Relatório de Estágio - Diego de Azevedo Oliveira - CORRIGIDO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PETRLEO ENGENHARIA DE PETRLEO

RELATRIO DE ESTGIO SUPERVISIONADO

CARACTERIZAO DE PASTAS DE CIMENTO PARA APLICAO EM OPERAES DE SQUEEZE ULTRASONIC CEMENT ANALYZER (UCA) E TEMPO DE ESPESSAMENTO

Ncleo Tecnolgico em Cimentao de Poos de Petrleo (NTCPP)

Discente: Diego de Azevedo OliveiraSupervisor: Prof. Dr. Jlio Cezar de Oliveira FreitasOrientadora: Profa. Dra. JennysLourdes Meneses Barillas

NATALMaio de 14

DIEGO DE AZEVEDO OLIVEIRA

CARACTERIZAO DE PASTAS DE CIMENTO PARA APLICAO EM OPERAES DE SQUEEZE ULTRASONIC CEMENT ANALYZER (UCA) E TEMPO DE ESPESSAMENTO

Projeto Final apresentado para avaliao de Estgio Supervisionado Graduao em Engenharia de Petrleo, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Banca Examinadora

__________________________________________________Prof. Dr. Julio Cezar de Oliveira FreitasSupervisor - UFRN

__________________________________________________Profa. Dra. JennysLourdes Meneses BarillasOrientadora - UFRN

__________________________________________________Profa. Dra. Vanessa Cristina SantannaMembro Interno - UFRN

__________________________________________________MSc. Paulo Henrique Silva Santos

Supervisor do NTCPPAgradecimentos

Ao Prof. Dr. Jlio que permitiu min participar do laboratrio de cimentos e assim conseguir o estgio.

A Adriano que me ajudou diversas vezes quando precisava de ajuda.

A Paulo Henrique (PH) por tirar diversas dvidas e sempre mostrar disponibilidade para ajudar.

A Amanda que me ajudou a entrar em contato com o Prof. Dr. Jlio.

A minha famlia que sempre me apoia.

Aos amigos, Vinicius, Joo, Leonardo, Jos, Yago e Lucas por sempre se manterem unidos.

Sumrio

1. Resumo.............................................................................................................. 6

2. Empresa............................................................................................................. 6

3. Atividades Realizadas....................................................................................... 73.1. Iniciao das Atividades................................................................................... 73.1.1. Minicurso - Fundamentos de Cimentao de Poos de Petrleo...... 73.1.2. Treinamento Bsico do Laboratrio................................................... 73.2. Preparo da Pasta de Cimento.......................................................................... 83.2.1. Objetivo................................................................................................. 83.2.2. Definies.............................................................................................. 83.2.3. Aparelhagem e Equipamentos............................................................ 83.2.4. Procedimento........................................................................................ 83.2.5. Verificao do equipamento................................................................ 83.2.6. Temperatura da gua e do Cimento.................................................. 93.2.7. Adio de Aditivos Pr-hidratados..................................................... 93.2.8. Adio de Aditivos Lquidos................................................................ 93.2.9. Adio de Aditivos Slidos.................................................................. 93.2.10. Procedimento de Mistura e Agitao da Pasta.................................. 93.3. Espessamento.................................................................................................... 103.3.1. Objetivo................................................................................................. 103.3.2. Definies.............................................................................................. 103.3.3. Aparelhagem e Equipamentos............................................................ 103.3.4. Procedimento........................................................................................ 103.3.5. Anlise dos Resultados......................................................................... 103.4. Resistncia Compresso Mtodo Ultrassnico (UCA) .............................. 123.4.1. Objetivo................................................................................................. 123.4.2. Aparelhagem e Equipamentos............................................................ 123.4.3. Procedimento........................................................................................ 123.4.4. Anlise do Resultados.......................................................................... 133.5. Resultados e Discusses................................................................................... 13

4. Indetificao de Conteudos.............................................................................. 16

5. Avaliao de Sua Formao............................................................................. 16

6. Avaliao de Retorno........................................................................................ 17

7. Contribuies para a empresa......................................................................... 17

8. Comentrios Gerais.......................................................................................... 17

Anexos................................................................................................................ 18

