Relatório de Inflação I Trimestre de 2013 -...

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Relatório de Inflação I Trimestre de 2013

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Relatório de Inflação • I Trimestre de 2013

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Av. 4 de Fevereiro, nº 151 - Luanda, Angola Caixa Postal 1243Tel: (+244) 222 679 200 - Fax: (+244) 222 339 125www.bna.ao

Objectivo do Relatório de Inflação

O Relatório de Inflação é uma publicação trimestral do Banco Nacional de Angola que tem como principais objectivos avaliar a inter-relação entre as variáveis do Sector Real, Fiscal, Monetário e Externo, analisar o comportamento do Índice Geral de Preços, bem como disponibilizar informação aos Agentes Económicos, Instituições Académicas e outros Operadores da Economia Nacional. O documento constitui um meio de comunicação sobre a Conjuntura Económica Nacional e Internacional e sobre a fundamentação das decisões de política monetária do BNA.

Esta edição examina o I trimestre de 2013 e é constituída por seis capítulos: Análise da Variação dos Índices de Preços, Economia Internacional, Sector Real, Sector Externo, Sector Fiscal e Sector Monetário.

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Sumário Executivo .................................................................................... Análise da Variação dos Índices de Preços ........................................

Inflação Trimestral .................................................................................. Inflação em 2013 ..................................................................................... Cesta Básica ...........................................................................................Variação do Índice de Preços no Grossista (IPG) ...................................... Índice de Preços no Grossista (IPG), em 2013 ................................... Previsão da Inflação para o II Trimestre de 2013 .................................

Economia Internacional .......................................................................... Actividade Económica ............................................................................. Inflação .................................................................................................... Mercado Cambial .................................................................................... Commodities ...........................................................................................

Sector Real ................................................................................................. Produto Interno Bruto .............................................................................. Produção por Sectores ............................................................................

Indústria Petrolífera ......................................................................... Indústria Diamantífera ..................................................................... Indústria Cimenteira ........................................................................ Indústria Energética .........................................................................

Indicador do Clima Económico (I Trimestre de 2013) ............................... Indústria Transformadora .................................................................. Construção ........................................................................................ Comércio ........................................................................................... Transportes ........................................................................................ Turismo .............................................................................................. Indústria Extractiva ...........................................................................

Sector Externo ........................................................................................... Conta de Bens .........................................................................................

Índice Geral

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Evolução da Taxa de Câmbio .................................................................. Sector Fiscal ..............................................................................................

Receitas .................................................................................................. Despesas ................................................................................................ Crédito Líquido ao Governo Central (CLGC) ............................................. Perspectiva para o II Trimestre de 2013 ................................................

Sector Monetário ...................................................................................... Crédito ..................................................................................................... Taxas de Juro .......................................................................................... Agregados Monetários ...........................................................................

Meios de Pagamento ........................................................................ Depósitos ................................................................................................

Depósitos Totais em Moeda Nacional (MN) .................................... Depósitos Totais em Moeda Estrangeira (ME) ................................. Depósitos à Ordem ............................................................................ Depósitos a Prazo ..............................................................................

Base Monetária ...................................................................................... Multiplicador Monetário ........................................................................

Glossário ..................................................................................................... Anexos ........................................................................................................

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Gráfico 1 - Inflação Trimestral (I Trim’12 – I Trim’13) ............................... Gráfico 2 - Classes do IPC que Mais Variaram (I Trim’13) ........................ Gráfico 3 - Subclasses do IPC que Mais Variaram (I Trim’13) .................. Gráfico 4 - Evolução das Classes do IPC que Mais Variaram

(I Trim’12 – I Trim’13) .............................................................. Gráfico 5 - Classes que Mais Contribuíram para a Variação do IPC

(I Trim’12 – I Trim’13) .............................................................. Gráfico 6 - Comportamento da Variação Homóloga do Índice

de Preços no Grossista (IPG) e Índice de Preçosno Consumidor (IPC) (Jan’12 – Mar’13) .....................................

Gráfico 7 - Projecção da Inflação para o II Trimestre de 2013 ..................... Gráfico 8 - Comportamento da Inflação das Economias Avançadas

(I Trim’12 – I Trim’13)................................................................ Gráfico 9 - Comportamento da Inflação nos BRICS (I Trim’12 – I Trim’13).. Gráfico 10 - Comportamento do Euro face ao USD (I Trim’12 – I Trim’13)...Gráfico 11 - Comportamento do USD face ao Renminbi

(I Trim’12 – I Trim’13)................................................................ Gráfico 12 - Comportamento do USD face ao Rand Sul-Africano

(I Trim’12 – I Trim’13) ............................................................... Gráfico 13 - Comportamento do USD face ao Real Brasileiro

(I Trim’12 – I Trim’13) ............................................................... Gráfico 14 - Comportamento do Índice de Preços das Commodities

do FMI (I Trim’12 – I Trim’13) ................................................ Gráfico 15 - Comportamento do Índice de Preços dos Alimentos, Óleo,

Carne e Lacticínios (I Trim’12 – I Trim’13) ................................ Gráfico 16 - Comportamento do Índice de Preços dos Alimentos, Cereais

e Açúcar (I Trim’12 – I Trim’13) ................................................ Gráfico 17 - Comportamento da Taxa de Crescimento do PIB

(2011 – 2013) .......................................................................... Gráfico 18 - Comportamento da Produção e Preço do Petróleo

(I Trim’12 – I Trim’13) ..............................................................

Índice de Gráficos

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Gráfico 19 - Comportamento da Produção Diamantífera(I Trim’12 – I Trim’13) ...........................................................

Gráfico 20 - Comportamento da Produção de Cimento(I Trim’12 – I Trim’13) ...........................................................

Gráfico 21 - Comportamento da Distribuição de Energia(I Trim’12 – I Trim’13) ...........................................................

Gráfico 22 - Indicador do Clima Económico (I Trim’12 – I Trim’13) ................. Gráfico 23 - Índice de Confiança - Indústria Transformadora (I Trim’12 – I Trim’13) ..............................................................Gráfico 24 - Índice de Confiança - Construção (I Trim’12 – I Trim’13)........... Gráfico 25 - Índice de Confiança - Comércio (I Trim’12 – I Trim’13) ............. Gráfico 26 - Índice de Confiança - Transportes (I Trim’12 – I Trim’13) ......... Gráfico 27 - Índice de Confiança - Turismo (I Trim’12 – I Trim’13) ............... Gráfico 28 - Índice de Confiança - Indústria Extractiva (I Trim’12 – I Trim’13) ...........................................................Gráfico 29 - Saldo da Conta de Bens (I Trim’12 – I Trim’13) ........................ Gráfico 30 - Actividade do Mercado Cambial vs. Inflação Homóloga

(I Trim’12 – I Trim’13) ..........................................................Gráfico 31 - Evolução das Reservas Internacionais Líquidas

(I Trim’12 – I Trim’13) ..........................................................Gráfico 32 - Receitas Previstas e Realizadas (I Trim’12 – I Trim’13) .......... Gráfico 33 - Estrutura das Receitas (I Trim’12 – I Trim’13) ......................... Gráfico 34 - Despesas Previstas e Realizadas (I Trim’12 – I Trim’13) ......... Gráfico 35 - Estrutura das Despesas (I Trim’13) ......................................... Gráfico 36 - Estrutura do Serviço da Dívida (I Trim’13) .............................. Gráfico 37 - Estrutura das Despesas de Capital (I Trim’13) ....................... Gráfico 38 - Crédito Líquido ao Governo Central

(I Trim’12 – I Trim’13) .......................................................... Gráfico 39 - Comportamento do Crédito à Economia

(I Trim’12 – I Trim’13) ..........................................................

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Gráfico 40 - Comportamento do Crédito à Economia por Sectores(I Trim’12 – I Trim’13) ..........................................................

Gráfico 41 - Comportamento do Crédito por Sectores de Actividade (I Trim’12, IV Trim’12 e I Trim’13) - Variação (%) .................

Gráfico 42 - Crédito por Sectores de Actividade(I Trim’12, IV Trim’12 e I Trim’13) - Peso (%) ......................

Gráfico 43 - Comportamento da Taxa de Transformação(I Trim’12 – I Trim’13) ..........................................................

Gráfico 44 - Evolução da Taxa de Juro dos Títulos(I Trim’12 – I Trim’13) ..........................................................

Gráfico 45 - Evolução das Taxas de Juro Activas do Crédito ao SectorEmpresarial (I Trim’12 – I Trim’13) ......................................

Gráfico 46 - Evolução das Taxas de Juro Activas dos Créditosa Particulares (I Trim’12 – I Trim’13) ..................................

Gráfico 47 - Análise dos Fluxos do M3 e dos Instrumentos Financeiros(Jan’12 – Mar’13) .....................................................................

Gráfico 48 - Comportamento dos Agregados Monetários em MN(I Trim’12 – I Trim’13) .........................................................

Gráfico 49 - Análise dos Depósitos Totais – MN, ME(I Trim’12 – I Trim’13) .........................................................

Gráfico 50 - Evolução dos Depósitos por Moedas (MN e ME) e Peso no Total (I Trim’12 – I Trim’13) ................................

Gráfico 51 - Variação Trimestral dos Depósitos por Moedas(I Trim’12 – I Trim’13) ............................................................

Gráfico 52 - Evolução dos Depósitos à Ordem e a Prazo(I Trim’12 – I Trim’13) ............................................................

Gráfico 53 - Comportamento da Base Monetária(I Trim’12 – I Trim’13) ............................................................

Gráfico 54 - Comportamento do Multiplicador Monetário(I Trim’12 – I Trim’13) ............................................................

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Tabela 1 - Subclasses que Mais Contribuíram para o IPCe Respectivas Variações (I Trim’12 – I Trim’13) .......................

Tabela 2 - Produtos que Compõem a Cesta Básica(I Trim’12 – I Trim’13) ...............................................................

Tabela 3 - Comportamento do Produto Interno Bruto (PIB)das Principais Economias (2012 – 2014) ...................................

Tabela 4 - Comportamento das Importações e Exportaçõesdos Principais Parceiros de Angola (I Trim’12 – I Trim’13) .......

Tabela 5 - Produção Petrolífera (2012 – 2013) ........................................... Tabela 6 - Importações e Exportações - FOB (I Trim’12 – I Trim’13) ......... Tabela 7 - Evolução do Valor FOB das Importações por Países

(I Trim’12, IV Trim’12 e I Trim’13) .......................................... Tabela 8 - Importações por Categoria Económica

(I Trim’12 – I Trim’13) ............................................................... Tabela 9 - Exportação por Produtos (I Trim’12 – I Trim’13) ........................ Tabela 10 - Taxas de Câmbio: Resumo dos Mercados Primário,

Secundário, Informal e Casas de Câmbio (Jan’12 – Mar’13) ...Tabela 11 - Receitas Realizadas - Informação Preliminar .......................... Tabela 12 - Despesas Realizadas - Informação Preliminar ........................Tabela 13 - Comportamento do Crédito por Sectores de Actividade

(I Trim’12 – I Trim’13) ...............................................................Tabela 14 - Comportamento dos Agregados Monetários em MN

(I Trim’12 – I Trim’13) ...............................................................Tabela 15 - Comportamento da Base Monetária (I Trim’12 – I Trim’13) .....Tabela 16 - Factores Condicionantes da Base Monetária em MN

(Jan’13 – Mar’13) .....................................................................Tabela 17 - Fluxos Monetários (Jan’13 – Mar’13) ......................................

Índice de Tabelas

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Índice de Anexos

Anexo A - Variação Mensal, Acumulada e Homóloga das Classesdo IPC ........................................................................................

Anexo B - Resumo da Inflação (Jan’11 – Mar’13) .......................................Anexo C - Economia Internacional ..............................................................Anexo D - PIB Decomposto por Sectores (2010 – 2013) .............................Anexo E - Contas Fiscais (2011 – 2012) - % PIB .........................................Anexo F - Contas Monetárias .....................................................................

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A deterioração da situação económica de alguns países da Zona Euro, associada à manutenção dos problemas relativos ao desemprego e à situação da dívida soberana dos países da região, a desaceleração da economia Chinesa e o crescimento moderado da economia Norte-Americana demonstram que a economia mundial continua a apresentar sinais de fragilidade. A revisão do FMI do crescimento mundial em 2013 de 3,5%1 para 3,3%2 corrobora que continua a ocorrer um processo de ajustamento económico mundial.

De Janeiro 2013 para Abril 2013, o FMI reviu em baixa as taxas de crescimento de algumas das principais economias mundiais. Tanto a taxa de crescimento da China como a da Índia foi revista em baixa em 0,2 pontos percentuais (p.p). Por seu lado, a taxa de crescimento da economia Brasileira foi revista em baixa 0,5 p.p. Contudo realça-se que a taxa de crescimento da Alemanha e do Japão não foram revistas.

A relativamente débil recuperação económica mundial afecta a procura de commodities, o que leva a que o crescimento de países que baseiam as suas economias na exportação de commodities seja, de certa forma, limitado. No contexto nacional espera-se um ligeiro abrandamento do nível de actividade económica nacional, tendo em conta que o Produto Interno Bruto para 2013 é projectado em 7,1% ligeiramente inferior ao registado em 2012, 7,4%. No I trimestre de 2013 a redução das exportações foi determinante para a evolução da Conta de Bens. Com efeito, no trimestre em análise, a Conta de Bens registou uma deterioração de 2,07% relativamente ao trimestre anterior, sendo esta evolução justificada com a redução das Exportações (FOB) em 4,84%, fixadas em USD 17.140,50 milhões. Realça-se, igualmente, que se verificou uma redução das importações em 10,61%, tendo estas fixado-se em USD 5.219,97 milhões. O saldo trimestral da Conta de Bens foi de USD 11.920,53 milhões. Em relação ao I trimestre de 2012 observou-se uma redução das exportações em 11,83% e um aumento das importações em 20,09%.

No que se refere à política fiscal, o balanço de execução da Programação Financeira do Tesouro do I trimestre de 2013 revela que os fluxos de entrada (receitas) situaram-se abaixo dos fluxos de saída (despesas), originando assim um défice do saldo fiscal do exercício (na óptica de caixa), que foi coberto por financiamento interno através da utilização de saldos de exercícios anteriores e recursos consignados. No entanto, o saldo corrente foi superavitário, o que permitiu um aumento dos depósitos do Governo no BNA e assim, uma contracção do Crédito Líquido ao Governo Central (CLGC). No I trimestre de 2013, o montante de Reservas Internacionais Líquidas (RIL) ascendeu a USD 32.276,38 milhões, o que representa uma expansão de 5,34% das RIL em relação ao trimestre anterior.

No mercado cambial primário o Banco Nacional de Angola vendeu USD 4.252,00 milhões, valor superior ao vendido no período homólogo do ano anterior, USD 4.008,59 milhões, por forma a neutralizar parcialmente o efeito da execução fiscal e atender à procura de divisas estrangeiras do mercado.

Sumário Executivo

1 Fonte: IMF World Economic Outlook (WEO), Janeiro, 2013.2 Fonte: IMF WEO Update, Abril 2013.

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11Relatório de Inflação • I Trimestre de 2013 •

As operações acima destacadas tiveram um efeito contraccionista sobre a Base Monetária. Enquanto a Base Monetária Ampla (BMA) registou uma contracção trimestral de 6,92%, a Base Monetária restrita (sem moeda externa) sofreu uma ainda maior contracção (11,35%). No que concerne às suas componentes, o efeito contraccionista foi maior para a circulação monetária do que para das reservas bancárias das entidades financeiras. Assim, a circulação monetária contraiu em 15,49% contra uma contracção de 2,63% das reservas bancárias das instituições financeiras.

As transacções ocorridas no mercado cambial possibilitaram uma ligeira depreciação de 0,17% da taxa de câmbio média de referência do Kwanza face ao Dólar Norte-Americano. De igual modo, as taxas médias do mercado informal e das casas de câmbio depreciaram-se em 0,79% e 1,74%, respectivamente. Ao nível do mercado secundário verificaram-se apreciações das taxas de câmbio média de compra e venda de divisas.

No I trimestre de 2013 verificou-se uma contracção generalizada dos agregados monetários, resultante da redução dos Activos Internos Líquidos, que por sua vez foram influenciados pela contracção do Crédito Líquido ao Governo Central. O M3 registou uma contracção trimestral de 4,27%, após a contracção do M2 (4,23%) e dos Outros Instrumentos Financeiros (6,27%). Por sua vez, a contracção do M2 foi justificada pela contracção do M1 (2,94%) e da Quase-Moeda (5,89%). Os depósitos totais do sistema financeiro Angolano no período em análise contraíram em 3,44%. De referir que os depósitos em moeda nacional contraíram 8,51%, ao passo que os depósitos em moeda estrangeira expandiram 1,84%. Por seu turno, a diminuição dos depósitos resulta também do crescimento moderado do Crédito à Economia3 (0,03%), concedido pelo sistema bancário no I trimestre de 2013. O Multiplicador Monetário fixou-se em 3,84, tendo sido superior ao observado no IV trimestre de 2012 (3,59), influenciado pela forte redução da Reserva Monetária.

A taxa de inflação do I trimestre de 2013 situou-se em 2,11%, isto é, 0,74 p.p. abaixo do verificado no trimestre precedente (2,85%). Manteve-se, portanto, a trajectória descendente da inflação que se tem observado nos últimos anos. Com efeito, a inflação homóloga de Março de 2013 foi de 9,11%, o que representa uma desaceleração de 2,01 p.p. face à taxa registada no mesmo período de 2012 (11,12%). Tendo em conta a tendência decrescente da inflação anual, o Comité de Política Monetária do Banco Nacional de Angola optou por manter o curso acomodatício da política monetária, tendo reduzido as taxas directoras ao longo do trimestre em análise.

3 Crédito do Sistema Bancário (BNA e Bancos Comerciais).

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O Índice de Preços no Consumidor variou 2,11% no I trimestre de 2013, contra os 2,85% verificados no IV trimestre de 2012. As variações mensais foram de 0,61%, 0,82% e 0,66%, para Janeiro, Fevereiro e Março, respectivamente.

A taxa de inflação Angolana continuou a ser influenciada fortemente pela evolução dos preços da classe 01 - alimentação e bebidas não-alcoólicas. Os constrangimentos registados na cadeia de distribuição de alimentos e de bebidas poderão ter sido um dos principais focos de pressão inflacionista, traduzindo-se no agravamento dos custos de transacção, cujo efeito se viu reflectido particularmente na variação das seguintes classes: classe 01 - alimentação e bebidas não alcoólicas (2,67%); classe 11 - hotéis, cafés e restaurantes (2,32%); classe 02 - bebidas alcoólicas e tabaco (2,19%); e classe 12 - bens e serviços diversos (2,17%).

Em termos de subclasses, as que registaram maiores variações foram: 0431 - matérias para manutenção e reparação (7,28%); subclasse 0431 - serviço de conservação e reparação (5,81%) e subclasse 1232 - outros artigos de uso pessoal (5,25%).

Gráfico 1 - Inflação Trimestral (I Trim’12 – I Trim’13)

Gráfico 2 - Classes do IPC que Mais Variaram (I Trim’13)

Inflação Trimestral

Análise da Variação dos Índices de Preços

Fonte: BNA e INE

I Trim I TrimII Trim III Trim2012 2013

IV Trim

2,11%

2,85%

2,23%

3,00%2,50%2,00%1,50%1,00%0,50%0,00%

Fonte: BNA e INE

01. Alimentação e Bebidas Não Alcoólicas

02. Bebidas Alcoólicas e Tabaco 12. Bens e Serviços Diversos 03. Vestuário e Calçado

11. Hotéis, Cafés e Restaurantes

3,00%

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1,50%

1,00%

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0,00%

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13Relatório de Inflação • I Trimestre de 2013 •

Salienta-se que a classe 01 - alimentação e bebidas não alcoólicas (1,22 p.p.), a classe 04 - habitação, água, electricidade, gás e combustível (0,17 p.p.), e a classe 12 - bens e serviços diversos (0,14 p.p.) foram as que mais contribuíram para a variação do índice. De realçar que a contribuição da classe 01 - alimentação e bebidas não alcoólicas foi inferior, em cerca de 0,13 p.p., em relação ao trimestre anterior.

Na classe 01 - alimentação e bebidas não alcoólicas, as subclasses que mais contribuíram para a variação do índice foram: a subclasse 0111 - pão e cereais, com 0,44 p.p.; a subclasse 0117 - legumes e tubérculos, com 0,27 p.p.; a subclasse 0112 - carnes e derivados, com 0,24 p.p.; e a subclasse 0113 - peixes e mariscos, com 0,15 p.p.

Na classe 04 - habitação, água, electricidade, gás e combustível, as subclasses que mais contribuíram foram: a subclasse 0441 - abastecimento de água, com 0,12 p.p.; e a subclasse 0452 - gás, com 0,03 p.p.

Finalmente, na classe 12 - bens e serviços diversos, as subclasses que mais se destacaram em termos de contribuição foram: a subclasse 1213 - artigos e produtos de cuidado pessoal (0,06 p.p.), e a subclasse 1211 - serviço de cabeleireiro e análogos (0,06 p.p.).

Em termos de produtos, os que mais contribuíram para a variação do índice no I trimestre foram o pão (cacete), a água em tambor e o tomate, sendo que o contributo acumulado trimestral de cada um foi de 2013, 0,25 p.p., 0,12 p.p. e 0,08 p.p., respectivamente.

No que respeita as classes que mais variaram em termos de preços, uma breve análise histórica permite verificar que a classe 1- alimentação e bebidas não alcoólicas apresenta, em média, as maiores variações. No período 2012-2013, a variação mais elevada desta classe ocorreu no IV trimestre de 2012 (2,96%), por efeito do factor sazonal da época natalícia desse ano.

Gráfico 3 - Subclasses do IPC que Mais Variaram (I Trim’13)

8,00%7,00%6,00%5,00% 4,00%3,00%2,00%1,00%0,00%

0111. Pão e Cereais 0432. Serviço de Conservação e Reparação 1232. Outros artigos de uso Pessoal

0431. Materiais para Manutenção e Reparação 0733. Passagem de Avião 0121. Café e Chá 0531. Aparelhos Domésticos Grandes

Fonte: BNA e INE

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Até à presente data, a classe 01 - alimentação e bebidas não alcoólicas é a que tem contribuído de forma mais significativa para a variação do índice de preços, devido ao seu grande peso no cálculo do referido índice (aproximadamente de 44%). Realça-se que a contribuição para o índice desta classe apresenta um comportamento não padronizado ao longo do período em estudo.

Gráfico 5 - Classes que Mais Contribuíram para a Variação do IPC (I Trim’12 – I Trim’13)

Gráfico 4 - Evolução das Classes do IPC que Mais Variaram (I Trim’12 – I Trim’13)

Fonte: BNA e INE

11. Hotéis, Cafés e Restaurantes01. Alimentação e Bebidas Não Alcoólicas

12. Bens e Serviços Diversos02. Bebidas Alcoólicas e Tabaco

3,50%

3,00%

2,50%

2,00%

1,50%

1,00%

0,50%

000%I Trim II Trim III Trim IV Trim

2012I Trim2013

Fonte: BNA e INE Inflação Trimestral

01. Alimentação e Bebidas Não Alcoólicas

03. Vestuário e Calçado

04. Habitação, Água, Electricidade, Gás e Combustíveis

05. Mobiliário, Equipamento Doméstico e Manutenção

3,00%

2,50%

2,00%

1,50%

1,00%

0,50%

0,00%I Trim II Trim III Trim IV Trim

2012I Trim2013

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15Relatório de Inflação • I Trimestre de 2013 •

Tal como aconteceu em 2012, as subclasses listadas na Tabela 1 foram as que mais contribuíram para a variação do IPC no I trimestre de 2013 e foram ainda as que mais contribuíram para o IPC trimestral durante os anos 2012 e 2013.

Inflação em 2013

A inflação homóloga de Março de 2013 foi de 9,11%, o que representa uma desaceleração de 2,01 p.p. face à taxa registada no mesmo período de 2012 (11,12%). As classes que registaram as maiores variações foram a classe 01 - alimentação e bebidas não alcoólicas (11,11%), a classe 11 - hotéis, cafés e restaurantes (9,57%) e a classe 12 - bens e serviços diversos (9,31%).

As maiores contribuições foram verificadas na classe 01 - alimentação e bebidas não alcoólicas (5,02 p.p.), na classe 04 - habitação, água, electricidade, gás e combustível (1,01 p.p.) e na classe 03 - vestuário e calçado (0,62 p.p.).

Tabela 1 - Subclasses que Mais Contribuíram para o IPC e Respectivas Variações (I Trim’12 – I Trim’13)

Contribuição Legumes e Tubérculos Carnes e DerivadosPão e Cereais Peixes e Mariscos Abastecimento de Água Vestuário

Variação Legumes e Tubérculos Carnes e DerivadosPão e Cereais Peixes e Mariscos Abastecimento de Água Vestuário

0,24 p.p.0,19 p.p.0,23 p.p.0,20 p.p.0,08 p.p.0,11 p.p.

2,58%1,91%2,38%3,10%2,49%2,17%

0,35 p.p.0,22 p.p.0,20 p.p.0,19 p.p.0,06 p.p.0,13 p.p.

3,69%2,20%2,10%2,87%1,73%2,63%

0,27 p.p.0,22 p.p.0,13 p.p.0,29 p.p.0,07 p.p.0,11 p.p.

2,79%2,23%1,29%4,34%1,97%2,25%

0,24 p.p.0,41 p.p.0,18 p.p.0,31 p.p.0,40 p.p.0,16 p.p.

2,53%4,03%1,90%4,61%

12,07%3,15%

0,27 p.p.0,24 p.p.0,44 p.p.0,15 p.p.0,12 p.p.0,12 p.p.

2,76%2,31%4,58%2,23%3,43%2,48%

I Trim II Trim III Trim IV Trim I Trim

Fonte: BNA e INE

2012 2013

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16

Variação do Índice de Preços no Grossista (IPG) De acordo com a nota de imprensa de Março de 2013 do INE, o IPG – composto pelos sectores agro-pecuário (secção A), pesca (secção B) e indústria transformadora (secção D) – registou uma variação trimestral de 2,42%, o que corresponde a um aumento de 0,22 p.p. em relação à variação do IV trimestre de 2012 (2,19%) e em relação ao período homólogo de 2012 (2,19%).

Enquanto os produtos nacionais registaram uma variação trimestral de 1,69%, os produtos importados registaram uma variação de 2,61%.

Enquanto a secção B (pesca) foi a que mais contribuiu para o aumento do IPG ao nível dos produtos nacionais, a secção D (indústrias transformadoras) foi a que mais contribuiu para o aumento do IPG ao nível dos produtos importados.

Índice de Preços no Grossista (IPG), em 2013

A variação homóloga do IPG em Março de 2013 foi de 8,41%, cerca de 0,86 p.p. abaixo do valor alcançado no mesmo período do ano anterior, 9,27%. O IPG homólogo apresentou a seguinte variação: 6,58% relativamente aos produtos nacionais foi de 6,58% e 8,91% para os produtos importados. Comparativamente aos valores referentes a 2012, as variações do ano em curso foram menores em 0,86 p.p. para o IPG global, em 3,08 p.p. para o IPG dos produtos nacionais e 0,25 p.p. para o IPG dos produtos importados.

Cesta Básica

No I trimestre de 2013 os produtos da cesta básica que registaram as maiores variações foram a farinha de trigo (5,56%), a massa alimentar (3,50%) e a fuba de milho amarela (2,98%).

Açúcar granel 1kg Arroz corrente 1kg Carne seca 1kg Farinha trigo granel 1kg Feijão castanho 1kg Fuba de bombó granel 1kg Fuba de milho amarelo/granel 1kg Leite em pó 2270gr Massa alimentar esparguete 450gr Óleo de palma 1lt Óleo de soja 900ml Sabão barra rio azul 1Kg Sal 1Kg

1,88% 2,60% 0,28% 3,98% 0,61% 1,99% 2,23% 1,08% 0,46% 5,90% 3,76% 0,56% 0,04%

3,17% 2,76% 0,00% 0,67% 6,10% 4,79% 3,65% 2,61% 0,66% 5,20% 1,92% 2,09% 0,18%

1,98% 1,63% 0,64% 1,65% 5,39% 1,07% 3,30% 3,34% 1,84% 2,71% 0,41% 9,19% 0,93%

1,30% 0,63% 4,46% 3,45% 0,78% 5,91% 5,85% 2,29% 0,49% 2,67% 0,09% 0,35% 1,14%

1,44% 0,78% 1,98% 5,56% 2,84% 2,22% 2,98% 0,75% 3,50% 1,82% 0,57% 1,51% 1,88%

I Trim II Trim III Trim IV Trim I Trim

Fonte: INE

Produtos da Cesta Básica

Variação 2012 e 2013

Tabela 2 - Produtos que Compõem a Cesta Básica (I Trim’12 – I Trim’13)

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17Relatório de Inflação • I Trimestre de 2013 •

Analisando sumariamente o comportamento dos índices IPG e IPC observa-se que ambos apresentaram um comportamento ascendente no I Trimestre de 2013, tendo o IPG de Fevereiro de 2013 sido o índice que menos contribuiu para esta evolução. As suas tendências relativamente análogas podem sugerir a existência de uma relação positiva entre si, mesmo em circunstâncias de imperfeições de mercado. Caso esta relação positiva se confirme, haveria razões para suspeitar que o retalhista transfere para os consumidores parte do aumento dos seus custos junto do grossista.

Previsão da Inflação para o II Trimestre de 2013

Para o II trimestre de 2013 prevê-se uma variação trimestral do IPC entre 1,57% e 2,12%, sendo que a variação trimestral média fixa-se em 1,85%. A previsão da variação média da taxa de inflação do II trimestre 2013 encontra-se abaixo da taxa de inflação trimestral registada no período homólogo do ano passado, 2,04%. Em termos homólogos prevê-se uma variação entre 8,60% e 9,20%, sendo que o limite superior desta previsão encontra-se abaixo do registado no segundo trimestre de 2012,10,11%.

Gráfico 6 - Comportamento da Variação Homóloga do Índice de Preços no Grossista (IPG) e Índice de Preços no Consumidor (IPC) (Jan’12 – Mar’13)

14,00%

12,00%

10,00%

8,00%

6,00%

4,00%

2,00%

0,00%

Jan’

12

Fev’

12

Mar

’12

Abr’1

2

Mai

’12

Jun’

12

Jul’1

2

Ago’

12

Set’1

2

Out’1

2

Nov

’12

Dez’1

2

Jan’

13

Fev’

13

Mar

’13

9,11%

8,41%

11,12%

9,27%

IPC IPGFonte: BNA e INE

Gráfico 7 - Projecção da Inflação para o II Trimestre de 2013

1,20

1,00

0,80

0,60

0,40

0,20

0,00

(%)

20132012

Previsão Central Limite Superior Limite Inferior Inflação Observada

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun

Fonte: DEE/BNA

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18

O exercício de projecção da inflação considerou:

• A programação financeira do Tesouro e a perspectiva de um aumento na sua execução no II trimestre;

• A prevista depreciação do Kwanza face ao Dólar dos Estados Unidos da América, a principal moeda de referência nas trocas comerciais;

• Um ligeiro aumento na procura interna efectiva do trimestre em relação ao trimestre anterior;

• Uma possível subida de preço de algumas commodities alimentares;

• A pressão moderada e decrescente dos preços externos sobre os preços internos.

No entanto, podem ser apontados vários riscos associados às previsões da inflação, nomeadamente:

• Despesas fiscais superiores ao programado para o II trimestre, que podem ser alimentadas com o pagamento de alguns atrasos do exercício anterior;

• Maior depreciação do Kwanza face ao Dólar Norte-Americano devido a possíveis especulações cambiais associadas à entrada em vigor da Nova Lei Cambial para o sector petrolífero;

• Fortes quedas pluviométricas que podem pôr em risco a oferta de certos bens e serviços nacionais;

• Factores estruturais relacionados com a cadeia de redistribuição e importação de alimentos;

• Subida considerável do preço das commodities alimentares;

• Elevado congestionamento no Porto de Luanda devido à implementação de novos procedimentos alfandegários, que obrigam à inspecção prévia de produtos importados, tais como alimentos e bebidas.

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19Relatório de Inflação • I Trimestre de 2013 •

No I trimestre de 2013, a deterioração da situação económica de alguns países da Zona Euro, a desaceleração do crescimento na China e fragilidade dos indicadores da economia Norte-Americana demonstraram que a incerteza continuará a retardar o processo de recuperação da economia mundial. O panorama económico internacional continua a reflectir que a recuperação económica de um grande número de economias é débil e vulnerável. Os eventos que mais contribuíram para que a incerteza económica internacional prevaleça foram, por um lado, a degradação da situação económica no Chipre, a crise em Itália, a alta taxa de desemprego da Zona Euro – atingiu os 11,9% em Janeiro – e o recuo do PMI4 composto da região, em Fevereiro. Por outro lado, é de assinalar que a deflação persiste no Japão, Por outro lado, não obstante a melhoria de alguns indicadores como a produção industrial e o índice de confiança do consumidor em Fevereiro é de assinalar que a deflação persiste no Japão. É igualmente digna de nota a preocupação com a ainda elevada taxa de desemprego nos EUA, a desaceleração das exportações do BRICS e a aceleração da inflação em algumas economias emergentes.

O World Economic Outlook do FMI de Abril de 2013 estima que a Zona Euro contraiu 0,6% e que a economia Americana e a Japonesa cresceram 2,20% e 2,00%, respectivamente, em 2012.

As estimativas do Fundo Monetário Internacional para 2014 apontam para um crescimento real do PIB mundial5 de 3,30% em 2013 para 4,00%. Em 2013, o FMI prevê uma contracção de 0,3% para a Zona Euro e um crescimento de 1,90% e 1,60% para as economias Americana e Japonesa, respectivamente. O FMI prevê ainda um crescimento de 5,30% para as economias emergentes em 2013, e um crescimento de 5,70% em 2014, sendo que o Brasil, a China e a Índia poderão crescer em 2013, 3,0%, 8,0%, e 5,70%, respectivamente. De acordo com os indicadores de macro convergência6 da SADC, a previsão de crescimento para 2013 dessas economias é de 5,10%.

Actividade Económica

Economia Internacional

4 Purchasing Managers´Index (Índice de Gerentes de compras).5 Fonte: IMF World Economic Outlook Update, Janeiro e Abril 2013.6 Fonte: SADC, Janeiro e Fevereiro de 2013.

Tabela 3 - Comportamento do Produto Interno Bruto (PIB) das Principais Economias (2012 – 2014)

PIB Mundial

Europa Zona EuroPortugalRússia

ÁsiaJapãoChinaÍndia

América Estados Unidos da América

ÁfricaSADCÁfrica do Sul

3,20

-0,60 -3,20 3,40

2,00 7,80 4,00

2,20

4,75 2,50

3,30

-0,40

3,70

2,20 7,80 4,90

2,20

5,48 2,90

3,50

-0,20

3,70

1,00 8,20 5,90

2,00

4,79 2,80

3,30

-0,30 -2,30 3,40

1,60 8,00 5,70

1,90

5,10 3,00

4,10

1,00

3,80

1,90 8,50 6,40

3,00

……

4,00

1,10 0,60 3,80

1,40 8,20 6,20

3,00

… …

2012

Estimado Projecções

2012Jan’13* Abril’13 Jan’13 * Abril’13

2013 2014

*Data em que as projecções foram realizadas.

Fonte: FMI (WEO Update Janeiro 2013; WEO Update Julho 2012; WEO Abril 2012; WEO Update Janeiro 2012), Banco de Portugal, SADC

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20

Durante o I trimestre de 2013 continuaram a notar-se sinais de desaceleração económica nos BRICS, tais como a redução das exportações e importações do Brasil na ordem dos 7,70% e 14,70%, respectivamente. Entretanto, as importações e exportações da China registaram crescimentos de 8,40% e 18,3%, respectivamente. Esse abrandamento económico dos BRICS diminuiu a sua performance como “motores” da economia mundial.

Inflação

Durante o I trimestre de 2013, particularmente em Fevereiro e Março, as taxas de inflação das principais economias mundiais desaceleraram. Nos Estados Unidos da América a inflação passou de 1,7%, no final do IV trimestre de 2012, para 1,5%, no final do I trimestre de 2013. Referente ao mesmo período, na Zona Euro a inflação passou de 2,2% para 1,7%. Portugal e Bélgica não escaparam à tendência da Zona Euro, tendo as suas taxas de inflação desacelerado, passando de 2,10% e 2,20% no final do IV trimestre de 2012 para 0,70% e 1,10% no final I trimestre de 2013, respectivamente.

Tabela 4 - Comportamento das Importações e Exportações dos Principais Parceiros de Angola (I Trim’12 – I Trim’13)

8,33

-3,808,887,054,75

8,73-2,997,517,63

-1,37

3,72-12,50

-2,756,480,90

5,72-12,50

-7,3610,46

-12,36

0,06-12,20-12,74

1,41-1,44

1,08-12,00-11,60

4,50-15,10

0,06

-12,20-12,74

1,41-1,44

1,08-12,00-11,60

4,50-15,10

-2,60-3,20

-14,708,40

0,50-3,20-7,7018,30

Importações (CIF)EUA*Zona Euro*Brasil*China*África do Sul*

Exportações (FOB)EUA*Zona Euro*Brasil*China*África do Sul*

I Trim II Trim III Trim IV Trim I Trim2012Taxa de Variação Homóloga

2013

Fonte: FMI (*) (Dados extraídos em Fevereiro de 2013)

Gráfico 8 - Comportamento da Inflação das Economias Avançadas (I Trim’12 – I Trim’13)

Jan’12 Fev’12 Mar’12 Abr’12 Mai’12 Jun’12 Jul’12 Ago’12 Set’12 Out’12 Nov’12 Dez’12 Jan’13 Fev’13 Mar’13

Estados Unidos da América Japão ChinaZona EuroPortugal

5,00%4,00%3,00%2,00%1,00%0,00%

-1,00%-2,00%

Fonte: FMI/Banco de Portugal/Bloomberg

I Trim II Trim III Trim IV Trim I Trim

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21Relatório de Inflação • I Trimestre de 2013 •

A inflação registou um comportamento heterogéneo nos BRICS. Enquanto a China e a Índia registaram ligeiras desacelerações, tendo as suas taxas passado de 2,50% e 10,6% no IV trimestre de 2012, para 2,10% e 10,40%, no I trimestre de 2013, respectivamente. No Brasil e na África do Sul verificou-se uma aceleração das taxas de inflação de 5,80% e 5,70% no IV trimestre de 2012, para 6,60% e 5,90% no I trimestre de 2013, respectivamente.

Mercado Cambial

No I trimestre de 2013, tanto o Real Brasileiro como o Renminbi Chinês apreciaram-se face ao Dólar Norte-Americano em relação ao trimestre anterior, em 1,46% e 0,33%, respectivamente. O Real Brasileiro e o Renminbi Chinês foram negociados em alta devido à queda inesperada das vendas a retalho em Março nos EUA e à manutenção da elevada taxa de desemprego Norte-Americana, que levou a Reserva Federal a não cessar o programa de compra de títulos para apoiar a economia Americana. Por seu turno, o Rand Sul-Africano e o Euro depreciaram-se face à moeda Norte-Americana, tendo apresentado variações de 2,96% e 8,94%, respectivamente.

Gráfico 9 - Comportamento da Inflação nos BRICS (I Trim’12 – I Trim’13)

Fonte: FMI/Bloomberg

12,00%

10,00%

8,00%

6,00%

4,00%

2,00%

0,00%

China África do Sul Índia RússiaBrasil

Jan’12 Fev’12 Mar’12 Abr’12 Mai’12 Jun’12 Jul’12 Ago’12 Set’12 Out’12 Nov’12 Dez’12 Jan’13 Fev’13 Mar’13

I Trim II Trim III Trim IV Trim I Trim

Gráfico 10 - Comportamento do Euro face ao USD (I Trim‘12 – I Trim‘13)

Fonte: Bloomberg

0,84 €

0,82 €

0,80 €

0,78 €

0,76 €

0,74 €

0,72 €

0,70 €

0,68 €

I Trim II Trim III Trim IV Trim I Trim2012 2013

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22

O corte de rating da Itália por força do impasse político que se registava neste país, e a degradação da situação económica do Chipre, que conduziu a um pedido de resgate financeiro internacional do país com vista a reforçar o seu sector bancário, foram factores determinantes no comportamento da moeda europeia, que registou uma depreciação de 2,96%.

Não obstante ter registado oscilações ao longo do trimestre, o Renminbi Chinês apresentou uma apreciação trimestral de 0,33%.

Após o Rand Sul-Africano ter registado uma apreciação trimestral no IV trimestre 2012, no trimestre em análise a moeda Sul-Africana depreciou-se 8,94% face ao Dólar Norte-Americano. O comportamento do Rand Sul-Africano está relacionado com a tensão social na África do Sul, provocada pelas paralisações e reivindicações dos mineiros que levaram à redução da produção mineira e de outros sectores da economia, levando a que as perspectivas económicas Sul-Africanas para 2013 sejam pouco animadoras.

Gráfico 11 - Comportamento do USD face ao Renminbi (I Trim’12 – I Trim’13)

¥ 6,40

¥ 6,35

¥ 6,30

¥ 6,25

¥ 6,20

Fonte: Bloomberg

I Trim II Trim III Trim IV Trim I Trim2012 2013

Gráfico 12 - Comportamento do USD face ao Rand Sul-Africano (I Trim‘12 – I Trim‘13)

Fonte: Bloomberg

R 9,85

R 9,35

R 8,85

R 8,35

R 7,85

R 7,35

R 6,85

I Trim II Trim III Trim IV Trim I Trim2012 2013

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23Relatório de Inflação • I Trimestre de 2013 •

Tal como se verificou no trimestre anterior, a moeda Brasileira registou no I trimestre de 2013 uma apreciação trimestral de 1,46% face ao Dólar dos Estados Unidos da América.

Commodities

Segundo o FMI, no I trimestre de 2013 os índices das commodities energéticas e metálicas registaram variações positivas. Assim, os índices de preços das commodities petrolíferas aumentaram 2,86% e o índice dos metais aumentou em 7,15% relativamente ao trimestre anterior, contrariamente ao índice de bebidas que registou uma redução de 6,05%.

No que toca o índice de preços das commodities energéticas o aumento dos preços do petróleo (Brent e WTI) nos dois primeiros meses do ano foram preponderantes para a definição do comportamento trimestral deste índice. Tanto os aumentos de Janeiro como os de Fevereiro foram impulsionados sobretudo pelas expectativas de aumento da procura Norte-Americana e Chinesa, que se basearam nos dados económicos divulgados referentes a estas economias, na redução das exportações petrolíferas Iranianas e na produção petrolífera da Arábia Saudita.

Gráfico 13 - Comportamento do USD face ao Real Brasileiro (I Trim’12 – I Trim‘13)

Fonte: Bloomberg

R$ 2,15

R$ 2,05

R$ 1,95

R$ 1,85

R$ 1,75

R$ 1,65

I Trim II Trim III Trim IV Trim I Trim2012 2013

Gráfico 14 - Comportamento do Índice de Preços das Commodities do FMI (I Trim’12 – I Trim’13)

Fonte: FMI

220,0210,0200,0190,0180,0170,0160,0150,0140,0130,0

MetaisBebidas

I Trim II Trim III Trim IV Trim I Trim2012 2013

Energia

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24

De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), os índices de commodities alimentares também registaram aumentos. O aumento do índice de alimentos de 209,3 em Dezembro de 2012 para 212,4, em Março de 2013 resume o seu comportamento trimestral. O aumento do índice geral de alimentos foi significativamente impulsionado pelo aumento do índice de Lacticínios ao longo dos três meses do trimestre e pelo aumento do índice de Óleos e Gorduras nos dois primeiros meses do período em análise. Enquanto o aumento do índice de preços dos Lacticínios deveu-se principalmente ao impacto do tempo seco na Oceânia sobre a produção de leite e seus derivados, o aumento dos preços dos Óleos e Gorduras pode ser explicado pelo aumento da procura dos óleos de palma e também pelo nível de precipitação que se registou no Sudoeste Asiático.

O índice de preço dos cereais permaneceu relativamente estável durante o I trimestre de 2013. Realça-se que o índice de preço do açúcar registou um ligeiro aumento em Março devido principalmente à redução das exportações Brasileiras desta commodity, que por sua vez se deve aos entraves que se registaram nos portos Brasileiros.

Gráfico 15 - Comportamento do Índice de Preços dos Alimentos, Óleo, Carne e Lacticínios (I Trim’12 – I Trim’13)

Gráfico 16 - Comportamento do Índice de Preços dos Alimentos, Cereais e Açúcar (I Trim’12 – I Trim‘13)

Fonte: FAO/ONU Índice do AçúcarÍndice dos CereaisÍndice de Alimentos

350,0

300,0

250,0

200,0

150,0

100,0

Jan’12 Fev’12 Mar’12 Abr’12 Mai’12 Jun’12 Jul’12 Ago’12 Set’12 Out’12 Nov’12 Dez’12 Jan’13 Fev’13 Mar’13

I Trim II Trim III Trim IV Trim I Trim

Fonte: FAO/ONU

260,0

240,0

220,0

200,0

180,0

160,0

140,0

120,0

100,0

Índice da CarneÍndice do ÓleoÍndice dos Alimentos Índice de Lacticínios

Jan’12 Fev’12 Mar’12 Abr’12 Mai’12 Jun’12 Jul’12 Ago’12 Set’12 Out’12 Nov’12 Dez’12 Jan’13 Fev’13 Mar’13

I Trim II Trim III Trim IV Trim I Trim

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25Relatório de Inflação • I Trimestre de 2013 •

Para 2013 projecta-se um crescimento real do PIB de 7,1%, valor ligeiramente inferior aos 7,4% registados em 2012. Esta redução deve-se ao menor crescimento esperado para o PIB não petrolífero, cerca de 7,3%, face aos 9,7% verificados em 2012. Mais concretamente, a contracção dos sectores de agricultura, diamantes e outros, e pescas e derivados foi a principal responsável por este resultado. Quanto ao sector petrolífero é esperado um crescimento de 6,6%, superior ao ano de 2012 em 2,3 p.p.

No que concerne a 2014 projecta-se um crescimento real do PIB de 8%, superior ao esperado em 2013. Na base deste aumento está a recuperação do sector não petrolífero, que se espera crescer 9,7%, ou seja mais 2,4 p.p. que o corrente ano. Esta previsão de comportamento baseia-se principalmente no desenvolvimento favorável dos sectores da energia (32,1%), da indústria transformadora (13,2%) e da agricultura (11,6%).

Gráfico 17 - Comportamento da Taxa de Crescimento do PIB (2011 – 2013*)

3,9% 7,4%

7,1%9,7%

-5,6%

2011 2012 2013

-4,3%

9,1%

7,3%

6,6%

12,0%

10,0%

8,0%

6,0%

4,0%

2,0%

0,0%

-2,0%

-4,0%

-6,0%

-8,0%

*Projecções

Fonte: Ministério do Planeamento

PIB GlobalPIB Não PetrolíferoPIB Petrolífero

Sector RealProduto Interno Bruto

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26

No I trimestre de 2013 registou-se uma diminuição da produção do petróleo de 3,99% e uma redução de 3,97% face ao período homólogo de 2012. A produção total no I trimestre de 2013 foi de 152,91 milhões de barris, o que corresponde a uma média de 1,70 milhões de barris por dia, valor inferior ao programado no OGE de 2013, ou seja 1,84 milhões de barris/dia. Em termos mensais, no I trimestre 2013 o mês em que se registou maior produção foi Março com cerca de 1,85 milhões de barris/dia, e Fevereiro foi o que registou menor produção com 1,48 milhões de barris dia.

No I trimestre de 2013 registou-se um ligeiro aumento no preço do petróleo, tendo-se passado de um preço médio de 109,4 Dólares Norte-Americanos por barril, no IV trimestre de 2012, para 111,02 Dólares Norte-Americanos por barril, no I trimestre de 2013.

Produção por Sectores

Indústria Petrolífera

Gráfico 18 - Comportamento da Produção e Preço do Petróleo (I Trim’12 – I Trim’13)

160,00158,00156,00154,00152,00150,00148,00

125,00120,00115,00110,00100,0095,0090,00

Milh

ões

de B

arris

/ Trim

estre

I Trim II Trim III Trim IV Trim2010

I Trim2011

Fonte: Ministério dos Petróleos Preço Médio das Ramas Angolanas ($/bbl) (LD)Produção Petrolífera

Tabela 5 - Produção Petrolífera (2012 – 2013)

MINPET - realizadoOGE - programado

1,77-

1,72-

1,81-

1,77-

1,741,80

1,70-

-1,84

Fonte: Ministério dos Petróleos e OGE 2013

Milhões barris/dia I Trim’12 II Trim’12 III Trim’12 IV Trim’12 2012 I Trim’13 2013

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27Relatório de Inflação • I Trimestre de 2013 •

No I trimestre do ano de 2013 a produção diamantífera reduziu-se em 4,53% face ao trimestre anterior, sendo Fevereiro o mês em que se registou menor produção e Janeiro o mês em que se registou maior produção. Em relação ao período homólogo de 2012, a produção de diamantes registou igualmente uma diminuição de 2,33%.

Realça-se que o preço médio do quilate Angolano registou uma diminuição trimestral de 1,49%, que associado à diminuição das quantidades produzidas resultou num impacto desfavorável sobre as receitas totais deste sector da economia.

Indústria Cimenteira

I Trim II Trim III Trim IV Trim2012

I Trim2013

Fonte: Ministério de Geologia e Minas

Gráfico 19 - Comportamento da Produção Diamantífera (I Trim’12 – I Trim’13)

2150,002100,002050,002000,001950,001900,001850,001800,00

146,00144,00142,00140,00138,00136,00134,00132,00130,00128,00126,00

Preço dos DiamantesProdução de Diamantes (Milhões Quilates)

Gráfico 20 - Comportamento da Produção de Cimento (I Trim’12 – I Trim’13)

Produção de Cimento (Mil Toneladas)Fonte: Ministério do Planeamento/Nova Cimangola/Secil Lobito

500,00

400,00

300,00

200,00

100,00

0,00I Trim II Trim III Trim IV Trim

2012I Trim2013

Indústria Diamantífera

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28

No I trimestre de 2013, a produção de cimento registou um decréscimo trimestral de 18,61%, passando de 374,55 mil toneladas no IV trimestre de 2012 para 304,86 mil toneladas no I trimestre de 2013. Essa queda foi maioritariamente influenciada pela produção do mês de Março de 88,85 mil toneladas, tendo as produções de Janeiro e Fevereiro sido de 113,46 e 102,56 mil toneladas, respectivamente. Esta evolução negativa poderá ser um dos reflexos do agravamento, desde o II trimestre de 2012, do indicador de confiança do sector de construção. De acordo com a Nova Cimangola, outro factor que poderá ser responsável pela queda da produção de cimento desde o início de 2013 é a redução acentuada de vendas de cimento, que resulta do aumento da concorrência neste sector, mais concretamente do cimento Chinês importado.

Indústria Energética

A tendência trimestral de aumento da distribuição nacional de energia que se vem verificando desde o final do ano de 2012 também foi observada no I trimestre de 2013, tendo-se registado um crescimento significativo de 44,99% face à distribuição do IV trimestre de 2012, o equivalente a um aumento de 16,74% face ao período homólogo de 2012.

Indicador do Clima Económico (I Trimestre de 2013)

Esta secção retrata a situação económica actual na óptica dos agentes económicos através do indicador de confiança, compilado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Este indicador mede a percepção dos empresários sobre o desempenho dos sectores da economia num determinado período de tempo, que se pretende de curto prazo, neste caso trimestral. O referido indicador é calculado com base numa recolha de dados realizada através de um inquérito de conjuntura dos sectores da indústria extractiva, indústria transformadora, construção, comércio, turismo e transportes nas províncias de Luanda, Benguela, Huíla e Kwanza Sul. Realça-se que cerca de 80% das empresas do país encontram-se sediadas nessas quatro províncias e empregam aproximadamente 53,50% do total de trabalhadores.

Adicionalmente destaca-se que o indicador de clima económico (ICE) é um instrumento de avaliação das expectativas dos empresários sobre a evolução da economia no curto prazo. Este indicador é resultado da média aritmética simples dos saldos das respostas extremas (SER) das mesmas variáveis que compõem os diferentes indicadores de confiança (IC) sectoriais após a sua normalização e aplicação da média móvel.

Gráfico 21 - Comportamento da Distribuição de Energia (I Trim’12 – I Trim’13)

1800,00

1600,00

1400,00

1200,00

1000,00

800,00

600,00

400,00

200,00

0,00I Trim II Trim III Trim IV Trim

2012I Trim2013

Distribuição Nacional de Energia pela ENE (MWh)Fonte: Empresa Nacional de Electricidade

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29Relatório de Inflação • I Trimestre de 2013 •

Gráfico 22 - Indicador do Clima Económico (I Trim’12 – I Trim’13)

MédiaICEFonte: Instituto Nacional de Estatística (INE)

10 10 10

11

1212,5

12,0

11,5

11,0

10,5

10,0

9,5

9,0

I Trim II Trim III Trim IV Trim I Trim2012 2013

Como ilustrado no gráfico 22, no IV Trimestre de 2012 o ICE encontra-se acima da média da série, com 10,6. Com efeito, no I trimestre de 2013 verificou-se um aumento do ICE, tanto em termos trimestrais como em termos homólogos. Como este se encontra acima da média do período em análise, demonstra uma melhoria, ainda que discreta, do clima económico Angolano. Esta evolução trimestral positiva pode estar associada ao comportamento trimestral positivo da indústria extractiva, do comércio, dos transportes e do turismo, cujo efeito sobre o aumento do ICE foi de 1 ponto relativamente ao IV trimestre7 de 2012. Realça-se que os comportamentos trimestrais negativos da indústria transformadora e da construção terão impossibilitado um maior crescimento do ICE.

Indústria Transformadora

Segundo o boletim do INE, o indicador de confiança deste sector evoluiu negativamente em relação ao período anterior. A variação trimestral foi resultante do comportamento desfavorável das perspectivas de produção, produção actual e emprego.

Gráfico 23 - Índice de Confiança - Indústria Transformadora (I Trim’12 – I Trim’13)

Fonte: INE

2012I Trim II Trim III Trim IV Trim I Trim

2013

24

22

20

18

16

14

12

10

MédiaIC Indústria Transf.

15 1514

17

19

7Note-se que a média do ICE de 2008 a 2012 é 15.

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30

Construção

Gráfico 24 - Índice de Confiança - Construção (I Trim’12 – I Trim’13)

Fonte: INE

2012

0

-5

-10

-15

-20

-25

MédiaIC Construção

2013I Trim II Trim III Trim IV Trim I Trim

-10

-4-6

-15

-21

-11

A partir do III trimestre de 2012, o indicador de confiança trimestral do sector de construção tem-se vindo progressivamente a agravar. Essa tendência foi influenciada pela evolução trimestral negativa da carteira de encomendas, das perspectivas de actividade e das perspectivas de emprego.

Comércio

No I trimestre de 2013, o indicador de confiança do sector do comércio continuou a apresentar um comportamento favorável, tendo-se situado acima da média e tendo registado uma evolução positiva, tanto em termos trimestrais como em termos homólogos. Esta evolução está associada essencialmente ao aumento dos níveis de stock do sector.

Gráfico 25 - Índice de Confiança - Comércio (I Trim’12 – I Trim’13)

Fonte: INE MédiaIC Comércio

2012I Trim II Trim III Trim IV Trim I Trim

22

20

18

16

14

12

10

2013

16 16

20

15

12 12

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31Relatório de Inflação • I Trimestre de 2013 •

Transportes

Gráfico 26 - Índice de Confiança - Transportes (I Trim’12 – I Trim’13)

Fonte: INE

2012I Trim II Trim III Trim IV Trim I Trim

2013

MédiaIC Transportes

45

40

35

30

25

20

27

3535 36

3840

O indicador de confiança do sector dos transportes do I trimestre de 2013 encontra-se acima da média da série e aumentou em relação ao trimestre anterior, o que sugere que a conjuntura deste sector é favorável. Esta evolução deveu-se à estabilidade da actividade das empresas do sector e ao aumento das perspectivas de emprego para o próximo trimestre.

Turismo

Gráfico 27 - Índice de Confiança - Turismo (I Trim’12 – I Trim’13)

2012I Trim II Trim III Trim IV Trim I Trim

2013

MédiaIC TurismoFonte: INE

3

2

1

0

-1

-2

-3

-4

-5

-2 -2

-4

-1

2

Em termos gerais, no I trimestre de 2013 a conjuntura económica no sector do turismo foi mais favorável dado que o indicador de confiança contrariou a tendência descendente registada no trimestre anterior, situando-se acima da média da série. Há que destacar que o indicador de confiança também evoluiu positivamente quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Segundo os empresários, esta evolução deveu-se principalmente ao aumento da actividade das empresas e da melhoria das perspectivas em relação ao emprego.

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32

Gráfico 28 - Índice de Confiança - Indústria Extractiva (I Trim’12 – I Trim’13)

Fonte: INE MédiaIC Extractiva

2012I Trim II Trim III Trim IV Trim I Trim

25201510

50

2013

1211 4

8

18 20

No I trimestre de 2013, a indústria extractiva continuou a registar uma melhoria conjuntural dado que o indicador de confiança aumentou ligeiramente, de 18 para 20. O aumento do ICE deste sector e o facto de ter continuado acima da média da série (12) deve-se essencialmente ao aumento das perspectivas de exportação. Realça-se, igualmente, o aumento do indicador de confiança do I trimestre de 2013 face ao trimestre homólogo de 2012, devido ao aumento da produção e das boas perspectivas para o sector no próximo trimestre.

Indústria Extractiva

No I trimestre de 2013 o saldo da Conta de Bens deteriorou-se em 2,07% face ao trimestre anterior. Esta fraca dinâmica reflecte, em parte, a redução das exportações numa escala superior à da redução das importações.

A análise agregada do saldo da Conta de Bens do I trimestre de 2013 indica uma posição de USD 11.920,53 milhões, o que corresponde a uma redução de USD 251,58 milhões em relação ao IV trimestre de 2012 (USD 12.172,11 milhões), e uma redução de USD 987,06 milhões, face ao período homólogo de 2012.

Gráfico 29 - Saldo da Conta de Bens (I Trim’12 – I Trim’13)

13.500

13.000

12.500

12.000

11.500

11.000

10.500

10.000

12.908

I Trim II Trim III Trim IV Trim2012

I Trim2013

Fonte: DES/BNA

11.246

12.172

11.034

11.920

Milh

ões

de U

S$

Sector ExternoConta de Bens

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33Relatório de Inflação • I Trimestre de 2013 •

Tal como se pode observar na tabela 6, as importações do I trimestre de 2013, USD 5.219,97 milhões, foram inferiores às importações do I trimestre de 2012, em 20,09% (USD 6.532,13), e do IV trimestre de 2012, em 10,61% (USD 5.839,71 milhões).

Tabela 6 - Importações e Exportações - FOB (I Trim’12 – I Trim’13)

19.439,726.532,13

12.954,16

17.140,505.219,97

11.920,53

16.901,945.655,92

11.246,02

16.723,055.689,17

11.033,88

18.011,825.839,71

12.172,11

71.076,5323.716,9347.359,60

17.140,505.219,97

11.920,53

11,51%30,45%

3,56%

-4,84%-10,61%-2,07%

22,61%47,05%13,10%

2012-2013-11,83%-20,09%-7,65%

I Trim II Trim III Trim IV Trim Acum I Trim 2011-2012

2012

2013

Fonte: DES/BNA

ExportaçõesImportaçõesConta de Bens

ExportaçõesImportaçõesConta de Bens

Milhões de USD ∆ ∆ Acum

No trimestre em análise, a análise segmentada por parceiros económicos evidencia Portugal como o principal parceiro comercial de Angola. As importações provenientes de Portugal representam 17,18% do total das importações de Angola. Realça-se que este peso sofreu uma queda trimestral dado que no IV trimestre de 2012 fixava-se em 19,06%.

Importa, igualmente, mencionar que, a seguir às importações provenientes de Portugal, as importações provenientes da China destacam-se com 12,28% do total das importações Angolanas.

Numa análise segmentada por produtos, comparando o I trimestre de 2013 ao IV trimestre de 2012, verifica-se que se registou uma diminuição das importações de todos os produtos, com excepção dos combustíveis. No âmbito da análise do peso trimestral dos produtos cabe destacar os combustíveis e alimentos com 20,56% e 17,01% do total das importações, respectivamente.

Tabela 7 - Evolução do Valor FOB das Importações por Países (I Trim’12, IV Trim’12 e I Trim’13)

Fonte: DES/BNA

PaísesPortugalEstados Unidos da América ChinaBélgicaÁfrica do SulBrasilEmiratos Árabes UnidosOutros Total

Milhões de USD Peso

Jan Fev Mar Jan Fev Mar2013 20132012

314,42 105,61 228,34 127,10

57,72 87,76 72,58

705,85 1.699,38

263,86 64,39

183,53 75,21 60,75 80,94 57,76

685,25 1.471,68

318,63 79,72

229,14 85,63 65,36

100,17 72,59

1.097,66 2.048,91

18,50% 6,21%

13,44% 7,48% 3,40% 5,16% 4,27%

41,54% 100,00%

17,93% 4,38%

12,47% 5,11% 4,13% 5,50% 3,92%

46,56% 100,00%

15,55% 3,89%

11,18% 4,18% 3,19% 4,89% 3,54%

53,57% 100,00%

891,83 357,47 487,63 399,72 166,53 246,73 169,85

3.812,36 6.532,13

1.108,08 288,02 653,35 348,65 265,03 304,56 260,50

2.611,50 5.839,71

896,91 249,72 641,01 287,94 183,83 268,87 202,93

2.488,76 5.219,97

17,18% 4,78%

12,28% 5,52% 3,52% 5,15% 3,89%

47,68% 100,00%

I Trim IV Trim I TrimI Trim

(total)%

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34

Tabela 8 - Importações por Categoria Económica (I Trim’12 – I Trim’13)

Produtos Combustíveis Alimentos Reactores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos ou partes Veículos automóveis, tractores, motocicletas e outros ciclos, outros terrestres, partes e acessóriosOutrosTotal

Fonte: DES/BNA

Peso Variação %Milhões de USD

33,7% -6,3%

-25,7%

-10,3% -19,0%

-10,61%

10,8% 10,8%

-10,7%

-97,3% -2,3%

-20,09%

968,91 801,19

709,62

1405,67 2646,73

6.532,13

1.408,49683,63

756,37

16,84 2.790,58

5.655,92

859,45 785,16

873,60

37,61 3133,34

5.689,17

802,65 948,32

852,68

42,55 3.193,50

5.839,71

14,83% 12,27%

10,86%

21,52% 40,52%

100,00%

24,90% 12,09%

-86,63%

0,30% 49,34%

100,00%

15,11% 13,80%

-84,64%

0,66% 55,08%

100,00%

13,74% 16,24%

14,60%

0,73% 54,69%

100,00%

I Trim II Trim III Trim IV Trim I Trim II Trim III Trim IV Trim Total I Trim I TrimI Trim

2012 20122012 20132013 2013

Trim

(12-13)

4.039,51 3218,31

3.192,28

1502,68 11.764,15

23.716,93

20,56% 17,01%

12,13%

0,73% 49,56%

100,00%

1.073,20 888,11

633,41

38,17 2.587,07

5.219,97

Ainda no período em análise observou-se uma diminuição das exportações de 4,84% relativamente ao trimestre anterior, e de 11,83% em relação ao I trimestre de 2012. O petróleo continua a ser o produto de maior peso sobre as exportações do país (97,10%). Realça-se que as exportações trimestrais de diamantes desaceleraram em 7,13% em relação ao último trimestre de 2012.

Tabela 9 - Exportação por Produtos (I Trim’12 – I Trim’13)

PaísesPetróleo BrutoDiamantesOutros Total

18.869,83 250,96 318,93

19.439,72

16.241,88 354,33 305,73

16.901,94

16.300,18 263,70 159,17

16.723,05

17.459,50 290,46 261,85

18.011,82

16.643,34 269,74 227,41

17.140,50

97,28% 1,29% 1,43% 100%

96,13% 2,08% 1,79% 100%

97,23% 1,56% 1,21% 100%

97,19% 1,62% 1,20% 100%

97,10% 1,57% 1,33% 100%

-4,67% -7,13%

-13,15% -4,84%

-11,80% 7,48%

-28,70% -11,83%

2012 2013 2012 2013 2013 2012-2013

Fonte: DES/BNA

I Trim II Trim III Trim IV Trim I Trim I Trim II Trim III Trim IV Trim I Trim I Trim I Trim

Milhões de USD Peso Variação

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35Relatório de Inflação • I Trimestre de 2013 •

Evolução da Taxa de Câmbio

A taxa média de referência registou uma depreciação de 0,17%, passando de 95,83 Kz/USD em Dezembro de 2012 para 95,98 Kz/USD em Março de 2013. Em relação aos restantes mercados há que realçar que no mercado secundário registou-se uma apreciação de 0,18% das notas, e de 0,04% das divisas. Por seu lado, a taxa praticada pelas casas de câmbio sofreu uma depreciação de 1,74% e a do mercado informal depreciou 0,78%.

O diferencial entre as taxas de câmbio do mercado secundário de notas e do informal aumentou de 7,33% em Dezembro de 2012 para 8,37% em Março de 2013. Nos últimos doze meses, a taxa de câmbio de referência, a taxa do mercado secundário de notas e a taxa do mercado informal registaram depreciações de cerca 0,69%, 0,25% e 4,49%, respectivamente. Esta evolução evidencia que as taxas de câmbio continuam a não registar volatilidades consideráveis.

Tabela 10 - Taxas de Câmbio: Resumo dos Mercados Primário, Secundário, Informal e Casas de Câmbio (Jan’12 - Mar’13)

Mercado Informal (Notas)CompraVendaMédia

Casas de CâmbioCompraVendaMédia

Bancos (Notas)CompraVendaMédia

Bancos (Divisas)CompraVendaMédia

Mercado Primário (Taxa Referência)CompraVendaMédia

100,000102,500101,250

98,056101,667

99,861

100,000102,250101,125

97,833101,556

99,694

100,000102,250101,125

97,889101,500

99,694

100,000102,250101,125

98,222101,356

99,789

100,000102,083101,042

98,500101,389

99,944

100,000102,500101,250

98,750101,613100,181

100,333102,917101,625

99,444101,967100,706

100,833105,000102,917

99,438101,969100,703

101,333105,000103,167

99,500101,900100,700

101,333105,000103,167

99,667102,044100,856

102,500106,750104,625

99,889102,156101,022

102,667107,000104,833

99,667102,439101,053

103,000107,167105,083

100,300102,750101,525

105,000108,000106,500

100,850103,630102,240

104,167107,167105,667

101,300104,320102,810

1,461%0,156%0,795%

1,639%1,836%1,739%

4,167%4,808%4,491%

3,485%2,778%3,125%

95,38496,01495,699

94,95897,65396,306

95,63998,14096,890

94,63398,44096,537

95,26297,59296,427

95,19698,34996,772

95,05197,89096,470

94,75497,80496,279

95,07098,32496,697

95,18298,51696,849

95,44998,73297,090

95,47398,87397,173

95,78898,99397,391

95,42898,99597,211

95,19599,08097,138

-0,292%0,210%

-0,037%

-0,465%0,959%0,256%

96,57498,43597,505

95,03498,77096,902

95,91798,60497,261

95,82998,61597,222

95,39798,63597,016

94,93798,58596,761

94,71098,67096,690

95,80598,70097,253

94,83798,66096,748

94,91298,71496,813

93,90098,85196,376

96,30399,04197,672

95,56699,11097,338

95,17399,31097,242

95,78499,21997,502

-0,540%0,180%

-0,175%

-0,140%0,624%0,248%

95,05595,53195,293

95,06795,54295,304

95,08195,55695,318

95,09295,56795,329

95,10795,58395,345

95,12295,59895,360

95,13995,61595,377

95,15595,63195,393

95,18295,65895,420

95,23295,70895,470

95,47395,95195,712

95,58796,06595,826

95,70096,17995,940

95,72296,20195,962

95,74496,22395,984

0,165%0,164%0,165%

0,698%0,698%0,698%

Jan ‘12 Fev’12 Mar’12 Abr’12 Mai’12 Jun’12 Jul’12 Ago’12 Set’12 Out’12 Nov’12 Dez’12 Jan’13 Fev’13 Mar’13 Trim. 12 Meses

Fonte: BNA/DMA/DSI/DES

I Trim’12 II Trim’12 III Trim’12 IV Trim’12 I Trim’13 Variações

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36

Quando a trajectória da taxa de câmbio e da inflação são comparadas observa-se que a taxa de câmbio apresenta uma evolução relativamente estável ao longo do trimestre e que a taxa de inflação apresenta uma ligeira inversão na sua trajectória decrescente. Porém espera-se que à semelhança do que aconteceu em 2012, esta inversão na trajectória da taxa de inflação seja apenas temporária.

No final do I trimestre de 2013 o stock das Reservas Internacionais Líquidas (RIL) foi de USD 32.276,38 milhões, o que representou uma expansão de 5,34% em relação ao trimestre anterior e uma expansão de 19,53% em relação ao período homólogo de 2012.

Gráfico 30 - Actividade do Mercado Cambial vs. Inflação Homóloga (I Trim’12 – I Trim’13)

Fonte: BNA e INE

96,50

96,00

95,50

95,00

94,50

94,00

93,50

93,00

92,50

12,00%11,50%11,00%10,50%10,00%

9,50%9,00%8,50%8,00%7,50%7,00%

Inflação HomólogaTaxa de Câmbio

95,29 95,30 95,32 95,33

95,35 95,36 95,37 95,39 95,42 95,4795,71 95,83 95,96 95,9811,48% 11,32% 11,12%

10,88%

10,51%10,11% 10,02% 9,87% 9,65% 9,76%

9,83%

9,02% 8,90% 9,04% 9,11%

Jan’12 Fev’12 Mar’12 Abr’12 Mai’12 Jun’12 Jul’12 Ago’12 Set’12 Out’12 Nov’12 Dez’12 Jan’13 Fev’13 Mar’13

I Trim II Trim III Trim IV Trim I Trim

Gráfico 31 - Evolução das Reservas Internacionais Líquidas (I Trim’12 – I Trim’13)

Fonte: DES/BNA

Obrigações de Curto Prazo Reservas Brutas Reservas Internacionais Líquidas (RIL)

80.000

70.000

60.000

50.000

40.000

30.000

20.000

10.000

000

-10.000

32.2

76,3

8

30.6

38,9

1

30.0

42,6

2

30.3

44,0

3

27.0

02,1

5

34.6

27

33.0

41

32.4

62

32.7

53

29.4

47

-2.444 -2.409 -2.419 -2.402 -2.350

I Trim II Trim III Trim IV Trim2012

I Trim2013

Obs.: Dados Expressos em Milhões de USD

Milh

ões

de U

SD

95,94

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37Relatório de Inflação • I Trimestre de 2013 •

A análise do sector fiscal baseia-se em informação preliminar disponibilizada pelo Ministério das Finanças dado que os valores finais para o ano fiscal de 2012 ainda não contabilizados na totalidade.

Receitas

A execução da programação financeira do I trimestre de 2013 foi realizada com base na taxa de câmbio média Kz 95,85/USD – Kz 0,16 acima do programado – e na exportação de 164,27 milhões de barris de petróleo bruto, ou seja 12,11 % acima do programado. O preço médio do petróleo foi de USD 110,44 por barril, 6,71% acima do programado.

Assim, os fluxos de recursos do Tesouro do trimestre atingiram Kz 971.155,48 milhões, dos quais Kz 936.083,69 milhões (96,39%) referentes a receitas do período e Kz 35.071,79 milhões (3,61%) referentes a desembolsos de Financiamentos.

Após a consignação de receitas no montante de Kz 299.807,88 milhões, as disponibilidades líquidas para o período foram de Kz 671.347,60 milhões.

Destaca-se que as receitas do período foram constituídas maioritariamente pelos pagamentos da concessionária nacional (Sonangol), enquanto os desembolsos de financiamentos corresponderam integralmente a financiamentos externos.

A Receita Total do I trimestre de 2013 representou um grau de execução de 83,17% do programado, enquanto no IV trimestre e no I trimestre de 2012, o grau de execução da receita total situou-se em 106,05% e 91,14% do programado, e no I trimestre de 2013 o grau de execução da receita situou-se abaixo dos 90%, mais concretamente 83,17%.

As disponibilidades líquidas do I trimestre de 2013 registaram uma diminuição de 44,48% em relação ao IV trimestre e de 44,49% em relação ao período homólogo de 2012, representando um grau de execução de 67,26% face ao programado.

Sector Fiscal

Tabela 11 - Receitas Realizadas - Informação Preliminar

Saldos Livres AcumuladosReceitas de Exercícios AnterioresDesembolsos de FinanciamentosReceitas do Período

Receitas CorrentesTributária

PetrolíferasNão petrolíferas

Receitas de CapitalReceitas ConsignadasTotal das ReceitasTotal das Receitas Líquidas

I Trim’12 I Trim’13 II Trim’13IV Trim’12Grau de Exec. Grau de Exec.Grau de Exec.

207.695,26 0,00

79.660,55 1.110.314,49

1.109.837,49 1.109.837,49

904.514,49 205.323,00

477,00 295.929,79

1.397.670,30 1.101.740,51

207.695,26 242.505,12 48.025,47

775.656,63

775.492,44 775.492,44 487.128,18 288.364,26

164,19 53.593,38

1.273.882,48 1.220.289,10

0,00 0,00

190.046,83 1.038.811,00

1.038.371,00 1.038.371,00

825.423,00 212.948,00

440,00 295.117,90

1.228.857,83 933.739,93

0,00 155.704,08 110.713,50

1.036.845,31

1.036.597,13 1.036.597,13

836.672,65 199.924,48

248,18 93.989,54

1.303.262,89 1.209.273,35

0,00 0,00

153.659,34 1.014.062,12

1.013.544,12 1.013.544,11

764.728,71 248.815,40

518,00

169.578,55 1.167.721,46

998.142,91

0,00 0,00

35.071,79 936.083,69

936.083,69 936.083,68 741.848,10 194.235,58

0,00

299.807,88 971.155,48 671.347,60

100,00 -

60,29 69,86

69,87 69,87 53,86

140,44

34,42 18,11 91,14

110,76

--

58,26 99,81

99,83 99,83

101,36 93,88

56,40 31,85

106,05 129,51

--

22,82 92,31

92,36 92,36 97,01 78,06

0,00 176,80 83,17 67,26

50.000,00

260.207,27 1.127.114,78

1.126.607,78 1.126.607,78

894.954,78 231.653,00

507,00 184.584,78

1.437.322,05 1.252.737,27

Prog. Exec. Prog. Exec. Prog. Exec.I Trim’12(%) IV Trim’12(%) I Trim’13(%) Prog.Receitas

Fonte: Ministério das Finanças

Obs.: Dados Expressos em Milhões de Kz

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38

Gráfico 32 - Receitas Previstas e Realizadas (I Trim’12 – I Trim’13)

Fonte: Ministério das Finanças

1.400.0001.200.0001.000.000

800.000600.000400.000200.000

000I Trim I Trim

20132012

Receitas Previstas Receitas RealizadasObs.: Dados Expressos em Milhões de Kz

A execução das receitas petrolíferas esteve próxima do montante programado, dado que fixou-se em 97,01%. Quando comparada à execução do período homólogo de 2012 (53,86%) observa-se uma melhoria na arrecadação de impostos petrolíferos. Por outro lado, as receitas não petrolíferas tiveram um desempenho inferior, ao registarem um grau de execução em relação à programação de 78,06%, face aos 140,44% do mesmo período de 2012.

No I trimestre de 2013, o grau de execução das receitas do período situou-se em 92,31% do programado, sendo que no período homólogo de 2012 e no IV trimestre, o grau de execução foi de 99,81% e 69,86%, respectivamente.

Quanto às receitas do exercício continuam a ser representadas maioritariamente por receitas correntes, sendo que 79,25% corresponderam a receitas petrolíferas e 20,75% a receitas não petrolíferas.

Para o II trimestre de 2013 projecta-se um aumento do total das receitas de 23,09% e de 48,00%, face ao programado e ao executado do I trimestre de 2013, respectivamente. Deste modo, o volume total de receitas no II trimestre de 2013 poderá alcançar Kz 1.437.322,05 milhões e deverá ser composto essencialmente por receitas correntes, das quais 79,44% são provenientes das receitas petrolíferas e 20,56% das receitas não petrolíferas.

Gráfico 33 - Estrutura das Receitas (I Trim’12 – I Trim’13)

Estrutura das Receitas Fiscais Composição das Receitas Correntes

Fonte: Ministério das Finanças

0% 20% 40% 60% 80% 100%

20,75%79,25%

80,71% 19,29%

37,18%62,82%

I Trim’13

IV Trim’12

I Trim’12

Correntes Capital Não PetrolíferasPetrolíferas

0% 20% 40% 60% 80% 100%

99,98%

100,00%

99,98%

I Trim’13

IV Trim’12

I Trim’12

Obs.: Dados Expressos em Milhões de Kz

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39Relatório de Inflação • I Trimestre de 2013 •

Assim, as despesas totais do I trimestre de 2013 foram executadas em 68,63% do programado, face à execução de 103,71% e 83,56% ocorrida no IV trimestre e no período homólogo de 2012, respectivamente. Em termos de valores de despesa absolutos observou-se uma diminuição de 51,15% e 20,19%, comparativamente ao IV trimestre e o período homólogo de 2012, respectivamente.

Tabela 12 - Despesas Realizadas - Informação Preliminar

Despesas do Período Anterior Despesas do Período

Despesas CorrentesDespesas com o PessoalDespesas em Bens e ServiçosTransferências CorrentesSubsídios

Despesas de CapitalInvestimentos PúblicosTransferências de CapitalAplicações em Activos FinanceirosOutras Despesas de Capital

Serviço da DívidaJuros

Juro da Dívida InternaJuro da Dívida Externa

Amortização da Dívidada Dívida Internada Dívida Externa

Total das Despesas

DespesasI Trim’12 I Trim’13 I Trim’13IV Trim’12Grau de Exec. Grau de Exec.Grau de Exec.

0,00 1.072.431,47

555.101,44 229.718,45 185.388,96 50.799,57 89.194,46

230.986,92191.183,73

2.440,41 10.785,45 26.577,33

286.343,1115.474,14 7.832,44 7.641,70

270.868,97 222.596,13 48.272,83

1.072.431,47

0,00 896.073,92

484.841,14 232.148,48 132.200,36 31.392,50 89.099,80

190.177,84 147.858,96

2.401,21 7.663,32

32.254,35

221.054,94 18.706,46 10.862,94 7.843,52

202.348,48 183.043,80

1.304,68

896.073,92

44.933,16 1.366.829,44

700.905,38 334.970,04 213.289,09 43.737,81

108.908,44

317.588,00 184.077,44

3.026,34 10.814,47

119.669,75

348.336,06 31.101,77 17.190,42 13.911,35

317.234,29 200.330,45 116.903,84

1.411.762,60

118.762,11 1.345.344,38

781.153,76 298.695,31 254.003,08 46.793,14

181.662,23

307.691,53 227.375,86

3.029,34 9.579,62

67.709,70

256.499,09 28.865,52 19.479,37 9.386,16

227.633,56 179.372,02 48.261,54

1.464.106,49

0,00 1.042.009,19

642.362,01 243.750,00 206.982,24 48.040,22

143.589,55

304.018,38 216.508,62

0,00 26.949,87 60.559,89

95.628,80 18.870,98 9.438,25 9.432,73

76.757,82 38.295,07 38.462,75

1.042.009,19

0,00 715.160,10

468.823,76 250.878,07 127.774,12 50.018,61 40.152,96

132.159,96 84.186,43

0,00 13.551,74 34.421,79

114.176,38 15.979,73 9.745,99 6.233,74

98.196,65 41.221,75 56.974,90

715.160,10

- -

87,34 101,06 71,31 61,80 99,89

82,33 77,34 98,39 71,05

121,36

77,20 120,89 138,69 102,64 74,70 82,23 39,99

83,56

- -

111,45 89,17

119,09 106,99 166,80

96,88 123,52 100,10 88,58 56,58

73,64 92,81

113,32 67,47 71,76 89,54 41,28

103,71

- -

72,98 102,92 61,73

104,12 27,96

43,47 38,88

- 50,28 56,84

119,40 84,68

103,26 66,09

127,93 107,64 148,13

68,63

0,00 1.425.153,99

719.967,72 255.076,94 280.252,62 46.038,18

138.599,98

493.086,02 398.120,04

0,00 11.695,05 83.270,94

212.100,25 34.300,20 21.010,83 13.289,37

177.800,14 118.778,61 59.021,54

1.425.153,99

Prog. Exec. Prog. Exec. Prog. Exec.I Trim’12(%) IV Trim’12(%) I Trim’13(%) Prog.

Fonte: Ministério das Finanças

Obs.: Dados Expressos em Milhões de Kz

Despesas

No I trimestre de 2013, os fluxos de saídas do exercício alcançaram Kz 715.160,10 milhões face aos Kz 1.042.009,19 milhões programados. Estes fluxos subdividiram-se em Kz 468.823,76 milhões de despesa corrente, Kz 132.159,96 milhões de despesas de capital e Kz 114.176,38 milhões de serviço da dívida, correspondendo a 65,56%, 18,48% e 15,97%, respectivamente, do total das despesas.

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40

A execução da despesa por categorias, nomeadamente despesas correntes, de capital e com o serviço da dívida, situou-se em 72,98%, 43,47% e 119,40% face ao programado, respectivamente. Dados os níveis de execução face ao programado há que destacar as rubricas Juros e Amortização da dívida interna com níveis de execução de 103,26% e 107,64%, respectivamente.

No que respeita à estrutura da despesa total, a despesa corrente é que tem o maior peso percentual, seguindo-se as despesas com o serviço da dívida e por último as despesas de capital.

Em relação à estrutura da despesa corrente, o maior peso recai sobre as despesas com o pessoal, seguidas das despesas com bens e serviços, transferências correntes e subsídios, respectivamente.

Gráfico 34 - Despesas Previstas e Realizadas (I Trim’12 – I Trim’13)

Despesas Previstas Despesas Realizadas

1.200.000

1.000.000

800.000

600.000

400.000

200.000

000

I Trim I Trim20132012

Fonte: Ministério das Finanças

Obs.: Dados Expressos em Milhões de Kz

Gráfico 35 - Estrutura das Despesas (I Trim’13)

Fonte: Ministério das Finanças

Obs.: Dados Expressos em Milhões de Kz

15,97%

Estrutura das Despesas Totais

18,48% 65,56%

Estrutura das Despesas Correntes

Despesas Correntes Serviço da Dívida

Despesas de Capital

Despesas em Bens e ServiçosDespesas com o Pessoal

SubsídiosTransferencias Correntes

53,51%

8,56%

27,25%

10,67%

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41Relatório de Inflação • I Trimestre de 2013 •

No que concerne à estrutura das despesas de capital observou-se uma maior participação das rubricas investimentos públicos e outras despesas de capital8.

8Outras despesas de capital: Aquisição de bens de capital fixo e Imóveis, Meios e equipamentos de transportes, etc.

Em termos da estrutura do serviço da dívida observou-se um maior pagamento da dívida externa (58,02%) comparativamente ao pagamento da dívida interna (41,98%).

Gráfico 36 - Estrutura do Serviço da Dívida (I Trim’13)

Fonte: Ministério das Finanças

Obs.: Dados Expressos em Milhões de Kz

Amortização da DívidaJuros ExternaInterna

14,00%

86,00%41,98%58,02%

Gráfico 37 - Estrutura das Despesas de Capital (I Trim’13)

Fonte: Ministério das Finanças

Obs.: Dados Expressos em Milhões de Kz

Outras Despesas de CapitalInvestimentos Públicos Aplicações em Activos Financeiros

26,05%

10,25%63,70%

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42

Gráfico 38 - Crédito Líquido ao Governo Central (I Trim’12 – I Trim’13)

Fonte: DES/BNA

2.500.000,00

2.000.000,00

1.500.000,00

1.000.000,00

500.000,00

0,00

-500.000,00

-1.000.000,00

-1.500.000,00

2013I Trim II Trim III Trim IV Trim I Trim

2012

Obs: Dados Expressos em Milhões de Kz Crédito Bruto (Activos)CLGC Depósitos

O Crédito Líquido ao Governo Central (CLGC) contraiu em 45,91% no I trimestre de 2013, contra uma contracção de 15,08% no período homólogo de 2012. A contracção do CLGC deriva do aumento em 17,87% dos depósitos do Governo no BNA, o que pode ser explicado pelo aumento das receitas correntes do Tesouro e pela execução da despesa inferior à programada.

Perspectiva para o II Trimestre de 2013

Para o II trimestre de 2013 projecta-se um aumento das receitas totais de 48,00% em relação ao executado no I trimestre de 2013, sendo que as receitas petrolíferas deverão crescer cerca 20,64% e as não petrolíferas 19,26%. As despesas totais deverão atingir quase o dobro do registado no I trimestre, com destaque para as despesas de capital (273,10%) e serviço da dívida (85,77%). Deste modo, projecta-se um défice do saldo do exercício na ordem de Kz 172.416,82 milhões, que deverá ser coberto com financiamento interno através da antecipação de receitas (Kz 78.645,00 milhões) e da utilização de saldos de exercícios anteriores (Kz 93.771,82 milhões).

Crédito Líquido ao Governo Central (CLGC)

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43Relatório de Inflação • I Trimestre de 2013 •

No I trimestre de 2013, o Crédito à Economia9 concedido pelo sistema bancário expandiu cerca de 0,03% em relação ao registado no IV trimestre de 2012. Por seu lado, no período homólogo de 2012 expandiu cerca de 5,22%. A expansão do Crédito à Economia resultou de um aumento trimestral, na ordem de 1,93%, do Crédito ao Sector Privado, cuja componente em MN registou uma expansão de 7,50%, contra uma contracção da componente em ME de 4,88%. Realça-se que o Crédito ao Sector Público Empresarial registou uma contracção trimestral de 32,56%, sendo que a sua componente em MN registou uma contracção de 38,32%, enquanto a sua componente em ME cresceu 7,17%.

O Crédito à Economia em MN no I trimestre de 2013 registou um crescimento de 3,62% contra 9,07% no período homólogo do ano anterior. Por outro lado, o crédito em ME registou uma contracção de 4,68% no trimestre em análise, contra uma expansão de 1,28% no período homólogo de 2012. Nos últimos 12 meses o Crédito à Economia expandiu-se em ambas moedas. De realçar a expansão de 3,62% do crédito em MN, em relação ao crédito em ME que contraiu 4,68%.

9Crédito do Sistema Bancário (BNA e Bancos Comerciais).

Gráfico 39 - Comportamento do Crédito à Economia (I Trim’12 – I Trim’13)

Fonte: DES/BNA

3.000.000,00

2.500.000,00

2.000.000,00

1.500.000,00

1.000.000,00

500.000,00

0,00

Crédito à Economia em MN Crédito à Economia em ME Crédito à EconomiaObs: Dados Expressos em Milhões de Kz

20132012I Trim II Trim III Trim IV Trim I Trim

1.18

9.65

3,57

1.07

8.49

4,10

1.40

6.85

3,48

1.11

1.86

4,77

1.39

8.71

1,02

1.12

9.54

0,59

1.51

7.31

4,42

1.15

6.01

0,22

1.57

2.22

5,59

1.10

1.86

6,02

Sector MonetárioCrédito

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44

Gráfico 40 - Comportamento do Crédito à Economia por Sectores (I Trim’12 – I Trim’13)

Fonte: DES/BNA

Obs: Dados expressos em Kz milhões

20132012I Trim II Trim III Trim IV Trim I Trim

3.000.000,00

2.500.000,00

2.000.000,00

1.500.000,00

1.000.000,00

500.000,00

0,00

Crédito ao Sector Privado Crédito ao Sector Empresarial Público

2.20

5.89

2,73

62.2

54,9

5 2.40

5.90

3,95

112.

814,

30

2.36

4.93

8,80

163.

312,

82

2.52

6.07

3,32

147.

251,

32 2.57

4.78

7,95

99.3

03,6

6

Gráfico 41 - Comportamento do Crédito por Sectores de Actividade (I Trim’12, IV Trim’12 e I Trim’13) Variação (%)

Fonte: DES/BNA

60

40

20

0

-20

-40

-60

Outra

s Ac

tivid

ades

de

Ser

v. Co

lect

.,So

ciai

s e

Pess

oais

(%)

Com

érci

o po

rGr

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Ret

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Activ

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Alug

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Serv

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Activ

idad

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inan

ceira

s,Se

guro

s e

Fund

os d

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nsõe

s

Indú

stria

sTr

ansf

orm

ador

as

Parti

cula

res

Cons

truçã

o

Indú

stria

Ext

ract

iva

Outro

s

I Trim 2012 IV Trim 2012 I Trim 2013

A análise da distribuição do crédito por sectores de actividade no I trimestre de 2013, indica que os sectores: outras actividades de serviços colectivos, sociais e pessoais; particulares; comércio por grosso e a retalho, e actividades imobiliárias, aluguer e serviços prestados às empresas foram os sectores da economia que detiveram um maior volume de crédito bancário, com cerca de 20,70%, 17,92%, 15,99% e 10,49%, respectivamente. Em termos de crescimento trimestral importa sublinhar que os sectores dos particulares e outras actividades de serviços colectivos, sociais e pessoais foram os que mais cresceram no período, registando taxas de crescimento de cerca de 22,28% e 13,80%, respectivamente.

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45Relatório de Inflação • I Trimestre de 2013 •

Gráfico 42 - Crédito por Sectores de Actividade (I Trim’12, IV Trim’12 e I Trim’13) Peso (%)

Outra

s Ac

tivid

ades

de

Ser

v. Co

lect

.,So

ciai

s e

Pess

oais

Com

érci

o po

rGr

osso

e a

Ret

alho

Activ

idad

es Im

ob.,

Alug

uere

s e

Serv

. Pre

st. à

s Em

pres

as

Activ

idad

es F

inan

ceira

s,Se

guro

s e

Fund

os d

e Pe

nsõe

s

Indú

stria

sTr

ansf

orm

ador

as

Parti

cula

res

Cons

truçã

o

Indú

stria

Ext

ract

iva

Outro

s

25,00

20,00

15,00

10,00

5,00

-

I Trim 2012 IV Trim 2012 I Trim 2013Fonte: DES/BNA

Tabela 13 - Comportamento do Crédito por Sectores de Actividade (I Trim’12 – I Trim’13)

Outras Activ. de Serv. Colect., Sociais e PessoaisComércio por Grosso e a RetalhoParticulares Construção Activ. Imob., Alugueres e Serv. Prest. às EmpresasIndústrias TransformadorasIndústria ExtractivaActividades Financeiras, Seguros e Fundos de PensõesOutros Total

Variação (%) Peso (%)

371.868,92 372.043,05 441.527,88 197.772,10 251.850,16 182.516,57

70.513,52 40.842,77

339.212,72 2.268.147,67

396.070,32 430.049,07 404.259,09 279.446,84 261.511,49 207.191,06 112.669,90

54.188,62 373.331,86

2.518.718,24

407.860,67 475.704,38 284.844,19 283.230,49 330.857,25 245.496,91 120.630,97

89.454,85 290.171,89

2.528.251,61

486.413,37 453.088,10 391.875,07 313.560,98 273.922,65 257.903,64 110.215,34

90.869,35 295.476,14

2.673.324,64

553.519,87 427.468,64 479.171,51 256.010,42 280.404,28 167.101,38 100.662,73

49.099,48 360.653,31

2.674.091,61

I Trim’12 II Trim’12 III Trim’12 IV Trim’12 I Trim’1313,80-5,6522,28

-18,352,37

-35,21-8,67

-45,9722,06

0,03

13,80-5,6522,28

-18,352,37

-35,21-8,67

-45,9722,06

0,03

Trimestral Acumulada20,70%15,99%17,92%

9,57%10,49%

6,25%3,76%1,84%

13,49%100%

I Trim’13

Fonte: DES/BNA

O rácio de transformação no I trimestre de 2013 foi de 66,52% contra os 66,82% do IV trimestre de 2012, o que reflecte uma redução moderada da taxa de transformação dos depósitos do sistema em Crédito à Economia (0,03%). No mesmo período, os Depósitos Totais registaram, de certa forma, um crescimento igualmente moderado (0,48%).

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46

Gráfico 43 - Comportamento da Taxa de Transformação (I Trim’12 – I Trim’13)

4.500.000,00

4.000.000,00

3.500.000,00

3.000.000,00

2.500.000,00

2.000.000,00

1.500.000,00

1.000.000,00

500.000,00

0,00

2013I Trim II Trim III Trim IV Trim I Trim

2012

Crédito à Economia Depósitos Rácio de Transformação (CE/D)Fonte: DES/BNA

68,00

66,00

64,00

62,00

60,00

58,00

56,00

Ráci

o de

Tran

sfor

maç

ão (%

)

Taxas de Juro

Em Janeiro de 2013 foram emitidos no mercado monetário Títulos do Banco Central (TBC) de 182 dias a uma taxa de 5,07%, ou seja, os títulos foram emitidos a uma taxa menor – 0,01 p.p. – que a emissão que se verificou no trimestre anterior. De referir que no I trimestre de 2013 não houve emissão de outros títulos públicos. Nos últimos 12 meses os TBC de 63 dias registaram uma diminuição de 2,65 p.p., os Bilhetes do Tesouro (BT) de 91 e 182 dias registaram diminuições na ordem de 0,56 p.p. e 0,30 p.p, respectivamente, e os BT de 364 dias registaram um aumento de 0,54 p.p..

62,84

66,55

65,04

66,04 66,52

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47Relatório de Inflação • I Trimestre de 2013 •

Gráfico 44 - Evolução da Taxa de Juro dos Títulos (I Trim’12 – I Trim’13)

Fonte: DMA/BNA

Obs: As Taxas de Juro das Maturidades de 182 e 364 dias referem-se aos BT´s

TBC 28 DIAS TBC 63 DIAS BT 91 DIAS BT 18 DIAS BT 364 DIAS

20132012I Trim II Trim III Trim IV Trim I Trim

8,00

7,00

6,00

5,00

4,00

3,00

2,00

1,00

0,00

(%)

As taxas de juro activas médias do sector empresarial para a MN aumentaram em todas as maturidades no I trimestre de 2013, ao contrário das taxas activas médias do sector privado (Particulares) para MN que diminuíram em quase todas as maturidades, com a excepção da maturidade de mais de um ano, que aumentou em 0,92 p.p..

Gráfico 45 - Evolução das Taxas de Juro Activas do Crédito ao Sector Empresarial (I Trim’12 – I Trim’13)

20132012I Trim II Trim III Trim IV Trim I Trim

Até 180 dias MN De 181 dias a 1 ano MN Mais de 1 ano MN

20,00

18,00

16,00

14,00

12,00

10,00

8,00

6,00

(%)

Fonte: DES/BNA

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48

Por sua vez, no mesmo período, as taxas de juro activas médias para o crédito ao sector empresarial com as maturidades até 180 dias, 181 dias até 1 ano e acima de 1 ano situaram-se em 15,86%, 14,52% e 15,85%, respectivamente. Comparativamente ao último trimestre anterior, as referidas taxas registaram aumentos de 0,54 p.p. para a maturidade até 180 dias (MN), 0,16 p.p. para a maturidade de 181 dias a 1 ano (MN) e 0,76 p.p. na maturidade de mais de um ano (MN). Em relação ao período homólogo de 2012 registou-se um aumento de 0,57 p.p. para a maturidade até 180 dias (MN), uma redução de 0,34 p.p. para a maturidade de 181 dias a 1 ano (MN) e um aumento de 0,43 p.p. para a maturidade de mais de 1 ano (MN). Do ponto de vista da análise de 12 meses observou-se uma diminuição de 2,80 p.p., 1,12 p.p. e 2,28 p.p. para as maturidades até 180 dias (MN), 181 dias a 1 ano (MN) e mais de 1 ano (MN), respectivamente.

No I trimestre de 2013, as taxas de juro do crédito a particulares nas maturidades até 180 dias (MN), 181 dias a 1 ano (MN) e mais de 1 ano (MN) situaram-se em 16,89%, 12,43% e 14,21%, respectivamente.

No IV trimestre de 2012 as mesmas taxas situavam-se em 17,21%, 12,82% e 13,29%, para as maturidades até 180 dias (MN), 181 dias a 1 ano (MN) e mais de 1 ano (MN), respectivamente. Estas taxas registaram uma redução trimestral de 0,32 p.p. para a maturidade até 180 dias (MN), de 0,39 p.p. para a maturidade de 181 dias a 1 ano (MN) e um aumento trimestral de 0,92 p.p. na maturidade de mais de 1 ano (MN).

Em relação ao período homólogo do ano anterior registou-se uma redução de 0,02 p.p. para a maturidade até 180 dias (MN) e aumentos de 3,22 p.p. para a maturidade de 181 dias a 1 ano (MN) e de 0,62 p.p. para a maturidade de mais de 1 ano (MN). Quanto à análise de 12 meses observou-se uma diminuição de 2,18 p.p., 3,90 p.p. e 1,29 p.p. para as maturidades até 180 dias (MN), 181 dias a 1 ano (MN) e mais de 1 ano (MN), respectivamente.

Gráfico 46 - Evolução das Taxas de Juro Activas dos Créditos a Particulares (I Trim’12 – I Trim’13)

Fonte: DES/BNA

25,00

20,00

15,00

10,00

5,00

0,00

(%)

20132012I Trim II Trim III Trim IV Trim I Trim

Até 180 dias MN De 181 dias a 1 ano MN Mais de 1 ano MN

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49Relatório de Inflação • I Trimestre de 2013 •

Agregados Monetários

Meios de Pagamento

De acordo com as contas monetárias, no I trimestre de 2013 o M3 registou uma contracção trimestral na ordem de 4,27%. Esta contracção do M3 foi reflexo da contracção do crédito interno líquido (21,07%), que por sua vez foi influenciado pela redução de 46,16% do crédito líquido ao governo geral no período em análise não obstante a expansão verificada no crédito à economia. Importa salientar que a contracção do crédito interno líquido repercutiu-se nos restantes agregados, M2 e M1, que no trimestre em análise também se contraíram.

Mais concretamente, M2 e os Outros Instrumentos Financeiros contraíram 4,23% e 6,27%, respectivamente.

A contracção de 4,23% observada na componente M2 é reflexo da contracção da sua componente M1 (2,94%) e dos Depósitos a Prazo (5,89%). As contracções das Notas e Moedas em Circulação (15,49%) e dos Depósitos à Ordem (1,29%) fizeram-se reflectir na contracção do M1. No período homólogo de 2012, os agregados M3, o M2 e o M1 registaram um crescimento trimestral contraccionista na ordem de 3,26%, 1,52% e 17,93%, respectivamente.

Gráfico 47 - Análise dos Fluxos do M3 e dos Instrumentos Financeiros (Jan’12 – Mar’13)

Fonte: DES/BNA

Variação Mensal do M3 Variação Mensal O. I. Financeiros BT’s/OT’s TBC

200.000,00

100.000,00

0,00

-100.000,00

-200.000,00

-300.000,00

Jan’

12

Fev’

12

Mar

’12

Abr’1

2

Mai

’12

Jun’

12

Jul’1

2

Ago’

12

Set’1

2

Out’1

2

Nov

’12

Dez’1

2

Jan’

13

Fev’

13

Mar

’13

Obs: Dados Expressos em Milhões de Kz

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50

No período em análise o M3 em Moeda Nacional – M3 (MN) – registou uma contracção de 9,43% face ao trimestre anterior, o que constitui uma contracção 3,66 p.p superior à registada no período homólogo de 2012. Numa análise a 12 meses, o M3 (MN) registou um crescimento de 9,49%. A expansão das Notas e Moedas em Circulação (21,29%), dos Depósitos à Ordem em MN (20,49%) e dos Empréstimos e Acordos de Recompra em MN (33,73%) reflectem esse comportamento do M3, com a excepção da contracção de 6,72% dos Depósitos a Prazo.

O M2 (MN) registou uma contracção trimestral de 9,58%, superior à registada no período homólogo do ano anterior (1,61%). Em termos de análise a 12 meses, o M2 (MN) expandiu 9,10%. Dessa expansão o M1 (MN) aumentou 20,67% e as Notas e Moedas em Circulação 21,29%. Por sua vez, a evolução trimestral do M1 (MN) resumiu-se numa contracção de 8,61%, um reflexo da contracção das Notas e Moedas em Circulação (15,49%) e dos Depósitos à Ordem em MN (6,38%).

No I trimestre de 2013 os agregados monetários em Moeda Nacional (M3, M2, M1) contraíram, na generalidade, em proporções superiores às verificadas no trimestre homólogo do ano anterior.

Tabela 14 - Comportamento dos Agregados Monetários em MN (I Trim’12 – I Trim’13)

M3 (MN)M2 (MN)M1 (MN)

-4,98%-0,58%

-15,82%

11,00%10,06%10,44%

-5,16%-4,54%6,88%

18,67%18,75%18,65%

-9,43%-9,58%-8,61%

I Trim’12 II Trim’12 III Trim’12 IV Trim’12 I Trim’13

Fonte: DES/BNA

Variações Trimestrais

Gráfico 48 - Comportamento dos Agregados Monetários em MN (I Trim’12 – I Trim’13)

2.500.000,00

2.000.000,00

1.500.000,00

1.000.000,00

500.000,00

0,00

2013I Trim II Trim III Trim IV Trim I Trim

2012

M3 (MN) M2 (MN) M1 (MN)Fonte: DES/BNA

Obs: Dados Expressos em Milhões de Kz

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51Relatório de Inflação • I Trimestre de 2013 •

No trimestre em análise, a contracção observada nos depósitos totais é reflexo da contracção trimestral registada nos depósitos à ordem (1,29%) e nos depósitos a prazo (5,89%).

Gráfico 49 - Análise dos Depósitos Totais - MN, ME (I Trim’12 – I Trim’13)

3.700.000,00

3.600.000,00

3.500.000,00

3.400.000,00

3.300.000,00

3.200.000,00

3.100.000,00I Trim II Trim III Trim IV Trim I Trim

Depósitos Totais (MN + ME)

Fonte: DES/BNA

Obs: Dados Expressos em Milhões de Kz

20132012

Depósitos

No I trimestre de 2013 os Depósitos Totais do Sistema Financeiro registaram uma contracção de 3,44% em relação ao IV trimestre de 2012, face aos 0,57% do trimestre homólogo do ano anterior. Em termos de análise a 12 meses estes depósitos registaram um crescimento de 6,77%.

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52

Gráfico 50 - Evolução dos Depósitos por Moedas (MN e ME) e Peso no Total (I Trim’12 – I Trim’13)

1.900.000,00

1.850.000,00

1.800.000,00

1.750.000,00

1.700.000,00

1.650.000,00

1.600.000,00

1.550.000,00

1.500.000,00

1.450.000,00

1.400.000,00I Trim II Trim III Trim IV Trim I Trim

53,00%

52,00%

51,00%

50,00%

49,00%

48,00%

47,00%

46,00%

% Depósitos MN % Depósitos MEDepósitos em MN Depósitos em ME

Fonte: DES/BNA

Obs: Dados Expressos em Milhões de Kz

20132012

Depósitos Totais em Moeda Nacional (MN)

No I trimestre de 2013, os depósitos totais em MN registaram uma contracção de 8,51%, representando menos 2,68 p.p. do seu peso em relação aos depósitos totais em ME. Estes passaram de 51,01% no IV trimestre de 2012, para 48,33% no I trimestre de 2013.

No período homólogo de 2012, os depósitos totais em MN registaram um comportamento oposto, isto é uma expansão de 1,56% e de 7,29% considerando os 12 meses anteriores.

Depósitos Totais em Moeda Estrangeira (ME)

Os depósitos totais em ME registaram uma expansão trimestral de 1,84%. Essa dinâmica fez-se reflectir no peso desses depósitos sobre o total dos depósitos do sistema, passando de 48,99% no IV trimestre de 2012 para 51,67% no I trimestre de 2013. No período homólogo do ano anterior, ao contrário dos depósitos totais em MN, os depósitos totais em ME contraíram em 2,47%, contra uma expansão de 6,29% nos últimos 12 meses.

51,90%

51,90%

48,10%

48,68%

50,55%51,01%

48,33%

51,32%51,67%

48,99%49,45%

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53Relatório de Inflação • I Trimestre de 2013 •

Gráfico 51 - Variação Trimestral dos Depósitos por Moedas (I Trim’12 – I Trim’13)

4.000.000,00

3.500.000,00

3.000.000,00

2.500.000,00

2.000.000,00

1.500.000,00

1.000.000,00

500.000,00

0,00

I Trim II Trim III Trim IV Trim I Trim

Depósito Total MEDepósito Total MN

-2,47%

1.701.749,35

1.576.835,30

1.714.052,05

1.752.481,62

1.738.591,18

1.648.961,48

1.808.845,61

1.691.822,15

1.776.117,77

1.849.160,21

1,56%

0,72%

11,14%

1,43%

-5,91%

2,16%

12,14%

1,84%

-8,51%

Fonte: DES/BNA

20132012

Depósitos à Ordem

No I trimestre de 2013 os depósitos à ordem em MN contraíram 6,38%, contra uma expansão dos depósitos à ordem em ME de 4,61%. Relativamente ao período homólogo do ano anterior, a componente depósitos à ordem em MN contraiu-se em 15,67% e a componente depósitos à ordem em ME em 20,42%. No cômputo geral, os depósitos à ordem (MN e ME) registaram uma contracção trimestral de cerca de 1,29% e de 18,08% face ao mesmo período de 2012. Em termos de 12 meses, os mesmos expandiram-se em 20,00%.

Depósitos a Prazo

No trimestre em análise, tanto os depósitos a prazo em MN como os depósitos a prazo em ME contraíram 11,23% e 0,83%, respectivamente.Relativamente ao período homólogo do ano anterior, estes depósitos expandiram-se 29,19% em MN e 22,34% em ME. No cômputo geral, os depósitos a prazo (MN e ME) registaram uma contracção trimestral de cerca de 5,89%, uma expansão de 24,51% no período homólogo de 2012, e uma contracção de 5,69% nos últimos 12 meses.

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54

Gráfico 52 - Evolução dos Depósitos à Ordem e a Prazo (I Trim’12 – I Trim’13)

Fonte: DES/BNA Depósitos à Ordem (MN+ME) Depósitos a Prazo (MN+ME)

4.000.000,00

3.500.000,00

3.000.000,00

2.500.000,00

2.000.000,00

1.500.000,00

1.000.000,00

500.000,00

0,00

I Trim II Trim III Trim IV Trim I Trim

24,51%

1.687.927,75

1.590.656,90

1.793.767,36

1.672.766,31

1.561.396,71

1.826.155,96

1.591.807,98

1.908.859,78

1.691.425,29

1.933.852,70

- 18,08%

6,27%

5,16%

- 12,95%

9,17%

8,33%

5,90%

- 5,89%

- 1,29%

20132012

Base Monetária

Tabela 15 - Comportamento da Base Monetária (I Trim’12 – I Trim’13)

BM AmplaBM (MN)Notas e Moedas em CirculaçãoReserva Bancária MNReserva Bancária ME

-10,32%-14,97%-18,71%-12,33%

1,61%

5,43%6,91%3,51%9,13%2,24%

4,32%7,24%

11,29%4,73%

-2,27%

5,82%7,42%

24,59%-3,92%1,87%

-6,92%-11,35%-15,49%

-7,79%4,60%

I Trim’12 II Trim’12 III Trim’12 IV Trim’12 I Trim’13

Fonte: DES/BNA

Variações Trimestrais

Como ilustra a Tabela 15, no I trimestre de 2013 tanto a Base Monetária (BM) Ampla quanto a BM em MN se contraíram trimestralmente 6,92% e 11,35%, respectivamente. Por sua vez, a Reserva Bancária denominada em MN registou igualmente uma contracção de 7,79%, ao passo que a Reserva Bancária denominada em ME expandiu-se 4,60%. No trimestre em análise, as Notas e Moedas em Circulação registaram uma contracção 15,49%.

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55Relatório de Inflação • I Trimestre de 2013 •

Gráfico 53 - Comportamento da Base Monetária (I Trim’12 – I Trim’13)

1.200.000,00

1.000.000,00

800.000,00

600.000,00

400.000,00

200.000,00

0,00

2013I Trim II Trim III Trim IV Trim I Trim

2012

BM Ampla BM (MN) Reserva Bancária MN Reserva Bancária ME Notas e Moedas em Circulação

Fonte: DES/BNA

Obs: Dados Expressos em Milhões de Kz

No I trimestre de 2013, os movimentos da Conta Única do Tesouro (CUT) foram determinantes no comportamento trimestral da BM em MN. Neste trimestre a base monetária em MN apresentou uma contracção de Kz 82.509,95 milhões, uma tendência fundamentalmente influenciada pela contracção de Kz 76.078,83 milhões observada na Conta Única do Tesouro.

As operações monetárias do BNA do I trimestre de 2013 foram contraccionistas na ordem de Kz 2.736,83 milhões. O efeito líquido contraccionista destas operações monetárias deveu-se, principalmente, às operações de mercado aberto realizadas neste período e ao volume dos depósitos aplicados nas facilidades permanentes de liquidez overnight. No I trimestre de 2013 o mercado primário de títulos registou fluxos expansionistas na ordem de Kz 44.043,63 milhões, ao passo que as operações de mercado aberto e as de facilidades permanentes de liquidez registaram fluxos contraccionistas avaliados em Kz 23.229,01 milhões e Kz 23.551,45 milhões, respectivamente.

Tabela 16 - Factores Condicionantes da Base Monetária em MN (Jan’13 –Mar’13)

CUTOperações MonetáriasOperações CambiaisRec/Pag.BNAOutras ContasBase Monetária MN

-41.386,49 -19.307,31

4.164,39 3.494,05 -848,78

673.339,53

-23.520,45 29.239,99

-39.918,92 1.196,86 1.688,49

642.038,54

-11.171,89 -12.669,52 24.152,79

3.132,18 -755,35

644.726,77

-76.078,83 -2.736,83

-11.601,74 7.823,09

84,36 -82.509,95

-76,079 -2,737

-11,602 7,823

84 -82,510

Jan’13 Fev’13 Mar’13 I Trim’13 Total

Milhões de Kwanzas

Fonte: DMA/BNA

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56

Tabela 17 - Fluxos Monetários (Jan’13 – Mar’13)

Fonte: DMA/BNA

Mercado PrimárioMercado AbertoOperações EstruturaisFacilidade Permanente de LiquidezOperações de RedescontoEfeito Líquido dos Fluxos Monetários

1.121,09 -23.172,27

0,00 2.743,87

0,00 -19.307,31

41.822,54 8.951,65

0,00 -21.534,20

0,00 29.239,99

1.100,00 -9.008,39

0,00 -4.761,12

0,00 -12.669,52

44.043,63 -23.229,01

0,00 -23.551,45

0,00 -2.736,83

44,044 -23,229

0 -23,551

0 -2,737

Jan’13 Fev’13 Mar’13 I Trim’13 Total

Milhões de Kwanzas

Gráfico 54 - Comportamento do Multiplicador Monetário (I Trim’12 – I Trim’13)

M3 RM Multiplicador Monetário

4.500.000,00

4.000.000,00

3.500.000,00

3.000.000,00

2.500.000,00

2.000.000,00

1.500.000,00

1.000.000,00

500.000,00

0,00I Trim II Trim III Trim IV Trim I Trim

20132012

3,90

3,80

3,70

3,60

3,50

3,40

3,30

3,20

3,10

3,00

2,90

Fonte: DES/BNA

Obs: Dados Expressos em Milhões de Kz

3,27

3,42 3,43

3,59

3,84

Em suma, a contracção da CUT em Kz 76.078,83 milhões, das operações monetárias em Kz 2.736,83 milhões, das operações cambiais em Kz 11.601,74 milhões, assim como a expansão dos pagamentos e recebimentos do BNA em Kz 7.823,09 milhões e das outras contas em Kz 84,36 milhões estiveram na base da contracção da Base Monetária em MN em 11,35%. Esta contracção no I trimestre de 2013 corresponde a Kz 82.509,95 milhões.

Multiplicador Monetário

No I trimestre de 2013 o multiplicador monetário fixou-se em 3,84, contra 3,59 no IV trimestre de 2012. Este aumento do multiplicador resulta de um decréscimo do agregado monetário M3 (4,27%) inferior à contracção da Reserva Monetária (10,53%).

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57Relatório de Inflação • I Trimestre de 2013 •

Aplicações em Activos Financeiros: Neste agrupamento económico contabilizam-se as operações financeiras quer com a aquisição de títulos de crédito, incluindo obrigações, acções, quotas e outras formas de participação, quer com a concessão de empréstimos e adiantamentos ou subsídios reembolsáveis.

Base Monetária: A base monetária representa as responsabilidades monetárias líquidas do estado perante a sociedade e corresponde à soma de todas as notas e moedas emitidas pelo Banco Central e colocadas à disposição do público e que podem estar sob a forma de dinheiro na posse das famílias e das empresas ou sob a forma de reservas bancárias, na posse das instituições financeiras bancárias.

BRICS: Acrónimo referente a um grupo de países cujo desenvolvimento económico se destaca entre as economias emergentes, nomeadamente Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Crédito Líquido ao Governo Central (CLGC): Reflecte o crédito concedido ao Estado pelo sistema bancário, líquido dos depósitos do Governo no BNA.

Desembolsos de Financiamentos: As transferências recebidas que não constituem receitas correntes nem de capital e que não implicam contra-prestações de bens ou serviços e são oriundas da administração central, da administração local, de pessoas singulares ou colectivas, públicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos, do interior ou do exterior do país, e das famílias.

Despesa com o Pessoal: Neste agrupamento devem considerar-se todas as espécies de remunerações principais, de abonos, acessórios e de compensações que, necessariamente, requeiram processamento nominalmente individualizado e que, de forma transitória ou permanente, sejam satisfeitos pelo Estado, tanto aos seus funcionários e agentes como aos indivíduos que, embora não tendo essa qualidade, prestem, contudo, serviço ao Estado nos estritos termos de contratos a termo, em regime de tarefa ou avença.

Despesas Correntes: Despesas destinadas à manutenção ou operação de serviços anteriormente criados, bem como as transferências realizadas com igual propósito. O saldo das despesas correntes é constituído pelos saldos das rubricas: despesas com o pessoal; despesas em bens e serviços; transferências correntes e subsídios.

Despesas de Capital: Despesas destinadas à formação ou aquisição de activos permanentes, à amortização da dívida, à concessão de financiamentos ou à constituição de reservas, bem como às transferências realizadas com igual propósito. O saldo das despesas de capital é constituído pelo saldo das rubricas investimentos públicos, transferências de capital, aplicações em activos financeiros, e outras despesas de capital.

Despesas em Bens e Serviços: Despesas que asseguram a criação de utilidades, através da compra de bens e serviços pelo Estado.

Despesas Públicas (Despesa Total no Exercício): Conjunto de dispêndios realizados pelo Governo durante um determinado período, para custear os serviços públicos (despesas correntes) prestados à sociedade ou para a realização de investimentos (despesas de capital).

Índice de Confiança: Índice que é calculado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e que mede a percepção dos empresários sobre o desempenho tendencial do respectivo sector de actuação num período curto determinado.

Índice de Preços Grossista (IPG): Corresponde à variação dos preços dos bens produzidos no país, assim como os produtos importados comercializados internamente, nos primeiros níveis de transacção.

Glossário

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58

Investimento Público: Significa a aplicação de capital em meios de produção, visando o aumento da capacidade produtiva (instalações, máquinas, transporte, infra-estrutura) ou seja em bens de capital.

Meios de Pagamento: São os meios através dos quais são efectuadas as transacções monetárias. No caso da economia Angolana os meios de pagamento são compostos pelos agregados monetários M3 (M2 + Outros Instrumentos Financeiros), M2 (Me + Quase-Moeda ou Depósitos a Prazo) e M1 (Notas e Moedas em Poder do Público + Depósitos à Ordem).

Multiplicador Monetário: Indicador monetário que resulta da divisão do agregado monetário M3, o agregado monetário mais amplo, pela reserva monetária. Este indicador procura medir o efeito multiplicador associado à actividade bancária.

Orçamento Geral do Estado: É o instrumento de gestão que contém a previsão das receitas e despesas públicas.

Outras Despesas de Capital: Trata-se de um agrupamento económico com carácter residual.

Período Homólogo: Refere-se ao período equivalente do ano anterior.

Política Fiscal Contraccionista: Implementada quando o objectivo é reduzir a procura agregada, quando a economia está num período de expansão excessiva (super aquecimento económico) e há a necessidade de retracção económica, em consequência da excessiva inflação que se constrói neste cenário.

Política Fiscal Expansionista: Implementada quando o objectivo é estimular a procura agregada, especialmente quando a economia está a atravessar um período de recessão e precisa de um “empurrão” para se expandir. Como resultado, temos a tendência de défice do saldo fiscal e a tendência de aumento da inflação.

Política Fiscal: Também conhecida por Política Orçamental, é um ramo da política económica que define o orçamento e seus componentes, os gastos públicos e impostos como variáveis de controlo para garantir e manter a estabilidade económica, amortecendo as flutuações dos ciclos económicos e ajudando a manter uma economia crescente, o pleno emprego e a inflação baixa.

Rácio de Transformação: Trata-se de um indicador das contas monetárias que resulta da divisão do total dos créditos sobre o total dos depósitos.

Receita Pública (Receita Total no Exercício): é o montante total em dinheiro recolhido pelo Tesouro Nacional num determinado período, incorporado ao património do Estado, que serve para custear as despesas públicas e as necessidades de investimentos públicos. A Receita Total do exercício compreende o somatório das rubricas Receitas Correntes e Receitas de Capital.

Receitas Correntes: As receitas tributárias, patrimoniais, de serviços, industriais, os saldos não comprometidos de exercícios anteriores e outras, bem como as transferências recebidas para realizar as despesas classificáveis como Despesas Correntes.

Receitas de Capital: As provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de operações de crédito, da conversão em espécie de bens e direitos, de saldos não comprometidos de exercícios anteriores, bem como as transferências recebidas para realizar despesas classificáveis como Despesas de Capital e ainda superavit do Orçamento Corrente.

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59Relatório de Inflação • I Trimestre de 2013 •

Receitas não Petrolíferas: São os valores estabelecidos e regulamentados por lei, arrecadados pelo Tesouro, que advêm das actividades do sector não petrolífero.

Receitas Petrolíferas: São os valores estabelecidos e regulamentados por lei, arrecadadas pelo Tesouro, pela Sonangol e outras companhias que actuam no sector petrolífero.

Receitas Tributárias: Toda a fonte de renda que deriva da arrecadação estatal de tributos que são os Impostos, as Taxas, as Contribuições de Melhoria, os Empréstimos Compulsórios e as Contribuições Especiais.

Saldo Corrente: É dado pela diferença entre as receitas correntes e as despesas correntes, ou seja, exclui do cálculo os gastos de capital e é comum ser usado como medida da poupança pública.

