Revista Ambiente 18

56
A vez dos Y Como os protagonistas dessa geração têm influenciado os ambientes de trabalho A metáfora da sustentabilidade Projetos inovadores em prol de atitudes renováveis One, Eco e Arti Linhas inteligentes que compõem ambientes modernos e funcionais ambiente Publicação da Marelli Ambientes Racionais Ano 8 - nº 18 Março de 2012

description

Revista Ambiente é uma publicação da Marelli Ambientes Racionais, produzida pela StudioDesign Comunicação. Jornalista responsável: Josiane Strey Corrêa.

Transcript of Revista Ambiente 18

Page 1: Revista Ambiente 18

A vez dos YComo os protagonistas dessa geração têm influenciado os ambientes de trabalho

A metáfora da sustentabilidadeProjetos inovadores em prol de atitudes renováveis

One, Eco e ArtiLinhas inteligentes que compõem ambientes modernos e funcionais

ambientePublicação da Marelli Ambientes RacionaisAno 8 - nº 18Março de 2012

Page 2: Revista Ambiente 18
Page 3: Revista Ambiente 18

3Revista Ambiente | Março 2012

Um ano para não esquecer...

Os anos que a gente não esquece são aqueles que, por algum motivo, deixam marcas.Às vezes são marcas desagradáveis e, nesse caso, o instinto humano procura eliminá-las naturalmente. Já as que duram mais são as boas sensações. Essas, ao contrário, são instintivamente reavivadas e, de tempos em tempos, temos prazer em relembrar.Penso que, para a Marelli, 2011 foi um ano assim, venturoso e completo em todos os sentidos, fazendo-nos atingir todas as metas que planejamos alcançar.Internamente tivemos grandes avanços, principalmente no que tange à reestruturação da nossa área produtiva, através da implantação de tecnologias diversas, como a modernização completa de máquinas e equipamentos. Também entregamos uma das maiores participações de resultados aos nossos funcionários e obtivemos destaque em praticamente todas as pesquisas nacionais como uma das Melhores Empresas para Trabalhar.Externamente tivemos o maior desempenho dos nossos 28 anos de história. Através do nosso canal de distribuição, composto por 35 lojas, atingimos as melhores marcas e superamos metas e expectativas.Como resultado geral, conseguimos um incremento em torno de 50% da capacidade de produção em um momento muito oportuno. Tivemos um crescimento no setor que exigiu essa demanda maior. Mas não paramos por aí. Temos inúmeros projetos em andamento, priorizando os novos

produtos, o aperfeiçoamento de logística e inovações, que vão tornar nossos processos ainda melhores e mais ágeis. Destaco aqui a ISO 9001 que estamos implantando em nossas lojas. Através dela queremos prestar um serviço de alta qualidade, mantendo a uniformidade, o padrão de atendimento e serviços prestados.Por tudo isso, digo que 2011 realmente foi um ano especial. Porém, a partir de agora, o passado serve como espelho, como estatística, e nada mais. Estamos dentro de um novo ano e os desafios novamente estão todos aí.Seguiremos atuando forte nos cinco pilares estratégicos para a Marelli: 100% em Metas, Gestão, Processo, Mercado e Marca.Queremos entregar ao nosso cliente uma proposta cada vez mais diferenciada, com condições e fundamentos racionais e sustentáveis e, acima de tudo, atualizados com o nosso tempo.Por fim, declaro que continuaremos firmes no caminho que sempre norteou nossos quase trinta anos, olhando para as pessoas e sua capacidade de promover mudanças. E que a cada ano possamos continuar fazendo coisas boas, aquelas para não esquecer...

Editorial

Julio

Soa

res

Julio

Soa

res

Rudimar Borelli Presidente

Page 4: Revista Ambiente 18

Sumário

06

06 36

32

16

42

3216

Espaço AbertoLuis Fernando Verissimo: um mestre na arte de captar o cotidiano.

DestaqueA metáfora da sustentabilidade: projetos inovadores multiplicam estímulos para o amadurecimento da arquitetura brasileira, em prol de atitudes renováveis.

Destaque Hora de discutir a relação: empresas estão percebendo a necessidade de construir ambientes que incentivem o relacionamento interpessoal entre profissionais.

CasesConheça os projetos instalados pela Marelli nas empresas Keko, Bristol-Myers Squibb, WestLB e Unilever.

LançamentosOne, Eco e Arti: linhas inteligentes que compõem ambientes modernos e funcionais.

Ale

Ruar

o

Gui

lher

me

Jord

ani

Alci

one

Silv

a / I

nkst

ratu

s

Page 5: Revista Ambiente 18

42

36 22

A revista Ambiente é uma publicação da Marelli

Ambientes Racionais editada em português e

espanhol. Dirigida a arquitetos, especificadores,

clientes, fornecedores e entidades do segmento de

mobiliário corporativo e arquitetura no Brasil, Bolívia,

Paraguai e Uruguai.

Sede: BR 116, Km 142, nº 11.760

Caixa Postal 079

CEP 95059-520 – Caxias do Sul – RS

Fone: 55 54 2108.9999

[email protected]

www.marelli.com.br

Presidente: Rudimar Borelli

Diretor Administrativo-Financeiro:

Daniel Mazzocchi

Diretor Industrial: Francisco dos Santos

Gerente de Vendas e Marketing:

Daniel Fachini de Castilhos

Gestora de Marketing:

Claudiana Albé Chaves

É permitida a reprodução de artigos e matérias, desde que citada a fonte. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores, não refletindo, necessariamente, a opinião da Marelli e da StudioDesign.

Expediente

ambiente

Gui

lher

me

Jord

ani

Cria

Arq

uite

tura

Redação:Rua Sinimbu, nº 2222, 7º andar – Centro

CEP 95020-510 – Caxias do Sul – RS

Fone: 55 54 3202.2020

www.studiodesign.com.br

Escreva para a redação:

[email protected]

Diretor Publisher: Augusto Bellini

Textos: Josiane Strey (MTb 14966),

Alessandra Rech (MTb 9153)

e Guilherme Arruda (MTb 3691)

Jornalista Responsável: Josiane Strey

Direção de arte: Mari Costella

Arte-final: Anderson Fochesato

Capa e ilustração digital: Alcione Silva / Inkstratus

Revisão: Sheila da Rocha

Produção gráfica: Thaís Coll Pigozzo

Impressão off-set: Posigraf

Tiragem: 19.000 exemplares em português

e 1.550 exemplares em espanhol

Versão e revisão para o espanhol: Milton H. Bentancor

Page 6: Revista Ambiente 18

6 Revista Ambiente | Março 2012

Um mestre na arte de captar o cotidiano

Há mais de quatro décadas os seus textos são facilmente reconhecidos pela forma deliciosa de ler. Neles reúne humor refinado, inteligência e sofisticação. É um verdadeiro mestre na arte de captar e traduzir com elegância as sutilezas do comportamento humano e todas suas variáveis, valendo-se de uma galeria de tipos para realçar aspectos corriqueiros como as nossas manias, os medos, as angústias, as conquistas e esquisitices. Enquanto lê este texto você certamente já imaginou ter cruzado com um deles. Pense bem. Eles podem estar ao seu lado neste exato instante, ou no meio do grupo de amigos ou mesmo na família. O cotidiano é a principal fonte de alimento das crônicas de Luis Fernando Verissimo, o que lhe garante estar no topo da lista entre os maiores desse gênero no Brasil.

Sua obra já serviu de base para teses, dissertações e livros. Na extensa bibliografia há crônicas como A Grande Mulher Nua; As Cobras, A velhinha de Taubaté, Comédias da Vida Privada, As Aventuras da Família Brasil, O Analista de Bagé; romances como Borges e os Orangotangos Eternos; Gula - O Clube dos Anjos, O Jardim do Diabo e O Opositor; além de livros de poesia, infanto-juvenis, viagens, antologias e participações em coletâneas. Comédias da Vida Privada (1994) virou série da TV Globo em 1995. Na televisão ainda colaborou na criação de quadros para o Planeta dos Homens (Rede Globo) e adaptações para a série Comédias da Vida Privada, baseadas em seu livro homônimo. Atualmente, escreve para os jornais Zero Hora, O Estado de S. Paulo e O Globo.

Desafiador é vê-lo à vontade na entrevista, tamanha é a timidez - e olha que o local do encontro foi em sua bela casa em Porto Alegre. Preparei-me bem sabendo da fama de alguém que fala pouco, mas confesso: ele coloca à prova qualquer entrevistador. Aconteceu comigo. O próprio Verissimo admite logo de saída: “Não é algo que faça com naturalidade. Desde o tempo de colégio é assim, tanto no Brasil como nos Estados Unidos”. Abre exceção quando recebe pedidos para falar em escolas, uma maneira de colaborar no interesse da leitura. Para facilitar as coisas, ele pula o discurso inicial e vai direto para o bate-papo, como fez em 2011 em Caxias do Sul. Participa das sessões de lançamento de seus livros por causa da editora, não por prazer. “Hoje em dia a fotografia substitui o autógrafo”, diverte-se.

Aos 75, todavia, LFV está cansado. São 45 anos de jornalismo. Já pensou em parar de escrever. “O problema é que o dinheiro que ganho com os direitos autorais dos livros não é o suficiente para garantir minhas contas”, alega. É preciso levar em conta que ele precisa monitorar com certa frequência o coração e o diabetes, doenças que o compeliram a reduzir o ritmo de trabalho. Mas para alívio geral, anuncia que não pretende abandonar a embarcação. Ufa! Ao lançar no ano passado Em Algum Lugar do Paraíso, Editora Objetiva (uma coletânea com 41 crônicas, a maioria publicada nos últimos cinco anos) comentou que está mais para depressivo do que para bem-humorado. Será? A seguir, os melhores trechos da entrevista.

Espaço Aberto

Page 7: Revista Ambiente 18

7Revista Ambiente | Março 2012

Entr

evis

taLU

IS F

ERN

AN

DO

V

ERIS

SIM

O

Espaço Aberto

Ambiente - O senhor declarou que está mais para depressivo do que para bem-humorado. O que faria mudar essa atitude?Luis Fernando Verissimo - Fazer o tempo voltar pra trás, rejuvenescer... Ambiente - A impressão que fiquei é que está lendo muito Schopenhauer.LFV - Não, há muito tempo não leio Schopenhauer. Sou depressivo por iniciativa própria. Ambiente - Sobre parar de escrever, o senhor disse que o problema é que o dinheiro que ganha com os direitos autorais não é o suficiente para garantir as contas. Devemos nos preocupar?LFV - Já tenho aposentadoria, e também não chega. Na verdade, poucos vivem de direitos autorais no Brasil, mesmo quem

vende acima da média. Não vou parar o trabalho jornalístico tão cedo.Ambiente - E em relação a diminuir o ritmo de trabalho?LFV - Faço três colunas por semana. Já foi pior, já fiz colunas diárias. Cansa, mas é melhor do que quebrar pedra. Não estou me queixando.Ambiente - É verdade que fica cada vez mais difícil escrever por se exigir mais. Que exigências são essas: mais rigor na apuração, na escolha das palavras?LFV - A gente fica mais exigente, tende a tentar depurar o texto, a ser menos prolixo sem deixar de ser claro. Mas nem sempre se tem tempo, como tinha o Flaubert, de ficar escolhendo a palavra certa.

Ambiente - As sacadas necessitam de mais tempo de maturação?LFV - Minhas sacadas, como você chama, nunca foram muito espontâneas. Sempre deram trabalho.Ambiente - Entre tantas qualidades, eu o considero um excepcional fazedor de frases de efeito. O senhor compartilha dessa opinião?LFV - Temos grandes frasistas no Brasil, mas eu não sou um deles, a boa frase sempre custa a vir. Ambiente - As pessoas se surpreendem quando diz que “escrever nunca deu grande prazer”. Certo, mas precisa reconhecer que alguns textos lhe deram prazer.LFV - Às vezes a gente se surpreende, quando lê o que escreveu. Mas quase

Foto

s: A

le R

uar

o

Page 8: Revista Ambiente 18

8 Revista Ambiente | Março 2012

sempre a surpresa é negativa, do tipo “Como é que eu fui escrever esta bobagem?” De qualquer maneira, como diz o Zuenir Ventura, o prazer não está no escrever, está no ter escrito, quando se lê o resultado. A boa surpresa é sempre um prazer. Ambiente - Como cronista, o senhor teria o mesmo sucesso nos EUA que tem hoje no Brasil? Ou teria que exercer outra profissão?LFV - Se eu fosse americano? Não sei. Meu jeito de escrever tem muito de americano. Talvez eu pudesse ser cronista lá também. Mas não de muito sucesso. Ambiente - A maneira como nasce uma crônica hoje é a mesma de trinta anos atrás? O que mudou?LFV - O que mudou é que antigamente eu escrevia mais. Hoje escrevo menos. Não sei se fiquei mais conciso ou mais preguiçoso. Mas o gênese, o ponto de partida, das crônicas, continua o mesmo. Tudo dá crônica.Ambiente – Basta uma leitura simples no noticiário ou papo com amigos para surgir a inspiração ou há a ajuda de pessoas que coletam “materiais”?LFV - Geralmente, a crônica nasce de alguma coisa lida ou entreouvida. Sempre aparece alguém com histórias dizendo “isto daria uma crônica”, que normalmente não dão. Mas, como eu disse, tudo, no fim, dá crônica.

