Para as questões de caráter institucional, a

Comissão de Graduação se dirige diretamente à Direção e ao Conselho da Unidade do

Instituto, Faculdade, Escola/UFRGS. Dessa instância, questões de reconhecimento interno

passam pela Câmara de Graduação (CAMGRAD/UFRGS) e pelo Conselho de Ensino,

Pesquisa e Extensão da Universidade (CEPE/UFRGS). Questões relacionadas ao registro

acadêmico são resolvidas pelo Departamento de Controle e Registro Discente

(DECORDI/UFRGS); já as relacionadas ao suporte tecnológico, encaminhadas ao Centro

de Processamento de Dados (CPD/UFRGS), e as relacionadas com ENADE e solicitação

de Reconhecimento/ Renovação de Reconhecimento de Cursos com a Secretaria de

Avaliação Institucional (SAI).

Anualmente a COMGRAD (Comissão de Graduação) - equivalente ao que em outras IES

se chama colegiado do Curso- se reune e avalia o andamento do curso e projeta mudanças

necessárias para alcançar o perfil desejado do titulado.

A Unidade (no caso o Instituto de Matemática) conta uma NAU (Núcleo de Avaliação da

Unidade) que coordena as atividades de avaliação e se reporta a CPA.

2. Avaliação da Instituição: A Administração Central da UFRGS conta com a Comissão

Própria de Avaliação (CPA) que é responsável pela coordenação e pela articulação das

diversas ações de avaliação desenvolvidas pela Instituição, sejam elas demandas internas

ou externas. A UFRGS tem tradição em avaliação interna e externa iniciada com a

implementação, em 1994, do Programa de Avaliação Institucional – PAIUFRGS, vinculado

ao PAIUB, desenvolvido ao longo de quatro anos, e mantida através do PAIPUFRGS - 2º

Ciclo Avaliativo, iniciado em 2002, cuja meta principal foi avaliar o cumprimento da missão

da Universidade na sua finalidade de educação e produção dos conhecimentos integrados

no ensino, na pesquisa, na extensão, na gestão acadêmica e administrativa, em cada

Unidade Acadêmica, tendo por base os princípios da Pertinência Social e da Excelência

sem Excludência. A partir da aprovação da Lei nº. 10.861/2004 (SINAES), a UFRGS iniciou

um movimento de articulação do PAIPUFRGS – 2º Ciclo Avaliativo, encontrando-se,

atualmente, no 6º Ciclo Avaliativo. Assim, a avaliação interna da UFRGS passou a ser

regida pelo Programa PAIPUFRGS/SINAES, mantendo o cerne do programa existente e

ampliando-o com as concepções da Lei. O Sistema de Avaliação da UFRGS prevê a

avaliação das atividades curriculares pelo discente. Conforme instrumento de avaliação da

UFRGS, disponível através do portal eletrônico (portal do aluno e do professor), ao final de

cada semestre letivo os alunos avaliam o professor, a disciplina, a infraestrutura e fazem

uma autoavaliação. É importante ressaltar que tal Sistema de Avaliação possui uma série

histórica desde o segundo semestre de 2006, e que apresenta seus resultados de

diferentes formas: por disciplina, por departamento, por curso, cursos por departamento e

geral da Instituição. Também, faz parte da concepção de avaliação, o portal do Egresso da

UFRGS.

O Instituto de Matemática tem um Núcleo de Avaliação de Unidade (NAU), que é órgão

assessor do Conselho da Unidade e é composto por dois professores de cada

Departamento que compõe a Unidade, dois técnicos administrativos e um discente

representante de cada curso de graduação da unidade. As atribuições da CPA, do NAU e

da SAI constam em Regimento interno da CPA (Decisão nº 184/2009). O NAU do IM realiza

anualmente um levantamento de dados e constatação das situações mais problemáticas da

Unidade para fins de planejamento das futuras ações do Instituto.

Sistema de Avaliação do Processo de Ensino e Aprendizagem

O processo de ensino-aprendizagem é avaliado tanto com base na avaliação do professor

e sua atuação docente, como com foco no e a partir do aluno e seu desempenho. No caso

da avaliação docente, é o aluno que, acessando um formulário próprio no Portal do Aluno

do site da UFRGS, atribui conceitos a cada tópico ali referido. As respostas podem ser lidas

pelo professor diretamente interessado para que, com base nelas, continue aprimorando

seu trabalho. Estes resultados também fazem parte do processo de Progressão Funcional,

realizado por cada professor, a cada dois anos.

1.Embora, a avaliação se dê de forma contínua, cumulativa, descritiva e compreensiva, é

possível particularizar esses três momentos no processo, quais sejam: acompanhamento

do percurso cotidiano de estudos do aluno, pelo docente (presença, interesse,

participação...); realização de provas e produção de trabalhos escritos e performáticos,

reais ou virtuais (sites, objetos virtuais, etc), mas sempre entregues presencialmente, que

possibilitem sínteses dos conhecimentos trabalhados; e apresentação de resultados de

estudos e pesquisas realizadas, com performance presencial coletiva, apresentados

durante os Seminários Integradores Presenciais. Somente após a realização e participação

nessas avaliações é que é feita a valoração final do desempenho do aluno, traduzida em

conceito final de cada disciplina.

2.A avaliação dos alunos utilizando os conceitos A – Excelente, B – Bom, C – Regular e D

- Aproveitamento insuficiente. O conceito final C (equivalente a 60% de aproveitamento

acadêmico) é o mínimo exigido para aprovação em qualquer atividade curricular, incluindo

o estágio em sala de aula. Será conferida a titulação de Licenciado em Matemática ao

graduando que: Obtiver aprovação em todas as atividades curriculares; Cumprir o total de

horas previstas para a prática pedagógica; Cumprir todas as atividades transversais

solicitadas pelo curso; Obtiver a frequência mínima exigida nas atividades curriculares, que

é de 75% (setenta e cinco por cento). O professor cursista que não obtiver conceito mínimo

para a aprovação (conceito C) em até duas disciplinas no primeiro semestre e até uma

disciplina no decorrer do curso, realizará atividades de recuperação de conteúdos e

frequência orientados pelo docente responsável pela disciplina. Esta ação será denominada

de Atividades de Pendência (ou apenas Pendência). A Pendência de uma disciplina,

quando necessária, ocorrerá ou no período entre dois semestres, ou durante o último

semestre. Caso o aluno não obtenha conceito mínimo de aprovação nesta nova

oportunidade, será desligado do curso.

Trabalho de Conclusão do Curso

Apresentamos a seguir a resolução que define as normas para a realização do trabalho de

conclusão de curso.

