Enfoque Cultura Desenvolvimento Econômico Desenvolvimento Mercadológico Desenvolvimento Social.
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Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem CURSO DE EDUCAÇÃO SOCIAL
Ano Lectivo 2014/2015
FICHA DA UNIDADE CURRICULAR "on n'enseigne pas ce que l'on sait, on enseigne ce que l'on est.
Il s'agit aussi de ce que l'on peut devenir." Hannoun, G., Leon, H., Toraille, R.
- La formation des maitres", Editions ESF, Paris, 1974
Informação geral
BOAS VINDAS! Enquanto docente responsável pela unidade curricular (UC) de Psicologia do
Desenvolvimento e Aprendizagem gostaria de lhe dar as boas-vindas a esta UC,
esperando que a frequência da mesma resulte numa experiência enriquecedora e útil
tanto do ponto de vista pessoal como profissional.
RESUMO DESCRITIVO A UC de Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem integra-se na área científica da
Psicologia, tem tipologia Semestral e comporta um total de 105 horas de trabalho,
conferindo 5 créditos ECTS1.
Os conteúdos, no essencial, abordam de forma articulada os processos do
desenvolvimento e da aprendizagem, enquanto processos complementares e
estruturantes da pessoa humana, tanto em termos individuais como sociais e
comunitários.
EQUIPA PEDAGÓGICA José Farinha,
Professor Adjunto,
Gabinete 24B
Contactos:
ESEC 289 800 100 Ext. 2761
Residência 289 826 480
Telemóvel 966 040 480
E-Mail [email protected]
WebSite http://w3.ualg.pt/~jfarinha
1 European Credit Transfer System.
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Apresentação da Unidade Curricular
FUNDAMENTAÇÃO CONCEPTUAL Esta UC parte da noção que estudar o processo de desenvolvimento e o processo de
aprendizagem em conjunto no âmbito da mesma UC significa assumir o aspecto comum
a estes dois processos que é a mudança. Mudança ao nível cognitivo e pessoal
(psicossocial e moral). Tanto o desenvolvimento como a aprendizagem deverão, assim,
ser encarados como um processo "aberto", isto é, como um processo eminentemente
adaptativo, autónomo, reflexivo e complexo.
Os alunos a quem o presente programa se dirige serão no futuro profissionais cuja
actividade está em estreito contacto com o desenvolvimento e aprendizagem humana
podendo mesmo influenciá-los num sentido positivo ou negativo. A sua posição é uma
posição de responsabilidade que procuramos complementar com a necessária
autoridade dos conhecimentos específicos adquiridos. Esses conhecimentos deverão, por
isso, ser essencialmente caracterizados pela operacionalidade e utilidade, geradores de
um saber fazer perfeitamente adequado às necessidades dos destinatários da sua acção.
A formação dos futuros educadores sociais, deverá, assim, mais do que fornecer-lhes
conhecimentos limitados e lineares, proporcionar-lhes condições que lhes permitam
construírem os seus próprios conhecimentos científicos e pedagógicos, que lhes
permitam vir a ser profissionais competentes e a desenvolverem-se e aprenderem eles
próprios como pessoas capazes de gerir a sua investigação formativa.
A presente proposta pedagógica parte assim de uma filosofia de base que partindo dos
considerandos atrás explanados pode ser definida a partir dos seguintes pontos:
É dada uma ênfase especial aos aspectos teóricos, adoptando-se uma posição
eclética, apesar de, por uma questão de clareza e simplicidade, se optar por este ou
aquele modelo teórico na abordagem de áreas específicas de desenvolvimento.
Esta opção parece a mais adequada tendo em conta que esta unidade curricular é
oferecida a alunos que não vão ser psicólogos, mas sim técnicos de educação
social, que vão usar os conhecimentos essencialmente como recurso na sua
actividade de educadores sociais.
O desenvolvimento humano é um processo global. Se bem que, por razões de
carácter prático, nos possamos dedicar a aspectos particulares tais como o
desenvolvimento físico, cognitivo, emocional, etc., o ser humano em si desenvolve-
se de uma forma global verificando-se inter-relações entre os factores biológicos,
cognitivos, sociais e ecológicos.
