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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES CURSO DE ENFERMAGEM REALIZAÇÃO DA PRIMEIRA HIGIENIZAÇÃO DO RECÉM NASCIDO PELA EQUIPE DE ENFERMAGEM EM UM HOSPITAL NO INTERIOR DO RIO GRANDE DO SUL Idones dos Santos Lajeado, junho 2012.

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES

CURSO DE ENFERMAGEM

REALIZAÇÃO DA PRIMEIRA HIGIENIZAÇÃO DO RECÉM NASCIDO

PELA EQUIPE DE ENFERMAGEM EM UM HOSPITAL NO INTERIOR DO

RIO GRANDE DO SUL

Idones dos Santos

Lajeado, junho 2012.

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Idones dos Santos

REALIZAÇÃO DA PRIMEIRA HIGIENIZAÇÃO DO RECÉM NASCIDO

PELA EQUIPE DE ENFERMAGEM EM UM HOSPITAL NO INTERIOR DO

RIO GRANDE DO SUL

Monografia apresentada para o curso de

Enfermagem, do Centro Universitário

Univates, como trabalho de conclusão de

curso para a obtenção do título de bacharel

em Enfermagem.

Orientadora: Ms. Ioná Carreno

Lajeado, junho 2012.

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RESUMO

Esta pesquisa objetivou conhecer a forma de realização do primeiro banho do recém nascido em uma instituição hospitalar do Vale do Taquari-RS. O estudo foi uma pesquisa observacional exploratória descritiva do tipo qualitativa, desenvolvida em um setor de Maternidade/Centro Obstétrico de um Hospital do interior do Rio Grande do Sul. Foram entrevistados profissionais de saúde, através de entrevista com questões abertas que dizem respeito à técnica aplicada para realização da primeira higienização do recém nascido e produtos utilizados; tempo transcorrido entre o nascimento até a finalização da primeira higienização; tempo médio de duração da higienização; produtos usados de rotina para limpeza do coto umbilical e qual técnica aplicada; existência de capacitações realizadas na Instituição e quem as realizam com o objetivo de aperfeiçoar as técnicas de higienização. A análise dos dados das questões norteadoras foi desenvolvida por meio da construção de categorias oriundas das falas da entrevista, conforme a análise de Bardin (1977). Enfatizou-se também os dispostos na Resolução 196/96 que relata sobre o desenvolvimento das pesquisas com seres humanos. Os resultados obtidos visam formular novos preceitos à técnicas de higienização e busca constante de aperfeiçoamento profissional no procedimento envolvido, enfatizando a importância da primeira higienização do neonato pelo processo de contato com o meio externo e pela manifestação de necessidades e cuidados com a fragilidade da estabilidade imunológica do recém nascido.

Palavras-chave: Recém nascido. Banho. Cuidados de enfermagem.

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

CO: Centro Obstétrico

COEP: Comitê de Ética e Pesquisa

E: Entrevistada

EPIs: Equipamento de Proteção Individual

Min: Minuto

ºC: Graus Centígrados

RN: recém nascido

RS: Rio Grande do Sul

TCLE: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

UBS: Unidades Básicas de Saúde

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Sequência da higienização do recém nascido ............................... 15

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 7

2 REFERENCIAL TEÓRICO .......................................................................................... 10

2.1 O recém nascido..................................................................................................... 10

2.2 A higienização do recém nascido ......................................................................... 12

2.3 Cuidado de enfermagem em relação primeiro banho do recém nascido .......... 17

3 METODOLOGIA ......................................................................................................... 19

4 ANÁLISE DE DADOS ................................................................................................. 24

4.1 Caracterização dos Sujeitos da Pesquisa ............................................................ 24

4.2 Analise de conteúdo .............................................................................................. 25

4.2.1 Primeira Categoria: A higienização do recém nascido .................................... 25

4.2.2 Segunda Categoria: Período de tempo entre o nascimento e o primeiro

banho............................................................................................................................. 26

4.2.3 Terceira Categoria: Técnicas para limpeza do coto umbilical......................... 27

4.2.4 Quarta Categoria: As atualizações da equipe de profissionais de técnicos de

enfermagem sobre técnicas de banho do recém nascido ........................................ 28

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................ 30

REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 32

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1 INTRODUÇÃO

Há décadas o nascimento acontecia em casa, com a presença de pessoas

conhecidas, a mulher sofria as dores do parto e o bebê chegava a esse mundo em

contato com pessoas que a partir de então fariam parte de sua vida. Com a evolução da

economia junto com o aprimoramento das técnicas e estudos a área materno-infantil fez

com que as mulheres passassem a ser assistidas nesse momento em instituições

hospitalares, com a presença de profissionais da saúde, e não mais pessoas

significantes para a mulher (CARVALHÊDO et. al., 2010).

No Brasil a assistência aos recém nascidos começa na primeira metade do

século XX e é influenciada pelos países mais desenvolvidos. A sistematização do

cuidado com o recém nascido no Brasil está mais presente a partir da década de 50. Na

década seguinte tiveram inicio as preocupações com infecções, começando as

descrições da limpeza do ambiente e da assepsia, utilizando-se soluções desinfetantes.

A partir disto houveram modificações observadas na higiene corporal do bebê, cuidado

com o coto umbilical e controle de infecção ambiental e dos equipamentos (OLIVEIRA;

RODRIGUES, 2005).

Nos anos 70 do século passado, a infância passou a ser valorizada,

principalmente no primeiro ano de vida. Essa mudança ocorreu devido à formalização

de políticas públicas direcionadas para a assistência à saúde materno-infantil. Passou-

se ao acompanhamento do pré-natal, tendo o controle sobre os partos domiciliares e o

puerpério e ocorreram ações de promoção de saúde da criança e capacitação de

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recursos humanos para atuar nessa área (ROSA, 2008, apud KAMADA; SCOCHI;

ROCHA, 1990; CARVALHO; GOMES, 2005).

A década de 80 foi marcada pelos avanços tecnológicos na área médica,

inclusive na neonatologia, tais como a tomografia computadorizada e a

ultrassonografia. Na década de 90, os recursos cada vez mais disponíveis, trouxeram

avanços significativos no acompanhamento ao neonato, principalmente no que

envolvem prematuros e mortalidade infantil. A atenção à saúde do neonato teve

significativas mudanças ao longo dos anos, incluindo novas tecnologias visando o

cuidado ao recém nascido e políticas públicas de atenção à saúde materno-infantil

(AVERY; FLETCHER; MACDONALD, 1999).

Neste contexto, estudos de Oliveira e Rodrigues (2005) observam os diferentes

cuidados, sendo estes evidenciados de acordo com as diferentes enfermidades

apresentadas pelas crianças.