A sintaxe é uma questão de uso, não de princípios. Escrever bem é escrever claro, não necessariamente certo. Por exemplo: dizer “escrever claro” não é certo mas é claro, certo?

Page 9: Revista Ambiente 18

9Revista Ambiente | Março 2012 Espaço Aberto

Ambiente – Em qual destas definições o senhor se encaixaria: “Além de músico sou escritor” ou “Além de escritor sou músico”.LFV – Além de escritor, brinco de ser músico. Mas se ainda tivesse tempo para me aprimorar no instrumento, preferiria ser músico.Ambiente – Atualmente, quem são os autores que mais o influenciam ou os que senhor mais admira?LFV – Tenho lido pouco por prazer, leio mais para me informar. Muita revista e muito jornal, que não deixam tempo para mais nada. Mas leio sempre o último Le Carré, gosto dos brasileiros Rubem Fonseca, Milton Hatoum e Moacyr Scliar, já li muito Nabokov, Fitzgerald, Saul Bellows. Ambiente – Há correntes de intelectuais que preveem o declínio do romance como gênero literário. O senhor concorda?LFV – Não. Sempre aparece gente nova escrevendo. O que talvez não exista mais é o romanção. Até por uma questão econômica, de custar caro. Vai continuar existindo romancistas e romances. Tem espaço.Ambiente – O gaúcho é um sujeito fechado, muitas vezes ríspido, disposto ao confronto. Aqui no estado metade da população é colorada, a outra é gremista; metade é chimango, metade é maragato; metade ama a música gaúcha tradicional, a outra adora o tchê gaudério, e por aí vai. É uma vantagem ou desvantagem ser gaúcho?LFV – A gente vive em meio a muitas dicotomias, o que não deixa de ser divertido e estimulante - enquanto não houver degolas, claro.

Isabe

la C

arra

ri

Ambiente – Sobre a Família Brasil, minha curiosidade é saber se o Boca, aquele personagem desligado, descolado, tem cura? Ou, como se diz, vai endireitar.LFV – Acho que o Boca não tem jeito. Se, como dizem, caráter é destino, o destino do Boca é infernizar a vida do sogro.Ambiente – O José Bonifácio de Oliveira Sobrinho (BONI) escreveu que a televisão amolece a mente. Você concorda? LFV – O Stanislau Ponte Preta chamava a TV de máquina de fazer doido. Mas todo mundo tem em casa uma defesa contra o que aparece na TV. Chama-se controle remoto.Ambiente - O senhor costuma ver televisão? Com que frequência?LFV - Vejo o Jornal Nacional, o futebol, os filmes e o Seinfeld quando consigo encontrá-lo. Ambiente – O que chama a atenção neste sitcom?LFV – Sempre gostei deste sitcom. A série terminou, mas estão sempre repetindo alguns episódios, mas precisa ficar catando os horários. Aquele quarteto de atores funciona muito bem. Talvez mais identificado com o tipo de humor norte-americano, resultado de duas temporadas nos Estados Unidos. Outro seriado que caiu no gosto do público, gosto também do The Big Bang Theory, embora não veja regularmente.Ambiente – Lê jornal impresso regularmente? LFV – Leio o Globo, o Estadão, a Folha de S. Paulo, a Zero Hora, o The New York Times na internet, e recebo as revistas “New Yorker”, “The Nation”, “New York Review of Books, “London Review of Books”. Leio tudo com variado grau de atenção.

Page 10: Revista Ambiente 18

10 Revista Ambiente | Março 2012

Ambiente – Um tema que tomou conta do noticiário no começo deste ano foi a discussão em torno do fim do capitalismo de mercado e o naufrágio do socialismo de Estado. Que modelo o senhor imagina que pode surgir como uma terceira via?LFV – Pois é, tivemos o fracasso do socialismo real soviético e do Leste Europeu e ao mesmo tempo estamos assistindo ao fracasso do capitalismo, um capitalismo sem controle que levou a essa crise. A saída é um meio-termo; não vamos acabar com o capitalismo, mas exigir um capitalismo mais humano, mais solidário, mais preocupado com o social, inclusive para salvar o próprio capitalismo, porque ele vive de crise em crise. De certa maneira é socializar o capitalismo. Ambiente – O senhor não está nas redes sociais, mas há esperança de render-se a elas ou julga que são para gente jovem? LFV – Estou pensando em mandar fazer um cartão de visitas com meu nome e escrito embaixo, “Obsoleto”. Uso o computador como máquina de escrever, para e-mails e para consultar o Google, mas meu envolvimento com esse mundo termina aí. Não participo de nenhuma rede e nem sei o que é twitter.Ambiente – Ano passado o jornal espanhol El País chamou a atenção ao destacar a falta de capacidade de reação do brasileiro. Na época, o artigo fazia referência à demissão de dois ministros do governo Dilma (ao todo seriam seis). Essa é uma característica que está no nosso DNA? LFV – Depende da época. As manifestações de rua - não sei por qual razão - não existem mais. Os caras pintadas foram a última manifestação, na época do Collor. Antes teve as manifestações pelas Diretas Já, teve mobilização grande. Depois caiu. Talvez pelas redes sociais, as revoluções futuras serão técnicas e silenciosas. Ambiente – Se o senhor, hipoteticamente, tivesse um encontro com a presidente Dilma Rousseff, o que o senhor diria para ela: a) Mantenha o pulso firme, presidente, b) Torço para que senhora acabe com a corrupção deste país, c) Muito prazer, Luis Fernando, d) A senhora está muito elegante, ou e) Nenhuma das respostas anteriores.LFV – BAmbiente – O senhor disse certa vez que no Brasil o fundo do poço é apenas uma etapa. Quantas etapas ainda faltam?LFV – Não sei. O fato é que quando a gente pensa que é o fundo, ainda não é. Ambiente – O que o faz sentir orgulho do Brasil? E o que o faz desprezá-lo? LFV – Nos últimos anos diminuiu a desigualdade social no Brasil. Pouco, mas o bastante para nos dar esperança que vá melhorar mais. Os corruptores continuam impunes, mas pelo menos alguns corruptos andaram se incomodando. Ambiente – Tímido como é, como foi conquistar a Lúcia, sua mulher? Como vocês se conheceram?LFV – Lúcia e eu nos conhecemos no trabalho. Tivemos um rápido namoro, um rápido noivado e nos casamos em março

de 1964, para não dizerem que nada de bom aconteceu no Brasil naquele ano. Isso foi, portanto, há 47 anos. Tudo indica que o casamento vai dar certo. Ambiente - Em casa, o que o tira do sério?LFV - Quando pegam a parte do jornal que eu ainda não li.Ambiente - E na vida profissional?LFV – Qualquer tipo de prepotência ou injustiça.Ambiente – Todo virginiano tem uma postura rígida quanto a cumprir prazos e horários. Trabalhar com prazo de entrega de trabalho apertado é um fator que lhe traz angústia ou isso não interfere?LFV – Sou jornalista há 45 anos, sempre trabalhei com prazos. Não angustia mais. Para dizer a verdade, não saberia trabalhar de outra maneira. Ambiente – Há chance de um filho enveredar para o campo da escrita? LFV – Fernanda, a mais velha, acaba de defender uma tese de doutorado na Sorbonne, sobre os livros produzidos nas missões jesuítas. Mariana se formou em arquitetura, mas hoje trabalha como roteirista de TV e cinema. Pedro trabalhava como publicitário, mas largou tudo pela música e está fazendo carreira como cantor e compositor. De um jeito ou de outro, todos lidam com as palavras.

Page 11: Revista Ambiente 18

11Revista Ambiente | Março 2012

Dezessete é um número cabalístico e, sendo cabalístico, eu não posso revelar.Brincadeira, não tem nenhum significado. Dezessete é uma palavra bonita.

Ao ser perguntado por que costuma utilizar o número dezessete tantas vezes em suas crônicas.

Espaço Aberto

Luis Fernando Verissimo nasceu no dia 26 de setembro de 1936, em Porto Alegre, mas antes de completar seis anos de idade, o pai, Érico Verissimo foi lecionar Literatura e História do Brasil, em Berkeley, na Califórnia. Permaneceram lá dois anos. Luis Fernando e a irmã foram matriculados em uma escola sem saber uma palavra de inglês. Aos 16 anos, nova viagem aos Estados Unidos, desta vez Érico foi dirigir o Departamento de Assuntos Culturais da União Pan-Americana, órgão ligado à Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington. Foram quatro anos. Na Roosevelt High School estudou música, aprendeu a tocar saxofone e a gostar de jazz.

Em 1956, ao retornar ao Brasil, foi trabalhar na editora Globo de Porto Alegre, no setor de arte e planejamento. Em 1962, transferiu-se para o Rio de Janeiro onde exerceu as atividades de tradutor e redator de publicações comerciais. Dois anos depois se casou com a carioca Lúcia Helena Massa, com quem teve três filhos. Em fins de 1966, de volta a Porto Alegre, é admitido no jornal Zero Hora, exercendo a função de copydesk (aprimorar o texto dos repórteres) e na sequência foi editor das seções de Nacional e Internacional. Em 1969, aos 33 anos, ganhou a chance de ter uma coluna diária ao substituir o jornalista Sérgio Jockymann, firmando desde então um estilo inconfundível. Em 1970 mudou-se para o jornal Folha da Manhã, mas voltou ao antigo emprego em 1975. Nesse ínterim lançou o primeiro livro, O popular, de crônicas e cartuns, em 1973.

Page 12: Revista Ambiente 18

12 Revista Ambiente | Março 2012

Quarenta anos ainda hoje

Perseguições de carros estavam no auge em Hollywood no começo dos anos 70. Bullit, de Peter Yates, realizado em 1968 é um exemplo — o duelo de 9min42s entre um Ford Mustang 390 GT e um Dodge Chareger R/T pelas ladeiras de São Francisco, continua insuperável. Em 1971, o diretor Richard C. Sarafian pôs um Dodge Challenger R/T em altíssima velocidade, aparentemente sem destino, pelas rodovias desoladas do oeste americano, sob um sol escaldante e com policiais a sua cola. Adicionou muita poeira, drogas, comunidades hippies, uma garota nua em uma moto, uma trilha musical excelente e a sensação de busca de liberdade para criar um legítimo representante do gênero road movie — Corrida Contra o Destino, Vanashing Point, no original. O filme virou Cult; Kowalsky, o personagem central, um símbolo de contestação daquela geração.

Lançado em março de 1971 no circuito americano, ainda é possível encontrar na sua temática elementos de conexão com o momento atual dos EUA. Em 1971 a sociedade americana estava desorientada pós-assassinato de Martin Luther King e Bob Kennedy; desiludida com o governo Nixon; arrasada com o retorno de ex-combatentes do Vietnã — os movimentos de contracultura repudiavam a guerra e os valores do american way of life. Já a América atual é um imenso navio à deriva, sem leme, que internamente trava uma guerra para fugir de uma pungente depressão econômica e, externamente, luta contra o terror de extremistas islâmicos.

O filme é uma metáfora da luta do homem e a autoridade. Kowalsky se rebela contra esta força dominante que se atreve a ser tão sádica para com os jovens. Veterano do Vietnã, vive

Cult

Foto

s: Fo

x Fi

lmes

Kowalsky é um ex-piloto de corrida que trabalha como entregador de carros e, tal qual a América do começo dos anos 70, está desorientado

Page 13: Revista Ambiente 18

13Revista Ambiente | Março 2012

como um nômade solitário, que não consegue encontrar paz em nenhum lugar; um sujeito que rejeita as normas, preparado para morrer ao invés de ceder ao establishment. Ele não se importa em correr em alta velocidade e sabe que nunca vai escapar do controle do Estado. Esse questionamento existencial é simbolizado em duas cenas. Uma é da garota nua, a representatividade da indiferença às normas. A outra é com uma tomada aérea sobre as areias do deserto de Death Valley, onde ele desenha um “X” gigante com o carro.

