Revista Mercado Empresarial - Brasilpack

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Distribuição gratuita Ano 5 - Edição nº 27 - Março de 2010 Especial Brasilpack 2010 Acesse o portal: O branding que você conhecia já evoluiu Brasil poderá ser a 5º economia mundial até 2030 Lata de aço também é sustentável Oito embalagens brasileiras entre as melhores do mundo Gestão Economia Sustentabilidade Qualidade Publicação EMBALAGENS SETOR DE RETOMA CRESCIMENTO Design atende novas demandas sociais Panorama

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Após anos e anos de ventos soprando a favor, em 2009 o setor de embalagens foi colhido em cheio pela crise financeira global. Houve uma acentuada queda nas demandas interna e externa, com severo impacto sobre os vários elos que compõem a complexa e heterogênea cadeia da embalagem. Nesta edição especial sobre a embalagem no Brasil, a Mercado Empresarial traça um panorama do setor, com suas iniciativas, inovações, tecnologia, tendências, design e ética, entre outros assuntos. Boa leitura!

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Ano 5 - Edição nº 27 - Março de 2010

Especial Brasilpack 2010

acesse o portal:

o branding que vocêconhecia já evoluiu

brasil poderá ser a 5ºeconomia mundial até 2030

lata de aço tambémé sustentável

oito embalagens brasileiras entre as melhores do mundo

gestão economia

sustentabilidade

Qualidade

Publicação

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retoma

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Design atende novasdemandas sociais

Panorama

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expediente

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expedienteCoordenação: Mariza SimãoDiagramação: Lisia LemesArte: Vladimir A. Ramos, Ivanice Bovolenta, Cesar Sou-za, Silvia Naomi Oshiro, José Francisco dos Santos, José Luiz Moreira, Edmilson Mandiar, Gustavo Monreal.Redatora: Sonnia Mateu - MTb 10362-SPcontato: [email protected] nesta edição: Irineu Uehara e João LopesDistribuição: Brasilpack - 7ª Feira Internacional da Embalagem

Araçatuba - Rua Floriano Peixoto, 120 1º and. - s/ 14 - Centro - CEP 16010-220 - Tel.: (18) 3622-1569 Fax: (18) 3622-1309Bauru - Centro Empresarial das Américas Av. Nações Unidas, 17-17 - s 1008/1009 - Vila Yara - CEP 17013-905 - Tel.: (14) 3226-4098 / 3226-4068 Fax: (14) 3226-4046Piracicaba: Sisal Center: Rua 13 de Maio, 768, sl 53 - 5ª andar - Cep.: 13400-300 - Tel.: (19) 3432-1524 - Fax.: (19) 3432-1434Presidente Prudente - Av. Cel. José Soares Marcondes, 871 - 8º and. - sl 81 - Centro - CEP 19010-000 Tel.: (18) 3222-8444 - Fax: (18) 3223-3690Ribeirão Preto - Rua Álvares Cabral, 576 -9º and. cj 92 - Centro - CEP 14010-080 - Tel.: (16) 3636-4628 Fax: (16) 3625-9895Santos - Rua Dr. Carvalho de Mendonça, 238 cj 43 - 4º andar - CEP 11070-101 - Vila Belmiro - Santos - SPTel.: (13) 3232-4763 - Fax: (13) 3224-9326São José do Rio Preto - Rua XV de Novembro, 3057 - 11º and. - cj 1106 - CEP 15015-110 Tel.: (17) 3234-3599 - Fax: (17) 3233-7419São Paulo - Rua Martins Fontes, 230 - Centro CEP 01050-907 - Tel.: (11) 3124-6200 - Fax: (11) 3124-6273

O editor não se responsabiliza pelas opiniões expres-sas pelos entrevistados.

