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RELATÓRIO ANUAL DA ATIVIDADE DE CAPITAL DE RISCO 2016

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RELATÓRIO ANUAL DA ATIVIDADE

DE CAPITAL DE RISCO

2016

1 | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2016

Índice

I. INTRODUÇÃO 5

II. A ATIVIDADE DE CAPITAL DE RISCO 6

1. Indicadores do valor do capital de risco nacional 6

1.1 Valor sob Gestão 6

1.2 Ativos sob Gestão 7

1.3 Valor do Setor 7

1.4 Valor do Investimento 7

1.5 Valor Líquido Global dos Fundos 8

2. Quotas de Mercado 8

3. Tipo, Origem e Valor dos Investimentos 10

4. Setores de Atividade e Fases do Investimento do Capital de Risco

11

5. Investimento Líquido e Rotação das Carteiras 14

6. Detenção de Capital Social nas Empresas Participadas 16

7. Estratégias de Desinvestimento 18

8. Avaliação das Carteiras 19

III. CONCLUSÕES 20

IV. ANEXO – QUADROS 22

2 | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2016

Lista de Gráficos

Gráfico 1 – Valor sob gestão (final de ano) ....................................................................................................... 7

Gráfico 2 – Ativos sob gestão (final de semestre) ............................................................................................. 7

Gráfico 3 – Valor investido e disponível para investimento............................................................................... 7

Gráfico 4 – Comparação dos indicadores (valores de fim de ano) ................................................................... 8

Gráfico 5 – Ativos sob gestão (31 dez 2016) .................................................................................................... 8

Gráfico 6 – Ativos sob gestão das SCR (31 dez 2016) ..................................................................................... 9

Gráfico 7 – Ativos sob gestão das SCR via FCR (31 dez 2016) ....................................................................... 9

Gráfico 8 – Ativos sob gestão dos FCR (31 dez 2016) ..................................................................................... 9

Gráfico 10 – Valor e número de participações (31 dez 2016) ......................................................................... 11

Gráfico 11 – Valor investido, por setor de atividade (final de 2016) ............................................................... 12

Gráfico 12 – Valor investido pelas SCR, por setor de atividade (final de 2016) ............................................. 12

Gráfico 13 – Valor investido pelos FCR, por setor de atividade (final de 2016) ............................................. 12

Gráfico 14 – Investimentos, por setor de atividade ......................................................................................... 12

Gráfico 15 – VAB/trabalhador e valor investido, por setor de atividade (2016) .............................................. 13

Gráfico 16 – Valor investido, por fase de entrada do capital de risco nas empresas (final de 2016) ............. 14

Gráfico 17 – Investimento, por fase de entrada do capital de risco nas empresas ........................................ 14

Gráfico 18 – Valor das aquisições e alienações das SCR e dos FCR ............................................................ 15

Gráfico 19 – Investimento líquido em “participações sociais”, transações e rotação das carteiras ................ 16

Gráfico 20 – Investimento líquido em “participações sociais” e número de transações, por fase de

investimento ..................................................................................................................................................... 16

Gráfico 21 – Investimento líquido em “participações sociais”, por fase de investimento ................................ 16

Gráfico 22 – Participação no capital social das empresas (% do número de participações – final de 2016) . 17

Gráfico 23 – Participação no capital social das empresas (% do valor das participações – final de 2016) ... 17

Gráfico 24 – Participação no capital social das empresas (% em número e em valor das participações) ..... 17

Gráfico 25 – Valor investido por setores de atividade predominantes nas SCR (período de detenção inferior

3 | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2016

a 2 anos) - final de 2016 .................................................................................................................................. 18

Gráfico 26 – Valor investido por setores de atividade predominantes nos FCR (período de detenção inferior

a 2 anos) - final de 2016 .................................................................................................................................. 18

Gráfico 27 – Valias obtidas no desinvestimento, considerando o valor em carteira (2016) ........................... 19

Gráfico 28 – Valias obtidas no desinvestimento, considerando o valor de aquisição (2016) ......................... 19

4 | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2016

Lista de Quadros

Quadro 1 – SCR e FCR em Atividade (31/12/2016) – Valor sob Gestão ....................................................... 23

Quadro 2 – SCR e FCR em Atividade (31/12/2016) – Ativos sob Gestão ...................................................... 24

Quadro 3 – FCR e SCR em Atividade (31/12/2016) – Valor do Setor ............................................................ 25

Quadro 4 – FCR e SCR em Actividade (31/12/2016) – Valor do Investimento .............................................. 26

Quadro 5 e 5.1 – Ativos sob Gestão e Valor Global dos FCR (31/12/2016) ................................................... 27

Quadro 6 – Quota de Mercado (Ativos sob Gestão) e Dimensão Média dos FCR (31/12/2016) ................... 28

Quadro 6 – Quota de Mercado (Ativos sob Gestão) e Dimensão Média dos FCR (31/12/2016) –

continuação ..................................................................................................................................................... 29

Quadro 7 – Valor das Participações na Atividade de Capital de Risco (31/12/2016) ..................................... 30

Quadro 8 – Ativos sob Gestão por Tipo de Investimento (31/12/2016) .......................................................... 31

Quadro 9 – Número de Investimentos em Capital de Risco Segundo a Tipologia de Instrumento

(31/12/2016) .................................................................................................................................................... 32

Quadro 10 – Setores de Atividade das Empresas Participadas (31/12/2016) ................................................ 33

Quadro 10 – Setores de Atividade das Empresas Participadas (31/12/2016) – continuação ........................ 34

Quadro 11 – Valor Investido por Fases de Entrada do Capital de Risco nas Empresas (31/12/2016) .......... 35

Quadro 12 – Valor do Investimento Realizado pelas SCR e pelos FCR em 2016 ......................................... 36

Quadro 13 – Transações e Rotação das Carteiras em 2016 .......................................................................... 37

Quadro 14 – Valor das Transações por Fase de Investimento (Ano de 2016) ............................................... 38

Quadro 15 – Percentagem do Capital Social Detido nas Empresas Participadas (31/12/2016) .................... 39

Quadro 16 – Período de Detenção das Participações em Capital Social (31/12/2016) ................................. 40

Quadro 17 – Estratégia de Desinvestimento do Capital de Risco (Ano de 2016) ......................................... 41

Quadro 18 – Desinvestimentos do Capital de Risco por Fase de Investimento Face ao Preço de Aquisição

(Ano de 2016) .................................................................................................................................................. 42

Quadro 19 – Operações a Prazo Sobre Participações Sociais em Capital de Risco (31/12/2016)................ 43

Quadro 20 – Metodologias de Avaliação dos Investimentos (31/12/2016) ..................................................... 44

Quadro 21 – Valias Potenciais em Carteira – SCR e FCR (31/12/2016) ........................................................ 45

I. Introdução

O relatório anual sobre a atividade de capital de

risco tem por base a informação reportada à

CMVM ao abrigo da Instrução da CMVM n.º

2/2013 e enviada até 20-07-2017. Apesar da

entrada em vigor da Instrução da CMVM n.º

7/2016 a 01-06-2017, que revoga a Instrução da

CMVM n.º 2/2013, o primeiro reporte ao abrigo da

nova Instrução só será efetuado a partir de julho

de 2017 e com data de referência a junho de

2017.

O capital de risco constitui uma forma de

financiamento empresarial, sobretudo para as

pequenas e médias empresas, e permite suprir

necessidades de capitais próprios e proporcionar

meios de suporte à inovação e ao

empreendedorismo. O investimento é

direcionado para projetos que se encontrem quer

em fase de arranque, quer em fase de expansão,

nomeadamente para projetos de modernização e

internacionalização.

Os investimentos dos operadores de capital de

risco, em geral sob a forma de participações

sociais, são frequentemente complementados

por outros investimentos (em prestações

acessórias, prestações suplementares,

suprimentos e ainda sob a forma de

empréstimos). O investimento em capital de risco

constitui um instrumento de financiamento

complementar ao crédito, com maior facilidade e

rapidez de acesso a capitais alheios, mas não

exige o mesmo tipo de garantias ou encargos e

tem a vantagem de trazer consigo a experiência

e a rede de conhecimentos do promotor.

No presente relatório são tratados os seguintes

tópicos por ordem sequencial: os indicadores do

valor do capital de risco nacional (valores sob

gestão do setor, ativos sob gestão, valor da

atividade, valor do investimento e valor líquido

global dos fundos); as quotas de mercado dos

diferentes operadores de capital de risco

nacional; o tipo de investimentos realizados; os

setores de atividade e as fases de investimento

em que os operadores têm alocado os recursos;

o investimento líquido e a rotação de carteiras dos

diferentes instrumentos de capital de risco; as

estratégias de desinvestimento; a detenção de

capital social nas empresas participadas; e a

avaliação das carteiras de investimentos. O

relatório termina com algumas conclusões.

6 | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2016

II. A Atividade de Capital de

Risco

Apresentam-se primeiramente alguns dos

conceitos usados neste documento.

Valor sob Gestão

O “Valor sob Gestão” é obtido pela soma das

rubricas de participações sociais, outros

financiamentos1, liquidez2, posições sobre

derivados (opções) e outros ativos, a que são

subtraídos o endividamento e os outros

passivos.3 Este conceito é semelhante ao

conceito de VLGF dos Fundos de Capital de

Risco (FCR).

Ativos sob Gestão

Os “Ativos sob Gestão” são calculados através da

soma das rubricas de participações sociais,

outros financiamentos, liquidez, posições sobre

derivados (opções) e outros ativos.4

Valor do Setor

O “Valor do Setor” (ou valor comercial do capital

de risco) resulta da soma das rubricas de

participações sociais, outros financiamentos e

posições sobre derivados (opções), a que se

adiciona também o capital não realizado mas

1 Prestações acessórias, prestações suplementares, suprimentos, obrigações e outros títulos de dívida, empréstimos não titulados e unidades de participação de FCR. 2 Até à adoção da Instrução n.º 2/2013 da CMVM, a informação relativa a liquidez considerava a informação transmitida pelas SCR à CMVM e referida no ponto 1.4 (Outros Ativos de Capital de Risco) do Anexo I do Regulamento da CMVM n.º 1/2008. Ou seja, “os depósitos e outros meios líquidos afetos ao investimento em capital de risco”.

subscrito pelos participantes ou pelos acionistas.

