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Relatório Anual 2003

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Relatório Anual 2003

Relatório

An

ual 2003

Índice

Valores e VisãoPerfi l do Banco Itaú Holding FinanceiraPrincipais Indicadores FinanceirosMensagem do Presidente do Conselho de AdministraçãoAnálise Gerencial da OperaçãoBanco Itaú Holding Financeira

Mensagem da PresidênciaCenário EconômicoEventos 2003Governança CorporativaDesempenho das Ações e ADRsGerenciamento de RiscosAtivos, Empréstimos e Recursos Captados e AdministradosBanco Itaú EuropaReconhecimentos e destaques

Banco ItaúPerfi lAtivos e EmpréstimosRecursos Captados e AdministradosSegmentação de MercadoSeguros, Previdência e CapitalizaçãoCartões de CréditoItaú Corretora de ValoresGestão de PessoasBanco Itaú Buen Ayre

Banco Itaú-BBAPerfi lPrincipais Indicadores FinanceirosCorporate BankGestão de Pessoas

Ativos IntangíveisAdministração e Diretoria ExecutivaAuditoria Independente - Instrução CVM nº 381GlossárioInformações Corporativas

12348

18202222232628303131

32343536363939404041

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Índice

Valores e VisãoPerfi l do Banco Itaú Holding FinanceiraPrincipais Indicadores FinanceirosMensagem do Presidente do Conselho de AdministraçãoAnálise Gerencial da OperaçãoBanco Itaú Holding Financeira

Mensagem da PresidênciaCenário EconômicoEventos 2003Governança CorporativaDesempenho das Ações e ADRsGerenciamento de RiscosAtivos, Empréstimos e Recursos Captados e AdministradosBanco Itaú EuropaReconhecimentos e destaques

Banco ItaúPerfi lAtivos e EmpréstimosRecursos Captados e AdministradosSegmentação de MercadoSeguros, Previdência e CapitalizaçãoCartões de CréditoItaú Corretora de ValoresGestão de PessoasBanco Itaú Buen Ayre

Banco Itaú-BBAPerfi lPrincipais Indicadores FinanceirosCorporate BankGestão de Pessoas

Ativos IntangíveisAdministração e Diretoria ExecutivaAuditoria Independente - Instrução CVM nº 381GlossárioInformações Corporativas

12348

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1Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Relatório Anual 2003

Valores e Visão

Desde o fi nal de 1992, a visão que orienta a estratégia e iniciativas do Itaú é a de “ser o banco líder em performance, reconhecidamente sólido e confi ável, destacando-se pelo uso agressivo de marketing, tecnologia avançada e por equipes capacitadas, comprometidas com a qualidade total e a satisfação dos clientes”. A liderança em performance se traduz pela combinação entre crescimento e rentabilidade com vistas à criação de valor para o acionista.

O Itaú pauta sua atuação por princípios que sustentam uma cultura organizacional dirigida para a valorização das pessoas, o estrito cumprimento das normas e dos regulamentos e a permanente vocação para o desenvolvimento.

O Código de Ética, amplamente disseminado internamente, refl ete tais valores e compõe o conjunto de instrumentos de estímulo à sua prática.

O Comitê de Ética Corporativo, em sinergia com os diversos comitês de ética setoriais, avalia permanentemente a atualidade e pertinência do Código de Ética e determina as ações necessárias para a divulgação e disseminação dos mais elevados padrões de conduta ética dentro da Instituição.

Tendo como base o permanente compromisso com a transparência das informações divulgadas ao mercado e às autoridades de supervisão bancária, bem como com o contínuo exercício da ética em seus negócios, o Itaú, em 2003, aperfeiçoou seu Código de Ética, incluindo item específi co sobre a responsabilidade dos administradores. A medida atende à Resolução 3081 do Banco Central do Brasil e atende às orientações da Lei Sarbanes-Oxley.

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2 Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Perfi l do Banco Itaú Holding FinanceiraRelatório Anual 2003

Perfi l do Banco Itaú Holding Financeira

Criado por meio de reestruturação societária do con glo merado Itaú, em 2003, o Banco Itaú Holding Financeira S/A – Itaú – atua como banco múltiplo e articula as atividades dos bancos Itaú e Itaú-BBA, com a coordenação estratégica e a centralização das áreas de controle de riscos, auditoria e tesouraria.

Com patrimônio líquido de R$ 11.879 milhões e ativos de R$ 118.738 milhões, alcançou capitalização de R$ 30.453 milhões no encerramento de 2003, fi rmando-se como a instituição fi nanceira de maior valor de mercado na América Latina. Suas ações são negociadas nas bolsas de valores de São Paulo (Brasil), Buenos Aires (Argentina) e Nova York (EUA).

O Banco Itaú é um dos maiores bancos de varejo do país, com atuação nos mercados fi nanceiro e de capitais, no Brasil e no exterior. Com 9,2 milhões de clientes, dispõe de estruturas, produtos e serviços desenvolvidos para atender às necessidades de micros, pequenas e médias empresas, Poder Público e investidores institucionais, pessoas físicas (Agências), pessoas físicas de alta renda (Personnalité) e clientes com elevado patrimônio fi nanceiro (Itaú Private). Além disso, administra os negócios de underwriting, custódia, corretagem de valores mobiliários, cartões de crédito, consórcios, seguros, capitalização e previdência privada.

A rede de atendimento do Banco Itaú conta com 3.055 unidades, no país, entre agências e postos bancários instalados em empresas-clientes e mais 19.770 caixas eletrônicos plenos (full-service) próprios. A moderna tecnologia colocada à disposição de seus clientes permitiu viabilizar mais de 2 bilhões de operações, por meio dos serviços de conveniência – telefone, fax, Internet, sistema de débitos automáticos e compras com cartões de débito.

O Banco Itaú-BBA, criado no fi nal de 2002, a partir da associação do Banco Itaú com o Banco BBA, atua no segmento corporate, atendendo aos mil maiores grupos econômicos que operam

no país. Combina a especialização do antigo BBA no segmento de grandes corporações com as operações de grande volume e a qualidade de serviço do Itaú, na oferta de soluções mais completas e efi cientes aos clientes. Sua carteira de crédito a clientes somava R$ 22.468 milhões no fi nal de 2003, segundo os dados pró-forma do Banco Itaú-BBA.

O acesso ao mercado internacional do Itaú foi ampliado com a inauguração, em junho, da agência Londres do Banco Itaú Europa e a abertura de mesa em Buenos Aires (Itaú Buen Ayre). O Itaú, em razão da sua participação no conglomerado Itaúsa, já contava com mesas em Nova York (Itaú Securities), Lisboa (Banco Itaú Europa) e São Paulo (Banco Itaú), em uma operação conjunta no atendimento a clientes interessados em transações de renda fi xa no mercado internacional de capitais.

O Itaú está autorizado a operar, desde 2002, nos Estados Unidos em condições de igualdade com as demais instituições fi nanceiras daquele país, com o status de “Financial Holding Company”, conferido pelo Federal Reserve Board. Os fatores que levaram à qualifi cação do Itaú foram o alto nível de capitalização, a qualidade superior da administração, o histórico das operações desenvolvidas no Brasil, a experiência e capacidade de estabelecer atividade bancária nos EUA, bem como a existência de controles e práticas consolidadas de compliance, dentro dos padrões exigidos pela legislação norte-americana, tanto em suas operações no Brasil quanto nos países em que atua.

O Itaú foi selecionado, pela quarta vez consecutiva, para compor o Dow Jones Sustainability World Index (DJSI World), como o único banco latino-americano a integrar a lista de 315 empresas selecionadas entre 2.500 organizações mundiais de maior valor de mercado e reconhecida sustentabilidade corporativa. A inclusão no DJSI leva em conta não só a performance fi nanceira, mas, principalmente, a qualidade da gestão da empresa e aspectos como transparência, governança corporativa e responsabilidade social e ambiental.

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3Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Principais Indicadores FinanceirosRelatório Anual 2003

Principais Indicadores Financeiros

2003 2002(1) 2001 2000 1999Evolução %2003/2002

Resultados – R$ milhões

Resultado Bruto da Intermediação Financeira 9.361 7.250 5.892 4.541 3.814 29,1

Resultado Operacional 5.819 4.255 3.140 2.511 2.282 36,7

Lucro Líquido Consolidado Recorrente 3.717 3.080 2.354 1.918 1.518 20,7

Lucro Líquido Consolidado 3.152 2.377 2.389 1.841 1.869 32,6

Resultados por Lote de Mil Ações – R$

Lucro Líquido Consolidado 27,66 21,36 21,41 15,99 15,85 29,5

Valor Patrimonial 104,25 81,23 67,89 57,70 50,09 28,3

Juros Sobre o Capital Próprio 9,72 7,45 7,24 5,46 5,11 30,6

Preço da Ação PN (2) 267,26 159,49 174,69 170,81 142,52 67,6

Preço da Ação ON (2) 236,92 149,39 174,50 178,89 122,80 58,6

Juros Totais Sobre o Capital Próprio – R$ milhões 1.108 829 808 629 602 33,7

Capitalização de Mercado – R$ milhões (3) 30.453 17.743 19.499 19.664 16.804 71,6

Balanço Patrimonial – R$ milhões

Ativos Totais 118.738 111.141 81.416 69.555 51.911 6,8

Empréstimos Totais 44.581 45.414 34.282 27.253 20.005 (1,8)

Recursos Próprios Livres, Captados e Administrados 182.622 154.362 123.970 98.543 74.883 18,3

Dívidas Subordinadas 4.814 5.707 1.433 - - (15,7)

Patrimônio Líquido Consolidado 11.879 9.036 7.578 6.642 5.907 31,5

Patrimônio de Referência (4) 17.185 16.573 10.585 7.676 6.420 3,7

Índices Financeiros (%)

Rentabilidade Recorrente 31,3 34,1 31,1 28,9 25,7

Rentabilidade 26,5 26,3 31,5 27,7 31,6

Retorno sobre Ativos 2,7 2,1 2,9 2,6 3,6

Quociente de Solvabilidade (Índice de Basiléia) 19,8 18,4 16,9 14,4 21,0

Índice de Efi ciência 46,1 50,0 55,0 57,8 58,0

Índice de Imobilização 25,0 33,1 36,7 47,7 60,8

(1) A consolidação do Banco Itaú-BBA ocorre apenas no Balanço Patrimonial, não afetando os resultados.(2) Com base na cotação média do mês de dezembro. (3) Calculado com base na cotação média das ações preferenciais em dezembro.(4) Desde 2000, base de capital, calculada conforme a Resolução 2837 do Bacen, de 30/05/2001, com base no consolidado econômico-fi nanceiro.

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Mensagem do Presidente do Conselho de Administração

4 Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Olavo Egydio Setubal

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O Brasil

Encerramos 2003 com o sentimento de quem viveu um ano de transição econômica e com boas expectativas para 2004. O ano de 2002 fora difícil, marcado por incertezas em relação à política econômica que o novo governo viria a adotar e dúvidas quanto à sua capacidade de manter a austeridade fi scal e monetária necessária para o cumprimento das metas infl acionárias.

O novo governo, entretanto, agiu com fi rmeza, compondo alianças políticas para conduzir importantes reformas estruturais. A continuada austeridade fi scal e monetária reconduziu os índices de infl ação à trajetória compatível com o regime de metas infl acionárias. A redução da infl ação e a estabilidade cambial abriram espaço para cortes mais acentuados da taxa de juros a partir do fi nal de junho. O superávit primário superou a meta negociada com o Fundo Monetário Internacional (FMI). A balança comercial mostrou desempenho excepcional, com superávit recorde, 89% superior ao obtido em 2002, mesmo com a valorização da taxa de câmbio nos últimos meses.

A recuperação da confi ança dos investidores estrangeiros refl etiu-se no retorno do fl uxo de investimentos diretos e no aumento da taxa de renovação dos empréstimos externos. Adicionalmente, o risco-país diminuiu de 2.400 pontos-base em setembro de 2002, para 475 no fi nal de 2003, tendo as agências de classifi cação de risco Fitch Atlantic Ratings e Standard & Poor’s elevado suas classifi cações acerca do Brasil. O acordo com o FMI foi estendido por mais um ano, reafi rmando os compromissos de disciplina fi scal e monetária.

Se essas conquistas tiveram o custo da desaceleração do crescimento econômico – 2003 foi um ano de crescimento nulo do PIB, em razão do fraco resultado nos três primeiros trimestres – existem sinais claros de que o país, ainda em 2004, poderá colher os frutos das consistentes políticas adotadas. A diminuição dos índices de infl ação possibilitou uma redução dos juros maior do que a esperada, o que tende a impulsionar a recuperação da atividade econômica que já se iniciou nos setores de bens de consumo duráveis, bens de capital e bens intermediários.

A retomada das vendas no varejo e da produção de bens não-duráveis dependerá da recuperação do emprego e da renda dos trabalhadores, que ainda está por acontecer. De fato, em 2003, os salários reais sofreram uma queda de 15% em relação à média de 2002.

Senhores Acionistas,

5Banco Itaú Holding Financeira S.A.

O Itaú reafi rmou em 2003 sua capacidade de adaptação a cenários macroeconômicos diversos, fi rmando-se como um banco diversifi cado e com amplo portfólio de operações.

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O Itaú

Nos últimos exercícios, mesmo frente a cenários macroeconômicos bastante diversos, o Itaú tem mantido sua rentabilidade, reafi rmando sua capacidade de adaptação e demonstrando conseguir antecipar-se, com propriedade, aos impactos decorrentes das variações da conjuntura política e do ambiente econômico sobre o sistema fi nanceiro brasileiro.

Adquirindo bancos de posicionamento mercadológico diferenciado, detentores de expertise em operações fi nanceiras e segmentos mais sofi sticados, tanto no mercado nacional quanto no internacional, o Itaú deixou de ser tão somente um grande banco de varejo – diversifi cou-se e ampliou seu portfólio de operações, colocando-se em posição de liderança em segmentos como o das grandes corporações, private e de administração de recursos.

Essa estratégia foi enormemente reforçada com a reestruturação societária, concluída em 2003, que resultou na criação do Banco Itaú Holding Financeira S.A., instituição que incorporou a totalidade das ações do Banco Itaú S. A. sem alteração da participação acionária dos atuais acionistas nem dos administradores.

O Banco Itaú Holding Financeira abriga sob seu controle acionário empresas que atuam exclusivamente na área de serviços fi nanceiros, tendo como suas principais subsidiárias o Banco Itaú S.A., cobrindo os principais segmentos do mercado, e o Banco Itaú-BBA S.A., especializado no atendimento a grandes corporações. Cada uma das duas organizações tem ampla expertise em seus mercados e o desempenho do conjunto evidencia a importância da sinergia alcançada.

A criação do Banco Itaú-BBA por meio da associação com o Banco BBA Creditanstalt foi marcante. Nesse período também foi concluída a integração da Fináustria e do Banco Fiat e assinado o contrato para a aquisição das operações de seguro vida, previdência privada e administração da AGF Brasil Seguros, sendo que os seus saldos patrimoniais já se apresentam nas demonstrações contábeis consolidadas do Banco Itaú Holding em 31 de dezembro de 2003.

Ao fi m do exercício de 2003, o Banco Itaú Holding Financeira apresenta um balanço caracterizado por forte capitalização, destacada diversifi cação de receitas, rigorosa gestão de custos e política conservadora de gestão de riscos.

O resultado consolidado do exercício, de R$ 3.152 milhões, manteve-se em linha com os resultados dos exercícios anteriores, expressando o retorno de 26,5%. O Itaú recolheu ou provisionou tributos e contribuições no montante de R$ 2.891 milhões, destacando-se os que incidiram sobre lucros, receitas e folha de pagamento. Além disso, foram retidos de clientes, arrecadados e recolhidos R$ 100.971 milhões.

Os ativos alcançaram a cifra de R$ 118.738 milhões, uma evolução de 6,8% sobre o ano anterior.

Esses resultados são decorrentes da ação de equipes competentes e comprometidas com os valores e objetivos do Itaú. Assim, o Itaú investe continuamente no aperfeiçoamento da gestão de pessoas, de maneira a garantir a excelência da nossa performance. Destacamos alguns números que refl etem essa prioridade. A remuneração fi xa do pessoal somada a encargos e benefícios totalizou R$ 2.589 milhões, ou R$ 61 mil por colaborador, em média no ano. Os benefícios sociais proporcionados aos colaboradores e seus dependentes foram de R$ 483 milhões. Foram investidos R$ 44 milhões em programas de formação, treinamento e desenvolvimento, para os 42.450 colaboradores que trabalham no Itaú.

As ações do Itaú encerraram o exercício com valorização de 67,3% para as preferenciais e 61,9% para as ordinárias. O volume de juros sobre o capital próprio distribuídos aos acionistas preferenciais elevou-se a R$ 1.108 milhões, na proporção de R$ 9,72 por lote de mil ações. O valor de mercado do Itaú era, no fi nal de 2003, de R$ 30.453 milhões, com crescimento de 71,6% no ano. Com essa valorização, mantivemos a destacada posição de instituição fi nanceira de maior valor de mercado na América Latina.

Pela segunda vez consecutiva, a análise da Interbrand, líder mundial em consultoria de marcas, avaliou a marca Itaú como a de maior valor do país, avaliada em US$ 1.093 milhões.

Mensagem do Presidente do Conselho de AdministraçãoRelatório Anual 2003

6 Banco Itaú Holding Financeira S.A.

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Valor de mercado e valor de marca constituem parte importante dos ativos intangíveis de uma empresa. Estão aí refl etidos todos os recursos que, para além daqueles formalmente contabilizados em balanço, compõem o real valor de uma organização: suas competências, sua estrutura, sua tecnologia e processos e, sobretudo, o conhecimento organizacional, em seu sentido mais amplo.

O Itaú está hoje capacitado a ser competitivo em escala internacional, aliando a força de sua penetração no mercado nacional às competências de suas unidades internacionais: um especialista em Brasil com visão internacional. Vislumbramos, para o futuro, a ampliação desse escopo competitivo internacional do Itaú.

O Brasil vem adotando ao longo dos últimos dez anos avanços importantes na estabilidade e disciplina fi scal que criaram as condições para permitir o desenvolvimento econômico. Todavia, o crescimento de 3,5% esperado para o PIB em 2004 é moderado, pois não se completaram as reformas necessárias para impulsionar os investimentos de maneira expressiva.

Temos certeza de que o Banco Itaú Holding Financeira saberá, mais uma vez, adaptar-se de forma a obter um desempenho melhor do que a média da economia, como vem acontecendo nesses últimos anos. A cultura Itaú, em conjunto com a ênfase tanto na capacitação tecnológica quanto no desenvolvimento do capital intelectual da instituição, continuará a ser poderosa aliada na busca de níveis cada vez mais elevados de performance.

Agradecemos aos nossos acionistas e clientes, mais uma vez, pelo indispensável apoio e confi ança e aos nossos funcionários, pela dedicação, energia e talento que nos impulsionam a obter resultados cada vez melhores.

Cordialmente,

Olavo Egydio SetubalPresidente do Conselho de Administração

Mensagem do Presidente do Conselho de AdministraçãoRelatório Anual 2003

7Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Nota de Pesar

É com enorme tristeza que registramos o falecimento, em 10 de dezembro de 2003, do Dr. Luiz de Moraes Barros, fundador do Banco Sul Americano e membro do nosso Conselho de Administração desde 1971.

Sua biografi a revela brilhante carreira no setor fi nanceiro. Merece destaque a sua passagem pelo Banco do Brasil, instituição de que foi presidente no período de 1964 a 1966.

Ao fi nal do ano, os Conselhos de Administração da Itaúsa – Investimentos Itaú e do Banco Itaú Holding Financeira renderam-lhe merecida homenagem – por sua inestimável contribuição à história do Grupo Itaú, fruto da profunda identifi cação com os princípios da nossa organização –, ao dar ao Edifício Sul Americano, sede da empresa Duratex, que fi ca na Avenida Paulista, em São Paulo, o nome Luiz de Moraes Barros.

É também com pesar que registramos o falecimento do Dr. Olavo de Queiroz Guimarães Filho, em 27 de dezembro de 2003, e Dr. Daniel Machado de Campos, em 8 de janeiro de 2004, ambos membros do Conselho Consultivo do Banco Itaú Holding Financeira.

Reconhecendo o muito que devemos a esses estimados companheiros, ressaltamos a imensa perda que suas ausências representa para todos nós.

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8 Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Análise Gerencial da Operação

FRANS KRAJCBERGSem título, dec.70Madeira com pigmentos naturais153 x 204 x 38 cmAcervo Banco Itaú S.A.

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9Banco Itaú Holding Financeira S.A.

O lucro líquido de R$ 3.152 milhões refl ete o desempenho dos vários segmentos de atuação do Banco, o desenvolvimento de produtos e serviços para atender às necessidades específi cas dos clientes e o foco na redução e racionalização de custos.

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Análise Gerencial da OperaçãoRelatório Anual 2003

10 Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Destaques

(1) JCP ( Juros sobre o Capital Próprio ).

R$ Milhões (exceto onde indicado)

Demonstração do Resultado do Exercício 2003 2002 2001 2000

Lucro Líquido Recorrente 3.717 3.080 2.354 1.918

Lucro Líquido Extraordinário (565) (703) 36 (77)

Lucro Líquido da Controladora 3.152 2.377 2.390 1.841

Margem Financeira 10.998 9.511 9.425 7.081

Resultado Bruto da Intermediação Financeira 9.361 7.250 8.248 6.607

Receita de Serviços 5.121 4.466 3.699 3.465

Resultado de Ações (R$)

Preço da Ação PN - Final do Período 287,00 171,50 175,99 185,00

Preço da Ação ON - Final do Período 252,50 156,00 175,00 185,00

Lucro Líquido Consolidado por Lote de Mil Ações 27,66 21,36 21,41 15,99

Número de Ações em Circulação - em Milhões 113.944 111.247 111.619 115.120

Valor Patrimonial por Lote de Mil Ações 104,25 81,23 67,89 57,70

Dividendos / JCP (1) (R$ Milhões) 1.108 829 808 629

Dividendos / JCP (1) por Lote de Mil Ações 9,72 7,45 7,24 5,46

Market Capitalization (R$ Milhões) 30.453 17.743 19.499 19.664

Market Capitalization (US$ Milhõe ) 10.540 5.022 8.403 10.056

Índices de Desempenho (%)

ROE Recorrente Anualizado 31,3% 34,1% 31,1% 28,9%

ROE Anualizado 26,5% 26,3% 31,5% 27,7%

ROA Anualizado 2,7% 2,1% 2,9% 2,6%

Índice de Solvabilidade 19,8% 18,4% 16,9% 14,4%

Índice de Efi ciência 46,1% 50,0% 55,0% 59,5%

Índice de Imobilização 25,0% 33,1% 36,7% 47,7%

Balanço Patrimonial 2003 2002 2001 2000

Ativos Totais 118.738 111.141 81.807 69.555

Operações de Crédito 38.659 38.419 29.615 23.674

Fianças, Avais e Garantias 5.923 6.995 4.666 3.579

Títulos e Valores Mobiliários + Aplicações em Dep. Interfi nanceiros 40.082 32.151 24.308 24.132

Depósitos Totais 36.698 38.997 28.331 27.875

Dívida Subordinada 4.814 5.707 1.433 -

Patrimônio Líquido da Controladora 11.879 9.036 7.578 6.642

Dados Relevantes

Recursos Administrados 80.097 59.167 55.796 41.665

Número de Funcionários do Conglomerado 42.450 43.215 45.409 47.524

Número de Agências (Unidades) 2.321 2.314 2.259 2.118

Número de PABs (Unidades) 851 878 925 877

Número de Caixas Eletrônicos (Unidades) 20.021 17.926 13.777 12.064

Ratings (Em 27/01/04) Banco Itaú Holding Banco Itaú Banco Itaú-BBA

Fitch Atlantic Ratings Nacional Internacional Nacional Internacional Nacional Internacional

Short Term F1+(bra) B F1+(bra) B F1+(bra) -

Long Term AA(bra) B+ AA(bra) B+ AA(bra) -

Individual - C - C - -

Legal - 5 - 4 - 4

Moody’s

Financial Strength - - - C- - -

Bank Deposits - Foreign Currency - - - B3 / NP - -

Bank Deposits - Local Currency - - - A3 / P-2 - -

Long Term Deposit - - Aaa.br - Aaa.br -

Short Term Deposit - - BR-1 - BR-1 -

Standard & Poor’s

Moeda Estrangeira - Longo Prazo - - - B+ - -

Moeda Estrangeira - Curto Prazo - - - B - -

Moeda Nacional - Longo Prazo - - br.AA BB br.AA -

Moeda Nacional - Curto Prazo - - br.A-1 B - -

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Análise Gerencial da OperaçãoRelatório Anual 2003

11Banco Itaú Holding Financeira S.A.