Referncias........................................................................................................ 22

Lista de Figuras

Figura 1 Material de Calibrao do Consistmetro Pressurizado............................... 10Figura 2 Chave de Calibrao da Consistncia........................................................... 10Figura 3 Tempo de Espessamento da pasta 3.............................................................. 18Figura 4 Resultado do UCA pasta 3............................................................................ 19Figura 5 - Ncleo Tecnolgico em Cimentao de Poos de Petrleo (NTCPP).......... 21Figura 6 Viso geral do Laboratrio de Cimentos...................................................... 21Figura 7 Viso geral do Laboratrio de Cimentos...................................................... 22Figura 8 Viso geral do Laboratrio de Cimentos...................................................... 22Figura 9 Misturadores Chandler Modelo 3060......................................................... 23Figura 10 Sala HPHT.................................................................................................. 23Figura 11 Sala HPHT.................................................................................................. 24Figura 12 Consistmetro Pressurizado Chandler Modelo 8240.................................. 24Figura 13 Ultrasonic Cement Analyzer (UCA) Clula Dupla Modelo 4262............25

Lista de Tabelas

Tabela 1 Formulao das Pastas de Cimento...............................................................17Tabela 2 Resultado do UAC e Tempo de Espessamento para pasta 3.........................18Tabela 3 Resultado do UCA para a pasta 3..................................................................18

1. RESUMO

A cimentao dos poos de petrleos uma das operaes mais importantes durante a perfurao e a completao do poo, ela garante a vedao entre zona produtoras, garantindo a no comunicao entre os fluidos da formao, alm de servir como suporte para a coluna de revestimento, podendo ser primria ou secundria.A cimentao primria a operao principal e ocorre aps a descida de cada coluna de revestimento. Consiste em bombear uma pasta de cimento para o espao anular entre a coluna de revestimento e a formao rochosa. As propriedades da pasta devem ser rigidamente controladas para que a cimentao do revestimento ocorra de forma segura e de boa qualidade.Para corrigir as falhas da cimentao primri, se faz uso da cimentao secundria. Podem ser de carter corretivo, quando h zonas de m qualidade de cimentao; podem ser de carter de interveno, como as operaes de compresso de cimento, Squeeze; podendo ser tambm como artificio convencional, como por exemplo, os tampes de abandono de poo.O trabalho de estgio tem como objetivo o desenvolvimento de uma pasta de cimento para aplicao em operaes de Squeeze, analisando as propriedades de tempo de espessamento e resistncia compressiva pelo mtodo ultrassnico (no destrutivo). A pasta de cimento dever atender as condies simuladas de um poo com 1000m de profundidade vertical e gradiente geotrmico de 1,7oF/100p. Para isso, foram formuladas pastas contendo cimento, gua e aditivos qumicos das classes antiespumante, dispersante, controlador de filtrado e retardador de pega. As concentraes dos aditivos foram variadas at encontrar a formulao que atenda aos requisitos operacionais.

2. EMPRESA

Localizado no Instituto de Qumica, o Ncleo Tecnolgicoem Cimentao de Poos de Petrleo (NTCPP), agregado aos centrosde Cincias Exatas e da Terra financiado pela FINEP-Petrobras e pelaUFRN. Adicionando conhecimento cientfico e tecnolgico aos alunosde graduao e ps-graduao, apresenta-se como ncleo inovadorpara o desenvolvimento do setor produtivo em petrleo, gs e energia.Em Abril de 2012, a Construo de Poos Terrestres CPT/Petrobras,apresentou a oportunidade de ampliar o escopo de atuao doLaboratrio de Cimentos transformando-o em um Ncleo Tecnolgicoem Cimentao de Poos de Petrleo (NTCPP), o qual atuaria emtodos os seguimentos ligados s operaes de cimentao em poospetrolferos. Desta forma o NTCPP ter em seu portflio de atuao aexecuo de projetos de cimentao e diagnsticos de falhas operacionais.O Laboratrio de cimentos, junto ao NTCPP, possui mais de 10 anos de atividades normatizadas pelo PROCELAB, podendo destacar: Interlaboratorial CENPES e API; Membro do grupo de reviso do PROCELAB/PETROBRAS; Membro do grupo de elaborao e avaliao de normas para desempenho de aditivos qumicos para cimentao de poos de petrleo; Mais de 50 Bateladas de cimento especial especificadas-API; Mais de 300 pastas formuladas; Cimentao primria: Superfcie at Produo de 5000m; Squeeze: 500m at 4000 m; Aproximadamente 100 testes de desempenho de aditivos; Treinamento de operadores do SE e fiscais de sonda.

