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Previsão, SGFP, S.A.
Capital Social 2 947 000 euros
Matrícula na Conservatória
do Registo Comercial de Lisboa
e Pessoa Coletiva nº 502 073 942
Rua de Entrecampos, 28-4º Piso Bloco A
1749-076 Lisboa
PREVISÃO - Relatório e Contas 2014 3
Relatório e Contas de 2014
Mensagem do Presidente do Conselho de Administração 5
Relatório de Gestão 7
Enquadramento Macroeconómico 9
Mercados Financeiros 12
Mercado de Fundos de Pensões 15
Envolvente Regulamentar 17
Relações Associativas 18
Políticas de Investimento 18
Atividade de Gestão dos Fundos 20
Organização e Recursos Humanos 21
Controlo Interno 22
Comunicação 23
Análise Económica e Financeira 24
Principais Riscos e Incertezas 26
Perspetivas 27
Proposta de Aplicação de Resultados 28
Demonstrações Financeiras 29
Balanços 31
Demonstrações dos Resultados 32
Demonstrações das Alterações nos Capitais Próprios 33
Demonstrações dos Fluxos de Caixa 34
Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de dezembro de 2014 35
Certificação Legal das Contas 51
Relatório e Parecer do Conselho Fiscal 55
Política de Remunerações 59
Corpos Sociais 67
4 PREVISÃO Relatório e Contas 2014
Estrutura Acionista
Em 31 de dezembro de 2014 a estrutura acionista da Previsão era a seguinte:
PT Portugal, SGPS, S.A. 82,05 %
Banco Santander Totta, S.A. 10,09 %
Banco Comercial Português, S.A. 2,86 %
Citibank International Limited, Sucursal em Portugal 2,50 %
Companhia de Seguros Allianz Portugal, S.A. 2,50 %
Principais Eventos
Fevereiro Relatório do Atuário Responsável Março Relatórios e Contas dos Fundos de Pensões Transmissão para a PT Portugal de participação qualificada no Capital Social da Previsão Abril Implementação das novas Políticas de Investimento Relatórios de Governance, de Auditoria Interna e de Gestão de Riscos Maio Seleção de gestor de Obrigações Mercados Emergentes Relatório de Compliance Julho Informação aos Participantes sobre direitos em formação Agosto Alterações na composição do Conselho de Administração Novembro Aprovação do Plano/Orçamento da Sociedade para 2015 Dezembro Rebalanceamento da estrutura de composição de ativos dos Fundos de Pensões
PREVISÃO Relatório e Contas 2014 5
Mensagem do Presidente do Conselho de Administração
Senhores Acionistas,
Encontram-se sob gestão da Previsão os Fundos de Pensões do Pessoal dos TLP, da TDP – Teledifusora
de Portugal S.A. e o Fundo de Pensões Marconi, que se destinam a financiar responsabilidades com
benefícios de reforma de natureza complementar dos trabalhadores da PT Portugal (MEO) oriundos
das referidas empresas, cujos Planos de Pensões são de benefício definido. No final de 2014
abrangiam uma população de cerca de 12,2 mil indivíduos, dos quais 7,7 mil pensionistas,
ascendendo o seu património, em 31 de dezembro de 2014, a 92 milhões de euros.
Face aos comportamentos favoráveis da envolvente macroeconómica e dos mercados internacionais,
aqueles a que os Fundos estão mais expostos, através de uma carteira diversificada, e também aos
sinais de recuperação da economia nacional, registou-se, pelo terceiro ano consecutivo, uma
rendibilidade positiva, em 2014 de mais de 5%, significativamente acima da taxa de desconto das
responsabilidades.
No ano transato procedeu-se a uma revisão das Políticas de Investimento dos Fundos de Pensões, face
a novos estudos de avaliação conjunta de ativos e responsabilidades, tendo-se optado por manter a
mesma filosofia de investimento e, no essencial, a estrutura de composição de ativos, com um risco
conservador, através de uma exposição de 62,5% a obrigações e apenas de cerca de 20% a ações.
No âmbito da gestão das carteiras de ativos, manteve-se pois a disciplina no processo de
investimento, pelo que prosseguiram em 2014 os processos de rebalanceamento semestral, as
aplicações das contribuições do Associado, e os processos de monitorização e optimização dos
instrumentos em carteira, e de seleção de novos veículos, tudo isto no quadro de uma observância
rigorosa das Políticas de Investimento.
Em termos organizacionais e de governação, consolidaram-se e aprofundaram-se as políticas de
racionalização de recursos financeiros e os mecanismos de Controlo Interno e Gestão de Riscos
requeridos nomeadamente em termos regulamentares. A Auditoria Interna prosseguiu a sua função
através de auditorias regulares às atividades de gestão dos Fundos e da Sociedade, permitindo
concluir pela total adequação do modelo existente. A Sociedade esteve ainda sujeita aos Controlos
SOX que foram integralmente efetivos.
6 PREVISÃO Relatório e Contas 2014
Sublinhe-se, pois, a total compliance regulamentar, assim como as boas práticas de gestão da
Sociedade. O Conselho Fiscal reuniu periodicamente, contando com a Administração da Sociedade,
que disponibilizou toda a informação e esclarecimentos relevantes para as suas atividades.
Em 2014, os Rendimentos Operacionais da Previsão, que correspondem, no essencial, ao seu
management fee, situaram-se em 973 milhares de euros, menos cerca de 4% que o registado no ano
anterior, não obstante a necessidade de aumentar os Rendimentos para consolidação da Margem de
Solvência face ao reforço das Provisões com pré-reformados. Este efeito extraordinário foi
globalmente de 167 milhares de euros, dos quais 92 milhares de euros com reflexo direto nos
resultados do exercício.
Os Gastos Operacionais foram de 818 milhares de euros, ou 710 milhares de euros excluindo Provisões
e Amortizações, inferiores em 60 milhares de euros aos do ano anterior (cerca de menos 8%), fruto de
um contínuo esforço de racionalização.
Obteve-se, assim, um Resultado Líquido no exercício de 131 milhares de euros, que permitiu
aumentar a Margem de Solvência da Sociedade Gestora para 2.574 milhares de euros.
De referir, por último, que em março de 2014, a participação da PT SGPS de 82,05% na Previsão SGFP
passou para a titularidade da PT Portugal, na sequência das alterações societárias ocorridas a esses
níveis.
Agradeço aos vários membros dos Órgãos Sociais e aos Acionistas o seu renovado apoio e confiança
para mais este exercício e agradeço aos nossos Colaboradores, pelo seu contributo, dedicação e
profissionalismo.
Marco Norci Schroeder
Presidente do Conselho de Administração
PREVISÃO Relatório e Contas 2014 9
Enquadramento Macroeconómico
O crescimento económico global em 2014 situou-se ligeiramente acima dos 2%, em linha com a
evolução dos dois anos anteriores, mas contrariando as estimativas de uma recuperação mais
vigorosa. O ressurgimento de tensões geopolíticas, a queda expressiva dos preços do petróleo, o
comportamento das taxas de juro e as alterações no panorama político europeu determinaram o
desempenho de economias e mercados.
As previsões para o crescimento foram sofrendo revisões em baixa, em particular na Zona Euro e em
alguns países emergentes, não obstante o suporte à atividade global conferido pela baixa dos preços
do petróleo, que beneficia países importadores como os EUA, os países da UEM, a China e o Japão,
principais motores do crescimento económico.
Os ritmos de crescimento entre grandes blocos e países voltaram a denotar elevada diferenciação,
com as economias desenvolvidas a registarem uma retoma no ritmo de crescimento face ao ano
anterior, enquanto as emergentes evidenciavam maior abrandamento. Nas economias desenvolvidas,
acentuou-se a divergência entre o comportamento da economia norte-americana e o das economias
da Zona Euro e do Japão, esta última a registar o pior desempenho. Já nas emergentes, observou-se
uma evolução relativa mais favorável na Ásia face ao verificado na América Latina. A diferenciação
entre países e regiões a nível mundial foi agravada pela queda dos preços do petróleo, que conferiu
algum alívio aos países importadores líquidos desta matéria-prima, mas prejudicou as contas dos
países exportadores.
O crescimento do PIB nos EUA, apesar da contração verificada no primeiro trimestre devido a
condições meteorológicas adversas, terá atingido 2,4% em 2014, refletindo a recuperação do
dinamismo da atividade económica a partir do 2º trimestre, traduzido no forte crescimento da procura
interna e na evolução positiva do mercado de trabalho. A taxa de desemprego reduziu-se de 7,4% em
2013 para 6,2% em 2014, tendo atingido os 5,6% no mês de dezembro. A inflação manteve-se
moderada (cerca de 1,6%).
Em 2014, a retoma da atividade económica na Zona Euro teve uma evolução tímida e irregular. Apesar
do suporte dos estímulos monetários, da melhoria das condições financeiras, da queda dos preços do
petróleo e dos progressos alcançados na consolidação fiscal e reformas estruturais, a recuperação
económica manteve-se condicionada pelos elevados níveis de desemprego, excesso de capacidade
instalada, reequilíbrio de balanços nos setores público e privado e pelo agravamento das tensões
geopolíticas, em particular com a Rússia. Estima-se que a inflação tenha caído para 0,5% na Zona Euro,
10 PREVISÃO Relatório e Contas 2014
bem abaixo do objetivo de 2%, influenciada pela queda dos preços da energia e alimentação e pelo
frágil ambiente económico.
A atividade económica no Japão manteve-se débil, estimando-se um crescimento real do PIB em 2014
praticamente nulo, penalizado pelos efeitos no consumo privado da subida da taxa do IVA a partir do
mês de abril. Na sequência do aumento desta taxa, observaram-se dois trimestres consecutivos de
contração económica, com as exportações a refletirem a fraca procura global durante o primeiro
semestre, apesar da desvalorização do iene. A taxa de inflação em 2014 subiu para 2,7%, denotando
contudo uma tendência de abrandamento ao longo do ano.
A economia chinesa prosseguiu o seu caminho de desaceleração gradual, procurando um equilíbrio
entre medidas destinadas à contenção das vulnerabilidades financeiras e estímulos ao crescimento
económico, nomeadamente, o investimento em novas infraestruturas públicas e projetos de
habitação social e o alívio fiscal a PMEs, um desenvolvimento considerado salutar, ao permitir a
redução dos desequilíbrios sem comprometer a criação de emprego (expansão do setor terciário).
O comportamento das economias dos países da América Latina foi essencialmente condicionado por
fatores de natureza externa (em particular a quebra dos preços das commodities e a desaceleração do
crescimento na China), que determinaram novo abrandamento da atividade económica na região
(crescimento do PIB de 1,3% em 2014).
Indicadores Económicos Globais
EUA Zona Euro Japão China OECD
Crescimento Real PIB 2,4% 0,8% 0,0% 7,4% 1,8%
Inflação 1,6% 0,5% 2,7% 2,0% 1,6%
Taxa de Desemprego 6,2% 11,6% 3,6% 4,1% 7,3%
Fonte: Bloomberg, OECD, Banco Mundial
Em 2014, as políticas monetárias dos bancos centrais das principais economias desenvolvidas
mantiveram-se extremamente acomodatícias, surgindo, no entanto, os primeiros sinais de divergência
no seu posicionamento, em consonância com os respetivos ciclos económicos.
O Banco Central Europeu, preocupado com os níveis de inflação extremamente reduzidos, o fraco
crescimento da atividade económica e a falta de dinamismo dos indicadores de liquidez e de crédito,
reduziu por duas vezes a taxa de juro aplicável às operações de refinanciamento, que terminou o ano
em 0,05%, anunciando que as taxas de juro de referência se iriam manter em níveis reduzidos por um
longo período. A taxa de facilidade permanente de cedência de liquidez era de 0,30% no final do ano,
PREVISÃO Relatório e Contas 2014 11
enquanto a taxa da facilidade permanente de depósito passou para terreno negativo (-0,20%).
Adicionalmente, o BCE intensificou a utilização de instrumentos não convencionais de política
monetária, incluindo operações de refinanciamento de longo prazo (“LTRO”) e programas de compra
de ativos (covered bonds e asset backed secutities).
Nos EUA, a Reserva Federal foi aliviando as suas medidas de Quantitative Easing à medida que a
economia foi mostrando sinais de uma recuperação mais sustentada, tendo terminado o programa de
compra de ativos em outubro, mas anunciando que iria prosseguir com o rollover da carteira de títulos
de dívida pública e manter o balanço sensivelmente aos mesmos níveis, de forma a suportar os níveis
de liquidez e os mercados financeiros. A taxa de juro de referência (Fed funds rate) manteve-se
inalterada nos 0,25%.
A entrada em recessão técnica da economia nipónica no terceiro trimestre de 2014 e as dificuldades
em inflacionar a economia, em particular na segunda metade do ano, levaram o Banco do Japão a
anunciar novo aumento da base monetária em outubro, através do reforço das compras anuais de
dívida pública doméstica para um valor máximo de 80 triliões de ienes (alargando as maturidades
para os 7 a 10 anos, mais 3 anos do que no programa anterior), e da aquisição de ativos de maior risco,
incluindo fundos de investimento mobiliários (ETFs) e imobiliários (J-REITS) cotados em bolsa.
A retoma do crescimento da economia mundial continua condicionada por diversos fatores de risco e
incertezas: os de natureza geopolítica, em especial entre a Rússia e o Ocidente e no Médio Oriente; o
espectro da deflação (ou baixa inflação) em alguns países desenvolvidos, agravado pela descida dos
preços do petróleo; o potencial aumento de volatilidade nos mercados financeiros, nomeadamente
nos emergentes, decorrente da retirada de estímulos pela Reserva Federal; e a perspetiva de
instabilidade política (destaque para as eleições na Grécia), com efeitos nos níveis de confiança dos
agentes económicos e eventuais atrasos na aplicação de reformas estruturais.
Em sentido oposto, poderá surpreender pela positiva o impacto da descida generalizada dos preços
do petróleo, dado o efeito positivo nos resultados das empresas e nos encargos das famílias.
