Revista Fecomércio PR - nº 80

48

description

Revista Fecomércio PR - nº 80

Transcript of Revista Fecomércio PR - nº 80

Page 1: Revista Fecomércio PR - nº 80
Page 2: Revista Fecomércio PR - nº 80
Page 3: Revista Fecomércio PR - nº 80

REVISTA DO SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PARANÁ www.fecomerciopr.com.brwww.sescpr.com.brwww.pr.senac.br

FECOMÉRCIO Rua Visconde do Rio Branco, 931, 6º andarCEP 80410-001 Curitiba Paraná41 3883-4500 | 41 3883-4530 [email protected]

Presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac ParanáDarci Piana

Diretor Regional do Sesc ParanáJosé Dimas Fonseca

Diretor Regional do Senac ParanáVitor Monastier

Editor e Jornalista Responsável João Alceu Julio RibeiroReg. 0293/DRT-PR

Reportagens João Alceu J. Ribeiro, Karen Bortolini, Karla Santin e Silvia Bocchese de Lima

Fotos Ivo José de Lima

Revisão Fernanda Ziegmann, Jorge Mariano,Karen Bortolini, Karla Santin e Silvia Bocchese de Lima Arte e Diagramação Vera Andrion

Impressão – CTP Graciosa Gráfica – CuritibaTiragem 10 mil exemplares

Ano XI nº 80 JAnEIRo | FEVEREIRo 2011

PAlAVRA DO PRESIDENTE

O ano dasrelações na América Latina

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R 3 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

Presidente do sistema Fecomércio sesc senac Paraná, darci Piana

T

O ano de 2011 promete ser intenso em várias áreas, mas especialmente em uma que temos o maior interesse, o Mercosul. Ouvimos a presidente Dil-ma Roussef declarar, em sua primeira viagem como presidente, à Argentina, que a prioridade da política externa brasileira será dada à América Latina.

Já não era sem tempo. Há muito que defendemos a intensificação dos trabalhos em torno do Mercosul, dan-do prioridade aos nossos problemas para que possamos, depois, ampliar as negociações com outros blocos econô-micos. Estamos em contato permanen-te com a Alca (que reúne os Estados Unidos, o México e o Canadá) e com a União Europeia, interessados em es-treitar os relacionamentos, mas ainda cobrando direitos e reduzindo deveres.

Como coordenador empresarial brasileiro do Foro Consultivo Eco-nômico e Social do Mercosul, tenho oportunidade de debater com em-preendedores e trabalhadores do bloco (Argentina, Paraguai, Uruguai, além do Brasil) vários problemas que nos impedem de ampliar nos-sas próprias relações, e elas acabam prejudicando nosso acesso aos ou-tros blocos econômicos.

Em Foz do Iguaçu, no fim do ano passado, estivemos sentados à mesa

dos presidentes dos países do bloco. Foi quando apresentamos o resultado dos nossos debates e as dúvidas que persistem em todos os segmentos en-volvidos – comércio, serviços, turismo, agricultura, indústria – tanto por empre-endedores quanto por trabalhadores.

Há muito ainda para ser discutido e muitas arestas a serem aparadas. Porém, tenho dito e reafirmo aqui que não há retrocesso nem possibilidade de retrocesso. O Mercosul é realidade e a única coisa que pode acontecer é que as assimetrias (dificuldades) exis-tentes entre os países-membros sejam resolvidas, contornadas, solucionadas.

Retroceder, jamais.

Page 4: Revista Fecomércio PR - nº 80

4 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R j a n e i r o | f e v e r e i r o 2 0 1 1

03O ano das relações na América LatinaPalavra do presidente

05Sem o direito de errarGovernador Beto Richa toma posse reafirmando compromisso com a ética e respeito

06Secretário de Educação apresenta novas metas

09O passado no presentePreocupação em escrever memórias preserva não apenas pessoas, mas também o que acontecia na sociedade pontagrossense

10Sepropar, surgimento sob demandaSindicato acompanha história da informática no Paraná

12Turismo Leite QuenteO jeito paranaense de fazer turismo tem atraído um número cada vez maior de visitantes ao Estado

18Sesc Triathlon prova resistência dos atletas profissionais e amadores

20A melhor forma de continuar...Atletas experientes mostram talento em Torneio de Basquetebol Máster

24Comércio no Litoral atinge auge de movimento

26Nova Classe Média Brasileira

30Grandes investimentos para 2011 Sistema Fecomércio Sesc Senac terá 20 projetos em execução no Paraná

34Unidade do Sesc e Senac para Medianeira

36O Senac Paraná ao seu alcance em um cliqueWeb site agrega ferramentas de busca mais aprimoradas e revitaliza o layout

38Enviar, receber, conferir e armazenarFecomércio esclarece dúvidas e apresenta soluções básicas sobre NF-e

41Foro Consultivo na Cúpula de presidentes do Mercosul

42Esem forma primeira turma

46Senac Curitiba é o mais novo Centrode Teste Autorizado Prometric

REVISTA DO SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR ano XI nº 80 janeiro | fevereiro 2011

índice

Page 5: Revista Fecomércio PR - nº 80

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R 5 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

Sem o direito de errar

Agên

cia

Esta

dual

de

Not

ícia

s

“O Paraná não pode esperar! O Paraná tem pressa! A sua história exige de nós o máximo empenho, dedicação e responsabilidade”. Palavras pronuncia-

das pelo governador Beto Richa, ao tomar posse, no dia 1º de janeiro deste ano. Em clima de esperança, o novo governador ressaltou o conhecimento adquirido durante a campanha e toda sua vivência dos problemas existentes no Estado, que precisam ser atacados de imediato.

“Vi uma realidade preocupante” – ao percorrer o Paraná durante a campanha, disse o governador. A disparidade da riqueza e da pobreza, o desespero das filas a saúde, o medo e a insegurança “enquanto a polícia está sem pessoal e equipamentos para enfrentar a violência”.

Beto Richa reafirmou que a única pessoa que o influen-ciou politicamente foi seu pai. E o legado de José Richa todos conhecem: respeito às pessoas, responsabilidade e, acima de tudo, política com ética, com decência e honestidade.

O governador também reforçou a importância dos prin-cípios que irão nortear a gestão que se inicia no Governo do Estado: Ética, Democracia, Verdade e Legalidade. “A vitória não nos deu o direito de errar; a vitória nos impõe o dever de acertar”, disse.

“Não tenho compromisso com o erro e não vou tolerar desvios de conduta de qualquer servidor público – do mais simples e humilde ao mais graduado”, afirmou Richa. “Este é o meu primeiro desafio: como governador, vou devolver a confiança aos paranaenses de todas as regiões. Serei o governador de todos! Vocês serão ouvidos. Nunca os de-cepcionei. E não vou decepcioná-los agora!”, disse.

Uma das primeiras iniciativas do governador foi sus-pender os pagamentos de contratos firmados pela gestão anterior, possibilitando uma análise detalhada dos compro-missos assumidos.

Governador Beto Richa toma posse e reafirma compromisso com ética e respeito

Beto Richa com o vice-goveRnadoR Flávio aRns, na solenidade de posse

T

Page 6: Revista Fecomércio PR - nº 80

6 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R j a n e i r o | f e v e r e i r o 2 0 1 1

Secretário de educação, Flávio arnS, com cheFeS doS núcleoS de educação regional

Secretário de Educação apresenta novas metas

Page 7: Revista Fecomércio PR - nº 80

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R 7 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

Revista Fecomércio – Quais as pro-messas de campanha que serão toma-das como prioridade na Secretaria de Estado da Educação?

Flávio Arns - Estamos trabalhan-do fortemente para que a educa-ção do Paraná seja a melhor do Brasil. Para termos uma escola de qualidade, queremos contar com a participação de toda a sociedade. E pedimos a participação de todos neste processo: pais, professsores e professoras, estudantes, traba-lhadores e trabalhadoras de educa-ção, presidentes das APMFs, pre-sidentes de conselhos de escolas, diretores e diretoras de escolas. Vamos trabalhar fortemente na va-lorização dos professores e traba-lhadores da educação, melhorando os salários e oferecendo condições dignas de trabalho. A ideia é ofere-cer autonomia, inclusive financeira, para que a direção da escola e a comunidade promovam e fiscali-zem a melhoria das instalações e do ensino. Educação em período integral, construindo até o fim des-ta gestão 500 escolas estaduais e vamos começar a atender os mu-nicípios mais pobres. Criaremos o contraturno escolar em todas as escolas. E vamos honrar os paga-mentos do transporte escolar que

são obrigação do Governo do Esta-do e otimizar rotas para melhorar o serviço. Já estamos trabalhando para a criação de um Comitê Ges-tor do Transporte Escolar. Vamos também preparar a Rede Estadu-al de Ensino para atender bem a pessoas com deficiência e incluir as Escolas Especiais em todos os pro-gramas do Estado.

RF – Richa afirmou durante campanha que a educação é prioridade em sua gestão. A seu ver, quais as medidas serão tomadas que comprovarão esta prioridade?

Flávio Arns - Uma medida que foi tomada agora no início desta ges-tão comprova esta prioridade. En-quanto o governo suspendia to-dos os pagamentos do Estado no início de janeiro, pagou a rescisão dos contratos temporários dos professores que estavam atra-sados. Além disso, mantivemos as contratações temporárias de professores, os chamados PSS, de maneira emergencial, para ga-rantir a presença dos professores em sala de aula no início do ano letivo. A nossa intenção é dimi-nuir o número de contratos PSS e aumentar o quadro de professo-res efetivos.

RF – Por que julga que a educação deva ser prioridade nessa gestão de governo?

Flávio Arns - Ao definirmos a Edu-cação como prioridade absoluta do Governo do Estado, pontua-mos inúmeros desafios que quere-mos enfrentar com a participação de toda a sociedade paranaense, unindo forças e propondo metas para a construção de uma política pública de educação que assegure o acesso, a permanência e, princi-palmente, a qualidade do ensino. Cada um de nós é importante nes-sa caminhada – professores, com a grandiosa missão de formar o cidadão e transmitir o conhecimen-to; funcionários, que administram o dia a dia da escola; diretores de escola, que conduzem suas equi-pes pedagógicas e administrativas; chefes de núcleos, responsáveis pelas demandas e articulações re-gionais; funcionários, coordenado-res e diretores de departamentos da Secretaria, que desenvolvem programas pedagógicos e admi-nistram as ações de cada área; co-munidade escolar, que reúne pais, famílias, sindicatos, conselhos e demais agentes da sociedade que atuam na educação, enfim, todos somos responsáveis e devemos as-sumir o nosso papel nesse sonho

Professor licenciado da Uni-versidade Federal do Paraná, Flávio Arns sempre esteve

ligado à Educação. Formado em Direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), possui Mestrado em Letras pela UFPR e Ph.D. em Linguística pela Universidade Nor-thwestern/EUA.

Foi diretor do Departamento de Educação Especial da Secretaria Estadual de Educação do Para-ná de 1983 a 1990 e iniciou sua trajetória política como deputado federal em 2002. Sua vida parla-mentar foi marcada pela questão educacional: apresentou projetos, promoveu debates e audiências públicas no Congresso Nacional envolvendo os movimentos sociais

em discussões importantes como quando da construção da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e nos recentes debates para a elaboração do Pla-no Nacional de Educação (PNE). Eleito vice-governador pelo Es-tado do Paraná para a gestão 2011/2014 será responsável tam-bém pela Secretaria de Estado da Educação.

Page 8: Revista Fecomércio PR - nº 80

8 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R j a n e i r o | f e v e r e i r o 2 0 1 1

coletivo, de transformar a educa-ção do Paraná na melhor do Brasil.

RF – Entre as prioridades estão as no-vas contratações. Quais serão as me-didas da Secretaria da Educação para o andamento deste processo?

Flávio Arns – Uma das nossas prioridades é deixar o quadro de servidores o mais estável possível. No mês de janeiro, mantivemos o Processo de Seleção Simplificado (PSS), para garantir o início do ano letivo com professor em sala de aula. Mas a nossa intenção é di-minuir drasticamente o número de PSS, que é importante para garan-tir a substituição dos profissionais que entram em licença médica, licença maternidade, entre outras. Agora tenho dito que é o fim da picada contratar professor no início de janeiro. Temos de ter o próximo ano letivo planejado no máximo até o fim de novembro.

RF – O que será feito para valorizar a profissão dos professores nesta gestão?

Flávio Arns – Costumo dizer que a valorização da profissão dos pro-fessores e dos trabalhadores em Educação não é só salário. Nós, enquanto sociedade, também achamos que os profissionais de-vem ser valorizados e receber um bom salário. Mas, além da remune-ração, vamos aprimorar o plano de carreira, oferecer condições dignas de trabalho, formação continuada e realização de concursos públicos. Até o fim de 2011 queremos cha-mar os 60 mil aprovados no con-curso de 2007 e só esperam ser chamados para contratação. Va-mos primeiro chamar estes profes-sores, pois o concurso é válido até março do ano que vem. Se houver necessidade, iremos realizar novo concurso em seguida.