Investimento

O “Investimento” é uma variável stock obtida

através da soma das rubricas de participações

sociais e outros financiamentos (rubricas 1 e 2 do

Anexo I da Instrução da CMVM n.º 2/2013).

Valor Líquido Global do Fundo (VLGF)

O “Valor Líquido Global do Fundo” ou de

compartimento patrimonial autónomo deste é o

montante correspondente ao valor total dos

respetivos ativos, subtraído do valor total dos

seus passivos.

1. Indicadores do valor do capital de

risco nacional

1.1 Valor sob Gestão

O valor sob gestão do setor de capital de risco

nacional aumentou 11,3% em 2016 (€ 454,4

milhões), situando-se em € 4,5 mil milhões no

final do ano, o que corresponde a 2,4% do PIB a

preços correntes. Tal resulta sobretudo dos FCR,

que apresentaram um crescimento de € 450,4

milhões no ano. Nas SCR o valor sob gestão

aumentou 1,9%.

3 Ou seja, corresponde à soma das rubricas 1, 2, 3, 51 e 52, a que se subtraem as rubricas 4 e 53 do Anexo I da Instrução nº 2/2013 da CMVM. 4 Ou seja, corresponde à soma das rubricas 1, 2, 3, 51 e 52 do Anexo I da Instrução nº 2/2013 da CMVM. O artigo 2º (Cálculo dos ativos sob gestão) do Regulamento Delegado (UE) N.º 231/2013 da Comissão, de 19 de Dezembro de 2012, que complementa a Diretiva 2011/61/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, identifica a formulação respeitante ao “valor correspondente dos ativos sob gestão”.

7 | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2016

Gráfico 1 – Valor sob gestão (final de ano)

Fonte: CMVM

1.2 Ativos sob Gestão

À semelhança do verificado no valor sob gestão,

o incremento dos ativos sob gestão foi sobretudo

gerado pelos FCR (com um crescimento de €

427,7 milhões5), fixando-se o total de ativos sob

gestão dos operadores nacionais de capital de

risco em € 4,6 mil milhões (mais € 430,9 milhões

que no final do ano anterior).

Gráfico 2 – Ativos sob gestão (final de semestre)

Fonte: CMVM

5 Ver detalhe “Quadro 8 – Ativos sob gestão por tipo de investimento”, em anexo. 6 Ver detalhe “Quadro 3 – FCR e SCR em atividade – Valor do setor”, em anexo.

1.3 Valor do Setor

No final de 2016 o valor do setor ascendia a € 4,2

mil milhões, com a componente de capital não

realizado a atingir 15,9% do total.6 Esta

percentagem, embora inferior à verificada no ano

anterior (19,4%), sinaliza o potencial de

investimento futuro, isto é, montantes angariados

aos investidores que podem ser conduzidos para

realização de investimentos.

As participações sociais corresponderam apenas

a um em cada quatro euros do valor disponível

para o setor, enquanto os outros investimentos

atingiram 59% do valor do setor.

Gráfico 3 – Valor investido e disponível para investimento

Fonte: CMVM

1.4 Valor do Investimento

O valor do investimento do capital de risco

nacional diminuiu 4,3% em 2016, para € 3,6 mil

milhões, devido sobretudo à quebra ocorrida nos

FCR (cujo investimento decresceu 4,2%, ou seja,

menos € 151,5 milhões7). Também nas SCR se

7 Ver detalhe “Quadro 4 – FCR e SCR em atividade – Valor do investimento”, em anexo.

8 | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2016

registou uma diminuição de 7,7% do valor do

investimento.8

1.5 Valor Líquido Global dos Fundos

O valor líquido global dos FCR atingiu € 4.793,6

milhões no final do ano, um aumento de 23,5%

face ao final do ano transato.

Gráfico 4 – Comparação dos indicadores (valores de fim de ano)

Fonte: CMVM

2. Quotas de Mercado

No final do ano operavam no setor de capital de

risco português 38 sociedades (Sociedades de

Capital de Risco, Sociedades Gestoras de

Fundos de Capital de Risco e Sociedades

Gestoras de Fundos de Investimento)9 e 85 FCR.

Os fundos de capital de risco mantêm um peso

superior à participação direta das sociedades de

capital de risco, com os ativos sob gestão

alocados pelos FCR a concentrar-se

8 Na Europa, o investimento em venture capital cresceu 4%, para € 4,4 biliões em 2016, apesar do número de empresas participadas ter diminuído (fonte: Invest Europe). 9 No final de 2016, estavam ativas 42 Sociedades de Capital de Risco e Sociedades Gestoras de Fundos de Capital de

principalmente na participação no capital de 88

empresas e na detenção de unidades de

participação de 19 fundos de capital de risco.

O peso do investimento direto das SCR foi inferior

ao do ano transato e estava distribuído pela

participação no capital de 41 empresas e pela

aquisição de unidades de participação de 29

fundos de capital de risco. O total de empresas

participadas era de 114, uma vez que existiam 15

empresas participadas simultaneamente via

fundos e via investimento direto das SCR

(situação idêntica à ocorrida na detenção de

unidades de participação de 44 fundos de capital

de risco).

Gráfico 5 – Ativos sob gestão (31 dez 2016)

Fonte: CMVM

Os ativos geridos diretamente por SCR eram de

€44,9 milhões, e cerca de 71% das SCR

realizaram os seus investimentos atuando

simultaneamente de forma direta e através de

Risco ativas. Contudo, até à data de elaboração deste relatório, sete destas sociedades não tinham reportado informação.

9 | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2016

FCR (€ 203,5 milhões).10 Os € 4,2 mil milhões sob

gestão detidos por esses FCR representavam

94,8% do valor total do setor, estando

concentrados essencialmente em cinco

operadores.

Gráfico 6 – Ativos sob gestão das SCR (31 dez 2016)

Fonte: CMVM

Gráfico 7 – Ativos sob gestão das SCR via FCR (31 dez 2016)

Fonte: CMVM

Os operadores que atuavam exclusivamente

através de FCR geriam no seu conjunto treze

10 Vinte e cinco SCR realizavam os seus investimentos através de 72 FCR. 11 Ver detalhe, “Quadros 5 e 5.1 – Ativos sob gestão e valor global dos FCR”, em anexo. 12 O índice HHI (Herfindahl-Hirschman Index) é dado por HHI=

Si

2

(em que Si corresponde à quota de mercado de cada

fundos com € 228,3 milhões de ativos sob gestão.

O montante médio dos ativos sob gestão dos

FCR em atividade no final do ano situou-se em €

51,7 milhões, mais € 4,1 milhões que no ano

transato. Apenas 17 FCR detinham ativos com

um valor superior à média do setor.

Os onze FCR com VLGF superior a € 100 milhões

concentravam cerca de 71,0% do total nacional.

A gestão daqueles FCR está a cargo de sete

operadores, três dos quais geriam 61,1% do

VLGF total.11 Os fundos com VLGF inferior a € 20

milhões representavam 7,3% do VLGF do setor.

Gráfico 8 – Ativos sob gestão dos FCR (31 dez 2016)

Fonte: CMVM

O índice HHI12 indica que a concentração do setor

do capital de risco é moderada (1611 pontos). No

entanto, quando analisadas as quotas de

mercado dos FCR, este índice aumenta de valor

(1724 pontos). Globalmente o HHI foi superior ao

de 2015 (diminuiu ligeiramente nos FCR), pelo

que o aumento de concentração do setor ocorreu

entidade). Este índice varia entre um mínimo próximo de zero e um máximo de 10.000. Em geral, aceita-se que um valor inferior a 1.000 representa um mercado não concentrado, entre 1.000 e 1.800 um mercado moderadamente concentrado e um valor superior a 1.800 um mercado fortemente concentrado.

10 | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2016

em resultado das SCR que atuam quer

diretamente, quer via FCR.

3. Tipo, Origem e Valor dos

Investimentos

O capital de risco nacional realizou 1.700

operações de investimento (+4,5% face ao ano

anterior), distribuídas por 114 empresas.13

Setenta e uma dessas operações referem-se ao

investimento de SCR e de FCR em unidades de

participação de fundos de capital de risco, 894 em

“outros investimentos” e 735 a operações sobre

“participações sociais”.14

O valor do investimento em “participações

sociais” em empresas não residentes aumentou

5,5% no ano, contrariamente ao sucedido nas

empresas residentes (-8,1%)15. Este padrão

ocorreu quer nos FCR, quer nas SCR.16

A rubrica ”outros investimentos” correspondia, no

final do ano, a € 2,5 mil milhões (ou seja, 53,9%

dos ativos sob gestão17). Este valor foi inferior ao

do ano anterior, simultaneamente para empresas

residentes e não residentes. A rubrica

“prestações acessórias”18 continuou a assumir

um papel determinante.

Os “suprimentos” atingiram os € 752,9 milhões e

13 O número de empresas é menor do que o número das respetivas participações uma vez que o investimento realizado numa empresa poderá resultar de diferentes fontes (SCR e/ou FCR). As participações ocorridas em momentos diferentes do tempo e pela mesma sociedade foram consideradas como uma única participação. 14 Ver detalhe “Quadro 9 – Número de investimentos em capital de risco segundo a tipologia de instrumento”, em anexo.

a rubrica “empréstimos”19 acentuou o seu

crescimento, passando de € 707,7 milhões em

2015 para € 709,2 milhões em 2016. A

titularidade de direitos residuais de controlo e a

assunção de riscos acionistas, que caracterizam

a atividade de capital de risco, ainda não têm a

relevância desejável, sendo a atividade dos

operadores muito próxima da concessão de

crédito.