Os conhecimentos adquiridos nesta UC deverão, acima de tudo, constituir-se como
recurso educativo. Os conhecimentos adquiridos são algo para ser usado mais do
que acumulado. Consideramos igualmente que, para além disso, a formação na
ESEC deverá ser um estímulo para a auto-formação futura, mais do que, à partida,
definir e ministrar os conhecimentos de que os alunos necessitarão na sua
actividade profissional. A relação com os professores, conteúdos e materiais deverá
motivá-los e capacitá-los a buscar no futuro aquilo de que eventualmente
precisarem.
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FILOSOFIA PEDAGÓGICA A filosofia pedagógica subjacente à presente UC implica que, na medida do possível, as
aulas se organizem de forma as que os alunos participem activamente no processo de
ensino/aprendizagem.
Assim, gostaríamos de o(a) encorajar a interagir formal ou informalmente com o docente
e com os colegas. A iniciativa dos estudantes é sempre apreciada, de forma que
gostaríamos muito que nos desse, sempre que achar oportuno, a sua opinião sobre a
forma como está a decorrer o processo pedagógico, indicando os aspectos que estão a
ser mais conseguidos ou aqueles que, eventualmente, podem ser melhorados.
REQUISITOS E CONDIÇÕES DE SUCESSO NA UC Considerando que a capacidade de reflexão e raciocínio é intimamente solidária da
capacidade de expressão verbal, uma condição geral de sucesso nesta UC está
relacionada com as capacidades de expressão oral e escrita dos alunos.
A capacidade de expressão deverá, por isso, ser um aspecto a que os alunos devem
prestar o máximo de atenção, tanto do ponto de vista do conteúdo (usando formas de
expressão adequadas a uma abordagem técnico-científica dos processos) como do ponto
de vista formal, através da correcção sintáctica e ortográfica2.
A equipa pedagógica fará tudo o que estiver ao seu alcance para criar condições de
sucesso para todos os alunos. Contudo o sucesso individual depende, em último lugar, do
esforço efectivo de cada aluno em particular.
Este esforço deverá assentar em 4 aspectos essenciais:
Uma reflexão regular sobre os temas apresentados nas aula teóricas. Seria óptimo
que cada aluno, antes de cada aula teórico-prática, tivesse realizado algum tipo de
estudo e reflexão sobre os temas abordados na aula teórica anterior.
Uma escrita gramaticalmente correcta, sem erros de ortografia3 logicamente
estruturada, precisa, concisa, clara e original.
Participação nas aulas práticas revelando:
o leitura atenta e atempada dos materiais pedagógicos;
o capacidade para distinguir entre factos e opiniões;
o consideração pela contribuição dos colegas;
o disponibilidade para explorar novas ideias.
Frequência regular tanto das aulas teóricas como das aulas teórico-práticas.
2 Aprender a escrever e falar de forma correcta e expressiva tem ainda um benefício pragmático
importante no sentido em que tornam os alunos melhores comunicadores e consequentemente
candidatos preferenciais aos postos de trabalho que forem abertos nesta área.
3 Os alunos são livres de adoptar ou não as regras do Novo Acordo Ortográfico.
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Conhecimentos, aptidões e competências a desenvolver
pelos estudantes
CONHECIMENTOS A DESENVOLVER Para além de alguns conhecimentos básicos sobre o objecto e método da Psicologia
contemporânea, os alunos deverão utilizar a informação adquirida para construir um
conhecimento mais aprofundado na área do desenvolvimento psicológico e
aprendizagem humana.
Os alunos deverão também conhecer as caraterísticas distintivas do desenvolvimento e
aprendizagem enquanto processos de mudança do individual. No que respeita ao
desenvolvimento psicológico os alunos, mais do que uma chegar a uma noção geral dos
vários modelos e linhas teóricas que estudam o desenvolvimento psicológico humano, os
alunos deverão conhecer com algum detalhe autores e modelos teóricos que estudaram
o desenvolvimento cognitivo (Epistemologia Genética de Jean Piaget) e o
desenvolvimento social (Teoria do Desenvolvimento Psicossocial de Erik Erikson e Teoria
do Desenvolvimento Moral de Lawrence Kholberg). Na psicologia da aprendizagem os
alunos começam por adquirir algumas noções gerais sobre aprendizagem humana
através da abordagem das duas perspectivas básicas nesta área — comportamentalista e
cognitivista para em seguida abordarem mais em pormenor vários tipos (conteúdos) de
aprendizagem. Para terminar os alunos são levados a adquirir informação que lhes
permita construir algum conhecimento do processo de transferência de aprendizagem e
as respectivas implicações no processo educativo.
