RELATORIO DE ESTAGIO - revisao 01 - AÇAO

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12 2 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA A Companhia Siderúrgica Nacional completa 71 anos em 2012. Marco da industrialização brasileira quando foi criada em 1941, e também quando foi privatizada, em 1993, hoje a empresa mira o futuro com uma produção altamente integrada, um dos mais baixos custos de produção e logística e umas das maiores rentabilidades na siderurgia mundial. Com a firme meta de crescer e aumentar suas áreas de atuação, a Companhia opera em toda a cadeia produtiva do aço, desde a extração do minério de ferro até a produção e a comercialização de bobinas, folhas metálicas e embalagens de aço. Posicionada como a segunda maior exportadora de minério de ferro do Brasil, a CSN tem projetos para triplicar sua capacidade em mineração e logística portuária. Com a força da siderurgia e da mineração como principais fontes de receita e resultados, a CSN tem sua rentabilidade reforçada para crescer em outros negócios promissores, como cimento e aços longos e fortalecer sua infra-estrutura logística e de energia. A presença e a participação acionária em ferrovias e terminais portuários, a crescente produção de cimento, bem como os investimentos em geração de energia, contribuem para uma empresa eficiente e auto-suficiente em recursos. Fatores que permitem à CSN habitualmente sustentar margens de EBITDA acima dos 40%. No ano de 2010, a Companhia manteve o ritmo de crescimento. Na siderurgia, a principal planta da CSN, a Usina Presidente Vargas (UPV), em Volta Redonda (RJ), opera com dois altos-fornos e tem capacidade total de 5,6 milhões de toneladas de aço bruto por ano. No ano passado, a produção foi de 4,9 milhões de toneladas ou 12% superior ao desempenho registrado em 2009. Já a produção de laminados atingiu 4,7 milhões de toneladas em 2010, um aumento de 15%. O aço da CSN está presente no dia a dia das pessoas, desde a indústria automotiva, linha branca e construção civil até embalagens. Na área de mineração, a Companhia bateu recordes históricos e aumentou suas vendas em 2010 em comparação ao ano anterior. Considerando a totalidade de produtos acabados de minério de ferro tanto na mina Casa de Pedra quanto na Namisa, ambas localizadas no Quadrilátero Ferrífero, a CSN comercializou 25,3

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2 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA

A Companhia Siderúrgica Nacional completa 71 anos em 2012. Marco da

industrializacão brasileira quando foi criada em 1941, e também quando foi

privatizada, em 1993, hoje a empresa mira o futuro com uma producão altamente

integrada, um dos mais baixos custos de producão e logística e umas das maiores

rentabilidades na siderurgia mundial.

Com a firme meta de crescer e aumentar suas áreas de atuacão, a

Companhia opera em toda a cadeia produtiva do aco, desde a extracão do minério

de ferro até a produc ão e a comercializac ão de bobinas, folhas metálicas e

embalagens de aco.

Posicionada como a segunda maior exportadora de minério de ferro do Brasil,

a CSN tem projetos para triplicar sua capacidade em mineracão e logística portuária.

Com a forca da siderurgia e da mineracão como principais fontes de receita e

resultados, a CSN tem sua rentabilidade reforcada para crescer em outros negócios

promissores, como cimento e acos longos e fortalecer sua infra-estrutura logística e

de energia.

A presenca e a participacão acionária em ferrovias e terminais portuários, a

crescente producão de cimento, bem como os investimentos em geracão de energia,

contribuem para uma empresa eficiente e auto-suficiente em recursos. Fatores que

permitem à CSN habitualmente sustentar margens de EBITDA acima dos 40%.

No ano de 2010, a Companhia manteve o ritmo de crescimento. Na siderurgia,

a principal planta da CSN, a Usina Presidente Vargas (UPV), em Volta Redonda

(RJ), opera com dois altos-fornos e tem capacidade total de 5,6 milhões de

toneladas de aco bruto por ano. No ano passado, a producão foi de 4,9 milhões de

toneladas ou 12% superior ao desempenho registrado em 2009. Já a producão de

laminados atingiu 4,7 milhões de toneladas em 2010, um aumento de 15%.

O aco da CSN está presente no dia a dia das pessoas, desde a indústria

automotiva, linha branca e construcão civil até embalagens.