O intenso foco do Banco Itaú Holding na redução e racionalização de custos contribuiu para que o índice de efi ciência alcançasse 46,1% em 2003, permanecendo dentro dos limites estabelecidos pela alta administração, com uma evolução positiva de 3,9 pontos percentuais em relação ao índice do ano anterior. Desconsiderando-se o impacto associado à consolidação dos bancos Itaú-BBA e Fiat, constata-se que as despesas administrativas de 2003 são apenas 1,1% maiores que as incorridas em 2002.

2003

2002

2001

2000

Índice de Efi ciência

46,1%

50,0%

55,0%

59,5%

O resultado não-realizado somou R$ 2.677 milhões em 31 de dezembro de 2003, correspondendo a um aumento de 65,6% em relação à mesma data do ano anterior. Basicamente em razão do efeito de marcação a mercado dos Títulos e Valores Mobiliários e da participação no Banco BPI S.A. Esse saldo não inclui a provisão adicional para créditos de liquidação duvidosa de R$ 906 milhões. Na medida em que esses instrumentos fi nanceiros forem realizados, esse valor irá, no futuro, transitar como receita pelo resultado.

Resultado não Realizado

2003

2002

2001

2000

2.677

1.765

931

1.647

R$ Milhões

O lucro líquido consolidado do Banco Itaú Holding no ano de 2003 atingiu R$ 3.152 milhões, o que corresponde a um crescimento de 32,6% em relação ao resultado obtido no ano de 2002. O resultado consolidado do Banco Itaú Holding refl ete o desempenho favorável dos vários segmentos de atuação do conglomerado, associado ao constante desenvolvimento de produtos e serviços que visam atender às necessidades específi cas dos diversos tipos de clientes. Além disso, o resultado de 2003 agrega a contribuição representada pela associação que resultou na criação do Banco Itaú-BBA e a aquisição do Banco Fiat.

Lucro Líquido

2000

15,99

2001 2002 2003

1.841

Lucro Líquido (R$ Milhões)

Lucro Líquido por Lote de Mil Ações (R$)

2.390 2.377

3.152

21,41 21,36 27,66

O patrimônio líquido do Banco Itaú Holding totalizou R$ 11.879 milhões em 31 de dezembro de 2003, correspondendo a uma elevação de 31,5% em relação a 2002. O principal componente dessa variação é o próprio resultado obtido pelo Banco no período, seguido pelo aumento vinculado à emissão de ações preferenciais como parte do pagamento do Banco BBA, no valor de R$ 514 milhões, ocorrido no primeiro trimestre do ano. Por fi m, tivemos ainda o efeito da marcação a mercado, líquido dos efeitos fi scais, e das participações minoritárias, sobre a carteira de títulos e valores mobiliários disponíveis para venda, cujo resultado é registrado diretamente no patrimônio líquido, atingindo R$ 464 milhões em 2003. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) em 2003 foi de 26,5% a.a., mantendo-se praticamente em linha com a rentabilidade de 26,3% a.a. alcançada em 2002. O índice de solvabilidade atingiu 19,8%, o que corresponde a uma elevação de 1,4 ponto percentual em relação ao ano anterior.

2003

2002

2001

2000

Retorno sobre Patrimônio Líquido

26,5%

26,3%

31,5%

27,7%

11.879

9.036

7.578

ROE (%)

Patrimônio Líquido (R$ Milhões)

6.642

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Análise Gerencial da OperaçãoRelatório Anual 2003

12 Banco Itaú Holding Financeira S.A.

O índice de nonperforming loans apresentou uma evolução positiva na comparação com 2002, passando de 4,17% para 4,14%. Essa redução é resultado de uma expressiva queda do índice associado aos clientes pessoa física, ocorrida em função de um movimento sazonal de regularização de parcelas em atraso no último trimestre de 2003, juntamente com a adoção de uma política de maior seletividade na concessão de crédito. Por outro lado, o índice relativo aos clientes Pessoa Jurídica cresceu no período em razão de um ambiente de negócios desfavorável a empresas do setor de geração e distribuição de energia.

Índice NPL - Pessoa JurídicaÍndice NPL

Índice NPL(2) - Pessoa Física x Jurídica (%)

2000 2001 2002 2003

11,1010,66

7,34

4,455,01

4,17 4,14

1,50 1,462,15

Índice NPL - Pessoa Física

(2) Nonperforming Loans: Operações de Crédito vencidas há mais de 60 dias.

Os recursos administrados pelo Banco Itaú Holding atingiram R$ 116.795 milhões, crescendo 19,0% em relação a 2002. Em 2003, os fundos de investimento recuperaram a atratividade perdida no ano anterior quando foi introduzida a metodologia de marcação a mercado na avaliação de seus ativos. Assim, os recursos em fundos de investimento e carteiras administradas cresceram 35,4%, totalizando R$ 80.097 milhões no fi nal do período.

2003

2002

2001

2000

Total de Depósitos, Fundos de Investimentose Carteiras Administradas

36,7

39,0

28,3

27,9

80,1

59,2

55,8

Depósitos

Fundos de Investimentos + Carteiras Administradas

41,7

116,8

98,2

84,1

69,5

R$ Bilhões

Em 31 de dezembro de 2003, o saldo total das operações de crédito, incluindo avais e fi anças, atingiu R$ 44.581 milhões, o que equivale a uma redução de 1,8% em relação ao saldo fi nal de 2002. Entretanto, considerando apenas a parcela das operações em moeda nacional, observa-se um crescimento de 11,1% em 2003, atingindo o saldo deR$ 32.345 milhões. Esse crescimento foi compensado por uma redução de 25,0% na parcela das operações indexadas ou denominadas em moeda estrangeira, que refl etiu parcialmente a valorização cambial do real ocorrida no ano. A retração da atividade econômica ao longo do ano foi responsável por uma redução na demanda por operações de avais e fi anças, fazendo com que o saldo de 2003 atingisse R$ 5.923 milhões, o que corresponde a uma diminuição de 15,3%.

Operações de Crédito(1)

2003

2002

2001

2000

12,2

16,3

9,6

7,9

32,3

29,1

24,7

Em Moeda Estrangeira + Indexado em Moeda Estrangeira

Em Moeda Nacional

19,3

44,6

45,4

34,3

27,3

(1) Inclui avais e fi anças.

R$ Bilhões

A gestão de riscos é considerada pelo Banco Itaú Holding um instrumento essencial para a otimização do uso do capital e seleção das melhores oportunidades de negócios, visando obter a melhor relação entre risco e retorno para seus acionistas. Em 2003, o Banco Itaú Holding obteve um resultado na administração da tesouraria e no gerenciamento de gaps de R$ 409 milhões, acima do CDI e líquidos dos efeitos fi scais, assumindo posições de riscos relativamente baixas diante de um cenário de maior estabilidade econômica. Adicionalmente, foram incorporados ao Patrimônio Líquido R$ 694 milhões (líquidos de efeitos fi scais) de mais-valia referente aos títulos e valores mobiliários disponíveis para venda no exercício. Cabe mencionar que existe ainda R$ 360 milhões (após impostos) de provisão adicional de títulos e valores mobiliários.

Taxa Selic e Cotação do Dólar

Dez/02 Mar/03 Jun/03 Dez/03

3,5333

Cotação do Dólar (R$)Taxa Selic (%)

3,3531

2,8720 2,8892

25,0%

2,9234

26,5% 26,5%

20,0%

16,5%

Set/03

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Análise Gerencial da OperaçãoRelatório Anual 2003

13Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Balanço Patrimonial Consolidado

R$ Milhões

Variação

ATIVO 31-dez-03 31-dez-02 dez.03-dez.02 %

Circulante e Realizável a Longo Prazo 115.529 107.672 7.857 7,3%

Disponibilidades 2.157 1.894 263 13,9%

Aplicações Interfi nanceiras de Liquidez 20.780 16.972 3.809 22,4%

Títulos e Valores Mobiliários e Instr. Financeiros Derivativos 29.420 25.188 4.231 16,8%

Relações Interf. e Interdependências 8.466 10.260 (1.793) -17,5%

Operações de Crédito, Arrendamento e Outros Créditos 38.659 38.419 239 0,6%

(Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa) (3.163) (3.172) 9 -0,3%

Outros Ativos 19.210 18.111 1.099 6,1%

Carteira de Câmbio 7.526 6.430 1.096 17,0%

Outros 11.685 11.682 3 0,0%

Permanente 3.209 3.469 (261) -7,5%

Investimentos 924 953 (29) -3,1%

Imobilizado de Uso 2.009 2.240 (232) -10,3%

Diferido 276 276 0 0,0%

TOTAL DO ATIVO 118.738 111.141 7.596 6,8%

R$ Milhões

Variação

PASSIVO 31-dez-03 31-dez-02 dez.03-dez.02 %

Circulante e Exigível a Longo Prazo 105.658 101.000 4.658 4,6%

Depósitos 36.698 38.997 (2.299) -5,9%

Depósitos à Vista 9.672 10.389 (716) -6,9%

Depósitos de Poupança 17.667 17.841 (174) -1,0%

Depósitos Interfi nanceiros 1.208 539 669 124,1%

Depósitos a Prazo 8.150 10.228 (2.078) -20,3%

Captações no Mercado Aberto 16.932 11.876 5.056 42,6%

Recursos de Aceites e Emissão de Títulos 3.759 4.555 (796) -17,5%

Relações Interf. e Interdependências 778 803 (25) -3,2%

Obrigações por Empréstimos e Repasses 12.968 14.601 (1.633) -11,2%

Instrumentos Financeiros Derivativos 755 1.959 (1.204) -61,5%

Provisões Técnicas de Seg., Cap. e Previdência 7.689 4.403 3.286 74,6%

Outras Obrigações 26.080 23.807 2.273 9,5%

Carteira de Câmbio 7.785 6.709 1.077 16,0%

Dívida Subordinada 4.814 5.707 (893) -15,7%

Diversos 13.481 11.392 2.090 18,3%

Resultados de Exercícios Futuros 110 66 45 67,5%

Participações Minoritárias nas Subsidiárias 1.090 1.039 51 4,9%

Patrimônio Líquido da Controladora 11.879 9.036 2.843 31,5%

TOTAL DO PASSIVO 118.738 111.141 7.596 6,8%

Depósitos 36.698 38.997 (2.299) -5,9%

Fundos + Carteiras Administradas 80.097 59.167 20.930 35,4%

Total de Depósitos + Fundos + Carteiras Adm. 116.795 98.164 18.631 19,0%

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Análise Gerencial da OperaçãoRelatório Anual 2003

14 Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Obs: Nesta demonstração do resultado foram reclassifi cadas as despesas de operações compromissadas, que deixaram de compor as despesas de captação e passaram a integrar o resultado de títulos e valores mobiliários.

Apresentamos abaixo o resultado do Banco Itaú Holding com a distribuição dos efeitos da variação cambial sobre os investimentos no exterior pelas diversas linhas da demonstração do resultado, conforme a natureza das contas patrimoniais correspondentes.

R$ Milhões

Variação

2003 2002 2003 - 2002 %

Receitas da Intermediação Financeira 9.976 21.707 (11.731) -54,0%

Operações de Crédito e Arrendamento Mercantil 7.422 12.715 (5.293) -41,6%

Resultado de Títulos e Valores Mobiliários 2.032 8.489 (6.457) -76,1%

Resultado Financeiro de Seg., Prev. e Cap. 453 241 213 88,3%

Resultado de Câmbio 68 262 (194) -74,0%

Despesas da Intermediação Financeira 1.023 (12.196) 13.218 -108,4%

Operações de Captação no Mercado (1.526) (8.850) 7.324 -82,8%

Operações de Empréstimos, Cessões e Repasses 1.622 (3.774) 5.397 -143,0%

Resultado de Aplicações Compulsórias 927 429 497 115,9%

Margem Financeira 10.998 9.511 1.487 15,6%

Resultado com Créditos de Liquidação Duvidosa (1.638) (2.261) 623 -27,6%

Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (2.207) (2.566) 359 -14,0%

Recuperação de Créditos Baixados como Prejuízo 569 305 264 86,7%

Resultado Bruto da Intermediação Financeira 9.361 7.250 2.110 29,1%

Outras Receitas / (Despesas) Operacionais (3.541) (2.995) (546) 18,2%

Receitas de Prestação de Serviços 5.121 4.466 655 14,7%

Resultado Parcial de Seguros, Capitalização e Previdência 747 650 97 15,0%

Despesas Administrativas (7.800) (7.244) (556) 7,7%

Despesas Tributárias (1.118) (886) (232) 26,2%

Resultado de Participações em Coligadas 25 477 (453) -94,9%

Outras Receitas / Despesas Operacionais (516) (458) (58) 12,6%

Resultado Operacional 5.819 4.255 1.564 36,7%

Resultado Não-Operacional (211) (57) (154) 267,8%

Resultado antes da Tributação e Participações 5.608 4.198 1.410 33,6%

Imposto de Renda e Contribuição Social (1.587) (546) (1.040) 190,4%

Resultado Extraordinário (565) (703) 138 -19,6%

Participações no Lucro (295) (179) (116) 64,6%

Participações Minoritárias nas Subsidiárias (9) (392) 383 -97,7%

Lucro Líquido da Controladora 3.152 2.377 775 32,6%

Número de Ações em Circulação - Em mil 113.943.830 111.247.037 2.696.792 2,4%

Valor Patrimonial por Lote de Mil Ações (R$) 104,25 81,23 23,03 28,3%

Lucro Líquido por Lote de Mil Ações (R$) 27,66 21,36 6,30 29,5%

Demonstração do Resultado Consolidado

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Análise Gerencial da OperaçãoRelatório Anual 2003

15Banco Itaú Holding Financeira S.A.

O Resultado de 2003

Margem Financeira

Em 2003, o resultado da intermediação fi nanceira antes dos créditos de liquidação duvidosa cresceu 15,6% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 10.998 milhões. Esse crescimento está fundamentalmente associado ao aumento do volume das operações, ocorrido em decorrência da incorporação das operações do Banco Itaú-BBA e do Banco Fiat ao Banco Itaú Holding. O efeito da variação cambial sobre os investimentos permanentes detidos pelo Banco no exterior causa impacto nas receitas e despesas de intermediação fi nanceira, invertendo eventualmente os sinais de suas contas.

Resultado de Créditos de Liquidação Duvidosa

• A despesa de provisão para créditos de liquidação duvidosa atingiu R$ 2.207 milhões, o que corresponde a uma redução de 14,0% em relação à despesa incorrida no ano anterior. A adoção de uma política de diversificação de riscos, juntamente com uma maior seletividade de clientes, contribuiu para esse desempenho favorável.

• A receita de recuperação de créditos baixados como prejuízo alcançou R$ 569 milhões, apresentando um crescimento de 86,7% em relação ao ano anterior. Esse aumento decorre do incremento da efi ciência dos processos de cobrança, sem prejuízo do elevado grau de relacionamento existente entre o cliente e o Banco.

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Análise Gerencial da OperaçãoRelatório Anual 2003

16 Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Receita de Serviços

As Receitas de Prestação de Serviços atingiram R$ 5.121 milhões em 2003, o que representa um aumento de R$ 655 milhões em relação ao ano anterior. As receitas de administração de fundos apresentaram um crescimento de R$ 238 milhões, impulsionadas pelo expressivo crescimento do volume de recursos administrados em 2003.

O aumento do volume de fi nanciamentos causou impacto sobre as receitas com operações de crédito, apresentando um crescimento de R$ 88 milhões em 2003. O aumento da base de clientes e o ligeiro impacto causado pelo reajuste das tarifas em novembro de 2002 foram os principais motivos do crescimento de R$ 90 milhões das receitas com serviços de conta corrente em 2003. A consolidação do Banco Itaú-BBA e do Banco Fiat foi responsável por uma elevação de R$ 168 milhões das receitas de prestação de serviços, com destaque para R$ 28 milhões de rendas de garantias prestadas pelo Banco Itaú-BBA e R$ 46 milhões associados às operações do Consórcio Fiat.

Despesas Administrativas

As despesas administrativas totalizaram R$ 7.800 milhões em 2003, apresentando um crescimento 7,7% em relação ao ano anterior. A consolidação do Banco Itaú-BBA e do Banco Fiat foi responsável por uma elevação de R$ 478 milhões das despesas em 2003.

Desconsiderando-se esse impacto, as despesas administrativas sofreram um pequeno aumento de R$ 78 milhões, devido à redução das despesas de pessoal, de R$ 198 milhões, com destaque para a redução das despesas com desligamentos e processos trabalhistas, e um aumento de R$ 276 milhões nas despesas administrativas em razão de reajustes contratuais, aumentos de tarifas, manutenção de sistemas e ampliação da rede. O intenso foco do Banco Itaú Holding na redução e racionalização de custos contribuiu para que as despesas administrativas de 2003 apresentassem uma variação de apenas 1,1% em relação a 2002, o que corresponde a uma variação signifi cativamente menor que a infl ação de 8,7% medida pelo IGP-M no período.

FRANS KRAJCBERG [Kozienice/Polônia 1921]Madeira com pigmentos naturais/Correntes Abstratas/Ecologia

Nasce na Polônia, em 1921. Judeu, durante a 2ª. Guerra Mundial é ofi cial do exército polonês. Após o fi m da guerra e o extermínio de sua família, fi xa residência no Brasil em 1948. Sua produção é baseada no íntimo relacionamento com a natureza; é mais um projeto artístico/estético; é uma ética.

Desde 1972 reside em Nova Viçosa, na Bahia. Sua casa é suspensa sobre um enorme tronco de árvore.

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Análise Gerencial da OperaçãoRelatório Anual 2003

17Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Resultado Parcial de Seguros, Capitalização e Previdência

O resultado das operações com seguros, previdência e capitalização apresentou crescimento de 15% passando de R$ 650 milhões em 2002 para R$ 747 milhões em 2003. As receitas com prêmios atingiram R$ 5,0 bilhões em 2003, o que representa um crescimento de mais de 51% sobre as receitas obtidas em 2002. Os ramos vida, automóvel e residencial continuam sendo os principais destaques das operações de seguros. Somente os produtos de previdência contribuíram com R$ 2,4 bilhões em receitas com prêmios. Destaca-se o crescimento de 75% no volume das provisões técnicas, que passaram de R$ 4,4 bilhões em 2002 para R$ 7,7 bilhões em 2003. No fi nal de 2003, foi consolidada a AGF Vida e Previdência e a carteira de vida em grupo da AGF Seguros, o que reafi rma a importância estratégica do segmento, visualizando a oportunidade de crescimento pelo canal corretores.

Despesas Tributárias

As despesas tributárias do ano de 2003 somaram R$ 1.118 milhões, crescendo R$ 232 milhões em relação ao ano anterior. A consolidação do Banco Itaú-BBA e do Banco Fiat é responsável por R$ 103 milhões desse incremento. O aumento de R$ 129 milhões nas despesas tributárias do Banco Itaú decorreu principalmente do aumento da alíquota da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofi ns) cobrada das instituições fi nanceiras, de 3% para 4%, a partir de setembro de 2003, além de um maior nível de operações realizadas ao longo do ano.

Resultado de Participações em Coligadas

O resultado de participações em coligadas passou de R$ 477 milhões em 2002 para R$ 25 milhões em 2003, em razão, basicamente, dos efeitos da variação cambial do real em relação ao euro sobre os investimentos no Banco BPI S.A.

Resultado Não-Operacional

A variação negativa de R$ 154 milhões no resultado não-operacional está fundamentalmente associada à ampliação das provisões para ajuste ao valor de mercado de imóveis destinados à venda.

Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido

Em 2003, a despesa com Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido atingiu R$1.587 milhões, o que corresponde a um aumento de R$ 1.040 milhões em relação ao ano anterior. A consolidação do Banco Itaú-BBA e Banco Fiat causou um impacto fi scal de R$ 248 milhões no período. Desconsiderando-se essas aquisições, houve um incremento de R$ 792 milhões na despesa com Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, o que corresponde a uma elevação de 144,9% em relação a 2002. Esse aumento ocorreu principalmente pelo fato de que as receitas/(despesas) de variação cambial sobre os investimentos no exterior não produzem efeitos fi scais, ao passo que as receitas/(despesas) obtidas a partir das operações de hedge desses investimentos produzem efeitos fi scais.

Resultado Extraordinário

O resultado extraordinário de R$ 565 milhões em 2003 é decorrente, basicamente, da amortização integral do ágio pago na aquisição do Banco Fiat. Em 2002, o resultado extraordinário de R$ 703 milhões está também associado, fundamentalmente, à amortização integral do ágio pago na aquisição do Banco BBA.

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Banco Itaú Holding Financeira S.A.

18 Banco Itaú Holding Financeira S.A.

LYGIA REINACHMurmúrios, 1992Cerâmica [29 colunas]Dimensões variadasAcervo Banco Itaú S.A.

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19Banco Itaú Holding Financeira S.A.

A criação do Banco Itaú Holding Financeira S.A., acompanhada pela criação do Banco Itaú-BBA, confere maior fl exibilidade às operações e estabelece as condições para o Itaú atingir, nos próximos anos, maior dimensão e diversifi cação de negócios.

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20 Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Roberto Egydio Setubal

Para o Itaú, 2003 foi um ano de conquistas. Consolidamos importantes decisões estratégicas que contribuirão para que continuemos a obter resultados consistentes e sustentáveis no futuro.

A reestruturação societária que deu origem ao Banco Itaú Holding Financeira S.A. concede maior fl exibilidade estrutural e estabelece as condições para que as mais importantes unidades de negócios possam trabalhar de forma autônoma, articuladas e coordenadas pelo Itaú. Essa estrutura cria condição para o Itaú atingir, nos próximos anos, maior dimensão e diversifi cação de negócios, sempre na área de serviços fi nanceiros.

A associação com o BBA Creditanstalt – a cujas operações se agregaram as da Itaucorp, área de atendimento a grandes corporações do Banco Itaú – criou o Banco Itaú-BBA, que já nasceu como o maior banco de atacado brasileiro, aliando a especialização do BBA à competência do Itaú na prestação de serviços e em operações fi nanceiras.

Esse movimento foi concluído por meio de acordo de acionistas, inédito no Brasil, que possibilita a gestão e o controle compartilhado da nova instituição, garantindo ao Itaú-BBA a autonomia necessária para a condução dos seus negócios. O processo de integração ocorreu em clima de total harmonia e sinergia e assegurou a continuidade da operação, com o fortalecimento das competências oriundas das duas organizações. O êxito dessa integração gerou resultados expressivos já em 2003.

Nossa atuação e performance nas áreas de asset management, na Itaú Corretora e no Private Bank foram incrementadas pela transferência dessas áreas do BBA para o Banco Itaú.

A aquisição da Fináustria do grupo BBA e a conclusão da aliança estratégica com a Fiat Automóveis, que resultou na aquisição do Banco Fiat, permitiram ao Itaú fortalecer sua posição no mercado de fi nanciamento, leasing e consórcio de automóveis, graças à integração dessas empresas com estrutura do Itaú. Da mesma forma, o contrato fi rmado com a AGF intensifi ca nossas operações de seguro de vida, previdência privada e administração de fundos, levando-nos a fortalecer as destacadas posições que ocupamos nesses setores.

Banco Itaú Holding Financeira S.A.Relatório Anual 2003

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Mensagem da Presidência

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21Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Banco Itaú Holding Financeira S.A.Relatório Anual 2003

21Banco Itaú Holding Financeira S.A.

No que diz respeito às nossas operações, o ano de 2003 destacou-se pelo crescimento na carteira de empréstimos às pequenas e médias empresas (PMES), pela evolução nos mercados de seguro de vida e previdência, pelo forte controle de custos e pelos resultados obtidos no gerenciamento de riscos.

A carteira de crédito PMES teve evolução de 24,5%, atingindo R$ 4.406 milhões. Acreditamos que o Itaú pode manter forte crescimento nesse segmento por ter, nos últimos dois anos, desenvolvido estrutura adequada para o atendimento às demandas do setor e por ter participação de mercado inferior ao seu potencial. Os negócios com as PMES deverão ter contribuição cada vez mais signifi cativa para o lucro do Itaú nos próximos anos.

A atuação da Itauprev nos mercados de seguro de vida e previdência, em 2003, foi marcante. Atingimos a segunda posição no ranking de provisões técnicas de previdência e VGBL, somando R$ 5.476 milhões, considerando-se as reservas de R$ 569 milhões da empresa AGF Vida e Previdência, adquirida pelo Itaú, em 2003. Considerando-se somente o produto VGBL, a Itauprev ocupa a segunda posição no ranking, com 23,4% de participação no mercado em provisões técnicas e 24,2% em captação.