APTIDÕES A DESENVOLVER A UC assenta na noção de que, apesar de um educador social utilizar instrumentos,
técnicas e competências específicas, o seu objeco de trabalho é a pessoa concreta,
jogando-se muita da sua competência no campo da relação interpessoal. Os conteúdos
da psicologia do desenvolvimento e aprendizagem deverão assim ser usados para a os
alunos desenvolverem as suas aptidões a nível da relação humana situada e
contextualizada. Pretende-se que o futuro educador social saiba observar, analisar e
intervir de forma correcta e eficaz na relação com as pessoas com quem entre em
interacção no âmbito da sua actividade profissional num quadro de respeito pela
diferença e diversidade pessoal, cultural, religiosa e ideológica. Esta unidade curricular
assume assim uma importância fundamental na prossecução do objetivo fundamental de
humanização dos sistemas de intervenção e educação social e comunitária.
COMPETÊNCIAS A DESENVOLVER
Instrumentais:
1. Conhecimento fundamental sobre os autores, modelos teóricos, conceitos, factores
e processos mais significativos no domínio da psicologia do desenvolvimento e da
aprendizagem;
2. Competências específicas ao nível do saber, saber ser e saber fazer especialmente
no que diz respeito ao desenvolvimento e aprendizagem humana;
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3. Capacidade para construir uma perspectiva científica e tecnicamente informada da
educação social, claramente distinta de uma perspectiva de senso comum mais
propensa a uma perspectiva simplista e redutora;
4. Reconhecimento da importância do educador social como factor determinante do
desenvolvimento e aprendizagem humanas, tanto ao nível individual como grupal.
Interpessoais:
1. Capacidade para se integrar em equipas multidisciplinares e sobretudo aplicar
estratégias facilitadoras de uma prática adequada aos diferentes contextos sociais;
2. Capacidade de comunicação adequada ao contexto profissional, assim como para
aceitar e valorizar a diversidade cultural;
3. Capacidade para criar, desenvolver e manter relações interpessoais fundadas numa
postura de segurança, confiança e responsabilidade tanto com clientes dos seus
serviços como com colegas;
4. Capacidade para se assumir como elemento facilitador das relações interpessoais
numa perspectiva de educação global.
Sistémicas:
1. Reconhecimento do carácter provisório do conhecimento científico assim como da
necessidade de uma atitude constantemente interrogadora do real;
2. Aquisição de capacidades de investigação formal e informal assim como de acesso
a fontes diversas;
3. Aquisição de capacidades de leitura da literatura especializada de forma a
aumentarem o seu grau de autonomia em termos de auto-formação;
4. Consciência relativamente à necessidade de uma formação contínua, autónoma ou
institucionalmente orientada, ao longo de toda a sua carreira profissional.
Conteúdos programáticos
NOTA PRÉVIA Convidamos os alunos a abordarem os conteúdos programáticos criticamente, a
desmontá-los tanto quanto possível, a confrontar cada afirmação factual com a sua
própria experiência, e cada interpretação com as interpretações alternativas de outros
autores, referidos ou não, ou na bibliografia que o acompanha.