Não podendo esquecer-se das tecnologias e avanços alcançados até hoje em

que se baseiam as rotinas nas instituições. Segundo Kenner (2001) a higienização faz

parte de um dos cuidados infantis básicos. Este permite aos recém nascidos a

manutenção da saúde e medidas de segurança ambientais, garantindo bem estar e

conforto ao pequeno paciente.

O presente estudo se justifica pela relevância do tema, considerado de extrema

importância pesquisar sobre os primeiros cuidados prestados ao recém nascido, pois

trata-se de um momento de maior preocupação onde há alterações em sua temperatura

corpórea, este precisa adaptar -se à realização de suas novas funções

cardiorrespiratórias. Dessa forma, a primeira higienização do recém nascido é de suma

importância para o desenvolvimento da criança e o contato com os primeiros sinais de

tato e olfato que a criança tem com a nova condição de vida, evidenciando a

capacidade imunológica e a fragilidade do recém nascido.

Na passagem enquanto acadêmica em estágios realizados tanto na área

hospitalar quanto em Unidades Básicas de Saúde (UBS), pode-se perceber que são

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poucas as orientações fornecidas pela equipe de saúde sobre a primeira higienização

do recém nascido, e que toda a atenção é concentrada no puerpério, deixando a

orientação à mãe quanto a higiene corporal do bebê, especialmente o que diz respeito

ao banho e os cuidados com o coto umbilical, que são bem importantes e que se não

forem feitos de forma correta, e poderão acarretar graves problemas de infecção no

recém nascido.

A problemática acima citada despertou o interesse na busca por bibliografias a

cerca deste assunto, sendo possível perceber a escassez da mesma, que em sua

maioria quando disponível não era atualizada. O manual Parto, Aborto e Puerpério

define que a assistência imediata ao RN compreende os seguintes objetivos:

proporcionar a todos os recém nascidos condições ótimas que visam auxiliá-los em sua

adaptação à vida extrauterina (BRASIL, 2001). Sendo assim, é de extrema importância

que a equipe mantenha-se atualizada sobre os avanços e novas técnicas de realização

dos cuidados com recém nascido e que possa passar isso às puérperas.

Desta forma, esta pesquisa buscou conhecer a forma de realização do primeiro

banho do recém nascido pela equipe de enfermagem em uma instituição hospitalar do

Vale do Taquari-RS. Quantificando sobre características de amostragem quanto à

idade, sexo, tempo de serviço, formação profissional, tempo de formação e tempo de

experiência na unidade; buscando conhecer a técnica utilizada no primeiro banho do

recém nascido e quais produtos são utilizados; avaliando o tempo de realização do

primeiro banho pela equipe de enfermagem; trazendo a analise de como é realizada a

técnica de limpeza do coto umbilical e quais produtos são utilizados pela equipe de

enfermagem; procurando identificar as capacitações e atualizações realizadas pela

equipe de enfermagem quanto banho do recém nascido de forma a contribuir com a

equipe de saúde para a técnica correta de higienização no recém nascido;

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capítulo será desenvolvido o referencial teórico que irá nortear o

desenvolvimento da pesquisa, embasando-a em processos claros e objetivos no

cuidado com o neonato.

2.1 O recém nascido

O primeiro contato do recém nascido com o mundo faz-se pelas mãos da equipe

médica, e entre os processos pós nascimento há a higienização do bebê, este

momento de experiência é feito por pessoas estranhas a sua futura convivência, são

profissionais de nível técnico que normalmente atuam no processo (ROSA, 2008).

O corpo clínico envolvido na higienização tem a responsabilidade de manter o

nascituro na temperatura adequada e remover sujidades do parto, este processo deve

ser supervisionado por uma enfermeira também. Na ocasião de momentos que fogem

ao processo normal e cause algum transtorno adverso tem preparação para atuar e

reverter problemáticas, estabilizando o contexto de manter a vida do infanto (ROSA,

2008).

Durante a vida intrauterina a maioria dos bebês vive em condições ideais, no que

diz respeito ao meio líquido, onde se encontra protegidos de choques bruscos,

mudança de temperatura ou agressão que lhes ocasione desconforto físico. A partir do

momento do parto e pós-parto na vida o RN passa a ser alvo de cuidados que podem

ser estressantes, não possibilitando estabelecer interações adequadas entre cuidador e

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bebê. Dentre esses procedimentos que são realizados, destaca-se a higienização

(CORRÊA FILHO, s.d., texto digital).

Os procedimentos realizados na sala de recepção ao RN nem sempre levam em

consideração as suas necessidades de adaptação ao novo meio ambiente e a forma

que a criança tem de expressar este momento estressante é através do choro, mas

deve-se observar se este estado não esta associado a outras situações de estresse

que pode ocasionar problemas posteriormente (ROSA, 2008).

Os cuidados à criança vão mudando através dos tempos, porém, muito

lentamente, no final do século XIX e início do século XX. No século XIX, as crianças

eram ignoradas pela classe médica, não existiam instituições que se dedicassem aos

cuidados infantis, exceto algumas fundações, onde eram altas as taxas de mortalidade

infantil. Os cuidados básicos também eram muito diferentes do que conhecemos

atualmente, seja por mudança de costumes ou disponibilidade de recursos (OLIVEIRA;

RODRIGUES, 2005).

Em um estudo histórico é possível verificar muitas mudanças, especialmente no

que diz respeito à higiene corporal do bebê; baseando-se em artigos publicados na

Revista Brasileira de Enfermagem, que descreve os cuidados da equipe de

enfermagem com o recém nascido, analisando as modificações na assistência de

enfermagem no período de 1937 a 1979 (OLIVEIRA; RODRIGUES, 2005).

Ziegel e Cranley (1985) enfatizam que o primeiro banho do bebê deve ser adiado

até que suas respirações estejam estabilizadas e sua temperatura corporal em torno de

36,7ºC.

Há relatos que o vernix é removido por completo após o nascimento para evitar

infecções hospitalares e a contaminação dos profissionais de saúde com os

microorganismos presentes nesta substância. Mas devemos ressaltar que no último

caso há necessidade de utilização de EPIs (Equipamento de Proteção Individual)

adequado para evitar qualquer contato que possa acarretar em complicações de saúde.

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Bem como, a falta de higienização das mãos antes de pegar o RN poderá contaminá-lo

com microorganismos (ABREU; BRASILEIRO, s.d., texto digital).

