Relatório 09 - Balanços de Energia
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALGOAS – UFAL
CENTRO DE TECNOLOGIA – CTEC
CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA
ANDERSON SOUZA VIEIRA
BALANÇO DE ENERGIA
DISCIPLINA: LABORATÓRIO DE ENGENHARIA QUÍMICA I
PROFESSORA: ANA KARLA DE SOUZA ABUD
MACEIÓ / 2011

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RESUMO
O bombeamento de líquidos é aproveitado pelo homem em diferentes engenhos,
aplicando-se principalmente na extração de águas subterrâneas e na instalação de elevadores
hidráulicos. As bombas são máquinas geratrizes cuja finalidade é realizar o deslocamento de
um líquido por escoamento. Para calcular o trabalho de uma bomba aplica-se o balanço de
energia mecânica entre dois pontos do sistema de escoamento. Geralmente se escolhem os
pontos dos níveis de entrada e saída do fluido. Neste trabalho, foram obtidos dados
experimentais para o cálculo do trabalho realizado por uma bomba. Foram montados dois
sistemas de bombeamento de água, um com os níveis do líquido à mesma altura e outro com
alturas diferentes. O experimento consistiu na medição do tempo necessário para o
escoamento de determinado volume do fluido, para três rotações diferentes da bomba, para
ambos os sistemas. Foram medidos os comprimentos da tubulação, bem como as alturas tanto
na sucção quanto na descarga. Então, foram realizados os balanços de energia para
determinação da altura manométrica, que expressa a energia que a unidade de peso adquire
em sua passagem pela bomba. Foi observado que a existência de diferença de cota entre os
níveis dos reservatórios faz com que a altura manométrica seja maior que no caso dos níveisestarem à mesma altura.
Palavras chave: bombeamento, Balanço de energia, fluidos

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ÍNDICE
1.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................................ 4
2.OBJETIVOS .......................................................................................................................... 6
3.MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................................. 7
4.RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................................ 8
5.CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 12
6.REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 13

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1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Uma bomba é um dispositivo que adiciona energia aos líquidos, tomando energia
mecânica de um eixo, de uma haste ou de outro fluido: ar comprimido e vapor são os mais
usuais. As formas de transmissão de energia podem ser: aumento de pressão, aumento de
velocidade ou aumento de elevação – ou qualquer combinação destas formas de energia.
Como conseqüência, facilita-se o movimento do líquido. É geralmente aceito que o líquido
possa ser uma mistura de líquidos e sólidos, nas quais a fase líquida é dominante.
Bombas sempre foram usadas em muitos pontos na sociedade para uma grande
variedade de propósitos. Há muito tempo, as aplicações incluíam o uso de cata-ventos ou
rodas d'água no bombeio de água para o consumo humano, para a irrigação ou para o
consumo animal. No presente, usamos bombas para irrigação, para abastecimento de água
corrente, abastecimento de gasolina e outros combustíveis, sistemas de condicionamento de
ar, refrigeração, movimentação de produtos químicos, movimentação de águas servidas,
combate a enchentes, serviços em embarcações, etc.
Por causa da grande variedade de aplicações, as bombas apresentam uma variedade
extrema de formas e tamanho: de muito grandes a muito pequenas, do manuseio de líquidos e
de misturas de líquido e sólido, de pressões altas e baixas, de vazões ou caudais pequenos e
grandes [1].
Os fluidos em movimento são a essência dos processos industriais. Daí a importância
dos dispositivos para movê-los ou que por eles são movidos. O engenheiro não projeta as
bombas apenas deve saber selecioná-las dentre os tipos de modelo padronizados, isto requer
familiarização com as características de funcionamento. O escoamento é induzido por uma ou
mais dessas seguintes causas: gravidade; deslocamento; impulso; força centrífuga; quantidadede movimento; força eletromagnética.
Um importante fato para o bombeamento dos fluídos são as propriedades do mesmo.
Uma vez que a vazão nas tubulações de sucção e carga é variável, o fluido deverá ser
acelerado e retardado certo número de vezes em cada rotação. Como o líquido possui massa,
ele deverá receber energia para ser acelerado. As propriedades dos fluidos hidráulicos
relevantes para o estudo do escoamento dos fluidos são a massa volúmica, a tensão superficial
e viscosidade [2].

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Para o cálculo do trabalho de uma bomba, é utilizado um balanço de energia entre
pontos convenientes do sistema de escoamento, o qual divide-se em tubulação de sucção
(entre reservatório e entrada da bomba); conjunto motor-bomba e tubulação de recalque (da
saída da bomba até o reservatório de descarga).
Tomando como pontos para realização do balanço, os níveis dos reservatórios,
teremos:
f m h zg
vP H z
g
vP2
2
22
1
2
11
22(1)
Onde Hm é a altura manométrica eg
W H m (2), em que W é o trabalho da bomba.
A perda de carga hf é dada pela equação:
gD
Lv f h f
2
2
(3)
Na equação (3), o fator de atrito f é mais convenientemente obtido do diagrama de
Moody, ou da relaçãoRe
64 f (4), se o escoamento é laminar.