SADC: Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral constituída pelos seguintes países: África do Sul, Angola, Botswana, República Democrática do Congo, Lesoto, Madagáscar, Malawi, Maurícia, Moçambique, Namíbia, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabwe.

Saldo Global Compromisso: Trata-se da diferença entre as receitas totais e as despesas totais.

Saldo Primário não Petrolífero: Trata-se de um indicador das contas do Governo, que corresponde ao total das receitas, excluindo as receitas petrolíferas que subtrai as despesas totais (expurgando os juros da dívida pública).

Saldo Primário: O resultado primário é definido pela diferença entre receitas e despesas do Governo, excluindo-se da conta as receitas e despesas com juros. Caso essa diferença seja positiva tem-se um superavit primário; caso seja negativa tem-se um deficit primário. O superavit primário é uma indicação de quanto o Governo economizou ao longo de um período de tempo (um mês, um semestre, um ano), com vista ao pagamento de juros sobre a sua dívida. O saldo primário é um conceito chave para definir a solvência e a sustentabilidade fiscal.

Saldos Fiscais: Refere-se à diferença entre as receitas e as despesas do Orçamento Geral do Estado (OGE).

Serviço da Dívida: Abrange as despesas destinadas ao pagamento dos encargos e dos passivos financeiros. O saldo dessa rubrica é constituído pelo somatório dos saldos das rubricas de Juro e de Amortização da Dívida, interna e externa.

Subsídios: São os fluxos financeiros do Estado não reembolsáveis para a economia (ou para os diversos sectores económicos), com o objectivo de influenciar níveis de produção, preços ou remunerações dos factores de produção.

Transferências Correntes: São os recursos financeiros auferidos sem qualquer contrapartida, destinados ao financiamento de despesas correntes ou sem afectação preestabelecida.

Transferências de Capital: Neste agrupamento são contabilizadas as importâncias a entregar a quaisquer organismos ou entidades (unidades orçamentais) para financiar despesas de capital, sem que tal implique, por parte das unidades orçamentais, qualquer contraprestação directa.

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6060

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61Relatório de Inflação • I Trimestre de 2013 • 61Relatório de Inflação • IV Trimestre de 2012 •

Anexos

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62

Anexo A - Variação Mensal, Acumulada e Homóloga das Classes do IPC

GeralÍndice Preços no ConsumidorTaxa de Inflação MensalTaxa de Inflação AcumuladaTaxa de Inflação dos últimos 12 mesesAlimentação e Beb. não Alc.Índice Preços no ConsumidorTaxa de Inflação MensalTaxa de Inflação AcumuladaTaxa de Inflação HomólogaBebidas Alcoólicas e TabacoÍndice Preços no ConsumidorTaxa de Inflação MensalTaxa de Inflação AcumuladaTaxa de Inflação HomólogaVestuário e CalçadoÍndice Preços no ConsumidorTaxa de Inflação MensalTaxa de Inflação AcumuladaTaxa de Inflação HomólogaHab., Água, Elect. e Combust. Índice Preços no ConsumidorTaxa de Inflação MensalTaxa de Inflação AcumuladaTaxa de Inflação HomólogaMob., Equip. Domésticos e Man.Índice Preços no ConsumidorTaxa de Inflação MensalTaxa de Inflação AcumuladaTaxa de Inflação HomólogaSaúdeÍndice Preços no ConsumidorTaxa de Inflação MensalTaxa de Inflação AcumuladaTaxa de Inflação HomólogaTransportesÍndice Preços no ConsumidorTaxa de Inflação MensalTaxa de Inflação AcumuladaTaxa de Inflação HomólogaComunicaçõesÍndice Preços no ConsumidorTaxa de Inflação MensalTaxa de Inflação AcumuladaTaxa de Inflação HomólogaLazer, Recreação e CulturaÍndice Preços no ConsumidorTaxa de Inflação Mensal Taxa de Inflação AcumuladaTaxa de Inflação HomólogaEducaçãoÍndice Preços no ConsumidorTaxa de Inflação MensalTaxa de Inflação AcumuladaTaxa de Inflação HomólogaHotéis, Cafés e RestaurantesÍndice Preços no ConsumidorTaxa de Inflação MensalTaxa de Inflação AcumuladaTaxa de Inflação HomólogaBens e Serviços DiversosÍndice Preços no ConsumidorTaxa de Inflação MensalTaxa de Inflação AcumuladaTaxa de Inflação Homóloga

Fonte: BNA e INE

222,530,94%0,94%

13,28%

258,791,19%1,19%

19,83%

154,341,64%1,64%9,13%

296,830,44%0,44%

13,11%

167,420,29%0,29%0,08%

164,530,83%0,83%6,21%

138,190,41%0,41%5,53%

281,940,00%0,00%7,66%

98,690,00%0,00%0,00%

213,590,30%0,30%0,90%

132,730,00%0,00%0,00%

181,953,49%3,49%

14,04%

150,550,56%0,56%7,63%

224,831,03%1,99%

13,48%

261,391,00%2,21%

18,86%

154,560,15%1,79%8,74%

298,470,55%0,99%

11,15%

167,27-0,09%0,20%2,66%

164,800,16%1,00%6,02%

138,190,00%0,41%4,50%

294,484,45%4,45%

12,45%

98,690,00%0,00%0,00%

213,660,03%0,33%3,13%

132,730,00%0,00%0,00%

185,121,74%5,30%

15,78%

151,230,46%1,02%7,70%

226,920,93%2,94%

13,71%

263,750,90%3,14%

18,63%

155,230,43%2,23%8,72%

298,790,11%1,10%

10,41%

169,721,46%1,66%5,35%

165,010,13%1,13%5,61%

138,990,58%0,99%4,90%

302,082,58%7,14%

13,40%

98,690,00%0,00%0,00%

215,520,87%1,21%3,84%

132,730,00%0,00%0,00%

186,600,80%6,14%

16,27%

151,430,13%1,15%7,70%

253,290,80%0,80%

13,83%

303,530,86%0,86%

17,29%

168,871,30%1,30%9,42%

322,650,61%0,61%8,70%

178,070,95%0,95%6,36%

172,370,48%0,48%4,76%

143,420,46%0,46%3,78%

341,160,05%0,05%

21,00%

98,690,00%0,00%0,00%

219,300,63%0,63%2,67%

135,200,00%0,00%1,86%

217,522,73%2,73%

19,55%

158,320,32%0,32%5,16%

255,540,89%1,69%

13,66%

307,461,30%2,16%

17,63%

169,790,54%1,85%9,85%

323,450,25%0,86%8,37%

178,450,21%1,16%6,68%

172,820,26%0,75%4,87%

143,730,22%0,68%4,01%

341,170,00%0,05%

15,86%

98,690,00%0,00%0,00%

221,551,03%1,66%3,69%

137,161,45%1,45%3,34%

220,841,53%4,30%

19,30%

158,700,24%0,57%4,94%

258,231,05%2,76%

13,80%

310,651,04%3,23%

17,78%

170,590,47%2,33%9,89%

325,800,72%1,59%9,04%

179,010,31%1,47%5,47%

173,050,13%0,88%4,87%

144,050,22%0,90%3,64%

352,203,23%3,28%

16,59%

98,690,00%0,00%0,00%

222,360,36%2,03%3,17%

137,160,00%1,45%3,34%

222,160,60%4,93%

19,06%

161,691,88%2,46%6,78%

100,630,63%0,63%

15,13%

100,750,75%0,75%

16,18%

100,760,76%0,76%

11,68%

100,920,92%0,92%

10,02%

100,080,08%0,08%7,92%

100,500,50%0,50%7,73%

100,110,11%0,11%7,34%

100,010,01%0,01%

25,19%

100,000,00%0,00%0,00%

100,960,96%0,96%9,03%

100,930,93%0,93%3,84%

103,323,32%3,32%

30,01%

100,560,56%0,56%

14,44%

101,470,83%1,47%

15,06%

101,771,01%1,77%

15,85%

101,170,40%1,17%

11,52%

101,390,46%1,39%

10,26%

100,730,65%0,73%8,40%

101,110,61%1,11%8,10%

100,650,54%0,65%7,68%

101,481,47%1,48%

27,03%

100,000,00%0,00%0,00%

101,630,66%1,63%8,64%

101,890,95%1,88%3,33%

104,521,16%4,52%

29,53%

100,890,33%0,89%

14,54%

102,270,78%2,27%

14,76%

102,550,77%2,55%

15,54%

101,640,46%1,63%

11,51%

101,920,53%1,92%

10,04%

101,871,13%1,87%9,28%

101,640,52%1,64%8,51%

101,070,41%1,07%7,89%

103,011,51%3,01%

24,90%

100,000,00%0,00%0,00%

101,840,21%1,84%8,47%

101,890,00%1,88%3,33%

105,641,07%5,64%

30,15%

101,810,91%1,81%

13,44%

112,190,73%0,73%

11,48%

115,040,91%0,91%

14,18%

111,440,66%0,66%

10,59%

114,010,86%0,86%

12,96%

105,680,23%0,23%5,59%

112,580,84%0,84%

12,02%

111,920,58%0,58%

11,80%

107,180,57%0,57%7,16%

100,280,00%0,00%0,28%

108,111,02%1,02%7,08%

107,230,35%0,35%6,24%

118,740,74%0,74%

14,92%

116,400,85%0,85%

15,75%

112,960,69%1,42%

11,32%

115,850,70%1,61%

13,83%

112,250,73%1,39%

10,95%

115,060,92%1,79%

13,48%

106,240,53%0,76%5,46%

114,061,31%2,16%

12,81%

112,710,71%1,29%

11,98%

107,390,20%0,77%5,82%

100,280,00%0,00%0,28%

109,110,93%1,95%7,36%

107,530,28%0,63%5,54%

119,670,78%1,53%

14,49%

117,571,00%1,86%

16,53%

113,640,60%2,03%

11,12%

116,700,73%2,36%

13,79%

113,671,27%2,68%

11,84%

115,810,66%2,46%

13,63%

106,550,29%1,05%4,59%

115,341,12%3,31%

13,48%

113,400,61%1,91%

12,21%

107,580,18%0,95%4,44%

100,280,00%0,00%0,28%

109,110,00%1,95%7,14%

107,530,00%0,63%5,54%

120,330,55%2,09%

13,90%

118,310,64%2,51%

16,22%

122,170,61%0,61%8,90%

127,250,75%0,75%

10,61%

121,160,61%0,61%8,72%

124,850,64%0,64%9,51%

114,520,42%0,42%8,37%

124,080,72%0,72%

10,21%

120,960,68%0,68%8,08%

112,160,25%0,25%4,65%

100,280,00%0,00%0,00%

114,750,40%0,40%6,14%

107,730,17%0,17%0,46%

129,760,71%0,71%9,29%

127,430,67%0,67%9,48%

123,180,82%1,44%9,04%

128,591,06%1,81%

11,00%

122,070,75%1,37%8,75%

125,950,88%1,53%9,47%

115,380,74%1,17%8,60%

125,040,77%1,50%9,62%

121,760,66%1,34%8,03%

112,160,00%0,26%4,45%

100,280,00%0,00%0,00%

115,480,64%1,04%5,84%

108,470,69%0,86%0,87%

130,810,80%1,52%9,31%

128,440,79%1,47%9,25%

123,990,66%2,11%9,11%

129,670,84%2,67%

11,11%

123,060,81%2,19%8,26%

126,580,50%2,03%9,29%

115,720,30%1,47%8,61%

125,640,48%1,98%8,93%

122,410,53%1,88%7,94%

112,950,70%0,96%4,99%

100,280,00%0,00%0,00%

116,290,70%1,75%6,58%

108,740,25%1,11%1,12%

131,840,79%2,32%9,57%

129,330,69%2,17%9,31%

Jan Fev Mar Jan Fev Mar Jan Fev Mar Jan Fev Mar Jan Fev Mar2009 2010 2011 2012 2013

Ano Base 2001 Ano Base 2010Ano Base 2010 Ani Base 2010

Classes de Despesas

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63Relatório de Inflação • I Trimestre de 2013 •

Anexo B - Resumo da Inflação (Jan’11 – Mar’13)

JaneiroFevereiroMarçoAbrilMaioJunhoJulhoAgostoSetembroOutubroNovembroDezembro

2011

100,63101,47102,27103,21104,22105,31106,09106,86107,67108,54109,48111,38

Fonte: INE e BNA

2012

112,19112,96113,64114,43115,17115,96116,72117,42118,06119,14120,24121,43

2013

122,17123,18123,99

ÍndiceVariação Percentual

Mês 2011

0,630,830,780,920,981,050,750,730,760,810,861,73

2012

0,730,690,600,700,650,680,660,600,550,910,930,99

2013

0,610,820,66

Mensal

2011

0,631,472,273,214,225,316,096,867,678,549,48

11,38

2012

0,731,422,032,743,414,114,805,426,006,977,969,02

2013

0,611,442,11

2011

15,1315,0614,7614,6314,5414,5814,1313,6811,9111,4411,2811,38

Acumulada Homóloga

2012

11,4811,3211,1210,8810,5110,1110,02

9,879,659,769,839,02

2013

8,909,049,11

Anexo C - Economia Internacional

PIB Mundial

Europa Zona EuroRússia

ÁsiaJapãoChinaÍndia

AméricaBrasilEstados Unidos da América

ÁfricaÁfrica do SulNamíbiaBotswanaMoçambiqueZâmbiaSADC

3,20

-0,603,40

2,007,804,50

0,902,20

2,504,606,107,507,304,75

3,30

-0,303,40

1,608,005,70

3,001,90

3,004,405,908,407,005,10

Estimado Projectado

2012 2013

Fonte: FMI/SADC

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64

Anexo D - PIB Decomposto por Sectores (2010 – 2013)

AgriculturaPescas e DerivadosDiamantes e OutrosPetróleoIndústria TransformadoraConstruçãoEnergiaServiços MercantisOutrosPIB a Custos de FactoresPIB a Preços de Mercado

AgriculturaPescas e DerivadosDiamantes e OutrosPetróleoIndústria TransformadoraConstruçãoEnergiaServiços MercantisOutrosPIB a Custos de FactoresPIB a Preços de Mercado

Mil Milhões de Kwanzas

Projecções

Fonte: Ministério do Planeamento

729,016,971,1

3.395,9464,2601,6

9,51.555,1

548,27.391,87.579,5

9,90,21,0

45,96,38,10,1

21,07,4

100,0102,5

886,422,189,1

4.640,8584,3750,6

11,01.896,0

669,09.549,39.780,1

9,30,20,9

48,66,17,90,1

19,97,0

100,0102,4

1.111,026,788,8

4.709,0684,5887,6

14,92.294,3

767,310.584,210.829,9

10,50,30,8

44,56,58,40,1

21,77,2

100,0102,3

1.248,831,285,1

4.609,1805,7

1.041,020,2

2.750,9878,2

11.470,211.951,2

10,90,30,7

40,27,09,10,2

24,07,7

100,0104,2

2010 2011 2012 2013

Estrutura Percentual (%)

Anexo E - Contas Fiscais (2011 – 2012) – % PIB

Receitas FiscaisReceitas PetrolíferasReceitas Não petrolíferas

DespesasCorrentesCapital

Saldo do CorrenteSaldo Global do ExercícioSaldo Primário Não Petrolífero

PIB Total Nominal

50,440,3

7,5

39,930,9

8,9

19,510,6

-26,19.780,10

43,334,6

6,4

35,626,2

9,4

17,17,7

-23,711.019,10

Fonte: Balanço Fiscal (OGE- 13), MINFIN/MINPLAN

2011 2012

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65Relatório de Inflação • I Trimestre de 2013 •

Anexo F - Contas Monetárias

Activos Externos LíquidosReservas Internacionais LíquidasOutros Activos Externos Líquidos

Activos Internos LíquidosCrédito Interno LíquidoCrédito ao Governo GeralCrédito à EconomiaOutros Activos e Passivos

Meios de Pagamento (M3)Meios de Pagamento (M2)

Moeda (M1)Quase-MoedaOutros Instrumentos Financeiros

1.128.907,771.128.334,63

573,14

1.419.048,541.728.125,69

395.657,791.332.467,91-309.077,16

2.547.956,312.303.840,481.635.300,21

668.540,27244.115,83

1.697.750,521.605.189,63

92.560,89

1.030.643,651.781.508,72

103.401,801.678.106,92-750.865,07

2.728.394,172.626.211,281.700.093,65

926.117,64102.182,89

2.874.136,572.468.546,16

405.590,41

781.079,781.393.121,11-762.696,10

2.155.817,20-612.041,33

3.655.216,353.505.275,092.149.623,171.355.651,92

149.941,26

3.156.497,432.936.004,52

220.492,91

787.543,061.834.272,25-839.052,39

2.673.324,64-1.046.729,19

3.944.040,493.867.046,772.175.621,481.691.425,29

76.993,72

3.216.001,263.098.016,53

117.984,73

559.553,111.447.724,60

-1.226.367,012.674.091,61-888.171,50

3.775.554,363.703.391,482.111.583,501.591.807,98

72.162,89

Obs: (*) Os valores das Contas Monetárias referentes a 2012 e ao I Trimestre 2013 são preliminares.Fonte: BNA

2009 2010 2011 2012 I Trim’13*

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67Relatório de Inflação • I Trimestre de 2013 •

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