Mercado Empresarial

SEtor dE EMbalagEnS rEtoMa crESciMEnto

pós anos e anos de ventos soprando a favor, em 2009 o setor de embalagens foi colhido em cheio pela crise financeira global. Houve uma acentuada queda nas demandas interna e externa, com severo

impacto sobre os vários elos que compõem a complexa e heterogênea cadeia da embalagem. De acordo com as estatísticas divulgadas pela Abre (Associação Brasileira da Embalagem), a crise desencadeou um recuo de nada menos que 9,67% na produção do primeiro semestre do ano passado.

Mas o cenário mudou e as sequelas estão rapidamente ficando para trás. A recuperação do conjunto da economia brasileira ganhou ímpeto ao longo do segundo semestre do ano passado, trazendo de volta as encomendas e reaquecendo a produção, deixando entrever um 2010 francamente positivo para o setor.

No plano macroeconômico, as medidas anticíclicas do governo logra-ram bons resultados: a taxa de desocupação cedeu, enquanto a renda e o consumo dos brasileiros aumentaram. A virada beneficiou diretamente o ramo de embalagens e, no curso do segundo semestre, foi se evidenciando uma recuperação gradual nos pedidos. Na comparação de cada mês com igual período de 2008, conforme a Abre, outubro já registrava o primeiro balanço positivo, com alta de 1,8%. Em novembro, o crescimento já batia em 5,9%. E a Abre aposta que, já no primeiro semestre de 2010, o ramo consiga retomar os níveis vigentes na conjuntura pré-crise.

Claro que o segmento tem à frente uma série de desafios a transpor e talvez o principal deles seja estreitar a unidade em torno de objetivos comuns, independentemente dos nichos, em uma indústria marcada pela heterogeneidade e pelo enorme número de empresas que a compõem. Em outras palavras, fazer com que, na prática, todos os envolvidos ajam como participantes ativos de uma mesma cadeia de valor – meta na qual a Abre vem trabalhando sem descanso.

Nesta edição especial sobre a embalagem no Brasil, a Mercado Empresa-rial traça um panorama do setor, com suas iniciativas, inovações, tecnologia, tendências, design e ética, entre outros assuntos. Boa leitura!

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editorial 3mercado empresarialmercado empresarial

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sumário

Setor de embala-gens supera crise e retomacrescimento

panorama do setor

Meio ambiente

Sustentabilidade

qualidade

pesquisa

Vitrine

Mercado

gestão

Evento

Economia

legislação

cases & cases

design

Brasilpack 2010 - Todo o avanço do setor reunido num mega evento

Na análise da Fecomércio 2010 será bastante positivo

Rótulos de medicamentos vão mudar

Brasil poderá ser a 5ª eco-nomia mundial em 2030

Agricultura aprova normas para embalagem de frutas e hortaliças

Renault recicla 4 toneladas de Isopor® por mês em parceria com a Plastivida

Latas de aço também é sustentável

Oito embalagens brasilei-ras entre as melhores do mundo

Embalagens: a mulherprioriza o visual, o homema praticidade

tecnologia

dicas de leitura

Produtos e lançamentos do setor

O Branding que você conhe-cia já evoluiu

Activas prevê crescimento de 148% em 4 anos

Klabin comemora produção acima da esperada

Coca-Cola light plus: vita-minas e minerais e novas embalagens

Rexam lança no Brasil lata com 310 ML

Design com Z é premiada no festival de embalagem e design

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Produção reaquece, dei-xando entrever um 2010 francamente positivo

Fascículo Meio Ambiente - Vol. 1 Meio ambiente em riscoNesta edição:

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Meio ambiente em risco

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panorama do setor

s sequelas da recente crise financeira internacional estão rapidamente ficando para trás no segmento de embalagens. A recuperação do conjunto da economia brasileira ganhou

ímpeto ao longo do segundo semestre do ano passado, trazendo de volta as encomendas e reaquecendo a produção, deixando entrever um 2010 francamente positivo para o setor.