12 PREVISÃO Relatório e Contas 2014
Mercados Financeiros
Os mercados acionistas e obrigacionistas mantiveram-se suportados em 2014 pela elevada liquidez
injetada pelos Bancos Centrais das principais economias desenvolvidas, num ambiente de reduzida
volatilidade, apesar do agravamento das tensões geopolíticas. A única classe de ativos a registar
retornos negativos foi a de commodities, na sequência da queda acentuada dos preços do petróleo
registada na segunda metade do ano (perto de 50%).
Nos mercados desenvolvidos, as divergências económico-financeiras e a fase das políticas monetárias
ditaram o comportamento distinto entre os mercados acionistas norte-americano e europeu. Nos
EUA, o índice S&P 500 valorizou-se 11,4%, atingindo um novo valor máximo em dezembro, enquanto
o NASDAQ apresentou uma subida de cerca de 17,9% no ano, fruto da expansão de múltiplos e da
melhoria dos resultados das empresas, decorrente do acesso a financiamento a custos historicamente
baixos. Na Europa, a evolução das bolsas desapontou em 2014, prejudicada pela divulgação de dados
pouco consistentes com uma retoma mais vigorosa da economia, pelo agravamento das tensões
geopolíticas, pela valorização da moeda única e pela perspetiva de deflação. Neste contexto, o índice
MSCI Europe registou em 2014 uma modesta subida de 2%.
No Japão, os índices acionistas valorizaram-se significativamente a partir de meados de outubro, após
a decisão do Banco do Japão de expandir significativamente os programas de compra de ativos,
passando a incluir também ativos de risco, o que permitiu o encerramento do ano com uma
valorização do índice Nikkei de cerca de 7%.
Nos mercados emergentes, destacou-se a evolução positiva do índice chinês Shangai Composite, com
uma valorização superior a 50%, refletindo a convicção de que as reformas estruturais irão contribuir
para uma economia chinesa mais forte e equilibrada. Alguns mercados emergentes e de fronteira, tais
como a Índia, Paquistão e Vietname registaram também valorizações superiores a 30%. Na América
Latina, o índice brasileiro Bovespa desvalorizou-se quase 3%, traduzindo a perda de confiança no
“milagre” económico brasileiro. Entre os mercados acionistas emergentes com piores desempenhos
em 2014, destacam-se a Grécia (-38%) e a Rússia (-42%).
Numa perspetiva global, o índice acionista MSCI Emerging Markets registou uma queda superior a 4%
em 2014 (versão preço), enquanto o índice MSCI World, que representa o comportamento dos
mercados desenvolvidos, se valorizou quase 3%.
PREVISÃO Relatório e Contas 2014 13
Indicadores de Mercados Financeiros
2014 2013 ∆
ECB Refi Rate 0,05% 0,25% -20 pb
Euro 3 Month Rate 0,08% 0,29% -21 pb
German 10 year Bond Yield 0,54% 1,93% -139 pb
US Fed Funds Target Rate 0,25% 0,25% 0 pb
US Treasury 3 Month Rate 0,02% 0,06% -4 pb
US 10 year Bond Yield 2,17% 3,03% -86 pb
S&P 500 Index Price 2 058,2 1 848,4 +11,4%
MSCI Europe Index Price 1 381,7 1 354,9 +2,0%
Nikkei 225 Index Price 17 450,8 16 291,3 +7,1%
MSCI AC Pacific ex-Japan Index Price (local) 494,5 476,5 +3,8%
MSCI EM Latin America Price (local) 6 679 109 6 938 391 -3,7%
Fonte: Bloomberg
Em 2014, o mercado de dívida pública proporcionou taxas de rendibilidade de dois dígitos, em linha
com as expectáveis para o segmento acionista. Ao contrário do previsto, as yields de longo prazo das
principais economias desenvolvidas terminaram o ano próximo de níveis mínimos, refletindo a
manutenção de políticas monetárias acomodatícias por um período mais prolongado face ao
inicialmente esperado, no seguimento das revisões em baixa das estimativas de crescimento
económico e perante os reduzidos níveis de inflação.
As yields a 10 anos dos US Treasuries comprimiram 86 pontos base ao longo do ano, situando-se no
final de 2014 na casa dos 2,2% e contrariando a expetativa de que o fim do programa de compra de
dívida pública provocaria uma subida das respetivas yields. Na Alemanha, a yield do Bund alemão
evoluiu no mesmo sentido, mas com uma descida mais acentuada, para próximo dos 0,5% (-139
pontos base). No final do ano, o Bund a cinco anos registava já uma taxa de rentabilidade negativa. No
Japão, as taxas de longo prazo atingiram novos mínimos no mês de dezembro, terminando o ano
próximas de zero (0,3% a 10 anos).
Assistiu-se a uma redução do diferencial de rendibilidade das taxas de juro de longo prazo dos países
periféricos da Zona Euro face à Alemanha, a que não serão alheios os progressos alcançados na
construção da União Bancária e as correções de desequilíbrios, nomeadamente ao nível dos défices
público e externo. No prémio exigido a Portugal face à Alemanha observou-se, em 2014, uma redução
de 136 pontos base nos 10 anos, tendo os spreads de Itália, Espanha e Irlanda comprimido entre 60 e
14 PREVISÃO Relatório e Contas 2014
90 pontos base. A única exceção foi a Grécia, dado o agravamento da incerteza política no final do ano
face à proximidade das eleições.
No mercado de crédito (investment grade), a queda de yields superou também as expectativas dos
investidores. Na Europa, destacou-se o aumento de emissões e a queda de spreads do setor bancário,
face ao aumento de qualidade dos balanços e às melhorias no risco de crédito associadas à abundante
liquidez e a uma regulação financeira mais apertada. A performance positiva do crédito não foi, no
entanto, suficiente para superar a das obrigações governamentais ao longo do ano.
No segmento de high-yield, a procura por maiores rendibilidades levou a uma corrida a emissões com
menor qualidade de risco durante a primeira metade do ano, que começou a abrandar no segundo
semestre, em resultado do fim do programa de Quantitative Easing da FED e do agravamento das
tensões geopolíticas, provocando uma correção dos preços, sobretudo nos EUA.
Indicadores de Mercados Financeiros
2014 2013 ∆%
Brent Crude (USD/barril) 58,2 110,5 -47,3
CRB Commodity Futures Index 447,4 508,1 -11,9
Gold (USD/onça) 1 184,4 1 201,6 -1,4
EUR/USD 1,2098 1,3743 -12,0
USD/JPY 119,8 105,3 +13,8
GBP/USD 1,5577 1,6557 -5,9
Fonte: Bloomberg
Os preços das commodities, medidos pelo CRB Commodity Futures Index, registaram uma queda de
12% em 2014, refletindo um cenário de oferta abundante e, em alguns casos, expansiva (energia e
ferro). O preço do petróleo, suportado na primeira metade de 2014 por receios de redução da oferta
que não se chegaram a materializar (ausência de sinais de recuperação da produção líbia perdida em
2013, ameaças do Estado Islâmico aos campos petrolíferos iraquianos e incerteza quanto à resposta
russa às sanções económicas), registou uma queda expressiva durante o segundo semestre, atingindo
valores mínimos dos últimos 6 anos. A descida foi mais acentuada no último trimestre do ano,
agravada pela inesperada mudança de estratégia da OPEP, que anunciou, no final de novembro, que
não iria realizar cortes de produção, não obstante o aumento da oferta decorrente do elevado ritmo
de expansão da produção petrolífera norte-americana (shale oil) e a expectativa de abrandamento da
procura. No final do ano, o preço por barril de petróleo encontrava-se já abaixo do break even point
estimado para o shale oil norte-americano. Na generalidade das restantes commodities, verificaram-se
também reduções de preços em 2014.
PREVISÃO Relatório e Contas 2014 15
Nos mercados cambiais, a atuação dos bancos centrais determinou, naturalmente, a evolução das
principais divisas, com as divergências de política monetária entre as diferentes regiões a provocar
alguma volatilidade nas respetivas taxas de câmbio. O dólar norte-americano registou uma tendência
de valorização ao longo do ano, tendo subido cerca de 14% face ao euro e ao iene, e
aproximadamente 6% relativamente à libra esterlina. O iene foi uma das divisas com maior
volatilidade em 2014, tendo a sua depreciação sido agravada no final do ano com a introdução do
novo pacote de liquidez por parte do Banco do Japão. As moedas das economias emergentes
também perderam valor para as moedas mais fortes, registando momentos de forte instabilidade,
com os agentes do mercado agora mais atentos à distinção das economias emergentes com melhores
perspetivas económico-financeiras.
Mercado de Fundos de Pensões
Os Fundos de Pensões são, em alguns países, os maiores players a operar no mercado financeiro, com
experiência de décadas. Nos Estados Unidos, por exemplo, os Fundos de Pensões são o mais relevante
investidor institucional, fruto do esquema de previdência social em vigor, mais vocacionada para
regimes de capitalização, que lhes permitem, inclusive, assumirem posições de relevo no capital e
governance das maiores empresas.
Também na Holanda, Suíça e Reino Unido, só para referir países europeus, os ativos sob gestão
ultrapassam o valor do PIB nacional, reflexo da forma como a Europa do Norte organizou os seus
sistemas de pensões, mais orientados para uma lógica de capitalização privada.
Em Portugal, os primeiros Fundos de Pensões surgiram em 1987, após a criação de um
enquadramento legal favorável e a implementação de um regime fiscal fortemente incentivador.
Considerava-se, então, que a criação destes veículos de financiamento constituía uma das formas de
segurança social privada que melhor respondia à proteção financeira dos cidadãos na reforma.
Com 17 milhões de euros sob gestão no final de 1987, dez anos volvidos este mercado geria 2 mil
milhões de euros e, no final de 2014, 17 mil milhões de euros.
Contudo, o crescimento acentuado dos ativos resultou, no essencial, das contribuições das
instituições de crédito, que financiavam os seus planos de pensões por intermédio destes veículos,
das empresas de correios e telecomunicações, que tinham esquemas próprios de pensões, e de um
conjunto de outras empresas oriundas do setor público, cujos planos de pensões resultaram de
16 PREVISÃO Relatório e Contas 2014
acordos de contratação coletiva celebrados quando ainda pertenciam ao Setor Empresarial do Estado.
Fatores como a redução da natalidade, o aumento da esperança média de vida, a entrada cada vez
mais tardia no mercado de trabalho e os níveis de desemprego estruturalmente elevados, têm, no seu
conjunto, contribuído para o progressivo desequilíbrio do sistema público de pensões, assente na
lógica de repartição. Medidas como as tomadas em 2007, de introdução do fator de sustentabilidade,
e em 2013, de aumento da idade normal de reforma, apesar de muito relevantes, parecem ser
manifestamente insuficientes para garantir o equilíbrio do sistema.
A pressão para se obter um sistema público de pensões equilibrado, e portanto sustentável, vai
aumentar, sobretudo num período de grande instabilidade económica e de rápido crescimento da
dívida pública, com reflexos numa redução a prazo das prestações públicas de reforma, sem que se
consiga vislumbrar, de imediato, condições que permitam dinamizar o mercado privado das reformas,
dadas as carências das famílias e empresas.
Ainda assim, no final de 2014 operavam no mercado português 224 fundos, igual número ao do ano
anterior, entre fundos fechados, abertos, PPR e PPA.
Atualmente, existem 22 entidades a operar no mercado de fundos de pensões. Destas, 11 encontram-
se constituídas como sociedades gestoras e outras tantas como empresas de seguros a explorar o
ramo vida.
O mercado apresenta as mesmas caraterísticas de anos anteriores, dado que o grau de concentração
se mantém, com as sociedades gestoras de fundos de pensões a gerirem 85% do património dos
fundos de pensões, com cinco destas sociedades a representarem 80% do mercado e com os 25
maiores fundos de pensões (grande parte do setor bancário), a corresponderem a 84% do total dos
montantes geridos.
Em 31 de dezembro de 2014, num total de 22 entidades gestoras, a Previsão, enquanto gestora dos
Fundos de Pensões complementares do Pessoal dos TLP, Marconi e da TDP-Teledifusora de Portugal,
S.A., mantinha a 11.ª posição no ranking nacional, em termos de volume de ativos sob gestão.
PREVISÃO Relatório e Contas 2014 17
Envolvente Regulamentar
Após a crise financeira de 2008, a regulação tem vindo a ser crescentemente colocada na ordem do
dia, sobretudo em matéria de controlo interno e gestão do risco.
Desde então, o grande desafio lançado aos operadores foi o de cultivarem uma postura orientada
para a gestão do risco e o controlo interno, que se repercuta em toda a estrutura organizacional e que
constitua um estímulo para o aperfeiçoamento dos modelos de gestão, com inequívocas vantagens, a
prazo, para uma melhor defesa dos interesses dos associados, participantes e beneficiários.
A Previsão deu particular atenção ao desenvolvimento dos seus modelos de controlo interno e gestão
de riscos, estando, neste momento, em curso a conclusão da primeira revisão ao Manual de Gestão de
Riscos e a segunda revisão ao Manual de Controlo Interno, depois de um primeiro melhoramento
ocorrido em 2013.
Em termos de regulação propriamente dita, em 2014 a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos
de Pensões colocou em consulta pública (Consulta Pública n.º 1/2014, de 7 de julho), o anteprojeto de
decreto-lei que transpõe para a ordem jurídica interna a Diretiva Solvência II (Diretiva n.º 2009/138/CE,
do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de novembro de 2009), consubstanciando um novo
paradigma de regulação e supervisão da atividade seguradora e resseguradora. Tem por objetivo
reforçar a solidez financeira das empresas de seguros e de resseguros, a estabilidade e
competitividade do setor segurador, bem como a proteção dos credores específicos de seguros.
Esta iniciativa legislativa inclui igualmente uma proposta de revisão do regime jurídico dos fundos de
pensões, para autonomizar o regime contraordenacional substantivo face ao regime aplicável ao setor
segurador e aprovar um regime processual aplicável aos crimes especiais do setor segurador e dos
fundos de pensões e às contraordenações cujo processamento compete à ASF.