Na área de mineracão, a Companhia bateu recordes históricos e aumentou

suas vendas em 2010 em comparacão ao ano anterior. Considerando a totalidade

de produtos acabados de minério de ferro tanto na mina Casa de Pedra quanto na

Namisa, ambas localizadas no Quadrilátero Ferrífero, a CSN comercializou 25,3

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milhões de toneladas, 13% maior do que em 2009. Desse total, as exportacões

representaram 23,8 milhões. Vale ressaltar, dentro da política de integracão da

empresa, que a CSN destinou ao consumo próprio 6,9 milhões de toneladas de

minério de ferro. A CSN tem projetos em implantacão para aumentar a capacidade

de producão para 89 milhões de toneladas e, no porto, para 84 milhões de

toneladas.

No setor de cimento, com menos de dois anos de atuacão, a CSN produziu e

comercializou em 2010 cerca de 1 milhão de toneladas de cimento tipo CPIII,

através de sua primeira fábrica localizada em Volta Redonda, mais do que o dobro

do ano anterior. Projeta-se ritmo de comercializac ão plena em 2012, com 2,4

milhões de toneladas. Já em 2011, entra em operacão a fábrica para producão de

clínquer (com 830 mil toneladas de capacidade total), que garantirá aumento na

producão e diminuicão de custos.

Em logística, destaque para a construcão da Nova Transnordestina com 1.728

quilo metros de extensão, conectando o sertão aos portos de Pecém e Suape, maior

investimento da CSN em 2010 e uma das maiores obras do PAC na região Nordeste

do Brasil. Outra ferrovia, a MRS Logística, empresa que a CSN detém 33,27% de

participacão, transportou cerca de 144 milhões de toneladas, volume 12% superior

ao ano de 2009.

Além das ferrovias, a CSN administra dois terminais portuários em Itaguaí

(RJ): o de granéis sólidos (Tecar) e o de conteineres (Sepetiba Tecon). Em 2010, o

Sepetiba Tecon manteve-se na primeira posicão no market share entre os quatro

principais terminais dos estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. No mesmo

ano, o Tecar embarcou 25 milhões de toneladas de minério de ferro, um aumento de

7% em relacão ao ano anterior. Desembarcou cerca de 4 milhões de toneladas de

outros produtos como carvão, coque, barrilha e clínquer para consumo próprio e

para clientes diversos.

A CSN é uma das maiores consumidoras de energia do país e, mesmo assim,

é autossuficiente. O que garante essa independencia é a Central Termoelétrica de

Cogeracão de Energia (CTE), instalada no complexo da Usina Presidente Vargas, e

as usinas hidrelétricas de Itá (SC) e Igarapava (SP/MG), nas quais possui

participacão acionária. Reunidas, geram 428 MW em média. A empresa já tem

planos de expansão dessa capacidade para o futuro que suportarão os novos

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investimentos. Para 2011 está programada a finalizac ão da turbina no topo do alto-

forno no 3 que aumentará a capacidade em 18 MW.

Atenta ao mercado, a CSN tem feito estudos visando fusões e aquisic ões e

conquista de novos mercados. A CSN iniciou no fim do ano passado uma

negociacão com a espanhola Alfonso Gallardo, de olho numa entrada para o

mercado europeu de acos longos e cimento.

Para realizar toda essa operacão e manter a empresa entre as cinco maiores

do Brasil, integrada e rentável, a CSN conta com cerca de 19 mil empregados,

12,7% a mais do que no ano anterior, que são capacitados e desenvolvidos

constantemente. A responsabilidade sócioambiental consta dos valores da

Companhia e a Fundacão CSN investiu R$ 14,9 milhões em 2010 nas áreas de

educacão, cultura, esporte e saúde.

Com capital aberto nas bolsas de São Paulo e Nova York, a CSN prioriza o

compromisso com seus mais de 42 mil acionistas.

2.1 HISTÓRICO

1941 – O presidente Getúlio Vargas assina, em 9 de abril, o decreto para

a criação da Companhia Siderúrgica Nacional. Dez anos antes, havia sido criada a

Comissão Militar de Estudos Metalúrgicos.