RF – Nosso governador de Estado assumiu o compromisso em trazer um modelo de ensino integral para o Paraná. Quais são as chances desses moldes serem implantados em quatro anos?

Flávio Arns – Estamos trabalhan-do no planejamento de implantar 500 escolas em turno integral até o fim desta gestão. A ideia é traba-lhar com atividades de contratur-no, mesmo nas escolas onde não haverá a implantação de ensino em turno integral. Para isso estamos viabilizando parcerias com diversas instituições, a Fecomércio é uma delas.

RF – Existe algum programa específico para inclusão de menores no mercado de trabalho?

Flávio Arns – Queremos im-plantar a bolsa-auxílio, que fun-cionará como um incentivo para que os jovens continuem os es-tudos, mas que estejam inseridos no mercado de trabalho. A ideia é dar oportunidades para que os jovens trabalhem, mas continuem o Ensino Médio.

RF – O que será feito para melhorar as condições físicas das escolas bem como mobiliário?

Flávio Arns – Estamos trabalhan-do em um mutirão em conjunto ao Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Paraná (CREA-PR), Instituto de Engenha-ria do Paraná (IEP) e Universidade Federal do Paraná (UFPR), para a elaboração de um diagnóstico das condições físicas das escolas da rede estadual. Hoje, não temos um levantamento atual da situação da estrutura física das nossas escolas. O que sabemos, por exemplo, é que das 2,2 mil escolas, 1,5 mil estão funcionando sem alvará do Corpo de Bombeiros ou da Vigilância Sanitária.

RF – Como entidade educadora, o Se-nac desenvolve habilidades em profis-sionais voltados ao comércio. Como ava-lia a qualidade do ensino da entidade?

Flávio Arns – Acho de extrema importância uma entidade como o Senac em trabalhar com a forma-ção continuada dos profissionais do setor de comércio.

RF – O Sesc também realiza projetos de Educação. Como avalia as ações desenvolvidas pela entidade como complemento às desenvolvidas pelo Governo do Estado?

Flávio Arns – De extrema im-portância. Entidades como o Sesc e o Senac podem trabalhar como parceiras do Governo do Estado em atividades no contraturno e também nos cursos profissionais de Nível Médio. Já estamos em ne-gociação para estabelecer algumas atividades em conjunto. E, o que vamos buscar será esta integração com diversos setores da sociedade. É muito importante a participação de todos na construção de uma educação pública de qualidade.T

Secretário de educação, Flávio arnS

Page 9: Revista Fecomércio PR - nº 80

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R 9 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

T

Diz um velho ditado: escrever, para não se per-der. Talvez pensando exatamente desta ma-neira, o cidadão Augusto Canto Junior, que

compartilhou este plano de 1901 a 1995 do século pas-sado, na cidade de Ponta Grossa, deixou vários escritos sobre suas experiências e vivências. Quem preserva esse material histórico é um neto, também Augusto Canto (Neto), que enviou à Fecomércio algumas histórias recu-peradas de velhos manuscritos.

Augusto Canto, o Junior (na foto abaixo), conta em uma delas, o surgimento do cinema “Recreio”, já de saudosa memória. Segundo ele, seu pai, também Augusto Canto, comerciante estabelecido na Rua 7 de Setembro, em Ponta Grossa, nos idos de 1906 (nesta época Augusto Canto Ju-nior, o nosso historiador, tinha apenas seis anos) instalou o primeiro “cinematógrafo” na então pequena Princesa dos Campos. Providenciou o desmanche de várias paredes de um imóvel de sua propriedade, ao lado do Hotel Bindo. Foi a

São Paulo (de trem), comprou o equipamento necessário (da famosa marca Pathé Fréres) e abriu ao público as apresentações.

Contava com a colaboração de Carlota Canto (irmã de Junior) que, como pianista, ficava encarregada de, com as notas musi-

cais, realçar as cenas mais quentes dos filmes, então mudos.

Graças à iniciativa de Augusto Canto Junior em colocar no papel coisas que marcaram a sua vida, é possível saber hoje de alguns detalhes do que ocorreu no iní-cio do século passado na vida de uma pacata cidade.

É através destes es-critos que se sabe, por exemplo, que foi em 1908, na Rua XV de No-vembro, que Augusto Canto – como se pode

ver, um aficionado por arte – transfor-mou o hobby em negócio, inaugurando o Cinema Recreio, vendido em 1911.

O ingresso, na data da inauguração, custava 500 Réis e a programação de es-tréia previa “A casa dos seis filhos”, de arte dramática; “Boneco de Neve, amor e quei-jo”, comédia; “Senhora Canhão tem calor” e “Boireau em visita”, comédia italiana.

Banco do BrasilÉ, ainda, através dos escritos de Augusto

Canto Junior que se sabe detalhes da inau-guração do Banco do Brasil em Ponta Gros-sa. Foi no dia 2 de agosto de 1918. Em suas memórias, ele diz: “São três horas da tarde. Abrem-se para a comunidade pontagrossense as portas do Banco do Brasil, que no período da manhã tinha sido inaugurado oficialmente com as autoridades da cidade e região”.

Depois de detalhar a localização do empre-endimento (em prédio alugado do senhor Francisco Schust, anexo à loja de ferragens do senhor Paulo Lange), Junior detalha nomes das “pessoas gradas” participantes da efe-méride e aponta o primeiro gerente – “senhor Humberto Moletta, pessoa digna e muito conceituada”.

Uma curiosidade anotada por Junior referindo-se ao fa-moso crédito: “Nossa Princesa dos Campos veio a conhecer casas bancárias nos idos de 1910. Antes desse evento só contava com pessoas endinheiras, que com bons juros, em-prestavam (dinheiro) fazendo o credor assinar letras como garantia. Entre essas pessoas encontrava-se o senhor Emi-lio Couroux, cidadão francês, radicado em nossa cidade, ca-sado com uma senhora pontagrossense”.

Augusto Canto Junior ainda tem memórias escritas e guardadas pelo neto sobre as serrarias estabelecidas em Ponta Grossa e sobre alguns dos moradores ilustres da ci-dade no início do século passado. Mas isso já é assunto para outras histórias do passado.

O passado no presentePreocupação em escrever memórias preserva não apenas pessoas, mas também o que acontecia na sociedade pontagrossense

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R 9 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

Page 10: Revista Fecomércio PR - nº 80

Sepropar, surgimento sob demandaSindicato acompanha história da informática no Paraná desde o início

O Sindicato das Empresas de Processamento de Da-dos do Estado do Paraná

(Sepropar), fundado em 1987, foi o terceiro a se filiar à Fecomércio PR. Ele surgiu para atender à demanda das empresas desse segmento, que nesta época, começaram a conquistar espaço no Estado, conforme conta um dos fundadores e atual presidente da entidade, Luiz Sérgio Wozniaki, que atualmente está no sétimo mandato.

“As empresas de informática sur-giram na década de 80, junto à prá-tica da terceirização, que deu origem a várias prestadoras desses serviços. Naquela ocasião não tínhamos um sin-dicato para representá-las, e foi então que a própria Federação do Comércio do Paraná incentivou e sugeriu a cria-ção do Sepropar”, conta Wozniaki.

Os serviçosde informática

Atualmente, a entidade representa empresas do segmento de informáti-ca, em todo o Estado, sejam elas de comercialização de computadores e demais hardwares ou de desenvolvi-mento de softwares, atendendo uma base de 12 mil associadas. Além de realizar a Convenção Coletiva de Tra-

balho, o Sepropar está à disposição de seus associados para fornecer infor-mações a respeito dos benefícios cria-dos pelas leis que envolvam a informá-tica no país, a exemplo do Pis e Cofins. Também presta serviço de assessoria jurídica, inclusive sobre a legislação específica para o segmento quanto o recolhimento de impostos.

Parcerias em favor do associado

“O Sepropar realiza frequentemen-te convênios com outros sindicatos a fim de fortalecer a instituição e pro-porcionar melhorias para seus asso-ciados”, conta o presidente e comple-menta que é muito efetiva a atuação do sindicato, pois está sempre presen-te junto às entidades de classe para fortalecer o setor informático, tanto em interesses jurídicos quanto finan-ceiros. Para isso, conta com um depar-tamento jurídico à disposição.

Além dessas parcerias, Wozniaki ressalta que seus associados podem contar com suporte do Sistema Fe-comércio Sesc Senac. “Este apoio se estende em cursos extensivos, profis-sionalizantes, que qualificam para o mercado de trabalho, exclusivamente para as vagas de diferentes segmen-

“As empresas de informática surgiram na década de 80, junto à prática da tercei-rização, que deu origem a várias prestadoras desses serviços. Naquela ocasião não tínhamos um sindicato para representá-las, e foi

então que a própria Federação do Comércio do Paraná incentivou e sugeriu

a criação do Sepropar”

PreSideNte do SiNdiCAto dAS emPreSAS de ProCeSSAmeNto de dAdoS

do eStAdo do PArANá

– Luiz Sérgio WozNiAki –

10 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R s e t e m b r o | d e z e m b r o 2 0 1 0 10 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R

Page 11: Revista Fecomércio PR - nº 80

“O Sepropar realiza frequentemente convênios com

outros sindicatos a fim de fortalecer

a instituição e proporcionar melhorias para seus associados”

preSidente dO SindicatO daS empreSaS de prOceSSamentO de dadOS

dO eStadO dO paraná

– Luiz SérgiO WOzniaki –

tos do comércio. Também podemos contar com as atividades desenvolvi-das pelo Sesc, nas áreas do esporte, da cultura, da saúde e do lazer”, diz.

O presidente do Sepropar enfa-tiza que pretende intensificar esta parceria ao recomendar pontualmen-te os restaurantes do Sesc e Senac para sua base de comerciários e os serviços do Sesc Odontologia. “Além de contarmos com um preço diferen-ciado, temos muita qualidade nestes serviços”, garante.

Recomendação justa

Wosniack atenta a um problema que vem acontecendo com frequên-cia no recolhimento dos impostos. Ele salienta que as empresas filiadas ao sindicato, que fazem parte da ca-tegoria de informática recolham seus trabalhos pertinentes a esse setor para o Sepropar. “Atento a esse deta-lhe, pois muitas delas estão recolhen-do para sindicatos alternativos, o que onera em um duplo pagamento, uma vez que judicialmente o correto e obri-gatório é arrecadar o imposto sindical para seu objeto social. O recolhimento de forma correta evita ter de se com-provar”, orienta.

O presidenteLuiz Sérgio Wozniaki é formado em

Química pela Universidade Católica do Paraná, em 1976, e em Bioquími-ca pela UFPR, em 1979. Mas, foi na carreira da informática que ele dedi-cou seu conhecimento e seus esfor-ços. Como o segmento se desenvolveu rapidamente, o mercado de trabalho carecia de profissionais nesta área. Ele conta que as vagas inicialmente eram temporárias, com possibilidade de contratação, e que o período era reduzido para seis horas. Assim, con-seguia trabalhar e ainda especializar-se na área da informática.

Atualmente, concilia a presidên-cia do Sepropar com seu próprio ne-gócio. O empresário está à frente da Digidata, uma das primeiras escolas de informática de Curitiba, fundada em 1986.

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R 11 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

T

Page 12: Revista Fecomércio PR - nº 80

12 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R j a n e i r o | f e v e r e i r o 2 0 1 1 12 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R j a n e i r o | f e v e r e i r o 2 0 1 1

Page 13: Revista Fecomércio PR - nº 80

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R 13 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R 13 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

Page 14: Revista Fecomércio PR - nº 80

Privilegiado por suas belezas históricas, culturais e arquitetônicas, o Paraná tem o segundo destino tu-rístico mais procurado do Brasil e um dos principais

destinos naturais do mundo: as Cataratas do Iguaçu. Mas as atrações do Estado não param por aí. O Paraná conta com dez regiões turísticas e de acordo com a Secretaria de Estado do Turismo (Setu), são 47 os produtos turísticos paranaenses, que atendem a diferentes perfis de demanda e mercado, que neste ano, podem chegar aos 80.

Prova dessa variedade são os números que o Estado tem registrado. Dados do Instituto Paranaense de Desenvolvimen-to Econômico e Social (Ipardes) revelam que 45% do Produ-to Interno Bruto do Paraná (PIB), é oriundo do setor terciá-rio, onde encontram-se as atividades ligadas ao turismo. Em 2008, o Estado registrou um fluxo turístico de 12,2 milhões de pessoas e, em 2009, superior a 13 milhões. Segundo a Setu, a receita gerada pelo turismo no Paraná, em 2000, foi de US$554 milhões e, em 2010, superou a marca de US$3,2 bilhões. A mesma pesquisa aponta que 65,4% dos serviços relativos à atividade turística no Estado são da área da alimen-tação, seguida das atividades de alojamento, transporte rodo-viário, agências de viagens, transporte aéreo, entre outros.

Dos 399 municípios paranaenses, aproximadamente 200 possuem, segundo dados da Setu, órgãos específicos para o desenvolvimento turístico. De acordo com o Secretário de Es-tado do Turismo, Faisal Saleh, a secretaria está desenvolven-do um trabalho de identificação de novos destinos indutores do Estado, que possam vir a ter reconhecimento nacional. “Evidencio a confiança que tenho no potencial turístico do Pa-raná como destino de viagens e turismo. Nosso objetivo maior é reposicionar de forma competitiva as regiões turísticas do Paraná, possibilitando o desenvolvimento econômico e a in-clusão social”, enfatiza Saleh.