A contribuição das áreas de seguro, previdência e capitalização correspondeu, em 2003, a 23,7% do lucro líquido do Itaú, perfazendo um total de R$ 747 milhões.

Diversas medidas de racionalização e os ganhos decorrentes da bem-sucedida consolidação das instituições adquiridas nos últimos anos contribuíram para o compromisso de toda a organização para controlar custos. As despesas administrativas e de pessoal, no ano, evoluíram 1,1%, em bases equivalentes ao ano anterior, e 7,7%, se considerados a integração do Banco BBA e do Banco Fiat. O alcance de níveis de efi ciência cada vez mais competitivos continuará a ser um importante compromisso em 2004, ano em que o cenário econômico deve oferecer novas oportunidades e apresentar redução nas margens fi nanceiras das operações bancárias.

O clima de maior estabilidade econômica prevalecente no Brasil, durante 2003, levou à melhoria das expectativas do mercado, com conseqüente redução da volatilidade, tornando possível o decréscimo das taxas de juros, especialmente para os prazos mais longos, e um comportamento relativamente estável do mercado de câmbio. Houve melhora signifi cativa da percepção dos investidores estrangeiros sobre o país o que, associado à liquidez prevalecente nos mercados internacionais, determinou a queda do Risco Brasil e levou a volumes recordes de negócios na Bovespa. Mesmo mantendo posições de risco de mercado em níveis relativamente baixos, o Itaú obteve, no exercício, expressivos resultados na arbitragem das variáveis de mercado. Parte desses ganhos se mantêm, no patrimônio líquido, como resultado não-realizado.

A performance fi nanceira do Itaú refl ete o esforço de monitoramento dos diversos cenários, em âmbito nacional e internacional, e a busca de adaptação às mudanças conjunturais. Decorre, também, de decisões que objetivaram sempre gerar resultados superiores para os acionistas.

Com a confi ança de que, em 2004, o Brasil viverá um ambiente econômico mais promissor – de infl ação controlada, juros decrescentes e crescimento econômico – consideramos que nossos desafi os não serão menores dos que os enfrentados em 2003. A expansão da base de clientes, a ampliação da oferta de crédito, principalmente no segmento das pequenas e médias empresas, a continuidade do crescimento observado em 2003 do volume de negócios ligados à previdência privada e o rigoroso controle de custos são condições imprescindíveis para nos posicionarmos com ainda maior efi ciência no mercado. Procuraremos, dessa forma, continuar a construir bases sólidas de criação de valor para nossos acionistas.

Roberto Egydio Setubal Diretor Presidente

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Banco Itaú Holding Financeira S.A.Relatório Anual 2003

22 Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Cenário Econômico

A contínua austeridade fi scal e monetária estabelecida pelo novo governo reconduziu a taxa infl acionária para uma trajetória compatível com o regime de metas infl acionárias. A infl ação acumulada foi reduzida de 5,1% no 1° trimestre para 1,15% no 4º trimestre (o equivalente a 4,6% ao ano) e encerrou o ano com variação de 9,3% (IPCA). Essas ações também permitiram a estabilização da taxa de câmbio num patamar em torno de R$ 2,90 por dólar.

A redução da infl ação e a estabilidade cambial abriram espaço para cortes mais pronunciados da taxa de juros a partir do fi nal de junho. A redução acumulou dez pontos percentuais, tendo a Selic encerrado o ano em 16,5%. A queda do juros, a redução dos empréstimos compulsórios sobre os depósitos à vista de 60% para 45% em agosto, a regulamentação do microcrédito e do crédito com desconto em folha de pagamento contribuíram para a reativação da demanda doméstica, iniciando-se pelos bens duráveis de consumo e estendendo-se pelos demais setores a partir de setembro. O crescimento do PIB no ano, deve situar-se próximo de zero, em razão do fraco resultado nos três primeiros trimestres do ano.

A balança comercial teve superávit recorde de US$ 24,8 bilhões, 89% superior ao obtido em 2002, apesar da valorização real da taxa de câmbio nos últimos meses. A recuperação da confi ança dos investidores estrangeiros refl etiu-se no retorno do fl uxo de investimentos diretos ao nível de US$1,4 bilhão em dezembro e no aumento da taxa de renovação dos empréstimos externos, que alcançou 72% no 4º trimestre, após ter sido 39% no 4º trimestre de 2002. Adicionalmente, o risco-país reduziu-se de 2400 pontos-base em setembro de 2002 para 475 no fi nal de 2003, a agência de classifi cação Fitch elevou a nota brasileira de B para B+ em novembro, enquanto a Standard and Poors revisou sua perspectiva para o Brasil de estável para positiva.

O superávit primário alcançou R$ 66,2 bilhões, superando a meta de R$ 65,0 bilhões negociada com o FMI. A parcela da dívida indexada à correção cambial foi reduzida de 37% para 22% do total entre dezembro de 2002 e dezembro de 2003. A dívida total líquida como proporção do PIB passou de 59,1% para 58,2% entre agosto e dezembro de 2003.

As reformas avançaram, sendo aprovadas a previdenciária e a tributária. Teve avanços, também, na lei de falências e foi encaminhada a regulamentação do setor elétrico. O acordo com o FMI foi estendido por mais um ano, reafi rmando os compromissos de disciplina fi scal e monetária.

Os avanços obtidos no campo macroeconômico precisam ser preservados e ampliados, devendo estender-se com a mesma intensidade no campo microeconômico, de forma a estabelecer um claro e estável marco regulatório e criar um ambiente favorável aos investimentos nacional e estrangeiro, imprescindíveis ao crescimento saudável da economia.

Eventos 2003

26/02/03

Concluída a associação entre o Banco Itaú S.A. e o Banco BBA Creditanstalt S.A. O novo Banco Itaú-BBA S.A. passou a ser o canal de atendimento aos clientes do segmento de grandes corporações.

27/02/03

Aprovada pelo Banco Central do Brasil a reorganização societária, iniciada em novembro de 2002. As empresas e os vários segmentos de negócios fi nanceiros fi caram sob o controle societário do Banco Itaú Holding Financeira S.A., instituição fi nanceira incorporadora da totalidade das ações do Banco Itaú S.A., tornando-se este sua subsidiária integral.

24/03/03

• O Itaú passa a integrar o Índice de Governança Corporativa Diferenciada da Bovespa (IGC). A Itaúsa – Investimentos Itaú S.A. e o Banco Itaú S.A. estavam entre as 15 primeiras empresas que aderiram voluntariamente ao Nível 1, no pregão de adesão conjunta realizado em 26/06/2001 na Bovespa.

• O Federal Reserve transfere ao Banco Itaú Holding Financeira o status de “Financial Holding Company”. Esse status já havia sido concedido ao Banco Itaú S.A. em 20/02/2002.

• Início das negociações de ações do Itaú na Bovespa, com as mesmas literais utilizadas pelo Banco Itaú S.A. até 21/03/2003, ITAU3 e ITAU4, respectivamente para as ações ordinárias e preferenciais.

• Início das negociações, na Bolsa de Nova York (NYSE), de ADRs (American Depositary Receipts) Nível 2 do Banco Itaú Holding Financeira, com a mesma literal utilizada pelo Banco Itaú S.A. até 21/03/2003, ITU. O programa de ADRs Nível 2 foi lançado em 21/02/2002. Cada ADR equivale a 500 ações preferenciais. O banco depositário é o Bank of New York. O custodiante é o Banco Itaú S. A.

26/03/03

Concluída a aliança estratégica com a Fiat Automóveis S.A., com a aquisição de 99,99% do capital total do Banco Fiat S.A. pelo Banco Itaú S.A. Esse movimento fortaleceu a posição do Itaú no mercado de fi nanciamento, leasing e consórcio de automóveis.

04/06/03

O Banco Itaú Europa inaugurou ofi cialmente a agência de Londres, cuja atuação se concentrará na área de mercado de capitais internacional. Dessa forma, expandiu-se a operação de mercado de capitais do Itaú Holding, que atuava via mesas de São Paulo e de Nova York (pela Broker Dealer – Itaú Securities), e consolida-se a operação internacional da instituição, iniciada em 1979 pelo Banco Itaú, com a implantação das agências de Nova York, Ilhas Cayman e Buenos Aires.

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Banco Itaú Holding Financeira S.A.Relatório Anual 2003

23Banco Itaú Holding Financeira S.A.

25/08/03

Realizadas as Ofertas Públicas para Aquisição (OPA) da totalidade das ações de emissão do Banco BEG S.A., do Banco Bemge S.A. e do Banco Banestado S.A., visando ao fechamento de capital dessas empresas.

05/09/03

O Itaú foi escolhido pela quarta vez consecutiva para compor o Dow Jones Sustainability World Index (DJSI World), sendo o único banco latino-americano a fi gurar na lista atual de 315 empresas escolhidas entre as 2.500 empresas mundiais de maior valor de mercado.

20/10/03

Assinado contrato entre o Itaú e as empresas AGF Brasil Seguros e AGF do Brasil Participações Ltda., para a aquisição de operações de seguro vida, de previdência privada e de administração de fundos, no total de R$ 243 milhões. Com esse investimento, o Itaú ampliará sua atuação em atividades e segmentos estrategicamente importantes para seu crescimento

e aumento de rentabilidade.

Governança Corporativa

O Banco Itaú Holding Financeira S.A. orienta suas atividades pela adoção das melhores prá ticas de governança corporativa do mercado. Foi uma das primeiras empresas a aderir ao Nível I de Governança Corporativa da Bovespa em junho de 2001, assumindo compromissos de transparência e respeito ao acionista minoritário.

Em fevereiro de 2002 listou seus ADRs Nível II na Bolsa de Valores de Nova York (New York Stock Exchange - NYSE) e, desde então, submete-se aos critérios impostos pela NYSE e pela Securities and Exchange Commission (SEC, o órgão equivalente à CVM no mercado norte-americano), que incluem a divulgação das demonstrações fi nanceiras no formato US GAAP e também o cumprimento das exigências da lei norte-americana, inclusive a lei Sarbanes-Oxley, de 2002.

O Itaú implantou, em 30/04/2002, o Tag Along no seu Estatuto Social, benefi ciando todos os acionistas não controladores da instituição. Essa iniciativa aproxima os direitos das ações preferenciais do Banco aos direitos usualmente concedidos nos mercados internacionais, o que amplia o interesse de investidores estrangeiros pelas ações do Itaú.

Administração

O Banco Itaú Holding Financeira S.A. é controlado pela Itaúsa – Investimentos Itaú S.A. A Administração é constituída pelos órgãos estatutários do Banco: a Assembléia Geral de Acionistas, o Conselho de Administração, a Diretoria, o Conselho Consultivo, o Comitê de Controles Internos, o Comitê de Opções e o Conselho Fiscal. O órgão soberano é a Assembléia Geral de Acionistas que se reúne ordinária e extraordinariamente na forma da lei. A Assembléia aprova o Estatuto Social, elege os membros do Conselho de Administração, do Conselho Consultivo e do Conselho Fiscal. O papel do Conselho de Administração, composto atualmente por 13 membros, é o de orientar políticas e estratégias e fi scalizar os atos da Diretoria. Compete-lhe eleger a Diretoria e os comitês estatutários bem como indicar conselheiros para compor os Comitês de Divulgação e Negociação. A Diretoria Executiva é composta de oito membros, reunindo os Vice-Presidentes, o Consultor Jurídico e os Diretores Executivos coordenados pelo Presidente Executivo.

Essencialmente colegiada, a administração do Itaú é coordenada por várias comissões e comitês multidisciplinares, com membros fi xos e agendas detalhadamente previstas, em cronogramas anuais, nos quais todos os diretores do Banco, de acordo com sua área de atuação, participam da tomada de decisões.

Melhores Práticas em 2003

Conselho de Administração

O Conselho de Administração do Banco Itaú Holding Financeira reuniu-se nove vezes em 2003. Dentre as principais deliberações e propostas enviadas à Assembléia Geral de Acionistas, destacam-se:

• elevação do valor unitário mensal de juros sobre o capital próprio distribuído aos acionistas a título de dividendos, pelo segundo ano consecutivo (de R$ 0,10 para R$ 0,13 por lote de mil ações);

• conclusão da reorganização societária, com a incorporação das ações do Banco Itaú S.A. ao Banco Itaú Holding Financeira S.A.;

• aprovação da aquisição do Banco AGF S.A., da empresa AGF Vida e Previdência S.A. e da carteira de seguros de vida da AGF Brasil Seguros S.A.;

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Banco Itaú Holding Financeira S.A.Relatório Anual 2003

24 Banco Itaú Holding Financeira S.A.

• aprovação de atualizações nas Políticas de Divulgação e Negociação do Itaú, bem como a indicação de conselheiro independente (Alcides Lopes Tápias) para compor os respectivos Comitês;

• aprovação de limite para aquisição de ações próprias (inferior a 10% do total em circulação), com prazo de validade de um ano. O prazo estendido de um ano para a aquisição (anteriormente os períodos eram de três meses) garante ao acionista uma estratégia consistente do Itaú na aquisição de ações, com foco na manutenção de liquidez e valorização dos papéis, criando assim maior valor para os acionistas.

Em reunião realizada no dia 16 de fevereiro de 2004, o Conselho de Administração do Banco Itaú Holding Financeira decidiu:

• prover cargo vago no Conselho para término do mandato atual em curso, de forma a restabelecer a quantidade de cargos providos pela Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária de 30/04/2003, elegendo Conselheira a acionista Tereza Cristina Grossi Togni; e

• designar a Conselheira Tereza Grossi para compor o Comitê de Controles Internos Itaú Holding.

Conselho Fiscal

Em 2003, o Conselho Fiscal publicou seu Regimento Interno, documento que estabelece deveres e obrigações, bem como impõe regras para as reuniões e conduta de seus membros. O Regimento garante ao acionista minoritário a qualidade e a representatividade de seus interesses, por meio do trabalho de fi scalização e da contribuição do Conselho Fiscal.

Para fortalecer a independência do Conselho de Administração, a Assembléia reelegeu Alcides Lopes Tápias, Pérsio Arida e Roberto Teixeira da Costa. Para o Conselho Fiscal foram reeleitos Gustavo Jorge L. Loyola, Alberto Sozin Furuguen e Iran Siqueira Lima. A presença de profi ssionais independentes nos Conselhos reforça o objetivo de garantir uma gestão cada vez mais transparente, profi ssional e sintonizada com as melhores práticas de governança corporativa, com contribuições para o bom desempenho do Itaú de forma contínua e consistente.

Comitês de Divulgação e de Negociação

Os comitês têm a função primordial de administrar as Políticas de Divulgação de Ato ou Fato Relevante e de Negociação de Valores Mobiliários de emissão da própria Companhia. Seu escopo de atuação abrange um leque de ações internas destinadas a melhorar os fl uxos de informações e zelar pela conduta ética de seus administradores e colaboradores signatários.

O Itaú foi pioneiro, entre as sociedades anônimas de capital aberto no Brasil, na criação e operação desses comitês de governança. A Instrução 358 da CVM estabeleceu a obrigatoriedade de as

companhias abertas adotarem uma Política de Divulgação e facultou a adoção de uma Política de Negociação. Além de adotar ambas as políticas, o Itaú Holding ampliou o escopo da Instrução com a criação dos comitês, que não era uma exigência específi ca contida na legislação.

Os comitês reuniram-se, em 2003, antes da divulgação dos resultados dos trimestres –, o que possibilitou a análise e aprovação prévia das informações a serem divulgadas ao mercado. Além dessas reuniões, diversas atividades envolveram áreas distintas do Banco para a criação de controles internos mais rígidos, que pudessem sustentar as diretrizes emanadas pelos comitês. Merece destaque, dentre outras atividades, a análise e parecer do Comitê de Divulgação sobre todas as informações divulgadas ao mercado regularmente pelo Itaú. Analogamente, diversas ações foram implementadas pelo Comitê de Negociação, incluindo o aumento na periodicidade de recompra de ações do Banco para um ano.

Ofertas Públicas de Aquisição de Ações

O Banco Itaú Holding Financeira S.A. promoveu, em 2003, o fechamento de capital de três bancos sob seu controle: o Banco Banerj S.A., o Banco Bemge S.A. e o Banco BEG S.A. Para cada uma das instituições foram conduzidas ofertas públicas de aquisição de ações, em consonância com as Instruções CVM 358/02 e 361/02 e a Lei 6404/76.

O reduzido percentual de ações dos três bancos em poder dos acionistas minoritários resultava em baixa liquidez dos papéis e benefício pouco signifi cativo para esses investidores. Além disso, o cancelamento de registro de companhia aberta desses bancos propicia redução de custos e simplifi ca a estrutura societária do Conglomerado, tornando o Itaú a única instituição fi nanceira do Grupo na condição de companhia aberta com ações negociadas em Bolsa de Valores.

As ofertas públicas de aquisição obtiveram adesão de mais de dois terços dos acionistas, exigência introduzida pela Instrução CVM 361/2002, e foram concluídas no quarto trimestre de 2003.

Compromisso com Governança reconhecido em 2003

Em 2003, dois importantes reconhecimentos atestam o empenho do Itaú em adotar as melhores políticas de governança corporativa:

Inclusão no Dow Jones Sustainability World Index pela quarta vez consecutiva

O Banco Itaú Holding Financeira S.A. foi novamente selecionado para compor o Dow Jones Sustainability World Index (Índice Dow Jones de Sustentabilidade Global - DJSI World). O DJSI World tornou-se uma

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Banco Itaú Holding Financeira S.A.Relatório Anual 2003

25Banco Itaú Holding Financeira S.A.

referência para instituições administradoras de recursos estrangeiros, que tomam suas decisões de investimentos e oferecem produtos diversifi cados aos seus clientes tendo como base as ações das empresas integrantes do DJSI. O índice leva em conta não apenas a performance fi nanceira, mas principalmente a qualidade da gestão da empresa, que deve integrar o valor econômico à transparência, governança corporativa e responsabilidade social, cultural e ambiental como forma de sustentabilidade no longo prazo.

O Itaú faz parte do DJSI desde sua criação, em 1999. Na revisão 2003/2004, foi escolhido pela quarta vez consecutiva e tornou-se o único banco latino-americano a fi gurar na lista. A política de Relações com Investidores do Itaú obteve a maior nota do setor bancário em todo o mundo, sendo eleita a melhor entre os 27 bancos globais que fazem parte do DJSI.

A Itaúsa foi selecionada pela primeira vez para o índice, o que confi gura um reconhecimento inédito para a holding do conglomerado.

Melhor Governança Corporativa em mercados emergentes – revista Euromoney

Em sua edição de setembro, a revista britânica Euromoney apontou o Itaú Holding como a melhor empresa em governança corporativa nos mercados emergentes. A holding Itaúsa também recebeu reconhecimento inédito, registrando a terceira colocação no mesmo ranking.

Considerando-se os mercados emergentes e os mercados desenvolvidos, o Itaú Holding seria a terceira melhor governança corporativa do mundo, e a Itaúsa, a sexta colocada.

Relações com Investidores

Em 2002, o Itaú foi a primeira companhia aberta a realizar reuniões em todas as regionais da Associação dos Profi ssionais de Investimento e Analistas do Mercado de Capitais (APIMEC). Em 2003 repetiu o ano anterior e apresentou-se em nove cidades brasileiras para um público de, aproximadamente, 1.600 participantes ligados ao mercado de capitais.

Ainda em 2003, foram realizadas cinco teleconferências de comunicação de resultados, em português e inglês, por meio da Internet, de forma a garantir uma comunicação interativa e tempestiva.

O Itaú participou de oito roadshows no exterior, para analistas nos EUA e Europa, apresentando à comunidade internacional seus resultados fi nanceiros e as expectativas da administração. Participou, ainda, de nove seminários, a convite de instituições tais como o Ibri, a Apimec, a Bovespa, a Abrasca, a Andima, a Fipecafi , entre outras, discorrendo sobre temas de interesse do mercado e expondo a experiência do Banco.

O Itaú divulgou, no segundo semestre de 2003, um novo produto para seus acionistas: o Programa de Reinvestimento de Dividendos. Por meio desse programa, os acionistas podem reinvestir automaticamente os dividendos recebidos na compra de novas ações do Itaú Holding, ganhando assim uma

LYGIA REINACH [Dois Córregos/SP 1933]Cerâmica/Contemporâneo/Fonte/Lúdico

Começou a trabalhar com cerâmica apenas aos 46 anos. Hoje tem 70 anos.“’Trabalhar corporalmente: mãos, pés, cabeça, coração, visão, olfato, tato. Isso sempre me seduziu. Usar a força, desenvolver o gesto fi no dos dedos. A dualidade me envolve. No mexer no barro eu encontrei tudo isto. O duelo. É a sensibilidade lutando contra a força’, diz a artista, referindo-se ao barro, que exige muita energia física e ao mesmo tempo inspiração“.

Suas peças são consideradas exóticas, sendo às vezes mescladas com água.Realizou uma obra com 80 fi guras de cerâmica, que estão na estação Ana Rosa de Metrô, e participou de exposições como a Bienal Internacional de São Paulo.

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Banco Itaú Holding Financeira S.A.Relatório Anual 2003

26 Banco Itaú Holding Financeira S.A.

alternativa de investimento organizado e sistemático, com tarifas de corretagem diferenciadas, que permite o aumento de sua participação no capital da empresa a custos mais baixos. Para o Itaú, o programa propiciará o aumento da liquidez das ações, além de contribuir para estabelecer relacionamentos de longo prazo com os acionistas e construir uma base acionária estável e pulverizada.

Desempenho das ações e ADRs do Banco Itaú Holding Financeira

Em 2003, a capitalização de mercado do Itaú aumentou 72%, alcançando R$ 30,5 bilhões. Com esse resultado, mantém-se como líder em valor de mercado entre os bancos brasileiros, posição ocupada nos últimos cinco anos.

As ações do Banco são negociadas nas Bolsas de Valores de São Paulo (Bovespa), Buenos Aires (BCBA) e Nova York (NYSE). Das 113,9 bilhões de ações em circulação no mercado, mais de 53% estão em free fl oat. Em 2003, 63% do volume fi nanceiro total negociado com as ações do Itaú ocorreu no mercado local (Bovespa).

Mercado Local (Bovespa)

O ano de 2003 foi bastante positivo em termos de valorização das ações no mercado nacional. O índice Ibovespa, composto pelos 54 ativos de maior liquidez negociados na Bolsa de Valores de São Paulo, encerrou com alta nominal de 97,3% (em 2002 houve retração de 17%). O volume total negociado chegou a R$ 204,5 bilhões, o que resultou em uma média diária de R$ 818,3 milhões. Além do Ibovespa, as ações do Itaú compõem o IBrX-50, que agrega as 50 ações mais negociadas na bolsa paulista, ponderadas pelo valor de mercado da empresa, e o IGC, o Índice de Governança Corporativa. O IBrX-50 variou positivamente em 76,1% no ano, enquanto o IGC subiu 79,8%, para 1.845 pontos.

As ações PN do Itaú obtiveram valorização de 70,8% em 2003, fechando o ano com a cotação de R$ 287,00 por lote de mil ações. As ações ON, por sua vez, alcançaram valorização de 62,9%, cotadas a R$ 252,50 por lote de mil ações. Ao fi nal do exercício, o valor de mercado das ações (PN) do Itaú correspondia a 2,75 vezes o seu valor patrimonial.