Kowalsky fica-se sabendo depois em flashbacks, é um ex-piloto de corrida malsucedido e um ex-policial que trabalha como entregador de carros para uma empresa em Denver, Colorado. Sua missão é levar um Dodge Challenger a São Francisco, na Califórnia. Mas antes de pegar a estrada, faz aposta com um fornecedor de benzedrina que fará a viagem em 15 horas, metade do tempo recomendável para percorrer a distância equivalente entre Porto Alegre e Brasília. Logo nas primeiras cenas, o Dodge Challenger branco cruza por um Chrysler preto. A imagem congela, e a história volta para dois dias antes. Este é o ponto zero de Kowalsky. O ponto de fuga (vanashing point) é a cena final.

Muita gente descobriu Corrida Contra o Destino depois que Quentin Tarantino o citou no filme À Prova de Morte (Death Proof, de 2007), quando um dos principais personagens-herói faz repetidas referências ao filme. Quem viu o filme em 1971 vai lembrar para sempre da música Freddon of Expression, gravada originalmente pelo (desconhecido) grupo J.B. Pickers, que é tema de abertura do Globo Repórter. No original são 5min48s. Com orçamento modesto para os padrões da época em Hollywood, de US$ 1,3 milhão (US$ 7,2 milhões atualmente), Sarafian fez um dos mais notáveis filmes B da história do cinema americano, admirado por uma imensa legião de fãs em todo o mundo.

O personagem é econômico nas palavras, para tédio do público feminino. Sarafian, contudo, usou bem os flashbacks para compor o passado de Kowalsky, como quando ele se lembra de uma amiga, primeiro em uma paisagem coberta de neve, em seguida, na costa da Califórnia. Sua morte, sugerida pela prancha de surf trazida pelas ondas, parece ser um fato importante na sua alienação. Em outro momento, mostra seu fracasso como um piloto de corrida após dois acidentes quase fatais. Em outro flashback ele é um policial que evita que uma menina seja abusada por um colega, que a interroga por suposta apreensão de drogas. Ele perde o emprego (talvez como represália por impedir o ato) e se vê diante da incapacidade de fazer o certo e alcançar sucesso.

Outro personagem marcante na história, que ajuda a construir o retrato de Kowalsky, é um DJ afro-americano cego chamado Super Soul, que, do estúdio de uma rádio, fornece dicas sobre as ações da polícia para evitar a sua captura. Na última parte do filme, o DJ anuncia que a estação de rádio vai trocar de nome, para Kowalsky, “em homenagem ao último herói americano, para o qual a velocidade significa liberdade da alma”. É a velocidade que dá a ele uma sensação de libertação de um mundo que parece ver, como em grande parte, sem sentido.

À época com 41 anos, Sarafian contou que queria fazer Kowalsky parecer sobrenatural e que o mundo no filme foi uma existência temporária. Que ele (Kowalsky) estava fazendo uma parada no final do filme. Sobre o desconhecido ator Barry Newman, confessou anos depois que levava pouca fé. “Ele não fazia parte do conceito que tinha em mente, mas ficou ótimo”. Sua primeira preferência era George C. Scott, ator que acabara de fazer Patton. A segunda opção era Gene Heckman. “Com Gene teria sido um filme diferente”, admitiu o cineasta que diz ter recusado fazer Serpico e Love Story para fazer Corrida…

Sarafian teve uma carreira versátil, mas não muito brilhante ao longo de cinco décadas como ator, diretor e escritor. Dirigiu episódios para tv como Maverick (1961); Dr. Kildare (1961); 77 Sunset Strip (1962); Living Doll (The Twilight Zone) (1963); The Big Valley (1965); As Loucas Aventuras de James West (1965); Batman (1966 ); Gunsmoke (1968). No cinema, fez três belos filmes: além de Vanishing Point — que influenciaram outros filmes como Thelma & Louise — dirigiu Man in the Wilderness (1971), que no Brasil chamou-se Fúria Selvagem, e The Man Who Loved Cat Dancing (1973), no Brasil, Amor Feito de ódio. Depois disso, sumiu. Seu último trabalho foi Solar Crisis (1990).

O cubano Guillermo Cabrera Infante fez o roteiro baseado em dois fatos reais: a carreira arruinada de um oficial de polícia de San Diego e perseguição em alta velocidade de um homem que se recusou a parar, matando a si mesmo quando bateu em uma barreira policial. Depois de finalizado, foi removida completamente a cena em que Kowalsky dá carona a uma estranha, interpretada por Charlotte Rampling. Esta cena aparece na versão européia. Nos EUA, o filme ganhou classificação R, “restritivo”, para menos de 17 anos por exibição de cenas de sensualidade, nudez e drogas. Uma dica final: fuja do remake feito em 1996, com Viggo Mortensen.

Ninguém é forçado a ver filmes antigos, mas permita-se a abrir uma exceção. Você vai se apaixonar.

Page 14: Revista Ambiente 18

14 Revista Ambiente | Março 2012

1 - Quando o filme abre, Kowalsky (o primeiro nome nunca é pronunciado) está perto do fim de sua perseguição pela polícia, onde dois tratores, moradores e uma equipe de TV da CBS o aguardam. Depois de ver os tratores ele gira o carro, cruza por três viaturas que o perseguiam, anda por uns minutos e para o carro fora da estrada. Pensa por alguns segundos e retorna à estrada ao encontro da barricada. Nesse retorno o seu Dodge Challenger branco passa por um Chrysler modelo Imperial preto. O filme congela e o Challenger desaparece. Era domingo 10h02min.

2 - Nesse instante, o filme retorna à cidade de Denver dois dias antes, sexta-feira, às 23h30min, onde a jornada de Kowalsky começa. Ele acaba de chegar trazendo um Chrysler modelo Imperial, preto, vindo de São Francisco. O supervisor da Argo’s Car Delivery Service exige que descanse um pouco, mas Kowalsky insiste em retornar à estrada naquela noite. Destino: São Francisco. Antes de pegar a estrada, ele para em um bar para comprar comprimidos de benzedrina e diz ao revendedor que deve chegar por volta das três horas no dia seguinte (embora a entrega esteja prevista para segunda-feira). Os dois fazem uma aposta.

3 - Sábado pela manhã, perto de Glenwood Springs, no Colorado, dois policiais de moto aparecem no espelho retrovisor e tentam detê-lo por excesso de velocidade. A partir desse ponto ele é perseguido através dos estados de Colorado, Utah e Nevada e Califórnia.

4 - O tempo todo Kowalsky tem seu rádio sintonizado na estação KOW, cujo estúdio fica na pacata Goldfield, Nevada.

Um DJ cego afro-americano, conhecido como Super Soul, ouve a frequência de rádio da polícia e o ajuda a escapar dela. O DJ parece entender Kowalsky e, através da presunção de um escritor, parece ver e ouvir as suas reações. Com a ajuda do DJ, Kowalsky ganha atenção da mídia e apoio entre membros da contracultura.

5 - Perto da Califórnia, Kowalsky é ajudado por um motoqueiro hippie e sua namorada. A impressão é que a garota teria ficado encantada por Kowalsky. O hippie dá um comprimido de benzedrina e ajuda-o a furar o bloqueio da polícia colocando uma moto com uma luz vermelha e sirene no topo do Challenger, enganando os policiais. Naquele mesmo dia, a tarde, um policial e alguns bandidos não identificados, entoam gritos racistas e invadem o estúdio da KOW e agride o DJ e seu engenheiro.

6 - Na versão britânica, Kowalsky dá carona a uma misteriosa mulher (Charlotte Rampling). Ele aceita a maconha oferecida por ela, apesar de dizer que recusou drogas várias vezes no passado. Ele para o carro quando começa a se sentir chapado. Ela diz que estava “esperando por ele, por toda parte, desde sempre”. Quando acorda, Kowalsky está só. De acordo com entrevistas de Barry Newman e comentários do diretor, o carona era a representação da morte, finalmente a aproximar-se Kowalsky.

7 - É domingo ainda de manhã cedo quando Kowalsky pega a direção de Cisco, na Califórnia. Lá, com a Polícia Rodoviária no encalço, a cena de abertura do filme retorna e acontece o choque contra dois tratores, colocados pela polícia como empecilho.

Sinopse em sete atos

Flashbacks mostram o herói em raros momentos de felicidade, como este em que caminha na praia na companhia da mulher

Page 15: Revista Ambiente 18

15Revista Ambiente | Março 2012

Barry Newman - Kowalsky Cleavon Little - Super Soul Dean Jagger - Prospector Victoria Medlin - Vera Thornton Karl Swenson - McKees Sandy Gilda Texter - Motociclista nua Lee Weaver - Jake John Amos - Engenheiro de Super Soul Joe Brooks - Speed Freak Tom Reese - Xerife Paulo Koslo - Charlie Robert Donner - Collins Charlotte Rampling - Mochileira feminino (aparece apenas na versão inglesa) Owen Bush - Oficial de Comunicações Bill Drake - Repórter KLZ-FM David Gates - Pianista (como Delaney & Bonnie and Friends ) Anthony James - Mochileiro Masculino (do banco dianteiro) Arthur Malet - Mochileiro Masculino (encosto)

Elenco

Outra estrela do filme foi o Dodge Challenger R/T ano 1970, modelo esportivo de duas portas, que compartilhava sua plataforma (E-Body) com o Plymouth Barracuda. De 1970 a 1971 foram produzidas pouco mais de 20 mil unidades da versão R/T (Road/Track), que dispunha de uma gama de motores V8 com versões de 335cv, 375cv (com um carburador de quatro corpos, o famoso Magnum 440) e o top de linha 426, motor Hemi V8 de 425cv. Cinco veículos foram emprestados à produção pela Chrysler, equipados com motor de 7,2 litros e três carburadores de corpo duplo, um opcional conhecido como “Six Pack”, 390 cavalos de potência, curiosamente na cor branca, em uma época dominada por cores berrantes nos automóveis.

Os carros foram devolvidos após as filmagens. Nenhum equipamento especial foi adicionado ou feito modificações, exceto no para-choque. Para as tomadas internas foram

instaladas três câmeras. As três gerações. Em 1971 o Challenger foi reestilizado, tendo também, devido às leis de emissão de gases, reduzindo sua potência. Em 2006 a Dodge construiu um carro conceito denominado challenger Concept, que trouxe de volta o Challenger equipado de um motor Hemi V8 de 425cv. Sucesso de vendas nos Estados Unidos, o carro é importado também ao Brasil. No filme tem a placa OA 5599.

O coordenador de dublê, Cary Loftin, foi o responsável pela criação e execução das cenas e pilotou os carros na maior parte das filmagens. Ele, todavia, incentivou o ator Barry Newman a fazer várias tomadas. A cena final é o próprio Newman quem pilota. Antes do choque com as duas escavadeiras, há um corte de cena; Newman faz um giro de 180 graus (cavalo-de-pau) e para. O carro que bateu é um Chevy Camaro, ano 1967. Loftin contou com ajuda do piloto Bill Hickman e do construtor Max Balchowsky. Os três tinham trabalhado juntos em Bullitt.

O carro

Nome do filme: Corrida Contra o DestinoDiretor: Richard C. Sarafian Produção: Norman Spencer e Michael PearsonCo-Produção: Cupid Productions, Twentieth Century Fox Film CorporationRoteiro: Guillermo Cain e Barry Hall (não creditado) História: Malcolm Hart Distribuição: 20th Century Fox Duração: 99 minutos (EUA) e 106 minutos (UK)Data de lançamento: 13 março de 1971 (EUA) Orçamento: US$ 1,3 milhão Receita bruta (estimada): US$ 12.4 milhões (US$ 68,8 milhões hoje)

Ficha TécnicaO Dodge Challenger R/T acompanha Kowalsky até o fim da sua jornada

Page 16: Revista Ambiente 18

16 Revista Ambiente | Março 2012

Personalização racional

Design otimizado, versátil e mobiliário inteligente: soluções em um único projeto regido pelo conforto, bem-estar e segurança

Inaugurada em junho de 2011, a nova sede da Keko, concebida a partir

de um conceito horizontalizado, integrou o espaço administrativo ao

parque fabril. A eliminação de barreiras, visando promover uma melhor

comunicação e integração da equipe, foi adotada no staff. O mobiliário

da linha Open com tampo branco, estruturas na cor argila e divisórias

em metacrilato, em conjunto com as cadeiras da linha Energy, ambas

na cor laranja, quebraram a monocromia do espaço, oferecendo um ar

dinâmico, confortável e produtivo ao ambiente. A sala da presidência

ganhou formalidade por meio do design e acabamentos diferenciados

do mobiliário das linhas Decision e Boss.

O projeto instalado possibilitou um tratamento distinto para cada área,

com fluxos, ocupação e infraestrutura diferentes e mais adequadas a

cada uso. O restaurante corporativo recebeu a mesma identidade das

estações de trabalho que fazem referência às cores da marca, criando

um ambiente aconchegante e integrado.