Por sua vez, o valor e o peso da rubrica “outros

ativos afetos ao investimento em capital de risco”

aumentou substancialmente para € 612,3 milhões

(13,2% do total dos ativos sob gestão).

Gráfico 9 – Valor das participações (31 dez 2016)

Fonte: CMVM

O valor médio das participações em sociedades

por quotas é inferior ao das sociedades anónimas

15 No final de 2016 o valor das participações em capital social representava, respetivamente, 26,2% e 20,2% dos investimentos e dos ativos sob gestão. 16 Ver detalhe, “Quadro 8 – Ativos sob gestão por tipo de investimento”, em anexo. 17 Ver detalhe “Quadro 8 – Ativos sob gestão por tipo de investimento”, em anexo. 18 Ver Anexo 1 da Instrução da CMVM n.º 2/2013, rubrica “outros investimentos” (conta 22). 19 Ver Anexo 1 da Instrução da CMVM n.º 2/2013, rubrica “outros investimentos” (conta 23).

11 | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2016

e ao das unidades de participação de FCR,

embora em crescimento. Cerca de 67,6% das

participações apresentam um valor inferior a €

500.000, e correspondem a apenas 4,1% do valor

total das participações. A concentração dos

investimentos é ilustrada pelo facto de seis

participações representarem cerca de 22,0% do

ativo sob gestão do capital de risco registado em

Portugal (em 2015, as nove maiores

participações representavam 30,5% do total sob

gestão), enquanto as 49 participações com valor

superior a € 5 milhões correspondiam a 60,0% do

valor das participações geridas pelo capital de

risco português. Continua a não existir nenhuma

participação com valor superior a € 100 milhões.20

Gráfico 10 – Valor e número de participações (31 dez 2016)

Fonte: CMVM

A rubrica “depósitos e outros meios líquidos

afetos ao capital de risco” diminuiu em cerca €

13,0 milhões face a 2015.21 A diminuição da

liquidez poderá indiciar uma reversão da

evolução das oportunidades de investimento

20 Ver detalhe “Quadro 7 – Valor das participações na atividade de capital de risco”, em anexo. 21 Ver detalhe “Quadro 8 – Ativos sob Gestão por Tipo de Investimento”, em anexo.

atuais ou uma melhor gestão de liquidez pelas

SCR, devolvendo aos participantes o montante

resultante das alienações.

4. Setores de Atividade e Fases do

Investimento do Capital de Risco

O investimento do capital de risco é direcionado

maioritariamente para sociedades gestoras de

participação social em empresas não financeiras.

Todavia, em geral estas empresas são utilizadas

como veículo para realizar investimentos noutras

empresas, não sendo identificada a direção final

desse investimento. Também a indústria

transformadora e das atividades imobiliárias

constituem importantes sectores de captação do

investimento em capital de risco.

As atividades financeiras e de seguros e a

indústria transformadora foram os setores onde

as SCR realizaram os investimentos mais

elevados, enquanto o investimento realizado

pelos FCR foi canalizado para sociedades

gestoras de participação social em empresas não

financeiras (no final do ano o valor investido

situava-se em € 1.248,0 milhões) e em menor

dimensão para empresas da indústria

transformadora (€ 392,2 milhões) e atividades

imobiliárias (€ 379,9 milhões).22

22 Ver detalhe “Quadro 10 – Setores de atividade das empresas participadas”, em anexo.

12 | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2016

Gráfico 11 – Valor investido, por setor de atividade (final de 2016)

Fonte: CMVM

Os quatro principais setores de atividade em que

o capital de risco efetuou as suas aplicações

representaram 65,7% da carteira de

investimentos.

Gráfico 12 – Valor investido pelas SCR, por setor de atividade (final de 2016)

Fonte: CMVM

Nos últimos seis anos, a par do direcionamento

do investimento para sociedades gestoras de

participações sociais, assistiu-se ainda a um

maior peso das atividades imobiliárias, em

23 Na Europa, o segmento das atividades de computação e consumíveis eletrónicos continua a ser a principal direção do investimento (45% do valor investido), seguido do sector da

detrimento de setores outrora dominantes (como

as atividades de captação, tratamento e

distribuição de água, gestão de resíduos e

despoluição, e de transportes e armazenagem).23

Gráfico 13 – Valor investido pelos FCR, por setor de atividade (final de 2016)

Fonte: CMVM

Gráfico 14 – Investimentos, por setor de atividade

Fonte: CMVM

saúde e biotecnologia (27% do valor investido) - fonte: Invest Europe.

13 | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2016

Excluindo da análise as SGPS em empresas não

financeiras (para as quais não se possui

informação desagregada sobre o Valor

Acrescentado Bruto - VAB), conclui-se que os

setores para os quais o investimento dos

operadores de capital de risco se encontrava

afeto eram geradores de escasso VAB. O setor

das atividades imobiliárias (que concentrou

10,6% do valor investido) tinha o maior VAB por

trabalhador, enquanto o segmento das atividades

financeiras e de seguros tinha um VAB per capita

inferior24 (mas uma percentagem de capital

investido pelo capital de risco muito superior à

média dos setores de atividade).

Gráfico 15 – VAB/trabalhador e valor investido, por setor de atividade (2016)

Fonte: CMVM e INE; cálculos CMVM.

24 Fonte: Instituto Nacional de Estatística, dados relativos a 2016 (cálculos CMVM).

25 Ver detalhe “Quadro 11 – Valor investido por fases de

No que diz respeito às fases de incubação, o

venture capital (investimento em empresas a

estabelecer ou já estabelecidas, de pequena

dimensão, mas com potencial de crescimento) e

o private equity (investimento em empresas que

já estão consolidadas e possuem uma atividade

económica mais expressiva) apresentam pesos

muito distintos (19,5% e 80,5%, respetivamente),

que têm sofrido poucas alterações ao longo dos

anos.25

No caso do private equity, o papel desenvolvido

pelas empresas que pretendem reorientar a sua

estratégia (turnaround) reduziu-se

significativamente, passando de 51,3% no final de

2015 para 36,0% (€ 1,3 mil milhões) do valor

investido pelo capital de risco no final de 2016.

O apoio dado ao desenvolvimento de empresas

participadas (ou seja, a empresas caraterizadas

como estando em "expansão’), que necessitam

de obter capital para aumentar a capacidade

produtiva e comercial instalada ou o

desenvolvimento de novos produtos,

correspondeu a € 757,9 milhões do valor

investido no final de 2016.26

entrada do capital de risco nas empresas”, em anexo.

26 Ver detalhe “Quadro 11 – Valor investido por fases de entrada do capital de risco nas empresas”, em anexo.

A Agricultura, silvicultura e pesca

B-E Indústria, energia, água e saneamento

C Indústria transformadora

F Construção

G-I Comércio, transportes, alojamento e restauração

J Atividades de informação e de comunicação

K Atividades financeiras e de seguros

L Atividades imobiliárias

M-N Atividades de consultoria; científ icas e técnicas; administrativas e dos serviços de apoio

O-Q Administração Pública e defesa; educação; saúde e segurança social

R-U Atividades artísticas e outras atividades de serviços; atividades de produção das famílias

para uso próprio e de organismos internacionais e outras instituições extra-territoriais

14 | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2016

Gráfico 16 – Valor investido, por fase de entrada do capital de risco nas empresas (final de 2016)

Fonte: CMVM

A diminuição do peso das fases de turnaround e

expansão foi compensada pelo aumento

substancial dos casos em que o capital de risco

apoia a gestão na aquisição do capital da

empresa (management buy out), nos quais o

valor investido aumentou para 17,7% do total.27 O

peso dos casos em que uma equipa exterior de

gestão (management buy in) adquire o capital de

uma empresa continua a ser residual (0,5%).

No que respeita ao venture capital, apesar de o

número de participações ter aumentado, o peso

das três fases que o constituem manteve-se

inalterado. O papel das start-up (empresas com

um histórico operacional limitado, geralmente

recém-criadas, em fase de desenvolvimento e

captação de clientes), cujo montante investido no

final do ano se situava na ordem dos € 372,5

milhões, correspondia a 10,4% do total investido

nas diferentes fases de investimento, enquanto o

peso dos investimentos em ‘seed capital’ e ‘early

stage’, apesar de diminuto, foi superior ao do ano

27 Em 2015 esta fase correspondeu a cerca de 0,7% do total do investimento.

transato.

Gráfico 17 – Investimento, por fase de entrada do capital de risco nas empresas

Fonte: CMVM

O investimento por fase de entrada do capital de

risco nas empresas evoluiu de forma bastante

diferenciada desde o final de 2009. As estratégias

de turnaround e de mangament buyout ganharam

importância, em detrimento do investimento nas

fases de expansão e de capital de substituição.

5. Investimento Líquido e Rotação das

Carteiras

A evolução dos fluxos de capital é analisada

através do investimento realizado em cada

período e da rotação das carteiras. O

investimento líquido resulta da diferença entre as

aquisições e as alienações de ações, quotas e

unidades de participação de FCR. A rotação das

carteiras é calculada através do quociente entre a

15 | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2016

soma das operações de aquisição e de alienação

efetuadas em sociedades anónimas, sociedades

por quotas e em unidades de participação de FCR

ao longo do ano e o valor sob gestão no período

precedente.

Em 2016, o investimento líquido do capital de

risco foi negativo, em cerca de € 27,4 milhões, o

que compara com um investimento líquido

positivo de € 54,6 milhões em 2015. O

investimento líquido das SCR continuou a ser

negativo (cerca de € 1,4 milhões) e o dos FCR

também foi negativo, atingindo € 25,9 milhões.28

Gráfico 18 – Valor das aquisições e alienações das SCR e dos FCR

Fonte: CMVM

28 Em 2015 as SCR desinvestiram € 3,2 milhões e os FCR investiram € 54,6 milhões. 29 Ver detalhe no “Quadro 12 – Valor do investimento realizado pelas SCR e pelos FCR”, em anexo.