A Comissão de Graduação em Matemática, em sua Reunião n° 02/08,

RESOLVE

estabelecer a seguinte regulamentação sobre os Trabalhos de Conclusão de Curso dos

cursos de Licenciatura em Matemática e Licenciatura em Matemática-Noturna:

Art. 1º - O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é atividade curricular obrigatória do

curso de Licenciatura em Matemática e do curso de Licenciatura em Matemática-Noturna.

Parágrafo único - Estão dispensados da apresentação de TCC os alunos vinculados aos

currículos em extinção – Licenciatura em Matemática (032.00) e Licenciatura em

Matemática-Noturna (033.00).

Art. 2° – O TCC deverá ser uma produção que integre a construção teórica com as

experiências adquiridas ao longo dos estágios de docências e das práticas pedagógicas,

aqui consideradas como atividades vinculadas ao curso, realizadas sob a orientação de um

docente, que envolvam interação com alunos ou com a realidade escolar.

Parágrafo único - O TCC consiste na produção de monografia apresentada oralmente

diante de banca examinadora constituída especificamente para esse fim.

Art. 3° - A orientação do TCC será realizada por professores efetivos da UFRGS,

cadastrados pela Comissão de Graduação de Matemática como candidatos a orientadores,

mediante solicitação.

Parágrafo único - Cada professor cadastrado junto à Comissão de Graduação poderá

orientar no máximo cinco (5) Trabalhos de Conclusão de Curso concomitantemente.

Art. 4° - A realização do TCC deverá ser iniciada até o final da segunda semana da etapa

na qual o aluno pretende concluir o curso, mediante registro junto à Comissão de

Graduação em Matemática, no qual o aluno deverá apresentar:

a) a proposta de TCC, indicando a temática de estudo na qual se situa, justificativa

articulando o objeto de estudo às práticas pedagógicas ou estágios de docência,

abordagem metodológica e cronograma;

b) o aceite do professor orientador.

§ 1° - A temática de estudo deve ser selecionada dentre aquelas constantes do Anexo I

desta Resolução, ou submetida à apreciação da Comissão de Graduação caso não esteja

contemplada nesse Anexo;

§ 2° - Mediante solicitação do aluno, a Comissão de Graduação em Matemática poderá

indicar um professor orientador;

§ 3° - A Comissão de Graduação poderá solicitar a apreciação das propostas a uma

Comissão composta por professores orientadores dos TCCs.

§ 4° - A Comissão de Graduação deverá homologar o projeto ou solicitar alterações no

prazo de quinze dias a partir do registro da proposta.

Art. 5° - O orientador estabelecerá a freqüência e o número de encontros necessários à

orientação, em horários que não colidam com as demais atividades de ensino nas quais o

aluno estiver matriculado.

§ 1° – A ausência nos encontros agendados poderá resultar na aplicação de conceito FF;

§ 2° - O professor orientador deverá preencher, durante a realização do trabalho, ficha de

acompanhamento individual onde deverão constar os encontros realizados e o resumo das

atividades desenvolvidas;

§ 3° - O orientador poderá cancelar o vínculo de orientação caso o aluno não realize as

tarefas necessárias à conclusão do TCC, devendo comunicar as razões do cancelamento à

Comissão de Graduação;

§ 4° - O aluno poderá solicitar a troca de orientador, devendo apresentar à Comissão de

Graduação uma justificativa para essa troca e o aceite do novo orientador.

Art. 6º - A avaliação será realizada em sessão pública de apresentação do TCC, por uma

banca composta por três professores, sendo um o orientador e dois os arguidores, todos

pertencentes ao quadro docente da UFRGS.

§ 1° - Os arguidores e a data da apresentação serão indicados pela Comissão de

Graduação, ouvidos o professor orientador e o autor do TCC;

§ 2° - O conceito final será atribuído pela banca, após reunião de seus membros.

Art. 7° - O trabalho deverá ser entregue à Comissão de Graduação, em quatro vias

impressas e uma digital, com no mínimo 20 (vinte) dias de antecedência da data prevista

para apresentação.

Art. 8° - Casos omissos nesta Resolução serão apreciados pela Comissão de Graduação.

Art. 9° - Esta regulamentação entra em vigor na data de sua homologação pelo Conselho

da Unidade do Instituto de Matemática.

Porto Alegre, 2 de abril de 2008

Elisabete Zardo Búrigo

Coordenadora da COMGRAD-MAT

ANEXO I

Temáticas de Estudo dos Trabalhos de Conclusão de Curso

1. Ensino e aprendizagem de conteúdos específicos de Matemática.

Trata das questões relativas aos conteúdos de matemática, destacando as diferentes

abordagens, a perspectiva histórica, as idéias fundamentais, a transformação do conteúdo

acadêmico em conteúdo escolar e o conhecimento pedagógico específico.

2. Relações entre a prática pedagógica e a pesquisa em Educação Matemática.

Trata das práticas pedagógicas inseridas ou resultantes de projetos de pesquisa,

destacando a revisão bibliográfica dos trabalhos que enfocam o mesmo tema, a

fundamentação teórica da prática, as diferentes formas de coleta de dados e sua análise.

3. Educação Matemática e práticas culturais.

Esta temática analisa sob uma perspectiva política, social e cultural a inter-relação entre

processos pedagógicos da Educação Matemática desenvolvidos em diferentes espaços

educativos e as práticas culturais contemporâneas de crianças, jovens e adultos.

4. Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação Matemática.

Trata das questões relativas à integração das Tecnologias da Informação e Comunicação

na Educação Matemática; tem focos na reorganização dos espaços e tempos escolares, na

reestruturação curricular, nas mudanças do contrato didático e no potencial das tecnologias

da inteligência na construção do conhecimento.

5. Perspectivas educacionais contemporâneas e educação matemática

Estudos de modos de pensar a educação matemática contemporânea em suas relações

com a teorização curricular. Objetiva-se explorar possibilidades de uma ideia de experiência

no campo da educação matemática, focalizando a escrita, a leitura e a subjetividade.

6. Aprofundamento de tópico de Matemática

Aprofundamento de algum tópico de Matemática de interesse do aluno que tenha sido

motivado pela experiência do mesmo nas práticas e estágios.

Estágio Curricular

Em 1993 foi implementado um novo currículo do curso de Licenciatura, superando a

estrutura tradicional “três-um” - três anos dedicados à formação matemática e um ano

dedicado à formação didático-pedagógica. O novo currículo foi proposto tendo como

referência um perfil delineado de professor de Matemática, de modo que “o aluno tivesse

oportunidade de vivenciar situações diretamente relacionadas com” esse perfil e que a

iniciação à docência permeasse todo o curso (PAIUFRGS, 1995). A organização curricular

foi estruturada segundo os critérios:

“- integrar, ao longo dos quatro anos de formação, as disciplinas das áreas pedagógica e

matemática;

“- iniciar o trabalho de formação a partir do nível em que se encontra o aluno, retomando-se

ao longo do primeiro ano conteúdos da escola secundária;

“- distribuir equilibradamente os créditos entre disciplinas de caráter matemático e caráter

pedagógico.” (PAIUFRGS, 1995).