NÚCLEOS TEMÁTICOS:
PERSPECTIVA GERAL DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA
DEFINIÇÃO DE PSICOLOGIA
A PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA
DESENVOLVIMENTO PSICOLÓGICO HUMANO
ASPECTOS GERAIS
o DEFINIÇÃO GERAL DE DESENVOLVIMENTO PSICOLÓGICO
o FACTORES DE DESENVOLVIMENTO
o FACTORES LIGADOS AO SUJEITO, INTERNOS OU ENDÓGENOS
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o FACTORES LIGADOS AO MEIO, EXTERNOS OU EXÓGENOS
o A CONTROVÉRSIA NATUREZA VERSUS CULTURA
CONTINUIDADES E DESCONTINUIDADES NO DESENVOLVIMENTO PSICOLÓGICO
o NATUREZA DO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO PSICOLÓGICO
o ESTÁDIOS DE DESENVOLVIMENTO
A EPISTEMOLOGIA GENÉTICA DE JEAN PIAGET
o NOTAS BIOGRÁFICAS
o PRESSUPOSTOS BÁSICOS
o CONCEITOS BÁSICOS
Coordenação
Esquema
Adaptação: assimilação e acomodação
o DESENVOLVIMENTO DA INTELIGÊNCIA
Período da Inteligência Sensório-motora O Período da Inteligência Pré-operatória O Período das Operações Concretas O Período das Operações Formais
o INTERESSE E IMPORTÂNCIA DAS IDEIAS DE PIAGET PARA A PRÁTICA EDUCATIVA
TEORIA DE DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL DE ERIK ERIKSON
o NOTAS BIOGRÁFICAS
o ASPECTOS TEÓRICOS
o PROPOSIÇÕES BÁSICAS
o ESTÁDIOS DO DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL
Estádio I: Meninice Estádio II: Primeira infância Estádio III: Idade lúdica Estádio IV: Idade escolar Estádio V: Adolescência Estádio VI: Juventude Adulta Estádio VII: Idade adulta Estádio VIII: Velhice
TEORIA DO DESENVOLVIMENTO MORAL DE LAWRENCE KOHLBERG
o ASPECTOS GERAIS
Nível I: Moralidade Pré-convencional
Nível II – Moralidade Convencional Nível III – Moralidade Pós-convencional
PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM HUMANA
INTRODUÇÃO
DEFINIÇÃO GERAL DE APRENDIZAGEM
APRENDIZAGEM NUMA PERSPECTIVA COMPORTAMENTALISTA
o CONDICIONAMENTO CLÁSSICO
Autores relevantes Contextualização
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Noções e conceitos básicos Relevância para o ensino/aprendizagem
o CONDICIONAMENTO OPERANTE
Autores relevantes Contextualização Noções e conceitos básicos Relevância para o ensino/aprendizagem
o TEORIA DA APRENDIZAGEM SOCIAL
Autores relevantes Contextualização Noções e conceitos básicos Relevância para o processo de ensino/aprendizagem
APRENDIZAGEM NA PERSPECTIVA COGNITIVISTA
o TEORIA DA APRENDIZAGEM DO CAMPO COGNITIVO
Autores relevantes Contextualização Noções e conceitos básicos Relevância para o processo de ensino/aprendizagem
o OS MODELOS DE BRUNER E AUSUBEL
Autores relevantes Contextualização Noções e conceitos básicos Relevância para o ensino/aprendizagem
TIPOS E CONDIÇÕES DE APRENDIZAGEM
INFORMAÇÃO VERBAL
COMPETÊNCIAS INTELECTUAIS
ESTRATÉGIAS COGNITIVAS
COMPETÊNCIAS MOTORAS
ATITUDES
APRENDIZAGEM E TRANSFERÊNCIA
NOÇÃO DE TRANSFERÊNCIA DE APRENDIZAGEM
DEFINIÇÃO DE TRANSFERÊNCIA DE APRENDIZAGEM
TIPOS DE TRANSFERÊNCIA DE APRENDIZAGEM
o TRANSFERÊNCIA POSITIVA VERSUS TRANSFERÊNCIA NEGATIVA
o TRANSFERÊNCIA GERAL VERSUS TRANSFERÊNCIA ESPECÍFICA
o TRANSFERÊNCIA SIMPLES VERSUS TRANSFERÊNCIA COMPLEXA
o TRANSFERÊNCIA PRÓXIMA VERSUS TRANSFERÊNCIA AFASTADA
o TRANSFERÊNCIA AUTOMÁTICA VERSUS TRANSFERÊNCIA CONSCIENTE
IMPLICAÇÕES DA TRANSFERÊNCIA DE APRENDIZAGEM NO PROCESSO DE ENSINO/APRENDIZAGEM
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Demonstração da coerência dos conteúdos programáticos
com os objectivos da unidade curricular
Os objectivos da unidade curricular centram-se em dois planos fundamentais — um plano
do saber em que propõe o estudo do desenvolvimento psicológico do adulto e do
processo de aprendizagem humana e um plano do saber fazer que implica a
transferência das aprendizagens para o campo da acção concreta da educação social. Os
conteúdos programáticos propostas pretendem dar resposta a ambos os planos.