As aquisições totalizaram € 56,5 milhões e as

alienações cerca de € 83,9 milhões.29 À

semelhança de anos anteriores, as aquisições e

alienações caracterizaram-se por uma forte

concentração num reduzido número de

operações e por um elevado número de

operações de baixo valor.

Para a globalidade das operações de aquisição e

de alienação realizadas (relativas a sociedades

anónimas, sociedades por quotas e UP de FCR),

o capital de risco efetuou 161 aquisições (totais

ou parciais) de participações e desinvestiu em

118. Uma percentagem significativa das

aquisições (37,3%) e das alienações (49,2%)

apresenta montantes inferiores a € 50.000; as

aquisições (alienações) nesta situação

correspondem a 0,6% (0,4%) do respetivo valor

total. As aquisições com valor superior a €

500.000, num total de 29, correspondem a cerca

de 77,5% (€ 43,8 milhões) do valor total das

operações de aquisição efetuadas em 2016 e as

23 alienações representam cerca de 91,5% (€

76,7 milhões) do valor total alienado. A rotação

anual das carteiras de investimento resultantes

de operações realizadas por SCR e por FCR

diminuiu para 1,8%.30

30 Ver detalhe no “Quadro 13 – Transações e rotação das carteiras”, em anexo.

16 | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2016

Gráfico 19 – Investimento líquido em “participações sociais”, transações e rotação das carteiras

Fonte: CMVM

As transações realizadas nas diversas fases de

investimento permitem avaliar o estágio de

desenvolvimento das empresas em que se tem

verificado uma maior ou menor preponderância

do investimento líquido do capital de risco.31 O

desinvestimento concentrou-se sobretudo no

segmento start-up (€ 18,8 milhões) e em menor

grau no capital de substituição (€ 12,5 milhões).

Em sentido oposto, as transações para empresas

em early-stage atingiram os € 8,0 milhões.

Gráfico 20 – Investimento líquido em “participações sociais” e número de transações, por fase de investimento

Fonte: CMVM

31 Ver detalhe no “Quadro 14 – Valor das transações por fase de investimento”, em anexo.

Gráfico 21 – Investimento líquido em “participações sociais”, por fase de investimento

Fonte: CMVM

6. Detenção de Capital Social nas

Empresas Participadas

A intervenção do capital de risco nas empresas

participadas pode desempenhar um papel

financiador, de aconselhamento técnico e de

envolvimento na gestão (abordagem designada

habitualmente por ‘hands-on’), ou pode limitar-se

à alocação de fundos às empresas

intervencionadas pelos operadores (‘hands-off’).

Os operadores de capital de risco tinham, no final

de 2016, um controlo maioritário em cerca de

20,2% das participações em capital social,

percentagem idêntica à verificada no final do ano

anterior. O domínio acionista do capital de risco

nas empresas participadas ganha relevância se

for aferido pelo valor total das participações

(21,5%).

Por sua vez, as 535 participações32 com uma

percentagem inferior a 30,0% do capital detido,

32 Ver detalhe no “Quadro 15 – Percentagem do capital social detido nas empresas participadas”, em anexo.

17 | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2016

representavam 63,9% (€ 685,2 milhões) do

investimento do capital de risco, e em 114

sociedades em que os operadores de capital de

risco detinham participações superiores a 80,0%

do capital o investimento atingiu € 177,1 milhões

(e correspondeu a 16,5% do valor total das

participações).

Gráfico 22 – Participação no capital social das empresas (% do número de participações – final de 2016)

Fonte: CMVM

Gráfico 23 – Participação no capital social das empresas (% do valor das participações – final de 2016)

Fonte: CMVM

A detenção de participações pelo capital de risco

está limitada temporalmente em algumas

situações, havendo um número reduzido de

casos em que as participações são

excecionalmente detidas por um prazo superior a

33 Ver detalhe no “Quadro 16 – Período de detenção das participações em capital social”, em anexo.

10 anos (49 participações, correspondentes a

6,1% do total e que representam 8,8% do

investimento dos operadores de capital de risco).

A detenção de participações por um prazo até

dois anos ocorre em 32,9% dos casos33 (42,7%

em 2015), com o valor destas participações a cair

em termos percentuais de 25,2% em 2015 para

18,9% em 2016, sinalizando que as posições dos

operadores de capital de risco apresentam maior

maturidade.

Gráfico 24 – Participação no capital social das empresas (% em número e em valor das participações)

Fonte: CMVM

Nas participações em capital social detidas até

dois anos, os investimentos das SCR

concentram-se fundamentalmente em atividades

financeiras e de seguros (87,3% do total investido

pelas SCR) e em menor grau nas atividades de

consultoria, científicas, técnicas e similares. O

investimento encontra-se mais disperso ao nível

dos FCR: atividades financeiras e de seguros,

atividades imobiliárias, indústria transformadora e

atividades de consultoria, científicas, técnicas e

18 | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2016

similares; no seu conjunto estas representavam

74,1% do valor total investido.

Gráfico 25 – Valor investido por setores de atividade predominantes nas SCR (período de detenção inferior a 2 anos) - final de 2016

Fonte: CMVM

Gráfico 26 – Valor investido por setores de atividade predominantes nos FCR (período de detenção inferior a 2 anos) - final de 2016

Fonte: CMVM

7. Estratégias de Desinvestimento

No decorrer de 2016 foram concretizadas 402

operações de desinvestimento, resultantes das

alienações ocorridas em 180 empresas34 e

34 Considera rubricas 1 e 2 do Anexo I da Instrução da CMVM n.º 2/2013. 35 Ver detalhe “Quadro 17 – Estratégia de desinvestimento do capital de risco”, em anexo.

levadas a cabo por 23 sociedades. Estas

alienações resultaram num desinvestimento de

cerca de € 398,4 milhões35, mas a maioria destas

operações (191, correspondentes a € 213,3

milhões) não são identificadas pelas sociedades

como operações de desinvestimento. O

desinvestimento concentrou-se

fundamentalmente em operações de write-off e

de venda a terceiros, que corresponderam a

44,5% do número de operações de

desinvestimento e 31,5% do montante total

desinvestido (ou seja, € 125,3 milhões).

Em 2016 não houve nenhum desinvestimento via

oferta pública inicial (IPO), apesar de cerca de

103 (12,8%) das participações detidas no final do

ano pelos operadores de capital de risco

apresentarem um valor superior a € 2.500.00036,

o que indica que, em teoria, existem empresas na

esfera do capital de risco com condições para a

introdução no mercado de capitais.

Aproximadamente 34,1% das operações de

desinvestimento em capital de risco resultaram

em menos-valias face ao valor em carteira e

44,5% registaram mais-valias para os operadores

de capital de risco. Contudo, as conclusões

alteram-se quando as valias são apuradas com

base no valor de aquisição. Apenas 16,2% das

operações registaram mais-valias, num montante

de € 88,5 milhões, e as operações com menos-

valias, quando comparadas com o valor em

carteira, são superiores em número (36,1% das

operações) mas não em termos de montante

36 Valor mínimo em termos de free float para a realização de um private placement no Alternext.

19 | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2016

(cerca de € 92,5 milhões). As vendas ao preço de

aquisição constituíram 47,8% do número de

operações.

Gráfico 27 – Valias obtidas no desinvestimento, considerando o valor em carteira (2016)

Fonte: CMVM

Gráfico 28 – Valias obtidas no desinvestimento, considerando o valor de aquisição (2016)

Fonte: CMVM

No que respeita às fases de investimento em que

se encontravam as empresas participadas

aquando da alienação das participações, e tendo

por base o preço de aquisição, os investimentos

37 Ver detalhe “Quadro 18 – Desinvestimentos do capital de risco por fase de investimento face ao preço de aquisição”, em anexo. 38 Ver anexo I da Instrução da CMVM nº 2/2013 (contas 51 e 61-64). 39 Ver detalhe “Quadro 19 – Operações a prazo sobre participações sociais em capital de risco”, em anexo. 40 A determinação do justo valor dos investimentos pode ser efetuada por recurso a diferentes metodologias. No caso de participações em empresas cotadas em mercado podem ser utilizadas três abordagens: i) o último preço verificado no

das fases start-up, seed capital e early stage

resultaram em menos-valias de € 1,9 milhões,

enquanto as operações com empresas em

expansão e de management buyout resultaram

em menos-valias de € 13,8 milhões e 15,9

milhões, respetivamente.37 Por sua vez, as

alienações ocorridas na fase de turnaround

resultaram em mais-valias que ascenderam a €

27,1 milhões.

No que se refere ao valor dos contratos a prazo,

a informação reportada pelas sociedades de

capital de risco38 permite identificar as operações

realizadas em consonância com as posições

assumidas nas contas de património e as

operações a prazo onde se incluem os contratos

de futuros e forwards, os swaps e as opções.

Neste segundo grupo, contabilizam-se

valorizações de € 76,4 milhões. A maioria dos

contratos não apresenta valores atualizados, com

cerca de 81,2% dos contratos a prazo a surgir

inscritos nas carteiras com um valor nulo.39

8. Avaliação das Carteiras

A valorização dos investimentos realizados pelo

capital de risco deve ser realizada ao seu justo

valor.40

momento de referência; ii) o preço de fecho ou preço de referência divulgado pela entidade gestora do mercado em que os valores se encontrem admitidos à negociação. No caso de participações em empresas não cotadas, o justo valor pode ser obtido igualmente pelos seguintes critérios: a) valor de aquisição; b) transações materialmente relevantes, efetuadas nos últimos doze meses face ao momento da avaliação, assim consideradas as realizadas por entidades independentes do fundo de capital de risco, da sociedade de capital de risco e da sociedade de investimento em capital de risco; c) múltiplos de sociedades comparáveis,

20 | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2016

As participações detidas pelo capital de risco

respeitam na sua maioria a empresas detidas há

mais de um ano, razão pela qual a sua

valorização deve ser efetuada pelo justo valor. A

valorização dos fluxos de caixa atualizados (DCF)

foi o critério mais utilizado para valorizar as

participações pelo justo valor41 (utilizado em

57,1% das participações detidas, que

correspondem a 71,1% dos investimentos

realizados pelos operadores de capital de risco).