2.2 A higienização do recém nascido

Um artigo datado em 1937 enfoca a técnica detalhada da higienização do recém

nascido, trazendo que o mesmo era feito diariamente com água na temperatura de

37ºC, não ultrapassando três minutos, e que a água deveria ser previamente fervida

enquanto não ocorresse a cicatrização umbilical. Os cuidados com os olhos, boca, nariz

e ouvido deveriam ser feitos antes da higienização. Outros artigos trazem a

contraindicação do banho em recém nascido antes da queda e total cicatrização do

coto umbilical, mas não é informada a maneira pela qual o recém nascido seria

higienizado. Em 1964 o banho era feito com água adicionada de solução de espadol

(solução asséptica) a 1% e sabão de hexaclorofeno (OLIVEIRA; RODRIGUES, 2005).

A higienização pode constituir um dos momentos mais felizes da vida do recém

nascido, pois possibilita às crianças realizarem suas primeiras experiências através da

pele, que é o órgão sensitivo mais importante da primeira infância. Através do toque o

RN vai conhecendo o mundo exterior. Na higienização é onde se começa desfrutar da

liberdade de movimentos e tem as suas primeiras experiências sobre a umidade, calor,

suavidade, secura, aspereza e de toda uma gama de sensações humanas (CUNHA;

MENDES; BONILHA, 2002).

Grande parte desta primeira experiência faz-se pela pele. A pele é composta

pela epiderme, a derme e o subcutâneo. Uma das principais funções desta extensa

camada que cobre o corpo humano é a barreira protetora no contato do meio ambiente

e o interior do corpo humano, atuando na prevenção de doenças, infecções, traumas,

termorregulação, desidratação. A pele do recém nascido é sensível e crítica, tornando o

trabalho da higienização delicado que deve ser realizado por uma equipe treinada e

capacitada para a efetiva realização deste processo (CUNHA; MENDES; BONILHA,

2002).

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A maior preocupação imediatamente após o nascimento é a manutenção da

temperatura corpórea do RN, pois logo após o nascimento a temperatura do corpo do

neonato cai rapidamente devido à evaporação da umidade de seu corpo, sendo um dos

fatores determinantes para o sucesso da adaptação cardiocirculatória e respiratória do

recém nascido. O “resfriamento moderado ou intenso pode resultar em acidose

metabólica, em diminuição do nível de oxigênio arterial e em hipoglicemia” (KLAUS et.

al., 1990, p.91).

O protocolo de atendimento ao RN na sala de reanimação estabelecido pela

Academia Americana de Pediatria orienta a manter a temperatura corpórea, enxugando

o RN e envolvendo-o em campos aquecidos sob calor radiante. A sala de parto deve

estar climatizada a uma temperatura ente 20-25°C. Por outro lado, imediatamente após

o nascimento, a pele do RN se encontra envolvida por secreções e sangue, com

potencial de contaminar tanto profissionais de saúde como familiares, o que justifica a

ideia presente em muitas culturas de administrar o banho imediatamente após o

nascimento. De fato, essa rotina está presente em muitas maternidades, exceto para

partos de alto risco ou para os recém nascidos prematuros (PUGLIESE et. al., 2009).

O procedimento de banho do RN deve ser rápido, a água deve estar testada e

morna (podendo ser testada com o cotovelo do adulto), não deve ter corrente de ar na

sala e logo após a higienização o RN deve ser colocado junto a mãe para aquecer e

amamentar (UFF, s.d., texto digital).

Antes de iniciar o banho é preciso ter todo material necessário para sua

realização, que são: luvas, sabonete ou agente de limpeza neutro, bacia ou banheira

para banho do bebê com água a mais ou menos 37ºC, toalhas, compressas, hastes

flexíveis, gaze, trocador, roupas e fralda limpa (BOWDEN; GREENBERG; ARAÚJO,

2005).

Os mesmos autores, Bowden, Greenberg e Araújo (2005), enfatizam ainda que a

higienização completa é dada no bebê de 2 a 3 vezes na semana, ou com maior

frequência se for necessário. Entre as higienizações completas, limpam-se as áreas da

face, pescoço, mãos e genitais do bebê, quando necessário. A idade do bebe

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determina o tipo de higienização realizado. É importante que o primeiro banho do recém

nascido seja feito após a estabilização normal da temperatura corporal, variando de 2 a

4 horas após o nascimento.

Como será realizado o banho no recém nascido vai depender das rotinas de

assistência ao neonato, poderá ser utilizada a técnica do banho de imersão ou ainda a

técnica de higiene corporal, utilizando-se de panos macios ou gazes umedecidas.

Atualmente, vários são os serviços que utilizam técnica de imersão para a higienização

do RN que ainda se encontra com o coto umbilical. A água do banho deve estar numa

temperatura adequada para as características do RN (em torno de 34 a 36ºC), e a

duração da técnica não deverá ultrapassar a cinco minutos, nos primeiros dias de vida.

O corpo pode ser ensaboado com sabão neutro ou soluções antissépticas de ph ácido,

para prevenções de infecções cutâneas. Durante a execução do procedimento, deve-se

ter em mente o risco de levar infecção ao coto e de resfriar o RN (PIZZATO; DA POIAN,

1988). Observa-se que na técnica de imersão deve-ser ter o cuidado com a água

utilizada, estar em temperatura ideal (34 a 36ºC) e não ter muita água na

bacia/banheira evitando excesso de contato com possibilidade de infecção, e se

necessário retirar parte da sujidade em uma banheira e terminar o processo de limpeza

em outro recipiente.

Aconselha-se manter a temperatura do quarto ou da sala de banho em torno de

24 a 26ºC. Ao sair do banho deve-se enxugar a criança, com delicadeza, sobretudo na

região das pregas, na região perineal e no coto umbilical. A realização do curativo

umbilical deve ser diária logo após o banho para prevenir infecção, favorecer a

cicatrização da inserção e favorecer a mumificação do coto umbilical. No curativo é

realizada antissepsia do coto com substância apropriada, utilizada como rotina nas

unidades geralmente álcool a 70%. A enfermeira deve aproveitar este momento para

avaliar criteriosamente o nível de mumificação do coto umbilical. Devem ser detectadas

precocemente quaisquer anormalidades como sangramento, odor fétido, coloração

esverdeada ou irritações periumbilicais (OLIVEIRA; MONTICELLI, 2002).

Bowden, Greenberg e Araújo (2005) enumeram diversos passos para a

sequencia da higienização do recém nascido, descritos a seguir.

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Tabela 1 – Sequência da higienização do recém nascido

Rever o prontuário para determinar que tipo específico de banho que foi indicado.

Determinar quando se realizou o último banho completo.

Determinar o último registro da temperatura. Não dar banho em neonato, especialmente o pré-termo, se a temperatura da água for menor que 36,3ºC.

Reunir todos os materiais necessários.