No novo currículo, também foi incorporada a perspectiva da inovação do ensino de

Matemática com recursos da tecnologia, inicialmente através de duas disciplinas e

posteriormente nas práticas pedagógicas desenvolvidas ao longo do curso (Idem, 1995).

Então, dentro da organização curricular, a parte prática e os estágios supervisionados se

dão a todo momento e não apenas ao fim do curso. As disciplinas que compõem esse

quadro são oferecidas pelo Instituto de Matemática, que totalizam 420 horas: Laboratório

de Prática de ensino-aprendizagem em Matemática I, Laboratório de Prática de

ensino-aprendizagem em Matemática II e Laboratório de prática de ensino-aprendizagem

em Matemática III, com 120 horas cada e Educação Matemática e Tecnologia, com 60

horas. E também pela Faculdade de Educação que caracterizam o Estágio Curricular

supervisionado e que totalizam 420 horas: Estágio em Educação Matemática I, com 120

horas; Estágio em Educação Matemática II e Estágio em Educação Matemática III, cada

uma delas com carga horária 150 horas.

A Resolução 04/2004 do CEPE que regulamenta às DIRETRIZES PARA O PLANO

PEDAGÓGICO DAS LICENCIATURAS DA UFRGS , prevê o seguinte:

Art. 5º - Será obrigatória a realização de estágio curricular supervisionado, a partir da

segunda metade do curso.

§1º – O estágio curricular compreende um conjunto de atividades para a atuação do

professor, envolvendo interação com a comunidade escolar, compreensão da organização

e do planejamento escolar e, finalmente, o planejamento, a execução e a avaliação de

atividades docentes de acordo com a legislação vigente.

§2º - O estagio curricular supervisionado terá a duração de 400 (quatrocentas) horas.

Ainda, a Resolução nº 31/2007, que regulamenta estágios de docência dos cursos de

Licenciatura da UFRGS regulamenta que:

Capítulo I

Da caracterização

Art. 1º - Os Estágios de Docência dos Cursos de Licenciatura constituem-se em espaços de

integração entre universidade, escola e comunidade, através do intercâmbio de saberes e

da articulação de ações de ensino, pesquisa e extensão.

Art. 2º - Os Estágios de Docência têm por objetivo a inserção do discente de curso de

Licenciatura na prática docente, constituindo-se em um espaço de formação profissional, no

campo de estágio, e sob a supervisão direta por profissionais dos diferentes espaços

educativos e orientação pelos professores da UFRGS.

Art. 3º - Os Estágios de Docência são atividades de ensino de caráter teórico-prático,

obrigatórias à integralização de qualquer um dos cursos de licenciatura da UFRGS,

conforme projeto pedagógico de cada curso, e compreendem um conjunto de atividades

para a atuação como professor, envolvendo interação com a comunidade escolar; a

compreensão da organização e do planejamento escolar; planejamento, execução e

avaliação de atividades docentes, de acordo com a legislação vigente.

§1º - Os Estágios de Docência não importam em remuneração adicional de qualquer

espécie para os discentes e para os docentes orientadores.

§2º - A realização do Estágio de Docência não acarreta vínculo empregatício de qualquer

natureza para os estagiários, conforme estabelecido na legislação vigente.

Capítulo II

Da organização, das cargas horárias e dos campos de estágio

Art. 4º - Os Estágios de Docência devem ser organizados pelos professores orientadores,

através de plano de ensino e plano de trabalho, os quais devem ser apreciados pelo

conjunto de orientadores de Estágio de Docência da área de conhecimento e pela

respectiva Comissão de Graduação.

§1º - O plano de ensino, anteriormente referido, deve ser elaborado pelo professor

orientador, segundo as normas da Universidade, contemplando as dimensões teóricas e

práticas do Estágio de Docência.

§2º - O plano de trabalho, anteriormente referido, deve atender ao plano de ensino, ser

individual para cada discente estagiário e considerar as especificidades do campo de

estágio.

Art. 5º - O Estágio de Docência, como atividade de ensino na sua dimensão teórica, é

desenvolvido em turmas, sob a responsabilidade de docentes da Universidade, e deve

contemplar, necessariamente, no plano de ensino:

• os processos de articulação teoria-prática nas diferentes atividades de estágio;

• as possibilidades de articulação entre ensino, pesquisa e extensão, através da

elaboração de projetos, produção bibliográfica, produção de relatórios, socialização de

experiências, entre outras;

• os processos de avaliação conjunta (turma e orientador) das atividades a serem

desenvolvidas pelos estagiários.

§1º - A carga horária destinada à dimensão teórica não poderá ultrapassar 40% (quarenta

por cento) do total de horas de atividade de Estágio de Docência a ser desenvolvida pelo

discente no semestre.

§2º - A freqüência mínima exigida ao discente para o desenvolvimento das atividades

correspondentes à dimensão teórica, conforme o Regimento da Universidade, é de 75%

(setenta e cinco por cento).

§3º - A carga horária destinada à dimensão prática do Estágio de Docência, respeitando-se

o que determina o Parágrafo 1º do Art. 5º, deve ser aquela que complete o total de horas

desta atividade do discente no semestre.

§4 º - A freqüência exigida ao discente para o desenvolvimento das atividades na sua

dimensão prática deve ser de 100% (cem por cento). Faltas justificadas ou casos

excepcionais deverão ser avaliados pelo professor orientador para fins de planejamento de

recuperação de carga horária e pela respectiva Comissão de Graduação. Na

impossibilidade de recuperação da carga horária, o estágio será cancelado.

§5º - Visando à qualidade do acompanhamento das atividades individuais por parte dos

orientadores, o número de discentes por turma não pode ser superior a 12 (doze)

discentes, ressalvados os casos excepcionais aprovados pelo Departamento e Comissão

de Graduação envolvidos.

§6º - As atividades teóricas podem ser assumidas em co-responsabilidade com professores

que não fazem parte do conjunto de orientadores dos Estágios de Docência. Devem ser

detalhados, no plano de ensino, o tipo de atividade e a carga horária de cada docente para

esse fim.

Art. 6º - O Estágio de Docência, como atividade de ensino na sua dimensão prática, é

realizado em conformidade com o plano de ensino e organizado pelo orientador, devendo

essa organização servir de parâmetro para a elaboração dos planos de trabalho individuais

de cada discente estagiário.