Em novembro de 2014, o Conselho de Ministros aprovou os novos estatutos do Instituto de Seguros
de Portugal – passando, desde então, a denominar-se Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos
de Pensões-, que conferem ao Regulador uma maior autonomia face ao poder político, equiparando-o
ao Banco de Portugal e à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.
Todas as decisões normativas, decorrentes do funcionamento do sector, passaram a ser da
competência exclusiva do Regulador, salvo as que necessitarem de enquadramento legislativo. Os
novos estatutos preveem, também, que os corpos sociais do ASF terão mandatos irrevogáveis de
cinco anos e serão compostos por três a cinco vogais.
18 PREVISÃO Relatório e Contas 2014
Relações Associativas
Em termos associativos foi mantida a colaboração com a APFIPP – Associação Portuguesa de Fundos
de Investimento, Pensões e Patrimónios, sendo de enaltecer o trabalho que ano após ano tem vindo a
ser desenvolvido pela Comissão Consultiva dos Fundos de Pensões, na qual a Previsão se encontra
representada.
A APFIPP tem prestado um contributo relevante no apoio às suas Associadas e no esclarecimento
junto de entidades oficiais de temas transversais, assumindo um papel de representação corporativa
do setor.
Políticas de Investimento
As Políticas de Investimento dos Fundos de Pensões foram revistas em 2014, com base nos resultados
obtidos em estudos de avaliação conjunta de ativos e responsabilidades, que aconselharam a
manutenção de uma estratégia de investimento de longo prazo conservadora, privilegiando uma
exposição maioritária a ativos mais correlacionados com as responsabilidades (mínimo de 60% à
classe de Obrigações Euro), mas com uma estrutura de composição de ativos diversificada:
Estrutura de Composição de Ativos Recomendada
FP TLP FP TDP FP MARCONI
Classe / Segmento de Ativos Estrutura
Recomendada Limites de Exposição
Estrutura Recomendada
Limites de Exposição
Estrutura Recomendada
Limites de Exposição
Ações 20,0% 20,0% 22,5%
Ações Europa 6,0% +/- 2 6,0% +/- 2 7,0% +/- 2
Ações EUA 8,0% +/- 3 8,0% +/- 3 9,0% +/- 3
Ações Japão 1,0% +/- 1 1,0% +/- 1 1,0% +/- 1
Ações Ásia Pacíf. ex-Japão 5,0% +/- 2 5,0% +/- 2 5,5% +/- 2
Commodities 7,50% +/- 3 7,50% +/- 3 7,50% +/- 3
Retorno Absoluto 4,0% +/- 2 2,5% +/-1 1,5% +/- 1
Obrigações Euro 60,0% 61,5% 60,0%
Obrigações Governam. 30,0% +/- 5 30,0% +/- 5 30,0% +/- 5
Obrigações Corporate 30,0% +/- 5 31,5% +/- 5 30,0% +/- 5
Obrigações Mercados Emerg. 2,5% +/- 1 2,5% +/- 1 2,5% +/- 1
Liquidez e Equivalentes 6,0% + 3 6,0% + 3 6,0% + 3
TOTAL 100,0% 100,0% 100,0%
PREVISÃO Relatório e Contas 2014 19
Relativamente à estrutura de composição anteriormente em vigor, eliminou-se a exposição de 1% a
Ações da América Latina e introduziu-se a exposição a Obrigações de Mercados Emergentes (2,5%),
tendo a exposição a Commodities sido reduzida de 10% para 7,5%.
A estratégia de investimento adotada em 2014 apresenta um diferencial de rendibilidade, face à
evolução esperada das responsabilidades, ligeiramente superior, com um nível de risco inferior.
As novas orientações de Política de Investimento e asset allocation para os Fundos de Pensões,
aprovadas pelos Conselhos de Administração da Previsão e do Associado no mês de abril, conforme
recomendação do Comité de Investimentos, foram objeto de incorporação nos respetivos Contratos
de Gestão e caraterizam-se pelas seguintes linhas gerais:
• Objetivo de investimento orientado para o crescimento do capital investido numa perspetiva de
médio/longo prazo, através da diversificação da carteira e da preservação de elevados graus de
liquidez dos ativos;
• Estratégia de investimento de longo prazo assente na implementação de uma estrutura de
composição dos ativos com um perfil de risco conservador, considerado adequado pelo
Associado, com base em estudos de gestão conjunta de ativos e responsabilidades desenvolvidos
para o efeito;
• Modelo de investimento disciplinado, baseado em procedimentos sistematizados de gestão da
estrutura da composição dos ativos e de cobertura da exposição cambial;
• Possibilidade de ativar casuisticamente mecanismos de proteção de risco, com o objetivo de
assegurar a preservação do capital em ambientes de mercado adversos;
• Outsourcing da gestão dos ativos, por recurso à participação em veículos de investimento de
gestores de primeira linha, em regime de gestão ativa ou passiva, numa perspetiva especializada
por classe de ativo e zona geográfica;
• Otimização dos custos de gestão, através da incorporação de veículos de investimento eficientes
do ponto de vista do custo, bem como de uma política negocial permanente e agressiva;
• Processo de investimento e atividade de gestão de acordo com as best practices, nomeadamente
quanto à transparência, integridade, gestão de risco e procedimentos de execução e controlo
interno;
• Custódia dos ativos dos Fundos passíveis de registo ou depósito concentrada num único
custodiante global de primeira linha.
Na elaboração das Políticas de Investimento, foram incorporados princípios e regras prudenciais que,
20 PREVISÃO Relatório e Contas 2014
no quadro do modelo de gestão adotado e face ao âmbito e frequência do processo de revisão da
estratégia de investimento, permitem enquadrar os riscos subjacentes ao investimento do património
dos Fundos de Pensões, incluindo os enunciados na Norma Regulamentar nº 9/2007-R, de 28 de
junho, nomeadamente no que se refere à adequação do património às responsabilidades em
financiamento e às regras de diversificação e dispersão de riscos.
Atividade de Gestão dos Fundos
A atividade de gestão dos Fundos de Pensões geridos pela Previsão desenvolveu-se, ao longo de
2014, no quadro das orientações estratégicas previstas nas Políticas de Investimento em vigor.
No mês de janeiro, foram aplicadas contribuições realizadas em numerário para os Fundos de Pensões
pelo Associado, mediante o reforço do investimento nas classes de ativos com maior sub-exposição
face à estrutura de composição de ativos recomendada, com exceção daquelas em que estava
prevista uma redução de exposição no âmbito do novo estudo de revisão da estratégia de
investimento, em fase de conclusão, e que foram temporariamente mantidas em Liquidez. Foi
igualmente aplicada em Liquidez uma nova contribuição de menor dimensão realizada no final de
novembro, tendo em conta a proximidade da operação de rebalanceamento semestral dos Fundos de
Pensões, em que se iria proceder a alienações na maioria das classes de ativos, por contrapartida do
reforço da Liquidez.
Em abril, com a aprovação pelo Associado da nova estratégia de investimento, conforme
recomendação do Comité de Investimentos, foi executada uma operação de rebalanceamento das
carteiras de ativos dos Fundos de Pensões para implementação da nova estrutura de composição dos
ativos e da respetiva estratégia de cobertura de risco cambial. Foi lançado um processo de seleção de
um gestor para a nova classe de Obrigações de Mercados Emergentes, com a colaboração de um
consultor, que decorreu durante o segundo trimestre do ano e ficou concluído nos primeiros dias de
julho, com a concretização do respetivo investimento.
Optou-se pela não realização da operação de rebalanceamento prevista para o final do primeiro
semestre, atendendo à pouca materialidade dos desvios face à estrutura de composição dos ativos
recomendada nas Políticas de Investimento.
Em setembro, foi reforçada a exposição ao regime de gestão ativa no segmento de Rendimento Fixo
Corporate (Euro), por contrapartida da redução ao de gestão passiva, na expectativa de que a maior
PREVISÃO Relatório e Contas 2014 21
flexibilidade associada àquele regime confira benefícios acrescidos (gestão da duration, yield curve,
issue selection, etc.), face ao enquadramento macroeconómico e de mercado.
Foi necessário proceder a operações de reforço das disponibilidades dos Fundos, nos meses de
outubro e novembro, através da alienação de ativos nas classes com maior nível de sobre-exposição
relativamente à estrutura recomendada, para fazer face a pagamentos de pensões e outros custos.
No âmbito da classe de Retorno Absoluto, foram realizadas, ao longo do ano, cinco chamadas de
capital num fundo de private equity em carteira, tendo-se recebido distribuições de capital em dois
fundos imobiliários alemães em processo de liquidação.
No final do ano, realizou-se, em conformidade com as linhas de orientação de Política de
Investimento, o rebalanceamento semestral das carteiras de ativos dos Fundos de Pensões, de forma a
atingir a estrutura de composição dos ativos recomendada, com exceção da classe de Commodities,
cujo valor a investir foi mantido em Liquidez enquanto se procedia à reavaliação do veículo de
investimento utilizado neste segmento, concluída no início de fevereiro de 2015.
Prosseguiu-se a estratégia de cobertura de risco cambial associada a investimentos não denominados
em euro preconizada nas Políticas de Investimento, tendo sido executadas operações de cobertura de
exposição ao dólar norte-americano com periodicidade trimestral, mantendo-se em aberto a
exposição às restantes divisas, dada a pouca relevância material das posições detidas, não obstante o
aumento de exposição cambial introduzido com o investimento no novo gestor de Obrigações de
Mercados Emergentes (local currency).
Organização e Recursos Humanos
A Previsão manteve em 2014 o sistema de governance que tinha vindo a ser preconizado em anos
anteriores, apesar das alterações registadas nos Órgãos Sociais, na sequência do processo de
combinação de negócios entre a Portugal Telecom, SGPS, S.A. e a Oi, S.A., iniciado no final de 2013.
Este sistema, que comporta a existência de um Conselho de Administração composto por cinco
membros, dos quais um com funções de Administrador Delegado, o Comité de Investimentos, o
Conselho Fiscal, um atuário independente de âmbito internacional, para além do ROC de cada um dos
Fundos de Pensões e das respetivas Comissões de Acompanhamento dos Planos de Pensões, foi
estabelecido em 2004 e sucessivamente ajustado quer às alterações ocorridas na regulamentação,
22 PREVISÃO Relatório e Contas 2014
quer aos desenvolvimentos que se foram registando na própria sociedade gestora.
No início de 2011, em resultado da transferência para o Estado das responsabilidades e ativos afetos
aos Planos de Pensões Regulamentares do Grupo Portugal Telecom, foi efetuada uma revisão ao
modelo de negócio e otimizada, tanto quanto possível, a estrutura organizacional e os custos a ela
associados.
Para além das alterações registadas no passado mês de agosto na composição do Conselho de
Administração, com a entrada de três novos membros, oriundos do top management da Oi, encontra-
se em curso o processo formal de nomeação dos membros do Comité de Investimentos,
nomeadamente do seu Presidente, que deverá ser indicado pelo acionista de referência.
As Comissões de Acompanhamento dos Planos de Pensões dos três Fundos de Pensões sob gestão,
que são constituídas por três membros efetivos e outros tantos suplentes e que têm como missão
monitorizar a gestão desenvolvida e assegurar o cumprimento do plano de pensões, foram sujeitas a
alterações na sua composição, já que o Associado procedeu, em dezembro último, a uma substituição
dos seus dois representantes na sequência de alterações registadas nos responsáveis pelos recursos
humanos, que o têm representado.
No final do ano de 2014 encontravam-se ao serviço 6 colaboradores, número este igual ao registado
no final do exercício anterior, com a seguinte repartição funcional: 1 nos investimentos, 2 no
planeamento e controlo de gestão, 2 na gestão de carteira e sistemas de informação e 1 no apoio à
gestão.
Controlo Interno
O atual modelo de Controlo Interno da Previsão foi implementado em setembro de 2011, com o
objetivo de introduzir uma nova filosofia de acompanhamento e controlo da atividade desenvolvida,
ao mesmo tempo que permitiu dar cumprimento aos requisitos da Norma Regulamentar n.º 8/2009-R,
de 4 de junho, da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, relativa aos
mecanismos de governação.
A solução encontrada fomentou, desde logo, uma cultura mais orientada para o controlo interno e
para a gestão dos riscos, na medida em que no desenho dos processos foram identificadas um
conjunto de atividades de controlo padronizadas e submetidas a auditorias anuais com o objetivo de
PREVISÃO Relatório e Contas 2014 23
avaliar o seu nível de efetividade e identificar os eventuais pontos de melhoria.
Por referência ao exercício de 2013, no primeiro trimestre de 2014, o modelo de Controlo Interno foi
sujeito a avaliação anual pela Auditoria Interna Corporativa da PT Portugal, que, no âmbito da função
chave de Auditoria Interna, avaliou cada um dos cerca de 250 controlos existentes. Os resultados
obtidos têm evidenciado uma assinalável progressão anual, tendo-se naquele escrutínio obtido um
resultado expressivo, com 99% dos controlos a serem considerados efetivos.
Depois de, em maio de 2013, se ter realizado uma primeira alteração ao Manual de Controlo Interno,
no quarto trimestre de 2014 iniciou-se uma nova revisão, que se estima concluir até final do primeiro
semestre de 2015.
A avaliação de conformidade com as regras SOX (Sarbanes-Oxley Act), a par do trabalho desenvolvido
pelo ROC da Sociedade e dos Fundos de Pensões e pela função chave de Auditoria Interna têm
permitido, no seu conjunto, não só reforçar progressivamente os mecanismos de monitorização da
atividade, como também, pontualmente, identificar processos em que é possível atingir níveis
superiores de eficiência.
Em cumprimento das disposições regulamentares e do previsto no Manual de Controlo Interno, foram
elaborados em 2014 os documentos que se passam a referir e que no seu conjunto refletem o nível de
exigência do modelo de controlo interno implementado: Relatórios e Contas dos Fundos de Pensões,
Relatórios do Atuário Responsável, Relatório de Governance, de Gestão de Riscos e de Compliance,
para além dos Relatórios de Utilização de Produtos Derivados e de Controlo do Exercício de Direitos
de Voto.