Assegurar-se de que o quarto está aquecido e livre de correntes de ar. Se necessário, usar lâmpada de calor radiante para proporcionar aquecimento direto á área onde o banho é realizado.

Colocar uma toalha ou manta seca sobre o leito.

Encher a banheira de banho ou bacia com água morna. A temperatura da água deve ser de 37,8ºC.

Lavar as mãos e calçar as luvas.

Posicionar o bebê na posição de decúbito dorsal. Mantê-lo coberto em todos os momentos com uma toalha ou manta seca.

Iniciar o banho pelo rosto usando uma bola de algodão ou uma compressa de banho macio e água.

Quando limpar a área orbital, lavar do canto interno para o externo, usando uma bola de algodão limpa ou limpar com uma ponta de compressa de banho para cada olho.

Enxugar a área banhada com uma manta ou toalha de banho seca.

Limpar as narinas com a ponta da manta de banho ou bola de algodão. Remover quaisquer incrustações das narinas por meio de delicados movimentos de rotação da bola de algodão ou canto manta de banho único.

Aspirar delicadamente as narinas com uma pera de sucção pode ajudar a limpar as secreções nasais.

O cuidador deve limpar as orelhas externamente e posterior a elas, com o dedo indicador envolvido na toalha de banho umedecida.

Podem ser usados no corpo do bebê, sabão neutro ou solução de limpeza. Os bebês prematuros extremos (menos de 26 semanas de idade gestacional) devem usar somente água estéril para o banho.

Trabalhar de maneira sistemática de cima para baixo. Lavar cada parte do corpo em seu momento prestando atenção especial ás dobras do pescoço, coxa e antebraço. O excesso de vérnix pode ser removido da pele do recém nascido; entretanto, não é necessária a remoção total dessa substância.

Usar lenço umedecido e uma pequena quantidade de sabão para lavar os braços do bebê bem como as axilas, o tórax e o abdômen usando movimentos delicados.

Enxaguar e secar cada área após a lavagem. Não friccionar a superfície da pele.

Limpar a área do coto umbilical com sabão e água. Elevar o coto umbilical e limpar a base; não aplicar álcool, antissépticos ou antibióticos ao coto umbilical. Observar se existe vermelhidão ou secreção no umbigo.

Expor uma perna do bebê de cada vez, quando lavar, enxaguar e secar. Limpar entre os dedos.

Ponha o bebê de bruços. Lave, enxague e seque as costas do bebê. Cubra-o com uma toalha seca. Evita a perda de calor corporal.

Lavar a genitália feminina da parte anterior para posterior, da área vaginal para a retal. Usar uma porção de compressa de banho ou bola de algodão umedecida para limpar a área. Descartar após cada uso e trocar por uma nova bola para cada limpeza subsequente. Minimiza o risco para disseminação de microrganismos. Se uma substância esbranquiçada for observada na prega labial, não tentar removê-la.

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A genitália masculina deve ser lavada com água limpa jogada sobre a glande peniana.

Eleve o bebê pelos quadris em vez de expor suas nádegas. Lave, enxágue e seque as nádegas do bebê. Lave a parte anterior para a posterior para evitar que microrganismos do ânus se disseminem.

Colocar uma fralda limpa. Se o cordão umbilical ainda não caiu, ajuste a borda superior da fralda para que fique abaixo da área umbilical. A área umbilical deve ficar descoberta para evitar irritação e infecção.

Vestir o bebê com uma roupa seca e envolve-lo em uma manta seca. Evita a perda de calor corporal.

Limpar e enxaguar a bacia ou banheira do bebê. Guardar todo o material em uma área própria para armazenamento. Pesar a fralda suja do bebê se ele estiver em monitoração de ingesta e excreta. Descartar as fraldas sujas e lençóis em recipientes designados. Reduz a transmissão de microrganismos. Precaução padrão.

Retirar as luvas e lavar as mãos. Reduz a transmissão de microrganismos.

Fonte: da autora, adaptado de Bowden; Greenberg; Araújo (2005).

Segundo Cunha, Mendes e Bonilha (2002) a higienização faz parte de um dos

cuidados infantis básicos. Permitindo na manutenção da saúde do recém nascido,

devendo-se ter preocupação com o ambiente à que a criança será exposta. Os avanços

tecnológicos trazem grandes resultados e a equipe profissional envolvida permite

avaliar as condições físicas do bebê, garantindo o conforto e bem estar do pequeno ser.

Kenner (2001) também enfoca que a importância da equipe em manter-se

atualizada sobre os avanços e novas técnicas de realização dos cuidados. Trata-se de

um momento que permite a oportunidade da enfermagem estimular a participação dos

pais no cuidado com os seus filhos. As dúvidas sobre a melhor maneira de dar o banho,

por onde iniciar, cuidados com coto, colocação de fraldas, entre outros esclarecimentos

devem ser passados aos pais, proporcionando aprendizagem sobre as particularidades

do recém nascido de acordo com suas necessidades.

A importância deste cuidado básico infantil deve ser passado aos pais desde o

primeiro banho do recém nascido, para que possa ser dada continuidade após alta

hospitalar. Pois a higienização além de proporcionar cuidados físicos e fisiológicos,

proporciona vínculo afetivo entre pais e filhos. A partir dele, os pais possuem a chance

de conhecer e ter um relacionamento mais próximo aos seus filhos (KENNER, 2001).

O coto umbilical figura entre os cuidados diretos mais frequentes, com várias

modificações no período estudado. Em 1937 recomendava-se realizar curativo do coto

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umbilical após o banho, sendo o coto envolvido com gaze umedecida em álcool. Nesse

período era utilizado cinteiro (ataduras, faixas), que deveria ser colocado com o coto

voltado para cima. A troca do curativo do coto só era indicada no caso da gaze que

envolve o coto estar contaminada por urina ou mecônio e, também, se houvesse

processo infeccioso. A gaze que cobria o coto era umedecida com água oxigenada. Em

1965 não se tem registro da indicação de substâncias a serem utilizadas no curativo do

coto, e sim que este poderia ser realizado em dias alternados, e a faixa umbilical não

deveriam ser utilizados para facilitar o arejamento e a cicatrização, favorecendo a

amplitude respiratória (OLIVEIRA; RODRIGUES, 2005).

2.3 Cuidado de enfermagem em relação primeiro banho do recém nascido

A primeira higienização do neonato tem por finalidade remover secreções

maternas e reduzir a colonização microbiana, além do mais, tem razões estéticas

(HAHN, 2001).