Art. 7º - O Plano de Trabalho do estagiário deve apresentar, segundo as especificidades de

cada curso, os seguintes elementos:

a) registro e sistematização da realidade da comunidade escolar campo de estágio;

b) atividades de docência compartilhadas com o professor supervisor em exercício no

campo de estágio;

c) atividades de regência em escolas de educação básica ou em outros espaços educativos

sob a supervisão do professor em exercício dessas instituições e sob a orientação do

professor da Universidade;

d) projeto de docência prevendo um módulo didático composto por planejamento, execução

e avaliação do ensino e da aprendizagem;

e) atividades de acompanhamento e participação em diversos aspectos da vida escolar

junto à direção, supervisão e/ou orientação da escola;

f) atividades de ensino, pesquisa ou extensão, em caráter excepcional e complementar,

através da execução de projetos específicos elaborados sob a orientação de professor da

Universidade, em acordo com a instituição campo de estágio, autorizadas pelo

Departamento e pela Comissão de Graduação respectivos e com os registros acadêmicos

cabíveis.

Art. 8º - O campo de estágio para a realização das atividades de docência é composto,

preferencialmente, por escolas da rede pública de ensino, podendo, em situações de

excepcional interesse acadêmico, a critério do conjunto de professores orientadores do

Estágio de Docência da respectiva área de conhecimento, incluir espaços educativos

alternativos.

§1º - Os espaços educativos referidos no caput devem contemplar a existência de vínculo

institucional com a UFRGS, seja através de convênio, contrato, projeto, programa ou de

outras modalidades de cooperação interinstitucional.

§2º - O campo de estágio deverá estar localizado no município de Porto Alegre, somente

admitindo-se a sua realização em outros municípios em situações de excepcional interesse

acadêmico e mediante o referendo do conjunto de professores orientadores de Estágio de

Docência da respectiva área de conhecimento e da respectiva Comissão de Graduação.

Capítulo III

Dos estagiários, orientadores e supervisores de estágio

Art. 9º - São estagiários os discentes regularmente matriculados em turmas de Estágio de

Docência dos diferentes cursos de Licenciatura da UFRGS.

Art. 10 - São atribuições dos estagiários:

a) desenvolver o plano de trabalho proposto;

b) participar das diferentes atividades a serem propostas na instituição campo de estágio;

c) comunicar com a devida antecedência, ao orientador e ao supervisor da equipe da

instituição campo de estágio, as impossibilidades ao desenvolvimento do plano de trabalho

estabelecido;

d) apresentar ao orientador e ao supervisor, ao final do estágio, relatório pormenorizado

das atividades realizadas, incluindo avaliação da orientação e da supervisão recebidas.

Art. 11 - São orientadores dos Estágios de Docência os professores pertencentes ao

quadro efetivo da UFRGS, graduados em curso de Licenciatura na área de conhecimento

do Estágio, ou pós-graduados em curso strictu sensu com área de concentração no âmbito

educacional referente à área de estágio, ou ainda que apresentem significativa produção

intelectual e reconhecida experiência profissional na área da educação e do ensino.

Art. 12 - São atribuições dos professores orientadores:

a) assumir a responsabilidade institucional das atividades do estagiário na instituição

campo de estágio;

b) organizar o plano de ensino da atividade de Estágio de Docência;

c) planejar a dimensão teórica da atividade de Estágio de Docência a ser desenvolvida em

aulas e encontros coletivos ao longo de todo o semestre;

d) orientar e avaliar a organização do plano de trabalho do discente;

e) acompanhar e avaliar a execução do plano de trabalho do discente no campo de estágio,

segundo o cronograma estabelecido e critérios previamente definidos;

f) articular formas de contrapartida de formação continuada de professores nas instituições

campo de estágio, quando lhe for solicitado.

Art. 13 - São supervisores dos Estágios de Docência os professores em exercício, dos

respectivos níveis, modalidades e áreas de conhecimento objeto do estágio, pertencentes

ao quadro docente efetivo do campo de estágio.

Art. 14 - São atribuições dos professores supervisores:

a) assumir a co-responsabilidade na formação profissional dos estagiários, através do

acompanhamento das diferentes atividades a serem realizadas na sua instituição;

b) participar do planejamento, organização e execução das atividades do estagiário, bem

como do processo de avaliação, segundo critérios e prerrogativas definidas no plano de

trabalho;

c) oferecer assessoria através do compartilhamento de saberes relativos à sua atuação

como docente em sua instituição.

Capítulo IV

Das Disposições Transitórias

Art. 15 – As Comissões de Graduação deverão adequar os Estágios de Docência em seus

Cursos de Licenciatura a esta Regulamentação até o período letivo 2009/1.

No currículo do curso de Licenciatura em Ciências Sociais constam dois Estágios

Curriculares Obrigatórios, internamente regulamentados pela Resolução 31/2007 do CEPE.

Esses estágios são compostos por duas disciplinas que perfazem o total de 405 horas,

atendendo a Resolução CNE/CP 2/2002 que prevê:

II – 400 (quatrocentas) horas de estágio curricular supervisionado a partir do início da

segunda etapa do curso

As disciplinas têm a seguinte ementa:

EDU 02 x13 - Estágio em Educação Matemática I: Estudo teórico-analítico das diferentes

práticas e saberes que constituem espaços educativos. Inserção nesses espaços com foco

na problematização dessas práticas e saberes, na organização curricular do trabalho

docente e na realização de ações pedagógicas.

EDU 02 x14 - Estágio em Educação Matemática II:Estudo teórico-analítico das diferentes

práticas que constituem o campo de estágio. Planejamento, operacionalização e avaliação

de diferentes práticas educacionais em espaços educativos, voltados ao Ensino

Fundamental. Desenvolvimento de projeto de ensino, envolvendo realidades educativas e

as práticas propostas na universidade.

EDU 02 x15 - Estágio em Educação Matemática III: Estudo teórico-analítico das diferentes

práticas que constituem o campo de estágio. Planejamento, operacionalização e avaliação

de diferentes práticas educacionais em espaços educativos, voltados ao Ensino Médio.

Desenvolvimento de projeto de ensino, envolvendo realidades educativas e as práticas

propostas na universidade.

Estágios Não-Obrigatórios:

Os estágios não-obrigatórios já são realizados pelos alunos do curso de Licenciatura em

Matemática há um longo tempo – mas recentemente, foi normalizado através da LEI Nº.