Além de incentivar a formatação de novos produtos turís-ticos sustentáveis e competitivos, o secretário destaca que a Setu e o Governo do Estado pretendem ampliar a divulgação e qualificação dos já existentes. “A nossa gestão se dará no momento em que o país colhe os resultados do aumento de renda dos trabalhadores e minha obstinação é colaborar para a inserção das viagens como um item de lazer da cesta de consumo de cada paranaense”, afirma.

Destino do MundoAlém dos atrativos turísticos, a cidade de Foz do Iguaçu

atingiu um recorde, em 2010, com o embarque e desembar-

14 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R j a n e i r o | f e v e r e i r o 2 0 1 1

Silv

ia B

occh

ese

de L

ima

Page 15: Revista Fecomércio PR - nº 80

que de mais de 1,1 milhão de pas-sageiros no Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, o que represen-tou um crescimento de 43,3% em relação ao ano anterior. Para 2011, os números são ainda maiores, a projeção da Infraero é que o termi-nal ultrapasse a marca de 1,3 mi-lhão de passageiros.

Estes números devem-se, na avaliação do Secretário de Turismo de Foz do Iguaçu, Felipe Gonzalez, à integração do poder público e da iniciativa privada que, em uma ação conjunta, desenvolveram uma es-tratégia de marketing e gestão do destino, denominada “Foz do Igua-çu Destino do Mundo”. “Este pro-jeto, lançado em 2007, tinha como

premissa básica alcançar o incremento sustentável do fluxo de visitantes em nosso destino, desenvolvendo ações de ma-rketing, promoção e divulgação do destino, consolidando uma marca, promovendo as belezas e as diferenças de uma região trinacional e, com isso, o destino superou desde então, a mar-ca de um milhão de visitantes no Parque Nacional do Iguaçu”, salienta Gonzalez.

No Paraná, as parcerias entre iniciativa privada e estatal são fundamentais para o desenvolvimento do turismo no Estado, e na avaliação de Saleh, não se resumem unicamente na exe-cução, mas em todas as etapas do planejamento, como orga-nização e operacionalização. Ele revela que estas ações terão reflexos no planejamento, que se traduzirá na estruturação do Plano de Desenvolvimento do Turismo do Paraná para o período de 2012 a 2014; na organização, com o Conselho Estadual de Turismo e suas Câmaras Temáticas e os órgãos municipais de turismo, as instâncias de governança regional, além das entida-des de classe e de fomento, as instituições de ensino em turismo e as empresas comerciais. “A participação de todos é premissa para obtenção dos resultados almejados, não só pelo poder pú-blico, mas por todos os envolvidos. Eles serão garantidos a partir do trabalho integrado e com bases sustentáveis dentro do fiel propósito de que o Paraná tem muito ainda a ganhar com a atividade turística", pontua o secretário da Setu.

A Copa de 2014 trará ao Estado visitantes de todo o mundo e, consequentemente, as cidades turísticas de Foz do Iguaçu,

"O Paraná tem muito ainda

a ganhar com a atividadeturística"

SecretáriO de turiSmO de FOz dO iguaçu

– FeliPe gOnzalez –

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R 15 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

Dan

ieli

From

Fer

rari

Page 16: Revista Fecomércio PR - nº 80

Ponta Grossa e Curitiba receberão uma grande parcela destes. Na avaliação do Secretário de Turismo de Foz do Iguaçu, é fun-damental a ampliação e melhoria das instalações do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, para receber este aporte de tu-ristas. Outras necessidades apontadas por Gonzalez são referen-tes à duplicação das BRs 469 e 277 e a revitalização do Marco das Três Fronteiras que liga o Brasil a Argentina e ao Paraguai. “Além desses projetos prioritários na área de infraestrutura, o destino também investirá muito nesses próximos anos, em cur-sos de qualificação e capacitação profissional, buscando preparar melhor os colaboradores do setor para receber turistas durante a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016”, diz o secretário em Foz do Iguaçu.

Para atender a esta demanda por qualificação, o Senac Paraná já dispõe de um portfólio de cursos, alguns deles gratuitos, nas áreas de Gastronomia, Idiomas, Turismo e Hospitalidade, Gestão e Comércio. Estes cursos são destinados para o atendimento ao setor e aos trabalhadores que atuarão na linha de frente, como taxistas, recepcionistas, camareiras, garçons e guias de turismo.

Investimentos no setorA Secretaria de Estado do Turismo está elaborando um Plano

de Desenvolvimento do Turismo para os próximos quatro anos, culminando com a realização da Copa do Mundo 2014. O secre-tário já adianta que estarão, entre as principais linhas de ação, campanhas que fomentem a hospitalidade e a cultura de viagem do paranaense e, também, a estruturação de políticas de capta-ção de eventos, de investimentos e de parcerias que culminem com a efetivação de um Fundo Estadual de Turismo. “Sem dúvi-da, a atuação regional será fortalecida a partir das dez regiões turísticas do Estado, que passarão por critérios que permitam aumentar o ‘DNA’ turístico dos municípios que as integram, além de elevar seu nível de competitividade no mercado turístico na-cional e internacional. Para que isso aconteça, pensamos em criar Unidades de Inteligência, em parceria com diferentes entidades, como o Sistema Fecomércio Sesc Senac e o Sebrae”, conta Saleh.

O secretário também pontua que o Estado tem um forte po-tencial de crescimento em turismo e com a atualização do diag-nóstico dos municípios e regiões, será possível visualizar com clareza em que setores podem haver investimentos. “A leitura desses dados será com foco no mercado, sejam eles no turismo de aventura, ecoturismo, rural, cultural ou gastronômico. Vamos nos articular com nossos parceiros para que um número maior de municípios e regiões tenham o turismo como uma forma de desenvolvimento econômico e social. Acredito que o Paraná ofe-

16 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R j a n e i r o | f e v e r e i r o 2 0 1 1

Silv

ia B

occh

ese

de L

ima

Page 17: Revista Fecomércio PR - nº 80

Parque NacioNal do iguaçulocalizado na região extremo oes-te do estado, o Parque Nacional do iguaçu possui uma área de pouco mais de 185mil hectares. criado em 1939, foi considerado, em 1986, pela unesco, Patrimônio Mundial Natural da Humanidade.o parque abriga um dos mais belos espetáculos da natureza, as cata-ratas do iguaçu, além de ser uma das maiores reservas florestais da américa do Sul. o local conta com ampla infraes-trutura, como centro de visitantes, área de alimentação, hotel e ainda possui um sistema de transporte diferenciado para as dependências do parque.

uSiNa Hidrelétrica de itaiPua usina Hidrelétrica de itaipu foi construída com o objetivo de gera-ção de energia retendo o curso do rio Paraná e aproveitando seu po-tencial hidráulico. trata-se de um empreendimento binacional desen-volvido pelo Brasil e Paraguai.a hidrelétrica possui um complexo turístico, onde é possível realizar passeios ao interior da barragem, nas áreas internas e externas da usina e, durante a visita panorâmi-ca, pode-se observar a barragem e o vertedouro.

Parque eStadual de Vila VelHalocalizado no Planalto de Ponta grossa e criado em 1953, o Parque estadual de Vila Velha possui uma área de três mil hectares e é integra-do por três áreas distintas: arenitos, Furnas e lagoa dourada. Seu princi-pal atrativo são os arenitos, famosas formações rochosas, que ao longo do tempo com a ação das chuvas e

dos ventos transformaram-se em va-riadas e gigantescas figuras.o parque foi tombado, em 1966, como Patrimônio Histórico e artís-tico do estado.

Parque eStadual de caMPiNHoSo Parque estadual de campinhos abrange parte dos municípios de cerro azul e tunas do Paraná. Sua área total gira em torno de 204 hectares e foi criado com o objetivo de proteger a floresta de araucária e preservar cavernas, grutas e abismos.Seu principal atrativo são as gru-tas, destacando-se o conjunto de Jesuítas, formado por quatro ca-vernas: gruta das Fadas, Portal encantado, abismo das Fadas e gruta dos Jesuítas. o parque conta com equipamentos de apoio ao turismo como centro de visitantes e guias.

Parque eStadual do MoNgeo Parque estadual do Monge está localizado no município da lapa, conta com aproximadamente 250 hectares de área e foi criado em 1960 sendo atualmente considera-do reserva do Patrimônio Natural.o local apresenta uma fonte de água considerada milagrosa e a gruta do Monge, além de forma-ções rochosas, trilhas ecológicas e vertentes de água cristalina.

Parque eStadual do guarteláo Parque estadual de guartelá está localizado nos municípios de castro e tibagi, possui uma área de 798 hectares. em seu território encontra-se o canyon guartelá, cortado pelo rio iapó sendo con-siderado o maior canyon do Brasil

em extensão, além de corredeiras, cachoeiras, grutas e inscrições ru-pestres dos primeiros habitantes da região.

Parque eStadual de aMaPorão parque está situado na região Noroeste do Paraná e possui uma área de 204,57 hectares, sendo que destes, 70% são constituídos de mata nativa e o restante de mata em estágio de recuperação.existem trilhas para conhecer o lo-cal, desfrutar da floresta e apreciá-la.

Parque eStadualda Serra da Baitacao Parque estadual da Serra da Baitaca localiza-se nos municípios de Piraquara e quatro Barras, pos-sui uma área total de três mil hec-tares e foi criado com o objetivo de garantir a conservação da diversi-dade biológica da área. é na Serra da Baitaca que se encontra o Pico anhangava, com 1.400 metros de altitude, muito procurado para a prática de esportes radicais.

caMiNHo do ituPaVao caminho do itupava está localizado entre o distrito de Borda do campo, no município de quatro Barras e o distri-to de Porto de cima, no município de Morretes. Serve de acesso a diversos atrativos como o Parque estadual Pico do Marumbi, rio Nhundiaquara, Santuário do cadeado, entre outros.o caminho de itupava foi aberto no início da colonização paranaense para que se pudesse realizar a tra-vessia pela Serra do Mar. o local faz parte da área de tombamento da Serra do Mar, está cadastrado no instituto de Patrimônio Histórico e artístico Nacional como Patrimô-nio arqueológico e é considerado reserva da Biosfera pela unesco.

O Turismo Social do Sesc Paraná oferece diversas opções de excursões, passeios e hospedagens no Paraná e em outros estados, proporcionando lazer, descanso e o prazer da descoberta realizada a cada viagem.Para informações, acesse www.sescpr.com.br ou entre em contato pelo telefone (41) 3304-2266.

rece uma gama muito grande de produtos, que atendem a todas as classes econômicas. Um de nossos desafios será fazer com que a população redescubra e viva mais o seu município e região, criando oportunidades para que o cidadão paranaense, independente de sua classe econômica, realize regularmente passeios aos atrativos de seu município e região, incentivando o turismo social e de base comunitária e incrementando o turismo interno”, conclui Saleh.

Fonte: Setu/Departamento de Estatística – Atrativos Turísticos do Paraná

Conheça alguns atrativos turísticos do Paraná

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R 17 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

T

Page 18: Revista Fecomércio PR - nº 80

18 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R j a n e i r o | f e v e r e i r o 2 0 1 1 18 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R j a n e i r o | f e v e r e i r o 2 0 1 1

Page 19: Revista Fecomércio PR - nº 80

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R 19 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

Foram necessários apenas 89 minutos para que as 750 va-gas para a 23ª edição do Sesc

Triathlon Circuito Nacional – Etapa Caio-bá – fossem preenchidas e mais de 400 triatletas aguardam na lista de espera.

A competição, que será realizada no dia 27 de fevereiro, abre o calendá-rio do Circuito Triathlon do Sesc, e pre-tende incentivar e dar a oportunidade da prática de atividades físicas por meio de uma prova de qualidade téc-nica e segura, que engloba as modali-

dades de natação, ciclismo e corrida.A Praça Central de Caiobá, na Praia

Mansa, é o local das largadas, que têm início às 07h45, com a Categoria Ama-dora, Mountain Bike e Comerciária e, às 09h15, é a vez da Categoria Elite.

Nesta competição, os atletas profis-sionais provam seu preparo e resistência física, ao percorrer os 1500m de nata-ção, na Praia Mansa; 40 km de ciclismo na Rodovia do Contorno e Alexandra Matinhos e 10 km de corrida, na Ave-nida Atlântica, o dobro das distâncias

que os amadores percorrerão. O tempo máximo para a realização da prova na Categoria Amadora, Mountain Bike e Comerciaria é de 01h45 e para os atletas da Categoria Elite, 02h15.

No sábado (26), no Ginásio de Es-portes – Centro de Turismo e Lazer do Sesc Paraná, será realizado o Simpósio Técnico, quando serão repassadas in-formações e orientações gerais, sana-das as dúvidas e efetuada a entrega dos kits dos atletas, composto por nu-merais, touca, camiseta e chip.

