Revista Fecomércio PR - nº 70
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2 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C PR março | abril 2009
S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C P R 3www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
P A L A V R A D O P R E S I D E N T E
Darci PianaPresidente do SistemaFecomércio Sesc SenacParaná
REVISTA DO SISTEMA FECOMÉRCIOSESC SENAC PARANÁ
www.fecomerciopr.com.br www.sescpr.com.br
www.pr.senac.br
FECOMÉRCIO41 3883-4500 | 41 3883-4530
Presidente do SistemaFecomércio Sesc Senac
Darci Piana
Diretor Regional do SescPaulo Cruz
Diretor Regional do SenacVitor Monastier
Coordenação Geral – NCMNúcleo de Comunicação e Marketing
Walter Xavier
Coordenação SescPaulo Schubert
Diretor Regional Adjunto
Coordenação SenacIto Vieira
Diretor de EducaçãoProfissional e Tecnologia
Editor e Jornalista ResponsávelJoão Alceu Julio Ribeiro
Reg. 0293/DRT-PR
ReportagensJoão Alceu J. Ribeiro, Karen Bortolini,Silvia Bocchese de Lima, Paula Diniz,
Karla Santin e Karina Mikowski
FotosNilson Santana – Reg. 3394/DRT-PR
Ivo José de Lima
RevisãoSilvia Bocchese de Lima, Karen Bortolini,
Karla Santin e Karina Mikowski
Arte e DiagramaçãoVera Andrion
Impressão - CTPGraciosa Gráfica – CuritibaTiragem 10 mil exemplares
Sou um dos ardorosos defen-
sores da máxima que pre-
ga: menos governo, mais li-
berdade para investir.
E por ter essa crença, defendo que
muitas das iniciativas que hoje são dos
governos, passem para a iniciativa pri-
vada.
Saúde, educação e segurança são
as atividades que nossos governantes
deveriam ter como fundamentais. E in-
vestir nelas para atender ao cidadão.
Outras atividades podem ser assu-
midas pelos empresários, em forma de
parceria, quando for necessária partici-
pação do poder público.
Estamos, Sistema Fecomércio Sesc
Senac Paraná e Prefeitura de Curitiba,
dando um exemplo de quando a inicia-
tiva privada pode colaborar com o po-
der público. Estamos entregando aos
paranaenses e ao mundo mais uma
obra patrimônio do Estado, que estava
abandonada e degradada.
Através do Sesc, recuperamos o an-
tigo Paço Municipal, que já foi prefeitu-
ra, museu e – sabe-se agora – merca-
do público e câmara municipal, trans-
formando-o no Paço da Liberdade. Será
utilizado pelo Sesc como um centro ir-
radiador de cultura, de lazer e de pre-
servação histórica.
É por crer na livre iniciativa que fize-
mos essa parceria. É por acreditar que
podemos usar recursos da sociedade
para beneficiar a própria sociedade, que
assinamos este convênio com o Prefeito
Beto Richa.
Trabalhamos em conjunto para de-
monstrar que o empreendedor pode,
sim, fazer obras que estejam sob res-
ponsabilidade do poder público.
O que precisamos, agora, é que o
poder público, em todas as esferas –
municipal, estadual e nacional – com-
preenda essa parceria como uma via
de duas mãos: menos carga tributária
sobre as empresas e sobre o cidadão,
para que tanto empresa quanto empre-
endedor possam retribuir realizando
obras e participando ativamente da
construção da nação.
Creio, firmemente, na livre iniciativa.
4 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C PR março | abril 2009
Palavra do Presidente ...................................................................... 3
O pinhão na culinária do Paraná ..................................................... 5
Reforma Tributária ........................................................................... 6
Paço da Liberdade ........................................................................... 8
Senac Cataratas ............................................................................ 14
Certificação de Sindicatos ............................................................. 16
Comércio na Páscoa ...................................................................... 18
Triathlon ......................................................................................... 20
8 PAÇO DA LIBERDADE: UM PRESENTE AO PARANÁ
ÍNDICESenac Cascavel .............................................................................. 22
Dia Internacional da Mulher ........................................................... 23
A história que o Paraná não conhece ............................................ 26
Colégio Sesc São José .................................................................. 28
Unidade Móvel de Gastronomia .................................................... 30
Paranaenses na Esem ................................................................... 32
Senac Empresa ............................................................................. 34
Casa Londres ................................................................................. 36
30 UNIDADE MÓVEL DEGASTRONOMIA14 SENAC CATARATAS 23 HOMENAGEM ÀS
MULHERESEMPREENDEDORAS
S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C P R 5www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
O título já diz quase tudo:
“Pinhão Indígena – A Culi-
nária do Paraná”, de He-
lena Menezes, é o primeiro livro patro-
cinado pelo Senac PR e traz em suas
páginas uma extensa pesquisa sobre
a história do pinhão, como símbolo e
como ingrediente, além de outros pra-
tos típicos da culinária do Estado.
Mas, além disso, a obra também
apresenta grande valor educacional.
Já durante sua realização, o livro deu
aos alunos do Restaurante-escola do
Senac a oportunidade de trabalhar
com uma imensa gama de pratos à
base de pinhão, em cardápios que fo-
ram elaborados para quatro terças te-
máticas. Futuramente, será ainda uma
referência sobre o assunto.
A autora explica que a idéia veio de
um trabalho de pesquisa do pinhão
na culinária, que começou nas biblio-
tecas e culminou no intercâmbio de
informações sobre o uso da semente
em receitas que já frequentavam as
mesas de muitos paranaenses. “O
complexo gastronômico do Senac é o
melhor capacitado para explorar o po-
tencial de uma gastronomia regional
baseada na árvore símbolo e torná-
la conhecida no Brasil”, diz Helena.
A culinarista diz também que a tro-
ca de informações e receitas entre ela
e outras pessoas do ramo da gastro-
nomia foi espontânea. “Vi surgir com
elas, um orgulho paranaense que im-
pulsionou a pesquisa. Pude várias ve-
zes ouvir histórias de antigos mora-
dores, principalmente dos Campos
Gerais, onde as florestas de araucári-
as estão melhor preservadas”. Este
intercâmbio de receitas e experiênci-
as durou 18 anos, tempo em que He-
lena atuou como chefe de cozinha.
Durante essas pesquisas, histó-
rias curiosas e “causos” não deixa-
riam de aparecer. A mais surpreen-
dente foi a de um homem de Rorai-
ma, que em visita a Curitiba, provou
a paçoca de amendoim salgada e
confirmou que era uma receita para-
naense. Ele contou com saudade
que seus dois avós já falecidos, pa-
terno e materno, sabiam fazê-la,
aprenderam com seus parentes in-
dígenas nascidos no Paraná e envi-
ados para trabalhar nas minas ge-
rais, fato mencionado no livro.
O presidente do Sistema Feco-
mércio Sesc Senac, Darci Piana, pre-
senteou o Ministro da Previdência
Social, José Pimentel, com um
exemplar do livro, por ocasião da sua
visita a Curitiba, onde realizou uma
reunião na sede da Fecomércio PR.
“Esperamos que a obra ajude a le-
var essa parte tão importante da cul-
tura paranaense, a sua gastronomia,
a muitos lugares do Brasil. Os pra-
tos feitos com pinhão carregam con-
sigo grande parte da história do Pa-
raná e este livro também tem a mis-
são de transmitir essa história para
gerações futuras”, diz Piana.
O pinhão naculinária do ParanáLivro traz a história da semente e seuuso através dos tempos
O VICE-PRESIDENTE DA FECOMÉRCIO ARI BITTENCOURT; O PRESIDENTE DO SISTEMAFECOMÉRCIO SESC SENAC, DARCI PIANA; O MINISTRO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL, JOSÉPIMENTEL E O DIRETOR REGIONAL DO SENAC PR,VITOR MONASTIER, NA ENTREGA DOLIVRO AO MINISTRO EM VISITA AO RESTAURANTE-ESCOLA DO SENAC PR.
6 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C PR março | abril 2009
Faça seus cálculos: se um
caderno custa R$ 10, onde
estão embutidos R$ 1,80
(18%) de ICMS (Imposto sobre Circu-
lação de Mercadorias e Serviços) e
essa alíquota é reduzida para 12%. O
imposto cai para R$ 1,20. São R$ 0,60
de diferença, na compra de apenas um
caderno, que pode ser vendido ao con-
sumidor por R $ 9,40. Imagine isso, ago-
ra, em centenas de produtos da cha-
mada “cesta básica de consumo”, que
inclui mais de 95 mil itens. De centavo
em centavo, a economia é enorme.
Esse é o cálculo mais simples para
se compreender a minirreforma tribu-
tária promovida pelo Governo do Es-
tado do Paraná, e que entra em vigor
de forma ampla a partir de abril, abran-
gendo produtos que vão de televiso-
res a têxteis.
“A Federação do Comércio do Pa-
raná, juntamente aos sindicatos que
a compõem, tem, constantemente,
apresentado pleitos ao Governo do
Estado do Paraná visando à redução
da carga tributária incidente sobre as
atividades do comércio”, diz o diretor
de planejamento da Fecomércio PR,
Dieter Lengning. “Quando a proposta
foi discutida nas audiências públicas,
a Federação se fez presente para le-
var sua visão favorável ao processo.
Na última audiência realizada em Cu-
ritiba essa visão foi referendada pelo
presidente Darci Piana”, completa.
O governador Roberto Requião foi
enfático ao assinar o documento que
confirma a redução do imposto: “Não
Reforma tributáriaSe o consumidor consome mais, o comércio vende mais e a indústria produz
iríamos, em hipótese alguma, deixar
o empresariado paranaense em con-
dições inferiores de competição”.
A Fecomércio também promoveu
reuniões com os vários setores empre-
sariais do Estado, representados pela
Ocepar, Faep, Fiep, Faciap, Fetrans-
par, além de líderes empresariais do
comércio varejista, colhendo informa-
ções e subsídios de suporte ao proje-
to, acreditando que ele não só favore-
ce os estabelecimentos comerciais,
mas também o consumidor. E se o con-
sumidor sai ganhando, acaba promo-
O PRESIDENTE DO SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC, DARCI PIANA, COM O GOVERNADOR ROBERTOOMBROS DOS EMPRESÁRIOS.
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beneficia toda cadeia de consumo
vendo a movimentação da engrena-
gem da economia.
“Maior poder de compra do con-
sumidor, com preços de produtos
mais acessíveis, proporciona maior
consumo. Isso faz com que o comér-
cio venda mais, a indústria produza
mais e todos saem ganhando,
inclusive o governo, que compen-
sa a redução da alíquota pela
maior quantidade de produtos
vendidos”, analisa o presidente
do Sistema Fecomércio Sesc Se-
nac, Darci Piana, um dos gran-
des estimuladores da medida,
estudada e analisada juntamen-
te ao secretário da Fazenda, He-
ron Arzua.
Com peso menor sobre os
ombros, o empresário, tanto do
comércio quanto da indústria ou
da área de serviços, pode pla-
nejar melhor sua atividade. E
uma consequência direta pode
ser o aumento na geração de
emprego, porque quanto maior
movimento, mais consumidor e
maior necessidade de ter al-
guém atrás do balcão para aten-
der à demanda. Porém, para
que isso aconteça, é importante
– ressalta o secretário – que os
empresários repassem o des-
conto no imposto para o preço
final do produto.
Para Arzua, a medida não tem,
isoladamente, dimensão sufici-
ente para solucionar todas as di-
ficuldades do comércio ou da eco-
nomia de um modo geral. O que se
espera é um efeito multiplicador virtuo-
so, após a redução das alíquotas. Tam-
bém é possível que a medida parana-
ense tenha desdobramentos em ou-
tros estados e que, na hipótese de apro-
vação da reforma tributária do ICMS em
mais. Esse é o objetivo da redução de alíquotas do ICMS no Estado
âmbito nacional, influencie na adoção
das alíquotas nacionais uniformes, o
que está previsto para acontecer ape-
nas por volta de 2021.