3. ATIVIDADES REALIZADAS

3.1. INICIAO DAS ATIVIDADES

Ao incio do estgio foi necessrio a participao no Minicurso Fundamentos de Cimentao de Poos de Petrleo e o treinamento bsico do laboratrio para poder utilizar os equipamentos e utenslios do Laboratrio de Cimentos.

3.1.1. Minicurso Fundamentos de Cimentao de Poos de Petrleo

Minicurso ministrado com cinco aulas, ministrado por Paulo Henrique Silva Santos, em cada aula foi abordado um tema diferente relacionado com a cimentao de poos de petrleo, ao termino do minicurso havia sido apresentado aulas sobre a reologia das pastas de cimentos, sobre a cimentao de poo, como ela ocorria e como poderia ser feito em diferentes operaes, as diferenas entre as diversas classes de cimento e a rea de utilizao de cada tipo, a apresentao dos diversos aparelhos e utenslios utilizados em um laboratrio de cimentos, alm de como os diferentes tipos de aditivos influenciam nas propriedades da pasta de cimento e o clculo necessrio para definir a formulao a ser utilizada, isto , a quantidade de componentes em cada pasta.Portanto, o minicurso se mostrou altamente necessrio e esclarecedor sobre os fundamentos da cimentao de poos de petrleo, sendo assim bastante proveitoso e necessrio antes do incio das atividades no laboratrio.3.1.2. Treinamento Bsico do Laboratrio

O treinamento bsico do Laboratrio de Cimentos tem como funo ensinar a importncia de utilizar o equipamento de proteo individual, como tambm os procedimentos de comportamento no laboratrio, alm disso ensina a manipular os aditivos e como preparar a pasta, alm explicar os diferentes testes feitos no laboratrio, como tambm instrui a como se utiliza os equipamentos do laboratrio, por exemplo, os misturadores Chandler - Modelo 3060.

3.2. PREPARO DA PASTA DE CIMENTO

3.2.1. Objetivo:Descrever as recomendaes para o preparo de pasta de cimento que no requeira condies especiais de mistura.3. 3.1. 3.2. 3.2.2. Definies:Mistura Seca: a mistura homognea de cimento com quaisquer componentes slidos;gua de Mistura: o fluido composto pela gua e aditivos, de qualquer natureza, nela dissolvidos.3.2.3. Aparelhagem e Equipamentos:

Bqueres de 400; Esptula meia-cnula; Basto de vidro de aproximadamente 20 cm por 0,6cm; Pipeta; Esptula ou colher para pesagem de cimento; Caneca com ala de aproximadamente um litro para pesagem de cimento; Funil de colo curto; Balana digital com dispositivo de tara e preciso de 0,01g; Cronmetro;Misturador de palheta, modelo Waring Blenor ou similar, com controlador de velocidade para operar em baixa rotao, 4000 rpm 200 rpm, e em alta rotao, 12000 rpm 500 rpm, conforme especificado no item 3.1.2 da NBR 9826/93.3.2.4. Procedimento:Calcular, conforme Clculo de Pasta, a quantidade dos componentes da pasta de modo a ser obtido 600 cm de pasta de cimento;3.2.5. Verificao do Equipamento:Antes da preparao da gua de mistura, verificar a estanqueidade da jarra do misturador e o desgaste da palheta de agitao. 3.2.6. Temperatura da gua e do Cimento:A temperatura da gua de mistura, do cimento ou mistura seca, e da aparelhagem de mistura deve ser representativa das condies do campo. Se as condies de campo no forem conhecidas, a temperatura dos materiais deve ser 23 2C imediatamente antes da mistura da pasta.3.2.7. Adio de Aditivos Pr-Hidratados: Alguns aditivos necessitam ser previamente hidratados, antes da adio de qualquer outro componente. O tempo de hidratao previamente definido segundo as especificaes do aditivo. Realizar a hidratao em baixa velocidade de rotao.Pesar o componente a ser hidratado e adicion-lo gua de maneira lenta e gradual. Se o recipiente usado na hidratao for a jarra do misturador de palheta, adicionar a quantidade total de gua.Cobrir o recipiente durante todo o tempo de hidratao a fim de evitar a evaporao da fase lquida da suspenso.3.2.8. Adio de Aditivos Lquidos:Dosar os aditivos lquidos em peso. Pesar previamente os aditivos, levando em considerao a densidade de cada aditivo.Aps pesar a gua, proceder a adio dos aditivos lquidos por intermdio de uma seringa, pipeta ou frasco dosador. A adio dos componentes deve ser feita de acordo com a ordem de mistura da composio.3.2.9. Adio de Aditivos Slidos:Pesar cada aditivo separadamente em recipientes distintos, previamente limpos e secos.Adicionar ao misturador de palheta o contedo de gua, com ou sem aditivos lquidos. Sob rotao de 4000 rpm, iniciar a adio separada de cada componente slido, considerando a ordem de mistura estabelecida na formulao e o tempo necessrio para sua completa dissoluo. Os aditivos so adicionados o mais prximo possvel do vrtice, ou centro da jarra. Cada adio pode ser concluda com o auxlio de uma esptula.3.2.10. Procedimento de Mistura e Agitao de Pasta:Adicionar o cimento gua de mistura, atravs de funil de colo curto pela abertura central da tampa da jarra. A adio deve ser realizada uniformemente na velocidade de 4000 rpm 200 rpm, em at 15 segundos. O tempo de adio deve ser controlado pelo temporizador do misturador. Ininterruptamente, instalar a tampa central e agitar a pasta por 35 segundos a velocidade de 12000 rpm 500 rpm.3.3. ESPESSAMENTO

3.3. 3. 3.2. 3.2.1. Objetivo:Determinar o perodo de tempo para uma pasta de cimento atingir 100 unidades de consistncia (Uc) em condio dinmica sob presso e temperatura pr-estabelecidas.Os resultados deste teste indicam o perodo de tempo que a pasta permanecer bombevel durante uma operao de cimentao.3.2.2. Definies:O Tempo de Espessamento (TE) definido como o perodo de tempo requerido para que a pasta de cimento atinja 100 unidades de consistncia (Uc), nas condies de ensaio, enquanto tempo de bombeabilidade (TB) o tempo requerido para que a pasta de cimento atinja 50 Uc, tambm nas condies de ensaio.3.2.3. Aparelhagem e Equipamentos:Consistmetro pressurizado CHANDLER modelo 8240, conforme a Norma NBR 9829/93- Cimento Portland Destinado Cimentao de Poos Petrolferos Determinao do Tempo de Espessamento Mtodo e Ensaio. O equipamento mais comum utiliza um cilindro rotatrio equipado com um sistema de eixo e palheta que esto fixos por um puno no interior do cilindro. O equipamento constitudo por uma cmara de presso que simula as condies de temperatura e presso utilizadas na operao. 3.2.4. Procedimento:

Calibrao do Equipamento: O consistmetro deve estar apropriadamente calibrado para proporcionar uma medida precisa, portanto o consistmetro pressurizado Chandler modelo 8240 utilizado no laboratrio deve ser aferido mensalmente e calibrado quando necessrio. Para ser necessrio uma nova calibrao, a aferio com o kit de calibrao deve medir um valor diferente de 100 Uc quando colocado o peso de 400g.Para calibrar o consistmetro utilizado um kit de calibrao. Este acessrio simula as condies da mquina em operao, e com pesos de preciso simula as medies da consistncia. So obtidos os valores de consistncia quando o potnciometro tensionado com os pesos variados de 50 400g, caso diferente de 100 Uc quando for tensionado com 400g, deve ser calibrado o consistmetro, girando a chave de calibragem da consistncia, at que seja medido 100 Uc novamente com 400g de tenso, todo o kit de calibrao pode ser observado na Figura 1.