Premiação | Masculina e FemininaA partir das 13h30 | Ginásio do Sesc Caiobá – Centro de Turismo e Lazer | Rua Dr. José Pinto Rebelo Júnior, 91

Categoria Elite- Troféus aos cinco primeiros colocados- Medalhas de Participação para todos os participantes- Premiação em espécie aos cinco primeiros colocados

Categoria Amadora e “Mountain Bike”- Troféus aos cinco primeiros colocados- Medalhas de participação para todos os participantes- Premiação em espécie para o 1º colocado de cada categoria- 1º melhor tempo Geral – despesas pagas com transporte, alimentação e hospedagem para a próxima etapa do Sesc Triathlon Circuito Nacional, em Brasília.

Categoria Comerciária- Troféus aos cinco primeiros colocados- Medalhas de participação para todos os participantes- Premiação em espécie para o 1º colocado geral - 1º colocado Geral – despesas pagas com transporte, alimentação e hospedagem para a próxima etapa do Sesc Triathlon Circuito Nacional, em Brasília

*Pessoas Portadoras de Deficiências- Troféus aos cinco primeiros colocados - Medalhas de participação para todos os participantes- Premiação em espécie para o 1º colocado geral

26 de fevereiro (sábado)

Simpósio Técnico 17h | Ginásio do Sesc Caiobá – Centro de Turismo e Lazer | Rua Dr. José Pinto Rebelo Júnior, 91

27 de fevereiro (domingo)

Check In 06h15 às 07h30 | Categoria Amadora, Mountain Bike e Comerciária

08h15 às 09h | Categoria Elite

Largadas A partir das 07h45 | Categoria Amadora, Mountain Bike e Comerciária 09h15: Categoria Elite

Calendário da Prova | Etapa Caiobá 2011

Etapa ...........UF | Cidade ............Previsão de realização

1ª .................PR | Caiobá ............27 de fevereiro

2ª .................DF | Brasília ............22 de maio

3ª .................PA | Belém ..............3 de julho

4ª .................CE | Fortaleza .........11 de setembro

5ª .................BA | Salvador ..........16 de outubro

6ª .................RS | Tramandaí ......11 de dezembro

SESC Triathlon - Circuito Nacional/2011

TS I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R 19 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

Page 20: Revista Fecomércio PR - nº 80

20 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R j a n e i r o | f e v e r e i r o 2 0 1 1

Estar em plena forma física aos 70 anos, aparentar ser muito mais jovem e ter um

sistema cardíaco bem mais saudável. Ao assistir às partidas do Torneio de Basquetebol Máster de Caiobá nota-se que este estilo de vida é possível. Ex-perientes jogadores de diversas idades mostraram seu talento em um espaço

que permite que o sonho nunca aca-be. Lá, ex-jogadores profissionais divi-dem quadra com amantes do basquete e esbanjam saúde e disposição nas competições. O torneio, que chegou a sua XX Edição, é uma realização da Associação Paranaense de Basquete-bol Máster (APBM) em parceria com o Sesc Paraná, integrante do Sistema

Fecomércio Sesc Senac, e Amil. Neste ano, as competições acon-

teceram de 26 a 30 de janeiro, e, seguindo a tradição do evento, reali-zadas no ginásio de esportes do Sesc Caiobá. Foram 43 partidas em apenas cinco dias, em um ritmo intensivo. O presidente da APBM, José Candido Muricy, que está à frente da entidade

A melhor forma de continuar...Atletas experientes mostram talento em Torneio de Basquetebol Máster, no Sesc Caiobá

Page 21: Revista Fecomércio PR - nº 80

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R 21 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

há 11 anos, conta que inicialmente o torneio era chamado de “Freitas Neto”, em homenagem ao atleta de grande destaque no esporte. O evento surgiu por iniciativa de um dos fundadores da APBM, José Acácio Wotroba. A inten-ção era fazer um campeonato de verão ao aproveitar as férias no litoral, com o objetivo que cumpre até hoje, o de valorizar o esporte, o congraçamento e o encontro de amigos e familiares.

Como é sempre realizado no fim de janeiro, época da alta temporada, os veranistas prestigiam as partidas, e junto aos participantes e organiza-dores contribuem para o aquecimento do comércio no litoral. Neste ano, por exemplo, foi registrada a participação de 250 atletas, isso sem contar seus acompanhantes.

Mas, os números apontam um

crescimento contínuo do evento, pois neste ano atingiu seu recorde de parti-cipação ao contabilizar 25 equipes. “No início contávamos com quatro equipes, vindas somente de Curitiba, e à medi-da que fomos incentivando a partici-pação e divulgando o torneio tivemos essa grande procura. Os atletas de re-nome que temos são convidados dos próprios participantes, quando perce-beram que cada vez mais aumentava a competitividade”, avalia Muricy, que também é um participante assíduo, além de sempre jogar pela Seleção Brasileira de Basquetebol Máster, e conta com cinco participações em jo-gos mundiais.

“Considero este campeonato um verdadeiro movimento de amantes do basquete. Aqui eles têm espaço para praticar”, conta o presidente da

APBM, ao afirmar que a agenda da associação é bem preenchida, pois conta com oito a 10 torneios anuais. Muricy diz que o Sesc também é um parceiro no torneio de inverno, que acontece há cinco anos na unidade Portão. “Agradeço ao presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac, Dar-ci Piana, por ser um incentivador do esporte, junto a gestores da entidade comprometidos com a promoção da qualidade de vida”, comenta.

A organizaçãoMotivo de elogio pelos participan-

tes, a organização e o profissionalismo do evento contribuem para torná-lo o segundo maior no esporte em todo o Brasil, ficando somente atrás do Cam-peonato Brasileiro de Basquetebol Máster. A premiação por categoria é

Page 22: Revista Fecomércio PR - nº 80

22 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R j a n e i r o | f e v e r e i r o 2 0 1 1

diretor técnico da associação, narsen castro

organizada, todas as partidas são devi-damente cronometradas e as estatísti-cas são geradas em tempo real, o que proporciona um alto grau de satisfação e fidelidade do atleta. “A parceria com o Sesc torna o evento deste quilate”, pondera o presidente da APBM.

Saúde em dia“No Basquetebol Máster, jovens e

veteranos praticam uma atividade físi-ca exemplar. Estamos sujeitos a lesões que podem acontecer com qualquer atleta, mas o ganho com o equilíbrio físico e mental que temos são muito superiores”, opina Muricy.

Ele, que joga basquete há 55 anos, concilia a atividade com a medicina, e considera o esporte uma “psicoterapia de grupo”, pois, ao entrar em jogo, volta no tempo. “Na quadra somos eternamente jovens”.

O diretor técnico da associação, Narsen Castro, concorda. Ele, que é cirurgião dentista, participa desde a

primeira edição. “Hoje, tenho 74 anos e me sinto com 50. Treino quatro ve-zes na semana e jogo pelo prazer de me sentir bem”, conta. O experiente jogador recomenda alguns cuidados

para manter a forma por tanto tempo: caminhada, não fumar e reeducação alimentar são pontos fundamentais. Ele destaca que a ingestão de líquidos durante as partidas também é funda-

22 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R j a n e i r o | f e v e r e i r o 2 0 1 1

Page 23: Revista Fecomércio PR - nº 80

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R 23 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

T

CATEGORIA PRÉ MÁSTER 25/341º Colocado Recra/Ribeirão Preto2º Colocado ABBLU/Segalas3º Colocado Maringá Basquete4º Colocado China Master/Ponta Grossa5º Colocado Galícia Basketball6º Colocado Sociedade ThaliaCATEGORIA MÁSTER 35/491º Colocado ABBLU/Segalas2º Colocado Máringá Basquete/Country Club3º Colocado Galícia Basketball4º Colocado Tênis Clube de Campinas5º Colocado Duque de CaxiasCATEGORIA SUPER MÁSTER 50/591º Colocado Assoc.Sabesp/Bugre/Ponta Grossa2º Colocado Tênis Clube de Campinas3º Colocado Maringá Basquete/Country Club4º Colocado Duque de Caxias5º Colocado ABBLU/Segalas6º Colocado Galícia Basketball7º Colocado Sociedade ThaliaCATEGORIA HIPER MÁSTER 60/641º Colocado UVB/São Paulo2º Colocado Rua México/Pupilos do King3º Colocado Unisul/Ponta Grossa CATEGORIA EXTRA 65+1º Colocado Matinhos - Verde2º Colocado Caiobá - Laranja3º Colocado Antonina - Azul4º Colocado Morretes - Amarelo

mental, pois chega a perder cerca de três quilos por jogo.

Narzen conta que a divisão por ca-tegorias torna justa a competição para diferentes idades. O formato de reve-zamento no jogo poupa o atleta e dá oportunidade para todos participarem. “Os jogos são divididos em quatro quartos e cada atleta tem que descan-sar pelo menos um deles, o equivalen-te a 10 minutos”, explica.

Uma lenda em quadraO Torneio de Basquetebol Máster,

por ser uma referência neste espor-te, tem atraído ex-atletas de renome da Seleção Brasileira. São presenças frequentes Carioquinha, Almir, Ger-son, Mayr Facci e Marquinhos. Pre-miado como melhor assistente da categoria Hiper Máster 60/64 anos desta edição, Carioquinha vê neste torneio uma oportunidade de conti-nuar. Este foi o quarto ano em que ele marcou presença.

O atleta profissional iniciou em 1959 no basquete, sob influência do

pai, o Carioca, que jogava no Clube Palmeiras e levava o filho junto nos treinos e partidas. Daí a origem de seu apelido, que carregou desde o início da carreira.

“Ao admirar o jogador Rosa Bran-ca, queria fazer igual”, conta ao dizer que foi muito determinado e teimoso para aprender a modalidade. Jogou no Palmeiras até 1978, e em seguida iniciou no Flamengo, depois no Sírio e no José dos Campos. Permaneceu na seleção Brasileira entre 1970 e 1984, sempre com a camisa sete. Sua vida no basquete se estendeu aos Jogos Olímpicos, Pan-America-nos e Sul-Americanos.

Profissionalmente, sua carreira foi até 1991, e hoje completa 20 anos no Máster. “O basquete é minha vida! Devo toda ela a este esporte, não pelo lado financeiro, mas pelo amor ao jogo. Hoje tenho qualidade de vida, um coração melhor, vida social. Quero jogar até...”, diz Carioquinha.

Carioquinha, premiado como

melhor assistente da categoria Hiper Máster 60/64 anos

desta edição.

Confira os resultados do XX Torneio de BasqueTeBol MásTer por caTegoria

pRESIDENTE DO SISTEma FEcOméRcIO SESc SENac paRaNÁ, DaRcI pIaNa; pRESIDENTE Da aSSOcIaçãO paRaNaENSE DE BaSquETEBOl mÁSTER, JOSé caNDIDO muRIcy E O DIRETOR REGIONal DO SESc paRaNÁ, DImaS FONSEca

Page 24: Revista Fecomércio PR - nº 80

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R 24 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

Que as classes C e D atin-giram um maior poder de consumo nos últimos anos

é fato, mas este fenômeno refletir em um movimento maior no comércio do litoral paranaense é fator inesperado até para os empresários. Hoje, muitos deles procuram investir na qualifica-ção de sua equipe para a melhoria do atendimento, pois, acompanhados de novas posições sociais, os veranistas tornaram-se mais exigentes ao pri-marem pela qualidade. O volume de pessoas no litoral também acarretou na ampliação de estabelecimentos, o que gerou um desenvolvimento maior da economia em cidades praianas.

A teoria é confirmada pelo pre-sidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio e do Comércio Varejista de Maringá e Região, Said Khaled Omar. Ele afirma que as melhores condições de infraestrutura dos municípios do litoral paranaense, promovidas pelas prefeituras, levaram a busca por cons-trução de novas indústrias na região, que, por conseguinte, repassam seus produtos ao comércio da região. Isso

reflete em uma busca pela produção local e, assim, não precisam ir até os centros urbanos ou à capital do Estado para adquirir o que necessitam.

Já os veranistas, de quatro anos para cá, estão movimentando cada vez mais o comércio local, conforme afirma o proprietário do mercado e da lanchonete Caiobá Beach, Sérgio Souza. “Há 11 anos tenho comércio nesta praia e noto que a população está gastando mais aqui nos últimos tempos”, conta. A temporada, segun-do ele, vai de 20 de dezembro até o Carnaval. Mas, apesar de o movimento intenso ser neste período, é possível manter o estabelecimento como fonte de renda para todo ano, controlando o orçamento para as despesas nos de-mais meses.

Se é fato que nas férias as pesso-as estão frequentando cada vez mais o litoral, não é só o comércio de bens e serviços que apresenta dados po-sitivos, o de turismo também acompanha. Este é o caso

do Hotel Fragata, a exemplo de muitos outros da região, que lotam nos meses quentes. A gerente adminstrativa do estabelecimento familiar, Andréa Va-lente Jankosz, conta que os anos 2000 apontam marcas muito superiores de hospedagem, ao contrário do período entre os anos 80 e 90. “Antes, nossos hóspedes eram somente políticos e pessoas de destaque. Hoje, atende-mos gente de todas as classes. Isso mostra que o poder de consumo delas aumentou, e assim, nossa estadia fi-cou mais acessível”, diz.

