Resenha Um Jumentinho Na Avenida

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SEMINÁRIO PRESBITERIANO RENOVADO BRASIL CENTRAL Matéria: Missões Urbanas – 07/06/2011 Professor: Rev. Gildásio Vasconcelos Aluno: Caleb Araújo de Oliveira – 114 Resenha “Um jumentinho na avenida” O autor é bem contundente em sua abordagem mostra um enorme conhecimento dos fenômenos sociológicos e domínio muito grande em sua área, além de ser um grande pesquisador. No primeiro capítulo o autor aborda sobre o distanciamento que a igreja tem estado em relação a comunidade, ela não observa o seu contexto e fica fragmentada em sua missão, além de não ampliar a sua visão e não participar dos problemas da sua cidade. O autor fala no segundo capítulo sobre como a igreja deve participar da cultura do seu povo, oferecendo uma contracultura, subtraindo todo tipo de sincretismo e preservando a santidade. Sobre isso ele diz: “O homem em sua dignidade última deve ser o critério Maximo para a verificação dos valores, crenças e costumes de um determinado povo, tudo o que promove e constrói o homem deve ser conservado, celebrado e assimilado pelo evangelho, tudo o que destrói o homem deve ser denunciado e abandonado”. No terceiro capítulo ele trata justamente sobre a missão da igreja, sua preocupação com o pobre e como ela é a organização mais importante e deveria ser a mais ativa em promover justiça social e erradicação da pobreza, por causa do seu compromisso com o Reino de Deus, ele sintetiza dizendo: “para se aproximar do pobre, a igreja precisa abandonar toda atitude autoritária, triunfalista e paternalista. É junto ao pobre, como afirma Júlio de Santa Ana, entrará num processo de auto-alienação. Portanto, no encontro com o pobre e na busca em promovê-lo a igreja reencontra, antes de tudo, sua identidade e função. A única postura possível diante do pobre é de abertura, de disponibilidade e humildade”. No quarto capítulo reflete sobre a posição retrograda da igreja que não soube acompanhar as mudanças sofridas na sociedade com o advento das urbes nem refletir uma teologia adequada que também migrasse juntamente com o povo. Para conseguir este feito o autor diz: “Na vitória sobre todo tipo de injustiça e opressão, na superação das estruturas arbitrarias e espoliadoras, na libertação de todas as pessoas do pecado, da injustiça e da opressão, acontecerá o pleno encontro entre a cidade do homem e a cidade de Deus”.

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SEMINÁRIO PRESBITERIANO RENOVADO BRASIL CENTRALMatéria: Missões Urbanas – 07/06/2011Professor: Rev. Gildásio VasconcelosAluno: Caleb Araújo de Oliveira – 114

Resenha“Um jumentinho na avenida”

O autor é bem contundente em sua abordagem mostra um enorme conhecimento dos fenômenos sociológicos e domínio muito grande em sua área, além de ser um grande pesquisador.

No primeiro capítulo o autor aborda sobre o distanciamento que a igreja tem estado em relação a comunidade, ela não observa o seu contexto e fica fragmentada em sua missão, além de não ampliar a sua visão e não participar dos problemas da sua cidade.

O autor fala no segundo capítulo sobre como a igreja deve participar da cultura do seu povo, oferecendo uma contracultura, subtraindo todo tipo de sincretismo e preservando a santidade. Sobre isso ele diz: “O homem em sua dignidade última deve ser o critério Maximo para a verificação dos valores, crenças e costumes de um determinado povo, tudo o que promove e constrói o homem deve ser conservado, celebrado e assimilado pelo evangelho, tudo o que destrói o homem deve ser denunciado e abandonado”.

No terceiro capítulo ele trata justamente sobre a missão da igreja, sua preocupação com o pobre e como ela é a organização mais importante e deveria ser a mais ativa em promover justiça social e erradicação da pobreza, por causa do seu compromisso com o Reino de Deus, ele sintetiza dizendo: “para se aproximar do pobre, a igreja precisa abandonar toda atitude autoritária, triunfalista e paternalista. É junto ao pobre, como afirma Júlio de Santa Ana, entrará num processo de auto-alienação. Portanto, no encontro com o pobre e na busca em promovê-lo a igreja reencontra, antes de tudo, sua identidade e função. A única postura possível diante do pobre é de abertura, de disponibilidade e humildade”.

No quarto capítulo reflete sobre a posição retrograda da igreja que não soube acompanhar as mudanças sofridas na sociedade com o advento das urbes nem refletir uma teologia adequada que também migrasse juntamente com o povo. Para conseguir este feito o autor diz: “Na vitória sobre todo tipo de injustiça e opressão, na superação das estruturas arbitrarias e espoliadoras, na libertação de todas as pessoas do pecado, da injustiça e da opressão, acontecerá o pleno encontro entre a cidade do homem e a cidade de Deus”.

No quinto capítulo o autor toma o exemplo de Amós para mostrar qual deve ser a posição e o olhar do profeta sobre a situação sócio-política das cidades, ele entende que: “Encontrar-se com Deus na cidade, histórica e politicamente, é agir de modo legitimo contra toda forma de ilegítimas de opressão, exploração e discriminação”.

Concluindo, no capítulo seis o autor reforça mais a situação do Nordeste brasileiro, aonde ele conhece bem, e a ligação da igreja evangélica com o povo nordestino, sua posição de serviço quando consegue enxergar as reais necessidades enfrentadas pela comunidade. É interessante, marcantes e confrontativas suas análises ao ler a disposição da igreja brasileira. Em um dos seus argumentos ele denuncia: “Nossa inadequação teológica fica ainda mais evidente quando nos deparamos com o “outro” histórico. Os pobres e os excluídos, os negros e os índios, as mulheres e as crianças são esses “outros” abandonados e esquecidos. Na verdade, nós também os abandonamos e com isso, abandonamos nossas origens históricas e teológicas. O evangelho alcançou primeiro os abandonados e esquecidos. Quando fomos encontrados e resgatados por Jesus Cristo vivíamos em abandono existencial, por isso não podemos abandonar os menos desfavorecidos”