No primeiro plano é proposta uma abordagem compreensiva das áreas de
desenvolvimento que parecem mais relevantes tendo em conta os objectivos atrás
enunciados. Esta abrangência de conteúdos e áreas de desenvolvimento assume um
carácter essencial nesta no período infantil do desenvolvimento humano em que os
equilíbrios entre as várias áreas são um factor crítico de sucesso. Com efeito,
tradicionalmente considerava-se que o sucesso pessoal e profissional dependia
essencialmente de factores cognitivos, entre eles a inteligência, mas mais recentemente
o aparecimento de conceitos como o de inteligência emocional mostram o papel
relevante dos factores emocionais e afetivos. Por isso é fundamental que os futuros
educadores sociais tenham informação relevante em várias áreas de desenvolvimento,
pois o ser humano é uma unidade psicológica e o objectivo deverá ser chegar a um
equilíbrio entre as várias áreas do seu desenvolvimento.
No segundo plano, do saber fazer, é colocada da questão do conhecimento, isto é, da
transferência ou aplicação, da informação para os contextos concretos de acção em
educação social. Ora, como se sabe, os contextos educativos são extremamente
complexos pois colocam de forma contínua problemas novos e diversificados o que
implica que os conhecimentos e competências adquiridas se assumam como recurso
educativo mais do que como receitas a aplicar. Assim, para que a acção educativa possa
assentar numa prática informada e fundamentada a partir de sólidas bases técnicas e
científicas os futuros educadores sociais terão de utilizar os conhecimentos adquiridos
para saberem o que fazer em cada circunstância concreta. Para que isto seja possível os
alunos, para além da aquisição de dados relevantes, deverão compreender as lógicas e
padrões de raciocínio que lhes estão subjacentes o que implica conhecer os modelos e
perspectivas teóricas mais importantes tanto em psicologia do desenvolvimento como em
psicologia da aprendizagem. Para isso, os conteúdos programáticos propõem uma
abordagem que tende a privilegiar a clareza e unidade mais do que a abrangência e
diversidade de modelos e perspectivas teóricas que caracterizam o estudo científico do
desenvolvimento e da aprendizagem. Quer dizer, mais do que pretender que os alunos
adquiram um conhecimento geral e necessariamente superficial de uma multiplicidade
de teorias, o objectivo assumido é que os alunos tenham oportunidade de construir um
conhecimento aprofundado das teorias mais relevantes e bem estabelecidas em cada
uma das áreas do desenvolvimento, como são a epistemologia genética de Jean Piaget
no que se refere ao desenvolvimento cognitivo, a teoria do desenvolvimento psicossocial
de Erik Erikson na área do desenvolvimento social e da personalidade e ainda a teoria do
desenvolvimento moral de Lawrence Kholberg na área da moralidade humana. No
domínio da aprendizagem seria obviamente demasiado redutor optar por um modelo
único, por isso, decidiu-se optar por abordar aqueles que são as perspectivas mais
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representativas no campo da aprendizagem como são a perspectiva comportamentalista
e a perspectiva cognitivista.
Ainda neste plano da aplicação dos conhecimentos, um outro aspecto que evidencia a
coerência dos conteúdos com os objectivos é o facto de se incluir um capítulo em que se
aborda o processo de transferência de aprendizagem que é, como se sabe, o conceito
que aborda exactamente a aplicação daquilo que se aprendeu numa situação ou
contexto em outras situações ou contextos, que é, ao fim e ao cabo o problema
fundamental da aprendizagem humana.
Metodologia
VOLUME E TIPO DE TRABALHO DO ESTUDANTE As 105 horas de trabalho total dividem-se 45 horas de contacto e 60 horas de trabalho
autónomo.
ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO PEDAGÓGICO
Horas de Contacto
As 45 horas de contacto são distribuídas de acordo com a tabela seguinte:
Descrição N Horas
Aulas teóricas (T) 25
Aulas teórico-práticas (TP) 15
Orientação tutorial (O)T 5
As aulas teóricas têm essencialmente uma componente expositiva, contudo, esclarece-se
que a exposição teórica não esgota de forma alguma o âmbito das aprendizagens
definidas para esta UC. As aulas teóricas devem, por isso, ser perspectivadas como uma
introdução, uma orientação, o fornecer dos instrumentos conceptuais básicos para que
cada aluno realize a sua aprendizagem pessoal através da leitura e reflexão sobre os
materiais bibliográficos propostos pelo docente.