Para que a assistência de enfermagem ao neonato seja efetiva é necessário que

a equipe de enfermagem tenha conhecimento da história familiar, história das

gestações prévias e atual e dos eventos durante o trabalho de parto. Os cuidados

prestados ao RN imediatamente após o parto em que o bebê precisa ser assistido para

estabelecer e manter sua respiração e ser imediatamente protegido contra a perda de

calor ou receber aquecimento, essas ações são essenciais para a adaptação do bebê,

se bem aplicados, eles contribuem para diminuição da morbimortalidade neonatal.

O manual Parto, Aborto e Puerpério define que a assistência imediata ao RN

compreende os seguintes objetivos: proporcionar a todos os recém nascidos condições

ótimas que visam auxiliá-los em sua adaptação à vida extrauterina e estar preparado

para intervir naqueles casos que apresentem condições patológicas que coloquem em

risco sua vida. Para a assistência ao recém nascido normal, que constitui a maioria das

situações, nada mais deve ser feito além de se enxugar, aquecer, avaliar e entregar à

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mãe para um contato íntimo e precoce. Todos os procedimentos habituais devem ser

realizados após o contato da mãe com seu filho (BRASIL, 2001).

Orlandi e Sabrá (2005) trazem como rotina da equipe de saúde após

restabelecimento respiratório, que se realize a limpeza facial do RN com gazes estéreis

e a desobstrução das vias aéreas. O local onde se realizará os cuidados deve ser

devidamente aquecido para que a temperatura axilar do neonato fique por volta de 36 a

37ºC. Logo na primeira hora de vida deve ser realizada a profilaxia de oftalmia

gonocócica pingando-se 1 ou 2 gotas de solução de nitrato de prata a 1% nos olhos dos

recém nascidos. Durante a assistência de enfermagem ao recém nascido na sala de

parto devem-se investigar anomalias nos genitais do bebê. Após esses cuidados,

recomenda-se realize a identificação do neonato, podem-se utilizar braceletes nos

punhos ou tornozelos, preferencialmente com material a prova de água ou de óleos. No

bracelete será identificado, com tinta indelével, o nome completo da genitora, sexo da

criança, data e hora de nascimento. O RN deve receber rotineiramente, ainda na

maternidade, a 1º dose de vacina para hepatite B. Todo recém nascido deve ser

manuseado com cuidado e deve ser acolhido tendo sempre em mente a possibilidade

de ser um portador de infecções, por isso é necessário lavar as mãos antes e depois de

tocá-lo por qualquer motivo, toda assistência lhe será oferecida no próprio berço.

Embora com todo o referencial e especialização disponível na área que se refere

à assistência de enfermagem ao recém nascido, ainda existe certa dificuldade dos

profissionais reconhecerem as exigências da criança, por não estarem bem preparados.

Por isso a equipe de saúde deve sempre estar com atenção dobrada ao RN, devido ao

mesmo não poder comunicar, sendo assim, a equipe deve coletar todas as alterações

no bebê. Para uma assistência eficaz é necessário que tanto os dados coletados pela

equipe de enfermagem quanto equipe médica seja compartilhado, e juntos elaborarem

um planos de intervenção. A enfermagem deve orientar os pais os cuidados que devem

ser tomados com a criança, evitando possíveis complicações, e orientar a mãe sobre a

importância do aleitamento materno como sendo insubstituível no desenvolvimento da

criança (ORLANDI; SABRÁ, 2005).

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3 METODOLOGIA

Neste capítulo será descrito todo o processo que envolve o levantamento dos

dados pela acadêmica para obtenção dos resultados pertinentes a este trabalho.

A pesquisa é observacional exploratória descritiva do tipo qualitativa. Os estudos

observacionais foram realizados pelo pesquisador, onde este apenas observou de

modo passivo, a ocorrência dos eventos sobre os sujeitos da pesquisa. Pode ser

descritivo, quando acontece apenas descrição dos eventos ocorridos, ou analítico,

quando o observador testa hipóteses ou estabelece associações correlações ou

inferências. Na coleta dos dados efetivamente o autor participa da situação, inclusive

intervindo, mudando propondo. Sob um modo de registro minucioso tanto das

informações objetivas como de suas impressões sobre o observado, sobre as reações

observadas, e assim por diante (LEOPARDI, 2002).

Triviños (1995) traz que a pesquisa exploratória permite ao investigador

aumentar sua experiência em torno de um determinado problema, consistindo em

explorar tipicamente a primeira aproximação de um tema e visa criar maior familiaridade

em relação a um fato ou fenômeno.

As pesquisas descritivas objetivam a descrição das características de

determinada população, fenômeno ou estabelece relações entre variáveis. Ela

possibilita estudar as características de um grupo como sua distribuição por idade,

sexo, procedência, nível de escolaridade, estado de saúde, entre outros. Pode ajudar a

levantar opiniões, atitudes e crenças de determinada população, nível de rendimentos

ou escolaridade (GIL, 1996).

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Para Leopardi (2002), a pesquisa qualitativa é o conhecimento originário de

informações diretamente vinculadas com a experiência estudada, não podendo ser

controladas ou generalizadas, nem ao menos suspeitas ou tidas como não verdades

por serem experiências verdadeiras de pessoas.

A pesquisa realizou-se em uma instituição filantrópica, de direito privado,

localizado no interior do Rio Grande do Sul. Que possui um total de 180 leitos, sendo

destes 25 disponíveis para o setor de Maternidade. Refere-se a uma estrutura

gerenciada por mais de 30 profissionais das áreas médicas e de enfermagem que se

reveza em plantões de 24 horas.

A Instituição disponibiliza de Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal,

atendendo crianças de zero à treze anos de idade, tendo disponíveis para internações

07 leitos de Cuidados Intensivos. Em média ocorrem cerca de 90 (noventa)

nascimentos/mês, destes 60% são partos cesáreos e 30% são partos naturais.

Os sujeitos da pesquisa desse estudo foram os técnicos de enfermagem que

atuam no Centro Obstétrico da Instituição e que realizam o primeiro banho no recém

nascido, portanto foram entrevistados seis profissionais que estavam de acordo com os

critérios de inclusão e exclusão. Os profissionais que tem contato com a primeira

higienização no neonato são os técnicos de enfermagem, portanto nesta pesquisa não

está inclusa a entrevista com enfermeiros, sendo que o papel do enfermeiro neste

processo é a capacitação da equipe e o acompanhamento do processo na avaliação

dos sinais vitais.

Os critérios de inclusão utilizados foram funcionários há mais de seis meses na

instituição; que realizam o primeiro banho do recém nascido; que aceitam participar da

pesquisa assinando o termo de consentimento livre e esclarecido em duas vias; e que

concordem com a gravação de suas falas em fita K7 durante as entrevistas.