Cases

Solução

Page 17: Revista Ambiente 18

17Revista Ambiente | Março 2012 Cases

1 - Conceito open space aplicado ao staff com as linhas Open e Energy

2 - Auditório para treinamentos internos, com capacidade para 100 pessoas, é ambientado com as linhas Open, Energy e Mix

3 - Quebra de monocromia no refeitório proporciona ambiente descontraído e confortável, alinhado à identidade corporativa

2

1 3

Page 18: Revista Ambiente 18

18 Revista Ambiente | Março 201218

Cliente: KekoLocal: Flores da Cunha - RSInstalação do projeto: Abril 2011 Área total: 21.000m²Postos de trabalho: 50 postos no open office; 6 na sala de atendimento; 4 para reuniões; 4 para diretoria, 3 para recepção e 10 para departamento de RHProdutos utilizados: Linhas Open, Energy e Arquivamento (para o setor administrativo e diretoria); Perfecta (para recepção), Decison e Boss (para sala do diretor presidente) e Mix (para auditório)Gerenciadora da obra: Geconsul Gerenciadora, Engenharia e ConsultoriaArquiteta especificadora e projeto arquitetônico: Pâmela Boeira DalzochioLoja responsável pela execução: Marelli Caxias do SulFotos dos ambientes: Guilherme JordaniFoto da arquiteta: Marina Manfro

Tomada de decisões ganha sofisticação na sala de reuniões da presidência

Sala de estar integra com formalidade a sala do diretor presidente, com as linhas Decision, Boss e Perfecta

Ficha Técnica

Projeto

Page 19: Revista Ambiente 18

19Revista Ambiente | Março 2012

Com 25 anos de atuação no mercado brasileiro, a

Keko é uma empresa especializada em acessórios

automotivos personalizados, fornecedora

de grandes montadoras mundiais. Em 2011,

concretizou a construção de seu novo parque fabril,

projetado para atender a expansão da empresa.

Com mais de 20 mil m2 de área construída, a nova

sede atende diversos quesitos de sustentabilidade,

tornando-se referência na região.

Com a nova planta, fez-se necessária a unificação

de todas as operações da empresa em um único

prédio, antes espalhadas em três unidades. Dessa

forma, a otimização, racionalização e modernização

dos espaços, com o intuito de incentivar a

produtividade e oferecer maior conforto para

os usuários, precisavam ser os pontos centrais

observados pelo projeto.

Situação

A escolha dos produtos Marelli possibilitou a composição de espaços funcionais e agradáveis que atendem e otimizam as rotinas administrativas da Keko.

”Pâmela Boeira Dalzochio – Arquiteta da Geconsul Gerenciadora, Engenharia e Consultoria

Page 20: Revista Ambiente 18

20 Revista Ambiente | Março 2012

A fórmula da inovação

Cuidados especiais aplicados em um espaço amplamente remodelado: qualidade de vida estendida ao ambiente de trabalho, com maior integração e ergonomia às equipes

O layout do escritório ganhou um ar moderno e contemporâneo,

com tecnologia de ponta em equipamentos e mobiliários. A

aplicação do conceito open space, com mesas personalizadas

em L, conferiu maior produtividade, estimulando a comunicação

e interação entre os profissionais, além de imprimir uma

estética mais limpa e flexível, com estrutura especial para os

cabeamentos. A configuração aberta e padronizada do espaço

possibilita adaptações futuras e expansões de forma rápida, sem

necessidade do desmonte de estações.

Atendendo requisitos de arquitetura sustentável, o uso de

materiais certificados, como madeira plástica e a preocupação na

economia de água, foram observados no retrofit do edifício.

Cases

Solução

Page 21: Revista Ambiente 18

21Revista Ambiente | Março 2012 Cases

1 - Estações de trabalho em formato “L” garantem disposição organizada e moderna do ambiente

2 - Mobiliário com estrutura especial para cabeamentos leva agilidade a reuniões

3 - Mesas plataformas Open facilitam troca de informações e integração entre os profissionais

2

1 3

Cases

Page 22: Revista Ambiente 18

22 Revista Ambiente | Março 201222

Mobiliário de linhas retas traduz funcionalidade na sala de reuniões

Arquivamento interligado à estação de trabalho oferece mais espaço e maior mobilidade à sala da gerência

Ficha Técnica

Projeto

Cliente: Bristol-Myers SquibbLocal: São Paulo - SPInstalação do projeto: Dezembro 2011Área total: 6.300m²Postos de trabalho: 225 postos de trabalho no staff; 81 postos de gerência; 25 postos de diretoria e 27 postos para reuniões.Produtos utilizados: Sistema Z, Linha Open, Linha Habitat e ArquivamentoGerenciadora da obra: Jones Lang LaSalleGerente de Projeto: Christina CoutinhoArquiteto especificador e projeto arquitetônico: Dante Della MannaLoja responsável pela execução: Marelli São Paulo – Vila OlímpiaFotos dos ambientes: Arnaldo PereiraFoto do arquiteto: Acervo pessoal/DivulgaçãoFoto da gerente de projetos: Jones Lang LaSalle/Divulgação

1º Pavimento

2º Pavimento

Page 23: Revista Ambiente 18

23Revista Ambiente | Março 2012 Cases

A Bristol-Myers Squibb é uma empresa

que surgiu da fusão de dois laboratórios

americanos, em outubro de 1989.

Especializada em criação de medicamentos

a partir de células vivas, a companhia iniciou

um processo de transformação, deixando

o segmento farmacêutico para posicionar-

se como líder em biofarma. A mudança de

localização foi uma das exigências.

Sem padronização em seu mobiliário, utilizado

há 20 anos, a Bristol-Myers Squibb viu a

necessidade de atualizar suas instalações

com o intuito de oferecer maior ergonomia e

facilitar a inter-relação entre seus profissionais.

Situação Nossa missão era elaborar um projeto de escritório com padrões mundiais. Nesse sentido, a Marelli foi fundamental, atendendo todas as nossas exigências e especificações.

A Marelli atua com o mesmo comprometimento e senso de urgência em todas as fases do projeto, colaborando com o cumprimento do cronograma.

Dante Della Manna – Arquiteto proprietário da Dante Della Manna Arquitetura

Christina Coutinho – Gerente de Projetos da Jones Lang LaSalle

Page 24: Revista Ambiente 18

24 Revista Ambiente | Março 2012

Investimento em modernização

Padronização foi a moeda cotada para render lucros à qualidade de vida dos profissionais, em um ambiente totalmente funcional

Baseado no conceito open space, o projeto conferiu mais

amplitude ao escritório, minimizando áreas fechadas. A partir

dessa concepção, a economia e a versatilidade foram vantagens

ressaltadas com a utilização de um mobiliário desenvolvido para

atender essas características.

Na área comercial, as estações de trabalho do setor de operações

e tesouraria foram padronizadas a partir da linha Open, o que

conferiu maior integração entre os profissionais. O restante do

staff e as salas gerenciais receberam mesas em formato de “L”,

com painéis Sistema Z, e cadeiras Vegas, oferecendo grande

conforto e ergonomia aos usuários. A sofisticação e a seriedade

da instituição financeira ficam evidenciadas com o ar formal das

salas de reuniões, configuradas pelas linhas Open e Energy.

Cases

Solução

Page 25: Revista Ambiente 18

25Revista Ambiente | Março 2012 Cases

1 - Sala de reuniões ganha sofisticação e formalidade com a linha de cadeiras Energy

2 - Mesas plataforma possibilitam a integração da equipe

3 - Staff oferece disposição de forma sinérgica com as linhas Vegas, Sistema Z e Energy

2

1 3

Cases

Page 26: Revista Ambiente 18

26 Revista Ambiente | Março 201226

Cliente: Banco West LB do BrasilLocal: São Paulo-SPInstalação do projeto: Setembro de 2011Área total: 780m²Postos de trabalho: 62 postos no staff; 11 postos para gerência e 44 postos em salas de reuniões.Produtos utilizados: Open e Sistema Z (tampos, armários e gaveteiros), Habitat (painéis divisores), Vegas e Energy (assentos). Arquiteto especificador e projeto arquitetônico: Bruna Pollastrini MuroloGerenciadora da obra: OMMA Desenvolvimento e ConstruçõesLoja responsável pela execução: Marelli São Paulo – Vila OlímpiaCrédito das fotos: Alexandre Oliveira/JAFO

Conforto, proporcionado pelo mobiliário, auxilia tomada de decisões

Mobiliário em tom maple, quebra monocromia no arquivamento e pool de impressão

Ficha Técnica

Projeto

Page 27: Revista Ambiente 18

27Revista Ambiente | Março 2012 Cases

O WestLB do Brasil é subsidiário do WestLB

AG, um dos maiores bancos da Alemanha,

com atividade global. Com mais de cem anos

de atuação no Brasil, o banco é voltado ao

segmento do atacado e opera com carteiras

comercial e de investimento.

A fidelização e o crescimento da organização

no país exigiram modernizar as instalações.

A adaptação de layout e a padronização das

estações de trabalho, em prol do conforto dos

profissionais, foram pontos que receberam

destaque desde a concepção do projeto.

Situação É muito bom poder contar com um fornecedor que, além de oferecer produtos que agregam beleza e qualidade, é de fato um parceiro disposto a auxiliar e facilitar a execução do projeto, demonstrando eficiência e flexibilidade para se chegar ao melhor resultado possível e à total satisfação do cliente. Bruna Pollastrini Murolo – Arquiteta da OMMA Desenvolvimento e Construções

Page 28: Revista Ambiente 18

28 Revista Ambiente | Março 2012

Desempenho e eficiência para o dia a dia

Com o objetivo de implementar o conceito agile working, adotado

estrategicamente em todas as unidades da empresa, foi priorizada

a criação de novos ambientes corporativos. Com foco em oferecer

melhores condições de vida e de trabalho aos profissionais,

mantendo-os saudáveis, motivados e comprometidos, optou-

se por utilizar estações de trabalho abertas, que facilitem a

comunicação entre as equipes. O mobiliário Open e os assentos

Energy foram aplicados, suprindo essas necessidades e oferecendo

maior otimização, ergonomia e agilidade ao projeto.

Fabricado sob rígidos padrões ambientais, o mobiliário Marelli está

alinhado à estratégia de sustentabilidade adotada pela Unilever,

que prima pela redução contínua do impacto ambiental causado

por suas operações e produtos.

Cases

Solução

Agilidade, conforto, ergonomia, integração e possibilidade de reconfiguração constante foram benefícios agregados pelo projeto

Page 29: Revista Ambiente 18

29Revista Ambiente | Março 2012 Cases

1 - Com design moderno, linha Perfecta proporciona aconchego e funcionalidade à recepção

2 - No staff, as características de integração e flexibilidade são ressaltadas pelo mobiliário

Open e assentos Energy

3 - Mobiliário em tom avelã oferece elegância ao ambiente

2

1 3

Cases

Page 30: Revista Ambiente 18

30 Revista Ambiente | Março 201230

Cliente: Unilever BolíviaLocal: La PazInstalação do projeto: Novembro de 2011Área total: 550m²Postos de trabalho: 26 estações de trabalho e 3 salas de reuniãoProdutos utilizados: Linhas Open e EnergyArquiteto especificador e projeto arquitetônico: Joyce MartinLoja responsável pela execução: Marelli BolíviaFotos dos ambientes: Jose Maria CrialesFoto da arquiteta: Sergio Bretel

Estações de trabalho abertas se adaptam ao conceito agile working adotado pelas unidades da empresa

Pequenas reuniões não dispensam o conforto e a ergonomia das linhas Open e Energy

Ficha Técnica

Projeto

Page 31: Revista Ambiente 18

31Revista Ambiente | Março 2012

A Unilever é uma das maiores empresas de

bens de consumo do mundo, fabricante de

produtos de higiene pessoal, limpeza, alimentos

e sorvetes, com operações em mais de 150

países e com 83 anos de atuação no Brasil. Em

1994, expandiu sua cobertura, instalando nova

fábrica na cidade de Cochabamba, na Bolívia,

e escritórios nas cidades de Santa Cruz, La Paz,

Sucre, Tarija e Potosí.

Em novembro de 2011, o escritório regional de

La Paz ganhou novas instalações e necessitava

melhorar o desempenho laboral, maximizando

flexibilidade, dinamismo e conforto, com base

em novos conceitos de gestão corporativa

aplicados em todas as unidades da empresa.

Situação

O design e a funcionalidade dos produtos Marelli se adaptaram perfeitamente ao conceito contemporâneo que almejávamos para os escritórios da Unilever.

Joyce Martin – Arquiteta proprietária do Estudio de Diseño Joyce Martin S.R.L

Page 32: Revista Ambiente 18

32 Revista Ambiente | Março 2012

Destaque

Hora de discutir a relaçãoPor vezes estereotipada, mas sem dúvida desafiante, a Geração Y demanda preparo e flexibilidade para uma convivência produtiva

O termo Geração Y deu nome a uma série de aflições que tomaram conta, principalmente, dos meios empresarial e estudantil a partir da convivência dos jovens de até 30 anos com professores e colegas de trabalho da geração anterior, denominada X. Multifuncionais, superficiais, ágeis, intolerantes... Aspectos positivos e negativos têm sido jogados na balança, enquanto profissionais de diversas áreas têm como desafio separar mitos das verdades e iluminar o mundo corporativo com a possibilidade de ganho, justamente no somatório do que os representantes de cada época podem oferecer de melhor. Felipe Cortoni, sócio-diretor do Ateliê de Pesquisa Organizacional, já perdeu a conta do número de vezes em que foi convidado a compartilhar sua pesquisa intitulada Geração Y, lançada no final de 2010. No cruzamento entre dados e experiência, Cortoni conclui que, de ambos os lados, falta preparo para a convivência.

Em linhas gerais, a Geração Y é caracterizada pela “alfabetização digital”, ou seja, por já ter nascido em um mundo informatizado e, portanto, dominar muito melhor as tecnologias. Mas há questões históricas que vão além. Os jovens em início de carreira viveram momentos bem diferentes da geração anterior no panorama nacional: um Brasil de prosperidade, sem inflação galopante, o que facilitou uma adolescência repleta de estímulos cognitivos para uma faixa maior da população (cursos de idiomas, esportes, artes...). Os Y não testemunharam rupturas sociais ou reivindicações coletivas significativas, o que os difere profundamente da turma que vivenciou uma ditadura militar ou, ainda, da geração influenciada pelo pós-guerra.Dos estímulos derivariam as multifuncionalidades, a velocidade,

a comunicação. Por outro lado, é comum a queixa de lideranças sobre superficialidade no momento de uma análise mais profunda e das dificuldades para desenvolver um texto coerente – os Y seriam fragmentários: como se esses jovens terminassem por “pensar em forma de links”, o que nem sempre é desejado. “Mas, lembrando que é uma visão da Geração X sobre eles”, diz Cortoni.

Ainda de acordo com os resultados da pesquisa, essa geração é percebida como “volúvel” em termos de carreira. “Não se pode tomar conclusões generalizantes, mas há, sim, uma mobilidade maior”, afirma Cortoni. Enquanto a geração que sofreu mudanças econômicas e sociais, e portanto vivia sob o signo da insegurança, buscava sobretudo a estabilidade em uma carreira vertical, ou seja, uma escalada dentro de uma só empresa que oferecesse essa segurança, os Y têm feito trajetórias horizontais. É comum, segundo entrevistados pelo Ateliê de Pesquisa, uma saída instantânea para ir atrás de um sonho – seja um curso, uma viagem para o Exterior ou outra corporação.

Cortoni explica que um valor fundamental para os Y é encontrar sentido no que estão fazendo. Formalidade não combina com esse perfil. Muito menos burocracia. “É a ausência de projetos de significado que gera a insatisfação e, consequentemente, os Y pulam de galho!”, define. O Ateliê, que pesquisa sob encomenda das corporações, costuma gerar anualmente pelo menos uma pesquisa por iniciativa própria, como foi o caso da realizada sobre a Geração Y. Este ano, o tema é felicidade no trabalho. Diante desse contexto, nada mais apropriado.

Page 33: Revista Ambiente 18

33Revista Ambiente | Março 2012

Fonte: pesquisa do Ateliê de Pesquisa Organizacional para diagnosticar a percepção das lideranças de grandes empresas sobre os jovens profissionais de 18 a 24 anos. Os entrevistados têm idade entre 45 e 60 anos e salário acima de R$ 15 mil - disponível em http://www.ateliedepesquisa.com.br

Destaque

Aspectos positivos

Aspectos negativos

Nív

el e

duca

cion

al a

lto

Vel

ocid

ade

Difi

culd

ades

de

rela

cion

amen

to

em g

rupo

s m

aior

es

Ace

sso

plen

o à

info

rmaç

ãoPo

uco

tole

rant

es, i

ndiv

idua

lista

s

Mui

ta a

uton

omia

par

a to

mar

dec

isõe

s pe

ssoa

isSu

perfi

cial

idad

e na

s an

ális

es

Faci

lidad

e de

uso

das

fer

ram

enta

s di

gita

isA

lta r

otat

ivid

ade

no t

raba

lho

Raio X da Geração Y

Vis

ão d

e m

erca

do r

estr

ita

As gerações na história

Y - nascidos de 78 a 94 (beneficiada pela estabilidade econômica)X - nascidos de 64 a 77 (período das revoluções sociais)Baby Boomers- de 1948 a 1963 (pós-guerra)

Ilust

raçõ

es: A

lcio

ne S

ilva

/ Ink

stra

tus

Page 34: Revista Ambiente 18

34 Revista Ambiente | Março 2012

De acordo com a doutora em Economia Rebecca Wellington dos Santos Barros, superintendente adjunta de Produtos Privados do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas, a influência dessa geração tem um dado bem visível, pode ser percebida fisicamente, na organização dos espaços de trabalho: “Tem obrigado a construir ambientes mais agradáveis, incentivando o relacionamento interpessoal entre os funcionários, e ao mesmo tempo contemplando soluções mais silenciosas”, diz. Para Rebecca, o dinamismo e a multidisciplinaridade desses recentes profissionais levam à busca da construção de ambientes que permitam a eles transitarem instantaneamente entre tarefas que exijam concentração absoluta e outros que necessitem de comunicação direta entre equipes. “Estamos procurando soluções de mercado que consigam oferecer o perfeito equilíbrio entre estes dois mundos”, revela.

Adequação dos ambientes

Page 35: Revista Ambiente 18

35Revista Ambiente | Março 2012 Destaque

O desafio de estabelecer o diálogo

Ambiente: A seu ver, quais os principais desafios que a geração Y oferece para a gestão de pessoas?

Deise C. Engelmann: A Geração Y desafia a Gestão de Pessoas atual nas empresas, pois é uma geração que já nasceu em um mundo interconectado através de celulares, internet e relações internacionais intensas. Ou seja, eles cresceram jogando videogames com estímulos rápidos. No jogo, é necessário tomar decisões instantâneas para avançar de fase e ser premiado. E essa geração aprendeu a tomar decisões instantâneas para ganhar o jogo, resolvendo várias questões ao mesmo tempo - algo que é novo e difere do ambiente organizacional tradicional. O desafio é criar nas empresas um ambiente em que essa característica da Geração Y possa ser bem aproveitada. Eles entendem esse novo mundo e as empresas precisam de pessoas assim. Ao mesmo tempo, é necessário não perder a valiosa contribuição que as gerações anteriores trouxeram e continuam trazendo ao ambiente organizacional, tais como processos bem fundamentados, conhecimento técnico e a sabedoria de saber esperar. Aspectos que a Geração Y terá que aprender para ser bem-sucedida no mundo dos negócios. Ou seja, nós aprenderemos com eles e eles aprenderão conosco em uma relação ganha-ganha.

Ambiente: Como os especialistas em RH podem contribuir para que a relação entre gerações diferentes seja de complementaridade?

Deise: Os profissionais de Gestão de Pessoas podem contribuir muito no processo de gerenciamento entre as diferentes gerações. Em um primeiro momento, é necessário trazer diálogo em torno dessas evidentes diferenças. Também é possível mostrar que não há uma geração “certa” e outra “errada”, mas que são gerações diferentes que podem se complementar muito bem. A partir daí, é necessário criar processos que tragam à tona as forças das diferentes gerações e, como consequência, o respeito entre elas.

Ambiente: Na prática, você testemunha experiências positivas no diálogo entre essas gerações?

Deise: No dia a dia das organizações tenho vivenciado bons exemplos de diálogo entre gerações. Isso se deve, em boa parte, às redes sociais que os fizeram aprender que compartilhar conhecimento é algo natural e que fazer networking pode ser muito saudável. A Geração Y gosta de compartilhar e trabalhar em rede. Por isso, estou certa de que é possível, sim, haver um diálogo produtivo entre as diversas gerações, o que depende também da atitude de cada um de nós e, por vezes, da presença de um facilitador competente para promover um diálogo positivo.

A diretora da Sincrony - Consultoria em Gestão de Pessoas, Denise C. Engelmann, estuda há mais de uma década a Geração Y. Administradora de Empresas, pós-graduada em Psicologia do Trabalho pela Universidade Federal do Paraná, Deise é autora de diversos artigos sobre o que tem sido um grande desafio das corporações: estabelecer um diálogo produtivo entre gerações tão distintas.Da infância à realidade no mercado de trabalho, o objeto de sua pesquisa tem surpreendido: “Comecei a estudar essa geração quando eles ainda estavam brincando com os videogames, em casa. A boa notícia é que as previsões que eram feitas por especialistas naquela época eram mais pessimistas do que a realidade que essa geração está trazendo para o mundo do trabalho”, afirma.Em entrevista para a revista Ambiente, Deise aborda as contribuições que esses jovens dinâmicos podem oferecer ao mundo corporativo. En

trev

ista

Dei

se C

. Eng

elm

ann

Foto

: Sin

cron

y Con

sulto

ria e

m G

estã

o de

Pes

soas

Page 36: Revista Ambiente 18

36 Revista Ambiente | Março 2012

Você já imaginou um ninho de pássaro que mescla palha com fios de nylon? Pois essa é uma lição de arquitetura sustentável que já se pode testemunhar em alguns centros urbanos. É o uso dos recursos disponíveis da melhor forma possível – e um princípio simples quando se pensa em sustentabilidade. Embora a realidade aponte que há tanto ainda por fazer para reduzir os impactos humanos no planeta, os estudantes e profissionais da área acreditam no poder das pequenas ações. Para a doutoranda em arquitetura Roberta Rech, da Universidade Politécnica da Catalunha, Espanha, as soluções mais simples costumam ser as mais eficazes. “Não necessitamos de grandes invenções, basta olhar o projeto e sua inserção no meio. Observar questões básicas de posição e controle solar, ventilação natural, sistemas de reaproveitamento de água são medidas muito fáceis e de grande vantagem econômica”, sugere.De volta ao Sul do Brasil depois de oito anos na Espanha trabalhando em desenvolvimento de projeto e direção de obras de vários tipos, como centros culturais e sociais, edifícios residenciais, residências unifamiliares e projetos corporativos, Roberta, inevitavelmente, tece comparativos. Segundo a arquiteta, a Europa tem uma caminhada mais

longa em sustentabilidade de uma forma geral, mas o Brasil já fez um percurso importante. “A criação do Estatuto das Cidades, no ano de 2001, trouxe diretrizes de política urbana, com desempenhos que variam conforme a execução em nível municipal. Há municípios mais preocupados com a questão da sustentabilidade, que incluem no plano diretor incentivos para projetos que apresentem soluções sustentáveis – de reaproveitamento de água, por exemplo. Questões como a reserva de uma taxa mínima de permeabilidade do solo (áreas como canteiros, por exemplo, que permitam a drenagem natural) são realidade na maioria dos municípios”, revela.

Buscar informações sobre a aplicação do estatuto no seu município, portanto, pode ser um bom começo, já que a contrapartida de cada cidadão é fundamental quando se pensa em sustentabilidade. Em março deste ano entraria em vigor um sistema muito mais amplo (adiado pela dificuldade de implantação devido a sua complexidade), que prevê a normatização do sistema construtivo, classificando as edificações com um selo, o mesmo sistema que hoje é realidade para os eletrodomésticos. O selo Procel Edifica vai certificar projetos que preveem

A metáfora da sustentabilidadeNa área de arquitetura no Brasil, os processos mais sustentáveis estão em plena “construção”. Cada integrante da cadeia, da indústria ao usuário final, pode – e deve participar

Page 37: Revista Ambiente 18

37Revista Ambiente | Março 2012

redução de consumo e uso de energias alternativas. A etiquetagem das edificações comerciais, residenciais e públicas opera desde 2007 em caráter provisório, mas a expectativa é que passe a vigorar como lei. O objetivo do selo é estimular os construtores e incorporadores a aderirem aos conceitos de eficiência energética, viabilizando a implantação da Lei de Eficiência Energética nº 10.295/01. “Um processo bastante completo que, na Espanha, por exemplo, sob outro nome, já está sendo implantado desde 2006, assim como em outros países europeus há mais tempo e nos EUA”, diz Roberta.

No aspecto da viabilidade comercial, a arquiteta lembra que investir em sustentabilidade traz benefícios econômicos a médio e longo prazos e diretos em nível de conforto e habitabilidade. “Hoje se nota um público mais criterioso que, mesmo que não tenha uma visão mais global do porquê de uma arquitetura sustentável, entende o produto sustentável como de maior qualidade – e isso vende”, afirma.Oportunidades assim, somadas ao idealismo, foram a base para as atividades do escritório Cria Arquitetura, que funciona em Campinas, São Paulo, direcionado à arquitetura sustentável. As sócias, arquitetas Juliana Boer e Maira Del Nero, têm como recompensa um cliente que já chega ao escritório com receptividade para investir em projetos, no mínimo, inteligentes.