Comunicação
À semelhança de anos anteriores, a estratégia de comunicação com o exterior foi, no essencial,
assegurada via website, por se considerar que esta é uma ferramenta eficaz na transmissão ao
mercado da estratégia comercial implementada, a par, naturalmente, da sua utilização para prestar
um conjunto de informações obrigatórias do ponto de vista regulamentar.
Continuamos a privilegiar a prestação regular de informação de qualidade às Comissões de
Acompanhamento dos Planos de Pensões e aos participantes e beneficiários dos Fundos de Pensões,
para além da informação mínima que estamos obrigados a divulgar, por se considerar que os
24 PREVISÃO Relatório e Contas 2014
elementos facultados são relevantes para um melhor acompanhamento da atividade desenvolvida.
Análise Económica e Financeira
Os Rendimentos Operacionais da Previsão ascenderam a 973 milhares de euros em 2014, valor este
inferior ao registado no ano anterior, fruto da redução do valor registada nos Outros Rendimentos e
Ganhos. A remuneração de gestão da Previsão, relativa a Rendimentos de Prestação de Serviços, foi
em 2014 de 972 milhares de euros.
Unidade: mil euros
RUBRICAS 2014 2013 2012
Prestações de Serviços 972 970 350
Outros Rendimentos 1 42 -
TOTAL 973 1.012 350
No final do ano, os Gastos Operacionais Antes de Amortizações e Provisões foram de 710 milhares de
euros, inferiores aos do exercício de 2013 em 60 milhares de euros (ou 7,8%), evidenciado o esforço
que tem vindo a ser introduzido no processo de racionalização da Empresa e dos seus custos.
Considerando as Amortizações e Provisões, os Gastos Operacionais foram de 818 milhares de euros,
superiores em 21 milhares de euros (ou 2,6%) aos de 2013, em resultado de se ter reforçado, em 167
milhares de euros (92 milhares de euros acrescem aos Gastos Operacionais e os restantes 75 milhares
de euros foram abatidos ao Capital Próprio), a Provisão que havia sido constituída para financiamento
de responsabilidades de pré-reforma.
Unidade: mil euros
RUBRICAS 2014 2013 2012
Fornecimentos e Serviços Externos 236 308 331
Gastos com o Pessoal 463 459 604
Amortizações 16 27 54
Provisões 92 - -
Outros Gastos 11 3 9
TOTAL 818 797 998
Em 2014 os Resultados Operacionais foram de 155 milhares de euros (215 milhares de euros em 2013),
a que corresponde uma redução de 60 milhares de euros (ou 28%), exclusivamente justificada pela
necessidade, já referida, de reforço da Provisão constituída para financiamento de encargos com pré-
reformas.
PREVISÃO Relatório e Contas 2014 25
Os Juros e Rendimentos Similares Líquidos alcançados, no valor de 24 milhares de euros, foram
inferiores aos do exercício anterior em 16 milhares de euros (ou 40%), em face da redução expressiva
da taxa média de remuneração dos depósitos a prazo, tendência esta que já se vem registando pelo
menos desde 2012.
Em 2014 o Resultado Líquido situou-se em 131 milhares de euros, inferior em 169 milhares de euros
(ou 56%), ao registado no ano anterior.
Unidade: mil euros
RUBRICAS 2014 2013 2012
Resultados Operacionais 155 215 (648)
Juros e Rendimentos Similares
Líquidos 24 40 89
Resultados Correntes 179 255 (559)
Resultado Líquido do Exercício 131 300 (575)
Meios Libertos 263 242 (594)
Os Capitais Próprios ascendiam a 2.574 milhares de euros, superiores em 73 milhares de euros (ou
2,9%) aos registados no exercício anterior, tendo-se o Capital Social mantido em 2.947 milhares de
euros.
Unidade: mil euros
RUBRICAS 2014 2013 2012
Capital Social 2.947 2.947 2.947
Reservas 963 991 1.077
Resultados Transitados (1.467) (1.737) (1.255)
Resultado Líquido 131 300 (575)
TOTAL 2.574 2.501 2.194
Este volume de capitais respeita as disposições legais e normas regulamentares em vigor. Em 31 de
dezembro de 2014, a Margem de Solvência da Sociedade Gestora era de 2.574 milhares de euros,
superior em 73 milhares de euros (ou 2,9%) à verificada no final do exercício anterior, encontrando-se
compatível com o montante dos Fundos de Pensões sob gestão, em conformidade com o disposto no
art.º 46.º do Decreto-Lei n.º 12/2006, de 20 de janeiro
Os indicadores chave da Sociedade registaram igualmente uma evolução favorável, conforme o
quadro seguinte:
26 PREVISÃO Relatório e Contas 2014
RUBRICAS 2014 2013 2012
Taxa de cobertura da Margem de Solvência 3,22 3,13 2,94
Solvabilidade 4,18 5,38 2,36
Autonomia Financeira 0,81 0,84 0,70
Rendibilidade do Capital Próprio 0,05 0,12 -0,26
Notas: Taxa de Cobertura da Margem de Solvência = Elementos constitutivos da Margem de Solvência /
Montante Total da Margem a constituir Solvabilidade = Capital Próprio / Passivo Total Autonomia Financeira = Capital Próprio / Ativo Líquido Rendibilidade Capital Próprio = Resultados Líquidos / Capital Próprio
Principais Riscos e Incertezas
O ajustamento das Políticas de Investimento a que se procedeu neste exercício, na sequência de
estudos de Asset/Liability Modelling (ALM), permite uma abordagem prudente do risco de
financiamento, de não adequação da estrutura de composição dos ativos às responsabilidades em
financiamento, porventura o risco de maior impacto económico.
Acresce que a atual estrutura de asset allocation, com uma exposição limitada a ativos de risco, que
representam cerca de 28% do total, 20% dos quais a ações, a par da elevada diversificação da carteira,
é também por si um fator de mitigação dos riscos, sobretudo o de investimento.
A composição de ativos subjacente às Políticas de Investimento dos Fundos sob gestão da Previsão é
objeto regular destas análises, que em termos regulamentares devem ter uma periodicidade não
superior a três anos.
No âmbito dos atuais modelos de Controlo Interno e Gestão do Risco, dispõe-se ainda de um sistema
de monitorização periódica do Value at Risk, medindo objetivamente os riscos de financiamento e de
investimento.
A Previsão dispõe de uma estratégia global e de políticas para uma adequada gestão dos riscos que se
consideram com impacto quer na atividade da Sociedade, quer na gestão dos Fundos, definindo-se
níveis de tolerância exigentes, a partir dos quais se torna necessário tomar medidas específicas para a
sua mitigação.
Para a redução dos riscos operacionais acrescem ao modelo de Controlo Interno os métodos e
técnicas de seleção e transação de instrumentos de investimento e de valorização dos títulos e os
PREVISÃO Relatório e Contas 2014 27
sistemas de compliance e reporting. Tem sido dada particular atenção ao processo de valorização e
controlo dos ativos elementares, depositados no custodiante e valorizados diariamente no âmbito do
sistema de reporting de gestão dos Fundos (numa base diária, semanal e mensal).
Iniciadas em 2012, foram mantidas no presente ano auditorias regulares a todos os controlos,
realizadas pela função de Auditoria Interna, assegurada pela Auditoria Interna Corporativa da PT
Portugal, para além das realizadas no âmbito do Sarbanes-Oxley Act.
Não obstante a sua dimensão, a Previsão dispõe pois de um modelo de governance que, dando
cumprimento às disposições regulamentares ao nível da gestão de riscos e controlo interno, procura
implementar as melhores práticas, garantir uma adequada segregação de funções, um sistema de
reporting exigente e órgãos de fiscalização ativos e abrangentes (para além do Conselho Fiscal, um
conceituado Auditor Externo e um Revisor Oficial de Contas para os Fundos de Pensões), tudo isto
visando a mitigação dos principais riscos e incertezas.
Perspetivas
As alterações societárias previstas ao nível da PT Portugal, acionista do Sponsor dos Fundos de
Pensões e acionista maioritário da Previsão, irão certamente condicionar as perspetivas futuras de
gestão dos ativos, mas, face aos resultados obtidos, prosseguiremos entretanto com as práticas já
implementadas, adequadas também ao momento presente.
Após o ajustamento que se concluiu das Políticas de Investimento, iremos pautar a nossa atividade
pela observância rigorosa e cumprimento integral dos seus princípios, filosofia e orientações
específicas a corporizar nos processos de rebalanceamento semestrais, na aplicação das contribuições
do Associado e na contínua monitorização dos veículos de investimento.
Dado que as Políticas de Investimento dão particular ênfase à diversificação e liquidez da carteira de
ativos, iremos por esta via mitigar os potenciais riscos de mercado e de investimento.
Manteremos a otimização dos custos de gestão dos Fundos e de funcionamento da Sociedade
Gestora enquanto objetivo enquadrador de toda a nossa atividade, assim como a full compliance
regulamentar, nomeadamente com o atual Sistema de Controlo Interno, fruto de adaptações
contínuas em resultado da experiência adquirida.
28 PREVISÃO Relatório e Contas 2014
Procuraremos, assim, conciliar os interesses de todos os stakeholders: Participantes e Beneficiários dos
Fundos, Regulador, Associado, Acionistas e Colaboradores.
Proposta de Aplicação de Resultados
Nos termos das disposições legais e estatutárias, propõe-se que o Resultado Líquido do exercício findo
em 31 de dezembro de 2014, no valor de 131.320,12 euros, tenha a seguinte aplicação
Unidade: euros
Reserva Legal 13.132,01
Resultados Transitados 118.188,11
Lisboa, 23 de fevereiro de 2015
O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Marco Norci Schroeder – Presidente
Francisco Nunes – Administrador
Flávio Nicolay Guimarães – Administrador
Eduardo Felippe Michalsky – Administrador
Vítor Sequeira – Administrador Delegado
PREVISÃO Relatório e Contas 2014 31
euros
Notas 2014 2013
ATIVOAtivo não corrente
Ativos fixos tangíveis 6 77.208 30.060Ativos por impostos diferidos 8 67.649 47.864
Total do ativo não corrente 144.857 77.924Ativo corrente
Clientes 9 e 11.1 43.260 24.029Clientes por acréscimos de rendimentos 11.1 246.372 237.616Estado e outros entes públicos 10 12.202 18.794Outras contas a receber 11 36.318 21.622
Diferimentos 12 3.591 3.199Caixa e depósitos bancários 4.c) 2.703.363 2.582.481
Total do ativo corrente 3.045.106 2.887.741Total do ativo 3.189.963 2.965.665
CAPITAL PRÓPRIO
Capital realizado 13 2.947.000 2.947.000
Reserva legal 13 312.779 282.805
Outras reservas 13 650.189 708.314
Resultados transitados 13 (1.467.424) (1.737.194)
Resultado líquido 13 131.320 299.744
Total do capital próprio 2.573.864 2.500.669
PASSIVO
Passivo não corrente
Financiamentos obtidos 14 55.347 10.860
Responsabilidades por benefícios pós-emprego 15 300.664 195.362
Total do passivo não corrente 356.011 206.222
Passivo corrente
Financiamentos obtidos 14 32.009 14.599
Fornecedores 16.519 51.048
Credores por acréscimos de gastos 16 133.564 158.826
Estado e outros entes públicos 10 68.785 24.317
Outras contas a pagar 11 9.211 9.984
Total do passivo corrente 260.088 258.774Total do passivo 616.099 464.996Total do capital próprio e do passivo 3.189.963 2.965.665
CONTAS EXTRAPATRIMONIAISFUNDOS DE PENSÕES 24 91.994.577 94.659.978GESTÃO DE FUNDOS DE PENSÕES 24 91.994.577 94.659.978
Técnico Oficial de Contas Conselho de Administração
PREVISÃO, SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE PENSÕES, S.A.
BALANÇOS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013
As notas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.
32 PREVISÃO Relatório e Contas 2014
euros
Notas 2014 2013
Serviços prestados 17 971.618 970.588
Marketing e publicidade (185) (182)
Fornecimentos e serviços externos 18 (235.762) (307.478)
Gastos com o pessoal 19 (462.653) (459.338)
Custos com benefícios de reforma (11.748) -
Custos com o programa de redução de efetivos (80.638) -
Impostos indiretos e taxas (845) 1.106
Outros rendimentos e ganhos 20 1.770 41.977
Outros gastos e perdas (10.514) (4.088)
RESULTADO ANTES DE DEPRECIAÇÕES, GASTOS DE FINANCIAMENTO E IMPOSTOS 171.043 242.585
(Gastos)/reversões de depreciação e de amortização 21 (15.983) (27.192)
RESULTADO OPERACIONAL (ANTES DE GASTOS DE FINANCIAMENTO E IMPOSTOS) 155.060 215.393
Juros e rendimentos similares obtidos 22 28.211 44.400
Juros e gastos similares suportados 22 (3.757) (4.074)
RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS 179.514 255.719
Imposto sobre o rendimento 8 (48.194) 44.025
RESULTADO LÍQUIDO 131.320 299.744
Resultado líquido por ação básico 23 0,19 0,43
Técnico Oficial de Contas Conselho de Administração
PREVISÃO, SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE PENSÕES, S.A.
DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS
DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013
As notas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.
PREVISÃO Relatório e Contas 2014 33
euros
NotasCapital
realizadoReserva
legalOutras
reservasResultados transitados
Excedentes de revalorização
Resultado líquido
Total do capital próprio
Posição em 31 de dezembro de 2012 A 2.947.000 282.805 708.314 (1.254.914) 85.782 (574.677) 2.194.310
Alterações:
Ajustamentos por impostos diferidos - - - - 6.615 - 6.615
Realização de excedentes de revalorização - - - 1.200 (1.200) - -
B - - - 1.200 5.415 - 6.615
Resultado líquido C - - - - - 299.744 299.744
Resultado integral B+C - - - - - - 306.359
Operações com detentores de capital
Aplicação de resultados 13.5 - - - (483.480) (91.197) 574.677 -
D - - - (483.480) (91.197) 574.677 -
Posição em 31 de dezembro de 2013 E=A+B+C+D 2.947.000 282.805 708.314 (1.737.194) - 299.744 2.500.669
Alterações F - - - - - - -
Resultado líquido G - - - - - 131.320 131.320
Resultado integral F+G - - - - - - 131.320
Operações com detentores de capital
Aplicação de resultados 13.5 - 29.974 - 269.770 - (299.744) -
Outras operações - - (58.125) - - - (58.125)
H - 29.974 (58.125) 269.770 - (299.744) (58.125)
Posição em 31 de dezembro de 2014 E+F+G+H 2.947.000 312.779 650.189 (1.467.424) - 131.320 2.573.864
Técnico Oficial de Contas Conselho de Administração
PREVISÃO, SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE PENSÕES, S.A.