Enquanto isso, o Ipardes (Institu-
to Paranaense de Desenvolvimento
Econômico e Social), estrutura meto-
dologia para fazer acompanhamento
dos preços e verificar se a redução
da alíquota do imposto se refletiu no
preço final dos produtos. Segundo o
Instituto, a variação dos 95 mil itens a
partir de abril – quando a lei entra em
vigor na sua totalidade – será acom-
panhada como subproduto da pes-
quisa do IPC (Índice de Preços ao
Consumidor), que é calculado com
base em metodologia desenvolvida
em parceria com a Fipe (Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas).
ArrecadaçãoApesar de a redução do imposto
incidir em um número grande de itens,
ela não irá gerar perda de arrecada-
ção para o Estado. Segundo o Secre-
tário, “um elemento que norteou o pro-
jeto foi que a redução e a elevação de
alíquotas tivesse impacto neutro na
arrecadação, ou seja, para que a mo-
dulação nas alíquotas não implicasse
em perda ou ganho de receita do pon-
to de vista do Estado. Para tanto, a
quantidade de produtos eleitos para a
redução de alíquota e o seu corres-
pondente impacto na arrecadação é
que balizou quanto seria necessário
elevar nas alíquotas dos itens previa-
mente selecionados”.
REQUIÃO: MENOR CARGA TRIBUTÁRIA SOBRE OS
8 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C PR março | abril 2009
Ao relatar o
cuidado de um
escritor com a
língua, Olavo
Bilac demons-
tra sua paixão
por escrever, a
preocupação
com a métrica
e rima e também o trabalho minucio-
so de um joalheiro em sua obra. En-
tretanto, a matéria-prima em desta-
que, agora, não são palavras, nem
versos e, tão pouco, metais, embora
a dedicação e cuidado com os deta-
lhes sejam os mesmos. Trata-se do
trabalho de mais de 50 restaurado-
res, que como o dedicado ourives,
cuidaram, cada um nas suas espe-
cialidades, de um dos mais impor-
tantes prédios de Curitiba, o Paço
da Liberdade, uma obra de riqueza
ímpar e com variedade de estilos.
O trabalho de restauro foi resul-
tado de uma parceria do Sistema Fe-
comércio Sesc Senac Paraná e da
Prefeitura de Curitiba. Coube ao po-
der público ceder o espaço e ao Sesc
as obras de revitalização do prédio
que já abrigou o gabinete de 42 pre-
“Invejo o ourives quando escrevo:Imito o amorCom que ele, em ouro, o alto relevoFaz de uma flor.(...)Quero que a estrofe cristalina,Dobrada ao jeitoDo ourives, saia da oficinaSem um defeito.”
8 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C PR março | abril 2009
O PRESIDENTE DO SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC, DARCI PIANA, E O PREFEITO DECURITBA, BETO RICHA, QUANDO DA ASSINATURA DO CONVÊNIO QUE POSSIBILITOU AREFORMA DO PRÉDIO.
]Profissão de Fé – Olavo Bilac ]
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feitos e foi sede do Museu Parana-
ense. O imóvel estava desocupado
desde 2002 e foi preciso mais de
um ano e meio de obras para que
no aniversário da capital paranaen-
se, na comemoração dos seus 316
anos, todo o Estado recebesse de
presente, um novo espaço para a
cultura e para as artes.
No local, funcionará a Unidade
Paço da Liberdade Sesc Paraná, um
centro cultural inovador, que vai pos-
sibilitar a reflexão e o debate de ar-
tistas, o desenvolvimento de talen-
tos e divulgação de trabalhos. “No
Paço, o processo de fomento da pro-
dução artística estará intimamente
ligado à formação contínua, através
de cursos de curta e longa duração,
oficinas pedagógicas, debates e
workshops com artistas renomados”,
informa o diretor regional do Sesc
Paraná, Paulo Cruz.
A parceria com a Prefeitura não
foi apenas nas obras de revitaliza-
ção. O prefeito de Curitiba, Beto Ri-
cha, salienta que o Sesc passa a
ser responsável pelo projeto cura-
torial e pelas ações culturais e pro-
gramações artísticas. Já a Prefeitu-
ra, através da Fundação Cultural,
participará de ações culturais espe-
cíficas.
“A iniciativa do Sistema Feco-
mércio Sesc Senac é ímpar. A insti-
tuição está fazendo um trabalho
exemplar e o poder público está re-
alizando a sua parte, transforman-
do a região do Paço em um local
mais aprazível, atraente e seguro
para as famílias e para os visitan-
tes da cidade”, avalia o prefeito.
EntornoAlém da preocupação de manu-
tenção de um imóvel histórico para
Curitiba, viu-se a necessidade de re-
cuperação, também, do seu entorno.
Novos parceiros aderiram ao proje-
to, e o Serviço Brasileiro de Apoio às
Micro e Pequenas Empresas (Se-
brae-PR), concluiu o diagnóstico no
entorno do Paço da Liberdade, reali-
zando um censo empresarial, atra-
vés da entrevista com empresários e
consumidores, avaliando o nível dos
empreendimentos localizados na re-
gião. “Chamamos empresas e insti-
tuições para que juntos pudéssemos
analisar o diagnóstico e construirmos
um plano de ações. Não podemos
trabalhar de forma desconectada.
Precisamos direcionar as ações e os
recursos para atendermos à neces-
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Nils
on S
anta
na
10 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C PR março | abril 2009
sidade de melhoria do entorno do
Paço da Liberdade”, avalia a gestora
Projeto Varejo, do Sebrae-PR, Walde-
res de Lourdes Bello.
A gestora salienta que o relatório
mostrou oportunidades para novos
empreendimentos na região. Embo-
ra a pesquisa tenha revelado que 49%
dos visitantes consomem algum pro-
duto e que a maioria busca por ali-
mentos e bebidas, o consumidor foi
enfático ao afirmar que seriam impor-
tantes outras opções de lanchonetes,
restaurantes e, também, o comércio
de artesanato.
Para Beto Richa, o objetivo des-
sas ações é estimular a ocupação
do centro de Curitiba. “Queremos que
as pessoas voltem a morar e consu-
mir na região central”, diz o prefeito e
compromete-se com a revitalização
das ruas Riachuelo e São Francisco,
Praça 19 de dezembro, Passeio Pú-
blico e com a região do Terminal Gua-
dalupe. “Estamos trabalhando em
um plano global para o centro expan-
dido e nossa ideia é consolidar uma
parceria com a sociedade para que
isto se concretize. A cooperação do
Sistema Fecomércio Sesc Senac
nos mostrou isso: com a participa-
ção de todos, conseguimos transfor-
mar a cidade”, avalia Beto Richa.
De acordo com o arquiteto Abrão
Assad, responsável pelos projetos Ar-
quitetônico de Reciclagem e de Ar-
quitetura de Interiores da edificação,
a plena reabilitação do local propici-
ará, também, a revitalização do seu
entorno. “Sua privilegiada localização,
no coração da cidade, aliada a uma
programação adequada, transforma-
rá este local na ‘sala de visitas’ de
Curitiba”, acredita Assad.
ArquiteturaA riqueza dos detalhes encontra-
das em cada ambiente do Paço da
Liberdade foi resultado do trabalho e
talento dos antigos artesãos euro-
peus que moravam na cidade no iní-
cio do século passado. O arquiteto
revela que os imigrantes alemães e
poloneses destacaram-se na marce-
naria presente na obra e que os tra-
balhos com pedras e cantarias, são
próprios da cultura italiana. Ele expli-
ca que a construção é neoclássica,
formada por uma junção de estilos.
Humberto Fogassa, arquiteto respon-
sável pela obra de restauração, a
classifica como “eclética”, de-
tendo detalhes em estilo
art-nouveau.
10 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C PR
AS PINTURAS DO PRÉDIO DO PAÇO DA LIBERDADE SÃO ATRIBUÍDAS A ARTISTAS COMOJOÃO GHELFI, JOÃO ORTALI E ANACLETO GAUBACCIO.
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Para Assad, este edifí-
cio é um dos mais impor-
tantes de Curitiba, sendo
único prédio curitibano
com tombamento nas três
instâncias: municipal, esta-
dual e federal e enfatiza que
a ação do Sesc-PR em res-
taurá-lo é digna de louvor.
As escavações na obra
revelaram o piso do antigo
Mercado Municipal de Cu-
ritiba e, para resgatar a his-
tória curitibana, Fossaga in-
forma que foram construí-
das quatro vitrines para que
o público possa visualizar
este bem arqueológico.
AmbientesSegundo Assad, o aspecto mais
delicado na reutilização dos espaços
já existentes foi conciliar esses am-
bientes com a inclusão de equipa-
mentos funcionais, que proporcio-
nassem conforto e acessibilidade.
Em seu projeto, fez um detalhamen-
to do mobiliário, iluminação cênica e
funcional, além do tratamento paisa-
gístico. “Desenvolver um projeto de
reciclagem em arquitetura é desafia-
dor e este grau de responsabilidade
se acentua quando a edificação é tom-
bada. Nesta equação, os componen-
tes novos e originais, o antigo e o mo-
derno, apresentam-se com clareza e
em perfeita harmonia”, informa Assad.
Nos quatro pavimentos do prédio,
serão desenvolvidas atividades inter-
dependentes, com eixos teórico e
prático. Paulo Cruz, diretor regional
do Sesc PR, revela que o espa-
ço térreo, denominado de
“Interação”, será
composto de recepção, biblioteca,
sala de leitura, livraria, café cultural e
musical, além de uma plataforma di-
gital de Internet para consultas e pes-
quisas de trabalho.
A palavra chave do segundo pavi-
mento é “Trabalho” e é composto por
salão de exibição áudio visual, pa-
lestras e debates de filmes culturais,
temáticos, educativos e minicinema,
salas de aulas multiuso e laboratóri-
os de produção eletrônica. No tercei-
ro andar, em homenagem ao prefeito
responsável pela edificação do pré-
dio, há a “Sala Cândido Abreu”, onde
seu gabinete foi reconstruído e repre-
senta a estima e a gratidão da comu-
nidade curitibana, que sabe guardar
e valorizar sua memória. Os móveis
formam um conjunto harmonioso por
S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C P R 11
O PRÉDIO ABRIGOU O GABINETE DE 42 PREFEITOS E FOI SEDE DO MUSEU PARANAENSE.
UMA DAS QUATRO VITRINES QUE POSSIBILITA AO PÚBLICO VISUALIZAR O PISO DO ANTIGO MERCADOMUNICIPAL DE CURITIBA.
12 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C PR março | abril 2009
serem em estilo manuelino. Este era
o estilo em voga naquela época e, ago-
ra, pode-se reagrupá-los no mesmo
espaço original. Além deste ambien-
te, haverá salas de debates, interação,
conferência e apresentações cultu-
rais, camarim e estúdio de gravação.
Como o objetivo do Paço da Li-
berdade é o resgate, desenvolvimen-
to e difusão da arte em todas as suas
expressões, o quarto pavimento é de-
nominado de “Expressão” – um am-
plo salão para abrigar exposições ar-
“Está sendo uma honra entre-garmos a Curitiba o Paço da Li-berdade em pleno aniversário dacidade. Este local será, dentro depouco tempo, um marco cultural.Todos estamos trabalhando – Fe-comércio, Sesc e Senac – , paracolocá-lo no lugar que merece es-tar, em destaque”. A opinião é dopresidente do Sistema Fecomér-cio Sesc Senac, Darci Piana, oprincipal articulador da reforma,em conjunto com o prefeito BetoRicha. Da visão dos dois empre-endedores surgiu o convênio quepossibilitou entregar ao Sesc arestauração do prédio histórico ea sua posterior utilização comocentro cultural.
“Envolvemos mais de duzen-tos profissionais na restauraçãodo prédio, que é um marco na his-tória da cidade e, por extensão,do Paraná”, continua Piana, en-tusiasmado com a repercussãoe com o gabarito do trabalho re-alizado. A partir da assinatura doconvênio, técnicos do Sesc, doSenac e da Fecomércio foramenvolvidos nos trabalhos que nãose resumiram ao prédio em si,mas também na formulação deestratégias de revitalização do en-torno, levando aos empreendedo-res do comércio de bens, servi-ços e turismo, ações de estí-mulo para a melhoria nãoapenas da parte física
tísticas e culturais. “Esta unidade do
Sesc já nasceu distinta das demais,
trata-se de um ponto turístico de gran-
de visibilidade. O Sistema Fecomér-
cio Sesc Senac está proporcionando
aos empresários do comércio de
bens, serviços e turismo, a oportuni-
dade de presentear a cidade de Curi-
tiba, no seu aniversário, com um es-
paço cultural que resgatará e difundi-
rá a cultura e a história do Paraná”,
conclui o diretor regional do Sesc PR,
Paulo Cruz.