O Sistema Fecomércio Sesc Senac também contribui para estes dados, pois segundo ela, somente o Torneio de Basquetebol Máster deste ano preencheu 40% das vagas do hotel. “No Triathlon temos todos os quartos ocupados, inclusive já estamos com reservas. Cerca de 50% dos hóspe-des proveem deste evento esportivo”, afirma.

Comércio no litoral atinge auge de movimentoFenômeno, segundo comerciantes, deve-seao poder de consumo das classes C e D

24 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R j a n e i r o | f e v e r e i r o 2 0 1 1

Page 25: Revista Fecomércio PR - nº 80

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R 25 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

T

Atendimento“Em uma época de informatização,

o comércio precisa se atualizar e me-lhorar localmente para atender a essa nova demanda”, diz Omar. Ele con-ta que o Sindicato dos Lojistas está firmando uma parceria com o Senac para promover cursos de qualificação para o atendimento no comércio du-rante os próximos quatro anos.

O maître da lanchonete Caiobá Beach, João Alberto Passos, formado pelo Senac, em 2004, garante que o curso faz a diferença. “Procurei este curso para aprimorar meus conheci-mentos e prestar um melhor serviço às empresas”, conta ele, que atual-mente oferece uma consultoria pon-tual no estabelecimento para melho-rar a qualidade de atendimento dos garçons e a cozinha.

“Não adianta investir somente em estrutura, mas sim em pessoal”, acre-dita o maître, que considera o aten-dimento o principal, e continua: “es-trutura sem qualificação não funciona, mas é preciso procurar algo que se goste de fazer, só assim desempe-nhará suas funções com prazer, e isso refletirá em qualidade”. Hoje, ele que ensina desde como servir pratos e be-bidas, até puxar uma cadeira para um cliente, recomenda o cursos do Senac para outros garçons.

“Procurei este curso para aprimorar meus

conhecimentos e prestar um melhor

serviço às empresas”

– Maître João Alberto Passos –

“Há 11 anos tenho comércio nesta praia e noto que a população

está gastando mais aqui nos últimos tempos”

– Empresário Sérgio Souza –

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R 25 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

Page 26: Revista Fecomércio PR - nº 80

26 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R j a n e i r o | f e v e r e i r o 2 0 1 1 26 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R j a n e i r o | f e v e r e i r o 2 0 1 1

Page 27: Revista Fecomércio PR - nº 80

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R 27 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

Ela já corresponde a 94,5 milhões de pessoas, 50,5% da

população do Brasil e concen-tra 46,24% do poder de com-pra do brasileiro e tornou-se a principal consumidora de eletrônicos e eletrodomésti-cos no País. Este é o perfil da nova Classe Média Brasileira, que com o aumento do em-prego formal e da expansão do crédito está comprando cada vez mais. Prova disso são seus lares, que em 52% deles já é possível encontrar micro-computadores. Números bem diferentes dos registrados em 2002, quando ape-nas 13% os possuíam.

De acordo com Marcelo Cortes Neri, coordenador de “A Nova Classe Média: O Lado Brilhante dos Pobres”, a desi-gualdade de renda no País vem cain-do desde 2001. “Entre 2001 e 2009, a renda per capita dos 10% mais ricos aumentou em 1,49% ao ano, enquan-to a renda dos mais pobres cresceu a

uma notável taxa de 6,79% por ano. O Brasil está pres-tes a atingir o seu menor nível de desigualdade de renda desde registros ini-ciados em 1960”, revela o coordenador da pesquisa.

Dados do Centro de Po-líticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas apontam que entre os anos de 2003 e 2009, 29 milhões ingres-saram na Classe Média Bra-sileira. Quem ganhou com esta transição social foi a agricultura, o comércio e a

indústria, que tiveram que se adaptar para atender aos novos anseios dessa classe social.

Prova dessas mudanças e do novo nicho de mercado que se abriu, é a Alcast do Brasil Ltda., uma indústria localizada no município de Palmas, na Região Sudoeste do Estado. Inicial-mente, produzia apenas discos de alu-mínio, mas atenta às novas demandas do mercado, adaptou sua linha de pro-

dutos e hoje produz mensalmente 360 mil panelas de pressão, 23 mil conjun-tos de panelas e 180 mil frigideiras e tornou-se a líder em vendas de pane-las de pressão no Brasil. “Buscamos inovação e investimos em novas tec-nologias para reduzir o custo e manter um preço acessível aos clientes, man-tendo a qualidade dos produtos. Des-de o início, a empresa tem como públi-co alvo as classes C, D e E, fabricando produtos com menor valor agregado para facilitar o consumo das pessoas com baixo poder aquisi-tivo”, revela Abel-son Carles, diretor da Unidade de Pal-mas. Ele defende que a redução dos custos não dimi-nuiu a qualidade dos produtos. “Em 2002, submete-mos os produtos à análise do instituto Falcão Bauer, que aprovados, conquis-taram certificação de qualidade e segurança do Inmetro”, pontua.

Mudanças AlimentaresAs mudanças de comportamento

do consumidor são verificadas, tam-bém, nos seus hábitos alimentares, conforme revela recente pesquisa re-alizada pelo Instituto Brasileiro de Ge-ografia e Estatística (IBGE). Os dados mostram que no mesmo período em que houve o aumento da Classe Mé-dia, a quantidade dos alimentos que formam o típico prato brasileiro, redu-ziu drasticamente. Hoje, o brasileiro come 41% a menos de arroz e 27%

alcast do Brasil ltda. adaptou produção para atender aos anseios da nova classe média

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R 27 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

Arq

uivo

da

Em

pres

a

Page 28: Revista Fecomércio PR - nº 80

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R 28 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

a menos de feijão, do que comia no início da década de 2000. Em contra-partida, o consumo de refrigerantes e cerveja cresceram, respectivamente, 40% e 22%. Outros produtos, consi-derados primários, como o açúcar e a farinha de mandioca também tive-ram reduções significativas, de 48% e 32%, respectivamente.

Este novo consumidor está prefe-rindo adquirir produtos processados,

como pães, embutidos, refrigerantes e refeições prontas, em detrimento aos in natura.

Comércio Classe CNa Psicologia, defende-se a ideia

de que o indivíduo aproxima-se das demais pessoas quando identifica no outro características que lhe são pró-prias. Este conceito deve ser aplicado, também, no comércio e na publicidade.

Recentemente o jornal Folha de São Paulo publicou pesquisa da Agên-cia WMcCann, em que se verifica que o consumidor da Classe C afasta-se de locais que considera muito chique e onde os vendedores o julgam pelo olhar. “Quase 50% dos consumidores dizem não a produtos muito sofisti-cados, com cara de ‘coisa para rico’, e 49% se afastam de um produto quando a embalagem fala de coisas que ele não entende. A classe emer-gente não busca nada que seja este-reotipado, tanto em produto quanto em comunicação”, revela a pesquisa.

Com o crescimento da Classe Mé-dia, houve o acréscimo, também, do poder de compra e da expansão do consumo. Dados do Instituto Data Popular, e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realiza-do pelo IBGE, mostram que de 2002 a 2009, uma parcela maior da população passou possuir aparelho de televisão a cores, geladeira, máquina de lavar roupa e microcomputador.

Em 2002, a configuração dos lares da Classe C brasileira era a seguinte: 95% dos lares tinham televisão a cores,

28 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R j a n e i r o | f e v e r e i r o 2 0 1 1

Fonte: Centro de Políticas Sociais da FGV a partir de dados dos microdados da PNAD /IBGE

A Pirâmide Social dividida em Classes Econômicas

diretor comercial da atlas eletrodomésticos, clovis simões: classes c, d e e representam 40% das vendas

Arq

uivo

da

Em

pres

a

Page 29: Revista Fecomércio PR - nº 80

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R 29 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

T

Definição das Classes EconômicasRenda Domiciliar Total de Todas as Fontes

Classe E: até R$ 510,00 (um salário mínimo)

Classe D: de R$ 510,00 a R$ 1.530,00 (de um a três salários)

Classe C: de R$ 1.530,00 a R$5.100,00 (de três a dez salários)

Classe B: de R$ 5.100,00 a R$ 10.200,00 (de dez a 20 salários)

Classe A: acima de R$ 10.200,00 (acima de 20 salários)

Fonte: Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE

14% estavam com geladeira duplex, 13% equipados com microcomputador e 42% com máquina de lavar roupa. O cenário, encontrado pela pesquisa, em 2009, foi bem diferente: 99% dos lares já dispunha de televisão a cores, 37% com geladeira duplex, 52% com mi-crocomputadores e 61% com máquina de lavar roupas.

Para Clóvis Simões, diretor comer-cial da Atlas Eletrodomésticos, loca-lizada na cidade de Pato Branco, o avanço do poder de consumo das Classes C, D e E reforçaram a posição da empresa que tem como foco prin-cipal este público consumidor, que

hoje representa 40% das vendas. “Ao longo de sua trajetória, a Atlas sempre esteve em sintonia com a di-nâmica do mercado, com cenários de inovação e evolução do varejo, inves-tindo no conhecimento do consumi-dor e buscando interpretar variações no padrão de consumo. Tudo isso, visando o balizamento no desenvol-vimento de sua linha de produtos.”

Embora tenha como foco princi-pal, o mercado emergente, a indús-tria conquistou dois grandes grupos de consumo, classificados como A/B e C/D/E/ que, segundo Simões, apre-sentam níveis específicos de consumo e de produtos. “Nesta situação, o co-nhecimento do consumidor e o foco

nas mudanças garantem o padrão de gestão esperados”, conclui o dire-

tor comercial.

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R 29 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

Page 30: Revista Fecomércio PR - nº 80

30 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R j a n e i r o | f e v e r e i r o 2 0 1 1

Grandes investimentospara 2011Sistema Fecomércio Sesc Senac terá 20 projetos em execução no Paraná

30 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R j a n e i r o | f e v e r e i r o 2 0 1 1

SEnac tolEdo

unidadE intEGrada SESc SEnac Em ivaiporã

Page 31: Revista Fecomércio PR - nº 80

31 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R j a n e i r o | f e v e r e i r o 2 0 1 1

Grandes investimentospara 2011Sistema Fecomércio Sesc Senac terá 20 projetos em execução no Paraná

O Sistema Fecomércio Sesc Senac acredita no poten-cial do Paraná e por isso

investe continuamente em sua estru-tura, buscando ampliar o número de pessoas beneficiadas e também a qua-lidade nos atendimentos. Para 2011, estão previstos investimentos de apro-ximadamente R$ 48 milhões distribuí-dos entre reformas, aquisição de equi-pamentos e construção de unidades.

A equipe de engenheiros, arquitetos e técnicos em educação do Senac está com muito trabalho para gerenciar as 12 obras em andamento. A mais adiantada é a do novo Centro de Educação Profis-sional (CEP) do Senac em Toledo, com inauguração prevista para o primeiro semestre deste ano. Seu diferencial será um minimercado-escola.

Com entrada independente para fa-cilitar o acesso aos futuros clientes, vai funcionar como um supermercado de verdade, porém, em escala reduzida. O espaço será equipado com açougue, padaria, frutaria e toda a estrutura de

apoio como gôndolas, checkout, câma-ra fria, depósitos separados para mer-cadorias, hortifrutigranjeiros, bebidas e materiais de limpeza, que, de acordo com as normas sanitárias, não podem ser misturados. Esta empresa-escola, juntamente às demais, vai proporcio-nar aos alunos experiências práticas das profissões, sempre sob a orienta-ção e supervisão de instrutores.

Em Umuarama, as obras começa-ram em janeiro e devem ser finaliza-das em 12 meses. O novo prédio será construído entre o Sesc e o Tiro de Guerra e terá capa-cidade para aten-der 1,1mil alunos por dia. Ainda este ano, terão início as construções das primeiras unidades

integradas do Sesc e do Senac, em Ivaiporã e Jacarezinho. Ao comparti-lhar as instalações, são otimizados re-cursos operacionais e os clientes vão encontrar, no mesmo espaço, cursos profissionalizantes e opções de lazer, cultura e esportes, reunindo toda a família comerciária. O Senac também terá canteiros de obras em Pato Branco

e Francisco Beltrão, sem contar a elaboração dos projetos para os CEPs de Londrina, Paranaguá, União da Vitória, Corné-lio Procópio, Medianei-ra e Marechal Cândido Rondon.

Além das novas construções, estão pro-gramadas reformas e re-vitalizações nas escolas de Londrina, Paranavaí, Maringá, Castro e no prédio da Administração Regional, em Curitiba. Dos atuais 42 mil m2 de

“Estamos amplian-do nossa capacidade não apenas de formar trabalhadores capaci-tados para atender a demanda do comércio

de bens, serviços e turismo, como também inserindo no contexto do Senac paranaen-se mais profissionais

capacitados a transferir conhecimentos”

dirEtor rEgional do SEnac paraná

– vitor monaStiEr –

cEntro dE turiSmo E lazEr do SESc caiobá

Page 32: Revista Fecomércio PR - nº 80

32 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R j a n e i r o | f e v e r e i r o 2 0 1 1

área construída, serão acrescidos em torno de 18 mil m2 destinados ao en-sino profissionalizante, ou seja, uma ampliação de 42% da estrutura exis-tente. A capacidade de atendimento diária segue a mesma linha de cres-cimento, 40%, com a criação de mais onze mil vagas.