As aulas teórico-práticas serão especialmente dedicadas ao debate, elaboração e
reflexão sobre os temas abordados nas aulas teóricas, assim como à realização dos
exercícios práticos ou apresentação de materiais pedagógicos que se revelarem
pertinentes. Os alunos deverão igualmente aproveitar as aulas teórico-práticas para
colocarem as questões e dúvidas resultantes tanto das aulas teóricas anteriores como da
sua abordagem pessoal da matéria leccionada. Na verdade, todos os alunos deverão
participar activamente nas aulas, pois este não é o tipo de UC no qual se possa ter
sucesso simplesmente vindo às aulas, tomando notas e esperando depois devolver tudo
nos testes. Esta UC requer uma abordagem caracterizada pela discussão aprofundada e
fundamentada de ideias assim como a capacidade para aceitar o desafio de as tentar por
em prática.
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Trabalho autónomo
A realização com sucesso da UC, acarreta 60 horas de trabalho autónomo. Este trabalho
inclui a leitura dos materiais pedagógicos e pesquisas pessoais (cerca de 3,5 horas
semanais) mais cerca de 5 horas de preparação para o teste escrito.
ORIENTAÇÃO TUTORIAL A orientação tutorial (OT) concretiza-se a partir de duas formas diferenciadas, OT pontual
presencial e OT continuada à distância.
OT Presencial
A OT presencial, enquanto oportunidade para a interacção directa entre o docente e os
alunos, permite uma abordagem reflexiva e focalizada de determinados elementos dos
conteúdos programáticos, constituindo assim um momento privilegiado de aprendizagens
significativas e contextualizadas. Gostaria, por isso, de incentivar vivamente os alunos a
aproveitarem estes momentos, fazendo um trabalho prévio de abordagem da matéria de
forma a colocarem questões o mais possível profícuas e significativas.
A OT presencial operacionaliza-se a partir de duas formas possíveis: - formal/programada
e informal/ocasional.
OT presencial programada
A OT programada insere-se na totalidade das horas de contacto previstas para esta UC.
Acontece segundo um horário e num local definido no início do semestre.
De acordo com o número de horas de previstas para esta UC, cada aluno deverá assumir
um máximo de cinco horas de OT programada.
OT presencial ocasional
A OT presencial ocasional depende da iniciativa de cada aluno(a) em particular. Assim, o
docente estará disponível no seu gabinete para atender os alunos no seguinte horário:
2ª feira – 14:30h/18:30h
4ª feira – 10:30/12:30h
Para além deste período os alunos poderão ainda contactar o docente da UC sempre que
entendam disso necessitar e pela via que entenderem mais conveniente. Neste caso,
contudo, a possibilidade de atendimento fica dependente da disponibilidade efectiva do
docente.
OT à Distância
Para além da orientação tutorial presencial, está disponível no website do docente uma
página dedicada a esta UC. Esta página contém não só elementos de informação
relevante para os alunos acerca do funcionamento da mesma, mas igualmente materiais
de apoio pedagógico que são disponibilizados em formato Adobe PDF©.
Para além da página da UC, aconselha-se os alunos a visitarem regularmente a página do
docente, pois serão colocadas no painel de Últimas Notícias, informações que poderão
ser do seu interesse.
ESTRATÉGIAS E MÉTODOS DE ENSINO Pretende-se adoptar estratégias e métodos de ensino flexíveis e diversificados de forma a
responder adequadamente às exigências dos conteúdos programáticos. Assim, serão
adoptadas predominantemente as seguintes estratégias:
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Exposição oral dos materiais relativos aos conteúdos programáticos;
Observação de materiais exemplificativos dos conceitos abordados;
Discussão de temas ou textos propostos pelo docente;
Realização de exercícios práticos e discussão de temas ou textos propostos
pelo docente ou pelos alunos;
Apoio individualizado quando solicitado.
Avaliação
AVALIAÇÃO DOS ALUNOS
Aspectos gerais
A avaliação dos alunos é realizada através de avaliação de frequência com exame final.
A avaliação de frequência compreende dois elementos: um teste de avaliação somativa
e um trabalho escrito individual de carácter reflexivo.