Os critérios de exclusão foram ser profissional substituto (não atuar nos setores

da Maternidade e Centro Obstétrico) ou em situação de afastamento, licença ou em

período de férias.

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A coleta de dados ocorreu por meio de entrevista realizada pela acadêmica.

Primeiramente o projeto foi encaminhado para a aprovação da instituição hospitalar.

Após receber esta aprovação para o desenvolvimento do estudo, o projeto foi enviado e

aprovado no Comitê de Ética e Pesquisa (COEP) da UNIVATES, sob o protocolo nº

113/11.

Após realizou-se o contato com enfermeira da unidade para seleção dos

funcionários da enfermagem para serem entrevistados. O local da entrevista foi o

Centro Obstétrico, durante o período da manhã, tarde e noite realizada pela acadêmica

sendo gravada e posteriormente transcrita mantendo totalmente o sigilo. Antes de

iniciar as entrevistas os entrevistados foram informados sobre a pesquisa, seus

objetivos e justificativa, após assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(TCLE) em duas vias, ficando uma para a entrevistada e a outra para o entrevistador.

Antes de iniciar a entrevista, informou-se que o tempo médio estimado será de

20 minutos e ficará ciente de que suas respostas serão gravadas em fita K7, depois

serão transcritas na íntegra pela pesquisadora. Será garantido o anonimato e sigilo das

respostas, e para não identificá-los serão usados pseudônimos na análise e divulgação

dos dados. A qualquer momento o profissional que foi entrevistado teve o direito de

desistir de responder a entrevista e deixar de participar da pesquisa.

O instrumento foi um questionário elaborado pela acadêmica que tem os dados

de identificação do participante como: sexo, idade, tempo de serviço, categoria

profissional, tempo de formação e de experiência no setor Maternidade e CO.

A entrevista consistiu em seis questões abertas que dizem respeito à técnica

aplicada para realização do primeiro banho do RN e produtos utilizados; tempo

transcorrido entre o nascimento até a finalização do primeiro banho; tempo médio de

duração do banho; produtos usados de rotina para limpeza do coto umbilical e qual

técnica aplicada; existência de capacitações realizadas na Instituição e quem as

realizam com o objetivo de aperfeiçoar as técnicas de banho.

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Esta pesquisa segue os preceitos da Portaria Ministerial 196/96, que se refere

quanto às pesquisas com seres humanos. A pesquisa foi encaminhada ao COEP da

UNIVATES para aprovação. Para manter o sigilo do entrevistado, estes foram

identificados por um pseudônimo. Não haverá riscos aos entrevistados e o desconforto

será pelo tempo dispensado á entrevista. Após encerrar a entrevista, a acadêmica,

havendo necessidade, forneceu orientações e informações aos entrevistados em

relação ao tema deste estudo.

Os resultados deste estudo serão publicados em periódicos científicos e

apresentados em eventos da área. Os dados coletados serão guardados por cinco anos

pela pesquisadora e após serão descartados de forma a manter o sigilo.

A análise dos dados das questões norteadoras foi realizada por meio da

construção de categorias oriundas das falas da entrevista, conforme o Método de

Análise de Bardin (1977). A análise de conteúdo é formada a partir de três fases:

primeira fase tratou de uma pré-analise, na segunda fase houve a realização de uma

descrição analítica e na terceira fase, ocorreu a interpretação referencial.

Na primeira fase (pré-análise) objetivou contemplar três missões: formulação de

objetivos; formulação de hipótese ou indicadores que fundamentaram a interpretação

final; escolha dos documentos que foram representativos e pertinentes. Já na segunda

fase (descrição analítica) além do estabelecimento na primeira fase da pré-análise

buscou-se contemplar principalmente: leitura do material organizado; decomposição do

material coletado e unidade de significado, atendendo os indicadores ou hipóteses

estabelecidas previamente e utilizou-se uma codificação específica; agregou-se as

unidades de significado em temas/categorias; houve a passagem do conteúdo coletado

da linguagem ingênua do informante para a linguagem científica do pesquisador

organizado por temas e/ou categorias. A terceira fase (interpretação referencial)

abrangeu o tratamento de resultados, pois a categorização não esgota a análise, é

apenas uma descrição. A interpretação das categorias frente a um referencial teórico

seguiu a descrição. Através da interpretação vislumbra-se uma nova perspectiva teórica

sobre o problema ou área temática investigada, pois esta é que aceitará ou rejeitará as

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hipóteses propostas ou responderá as questões ou objetos estabelecidos no designa

da pesquisa (BARDIN, 1977).

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4 ANÁLISE DE DADOS

A seguir serão apresentados a analise dos dados organizados em cinco

categorias. O material gravado foi transcrito e após leitura do mesmo, selecionados

trechos das entrevistas, tirando as ideias centrais e mais relevantes a este estudo.

4.1 Caracterização dos Sujeitos da Pesquisa

A pesquisa foi desenvolvida com seis profissionais da enfermagem, todos

pertencentes ao sexo feminino. Destes, 67% pertenciam à categoria de técnico de

enfermagem e 33% auxiliar de enfermagem.

Dos entrevistados 50% referiram ter idade entre 20 a 29 anos, 17%

apresentavam de 40 a 49 anos e 33% de 50 a 59 anos de idade. Quanto ao tempo de

serviço na área de enfermagem 33 % dos entrevistados atuam na área de 1 a 5 anos,

17% de 6 a 10 anos, 33% de 11 a 15 anos, e 17% apresentavam tempo de serviço

maior de 30 anos de serviço.

O tempo de experiência em Centro Obstétrico abrangeu 33% que possuíam de 1

a 5 anos, 17 % de 6 a 10 anos e 50% dos profissionais apresentavam tempo de

experiência superior a 10 anos.

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4.2 Analise de conteúdo

4.2.1 Primeira Categoria: A higienização do recém nascido

Na categoria sobre a higienização do recém nascido os profissionais

entrevistados relataram iniciar o banho do recém nascido sempre no sentido cefalo-

caudal, utilizando técnica de higienização corporal. A maioria dos relatos dos

entrevistados foi sobre a técnica do banho, pouco foi referido sobre os produtos e

materiais utilizados.

Começa sempre pela cabeça, depois pelo corpo, braços, pernas e região genital (E1).

Antes pesamos, depois vacinas, há rotinas e depois o banho começa pelo rosto, cabelo, usamos pente para retirar o excesso, por ultimo a parte de trás e o períneo (E2).

Cefálo caudal(E3).

Sempre começando pela cabeça, depois pelo corpo, cuidando o coto umbilical. Utilizando sabonete infantil neutro(E4)

Lava a cabeça e o rosto, seco e depois as costas, vou lavando com as toalhas e secando(E5).