A utilização de múltiplos e do valor de transações

relevantes de empresas similares representou

14,9% do número de participações em carteira e

10,3% do valor dos investimentos. O critério do

valor de aquisição correspondeu a 3,6% do valor

dos investimentos e a 14,2% do número de

participações.

A utilização das metodologias previstas para o

cálculo do justo valor permite calcular as valias

potenciais dos investimentos em carteira através

da diferença entre os valores inscritos nas

carteiras e o valor de aquisição das participações.

O setor do capital de risco encerrou o ano de 2016

com um potencial de desvalorização de cerca de

17,3% dos investimentos. Quer as SCR quer os

FCR apresentam globalmente menos-valias

potenciais, de 18,7% no primeiro caso e de 17,3%

no segundo.42 Nos FCR, esta situação é

explicada pelo facto de 361 das 1.574

participações detidas estarem inscritas com um

valor de avaliação nulo43 (26 das 126

nomeadamente, em termos de sector de atividade, dimensão, alavancagem e rendibilidade; d) fluxos de caixa descontados; e) último valor patrimonial divulgado pela entidade responsável pela gestão quanto a participações em organismos de investimento coletivo; f) outros internacionalmente reconhecidos, em situações excecionais. Adicionalmente, o valor de aquisição apenas pode ser usado

participações das SCR também se encontravam

inscritas com um valor de avaliação nulo).

Em geral, as participações detidas tem

associados acordos de saída a prazo onde se

definem as condições de preço para a realização

do desinvestimento, pelo que a constatação do

potencial de desvalorização não pode

desconsiderar esses acordos de saída, nem a

fase em que se encontram os investimentos (uma

vez que, em regra, as mais-valias, a existirem,

são geradas numa fase adiantada do

investimento).

III. Conclusões

A nível europeu, a atividade de venture capital

cresceu para € 4,4 biliões em 2016 e em Portugal

os ativos sob gestão do setor do capital de risco

mantiveram a tendência de crescimento

verificada em anos anteriores, tendo no final do

ano atingido € 4,6 mil milhões. Esta evolução

ficou a dever-se essencialmente ao crescimento

do valor direcionado para outros ativos afetos ao

investimento em capital de risco (posições sobre

derivados e outros ativos), uma vez que o

investimento em participações e outros

investimentos (prestações suplementares,

prestações acessórias, suprimentos, obrigações

e outros títulos de dívida e empréstimos)

diminuíram, sobretudo no que diz respeito às

nos 12 meses seguintes à data de aquisição. 41 Ver detalhe “Quadro 20 – Metodologias de avaliação de investimentos”, em anexo. 42 Ver detalhe “Quadro 21 – Valias potenciais em carteira – SCR e FCR”, em anexo. 43 Considera-se que têm valor nulo as participações inferiores a € 4.

21 | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2016

empresas residentes, pois em empresas não

residentes o valor do investimento em

participações sociais aumentou.

A atuação dos operadores de mercado

permanece muito próxima da atividade bancária

(concessão de crédito); o peso dos empréstimos

nos outros investimentos aumentou, por oposição

à expectável predominância da titularidade de

direitos residuais de controlo e assunção de

riscos acionistas.

A par do sector das sociedades gestoras de

participações sociais em empresas não

financeiras, os operadores dirigiram o

investimento essencialmente para empresas da

indústria transformadora e atividades imobiliárias,

segmento que ganhou um maior peso no último

ano em resultado da dinâmica recente do

mercado imobiliário em Portugal. Estes são,

porém, segmentos menos propensos à geração

de elevado valor acrescentado.

A rotação anual das carteiras de investimento

resultantes de operações realizadas diminuiu

para 1,8%, atingindo o mínimo desde 2011

(3,1%), e foi acompanhada por uma diminuição do

investimento líquido para valores negativos (que

se fixaram em € 27,4 milhões) e das transações

(para € 140,4 milhões).

A atividade de venture capital continuou a deter

menor peso relativo face à de private equity,

ganhando as fases de management buyout e

turnaround maior relevo nos últimos anos (em

detrimento das fases de expansão e de capital de

substituição).

Quando avaliadas com base no valor de

aquisição, apenas uma em cada seis operações

produziu mais-valia e mais de um terço

registaram menos-valias. O montante de mais-

valias e de menos-valias foi muito semelhante,

sobretudo no caso dos FCR, enquanto as SCR

apresentam menos-valias potenciais superiores,

embora em ambos os casos inferiores ao

verificado no ano anterior.

IV. Anexo – Quadros

23 | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2016

Quadro 1 – SCR e FCR em Atividade (31/12/2016) – Valor sob Gestão

Unidade: 10^6 Euro

N.º Soc.

Gestoras

Valor sob

GestãoQuota

Fundos de Capital de Risco 85 4.256,9 95,3%

Sociedades de Capital de Risco * 35 208,3 4,7%

Total 120 4.465,2 100,0%

Fonte: CMVM

(*) As SCR Dunas Gestão de Activos - SGFIM, SA , LYNX Asset Managers - SGFIM, SA e Patris Gestão

de Activos - SGFIM, SA, não são consideradas nesta rúbrica, uma vez que não atuam diretamente no

capital das empresas. As referidas sociedades atuam exclusivamente via FCR.

24 | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2016

Quadro 2 – SCR e FCR em Atividade (31/12/2016) – Ativos sob Gestão

Unidade: 10^6 Euro

N.º Soc.

Gestoras

Ativos sob

GestãoQuota

Fundos de Capital de Risco 85 4.393,9 94,6%

Sociedades de Capital de Risco* 35 248,5 5,4%

Total 120 4.642,3 100,0%

Fonte: CMVM

(*) As SCR Dunas Gestão de Activos - SGFIM, SA , LYNX Asset Managers - SGFIM, SA e Patris Gestão

de Activos - SGFIM, SA, não são consideradas nesta rúbrica, uma vez que não atuam diretamente no

capital das empresas. As referidas sociedades atuam exclusivamente via FCR.

25 | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2016

Quadro 3 – FCR e SCR em Atividade (31/12/2016) – Valor do Setor

Unidade: 10^6 Euro

Rúbricas SCR FCRValor do

SetorQuota

Participações Sociais 111,3 961,1 1.072,4 25,3%

Outros Investimentos 5,6 2.498,2 2.503,9 59,0%

Intrumentos Derivados 0,0 -9,1 -9,1 -0,2%

Capital Não Realizado 3,7 670,2 673,8 15,9%

Total 120,6 4.120,4 4.241,0 100,0%

Fonte: CMVM

26 | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2016

Quadro 4 – FCR e SCR em Actividade (31/12/2016) – Valor do Investimento

Unidade: 10^6 Euro

Rúbricas SCR FCRValor do

InvestimentoQuota

Participações Sociais 120,8 1.004,2 1.125,1 30,1%

Outros Investimentos 5,9 2.606,6 2.612,5 69,9%

Total 126,8 3.610,8 3.737,6 100,0%

Participações Sociais 111,3 961,1 1.072,4 30,0%

Outros Investimentos 5,6 2.498,2 2.503,9 70,0%

Total 117,0 3.459,3 3.576,3 100,0%

Variação do Investimento -7,7% -4,2% -4,3%

Fonte: CMVM

2015

2016

27 | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2016

Quadro 5 e 5.1 – Ativos sob Gestão e Valor Global dos FCR (31/12/2016)

Valores em

10^6 EurosNº Obs % Nº FCR

Ativos sob

Gestão

(10^6 Euro)

% Ativos

[0-2[ 12 14,1% 10,9 0,2%

[2-10[ 30 35,3% 145,7 3,3%

[10-20[ 14 16,5% 216,0 4,9%

[20-40[ 9 10,6% 250,6 5,7%

[40-100[ 11 12,9% 767,3 17,5%

[100 - [ 9 10,6% 3.003,3 68,4%

Total 85 100,0% 4.393,9 100,0%

52,3

10,4

Fonte: CMVM

Ativos sob Gestão por Fundo

Média por FCR (10^6 Euros)

Mediana (10^6 Euros)

Valores em

10^6 EurosNº Obs % Nº FCR

VLGF

(10^6

Euro)

% VLGF

[0-2[ 16 18,8% 8,0 0,2%

[2-10[ 25 29,4% 131,0 2,7%

[10-20[ 13 15,3% 211,0 4,4%

[20-40[ 9 10,6% 268,5 5,6%

[40-100[ 11 12,9% 770,8 16,1%

[100 - [ 11 12,9% 3.404,4 71,0%

Total 85 100,0% 4.793,6 100,0%

57,1

12,6

VLGF por Fundo

Média por FCR (10^6 Euros)

Mediana (10^6 Euros)

28 | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2016

Quadro 6 – Quota de Mercado (Ativos sob Gestão) e Dimensão Média dos FCR (31/12/2016)

continua página seguinte

Entidade Gestora

Quota de

Mercado

Global 2016

Quota de

Mercado

(SCR) 2016

Quota de

Mercado

(FCR) 2016

N.º FCR

Geridos

2016

Dimensão

Média FCR

2016

(10^6 Euro)

N.º FCR

Geridos

2015

Dimensão

Média FCR

2015 (10^6

Euro)

D Dimensão

Média FCR

2016/2015

BPI Private Equity - Sociedade Capital de Risco, SA 0,9% 16,3% 0,0% 0 - 0 - -

Patris Gestão de Activos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, SA 0,6% 0,0% 0,6% 2 13,7 2 16,1 -14,9%

Haitong Capital - SCR, S.A. 3,3% 18,9% 2,5% 3 36,2 3 38,9 -7,0%

Caixa Capital - Sociedade de Capital de Risco, SA 13,2% 11,2% 13,3% 5 116,7 5 86,0 35,7%