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2. OBJETIVOS
Calcular o trabalho sobre um fluido, ou seja, o trabalho da vizinhança (bomba) sobre o
sistema (fluido) e a relação entre altura de projeto e vazão.

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3. MATERIAIS E MÉTODOS
a) Materiais
Dois béqueres de 1 L;
Mangueira flexível;
Bomba peristáltica;
Termômetro;
Cronômetro;
Trena.b) Métodos
Foram montados dois sistemas de bombeamento de líquidos, os quais são mostrados
na Figura 1.
Figura 1. Esquema dos sistemas de bombeamento montados.
As distâncias do béquer (reservatório) até a bomba foi medida com uma trena
(sucção), bem como a distância da bomba até o segundo béquer (reservatório de descarga)
para ambos os sistemas. Também foram medidas as distâncias das alturas de sucção e de
descarga.
Então, colocou-se água no béquer de sucção, estabeleceu-se para a bomba a rotação 3
e cronometrou-se o tempo necessário para a transferência de 150 mL da água para o béquer de
descarga. O mesmo procedimento foi repetido para as rotações 5 e 8, para ambos os sistemas.
Todos os valores foram anotados em uma tabela, para que fossem efetuados os
cálculos do trabalho da bomba para cada um dos sistemas.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
As distâncias dos béqueres à bomba, as alturas de sucção e de descarga, bem como otempo gasto para o escoamento de 150 mL de água de um béquer para outro foram
organizadas na Tabela 1.
Tabela 1. Dados experimentais para a determinação da altura manométrica e do trabalho realizado pelabomba.
SistemaDiâmetro do
tubo (m)
Distância do béqueraté a bomba (m)
Altura (m) Rotaçãoda bomba
Tempopara
escoar 150mL (s)Sucção Descarga Sucção Descarga
a
0,003175
0,945 0,85 0 03 1815 99,278 62
b 0,88 1,36 0,29 0,895
3 1815 103,368 59,8
Para determinar a altura manométrica da bomba, é necessário fazer um balanço de
energia, o qual é dado pela equação (1). Os pontos onde os balanços serão feitos são indicados
por números 1 e 2, na Figura 1.
Balanço de energia do sistema (a)
f m
f m
h z zg
vvPP
H
h zg
vP H z
g
vP
12
2
1
2
212
2
2
22
1
2
11
2
22
Nesta segunda equação, podemos considerar que 02
0
2
1
2
212
g
vve
PP, pois
P2 = P1 = Patm e v2 = v1 (os diâmetros na sucção e na descarga são os mesmos). Além disso, z2
= z1 (mesmo nível). Assim, a equação do balanço de energia, para este caso, reduz-se a:
gD
Lv f h H f m
2
2
(5)
Para o cálculo do fator de atrito, f , faz-se necessário calcular o número de Reynols
para verificar se o regime de escoamento é laminar ou turbulento. Caso seja laminar, utiliza-se

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a equação (4) para determinação de f ; se for turbulento, é preciso mais um dado, a rugosidade
do material da mangueira para então utilizar o diagrama de Moody.
As vazões volumétricas dos escoamentos foram obtidas através da equaçãot
V Q e,
a velocidade, da equação A
Qv , onde
4
2 D
A . Além desses dados, para o cálculo de
Reynolds, é necessário o valor da massa específica e da viscosidade dinâmica do fluido na
temperatura do experimento. A temperatura medida foi de 28,0 ºC; nesta temperatura, a massa
específica vale 996,2 kg/m³ (PERRY, 1999) e a viscosidade dinâmica, 0,8388 x 10-3 N.s/m²
(The Engeneering Toolbox, 2009). Na Tabela 2 são apresentados os valores das vazões
volumétricas, velocidades, número de Reynolds e do fator de atrito para o sistema (a).
Tabela 2. Dados calculados para realização do balanço de energia para o sistema (a).Rotação Vazão (m³/s) Velocidade (m/s) Reynolds Fator de atrito
3 8,287 x 10-7 0,1047 394,8 0,1621
5 1,511 x 10-6 0,1908 719,5 0,0890
8 2,419 x 10-6 0,3035 1152,0 0,0556
Observa-se que, pelo número de Reynolds ser menor que 2000, o regime de
escoamento é laminar, e a equação (4) foi utilizada para obtenção do fator de atrito (última
coluna).
O comprimento equivalente referente ao sistema é dado pela soma das distâncias do
béquer à bomba na sucção e na descarga (não há singularidades). Dessa forma, para o sistema
(a), m
L 795,185,0945,0 .
Substituindo estes dados na equação (5), encontramos a altura manométrica para a
rotação 3:
mmsm
msm H m 0512,0
)(003175,0) / (806,92
)(795,1 / 1047,01621,02
22
Cálculos análogos para as demais rotações levam aos valores mostrados na Tabela 3, a
qual também contém os valores do trabalho da bomba, obtido através da equação (2).