1946 – É aceso o Alto-Forno I e inaugurada oficialmente a Usina que, a

partir de 1961, seria denominada Usina Presidente Vargas. Neste mesmo ano, as

Minerações Casa de Pedra, em Congonhas, MG, e Arcos, em município do mesmo

nome, MG, são incorporadas à CSN, assegurando-lhe auto-suficiência em minério

de ferro e em fundentes, calcário e dolomita, respectivamente.

1954 – Segunda etapa de expansão, alcançando 680 mil toneladas/ano.

A produção saltaria para 1 milhão e depois para 1,3 milhão de toneladas/ano, em

1960 e 1963, respectivamente. Neste período, em 1960, é fundada a CBS

Previdência, entidade fechada de previdência privada, e a Fundação CSN a qual

constitui-se no braço social da CSN e realiza ações voltadas para a construção da

cidadania junto às comunidades em que a empresa atua. Instituída em 1960, com a

finalidade de manter a Escola Técnica em MG, seu Estatuto passou por uma revisão

em 1998 em que assumiu a nova denominação e objetivo.

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1974 – A partir deste ano a capacidade instalada passará por etapas de

expansão, passando para 1,7 milhão ton/ano, 2,5 milhões ton/ano, em 1977, e 4,6

milhões ton/ano, em 1989, quando passa a contar com três altos-fornos.

1990 – Implantados novos processos que proporcionam sensíveis ganhos

na produção de folhas metálicas, alcançando 1 milhão ton/ano, o que torna a CSN a

maior produtora deste segmento em um único site. Neste mesmo ano, o Governo

Federal decide privatizar diversas empresas e, entre elas, a CSN que começa um

processo de saneamento e reestruturação, preparando-a para a venda.

1993 – A CSN é vendida em sucessivos leilões na Bolsa de Valores do

Rio de Janeiro. O governo se desfaz de 91% das ações que detinha na Companhia

e o controlador atual passa a ser um dos sócios controladores da empresa. Tem

início um período de grandes investimentos com o objetivo de aprimorar a qualidade

de seus produtos e aumentar a produtividade de suas unidades produtoras.

A Companhia emite ADRs (American Depositary Receipts) de nível I

(mercado de balcão) na Bolsa de Nova Iorque (NYSE).

1996 – A empresa amplia sua atuação para o setor de Infra-Estrutura,

com a participação em dois projetos de duas novas usinas hidrelétricas, e

participações no Porto de Sepetiba, Itaguaí, RJ, e na Ferrovia MRS, integrando suas

operações.

1997 – A empresa passa a ter Ações listadas no nível II da Bolsa de

Valores de Nova Iorque (NYSE). A produção de aço atinge a marca histórica de 100

milhões de toneladas de aço em seus pouco mais de 50 anos de história.

1998 - A CSN adquire a INAL e a Intermesa, importante distribuidora de

aço com sede no Rio de Janeiro. Com a unificação das duas operações, surge a

nova INAL, empresa do grupo CSN.

1999 – É inaugurada a central de co-geração termelétrica na Usina

Presidente Vargas (Volta Redonda, RJ), que além de suprir 60% das suas

necessidades representa um benefício para o meio ambiente.

2000 – Inauguração da hidrelétrica de Itá, em Santa Catarina, que a torna

auto-suficiente em energia. Inaugura, também, o TECON, Terminal de Contêineres,

em conjunto com a Companhia Vale do Rio Doce, no Porto de Sepetiba. Neste

mesmo ano, ocorre a reestruturação societária, em que a CSN realiza o

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descruzamento de participações acionárias com a Companhia Vale do Rio Doce. A

Vicunha Siderurgia aumenta sua participação de 14,1% para 46,5% na CSN e passa

a ser o sócio controlador da empresa. No mesmo ano, a Companhia vende sua

participação na Light.

2001 – A CSN adquire os direitos de compra dos ativos da concordatária

americana Heartland Steel e constitui a CSN LLC, que marcou o início do processo

de internacionalização. Obtêm, no mesmo ano, a certificação ISO 14001.

São reformados o Alto Forno nº 3 e o Laminador de Tiras a Quente nº 2, o

que leva a CSN a alcançar capacidade nominal de 5,8 milhões de toneladas de aço

bruto e 5,1 milhões de toneladas de produtos laminados.

2002 – A CSN adquire a Metalic, fábrica de latas de aço de duas peças,

localizada nos arredores de Fortaleza, CE, única empresa da América Latina a

fabricar este produto de alta tecnologia.