O docente entende não haver condições para a realização de avaliação contínua, assim,
não é requerido dos alunos o cumprimento de quaisquer condições de assiduidade,
sendo que a presença ou ausência nos momentos de contacto não produz por si só
quaisquer efeitos em termos de avaliação.
Todos os elementos de avaliação são classificados numa escala de 0 a 20 valores.
A falta a qualquer dos elementos de avaliação tem como única consequência a atribuição
da classificação de 0 (zero) valores nesse elemento.
São totalmente dispensados do exame final os alunos que preencham cumulativamente
as seguintes condições:
1. Tenham obtido na avaliação de frequência uma classificação igual ou superior a 0
valores e
2. Tenham obtido em todos os elementos de avaliação classificação igual ou superior a
oito valores.
Para os alunos dispensados de exame a nota de frequência é imediatamente convertida
em classifica¬ção final da UC. Para os alunos admitidos a exame a nota final da UC é a
classificação obtida no exame.
Não estão previstas quaisquer actividades de remediação.
Em qualquer aspecto omisso relativo à avaliação será aplicado o Regulamento de
Avaliação da Universidade do Algarve em articulação com o Regulamento de Avaliação da
ESEC.
Critérios de avaliação
O trabalho produzido pelos alunos será avaliado tendo em conta os seguintes critérios:
• correcção e qualidade da expressão escrita e oral;
• originalidade ao nível das ideias expostas;
• organização e desenvolvimento da temática abordada;
• capacidade de reflexão e elaboração conceptual.
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Avaliação de frequência
TESTE ESCRITO
Será realizado um teste no último dia de aulas abrangendo toda a matéria dos conteúdos
programáticos.
O teste será constituído por 10 questões de resposta breve nas quais o aluno deverá
adoptar essencialmente uma postura directa e descritiva. Cada resposta é cotada com
um máximo de 2 (dois) valores cada. O resultado do teste será obtido a partir da soma
das classificações obtidas em cada resposta, e expresso numa escala de 0 a 20 valores.
TRABALHO ESCRITO INDIVIDUAL DE CARÁCTER REFLEXIVO
Este elemento de avaliação consiste num trabalho individual de reflexão. O docente
entende que um exercício deste tipo representa uma oportunidade para construir uma
reflexão cuidadosa e elaborada através da qual poderá ser avaliada a forma como o
aluno se relacionou com a matéria da UC. Assim, na realização deste trabalho o aluno
deverá esforçar se por tomar atenção à abordagem dos conteúdos programáticos e em
seguida escrever os resultados da sua reflexão de forma elaborada, aprofundada e
original. É importante realçar este aspecto – o que se pretende não são resumos de
livros, artigos ou relatórios, mas sim o produto de uma reflexão pessoal que, como já se
disse, mostre o tipo de relação que o aluno estabeleceu com a informação transmitida –
não se trata, por isso, de reproduzir de forma mais ou menos sintética o conteúdo de
aulas ou leituras realizadas, mas sim de responder à questão adoptando uma postura
essencialmente de carácter reflexivo. Obviamente o aluno poderá na sua reflexão fazer
referência a leituras realizadas, assim como fornecer exemplos, ilustrações, ou um caso
ou situação específica que possa de alguma forma fundamentar, ilustrar ou
contextualizar a temática que está a tentar desenvolver.
Os alunos poderão a qualquer momento conferir com o docente quaisquer aspectos
pontuais relacionados com a realização do trabalho que lhes possam suscitar dúvidas.
Os trabalhos deverão ser apresentados dactilografados, em folhas brancas tamanho
padronizado A4, não podendo exceder 5 páginas de texto. Paralelamente à entrega do
trabalho em papel, deverá ser remetida ao docente, via e-mail, uma versão em ficheiro
informático do trabalho em formato “.txt”.
A data limite para a entrega do trabalho será definida para cada turno na respectiva
planificação das horas de contacto. Contudo, dentro das datas limites estabelecidas, os
trabalhos poderão ser entregues a qualquer momento durante o semestre, dependendo
da conveniência do aluno. Só muito excepcionalmente e por motivos fundamentados
serão aceites trabalhos entregues para além da data estipulada.
RESULTADOS DA AVALIAÇÃO DE FREQUÊNCIA
A avaliação de frequência resulta da média ponderada da classificação obtida em cada
um dos elementos de avaliação em que o teste tem um peso de 60% e o trabalho
individual um peso de 40%.