A crise havia colhido em cheio os fabricantes desta área depois de anos seguidos de ventos propícios, na esteira da expansão do emprego, do crédito e da renda da população. Houve uma acentuada queda nas demandas interna e externa, com severo impacto sobre os vários elos que compõem a complexa e heterogênea cadeia da embalagem.

Para se ter uma ideia, o agravamento do quadro desencadeou um recuo de nada menos que 9,67% na produção do primeiro semestre do ano passado, de acordo com as estatísticas elaboradas pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) e divulgadas pela Abre (Associação Bra-sileira da Embalagem), lançando pesadas sombras sobre os tempos que se seguiriam.

Entretanto, no plano macroeconômico, o governo acabou por reforçar as medidas anticíclicas, tais como redução das taxas de juros pelo Banco Central, renúncia fiscal com abatimento de impostos sobre bens de consumo, ampliação de linhas de crédito, incentivos à

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SupEra criSE E rEtoMa

crescimento

embalagens SEtor dE

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panorama do setor

geração de empregos e demais formas de injetar maior vigor na economia.

As providências tomadas lograram bons resultados: a taxa de desocupação cedeu, en-quanto a renda e o consumo dos brasileiros aumentaram. A virada benefi ciou diretamente o ramo de embalagens e, no curso do segundo semestre, foi se evidenciando uma recuperação gradual nos pedidos. Na comparação de cada mês com igual período de 2008, conforme a Abre, outubro já registrava o primeiro balanço positivo, com alta de 1,8%. Em novembro, o crescimento já batia em 5,9%.

recuo menor que o esperado“Sentimos bastante o impacto da crise no

início, mas agora nossa expectativa é termos fechado 2009 com um declínio na produção entre 4,5% e 5%, menor do que indicavam as previsões mais desfavoráveis”, afi rma Luciana Pellegrino, diretora-executiva da Abre.

Nos meses de janeiro a setembro, por exemplo, o segmento acumulou a expedição de 1,645 milhão de toneladas, uma redução de 4,5% sobre o montante de 1,722 milhão em igual período de 2008. Itens em papel, papelão e cartão representaram 33,2% da produção física, vindo a seguir plástico (29,7%), metal (26,6%), vidro (8,7%) e madeira (1,8%).

Em termos de receitas, o setor inteiro calcu-lava uma movimentação da ordem de R$ 33,2 bilhões no ano passado, contra os cerca de R$ 34 bilhões de 2008. Somados, os empregos gerados totalizavam em torno de 195 mil. (Os resultados fi nais e consolidados da FGV/Abre foram divulgados após o fechamento desta edição de Mercado Empresarial).

Uma avaliação que também destaca a recu-peração havida é feita por Ricardo Trombini, novo presidente da ABPO (Associação Brasilei-ra do Papelão Ondulado) e diretor de operação da Divisão Ondulada da Trombini. O ramo de papelão, nota ele, vinha antevendo, no calor da crise, uma contração próxima de 4% na produ-ção do ano passado (no primeiro semestre, as perdas já haviam ultrapassado os 7%).

“Mas o quadro melhorou acentuadamente no decorrer do segundo semestre, deslanchan-do no fi m, de modo que nosso nível de atividade

deve ter praticamente empatado com o de 2008, quando fo-ram produzidas 2,27 milhões de toneladas”, complementa. A reação da economia, adiciona ele, acabou por alavancar os negócios, salvando os balanços de 2009.

O papelão ondulado, pondera Trombini, é um bem estreitamente atrelado ao consu-mo interno, sobretudo da parte de setores como alimentos e higiene e limpeza, vindo a seguir os bens duráveis, cujas vendas, por sinal, foram aquecidas pelos incentivos fi scais concedidos aos móveis e à linha branca.