11.788, DE 25 DE SETEMBRO DE 2008. E, a partir daí, a Universidade passou a firmar

convênios com Instituições que proporcionam aos nossos alunos o desenvolvimento de

atividades afins com o curso de Ciências Sociais. Afim de regulamentar esses estágios, a

UFRGS possui a Resolução 29/2009 do CEPE:

RESOLUÇÃO Nº 29/2009

O CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO, em sessão de 24/06/2009, tendo

em vista o constante no processo nº 23078.015722/09-72, nos termos do Parecer nº

18/2009 da Comissão de Diretrizes do Ensino, Pesquisa e Extensão e com as emendas

aprovadas em Plenário

RESOLVE

aprovar o REGULAMENTO DO PROGRAMA DE ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO NA

UFRGS:

Art. 1º - A presente Regulamentação fixa as diretrizes e normas básicas para os Estágios

Não Obrigatórios, destinados a estudantes regularmente matriculados na Universidade

Federal do Rio Grande do Sul, no ensino de graduação, doravante denominados

Estagiários.

Art. 2º - O estágio não obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, que deve

ser prevista no projeto pedagógico do curso.

•§1º - O estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além de integrar o itinerário

formativo do estudante.

•§2º - O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e

à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do estudante para a vida

cidadã e para o trabalho.

•§3º - As atividades desenvolvidas pelo Estagiário deverão ter, obrigatoriamente,

correlação com a área de estudos do Curso em que o Estagiário estiver regularmente

matriculado.

•§4º - A carga horária de estágios não obrigatórios realizada pelo estudante poderá ser

registrada em seu currículo na forma de atividades complementares.

Art. 3º - Para a caracterização e definição do estágio de que trata esta Regulamentação, é

obrigatória a existência de um instrumento jurídico, na modalidade de Convênio, entre a

UFRGS e entes públicos e privados, no qual devem estar acordadas todas as condições do

estágio.

Art. 4º - Consideram-se Parte Concedente do Estágio as pessoas jurídicas de direito

privado e os órgãos da administração pública direta, autárquica e fundacional de qualquer

dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como

profissionais liberais de nível superior devidamente registrados em seus respectivos

conselhos de fiscalização profissional.

•§1º - A Parte Concedente do Estágio deverá possuir, em seu quadro de pessoal,

profissional com formação ou experiência profissional na área de conhecimento

desenvolvida no curso do estagiário, que atuará como supervisor do Estagiário durante o

período integral de realização do estágio.

•§2º - A Parte Concedente do Estágio, durante o período de realização do estágio,

comprometer-se-á em segurar o Estagiário contra acidentes pessoais, arcando com todas

as despesas necessárias.

Art. 5º Poderá realizar estágio não obrigatório o estudante que atender os seguintes

requisitos mínimos:

•I – estar regularmente matriculado;

•II - ter integralizado um número de créditos obrigatórios igual ou superior à soma dos

créditos das disciplinas obrigatórias da primeira etapa do curso em que estiver matriculado;

•III – possuir, a partir da segunda matrícula, taxa de integralização (número de créditos

obtidos/número de matrículas no curso) igual ou superior a 50% da Taxa de Integralização

Média (TIM) do respectivo Curso, ressalvado o disposto no §2°.

•IV – não apresentar, no período letivo imediatamente anterior àquele em que houver o

pedido de concessão ou renovação do estágio, reprovação por falta de frequência (FF) em

mais de 25% das atividades de ensino em que esteve matriculado.

•V – ter plano de atividades, com concordância do professor orientador, aprovado pela

COMGRAD.

o§1° – Os créditos de que trata este artigo devem ser, obrigatoriamente, os do curso

efetivo em que o aluno está regularmente matriculado.

o§2° – Poderá ser concedida, uma única vez, ao aluno que possuir taxa de integralização

inferior a 50% da Taxa de Integralização Média do seu curso, autorização para realização

ou renovação de estágio.

Art. 6º - O Termo de Compromisso é o instrumento jurídico que habilitará o estudante ao

estágio, regulando os direitos e os deveres do Estagiário durante a vigência do estágio.

•§1º - O Termo de Compromisso deverá ser assinado pelo representante legal da UFRGS,

pelo representante legal da Parte Concedente e pelo Estagiário.

•§2º - No Termo de Compromisso deverão constar, obrigatoriamente, o plano de atividades

a serem desempenhadas pelo Estagiário, a indicação de um profissional que o

supervisionará durante a realização do estágio e a indicação de um professor orientador,

bem como todas as condições de desenvolvimento do estágio.

Art. 7º - O estagiário receberá bolsa ou outra forma de contraprestação que venha a ser

acordada, sendo compulsória a sua concessão, bem como a do auxílio-transporte.

Art. 8º - A carga horária a ser cumprida pelo Estagiário deverá limitar-se a, no máximo, 30

(trinta) horas semanais e ser compatível com o horário do seu curso.

Art. 9º - O período de estágio será de 6 (seis) meses, podendo ser renovado por, no

máximo, mais três períodos, não podendo ultrapassar o total de 24 (vinte e quatro) meses.

•§1º - A cada renovação de estágio o aluno deverá apresentar relatório de atividades ao

professor orientador, que o encaminhará à COMGRAD.

•§2º - O relatório deverá conter a avaliação do profissional que o supervisionou durante a

realização do estágio.

•§3º - Cada renovação do estágio está condicionada à aprovação do relatório do período

anterior pelo orientador.

Art. 10 - Não será permitido ao aluno acumular estágios, bem como o recebimento de bolsa

e/ou auxílio financeiro de mais de uma fonte pagadora, no País ou no exterior.

Art. 11 - A realização de estágio não acarretará vínculo empregatício de qualquer natureza,

conforme estabelecido na legislação vigente.

Art. 12 – As Comissões de Graduação poderão estabelecer regulamentação complementar

à presente Resolução, através de resolução própria.

•Parágrafo único – Respeitados os requisitos estabelecidos no Art. 5º desta Resolução, a

Comissão de Graduação poderá estabelecer requisitos adicionais.

Art. 13 - Esta regulamentação entra em vigor na data de sua aprovação, exceto o disposto

no inciso IV do artigo 5º, que vigorará somente a partir do semestre letivo seguinte ao da

sua aprovação.

Art. 14 – Revogam-se a Resolução nº 27/2003 do CEPE e demais disposições em

contrário.

Porto Alegre, 24 de junho de 2009.

(o original encontra-se assinado)

CARLOS ALEXANDRE NETTO,

Reitor.

Perfil de Formação

Não há mais de um tipo de perfil formativo no curso.

Ato Autorizativo Anterior ou Ato de Criação

O Curso de Matemática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) foi criado

em 1936, no âmbito da então Faculdade de Filosofia, com duas habilitações: Bacharelado

em Matemática e Licenciatura em Matemática. Foi autorizado a funcionar em 1942, através

do Decreto nº 9.706, e obteve reconhecimento em 1944 através do Decreto nº 17.400

(PAIUFRGS, 1996).

Política de atendimento a Portadores de NecessidadesEspeciais

Política de atendimento a portadores de necessidades especiais

O atendimento aos portadores de necessidades especiais também é uma preocupação

constante da UFRGS, que requereu por parte da Universidade as seguintes ações:

a) Programa de Acessibilidade das Pessoas Portadoras de Deficiência ou Mobilidade

reduzida

Inclui obras como construção de rampas, nivelamento de passeios, sanitários adaptados,

além de estudos para diferentes situações de acesso. Esta iniciativa está sendo

contemplada nos Projetos de Arquitetura para os prédios novos. Os prédios antigos estão

sendo gradualmente reformados para atender tal necessidade.

b) Núcleo de Apoio ao Aluno com Deficiência Visual (NAPNES)

Criado para atender portadores de deficiência visual, atua diretamente com alunos e

professores. Confecciona textos em braille e capacita estagiários e outros profissionais para

o trabalho com esse público. Conta com o apoio da Fundação de Articulação e

Desenvolvimento de Políticas Públicas para Pessoas Portadoras de Deficiência e de Altas

Habilidades no Rio Grande do Sul (FADERS).

c) Setor de Apoio a Alunos com Deficiência Visual (SAADVIS)

Criado em janeiro de 2005, por portaria do Reitor, iniciou um processo inclusivo, ao cumprir

a legislação nacional vigente sobre a educação de pessoas com deficiência visual no

ensino superior, criando as condições necessárias para que esses alunos que já

ingressaram pelos caminhos legais (vestibular) tenham o acesso adequado ao material de

seus cursos. O setor tem como objetivo oferecer o apoio necessário aos alunos de

graduação, pós-graduação e ensino profissionalizante da Universidade.

d) Programa Incluir

Legalmente, o Programa Incluir consiste em um edital de fomento a ações de

acessibilidade aos ambientes e currículos e de inclusão social de pessoas com

necessidades educacionais especiais (PNEEs) nas Universidades Federais.

Segundo o Edital nº 8, de 3 de junho de 2006 é um programa de acesso à universidade

desenvolvido pela SESu e SEESP, que visa a inclusão de pessoas com deficiência no

ensino superior, constituindo-se numa ação afirmativa que por meio de ações inovadoras

de acessibilidade aos ambientes e aos currículos, provoca a transformação cultural e

educacional nas IFES. Além disso, destina-se a apoiar projetos das universidades federais

para a promoção de condições de acessibilidade que visem à eliminação de barreiras

pedagógicas, arquitetônicas e nas comunicações. O recurso financeiro para apoiar um

projeto por instituição corresponderia a uma quantia de até R$ 100.000,00.

Em 2005 o professor Hugo Otto Bayer encaminhou para o Programa Incluir o projeto

intitulado: “Possibilitando o Acesso e Permanência dos Alunos com Deficiências Visuais”.

Naquele ano havia dez alunos da UFGRS com deficiência visual e o programa visava

atender suas demandas, beneficiando alunos em formação, professores e técnicos

envolvidos. As ações eram de:

a)Acessibilidade digital à informação e comunicação: aquisição de software ledor, lupas

eletrônicas, televisão, gravadores, e computadores a fim de promover acesso à material

didático-pedagógico adequado e/ou adaptado, bem como acesso à informação, digitação e

correção de trabalhos acadêmicos, em igualdade de condições;

b)Acessibilidade social através do esporte: oferecer disciplina para capacitação de

docentes no atendimento a pessoas portadoras de necessidades especiais e buscar

recursos em termos de mão-de-obra para construção de rampas e trilhas de concreto,

visando passagem de cadeirantes e circulação de cegos, dentre outras ações relacionadas

à acessibilidade física e;

c)Acessibilidade didático-pedagógica: oferecimento da disciplina Introdução à Educação

Especial, em caráter obrigatório para os alunos do curso de Pedagogia, e instalação de

software ledor de tela na Biblioteca da Faculdade de Educação.

Em 2006 foi encaminhado novamente ao Ministério da Educação um formulário básico do

“Programa Incluir - UFRGS 2006”. A proposta, de abrangência institucional, preconizava:

Organizar estratégias de apoio aos alunos que ingressem na UFRGS e que apresentem

uma das seguintes situações pessoais: surdez ou deficiência auditiva, paralisia cerebral ou

deficiência física. Em um período que muito se acentua a inclusão educacional e social, da

pré-escola ao ensino superior, é importante que uma Universidade da estatura da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul disponha de recurso para garantir o efetivo

acesso e permanência dos alunos com necessidade especiais em seu quadro discente.

Assim, propõe-se a capacitar funcionários da Universidade no uso e habilitação para

interpretar a fala dos docentes para a Língua de Sinais, no caso dos alunos surdos, e

adquirir instrumentos que sejam necessários para facilitar a aprendizagem e locomoção de

alunos com paralisia cerebral e deficiência física nos espaços da Universidade e em sala de

aula. (PROGRAMA, 2006)

Nele constavam, dentre outras informações, as entidades parceiras e suas atuações:

-Escola superior de Educação Física da UFRGS: execução de projetos de extensão

universitária, atendendo portadores de necessidades especiais nas diversas formas.

-Faculdade de Educação da UFRGS: assessoramento didático-pedagógico às atividades

do projeto e a coordenação do mesmo.

-Núcleo de Pesquisa e Apoio a Pessoas Portadoras de Necessidades Educacionais

Especiais da UFRGS: inclusão social das pessoas com necessidades educacionais

especiais (PNEEs) através da educação, tecnologia e profissionalização.

-Setor de Apoio aos Alunos com Deficiência Visual: criar condições necessárias para que

os alunos da UFRGS, com deficiência visual tenham acesso adequado aos materiais de

seus cursos.

-Fundação de Atendimento ao Deficiente e ao Superdotado do Rio Grande do Sul:

articulação das políticas públicas para pessoas com deficiência e com altas habilidades.

-Associação de Cegos do Rio Grande do Sul: assessoramento às pessoas portadoras de

deficiência visual, no RS.

Em função de situações decorrentes do falecimento do professor Hugo, o projeto só teve

sua implementação iniciada em 2008, tempo em que foram instalados equipamentos em

cinco pontos: Biblioteca Setorial da Faculdade de Educação, Escola Superior de Educação

Física, Escola Técnica, Faculdade de Letras e Biblioteca Setorial das Ciências Humanas.

Também todos os laboratórios de informática desta Universidade foram equipados com

software Ledor de Tela para uso dos alunos.