2003 – Fruto dos investimentos e de ganhos contínuos de produtividade,

a CSN alcança a marca de 5,3 milhões de toneladas produzidas. Neste ano é

inaugurada a nova linha de galvanização, a CSN Paraná, dedicada à produção de

aços revestidos, galvalume e pré-pintado.

A empresa adquire 50% do capital da Lusosider, em Portugal e o controle

da CSN LLC.

É feito o descruzamento em participações logísticas entre CSN e CVRD.

A CSN passa a deter 100% do terminal de contêineres do Porto de Sepetiba

(TECON), 49,9% das ações na Companhia Ferroviária do Nordeste, e aliena a sua

participação na Ferrovia Centro-Atlântica (FCA).

2004 – A CSN adquire os 50% restantes da GalvaSud, em Porto Real, RJ,

passando a deter a totalidade do capital desta empresa.

2005 - A CSN adquire 100% das ações da ERSA - Estanhos de Rondônia

S.A., empresa composta por uma mina de estanho (Mineração Santa Bárbara) e

uma fundição de estanho metálico, ambas no estado de Rondônia.

A CSN adquire os 50% restantes da Lusosider, em Portugal, passando a

deter a totalidade do capital desta empresa.

2006 - A CSN adquire a PRADA, maior fabricante de embalagens de aço

para a indústria química e alimentícia do país com 4 unidades de produção: São

Paulo, Araçatuba, Gaspar e Uberlândia.

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Lidera o projeto de construção da Nova Transnordestina, que vai interligar

os portos de Pecém, próximo à Fortaleza e, Suape, ao sul de Recife por meio de

2.000 KM de ferrovias.

2007 - No dia 12 fevereiro a Mina Casa de Pedra embarcou para

exportação rumo ao Porto de Itaguaí o primeiro navio com 64 mil toneladas de

minério de ferro. A CSN passa a figurar entre as maiores mineradoras do mundo.

Em junho a unidade Arcos, em Minas Gerais, começou a se estruturar para ser

responsável tanto pela extração do calcário que continuará atendendo a Usina

Presidente Vargas (UPV), em Volta Redonda (RJ), quanto pela produção de

clínquer, uma das principais matérias-primas para produção de cimento na nova

unidade CSN Cimentos que está sendo construída no interior da UPV. A CSN, por

meio de sua subsidiária integral de mineração - a Nacional Minérios S.A (NAMISA) -

compra, em 20 de julho, a Companhia de Fomento Mineral e Participações (CFM),

localizada no Estado de Minas Gerais e com instalações próximas à Mina de Casa

de Pedra, em Congonhas (MG), seu principal ativo de mineração. Em novembro as

atividades da INAL Volta Redoda foram incorporadas pela CSN para garantir melhor

integração e uma nova estrutura com vistas aos desafios futuros. Em dezembro a

CSN supera a marca de 6 milhões de toneladas de minérios para exportação

embarcadas pelo Porto de Itaguaí.

2008 - Em janeiro a empresa renova sua missão e seus valores, voltados

para o mercado e empregados. Em março a CSN anunciou ter obtido, no ano

anterior, os maiores recordes de sua história: o lucro líquido foi da ordem de R$ 2,9

bilhões e a receita líquida de R$ 11,4 bilhões. Em abril, a empresa lança um novo

tipo de aço voltado para a construção civil: o Steelcolor, com o objetivo de conquistar

mercados consolidados, por meio da substituição do aço pós-pintado e o alumínio.

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Figura 1 - Mapa dos Ativos CSN

Fonte: http://www.csn.com.br

2.2 MISSÃO

Destacar-se como um ícone de empreendedorismo e cidadania para o

Brasil e aumentar o valor da empresa para os acionistas de forma sustentável, por

meio do foco na indústria siderúrgica, mineração e infraestrutura que propiciam

vantagem competitiva para o crescimento da empresa, oferecendo produtos e

serviços de qualidade, atuando de forma ética com empregados, fornecedores,

clientes e comunidades onde opera e em harmonia com o meio ambiente.