Portugal Capital Ventures - Sociedade de Capital de Risco, SA 5,8% 18,8% 5,0% 17 13,0 17 14,4 -9,7%

BCP Capital - Sociedade de Capital de Risco, SA 2,5% 4,8% 2,3% 2 51,0 2 34,7 47,2%

Novabase Capital - Sociedade de Capital de Risco, SA 0,4% 2,8% 0,3% 2 6,3 2 6,4 -1,6%

Change Partners - SCR, SA 0,5% 3,3% 0,3% 2 7,3 2 8,3 -11,9%

Famigeste - SCR, SA 0,0% 0,0% 0,0% 0 - 0 - -

Explorer Investments - Sociedade de Capital de Risco, SA 7,3% 4,7% 7,5% 3 109,3 4 81,0 35,0%

Banif Capital - Sociedade de Capital de Risco, SA 0,8% 0,6% 0,8% 3 11,6 3 16,5 -30,1%

ISQ - Sociedade de Capital de Risco, SA 0,3% 0,3% 0,3% 4 2,9 4 3,1 -8,1%

Dunas Capital - Gestão de Activos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, SA 2,5% 0,0% 2,6% 1 114,9 1 98,6 16,5%

Beta - Sociedade de Capital de Risco, SA 0,0% 0,7% 0,0% 1 0,6 1 0,8 -27,5%

ONETIER PARTNERS, SCR, SA 0,0% 0,3% 0,0% 0 - 0 - -

Agrocapital - Sociedade de Capital de Risco, SA 0,2% 0,4% 0,1% 1 6,2 1 13,3 -53,2%

Armilar Venture Partners - Sociedade de Capital de Risco, SA 4,1% 2,0% 4,2% 6 30,7 6 30,6 0,4%

ECS - Sociedade de Capital de Risco, SA 27,0% 6,0% 28,1% 3 412,0 3 418,5 -1,5%

Naves - Sociedade de Capital de Risco, SA 0,0% 0,6% 0,0% 0 - 0 - -

LYNX Asset Managers - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. 1,9% 0,0% 2,0% 10 8,6 8 8,7 -1,6%

2BPARTNER - Sociedade de Capital de Risco, SA 0,1% 0,5% 0,1% 1 3,1 1 3,4 -10,6%

Critical Ventures - Sociedade de Capital de Risco, SA 0,1% 0,1% 0,1% 1 6,1 1 7,4 -18,5%

Capital Criativo - Sociedade de Capital de Risco, SA 1,5% 0,6% 1,6% 2 34,7 2 36,7 -5,7%

29 | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2016

Quadro 6 – Quota de Mercado (Ativos sob Gestão) e Dimensão Média dos FCR (31/12/2016) – continuação

Entidade Gestora

Quota de

Mercado

Global 2016

Quota de

Mercado

(SCR) 2016

Quota de

Mercado

(FCR) 2016

N.º FCR

Geridos

2016

Dimensão

Média FCR

2016

(10^6 Euro)

N.º FCR

Geridos

2015

Dimensão

Média FCR

2015 (10^6

Euro)

D Dimensão

Média FCR

2016/2015

Bem Comum - Sociedade de Capital de Risco, SA 0,0% 0,1% 0,0% 1 0,8 1 0,9 -0,1%

Inter Risco - Sociedade de Capital de Risco, SA 1,4% 0,7% 1,5% 3 21,7 3 18,5 17,1%

BIZ Capital - Sociedade de Capital de Risco, SA 0,1% 0,0% 0,1% 1 6,0 1 6,0 0,0%

OXY CAPITAL - SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE CAPITAL DE RISCO, S.A. 23,9% 4,1% 25,1% 5 220,1 4 210,9 4,4%

ERIGO - Sociedade de Capital de Risco, SA 0,2% 0,0% 0,2% 2 4,9 2 5,5 -11,6%

Menlo Capital - Sociedade de Capital de Risco, S.A. 0,7% 0,8% 0,7% 1 30,4 1 16,8 81,5%

Blue Catching - Sociedade de Capital de Risco, Sa 0,2% 0,0% 0,2% 1 7,7 1 1,0 670,4%

Atena Equity Partners - Sociedade de Capital de Risco, S.A. 0,4% 0,2% 0,5% 1 20,0 1 1,3 1438,8%

Busy Angels, SCR, S.A 0,0% 0,2% 0,0% 1 1,6 1 1,6 2,5%

Hovione Capital, Sociedade de Capital de Risco, S.A. 0,0% 0,4% 0,0% 0 - 0 - -

Grande Enseada Capital Partners, Sociedade de Capital de Risco, SA 0,0% 0,0% 0,0% 0 - 0 - -

Taucapital SCR, S.A. 0,0% 0,3% 0,0% 0 - 0 - -

Alpac Capital - Sociedade de Capital de Risco, S.A 0,0% 0,0% 0,0% 0 - 0 - -

Optime Investments - Sociedade de Capital de Risco, SA 0,0% 0,0% 0,0% 0 - 0 - -

Bluecrow - Sociedade de Capital de Risco, S.A. 0,0% 0,0% 0,0% 0 - 0 - -

Total 100,0% 100,0% 100,0% 85 51,7 83 47,6 8,5%

30 | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2016

Quadro 7 – Valor das Participações na Atividade de Capital de Risco (31/12/2016)

Tipo de Participação Nº Obs Valor TotalValor Médio da

Participação

Valor Mediano da

Participação

Participações Sociais (ações) 674 872.993.202,30 € 1.295.242,14 € 100.000,00 €

Participações Sociais (quotas) 61 62.576.578,95 € 1.025.845,56 € 1,00 €

UP FCR 71 136.708.285,23 € 1.925.468,81 € 888.277,57 €

Total 806 1.072.278.066,48 € 1.330.369,81 € 111.139,05 €

Valor Participação (€) Nº Obs % Total Valor Total % Total

0 232 28,8% - € 0,0%

]0-100.000[ 162 20,1% 4.880.037,23 € 0,5%

[100.000-500.000[ 151 18,7% 39.613.565,06 € 3,7%

[500.000-1.000.000[ 62 7,7% 43.832.655,79 € 4,1%

[1.000.000-5.000.000[ 150 18,6% 340.731.922,91 € 31,8%

[5.000.000-10.000.000[ 32 4,0% 242.313.535,99 € 22,6%

[10.000.000-20.000.000[ 11 1,4% 164.726.980,62 € 15,4%

[20.000.000-100.000.000[ 6 0,7% 236.179.368,88 € 22,0%

> 100.000.000 0 0,0% - € 0,0%

Total 806 100,0% 1.072.278.066,48 € 100,0%

Fonte: CMVM

31 | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2016

Quadro 8 – Ativos sob Gestão por Tipo de Investimento (31/12/2016)44

44 Considera as rubricas 1, 2 e 3 acrescidas das contas 51 e 52 do Património, conforme Anexo 1 (rubricas de 2º nível quando a rubrica de 1º nível = A ou C) da Instrução da CMVM nº 2/2013.

Unidade: 10^6 Euro

SCRD

2016/2015FCR

D

2016/2015Total

D

2016/2015

Valor dos Investimentos 117,0 219,9% 3.459,0 -2,8% 3.576,0 -0,6%

Participações Sociais (ações e quotas) 23,5 -23,3% 912,1 -4,2% 935,6 -4,8%

Em Empresas Residentes 19,3 -27,9% 668,9 -7,3% 688,1 -8,1%

Em Empresas Não Residentes 4,2 8,1% 243,2 5,4% 247,4 5,5%

Outros Investimentos (1) 5,6 -5,2% 2.498,1 -4,2% 2.503,7 -4,2%

Em Empresas Residentes 5,4 -9,4% 2.496,2 -4,1% 2.501,6 -4,2%

Em Empresas Não Residentes 0,3 - 1,9 -31,1% 2,2 -22,1%

Investimento em UP de FCR 87,8 -2,2% 48,9 -5,6% 136,7 -3,4%

Depósitos e Outros Meios Líquidos Afectos a CR 96,9 5,5% 356,3 -4,8% 453,2 -2,8%

Outros (2) 34,6 29,3% 577,6 - 612,3 7189,5%

Total 248,5 1,4% 4.393,0 10,7% 4.641,5 10,2%

(1) Prestações Suplementares; Prestações Acessórias; Suprimentos; Obrigações e Outros Títulos de Dívida; Empréstimos.

(2) Outros activos afectos ao investimento em capital de risco.

Fonte: CMVM

32 | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2016

Quadro 9 – Número de Investimentos em Capital de Risco Segundo a Tipologia de Instrumento (31/12/2016)

Unidade: nº de participações e investimentos

Tipo de Investimento SCRD

2016/2015FCR

D

2016/2015Total

D

2016/2015

Participações Sociais (ações e quotas) 54 5,9% 681 -0,7% 735 -0,3%

Em Empresas Residentes 44 10,0% 622 -1,3% 666 -0,6%

Em Empresas Não Residentes 10 -9,1% 59 5,4% 69 3,0%

Investimento em UP de FCR 48 0,0% 23 0,0% 71 0,0%

Em Empresas Residentes 44 2,3% 20 0,0% 64 1,6%

Em Empresas Não Residentes 4 -20,0% 3 0,0% 7 -12,5%

Outros Investimentos (1) 24 9,1% 870 9,2% 894 9,2%

Em Empresas Residentes 23 4,5% 857 9,6% 880 9,5%

Em Empresas Não Residentes 1 - 13 -13,3% 14 -6,7%

Total 126 4,1% 1.574 4,5% 1.700 4,5%

(1) Prestações Suplementares; Prestações Acessórias; Suprimentos; Obrigações e Outros Títulos de Dívida; Empréstimos.