Figura 1 Kit de Calibrao do Consistmetro Pressurizado.

Figura 2 Chave de Calibragem da Consistncia.

Preparao para o Teste:Devido ao equipamento trabalhar com altas presses e temperaturas importante que o manuseio e a montagem da clula do equipamento sejam feitos por algum especializado, portanto somente os tcnicos do laboratrio fizeram esta parte, sempre podia acompanhar o procedimento, porm no permitido ser feito por algum sem a devida autorizao.Inicialmente deve-se limpar a clula, utilizar lubrificante com graxa nas roscas e no fundo, instalar o diafragma e seu suporte, enroscar a tampa metlica e encher com cimento a clula, ento a clula colocada na mquina, mas para garantir que o teste s ser afetado pelo cimento preenchido o compartimento em que a clula est colocada com leo, isto faz com que o ar dentro da cmara seja expulso garantindo a validez do teste.

3.2.5. Anlise dos Resultados:Os resultados obtidos a partir do teste de espessamento o tempo de espessamento, registro do tempo decorrido, em horas e minutos, desde a inicializao do equipamento at o consistmetro medir 100 Uc, alm do tempo de bombeabilidade que o registro, a partir da curva de consistncia, o tempo decorrido, em horas e minutos, para que a pasta de cimento atinja 50Uc. Bombeabilidade, registro das consistncias da pasta correspondentes a 0%, 25%, 50% e 75% do tempo de espessamento (TE).3.3. RESISTNCIA A COMPRESSO MTODO ULTRASSNICO (UCA).

3.3.1. Objetivo:Determinar o desenvolvimento da resistncia compresso de uma pasta de cimento por mtodo ultrassnico (UCA). A medida da resistncia correlacionada, atravs de um algoritmo interno, com o perodo de tempo que a onda ultrassnica leva para atravessar uma amostra (tempo de trnsito) sob condies de cura. O mtodo, alm de ser no destrutivo, permite um acompanhamento contnuo do desenvolvimento da resistncia compresso.3.3.2. Aparelhagem e Equipamento:

Clula cilndrica de ao inoxidvel onde a pasta de cimento colocada e estar sujeita a um controle automtico de temperatura e presso durante a cura da pasta. So exemplos deste equipamento o Ultrasonic Cemente Analyzer (UCA) da Halliburton ou equipamento similar.

3.3.3. Procedimento:

Calibrao:O UCA deve estar apropriadamente calibrado para proporcionar uma medida precisa, utilizando-se um padro cuja resistncia compressiva seja conhecida. O sistema calibrado baseado na velocidade em que o som passa atravs da barra de ao inox que est entre os transdutores localizados no topo e na base da clula de teste.O UCA deve ser calibrado sempre nas seguintes circunstncias: Se o cabo de conexo da cmara de cura for trocado por outro maior que 10 ps (3,048 m) do anteriormente usado, ou se for utilizada a clula de teste de outra autoclave, alm de se a tampa ou a base da clula de teste for substituda aps a ltima calibrao, tambm quando for substitudo qualquer um dos transdutores aps a ltima calibrao.

Preparao para o Teste:Este teste deve ser feito por pessoal especializado, no caso o mesmo feito por tcnicos do laboratrio, devido a ser um teste de altas presses e altas temperaturas, sendo assim no foi dada a autonomia para preparar o teste sem acompanhamento, porm possvel observar como feito a montagem e a iniciao do teste.Incialmente deve-se preparar a clula, para isso aplicado uma fina camada de graxa nas paredes internas da clula alm de engraxado a rosca superior e inferior, aps isto enroscada a tampa inferior e finalmente colocado o cimento at a indicao, ento fechada a clula. Ao enrocar a tampa superior deve sair um pouco de gua dos orifcios de presso, isto indica que todo ar da clula foi expulso. Aps isto encaixado a clula na mquina e ajustado os padres do teste no computador com o auxlio do programa Schedule 2005.