A ABDO abriga no presente 25 empre-sas associadas com participação ativa, as quais respondem por 80% dos volumes produzidos no Brasil (as 10 maiores sozinhas manufaturam 70% do total). O setor mantém contratados em torno de 29 mil funcionários.

impacto maior sobre o plásticoJá na área de embalagens plásticas fl exíveis, o baque

foi mais sentido: a estimativa de perdas não foge muito da feita pela Abre: entre 3% e 5% no ano passado, frente à expedição de 1,45 milhão de toneladas em 2008. Se forem consideradas as receitas, a previsão é de que tenha havido um declínio de 5% sobre os US$ 5,5 bilhões faturados no ano retrasado.

“O aquecimento havido a partir de agosto não foi sufi ciente para contrabalançar as consequências da crise”, constata Alfredo Felipe Schmitt, presidente da Abief (As-sociação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis) e diretor da FFS Filmes. Os principais clientes são os setores de alimentos (comidas e bebidas), vindo depois o industrial.

Calcula-se que a seara de plásticos fl exíveis congregue atualmente um universo de dois mil fabricantes, mobilizan-do cerca de 100 mil empregados e gerando 37% das receitas de toda a indústria de embalagens. O guarda-chuva da Abief

Produção reaquece, deixando entrever um 2010 franca-mente positivo

Luciana Pellegrino, diretora-executiva da Abre.

“Sentimos bastante o impacto da crise no início, mas agora nossa expectativa é termos fechado 2009 com um declínio na produção entre 4,5% e 5%, menor do que indicavam as previsões mais desfa-voráveis”

7mercado empresarialmercado empresarial

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panorama do setor

acolhe 170 empresas associadas de todos os portes, que res-pondem por mais de 70% da produção brasileira de fi lmes monocama, coextrusados e laminados; fi lmes de PVC; sacos e sacolas; sacaria industrial; fi lmes shrink e stretch; rótulos e etiquetas, entre outros itens.

De seu lado, a Tetra Pak, multinacional peso-pesado do nicho de cartonados e soluções de envase, não tem do que se queixar. Segundo informa Eduardo Eisler, diretor-executivo de estratégia de negócios da empresa, a perspectiva é de que ela tenha encerrado 2009 com um crescimento entre 2,5% e 3% na produção.

A subsidiária brasileira, conta ele, foi atingida pelas ondas de choque da crise até abril, mas já a partir de maio come-çou a reverter a maré negativa. A produção foi recobrando o fôlego até que, em outubro, conseguiu galgar os níveis anteriores a setembro de 2008, mês em que o terremoto fi nanceiro irrompeu no mundo. “Crescemos num ritmo até acima do esperado, puxado pelos setores de leite e de-rivados, bebidas e alimentos sólidos, que compõem nosso core business”, diz ele.

otimismo para 2010No cômputo geral, o impulso que os negó-

cios ganharam nos últimos meses do ano passa-do tem autorizado a Abre a difundir previsões otimistas para este ano. Ela aposta que, já no primeiro semestre de 2010, o ramo consiga re-tomar os níveis vigentes na conjuntura pré-crise. “Se antes chegamos a ocupar 90% da capacidade ociosa, agora já caminhamos para retornar a este patamar”, garante Luciana Pellegrino.

Há um certo consenso, em meio aos dis-tintos players que compõem a indústria da embalagem, de que a expansão neste ano deverá estar, a grosso modo, em linha com a variação do PIB (Produto Interno Bruto), cujo cresci-mento é estimado em cerca de 5%. Assim, por exemplo, a Abief prevê uma alta ao redor de 6% em sua área, ao passo que a ABPO e a Tetra Pak projetam um índice entre 5% e 6%.

Diante deste horizonte promissor, Eduardo Eisler não tem dúvidas em afi rmar: “É muito bom neste momento estar em um país como o Brasil, que, diferentemente de outras regiões do planeta, acena com muitas oportunidades para a nossa indústria. Estamos preparados para surfar nesta onda”.