12 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C PR
A CONSTRUÇÃO NEOCLÁSSICA REVELA VARIEDADES DE ESTILOS E A RIQUEZA DOTRABALHO DOS ARTESÃOS DO INÍCIO DO SÉCULO XX.
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dos prédios, como também na for-mação profissional de trabalhado-res e gestores.
“O investimento que estamosfazendo no Paço Municipal –agora Paço da Liberdade – sig-nifica dizer que todos os empre-endedores do comércio de bens,serviços e turismo estão, atravésde suas entidades representati-vas, devolvendo à sociedade cu-ritibana um prédio de valor ím-par na nossa história. Resgata-mos um patrimônio que estavaabandonado, e entregamos parausufruto de todos, com a reali-zação de várias ações culturais”,explica Darci Piana.
Para o empresário, Curitibajá é um centro irradiador de cul-tura, reconhecida nacional e in-ternacionalmente. “Com a res-tauração do Paço e os investi-mentos no seu entorno, quere-mos trazer o cidadão de voltapara o centro da cidade, possi-bilitando a ampliação do comér-cio da região. Vamos desenvol-ver não apenas ações culturais,através do Sesc, mas tambémprojetos de qualificação do tra-balhador, através do Senac, e doempreendedor, em parceria como Sebrae. A parceria com a pre-feitura vai possibilitar ampliar a
segurança na região e a recu-peração dos prédios históri-
cos ou não, do local”.
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DETALHE EXTERNO DO PRÉDIO DO PAÇO DA LIBERDADE.
A entrega aos paranaenses desta jóia histórica que é o Paçoda Liberdade, não apenas restaurado, mas funcional como polode cultura e arte, é um exemplo eloquente do que o entendimentoe o sentido de parceria entre o setor público e o privado podemfazer em benefício da comunidade.
É também um exemplo que sintetiza a própria razão de ser doSesc. Um profundo sentido social, que se traduz na preservaçãode uma referência da memória da cidade de Curitiba, na criaçãode mais espaço para as manifestações artísticas, culturais, edu-cativas e na contribuição para a revitalização do espaço urbano.
Ao valorizar essas dimensões, o projeto faz uma ponte unindopassado, presente e futuro. É com iniciativas assim que ajuda-mos a reafirmar o sentido de cidadania e a construir uma socie-dade mais forte, que se conhece e se respeita.
Parabéns ao Sistema Fecomércio Sesc Senac e à prefeiturade Curitiba por este belo exemplo de trabalho coordenado quevem do Paraná.
ANTONIO OLIVEIRA SANTOS –Presidente da Confederação Nacional do Comércio
de Bens, Serviços e Turismo (CNC)
Um exemplo a ser seguido
14 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C PR março | abril 200914 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C PR março | abril 2009
O HOTEL CASSINO IGUAÇU FOI CONSTRUÍDO
EM 1939 E FOI GERENCIADO INICIALMENTE
POR UM CASAL DE ARGENTINOS, SUBSTITUÍ-
DOS NO FINAL DA DÉCADA DE 40 POR JOSÉ
ACYLINO E ROSA CIRILO DE CASTRO. ATÉ
1946, O HOTEL TINHA UM CASSINO, MAS COM
A PROIBIÇÃO DO JOGO NO BRASIL NO
GOVERNO DUTRA, SUAS INSTALAÇÕES
PASSARAM A SER UTILIZADAS APENAS PARA
ATENDER À DEMANDA HOTELEIRA. NELE
HOSPEDARAM-SE PERSONALIDADES ILUS-
TRES COMO MOISÉS LUPION, GETÚLIO
VARGAS E JUSCELINO KUBITSCHECK. NOS
ÚLTIMOS ANOS, O PRÉDIO ABRIGOU INSTITUI-
ÇÕES LIGADAS AO SETOR DE TURISMO E,
ANTES DA REFORMA, FUNCIONAVA NO LOCAL
O ESCRITÓRIO REGIONAL DA SECRETARIA DE
ESTADO DO TURISMO E PARANÁ TURISMO.
Novo Senacem Foz doIguaçu
S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C P R 15www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C P R 15www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
“Esta obra trará grande benefício
para a estrutura hoteleira de Foz do
Iguaçu, que é a segunda maior do
País. O município passa a contar ago-
ra com uma escola de formação de
mão-de-obra qualificada. E isto signi-
fica melhores salários para quem tra-
balha e atendimento excepcional, que
certamente trará mais turistas para Foz
do Iguaçu”. A afirmação foi feita pelo
governador do Estado, Roberto Re-
quião, depois de ter feito visita ao Cen-
tro de Educação Profissional – Senac
Cataratas, quando ainda estava em
obras. O prédio – o antigo Hotel Cas-
sino – tem 2,4 mil metros quadrados
de área construída e será entregue à
comunidade paranaense ainda nes-
te primeiro semestre.
A reforma do prédio está sendo
possível graças a uma parceria en-
tre o Governo do Estado – que in-
vestiu R$ 1,5 milhão – e o Sistema
Fecomércio Sesc Senac, represen-
tado pelo braço institucional de edu-
cação profissional, o Senac (Serviço
Nacional de Aprendizagem Comer-
cial), que colocou outros R$ 450 mil
para adaptações estruturais, além
de R$ 1,25 milhão em equipamen-
tos. A partir da sua inauguração, jo-
vens e trabalhadores de Foz do Igua-
çu e de todo o Estado terão à dispo-
sição cursos profissionalizantes vol-
tados para o setor de hotelaria, tu-
rismo e gastronomia.
“Todos os espaços do Senac Ca-
taratas estão sendo projetados de
forma a atender essa demanda por
cursos que vão formar profissionais
para a hotelaria, o turismo e a gas-
tronomia brasileira”, acentua o pre-
sidente do Sistema Fecomércio Sesc
Senac, Darci Piana, um dos entusi-
astas da nova unidade do Senac no
Estado. “Foz do Iguaçu é o nosso
maior pólo de atração turística, e a
partir dele vamos disseminar para o
resto do mundo nossos profissio-
nais, reconhecidamente qualificados
para atender a esse setor em suas
diferentes áreas”, diz o empresário.
“Queremos nos aprofundar nos
cursos de gestão nas áreas de comér-
cio e turismo, além de dar oportunida-
de à formação de profissionais empre-
endedores, com a implantação de em-
presas pedagógicas como salões de
beleza, restaurantes, lanchonetes e la-
boratórios de podologia, entre outros”,
acrescenta o Diretor Regional do Se-
nac, Vitor Monastier. “Com isso, acres-
centa ele, vamos proporcionar aos
nossos alunos uma vivência profissio-
nal, ao mostrar a dinamicidade de uma
empresa no seu dia-a-dia”, conclui.
De acordo com o secretário do
Turismo, Celso de Souza Caron, esta
foi a melhor destinação que o gover-
no poderia dar ao imóvel, que é parte
do patrimônio histórico de Foz do
Iguaçu. “O centro de formação e ca-
pacitação de mão-de-obra para o
setor turístico vai atender à demanda
da região, além de contribuir com o
desenvolvimento local”, disse.
A REFORMA DO PRÉDIO JÁ FOI CONCLUÍDA E O LOCAL PASSA AGORA PELO PROCESSO DE MONTAGEM DE EQUIPAMENTOSCOMPLEMENTARES, INSTALAÇÃO DO AR-CONDICIONADO E DO MOBILIÁRIO.
16 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C PR março | abril 2009
“Foi uma abertura de novos ho-
rizontes. Os sindicatos vão
crescer muito mais a partir
de agora”, a frase, em tom de satis-
fação, é de Carlos Nascimento, pre-
sidente em exercício do Sindicato do
Comércio Varejista de Foz do Igua-
çu. Ele se referia à realização de
mais uma etapa do Segs (Sistema
de Excelência em Gestão Sindical),
programa desenvolvido pela CNC
(Confederação Nacional do Comér-
Certificação de sindicatosPrimeira etapa do Sistema de Excelência em Gestão Sindical jámudou a vida das entidades
cio de Bens, Serviços e Turismo) em
todo o País e que teve 25 entidades
participantes no Paraná. No fim de
fevereiro, esses sindicatos recebe-
ram a certificação por participação
no programa.
Quem compartilha com ele a
mesma visão de “abertura” proporci-
onada pelo programa é o também
presidente de sindicato, Gélcio Miguel
Schibelbein, que administra o Sesfe-
par (Sindicato dos Estabelecimentos
de Serviços Funerários do Estado do
Paraná). Diz ele: “Estamos muito con-
tentes por termos participado, apren-
demos muita coisa sobre como de-
senvolver melhor o sindicato e cuidar
mais do associado”.
A certificação ocorreu ao fim do
ciclo 2008, nível 1, treinamento intitu-
lato “Rumo à excelência na gestão
sindical”. E os resultados foram ex-
celentes, segundo confirma Leonar-
do Fonseca, da CNC, que esteve em
Acima: CLAUDINEI HERREIRO, PRESIDENTE DO SINDILOJAS UMUARAMA; ANTÔNIO CARLOS PARIETI, PRESIDENTE DO SINCAP; GÉLCIOMIGUEL SCHIBELBEIN, PRESIDENTE DO SESFEPAR; UZIER DE CARVALHO, REPRESENTANTE DO SINCOVAL; PAULO CÉSAR NAUIACK,PRESIDENTE DO SINDICATO DOS REPRESENTANTES COMERCIAIS DO PARANÁ; CESAR LUIZ GONÇALVES, PRESIDENTE DO SIMACO; ZILDOCOSTA, PRESIDENTE DO SINDITIBA; CARLOS RODRIGUES DO NASCIMENTO, PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DO SINDICATO DO COMÉRCIOVAREJISTA DE FOZ DO IGUAÇU; ANTONIO EDSON GRUBER, PRESIDENTE DO SINDILOJISTAS CASCAVEL; NELCIR ANTÔNIO FERRO,PRESIDENTE DO SINFARMA; DANILO TOMBINI, PRESIDENTE DO SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE MEDIANEIRA E LEONARDOFONSECA, ASSESSOR TÉCNICO DA CNC.Abaixo: ARI FARIA BITTENCOURT, PRESIDENTE DO SINDILOJAS CURITIBA; DIÓGENES SZPAK, REPRESENTANTE DO SINDILOJAS UNIÃO DAVITÓRIA; RUBERLEI GOMES CARNEIRO, PRESIDENTE DO SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA PONTA GROSSA; NICOLAU BULCACOVJÚNIOR, PRESIDENTE DO SINDIOPTICA/PR; JOÃO ODORICO DE SOUZA, PRESIDENTE DO SINDICOMAR; LUÍS CARLOS FAVARIN, PRESIDENTEDO SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE IVAIPORÃ; VALDECI APARECIDO DA SILVA, PRESIDENTE DO SIMATEC; DARCI PIANA,PRESIDENTE DA FECOMÉRCIO/PR; LILIANA RIBAS TAVARNARO, REPRESENTANTE DO SECOVI/PR; NELSON JOSÉ BIZOTO, PRESIDENTE DOSINDICATO EMPRESARIAL DO COMÉRCIO DE CAMPO MOURÃO E REGIÃO; UMBERTO MARINEU BASSO, PRESIDENTE DO SINDCCAL; OSNEIJOSÉ SIMÕES SANTOS, REPRESENTANTE DO SIVANA; CARLOS ALBERTO MACHADO, REPRESENTANTE DO SINDIPLAN E GUILHERMECASTRO, ASSESSOR TÉCNICO DA FECOMÉRCO PR.
S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C P R 17www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
tendemos que a re-
lação entre sindica-
to e associado é
uma via de mão du-
pla”, completa.
A CNC desenvol-
veu o Segs com o
propósito de manter
a sustentabilidade
dos sindicatos dian-
te das ameaças do
mercado. Ele é com-
posto de ci-
clos de avalia-
ção, aprendi-
zado e aperfei-
çoamento da
gestão das Federações e dos sindi-
catos filiados ao Sicomércio. A Fede-
ração do Comércio do Paraná tam-
bém participou dos cursos e recebeu,
no dia 22 de janeiro, sua própria cer-
tificação. O título foi entregue ao pre-
sidente do Sistema Fecomércio Sesc
Senac, Darci Piana, pelo presidente
da CNC, Antonio Oliveira Santos, du-
rante a reunião de diretoria da enti-
dade, na cidade do Rio de Janeiro.
O presidente Darci Piana mani-
festou-se sobre a importância, tanto
do PDLS quanto do Segs. Segundo
ele, “já havia dito que a história vai
registrar, dentro de poucos anos, os
resultados que vamos obter com a re-
alização destes programas. Os sin-
dicatos – e a própria Federação – pre-
cisam estar preparados para as mu-
danças que estão ocorrendo, de for-
ma rápida e urgente, nas relações en-
tre o capital e o trabalho, por isso é
tão importante a realização destes
cursos”.
ndicatos
DARCI PIANA RECEBE O CERTIFICADO DAS MÃOS DE ANTONIO OLIVEIRA SANTOS.
Curitiba para acompanhar a verdadei-
ra “premiação” dos sindicatos partici-
pantes. Segundo ele, “o balanço foi
muito positivo. A expectativa é maior
para esse ano. O ciclo de 2009 deve
ter 35 sindicatos participando”, informa.
Juntamente ao presidente do Sis-
tema Fecomércio Sesc Senac, Darci
Piana, Fonseca passou às mãos de
representantes dos sindicatos o cer-
tificado emitido pela CNC, durante a
100ª reunião de diretoria da Federa-
ção do Comércio do Paraná. A certifi-
cação é resultado de um programa ini-
ciado em outubro do ano passado
que foi complementado pelo Projeto
de Desenvolvimento de Lideranças
Sindicais (PDLS), promovido pela Fe-
comércio PR desde 2007.
O Segs é composto por inúmeras
etapas e as entidades certificadas es-
tão apenas começando. Fonseca ex-
plica que os ciclos são anuais e o des-
te ano começa com um novo treina-
mento porque o guia utilizado foi rees-
truturado, com al-
gumas mudan-
ças quanto às
perguntas e con-
ceitos. Nos dias
19 e 20 de março os
representantes dos
sindicatos participa-
ram de um treinamen-
to para entendimento
do novo guia e o próxi-
mo passo é uma auto-
avaliação. Já estão pla-
nejados encontros em
Curitiba, Londrina e
Cascavel para a reali-
zação de oficinas sobre
esses critérios.
Schibelbein também aponta mu-
danças. “Agora fazemos reuniões de
diretoria quinzenais e estamos pro-
curando melhorar para atender o as-
sociado que é nosso cliente e, as-
sim, ajudá-lo a atender melhor ao cli-
ente dele. A nossa visão mudou, en-
AGORA FAZEMOS
REUNIÕES DE DIRE-
TORIA QUINZENAIS
E ESTAMOS PROCU-
RANDO MELHORAR
PARA ATENDER O
ASSOCIADO– Gélcio Miguel Schibelbein –
“ “
18 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C PR março | abril 2009
Há quem não acredite
nele, mas será o Coelhi-
nho da Páscoa quem
aquecerá o comércio em tempos de
crise. A tradição dos ovinhos é de lon-
ga data e, independente dos demais
setores, os chocolates têm garantida
sua saída das prateleiras. Uma curio-
sidade é que a venda de outros produ-
tos, não só alimentícios, também au-
mentará. A data comemorada nacional-
mente movimentará não só o comér-
cio em geral, mas também o setor in-
dustrial, gerando contratações tempo-
rárias a muitos desempregados.
O consultor econômico da Feco-
mércio, Vamberto Santana, diz que as
vendas na Páscoa apresentam forte
concentração nos chocolates e deri-
vados, mas que, a idade do presente-
ado influencia na hora da compra.
“Esse é um fator que estimula a ven-
da de outros produtos”, avalia o espe-
cialista. No entanto, ele aponta uma
estimativa de crescimento considerá-
vel nas vendas no varejo de brinque-
dos e roupas para crianças, pois há
pais que preferem alternativas aos
doces, comprovando a movimentação
no comércio de outros produtos.
Uma avaliação da Fecomércio, re-
sultante do contato com lojas do seg-
alavancar vendas na data. É o caso
das empresas de perfumaria, bebi-
das e telefonia. “Elas oferecem pro-
dutos com um apelo grande ao pre-
sente e ofertam alternativas a quem
não consome as guloseimas”, ex-
plica. Um exemplo disso são os ce-
lulares dentro de ovos, como ela
mesma cita. Há também quem co-
loque outros produtos dentro de ces-
tas. “Todos aproveitam esse mo-
mento doce da Páscoa”, comenta
Débora.
Dados da Associação Brasileira
da Indústria de Chocolates, Cacau,
Amendoim, Balas e Derivados (Abi-
cab) revelam que a Páscoa de 2009
vai gerar mais de 25 mil vagas para
temporários, em todo o País. Dessas,
70% para a comercialização e os ou-
tros 30% para a produção de ovos. A
instituição aponta, ainda, que a con-
tratação será maior em algumas em-
presas do que a do ano passado.
Para o presidente da Associação,
Getulio Ursulino Neto, “as indústrias
focaram no aumento da eficiência das
linhas de produção para poder inves-
tir mais em ajudar o varejista a ven-
der e auxiliar o consumidor na esco-
lha mais adequada aos seus ansei-
os e necessidades”.
mento de chocolates, apontou um
crescimento de vendas variável entre
10% a 12% no produto para essa Pás-
coa, se comparado ao ano passado.
De acordo com o consultor econômi-
co, há indicativos que levam a prever
esses dados. “O comércio percebe
fatores estimulantes à compra. Per-
cebe que esse é um bom momento
para vender mais, logo, as indústrias
produzem mais, e os contratos tem-
porários de mão-de-obra também au-
mentam”, diz. Um dos estímulos apon-
tados por Santana é o período do ano
em que acontece a Páscoa e aumen-
to do valor do salário mínimo. “O con-
sumidor tem um fôlego nessa época,
pois não tem grandes gastos com
material escolar nem outra data co-
memorativa e, com o aumento do sa-
lário, pode programar melhor seu di-
nheiro”, pondera.
Contratos temporáriosA diretora comercial da Pró-Even-
tos – uma das líderes em contrata-
ção temporária no segmento – , Dé-
bora Mattos de Macedo, informa que
as empresas que mais recrutam
neste período são as indústrias de
chocolate, mas que outros segmen-
tos também veem a possibilidade de
Páscoa movimenta não apenasData comemorativa gera 25 mil vagas temporárias e fabricantes focam em
S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C P R 19www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
Comércio otimistaEste é o primeiro grande momen-
to de vendas do ano para o comércio
de chocolates. Neste ano, duas van-
tagens podem impulsionar o comér-
cio, conforme apontam grandes re-
des varejistas. A primeira está relaci-
onada com o calendário, pois a Pás-
coa acontecerá no dia 12 de abril,
segunda semana do mês, o que pos-
sibilita mais tempo de exposição dos
produtos nos supermercados. “A ex-
posição correta dos ovos de choco-
late é um ponto importantíssimo”,
defende Larissa Diniz, gerente de tra-
de marketing da Kraft Foods Brasil.
Ela acredita que a “vitrine” dos produ-
tos é um segredo de sucesso nesta
Páscoa. Além da exposição, o vare-
jista precisa estar atento às condi-
ções de armazenamento. O ideal é
que a temperatura esteja entre 18 e
22ºC, a umidade relativa do ar de no
máximo 70%, e o mais distante pos-
sível de produtos ou materiais que
exalam cheiros fortes.
A outra vantagem é a forte tradi-
ção de se dar chocolates nessa data.
Em 2008, foram comercializadas 22,9
mil toneladas de produtos para Pás-
coa, segundo a Abicab. O presidente
da Associação Paranaense de Super-
mercados (Apras), Everton Muffato,
afirma que a expectativa de vendas
em lojas do varejo para esse ano
supera 10% a do ano anterior. Mas
não só os chocolates ganharão des-
taque no consumo. Demais produ-
tos típicos da ocasião também terão
mais saída como é o caso de azei-
tes, peixes e vinhos.
não apenas o comércio de chocolatess e fabricantes focam em ponto de venda
A junção de garra, determi
nação, comprometimen-
to, segurança e planeja-
mento resultaram na 21º Edição do
Sesc Triathlon Circuito Nacional, eta-
pa Caiobá. O evento, já tradicional no
litoral paranaense e reconhecido na-
cionalmente, reuniu 670 atletas pro-
fissionais e amadores, o que garan-
tiu sucesso em mais um ano de reali-
zação. A movimentação foi grande no
município de Matinhos. Atletas, famili-
ares e demais envolvidos no Triathlon
deram um impulso no comércio local,
não só nos dias 14 e 15 de fevereiro,
datas do simpósio técnico e realiza-
ção das provas, respectivamente,
mas, na semana antecedente.
Os vencedores na Categoria Elite
foram Fábio Carvalho, de Santos (SP),
que fez o percurso de 1.500 metros
de natação, 40 quilômetros de ciclis-
mo e 10 quilômetros de corrida, em
1h52m55s, e Mariana Ohata, de São
Carlos (SP), que fez o mesmo trajeto
em 2h07m36s. Bruno Matheus, tam-
bém de Santos, ficou em segundo lu-
gar; João Alfredo Morgado, de Curiti-
ba, em terceiro. No feminino, em se-
gundo lugar ficou Vanessa Gianinni,
de Campinas (SP); e em terceiro lu-
gar Gisele Rodrigues Bertucci, de Flo-
rianópolis (SC). A prova aconteceu
com largada na Praia Mansa de Cai-
obá, percorreu ruas da cidade de Ma-
tinhos, incluindo a Alexandra e Aveni-
da Atlântica, beira-mar, e foi concluída
na praça central da Cidade.
O vencedor da categoria amador,
masculino, foi Edmilson Pereira, de
Blumenau (SC), que cumpriu o traje-
to em 59m06s. No feminino, a vence-
dora foi Priscila da Silva Rocha, de
Santos (SP) com o tempo de
20 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C PR
Sesc Triathlon, em sua 21.ª edição, levou
Uma grande
OS VENCEDORES NA CATEGORIA ELITE FORAM FÁBIO CARVALHO, DE SANTOS (SP), E MARIANA OHATA, DE SÃO CARLOS (SP).
março | abril 2009
1h11m34s, ressaltando que para
amadores o trajeto é a metade do
percorrido pelos profissionais.
Estavam presentes durante a re-
alização das provas o presidente do
Sistema Fecomércio Sesc Senac,
Darci Piana, o diretor regional do
Sesc, Paulo Cruz, o governador do
Estado do Paraná, Roberto Requião,
o vice-governador Orlando Pessuti, o
prefeito do município de Matinhos,
Eduardo Dalmora, entre outras auto-
ridades. Toda a prova foi transmitida
ao vivo pela TV Paraná Educativa, que
teve seu set montado na praça de Cai-
obá, o que possibilitou maior proxi-
midade com os atletas e equipe téc-
nica. Além da Educativa, jornalistas
da grande imprensa eletrônica e im-
pressa fizeram cobertura do Triathlon.
Para o diretor da Divisão de Es-
portes, Lazer e Turismo, e coorde-
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grande público a Caiobá
festa do esporte paranaense
nador técnico do Sesc Triathlon, Mar-
cus Vinicius Mello, cada edição do Tri-
athlon é um aprendizado. “Aprende-
mos com as necessidades locais,
com os atletas, com os parceiros,
com a equipe de trabalho, e é esse
aprendizado que nos faz crescer a
cada ano”, diz. Um exemplo desse
crescimento, conforme cita Mello, foi
o aumento de participantes nessa
edição. “Trabalhamos com um limite
de segurança. Essa é a capacidade
da praça”, explica. O número limite
de inscrições nesse ano foi atingido
cinco horas depois de abertas.
A qualidade no atendimento a atle-
tas e público também é um ponto po-
sitivo do evento. “Há um diferencial
no tratamento desde a chegada no
simpósio até à premiação”, conta Me-
llo. Ele parabeniza a equipe de cola-
boradores por ter contribuído para o
êxito de todas atividades realizadas,
desde a montagem de estruturas, até
a organização de cerimoniais. Se-
gundo ele, é essa soma de forças
que garante o bom resultado.
ComércioDe acordo com Piana, um dos ob-
jetivos do Sesc Triathlon é dar um
maior suporte aos empresários do
comércio, serviços e turismo, pois a
vinda do grande público esperado
movimenta bastante os setores lo-
cais. O prefeito de Matinhos concor-
da com Piana e destaca o turismo
como um ponto importante. “Temos
pessoas vindas de várias partes do
Brasil, que acabam conhecendo nos-
so litoral”, comenta.
O presidente da Associação Co-
mercial das Indústrias de Matinhos
(Acima) afirma que o número de tu-
ristas é grande, e isso aquece o co-
mércio na rede hoteleira, em restau-
rantes e lojas. “Em um período em
que os veranistas estão voltando do
litoral, o movimento volta com o Tria-
thlon”, afirma. Um exemplo disso é o
Hotel Parque Balneário Caiobá, que,
na segunda semana de fevereiro re-
cebeu sua capacidade máxima de
hóspedes. “O hotel lotou. Hospeda-
mos atletas e pessoal da organiza-
ção”, conta o gerente Paulo César
Arias Fernandes. Nesta época do ano
a média é de 20 quartos ocupados,
e, na semana no Triathlon, a marca
pulou para 80. Após o evento a queda
foi considerável, e, de acordo com
Fernandes, ficaram apenas seis apar-
tamentos com hóspedes.
ALGACI TÚLIO, DA TV EDUCATIVA, GOVERNADOR, ROBERTO REQUIÃO,PRESENÇA MARCANTE NO TRIATHLON E DARCI PIANA.
À frente do pódio: O VICE-PRESIDENTE DA FECOMÉRCIO,ARI BITTENCOURT; O PREFEITO DE MATINHOS, EDUARDODALMORA; O PRESIDENTE DO SISTEMA FECOMÉRCIOSESC SENAC, DARCI PIANA; O VICE-GOVERNADOR DOPARANÁ, ORLANDO PESSUTI E DIRETOR REGIONAL DOSESC PARANÁ, PAULO CRUZ.
22 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C PR março | abril 2009
“Cascavel está crescendo e
com ela cresce a deman-
da de educação profissional”. Esse
é um dos pontos levantados por An-
tonio Edson Gruber, presidente do
Sindicato dos Lojistas e do Comér-
cio Varejista de Cascavel e Região
(Sindilojista), para ressaltar a im-
portância das obras que estão
sendo realizadas no Centro de
Educação Profissional (CEP) da ci-
dade. “A revitalização irá oferecer
mais flexibilidade na realização dos
cursos, já que permitirá melhor
aproveitamento do espaço e que
mais pessoas sejam atendidas.”
A partir do segundo semestre
deste ano, a população de Casca-
vel contará com um Senac total-
mente renovado, já que as obras
contemplarão 100% dos espaços
pedagógicos. Externamente, está
sendo construída uma estrutura
para abrigar materiais de trabalho
da equipe de limpeza e jardina-
gem, que servirá de depósito e for-
necerá algumas vagas cobertas
para automóveis. A previsão de tér-
mino dos trabalhos é no início de
agosto.
Dentro do CEP serão trocados
os pisos de todas as salas e a pin-
tura será refeita, além da climatiza-
ção naquelas que ainda não pos-
suem ar-condicionado. A adminis-
tração ganhará um novo layout e o
prédio será adaptado para o aces-
so de pessoas com deficiência. A
biblioteca será modernizada, rece-
berá pontos de Internet e os alu-
nos dos cursos de cabeleireiro e
depilação terão novas salas para
as aulas práticas. A segunda etapa
da revitalização, ainda sem data
prevista, envolverá a troca de equi-
pamentos e mobiliário.
Maria Elice Sasso Fontana, di-
retora em exercício do Senac em
Cascavel, diz que as mudanças
trarão mais conforto para o clien-
te. “Iniciamos esse processo com
a reforma do Instituto de Beleza-
escola no ano passado e a revita-
lização irá permitir que o Senac
ofereça ambientes ainda melho-
res para os alunos e instrutores
aqui de Cascavel, principalmente
em relação às salas de aulas que
serão mais claras e amplas. Além
disso, a nova biblioteca terá uma
acervo mais completo e terminais
de computador. A revitalização au-
mentará ainda mais a qualidade
dos nossos serviços”.
Senac em Cascavelterá cara novaObras aumentarão a capacidade deatendimento do CEP
S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C P R 23www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
versidade Federal do Paraná ce-
derá uma equipe de estudantes de Fi-
sioterapia e Educação Física para dar
suporte aos atletas.
A chegada será na Praça de Caio-
bá e a premiação acontecerá logo
após o término da competição, duran-
te evento solene, no Ginásio de Es-
portes do Sesc Caiobá.
À frente do departamento, Tânia
desenvolveu projetos visando ao in-
centivo e fortalecimento das ativida-
des culturais da cidade e promoveu
eventos na ocasião dos 50 anos do
município e do Cinquentenário da
Revolta dos Posseiros. “Com este
trabalho, ela conseguiu resgatar a
história dos pioneiros que coloniza-
ram o Sudoeste do Estado”, avalia Eli-
zabeth Lobo Elpo, diretora executiva
da CMEG.
Tânia salienta a importância do
estudo da história do Paraná pelos
paranaenses. “Infelizmente, o Sul pro-
jetou-se com a cultura gaúcha e sobre
a história do nosso Estado dispomos
de muito pouca biografia. Estudamos
tanto sobre a História Geral e tão pou-
co sobre a do Paraná”, avalia Tânia.
O presidente do Sistema Feco-
mércio Sesc Senac, Darci Piana, elo-
giou a ação de todas as câmaras e
salientou que o Paraná está sendo
exemplo a ser copiado pelo Sistema,
em Santa Catarina. Ele ressaltou que
o trabalho das CMEGs é despertar
nas empresárias paranaenses uma
visão ampla sobre o mercado e so-
bre a necessidade constante de apri-
moramento e qualificação.
Tendo como enfoque a gestão de
pessoas e motivação, Leila Navarro
e José Maria Gasalla, palestraram às
mais de mil mulheres empreende-
doras, vindas de 18 cidades parana-
enses.
PALESTRAGPC=7C. A junção de letras e nú-
meros mais parece uma fórmula ma-
temática, mas segundo Gasalla, este
é o segredo para uma administração
de sucesso. Ele acredita que a Ges-
A determinação e a garra
constantes para vencer
desafios fazem as histó-
rias das empreendedoras do Para-
ná semelhantes entre si. Para home-
nagear aquelas que se destacaram
pelo tempo de atuação e sucesso em
seus empreendimentos, o Sistema
Fecomércio Sesc Senac, através da
Câmara da Mulher Empreendedora
e Gestora de Negócios do Paraná
(CMEG), entregou troféus a 16 mu-
lheres de todo o Estado.
Durante o evento, realizado em co-
memoração ao Dia Internacional da
Mulher, em Curitiba, cada câmara ho-
menageou uma empresária do muni-
cípio sede e todas entregaram uma
honraria especial à Tânia Maria Penso
Ghedin, atual Diretora do Departamen-
to de Cultura de Francisco Beltrão, por
ser uma empreendedora cultural.
Homenagemàs mulheres empreendedoras
ATLETAS LARGANDO PARA A NATAÇÃO. NESTE ANO, UM TAPETE COM SENSOR SERÁ IMPLANTADO TAMBÉM NA AREIA.
PRESIDENTE PIANA FALA ÀS INTEGRANTES DAS CÂMARAS DA MULHER EMPREENDEDORAE GESTORA DE NEGÓCIOS.
ELIZABETH LOBO SALIENTOU AIMPORTÂNCIA DO TRABALHO REALIZADOPELAS CÂMARAS, EM TODO PARANÁ.
24 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C PR março | abril 2009
tão Por Confiança (GPC) só é possí-
vel quando são adotados comporta-
mentos que fazem os outros acredita-
rem em você, ou seja, os 7Cs: consci-
ência própria e do outro como seres
humanos; clareza ao dizer o que es-
pera do outro; cumprimento da pala-
vra dada; comprometimento com o
que se propõe a fazer; coerência na-
quilo que fala e faz; consciência e ma-
nutenção de valores e identidade e co-
ragem para ser único.
Segundo Leila, as atuais crises
são desencadeadas pela carência de
confiança e ela acredita que esta é a
chave para relacionamentos bem su-
cedidos. Os palestrantes instigaram
as empresárias a transformarem as
crises emocionais, financeiras e fami-
liares em oportunidades de aprendi-
zado e crescimento.
CMEGCom as instalações das Câmaras
das Mulheres na capital e em municí-
pios do interior, as empresárias para-
naenses passaram a desenvolver ati-
vidades conjuntas, visando a ações de
responsabilidade sócio-ambiental e
à capacitação constante.
Apucarana foi a primeira cidade a
receber a Câmara da Mulher, em de-
zembro de 2006 e, desde então, ou-
tras 14 cidades foram contempladas.
Hoje, são mais de cinco mil empre-
sárias filiadas em todo o Paraná, en-
gajadas em diversos projetos.
Tendo pouco mais de nove me-
ses de criação, Nadir Maciel, presi-
dente da CMEG, em Ivaiporã, conta
que a câmara já realizou na cidade
mais de 20 eventos e já se somam
135 mulheres, visando agora, à parti-
cipação dos municípios vizinhos, liga-
dos ao sindicato. Em Umuarama, a
câmara passa a desenvolver, em par-
ceria com o Sebrae, o projeto “Varejo
Mais” e o “Mulher Empreendedora”.
Para 2009, Elizabeth revela que em
abril, haverá a instalação da CMEG em
Londrina e outros quatros municípios
também serão contemplados.
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S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C P R 25www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
1. A presidente da Câmara da MulherEmpreendedora de Francisco Beltrão,VÂNIA LÚCIA ROSA FAUST; a diretora doDepartamento de Cultura da Prefeitura deFrancisco Beltrão, TÂNIA MARIA PENSOGHEDIN e o presidente do SistemaFecomércio Sesc Senac, DARCI PIANA.
2. A presidente da Câmara da Mulher de Foz doIguaçu, CAMILA DAMIM e a empresária IRACIPISSINI SOSSELLA.
3. A presidente da Câmara da Mulher deCastro, ERIKA MUELLER MEZZADRI DEOLIVEIRA e a empresária homenageada,MITSUKO MAEDA.
4. A presidente em exercício da Câmara dePonta Grossa, TALITA GRAEF e a empresáriaMAGDA CLAIRA SCHEIDT DE PAULA.
5. A presidente da Câmara da Mulher deCornélio Procópio, LUIZA SUGUIAMA DEOLIVEIRA e a empresária EUSLAYNE DEOLIVEIRA MARQUES.
6. A presidente em exercício da Câmara daMulher de Toledo, ANE PRISCILABRANDALIZE KREUZ e a empresária LENIDA SILVA.
7. A presidente da Câmara da Mulher deFrancisco Beltrão, VÂNIA LÚCIA ROSAFAUST e a empresária MÁRCIA KRINDGES.
8. A presidente da Câmara da Mulher deMaringá RAQUEL DE ALMEIDA COSTA e aempresária FLORA ACÁCIA DOS SANTOS.
9. A presidente da Câmara da Mulher deMarechal Cândido Rondon, CLECI DELCIGÜTTGES e a empresária, OLIDESSCHNEIDER.
10. A presidente da Câmara da Mulher dePrudentópolis em exercício, ROSIANEPIZZALOTTO BINI e a empresária MARIAITÁLIA DAL SANTOS.
11. A empresária GLORIA LEITÃO SIMÕESe a presidente da Câmara da Mulher deCuritiba, JOY LADY MICHELS ROSSI.
12. A presidente da Câmara da Mulher deCascavel, ADRIANA DAL PONTE MOCELINe a empresária LENITA HEDEL.
13. A presidente da Câmara da Mulher deIvaiporã, NADIR MACIEL e a empresáriaHELENA BOSCARDIN.
14. A presidente da Câmara da Mulher deUmuarama, JANE MARCIA BITENCOURTe a empresária ELZIRA DE LIMA ARAÚJO.
15. A presidente da Câmara da Mulher deMedianeira, ELZA ALVES e a empresáriaMARGARET CAOVILA.
16. A presidente da Câmara da Mulher deApucarana, AIDA SANTOS ASSUNÇÃO e aempresária homenageada MARILÉIA GIRALDI.
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26 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C PR março | abril 2009
Tornar a história do Para-
ná conhecida dos para-
naenses. Este é objetivo
da parceria firmada entre o Sistema
Fecomércio Sesc Senac, a Associa-
ção Comercial do Paraná e a Junta
Comercial do Paraná, que custeou a
produção de cinco mil cópias em
DVD, do filme “O Preço da Paz” (2003),
que serão distribuídas em escolas,
bibliotecas e universidades.
O filme, produzido por Maurício
Appel, com roteiro de Walter Ne-
grão e direção de Paulo Mo-
relli, conta a história do
Barão do Serro Azul e sua
atuação no conflito que en-
volveu Curitiba e seus habitan-
tes durante a Revolução Federa-
lista.
O elenco do filme é formado por
artistas de renome no cenário nacio-
nal e internacional. Herson Capri no
papel de Barão do Serro Azul; Giulia
Gam, a Baronesa e Lima Duarte,
como Gumercindo Saraiva, líder dos
maragatos, que lutavam pela revolu-
ção. A produção conta ainda com a
participação de Camila Pitanga, José
de Abreu e Danton Mello.
Considerado pelos comerciantes
de Curitiba com herói e pelo governo
brasileiro como traidor da pátria, o Ba-
rão jamais chegou a ser julgado. Se
isso tivesse ocorrido, há 114 anos, qual
seria o resultado? Herói ou traidor?
JulgamentoA sessão de julgamento está
aberta! No banco dos réus, Ildefonso
Pereira Correia, o Barão do Serro Azul,
Barão do Serro Azul:
será julgado sobre os atos cometi-
dos em terras paranaenses, em
1894, durante a Revolta Federalista.
A acusação salienta que o réu foi
um traidor da pátria, ao patrocinar os
revoltosos do Rio Grande do Sul, com
dinheiro arrecadado junto aos comer-
ciantes, concedendo um empréstimo
de guerra e agindo contrário ao go-
verno do Marechal Floriano Peixoto.
Este seria o provável início do jul-
gamento a que seria submetido o
Barão do Serro Azul, no Rio de Ja-
neiro. Segundo relatos históricos,
antes de chegar a então capital bra-
sileira, o barão foi morto a tiros, no
km 65 da Estrada de Ferro Parana-
guá-Curitiba, por ordem do general
Ewerton Quadros.
Libelo de DefesaO filme “O Preço da Paz” é um li-
belo de defesa, ou seja, uma apre-
sentação dos fatos que ocorreram
em Curitiba, durante a revolta. Appel
revela que o filme foi baseado no li-
vro “A última viagem do Barão do Ser-
ro Azul”, de Túlio Vargas e lançado no
setor comercial, em 2003.
Appel revela que
a produção já foi pre-
miada com três Kikitos,
no Festival de Gramado,
em 2003 e também rece-
beu o Troféu Barroco, na
Mostra de Cinema de Tira-
dentes, em 2004.
O produtor defende que o
Barão do Serro Azul foi um em-
preendedor. Possuía um engenho de
erva-mate e como comerciante, tor-
nou-se o maior exportador paranaen-
se deste produto e de pinho para os
países platinos. Ildefonso Pereira
Correia também contribuiu a consoli-
dação de Curitiba e sua moderniza-
ção, instalando na capital, o telégrafo
e uma indústria gráfica. Appel lembra
que o Barão foi condecorado diversas
vezes, ainda em vida e, durante a visi-
ta do imperador Dom Pedro II, o casal
do Serro Azul causou simpatia ao mo-
narca. Mesmo após a morte do Ba-
rão, Appel defende que ele continua a
empreender. “Com a produção deste
filme, acredito que o Barão do Serro
Azul traz ao Paraná mais uma indús-
tria, a cinematográfica”, enfatiza.
S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C P R 27www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
TestemunhasDe acordo com o presidente do
Sistema Fecomércio Sesc Senac,
Darci Piana, o filme proporciona ao pa-
ranaense um encontro com sua pró-
pria história. “Muitos curitibanos, pa-
ranaenses e o Brasil desconhecem
quem foi o Barão do Serro Azul e o que
ele representou para a construção do
nosso Estado e da nossa capital”,
acentua. Ele revela que as estruturas
do Sesc e do Senac vão disseminar
ainda mais essa história, levando para
salas de aula e para as ações que
são desenvolvidas nas unidades es-
palhadas pelo interior do Estado.
O diretor regional do Sesc, Paulo
Cruz, acrescenta que a instituição
contribuirá para que a obra cinema-
tográfica seja trabalhada em seus
aspectos culturais, de linguagem e
mesmo da história do Paraná. “Que-
remos proporcionar aos estudantes
e ao cidadão paranaense, o conheci-
mento de suas raízes”, diz o diretor.
Com a divulgação do filme pela RPC
e pelos parceiros, Cruz acredita que
será despertado no espectador o de-
sejo de conhecer, ainda mais, a his-
tória do Estado.
Para Appel, o filme vem ao encon-
tro do que a Baronesa do Serro Azul
escreveu ao Barão de Ladário, um ano
e meio após a morte do seu esposo,
quando enfatizou que haveria um dia
em que os verdadeiros acontecimen-
tos sobre a Revolução Federalista vi-
riam à tona. “Um dia, há de haver quem
se incumba de dar à América, para es-
carmento (segundo dicionário Hou-
aiss, escarmento é uma advertência
pelo prejuízo e pela punição recebi-
da) desta geração, uma pintura fiel e
minuciosa desses incríveis suces-
sos, que encheram de mágoa e de
santa revolta até a alma dos mais in-
diferentes, que fizeram esquecer de
todos os males, os insignificantes
males da revolução”, diz a carta.
VeredictoCom a assinatura do Presidente
da República, Luiz Inácio Lula da Sil-
va, sancionando a Lei nº 11.863, em
dezembro de 2008, o Barão de Serro
Azul é declarado inocente. Seu nome
passa a fazer parte do Livro de Aço
dos Heróis da Pátria, depositado no
Salão Principal do Panteão da Liberdade
e da Democracia, em Brasília.
herói ou traidor?
LÍLIAN VARGAS, VIÚVA DE TÚLIO VARGAS, AUTOR DO LIVRO QUE INSPIROU O PRODUTOR DO FILME; MAURÍCIO APPEL, PRODUTOR DE “OPREÇO DA PAZ”; A JORNALISTA JURIL CARNASCIALI; O VICE-GOVERNADOR ORLANDO PESSUTI; O EX-PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃOCOMERCIAL DO PARANÁ, JONEL CHEDE; A PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DO PARANÁ, AVANI TORTATO SLOMP RODRIGUES; OPRESIDENTE DO SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC, DARCI PIANA ACOMPANHADO DO PRESIDENTE DA JUNTA COMERCIAL DO PARANÁ,JULIO MAITO FILHO.
28 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C PR março | abril 2009
Educação e empregabilida-
de de mãos dadas. Esta
é a proposta do modelo
educativo do Colégio Sesc São José.
Criado através de uma parceria entre o
Sistema Fecomércio Sesc Senac e a
Associação Franciscana de Ensino
Senhor Bom Jesus, o colégio oferta, em
seu primeiro ano de atividade, 174 va-
gas gratuitas a alunos nos períodos ma-
tutino, vespertino e noturno, durante os
três anos do Ensino Médio. As bolsas
de estudo incluem a gratuidade do en-
Educação para omercado de trabalhoAluno recebe educação de qualidade e é preparadopara o trabalho no comércio
sino, material didático e uniforme.
O diferencial do colégio começa
por seu plano de estudos. De acordo
com a diretora da divisão de Educa-
ção e Cultura do Sesc PR, Marússia
de Souza Santos Fernandes, a pro-
posta de ensino é preparar o aluno
também para o mercado de trabalho.
O plano de estudos inclui as discipli-
nas curriculares estabelecidas por lei,
além de conteúdos específicos de pre-
paração para a carreira do comércio,
princípios do mundo comercial e pre-
paração para a vida. “As disciplinas
mostrarão a ampla variedade de cam-
pos de trabalho disponíveis no setor
do comércio, processos de negocia-
ção, construção social do conhecimen-
to e os alunos terão a oportunidade de
aplicar e colocar em ação o método
científico, estimulando a aprendizagem
permanente”, destaca Marussia.
O diretor regional do Sesc PR,
Paulo Cruz, salienta que a parceria
será contínua e serão ofertados aos
alunos, capacitação, educação, cultu-
FREI CLAUDINO GILZ, INTEGRANTE DA DIRETORIA DA ASSOCIAÇÃO FRANCISCANA DE ENSINO SENHOR BOM JESUS; O DIRETOR REGIONALDO SENAC PR, VITOR MONASTIER; O PRESIDENTE DO SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC, DARCI PIANA E O DIRETOR REGIONAL DOSESC PR, PAULO CRUZ, ACOMPANHARAM O INÍCIO DA PRIMEIRA AULA.
S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C P R 29www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
ra, saúde e lazer. Ao Senac caberá a
capacitação dos alunos para o traba-
lho no comércio e ao Sesc, o acesso
aos serviços da instituição. Integrante
da diretoria da associação, Frei Clau-
dino Gilz, destaca que tanto o Sesc
quanto o Colégio São José contribuem
na construção de uma sociedade mais
igualitária. “Há anos, as duas casas têm
se colocado à disposição para a cons-
trução de sonhos e todo o empenho é
dado à educação para que os jovens
sejam bem sucedidos, inclusive do pon-
O PRESIDENTE DO SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC, DARCI PIANA,ENTREGA À ALUNA MARIA LUANE PRADO DE LARA, UM KIT COM OSMATERIAIS DIDÁTICOS QUE SERÃO UTILIZADOS DURANTE ESTE ANO,NAS AULAS NO COLÉGIO SESC SÃO JOSÉ.
HÁ ANOS, AS DUAS
CASAS TÊM SE
COLOCADO À DIS-
POSIÇÃO PARA A
CONSTRUÇÃO DE
SONHOS E TODO O
EMPENHO É DADO À
EDUCAÇÃO PARA
QUE OS JOVENS
SEJAM BEM SUCE-
DIDOS, INCLUSIVE
DO PONTO DE VISTA
ECONÔMICO.– Frei Claudino Gilz –
to de vista econômico”, enfatiza o frei.
Camila Fernandes, aluna do colé-
gio, revela a satisfação em ter sido
uma das selecionadas. “Moro no bair-
ro Fazendinha, e não me incomodo
em ter que acordar mais cedo para
estudar no centro. Todo o meu esfor-
ço vai valer a pena. Esta é uma opor-
tunidade que nem todos têm”, desta-
ca a adolescente.
O presidente do Sistema Fecomér-
cio Sesc Senac, Darci Piana, enfati-
zou que o Colégio Sesc São José pri-
mará pela qualidade do ensino capa-
citando os alunos para competirem
com igualdade em vestibulares e no
mercado de trabalho. “O Sesc assu-
miu um desafio de ampliar ainda mais
o seu compromisso e atuação junto à
sociedade. Destinaremos maiores in-
vestimentos em ações gratuitas com
caráter educativo. Temos a missão de
ofertar um ensino de qualidade. Que-
remos ser modelo a ser seguido no
Paraná e no Brasil e isso será graças
a esta parceria”, conclui Piana.
30 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C PR março | abril 2009
Durante os séculos XVIII,
XIX e parte do século XX,
grupos de homens per-
correram os caminhos de Viamão, no
Rio Grande do Sul, atravessaram San-
ta Catarina e o Paraná, até chegarem
à cidade paulista de Sorocaba, levan-
do gado e mulas. Os caminhos per-
corridos pelas mulas eram sinuosos,
e os grupos faziam diversas paradas
antes de chegar ao seu destino.
Esses caminhos ficaram conheci-
dos como Rota dos Tropeiros, e as pa-
radas deram origem a diversas cidades.
Hoje, essas localidades têm muita his-
tória para contar sobre esse movimen-
to que promoveu a maior parte do po-
voamento do planalto paranaense,
além de fazer a ligação comercial en-
tre o extremo Sul e o resto do País.