Exame final
O exame final consiste numa prova escrita constituída por duas partes:
• Uma primeira parte constituída por 5 questões de resposta breve nas quais o aluno
deverá adoptar essencialmente uma postura directa e descritiva. Cada resposta é
cotada com um máximo de 2 valores cada num total máximo de 0 valores;
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• Uma segunda parte constituída por dois grupos de duas questões cada. O aluno
escolhe e responde a uma questão de cada grupo adoptando aqui essencialmente
uma postura reflexiva e de elaboração conceptual. Cada resposta é cotada com um
máximo de 5 valores num total máximo de 0 valores.
O resultado do teste será obtido a partir da soma das classificações obtidas em cada
resposta, e expresso numa escala de 0 a 20 valores.
O exame final realiza se em data e local a definir pelo Conselho Pedagógico da ESEC.
Não está prevista a realização de qualquer prova complementar.
AVALIAÇÃO DA UNIDADE CURRICULAR
Avaliação pelos alunos
No final do semestre será distribuído um inquérito por questionário com o objectivo de
obter um feedback da forma como decorreram os trabalhos. No entanto, de forma a
poder corrigir em tempo útil qualquer aspecto menos conseguido, será solicitado aos
alunos que, no decurso do funcionamento da UC, sempre que considerem oportuno,
exprimam a sua opinião sobre o funcionamento da mesma.
Avaliação pelo docente
O docente elaborará um relatório de funcionamento da UC nos termos previstos no
ECDESP.
Demonstração da coerência das metodologias de ensino
com os objectivos da unidade curricular
Como já foi referido mais atrás os objectivos da unidade curricular centram-se em dois
planos fundamentais — um plano do saber em que se propõe o estudo do
desenvolvimento psicológico e a aprendizagem humana e um plano do saber fazer que
implica a transferência das aprendizagens para o campo da acção concreta da educação
social. As metodologias de ensino assim como o processo de avaliação proposto
pretendem de forma coerente e articulada dar uma resposta em ambos os planos, como
passamos a demonstrar.
No primeiro plano, do saber, propondo uma carga horária de 45 horas semestrais, entre
as quais 25 horas de tipologia teórica, especialmente dedicadas à exposição da matéria
associada aos conteúdos programáticos. Pretende-se por este meio que os alunos tomem
contacto com os conceitos fundamentais nas várias áreas do desenvolvimento e
aprendizagem humana. No que respeita à avaliação esta dimensão formativa de
aquisição de conceitos e informação relevante é avaliada através de um teste escrito em
que os alunos são confrontados com questões de resposta rápida de definição
conceptual.
As metodologias de ensino procuram dar resposta no segundo plano, do saber fazer, em
dois momentos diferenciados como são as horas de contacto e a avaliação dos alunos.
No que se refere às horas de contacto são propostas 15 horas de tipologia teórico-prática
especialmente dedicadas ao debate, elaboração e reflexão sobre os temas abordados
nas aulas teóricas e à apresentação de textos previamente lidos pelos alunos. Esta
proposta deriva dos conhecimentos mais recentes em psicologia da aprendizagem que
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mostram que a capacidade transformar a informação adquirida em conhecimento e
depois este em capacidade acção só é possível se for proporcionada aos alunos uma
oportunidade para reflectirem de forma crítica e orientada sobre o que aprenderam. Só
através da reflexão crítica orientada se chega ao que Bruner e Ausubel designam por
aprendizagem significativa por oposição ao conceito de aprendizagem factual que
consiste na aprendizagem de listas de factos muitas vezes sem ligação entre si. A
reflexão permite-nos corrigir erros na resolução de problemas e distorções nas nossas
crenças. No que respeita à avaliação, esta dimensão formativa de compreensão,
contextualização, enquadramento e de uma forma geral atribuição de sentido àquilo que
se aprende é avaliada através de um segundo momento de avaliação que consiste na
realização por cada aluno de um trabalho escrito de reflexão individual. Pretende-se com
este exercício de escrita reflexiva e problematizadora fornecer aos alunos uma
oportunidade para testarem e desenvolverem algumas das competências sistémicas
atrás enunciadas.
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Faro, 16 de setembro de 2014
O docente responsável pela UC: