Ração Balanceada Para Peixes

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RAÇÃO BALANCEADA PARA PEIXES RAÇÃO BALANCEADA PARA PEIXES Zootecnista; Pedro Pierro Mendonça Zootecnista; Pedro Pierro Mendonça M.sc. Produção e Nutrição Animal M.sc. Produção e Nutrição Animal

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RAÇÃO BALANCEADA PARA PEIXESRAÇÃO BALANCEADA PARA PEIXES

Zootecnista; Pedro Pierro MendonçaZootecnista; Pedro Pierro MendonçaM.sc. Produção e Nutrição AnimalM.sc. Produção e Nutrição Animal

Page 2: Ração Balanceada Para Peixes

QUAL A FUNÇÃO DA RAÇÃO?QUAL A FUNÇÃO DA RAÇÃO?

Suprir as necessidades nutricionaisSuprir as necessidades nutricionais

Maximizar o crescimento/engordaMaximizar o crescimento/engorda

Otimizar a remuneração do capitalOtimizar a remuneração do capital

Reduzir a eliminação de nitrogênio e fósforoReduzir a eliminação de nitrogênio e fósforo

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Importância da ração balanceada Importância da ração balanceada para piscicultura?para piscicultura?

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Nutrientes Nutrientes

PtnPtn e aminoácidose aminoácidos

CarboidratosCarboidratos

LipídeosLipídeos

Minerais Minerais

VitaminasVitaminas

EnergiaEnergia

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�� Os constituintes fundamentais das proteínas são os Os constituintes fundamentais das proteínas são os aminoácidos, aminoácidos,

�� Aminoácidos essenciais:Aminoácidos essenciais:�� Arginina, histidina, Arginina, histidina,

isoleucina, leucina, isoleucina, leucina, lisina, metionina, lisina, metionina, fenilalanina, treonina, fenilalanina, treonina, triptofano e valina.triptofano e valina.

Proteínas e aminoácidosProteínas e aminoácidos

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�� Metionina e cisteínaMetionina e cisteína

�� Serve para síntese de cisteína.Serve para síntese de cisteína.�� Concentrações estabelecidas a partir das concentrações de Concentrações estabelecidas a partir das concentrações de

cisteína.cisteína.�� Deficiência pode causar catarata e redução no crescimento.Deficiência pode causar catarata e redução no crescimento.

Aminoácidos essenciaisAminoácidos essenciais

�� LisinaLisina

�� Aminoácido limitante na maioria dos peixes.Aminoácido limitante na maioria dos peixes.

�� A deficiência formação do colágeno.A deficiência formação do colágeno.

�� Antagonismo Lisina e Arginina?Antagonismo Lisina e Arginina?

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Fatores que afetam o requerimento de Fatores que afetam o requerimento de proteínaproteína

�� Espécies Espécies Tabela 9 Tabela 9 -- Exigência quantitativa de proteína bruta (PB) de algumas espéciExigência quantitativa de proteína bruta (PB) de algumas espécies de peixeses de peixes

--14,0 14,0 –– 18,018,0AvesAves

MatrinxãMatrinxã35,635,6Brycon sp.Brycon sp.

--13,0 13,0 –– 21,021,0Suínos Suínos

--8,0 8,0 –– 16,016,0BovinosBovinos

TambaquiTambaqui17,0 a 30,017,0 a 30,0Colossoma macropomumColossoma macropomum

PacuPacu26,026,0PiaractusPiaractus mesopotamicusmesopotamicus

SalmãoSalmão38,038,0OncorhynchusOncorhynchus NerkaNerka

Truta arcoTruta arco--írisíris40,0 a 45,040,0 a 45,0OncorhynchusOncorhynchus mykissmykiss

TilápiaTilápia35,0 a 40,035,0 a 40,0TilapiaTilapia zilliizillii

Tilápia do NiloTilápia do Nilo30,030,0OreochromisOreochromis niloticusniloticus

Nome vulgarNome vulgarExigência Exigência

(% na dieta)(% na dieta)EspécieEspécie

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�� idadeidadeTabela 10 Tabela 10 –– Variação da exigência de proteína na dieta de peixes em diferenVariação da exigência de proteína na dieta de peixes em diferentes estágios.tes estágios.

25%25%35%35%40%40%TilápiasTilápias

25%25%30%30%40%40%Bagre do canalBagre do canal

35%35%40%40%50 %50 %Salmão do atlânticoSalmão do atlântico

TerminaçãoTerminaçãoRecriaRecriaAlevinagemAlevinagemEspéciesEspécies

�� Fatores ambientaisFatores ambientaisTabela 11Tabela 11 –– Variação da exigência de proteína na dieta de peixes em diferenVariação da exigência de proteína na dieta de peixes em diferentes tes temperaturastemperaturas

autoresautoresMaior Maior temperaturatemperatura

Menor Menor temperaturatemperaturaEspéciesEspécies

24,0°C = 55,0%24,0°C = 55,0%

15°C = 55,0%15°C = 55,0%

MillikinMillikin, (1982), (1982)20,0°C = 47,0%20,0°C = 47,0%StrippedStripped bassbass

De De LongLong etet al. al. (1958)(1958)8,0°C = 40,0%8,0°C = 40,0%Salmão do AtlânticoSalmão do Atlântico

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Equilíbrio entre proteína e energiaEquilíbrio entre proteína e energia

�� Balanço entre energia e proteína na dieta.Balanço entre energia e proteína na dieta.�� Queda ingestão.Queda ingestão.

�� Alto custo da dieta.Alto custo da dieta.

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CarboidratoCarboidrato

● AmidoAmidoAbundanteAbundante nana alimentaalimentaççãoão; ; BaixaBaixa digestibilidadedigestibilidade x x processamentoprocessamento

• Fonte de energia de baixo custo;Fonte de energia de baixo custo;

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LipídeosLipídeos

Peixes com maior % de gorduraPeixes com maior % de gordura

•• Musculatura e cavidade visceral; membrana celular; Musculatura e cavidade visceral; membrana celular; hormônios;hormônios;

•• Chegam Chegam ààs lojas em melhor estado;s lojas em melhor estado;

•• Mais resistentes Mais resistentes ààs doens doençças; as;

•• Com cores mais vivas, uma vez que os pigmentos são Com cores mais vivas, uma vez que os pigmentos são liposolliposolúúveisveis..

•• Fornecer raFornecer raçção mais rica em energia e lipão mais rica em energia e lipíídios 10 a 15 dios 10 a 15 dias antes da venda;dias antes da venda;

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MineraisMinerais

VitaminasVitaminas

CaCa, P e N: , P e N:

•• Em sistema semiEm sistema semi--intensivo: grande quantidade de Ca e intensivo: grande quantidade de Ca e P dissolvido na água, absorvido pelas brânquias, matriz , P dissolvido na água, absorvido pelas brânquias, matriz , óssea do peixe;óssea do peixe;

•• Sistema intensivo: minerais fornecidos na ração.Sistema intensivo: minerais fornecidos na ração.

•• Pequena qtde., reações químicas;Pequena qtde., reações químicas;

•• Plâncton: excelente fonte de vitaminas;Plâncton: excelente fonte de vitaminas;

••Altas densidades e sistema intensivo: raçõesAltas densidades e sistema intensivo: rações

•• Vitaminas C e DVitaminas C e D

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Hábito alimentarHábito alimentar

Posição da bocaPosição da boca

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NUTRIÇÃO POR FASESNUTRIÇÃO POR FASES

AlevinoAlevino

JuvenilJuvenil

CrescimentoCrescimento

ReproduçãoReprodução

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NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃONUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO

ReprodutoresReprodutores

Cuidado ParentalCuidado ParentalFrequênciaFrequênciade desovade desova

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Tubo digestivo incompletoTubo digestivo incompleto

A partir do 4A partir do 4ºº dia pode introduzir a radia pode introduzir a raçção 48%PB em pão 48%PB em póó finfinííssimossimo

NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃONUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO

LarviculturaLarvicultura

Enzimas Enzimas inativasinativas

Alimentos VivosAlimentos Vivos

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Substituição do alimento natural X alimento artificialSubstituição do alimento natural X alimento artificial

�� Aceitação pelo alimento inerteAceitação pelo alimento inerte

�� PalatabilidadePalatabilidade

�� Tamanho das partículasTamanho das partículas

�� Desconhecimento das exigências nutricionaisDesconhecimento das exigências nutricionais

Desvantagens do uso de alimento natural nas fases Desvantagens do uso de alimento natural nas fases iniciais.iniciais.

•• Fornecimento irregularFornecimento irregular

•• Composição variávelComposição variável

•• Dificuldade na estocagemDificuldade na estocagem

•• Construção de estruturas para cultivoConstrução de estruturas para cultivo

•• Ciclo do alimento x ciclo dos peixesCiclo do alimento x ciclo dos peixes

•• Coleta e fornecimentoColeta e fornecimento

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ALIMENTAÇÃO

Processo de eutrofizaçãoProcesso de eutrofização

Alimento exógenoAlimento exógeno

FarelosFarelos

Rações complementares e rações completasRações complementares e rações completas

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MANEJO DA ALIMENTAÇÃO X DENSIDADEMANEJO DA ALIMENTAÇÃO X DENSIDADE

�� Densidade Densidade

BAIXA

(3 a 5 alevinos/m2)

FOTO DA BAIA SUSPENSA (60 ANIMAIS POR HECTARE) OU CAMA DE FRANGO (50KG/HECTARE)

ALTA

(11 a 20 alevinos/m2)

MEDIA

(de 6 a 10 alevinos/m2)

Adubo mais ração para peixe 35%PB

Somente Ração para peixe 45% PB

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1.1. Manter a transparência da água; Manter a transparência da água; 2.2. Taxa de alimentação diária equivalente a 5 a 10% da Taxa de alimentação diária equivalente a 5 a 10% da

biomassa;biomassa;3.3. Fornecer alimentação artificial de 3 a 5 vezes ao dia;Fornecer alimentação artificial de 3 a 5 vezes ao dia;4.4. Distribuição da ração de forma homogenia;Distribuição da ração de forma homogenia;5.5. Considerar as exigências ou características de cada espécie;Considerar as exigências ou características de cada espécie;6.6. Adequar as taxas de alimentação.Adequar as taxas de alimentação.

ObjetivosObjetivos

Acima de 35 cm de visibilidade, necessita Acima de 35 cm de visibilidade, necessita adubaradubar

Entre 25 e 35 cm, adequada para pisciculturaEntre 25 e 35 cm, adequada para piscicultura

Abaixo de 25cm de visibilidade, adubação Abaixo de 25cm de visibilidade, adubação excessivaexcessiva

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PRODUÇÃO RELACIONADA A ADUBAÇÃOPRODUÇÃO RELACIONADA A ADUBAÇÃO

300300--160016008080TambaquiTambaqui

300300--800800--------PacuPacu

310310--3503505050CatfishCatfish

10001000--37003700300300--500500Tilápia do NiloTilápia do Nilo

10001000--20002000250250CarpaCarpa--comumcomum

C/ adubaçãoC/ adubaçãoS/ adubaçãoS/ adubaçãoEspécieEspécie

Biomassa alcançada (kg/Biomassa alcançada (kg/ haha))

KubitzaKubitza, 2000:, 2000:

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NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO

Tipos de Rações

Ração Farelada

Ração em Pó

Ração Peletizada

Ração Extrusada

Ração Floculada

Ração em Pasta

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1,7mm

2-4mm

4-6mm

6-8mm

14mm

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MANEJO ALIMENTAR

Quantidade de ração

Biomassa

Temperatura

Oxigênio

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MANEJO ALIMENTARQuantidade de ração

Biomassa

Conhecimento da população inicial

Observação de mortalidade

Amostragens periódicas

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Peixes criados em tanques adubados de baixa densidade Peixes criados em tanques adubados de baixa densidade consomem 3% PV/dia;consomem 3% PV/dia;

Como Como determinardeterminara quantidade de ração?a quantidade de ração?

Peixes que se alimentam exclusivamente de raPeixes que se alimentam exclusivamente de raçção ão consomem de 5 a 7% PV/dia;consomem de 5 a 7% PV/dia;

Mensurar a populaMensurar a populaçção do tanque;ão do tanque;

Capturar uma amostra dos peixes do tanque e pesCapturar uma amostra dos peixes do tanque e pesáá--la para la para determinar o peso mdeterminar o peso méédio; dio;

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Consumo diário : 1000 kg x 3% = 30kg que devem ser divididas em 3 refeições de 10kg cada.

Como determinar a quantidade de ração?

Exemplo:

• Tanque de tambaqui em crescimento;

• População do tanque é de 1 mil peixes;

• Capturados 30 peixes com peso total de 30 kilos

Peso médio : 30kg / 30peixes = 1kg

Peso total : 1kg X 1.000 peixes = 1000 Kg de peixe

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Oxigênio

Requerido nos processos de digestão e de síntese de nutrientes;

Baixa concentração dificulta a digestão;

Baixas [ ], suspender a alimentação, pois os peixes não irão se alimentar.

Além de desperdiçar a ração esta irá fermentar e agravar a falta de oxigênio.

MANEJO ALIMENTAR

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MANEJO ALIMENTARTemperatura

• Efeito sobre o metabolismo e o consumo

• Faixa de temperatura e temperatura ideal

• Correção da quantidade de ração Exemplo:4 Kg (800 g por refeição); temperatura ideal 27ºC

800 – 8% = 736 (quantidade para 26°C)

736 – 8% = 677 (quantidade para 25°C)

677 – 8% = 623 quantidade para 24°C.

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MANEJO ALIMENTAR

Freqüência de alimentação

Fase

Temperatura e Quantidade de ração

Inicial 7x/dia

Engorda 3x/dia

Peixes dependem da temp. para processar a digestão;

Concentrar as refeições nos horários mais quentes ;

Temperatura baixa, reduzir o nº de refeições.

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