Valor de MercadoR$ Milhões

7.056

98

18.550

99

21.811

00

20.056

01

17.743

02

30.453

03

Participação do Itaú nos Índices da Bolsa de Valores de São Paulo - BOVESPA (1º tri. 2004)

5,5%

IBrX

6,3%

IBrX-50

3,0%

Ibovespa

14,9%

1,6%

IGC

13,3%

Ações Ordinárias (ITAU3)Ações Preferenciais (ITAU4)

Valor de MercadoR$ Milhões

63%

37%

Brasil EUA

Volume Financeiro Negociado em 2003Em % por mercado

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Banco Itaú Holding Financeira S.A.Relatório Anual 2003

27Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Número deEmpresas

Itaú Holding

Posição Participação

Nacional

IBOVESPA 54 10 2,95%

BX - 50 50 4 6,28%

IBX 100 5 5,52%

IGC 46 2 14,95%

Internacional

DJSI World - Sustainability 315 216 0,07%

DJ World Financial 949 202 0,09%

BNY Em. Markets ADR 173 21 1,30%

BNY Latin America ADR 94 10 3,66%

Participação nos Índices de Mercado

01 02 03

BovespaTotal

NYSE

(*) - Ações Ordinárias, Preferenciais e ADRs(**) CAGR = Compound Annual Growth Rate (Taxa Média Anual Composta de Crescimento)

Volume Médio Diário Negociado - LiquidezBovespa + NYSE (*)R$

16.617.349

16.617.349 21.986.065

30.552.216

22.505.248

35.119.254

8.566.151

12.614.006

CAGR(**) = 45,4%

CAGR(**) = 16,4%

Crescimento Sustentado

Dividendos (JCP) (R$ milhões)Dividendos (JCP) / Lucro Líquido (%)

1.108

03

808

01

629

00

602

99

343

829

0298

362

9796

119

95

34,7%

25,1%

50,2%

38,9%

32,2% 34,1% 33,7% 34,9%35,2%

148

Mercado Internacional (NYSE)

Em 2003, os ADRs do Itaú valorizaram-se 105% em dólar, atingindo a cotação de US$ 48,77. Nesse mesmo período, o índice Dow Jones, que mede o desempenho da NYSE, cresceu 25,3%. O volume fi nanceiro médio de ADRs negociado diariamente na NYSE passou de US$ 8,5 milhões para US$ 12,6 milhões.

Liquidez das Ações do Itaú Holding

A liquidez total das ações apresentou um crescimento médio de 45,4% ao ano desde 2001, o que equivalia, em dezembro de 2003, a cerca de US$ 12 milhões negociados diariamente nos mercados brasileiro e norte-americano.

Em 21 de fevereiro de 2002, os ADRs do Itaú foram listados na Bolsa de Valores de Nova York. Atualmente, a NYSE contribui com cerca de um terço do volume total negociado. Em dezembro de 2003, foi atingida a marca de 12 milhões de ADRs emitidos, o que equivale a cerca de 11% do total de ações preferenciais em circulação.

Dividendos

O Itaú distribuiu em 2003 R$ 1.108 milhões (R$ 9,72 por mil ações) para seus acionistas, sob a forma de juros sobre o capital próprio (JCP), o que representou um crescimento de 33,7% em relação a 2002.

O Itaú mantém sua política de dividendos estável há mais de 20 anos. Ela inclui o pagamento mensal de dividendos aos acionistas e até dois pagamentos complementares anuais. Além disso, nos últimos 13 anos o Banco não efetuou nenhum aumento de capital em dinheiro e distribuiu mais de R$ 5,3 bilhões em dividendos aos seus acionistas.

Em 2003, o Conselho de Administração propôs, pelo segundo ano consecutivo, a elevação do dividendo mensal unitário (de R$ 0,10 para R$ 0,13 por lote de mil ações).

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Banco Itaú Holding Financeira S.A.Relatório Anual 2003

28 Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Dez/93 Dez/94 Dez/03

Itaú (2)Itaú (1)

Bovespa

(1) Com Reinvestimento de Dividendos(2) Sem Reinvestimento de Dividendos

Valorização das Ações PreferenciaisEvolução de US$ 100 investidos em Dez. de 93 até Dez. de 2003US$

Dez/95 Dez/96 Dez/97 Dez/98 Dez/99 Dez/00 Dez/01 Dez/02

PlanoReal

CriseMexicana

CriseAsiática

CriseRussa

Desvalorizaçãodo Real

CriseArgentina

Ataque ao WTC I taú (1) I taú (2) Ibovespa

10 anos 26,84% 22,42% 8,32% 5 anos 23,88% 19,30% 4,81% 2003 123,42% 113,95% 122,7%

Valorização Média Anual em Dólar

1.079

757

222

Histórico de Criação de Valor

A ação preferencial do Itaú obteve valorização média anual de 22,4% acima do dólar nos últimos dez anos, confi gurando-se como alternativa de investimento de longo prazo.

O acionista que tivesse investido US$ 100 em dezembro de 1993 na compra da ação PN do Itaú teria, em dezembro de 2003, um patrimônio de US$ 757. Para efeito de comparação, os mesmos US$ 100 aplicados na carteira teórica do Ibovespa alcançariam US$ 222, conseguindo pouco mais de 8% de rentabilidade anual média. A performance é superior quando se adota a hipótese de reinvestimento dos dividendos recebidos na aquisição de novas ações do Banco: o patrimônio fi caria multiplicado por mais de dez vezes, o equivalente a uma rentabilidade média anual de 26,8% acima da variação do dólar (cujo valor cresceu 24 vezes em relação ao da moeda nacional no mesmo período).

Gerenciamento de riscos

A gestão de riscos é considerada pelo Banco Itaú Holding Financeira como um instrumento essencial para otimizar o uso do capital e selecionar as melhores oportunidades de negócios, de forma a obter, para seus acionistas, a melhor relação risco x retorno.

As Principais Categorias de Riscos

O Risco de Mercado origina-se da variação no valor de ativos e passivos causada pelas incertezas sobre mudanças nos preços e taxas de mercado (juros, ações, cotações de moedas estrangeiras e preços de commodities), na correlação entre esses fatores e nas suas volatilidades.

O Risco de Crédito provém de todas as transações que provocam direitos efetivos, contingenciais ou potencias contra uma determinada contraparte (devedor). Esse é normalmente o principal risco enfrentado pelos bancos. Pode ser dividido em Risco de Inadimplência (ou de Default) – não-cumprimento pelo devedor de cláusula contratual; Risco-País ou Soberano – um determinado país não pagar sua dívida ou seus títulos por motivo econômico ou político; e Risco de Liquidação, ou de Clearing, quando a troca efetiva do dinheiro ou outro ativo é inviabilizada.

O Risco de Liquidez incide quando as reservas e disponibilidades de uma instituição não são sufi cientes para honrar suas obrigações no momento em que elas ocorrem, ou seja, quando um descompasso no fl uxo de caixa provoca incapacidade momentânea de quitar compromissos.

O Risco Operacional representa a possibilidade de ocorrência de perdas devido a pessoas, processos, problemas contratuais ou documentais, tecnologia, falha de infra-estrutura e até desastres, infl uências externas e relações com os clientes. Inclui também o risco regulatório, ou seja, de a empresa incorrer em alguma infração legal.

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29Banco Itaú Holding Financeira S.A.

dos riscos das duas unidades de negócios (Banco Itaú e Itaú-BBA) é signifi cativa, permitindo ao Conglomerado manter uma exposição total ao risco de mercado muito reduzida quando comparada ao capital da instituição.

VaR por Fator de Risco 31/dez/03 30/set/03

Fator de Risco Pré 9,9 4,4 Fator de Risco TR 15,8 22,6

Fator de Risco Cambial 13,4 20,1

Efeito de Diversifi cação (17,8) (30,0)

VaR Global 21,3 (*) 17,0

(*) Com inclusão dos Fatores de Risco Soberano e Renda variável, o VaR do Banco Itaú Holding Financeira é de R$ 32,6 Milhões

VaR do Banco Itaú Holding Financeira

R$ Milhões

Risco de Mercado

São as seguintes as principais ferramentas e medidas usadas para gerenciar riscos no Itaú:

- Valor em Risco (VaR, do inglês Value at Risk): o VaR é uma medida estatística para prever a perda máxima do valor da carteira do banco em condições normais de mercado. Para um determinado portfólio, o VaR mede a perda futura potencial (em termos de valor de mercado) que não deverá ser superada, nessas condições normais de mercado, com um nível defi nido de acurácia (utiliza-se 99%) para um determinado período (holding period). É baseado principalmente em dados recentes e é válido dentro de um nível de confi abilidade. Assim, é uma ferramenta útil apenas quando o mercado está relativamente estável

- Cenários de Estresse: A análise do risco de mercado é complementada com testes de estresse, que determinam os efeitos de condições extremas de mercado sobre o valor do portfólio. O primeiro ponto para a realização de testes de estresse é a geração de cenários extremos. Para isso, a alta direção do Banco Itaú Holding Financeira, com o apoio técnico da área de Consultoria Econômica, que conta com economistas de renome nacional, realiza, no mínimo mensalmente, um comitê para gerar o cenário de tendência (o que se espera que vá acontecer) e também os cenários de estresse, tanto otimistas quanto pessimistas. Estes cenários possibilitam ao Banco Itaú Holding Financeira projetar e quantifi car a sensibilidade dos seus resultados aos cenários, bem como o impacto no valor de mercado de sua carteira e as perdas (ou eventualmente ganhos) a que está sujeito caso os cenários ocorram. A diretoria estabelece então limites de perda em estresse e pode também operar instrumentos fi nanceiros que sirvam de proteção (hedge) contra a desvalorização de seus portfólios nesses cenários.

Mercados

O ano de 2003 foi importante para a estabilização da economia brasileira. A taxa de infl ação caiu substancialmente, permitindo a redução dos juros, e o desempenho positivo do comércio exterior levou à estabilização do câmbio. Nesse contexto, houve signifi cativo aumento de liquidez dos instrumentos fi nanceiros e redução expressiva da volatilidade dos principais fatores de risco do mercado nacional.

A tendência de recuperação da economia mundial está se concretizando. Os Estados Unidos voltaram a crescer, mas tem mantido a taxa de juros em patamares bastante baixos, principalmente por considerarem sua taxa de desemprego ainda alta. Como os juros na Europa também estão baixos, os investidores institucionais direcionaram seus recursos para os ativos de países emergentes, com destaque para os ativos brasileiros.

VaR do Banco Itaú Holding Financeira

A tabela a seguir demonstra o VaR consolidado do Gap Estrutural e Mesas Proprietárias do Banco Itaú e das posições de risco do Itaú-BBA. Pode-se observar que a diversifi cação

Risco de Crédito

O Itaú aperfeiçoa continuamente seu processo de decisão, gerenciamento e controle do risco de crédito, orientando-se pelas melhores práticas do mercado internacional. Para isso, investe em automatização de processos, adota tecnologia e modelagem científi ca de análise de riscos e mantém uma conservadora política de controle centralizado do risco de crédito, acompanhando as evoluções da carteira e suas diferentes visões. O Itaú emprega modelos estatísticos na determinação do capital alocado para a cobertura do risco de crédito, levando em consideração a qualidade e a concentração na carteira, além da classifi cação de crédito dos clientes que a compõem. Os instrumentos utilizados na gestão do risco de crédito estão sendo aprimorados para atender aos requisitos do Novo Acordo da Basiléia.

No acompanhamento e controle centralizado no Banco Itaú Holding Financeira, utilizam-se, entre outras, as seguintes abordagens:

• Qualidade das Carteiras (visão cliente/grupo econômico, produto, segmento/ramo de atividade);

• Concentração/Dispersão das Carteiras (maturidade/ fl uxo de vencimentos, concentração por cliente, grupo, ramo de atividade, moeda);

• Evolução do perfi l da carteira e os impactos econômicos decorrentes (Provisão para Devedores Duvidosos e capital alocado) no conglomerado e nos diferentes segmentos do Banco;

• Administração do processo de apuração das expectativas de perda e sua evolução;

• Acompanhamento/avaliação da qualidade da classifi cação dos clientes;

• Gerenciamento dos processos de informação das posições de crédito do conglomerado.

A ação efetiva de controle e gerenciamento do risco de crédito, aliada a políticas de diversifi cação, resultou na redução da participação dos cem maiores devedores sobre a carteira de crédito. Em dezembro de 2003, os cem maiores devedores representavam 37,7% da carteira de crédito, redução de 8,2 pontos percentuais em relação a dezembro de 2002.

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Banco Itaú Holding Financeira S.A.Relatório Anual 2003

30 Banco Itaú Holding Financeira S.A.

O foco do Banco tem sido aumentar os ativos avaliando a relação risco/retorno, sendo a principal preocupação a qualidade da carteira de crédito e a geração de valor para o acionista.

Dentro desse contexto, a carteira de crédito, sem avais e fi anças, apresentou crescimento de 0,6% em relação a dezembro de 2002 atingindo R$ 38.659 milhões (R$ 44.581 milhões, incluindo avais e fi anças). Esse crescimento foi acompanhado pela manutenção da boa qualidade da carteira, caracterizada pela concentração de riscos nos melhores níveis, encerrando o exercício de 2003 com 88,2% dos créditos classifi cados entre os níveis “AA” a “C” (88,7% em dez/02 e 87,9% em set/03). Os índices de inadimplência permaneceram sob controle. A participação das parcelas vencidas sobre o total da carteira passou de 2,6% em dezembro de 2002 para 2,5% em dezembro de 2003.

Política de Crédito e Provisões

O Banco Itaú Holding Financeira mantém política de crédito conservadora, pautada pelo rigor na análise e classifi cação de seus clientes, valendo-se de avançados instrumentos de análise e decisão de crédito que primam pela seletividade. Assim, procura direcionar recursos para clientes com menor grau de risco. Todo o processo decisório, assim como a defi nição da política de crédito do Banco Itaú Holding Financeira, é centralizado, visando garantir ações sincronizadas e otimizar as oportunidades de negócio. Esse processo centralizado tem propiciado monitoramento constante e ágil dos critérios adotados. Os processos decisórios são focados em cada segmento, sendo as decisões tomadas em fóruns colegiados. Essa política implica níveis de provisionamento considerados adequados a situações onde possa haver uma deterioração na qualidade global dos ativos de crédito do Banco.

No ano, foram constituídos R$ 1.638 milhões de despesas com provisões para devedores duvidosos, líquidos das recuperações. Além das provisões mínimas exigidas pelo Banco Central do Brasil, equivalentes a R$ 2.257 milhões, foi mantida a provisão excedente em R$ 906 milhões. O total dessas provisões, R$ 3.163 milhões, representa 8,2% da carteira consolidada sem coobrigações. As provisões excedem em R$ 1.563 milhões os créditos sem apropriação de receita (non-accrual). Esses, por sua vez, representam 4,1% do total da carteira. No ano, foram recuperados

R$ 569 milhões de créditos anteriormente baixados.

Risco de Liquidez

Foram mantidos níveis elevados de liquidez no Brasil e no exterior, no último trimestre de 2003. Esse fato foi provocado, especialmente, pelo aumento signifi cativo dos recursos de depósitos à vista e de poupança e pela estratégia de redimensionar a carteira de títulos, de forma a conservar papéis com maior liquidez e menor risco de mercado.

No âmbito externo, o aumento de liquidez no mercado internacional contribuiu para a manutenção do volume de linhas para o fi nanciamento do comércio exterior e de recursos obtidos com a emissão de bonds. Dessa forma, garantiu-se um colchão considerado adequado pela administração para a realização de suas operações.

Risco Operacional

Rígidas políticas e mecanismos de controle proporcionam um adequado ambiente de controle de riscos operacionais, capaz de monitorá-los de forma consistente e garantir a sua mitigação. Antecipando-se às determinações do Novo Acordo de Capital da Basiléia – previsto para entrar em vigor em 2007 e que determinará a obrigatoriedade da gestão e controle do risco operacional nas instituições fi nanceiras –, o Banco está desenvolvendo um banco de dados de perdas operacionais, que abrange todos os fatores de risco especifi cados pelo comitê da Basiléia.

O Itaú conta com modelagem que cobre cerca de 70% das perdas operacionais incorridas pela Organização. Esforços adicionais estão sendo realizados para que em, curto prazo, esse patamar de cobertura seja elevado ainda mais, sendo importante ressaltar que várias dessas bases de dados já possuem mais de três anos de registro, fato que atende aos requisitos apresentados pelo Acordo de Basiléia.

Ativos, empréstimos e recursos captados e administrados

Os ativos consolidados do Itaú alcançaram R$ 118.738 milhões, com evolução de 6,8% sobre 2002. A carteira de crédito atingiu R$ 44.581 milhões, incluindo avais e fi anças. No último trimestre verifi cou-se crescimento de 4,4% em relação a setembro de 2003 (R$ 42.699 milhões), como refl exo, principalmente, do desempenho dos segmentos de micro, pequenas e médias empresas e de pessoas físicas.

As operações em moeda estrangeira representaram 27,4% da carteira de crédito, incluídos avais e fi anças, sendo 58,5% em operações de trade fi nance.

As aplicações interfi nanceiras e em títulos e valores mobiliários atingiram R$ 50.200 milhões. Desses, R$ 25.057 milhões eram representados por títulos de emissão do tesouro brasileiro ou do Banco Central, R$ 24.081 milhões por títulos de emissores ou contraparte privados e R$ 1.062 milhões por títulos do tesouro de outros países.

38.419

8,0%8,9%

8,2%

39.71838.354

36.93338.659

8,3% 7 ,9%

Carteira de Crédito* (R$ milhões)

(*) Não inclui avais e fi anças.

Evolução da carteira de crédito e relação PDD/carteira

dez/02 mar/03 jun/03 set/03 dez/03

PDD/Total da Carteira

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Banco Itaú Holding Financeira S.A.Relatório Anual 2003

31Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Os recursos totais consolidados atingiram R$ 182.622 milhões ao fi nal de 2003, com evolução de 18,3% em relação a dezembro de 2002, principalmente devido à absorção das carteiras do Banco Itaú-BBA.

O Itaú encerrou o período com R$ 80.097 milhões em recursos administrados, ocupando a segunda posição no mercado brasileiro entre os bancos privados.

No mercado interno, o destaque foi a evolução da indústria de fundos de investimento, que contabilizou R$ 514.830 milhões, equivalente a um crescimento de 45,4% na comparação com 2002.

O Itaú emitiu US$ 920 milhões em operações públicas no mercado internacional, sendo US$ 200 milhões pelo Banco Itaú-BBA em bonds e US$ 720 milhões pelo Banco Itaú, dos quais US$ 415 milhões em bonds e Certifi cados de Depósitos e US$ 305 milhões em securitização de ordens de pagamento. As emissões dentro do Programa de Securitização de Ordens de Pagamento atingiram um novo perfi l de investidor, em razão da estrutura com mitigação de risco político, possibilitando captações com prazos mais dilatados.

Banco Itaú Europa

Em 2003, o Banco Itaú Europa, controlado pela Itaúsa – Investimentos Itaú S.A., apresentou lucro líquido de EUR 23,7 milhões, um aumento de 15,9% sobre o ano anterior. Além da expressiva margem fi nanceira, o resultado refl ete o desempenho positivo das atividades de mercado de capitais, tesouraria e private banking internacional. A instituição opera em total sintonia com a nova dinâmica de segmentação de mercado do Banco Itaú Holding Financeira, com a oferta de produtos estruturados em comércio exterior e mercado de capitais.

Os ativos consolidados do Banco chegaram a EUR 2.295 milhões, com crescimento de 18,8% ante 2002. As diversas carteiras de crédito contribuíram para essa evolução, com destaque para as operações de comércio exterior – em sua maioria envolvendo fi nanciamentos às exportações brasileiras –, que atingiram US$ 508 milhões.

Em junho de 2003, a atuação do Itaú Europa foi reforçada pela abertura de uma agência em Londres, que possibilitou ampliar a base de clientes dos segmentos corporate e de middle market, além de apoiar investimentos de empresas européias no Brasil. A agência complementa, de forma integrada, a atuação das mesas em São Paulo, Lisboa e Nova York (Itaú Securities). A atividade global também foi impulsionada pelas sinergias capturadas com a incorporação do Banco Itaú Europa Luxemburgo, ocorrida em 2003.

O status de investment grade, que no início de 2004 foi elevado para de BBB+/F3 para BBB+/F2, pela Fitch Ratings, e de Baa2/P-2 para Baa1/P-2 pela Moody’s, posiciona o Banco de forma competitiva no apoio ao fl uxo de negócios de seus clientes e tem permitido diversifi car o passivo com emissões de eurobonds de médio e longo prazos, no mercado de capitais internacional. Em julho, o Itaú Europa lançou um eurobond de três anos, no valor de EUR 150 milhões que atraiu investidores europeus, tanto de private banks, como de empresas gestoras de ativos, fundos de investimentos e instituições fi nanceiras.

O Banco manteve em 2003 sua política de expansão da base de clientes private, ampliando e fortalecendo a oferta de produtos, famílias de fundos, opções de investimentos e serviços de assessoria, sempre com uma ação pró-ativa no suporte à alocação de recursos. Ao fi nal de 2003, os ativos sob gestão chegaram a US$ 1,4 bilhão, com mais de mil clientes ativos.

No fi nal do exercício, o Itaú Europa aumentou seu capital em EUR 137,9 milhões, elevando o patrimônio líquido consolidado para EUR 316,7 milhões. Além disso, incorporou a participação de 51% na holding IPI - Itaúsa Portugal Investimentos S/A, que controla 16,1% do Grupo BPI, um dos principais conglomerados fi nanceiros de Portugal.

Reconhecimentos e Destaques

• Melhor Banco Brasileiro - O Itaú foi apontado pela revista Euromoney, pelo sexto ano consecutivo, como o Melhor Banco Brasileiro. A revista Latin Finance reconheceu o Itaú como o Melhor Banco Doméstico da América Latina, nos últimos 15 anos.

• Melhor Banco da América Latina - Pela segunda vez, o Banco Itaú Holding Financeira foi eleito o melhor banco da América Latina pela revista Latin Finance.

• Prêmio Valor Social - O Programa Itaú Social recebeu, em outubro, o Prêmio Valor Social do jornal Valor Econômico, na categoria Relações com a Comunidade, com o projeto Escrevendo o Futuro.

• Prêmio Eco 2003 - O Prêmio Eco 2003, concedido pela Amcham/Câmara Americana de Comércio de São Paulo, distinguiu o projeto Escrevendo o Futuro, na categoria Educação, e projeto Rumos Itaú Cultural, na categoria Cultura.

• Empresas mais admiradas - O Banco Itaú e a Itaú Seguros lideraram o ranking das empresas mais admiradas em seus setores de atuação, elaborado pela revista Carta Capital. No ranking geral, o Itaú obteve a primeira colocação entre as instituições fi nanceiras, com destaque nos itens Qualidade da Gestão (1º lugar), Solidez Financeira (2º lugar) e Ética (4º lugar).

Institute of International Finance (IIF)

O presidente do Banco Itaú Holding Financeira, Roberto Setubal, foi eleito vice-chairman na direção executiva do Institute of International Finance (IIF), representando os mercados emergentes.

Como associação global, o IIF representa mais de 320 instituições fi nanceiras, sediadas em cerca de 60 países. Entre os objetivos do Instituto, destacam-se a promoção de debates sobre temas de mútuo interesse entre seus membros e autoridades internacionais estratégicas e o apoio às instituições que participam do IIF, na gestão de riscos, na alocação de ativos e no desenvolvimento de negócios em mercados emergentes.

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Banco Itaú S.A.Relatório Anual 2003

32 Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Banco Itaú S.A.

JESÚS SOTO Esfera Negra y Roja, 2000Metal, nylon e pintura300 x 210 x 210 cmAcervo Instituto Itaú Cultural

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Banco Itaú S.A.Relatório Anual 2003

33Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Um dos maiores bancos de varejo do país, com 3.055 agências e postos de atendimento, o Itaú mantém uma estratégia de segmentação, com estruturas, produtos e serviços desenvolvidos para atender às necessidades específi cas de diferentes perfi s de clientes.

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Banco Itaú S.A.Relatório Anual 2003

34 Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Perfi l

O Itaú é um dos maiores bancos de varejo do país, com patrimônio líquido de R$ 8.619 milhões (inclui participações em controladas do Banco Itaú Holding) e ativos de R$ 100.516 milhões, com atuação nos mercados fi nanceiro e de capitais, no Brasil e no exterior. Por meio de uma estratégia de segmentação, construída ao longo de mais de 20 anos, dispõe de estruturas, produtos e serviços desenvolvidos para atender às necessidades específi cas de diferentes perfi s de clientes: pequenas empresas (UPJ - Unidade Pessoa Jurídica), médias empresas (Itaú Empresas), Poder Público, Investidores Institucionais, pessoas físicas e microempresas (rede de agências), pessoas físicas de alta renda (Personnalité) e clientes com elevado patrimônio fi nanceiro (Private Bank). Além disso, administra os negócios de underwriting, custódia, corretagem de valores mobiliários, cartões de crédito, seguros, capitalização e previdência privada.

Fusões e aquisições sempre fi zeram parte da história do Itaú, que desenvolveu a capacidade de incorporar, rapidamente e com sucesso, as empresas adquiridas. Nos últimos anos intensifi cou seu crescimento com a aquisição de bancos públicos estaduais que passaram por processos de privatizacão. Entre 1997 e 2001, o Itaú adquiriu os bancos Banerj, Bemge, Banestado e BEG, fortalecendo sua posição nos Estados do Rio de Janeiro, de Minas Gerais, do Paraná e de Goiás e no segmento de clientes vinculados ao Poder Público.