No segundo semestre, do mesmo ano, houve seleção de cinco bolsistas e criação de um

serviço de intérpretes para os alunos nas suas respectivas salas de aula. Além disso, foram

atendidos, paralelamente, ações da comunidade dos surdos, com intérpretes em sala de

aula e a Graduação Letras/Libras na modalidade EAD, em convênio com a Universidade

Federal de Santa Catarina (UFSC), ministrando-se também aulas presenciais. Nesse

mesmo período, foi estabelecida uma parceria com a FADERS, para formação e

capacitação em braille de um bolsista por ponto e doze funcionários.

No primeiro semestre de 2009 foram realizados cursos de capacitação em Libras Básico e

Avançado, via PROGESP, para 25 técnicos administrativos.

e) LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais

Em consonância com a política nacional de inclusão e com a legislação emanada da

Secretaria Especial dos Direitos Humanos e do Ministério de Educação, a Universidade

oferece os recursos assistivos requeridos aos estudantes portadores de deficiência

auditiva. Tanto para as atividades de graduação como de pós-graduação, são

disponibilizados intérpretes da Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS - sobretudo na

Faculdade de Educação. Um grupo de pesquisa estabelecido e reconhecido no tema vem

auxiliando na implantação das ações definidas.

Na Faculdade de Educação, o ensino de Libras é oferecido para os alunos das

licenciaturas, a fim de capacitá-los para o trabalho com portadores de deficiência auditiva.

Por meio dos professores vinculados a essa atividade, a Universidade tem participado de

iniciativas nacionais que visam à formação de intérpretes. Os técnicos-administrativos da

Universidade também têm oportunidade de se capacitarem em Libras, conforme referido no

item anterior.

Docentes do Curso

Periodo Letivo Referência: 2016/1 - Número semestres: 3

ADRIANA NEUMANN DE OLIVEIRAALAN ALVES BRITOALEXANDRE TAVARES BARAVIERAALVERI ALVES SANT ANAALVINO ALVES SANT ANAANA LEONOR CHIES SANTIAGO SANTOSANA LUIZA DOS SANTOS JULIOANA LUIZA PAGANELLI CALDASANDRÉIA DALCINANELISE GREGIS ESTIVALETANNAMARIA PIFFERO RANGELANTONIO PAQUESBARBARA SEELIG POGORELSKY

BASILIO XAVIER SANTIAGOBianca Ribeiro PontinBruna Fagundes Antunes AlbertonCAMILLA DA SILVA POLETOCARLA KARNOPPI VASQUESCARLOS FELIPE LARDIZABAL RODRIGUESCARLOS HOPPENCAROLINA HESSEL SILVEIRACHARLES JOSE BONATOCLÁUDIA RODRIGUES DE FREITASClaudio Henrique Nunes MourãoCLAUDIO ROBERTO BAPTISTACLAUS IVO DOERINGCONCEIÇÃO PALUDOCREDINÉ SILVA DE MENEZESCYDARA CAVEDON RIPOLLCYNTHIA FEIJO SEGATTODAGOBERTO ADRIANO RIZZOTTO JUSTODANIELA BORGES PAVANIDANILO MARCONDES FILHODEBORA DA SILVA SOARESDiego Marcon FariasDÓRIS BITTENCOURT ALMEIDADORIS MARIA LUZZARDI FISSDouglas Machado dos SantosEduardo de Oliveira HortaEDUARDO HENRIQUE DE MATTOS BRIETZKEEDUARDO LUIZ DAMIANI BICAELISABETE ZARDO BURIGOEMILIANA FARIA ROSAERIKA VANESSA DE LIMA SILVAFERNANDA WANDERERFERNANDO AUGUSTO BOEIRA SABINO DA SILVAFERNANDO HEPP PULGATIFLAVIA MALTA BRANCOFLAVIO AUGUSTO ZIEGELMANNFRANCISCO EGGER MOELLWALDFRANCISCO WAGNER DE MOURAGABRIELA MARIA BARBOSA BRABOGLAUCIA HELENA MOTTA GROHSGuilherme PumiHUDSON DA SILVA TORRENTINGRID DOMINGOS PELISOLIIRANEIDE SOCORRO DOS SANTOS AZEVEDOIRENE MARIA FONSECA STRAUCHJACQUES AVELINE LOUREIRO DA SILVAJAIME BRUCK RIPOLLJAIME JOSE ZITKOSKIJAIRO KRÁS MENGUE

JANAINA PIRES ZINGANOJAQUELINE MOLLJOANA MOHRJOAO BATISTA DA PAZ CARVALHOJOAO BATISTA MARIMON DA CUNHAJOAO HENRIQUE FERREIRA FLORESJORGE ALBERTO ROSA RIBEIROJOSE AFONSO BARRIONUEVOJOSE EDUARDO DA SILVEIRA COSTAJULIANA DE OLIVEIRA POKORSKIKEPLER DE SOUZA OLIVEIRA FILHOLeandra Anversa FiorezeLEANDRO FARINALEONARDO PRANGE BONORINOLIANA BEATRIZ COSTI NACULLIANE WERNERLILIANE BASSO BARICHELLOLILIANE FERRARI GIORDANILISETE REGINA BAMPILISIANE PRISCILA ROLDAO SELAULORI VIALILUCAS DA SILVA OLIVEIRALUCAS HENRIQUE BACKESLUCIA HELENA MARQUES CARRASCOLUCIANE UBERTILUCIANO BEDIN DA COSTALUISA RODRIGUEZ DOERINGLUIZ CARLOS BOMBASSAROLUIZ EMILIO ALLEMMAGALI MENDES DE MENEZESMANUELA LONGONI DE CASTROMARCIA RODRIGUES NOTARE MENEGHETTIMARCO ANTONIO GIACOMELLIMARCUS VINICIUS DE AZEVEDO BASSOMARIA ALICE GRAVINAMARIA APARECIDA BERGAMASCHIMARIA CRISTINA BORTOLINIMARIA GORETI FARIAS MACHADOMARIA LUIZA RHEINGANTZ BECKERMARIA LUIZA RODRIGUES FLORESMARIA PAULA GONCALVES FACHINMARIANGELA SILVEIRA BAIRROSMARILAINE DE FRAGA SANT ANAMARILENE DIAS BANDEIRAMATHEUS CORREIA DOS SANTOSMAURICIO ROSAMIRIAM TELICHEVESKYNALU FARENZENANATÁLIA DE LACERDA GIL