UNIDADE MÓVELO Senac PR sabe que a Rota dos
Tropeiros é um importante patrimônio
para a história e o turismo do Estado.
Por isso realizará ações de qualifica-
ção profissional em cidades da Rota,
por meio de cursos gratuitos na Uni-
dade Móvel de Gastronomia. O rotei-
ro, que começou neste mês na cidade
de Rio Negro, inclui ainda Campo do
Tenente em abril, Lapa em maio e
Palmeira, no mês de junho.
O diretor regional do Senac PR,
Vitor Monastier, diz que a iniciativa foi
muito bem recebida pelos municípios.
“O Senac está sempre atento às de-
mandas do turismo e da gastronomia
paranaenses e está também ciente de
que na Rota dos Tropeiros foram ins-
talados um número significativo de
pousadas, restaurantes e outros esta-
belecimentos turísticos. Prestaremos
um serviço que, certamente, irá quali-
ficar o atendimento a este segmento
30 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C PR março | abril 2009
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por meio do convênio com as prefeitu-
ras locais que, de pronto, aplaudiram
a idéia.”
Cada cidade possui características
e encantos próprios. Rio Negro tem
como principal atração o Seminário
Seráfico São Luiz de Tolosa, que foi
construído entre 1918 e 1923 e tem
forte ligação com a história e a cultura
do município. O seminário encontra-
se dentro de um parque eco-turístico
que possui várias atrações, além de
uma lanchonete.
O secretário de educação do mu-
nicípio, James Karson Valério, diz que
os cursos da Unidade Móvel vão auxi-
liar na transformação de trabalhado-
res em empreendedores para a cida-
de. “Acredito que a principal meta é
qualificar, de maneira efetiva, para que
o comércio local possa demonstrar
mais qualidade nos serviços que pres-
ta”. Ele ainda conta que existe em Rio
Negro um Clube dos Tropeiros que
promove reuniões, festas, concursos
de poesias, tudo para promover o tro-
peirismo.
Campo do Tenente, por sua vez,
tem como um dos principais pontos
turísticos a capela do Mosteiro Trapis-
ta, que tem o formato de uma pirâmi-
de. Nela, os monges residentes rea-
lizam vigílias e orações. O prefeito
Celso Wenski explica que, tanto o mu-
nicípio quanto a região têm deman-
da para diversos tipos de cursos e
que está ansioso com a ida da Uni-
dade Móvel para a cidade. “Ela deve
atender a muitas das nossas neces-
sidades de qualificação no segmen-
to de gastronomia e turismo.”
OPORTUNIDADES“Essa ação é muito relevante, pois
a possibilidade de qualificar as pesso-
as lhes dá a oportunidade de buscar
melhores chances de trabalho, e para
o município isso é extremamente po-
sitivo”, explica o prefeito de Lapa, Pau-
lo Furiati. Lá, o visitante encontra, en-
tre outras atrações, um centro históri-
co, com 14 quadras plenamente con-
servadas e o Parque Estadual do Mon-
ge, “que será reestruturado e reinau-
gurado no final desse ano”, diz.
Em Palmeira, o turismo está forte-
mente ligado à história e cultura do
município. Segundo Antônio Elves
Cocheva, secretário de Indústria, Co-
mércio e Turismo, as principais atra-
ções turísticas estão espalhadas pela
cidade, tanto na zona rural como ur-
bana. A igreja matriz, no centro, é cons-
truída em estilo barroco colonial. Ain-
da, no centro, estão o museu históri-
co e a Capela Bom Jesus. Na zona
rural também existem várias atrações
como a Colônia Santa Bárbara e o
Memorial Polonês.
“As principais necessidades da ci-
dade incluem, principalmente, a opor-
tunidade de qualificação aos jovens,
aqueles que estão em busca de seu
primeiro emprego, pois sem uma qua-
lificação específica e sem a experiên-
cia profissional, a inserção em uma
vaga no mercado de trabalho torna-
se bastante difícil. Nos últimos tem-
pos, temos percebido que as empre-
sas instaladas no município estão ne-
cessitando, cada vez mais, de profis-
sionais capacitados para preenchi-
mento de vagas”, diz Cocheva.
Os cursos oferecidos pela Unida-
de Móvel, além de fomentar a ativida-
de turística dessas localidades, tam-
bém têm como objetivo deixar uma
marca permanente nos municípios por
onde vai passar, traduzida em mais
pessoas qualificadas e capazes de
movimentar a economia local por meio
de suas próprias conquistas.
ROTEIRO DO NORTE PIONEIRO
UNIDADE MÓVEL DE INFORMÁTICA E GESTÃOO roteiro é diferente, mas o objetivo é o mesmo, levar qualificação profissional paramunicípios que não possuem um Centro de Educação Profissional do Senac.A Unidade Móvel de Informática e Gestão está percorrendo cidades do norte pioneirodo Paraná, oferecendo cursos gratuitos que promovem a inclusão digital, a auto estimaprofissional e aumentam as chances de integrantes da população encontrarem suacolocação no mercado, movimentando a economia local.Bandeirantes foi a primeira cidade, em fevereiro. Neste mês, é a vez de Santa Mariana e,em abril, a Unidade Móvel segue para Congonhinhas.
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32 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C PR março | abril 2009
“Todos ficamos muito felizes,
apesar da falta que ela nos fará. Des-
de que soubemos que ela foi selecio-
nada iniciou a comemoração. A torci-
da dos amigos foi grande e fizemos
até uma festa de despedida. Sei que
ela tem um objetivo e fico feliz de es-
tar sendo cumprido”, afirma Maria
Lourdes Hamulak, mãe da aluna Ana
Beatriz Paulovski, 15 anos, uma das
11 paranaenses selecionadas para
ingressar na Escola Sesc de Ensino
Médio (Esem), no Rio de Janeiro.
O grupo de
alunos partiu, no
início de março
para o Rio de Ja-
neiro, local onde
estudarão. Eles per-
manecerão afastados
da suas cidades na-
tais por, no mínimo
dois anos, quando es-
tarão na primeira e se-
gunda séries do Ensi-
no Médio, na escola-
residência mantida
pelo Sesc, integrante
do Sistema Fecomer-
cio Sesc Senac, no bairro de Jacare-
paguá. Todas as despesas dos sele-
cionados são custeadas pela entida-
de, desde a moradia, alimentação e o
transporte de ida e volta à cidade de
origem.
A concorrência pelas vagas foi
grande. Ao todo, foram 220 inscritos.
Todos eles fizeram prova escrita em
uma primeira etapa. A segunda fase,
que contou com a participação de 50
pré-selecionados, foi uma entrevista
individual com os pais e alunos, para
avaliar se o candidato se adaptaria
com o sistema implantado pelo colé-
gio, incluindo o projeto de ensino inte-
gral (dois turnos), e se ele estaria pre-
parado para enfrentar a distância de
casa. Por fim, somente 11 foram es-
colhidos e ganharam a oportunidade
de ingressar no Esem. As cidades do
Parará contempladas com o progra-
ma de ensino foram Francisco Bel-
trão, Cornélio Procópio, Paranavaí,
Cascavel, Jacarezinho, Marechal Cân-
dido Rondon e Lon-
drina. Essa é a se-
gunda turma que o
Estado envia ao Rio
de Janeiro. No ano
de 2008, foram se-
lecionados 13 ado-
lescentes.
Os alunos sele-
cionados em cada
cidade beneficiada
pelo progra-
ma vão resi-
dir em uma
comunidade
acolhedora,
com segurança e integralmente vol-
tada ao conhecimento. A instituição
recebe jovens de todo o País. Anual-
mente, ingressam 160 alunos novos,
sempre na primeira série do ensino
médio, e cursam o terceiro ano na
cidade natal. “Eles voltam com gran-
de preparo para o mercado de traba-
lho e prontos para enfrentar um vesti-
bular de qualquer instituição, federal
ou pública”, frisa a diretora de Educa-
ção e Cultura do Sesc Paraná, Ma-
rússia de Souza Santos Fernandes
Por mais que haja a distância, os
pais dos integrantes da nova turma
aprovam a decisão dos filhos. “Ele
estudou muito e passou no teste. Fico
muito satisfeito em saber que ele tem
grande interesse pelos estudos. Isso
já é uma grande realização, uma con-
quista. Acredito que o melhor cami-
nho para o crescimento é a escola”,
comemora o pai de Fábio Henrique
Machado, Claudinei Ferreira Macha-
do. Ele disse que incentiva sempre o
filho ao crescimento pessoal e pro-
fissional. “Estou certo de que ele está
ingressando em uma instituição, com
uma excelente estrutura. Agradeço a
Deus e ao Sesc por essa oportuni-
dade”, complementa o pai.
Ao chegar a Jacarepaguá, cada
um dos alunos receberá um note-
book para usar para os estudos,
pesquisa, e para se comunicarem
com os pais e amigos via internet. A
turma receberá orientações sobre
como fazer bom uso da rede. O con-
teúdo acessado é constantemente
fiscalizado pela equipe técnica. Si-
tes de conteúdo inadequado aos jo-
vens são bloqueados, para evitar o
envolvimento a assuntos imperti-
nentes à educação.
Conhecendo o EsemA estrutura e metodologia de en-
sino do Esem são de alta qualida-
de. O complexo é composto por uma
vila de quatro prédios, onde há os
dormitórios. Todos os andares con-
tam com sala de estudo e copa de
apoio, em cada um deles reside um
Estudantes paranaenses selecionados para a
ELES VOLTAM COM
GRANDE PREPARO
PARA O MERCADO
DE TRABALHO– Diretora de Educação e Cultura
do Sesc Paraná, Marússia deSouza Santos Fernandes –
“ “
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professor e sua família. Os demais
professores e suas famílias também
moram na comunidade escolar, mas
em outra vila. O conjunto esportivo
conta com um ginásio de esportes,
piscina semiolímpica, campo de fu-
tebol e quadras poliesportivas, sa-
las de dança, ginástica e muscula-
ção. Além dos esportes, o Esem in-
centiva a cultura através de cursos
de música, teatro, fotografia, pintura
es selecionados para a ESEM no Rio de Janeiro
ALUNOS APROVADOS NA ESEM RUMO AO RIO DE JANEIRO.acima: FÁBIO HENRIQUE MACHADO, LEANDRO SILVÉRIO NONATO FILHO, EZEQUIEL ERIC FREIRE, A ANALISTA DE APOIO OPERACIONAL,ELISA RODEIRO, DUÍLIO DALLA COSTA NETO, BRUNA PEREIRA E ANA CLARA FERREIRA.Abaixo: FELIPE MATHEUS JARGAS, ANA BEATRIZ PEDROSO, LAURA FREIRE, PATRÍCIA SATIE MAEDA E JANAÍNA PATRÍCIA MALACARNE.
e artes plásticas. Há um cuidado
grande também com alimentação.
Todo o cardápio é elaborado por nu-
tricionistas, que propõem refeições
de qualidade, atendendo às neces-
sidades alimentares.
Os pais recebem periodica-
mente a avaliação dos filhos, para
que façam o acompanhamento. Ma-
rússia explica que, como a Escola
recebe alunos vindos de vários lu-
gares do país, é comum que suas
culturas sejam diferentes. Para que
todos estejam no mesmo ritmo de
aprendizado é feito um nivelamento
nos primeiros meses. “É comum
que no primeiro bimestre o rendi-
mento acadêmico caia um pouco.
Isso é normal durante a adaptação,
porém o aluno tem condições de re-
cuperar facilmente, pois contamos
com aulas de apoio”, explica.
Com custos vantajosos em rela-
ção aos cursos abertos – até 40%
mais baratos – e particularmente fle-
xíveis, os treinamentos fechados ma-
ximizam os investimentos na qualifi-
cação de equipes. A analista de edu-
cação profissional do Senac, Márcia
Wolaniuk Carvalho, ressalta que a
“principal vantagem dos programas in
company é apresentar uma solução
exclusiva, adaptada de acordo com as
necessidades e características da
empresa e dos participantes”.
Além dos cursos abertos minis-
trados em todos os Centros de Edu-
cação Profissional, o Senac desen-
volve planos customizados de con-
sultoria, assessoria e educação cor-
porativa a organizações públicas, pri-
vadas e do terceiro setor. Em 2008, a
instituição realizou 73 mil atendimen-
tos através do Programa Senac na
Empresa.