“Estamos ampliando nossa capaci-dade não apenas de formar trabalha-dores capacitados para atender a de-manda do comércio de bens, serviços e turismo, como também inserindo no contexto do Senac paranaense mais profissionais capacitados a transferir conhecimentos, selecionando instru-tores de qualidade para proporcionar formação de qualidade”, diz o diretor-regional do Senac,Vitor Monastier. Se-gundo ele, é impossível mensurar o retorno desse investimento financeiro: “Vamos entregar ao mercado profissio-nais gabaritados, com a chancela de qualidade Senac já reconhecida. Sa-bemos que o retorno do investimento está no trabalho qualificado em todas

as áreas de atuação do Senac, como gastronomia, turismo, moda, beleza, entre outros”, acentua.

Canteiro de obrasdo Sesc

Os olhos do Paraná inteiro irão se voltar para o Litoral, pois é em Caio-bá que o Sesc está em processo de finalização do Centro de Turismo e Lazer, uma superestrutura com 136 apartamentos, parque aquático, gi-násio poliesportivo, seis salas de aula, restaurantes, além de salões de convenções para atender aos em-presários. O Senac também possui espaço exclusivo na unidade. Os am-bientes pedagógicos incluem salas de aula, Restaurante-escola e Salão de Beleza-escola, que estarão aber-tos para o público ao mesmo tem-po em que proporcionarão a prática profissional dos alunos dos cursos de gastronomia e beleza.

Mas não é apenas ali que estão concentrados os investimentos da en-

tidade para este e os próximos anos. Entre as futuras instalações estão previstas as unidades integradas Sesc Senac em Jacarezinho, Ivaiporã, Me-dianeira, União da Vitória e Londrina, o Complexo Rural de Cascavel e a re-vitalização do antigo Cadeião de Lon-drina. O cronograma de obras abran-ge a reforma geral das unidades de Apucarana, Ponta Grossa, Londrina, Água Verde, Esquina e Portão (Curiti-ba), Cascavel, Maringá e Paranaguá; adaptações em Foz do Iguaçu e a cobertura das quadras do Sesc em Campo Mourão.

“O Sesc Paraná acompanha o cres-cimento do Estado, e precisa estar preparado para oferecer atendimento ao comerciário paranaense. Com uni-dades fixas ou móveis, estaremos em todos os 399 municípios do Paraná, neste ano, atendendo à premissa da direção do Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná, que é propiciar lazer, cultura, entretenimento, educação em saúde e formação educacional para

Unidade Senac Unidade Sesc Unidade Integrada Toledo Caiobá (Centro de Turismo e Lazer) Ivaiporã (Sesc Senac) Umuarama Londrina (Cadeião) Jacarezinho (Sesc Senac) Francisco Beltrão Cascavel Medianeira (Sesc Senac) Cornélio Procópio Londrina, 5 conjuntos (Sesc Senac) Marechal Cândido Rondon Paranaguá Pato Branco ToTal: 20 novas unidades

Construção de novas unidades

unidadE intEGrada SESc SEnac Em jacarEzinho

Page 33: Revista Fecomércio PR - nº 80

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R 33 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

todos os comerciários e seus depen-dentes”, informa o diretor regional do Sesc, Dimas Fonseca.

Educação é a prioridadeA gratuidade continua sendo o

foco das atenções do Sesc e do Senac. A ênfase, para este ano, será dada ao programa Sesc Educação como Refe-rência (SER), de contraturno escolar. “Estamos firmando uma parceria com a Secretaria de Estado da Educação, ampliando a que já tínhamos estabe-lecido em todos os municípios de atua-ção do Sesc. Isso reforça nosso grande objetivo que é minimizar os problemas da educação pública de nosso País”, afirma a diretora da Divisão de Educa-ção e Cultura do Sesc Paraná, Marus-sia de Souza Santos Fernandes. Os in-dicadores do MEC, Prova Brasil, Enem e Ideb registram vários problemas na educação do Paraná, assim como em todo o Brasil. E o Sesc vai atuar para melhorar tais indicadores. Em cada escola é feito um diagnóstico para le-vantar quais as dificuldades apresen-tadas pelos alunos, se é letramento ou matemática, por exemplo, e o Sesc

atua, pontualmen-te, para aumentar esse indicador.

“Tivemos avan-ços significativos com esse projeto de contraturno em 2010. Observa-mos mudanças de comportamento da comunidade onde a escola está inse-rida. É um projeto que queremos fa-zer crescer”, justi-fica Marussia.

O Sesc tam-bém irá ampliar a oferta de bolsas gra-tuitas na Educação Infantil e Educação de Jovens e Adultos (EJA). No ano passado, as duas modalidades benefi-ciaram 1.443 pessoas com a gratuida-de. “Também estamos com um projeto bem interessante de integração com o Senac e estudando como as duas ins-tituições podem potencializar os esfor-ços na formação do individuo”, relata a diretora de educação. Uma parceria já consolidada é o inglês, em que o Sesc

cede o espaço, faz a cap-tação do aluno e trabalha a questão social. O Senac, por sua vez, participa com material didático, metodo-logia e instrutores. Este ano, a cooperação será ampliada para o contratur-no em informática.

Outro trabalho con-junto entre as instituições que será incrementado é o Colégio Sesc São José, em que o Sesc oferece o Ensino Médio gratuito aos jovens que, no segundo ano participam de cursos

profissionalizantes do Senac. A ideia é direcionar o ensino ao setor produti-vo, em parceria com os sindicatos do comércio.

Para completar, o Sesc padroni-zou os indicadores de qualidade para todas a unidades executivas. Assim, um curso de inglês em Cascavel, por exemplo, será igual ao de Curitiba, com os mesmos valores, critérios, avaliação.

Unidade Senac Unidade Sesc Administração Regional Água Verde Castro Apucarana Londrina Campo Mourão Maringá Cascavel Paranavaí Esquina Foz do Iguaçu Londrina Maringá Paranaguá Ponta Grossa Portão ToTal: 16 reformas

RefoRmas, adaptações e aquisição de equipamentos

“O Sesc Paraná acompanha o

crescimento do Estado, e precisa

estar preparado para oferecer atendimento

ao comerciário paranaense. Com

unidades fixas ou mó-veis, estaremos em todos os 399

municípios do Paraná”

dirEtOr rEgiOnal dO SESC Paraná

– dimaS fOnSECa –

T

Page 34: Revista Fecomércio PR - nº 80

34 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R j a n e i r o | f e v e r e i r o 2 0 1 1

depoimentos

O município de Medianeira, na região Oeste do Para-ná, conhecido pelo seu

potencial agrícola e o setor industrial em plena expansão, vai ganhar um re-forço na preparação de mão de obra especializada e em ações sociais. No

dia 11 de fevereiro, em solenidade re-alizada no Medianeira Country Clube, foi assinada escritura de doação de um terreno para construção das unidades do Sesc e Senac.

Presentes ao ato de extrema im-portância para o município, dirigen-

tes do Sistema Fecomércio Sesc Se-nac Paraná, o prefeito Elias Carrer, vereadores, dirigentes de sindicatos empresariais da cidade (representa-dos pela diretoria do Sincomed – Sin-dicato do Comércio de Medianeira e região), além de empresários do co-

Unidade do Sesc e Senac para MedianeiraDoação do terreno oficializou o início da futura obra para a cidade

Reginaldo Clécio da SilvaEspecial para a Revista Fecomércio

Stu

dio

Bog

oni

O presidente dO sistema FecOmérciO sesc senac paraná, darci piana (aO centrO) apOnta detalhes dO prOjetO da nOva unidade para O preFeitO elias carrer, tendO aO ladO esquerdO O diretOr regiOnal dO sesc paraná, dimas FOnseca

Page 35: Revista Fecomércio PR - nº 80

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R 35 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

depoimentos“Vamos dar todo o apoio logístico

necessário com a experiência que temos das duas unidades existentes em Foz.

Seremos co-irmãos para o desenvolvimento das atividades

empresarias entre os dois municípios”

– Presidente do Sindilojas (Sindicato patronal do comércio varejista

de Foz do Iguaçu e região) – CARLOS NASCIMENTO

“Esta obra vai atender uma demanda local e micro regional que vai gerar empregos durante a construção e

oportunidades no futuro. Esta obra será um diferencial para nossa cidade em

termos de lazer, saúde e qualificação da mão de obra”.

– Vice-prefeito de Medianeira –RICARDO ENDRIGO

“Vamos dar continuidade ao compromisso que assumimos de

levarmos a todos os municípios as ações do nosso Sistema. Vamos construir uma unidade compatível com a importância

do município de Medianeira”.

– Vice-presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná –

ARI BITTENCOURT

mércio de bens, serviços e turismo.A área doada está localizada de-

fronte à Rua Riachuelo e Avenida Bra-sil, ao lado do Centro Popular de Cul-tura Arandurá.

O presidente do Sistema Fecomér-cio Sesc Senac, Darci Piana, ressaltou na oportunidade que a vinda das uni-dades Medianeira atende uma reivindi-cação antiga e justa, e que a presença física do Sistema Fecomércio na cidade vai atender a uma demanda local e mi-croregional nas áreas de lazer, entrete-nimento, saúde e qualificação de mão de obra. “Medianeira não será mais a mesma depois que o Sesc e o Senac estiverem em pleno funcionamento. Já temos os recursos em caixa e agora a próxima fase será a de projetos e legalização para o início da construção da obra” garantiu.

Para ele, a doação do terreno re-presenta mais uma etapa do traba-lho de interiorização, compromisso assumido desde o início de sua ges-tão. O presidente lembrou que as ações do Sistema Fecomércio Sesc Senac já atingiram os 399 municí-pios do Estado, e que a construção em Medianeira vai completar o cro-nograma de atendimento por meio de obras físicas para toda a região Oeste/Sudoeste. “Temos mais de 14 obras em andamento no Para-ná, com investimentos superiores a R$ 160 milhões que vão possibilitar o dobro de atendimentos pra toda nossa população” enfatizou Piana.

Para o prefeito de Medianeira, Elias Carrer, investir nas pessoas é a melhor garantia de um aumento na qualidade de vida e no progresso da

cidade. Ele pretende estreitar cada vez mais os laços com o Sistema Fecomércio Sesc Senac para que a cidade e os medianeirenses possam continuar usufruindo dos benefícios oferecidos pelo Sistema. “Estamos de aniversário aqui na cidade e a vin-da do Piana anunciando a construção da obra foi o nosso melhor presente” disse.

O Presidente do Sincomed, Danilo Tombini, agradeceu o futuro investi-mento do Sistema Fecomércio Sesc Senac lembrando que o comércio local e regional se ressentia da falta de uma estrutura compatível com a força da atividade empresarial existente hoje na cidade. “A sensibilidade do presi-dente Piana foi fundamental para mu-dar este quadro. Medianeira está na vitrine” comemorou.

“A vinda do Sesc para Medianeira reforça o investimento numa região rica, próspera, cercada por grandes obras, um corredor agrícola e que vai consolidar o atendimento

ao trabalhador do setor do comércio”

– Diretor regional do Sesc Paraná –DIMAS FONSECA

“Com a futura construção do Senac em Medianeira, entendemos que esta região será a mais bem servida do Estado. A partir de agora estaremos aprimorando as pes-

quisas para conhecer a demanda local e regional para podermos oferecer os cursos adequados no futuro”.

– Diretor regional do Senac Paraná –VITOR MONASTIER

T

Page 36: Revista Fecomércio PR - nº 80

36 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R j a n e i r o | f e v e r e i r o 2 0 1 1

Sempre atento aos avanços tecnológicos, o Senac Para-ná não poderia ficar alheio

ao crescimento da Internet. Assim, na virada de 2010 para 2011, a entidade apresentou ao público o seu novo site, no mesmo endereço eletrônico (www.pr.senac.br), com visual mais leve e in-formações mais fáceis de serem aces-sadas, facilitando para o internauta a navegação entre os conteúdos institu-cionais, cursos, Banco de Oportunida-des, notícias e demais serviços.

Na avaliação dos responsáveis pelo trabalho, a principal vantagem oferecida no novo site é a concentração de con-teúdos em uma mesma página, porém sem poluí-la ou confundir os internau-tas. Com poucos cliques, o interessado acessa as informações desejadas. O campo “pesquisar por” é semelhante ao processo do Google, “que ao digitar poucas letras sugere um título de curso existente em nossa programação”, diz Flávio Mottin de Andrade, coordenador de Tecnologia da Informação do Senac PR, ao dar um exemplo: “Ao digitar 'enf', a pesquisa sugere alguns títulos de cursos como Assistência de Enferma-gem a Idosos e Técnico em Enferma-gem, mesmo antes do internauta con-cluir o processo e clicar em pesquisar”.