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2.3 VALORES

• Pautamos nossas ações pela ética e pela transparência;

• Incentivamos o respeito às pessoas e a confiança mútua;

• Zelamos por um ambiente seguro e saudável;

• Defendemos uma atuação social e ambiental responsável;

• Valorizamos a gestão integrada e o trabalho em equipe;

• Priorizamos o compromisso com os acionistas;

• Buscamos a satisfação e o reconhecimento dos clientes;

• Estimamos a parceria com os fornecedores;

• Consideramos a cultura da CSN o alicerce de nossa atuação.

Figura 2 - Mapa da Mina de Casa de Pedra

Fonte: Relatório Interno CSN

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3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS (AÇÂO)

Durante o período de realização da graduação à Engenharia Metalurgica,

vários foram os processos acompanhados por mim como funcionário da CSN que se

contrabalancearam com a teoria adquirida em sala de aula. Abaixo descreverei os 4

processos que acredito terem mais relevância.

3.1 Controle de Contratos dentro do sistema SAP/R3.

O contrato de vendas é formalizado conforme necessidade do cliente e

disponibilidade de produção de minério da mina, nele é acordada as quantidades

mensais de carregamento, precificação, condições de pagamento, especificação de

qualidade, bônus e penalidades bem como o modal logístico a ser utilizado, neste

relatório em questão nos atearemos ao modal ferroviário.

Uma vez assinado o contrato, o mesmo é inserido no sistema SAP/R3, onde

todos os itens pré - estabelecidos são alimentados e com base nestes dados são

criadas e ajustadas às emendas de Contrato, Ordens de venda e Remessa:

• Emenda do contrato: É onde acontecerá o controle mensal do contrato no

sistema. Mensalmente, dependendo das condições contratuais acordadas

serão inseridos o preço e a quantidade a ser embarcada diferente ou a

mesma. Este é um ponto crucial a ser definido no contrato.

• Ordem de Venda: Nela é realizado o check de todos os itens do Contrato e

emenda e é verificado o status do crédito do cliente junto à CSN, dependendo

das condições de pagamento pré - estabelecidas em contrato.

• Remessa: As remessas são os documentos gerados a cada embarque

realizado pelo cliente e o faturamento (etapa seguinte), dará baixa no saldo

do cliente e nos documentos anteriores.

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Figura 3 - Fluxograma do Processo de Inserção do Contrato no SAP/R3

A cada etapa do processo é realizado internamente no sistema a verificação

de credito do cliente para identificar possíveis gaps e ou bloqueio devido a

pendências nos pagamentos.

Após o carregamento realizado periodicamente conforme acordo entre as

áreas de programação da CSN e do cliente é realizado o controle do saldo mensal

de cada contrato. Sempre que necessário e consensado entre as partes, são

ajustadas as quantidades a fim de atender à demanda solicitada pelo cliente.O

mesmo procedimento ocorre com o limite de credito do cliente dentro do sistema da

CSN.

3.2 Controle de qualidade dos carregamentos do Mercado Interno de Minério de

Ferro

O controle de qualidade dos minérios embarcados no modal ferroviário ocorre

sempre durante a formação das pilhas no pátio de embarque na A-32, sendo

respeitados os critérios de qualidade pré - acordados em contrato.

As pilhas são formadas de acordo com cada produto e especificações

distintas a fim de atenderem o maior numero de clientes possíveis por pilha.

A formação destas pilhas é acompanhada por técnicos de pátio e técnicos de

qualidade que ficam nas salas de controle monitorando a quantidade e a qualidade

do material que esta sendo transportado. Estes materiais são transportados via

correias transportadoras (TCLD) ou caminhão dependendo da demanda

programada.

A amostragem é automática realizada através de cortadores de fluxo, sendo

realizada de hora em hora, e os resultados de qualidade são divulgados pelo

laboratório sempre no final de cada turno (6 horas), dependendo do volume da pilha

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e após o fechamento da pilha.

De posse desses dados o técnico da sala de controle nos informa a massa e

os dados de qualidade da composição embarcada conforme tabela 01. Estes

valores são compilados por nos e conforme acordado em contrato, periodicamente é

enviado ao cliente um relatório de qualidade com a media das qualidades dos

últimos 3 carregamentos, mas nada impede que o cliente solicite estas qualidades

antes do período dos 3 embarques.

Figura 4 - Certificado de Qualidade de Minérios CSN - Ferroviário

Fonte: Relatório Interno CSN

Nós utilizamos estes dados (pilha a pilha e lotes) durante as visitas técnicas

que realizamos com os clientes a fim de afirmarmos cada vez mais o

comprometimento com os itens de qualidade firmados em contrato.