Esse processo contribuiu para que a rede de atendimento ao varejo atingisse, em 2003, 3.055 unidades, entre agências e postos de atendimento bancário instalados em empresas-clientes. A rede de 19.770 Caixas Eletrônicos Itaú plenos (full service) é uma das maiores do país e respondeu por cerca de 50% das operações conveniência realizadas diretamente pelos clientes somando cerca de 1 bilhão em 2003. Os atendimentos telefônicos e via Unidade de Resposta Audível totalizaram 195,3 milhões, com evolução de 5% sobre 2002. Os acessos por computador, disponíveis para 3,2 milhões de clientes cadastrados, totalizaram 440,1 milhões – 426,7 milhões pela Internet –, com crescimento de 28%. Considerando-se as transações efetuadas por telefone, fax, internet, sistema de débitos automáticos e compras com cartão de débito, o total atingiu mais de 2 bilhões de operações.

A efi ciência dessa estrutura de atendimento e a melhoria contínua dos produtos e serviços apóiam-se em consistentes investimentos em tecnologia. Apenas no ano de 2003, foram investidos R$ 1.331 milhões em informática, aplicados na aquisição de hardware e software, bem como na manutenção e no desenvolvimento da infra-estrutura existente. O esforço das equipes da área de tecnologia também se traduz pelas 2,6 milhões de horas dedicadas ao aperfeiçoamento dos sistemas próprios e, principalmente, ao desenvolvimento de novos produtos e serviços.

2003 2002 Variação

Transações em Caixas Eletrônicos Itaú (ATMs) 1.032,8 946,2 9%

Home & Offi ce Banking 440,1 344,1 28%

Débitos Automáticos Pré-programados 301,9 284,7 6%

Transações por Telefone via URA 144,7 135,2 7%

Compras com Cartão 120,9 89,8 35%

Centrais de Atendimento Telefônico 41,0 40,0 2%

Transações por Fax via URA 9,6 11,0 -13%

Total Geral 2.091,1 1.851,1 13%

Warning em Caixas Eletrônicos Itaú (ATMs) 586,0 192,2 205%

Total Geral 2.677,1 2.043,3 31%

Serviços 2003 2002 Variação

Lançamentos em C/C 2.887,2 2.774,1 4%

Cheques Compensados 606,3 662,0 -8%

Liquidação de Títulos Itaú 179,0 180,8 -1%

Auto-atendimento - Volumes Anuais ConsolidadosItaú / Banerj / Bemge / Banestado / Beg

R$ Milhões

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Banco Itaú S.A.Relatório Anual 2003

35Banco Itaú Holding Financeira S.A.

BANCO ITAÚ Dez/03 Set/03 Dez/02Evol. (%)

Dez.03/Dez.02

Empréstimos Totais 22.113 20.040 19.629 12,7

Pessoas Jurídicas 7.042 5.819 6.937 1,5

Grandes Empresas 1.647 1.377 2.433 (32,3)

Micro/Pequenas e Médias Empresas 5.317 4.353 4.376 21,5

Crédito Imobiliário - PJ 78 89 127 (38,5)

Pessoas Físicas 15.071 14.221 12.692 18,7

Crédito Imobiliário - PF 1.988 2.047 2.225 (10,6)

Cartão de Crédito 3.171 2.721 2.774 14,3

Crédito Pessoal 5.503 5.343 5.061 8,7

Veículos 4.409 4.111 2.632 67,5

Aplicações Interfi nanceiras de Liquidez 22.167 21.981 12.102 83,2

Títulos e Valores Mobiliários 23.880 24.294 20.967 13,9

R$ Milhões

Operações de crédito

Registrou-se expressiva evolução de 24,5% no saldo da carteira de crédito para pequenas e médias empresas, em razão da estrutura interna dedicada ao segmento e da participação de mercado abaixo do potencial do Banco. Houve grande evolução em termos da concessão de crédito e do desenvolvimento de produtos.

No segmento de pessoas físicas, os saldos de empréstimos pessoais e de cartão de crédito mantiveram-se relativamente estáveis. Em cartão de crédito verifi cou-se expansão de 14,3% nos saldos. A carteira de fi nanciamento de automóveis teve evolução positiva, de 67,5%, principalmente devido à incorporação do Banco Fiat.

Atendendo à Resolução 3.109 do Banco Central do Brasil e procurando viabilizar a ampliação do crédito para pessoas de baixa renda, os Bancos Itaú e Banerj lançaram, em agosto, o produto Microcrédito Itaú em toda a rede de agências. Trata-se de um empréstimo parcelado, destinado à população de baixa renda e a microempreendedores. Essa linha de crédito disponibiliza empréstimos até R$ 500,00 para pessoas físicas e até R$ 1.000,00 para pessoas jurídicas, com taxa especial de 2% ao mês e prazos fl exíveis de 4 a 12 meses. Até o fi nal de 2003, cerca de 35 mil clientes (R$ 15 milhões) haviam sido benefi ciados por essa linha de crédito.

Para 2004 prevê-se um ambiente bastante competitivo, em que o lançamento de novos produtos, como o Crediário Consignado Itaú, e o aperfeiçoamento de estratégias de estabelecimento de preços por segmentos serão críticos para a manutenção de posição de liderança em rentabilidade.

Financiamento, leasing e consórcio de automóveis

Aquisições de empresas reforçaram a presença em fi nanciamento, leasing e consórcio de automóveis. Em fevereiro, foi adquirida a Fináustria Companhia de Crédito, Financiamento e Investimento, do antigo Banco BBA Creditanstalt S.A. Um mês depois, o Itaú assumiu 99,99% do capital acionário do Banco Fiat S.A.

As sinergias proporcionadas pelas novas operações, permitiram que a Itaucred – área de crédito ao consumidor do Banco Itaú – elevasse em 30% sua participação de mercado, encerrando o ano com 14% de market share e carteira de aproximadamente 900 mil clientes ativos, número 275% superior ao de dezembro de 2002. A operação de fi nanciamento de automóveis do Itaú e Banco Fiat está presente em todos os estados brasileiros, atendendo a mais de 10 mil pontos-de-venda.

As operações da Fináustria foram integradas no primeiro semestre. O processo com as áreas de fi nanciamento e leasing do Banco Fiat ocorreu no último trimestre do ano. O Consórcio Fiat será integrado no primeiro semestre de 2004.

Cerca de 70% das operações de fi nanciamento e leasing da Itaucred – que contemplam também a carteira da Fináustria – são captadas e processadas pela Internet, por meio de um sistema ágil e seguro que conecta a empresa às cerca de 9 mil revendas de automóveis. Nas operações originadas pelo Banco Fiat, esse índice é de 95%. O investimento em tecnologia também permite que cerca de 25% das respostas de aprovação ou recusa na concessão do crédito sejam processadas automaticamente, em menos de um minuto, sem a interferência humana.

Os quadros a seguir apresentam os dados Pro Forma do Banco Itaú considerando como se o processo de segregação das unidades de negócio do Banco Itaú e do Banco Itaú-BBA tivesse ocorrido no início do exercício. A alocação das operações foi feita em 2002 e 2003 em caráter meramente informativo.

Ativos e Empréstimos

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Banco Itaú S.A.Relatório Anual 2003

36 Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Comércio Exterior e Operações Internacionais

Em 2003, com as mudanças decorrentes da criação do Banco Itaú-BBA e o conseqüente avanço na segmentação dos mercados corporate e middlle market, o Banco Itaú ganhou maior foco no segmento empresa, o que proporcionou o crescimento no saldo de ativos na área de câmbio e comércio exterior da ordem de 100%.

Recursos captados e administrados

O ano de 2003 foi marcado por uma intensa captação dos fundos de investimento, motivada pela recuperação da confi ança tanto dos investidores de varejo quanto de atacado.

O total de fundos de investimentos administrados pelo Banco Itaú elevou-se para R$ 74.177 milhões com crescimento de 36,9%.

Em julho de 2003, o Banco Itaú conquistou o rating aaa(am) (bra), grau máximo de classifi cação de qualidade para um gestor de ativos (Asset Management). A avaliação foi feita pela Fitch Atlantic Ratings, maior agência de rating do país e subsidiária da Fitch Ratings, líder no mercado latino-americano e uma das maiores agências globais.

O volume de recursos de clientes institucionais evoluiu 20,8% no ano, chegando a R$ 26.890 milhões em dezembro de 2003. Com a manutenção dos clientes advindos da aquisição do BBA, no fi nal de 2002, o número de clientes institucionais aumentou de 225 em dezembro de 2002 para 264 em dezembro de 2003.

Com posição de liderança no segmento especializado em consultoria fi nanceira e patrimonial a grandes investidores, o Itaú Private Bank encerrou 2003 com volume total administrado, no Brasil e no exterior, de R$ 15.950 milhões, atendendo 7.180 clientes, com evolução no patrimônio de 5,8% em relação a 2002. O Itaú Personnalité teve evolução de 62,6% no saldo de recursos de clientes.

Os fundos Itauações e Itaú Private Select foram classifi cados pela Standard & Poor´s como Select Fund – qualifi cação exclusiva de fundos que combinam consistência de performance acima da média apresentada na mesma categoria e alta qualidade na administração de investimentos.

Segmentação de mercado

Ao longo de mais de 20 anos, o Banco Itaú desenvolveu e consolidou sistemas, estruturas, produtos e serviços que permitem o atendimento especializado aos diversos segmentos do mercado fi nanceiro.

Houve um aprofundamento do processo de segmentação em 2003, com a aquisição do Banco BBA Creditanstalt e a transferência, para o Itaú-BBA, da carteira de negócios corporate, cujos clientes eram até então atendidos pela Itaucorp. Esse movimento trouxe as condições necessárias para que o Banco Itaú colocasse ainda maior foco nos segmentos de micro, pequenas e médias empresas, de maneira a aproveitar uma das maiores oportunidades a serem exploradas no mercado interno, nos próximos anos.

BANCO ITAÚ 2003 2002 Evol. (%)

Recursos Totais 165.787 133.080 24,6

Recursos Próprios Livres 6.559 4.793 36,8

Recursos Captados 79.131 69.120 14,5

Depósitos à Vista 8.265 8.729 (5,3)

Depósitos de Poupança 17.667 17.841 (1,0)

Depósitos a Prazo 6.102 7.106 (14,1)

Captações no Mercado Aberto 16.599 8.926 86,0

Recursos de Aceites e Emissão de Títulos 3.436 3.688 (6,8)

Depósitos Interfi nanceiros 1.436 497 188,9

Obrigações por Empréstimos e Repasses 4.158 4.831 (13,9)

Cobrança e Arrecadação de Tributos 143 318 (55,1)

Carteira de Câmbio 6.905 5.827 18,5

Provisões Técnicas de Seguros, Previdência e Capitalização 7.689 4.403 74,6Securitização de Ordens de Pagamentos no Exterior 1.975 1.423 38,8Dívidas Subordinadas 4.756 5.531 (14,0)

Recursos Administrados 80.097 59.167 35,4Fundos de Investimento 74.177 54.200 36,9

Carteiras Administradas 5.920 4.967 19,2

R$ Milhões

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Banco Itaú S.A.Relatório Anual 2003

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Varejo

O varejo é tradicional e importante componente do portfólio de negócios do Banco Itaú, pela possibilidade de signifi cativos ganhos de escala que contribuem para a manutenção da competitividade dos custos, mesmo em cenários de reduzidas margens fi nanceiras.

O segmento inclui, principalmente, pessoas físicas e, em menor extensão, microempresas, atendidas na ampla rede de distribuição do Banco. O principal canal de atendimento continua a ser o conjunto de 3.055 agências e postos de atendimento, no país. Contudo, cresce a importância dos canais de auto-atendimento, que incluem os Caixas Eletrônicos Itaú, o atendimento por telefone – o Itaú Bankfone – e a Internet – o Itaú Bankline. Além de proporcionarem grande facilidade de acesso e serviços de conveniência de alta qualidade, esses canais permitem a oferta de produtos e serviços a preços competitivos.

Assim, a rede de agências é utilizada para a oferta tanto de produtos característicos da atividade bancária – como cheques especiais de contas correntes, empréstimos pessoais, poupança e investimentos – como de produtos que permitem uma melhor gestão fi nanceira, o aproveitamento de oportunidades de consumo e a proteção do patrimônio de indivíduos e empresas – a exemplo de cartões de crédito, seguro de residência, vida e acidentes, fi nanciamento de automóveis, planos de previdência privada, administração de ativos e planos de capitalização, entre outros.

Itaú Personnalité

O Itaú Personnalité, criado em 1999, oferece produtos e serviços específi cos, bem como profi ssionais, estrutura e rede de agências especialmente desenvolvidos para atender a clientes pessoa física com renda mensal superior a R$ 5 mil e investimentos signifi cativos. O cliente Personnalité, além de contar com atendimento especializado e assistência fi nanceira individualizada, dispõe das facilidades propiciadas pela ampla rede de distribuição do Banco Itaú. Esse segmento contava, no fi nal de 2003, com 64 agências, atendendo a mais de 138 mil clientes.

Pequenas e Médias Empresas

O atendimento a pequenas empresas – realizado pela rede de agências – foi aprimorado, em 2001, com a criação de unidades de negócios dedicadas a esse segmento.As Unidades de Pessoa Jurídica (UPJ) atualmente atendem às necessidades de negócio de cerca de 80 mil empresas, com faturamento anual de R$ 500 mil a R$ 10 milhões. São pontos de atendimento, localizados em cerca de 120 agências das maiores cidades brasileiras, que dispõem de áreas e infra-estrutura próprias, bem como de gerentes treinados para oferecer soluções específi cas e aconselhamento detalhado sobre os produtos e serviços destinados a esse segmento.

Sem Gerente de ContaCom Gerente de Conta

Estrutura de segmentação do Banco Itaú

PessoasEmpresas

PrivateInvestimentos > R$ 1 Milhão

Pessoas FísicasRenda > R$ 2.000

• Premium • Investidor • Empresário

Personnalité ItaúRenda > R$ 5.000

Pessoas FísicasPortador de Cartão

Micro EmpresasVendas Anuais < R$ 500 Mil

Itaú Poder Público

Médias EmpresasR$ 10 Milhões < Vendas Anuais < R$ 100 Milhões

Pequenas EmpresasR$ 500 Mil < Vendas Anuais < R$ 10 Milhões

Estruturas Especializadas

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Os empréstimos para pequenas empresas, ao fi nal de 2003, totalizavam aproximadamente R$ 1.080 milhões, representando cerca de 2,4% do total da carteira de crédito do Banco.

O segmento Itaú Empresas mantém a relação do dia-a-dia com clientes corporativos de médio porte – cerca de 27 mil empresas, com faturamento anual entre R$ 10 milhões e R$ 100 milhões.

É oferecida ampla variedade de produtos e serviços fi nanceiros, incluindo depósitos, opções de investimento, seguros, planos de previdência privada e produtos de crédito, inclusive empréstimos de capital para investimentos, de capital de giro, fi nanciamentos de estoques e comerciais, serviços de câmbio, de arrendamento mercantil de equipamentos, cartas de crédito e garantias. Os gerentes Itaú Empresas trabalham em cerca de 60 escritórios específi cos localizados em agências do Banco Itaú.

Os empréstimos para clientes corporativos de médio porte eram de aproximadamente R$ 3.324 milhões em dezembro de 2003 ou 7,5% do total da carteira de crédito do Banco.

Itaú Private Bank

O Itaú Private Bank oferece alternativas de investimentos independentes, globalizadas e exclusivas, que contemplam assessoria fi nanceira prestada por equipe especializada no planejamento e na execução de estratégias de alocação de investimentos. Apresenta diversidade de produtos próprios e de terceiros em nível global, incluindo fundos de investimento, operações estruturadas, previdência privada, seguros, além de serviços bancários, com o suporte de modernas tecnologias.

Atendendo 7.180 clientes e mantendo posição de liderança em consultoria fi nanceira e patrimonial a grandes investidores, o Itaú Private Bank encerrou o ano de 2003 com volume total administrado, no Brasil e no exterior, de R$ 15,95 bilhões, o que representa evolução no patrimônio de 5,8% em relação a 2002.

A transferência da operação do BBA Private para o Banco Itaú, em 2003, tornou ainda mais forte essa posição. A aquisição do BBA Private Investments, além de agregar signifi cativo volume de negócios domésticos e internacionais, trouxe para o Banco Itaú uma experiência diferenciada e uma equipe de profi ssionais bem-sucedida na gestão pró-ativa dos negócios dos clientes.

O crescimento da atuação do Private em 2003 foi obtida pela diversifi cação de produtos e maior associação com as operações internacionais, em Luxemburgo (Banco Itaú Europa Luxemburgo S.A.), e pela reestruturação da área, que incluiu a criação de uma Diretoria Private Bank no Rio de Janeiro. Com esses movimentos, o Itaú Private Bank aumentou sua competitividade, ao atuar de maneira totalmente globalizada e com presença reforçada em mercados estratégicos.

Para aprimorar a oferta de produtos de qualidade reconhecida, o Itaú Private Bank adotou novo modelo de segmentação e atendimento a clientes qualifi cados, que privilegia a busca de soluções fi nanceiras integradas, focadas na administração de patrimônio total, e que utiliza o conceito de wealth management, adotado pelas melhores empresas mundiais de administração

de grandes fortunas.

Jesús Soto [Ciudad Bolívar / Venezuela 1923]

Estudou na Escuela de Bellas Artes de Caracas e, de 1947 a 1950, foi diretor da Escuela de Artes Plásticas de Maracaibo. Em 1970, foi inaugurado em Ciudad Bolívar o Museo de Arte Moderno Jesús Soto. Mudou-se para Paris em 1950, cidade onde vive até hoje. Sua investigação artística consiste em justapor planos criando novas leituras que dialogam com o espaço urbano, a natureza e o homem.

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Seguros, Previdência e Capitalização

O quadro abaixo indica a performance, em 2003, das empresas de seguro, previdência e capitalização.

Em dezembro de 2002, foi concluída a migração da carteira de seguros de vida da Itaú Seguros (Itauseg) para a Itaú Previdência e Seguros (Itauprev), com exceção da carteira de vida em grupo, o que explica os menores prêmios e provisões técnicas da Itauseg e aumentos expressivos na Itauprev.

A Itaú Seguros se consolida como a maior carteira de seguros residenciais, com 25% de market share. No ramo de seguros de Automóveis obteve o segundo maior crescimento do mercado – 20,5% ante 9,0% do mercado – segundo a Susep.

As aplicações fi nanceiras contribuíram com apenas R$ 24 milhões (após impostos) acima do CDI.

Desenvolvidos prioritariamente para atendimento em casos de sinistros, os Centros de Atendimento Rápidos (CARs) são importante ferramenta de relacionamento e manutenção de clientes. Nos sinistros de automóvel, as etapas de avaliação dos danos, escolha da ofi cina e defi nição dos prazos para conserto são realizadas imediatamente, sem perda de tempo para os clientes e com a garantia, para a Itaú Seguros, de total controle do processo e de seus custos.

A Itaú Seguros oferece aos corretores de seguros avançados recursos tecnológicos em todas as fases da operação, por meio de um software para a preparação e a transmissão de negócios, bem como um site específi co que permite aos profi ssionais o acompanhamento de seus negócios com a Itaú Seguros.

Entre os reconhecimentos recebidos em 2003, destacam-se: Top of Mind, da Folha de S. Paulo; Empresas mais Admiradas, da revista Carta Capital – setor de seguros; DMA Echo Awards – produto Viva Mulher; Prêmio Amauta de Marketing Direto e Interativo – com o produto Viva Mulher; Prêmio ABT (Associação Brasileira de Telemarketing) – pelo Itaucar Funcionários; e Prêmio Padrão de Qualidade em B2B, da B2B Magazine – pelo Portal dos Corretores.

A atuação da Itauprev nos mercados de seguro de vida e previdência, em 2003, foi marcante. Passou da terceira para a segunda posição no ranking de provisões técnicas de previdência e VGBL, somando R$ 5.476 milhões, consideradas as reservas da empresa AGF Vida e Previdência, adquirida pelo Itaú, em 2003. Esse valor total é composto por R$ 4.907 milhões em reservas da Itauprev, que representa uma evolução de 99,6% em relação ao ano anterior, e por R$ 569 milhões da AGF. Considerando-se somente o produto VGBL, a Itauprev ocupa a segunda posição no ranking, com 23,4% de participação no mercado em provisões técnicas e 24,2% em captação.

No mercado de seguros de vida, sem considerar o VGBL, a evolução foi de 252,4% nos prêmios auferidos, com volume total em prêmios de R$ 461 milhões.

Cartões de Crédito

Em 2003, a Itaucard aprimorou o processo de segmentação de sua base de clientes, o que possibilitou a otimização de ações de venda, ativação, relacionamento e manutenção de clientes. Destacam-se as políticas diferenciadas de taxas de juros e de cálculo do valor do pagamento mínimo das faturas.

Em linha com a estratégia do Banco Itaú, de utilizar os mais modernos recursos tecnológicos, novos serviços foram colocados à disposição dos clientes Itaucard por meio dos canais de auto-atendimento (Caixas Eletrônicos Itaú e Itaú Bankline), de forma a facilitar ainda mais a realização de consultas e transações, bem como a aquisição de novos produtos e serviços.

Em dezembro de 2003, o número de clientes portadores de cartão Itaucard era de 5,8 milhões. A participação de mercado chegou a 13,2% em número de cartões e a 12,8% em relação ao faturamento. O volume de transações, incluindo compras e saques em dinheiro, ultrapassou R$ 10,6 bilhões, com crescimento de 20,6% no ano.

O segmento de produtos premium ganhou especial atenção, destacando-se a comercialização do cartão Personnalité Platinum, com programa especial de recompensas. O faturamento desse segmento cresceu 54% em relação a 2002.

Itauseg (1) Itauprev (1) Itaucap (1) Consolidado (1)

2003 2002 2003 2002 2003 2002 2003 2002 Evol. (%)

Lucro líquido 220 183 169 33 174 50 567 280 102,5Patrimônio líquido 936 675 211 84 212 125 1.347 884 52,4

Rentabilidade Anualizada (%) 23,5 27,1 80,5 38,8 82,0 40,3 42,1 31,7 -

Prêmios Ganhos e Resultado de Planos de Previdência e Capitalização 1.327 1.348 338 83 199 183 1.864 1.613 15,5

Provisões Técnicas 984 816 5.728 2.664 977 923 7.689 4.403 74,6

(1) Eliminando-se as participações em outros negócios.

R$ Milhões

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Banco Itaú S.A.Relatório Anual 2003

40 Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Em 2003, a Itaucard recebeu três prêmios pelo produto Black Star – cartão de crédito dirigido ao público adolescente. Foram eles: Top de Marketing - ADVB, Destaque no Marketing - ABMN, e Marketing Best - Editora Referência , FGV e Madia Mundo Marketing.

Itaú Corretora de Valores

A Itaú Corretora baseia sua atuação no tripé qualidade focada no Brasil, poder de distribuição pulverizada e diferenciada e fl uxo de volume relevante no mercado.

Atualmente a Itaú Corretora conta com equipes em São Paulo, Nova York e Londres, e iniciará, em 2004, operações para empresas brasileiras nos mercados futuros de Chicago e Nova York.

Em 2003, obteve os seguintes resultados:

• Quarto lugar no ranking da Bovespa, com volume de R$ 19,7 bilhões, crescimento de 47% em relação a 2002, e participação de 4,8% do mercado;

• Terceiro lugar no ranking home broker, com 12,7% de participação do mercado, volume de R$ 1,3 bilhão – crescimento de 107% em relação a 2002 – e mais de 265 mil transações via Internet de clientes pessoas físicas no site Itautrade;

• Sétimo lugar na BM&F, com mais 7 milhões de contratos negociados – crescimento de 52% ante 2002 – e com 3,8 % de participação de mercado.

Em 2003, a Itaú Corretora foi reconhecida como a melhor corretora brasileira, classifi cada no ranking de analistas de empresas da América Latina da Latin Finance.

Gestão de Pessoas

O Banco Itaú busca continuamente aprimorar sua gestão de pessoas, de maneira a atrair, desenvolver e reter talentos. No fi nal de 2002, após amplo processo de consulta interna, foram lançadas as Políticas de Gestão de Pessoas e Práticas Gerenciais, que expressam a visão estratégica sobre administração de pessoas e signifi cam o compromisso do Banco com todos os colaboradores. Em 2003, iniciou-se o processo de divulgação dessas diretrizes e de conscientização quanto ao papel dos gestores na construção de um ambiente de trabalho cada vez mais estimulante e gerador de resultados.

Alinhado a essas diretrizes, o processo de Gestão de desempenho e Potencial foi ampliado e tem possibilitado a gestores e equipes direcionar esforços, avaliar resultados, identifi car oportunidades de desenvolvimento profi ssional e realizar ações de reconhecimento.

O Banco, comprometido com a contratação e desenvolvimento de pessoas com experiências e perspectivas diferentes, apóia e promove a diversidade no ambiente de trabalho. O Programa de Contratação de Pessoas Portadoras de Necessidades Especiais tem caráter permanente, oferece oportunidades de empregos em todas as áreas e tem como objetivo incentivar a inserção no mercado de trabalho de pessoas com necessidades especiais. Mediante a defi nição de política e metas de contratação e de campanhas de indicação de funcionários, o Banco elevou em mais de 36% o número de profi ssionais nessa condição, alcançando o total de 747 pessoas.

O Programa Jovem Cidadão, por sua vez, fruto de parceria fi rmada em 2003 com o governo do Estado de São Paulo e coordenado pela Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho, tem por objetivo oferecer aprendizado prático e bolsa-auxílio para jovens de 16 a 21 anos, que cursam o ensino médio em escolas públicas, complementando seus estudos e abrindo a perspectiva de acesso ao mundo do trabalho. Em 2004, serão ampliadas as iniciativas nesse campo, participando do Programa Adolescente Aprendiz, estabelecido pela Fenaban em parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego. O programa destina-se à formação para o mercado de trabalho de adolescentes de 14 a 16 anos, matriculados no ensino público, que provenham de famílias reconhecidamente carentes.

O Banco Itaú orienta e estimula ações de educação corporativa, que envolvem treinamento, formação e desenvolvimento, com a oferta de soluções de aprendizagem para o compartilhamento de conhecimentos e a aquisição de competências que sustentem o desempenho individual e de equipe. As atividades ocorrem dentro e fora da empresa e são enriquecidas pelas parcerias mantidas com as principais instituições de ensino e centros de pesquisa e formação profi ssional, no Brasil e no exterior.

Em 2003, foi ampliado o ensino a distância, que propiciou o atendimento, de modo mais efi caz e a um custo menor, às demandas de um conjunto de colaboradores que se encontra disperso por todo o país.

Todos os colaboradores são estimulados a buscar o autodesen-volvimento, com acesso a instrumentos que permitem ampliar

Idade <45 14

>45 51

Tempo de Casa Até 3 anos 9

3 a 5 anos 1

5 a 10 anos 4

10 a 20 anos 9

Acima 20 anos 42

Escolaridade Superior 42

Mestrado 21

Doutorado 2

Qualidade da Administração do Banco Itaú - Composição do Grupo Executivo e Diretoria

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Banco Itaú S.A.Relatório Anual 2003

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seus conhecimentos, avaliar o próprio aprendizado e planejar sua carreira. Além disso, o Itaú incentiva a formação acadêmica, por meio de apoio fi nanceiro a cursos de graduação, pós-graduação e cursinhos pré-vestibular. O perfi l de escolaridade revela que cerca de 46% dos colaboradores têm curso superior ou pós-graduação.

A prioridade à implementação de novos processos e iniciativas é infl uenciada pela percepção que os colaboradores têm do Banco e que se refl ete na pesquisa de clima organizacional Fale Francamente. Na sua terceira edição, a pesquisa revelou um índice geral de satisfação de 78% e indicou caminhos que orientarão o processo de melhoria contínua da gestão de pessoas.

Banco Itaú Buen Ayre

O ano de 2003 foi marcado pela saída da recessão e a volta do crescimento econômico, a revalorização e uma certa estabilidade do peso, bem como por um mercado fi nanceiro tomando novo impulso depois da crise de dezembro de 2001.

O Itaú Buen Ayre manteve sua política de busca de novas oportunidades de negócio, resguardando seu patrimônio líquido em dólares, realizando uma constante busca de racionalização de custos e mantendo uma estratégia que prioriza a manutenção de ativos líquidos e a concessão de créditos de baixo risco. Assim, os resultados operacionais do período foram positivos, ainda que o resultado contábil tenha sido afetado pela revalorização do peso, o que afetou a posição do patrimônio líquido em dólares.

No período, os depósitos do setor privado do sistema cresceram 23%. O Banco Itaú Buen Ayre foi um dos bancos com maior crescimento dos depósitos, cerca de 109%, em razão de sua reconhecida solidez fi nanceira.

Além disso, em 2003, o Itaú Buen Ayre, promoveu a adequação do layout da rede de agências e manteve seu empenho na melhoria contínua de processos operacionais, com o objetivo de conseguir maior efi ciência, maior rentabilidade e melhor posicionamento no mercado.

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Banco Itaú-BBARelatório Anual 2003

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Banco Itaú-BBA

CESCHIATTISem título Bronze230 x 130 x 50 cmAcervo Banco Itaú S.A.

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43Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Banco Itaú-BBARelatório Anual 2003

Direcionado à gestão dos negócios de grandes corporações e de banco de investimento, o Itaú-BBA consolidou-se com a oferta de produtos e serviços sofi sticados, características do BBA, aliada à solidez de capital e capacidade operacional do Banco Itaú.

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44 Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Perfi l

O ano de 2003 caracterizou-se pela consolidação do Banco Itaú-BBA, em operação a partir de março, como o braço fi nanceiro do Banco Itaú Holding Financeira direcionado à gestão autônoma de todos os negócios de clientes corporate e de banco de investimento.

O Itaú-BBA é fruto de uma associação que conserva os princípios básicos que norteavam as atividades do antigo BBA – entre eles o foco na qualidade de relacionamento, a qualifi cação profi ssional e a sofi sticação de produtos e serviços em um ambiente ágil e fl exível – e as principais características do Banco Itaú – como base sólida de capital e liquidez, prestígio e reconhecimento internacional de sua marca e capacidade operacional para processamento de serviços para o segmento corporate.

A partir da segregação operacional e administrativa do Itaú-BBA, realizou-se, em 2003, a transferência de parte dos ativos e passivos vinculados às operações corporate, anteriormente detidas pelo Banco Itaú. Em 22 de dezembro foi efetuado, por parte dos acionistas do Banco Itaú-BBA (Grupo Itaú e executivos do Itaú-BBA), um aporte de capital de R$ 1,2 bilhão, o que possibilitou a adequação do patrimônio em relação ao novo nível de alavancagem da instituição.

Destaca-se, na operação, a capacidade de geração de receitas a partir da ampliação do leque de produtos e serviços oferecidos aos mil grandes grupos econômicos clientes do Itaú-BBA. A combinação de oferta de soluções especializadas, típicas do antigo BBA, com as operações de grande volume e qualidade de serviço, característica do Itaú, levou o novo banco a proporcionar aos seus clientes soluções mais completas e efi cazes.

O leque de produtos e serviços compreende desde o processamento de folhas de pagamento até atividades de advisory em fusões e aquisições, passando por operações estruturadas no Brasil e exterior e por produtos de cash management, como cobrança e conta corrente.

Em relação às economias de escala, o destaque são os baixos custos incorridos em 2003 para viabilizar a nova estrutura do Itaú-BBA, além dos ganhos provenientes da racionalização dos diversos processos comuns e da aplicação de soluções de sistemas e controles.

A expansão dos negócios e do quadro de funcionários motivou a procura por uma nova sede. Localizou-se um prédio com 2 mil metros quadrados de área útil na Avenida Faria Lima, onde o Itaú-BBA vai instalar-se no fi nal de fevereiro de 2004, passando a operar em instalações mais modernas e adequadas.

Ao longo do segundo semestre de 2003, avançou-se consideravelmente na integração operacional das carteiras corporate do Banco Itaú ao balanço do Itaú-BBA, o que emandou investimentos na arquitetura de sistemas de ambos os bancos, de forma a tornar viáveis as conexões necessárias a uma gestão centralizada dos negócios corporate, por parte do Itaú-BBA, e a um controle compartilhado, consolidado, por parte do Banco Itaú Holding Financeira. A integração entre as equipes

das duas instituições ocorreu de forma harmoniosa e efi caz, permitindo a rápida apropriação dos conhecimentos relativos aos novos produtos e garantindo atendimento individualizado e abrangente aos clientes corporate.

A partir desse ambiente, grande parte dos ativos registrados no Banco Itaú foi transferida ao Itaú-BBA em janeiro de 2004.

Principais indicadores fi nanceiros

Os indicadores apresentados na tabela da página seguinte expressam os resultados das operações corporate do Conglomerado Itaú, sob gestão do Itaú-BBA, a partir de março de 2003. Promoveu-se uma série de ajustes gerenciais em relação às demonstrações contábeis de 2002 e 2003, respectivamente do antigo BBA e do novo banco, como a inclusão das operações corporate atualmente contabilizadas no Banco Itaú e a exclusão das operações de administração de fundos e de negócios de varejo e private anteriormente realizadas pelo BBA.

Ativos e Empréstimos

No Itaú-BBA pro forma, os ativos totais alcançaram R$ 29,7 bilhões ao fi nal de 2003, com redução de 10,3% nos últimos 12 meses. Nesse mesmo período, a carteira de crédito apresentou redução de 13,0%, atingindo R$ 17,9 bilhões em 31 de dezembro de 2003, fruto basicamente do efeito da valorização do real de 18% em 2003 sobre as operações indexadas à variação cambial.

Nesse contexto, a carteira de crédito, incluindo avais e fi anças, teve redução de 12,9% em relação ao ano de 2002, atingindo R$ 22,5 bilhões.

Corporate Banking

Área internacional

Na área internacional, a contínua melhora de percepção do Risco Brasil ocasionou substancial incremento na oferta de linhas de crédito, com redução de custos de captação.

O Itaú-BBA passou a concentrar todas as atividades relacionadas com bancos correspondentes do Banco Itaú Holding Financeira, sendo responsável inclusive pelo gerenciamento das linhas externas do Banco Itaú.

A exemplo do que ocorre nas captações em moeda nacional, as captações em moeda estrangeira realizadas pelo Itaú-BBA são benefi ciadas pela baixa base de custo do Grupo Itaú.

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45Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Banco Itaú-BBARelatório Anual 2003

Particularmente no quarto trimestre de 2003 houve redução de 12,9% no volume total de linhas de crédito (trade + clean), que passaram de US$ 2,6 bilhões para US$ 2,3 bilhões, o que se refl etiu na diminuição da demanda por esse tipo de recurso.

Nesse cenário de grande oferta e baixa demanda de linhas trade, o Itaú apresentou índice médio de renovação e captação com bancos comerciais de cerca de 78% no trimestre.

Mesa de câmbio e comércio exterior

O ano de 2003 proporcionou, aos clientes, abundância de recursos externos não ligados ao comércio exterior, o que acarretou impacto negativo para as carteiras do Banco e de seus principais concorrentes, devido, entre outros fatores, à apreciação do real frente ao dólar e à redução da atividade econômica. Dessa forma, o saldo das carteiras, em 2003, somou US$ 3,2 bilhões.

Destaca-se, no ano, a presença do Itaú-BBA nas operações de câmbio pronto, com volume médio mensal contratado de US$ 0,7 bilhão, e na carteira de pré-pagamento de exportação, com saldo aproximado de US$ 1,0 bilhão.

Mesa de Clientes

Apesar da diminuição acentuada no volume de hedge no mercado, em 2003, o Itaú-BBA manteve praticamente estáveis os saldos em dólar das operações de derivativos, obtendo resultados melhores do que os de 2002. Ao contrário do que ocorreu naquele ano, quando os resultados foram derivados de operações básicas com margens maiores, em virtude da grande volatilidade de mercado, em 2003, os resultados obtidos com derivativos se concentraram em operações estruturadas

com maior valor agregado, realizadas em larga escala, graças à fl exibilidade e sofi sticação provenientes do BBA associadas aos preços e volumes competitivos do Itaú.

Os empréstimos locais, excluindo-se o crédito rural, tiveram baixa demanda por parte das empresas e muita oferta de recursos, tanto dos bancos como de emissões. Com a utilização de estruturas diferenciadas de garantias e preços, o Itaú-BBA manteve os saldos praticamente estáveis, em torno de R$ 6,4 bilhões, preservando as margens apresentadas em 2002.

O Itaú-BBA preservou sua competitividade com a oferta de operações com maior valor agregado para seus clientes, conjugada com estruturas criativas de garantias para administração efi caz dos riscos de crédito nesse tipo de operação.

Área de mercado de capitais

Em 2003, o Itaú-BBA assessorou clientes na captação de recursos no mercado de capitais local no total de R$ 3,2 bilhões, em operações de debêntures e notas promissórias liquidadas em 2003, o que representou cerca de 43% de todas as emissões desses títulos registradas no ano.

No mercado internacional de renda fi xa, o Itaú-BBA liderou as emissões de Medium Term Notes para a Telemar Participações S.A. e a emissão da Brascan Imobiliária Incorporações S.A., no valor de US$ 50 milhões e US$ 40 milhões, respectivamente.

No mercado de renda variável, participou como coordenador das ofertas de Coteminas, no valor de R$ 150 milhões, VCP - Votorantim Celulose e Papel S.A. e Cia. Suzano de Papel e Celulose, essa última no valor de R$ 390 milhões. Também atuou como assessor do Grupo Ipiranga na modelagem da operação de aumento de capital da Ipiranga Petroquímica S.A., que envolveu recursos de R$ 250 milhões.

Itaú-BBA - Informações Pro Forma 2003 2002 Evolução %

Resultados – R$ milhões

Resultado Bruto da Intermediação Financeira 1.454 952 52,7

Resultado Operacional 1.128 758 48,7

Lucro Líquido Consolidado 732 591 23,9

Balanço Patrimonial – R$ milhões

Ativos Totais 29.693 33.114 -10,3

Empréstimos Totais (inclusive Avais e Fianças) 22.468 25.786 -12,9

Dívidas Subordinadas 144 176 -18,2

Patrimônio Líquido 3.260 2.903 12,3

Patrimônio de Referência 3.404 3.080 10,5

Índices Financeiros (%)

Lucro Líquido Consolidado / Patrimônio Líquido 22,4 20,3 2,1

Lucro Líquido Consolidado / Ativos Totais 2,5 1,8 0,7

Índice de Efi ciência 18,8 31,1 -12,3

Índice de Imobilização 1,8 3,3 -1,5

O quadro a seguir apresenta os dados Pro Forma do Banco Itaú-BBA considerando como se o processo de segregação das unidades de negócio do Banco Itaú e do Banco Itaú-BBA tivesse ocorrido no início do exercício. A alocação das operações foi feita em 2002 e 2003 em caráter meramente informativo.

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Banco Itaú-BBARelatório Anual 2003

46 Banco Itaú Holding Financeira S.A.

ALFREDO CESCHIATTI [Belo Horizonte/MG 1918 - Rio de Janeiro/RJ 1989]Bronze/Escultura Moderna/Figurativo

Grande expoente da escultura moderna brasileira, Ceschiatti tem trabalhos instalados em diversos espaços públicos, como a Praça dos Três Poderes, em Brasília; Memorial da América Latina e Praça da Sé, em São Paulo.

O Itaú-BBA assessorou clientes na estruturação e condução de seis ofertas públicas de aquisição de ações, destacando-se a Oferta Pública de Aquisição de Ações da BR Distribuidora por ações da Petrobrás, no valor de R$ 470 milhões.

Concluiu-se, em 2003, a estruturação e distribuição das quotas do Fundo de Investimento em Direitos Creditórios da Parmalat, um dos primeiros efetivamente distribuídos no mercado. Em face das turbulências enfrentadas posteriormente por esse Grupo, esse fundo foi liquidado prematuramente. No entanto, seus investidores receberam integralmente as participações correspondentes, o que demonstra a segurança oferecida por esse instrumento estruturado pelo Itaú-BBA.

Área de fusões e aquisições

A área de Fusões e Aquisições do Itaú-BBA foi consolidada em 2003 e promoveu signifi cativa ampliação das oportunidades de negócios, como a cobertura de um número maior de clientes potenciais, o incremento das possibilidades de fi nanciamentos associados às aquisições e a uma maior integração com o mercado de capitais, por meio da formulação de soluções mais completas aos clientes.

A área de Fusões e Aquisições do Itaú-BBA apresenta abordagem bastante generalista, comprovada pelas operações realizadas em 2003. Entre os principais serviços de assessoria destacam-se os trabalhos de avaliação, análise estratégica e reorganização societária para clientes de importantes segmentos, como o de bens de capital, fertilizantes, varejo e petroquímica.

Negócios no exterior e operações de câmbio

O Banco Itaú-BBA manteve em atividade suas agências de Nassau e Montevidéu e seus escritórios de representação em Buenos Aires e Nova York. Para sua atuação internacional, aproveitou-se do fato de o Itaú Holding se posicionar entre as instituições privadas de capital nacional com maior presença no exterior, tanto na abrangência de pontos de atendimento como na capitalização de suas unidades externas. Mantém agências em Nova York e Ilhas Cayman e no Banco Itaú Buen Ayre, escritório de representação em Miami, subsidiária Itaubank em Cayman e, ainda, controlados pela Itaúsa – Investimentos Itaú S.A., o Banco Itaú Europa, o Banco Itaú Europa Luxemburgo e o escritório de representação em Frankfurt.

Os investimentos consolidados no exterior do Banco Itaú Holding Financeira totalizavam, em 31 de dezembro de 2003, US$ 2.274 milhões, incluindo atividades não fi nanceiras.

Destaca-se a cooperação, interação e sinergia do Itaú-BBA com o Banco Itaú Europa. A capacidade do Itaú-BBA, de gerar ativos no país e no exterior, e do Itaú Europa, de abrigá-los em seu balanço, tem proporcionado benefícios aos clientes das duas instituições.

O escritório de representação em Buenos Aires, em total integração com o Banco Itaú Buen Ayre, tem se relacionado ativamente com as subsidiárias brasileiras na Argentina e com outras grandes empresas daquele país.

Em 2003 foram registradas melhorias no fl uxo de investimentos externos para o Brasil, com diminuição das restrições às linhas de crédito no mercado internacional observadas em 2002. O Conglomerado Itaú ampliou o seu acesso às linhas de crédito externas. A distribuição da captação de linhas trade do grupo vem se mantendo abrangente quanto às fontes de recursos, situação para a qual a associação com o Banco BBA contribuiu positivamente, reforçando o alcance e a diversifi cação dessas captações.

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47Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Banco Itaú-BBARelatório Anual 2003

Instrumento Coordenador da Emissão Montante US$ Milhões Data da Emissão Data de Vencimento Cupom %

Medium Term Notes ItauBank e Itaú Europa 100 08/05/03 07/05/04 5,250%

ItauBank / Itaú Europa /

Medium Term Notes Standard Bank London 100 28/07/03 28/07/05 4,750%

Executivos Sócios (44)

Idade <45 27

>=45 17

Tempo de Casa >=3 a 5 anos 7

>=5 a 10 anos 13

>=10 a 20 anos 22

>=20 anos 2

Escolaridade Superior incompleto 2

Superior completo 19

Pós Graduação 14

Mestrado 8

Doutorado 1

Captações Externas Itaú-BBA

Dentre as captações externas efetuadas em 2003 destacam-se as seguintes emissões:

Gestão de Pessoas

O Itaú-BBA prima pela qualifi cação técnica e capacidade profi ssional de seus colaboradores, para garantir excelência no relacionamento com seus clientes.

Por meio do Programa de Trainees, estudantes do último ano das melhores faculdades passam por período de treinamento de um ano, ao longo do qual atuam em quatro diferentes áreas do Banco. Dessa forma, desenvolvem uma visão global e integrada das atividades e contribuem, de forma prática, para o aperfeiçoamento contínuo dos negócios e processos. As pessoas que apresentam melhor desempenho e potencial de desenvolvimento são convidadas a aproveitar as oportunidades oferecidas pelo Banco.

O modelo de remuneração variável garante reconhecimento baseado em desempenho e fortalece, em todos os funcionários, o foco em resultados e a busca permanente pela excelência. Um amplo processo de avaliação de desempenho, realizado semestralmente para todas as funções, garante feedback e facilita a defi nição compartilhada de metas.

A gestão autônoma do Itaú-BBA permite a adoção de políticas diferenciadas de gestão de pessoas, direcionadas a garantir o desenvolvimento e a motivação de profi ssionais especializados. São valorizados, na gestão de pessoas, o trabalho em equipe, a facilidade na comunicação em todos os níveis e o bom ambiente de trabalho.

Executivos do Itaú-BBA

A empresa BBA HE Participações é a holding dos executivos do Itaú-BBA que, com o Banco Itaú Holding Financeira, partilha paritariamente o controle da instituição. A fi m de melhor refl etir a nova realidade dos quadros executivos do Itaú-BBA, a empresa aumentou seu quadro de associados de 26 membros em 2002 para 44 sócios no início de 2004.

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Banco Itaú Holding Financeira S.A.Relatório Anual 2003

48 Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Ativos Intangíveis

SUSUMU SHINGURefl ections of Rainbow, 1997Escultura cinética em aço inoxidável cromovanádio blindado950 x 300 cm [aprox.]Acervo Itaúsa - Investimentos Itaú S.A.

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Banco Itaú Holding Financeira S.A.Relatório Anual 2003

49Banco Itaú Holding Financeira S.A.

A orientação estratégica de longo prazo, a capacidade de antecipação de cenários, o equilíbrio entre rentabilidade e crescimento e uma atuação pautada pelos princípios de responsabilidade social permitiram ao Itaú construir a marca mais valiosa do Brasil.

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Banco Itaú Holding Financeira S.A.Relatório Anual 2003

50 Banco Itaú Holding Financeira S.A.

A despeito de um ambiente político e econômico conturbado, o Itaú conduziu seus negócios considerando que o crescimento econômico do país criaria oportunidades de negócios e o mercado passaria a requerer novos produtos e serviços bancários. Nasceu, assim, o conceito de “Banco Eletrônico”, síntese da estratégia que defi niu como prioridade no período, de concentrar investimentos signifi cativos em tecnologia.

1985-1994

De 1945 a 1975, o Itaú comprou, incorporou e associou-se a mais de cem bancos brasileiros. Em 1974, após a aquisição do Banco União Comercial, consolidou-se como o segundo maior banco privado do Brasil. Naquela época, já se vislumbravam condições futuras nas quais a grande escala seria determinante para o sucesso no setor bancário. A década de 1970 continuou a ser um período de expansão da rede e ocupação do território nacional pelo Itaú.

Ano Agências ColaboradoresPatrimônio Líquido

(US$ Milhões)

1975 582 25.000 181

1984 1.135 75.800 534

Cenários

Político Econômico BancárioTransiçãodemocrática

• Baixo crescimento• Infl ação alta• Economia fechada• Planos econômicos• Moratória

• Administração em ambiente infl acionário

• Investimentos em tecnologia

• Foco em serviços

Orientação Empresarial

Antecipando cenários

A trajetória do Itaú, que em 2005 completará 60 anos, está intimamente associada à sua capacidade de antecipar cenários e à orientação estratégica de longo prazo. “Pronto para o futuro” foi, não por acaso, a assinatura publicitária escolhida para marcar o aniversário de 50 anos do Banco.

Ao longo dos últimos 30 anos, o Itaú pautou sua ação pela cuidadosa administração de riscos. Essa orientação permitiu que alcançasse o equilíbrio entre crescimento e rentabilidade, mesmo em condições políticas diversas e em cenários econômicos sujeitos à grande volatilidade.

1975-1984

Cenários

Político Econômico BancárioGoverno militar

• Alto crescimento• Infl ação crescente• Grande intervenção

governamental

• Consolidação defusões e aquisições

• Expansão da rede

O período da transição democrática foi acompanhado por enorme instabilidade econômica. A gama de novos serviços demandada pelos clientes e a necessidade de agilidade nas operações, para compensar os efeitos corrosivos da infl ação, foram os principais desafi os enfrentados pelo setor bancário. O Itaú fez frente a esse cenário investindo na expansão da sua rede de agências e tirando o máximo proveito das condições tecnológicas criadas na década anterior, que lhe permitiram desenvolver sistemas, produtos e serviços direcionados para o atendimento, com conveniência, ao cliente.

Assim, em 1983, o Itaú lançou o primeiro terminal de auto-atendimento no Brasil – o Caixa Eletrônico Itaú. O caráter precursor dessa iniciativa está refl etido no fato de que, posteriormente, Caixa Eletrônico virou sinônimo de terminal de auto-atendimento. Nessa década, também, foi criado o primeiro posto de atendimento bancário (PAB) nas instalações de empresa-cliente, modelo que, depois, viria a ser utilizado em todo o setor bancário.