Fonte: CMVM

33 | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2016

Quadro 10 – Setores de Atividade das Empresas Participadas (31/12/2016)

continua página seguinte

Unidade: 10^6 Euro

N.º

Partic. (1)

Valor %N.º

Partic. (1)

Valor %N.º

Partic. (1)

Valor %

Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca 0 0,0 0,0 37 65,4 1,9 37 65,4 1,8

Indústria extractiva 0 0,0 0,0 21 60,7 1,8 21 60,7 1,7

Indústria transformadora 20 7,9 6,7 369 392,2 11,3 389 400,1 11,2

Eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio 0 0,0 0,0 20 136,7 4,0 20 136,7 3,8

Captação, tratamento e distribuição de água; saneamento, gestão de resíduos e

despoluição0 0,0 0,0 7 12,1 0,3 7 12,1 0,3

Construção 1 10,0 8,6 30 121,5 3,5 31 131,6 3,7

Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e

motociclos3 0,0 0,0 90 131,1 3,8 93 131,1 3,7

Transportes e armazenagem 0 0,0 0,0 23 34,5 1,0 23 34,5 1,0

Alojamento, restauração e similares 3 1,6 1,4 86 315,7 9,1 89 317,2 8,9

Atividades de informação e de comunicação 14 1,0 0,9 250 152,8 4,4 264 153,8 4,3

Atividades financeiras e de seguros 53 88,6 75,7 53 154,1 4,5 106 242,7 6,8

SGPS - não financeiras 8 4,6 3,9 219 1.248,0 36,1 227 1.252,6 35,0

Atividades imobiliárias 3 0,5 0,4 63 379,9 11,0 66 380,4 10,6

Atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares 14 1,8 1,5 237 166,1 4,8 251 167,9 4,7

Atividades administrativas e dos serviços de apoio 2 0,3 0,3 37 36,1 1,0 39 36,4 1,0

Administração Pública e Defesa; Segurança Social Obrigatória 0 0,0 0,0 4 6,6 0,2 4 6,6 0,2

Sectores de Actividade

SCR FCR Total

34 | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2016

Quadro 10 – Setores de Atividade das Empresas Participadas (31/12/2016) – continuação

Unidade: 10^6 Euro

N.º

Partic. (1)

Valor %N.º

Partic. (1)

Valor %N.º

Partic. (1)

Valor %

Educação 2 0,3 0,3 2 5,1 0,1 4 5,5 0,2

Atividades de saúde humana e apoio social 2 0,4 0,3 6 5,4 0,2 8 5,7 0,2

Atividades artísticas, de espetáculos, desportivas e recreativas 0 0,0 0,0 20 34,8 1,0 20 34,8 1,0

Outras atividades de serviços 1 0,0 0,0 0 0,0 0,0 1 0,0 0,0

Atividades das famílias empregadoras de pessoal doméstico e atividades de

produção das famílias para uso próprio0 0,0 0,0 0 0,0 0,0 0 0,0 0,0

Atividades dos organismos internacionais e outras instituições extra-territoriais 0 0,0 0,0 0 0,0 0,0 0 0,0 0,0

Total 126 117,0 100,0 1.574 3.459,0 100,0 1.700 3.576,0 100,0

(1) Inclui participações relativas a capital social e outros financiamentos.

Fonte: CMVM

Sectores de Actividade

SCR FCR Total

35 | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2016

Quadro 11 – Valor Investido por Fases de Entrada do Capital de Risco nas Empresas (31/12/2016)

N.º

Partic. (1)

Valor %N.º

Partic. (1)

Valor %N.º

Partic. (1)

Valor %

Venture Capital 61 39,2 33,5% 726 657,6 19,0% 787 696,8 19,5%

Seed capital 10 7,2 6,1% 207 168,8 4,9% 217 175,9 4,9%

Start-up 26 29,9 25,5% 405 342,6 9,9% 431 372,5 10,4%

Early-stage 25 2,2 1,9% 114 146,2 4,2% 139 148,3 4,1%

Private Equity 65 77,7 66,5% 848 2.801,5 81,0% 913 2.879,2 80,5%

Expansão 17 15,5 13,2% 420 742,4 21,5% 437 757,9 21,2%

Capital de substituição 3 0,5 0,4% 29 105,3 3,0% 32 105,8 3,0%

Turnaround 4 3,1 2,7% 324 1.285,1 37,2% 328 1.288,2 36,0%

Refinanciamento da dívida bancária 0 0,0 0,0% 36 1,2 0,0% 36 1,2 0,0%

Management buyout 5 1,6 1,4% 20 630,8 18,2% 25 632,4 17,7%

Management buyin 0 0,0 0,0% 4 16,3 0,5% 4 16,3 0,5%

Outros 36 57,1 48,8% 15 20,3 0,6% 51 77,4 2,2%

Total 126 117,0 100% 1.574 3.459,0 100% 1.700 3.576,0 100%

(1) Nº de observações relativas a capital social e outros financiamentos transmitidas à CMVM no âmbito da Instrução Nº 2/2013.

Fonte: CMVM

Unidade: 10^6 Euro

Fases de Investimento

SCR FCR Total

36 | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2016

Quadro 12 – Valor do Investimento Realizado pelas SCR e pelos FCR em 2016

Unidade: 10^3 Euro Unidade: 10^3 Euro

Valor das

Aquisições (€)Nº Obs % Tot Valor Total % Tot I

Valor do

Investimento (€)Nº Obs % Tot Valor Total % Tot

[0-50.000] 60 37,3% 364,13 € 0,6% [0-50.000] 233 39,1% 3.432,29 € 1,1%

[50.000-200.000] 43 26,7% 4.419,77 € 7,8% [50.000-200.000] 159 26,7% 16.553,46 € 5,1%

[200.000-500.000] 29 18,0% 7.903,68 € 14,0% [200.000-500.000] 99 16,6% 28.900,38 € 9,0%

[500.000-5.000.000] 28 17,4% 38.549,52 € 68,2% [500.000-5.000.000] 97 16,3% 140.011,58 € 43,5%

[>=5.000.000] 1 0,6% 5.274,25 € 9,3% [>=5.000.000] 8 1,3% 132.646,72 € 41,3%

Total 161 100% 56.511,34 € 100,0% Total 596 100% 321.544,43 € 100,0%

Valor das

Alienações (€)Nº Obs % Tot Valor Total % Tot

D

Valor do

Desinvestimento (€)Nº Obs % Tot Valor Total % Tot

[0-50.000] 58 49,2% 305,97 € 0,4% [0-50.000] 158 39,3% 1.674,96 € 0,4%

[50.000-200.000] 25 21,2% 2.381,77 € 2,8% [50.000-200.000] 89 22,1% 9.303,40 € 2,3%

[200.000-500.000] 12 10,2% 4.455,11 € 5,3% [200.000-500.000] 56 13,9% 18.212,68 € 4,6%

[500.000-5.000.000] 19 16,1% 33.630,82 € 40,1% [500.000-5.000.000] 80 19,9% 124.142,33 € 31,2%

[>=5.000.000] 4 3,4% 43.094,94 € 51,4% [>=5.000.000] 19 4,7% 245.047,50 € 61,5%

Total 118 100% 83.868,60 € 100,0% Total 402 100% 398.380,87 € 100,0%

Total Valor Médio Valor Mediano Valor Máximo Total Valor Médio Valor Mediano Valor Máximo

Aquisições 56.511,34 € 351,00 € 100,00 € 5.274,25 € Investimento 321.544,43 € 609,27 € 100,00 € 61.952,04 €

Alienações 83.868,60 € 710,75 € 50,00 € 21.984,55 € Desinvestimento 398.380,87 € 1.107,44 € 136,60 € 61.872,04 €

Fonte: CMVM

37 | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2016

Quadro 13 – Transações e Rotação das Carteiras em 2016

Unidade: 10^6 Euro

Participações Sociais SCR FCR Total

Aquisições 1,1 55,4 56,5

Alienações 2,5 81,3 83,9

Participações Líquidas -1,4 -25,9 -27,4

Valor das Transações 3,6 136,8 140,4

Rotação das Carteiras 0,1% 3,5% 1,8%

Fonte: CMVM

38 | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2016

Quadro 14 – Valor das Transações por Fase de Investimento (Ano de 2016)

Unidade: 10^3 Euro

Aquisições AlienaçõesInvest.

Líquído

N.º

Trans.Aquisições Alienações

Invest.

Líquído

N.º

Trans.Aquisições Alienações

Invest.

Líquído

N.º

Trans.

Seed capital 259,2 0,0 259,2 0 1.341,8 -346,8 995,0 43 1.601,0 -346,8 1.254,1 43

Start-up 100,0 0,0 100,0 2 7.059,3 -25.936,7 -18.877,4 72 7.159,3 -25.936,7 -18.777,4 74

Early-stage 564,5 0,0 564,5 5 7.458,0 -0,8 7.457,1 14 8.022,4 -0,8 8.021,6 19

Expansão 0,0 -598,3 -598,3 1 32.301,5 -36.616,6 -4.315,1 67 32.301,5 -37.214,9 -4.913,4 68

Capital de substituição 0,0 -1.909,9 -1.909,9 1 0,0 -10.591,9 -10.591,9 5 0,0 -12.501,7 -12.501,7 6

Turnaround 0,0 0,0 0,0 0 6.125,7 -3.124,8 3.000,9 33 6.125,7 -3.124,8 3.000,9 33

Refin. da dívida bancária 0,0 0,0 0,0 0 0,0 -813,6 -813,6 6 0,0 -813,6 -813,6 6

Management buyout 0,0 0,0 0,0 0 0,0 -3.324,0 -3.324,0 5 0,0 -3.324,0 -3.324,0 5

Management buyin 0,0 0,0 0,0 0 500,7 0,0 500,7 1 500,7 0,0 500,7 1

Outros 178,7 -15,0 163,7 4 622,0 -590,3 31,7 16 800,7 -605,3 195,5 20

Total 1.102,4 -2.523,2 -1.420,8 13 55.409,0 -81.345,4 -25.936,5 262 56.511,3 -83.868,6 -27.357,3 275

Fonte: CMVM

Fase de Investimento

SCR FCR Total

39 | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2016

Quadro 15 – Percentagem do Capital Social Detido nas Empresas Participadas (31/12/2016)

Nota: Inclui as participações em capital social e as unidades de participação de FCR (contas 11, 12 e 26).