NELSON GOETTERTPAOLO GIULIETTIPATRICIA KRUSE KLASERPATRÍCIA SOUZA MARCHANDPAULO FRANCISCO SLOMPPAULO MACHADO MORSPAULO RICARDO DE AVILA ZINGANOPEDRO HENRIQUE DE ALMEIDA KONZENRAFAEL ARENHALDTRAFAEL RIGAO SOUZARAUL CARLOS FADANELLI FILHORODRIGO LAGES E SILVAROGÉRIO RIFFELROSANA APARECIDA FERNANDESROSELI MARIA OLABARRIAGA CABISTANIRUDNEI DIAS DA CUNHASAMUEL EDMUNDO LOPEZ BELLOSAMUEL VOLKWEIS LEITESANDRA MARA CORAZZASimone Bicca CharczukSIMONE VALDETE DOS SANTOSSONIA MARA MOREIRA OGIBASUSANA FROMETA FERNANDEZThais Guma PagelTHAISA STORCHI BERGMANNVALERIA DA CRUZ VIANA LABREAVANESSA BIELEFELDT LEOTTI TORMANVERA MARIA VIDAL PERONIVILMAR TREVISANVILSON VILLAVINÍCIUS FERNANDES MORETTIVinícius Serafini RoglioVIRGINIA MARIA RODRIGUESWAGNER DE OLIVEIRA CORTESWILI ALBERTO BRANCKS DAL ZOT

Grade Curricular

Currículo: LICENCIATURA EM MATEMÁTICACréditos Obrigatórios: 172Créditos Eletivos: 4Créditos Complementares: 14Período Letivo: 2014/1

Etapa 1

Código Disciplina Carga Horária Crédito Caráter

COMPUTADOR NA MATEMÁTICA ELEMENTAR IMAT01343 60 4 Obrigatória

FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA I - AMAT01061 60 4 Obrigatória

GEOMETRIA I - MATMAT01341 60 4 Obrigatória

HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO: HIST. DA ESCOLARIZAÇÃO BRAS. E PROC

PEDAGÓGICOSEDU01004 30 2 Obrigatória

ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA BÁSICAEDU03024 30 2 Obrigatória

PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO I - AEDU01011 30 2 Obrigatória

Etapa 2

Código Disciplina Carga Horária Crédito Caráter

FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO IEDU01010 30 2 Obrigatória

FUNDAMENTOS DE ARITMÉTICAMAT01063 60 4 Obrigatória

FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA II - AMAT01062 60 4 Obrigatória

GEOMETRIA II - MATMAT01345 60 4 Obrigatória

PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO IIEDU01012 30 2 Obrigatória

VETORES E GEOMETRIA ANALÍTICAMAT01191 60 4 Obrigatória

Etapa 3

Código Disciplina Carga Horária Crédito Caráter

ÁLGEBRA IMAT01064 60 4 Obrigatória

ÁLGEBRA LINEAR I - AMAT01355 60 4 Obrigatória

CÁLCULO - AMAT01199 60 4 Obrigatória

LABORATÓRIO DE PRÁTICA DE ENSINO-APRENDIZAGEM EM MATEMÁTICA

IMAT01070 120 8 Obrigatória

TENDÊNCIAS EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICAEDU02032 30 2 Obrigatória

Etapa 4

Código Disciplina Carga Horária Crédito Caráter

CÁLCULO - BMAT01204 60 4 Obrigatória

COMBINATÓRIA IMAT01066 60 4 Obrigatória

EDUCAÇÃO CONTEMPORÂNEA: CURRÍCULO, DIDÁTICA, PLANEJAMENTOEDU02084 60 4 Obrigatória

FÍSICA GERAL IFIS01141 90 6 Obrigatória

LABORATÓRIO DE PRÁTICA DE ENSINO-APRENDIZAGEM EM MATEMÁTICA

IIMAT01071 120 8 Obrigatória

Etapa 5

Código Disciplina Carga Horária Crédito Caráter

ÁLGEBRA IIMAT01065 60 4 Obrigatória

ESTÁGIO EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA IEDU02X13 120 8 Obrigatória

FÍSICA GERAL IIFIS01142 90 6 Obrigatória

LABORATÓRIO DE PRÁTICA DE ENSINO-APRENDIZAGEM EM MATEMÁTICA

IIIMAT01072 120 8 Obrigatória

Etapa 6

Código Disciplina Carga Horária Crédito Caráter

APLICAÇÕES DA MATEMÁTICA - AMAT01073 60 4 Obrigatória

COMBINATÓRIA IIMAT01067 60 4 Obrigatória

EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E TECNOLOGIAMAT01074 60 4 Obrigatória

INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA E NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAISEDU01013 30 2 Obrigatória

LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS (LIBRAS)EDU03071 30 2 Obrigatória

PROBABILIDADE E ESTATÍSTICAMAT02219 60 4 Obrigatória

Etapa 7

Código Disciplina Carga Horária Crédito Caráter

ANÁLISE REAL IMAT01068 60 4 Obrigatória

ESTÁGIO EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA IIEDU02X14 150 10 Obrigatória

HISTÓRIA DA MATEMÁTICAMAT01351 60 4 Obrigatória

PESQUISA EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICAMAT01048 60 4 Obrigatória

Etapa 8

Código Disciplina Carga Horária Crédito Caráter

ANÁLISE REAL IIMAT01069 60 4 Obrigatória

ESTÁGIO EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA IIIEDU02X15 150 10 Obrigatória

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - MAT 60 0 Obrigatória

GRUPO [ 1 ] DE ALTERNATIVAS - [ 4 ] CRÉDITOS EXIGIDOS

ÁLGEBRA III - AMAT01077 60 4 Alternativa

ÁLGEBRA LINEAR IIMAT01156 60 4 Alternativa

CÁLCULO NUMÉRICO AMAT01032 60 4 Alternativa

MATEMÁTICA FINANCEIRA - AMAT01031 60 4 Alternativa

Eletiva/Facultativa

Código Disciplina Carga Horária Crédito Caráter

CÁLCULO - CMAT01205 60 4 Eletiva

EXPLORANDO O UNIVERSO: DOS QUARKS AOS QUASARESFIS02009 30 2 Eletiva

HISTÓRIA DA ESTATÍSTICA E ESTATÍSTICA DOCUMENTÁRIAMAT02006 60 4 Eletiva

INTRODUÇÃO A SOFTWARES ESTATÍSTICOSMAT02015 60 4 Eletiva

MÉTODOS DESCRITIVOSMAT02007 60 4 Eletiva

POVOS INDÍGENAS, EDUCAÇÃO E ESCOLAEDU01057 30 2 Eletiva

PROJETOS DE APRENDIZAGEM EM AMBIENTES DIGITAISEDU01016 30 2 Eletiva

SOFTWARE LIVRE NA EDUCAÇÃOEDU01027 30 2 Eletiva