3.3.4. Anlise dos Resultados:O resultado do teste dado aps 24 horas, porm os perodos de cura importantes so 8, 12 e 24 horas. A resistncia compresso calculada internamente atravs das correlaes de tempo de trnsito do processador, o tempo de trnsito continuamente monitorado ao decorrer do teste.3.4. RESULTADOS E DISCUSSES:Na formulao da pasta possvel variar antiespumante, o qual no foi modificado em nenhum momento, dispersante, controlador de filtrado e retardador de pega, os trs ltimos sendo modificados conforme a necessidade, afim de encontrar uma pasta aceitvel para uma operao de Squeeze aos 1000 metros de profundidade. Para isso, os teste foram iniciados com uma formulao apresentada em campo, ao ocorrer dos testes foram modificadas as concentraes de aditivos, cimento e gua, at os testes de filtrado e reologia darem satisfatrios, com isso se inicia o teste de tempo de espessamento e, caso este tambm d um resultado favorvel, o teste de resistncia a compresso. Neste trabalho so apresentadas trs formulaes de pastas, conforme a tabela 1 a seguir:

Tabela 1 Formulao das Pastas de CimentoComponentesMassas e Concentraes

Pasta 1Pasta 2Pasta 3

Cimento768,19 g (68,5%)768,13 g (68,5%)768,01 g (68,5%)

gua343,85 g (5,0417gpc)343,52 g (5,0374gpc)342,54 g (5,0238gpc)

Antiespumante1 g (0,015gpc)1 g (0,015gpc)1 g (0,015gpc)

Dispersante3,98 g (0,055gpc)3,62 g (0,05gpc)3,98 g (0,055gpc)

Controlador de Filtrado3,07 g (0,4%)3,07 g (0,4%)3,07 g (0,4%)

Retardador1,49 g (0,02gpc)2,23 g (0,03gpc)2,97 g (0,04gpc)

Os resultados da pasta 1 e da pasta 2 foram insatisfatrios para um poo de profundidade de 1000 m, uma vez que, o tempo de pega foi muito baixo e isso coloca em risco a operao de squeeze, sendo o tempo de bombeabilidade de aproximadamente 3 horas para a pasta 1 e 3 horas e 30 minutos para a pasta 2. Ao ser analisado a figura 3 e a tabela 2, nas quais que se referem ao tempo de espessamento e compararmos com o necessrio para as operaes em campo, obtido um tempo de pega aceitvel, sendo desta vez o tempo de bombeabilidade de aproximadamente 4 horas e 21 minutos e o tempo de espessamento de 5 horas e 28 minutos.Figura 3 Tempo de Espessamento da pasta 3.

Tabela 2 Tempo de Espessamento para pasta 3.BombeabilidadeTempo (hh:mm)

0%25%50%75%50UC100UC

22 psi20 psi20 psi34 psi4:215:28

Ao trmino do teste de espessamento realizado o teste de resistncia a compresso, que ocorre no UCA, o teste tambm foi favorvel ao uso da pasta em campo, como pode ser visto na tabela 3 alm da figura 4, a seguir:Tabela 3 Resultado do UCA para a pasta 3.TempoDureza

6:45:0050 psi

8:07:00500 psi

8:00:00468 psi

12:00:001219 psi

24:00:002272 psi

Figura 4 Resultado do UCA para a pasta 3.

Com os resultados possvel concluir que a formulao da pasta 3 indicada para ser utilizada em campo, sendo assim esta deve ser a utilizada para que possa se manejar a pasta de cimento e concluir a operao de squeeze sem que a pasta endurea antes do trmino da operao.