Vencedoras por três vezes do prêmio Planeta Casa, na categoria de Design de Interiores com os projetos Ecoloft (2009), Sala de Descanso (2008) e Eco Banheiro (2006), as arquitetas se destacaram pelo uso de materiais naturais e menos nocivos à saúde, como a tinta de terra crua, madeiras certificadas, cortiça reciclada, tecidos orgânicos e de PET reciclado, entre outras soluções.

O Cria Arquitetura também coleciona prêmios no concurso Campinas Decor, 2009 e 2010, ambos para ambientes que tiveram o objetivo de divulgar práticas mais sustentáveis.Juliana enfatiza que há uma evolução nos materiais, o que permite que os ambientes criados na perspectiva ambiental tenham uma estética contemporânea. Para a arquiteta, um grande avanço foi a adesão de diversos representantes da cadeia às ideias de sustentabilidade, como a área de financiamento habitacional, que hoje prevê incentivos – como redução de taxas de juros – às obras que tenham, em seus projetos sistemas de economia de recursos naturais, como uma iluminação mais eficiente, por exemplo.

Para a arquiteta, uma das maiores dificuldades ainda é o controle de resíduos nas obras. Segundo ela, não há mecanismos de fiscalização suficientes para impedir todo tipo de desperdício. “O caminho que os resíduos fazem de uma obra até o destino final é incerto. Muitas vezes o cliente opta pelo papa-entulho mais em conta, o que pode significar uma destinação final inadequada”, adverte.

Outro problema diz respeito ao uso de materiais de demolição. Com efeito estético inquestionável, tijolos e madeiras antigas em geral, terminam virando lixo por falta de mão-de-obra habilitada a um desmanche adequado. Assim, conclui a arquiteta, embora uma habitação sustentável seja, antes de tudo, de interesse social, na realidade brasileira a sustentabilidade ainda é uma prática restrita a uma determinada classe com mais acesso à informação e de melhor poder aquisitivo. “O nosso papel aqui no escritório é muito de oferecer informações sobre as possibilidades existentes e convencer sobre a sua eficiência”, resume Juliana, e enfatiza: “O que hoje é diferencial, logo mais se tornará uma obrigação”.

Cri

a A

rqu

itet

ura

Page 38: Revista Ambiente 18

38 Revista Ambiente | Março 2012

“A sustentabilidade não é um objetivo a ser alcançado, não é uma situação estanque, mas sim um processo, um caminho a ser seguido. Advém daí que a expressão mais correta a ser utilizada é um projeto “mais” sustentável. Todo o trabalho nesta área é feito a partir de intenções que são renovadas contínua e progressivamente”. Esse conceito faz parte do texto inicial das Recomendações básicas de sustentabilidade para projetos de arquitetura, desenvolvidas pela AsBEA. A Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura, com sede em São Paulo, desenvolveu o texto por meio do Grupo de Trabalho de Sustentabilidade para difundir essa cultura no país.

Com regionais já sediadas no Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Ceará e Amazonas, a AsBea congrega mais de 4 mil profissionais e tem, há seis anos, o grupo de trabalho com foco na sustentabilidade. De acordo com a arquiteta Milene Abla Scala, do escritório Viva Arquitetura, diretora da Associação, nesse período várias iniciativas surgiram, por meio de especificações como o Green Building, o Selo Acqua, o Selo Azul da Caixa Econômica Federal para as habitações de interesse social, além da formação do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável. O grupo trabalha agora em um Manual de Escopo para Projetos Sustentáveis, a ser lançado em breve, como forma de contribuir mais uma vez para instrumentalizar os escritórios de arquitetura. “Nos projetos de grande escala sempre se falou em eficiência, faltam é parâmetros para que a sociedade

possa amadurecer na aplicação de recursos que sejam de fato eficientes”, define Milene. Segundo a diretora, entender melhor o custo-benefício de cada sistema ou material empregado em uma obra é fundamental para multiplicar escolhas acertadas. “Há softwares disponíveis para auxiliar na elaboração de projetos mais sustentáveis na área de arquitetura, mas muito ainda precisa ser feito para que se possa aferir os resultados de cada opção disponível no momento de projetar uma edificação inteligente, com base nos três alicerces da sustentabilidade: econômico, social e ambiental”.

Os princípios básicos de uma construção sustentável estão ligados às questões de:

· Qualidade ambiental interna e externa· Redução do consumo energético· Redução dos resíduos· Redução do consumo de água· Aproveitamento de condições naturais locais· Implantação e Análise do Entorno· Reciclar, reutilizar e reduzir os resíduos sólidos· Inovação

Entenda

Uma atitude renovável

Cri

a A

rqu

itet

ura

Fonte: AsBEA. Mais informações em www.asbea.org.br

Page 39: Revista Ambiente 18

39Revista Ambiente | Março 2012

O estímulo a projetos sustentáveis entre os jovens brasileiros tem como case de sucesso a Casa Solar Flex. O projeto é resultado do Consórcio Brasil, formado por integrantes de seis universidades públicas: UFSC, UFRJ, UFRGS, UFMG, USP e Unicamp e conquistou a representação do Brasil entre os nove países selecionados para participar do Solar Decathlon na Espanha, em 2010. Referência internacional em inovação e tecnologia para sustentabilidade na construção civil, o Solar Decathlon é uma competição entre universidades de todo mundo criada com o objetivo de promover a eficiência energética a partir da captação de radiação solar. Para aproveitar essa energia solar com placas fotovoltaicas e garantir a autossuficiência da Casa Solar Flex, a equipe brasileira contou com a parceria da BEMO do Brasil, empresa fabricante de telhas metálicas contínuas e zipadas, que desenvolveu uma solução de cobertura flexível. O resultado é uma residência com arquitetura modular, “blindada” contra chuva, que oferece diversas possibilidades de layout e resistência às variações climáticas e intempéries.Em entrevista à revista Ambiente, Lucas Sabino Dias, arquiteto e urbanista, mestrando em Tecnologia da Arquitetura pela USP, que integrou o grupo pela Universidade Federal de Santa Catarina, avalia a experiência.

Ambiente: Quais as maiores lições que ficam com você a partir da experiência na Casa Solar Flex?Lucas Sabino Dias: A resposta para essa pergunta é plural, muitas são as lições que ficam, tanto do lado pessoal, quanto do profissional. Contudo, creio que sob a ótica da

arquitetura os ensinamentos mais significativos foram a noção de que a arquitetura é uma construção coletiva e que a interdisciplinaridade deve permear nossos projetos desde o primeiro traço. Ambiente: Você é otimista quanto à prática das ideias sustentáveis difundidas pelo projeto no Brasil?Lucas: Sou otimista, sim. Acho que a sustentabilidade é um conceito muito abrangente e que, de certa forma, já é explorado nos bons projetos há muito tempo. No entanto, vem ganhando mais e mais espaço, pois fica cada vez mais claro o impacto que o homem exerce sobre tudo que o rodeia. Acredito que buscar soluções para esse impasse, antes de mais nada, é uma das funções sociais do arquiteto e alicerce que norteia o projeto do Team Brasil. Como prática educadora, difundir esse pensamento na forma de projeto e de ideias inovadoras é fundamental.

Ambiente: Que sugestão você daria para disseminar a cultura da sustentabilidade entre os jovens?Lucas: Acredito que a cultura da sustentabilidade tem a ver com um olhar mais respeitoso e solidário em relação ao que está a nossa volta. A mudança nas ações parte dessa mudança de olhar. A partir daí, separar o lixo, se questionar para onde vai o esgoto de sua casa, ou como gastar menos energia e muitas outras questões e atitudes vêm naturalmente.

Ambiente: E uma atitude prática que você passou a adotar no seu cotidiano após o envolvimento com a Casa Solar Flex?Lucas: Acho que meu senso crítico ficou mais apurado e meu olhar mais atento a coisas que antes passavam despercebidas.

Uma casa exemplar

Ekó

Ho

use

Page 40: Revista Ambiente 18

40 Revista Ambiente | Março 2012

O mobiliário que coloca você em primeiro plano.

Page 41: Revista Ambiente 18

41Revista Ambiente | Março 2012

Page 42: Revista Ambiente 18

42 Revista Ambiente | Março 2012

Grandes decisões exigem ambientes que transmitam solidez e confiança

Alinhada ao conceito de sofisticação e máximo conforto, a linha One possibilita a criação de ambientes planejados para quem detém a mais alta responsabilidade e autoridade dentro da organização. O design moderno, de linhas retas, traduz requinte e ousadia, integrados a características funcionais e estéticas que ambientes de alto nível exigem.A combinação de matérias-primas certificadas, com acabamentos em lâmina de madeira natural de origem controlada, assegura a preocupação ambiental e sustentável do

mobiliário. Com ampla superfície de trabalho e generoso espaço de arquivamento, o mobiliário oferece conexões elétricas e de dados de fácil acesso, com soluções para passagem de fiação e caixa basculante sobre os tampos, para as duas opções de layout de estação. A ausência de puxadores é compensada com o sistema mecânico “Tip On” que permite suave deslizamento e abertura de portas e gavetas, a partir da praticidade de um leve toque.

Solicite catálogo da linha One junto ao marketing da Marelli ([email protected]) ou nas lojas exclusivas da marca nas principais cidades do Brasil e da América Latina (consulte contato dos showrooms no site www.marelli.com.br)

LançamentosG

uilh

erm

e Jo

rdan

i

Page 43: Revista Ambiente 18

43Revista Ambiente | Março 2012 Lançamento

Solicite catálogo da linha Eco junto ao marketing da Marelli ([email protected]) ou nas lojas exclusivas da marca nas principais cidades do Brasil e da América Latina (consulte contato dos showrooms no site www.marelli.com.br)

Energia que se renova naturalmente

A preocupação com o meio ambiente sempre foi pauta constante e prioritária na gestão Marelli. Os valores da companhia, alinhados com os princípios de qualidade, responsabilidade social, gestão ambiental, segurança e saúde no trabalho, são demonstrados pela busca permanente por inovação.Para agregar ainda mais valor a sua gama de produtos, a Marelli apresenta mais um lançamento que valoriza o bem-estar e a produtividade no ambiente corporativo. A linha de cadeiras Eco é concebida a partir de materiais leves, 92% recicláveis e 100% reutilizáveis. A partir de um design moderno, atraente e sofisticado, se adapta perfeitamente a qualquer ambiente, conferindo leveza, elegância e praticidade.A liberdade de movimentos fica por conta do sistema Mini-Synchron, que permite que o corpo se movimente de maneira natural, com o molejo sincronizado do encosto e do assento, oferecendo suporte para os tornozelos, joelhos e quadris. A ergonomia ganha destaque pelo encosto com suporte lombar que contribui para o alinhamento da coluna e para uma postura confortável e saudável.A linha segue rígidas exigências da BIFMA (The Business and Institutional Furniture Manufacturer’s Association), referência mundial em normas voltadas para ações sociais da empresa, uso de energia, seleção de materiais, impactos na saúde humana e no ecossistema como um todo.

Ban

co d

e im

agen

s M

arel

li

Page 44: Revista Ambiente 18

44 Revista Ambiente | Março 2012

Estética aliada à ergonomia

Conforto é um item indispensável quando o assunto é ergonomia, ainda mais quando há a necessidade de permanecer sentado durante longos períodos. Para oferecer bem-estar e comodidade aos seus usuários, a Marelli traz mais um lançamento.Robusta e com design elegante, a linha de cadeiras Arti combina com ambientes que prezam por qualidade de vida. O encosto possui uma estrutura especial que se molda ao corpo do usuário, através de diversos segmentos articulados que simulam a forma da coluna vertebral. O flex-back supporting system incorporado à linha, oferece segurança e permite a

movimentação corporal de forma anatômica, propiciando a sensação de liberdade. Os apoios de braço, desenvolvidos em alumínio revestido de poliuretano, permitem diversos ajustes de altura e regulagens laterais. O assento em fibra de vidro e nylon possui sistema de deslize e mecanismo especial para inclinação de joelho e controle de tensão lateral. A linha foi projetada pelo renomado designer norte-americano Zooey Chu, em parceria com Endison Lu e é produzida de acordo com os padrões rigorosos da BIFMA (The Business and Institutional Furniture Manufacturer’s Association).