Segura a coluna e lava rosto e depois com sabonete neutro o resto do corpo e seca(E6)

Bowden et. al. (2005) abordam que o banho deve ser trabalhado de maneira

sistemática de cima para baixo. Lavar cada parte do corpo em seu momento prestando

atenção especial ás dobras do pescoço, coxa e antebraço.

O banho do recém nascido vai depender das rotinas de assistência ao neonato,

poderá ser utilizada a técnica de higiene corporal, utilizando-se de panos macios ou

gazes umedecidas. O corpo pode ser ensaboado com sabão neutro ou soluções

antissépticas de ph ácido, para prevenções de infecções cutâneas. (PIZZATO; DA

POIAN, 1988).

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Bowden et. al. (2005) ainda relatam que o excesso de vérnix pode ser removido

da pele do recém nascido; entretanto, não é necessária a remoção total dessa

substância.

4.2.2 Segunda Categoria: Período de tempo entre o nascimento e o primeiro

banho

A maioria dos profissionais relataram uma média de 10 a 15 minutos de tempo

transcorrido entre o nascimento e o primeiro banho, sendo este por parto normal ou

cesariana. Houve divergência em apenas uma resposta, na qual no parto cesariana

transcorre uma média de 30 minutos entre nascimento e o primeiro banho.

Cerca de 15 min (E1)

Cesária e Parto normal cerca de 15 min(E2).

Imediatos, após 10 a 15 min (E3).

No parto cesariana cerca de 30 min e normal cerca de 15 mim (E6).

Gaíva e Gomes (2003, p. 34) destacam que “a primeira higiene deve ser

realizada quando o recém nascido estiver estável e aquecido. Ela tem por objetivo

retirar o excesso de sujidade e resíduos de sangue”.

Imediatamente após o nascimento, a pele do RN se encontra envolvida por

secreções e sangue, com potencial de contaminar tanto profissionais de saúde como

familiares, o que justifica a ideia presente em muitas culturas de administrar a

higienização imediatamente após o nascimento. De fato, essa rotina está presente em

muitas maternidades, exceto para partos de alto risco ou para os recém nascidos

prematuros (PUGLIESE et. al., 2009).

Essa categoria diz respeito ao tempo médio de duração do banho. Nesta

categoria, houve divergência em algumas respostas, a maioria dos entrevistados relata

um tempo médio de 5 min, sendo dois entrevistados um tempo médio de 10 min.

5 min(E1).

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Aproximadamente 3 a 5 min(E2).

Aproximadamente 2 min(E4).

Aproximadamente 10 min(E6).

A característica principal da higienização do recém nascido é minimizar qualquer

contágio que possa prejudicar a vida do nascituro e da equipe médica pelo contágio

com secreções e sangue. Porém deve-se ter cuidado na administração deste processo

admitindo-se um período de tempo adequado à ambientação da criança, evitando-se

problemas causados por elevação ou diminuição bruscas de temperatura ambiente em

comparativo com a temperatura do bebê (ROSA, 2008).

A duração da técnica não deverá ultrapassar a cinco minutos, nos primeiros dias

de vida, devido instabilidade hemodinâmica do recém nascido (PIZZATO; DA POIAN,

1988). Nesta mesma linha de raciocínio Hanh (2001, texto digital) relata que o banho

não deve ultrapassar os 5 a 10 minutos de duração, pois o recém nascido perde calor

se estiver despido e úmido, evita-se desta forma o risco de hipotermia.

4.2.3 Terceira Categoria: Técnicas para limpeza do coto umbilical

Os produtos utilizados para limpeza do coto umbilical e qual técnica aplicada,

abrange a quarta categoria. Todos profissionais relataram a utilização de corante duplo

na primeira higiene e nas subsequentes o uso de álcool 70%.

Álcool 70% com cotonete, começa na borda e pincela no lado, logo enrola com gaze. No primeiro banho passa corante (E2).

Primeiro banho corante duplo, depois no segundo banho com álcool 70%, enrolando com gaze, colocando dentro fralda (E4).

Sabonete liquido infantil neutro no primeiro banho corante duplo, e nos próximos álcool 70% com cotonete (E5)

Seca com cotonete ou gaze e coloca corante, enrola com gaze. Depois com álcool 70%, enrola com gaze(E6)

A realização do curativo umbilical deve ser diária logo após o banho para

prevenir infecção, gerar a cicatrização da inserção e favorecer a mumificação do coto

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umbilical. No curativo é realizada antissepsia do coto com substância apropriada,

utilizada como rotina nas unidades geralmente álcool a 70%. A enfermeira deve

aproveitar este momento para avaliar criteriosamente o nível de mumificação do coto

umbilical. Devem ser detectadas precocemente quaisquer anormalidades como

sangramento, odor fétido, coloração esverdeada ou irritações periumbilicais (OLIVEIRA;

MONTICELLI, 2002).

Reis e Cruz (2004, texto digital), relatam a maneira correta de realizar a limpeza

do coto umbilical: limpando com cotonete embebido em álcool 70% com movimentos

circulares até retirar a sujidade, tanto ao redor como no próprio coto; após secar toda a

área com cotonete; deve-se dobrar a fralda expondo o coto umbilical evitando-se a

proliferação de microorganismos; esta limPeza deve ser realizada três vezes ao dia.

4.2.4 Quarta Categoria: As atualizações da equipe de profissionais de técnicos de

enfermagem sobre técnicas de banho do recém nascido

Todos entrevistados relataram participar de treinamentos, alguns relatam

participar de treinamentos sobre aleitamento materno e neste ser abordado o banho do

recém nascido. Outro profissional relata que muitos aprendizados são tidos pelos

profissionais mais experientes.

Treinamentos que falam sobre aleitamento materno e técnica do banho(E2).

Sim, há treinamento junto com aleitamento materno(E4).

Temos treinamento sobre aleitamento materno e algumas pinceladas sobre banho, aprendemos algumas coisas com profissionais mais antigos(E6)

A assistência aos recém nascidos começa na primeira metade do século XX e é

influenciada pelos países mais desenvolvidos. A sistematização do cuidado com o

recém nascido sofreu muitas modificações observadas no decorrer da história,

passando a serem observados maiores cuidados com a higiene corporal do bebê,

cuidados com o coto umbilical e controle de infecção ambiental e dos equipamentos,

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havendo importância da disponibilidade de treinamentos e capacitações aos

profissionais (OLIVEIRA e RODRIGUES, 2005).

Há a necessidade de um trabalho motivacional e informacional com as

responsáveis por este trabalho junto ao RN, sendo que os profissionais envolvidos no

procedimento devem estar comprometidos e serem responsáveis pela vida do neonato.