4. IDENTIFICAO DOS CONTEDOS

Foi possvel estudar os seguintes contedos no estgio realizado: Fundamentos da Engenharia do Petrleo; Qumica do Petrleo; Completao de Poos; Reologia e Fluidos de Perfurao e Completao.

5. AVALIAO DE SUA FORMAO

O estgio foi o primeiro contato com um ambiente de trabalho, mostrou que necessrio trabalhar com ateno e organizao e em prol de uma equipe, enriquecendo assim tanto o meu ser profissional como o pessoal, alm de aprofundar o conhecimento sobre pastas de cimento e a influncia de aditivos em diferentes parmetros da pasta, tal qual como reologia, tempo de pega, resistncia a compresso e filtrado.Aprendi a formular e preparar pastas de cimento, alm de aprender a utilizar equipamentos como os misturadores Chandler modelo 3060, o viscosmetro Chandler modelo 3500, os filtros prensa HPHT Fann modelo 387, alm dos equipamentos que so necessrios a superviso dos tcnicos, o Ultrasonic Cement Analyzer (UCA) Clula Dupla modelo 4262 e o Consistmetro Pressurizado Chandler modelo 8240.Alm disso, aprendi a calibrar o equipamento Consistmetro Pressurizado Chandler modelo 8240.A utilidade do estgio na indstria de petrleo est ligado ao desenvolvimento e caracterizao de cimentos e testes de aditivos para cimentao.

6. AVALIAO DO RETORNO

O estgio me possibilitou colocar em prtica os conhecimentos adquiridos durante o curso de engenharia de petrleo, com o foco nas matrias qumica do petrleo e reologia de fluidos de perfurao e completao, alm de ensinar a preparar pastas de cimento e manipular os aditivos de forma que possam ser aplicados em uma operao de Squeeze, e ainda me ensinou a calibrar o equipamento Consistmetro Pressurizado Chandler modelo 8240.

7. CONTRIBUIO PARA A EMPRESA

Contribui para a equipe auxiliando na caracterizao de pastas de cimento para aplicao em operaes de Squeeze, com foco no teste de tempo de espessamento e UCA.

8. COMENTRIOS GERAIS

Sou grato por ter feito parte da equipe do laboratrio de cimentos, aprendi bastante sobre os aditivos, agradeo a oportunidade dada para poder estagiar na empresa por que foi com esse incentivo que pude observar e manipular os aditivos utilizados em uma pasta de cimento, sempre muito bem atenciosos quando surgia uma dvida ou observava algo sendo feito de maneira incorreta, obrigado por tudo.ANEXOS

Nesta seo esto algumas imagens da estrutura do laboratrio de cimentos e os equipamentos que foram utilizados durante o estgio.Figura 5 - Ncleo Tecnolgico em Cimentao de Poos de Petrleo (NTCPP).

Figura 6 Viso geral do Laboratrio de Cimentos.

Figura 7 Viso geral do Laboratrio de Cimentos.

Figura 8 Viso geral do Laboratrio de Cimentos.

Figura 9 Misturadores Chandler Modelo 3060.

Figura 10 Sala HPHT.

Figura 11 Sala HPHT.

Figura 12 Consistmetro Pressurizado Chandler Modelo 8240.

Figura 13 Ultrasonic Cement Analyzer (UCA) Clula Dupla Modelo 4262.

REFERNCIAS

http://www.labcim.quimica.ufrn.br/ acessado em 14/05/2014

https://www.youtube.com/watch?v=kSt6GVvhfgE acessado em 10/05/2014

THOMAS, J.E. Fundamentos de engenharia de petrleo, Editora Intercincia. Petrobrs, Rio de Janeiro, 2001.

NELSON, E.B., Well cementing, Saint-Etienne: Schulumberger Educational Services, 1990.

MACHADO, J.C.V, Reologia e escoamento de fluidos: nfase na indstria do Petrleo. Editora intercincia, Petrobras, Rio de Janeiro, 2002.

API SPEC 10A: Specifications for cements and materials for well cementing, 2000.

SANTOS, Paulo Henrique Silva.Minicurso - Fundamentos da Cimentao de Poos de Petrleo.UFRN, Natal, 2014.8