Ban

co d

e im

agen

s M

arel

li

Solicite catálogo da linha Arti junto ao marketing da Marelli ([email protected]) ou nas lojas exclusivas da marca nas principais cidades do Brasil e da América Latina (consulte contato dos showrooms no site www.marelli.com.br)

Page 45: Revista Ambiente 18

45Revista Ambiente | Março 2012Revista Ambiente | Agosto 2010 Revista Ambiente | Agosto 2010 Espaço AbertoRevista Ambiente | Agosto 2010Seja um lojista Marelli

Contato para abertura de lojas em novas praças com Daniel Castilhos, pelo fone 55 54 2108.9999, [email protected] ou www.marelli.com.br

São José do Rio Preto tem Marelli

Com a missão de levar soluções diferenciadas e racionais, através do agendamento de visitas e atendimento especializado, o showroom da Marelli em São José do Rio Preto vem conquistando um dos principais polos industriais, culturais e de serviços da região.Em um espaço aconchegante de 165m2 e com acesso facilitado na Vila Redentora, uma das áreas mais nobres do município, a unidade iniciou suas operações em abril de 2011. Sob o comando de Fernando e Simone Micali, o empreendimento atende 96 municípios do interior do estado de São Paulo, que compreendem um mercado consumidor de mais de dois milhões de pessoas.Sob a consultoria de duas arquitetas especializadas e um quadro funcional qualificado, a unidade já concretizou 50 projetos, na marca de sete meses. Fazem parte do portfólio da loja as obras da Prefeitura Municipal de Votuporanga, Rodobens Consórcio,

Usina Estiva, Usina Guarani, sede do Partido Republicano Progressista, Via Light, Ipiranga Transportes de Combustível, Expresso Jundiaí, além de clínicas e empresas de comunicação e internet.

“Buscamos oferecer praticidade, qualidade e o melhor custo-benefício do mercado. Nosso grande diferencial é a entrega do projeto arquitetônico em até 48 horas, aliada a técnicas de gestão profissionalizada. A credibilidade da marca Marelli, atestada por diversas premiações, é evidenciada no completo showroom e em nossos atendimentos”, ressalta Fernando Micali, gestor da unidade com mais de 14 anos de experiência em projetos corporativos.

Mercado

Foto

: Cai

o M

ical

i

Rua Antônio de Godoy, 3930 - Vila RedentoraSão José do Rio Preto - [email protected] - (17) 3304 5989

Page 46: Revista Ambiente 18

46 Revista Ambiente | Março 2012Seja um lojista MarelliContato para abertura de lojas em novas praças com Daniel Castilhos,

pelo fone 55 54 2108.9999, [email protected] ou www.marelli.com.br

Lima tem MarelliA principal cidade do Peru conta com os produtos, serviços e o atendimento de uma loja exclusiva Marelli. Desde julho de 2011, a marca está presente em uma região potencialmente voltada ao mercado de edificações corporativas e em pleno crescimento. Em um ambiente acolhedor e planejado, de 120m2, o showroom está captando a atenção de empresas locais e estrangeiras, públicas e privadas, nos segmentos de indústrias e serviços.Gerenciado por Pablo Chávez e Daniella Ortiz, o empreendimento conta com uma equipe especializada de dez profissionais, entre eles arquitetos, assessores comerciais e técnicos. No espaço, clientes e especificadores encontram um ambiente racional, onde todas as soluções relacionadas a linhas de mobiliário, divisórias e cadeiras podem ser visualizadas, com foco nos conceitos de otimização, produtividade e bem-estar.Para fidelizar seu público, a operação acompanha todas as etapas do processo, da assessoria ao pós-venda, com expressivos diferenciais no tempo de entrega. “Percebemos, aqui em Lima, um mercado que necessitava ser atendido de forma personalizada com soluções claras e precisas. O cliente de hoje exige produtos de qualidade, fabricados dentro de normas de preocupação com o meio ambiente, com a sociedade e com a segurança dos trabalhadores. Benefícios perseguidos e conquistados pela Marelli”, destaca Pablo Chávez, diretor do showroom.

Em menos de dez meses de atuação no mercado, a unidade já instalou, efetivamente, os projetos da Empresa Mineira Milpo SAA e da Construtora Odebrecht. Outros grandes projetos estão em fase de negociação final.

Av. El Polo 670, Centro Empresarial El Polo II Of. C-404Surco - Lima - [email protected] - 51 1 3552365

Foto

s: Pa

blo

Ch

ávez

Page 47: Revista Ambiente 18

47Revista Ambiente | Março 2012 Espaço do Arquiteto

Rua João Godoy, 215 - Jardim América - Ribeirão Preto - [email protected] - (16) 3234.3292

Ribeirão Preto tem nova gestão

Em setembro de 2011, o showroom da Marelli em Ribeirão Preto ganhou novos gestores. Desde essa data, o empreendimento de 190m2 é administrado pela arquiteta Ludmila Spagnul Ribeiro e pelo engenheiro civil Erb Ribeiro Junior.A loja, localizada em uma das regiões mais ricas do estado de São Paulo, foi fundada em 2006 e, desde então, é reconhecida como uma das marcas mais respeitadas em mobiliário corporativo para iniciativas públicas e privadas. Por meio de uma equipe profissional, atende mais de 80 municípios da região.

Organizações como a Atmosphera Construções e Empreendimentos, Bebidas Ipiranga – Coca-Cola, Cargill, Hospital São Paulo, Hospital Santa Casa, Mapfre Seguradora, Construtora CBN, Hospital São Francisco, Milano Calçados, TV Record e Construtora Said já comprovaram a confiabilidade da marca.“Para nós, é um prazer atuar nesse ramo, ainda mais com o altíssimo conceito de qualidade da Marelli. Temos certeza de que desenvolveremos um excelente trabalho”, enfatiza Ludmila.

Foto

: Gia

ncl

aud

io B

ian

cuzz

i

Page 48: Revista Ambiente 18

48 Revista Ambiente | Março 2012

Uma boa luminosidade é fundamental para o desempenho eficaz das tarefas do dia a dia. Por isso, a escolha correta dos equipamentos de iluminação é essencial.Um bom projeto de iluminação deve partir da avaliação do espaço em que será projetado, seus detalhes de construção, finalidade, o trabalho a ser iluminado e a tarefa visual envolvida. Um equívoco, que normalmente acontece nos projetos de luz, é a adaptação do ambiente da tarefa ao sistema de iluminação. O que deveria acontecer é o inverso. Por certo, é o sistema que deve ser adaptado e adequado à tarefa desenvolvida e ao layout proposto pelo projeto de arquitetura.Fatores como eficiência luminosa, temperatura e reprodução de cor, devem ser avaliados no projeto de iluminação. As recomendações da NBR 5413, da ABNT, também devem ser colocadas em prática. As empresas têm apostado na ideia que as pessoas são seus ativos mais valiosos e que, portanto, os investimentos em segurança, saúde e bem-estar dos funcionários podem contribuir com o crescimento dos empreendimentos. Para que isso aconteça, algumas recomendações precisam ser observadas. A iluminação deve ser tratada de forma personalizada e individual, para que o ambiente

seja construído de forma agradável e estimulante, gerando maior produtividade.Os resultados não se limitam a isso e ainda podem favorecer uma melhora no estado de saúde dos profissionais, como menor cansaço, tensão e ofuscamento, diminuição dos reflexos indesejáveis em telas de computadores e maior nível de iluminação no plano de trabalho.Todos esses benefícios podem ser resgatados através de quatro tipos de iluminação: direta, indireta, de destaque e wall washer. Para determinar essa tipologia de iluminação é necessária a escolha correta da luminária. Assim, irá valorizar e criar um ambiente funcional, de acordo com a atividade a ser desenvolvida.A luz de trabalho personalizada melhora o desempenho individual e economiza energia, pois a iluminação só está acesa quando o posto está ocupado. Por isso, a Luxion Iluminação desenvolveu um produto exclusivo para a linha Open da Marelli: a luminária Office.As normas devem ser sempre consultadas para que os níveis recomendados sejam atingidos. Deve-se, também, levar em conta a qualidade das lâmpadas, luminárias e reatores, assim como a sua aplicação para que tornem o ambiente agradável e estimulante.

Luminotécnica traz benefícios funcionais ao ambiente corporativoPor Fernanda F. Tissot*

Artigo Técnico

* Arquiteta - Luxion Iluminação Ind. e Com. LTDA.

Foto

: Gu

ilher

me

Jord

ani

Page 49: Revista Ambiente 18

49Revista Ambiente | Março 2012

Por Antonio Caramelo*

Espaço do Arquiteto

Tecnologia incorporada ao ambiente de trabalho corporativo

Estava eu dirigindo minha bela máquina à altíssima velocidade, mal tocando o solo. Dois apoios não mais, cabos em fibra ótica me jogando na face como brisa. Voz e dados aos montes, cabeamento estruturado CAT.6 arremessando potência em turbo de energia limpa permeada pelos drives, faróis dimerizadamente iluminando tudo à frente com seus frios LEDS, felinos! Prontos para percorrer num piscar de olhos toda essa estrada de linhas que compõem o espaço do universo projetado e captado pela rádio frequência, como patrulha de plantão à busca de bólidos... Ali estava eu, sentado dirigindo os sonhos que me foram encomendados. Espere um pouco!... Deveria ter dito antes que não estou numa Ferrari, Lamborghini ou algo semelhante, estou no meu super painel, tampo cristal DiamondGuard resistente a riscos, design exclusivo do arquiteto e designer Frank Caramelo e esculpido em Corian, conduzindo meu novo escritório nesses “tempos supermodernos”, onde logo, logo as coisas vão acontecer com você, ou sem você, caso você não esteja nele, nos imprescindíveis “tempos modernos”, é isso mesmo! Não é graça não... é virtualidade e automação, sem limites nem de previsão até onde se possa chegar. Que o digam as pesquisas sobre nanotubos iniciadas por Fujio Iijima, bem como as pesquisas do brasileiro (sim, brasileiro), o cientista Marcus Pimenta, um dos mais respeitados do mundo segundo a senhora Mildred (81) conhecida como a mãe das pesquisas do carbono. Hoje o nanotubo de carbono ou “Fulereno” (uma bola de carbono contendo 60 átomos e medindo um milionésimo de milímetro), que assim como o “grafeno”, provável substituto do silício nas placas dos processadores, revolucionarão o mundo de modo a deixá-lo de ponta-cabeça.

É a virtualidade, é a automação promovendo a onipresença. Você estará em todos os lugares sem estar em nenhum. Sua vontade será cumprida e você terá o poder de mudar até a propriedade e resistência dos materiais com a adição dos nanotubos. Imagine-se produzindo concreto eficiente à tração como se fosse um metal, e sei lá, mais um milhão de outras aplicações que estão sendo desenvolvidas em nome da velocidade, do ganho de tempo, da aceleração de processo, da definição do melhor produto, da minimização de custos, da logística, da otimização em urgências, da medicina em geral, mas, e medicamentos, tecidos para vestuários com propriedades especiais, indo do controle de temperatura, até correções de postura, passando pela engenharia dos alimentos... e sabe Deus mais o quê!Gente... uma das coisas que mais me encanta em tudo isso é o ganho de tempo! Pra mim, então, é fundamental. Preciso fazer muitas coisas ainda. Tenho muitos projetos por realizar e já gastei 60 dos meus 100 pra chegar no Niemayer, lógico! Ainda não combinei com Deus, mas, logo estaremos fazendo um contato espiritual quântico desse pleito. Tenho muito pra espiar e por construir. Daí tanta fé, daí o branco nas

sextas-feiras. Quem me conhece sabe!

Adeus! Tempo perdido com expedientes.Tempo perdido em consultórios.Tempo perdido em reuniões.Tempo perdido em deslocamentos desnecessários.Tempo perdido em viagens absurdas de negócio.Tempo perdido com coisas pouco inteligentes.Tempo perdido com o que não dá prazer... principalmente!

Por isso tô a postos, tô na máquina. Altíssima velocidade com total segurança rumo ao presente que começa no futuro, amanhã, nessa segunda-feira.

* Arquiteto presidente da Caramelo Arquitetos Associados

Foto

: Fra

nci

sco

Sal

es

Page 50: Revista Ambiente 18

50 Revista Ambiente | Março 2012

A Associação Brasileira de Facilities (ABRAFAC) é uma entidade sem fins lucrativos, fundada em 2004, que tem por objetivo congregar os interesses dos profissionais de Facilities Management* atuantes na administração e gerenciamento de serviços e atividades de infraestrutura predial. A ABRAFAC, hoje, conta com mais de 400 associados e atuações representativas nos interesses do setor, em busca da capacitação constante de seus profissionais e da excelência nos negócios.Nos últimos anos a Associação vem se fortalecendo com ações efetivas e reconhecimento das empresas do mercado e seus players, tornando-se um canal de informação e conhecimento do Facilities Manager, que hoje é responsável pela tomada de importantes decisões.