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Banco Itaú Holding Financeira S.A.Relatório Anual 2003

51Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Ano Agências e PABs Caixas Eletrônicos ColaboradoresPatrimônio Líquido

(US$ Milhões)

1985 1.304 - 87.436 622

1994 1.905 6.558 37.119 3.041

154 340

Evolução de Pontos-de-vendaEm quantidades

2.976

6.658

8.876

11.714

13.777

20.021

97 99 01 0379 81 83 85 87 89 91 93 9575 77

923

582

795

913

1.071

1.304

1.853

1.905

2.597

2.995

3.172

Caixas EletrônicosAgências + PABs (**)

(*) - Compound Annual Growth Rate (taxa média composta de crescimento anual).(**) - PAB - Posto de Atendimento Bancário.

Obs.: 308 Pontos de Venda em 1972.

CAGR* Agências + PABs = 6,9%

271

1.479

866

2.017

1.826

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Banco Itaú Holding Financeira S.A.Relatório Anual 2003

52 Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Outras duas importantes iniciativas estratégicas foram adotadas na década de 1980: a implementação de programa destinado a racionalizar despesas administrativas e o início do processo de segmentação de negócios, que resultou, inicialmente, no desenvolvimento de estrutura dirigida ao atendimento a grandes corporações – a Itaucorp.

1995-2003

Cenários

Político Econômico BancárioConsolidaçãodemocrática

• Baixo crescimento• Controle da infl ação• Volatilidade de mercado• Juros altos• Globalização

• Bancos estrangeiros• Privatizações• Especialização• Crescimento da rede

eletrônica• Aumento da

competitividade• Consolidação do sistema

A década de 1990, para o Itaú, foi marcada pelo crescimento por meio de aquisições de instituições fi nanceiras, quer pelo aproveitamento de oportunidades surgidas no mercado quer pela participação em processos de privatização.

A racionalização de custos, iniciada na segunda metade da década de 1980, deu origem ao programa de gestão de custos atualmente em vigor.

A presença internacional consolidou-se, principalmente na Europa, com o Banco Itaú Europa. Em 2002, o Itaú tornou-se o primeiro banco latino-americano a adquirir o status de Financial Holding Company, concedido pelo FED norte-americano.

Promovendo mudanças

O ano de 1994 pode ser considerado como um divisor de águas na história do Itaú. O período de estabilidade econômica, que se iniciou com o advento do Plano Real, em 1994, passou a exigir novas competências empresariais e um profundo ajuste no processo de gestão. A mudança foi conduzida com a consciência da necessidade de manter os valores fundamentais da cultura Itaú, ao mesmo tempo em que a organização, como um todo, preparava-se para responder aos desafi os do novo cenário.

As diversas iniciativas do Banco, a partir desse período, visaram, portanto, promover as transformações necessárias para atingir resultados superiores, mesmo em cenários incertos e, muitas vezes, adversos. Orientações administrativas ganharam prioridade e têm contribuído, consistentemente, para moldar processos e atitudes, tanto operacionais quanto na condução de negócios. São elas:

• Ênfase na efi cácia e na criação de valor para o acionista;

• Implementação de processo de segmentação, que levou a uma atuação com foco em diversos mercados;

• Adoção de modernas práticas de gestão, para atrair e reter pessoas talentosas;

• Criteriosa gestão do risco de mercado, de operações e produtos;

• Evolução do processo de governança corporativa;

• Gestão da marca mais sistemática e consistente.

Crescimento planejado Shareholder Value

Fazer com efi ciência!

Focar

Especialização

Estrutura Variável

Administrar

Atuante

Serviços Financeiros

Administrados

Fazer bem-feito!

Crescer

Genérico

Estrutura Rígida

Evitar

Formal

Bancário

Não administrados

Objetivo

Operacional

Mercado

Pessoal

Remuneração

Riscos

Gov. Corporativa

Negócios

Intangíveis

1994

Antecipando CenáriosPré e Pós Plano Real

1990 2003................... ..............

Mudanças de abordagem

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Banco Itaú Holding Financeira S.A.Relatório Anual 2003

53Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Evolução do ROE (%)

26,3%

26,5%

95 96 97 98 99 00 01 02 0385 87 88 89 90 91 92 93 9476 78 8075 77 79 81 82 83 84 86

12,3%

31,6%

27,7%25,0%

21,4%

15,1%

18,5%

30,4%

18,9%

11,1%

15,4%

18,8%

11,1%

19,4%

ROE Médio18,7%

ROE Médio22,9%

ROE Médio14,4%

Obtendo resultados sustentáveis

A performance fi nanceira tem sido o resultado mais visível da constante busca pela antecipação de cenários, com o objetivo de obter um desempenho capaz de se sustentar em longo prazo. Nos últimos cinco anos, por exemplo, o Itaú registra um ROE médio da ordem de 28% ao ano, índice bem acima da média do mercado.

Tais resultados foram alcançados com equilíbrio de crescimento e rentabilidade. Nos últimos 30 anos, o patrimônio líquido do Banco cresceu a uma média anual composta de 11,5%.

É um desempenho que provém de fontes diversifi cadas de receitas. Com base em sua visão estratégica, e entendendo que a prestação de serviços fi nanceiros é o seu campo de atuação, o Itaú investiu no desenvolvimento de estruturas, produtos e serviços que enriquecem o seu portfólio de negócios.

Cartões17%

Seguros, Previdência e Capitalização

13%

Fundos6%

Banking Itaú-BBA18%

Banking Itaú46%

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Banco Itaú Holding Financeira S.A.Relatório Anual 2003

54 Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Itaú – a marca mais valiosa do Brasil

A marca Itaú foi classifi cada, pela segunda vez consecutiva, a mais valiosa do país, com base em estudo elaborado pela consultoria inglesa Interbrand - líder mundial em consultoria de marca. O trabalho avalia a importância e a força da marca na geração de resultados futuros da empresa, levando em conta a performance, a relação com o mercado e a capacidade de atuar em cenários altamente competitivos. Esse estudo indicou uma signifi cativa evolução do valor da marca Itaú, que passou de US$ 970 milhões em 2001 para US$ 1.093 milhões em 2003.

Esse reconhecimento reforça a consistência da fi losofi a de administração do Itaú e a adequação de sua estratégia de negócios. Refl ete, ainda, a efi cácia da gestão de recursos e a permanente busca pelo aprimoramento das relações estabelecidas com os públicos estratégicos – clientes, acionistas, colaboradores, entidades governamentais e demais parceiros.

No Itaú, a gestão da marca é um processo contínuo, iniciado há mais de 30 anos. Em 2003, esse processo foi aprimorado de modo a tornar-se mais estruturado. Passou-se, assim, a realizar avaliação periódica do valor da marca Itaú, considerando todas as informações disponíveis, e foi dado início ao movimento de explicitação clara, para todos os colaboradores, dos valores e práticas que devem estar sempre associados à marca Itaú. Dessa forma, busca-se manter a consistência da imagem do Banco diante de todos os públicos com que interage.

Responsabilidade social

Os aspectos mais relevantes do exercício da responsabilidade empresarial do Itaú estão detalhadas no Balanço Social, parte integrante do conjunto do Relatório Anual. Em especial, vale destacar a atuação de duas importantes instituições, por meio das quais são viabilizadas as principais estratégias do Banco Itaú Holding Financeira no campo social e cultural: Fundação Itaú Cultural e Instituto Itaú Cultural.

No conjunto, essas instituições e as empresas Itaú investiram, em 2003, R$ 32 milhões em projetos sociais e culturais.

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Banco Itaú Holding Financeira S.A.Relatório Anual 2003

55Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Fundação Itaú Social

Implantado em 1993, o Programa Itaú Social foi o primeiro instrumento de consolidação da política socialmente responsável do Banco, que escolheu concentrar sua atuação em projetos dirigidos para as áreas de educação e saúde públicas. A Fundação Itaú Social, criada em 2000, mantenedora das ações, é pautada pela convicção de que a transformação social de um país das dimensões do Brasil só é possível por intermédio de parcerias entre os setores público, privado e a sociedade civil organizada, e com investimentos em projetos sociais consistentes e sustentáveis.

Os recursos investidos pela Fundação Itaú Social nos projetos sociais são provenientes do superávit fi nanceiro proporcionado, durante o ano anterior, pelo seu fundo patrimonial que, ao fi nal de 2003, foi elevado para R$ 302 milhões, em virtude de aporte adicional de R$ 50 milhões no fi nal de 2003.

Nos últimos dez anos, foram investidos mais de R$ 100 milhões na implantação e no apoio a cerca de 650 projetos sociais. Desse total, R$ 12,3 milhões foram aplicados em 2003. Para 2004, a Fundação Itaú Social prevê investimentos de R$ 23,0 milhões na continuidade e no desenvolvimento de novos programas.

Entre os programas de 2003, destacam-se: Programa Educação & Participação que incluiu a 5ª edição do Prêmio Itaú-Unicef, com a regionalização do processo seletivo e o número recorde de 1.834 projetos inscritos; Projeto Gestores de Aprendizagem que teve continuidade no município de São Paulo e foi implantado em Curitiba; Programa Escrevendo o Futuro, que visa contribuir para a melhoria da qualidade do ensino, por meio da formação dos professores e do desenvolvimento de competências para a escrita em alunos de 4ª e 5ª séries do Ensino Fundamental de escolas públicas; e Programa Melhoria da Educação no Município, por meio do qual foi produzido material didático específi co para a região do semi-árido e formados multiplicadores na Paraíba.

Instituto Itaú Cultural

O Instituto Itaú Cultural, fundado há 15 anos, é centro de referência da cultura brasileira. Atua como um pólo estratégico para a construção da identidade do país e a promoção da cidadania. Oferece ao público programação gratuita, produz pesquisa e conteúdo e promove o mapeamento, fomento e estímulo à difusão de manifestações artísticas em diversas áreas. Com a adoção de políticas paralelas às implementadas pelo Estado, o Instituto Itaú Cultural prioriza a valorização da diversidade de experiências culturais que contribuam para o aumento da liberdade de expressão e da criação artística.

Em 2003, atuou com base em cinco plataformas:

• Mídia Arte, representada pelo Itaulab, centro de investigações e desenvolvimento de projetos que articulam arte e tecnologia, e pelo site www.itaucultural.org.br, principal meio de difusão de idéias, produtos e programas;

• Rumos Itaú Cultural, programa de fomento, difusão e formação da classe artística brasileira, que selecionou e exibiu em todo o país, desde que foi implantado, em 1997, o trabalho de cerca de 600 artistas a mais de 1 milhão de pessoas;

• Atividades Culturais, com programação que privilegia o entretenimento aliado à cultura;

• Ação não-presencial, via transmissão eletrônica (rádio, TV e internet), para ampliar o acesso da comunidade à cultura brasileira;

• Educação, por meio de ações que permeiam todos os projetos do Instituto, com monitorias, cursos, ofi cinas, seminários, produtos e pesquisas.

SUSUMU SHINGU [Osaka/ Japão 1937]Aço inox/Cinetismo (Movimento)

Graduado na Tokyo University of Arts, em 1960, especializa-se em pintura e, após uma temporada na Itália, retorna ao Japão e começa a criar esculturas para espaços públicos que são movidas pelo vento e pela água. Escreve e ilustra livros com temática voltada à natureza. Na década de 90, com bases em algumas esculturas, cria peças teatrais.

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Banco Itaú Holding Financeira S.A.Relatório Anual 2003

56 Banco Itaú Holding Financeira S.A.

ASSEMBLÉIA GERAL DE ACIONISTAS

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOOlavo Egydio Setubal

PresidenteCONSELHO CONSULTIVO CONSELHO FISCAL

VICE-PRESIDÊNCIAS DIRETORIAS

PRESIDÊNCIA EXECUTIVARoberto Egydio Setubal

Diretor PresidenteCOMITÊ CONSULTIVO INTERNACIONAL COMITÊ DE CONTROLES INTERNOS

Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Administração e Diretoria Executiva

Conselho de Administração

Presidente Olavo Egydio Setubal

Vice-PresidentesAlfredo Egydio Arruda Villela FilhoJosé Carlos Moraes AbreuRoberto Egydio Setubal

ConselheirosAlcides Lopes TápiasCarlos da Câmara PestanaFernão Carlos Botelho BracherHenri PenchasJosé Vilarasau SalatMaria de Lourdes Egydio VillelaPersio AridaRoberto Teixeira da CostaSergio Silva de Freitas

Diretoria

Diretor PresidenteRoberto Egydio Setubal

Vice-Presidentes SenioresHenri PenchasSergio Silva de Freitas

Vice-Presidentes ExecutivosAlberto Dias de Mattos BarrettoAlfredo Egydio Setubal

Consultor JurídicoLuciano da Silva Amaro

Diretores ExecutivosRodolfo Henrique FischerSilvio Aparecido de Carvalho

Conselho Fiscal

Membros EfetivosGustavo Jorge Laboissiere LoyolaAlberto Sozin FuruguemIran Siqueira Lima

Membros SuplentesJosé Marcos Konder ComparatoJosé Roberto Brant de CarvalhoWalter dos Santos

Conselho Consultivo

Daniel Machado de CamposFernando de Almeida Nobre NetoJoaquim Francisco Monteiro de CarvalhoLício Meirelles FerreiraLuiz Eduardo Campello

Comitê Consultivo Internacional

Olavo Egydio SetubalRoberto Egydio SetubalAlberto Dias de Mattos BarrettoArthur Eduardo Brochado dos Santos SilvaCarlos da Câmara PestanaDieter RamplHenri PenchasIsidro Fainé CasasJosé Carlos Moraes AbreuMaria de Lourdes Egydio VillelaRoberto Teixeira da CostaSergio Silva de Freitas

Comitê de Opções

PresidenteOlavo Egydio Setubal

MembrosCarlos da Câmara PestanaJosé Carlos Moraes AbreuRoberto Egydio SetubalRoberto Teixeira da Costa

Comitê de Controles Internos

PresidenteCarlos da Câmara Pestana

Membros Alcides Lopes TápiasHenri Penchas

Comitê de Negociação

Alfredo Egydio SetubalAlcides Lopes TápiasAlfredo Egydio Arruda Villela FilhoRoberto Teixeira da CostaHenri PenchasMaria Elizabete Vilaça Lopes

Comitê de Divulgação

Alfredo Egydio SetubalAlcides Lopes TápiasAlfredo Egydio Arruda Villela FilhoRoberto Teixeira da CostaHenri PenchasAntonio Jacinto MatiasMaria Elizabete Vilaça Lopes

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Banco Itaú Holding Financeira S.A.Relatório Anual 2003

57Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Conselho de Administração

Presidente

Olavo Egydio Setubal

Presidente do Conselho de Administração desde março de 2003. Banco Itaú S.A. - Presidente do Conselho de Administração de outubro de 1986 a março de 2003. Diretor Geral entre 1964 e 1975 e Diretor Presidente entre 1979 e 1985. Prefeito da Cidade de São Paulo entre 1975 e 1979 e ministro de Relações Exteriores entre 1985 e 1986. Membro do Conselho Monetário Nacional nos anos de 1974 e 1975. Formado em Engenharia, pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, em 1945.

Vice-Presidentes

Alfredo Egydio Arruda Villela FilhoVice-Presidente do Conselho de Administração desde março de 2003 e membro dos Comitês de Divulgação de Atos e Fatos Relevantes e de Negociação de Valores Mobiliários. Itaúsa - Investimentos Itaú S.A. - membro do Conselho de Administração desde agosto de 1995 e membro dos Comitês de Divulgação de Atos e Fatos Relevantes e de Negociação de Valores Mobiliários. Itautec Philco S.A. – Membro do Conselho de Administração desde abril de 1997. Banco Itaú S.A. - Vice-Presidente do Conselho de Administração de 2001 a março de 2003. Formado em Engenharia Mecânica, pela Escola de Engenharia Mauá, do Instituto Mauá de Tecnologia em 1992, e pós-graduado em Administração, pela Fundação Getúlio Vargas.

José Carlos Moraes AbreuVice-Presidente do Conselho de Administração desde março de 2003. Banco Itaú S.A. - Vice-Presidente do Conselho de Administração de 1986 a março de 2003. Presidente do Conselho de Administração, em 1985, e Diretor Geral, entre 1976 e 1985. Membro do Conselho Monetário Nacional, entre 1975 e 1984. Formado em Direito, pela Universidade de São Paulo, em 1944.

Roberto Egydio SetubalVice-presidente do Conselho de Administração desde março de 2003. Banco Itaú S.A. - Membro do Conselho de Administração de abril de 1995 a março de 2003. Diretor Geral entre agosto de 1990 e março de 1994. Diretor Presidente e Diretor Geral desde abril de 1994. Itaúsa – Investimentos Itaú S.A. - Diretor Vice-presidente Executivo desde maio de 1994. Banco Itaú-BBA S.A. – Presidente do Conselho de Administração desde fevereiro de 2003; Presidente da Federação Nacional de Bancos (Fenaban) e da Federação Brasileira das Associações de Bancos (Febraban), de abril de 1997 a março de 2001. Vice-Presidente do Institute of International Finance, membro do Conselho do International Monetary Conference e membro do International Advisory Committee do The Federal Reserve Bank of New York. Formado em Engenharia de Produção, pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, em 1977, e Master of Science Engineering,

pela Stanford University, em 1979.

Conselheiros

Alcides Lopes TápiasMembro do Conselho de Administração desde março de 2003. Banco Itaú S.A. - Membro do Conselho de Administração de abril de 2002 a março de 2003. Sócio da InterAmericana Ltda. e membro do Conselho de Administração do Grupo Sadia desde dezembro de 2001. Vice-Presidente da Diretoria Executiva e do Conselho Superior de Administração do Bradesco, até 1996. Presidente da Febraban entre 1991 e 1994 e membro do Conselho Monetário Nacional. Representou o Bradesco nos Conselhos de Administração da Ericsson, CSN, Latasa, Monteiro Aranha e outras. Eleito membro do Conselho de Administração dos Tubos e Conexões Tigre em 1995. Assumiu a Presidência do Grupo Camargo Corrêa, em 1996, sendo Presidente do Conselho de Administração da Holding. Presidente dos Conselhos de Administração da Usiminas (1997) e da São Paulo Alpargatas (até setembro de 1999). Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, até julho de 2001. Formado em Administração de Empresas, pela Universidade Mackenzie, e Bacharel em Direito, formado pelas Faculdades Metropolitanas Unidas.

Carlos da Câmara PestanaMembro do Conselho de Administração desde março de 2003; Banco Itaú S.A. - Membro do Conselho de Administração de outubro de 1986 a março de 2003; Diretor Vice-Presidente Executivo de novembro de 1986 a junho de 1990 e Diretor Presidente entre julho de 1990 e março de 1994.Formado em Direito, pela Faculdade de Direito Universidade Clássica de Lisboa, em 1955.

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Banco Itaú Holding Financeira S.A.Relatório Anual 2003

58 Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Fernão Carlos Botelho BracherMembro do Conselho de Administração desde abril de 2003. Banco Itaú-BBA S.A.- Diretor Presidente, desde agosto de 1988 e Vice-Presidente do Conselho de Administração desde fevereiro de 2003. Banco Central do Brasil - Presidente de 1985 a fevereiro de 1987. Negociador da dívida externa, de junho a dezembro de 1987. Diretor da Área Externa de 1974 a 1979. Banco Bradesco S.A.- Vice-Presidente de 1982 a 1985. Grupo Atlântica-Boavista de Seguros - Vice-Presidente de 1980 a 1982. Banco da Bahia - Diretor, de 1961 a 1973. Formado em Direito, pela Universidade de São Paulo, estudou em universidades alemãs.

Henri PenchasMembro do Conselho de Administração e Vice-Presidente Sênior desde março de 2003. Membro dos Comitês Consultivo Internacional, de Divulgação de Atos e Fatos Relevantes e de Negociação de Valores Mobiliários. Itaúsa - Investimentos Itaú S.A.- Diretor Executivo desde dezembro de 1984, Diretor de Relações com Investidores e membro do Comitê de Divulgação de Atos e Fatos Relevantes e de Negociação de Valores Mobiliários. Banco Itaú S.A.- Membro do Conselho de Administração de abril de 1997 a março de 2003 e Vice-Presidente Sênior desde abril de 1997. Vice-Presidente Executivo entre abril de 1993 e março de 1997, responsável pela Área de Controle Econômico. Banco Itaú-BBA S.A. – Vice-Presidente do Conselho de Administração desde fevereiro de 2003. Formado em Engenharia Mecânica, pela Universidade Mackenzie e pós-graduado em Finanças pela Fundação Getúlio Vargas.

José Vilarasau SalatMembro do Conselho de Administração desde março de 2003. Banco Itaú S.A. - Membro do Conselho de Administração de abril de 2001 a março de 2003. Presidente da Caixa Holding S.A., de julho de 2000 a 2003. Presidente da Caja de Ahorros y Pensiones de Barcelona (la Caixa), de janeiro de 1999 a 2003. Formado em Engenharia Industrial, pela Escuela Especial de Ingenieros Industriales de Barcelona, e em Ciências Econômicas pela Universidad de Barcelona.

Maria de Lourdes Egydio VillelaMembro do Conselho de Administração desde março de 2003. Banco Itaú S.A. - Membro do Conselho de Administração de março de 1993 a março de 2003. Vice-Presidente do Conselho de Administração da Itaúsa - Investimentos Itaú S.A. desde abril de 2001. Presidente do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), desde dezembro de 1994 e do Instituto Itaú Cultural, desde maio de 2001. Fundadora e Presidente da Associação Comunitária Despertar, desde abril de 1994; e Faça Parte – Instituto Brasil Voluntário, desde outubro de 2000, e do Centro do Voluntariado de São Paulo, desde maio de 1997. Formada em Psicologia, pela Pontifícia Universidade Católica, em 1971.

Persio AridaMembro do Conselho de Administração desde março de 2003. Banco Itaú S.A. - Membro do Conselho de Administração de abril de 2001 a março de 2003. Secretário de Coordenação Social da Seplan – 1985. Membro da Diretoria do Banco Central do Brasil – 1986. Presidente do BNDES – 1993 a 1994. Presidente do Banco Central do Brasil – 1995. Membro do Smithsonian Institute (Washington) e do Institute for Advanced Study .Formado em Economia, pela Universidade de São Paulo, é Ph.D. em Economia, pelo Massachusetts Institute of Technology (M.I.T), EUA. Roberto Teixeira da CostaMembro do Conselho de Administração desde março de 2003. Banco Itaú S.A. - Membro do Conselho de Administração de abril de 2001 a março de 2003. Criador da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e Presidente até 1979. Internacional do Ceal - Presidente do Conselho de Empresários da América Latina de 1998 a 2000. Jornal O Estado de S. Paulo - Membro do Conselho Consultivo. Formado em Economia, pela Faculdade Nacional de Ciências Econômicas (Rio de Janeiro).

Sergio Silva de FreitasMembro do Conselho de Administração e Vice-Presidente Sênior desde março de 2003. Banco Itaú S.A.- Membro do Conselho de Administração de outubro de 1986 a março de 2003 e Vice-Presidente Sênior desde abril de 1993. Vice-Presidente Executivo de março de 1986 a março de 1993. Banco Itaú-BBA S.A. – Membro do Conselho de Administração desde fevereiro de 2003. Formado em Engenharia Econômica, pela Escola Nacional de Engenharia da Universidade Brasil, em 1965.

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Banco Itaú Holding Financeira S.A.Relatório Anual 2003

59Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Diretoria

Diretor PresidenteRoberto Egydio Setubal

Vice-Presidentes Seniôres Henri PenchasSergio Silva de Freitas

Vice-Presidentes Executivos

Alberto Dias de Mattos Barretto

Vice-Presidente Executivo e membro do Comitê Consultivo Internacional, desde março de 2003. Banco Itaú S.A. - Vice-Presidente Executivo da Área Internacional, desde abril de 1993. Banco Itaú-BBA S.A. - Membro do Conselho de Administração, desde fevereiro de 2003. Gerente Geral e agente da Agência de Nova York em 1979. Diretor Técnico da Divisão Internacional, em 1982. Diretor-Executivo em 1985. Membro da Diretoria do Libra Bank, de Londres, de 1983 a 1990. Atualmente é membro da diretoria do Banco Itaú Europa, em Portugal, e Banco Itaú Buen Ayre, na Argentina.Formado em Direito, pela Universidade de São Paulo, em 1967.