DEMONSTRAÇÕES DAS ALTERAÇÕES NOS CAPITAIS PRÓPRIOS
DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013
As notas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.
34 PREVISÃO Relatório e Contas 2014
euros
Notas 2014 2013
ATIVIDADES OPERACIONAIS
Recebimentos de clientes 955.980 1.017.305
Pagamentos a fornecedores (381.008) (411.465)
Pagamentos ao pessoal (454.922) (451.354)
Caixa gerada pelas operações 120.050 154.486
Recebimentos (pagamentos) do imposto sobre o rendimento 4.(a) (1.294) (4.446)
Outros recebimentos (pagamentos) (7.992) (317.354)
Fluxos das atividades operacionais (1) 110.764 (167.314)
ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
Recebimentos provenientes de:
Juros e rendimentos similares 28.799 48.583
Ativos fixos tangíveis 6.343 42
Outras atividades de investimento - 391.000
35.141 439.625
Pagamentos respeitantes a:
Ativos fixos tangíveis (1.725) (3.099)
(1.725) (3.099)
Fluxos das atividades de investimento (2) 33.417 436.526
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Pagamentos respeitantes a:
Financiamentos obtidos 4.(b) (19.620) (44.228)
Juros e gastos similares (3.679) (3.607)
(23.299) (47.835)
Fluxos das atividades de financiamento (3) (23.299) (47.835)
Variação de caixa e seus equivalentes (4)=(1)+(2)+(3) 120.882 221.377
Caixa e seus equivalentes no início do período 2.582.481 2.361.104
Caixa e seus equivalentes no fim do período 4.(c) 2.703.363 2.582.481
Técnico Oficial de Contas Conselho de Administração
PREVISÃO, SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE PENSÕES, S.A.
DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA
DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013
As notas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.
PREVISÃO Relatório e Contas 2014 35
Previsão, Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A.
Anexo às Demonstrações Financeiras
Em 31 de dezembro de 2014
(Montantes expressos em euros)
1. Nota introdutória
A PREVISÃO, Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. (adiante Empresa ou Previsão) foi constituída em 27 de outubro
de 1988 e tem por objeto a gestão de Fundos de Pensões. A Empresa é participada maioritariamente pela PT Portugal, SGPS,
S.A. (“PT Portugal”), a qual sucedeu à Portugal Telecom, SGPS, S.A. após transmissão da correspondente participação
qualificada com efeitos a 4 de março de 2014.
De acordo com o regime jurídico aplicável às sociedades gestoras de fundos de pensões, a Previsão encontra-se sujeita à
supervisão da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF).
Em 31 de dezembro de 2014, a Empresa era responsável pela gestão dos seguintes Fundos de Pensões:
• Fundo de Pensões do Pessoal dos TLP;
• Fundo de Pensões da TDP – Teledifusora de Portugal, S.A.; e
• Fundo de Pensões Marconi.
O Associado dos Fundos acima mencionados é a MEO – Serviços de Comunicações e Multimédia, S.A. (MEO) com quem a
entidade estabeleceu contratos de gestão. A MEO é integralmente detida pela PT Portugal, SGPS, S.A.
2. Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras
As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no quadro das disposições legais em vigor em Portugal, vertidas no
Decreto-Lei nº 158/2009, de 13 de julho, que aprovou o Sistema de Normalização Contabilística (“SNC”), e de acordo com a
estrutura conceptual, Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (“NCRF”) e Normas Interpretativas consignadas,
respetivamente, nos avisos 15652/2009, 15653/2009 e 15655/2009, da Secretaria-Geral do Ministério das Finanças, de 07 de
setembro.
Conforme previsto no Anexo ao Decreto-Lei nº 158/2009, a Empresa aplica supletivamente as Normas Internacionais de
Contabilidade e de Relato Financeiro (“IAS/IFRS”) e as respetivas interpretações (“SIC/IFRIC”) do IASB, de forma a colmatar
lacunas ou omissões relativas a aspetos específicos de algumas transações ou situações particulares não previstas no SNC.
3. Principais políticas contabilísticas, julgamentos e estimativas
As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações. As principais
políticas contabilísticas adotadas na preparação destas demonstrações financeiras estão descritas abaixo e foram
consistentemente aplicadas, salvo indicação em contrário.
3.1. Ativos fixos tangíveis
Os ativos fixos tangíveis que não sejam terrenos e edifícios são registados ao custo de aquisição ou produção, o qual inclui o
custo de compra e quaisquer custos diretamente atribuíveis à colocação dos ativos na localização e condição necessárias
para operarem da forma pretendida.
Os gastos subsequentes são incluídos na quantia escriturada do ativo somente quando é provável que benefícios
económicos futuros fluam para a Empresa e o custo possa ser mensurado com fiabilidade. Os custos com manutenção e
reparação não suscetíveis de gerar benefícios económicos futuros são reconhecidos como um gasto no período em que são
incorridos.
36 PREVISÃO Relatório e Contas 2014
Os aumentos resultantes de revalorizações são registados no capital próprio na rubrica “Excedentes de revalorização”, exceto
se reverterem um decréscimo previamente reconhecido em resultados. As diminuições resultantes das revalorizações são
registadas diretamente na rubrica “Excedentes de revalorização” até ao limite de qualquer saldo credor do excedente de
revalorização do mesmo ativo. Qualquer excesso das diminuições relativamente a esse saldo credor é reconhecido em
resultados. Quando o ativo revalorizado é desreconhecido, o excedente de revalorização incluído no capital próprio
associado ao ativo é transferido para resultados transitados. Anualmente, os excedentes de revalorização vão sendo
transferidos para resultados transitados na mesma proporção em que os correspondentes ativos são depreciados.
Com exceção dos terrenos que não são depreciados, a depreciação dos demais ativos fixos tangíveis é reconhecida, após o
momento em que o bem se encontra em condições de ser utilizado, de acordo com o método das quotas constantes, com
imputação duodecimal. As taxas anuais aplicadas refletem a vida útil estimada para cada classe de bens, como segue:
A vida útil e o método de amortização são revistos regularmente, sendo o efeito de alguma alteração a estas estimativas
reconhecido de forma prospetiva na demonstração dos resultados.
Os ganhos ou perdas provenientes do abate ou alienação são determinados pela diferença entre o montante recebido e a
quantia escriturada do ativo, e são reconhecidos na demonstração dos resultados.
3.2. Locações
Os contratos de locação são classificados como locações financeiras se, através deles, forem transferidos para o locatário
substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse dos ativos correspondentes. Os restantes contratos de
locação são classificados como locações operacionais. A classificação das locações é feita em função da substância e não da
forma do contrato.
Os ativos adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são
registados no início da locação pelo menor de entre o justo valor dos ativos e o valor presente dos pagamentos mínimos da
locação. As rendas incluem o gasto financeiro e a amortização do capital, sendo que os gastos financeiros são imputados de
acordo com uma taxa de juro periódica constante sobre o saldo remanescente da responsabilidade.
Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como gasto numa base linear durante o
período da locação.
3.3. Propriedades de investimento
As propriedades de investimento compreendem essencialmente imóveis detidos para auferir rendimento ou valorização do
capital, ou ambos, e não para utilização no decurso da atividade corrente dos negócios da Empresa.
As propriedades de investimento são registadas ao custo de aquisição acrescido das despesas de compra e registo de
propriedade, deduzidos de amortizações acumuladas e de perdas por imparidade acumuladas, quando aplicável. Os custos
incorridos (manutenções, reparações, seguros e impostos sobre propriedades), a par dos rendimentos e rendas obtidos com
propriedades de investimento, são reconhecidos na demonstração dos resultados do período a que se referem.
As propriedades de investimentos são amortizadas durante o período de vida útil expectável, de acordo com o método de
amortização linear. As taxas de depreciação correspondem globalmente às vidas úteis estimadas descriminadas atrás.
Classe de ativo Anos de vida útil
Equipamento de transporte 4 Equipamento administrativo 1-10
PREVISÃO Relatório e Contas 2014 37
3.4. Regime do acréscimo
A Empresa regista os seus rendimentos e gastos de acordo com o regime contabilístico do acréscimo, pelo qual os
rendimentos e gastos são reconhecidos à medida que são gerados ou incorridos, independentemente do momento em que
são recebidos ou pagos, respetivamente.
3.5. Imposto sobre o rendimento
O imposto sobre o rendimento corresponde à soma dos impostos correntes com os impostos diferidos, os quais são
registados em resultados salvo quando se relacionam com itens registados diretamente no capital próprio, situação em que
são igualmente registados no capital próprio.
A estimativa de imposto sobre o rendimento é efetuada com base na estimativa da matéria coletável em sede de Imposto
sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (“IRC”).
O imposto sobre o rendimento do exercício registado nas demonstrações financeiras é apurado de acordo com o
preconizado pela “NCRF 25 Impostos sobre o Rendimento”. Na mensuração do custo relativo ao imposto sobre o rendimento
do exercício, para além do imposto corrente determinado com base no resultado antes de impostos corrigido de acordo com
a legislação fiscal, são também considerados os efeitos resultantes das diferenças temporárias entre o resultado antes de
impostos e o lucro tributável originadas no exercício ou em exercícios anteriores.
Os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos ativos e passivos para efeitos de reporte
contabilístico e os respetivos montantes para efeitos de tributação. Os ativos e passivos por impostos diferidos são
calculados e avaliados anualmente, utilizando as taxas de tributação que se espera estejam em vigor à data da reversão das
diferenças temporárias.
Os ativos por impostos diferidos são registados unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros
suficientes para os utilizar. À data do balanço é efetuada uma reapreciação das diferenças temporárias subjacentes aos ativos
por impostos diferidos, no sentido de reconhecer ativos por impostos diferidos não registados anteriormente por não terem
preenchido as condições para o seu registo e/ou para reduzir o montante dos ativos por impostos diferidos que se
encontram reconhecidos em função da expectativa atual da sua recuperação futura.
3.6. Contas a receber de clientes e outros devedores
As contas a receber de clientes e outros devedores são inicialmente reconhecidas ao justo valor, sendo subsequentemente
mensuradas ao custo amortizado, utilizando o método da taxa efetiva, deduzido de perdas por imparidade.
As imparidades para dívidas de cobrança duvidosa são calculadas com base na avaliação dos riscos estimados decorrentes
da não cobrança das contas a receber. As perdas por imparidade são reconhecidas na demonstração dos resultados.
3.7. Financiamentos obtidos
Os financiamentos obtidos são inicialmente reconhecidos ao justo valor, líquido de custos de transação incorridos, sendo
subsequentemente apresentados ao custo amortizado, utilizando o método da taxa efetiva.
3.8. Férias e subsídios de férias
As férias e subsídios de férias e correspondentes encargos patronais são registados como gasto do período em que os
empregados adquirem o direito ao seu recebimento. Consequentemente, o valor de férias e subsídios de férias e
correspondentes encargos patronais vencidos e não pagos à data do balanço foi estimado e incluído na rubrica “Credores
por acréscimos de gastos”.
3.9. Classificação do balanço
Os ativos realizáveis e os passivos exigíveis a mais de um ano da data do balanço são classificados, respetivamente, no ativo e
no passivo não corrente, pelo seu valor presente.
38 PREVISÃO Relatório e Contas 2014
3.10. Rédito
O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber. O rédito a reconhecer é deduzido do
montante estimado de devoluções, descontos e outros abatimentos, e não inclui o Imposto sobre o Valor Acrescentado
(“IVA”) e outros impostos liquidados relacionados com a venda.
O rédito proveniente da prestação de serviços é reconhecido com referência à fase de acabamento da transação à data de
relato, desde que todas as seguintes condições sejam satisfeitas: (1) o montante do rédito possa ser mensurado com
fiabilidade; (2) seja provável que benefícios económicos futuros associados à transação fluam para a Empresa; (3) os custos
incorridos ou a incorrer com a transação possam ser mensurados com fiabilidade; e (4) a fase de acabamento da transação à
data de relato possa ser razoavelmente estimada.
Os serviços prestados pela Previsão, no âmbito da gestão dos Fundos de Pensões, são remunerados sob a forma de
comissões, as quais são registadas na rubrica prestações de serviços da demonstração dos resultados, no momento da
prestação dos serviços. Estas comissões são faturadas periodicamente aos Fundos de Pensões e encontram-se definidas nos
contratos de gestão dos Fundos de Pensões.
As receitas relativas a pagamentos antecipados efetuados por clientes são diferidas, sendo reconhecidas apenas no
momento da prestação do serviço.
O rédito de juros é reconhecido com base no método do juro efetivo.
3.11. Ativos e passivos financeiros
Os ativos e os passivos financeiros são reconhecidos no balanço quando a Empresa se torna parte das correspondentes
disposições contratuais, sendo classificados na categoria “ao custo ou custo amortizado” os ativos e os passivos financeiros
que apresentem as seguintes caraterísticas: (a) sejam à vista ou tenham uma maturidade definida; (b) tenham associado um
retorno fixo ou determinável; e (c) não sejam um instrumento financeiro derivado ou não incorporem um instrumento
financeiro derivado.