Esperanças à parte, no entanto, a verdade é que o segmento tem à frente hoje uma série de desafi os a transpor para que os negócios possam ser empreendidos de uma maneira mais efetiva e profícua.

omo não poderia deixar de ser, a performance da balança comercial no segmento de embalagens refl etiu diretamen-te os desdobramentos da crise econômico-fi nanceira e a sobrevalorização do câmbio. A diminuição generalizada

na demanda global, sobretudo no Primeiro Mundo, e o real apre-ciado – estimulando importações e desincentivando exportações – deram o tom no cenário do comércio externo.

Os números referentes ao primeiro semestre de 2009, conta-bilizados pelo MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), já mostravam a dimensão dos estragos feitos. As exportações despencaram quase 43% no período, em comparação com janeiro-junho de 2008 – de US$ 279,945 mi-lhões, foram para US$ 159,599 milhões. As embalagens plásticas sobressaíram nas vendas externas (41%), vindo a seguir metais (21%) e papel/papelão (19%).

As importações, por sua vez, registraram uma diminuta queda, de apenas 3,5%, indo de US$ 211,378 milhões nos meses de janeiro a junho de 2008 para US$ 203,848 milhões em igual período de 2009. As compras do Exterior foram lideradas pelas

unidades de plástico (63%), seguidas pelas metálicas (17%) e de papel/papelão (11%).

O que houve não foi tanto a entrada de embalagens de fora, mas sim o desembarque de produtos acabados que já vinham empacotados. “A maior quantidade de importados teve impacto direto, pois muitos manufaturados deixaram de ser produzidos e embalados no País”, nota Ricardo Trombini, presidente da ABPO (Associação Brasileira do Papelão Ondulado) e diretor de operação da Divisão Ondulada da Trombini.

Tomando-se a produção nacional de papelão ondulado, apenas 0,5% deste montante é exportado. “Fabricantes do Sul querem expandir as vendas para fora, mas o câmbio está sendo prejudicial”, lamenta o presidente.

Na seara das embalagens plásticas, as importações seguem avançando mais que as exportações. Em face desta realidade, Al-fredo Felipe Schmitt, presidente da Abief (Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis) e diretor da FFS Filmes, preconiza “a fi xação de uma taxa cambial que, embora fl u-tuante, seja adequada para conter a maré de importados”. A seu ver,

“O aquecimento havido a partir de agosto não foi sufi ciente para contraba-lançar as consequências da crise”

Alfredo Felipe Schmitt, presidente da Abief (Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis)

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panorama do setor

Em primeiro lugar, trata-se de estreitar a unidade em torno de objetivos comuns, inde-pendentemente dos nichos, em uma indústria marcada pela heterogeneidade e pelo enorme número de empresas que a compõem. Em ou-tras palavras, a meta é fazer com que, na prática, todos os envolvidos ajam como participantes ativos de uma mesma cadeia de valor.

“Ainda não existe esta união geral. O que temos hoje são esforços isolados de atuação conjunta no âmbito de cada área, como a de papelão, de plásticos fl exíveis e o de vidro”, opina Luciana, destacando, porém, que já há movimentos que acenam com uma coordena-ção mais forte.

Iniciativas de unifi caçãoEla cita como exemplos disso as iniciativas

da Abre no sentido de criar fóruns comuns, promover eventos e encontros, discutir normas técnicas em parceria com a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), entre outros ganhos. “A cadeia já adquiriu força e expressão. Conversamos com órgãos governamentais em nome de todos, mas precisamos seguir avan-çando”, preconiza Luciana.