Outro detalhe importante do proces-so de pesquisa: “Estamos alimentando

um banco de palavras para análise au-tomática de possíveis associações ou mesmo correções de palavras incorre-tas. Exemplos: 'alemão' questiona se o internauta está à procura de um curso de idiomas, 'idoso' questiona sobre cursos da Maturidade, 'infermage' per-gunta ao internauta: “Você quis dizer Enfermagem?”, esclarece Flávio.

No processo de pesquisa no novo site, os resultados mostrados são re-ferentes à programação de cursos, notícias, licitações ou outros assuntos pertinentes. Este processo aprimorado difere do processo disponibilizado pelo site antigo, quando a pesquisa era ex-clusiva na programação de cursos.

UnidadesO novo site também pode se com-

portar como se fosse exclusivo de uma das unidades do Senac do Paraná. Por exemplo, o usuário seleciona Cam-po Mourão e automaticamente todo conteúdo mostrado está relacionado somente à unidade de Campo Mourão (cursos, destaques, próximas turmas, notícias, localização e serviços).

Outro recurso importante de divul-gação é a programação de banners. Cada unidade pode trabalhar na sua divulgação em um espaço relativa-mente grande na página principal do site. Vale observar ainda que com

O Senac Paraná ao seu alcance em um clique

Web site agrega ferramentas de busca mais aprimoradas e revitaliza o layout

Antonio Luiz de Matos Especial para a Revista Fecomércio

Page 37: Revista Fecomércio PR - nº 80

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R 37 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

a divulgação dos preços dos cursos aconteceu uma redução na quantida-de de ligações no sistema telefônico 0800 solicitando esta informação, o que significa mais informação de qua-lidade sendo provida em um curto es-paço de tempo.

As unidades do Senac continuam a utilizar internamente um sistema de gestão acadêmica para programar as turmas, registrar suas matrículas e

todo seus desdobramentos. “Como te-mos todas estas informações de forma centralizada em um banco de dados, no momento em que a unidade abre uma turma, automaticamente esta tur-ma está divulgada também em nosso site, o que permite aos internautas o acesso imediato às informações da-quela turma. Esse processo de divul-gação de turmas não é bem uma no-vidade, mas gostaria de salientar que

alguns refinamentos foram feitos para que tenhamos os “Cursos Destaques” e “Próximas Turmas” em evidência já na primeira pági-na do site”, enfatiza Flávio Mottin.

Somatória São disponibilizados também

os preços dos produtos, visando a implementações futuras de ven-das pelo site. Algumas páginas de conteúdo dinâmico possuem uma ferramenta colaborativa de divulgação em redes sociais, como: Twitter, Facebook, Blogger, Messenger, Orkut, etc. “O site já está integrado à rede social Twit-ter onde divulgamos as próximas turmas em todo Paraná, incluímos notícias, licitações e oportunida-des de emprego”, explica Daniele Barbosa Norberto, do setor de Pla-nejamento de Marketing do Senac Paraná.

O menu “Serviços” concentra todos os atendimentos disponíveis na instituição: Processo Seletivo, Programa Senac de Gratuidade

(PSG), Programa de Aprendizagem, Banco de Oportunidades, Trabalhe Co-nosco, Cadastro Pessoa Jurídica, Cadas-tro Pessoa Jurídica – Ensino, Cadastro Pessoa Física, Cursos Microsoft, Progra-ma Alimentos Seguros (PAS), Instituto de Beleza-escola (INBEL), Centro de Podologia-escola, Lanchonete-escola, Restaurante-escola, Confeitaria-esco-la, Senac na Empresa, Política de Des-contos e Pergamum.

Acessos

Em média, acontecem cerca de oito mil acessos por dia ao site do Senac Paraná. O número de buscas efetuadas (pesquisas por palavras) ficou em torno de 23 mil no mês de janeiro de 2011 contra quase 165.000 pesquisas no mesmo período de 2010, pois com a reformulação estrutural do site, os internautas conseguem chegar mais facilmente às informações, sem a extrema necessidade do processo de busca.

O novo site está na sua primeira versão. Estão previstas melhorias em funcionalidades já existentes, bem como a implementação de novas fun-cionalidades, como: venda on-line, espaço do aluno, sala de imprensa, entre outros. Da elaboração do novo site participaram a Coordenadoria de TI (Flávio Mottin de Andrade, Marcelo Vieira e Luiz Fernando) e MKT (Daniele Barbosa Norberto e Fernanda Myczko-vski Merlin), com o apoio da Coorde-nadoria de Educação e unidades do Senac PR.

http://www.pr.senac.br

T

Page 38: Revista Fecomércio PR - nº 80

38 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R j a n e i r o | f e v e r e i r o 2 0 1 1

Apesar da obrigatoriedade da emissão da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) completar

aniversário de três anos, emissores e receptores do documento ainda têm dúvidas sobre diversos aspectos, pois o procedimento ainda é visto por muitos com muita complexidade. A Federação do Comércio do Paraná, ao considerar de grande importância as novidades determinadas pelo Ministério da Fa-zenda, prioriza levar aos empresários informações suficientes para que este-jam sempre em dia com o Fisco.

Desde março de 2009, a Feco-mércio firmou parcerias com a Se-cretaria de Estado da Fazenda do Pa-raná, e ofereceu a empreendedores palestras gratuitas, informando cerca de 2.500 empresas sobre os novos procedimentos. Segundo o diretor das Câmaras Setoriais da Fecomércio e coordenador das palestras, Eduar-do Gabardo, os participantes saíram com informações sobre as datas da obrigatoriedade de acordo com o ramo de atuação. Também aprende-ram como buscar soluções básicas

para as futuras emissões e sanaram dúvidas a respeito no novo modelo de emissão.

NF-e, em númerosDesde primeiro de abril de 2008,

até janeiro de 2011, o Brasil contabi-lizou 2.056.829.734 Notas Fiscais Ele-trônicas. Até 22 de janeiro deste ano, a marca de empresas emitentes da nova nota chegou a 463.904, sendo que o Paraná representa 7% deste volume, ocupando a posição do quarto estado mais representativo da operação.

Enviar, receber, conferir e armazenarFecomércio esclarece dúvidas e apresenta soluções básicas sobre NF-e em palestra para empreendedores

Jackson Roika, pRopRietáRio da empResa Boa Vista mateRiais de constRução, Realiza tRansações com nF-e

Page 39: Revista Fecomércio PR - nº 80

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R 39 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

O surgimento da NF-eAs possibilidades de criação da

NF-e foram cogitadas ainda em 2002, por conta de preocupações da Fazen-da com sonegações e a melhoria da eficácia fiscal. Para também aumentar a arrecadação e não aumentar os im-postos foi visto na nova medida uma possível solução. Naquela época, havia muita discussão sobre a permanência ou não da CPMF, o que era outro mo-tivo de preocupação com o volume de arrecadações.

Em meio a esse impasse, o Chile já operava em algumas transações com o novo modelo. Por iniciativa do Governo Federal, a ideia foi implantada ainda como piloto para “eletronizar” obrigações fiscais que antes eram manuais. “Antes havia a tradicional nota feita manual-mente ou em formulários contínuos, que foram substituídos por um documento eletrônico. Em 2004, alguns estados do país começaram a desenvolver sistemas para a produção da NF-e, e a partir de então convidou alguns contribuintes da indústria para participar do projeto pilo-to”, explica o fundador da MobiOn Tec-nologia, José Manuel Catarino Barbosa. A empresa foi uma das primeiras no Bra-sil a trabalhar com a nova nota, forneceu sistemas de Nota Fiscal Eletrônica para governos e se especializou em atender contribuintes.

Os primeiros estados que participaram do pro-jeto piloto foram: Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, ainda em 2004. Em 2007, pas-saram a ser sete estados operando, no entanto, a implantação oficial acon-teceu somente em 2008.

Obrigatoriedade Esta massificação atendeu a duas

verticais em especial: a totalidade da indústria e do comércio atacadista e uma irrisória parte do comércio vare-jista. No Paraná, o varejista que vende para uma instituição governamental ou que realiza operações interestaduais é obrigado a emitir NF-e, como é o caso de Jackson Roika, proprietário da em-presa Boa Vista Materiais de Constru-ção. Ele, que opera com a NF-e desde 20 de novembro de 2010, conta que realiza o procedimento corretamen-te a cada emissão. “Vendo materiais para secretarias de estado, órgãos do Governo Estadual, prefeituras, esco-las públicas”, relata. Apesar de o em-presário considerar a legislação bem complexa acerca do assunto, Roika investe em um sistema que atenda suas necessidades de forma eficiente e vê vantagem na novidade. “O siste-ma de controle é muito mais funcional, porque só emito nota com autorização instantânea da Fazenda”. Mas, apesar de estar dentro das conformidades da lei, ele se preocupa com segmen-tos que não emitem a nota eletrôni-ca, ainda que sejam obrigados. Muitas

indústrias não se acostumaram com o novo processo e podem ter problemas futuros sérios com o Fisco.

Enquadramento “A questão do enquadramento

foi muito frisada no ano passado. Várias indústrias, atacadistas e dis-tribuidores não estavam emitindo eletronicamente”, conta José Manuel. Muitas vezes há distorções na inter-pretação da legislação, ou ainda fa-lhas de comunicação. Para efeitos de enquadramento, o que vale é o Códi-go Nacional de Atividade Econômica (CNAE) correspondente ao seu ver-dadeiro ramo de atividade, indepen-dente daquele que esteja constando do Cadastro Nacional de Pessoal Ju-rídica. “Caso o contribuinte opere em ramo obrigado, mas possua CNAE principal ou secundário registrado no Cadastro Nacional de ramo não obrigado, ele então será obrigado a emitir NF-e. Neste caso, seu CNAE constante no cadastro não está refle-tindo a realidade operacional de seu estabelecimento, e deve ser alterada conforme as normas de procedimen-to fiscal”, explica o especialista.

Page 40: Revista Fecomércio PR - nº 80

40 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R j a n e i r o | f e v e r e i r o 2 0 1 1

Nota de papel x Nota Eletrônica

José Manuel conta que antes dela se tornar eletrônica havia muitas formas de burlar a arrecadação de impostos e a Fazenda destinava muitos esforços para descobrir estas maneiras. Com seu sur-gimento, o órgão passou a autorizar a emissão e auditar em tempo real.

As antigas notas eram emitidas aos blocos, de acordo com o número so-licitado pelo contador do empresário, que levaria um requerimento para a Secretaria da Fazenda para conceder autorização para a impressão. Com esse documento o contribuinte segui-ria à gráfica para imprimir o talão com o montante. Isso significa que o gover-no autorizou a emissão de notas sem saber seus valores, quando e a quem seriam emitidas, desconhecendo as-sim quanto iria arrecadar.

Com o surgimento da NF-e, a Se-cretaria da Fazenda autoriza cada nota no ato de sua emissão. O órgão verifi-ca a regularidade do contribuinte e do destinatário a cada solicitação. Desta forma, discriminam-se produtos, quem irá recebê-los e a transportadora que irá levá-los. Caso algum desses itens não esteja em concordância, a nota não é autorizada. “Só fazem transa-ções mercantis as empresas em dia com o Fisco”, frisa José Manuel.

Ao ser autorizada a nota, é neces-sário imprimir um Documento Auxiliar de Nota Fiscal Eletrônica, popularmen-te chamado de Danfe. No entanto, ele é válido somente para tráfego, não tendo qualquer valor fiscal. A NF-e é

um arquivo eletrônico, chamado XML, que deve ser enviado por e-mail ou disponibilizado para download ao des-tinatário, conferido, validado e arma-zenado pelo mesmo, pelo período pre-visto na legislação.

O sistemaPara emitir a NF-e, primeiramente,

é necessário implantar na empresa um sistema de confiança, que atenda a todos os quesitos da legislação. Atu-almente, várias empresas que opta-ram por um sistema caseiro, ou mais em conta sofrem com a ilegalidade ou com problemas para emitir uma nota quando a Secretaria da Fazenda não está operando plenamente. Existe ain-da um sistema gratuito oferecido pela Secretaria da Fazenda de São Paulo, no entanto, ele só dever ser utilizado por empresas que emitam um volume muito baixo de notas. É necessário ir além da emissão, há o recebimento e também é importante proteger-se de fraudes e autuações.

Um sistema adequado recebe o pe-dido, faz seu faturamento, gera uma cobrança e, na sequência, uma nota. É gerado então um arquivo eletrônico a ser validado, que será assinado com o Cerfiticado Digital da empresa e enviado para aprovação da Secretaria da Fazenda (Sefa) via in-ternet. A empresa deve então, enviar para seu fornecedor a cópia do ar-quivo eletrônico e armaze-ná-lo por cinco anos mais um.

Caso a Sefa não esteja operando plena-mente, ainda existem mais três formas de se emitir uma NF-e, chamadas de Contingências, que podem ser utilizadas até mesmo quando não há qualquer co-nexão com a internet. Em volta de tudo isso existem diversas validações, cuida-dos e legislações encadeadas com a da NF-e que devem ser observadas.

Não é só emitir e receber a NF-e: existem muitas outras obrigações que devem ser levadas em conta e um sistema adequado deve contemplar todos os elementos obrigatórios e im-portantes.