Os ativos e passivos financeiros considerados nesta categoria são mensurados ao custo amortizado deduzido de perdas por
imparidade acumuladas (no caso de ativos financeiros) e correspondem essencialmente às seguintes rubricas de ativos e
passivos constantes do balanço da Empresa:
• Financiamentos obtidos
• Clientes
• Fornecedores
• Clientes por acréscimos de rendimentos e credores por acréscimos de gastos
• Adiantamentos a fornecedores
• Estado e outros entes públicos
• Outras contas a receber e a pagar
• Caixa e depósitos bancários
O custo amortizado é determinado através do método do juro efetivo. A taxa de juro efetiva é a taxa que desconta
exatamente os pagamentos ou recebimentos futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro na
quantia líquida escriturada do ativo ou passivo financeiro.
(a) Imparidade de ativos financeiros
Os ativos financeiros classificados na categoria “ao custo ou custo amortizado” são sujeitos a testes de imparidade no final de
cada exercício. Tais ativos financeiros encontram-se em imparidade quando existe uma evidência objetiva de que, em
resultado de um ou mais acontecimentos ocorridos após o seu reconhecimento inicial, os seus fluxos de caixa futuros
estimados serão afetados.
PREVISÃO Relatório e Contas 2014 39
Para os ativos financeiros mensurados ao custo amortizado, a perda por imparidade corresponde à diferença entre a quantia
escriturada do ativo e o valor presente dos novos fluxos de caixa futuros estimados descontados à respetiva taxa de juro
efetiva original. Para os ativos financeiros mensurados ao custo, a perda por imparidade corresponde à diferença entre a
quantia escriturada do ativo e a melhor estimativa do justo valor do ativo.
Subsequentemente, se ocorre uma diminuição da perda por imparidade em resultado de um acontecimento que teve lugar
após o reconhecimento inicial da perda, a imparidade deve ser revertida por resultados. A reversão é efetuada até ao limite
da quantia que estaria reconhecida (custo amortizado) caso a perda não tivesse sido inicialmente registada.
As perdas por imparidade e respetivas reversões são registadas em resultados essencialmente na rubrica “Imparidade de
dívidas a receber (perdas)/reversões”.
(b) Desreconhecimento de ativos e passivos financeiros
A Empresa desreconhece ativos financeiros apenas quando expiram os seus direitos contratuais aos fluxos de caixa
provenientes desses ativos, ou quando transfere para outra entidade os ativos financeiros e todos os riscos e benefícios
significativos associados à posse dos mesmos. São desreconhecidos os ativos financeiros transferidos relativamente aos
quais a Empresa reteve alguns riscos e benefícios significativos, desde que o controlo sobre os mesmos tenha sido cedido.
A Empresa desreconhece passivos financeiros apenas quando a correspondente obrigação seja liquidada, cancelada ou
expire.
3.12. Contas extra patrimoniais
A atividade da Previsão, no que se refere à gestão contratada de Fundos de Pensões, encontra-se relevada em rubricas extra
patrimoniais. Os ativos dos Fundos são valorizados em conformidade com as regras definidas pela ASF na Norma
Regulamentar nº 9/2007-R, de 28 de junho.
3.13. Principais estimativas contabilísticas e julgamentos
Na preparação das demonstrações financeiras de acordo com as NCRF, o Conselho de Administração da Empresa utiliza
estimativas e pressupostos que afetam a aplicação de políticas e os montantes reportados. As estimativas e julgamentos são
continuamente avaliados e baseiam-se na experiência de eventos passados e em outros fatores, incluindo expectativas
relativas a eventos futuros considerados prováveis face às circunstâncias em que as estimativas são baseadas ou em
resultado de uma informação ou experiência adquirida. A estimativa contabilística mais significativa refletida nas
demonstrações financeiras é a seguinte:
Vida útil de ativos fixos tangíveis
A Empresa utilizou estimativas de forma a calcular a vida útil dos ativos fixos tangíveis. As estimativas foram determinadas
com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras. No entanto, poderão
ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram consideradas nessas estimativas.
Conforme disposto pela “NCRF 4 Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Erros” (“NCRF 4”),
alterações a estas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras, são corrigidas em
resultados de forma prospetiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transações em
questão poderão diferir das correspondentes estimativas.
3.14. Acontecimentos ocorridos após a data do balanço
Os acontecimentos ocorridos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam
à data do balanço são refletidos nas demonstrações financeiras. Os eventos após a data do balanço que proporcionem
informação sobre condições que ocorram após a data do balanço não são refletidos nas demonstrações financeiras, sendo
apenas divulgados se forem considerados materialmente relevantes.
40 PREVISÃO Relatório e Contas 2014
4. Fluxos de caixa
Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica “Caixa e seus equivalentes” inclui numerário, depósitos bancários
imediatamente mobilizáveis e outros investimentos de curto prazo de elevada liquidez e com maturidades iniciais até três
meses, líquidos de descobertos bancários.
A Empresa está sujeita a um risco de liquidez se as fontes de financiamento, como sejam as disponibilidades, os fluxos de
caixa operacionais e os fluxos de caixa provenientes de operações de desinvestimento e financiamento, não satisfizerem as
necessidades existentes, como sejam as saídas de caixa relacionadas com as atividades operacionais e de financiamento, os
investimentos, a remuneração dos acionistas e o reembolso de dívida. Com base nos fluxos de caixa gerados pelas suas
operações e nas disponibilidades de caixa, a Empresa entende que tem capacidade para cumprir as suas obrigações. A
demonstração dos fluxos de caixa foi preparada de acordo com a “NCRF 2 Demonstração de Fluxos de Caixa”, havendo os
seguintes aspetos a salientar:
(a) Recebimentos (pagamentos) do imposto sobre o rendimento
Nos exercícios de 2014 e 2013 esta rubrica tem a seguinte composição:
(b) Pagamentos relativos a financiamentos obtidos
Nos exercícios de 2014 e 2013 os montantes registados nesta rubrica resultam da amortização de contratos de locação
financeira.
(c) Caixa e seus equivalentes
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, esta rubrica apresentava a seguinte composição:
5. Alterações de políticas e estimativas contabilísticas e erros
No exercício de 2014, não foram emitidas normas ou interpretações novas ou revistas que ainda não estejam em vigor, nem
foram efetuadas quaisquer correções de erros materiais de exercícios anteriores.
euros
2014 2013
Pagamento especial por conta - (1.500)
Retenções na fonte (7.171) (10.287)
Reembolso de IRC 5.877 7.341
(1.294) (4.446)
euros
2014 2013
Numerário 1.500 1.500
Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 2.701.863 2.580.981
Caixa e depósitos bancários 2.703.363 2.582.481
PREVISÃO Relatório e Contas 2014 41
6. Ativos fixos tangíveis
Durante os exercícios de 2014 e 2013, os movimentos ocorridos nos ativos fixos tangíveis foram os seguintes:
7. Propriedades de investimento
Durante o exercício de 2013, foi alienado o imóvel adquirido em 1989 por 567.249 euros. A empresa não tem mais nenhum
ativo registado em propriedades de investimento.
8. Imposto sobre o rendimento
8.1. Enquadramento
A partir de 1 de janeiro de 2014, no seguimento de uma alteração na legislação fiscal, a Empresa passou a ser tributada em
sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) à taxa de 23%, acrescida da derrama de até um máximo de
1,5% sobre a matéria coletável de IRC, atingindo uma taxa máxima agregada de cerca de 24,5%.
Atendendo, por um lado, à Lei nº 82-B/2014, de 31 de dezembro, que prevê uma descida da taxa geral de IRC já para o
próximo exercício e, por outro, às suas estimativas de matéria coletável de exercícios futuros, a Empresa alterou a taxa de
imposto utilizada no cálculo dos impostos diferidos para 22,5%.
No cálculo dos resultados tributáveis, aos quais é aplicada a referida taxa de imposto, os gastos e rendimentos não aceites
fiscalmente são acrescidos ou deduzidos aos resultados contabilísticos.
euros
2014
Equipamento básico
Equipamento de transporte
Equipamento administrativo
Outros ativos fixos tangíveis Total
Valores brutos
Saldo inicial 26.591 102.712 473.625 7.453 610.381
Aquisições - 71.000 1.714 - 72.714
Alienações - (80.000) - - (80.000)
Saldo final 26.591 93.712 475.339 7.453 603.095
Depreciações acumuladas e perdas por imparidade
Saldo inicial 26.591 77.978 468.299 7.453 580.321
Depreciações do exercício - 12.644 3.339 - 15.983
Alienações - (70.417) - - (70.417)
Saldo final 26.591 20.205 471.638 7.453 525.887
Ativos fixos tangíveis liquidos - 73.507 3.701 - 77.208
euros
2013
Equipamento básico
Equipamento de transporte
Equipamento administrativo
Outros activos fixos tangíveis Total
Valores brutos
Saldo inicial 26.591 136.569 473.101 7.453 643.714
Aquisições - - 2.500 - 2.500
Alienações - - (1.976) - (1.976)Transferências e abates - (33.857) - - (33.857)
Saldo final 26.591 102.712 473.625 7.453 610.381
Depreciações acumuladas e perdas por imparidade
Saldo inicial 26.591 85.849 466.234 7.453 586.127
Depreciações do exercício - 23.869 3.322 - 27.192
Alienações - - (1.258) - (1.258)
Transferências e abates - (31.740) - - (31.740)
Saldo final 26.591 77.978 468.298 7.453 580.321
Ativos fixos tangíveis liquidos - 24.734 5.327 - 30.060
42 PREVISÃO Relatório e Contas 2014
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte das autoridades
fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social) exceto quando tenha havido prejuízos fiscais,
tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações, casos em que,
dependendo das circunstâncias, os prazos são alongados ou suspensos.
8.2. Impostos diferidos
Na mensuração do gasto relativo aos impostos sobre o rendimento do exercício, para além do imposto corrente
determinado com base no resultado antes de impostos corrigido de acordo com a legislação fiscal, são também
considerados os efeitos resultantes das diferenças temporárias entre o resultado antes de impostos e o lucro tributável,
originadas no exercício ou em exercícios anteriores.
Os movimentos ocorridos nos ativos por impostos diferidos, durante os exercícios de 2014 e 2013, foram como segue:
(a) Provisão referente a encargos com responsabilidades por benefícios pós-emprego.
Os movimentos ocorridos nos passivos por impostos diferidos respeitantes a reavaliações de ativos, durante os exercícios de
2014 e 2013, foram como segue:
(a) Anulação de provisão em virtude da alienação do imóvel.
euros
2014 2013
Saldo inicial 47.864 -
Aumentos (reduções)
Resultado líquido (a) 7.423 47.864
Capital próprio 18.375 -
Alteração da taxa de imposto
Resultado líquido (4.513) -
Capital próprio (1.500) -
Saldo final 67.649 47.864
euros
2014 2013
Saldo inicial - 6.615
Aumentos (reduções)
Capital próprio (a) - (6.615)
Saldo final - -
PREVISÃO Relatório e Contas 2014 43
8.3. Reconciliação da taxa de imposto
Nos exercícios de 2014 e 2013, a reconciliação entre o montante teórico resultante da aplicação da taxa nominal de imposto
ao resultado antes de impostos e o gasto com imposto sobre o rendimento é como segue:
(a) As diferenças permanentes apresentam a seguinte composição:
9. Clientes e clientes por acréscimos de rendimentos
Nos exercícios de 2014 e 2013, o saldo das contas a receber de clientes refere-se essencialmente a dívidas de empresas PT
Portugal e do Grupo PT.
euros
2014 2013
Resultado antes de impostos 179.514 255.719
Taxa nominal de imposto 24,5% 25,0%
Imposto esperado 43.981 63.930
Diferenças permanentes (a) (1.400) (213.450)
Excesso/insuficiência de estimativa para impostos sobre o rendimento 715 143
Alteração na taxa de imposto em vigor em Portugal de 25% para 23% 4.513 -
Prejuizo fiscal - 100.680
Ajustamentos à coleta 385 3.695
Outros - 977
48.194 (44.025)
Imposto sobre o rendimento
Imposto corrente 51.104 3.839
Imposto diferido do exercício (2.910) (47.864)
48.194 (44.025)
euros
2014 2013
Provisões e ajustamentos não considerados no cálculo dos impostos diferidos - (576.960)
Mais e menos valias (17.732) (284.066)
Depreciações e amortizações não aceites 2.625 5.255
Benefícios fiscais - 1.972
Outros 9.393 -
(5.714) (853.799)
Taxa nominal de imposto 24,5% 25,0%
(1.400) (213.450)
euros
Contas a receber de empresas PT Portugal Total
Contas a receber de empresas do
Grupo PT Total
Saldo não vencido 43.260 43.260 24.029 24.029
Contas a receber de clientes 43.260 43.260 24.029 24.029
2014 2013
44 PREVISÃO Relatório e Contas 2014
10. Estado e outros entes públicos
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, os saldos devedores e credores com o Estado e outros entes públicos tinham a seguinte
composição:
11. Outras contas a receber e a pagar
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, estas rubricas apresentam a seguinte composição:
11.1. Saldos e transações com partes relacionadas
A natureza e o detalhe dos principais saldos com partes relacionadas em 31 de dezembro de 2014 são conforme segue:
euros
Saldo devedor Saldo credor Saldo devedor Saldo credor
Imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas 12.202 43.219 18.794 -
Segurança Social - 12.862 - 10.248
Retenções de imposto sobre o rendimento - 11.452 - 11.934
Imposto sobre o valor acrescentado - 1.252 - 2.135
12.202 68.785 18.794 24.317
2014 2013
euros
2014 2013
OUTRAS CONTAS A RECEBER
Corrente
Empresas PT Portugal (Nota 11.1) 36.297 -
Empresas do Grupo PT - 21.230
Juros de depósitos a prazo 21 581
Outros devedores - (189)
Total das outras contas a receber 36.318 21.622
OUTRAS CONTAS A PAGAR
Corrente
Empresas PT Portugal (Nota 11.1) 9.202 -
Empresas do Grupo PT - 9.987
Pessoal - (13)
Outros credores 9 10
Total das outras contas a pagar 9.211 9.984
euros
2014
Clientes
Clientes por acréscimos de rendimentos
Outrascontas
a receber
Total decontas
a receber
Fundo de Pensões do Pessoal dos TLP - 175.650 - 175.650
Fundo de Pensões Marconi - 49.216 - 49.216
Fundo de Pensões da TDP - Teledifusora de Portugal, S.A. - 12.773 - 12.773
PT Prestações - Mandatária de Aquisições e Gestão de Bens, S.A. - 8.733 36.297 45.030
PT Centro Corporativo, S.A. 31.372 - - 31.372
PT Contact, S.A. 7.956 - - 7.956
PT PRO, Serviços Administrativos e de Gestão Partilhados, S.A. 3.942 - - 3.942
MEO - Serviços de Comunicações e Multimédia, S.A. (10) - - (10)
43.260 246.372 36.297 325.929
PREVISÃO Relatório e Contas 2014 45
No exercício de 2014 a natureza e o detalhe das principais transações com partes relacionadas são conforme segue:
(a) As transações com partes relacionadas incluídas nesta rubrica incluem a recuperação de encargos com pessoal cedido a empresas PT Portugal.