Alfredo Egydio SetubalVice-Presidente Executivo e Diretor de Relações com Investidores. Presidente dos Comitês de Divulgação de Atos e Fatos Relevantes e de Negociação de Valores Mobiliários, desde março de 2003, administra o relacionamento com a CVM, Banco Central do Brasil e outras autoridades do governo sobre assuntos do mercado de capitais. Banco Itaú S.A. - Vice-Presidente Executivo, desde março de 1996, da Área de Mercado de Capitais. Diretor de Relações com Investidores entre 1995 e 2003. Diretor Gerente entre 1988 e 1993; Diretor-Executivo entre 1993 e 1996. Banco Itaú-BBA S.A. - Membro do Conselho de Administração desde fevereiro de 2003.Associação Nacional dos Bancos de Investimentos (Anbid) - Vice-Presidente de 1994 a agosto de 2003 e Presidente desde agosto de 2003. Membro dos Conselhos de Administração da Associação da Distribuidora de Valores (Adeval), desde 1993; da Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC), desde 1998; da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), desde 1996; e da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca) desde 1999. Presidente do Conselho do Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (Ibri), desde 2000. Diretor Financeiro do Museu de Arte Moderna de São Paulo (Mam), desde 1992. Formado e pós-graduado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas com curso de especialização no Insead (França).

Consultor Jurídico

Luciano da Silva AmaroConsultor Jurídico desde março de 2003. Banco Itaú S.A.- Advogado de 1976 a 1988 e membro da Diretoria (como Consultor Jurídico) desde 1988. Técnico de Tributação do Ministério da Fazenda, de 1970 a 1976. Professor de Direito Tributário na Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie, desde 1977. Conferencista em congressos e eventos jurídicos. Autor do livro Direito Tributário Brasileiro (9ª edição). Autor de cerca de 40 estudos publicados sobre direito tributário e direito comercial. Membro da Academia Brasileira de Direito Tributário e de outras entidades jurídicas.Formado em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo.

Diretores Executivos

Rodolfo Henrique Fischer

Diretor-Executivo desde março de 2003. Banco Itaú S.A. - Vice-Presidente Executivo desde abril de 2003. Diretor-Executivo de 1999 a 2003. Banco Itaú-BBA S.A. – Membro do Conselho de Administração desde fevereiro de 2003. Presidente do Conselho da Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP) e Diretor da Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro (Andima).Formado em Engenharia Civil, pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, em 1984, e Master of Science in Management pelo Massachusetts Institute of Technology (M.I.T.), em 1990.

Silvio Aparecido de Carvalho

Diretor-Executivo desde março de 2003. Banco Itaú S.A. - Diretor-Executivo desde outubro de 2000.Formado em Administração de Empresas (1997) e Ciências Contábeis (1974), pela Faculdade de Economia, Administração e Ciências Contábeis da Universidade de São Paulo. Concluiu, pela mesma faculdade, Mestrado (1982) e Doutorado (1994) em Controladoria e Contabilidade. Concluiu o Stanford Executive Program, na Stanford University, USA, em 1985. Professor da Universidade de São Paulo, desde 1976.

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Banco Itaú Holding Financeira S.A.Relatório Anual 2003

60 Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Banco Itaú S. A.

Diretor Presidente e Diretor Geral Roberto Egydio Setubal

Vice-Presidentes Seniôres Henri PenchasSergio Silva de Freitas

Vice-Presidentes Executivos Alberto Dias de Mattos BarrettoAlfredo Egydio Setubal

Antonio Jacinto MatiasVice-presidente Executivo desde fevereiro de 1999, responsável pelas áreas de Marketing, Relações Institucionais, Serviço de Atendimento ao Consumidor, Comunicação, Crédito Varejo, Sistemas de Gestão e Planejamento Comercial. Diretor Gerente entre dezembro de 1988 e março de 1992 e Diretor Executivo entre 1992 e 1999. Membro do Comitê de Divulgação de Atos e Fatos Relevantes do Banco Itaú Holding Financeira S.A. Vice-presidente de Programas Sociais da Fundação Itaú Social. Diretor-Executivo do Instituto Itaú Cultural. Diretor-Executivo da Federação Brasileira das Associações de Bancos (Febraban). Membro do Conselho Curador da Fundação Roberto Marinho; Ex-Vice-Presidente do Board of Directors of Latin América and Caribbean na MasterCard. Formado em Engenharia de Produção, pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, e pós-graduado em Administração de Empresas, pela Fundação Getúlio Vargas.

Milton Luís Ubach MonteiroVice-Presidente Executivo, desde abril de 1993. Diretor-Executivo entre 1986 e 1993, responsável pela Área de Projetos Corporativos.Formado em Engenharia, pela Pontifícia Universidade Católica, em 1965.

Renato Roberto CuocoVice-Presidente Executivo desde abril de 1993. Diretor-Executivo entre 1984 e 1993, responsável pela Área de Recursos Operacionais.Formado em Engenharia, pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, em 1967.

Rodolfo Henrique Fischer

Consultor Jurídico

Luciano da Silva Amaro

Diretores Executivos

Fernando Tadeu PerezDiretor-Executivo desde maio de 2003. Diretor Gerente Sênior entre julho de 2001 e abril 2003.Febraban - Diretor Setorial de Recursos Humanos. Formado em Administração de Empresas, pela Universidade de São Paulo, com especialização em Relações Trabalhistas e Negociações Coletivas – International Center for Professional Skill (O.I.T.) – Europe e MBA Advanced Management Program – INSEAD – França.

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Banco Itaú Holding Financeira S.A.Relatório Anual 2003

61Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Helio de Mendonça LimaDiretor-Executivo desde maio de 2002. Responsável pela Área Itaucard Financeira. American Express do Brasil (Tempo e Cia. de Turismo, Tempo e Cia. Administradora de Cartão de Crédito, Banco American Express): Diretor Presidente de junho de 1997 a julho de 2001. Prever Seguros e Previdência - Diretor Presidente de março de 1992 a maio de 1997. Citibank N/A (1972 - 1992) - exerceu diversos cargos, entre os quais Diretor Presidente da Credicard S.A. (1982 – 1986) e Presidente do Citibank Florida (1990 – 1992).Formado em Engenharia Mecânica, pela PUC Rio de Janeiro, em 1968; MBA – Michigan State University (Estados Unidos) – 1970/1971

João Jacó HazarabedianDiretor-Executivo desde março de 1996. Diretor Gerente de abril de 1993 a fevereiro de 1996. Formado em Engenharia de Produção, pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, em 1977.

Osvaldo do NascimentoDiretor-Executivo desde maio de 2002. Diretor Gerente Sênior de abril de 1999 a abril de 2002. Associação Nacional de Previdência Privada (ANAPP) - Presidente desde janeiro de 2003, Vice-Presidente de 2000 a 2002 e Diretor entre 1997 a 2000. Membro do Comitê Temático de Previdência Complementar do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do Governo Federal.Professor de Tópicos Avançados em Informática no período de 1980 a 2001 da Faculdade de Tecnologia de São Paulo; professor convidado do curso de Mestrado da Fundação Getúlio Vargas, a partir de 2003.Formado em Engenharia Elétrica, pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, em 1977, e Master Computer Science - The University of Michigan, em 1985.

Rodolfo Angel CorviDiretor-Executivo da Área Itaú Argentina. Professor titular do Mestrado em Direção Bancária da Universidade do CEMA, em Buenos Aires, e membro da Comissão Diretiva da Associação de Bancos Argentinos.Formado em Ciências Econômicas, pela Universidade de Buenos Aires; realizou estudos de pós-graduação em Planejamento Estratégico Bancário na Northern Illinois University, EUA. Doutorado em Ciências Econômicas.

Ronald Anton de JonghDiretor-Executivo desde março de 1996. Diretor Gerente entre 1993 e 1996. Formado em Engenharia de Infra-estrutura Aeronáutica, pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em 1980, e Master of Business Administration, pela The Wharton School – University of Pennsylvania, em 1985.

Ruy Villela Moraes AbreuDiretor-Executivo desde março de 1996, atualmente é responsável pelas operações do Itaú Personnalité e de Financiamento de automóveis do Banco Itaú e Banco Fiat, tendo também dirigido a área de Produtos Pessoa Física. Formado em Administração de Empresas, pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), em 1982, e especialização no Insead (França), em 1993.

Sérgio Ribeiro da Costa WerlangDiretor-Executivo desde abril de 2003. Diretor Gerente Sênior entre março de 2002 e março de 2003. Diretor responsável pelos assuntos de política econômica do Banco Central do Brasil de fevereiro de 1999 a setembro de 2000. Diretor-Executivo do Banco BBM, de outubro de 1997 a dezembro de 1998. Diretor de Pesquisa e Área de Administração de Recursos do Banco BBM, de 1994 a 1998.Doutor em Economia (PhD), na Universidade de Princeton – USA - 1986.

Silvio Aparecido de Carvalho

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Banco Itaú Holding Financeira S.A.Relatório Anual 2003

62 Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Banco Itaú-BBA

Conselho de Administração

PresidenteRoberto Egydio Setubal

Vice-presidentesFernão Carlos Botelho BracherHenri Penchas

Conselheiros Alberto Dias de Mattos BarrettoAlfredo Egydio Setubal

Antonio Beltran MartinezMembro do Conselho de Administração desde março de 2003. Membro do Conselho Consultivo do Fundo Garantidor de Crédito. Vice Presidente do Banco BBA Creditanstalt S.A., de 1988 a 2002. Vice Presidente do Bradesco até 1987. Formado em Administração de Empresas, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), em 1972.

Antonio Carlos Barbosa de OliveiraMembro do Conselho de Administração e Diretor Vice-Presidente desde fevereiro de 2003. Vice-Presidente Executivo do Banco Itaú S.A. de maio de 2002 a fevereiro de 2003, Diretor Executivo entre 1994 e 2002 e Diretor Gerente entre 1991 e 1994. Formado em Engenharia de Produção pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, em 1974, e Master of Science pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), em 1977.

Candido Botelho Bracher Membro do Conselho de Administração e Diretor Vice-Presidente desde fevereiro de 2003. Diretor do Banco BBA Creditanstalt S.A.de 1988 a janeiro de 2003. Formado em Administração de Empresas, pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo – Fundação Getúlio Vargas, em 1980.

Edmar Lisboa Bacha Membro do Conselho de Administração desde fevereiro de 2003. Formado em Economia pela Universidade Federal de Minas Gerais, em 1963, e PhD em Economia, pela Universidade de Yale - EUA, em 1968.de Yale, EUA (1968).

Eduardo Mazzilli de Vassimon Membro do Conselho de Administração e Vice-Presidente Executivo desde abril de 2003. Gerente Geral de Câmbio do Banco Itaú S.A., de 1980 a 1990; Diretor-Adjunto de Câmbio do Banco BBA-Creditanstalt S.A., de 1990 a 1991 e Diretor da Área Internacional, de 1992 a 2003. Formado em Economia pela Faculdade de Economia da USP em 1980. Formado Administrador de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas, em 1980, e pós-graduado pela EAESP/FGV, em 1982, e École dês Hautes Études Commerciales - França, em 1983.

Rodolfo Henrique Fischer

Sergio Silva de Freitas

Diretoria

Diretor PresidenteFernão Carlos Botelho Bracher

Diretores Vice-presidentesFernão Carlos Botelho BracherAntonio Carlos Barbosa de OliveiraCandido Botelho BracherEduardo Mazzilli de VassimonAntonio Beltran Martinez

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Auditoria Independente - Instrução CVM nº 381

A política de atuação do Banco Itaú Holding, empresas controladas, controladora ou integrantes do mesmo grupo econômico, na contratação de serviços não relacionados à auditoria externa dos nossos auditores independentes, se fundamenta nos princípios internacionalmente aceitos que preservam a independência do auditor. Estes princípios consistem em: (a) o auditor não deve auditar o seu próprio trabalho, (b) o auditor não deve exercer funções gerenciais no seu cliente e (c) o auditor não deve promover os interesses de seu cliente.

No período não foram contratados/prestados ao Banco Itaú Holding ou às suas controladas serviços não relacionados à auditoria externa pela PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes e partes relacionadas em patamares superiores a 5% do total dos custos de auditoria externa.

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Glossário

ADR (American Depositary Receipt) - Papéis emitidos e negociados no mercado de capitais dos Estados Unidos (EUA), com lastro em ações de uma empresa não norte-americana. O ADR foi criado com o objetivo de possibilitar o acesso ao mercado de capitais dos EUA para empresas estrangeiras. Existem três níveis de ADR, cada um com exigências crescentes de transparência e adequação às normas norte-americanas. O ADR Nível I é o que tem menor nível de exigências e é negociado no mercado de balcão norte-americano (denominado OTC - Over the Counter). Os ADRs Nível II são negociados nas bolsas de valores dos EUA. O ADR Nível III possui o mesmo grau de exigência do ADR Nível II, contudo há captação de recursos, pois é lastreado em ações novas.

Asset management - Atividade de gestão de recursos de terceiros por instituição fi nanceira.

ATM (Automatic Teller Machines) - Terminais de auto-atendimento ou caixa eletrônico.

Bonds - Nome genérico de títulos negociados em mercados organizados.

Capitalização de mercado - O valor da empresa no mercado de capitais, obtido multiplicando-se a quantidade de ações pelo valor da cotação dos papéis em Bolsa de Valores.

Commercial papers - Notas promissórias emitidas por uma empresa no mercado local ou externo, para captar recursos de curto prazo.

Commodities - Mercadorias.

Compliance - Conformidade. Estrutura e processos de controle criados com o objetivo de supervisionar o cumprimento das normas internas e externas.

Corporate - Corporações ou grandes grupos empresariais.

Derivativos - Mercados futuros e de opções, que viabilizam as operações de hedge. Operam preços futuros de ações, índice de bolsas de valores, dólar, ouro, juros e mercadorias agrícolas. Uma empresa que tem dívidas em dólar, e teme aumentos na cotação da moeda, compra contratos no mercado futuro para se proteger da oscilação. Se no fi m do prazo, o dólar subir, a empresa recebe a quantia para comprar a moeda no novo preço.

Eurobonds/Euronotes - (Eurobônus/Euronotas). Bônus lançado por um governo ou companhia através de um banco de determinado país e na moeda deste, mas vendido internacionalmente, geralmente por bancos.

Financial Holding Company - Status da legislação bancária dos Estados Unidos atribuído a bancos que se submetem aos critérios de análise do FED (Federal Reserve System) e são autorizados a operar nos Estados Unidos exercendo atividades fi nanceiras.

Free Float - Quantidade de ações de uma empresa disponível para negociação em mercados organizados. O mesmo que ações em circulação, excluindo-se os papéis detidos pelos acionistas controladores.

Gap - Diferença existente entre os saldos ativos e passivos associados a um mesmo fator de risco.

Gap estrutural - Descasamento entre ativos e passivos decorrentes dos fl uxos das operações comerciais e de rede da instituição.

Governança Corporativa - Práticas e relacionamentos entre acionistas/cotistas, Conselho de Administração, Diretoria, Auditoria Independente e Conselho Fiscal, com a fi nalidade de otimizar o desempenho da empresa e facilitar o acesso ao capital.

Estas práticas abrangem os assuntos relativos ao poder de controle e direção de uma empresa, bem como as diferentes formas e esferas de seu exercício e os diversos interesses que, de alguma forma, estão ligados à vida das sociedades comerciais.

Hedge - Proteção de uma posição. Estratégia fi nanceira empregada para minimizar o risco decorrente das fl utuações no mercado sobre investimentos de risco.

Home broker - Serviços de corretoras de valores que permitem o envio de ordens de compra e venda de ações pela Internet, além de acesso às cotações, acompanhamento de carteiras de ações, entre outros recursos.

Investment grade - Nota de avaliação de crédito para aplicações de baixo risco.

Juros sobre o Capital Próprio - Forma de remuneração ao acionista da empresa, originada pelo lucro retido em períodos anteriores

Lei Sarbanes-Oxley - Aprovada pelo Congresso Norte-americano em 30 de julho de 2002, a nova lei de reforma administrativa americana – conhecida como The Sarbanes-Oxley Act (SOA) – representa uma das principais reações do governo dos Estados Unidos contra as manipulações nos balanços fi nanceiros e fraudes contábeis descobertas em grandes corporações daquele país. A Sarbanes-

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65Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Oxley amplia a responsabilidade que envolve desde o presidente e a diretoria das empresas até as fi rmas de auditoria e os advogados contratados para acompanhar o balanço contábil.

Liquidez - Capacidade de comprar ou vender um investimento com o mínimo de esforço, sem afetar seu preço ou a capacidade de converter um investimento em dinheiro.

Market share - Participação de Mercado. Indica qual a parcela de vendas ou de clientes que são atendidos pelos produtos e serviços de uma determinada empresa.

Medium Term Notes - Títulos emitidos para captação de recursos no exterior.

Middle market - Empresas de porte médio.

Nonperforming Loans - Classifi cação de operações de crédito na qual as receitas não são apropriadas em resultado.

Private banking - Sistema de atendimento seletivo dado pelos bancos a clientes de maior capacidade fi nanceira.

Pro forma - Por formalidade. Refere-se à publicação de resultados de uma empresa.

Rating - Nota dada por uma empresa especializada em classifi car o risco de uma companhia, banco ou país.

Risco Brasil - Diferença entre a taxa interna de retorno do Brasil e a taxa de juros do bônus do Tesouro norte-americano de mesmo prazo.

Roadshows - Apresentação itinerante de alternativas de negócios fi nanceiros para investidores, especialmente investidores institucionais especializados em negócios globalizados.

ROE – Retun on Equity - Retorno sobre o Patrimônio Líquido, ou seja, é a relação entre o lucro líquido de um determinado período dividido pelo patrimônio líquido.

Shareholder Value - Valor para o acionista. A capacidade de aumentar a rentabilidade e o valor de mercado de uma companhia.

Stakeholders - Indivíduo ou grupo de indivíduos com interesse comum no desempenho da organização e no ambiente em que opera. A maioria das organizações possui as seguintes partes interessadas: os clientes, a força de trabalho, os acionistas e os proprietários, os fornecedores e a sociedade.

Tag Along - O Tag Along, no Brasil, é previsto na Lei 10.303/01 (Lei das S.A.s), e assegura a extensão das condições oferecidas aos acionistas controladores, no caso de venda do controle da companhia, aos outros acionistas detentores de ações.

Trade fi nance - Linhas de fi nanciamento para operações de comércio exterior.

USGAAP - United States Generally Accepted Accounting Principles. São as normas de contabilidade utilizadas nos Estados Unidos e que devem ser seguidas por todas as empresas de outros países que quiserem negociar suas ações e/ou títulos em Bolsas de Valores daquele país.

Entidades

Abrasca - A Associação Brasileira de Companhias Abertas reúne empresas registradas como companhias abertas.

Andima - A Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto representa bancos comerciais, múltiplos e de investimento, corretoras, distribuidoras de valores e sociedades de crédito e fi nanciamento. Seu modelo de funcionamento tem como principal característica a segurança na liquidação fi nanceira e na custódia dos títulos negociados no mercado fi nanceiro.

Apimec - A Associação dos Analistas e Profi ssionais de Investimento do Mercado de Capitais congrega analistas do mercado de capitais e relacionados, promovendo atividades socioculturais que objetivam a integração, formação e especialização de seus associados.

CVM - Comissão de Valores Mobiliários, responsável por assegurar o funcionamento efi ciente e regular dos mercados de capitais do Brasil. A CVM tem poderes para disciplinar, normatizar e fi scalizar a atuação dos diversos integrantes do mercado.

Ibri - O Instituto Brasileiro de Relações com Investidores estimula e promove atividades de RI entre as companhias e os profi ssionais ligados ao mercado de capitais no Brasil e no exterior; promove o intercâmbio voluntário de experiências, idéias e informações sobre métodos e técnicas de RI entre os membros do IBRI; e incentiva a adoção de padrões éticos e profi ssionais de trabalho e conduta das pessoais ligadas à atividade de RI.

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FED - Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos.

Fipecafi - A Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis Atuariais e Financeiras é um centro de pesquisa, estudo, ensino e assessoria nas áreas contábil, atuarial, fi nanceira e de controle gerencial, que atua como elemento de ligação na extensão de serviços à comunidade, oferecendo treinamento, consultoria e cursos de especialização, funcionando também como órgão de apoio institucional ao Departamento de Contabilidade e Atuária da FEA/USP.

Bovespa - Bolsa de Valores de São Paulo, onde são negociados títulos e valores mobiliários. Seus principais objetivos são: manter local ou sistema de negociação eletrônico adequados para que ocorram as transações de compra e venda de títulos e valores mobiliários; preservar elevados padrões éticos nas negociações; fazer a divulgação das operações realizadas com rapidez e detalhes.

Nyse - New York Stock Exchange, a bolsa de valores de Nova York.

SEC - Security and Exchange Comission, o equivalente norte-americano à CVM brasileira.

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Informações Corporativas

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Praça Alfredo Egydio de Souza Aranha, 100 - Torre ItaúsaCEP 04344 902 - São Paulo - SPwww.itau.com.br

Atendimento a Acionistas

Belo Horizonte - MGAv. João Pinheiro, 195 - Térreo - CEP 30130 180

Brasília - DFSCS Quadra 3 - Edif. Dona Angela - Sobreloja - CEP 70300 500

Curitiba - PRRua João Negrão, 65 - Sobreloja - CEP 80010 200

Porto Alegre - RSRua Sete de Setembro, 746 - Térreo - CEP 90010 190

Rio de Janeiro - RJRua Sete de Setembro, 99 - Subsolo - CEP 20050 005

Salvador - BAAv. Estados Unidos, 50 - 2º andar - Ed. Sesquicentenário - CEP 40010 020

São Paulo - SPRua XV de Novembro, 318 - Térreo - CEP 01013 001

Outros locaisAgências do Banco Itaú S.A.

Relações com Investidores

Praça Alfredo Egydio de Souza Aranha, 100Torre Conceição - 11º andar CEP 04344 902 - São Paulo - SPTel.: (0xx11) 5019 1549Fax: (0xx11) 5019 1133e-mail: [email protected]

Atendimento a Clientes

Itaú BankfoneConsultas e Operações BancáriasCapitais e regiões metropolitanas: fone 4004 4828 (*)Demais localidades: 0800 90 4828

Serviços de Apoio a Clientes

Bankfone Apoio a ClientesClientes Itaú:Capitais e demais Regiões Metropolitanas: fone 4004 4828 (*)Demais localidades: 0800 11 8944Clientes Banerj, Bemge, Banestado e Beg: 0800 70 30044

Fale Conosco - Serviço Internet de Apoio a Clienteswww.itau.com.brwww.banerj.com.brwww.bemge.com.brwww.banestado.com.brwww.beg.com.br

Atendimento aos ProconsItaú Responde Serviço de Atendimento a EntidadesPraça Alfredo Egydio de Souza Aranha, 100 - Torre Conceição - 6º andar - CEP 04344 902Fone: (0xx11) 5019 8006 Fax: (0xx11) 5019 8295e-mail:itauresponde@itaú.com.br

Atendimento ao Banco Central do BrasilGrupo de ApoioPraça Alfredo Egydio de Souza Aranha, 100 - Torre Conceição - 6º andar - CEP 04344 902Fones: (0xx11) 5019 8380 / 8381 / 8382 / 8383 / 8384Fax: (0xx11) 5019 8388

(*) Não é necessário discar o código de área

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Créditos

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Projeto Gráfi coThe Media Group

Produção Gráfi caExcellence

ImpressãoStilgraf

FotosDaniel RenaultPág. 5 - Arquivo ItaúPág. 20 - Ivson

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Relatório Anual 2003

Relatório

An

ual 2003

Índice

Valores e VisãoPerfi l do Banco Itaú Holding FinanceiraPrincipais Indicadores FinanceirosMensagem do Presidente do Conselho de AdministraçãoAnálise Gerencial da OperaçãoBanco Itaú Holding Financeira

Mensagem da PresidênciaCenário EconômicoEventos 2003Governança CorporativaDesempenho das Ações e ADRsGerenciamento de RiscosAtivos, Empréstimos e Recursos Captados e AdministradosBanco Itaú EuropaReconhecimentos e destaques

Banco ItaúPerfi lAtivos e EmpréstimosRecursos Captados e AdministradosSegmentação de MercadoSeguros, Previdência e CapitalizaçãoCartões de CréditoItaú Corretora de ValoresGestão de PessoasBanco Itaú Buen Ayre

Banco Itaú-BBAPerfi lPrincipais Indicadores FinanceirosCorporate BankGestão de Pessoas

Ativos IntangíveisAdministração e Diretoria ExecutivaAuditoria Independente - Instrução CVM nº 381GlossárioInformações Corporativas

12348

18202222232628303131

32343536363939404041

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