Neste momento da vida qualquer descuido poderá causar sérias complicações ao RN.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pesquisa foi realizada em uma instituição hospitalar do Vale do Taquari, no

interior do Rio Grande do Sul, tendo como finalidade observar e aprimorar o cuidado

com a higienização do RN. Buscando fundamentação ao estudo em pesquisas já

realizados na área.

A pesquisa demonstrou que há a necessidade de um treinamento específico da

equipe envolvida na higienização do recém nascido, tendo em vista as mudanças e

constante atualização de novas técnicas e tecnologias desenvolvidas na área da saúde.

Há necessidade de aprimorar a forma de higienização do neonato, tendo em

vista as conseqüências que podem ocorrer em um tratamento inapropriado ao momento

da higienização.

Posteriormente a esta pesquisa, poderá ser desenvolvido também um trabalho

que integre a família do RN ao processo de higienização do mesmo, visando o bem

estar do RN.

A pesquisa demonstrou que há pouco estudo na área, podendo ter continuidade

e um aprimoramento ainda maior no procedimento da primeira higienização do RN.

Tendo em vista que poderão ter conseqüências graves se o processo for realizado de

maneira inadequada.

Também evidenciou a necessidade de constante aprimoramento da equipe

técnica envolvida e uma atualização específica na área de higienização, tendo em vista

que esta atualização é feita somente no momento que fala-se em aleitamento materno,

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bem como, não é aprofundado no sentido de informar de forma clara e objetiva todo o

procedimento e as conseqüências pelo olhar clínico da situação exposta. As

atualizações podem ser feitas através de seminários, podendo ser ministrados por

Enfermeira que tenha conhecimento aprofundado no acompanhamento da higienização

do RN.

Outro campo de atuação que pode ser desenvolvido na área acadêmica é a

formação de profissionais pós-graduados específicos para o trabalho de higienização

ao neonato, buscando desenvolver um conhecimento e um estudo que desenvolva

novas tecnologias e técnicas especificas e atuais sobre o assunto.

Todo este estudo demonstra os benefícios que podem ser trazidos,

principalmente, ao RN com a melhora da capacidade técnica que envolve sua primeira

higienização. Evidenciando a importância de haver políticas governamentais e hospitais

referência no acompanhamento ao RN.

Ainda podemos citar como um benefício o vínculo afetivo que há entre mãe e

RN, mostrando a possibilidade de um melhor cuidado com o bebê. Tornando este

vínculo mais próximo das equipes profissionais envolvidas neste momento mágico na

vida familiar.

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APÊNDICES

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LISTA DE APÊNDICES

Apêndice A – Instrumento para coleta de dados ............................................. 37

Apêndice B – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido do COEP .......... 39

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Apêndice A – Instrumento para coleta de dados

UNIVATES

CURSO DE ENFERMAGEM

ACADÊMICA: IDONES DOS SANTOS

Projeto: PERCEPÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM EM UM HOSPITAL NO

INTERIOR DO RIO GRANDE DO SUL QUANTO ÀS TÉCNICAS DE REALIZAÇÃO

DO PRIMEIRO BANHO DO RECÉM NASCIDO

Instrumento de Coleta de Dados

Sexo:

Idade:

Tempo de serviço:

Categoria profissional:

Tempo de formação:

Tempo de experiência na unidade do Centro Obstétrico:

1) Qual técnica você utiliza para realização do primeiro banho do RN? Quais os

produtos utilizados?

2) Quanto tempo transcorre entre o nascimento até o início do primeiro banho?

3) Qual tempo médio de duração do banho?

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4) Que produtos de rotina são utilizados para limpeza do coto umbilical e qual técnica

aplicada?

5) Você já realizou capacitações e/ou atualizações sobre o banho do recém nascido?

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Apêndice B – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido do COEP

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Convido você a participar do projeto de pesquisa intitulado “Realização do

primeiro banho do recém nascido pela equipe de enfermagem em um hospital no

interior do Rio Grande do Sul” que será realizada como condição para obtenção do grau

de Bacharel em Enfermagem do Curso de Enfermagem do Centro Universitário

UNIVATES, acadêmica Idônes dos Santos sob orientação da prof. Ms. Ioná Carreno.

Este trabalho tem como objetivo conhecer a forma de realização do primeiro

banho do recém nascido pela equipe de enfermagem, em um hospital no interior do Rio

Grande do Sul, em relação à técnica desenvolvida, produtos utilizados, tempo do

procedimento, cuidado com coto umbilical e conhecer as formas de atualização do

procedimento. Com esse trabalho espera-se contribuir para que a equipe de saúde

tenha um olhar voltado para a técnica correta do banho no recém nascido, e que

possam ser desenvolvidas ações educativas para que possibilitem preencher as

necessidades das mães e de seus familiares, no ambiente hospitalar e em casa após

alta, assegurando o bem estar continuado da família.

A coleta de dados será realizada através de entrevista individual, que deverá

durar aproximadamente 20 minutos . Sua participação é voluntária e a mesma não

implica em riscos, podendo gerar algum desconforto em relação ao tempo dispensado

para a entrevista.

Pelo presente Termo de Consentimento Livre e Esclarecido declaro que fui

informado, de forma clara e detalhado, livre de qualquer forma de constrangimento, dos

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objetivos, da justificativa, dos métodos de coleta de dados, dos riscos e benefícios da

presente pesquisa. A acadêmica responsável me informou sobre:

- a liberdade de retirar meu consentimento a qualquer momento e deixar de

participar do estudo;

- a garantia de que meu nome será mantido em sigilo após a divulgação dos

resultados e que as informações obtidas serão utilizadas apenas para fins científicos

vinculados ao presente projeto de pesquisa;

- a garantia de receber respostas a qualquer pergunta, esclarecimento ou dúvida

acerca da coleta de dados, benefícios e outros assuntos relacionados à pesquisa;

- a divulgação dos resultados da pesquisa será através de trabalho de conclusão

de curso;

- a pesquisa não ira gerar custos aos pesquisados, serão totalmente absorvidos

pelo pesquisador.

Eu confirmo o entendimento do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido a

ser assinado em duas vias, um ficando com o entrevistado e a outra com o

pesquisador. Todas minhas duvidas serão esclarecidas pela acadêmica responsável

Idones dos Santos e em caso de esclarecimentos pode entrar em contato pelo telefone

(51) 94124130. Este termo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da

UNIVATES na data __/__/2012.

______________________________ ______________________________

Nome do Pesquisador Nome do Entrevistado

______________________________ ______________________________

Assinatura do Pesquisador Assinatura do Entrevistado

Lajeado, _______de__________________2011.