N.º de

Participações% Part. % Valor

N.º de

Participações

%

Part.

%

Valor

N.º de

Participações

%

Part.% Valor

[0-10[ 53 52,0 39,8 185 26,3 19,7 238 29,5 21,8

[10-20[ 19 18,6 18,5 151 21,4 24,1 170 21,1 23,5

[20-30[ 5 4,9 6,4 122 17,3 20,0 127 15,8 18,6

[30-40[ 14 13,7 12,7 60 8,5 10,9 74 9,2 11,1

[40-50[ 5 4,9 7,2 29 4,1 3,1 34 4,2 3,5

[50-60[ 4 3,9 15,0 14 2,0 2,1 18 2,2 3,4

[60-70[ 1 1,0 0,4 19 2,7 1,0 20 2,5 1,0

[70-80[ 1 1,0 0,0 10 1,4 0,7 11 1,4 0,6

[80-90[ 0 0,0 0,0 14 2,0 2,6 14 1,7 2,3

[90-100] 0 0,0 0,0 100 14,2 15,9 100 12,4 14,2

Total 102 100,0 100,0 704 100,0 100,0 806 100,0 100,0

Total

Fonte: CMVM

% Capital

Detido

SCR FCR

40 | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2016

Quadro 16 – Período de Detenção das Participações em Capital Social (31/12/2016)

Nota: Inclui as participações em capital social e as unidades de participação de FCR (contas 11, 12 e 26).

N.º

Participações

%

Part.

%

Valor

N.º

Participações

%

Part.

%

Valor

N.º

Participações

%

Part.

%

Valor

[0-2[ 21 20,6 14,5 244 34,7 19,4 265 32,9 18,9

[2-4[ 18 17,6 26,6 212 30,1 27,0 230 28,5 26,9

[4-6[ 24 23,5 19,6 90 12,8 11,1 114 14,1 12,0

[6-8[ 12 11,8 6,1 75 10,7 17,2 87 10,8 16,0

[8-10[ 8 7,8 10,2 53 7,5 18,2 61 7,6 17,4

>=10 19 18,6 23,0 30 4,3 7,2 49 6,1 8,8

Total 102 100,0 100,0 704 100,0 100,0 806 100,0 100,0

Fonte: CMVM

FCR TotalPeríodo

detenção

(anos)

SCR

41 | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2016

Quadro 17 – Estratégia de Desinvestimento do Capital de Risco (Ano de 2016)

N.º

Transações

Preço Venda

(10^3 Euro)%

('1) N.º

Transações

Preço Venda

(10^3 Euro)%

('1) N.º

Transações

Preço Venda

(10^3 Euro)%

('1)

Contrato de venda a prazo 0 0,0 0,0 9 9.239,6 137,4 9 9.239,6 2,3

Recompra (pela equipa de

gestão ou acionistas)0 0,0 0,0 17 48.882,0 727,0 17 48.882,0 12,3

Venda a FCR 0 0,0 0,0 0 0,0 0,0 0 0,0 0,0

Venda a SCR 0 0,0 0,0 6 1.615,0 24,0 6 1.615,0 0,4

IPO 0 0,0 0,0 0 0,0 0,0 0 0,0 0,0

Não definido 8 1.046,9 15,6 183 212.285,0 3157,1 191 213.331,9 53,5

Venda a terceiros 15 5.677,1 84,4 103 119.635,2 1779,2 118 125.312,3 31,5

Venda a Instituição Financeira 0 0,0 0,0 0 0,0 0,0 0 0,0 0,0

Write-off 1 0,0 0,0 60 0,0 0,0 61 0,0 0,0

Total 24 6.724,0 100,0 378 391.656,8 5824,7 402 398.380,9 100,0

(1) Percentagem sobre o valor total das alienações reportadas durante o ano de 2016 (SCR+FCR).

Fonte: CMVM 8302,4%

FCRSCR TOTAL

42 | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2016

Quadro 18 – Desinvestimentos do Capital de Risco por Fase de Investimento Face ao Preço de Aquisição (Ano de 2016)

N.º

Transações

+/- Valia

(10^3 Euro)%

N.º

Transações

+/- Valia

(10^3 Euro)%

N.º

Transações

+/- Valia

(10^3 Euro)%

Seed capital 0 0,0 0,0 41 -4.780,3 487,8 41 -4.780,3 119,4

Start-up 12 -104,0 3,4 82 7.123,3 -726,9 94 7.019,3 -175,3

Early-stage 1 0,3 0,0 9 -4.178,4 426,4 10 -4.178,1 104,3

Expansão 2 -4.584,3 151,6 155 -9.170,3 935,7 157 -13.754,6 343,5

Capital de substituição 1 1.781,2 -58,9 10 6.093,9 -621,8 11 7.875,0 -196,7

Turnaround 0 0,0 0,0 54 27.116,7 -2767,0 54 27.116,7 -677,2

Refin. da dívida bancária 0 0,0 0,0 3 -7.176,2 732,3 3 -7.176,2 179,2

Management buyout 1 0,0 0,0 14 -15.865,0 1618,9 15 -15.865,0 396,2

Management buyin 0 0,0 0,0 0 0,0 0,0 0 0,0 0,0

Outros 7 -117,3 3,9 10 -143,7 14,7 17 -260,9 6,5

Total 24 -3.024,1 100,0 378 -980,0 100,0 402 -4.004,1 100,0

Fonte: CMVM

Total

Fase de Investimento

SCR FCR

43 | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2016

Quadro 19 – Operações a Prazo Sobre Participações Sociais em Capital de Risco (31/12/2016)

Unidade: 10^3 Euro

N.º de

Operações

Valorização

em Carteira

N.º de

Operações

Valorização

em Carteira

N.º de

Operações

Valorização em

Carteira

Património 0 0,0 17 -9.055,4 17 -9.055,4

Opções 0 0,0 17 -9.055,4 17 -9.055,4

Operações a prazo sobre participações sociais

em capital de risco2 0,0 152 76.440,2 154 76.440,2

Futuros 0 0,0 0 0,0 0 0,0

Forwards 0 0,0 0 0,0 0 0,0

Swaps 0 0,0 0 0,0 0 0,0

Opções 2 0,0 152 76.440,2 154 76.440,2

Total 2 0,0 169 67.384,7 171 67.384,7

Fonte: CMVM

Tipo de Operações a Prazo

SCR FCR Total

44 | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2016

Quadro 20 – Metodologias de Avaliação dos Investimentos (31/12/2016)

Total do

Investimento% N.º %

Total do

Investimento% N.º %

Total do

Investimento% N.º %

Valor de aquisição 1.862,08 1,6 17 13,5 126.386,41 3,7 225 14,3 128.248,49 3,6 242 14,2

Preço de mercado 488,66 0,4 2 1,6 105.937,45 3,1 16 1,0 106.426,12 3,0 18 1,1

Transações relevantes 2,50 0,0 1 0,8 100.731,94 2,9 26 1,7 100.734,44 2,8 27 1,6

Múltiplos 7.319,38 6,3 4 3,2 361.115,95 10,4 249 15,8 368.435,33 10,3 253 14,9

Fluxos de caixa descontados (DCF) 8.720,10 7,5 50 39,7 2.532.043,66 73,2 920 58,4 2.540.763,76 71,1 970 57,1

NAV 87.836,64 75,1 49 38,9 221.649,00 6,4 110 7,0 309.485,64 8,7 159 9,4

Valor de aquisição (fator de desconto) 0,00 0,0 0 0,0 0,00 0,0 0 0,0 0,00 0,0 0 0,0

Preço de mercado (fator de desconto) 0,00 0,0 0 0,0 0,00 0,0 0 0,0 0,00 0,0 0 0,0

Transações relevantes (fator de desconto) 0,00 0,0 0 0,0 0,00 0,0 0 0,0 0,00 0,0 0 0,0

Múltiplos (fator de desconto) 10.603,02 9,1 2 1,6 0,00 0,0 0 0,0 10.603,02 0,3 2 0,1

Fluxos de caixa descontados (DCF) (fator de

desconto)129,50 0,1 1 0,8 11.177,07 0,3 28 1,8 11.306,57 0,3 29 1,7

NAV (fator de desconto) 0,00 0,0 0 0,0 0,00 0,0 0 0,0 0,00 0,0 0 0,0

Total 116.961,89 100,0 126 100,0 3.459.041,48 100,0 1.574 100,0 3.576.003,37 100,0 1.700 100,0(1)

inclui participações relativas a capital social e outros financiamentos.

Fonte: CMVM

Metodologia de ValorizaçãoParticipações (

1)

SCR FCR Total

ValorizaçãoValorização Participações (1) Valorização Participações (

1)

45 | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2016

Quadro 21 – Valias Potenciais em Carteira – SCR e FCR (31/12/2016)

Nota: Ver número de participações por metodologia de avaliação no Quadro 20

Unidade: 10^3 Euro

SCR FCR Total

Valor de aquisição 0,0 0,0 0,0

Preço de mercado 357,5 -432,7 -75,1

Transações relevantes 0,0 55.975,8 55.975,8

Múltiplos -6.894,3 -75.842,4 -82.736,8

Fluxos de caixa descontados (DCF) -8.554,5 -504.537,2 -513.091,8

NAV -12.249,1 -67.099,5 -79.348,7

Valor de aquisição (fator de desconto) 0,0 0,0 0,0

Preço de mercado (fator de desconto) 0,0 0,0 0,0

Transações relevantes (fator de desconto) 0,0 0,0 0,0

Múltiplos (fator de desconto) 5.398,0 0,0 5.398,0

Fluxos de caixa descontados (DCF) (fator de desconto) 32,5 -5.017,1 -4.984,6

NAV (fator de desconto) 0,0 0,0 0,0

Total -21.909,9 -596.953,2 -618.863,1

Fonte: CMVM

Metodologia de Valorização

Valias Potenciais