(b) Valores decorrentes do acordo de repartição de gastos.
11.2. Outras informações
As remunerações atribuídas aos membros dos órgãos sociais da Empresa nos exercícios de 2014 e 2013 foram as seguintes:
euros
2014
Fornecedores
Credores por acréscimos de gastos
Outrascontasa pagar
Total decontasa pagar
MEO - Serviços de Comunicações e Multimédia, S.A. (1.155) 752 7.261 6.858
PT Centro Corporativo, S.A. 4.128 2.005 - 6.133
PT Inovação e Sistemas, S.A. 6.094 - - 6.094
PT PRO, Serviços Administrativos e de Gestão Partilhados, S.A. 1.789 - 1.941 3.730
PT - Associação de Cuidados de Saúde 181 - - 181
11.037 2.757 9.202 22.996
euros
2014
Serviçosprestados
Fornecimentose serviçosexternos
Gastoscom o
pessoal (a)
Fundo de Pensões do Pessoal dos TLP 612.289 - -
Fundo de Pensões Marconi 257.005 - -
Fundo de Pensões da TDP - Teledifusora de Portugal, S.A. 102.324 - -
PT Prestações - Mandatária de Aquisições e Gestão de Bens, S.A. (b) - 50.167 62.688
PT Centro Corporativo, S.A. - (20.232) 93.450
PT PRO, Serviços Administrativos e de Gestão Partilhados, S.A. - (11.058) 25.681
PT - Sistemas de Informação, S.A. - (6.094) -
PT Inovação e Sistemas, S.A. - (31.036) -
MEO - Serviços de Comunicações e Multimédia, S.A. - (4.048) (41.896)
PT Contact, S.A. - - 23.725
PT - Associação de Cuidados de Saúde - - (900)
971.618 (22.300) 162.749
euros
2014 2013
(Nota 19) (Nota 19)
Fixo Variável Total Fixo Variável Total
Conselho de Administração
Vitor José Gama Sequeira, Administrador Delegado 129.668 13.400 143.068 145.146 20.000 165.146
Conselho Fiscal
Mário João de Matos Gomes, Presidente 7.838 - 7.838 7.838 - 7.838
Maria Cristina Machado Beirão Reis de Melo Antunes, Vogal 6.137 - 6.137 6.137 - 6.137
Ascenção, Gomes, Cruz & Associados - S.R.O.C., Lda.,Vogal 9.840 - 9.840 9.840 - 9.840
23.815 - 23.815 23.815 - 23.815
153.483 13.400 166.883 168.961 20.000 188.961
46 PREVISÃO Relatório e Contas 2014
12. Diferimentos
Estas rubricas apresentam a seguinte composição em 31 de dezembro de 2014 e 2013:
13. Capital próprio
13.1. Capital realizado
Em 31 de dezembro de 2014 o capital social da Previsão era de 2.947.000 euros, inteiramente subscrito e realizado,
representado por 700.000 ações ordinárias nominativas, no valor nominal unitário de 4,21 euros cada, detidas como segue:
13.2. Reserva legal
A alínea a) do artigo 15º dos estatutos da Sociedade estipula que anualmente será transferido para a reserva legal o
montante correspondente a pelo menos 10% do resultado líquido anual até que esta represente 20% do capital. Esta reserva
não é distribuível a não ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos, depois de
esgotadas as outras reservas, ou para incorporação no capital.
No exercício findo em 31 de dezembro de 2014 a reserva constituída ascendia a 312.779 euros.
13.3. Outras reservas
Esta rubrica respeita às reservas livres existentes na Empresa, as quais podem ser distribuídas aos acionistas, nos termos
legais aplicáveis, ou utilizadas para cobertura de resultados transitados negativos.
A variação ocorrida nesta rubrica entre 31 de dezembro de 2013 e 2014, no montante de 58.125 euros, diz respeito a
alterações de pressupostos atuariais no cálculo das responsabilidades por benefícios pós-emprego.
13.4. Aplicação de resultados
Em 2014, conforme deliberado na Assembleia Geral de Acionistas de 31 de março de 2014, do resultado líquido positivo do
exercício de 2013, no valor de 299.744 euros, 29.974 euros foram transferidos para Reserva Legal e 269.770 euros foram
transferidos para resultados transitados.
Em 2013, conforme deliberado na Assembleia Geral de Acionistas de 26 de março de 2013, o resultado líquido negativo do
exercício de 2012, no valor de 574.677 euros, foi transferido na totalidade para resultados transitados.
euros
2014 2013
GASTOS A RECONHECER
Corrente
Manutenção e conservação 1.932 1.926
Trabalhos especializados 719 671
Outros 940 602
Total dos gastos a reconhecer 3.591 3.199
%
PT Portugal, SGPS, S.A. 82,05
Banco Santander Totta, S.A. 10,09
Banco Comercial Português, S.A. 2,86
Citibank Internacional Limited, Sucursal em Portugal 2,50
Companhia de Seguros Allianz Portugal, S.A. 2,50
100,00
PREVISÃO Relatório e Contas 2014 47
14. Financiamentos obtidos
Os financiamentos obtidos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 apresentam a seguinte composição:
14.1. Locação financeira
As obrigações com contratos de locação financeira resultam de contratos de locação de equipamentos de transporte, no
âmbito dos quais existem geralmente opções de compra no termo dos mesmos. Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 os bens
em regime de locação financeira registados no balanço da Empresa tinham um valor contabilístico de 73.507 euros e 24.734
euros, respetivamente, e correspondem à rubrica de equipamentos de transporte dos ativos fixos tangíveis.
A maturidade dos pagamentos mínimos dos contratos de locação financeira em 31 de dezembro de 2014 e 2013 era
conforme segue:
15. Provisões e Responsabilidades por benefícios pós-emprego
Nos exercícios de 2014 e 2013, os movimentos ocorridos nas provisões foram os seguintes:
Durante o exercício de 2014 o valor da provisão para responsabilidades por benefícios pós-emprego foi reforçada em
167.638 euros sendo o seu saldo em 31 de dezembro de 2014 de 300.664 euros.
euros
2014 2013
Não corrente Corrente Não corrente Corrente
Locação financeira 55.347 32.009 10.860 14.599
55.347 32.009 10.860 14.599
euros
2014 2013
Capital Juros Total Capital Juros Total
Até 1 ano 32.009 2.989 34.998 14.599 454 15.053
Entre 1 ano e 2 anos 19.912 2.136 22.048 1.303 394 1.697
Entre 2 anos e 3 anos 17.928 1.225 19.153 1.303 394 1.697
Entre 3 anos e 4 anos 6.284 774 7.058 1.303 394 1.697
Entre 4 anos e 5 anos 11.223 177 11.400 1.303 394 1.697
A mais de 5 anos - - - 5.648 33 5.681
87.356 7.301 94.657 25.459 2.063 27.522
euros
2014 2013
Outras Provisões
Saldo inicial - 576.960
Transferências - (221.808)
Utilizações - (355.152)
Saldo final - -
Benefícios pós-emprego
Saldo inicial 195.362 -
Aumentos 167.638
Transferências - 221.808
Utilizações (62.336) (26.446)
Saldo final 300.664 195.362
300.664 195.362
48 PREVISÃO Relatório e Contas 2014
16. Credores por acréscimos de gastos
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, esta rubrica apresenta a seguinte composição:
17. Serviços prestados
Os movimentos ocorridos nesta rubrica nos exercícios de 2014 e 2013, nos montantes de 971.618 euros e 970.588 euros
respeitam às comissões de gestão dos Fundos de Pensões no âmbito dos contratos de gestão em vigor (Nota 1).
18. Fornecimentos e serviços externos
Nos exercícios de 2014 e 2013, esta rubrica apresenta a seguinte composição:
19. Gastos com o pessoal
Nos exercícios de 2014 e 2013, esta rubrica apresenta a seguinte composição:
euros
2014 2013
Encargos com férias, subsídios de férias e outros encargos com o pessoal 100.217 94.956
Trabalhos especializados 25.561 55.194
Outros fornecimentos e serviços externos 5.781 7.432
Serviços de suporte 2.005 1.244
133.564 158.826
euros
2014 2013
Trabalhos especializados 80.293 137.347
Rendas e alugueres 50.956 62.775
Serviços de suporte 41.266 36.359
Manutenção e reparação 20.758 19.415
Comunicação 8.595 6.875
Outros 33.894 44.707
235.762 307.478
euros
2014 2013
Remunerações
Órgãos sociais (Nota 11.2) 166.883 188.961
Pessoal 206.126 191.811
Encargos sociais
Órgãos sociais 34.537 23.023
Pessoal 43.448 40.647
Cuidados de saúde 1.799 2.839
Ação social 2.280 3.548
Formação 96 96
Outros 7.484 8.413
462.653 459.338
PREVISÃO Relatório e Contas 2014 49
20. Outros rendimentos e ganhos
Nos exercícios de 2014 e 2013, o detalhe desta rubrica é conforme segue:
(a) O montante registado nesta rubrica em 2013 respeita a ganhos obtidos na alienação do imóvel, que estava registado como propriedade de investimento
(Nota 7).
21. (Gastos) /reversões de depreciação e de amortização
A composição desta rubrica nos exercícios de 2014 e 2013 é conforme segue:
22. Juros e rendimentos/ (gastos) similares
Nos exercícios de 2014 e 2013, esta rubrica apresenta a seguinte composição:
(a) Os movimentos ocorridos nesta rubrica resultam de juros obtidos no âmbito de aplicações financeiras de tesouraria.
23. Resultado líquido por ação
O resultado líquido por ação nos exercícios de 2014 e 2013 foi calculado da seguinte forma:
Não existem quaisquer situações que originem um efeito de diluição, pelo que o resultado líquido por ação diluído é igual ao
resultado líquido por ação básico.
euros
2014 2013
Diferenças de câmbio favoráveis 28 484
Outros (Nota 7) (a) 1.742 41.493
1.770 41.977
euros
2014 2013
Ativos fixos tangíveis (Nota 6) (15.983) (27.192)
(15.983) (27.192)
euros
2014 2013
Juros e rendimentos similares obtidos
Juros otidos
Depósitos à ordem - 811
Outros (a) 28.211 43.589
28.211 44.400
Juros e gastos similares suportados
Locação financeira (1.289) (1.732)
Comissões e outros encargos bancários (2.433) (2.287)
Outros (35) (55)
(3.757) (4.074)
euros
2014 2013
Resultado líquido 131.320 299.744
Número de ações 700.000 700.000
Resultado líquido por ação básico 0,19 0,43
50 PREVISÃO Relatório e Contas 2014
24. Contas extra patrimoniais
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, esta rubrica corresponde ao valor dos Fundos de Pensões sob gestão da Empresa, de
acordo com o seguinte detalhe:
25. Acontecimentos ocorridos após a data do balanço
Não ocorreram acontecimentos significativos após 31 de dezembro de 2014 que requeiram ajustamento ou divulgação
nestas demonstrações financeiras.
As demonstrações financeiras para o exercício findo em 31 de dezembro de 2014 foram aprovadas pelo Conselho de
Administração e autorizadas para emissão em 23 de fevereiro de 2015, estando ainda sujeitas a aprovação pela Assembleia
Geral de Acionistas, nos termos da legislação comercial em vigor em Portugal.