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Tabela 1- Relatório de Plano de Carga de Embarques Ferroviários

Fonte: Relatórios internos CSN

3.3 Implantação do Sistema SAPMINING

A necessidade da implantação deste sistema deu-se pelo fato de que no

modelo antigo de informação da CSN Mineração, os processos comerciais não se

encontram plenamente integrados ao sistema SAP/R3, Como resultado, houve a

oportunidade para integrar os sistemas e processos do negócio Mineração da CSN

através da utilização de um sistema único e integrado de informações. A

implantação do SAP IS-Mining viabilizou a integração do processo comercial do

negócio Mineração, atuando de forma integrada com o sistema SAP/R3 existente

nesse negócio.

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Figura 5 - Proposta técnica Accenture

O negócio Mineração da CSN é composto por 4 unidades –Namisa, Casa de

Pedra, Arcos e ERSA além de unidades Offshore. Entretanto somente foram

consideradas como escopo do projeto as unidades Namisa, Casa de Pedra e as

unidades Offshore Madeira, Hong Kong e Madrid.

Figura 6 - Fluxograma do Processo de Implantação do SAP Mining

Abordando o Mercado Interno, foram detalhados os seguintes pontos de

atenção para a criação do sistema:

Contratos e Precificação:

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• Utilização de cálculo de preços com base nas características de qualidade do

produto através de Fórmulas de Precificação;

• Desenvolvimento de fórmulas específicas para precificação de produtos finais;

• Criação de contratos de venda com possibilidade de edição de características

que influenciam no cálculo de preços;

• Utilização de condições comerciais específicas para faturamento de produtos.

Produção e Qualidade:

• Inserção de características de qualidade de produto em um contrato de

vendas. Normalmente, as características não são determinadas na Ordem de

Venda que é criada com referência a um contrato e necessita-se do

desenvolvimento de um GAP para contornar esse problema.

Créditos e Garantias:

• Possibilidade de análises de crédito antes e depois do carregamento dos

Trens;

• Redeterminação de categoria de risco do cliente na criação das Ordens

Vendas com base em contratos.

Faturamento:

• Inserção da data de vencimento da fatura do cliente quando a condição de

pagamento conta a partir da data do embarque.

O sistema teve a duração de 1 ano e 8 meses desde seu pré projeto até sua

implantação (Go Live) e atendeu as expectativas da Diretoria comercial de Minério

de Ferro da CSN. Durante o processo de implantação tive a oportunidade de

participar como um dos usuários do sistema responsável pelo mercado interno.

3.4 Visitas Técnicas aos clientes do Mercado Interno de Minério de Ferro

Atendendo ao requisito da norma 7.2.3 (comunicação com o cliente) da

ISO9001: 2008, buscamos sempre estar em sintonia com nossos clientes realizando

visitas periódicas no intuito de avaliarmos os seguintes itens:

• Flexibilidade de atendimento às solicitações de fornecimento

• Atendimento às programações de carregamento

• Tempo de resposta às solicitações e reclamações

• Qualidade química e física do produto

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• Variabilidade química e física do produto

• Tempo de carregamento na CSN Casa de Pedra

• Atendimento logístico

• Freqüência das reuniões

• Grau de envolvimento da equipe

• Qualidade técnica das respostas

Dentro deste contexto, as visitas são agendadas previamente com os clientes

e cria-se um cronograma semestral de visitas, onde elas poderão ser remarcadas de

acordo com as necessidades de ambas as partes.

Durante as visitas procuramos observar as maiores dificuldades dos clientes,

seus anseios e perspectivas quanto ao seu processo, ao mercado e ao futuro de sua

empresa.

Apresentamos os dados de qualidade do nosso minério e buscamos mostrar

números relativos à nossa produção e também a futuras programações de

embarque.

Após cada visita é redigido um relatório e encaminhado às áreas internas da

CSN (caso ocorra alguma reclamação) e arquivado para auditorias futuras.

Sempre que possível a equipe CSN que acompanha as visitas é composta

pelas gerencias comercial e de qualidade de minérios.

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Figura 7 - Pesquisa de Satisfação de Clientes CSN

Fonte: Relatórios internos CSN