Na área da Abief, um dos principais ob-jetivos que hoje se impõe é justamente o de consolidar o conceito de cadeia produtiva do plástico, conforme nota Alfredo Schmitt. “Es-tamos todos no mesmo barco e devemos nos

cabe também rever o chamado “custo Brasil”, o que implicaria, por exemplo, reduzir as tarifas para a energia elétrica.

plataforma exportadoraNo mais, a Abief traçou como estratégia batalhar pela criação

de uma plataforma para exportação de transformados plásticos, além de ter eleito novos nichos a serem atacados lá fora, como o de fi lmes técnicos e embalagens industriais. Nesse quadro, a entidade seguirá apoiando o Programa Export Plastic, encabe-çado pelo INP (Instituto Nacional do Plástico), com suporte da Apex (Agência de Promoção a Exportação) e das petroquí-

micas brasileiras, empreitada que visa abrir mercados para nossos portfólios.

Seja como for, a Abre (Asso-ciação Brasileira de Embalagem) prognostica uma reação gradativa das vendas externas no segundo semestre deste ano, antecipando ao mesmo tempo a manutenção do nível atual das importações. De acordo com Luciana Pellegrino, diretora-executiva da entidade, os países do Mercosul, por uma questão de proximidade geográfi ca e de facilidades logísticas, despontam hoje como o grande mercado para o setor, vindo a seguir o restante da América Latina e os EUA, com menor destaque para Ásia e África.

A Tetra Pak, adepta da abordagem gerencial conhecida como “just in time” (pela qual se procura deixar os produtos perto dos clientes, com estoques enxutos e na medida das necessidades), mantém outras fábricas na América do Sul, região de importância para os negócios da empresa.

“A crise e as difi culdades cambiais nos ensinaram como sermos mais competitivos lá fora também. Felizmente, o mercado brasi-leiro sozinho absorve 75% da nossa produção”, afi rma Eduardo Eisler, diretor executivo de estratégia de negócios da Tetra Pak.

unir para incrementar a nossa competitividade, aumentar a capacitação, crescer e exportar mais”, conclama.

Um dos alvos atuais desta movimentação é conseguir a isonomia do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), reivindicação pendente há cerca de três anos. Enquanto as petroquímicas vendem as resinas com 5% de IPI, declara Schmitt, as empresas de embalagens plásticas são tributadas em 15% sobre o valor de suas mercadorias.

No entender do executivo, a conciliação dos inte-resses se vê difi cultada diante, por exemplo, do risco de queda de arrecadação por parte do governo. “Estamos procurando mecanismos de compensação, com o intuito de evitar o pagamento desnecessário de tributos”, revela ele, esperando a celebração de um acordo já no primeiro semestre deste ano.

Outros entraves são apontados pelos entrevistados. Luciana critica a infra-estrutura logística e de transportes existente no País: “É imprescindível promover melhorias para reduzir custos e evitar perdas de produtos”, resume. Por sua vez, Schmitt menciona os empecilhos no acesso ao crédito: “Embora o BNDES (Banco Nacional de Desen-volvimento Econômico e Social) ofereça linhas de fi nancia-mento, a concessão acaba esbarrando nos critérios seletivos adotados pelos bancos privados”, assinala ele.

A juízo de Ricardo Trombini, o cenário para juros e tributos não deve mudar muito, lembrando que se trata de desafi os que perduram há décadas. De qualquer modo, ele julga que o Banco Central está implantando uma política “responsável e necessária” ao manter os juros em níveis ainda elevados, em que pesem as reduções nas taxas havidas no ano passado.

“A maior quantidade de importados teve impacto direto, pois muitos manufaturados deixaram de ser produzidos e embalados no País”

Ricardo Trombini, presidente da ABPO (Associação Brasileira do Papelão Ondulado) e diretor de operação da Divisão Ondulada da Trombini.

Desdobramentos da crise econô-mico-fi nanceira

refl etiram no setor

9mercado empresarialmercado empresarial

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panorama do setor

endo em vista os requisitos competitivos hoje impostos pelo mercado, o segmento de embalagens vem abraçando, com ênfase crescente, novas práticas de gestão e programas de

qualidade abrangentes, ao mesmo tempo em que busca permanen-temente introduzir tecnologias mais efi cazes no tecido produtivo.