Missão: representar os Associados em juízo ou fora dele, em qualquer instância ou tribunal, em assuntos de interesse da Associação aprovados pelo Conselho Deliberativo.Desenvolver atividades de estímulo e contribuição ao ensino, pesquisa científica e tecnológica e à formação, capacitação e especialização técnico-científico-gerencial, diretamente ou por intermédio de convênios com instituições nacionais e internacionais ou pelo fornecimento de bolsas de estudo.

Visão: Promover o desenvolvimento contínuo e a difusão do conhecimento de gerenciamento de facilities no Brasil e no exterior, buscando a integração com entidades estrangeiras congêneres.Desenvolver, divulgar, apoiar, incentivar atividades de natureza econômica e cultural, inclusive a realização de eventos, boletins, normas e recomendações técnicas, revistas e livros relacionados ao gerenciamento de facilities.

Vantagens em se associar:• Integrar a única entidade com representatividade pública no Brasil• Unir e fortalecer os profissionais de FM• Ampliar a vivência e aquisição de conhecimento• Concorrer ao Prêmio ABRAFAC Melhores do Ano• Acessar material de circulação restrita no site, inclusive bolsa de trabalho• Ampliar networking• Conhecer cases de sucesso e best pratices• Realizar benchmark• Participar de visitas técnicas guiadas• Estar informado sobre os acontecimentos do setor• Aproximar-se das novidades e tecnologias• Ter descontos em eventos organizados pela ABRAFAC• Usufruir de descontos em convênios educacionais• Participar de conceituações técnicas do segmento e de pesquisas tecnológicas e científicas• Vivenciar a experiência única de estar com seus pares

Mais informações no site www.abrafac.org.br

Perfil

Gestão e otimização da funcionalidade de ambientes e serviços integrados

* Facilities Management é a denominação atribuída às atividades de administração e gerenciamento dos serviços e atividades de infraestrutura e apoio às corporações. Do terreno à pintura, da rede óptica ao ar-condicionado, do piso aos móveis, o FM é responsável por buscar as melhores soluções para todos os serviços e produtos de um empreendimento, independente do seu tamanho e abrangência.

Foto

Car

dia

Vencedores do Prêmio Melhores do Ano

Page 51: Revista Ambiente 18

51Revista Ambiente | Março 2012

Boas Práticas Corporativas

Projetando o descartePor Fábio Cidrin*

*Coordenador do Programa Educação para Sociedades Sustentáveis da organização ambientalista WWF-Brasil

Foto

: Ed

uar

do

Aig

ner

/WW

F-B

rasi

l

A redução do volume de resíduos que geramos é um dos grandes desafios de nossa época. No Brasil, o correto manejo de resíduos sólidos é, ainda, uma aposta do governo federal para cortar emissões de gases de efeito estufa, ao lado do controle do desmatamento. A Política Nacional de Resíduos Sólidos, recentemente regulamentada, é uma espécie de mapa que ajudará o país a melhorar seus indicadores de sustentabilidade. Mas a lei, por si só, evidentemente não fará o serviço sozinha.Seja como for, a lei estabelece uma montanha de boas iniciativas para o setor. Entre elas, o princípio da logística reversa – responsabilidade compartilhada entre importadores, fabricantes, comerciantes e consumidores, na destinação final de determinados produtos como pneus, baterias, lâmpadas e, inclusive, materiais que, embora não tóxicos, devem ser recolhidos pelo volume de resíduos que representam. Um exemplo disso são as embalagens.A lei estabelece, também, o fim dos lixões, que deverão ser substituídos por aterros sanitários, evitando contaminação do solo e da água, com tratamento de efluentes e aproveitamento dos gases gerados pela decomposição da matéria orgânica. Cabe parênteses aqui para o fato de que resíduo orgânico não deveria ir para o aterro, mas ser aproveitado antes, em minhocários ou em compostos, por exemplo. Até porque a lei exige, ainda, que deixe de ir para o aterro tudo o que não for rejeito. Ou seja, tudo o que puder ser reciclado ou reaproveitado – resíduo orgânico inclusive.Estes exemplos mostram o tamanho do desafio que se apresenta. Por isso, com mais razão agora percebemos que as soluções

para o problema dos resíduos começa muito antes do momento em que algo vira “lixo”. Começa no ato de consumo. E aqui a responsabilidade não é só do consumidor. Mas é, igualmente, da indústria ou de quem oferece o bem.A obsolescência programada – aquele truque da indústria para as coisas durarem cada vez menos, forçando sua substituição, é um exemplo desta responsabilidade. Outra é uma variação dessa, a obsolescência percebida – aquele fenômeno que faz com que nos sintamos ultrapassados por não consumir determinado produto. Se nosso vizinho troca de carro, tem um computador novo e um celular de última geração, sentimos que os nossos bens se tornaram ultrapassados.Costumamos dizer que a questão do resíduo deve obedecer à regra dos três erres: reduzir, reusar e reciclar. Devemos prioritariamente reduzir a geração de resíduos, que implica em redução do uso de energia e de recursos naturais. Depois, devemos encontrar novos usos para aquilo que perdeu a função. Finalmente, devemos encaminhar o máximo possível de resíduos para a reciclagem. Afinal, lixo é só aquele material para o qual ainda não encontramos uso.Aqui, a atuação de projetistas ganha enorme relevância. Eles devem se perguntar a cada momento como suas decisões de projeto vão impactar esta cadeia: quais são as demandas de recursos naturais e de energia embutidos no processo? Que resíduos resultarão quando nosso produto for descartado? E, ainda, quais os impactos do próprio uso de nosso produto pelo consumidor? Um edifício, por exemplo. Conseguimos projetar e construir edifícios cujo uso não implique em alto gasto energético para sua climatização ou iluminação? Sua manutenção implica em geração de resíduos? Quais os impactos da implantação e do uso do edifício?Para o WWF-Brasil essas questões são muito importantes. Por isso, estamos desenvolvendo, em parceria com o Banco do Brasil, a Fundação Banco do Brasil e a Agência Nacional de Águas, um grande programa de sustentabilidade relacionado a consumo responsável e reciclagem, o Programa Água Brasil. Este programa tem ações em cinco cidades brasileiras, nas diferentes regiões geográficas: Caxias do Sul (RS), Belo Horizonte (MG), Pirenópolis (GO), Natal (RN) e Rio Branco (AC). Queremos desenvolver experiências que possam ser replicadas para todos os municípios brasileiros.O desafio é, ao mesmo tempo, imenso e simples. Imenso porque falamos de um país continental, de uma sociedade complexa e de centenas de milhões de pessoas. Simples porque está ao alcance de cada um. Está ao alcance das mãos na hora de consumir e de descartar. Basta querer.

Page 52: Revista Ambiente 18

52 Revista Ambiente | Março 2012

Variedades

Embalagem PremiadaA maleta de catálogos promocionais da Marelli, desenvolvida pela StudioDesign Comunicação, será uma das premiadas com o troféu Roberto Hiraishi 2012, no Prêmio Brasileiro de Embalagens (Embanews). A pasta criada para integrar todos os catálogos da marca e facilitar o transporte e manuseio dos materiais, concorreu com mais de 460 amostras. Esta é a 21ª edição do prêmio, que promoverá a entrega das distinções no dia 13 de abril, em São Paulo.

Melhores para trabalhar revista Exame

Distinção na revista Época

Destaque no RS

Pela sexta vez, a Marelli figurou o ranking das “150 Melhores Empresas para Você Trabalhar” listado pelo Guia Você S/A Exame 2011. O guia é fruto de um estudo conduzido pela revista Você S/A e desenvolvido pela Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo (FIA), que classifica as companhias

brasileiras que mais investem em seus funcionários. Nessa edição, a Marelli ficou em 4º lugar no quesito “indústrias diversas”, atingindo a nota final de 81,2 no Índice de Felicidade no Trabalho.

A Marelli também foi destaque na edição especial de “As 100 Melhores Empresas para Trabalhar 2011/2012”, da revista Época. Nesse ano, a companhia foi classificada em cinco quesitos: 6ª melhor em qualidade de vida; a 10ª empresa que mais cresceu; a 11ª empresa que melhor treina seus funcionários; a 13ª empresa com mais jovens e a 19ª em melhor indústria. A Marelli já foi premiada por esta publicação da revista Época por quatro anos consecutivos (2004-2007), em 2009 e 2011.

A Marelli conquistou o 7º lugar no ranking Melhores Empresas para Trabalhar no Rio Grande do Sul, promovido pela revista Amanhã, em parceria com o instituto Great Place to Work. A marca é a única representante de seu segmento listada na publicação. O levantamento identificou quais são os 30 melhores ambientes corporativos do Estado, atestando as melhores práticas em gestão de pessoas adotadas pelas companhias gaúchas. A pesquisa é realizada através da aplicação de questionários aos gestores de Recursos Humanos e aos funcionários das empresas.

Div

ulg

ação

Foto

: Gu

ilher

me

e G

ust

avo

Gar

gio

ni/

Bra

ven

ce

Page 53: Revista Ambiente 18

53Revista Ambiente | Março 2012

Prêmio Excelência 2011

A Marelli foi agraciada, no mês de outubro, em duas distinções do Prêmio Excelência 2011, concedido pela Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (MOVERGS). A empresa foi contemplada nas modalidades “Mercado Interno” e “Mercado Externo”, na categoria Grande Empresa. Os critérios de avaliação foram pautados nas categorias micro e pequeno, médio e grande porte e definidos de acordo com os dados de faturamento apresentados, crescimento em valor faturado, média do número de funcionários, valor exportado e expansão de novos mercados.

PriMar 2011 leva lojistas aos Estados UnidosA cidade de Nova York recebeu os gestores que atingiram as metas do Programa de Incentivo Marelli (PriMar), em 2011. Como reconhecimento do trabalho e dedicação, 17 lojas da rede foram contempladas com a viagem e com um troféu, réplica personalizada da Estátua da Liberdade, símbolo máximo da cidade. Nessa edição, chegaram ao topo as lojas de Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Bolívia, Brasília, Florianópolis, Goiânia, João Pessoa, Joinville, Natal, Paraguai, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, Teresina e Vitória. Todos receberam um kit com luvas, manta e gorro personalizados. O PriMar tem como objetivo estimular a rede em busca de resultados em suas praças.

A Unidade Dijalma Borelli formou, no dia 27 de outubro de 2011, a sua sexta turma de jovens participantes do Projeto Pescar. Dezenove alunos, nove meninos e dez meninas, concluíram o curso de Iniciação Profissional em Serviços para Indústria, oferecido junto ao parque fabril da empresa, em Caxias do Sul.Desde a implantação do projeto, em 2006, a Marelli já ajudou a construir um futuro melhor para 119 jovens. A sétima turma iniciou suas atividades em fevereiro deste ano, no curso de Iniciação em Produção Mecânica, com duração de 800 horas/aula.

Projeto Pescar 2012D

ivu

lgaç

ão

Foto

: Ed

uar

do

So

ares

Formandos de outubro de 2011

Page 54: Revista Ambiente 18

54 Revista Ambiente | Março 2012

Casa Cor Brasília

Casa Cor Pará

A Marelli patrocinou o espaço corporativo da Casa Cor Brasília 2011. A marca desenvolveu para o evento um projeto de 165m2 que congregou os conceitos de tecnologia, comodidade e sustentabilidade em ambientes empresariais. Os sete ambientes concebidos foram implantados a partir da abordagem open space, que prevê a economia nas instalações e a integração das equipes. Os espaços foram compostos pelas linhas Open, Vegas, Eco e Arti. A mostra ocorreu de 14 de setembro a 25 de outubro.

Além disso, uma revista especial do espaço corporativo, com tiragem de 15 mil exemplares, foi desenvolvida para apresentar as características dos produtos Marelli. O projeto dos ambientes contou com a parceria do escritório brasiliense Atiwa Arquitetura e Gerenciamento de Implantação.

De 01 de outubro a 16 de novembro, a Marelli marcou presença na 1ª edição da Casa Cor Pará. A marca demonstrou os valores de liberdade, produtividade, leveza e versatilidade em um ambiente corporativo montado, exclusivamente, para o evento.Os visitantes puderam conferir um escritório concebido a partir das linhas de mobiliário Open e Vegas e também um miniauditório com poltronas Arena. Os ambientes, projetados em parceria com o arquiteto Herlon Oliveira, destacaram a funcionalidade, conforto e elegância proporcionados pelos produtos.

Foto

: C

lau

sem

Bo

nifá

cio

Foto

: M

arcu

s N

asci

men

to

Page 55: Revista Ambiente 18
Page 56: Revista Ambiente 18

56 Revista Ambiente | Março 2012

www.marelli.com.br

Produzida de acordo com os padrões rigorosos da BIFMA (The Business and Institutional Furniture Manufacturer’s Association) - EUA Design inovador, encosto ergonômico e articulávelApoia-braços com ajuste de altura e regulagens lateraisAssento estofado deslizante

Arti. Flexibilidade à sua forma.