Receber, conferir, armazenar

O destinatário também é respon-sável solidário e precisa de um sis-tema para receber mercadorias com NF-e, pois é este que verifica com a Sefa a autenticidade dos dados da nota. Se houver qualquer incon-formidade, é recomendado que não se receba a nota. Após sete dias da emissão é considerável que se verifi-que novamente, pois a nota pode ser cancelada neste período.

Sites úteis http://www.fazenda.pr.gov.br/UserFiles/File/FAQ/FAQ_NFe_26072010.pdf http://cid-35bb1d39cdb23a6f.office.live.com/browse.aspx/Temphttp://www.facebook.com/video/video.php?v=124459504258976http://www.mobion.com.br

T

40 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R j a n e i r o | f e v e r e i r o 2 0 1 1

Page 41: Revista Fecomércio PR - nº 80

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R 41 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

A 40ª Cúpula dos Presiden-tes do Mercosul, realizada em Foz do Iguaçu no fim

do ano passado, serviu como ce-nário para uma das despedidas do presidente Lula e para a apresenta-ção aos presidentes do Mercosul, da presidente eleita Dilma Roussef. Foi neste ambiente – de despedida e de recepção – que o presidente do Sis-tema Fecomércio Sesc Senac Paraná, Darci Piana, como coordenador em-presarial brasileiro do Foro Consulti-vo Econômico e Social do Mercosul (FCES), sentou-se à mesa com seus pares para apresentar aos dirigentes dos países integrantes do bloco, os problemas e as soluções que estão sendo discutidos na relação entre empreendedores e trabalhadores.

Mesmo sendo integrado por Bra-sil, Argentina, Paraguai e Uruguai, a Cúpula do Mercosul recepcionou presidentes de 12 países da Améri-ca do Sul além de representantes de outras 23 nações. Estiveram repre-sentados, interessados em ampliar as relações comerciais com o bloco

sul-americano, ministros e chance-leres da Jordânia, Síria, Palestina, Austrália, Turquia, Emirados Árabes Unidos, Vietnã, Indonésia, Tailândia, Coreia do Norte, Coreia do Sul, Malá-sia, Zimbábue, Nigéria, Argélia, Mar-rocos, Egito, México, Cuba, Índia, Irã, Paquistão e Sri Lanka.

Entre os temas constantes da pau-ta, a adoção do Estatuto da Cidadania do Mercosul, que prevê a unificação dos registros de carteiras de identida-de e de matrículas veiculares dos inte-grantes do bloco, entre outros.

”Os países do Mercosul possuem assimetrias que precisam ser discuti-das e resolvidas para que possamos negociar de igual para igual com ou-tros blocos econômicos, como o eu-ropeu (União Europeia) e dos Esta-dos Unidos, México e Canadá”, diz o coordenador brasileiro do Foro, Darci Piana, que representou a Confedera-ção Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo no evento.

Em encontro realizado em Curi-tiba, o Foro Consultivo Econômico e Social do Mercosul já havia debatido

com o subsecretário geral do Itama-raty para a América do Sul, embaixa-dor Antonio José Ferreira Simões, a questão das assimetrias. Na ocasião, o embaixador pediu que fossem in-tensificadas as ações junto ao públi-co dos países integrantes do bloco, para que tomem consciência da im-portância da ampliação do Mercosul.

“Tivemos oportunidade de dizer, em um cenário em que estavam presentes presidentes dos países do bloco econômico, que temos dificul-dades, sim, com o Mercosul, mas ele é tão importante que não temos mais como retroceder, apenas seguir adiante, solucionando os problemas e buscando soluções”, disse Piana.

O Foro Consultivo Econômico e Social do Mercosul é formado, no Bra-sil, por representantes empresariais e de trabalhadores. Nos demais países do bloco, integram o Foro – um dos órgãos de apoio ao Mercosul – repre-sentantes de entidades congêneres, de empreendedores e trabalhadores de todas as áreas – indústria, comér-cio, agricultura e serviços.

Foro Consultivo na Cúpula de presidentes do MercosulCoordenador empresarial brasileiro no encontro que se despediu de Lula e recepcionou Dilma Roussef como presidente eleita

Presidente Piana coordena mesa do Fces: assimetrias Precisam ser solucionadas

T

Page 42: Revista Fecomércio PR - nº 80

42 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R j a n e i r o | f e v e r e i r o 2 0 1 1 42 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R j a n e i r o | f e v e r e i r o 2 0 1 1

Page 43: Revista Fecomércio PR - nº 80

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R 43 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R 43 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

Page 44: Revista Fecomércio PR - nº 80

44 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R j a n e i r o | f e v e r e i r o 2 0 1 1

A diretora da Escola Sesc de Ensino Médio (Esem), Clau-dia Fadel, estava entre as

mais emocionadas. Mais do que ela, talvez, na solenidade, apenas alunos e pais de alunos, oriundos de diversas partes do Brasil. Era a formatura da primeira turma da escola-residência, um projeto ousado e inovador da Con-federação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), atra-vés do Sesc. Instalada no Rio de Janei-ro, tornou-se aglutinadora de estudan-tes selecionados em todos os estados brasileiros, que lá permaneceram du-rante três anos, aprimorando conhe-cimentos. E os resultados já podem ser mensurados. Até janeiro passado, o Sistema CNC havia confirmado que 65% dos alunos oriundos da Esem, haviam sido aprovados no Enem (Exa-me Nacional de Ensino Médio).

No total, eram 186 formandos (13 do Paraná, veja relação no box) que vi-viam um acontecimento inédito e tor-naram-se os pioneiros de um sistema de ensino sem comparação no Brasil. Na plateia, dividiam o espaço com au-toridades, pais de alunos e dirigentes da CNC. Professores e orientadores do Sesc e do Senac, que acompanharam a evolução dos adolescentes que se transformaram em profissionais para o mercado de trabalho, também se emocionaram com a despedida. Parte de todos os presentes se dividia ali, e cada um levou para sua cidade de ori-gem um pouco de cada um.

Uma pessoa, porém, se sentia mui-to feliz com esse resultado. O presi-dente da CNC, Antonio Oliveira Santos, que apostou na consecução de uma escola de excelência, destinada a fi-lhos de comerciários, que funcionasse em horário integral e oferecesse, além

das disciplinas do Ensino Médio, for-mação profissionalizante. “O desafio foi lançado há mais de cinco anos, e um grupo de pessoas obstinadas com o resultado que estamos vendo hoje se debruçou sobre planilhas, projetos e realizou centenas de reuniões para que pudéssemos fazer do sonho a rea-lidade”, disse o empresário.

Dirigindo-se aos alunos destacou: “Vocês são o orgulho desta escola e eu tenho certeza de que, muito mais do que conhecimento acadêmico, to-

dos levam daqui valores como ética, respeito ao próximo e generosidade, características fundamentais para or-gulhar não só a mim, os diretores da escola ou as famílias de vocês, mas sobretudo a sociedade”.

O pioneirismo, a ousadia e gran-diosidade do projeto foi ressaltada pela diretora da escola, Claudia Fadel. “A missão de mudar o mundo está lan-çada”, disse ela.

PioneirismoA escola-residência recebe alunos

de todos os estados, principalmente filhos de comerciários, e tem como proposta inédita no País, oferecer um Ensino Médio de excelência, capaz de preparar os estudantes para o ingres-so no ensino superior. Em parceria com o Senac, a Escola Sesc também oferece cursos de educação profissio-nal. Para entrar, os candidatos passam por provas realizadas nos regionais do Sesc em todo o País – o número de vagas varia de acordo com o tamanho do Estado.

Alunos do Paraná que se formaram na Escola Sesc de Ensino Médio em 2010

Ademir CACCiolAri Júnior – Cornélio ProcópioAikA kuriki – londrinaAlessAndrA BAssinello migliAri – Jacarezinho ÁtilA Augusto moreirA – JacarezinhoFeliPPe mAtheus B. uhlein – mal Cândido rondon FernAndA BAdiA tsChÁ – Ampéreguilherme WilliAm P. dA silveirA – Jacarezinho mArCelle CAroline dAllA PozzA – Cascavel mÁrCiA gemAri dereneviCh – CuritibamAriA BeAtriz FrAnCo tiessi – JacarezinhomAtheus AkAuã – Foz do iguaçurAFAel mAhniC villA – Cornélio ProcópiothAirA mAizA AndriA – Foz do iguaçu

“O desafio foi lançado há mais de cinco anos, e um grupo de pessoas

obstinadas com o resultado que estamos vendo

hoje se debruçou sobre planilhas"

presidente da Confederação NaciONal dO cOmérciO de BeNs,

serviços e turismo

– antonio oliveira santos –

j a n e i r o | f e v e r e i r o 2 0 1 1

Erik

Bar

ros

Pin

to

T

Page 45: Revista Fecomércio PR - nº 80

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R 45 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

Escola Sesc de Ensino Médio, o que dizer?Ainda lembro do dia que fiquei sabendo da existência de uma escola modelo, diferente, com descarga a vácuo. Era um dia normal, de aula, quando um homem adentra a sala e nos fala deste maravilhoso projeto. Na hora falei para mim mesmo: eu vou.Participei das etapas, e fui. Passei. Não só passei para uma escola diferente, mas para um projeto de vida. A cada momento era uma aprendizagem nova, diferente. Cada sotaque, movimento, passo de dança. Enfim, uma vida nova e diferente.Algumas coisas adquiridas lá são para a vida inteira. Não só o conhecimento, mas os amigos, as pessoas, os funcionários. São laços criados que nem a força do tempo conseguirá destruir.As vantagens de estudar em uma escola de excelência são variadas. Há quem nos cha-mou de louco, por estar abandonando tudo conquistado durante 13, 14 anos de vida. Há quem nos chamou de corajosos, incrí-veis, nerds, etc. Adjetivos não faltaram para comentar essa decisão. Mas o importante não foi o comentário, foi a experiência.Mesmo tendo que acordar às 7h da manhã, algumas vezes às 5h, para estudar, todos só temos que agradecer a oportunidade. Apesar dos pesares, desentendimentos com funcionários, colegas, professores, a vida transcorreu de forma maravilhosa nos três últimos anos. Aprendemos coisas que ne-nhuma outra escola poderia ensinar. Quem diria que entrando lá teríamos que lavar nossa própria roupa? Organizar um guarda-roupa? Além de uma escola de excelência, a Esem é uma escola para a vida.Posso dizer, com certeza absoluta, que a escola Sesc mudou a minha vida. E para melhor.

Felippe Matheus –Marechal Cândido Rondon

www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R 45

Erik

Bar

ros

Pin

to

Page 46: Revista Fecomércio PR - nº 80

46 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R j a n e i r o | f e v e r e i r o 2 0 1 1

T

O Senac Curitiba acaba de se tornar um Centro de Teste Prometric – tam-

bém chamado de Authorized Prome-tric Testing Center (APTC) – e passa a oferecer aos seus clientes o serviço de aplicação de provas de certificação. São disponibilizados exames oficiais das principais marcas dos mercados de hardware, software, telecomunica-ções e outros.

Esta é a segunda escola do Senac a se credenciar à Prometric. Desde 2009 o Centro de Educação Profissio-nal (CEP) de Maringá faz a aplicação de testes. Somente no ano passado foram realizados 87. E este número tem aumentado: todos os dias há pelo menos um exame agendado.

Para atender aos requisitos exigi-dos pela empresa, o CEP fez adequa-ções em sua estrutura. Uma cabine

especial, climatizada, com isolamento acústico, microcâmera e computador foi instalada, de forma que o candida-to tenha todo conforto e tranquilidade para resolver as questões. E as provas para obter uma certificação deman-dam muito estudo e dedicação. O de-safio começa com o idioma, em geral, em inglês. Sem contar a complexidade do conteúdo. Por isso ter uma certi-ficação faz uma diferença e tanto no currículo.

Para auxiliar os profissionais de Tecnologia da Informação, o Senac oferta os cursos preparatórios para as certificações oficiais da Microsoft nas cidades de Curitiba e Maringá. Essa parceria começou em 2007, na escola maringaense, e já formou 182 alunos, em 592 horas-aula. Os treinamentos auxiliam na realização das provas de certificação, pois abordam os conteú-

dos essenciais para cada credencial, ministrados por instrutores também credenciados à Microsoft.

O aluno da formação Microsoft Cer-tified System Administrator (MCSA), Ro-bson Del Angelo, recebeu sua primeira certificação antes mesmo de concluir esta formação no Senac Maringá. Para ele, é imprescindível ao profissional de informática a comprovação de sua ca-pacidade e qualificação para atuar nes-ta área. "A formação oferecida pelo Senac é de suma importância para a realização das certificações da Micro-soft, uma vez que aborda os mais di-ferenciados assuntos, não apenas re-lacionados a testes para o ambiente Microsoft, mas também preparando o aluno para realizações de tarefas do dia a dia", afirma Robson.

Além dos testes, parceria com a Microsoft prepara profissionais de TI para certificações

Senac Curitiba é o mais novo Centro de Teste Autorizado Prometric

Page 47: Revista Fecomércio PR - nº 80

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R 47 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

Page 48: Revista Fecomércio PR - nº 80

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E n A C P R 48 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br