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Tabela 3. Alturas manométricas e trabalhos para as três rotações do sistema (a).Rotação H m (m) W (J/kg)
3 0,0512 0,5021
5 0,0934 0,91598 0,1496 1,4670
Balanço de energia do sistema (b)
f m
f m
h z zgvvPP H
h zg
vP H z
g
vP
12
2
1
2
212
2
2
22
1
2
11
2
22
Neste caso, são feitas as mesmas considerações do sistema (a) de que
02
0
2
1
2
212
g
vve
PP; entretanto, os pontos escolhidos para o balanço energético não
se encontram no mesmo nível, havendo uma diferença de cotas. Assim:
f m
f f m
h H hh z z H
895,
00895,012 , considerando (1) como referência ( z1 = 0).
O cálculo de h f segue o mesmo princípio do sistema (a). Na Tabela 4 são apresentados
os valores das vazões volumétricas, velocidades, número de Reynolds e do fator de atrito para
o sistema (b).
Tabela 4. Dados calculados para realização do balanço de energia para o sistema (b).Rotação Vazão (m³/s) Velocidade (m/s) Reynolds Fator de atrito
3 8,287 x 10-7 0,1047 394,8 0,1621
5 1,451 x 10-6 0,1833 691,2 0,0926
8 2,508 x 10-6 0,3168 1194,6 0,0536
Sendo m
L 24,236,188,0 , o valor de h f pode ser encontrado e,
consequentemente, pelo uso da equação f m h H 895,
0 e da equação (2), obtemos a altura
manométrica e o trabalho realizado pela bomba. Tais valores são apresentados na Tabela 5.

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Tabela 5. Perdas de carga, alturas manométricas e trabalhos para as três rotações do sistema (b).Rotação h f (m) H m (m) W (J/kg)
3 0,0639 0,9589 9,4030
5 0,1119 1,0069 9,87378 0,1935 1,0885 10,6738
Com tais dados, foram esboçados os gráficos da altura manométrica x vazão
volumétrica para ambos os sistemas, os quais são mostrados nas Figuras 2 e 3.
Figura 2. Gráfico altura x vazão para o sistema (a).
Figura 3. Gráfico altura x vazão para o sistema (b).
Altura manométrica x Vazão volumétrica
Sistema (a)
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0 5 10 15 20 25 30
Vazão (10-4 m³/s)
A l t u r a m a n o m é t r i c a ( m )
Altura manométrica x Vazão volumétrica
Sistema (b)
0,95
1
1,05
1,1
0 5 10 15 20 25 30
Vazão (10-4 m³/s)
A l t u r a m a n o m é t r i c a ( m )

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5. CONCLUSÃO
Em sistemas típicos com escoamento, é usualmente necessário adicionar energia aofluido para mantê-lo em escoamento. A energia é gerada por um equipamento motriz do
fluido, como uma bomba. A energia adicionada pode compensar as perdas por atrito ou
contribuir para um aumento da velocidade, de pressão ou de altura do fluido.
Neste trabalho, pôde-se observar a necessidade dos balanços energéticos para
determinação do trabalho realizado pela bomba sobre o fluido, no escoamento. Pela equação
(1), percebe-se que esse trabalho é necessário devido às perdas de energia do fluido, devido ao
atrito, indicadas pela perda de carga h f .Além disso, também é possível concluir, através de uma análise dos gráficos das
Figuras 2 e 3, que a existência de diferença entre o nível dos reservatórios ocasiona um
aumento na altura manométrica e, consequentemente, no trabalho realizado pela bomba. O
aumento da rotação da bomba também leva a um aumento na altura manométrica, devido ao
aumento da vazão.

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6. REFERÊNCIAS
Balanço de energia. Disponível em:<www.proengem.uepg.br/arquivos/.../FISICA%20EDITADO.doc> Acesso em: 15 jun 2011.
Bomba hidráulica. Disponível em:<http://pt.wikipedia.org/wiki/Bomba_hidr%C3%A1ulica> Acesso em: 15 jun. 2011.
PERRY, R.H & GREEN, D. Chemical Engineers Handbook. 6ª edição. New York:
McGraw Hill, 1984.
Water – Dynamic and Kinematic Viscosity. Disponível em:<http://www.engineeringtoolbox.com/water-dynamic-kinematic-viscosity-d_596.html>Acesso em: 15 jun. 2011.