A procura por maior efi ciência no ramo vem aumentando dia a dia, garante Alfredo Felipe Schmitt, presidente da Abief (Asso-ciação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis) e diretor da FFS Filmes. “O foco em rastreabilidade, parametrização e produtividade está se consolidando. As empresas estão cientes de que pequenos desvios nos processos podem gerar atrasos e perda de competitividade”, sintetiza ele.

Da mesma forma, os fabricantes de papelão ondulado, em sua maioria, têm investido em ges-tão integrada, conforme relata Ricardo Trombi-ni, presidente da ABPO (Associação Brasileira do Papelão Ondulado) e diretor de operação da Divisão Ondulada da Trombini. “Já faz anos que estas práticas vêm sendo implementadas, até por uma necessidade de mercado”, salienta.

A introdução de normas ISO (International Standard Organization), por exemplo, vem se tornando corriqueira, embora, observa Schmitt, haja organizações que resistem em aderir a essa vertente: “Elas possuem uma cultura avessa às tarefas de au-

ditoria, indispensáveis para se obter uma certifi cação como a ISO 9000”, assinala ele.

O presidente da Abief também recomenda a normatização de procedimentos no trato dos recursos humanos, lembrando que o segmento de embalagens de plástico é intensivo em mão de obra (a qual, aliás, segundo ele, não é adequadamente qualifi cada). “Normas no trabalho são essenciais no sentido de reduzir perdas e custos”, completa.

Em um balanço geral, Schmitt avalia que o parque instalado para confecção de embalagens plásticas está em franco processo de modernização. Entre outras peculiaridades, “os equipamentos atuais se notabilizam por produzir mais com menor consumo de energia”, ilustra ele.

Em meio aos fabricantes de papelão ondulado, também se encontra em andamento uma signifi ca-tiva evolução tecnológica, introduzida pelo maqui-nário trazido do Primeiro Mundo, que compõe o grosso da capacitação existente. Trombini destaca, a propósito, o aumento no índice de reaproveitamento de fi bras recicladas na composição do papelão, que já bateu em mais de 70%. “Com aditivos químicos e tecnologia de processos, conseguimos obter maior qualidade física que no passado”, explica ele.

Equipamentos mais velozesDe outra parte, a produtividade subiu com a

introdução de onduladeiras mais velozes, que ope-ram com menos gramatura. Esta funcionalidade “elevou a quantidade fabricada com o uso de menos recursos, gerando-se bens com menor peso e maior resistência”, analisa o dirigente da ABPO.

Outro avanço ressaltado por Trombini se deu no front das impressoras, que agora possibilitam efe-tuar composições de várias cores (policromia) nos produtos. Com isso, o setor de papelão conseguiu ampliar o mercado, dado que, no lugar de trabalhar apenas com embalagens terciárias ou de transporte (marrons), passou a fornecer também unidades primárias ou expositoras, as quais, ao contar com melhor apresentação e menor peso, são exibidas diretamente nas gôndolas de supermercados. Contudo, o presidente da ABPO ressalva que as embalagens terciárias ainda respondem pelo grosso da produção, em torno de 90% do total.

Finalmente, Eduardo Eisler, diretor executivo de estratégia de negócios da Tetra Pak, nota que na seara de cartonados a chamada “rastreabilidade ativa” se fi rmou, apoiada em softwares que acom-panham a manufatura das unidades desde a origem até o fi m dos processos automatizados.

Outro ganho apontado por ele é a maior oferta de equipamentos destinados a clientes de vários portes no processamento de alimentos. O executivo adianta que, entre 2010 e 2012, a Tetra Pak lançará novas tecnologias na América Latina visando ao reforço da segurança alimentar.

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O foco em rastreabi-lidade, parametriza-ção e produtividade está se consolidando

na gEStão E na produção

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Entre 2010 e 2012, a Tetra Pak lançará novas tecnologias na América Latinavisando ao reforço da segurançaalimentar.