Como investir em treinamentosApenas destinar verbas para a
área de capacitação interna não é su-
ficiente. Sem planejamento, um trei-
namento pode representar perda de
tempo, dinheiro e energia.
O primeiro passo, segundo Már-
cia, é fazer um diagnóstico das ne-
cessidades e expectativas da orga-
nização. “É com base nestes itens
que a instituição que irá ministrar o
curso poderá montar um programa
com conteúdos que venham a atingir
os objetivos da empresa”, afirma.
Após constatar problemas de re-
lacionamento entre os encarregados
de produção e as equipes sob sua
coordenação, a Globoaves, empresa
que atua na produção e abate de
aves, decidiu realizar seu primeiro
treinamento na modalidade in com-
pany. “Muitos desses profissionais vi-
eram da área operacional e não es-
tavam preparados para atuar como
líderes. Por isso era preciso capaci-
tá-los para exercer a função de en-
carregado, tais como planejar as ati-
vidades diárias, treinar pessoas, de-
legar funções e, principalmente, sa-
ber se relacionar com os liderados”,
revela a supervisora de recursos hu-
manos, Elenice Balbinotti.
Ao longo de 2008, a Globoaves
desenvolveu o Programa de Desen-
volvimento de Líderes, que contou com
o apoio do Senac Cascavel. 93 cola-
boradores que exercem cargos de
chefia da linha de produção participa-
ram de treinamentos sobre liderança
e gestão de pessoas, administração
de conflitos e desenvolvimento de
competências interpessoais de equi-
pes. Concluídas as atividades, a em-
presa verificou que os funcionários es-
tavam mais comprometidos com os
resultados, além da melhora no cli-
ma organizacional e diminuição do tur-
nover. “Após várias reuniões com os
profissionais do Senac, formatamos
um programa com a cara da empre-
sa, focado em nossa realidade. O trei-
namento atingiu o objetivo proposto,
o que acabou refletindo também na
produtividade”, avalia Elenice.
Pelo mesmo caminho seguiu a
A. J. Rorato, indústria do ramo move-
leiro localizada em Araruna, no Norte
do Paraná. A empresa havia acaba-
do de desenvolver o “Manual do Co-
laborador”, com as diretrizes da or-
ganização, sua visão, missão, obje-
tivos e normas do programa de qua-
lidade, o PRQ, que começava a ser
implantado. A orientação e o treina-
mento dos colaboradores fazem-se
necessários para o programa entrar
em prática efetivamente. Mas era pre-
ciso que o curso estivesse ajustado
aos aspectos abordados no manual
recém criado.
Mais uma vez, a opção escolhida
foi a educação corporativa por meio
da contratação de instituição de ensi-
no especializada. Nesse caso, o Se-
nac Campo Mourão. Para começar,
foram realizadas 20 turmas do curso
de “Gestão de pessoas, mudanças e
resultados”, que qualificaram 600 co-
laboradores do setor de produção da
A. J. Rorato. Esse número correspon-
de à metade dos funcionários da em-
presa, a que opera no turno da ma-
nhã. O contraste entre o turno matuti-
no, que já havia participado do treina-
mento, e o noturno foi evidente, de
acordo com a gerente de recursos hu-
manos, Cristina Soares Rorato. “Per-
cebemos uma clara mudança nas ati-
tudes dos colaboradores, que passa-
ram a demonstrar mais respeito com
os colegas, a valorizar o emprego e a
ter mais responsabilidade sobre o
produto final”, relata. Não demorou
muito e os efeitos da atividade desen-
volvida pelo RH surpreenderam posi-
tivamente o departamento financeiro.
O índice de falhas foi reduzido, a pro-
dutividade aumentou e, consequente-
mente, os lucros também.
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Como não conse
guiu vender os
três quadros que
ficaram expostos por uns dois
meses, Miguel Bakun trocou
dois deles por meia dúzia de
cuecas.
Hoje, essa afirmação pode
parecer absurda, mas foi exa-
Após algum tempo de expo-
sição e vendidas algumas
obras, o, à época, ainda desco-
nhecido Guido Viaro foi se acer-
tar com Jorge Wallbach. Como
este não quis cobrar aluguel
pelo uso de sua “vitrine-galeria”,
o desconhecido artista Guido Vi-
aro deu-lhe, então, como con-
trapartida, dois quadros entre os
que restaram da exposição.
Certamente por ter passado
por ali durante esta primeira “ex-
posição”, um outro interessado
acabou procurando Wallbach
com o mesmo objetivo. Esse
atendia, em seu atelier, pelo
nome de Theodoro De Bonna.
Ele também expõe suas
obras ali na vitrine da Casa
Londres, por algum tempo, ven-
de alguns quadros e depois
será acertar com o dono do es-
tabelecimento, que já estava se
tornando uma “galeria de arte”.
Jorge Wallbach, da mesma for-
ma como fez com o expositor
JORGE WALLBACH
(À ESQUERDA) E
DOIS AMIGOS NA
PORTA DA CASA
LONDRES NO FIM
DOS ANOS 50.
36 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C PR março | abril 2009
tamente isso que aconteceu,
segundo relato que fez, no fim
dos anos 70, Jorge Santos
Wallbach, proprietário da anti-
ga Casa Londres, que funcio-
nou por mais de seis déca-
das na Rua XV de Novembro,
entre as ruas Monsenhor Cel-
so e Barão do Rio Branco.
A Casa Londres, para
Jorge Wallbach, talvez tenha
sido a primeira “Galeria de
Artes” de Curitiba, pois não ha-
via, pelos anos 20, 30 e 40, um
local específico para a exposi-
ção de obras de arte. Como a
loja possuía, na entrada, duas
vitrines em forma de cunha, com
vestuários formais de um lado e
esportivos de outro, acabou atra-
indo a atenção de um senhor si-
sudo, que indagou ao proprietá-
rio da casa se poderia expor ali
seus quadros. Essa conversa
deu-se lá pelos anos 30. O inte-
ressado atendia pelo nome de
Guido Viaro.
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anterior, nada quis receber pela
cessão do espaço. De Bonna,
então, deixa-lhe duas obras
como forma de pagamento pelo
uso daquela vitrine estratégica.
E assim a “galeria” da Casa
Londres foi chamando a aten-
ção de vários pintores da épo-
ca, que procuravam esse espa-
ço privilegiado da Rua XV de No-
vembro para expor suas obras.
E Jorge Wallbach foi vendo sua
pinacoteca crescer cada vez
mais, de uma forma inusitada.
Viaro voltou, De Bonna também.
Até que um dia, no final dos
anos 50, apareceu um sujeito
estranho querendo expor seus
quadros. Uma meia dúzia. Esse
senhor, com sotaque carregado,
atendia pelo nome de Miguel
Bakun. Como a vitrine estava com
a “agenda de exposições” em
aberto, Jorge Wallbach cedeu-lhe
o espaço. Suas obras ficaram ex-
postas por um bom tempo, mas
ninguém se interessou, talvez por
ser um desconhecido e seus
quadros mostrarem um expres-
sionismo fora do convencional.
Depois de algumas sema-
nas em exposição, sem vender
nenhuma obra, o autor procurou
o dono da loja e, como precisa-
va de dinheiro para sobreviver,
propôs-lhe trocar alguns quadros
por roupas. Negócio fechado:
dois quadros em troca de cami-
sas, calças e meia dúzia de cu-
ecas. Fica difícil imaginar que
Miguel Bakun, um ícone da pin-
tura paranaense, cujas obras va-
lem atualmente uma fortuna,
chegou a trocar seus quadros
por meia dúzia de cuecas.
Não só de Bakun, mas qual-
quer obra de um desses lendá-
rios pintores, que expuseram na
“vitrine-galeria” da Casa Lon-
dres, vale, atualmente, milhares
de reais.
E, assim, Jorge Santos Wall-
bach se tornou um “mecenas”
involuntário das artes plásticas
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em Curitiba, cedendo seu es-
paço de comércio tradicional
de roupas e armarinhos, para
a venda de obras de arte. Cor-
dato, discreto, respeitado no
seu ramo de comércio, Jor-
ge Wallbach foi pegando
gosto pelas obras de arte.
Comprando ou recebendo
como forma de pagamento,
ele deixou para seus herdei-
ros, quando faleceu, em janei-
ro de 1985, dezenas de obras
de autores famosos. Além dos
já citados, ele tinha em sua
coleção quadros de Ander-
sen, Frysleben, Kurt Boyger,
entre outros.
A Casa Londres fechou
suas portas no começo dos
anos 70, após mais de 60
anos de funcionamento, ten-
do se tornado uma referência
no comércio de roupas, alfai-
ataria e armarinhos de boa
qualidade. A Casa Londres
vestiu várias gerações.
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A inserção de pessoas
portadoras de necessi
dades especiais no
mercado formal de trabalho ainda
apresenta muitas dificuldades no
País, inclusive no Paraná. Não por
falta de vagas, pelo contrário. As em-
presas estão com vagas abertas,
aguardando os interessados, cujo
número é insuficiente. E se já está
difícil encontrar esses trabalhadores,
a questão da capacitação é outro
agravante.
Em Araucária, uma parceria entre
o Senac, Risotolândia/Risa, Prefeitu-
ra, Apae, Ministério Público do Traba-
lho e Secretaria de Estado do Traba-
lho, Emprego e Promoção Social, irá
capacitar 20 jovens com funciona-
mento intelectual inferior à média atra-
vés do curso de aprendizagem em
Auxiliar de Cozinha.
A Risotolândia/Risa assinou um
termo de comprometimento e já con-
tratou os alunos na modalidade de
aprendizes, com carteira assinada e
salário mensal. Após a conclusão do
curso eles passarão a fazer parte do
corpo funcional efetivo.
O presidente da Risotolândia/
Risa, Carlos Gusso considera o con-
vênio de extrema importância em fun-
ção das dificuldades que a empresa
vem encontrando para recrutar pes-
soas com deficiência capacitadas
para o trabalho e até mesmo aque-
las sem qualquer experiência. “Nós
temos que colocar nosso dever soci-
Inserção social pelo trabalhoCurso de Aprendizagem do Senac resgata pessoas com capacidadeintelectual inferior à média
al à frente de tudo.
Devemos sentir
que são pessoas
especiais e mere-
cem oportunidades
como as demais”,
completa Gusso.
A carga horária
do curso, de 800
horas, será dividida
entre as disciplinas
teóricas ministra-
das pelo Senac e a
prática profissional
na empresa. Como
se trata de uma tur-
ma para pessoas
com deficiência, al-
gumas atividades
práticas, indispen-
sáveis à formação
de um auxiliar de
cozinha e que ofe-
recem certo nível de
periculosidade e
risco aos alunos,
serão realizadas
em ambiente peda-
gógico monitorado.
A preocupação
em manter as com-
petências funda-
mentais da profissão foi uma cons-
tante durante a estruturação do cur-
so. Isso porque mesmo com algu-
mas limitações, a pessoa com qual-
quer deficiência é capaz de realizar
suas atividades profissionais. Dian-
te de suas especifi-
cidades, o Senac foi
convidado a apre-
sentar o projeto
como case durante a
I Conferência Nacio-
nal da Aprendizagem
Profissional, realiza-
da no ano passado
em Brasília.
Para o assessor
da Secretaria de
Estado do Traba-
lho, Emprego e Pro-
moção Social, José
Stczaukoski, a atua-
ção do Senac para
a inserção da pes-
soa com deficiência
no mercado formal
de trabalho é funda-
mental. “Para equi-
paração das oportu-
nidades, ainda é
preciso quebrar o
paradigma da dis-
criminação. Existe
um preconceito
muito sutil na so-
ciedade como um
todo. Também te-
mos muitos entra-
ves nas políticas governamentais,
que deveriam ser mais inclusivas. Só
assim vamos atingir um patamar
onde não precisaremos mais brigar
por direitos que a constituição já con-
cede há muito tempo”.
SÓ FAZIA BOLO DE
BARRO QUANDO
CRIANÇA, AGORA
VOU APRENDER A
FAZER COMIDA DE
VERDADE.”– Diego Smaha Zubek, 18 anos,aprendiz em auxiliar de cozinha –
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