euros
Património líquido (nota introdutória) 2014 2013
Fundo de Pensões do Pessoal dos TLP 67.997.627 70.546.369
Fundo de Pensões da TDP - Teledifusora de Portugal, S.A. 4.944.460 4.850.380
Fundo de Pensões Marconi 19.052.490 19.263.229
91.994.577 94.659.978
RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL Ao Conselho de Administração e Acionistas da PREVISÃO, SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE PENSÕES, S.A.: Nos termos da nossa incumbência legal e estatutária, ao longo do exercício de 2014 procedemos ao acompanhamento da gestão e da evolução dos negócios da PREVISÃO, SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE PENSÕES, S.A. e dos Fundos de Pensões sob a sua gestão, tendo sempre recebido do Conselho de Administração e dos Serviços todas as provas e esclarecimentos que solicitámos. No âmbito do reforço e desenvolvimento do sistema de governance a que se refere a Norma Regulamentar n.º 8/2009-R do ASF, de 4 de junho, a PREVISÃO tem em curso a conclusão da primeira revisão do Manual de Gestão de Riscos e a segunda revisão do Manual de Controlo Interno, tendo a Auditoria Interna Corporativa do Grupo PT Portugal desenvolvido a monitorização do efetivo funcionamento do sistema de Controlo Interno e Gestão de Riscos da Empresa, em complemento às funções de auditoria desenvolvidas para avaliação da conformidade com a regulamentaçãoSOX. No exercício de 2014, os Fundos de Pensões sob gestão obtiveram uma rendibilidade média anual de mais de 5%, significativamente acima da taxa de desconto das responsabilidades, mantendo a PREVISÃO, no final do exercício, a 11.ª posição no ranking nacional das 22 entidades gestoras de Fundos de Pensões, face ao volume de ativos sob gestão. Nos termos regulamentares, a PREVISÃO procedeu no último trimestre de 2013 a novos estudos de Asset/Liability Modelling, que permitiram, já em 2014, a reanálise e ajustamento da estrutura de composição dos ativos dos Fundos definida nas Políticas de Investimento aprovadas. Com vista ao reforço da cobertura da Margem de Solvência, no exercício de 2013 foi revisto o modelo de remuneração de gestão da PREVISÃO, passando as comissões de gestão dos Fundos de Pensões a ser custeadas diretamente por estes. Em 2014 estas comissões ascenderam a 971,6 €K, sensivelmente ao nível do ano anterior, enquanto os gastos operacionais ascenderam a 818,3 €K, com um aumento de 2,6% face a 2013 e os juros e rendimentos similares líquidos obtidos ascenderam a 24,5 €K, fixando-se o lucro líquido do exercício em 131,3 €K, o que compara com 299,7 €K no exercício anterior. Em fecho de trabalho, examinámos o Balanço em 31 de dezembro de 2014 e as Demonstrações dos Resultados, das Alterações nos Capitais Próprios e dos Fluxos de Caixa e respetivo Anexo às Demonstrações Financeiras, bem como o Relatório de Gestão do Conselho de Administração, para o exercício findo naquela data, tendo o nosso exame sido suportado do ponto de vista técnico pelo Relatório Anual da Fiscalização Efetuada e pela Certificação Legal das Contas emitida pela Sociedade de Revisores Oficiais de Contas Vogal deste Conselho Fiscal. Assim, é nossa convicção que as Demonstrações Financeiras acima referidas e o Relatório de Gestão do Conselho de Administração, na medida em que esclarece os elementos contabilísticos, bem como as propostas nele expressas, satisfazem os requisitos legais e estatutários aplicáveis e deverão ser aprovados pela Assembleia Geral. Desejamos, ainda, expressar ao Conselho de Administração e aos Serviços o nosso apreço pela colaboração que nos prestaram no exercício das nossas funções de fiscalização. Lisboa, 26 de fevereiro de 2015 O Conselho Fiscal: Dr. Mário João de Matos Gomes, Presidente Dra. Maria Cristina Machado Beirão Reis de Melo Antunes, Vogal ASCENÇÃO, GOMES, CRUZ & ASSOCIADOS - SROC, LDA., Vogal, Representada por Dr. José Manuel d’Ascenção Costa, ROC n.º 950
DECLARAÇÃO DA COMISSÃO DE VENCIMENTOS SOBRE A POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS
MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO DA
PREVISÃO – SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE PENSÕES, S.A.
Tendo em conta o disposto na Lei n.º 28/2009, de 19 de junho, e na Circular do Instituto de Seguros de
Portugal n.º 6/2010, de 1 de abril, e bem assim que os membros dos órgãos sociais da PREVISÃO –
SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE PENSÕES, S.A. (“Previsão”) que são remunerados pelo exercício
de funções nesta Sociedade são apenas o seu Administrador Delegado e os membros do Conselho
Fiscal, a Comissão de Vencimentos vem submeter à aprovação da Assembleia Geral de Acionistas a
declaração que se segue sobre a política de remuneração dos membros dos órgãos sociais da
Previsão.
A Previsão, Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A., é participada maioritariamente pela PT
Portugal, SGPS, S.A. (PT Portugal), a qual sucedeu à Portugal Telecom, SGPS, S.A., após transmissão da
correspondente participação qualificada, com efeitos a 4 de março de 2014, no âmbito do processo de
intenção de combinação de negócios entre a Oi, S.A. e a PT.
O exercício de 2013 foi o primeiro exercício completo subsequente à conclusão do processo de
reorganização interna sofrido pela Previsão, na sequência da transferência para a Caixa Geral de
Aposentações das responsabilidades com benefícios de reforma até então asseguradas pela PT
Comunicações, S.A. a parte dos seus trabalhadores e ex-trabalhadores e, em consequência, dos fundos
de pensões constituídos para fazer face a tais responsabilidades, abrangidos pelo Plano de Pensões do
Pessoal da Portugal Telecom/CGA, pelo Plano de Pensões Regulamentares da Companhia Portuguesa
Rádio Marconi e pelo Plano de Pensões Marconi, na parcela respeitante ao benefício de sobrevivência,
o que implicou uma adaptação da estrutura da Previsão a uma nova realidade e, em particular, ao
volume de ativos sob sua gestão, o qual se mantém.
Deste modo, a política de remuneração que ora se submete à apreciação dos Acionistas deverá,
naturalmente e mais uma vez, ser interpretada à luz das circunstâncias e enquadramento acima
descritos, nomeadamente tendo em consideração que a atual dimensão da Previsão e dos ativos por
si geridos não justifica o esboço e implementação de uma estrutura remuneratória excessivamente
complexa. Com efeito, uma política remuneratória que se revestisse de tal caraterística poderia
inclusivamente implicar um crescimento significativo e injustificado dos custos de consultoria externa
e compliance incorridos pela Previsão, tornando-os mesmo desproporcionais ao tamanho e atividade
desta Sociedade e aos benefícios que daí adviriam, consequências estas certamente não visadas pelo
Instituto de Seguros de Portugal com a aprovação da Norma Regulamentar n.º 5/2010-R e da Circular
n.º 6/2010, ambas de 1 de abril. Não obstante ser compreensível a intenção do regulador de “garantir
um cumprimento adequado e consistente pelas instituições financeiras das práticas remuneratórias sãs e
prudentes”, tal objetivo poderá ser desvirtuado se se exigir a aplicação de políticas e princípios
remuneratórios de excessiva complexidade para entidades com uma dimensão reduzida, quer ao
nível da sua atividade, quer ao nível da estrutura de recursos humanos.
I. Política de Remuneração do Administrador Delegado
A) Mecanismos que permitam o alinhamento dos interesses dos membros do órgão de administração
com os interesses da sociedade
Os sistemas de retribuição, não sendo o único, são, porém, um dos principais mecanismos ao
dispor de uma sociedade para atrair, reter e motivar os melhores profissionais do mercado,
capazes de maximizar o valor de uma sociedade e de atingir de modo eficiente as metas
estratégicas para ela definidas, a fim de que a Sociedade possa cumprir os seus objetivos
estratégicos dentro do cenário crescentemente competitivo e globalizado em que desenvolve a
sua atividade.
A experiência dos últimos anos tem demonstrado, todavia, que a estrutura da remuneração dos
administradores de uma sociedade deve igualmente assegurar o alinhamento dos interesses
daqueles com os interesses da empresa e, em particular, com os seus interesses de longo prazo e,
bem assim, ser baseada numa efetiva avaliação do desempenho dos membros do órgão de
administração.
A esta luz, e em linha com as melhores práticas nacionais e internacionais, a remuneração do
Administrador Delegado da Previsão é integrada por uma componente fixa e por uma
componente variável, sendo o montante desta última fixado pela Comissão de Vencimentos de
acordo com os princípios e critérios enunciados nas alíneas infra.
Acresce que, com vista a promover o alinhamento dos interesses dos membros do órgão de
administração com os interesses de longo prazo da Previsão e, bem assim, a reforçar a
componente de avaliação do desempenho dos administradores, salvo deliberação da Comissão
de Vencimentos em contrário, a Sociedade e os seus administradores devem atuar em
conformidade com os seguintes princípios:
(a) Os membros do órgão de administração e, em particular, o Administrador Delegado, não
devem celebrar contratos, quer com a Sociedade, quer com terceiros, que tenham por efeito
mitigar o risco inerente à variabilidade da remuneração que lhes for fixada pela Previsão;
(b) Em caso de destituição ou de cessação por acordo da relação de administração, não será paga
qualquer compensação aos membros do Conselho de Administração quando a mesma for
comprovadamente devida ao seu inadequado desempenho.
B) Critérios de definição da componente variável da remuneração
A política de remuneração variável na Previsão rege-se pelos seguintes princípios orientadores:
• A prossecução e realização de objetivos, através da qualidade, capacidade de trabalho,
dedicação e know-how do negócio;
• A implementação de uma filosofia de gestão profissionalizada e consubstanciada na
definição e controlo da realização de objetivos mensuráveis;
• A prossecução da excelência na gestão, através de um conjunto de práticas empresariais
de referência, que possibilitem à empresa a obtenção do equilíbrio e da sustentabilidade
empresarial, ou seja, desenvolvendo a sua atividade não apenas na vertente económica,
mas também social e ambiental;
• A consistência da política de remuneração com uma gestão e controlo de riscos eficazes
que evitem uma excessiva exposição ao risco e potenciais conflitos de interesses e que
sejam coerentes com os objetivos, valores e interesses de longo prazo da Previsão,
designadamente com as perspetivas de crescimento e de rendibilidade sustentáveis e a
proteção dos interesses dos participantes e beneficiários dos fundos de pensões sob
gestão.
Neste contexto, a remuneração variável do Administrador Delegado é fixada anualmente por esta
Comissão de Vencimentos, tendo em conta a avaliação do seu desempenho no período
imediatamente precedente. Tal avaliação de desempenho é levada a cabo pelo órgão executivo
da sociedade que seja acionista maioritária da Previsão, e tem nomeadamente em consideração o
grau de realização pela Previsão dos objetivos traçados para a Sociedade.
Em acréscimo, na fixação do montante da remuneração variável são ainda considerados, entre
outros, (i) indicadores quantitativos, nomeadamente, de um lado, os resultados consolidados do
Grupo PT Portugal, sendo consideradas as perspetivas de longo prazo das sociedades que o
integram e, de outro, o nível de consecução pela Sociedade Gestora dos objetivos definidos no
seu business plan e a rendibilidade dos fundos de pensões geridos, tendo em conta não só a
valorização dos ativos que os integram, mas também os benchmarks das políticas de investimento
e as rendibilidades alcançadas por outros fundos de pensões nacionais durante o mesmo período;
e (ii) indicadores de natureza qualitativa, tais como competências de gestão e de liderança. Tais
indicadores quantitativos e qualitativos são ponderados conjuntamente com a natureza das
funções exercidas pelo Administrador Delegado e com a importância relativa da Previsão no
Grupo PT Portugal.
C) Existência de planos de atribuição de ações ou de opções de aquisição de ações por parte de membros
dos órgãos de administração e de fiscalização
Não se encontra em vigor na Previsão qualquer plano de atribuição de ações ou de opções de
aquisição de ações por parte dos membros do seu órgão de administração.
D) Possibilidade do pagamento da componente variável da remuneração, se existir, ter lugar, no todo ou
em parte, após o apuramento das contas de exercício correspondentes a todo o mandato
A componente variável da remuneração do Administrador Delegado é paga anualmente, uma vez
apurados os resultados da Sociedade relativos ao exercício anterior.
E) Mecanismos de limitação da remuneração variável, no caso de os resultados evidenciarem uma
deterioração relevante do desempenho da empresa no último exercício apurado ou quando esta seja
expectável no exercício em curso
Tal como referido na alínea B) supra, o montante a auferir anualmente pelo Administrador
Delegado a título de remuneração variável é determinado tendo em conta, nomeadamente (i) a
avaliação do desempenho do Administrador Delegado no período imediatamente precedente,
para a qual releva, naturalmente, o nível de consecução pela Previsão dos objetivos que lhe
tenham sido atribuídos no seio do Grupo PT Portugal e (ii) os indicadores quantitativos acima
referidos, atinentes aos resultados obtidos pela Sociedade e às rendibilidades dos fundos de
pensões por esta geridos.
Deste modo, encontra-se assegurada a existência de mecanismos de limitação da remuneração
variável do Administrador Delegado nos exercícios em que a Previsão e os fundos de pensões por
si geridos alcancem resultados menos positivos.
II. Política de Remuneração dos Membros do Conselho Fiscal
A) Mecanismos que permitam o alinhamento dos interesses dos membros do órgão de fiscalização com
os interesses da sociedade
Em linha com o disposto no n.º 1 do artigo 422.º-A do Código das Sociedades Comerciais, a
remuneração dos membros do Conselho Fiscal da Previsão é exclusivamente constituída por uma
componente fixa.
O montante da remuneração dos membros do Conselho Fiscal é determinado tendo por
referência os seguintes elementos, indicados por ordem aleatória:
(i) Práticas remuneratórias de outras sociedades do mesmo setor de atividade e com dimensão
semelhante à da Previsão;
(ii) Níveis de qualificação, competência e experiência requeridos para o desempenho das
funções em causa;
(iii) Natureza e complexidade das funções em causa;
(iv) Necessidade de garantir um adequado nível de independência e imparcialidade dos
membros do Conselho Fiscal no exercício das suas funções.
B) Critérios de definição da componente variável da remuneração
Não aplicável.
C) Existência de planos de atribuição de ações ou de opções de aquisição de ações por parte de membros
dos órgãos de administração e de fiscalização
Não aplicável.
D) Possibilidade do pagamento da componente variável da remuneração, se existir, ter lugar, no todo ou
em parte, após o apuramento das contas de exercício correspondentes a todo o mandato
Não aplicável.
E) Mecanismos de limitação da remuneração variável, no caso de os resultados evidenciarem uma
deterioração relevante do desempenho da empresa no último exercício apurado ou quando esta seja
expectável no exercício em curso
Não aplicável.
Lisboa, 23 de fevereiro de 2015
A Comissão de Vencimentos,
PREVISÃO Relatório e Contas 2014 69
Corpos Sociais
Mesa da Assembleia Geral Presidente Vasco Vieira de Almeida
Secretário Maria de Lourdes Vasconcelos Pimentel da Cunha Trigoso
Conselho Fiscal Presidente Mário João de Matos Gomes
Vogal Maria Cristina Machado Beirão Reis de Melo Antunes
Vogal (ROC) Ascenção, Gomes, Cruz & Associado – SROC,
representada por José Manuel d’Ascenção Costa
Vogal (ROC) Suplente P. Matos Silva, Garcia Jr., P. Caiado & Associados, SROC, Lda.
Conselho de Administração Presidente Marco Norci Schroeder
Vogal Francisco José Meira da Silva Nunes
Vogal Flávio Nicolay Guimarães
Vogal Eduardo Felippe Michalsky
Administrador Delegado Vitor José Gama Sequeira
Secretário da Sociedade Efetivo Francisco Maurício Velasco Corrêa Henriques
Suplente João Pedro Reis de Branco Pardal