Eduardo Eisler, diretor executivo de

estratégia de negócios da Tetra Pak

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panorama do setor

oje, mais do que nunca, as inovações pautam constantemente o design das embalagens. Trata-se de um fenômeno

inevitável, que busca dar conta das complexas demandas que incidem sobre o setor. De um lado, há a globalização, que cedo ou tarde acaba disseminando e fi xando tendências para além das fronteiras dos países. De outro, os designers

têm de acompanhar ou antecipar as mudanças nos perfi s e nas prefe-rências dos consumidores.

Estes avanços vêm se tra-duzindo, no mais das vezes, na melhora da qualidade das embalagens, em benefício dos fabricantes, dos clientes finais e do conjunto da sociedade, cada vez mais rigorosos quanto ao

atendimento de quesitos como praticidade, segurança, confiabilidade, ética e sustentabi-lidade socioambiental.

Atualmente, há maior consciência sobre o papel estratégico da embalagem no desempenho e no pla-nejamento das empresas

H

designatEndE noVaSdEMandaSSociaiS

Nesse cenário bastante dinâmico, conforme os especialistas ouvidos por Mercado Empresa-rial, o design brasileiro, genericamente falando, estaria alinhado com as vertentes mais sofi sti-cadas em vigor no Exterior.

Como salienta Luciana Pellegrino, diretora-executiva da Abre (Associação Brasileira da Embalagem), “pelo fato de numerosos fabri-cantes e clientes serem multinacionais, muitas inovações acabam mesmo sendo trazidas de fora”. Ela nota, porém, uma diferença no que concerne ao item preços: se, no Primeiro Mun-do, as embalagens trazem um custo maior por serem mais bem elaboradas, no Brasil o preço ainda pesa bastante no planejamento para certas categorias de produtos.

Por outro lado, o crescimento econômi-co e populacional e a própria evolução do mercado interno, diz a especialista da Abre, determinaram a evolução técnica e do de-sign para contemplar mais de perto as novas necessidades dos públicos-alvo. “Nos anos mais recentes, por exemplo, as classes C e D passaram a consumir mais, gerando maior escala e induzindo inovações e maior grau de investimentos para atender estas demandas”, analisa Luciana.

Todo este conjunto de transformações estruturais fez com que despontassem e se con-

12

Page 13: Revista Mercado Empresarial - Brasilpack

panorama do setor

solidassem algumas tendências, assim descritas pela diretora da Abre:

• Maior conveniência, mediante a oferta de embalagens com sistemas de abertura e fecha-mento/refechamento facilitados;

• Oferta de embalagens maiores contendo porções de produtos empacotadas separada-mente, de modo a lhes prolongar a vida útil;

• Multiplicação de embalagens menores, focadas no público single e em famílias pe-quenas;

• Preocupação maior com a segurança alimentar, a fi m de garantir a integridade e a qualidade dos produtos;

• Criação de embalagens que assegurem maior prazo de validade, mesmo sem presença de regrigeração;

• Na área gráfi ca, impressão de embalagens com maior qualidade, contemplando tanto pequenas quanto grandes tiragens.

Para Luciana, existe atualmente maior cons-ciência sobre o papel estratégico da embalagem no desempenho e no planejamento das empre-sas. Tanto assim que o BNDES (Banco Nacio-nal de Desenvolvimento Econômico e Social) e o Sebrae desenvolveram linhas de crédito para fi nanciar o design, no entendimento de que uma boa embalagem refl ete qualidade e valor agregado na atuação de um fornecedor.

ética no processo de designDe seu lado, Rodrigo More, sócio da More

& Benevides Advogados, propõe uma aborda-gem que busca tratar da ética no processo de design de embalagens, uma questão que, a seu juízo, se relaciona estreitamente com os temas de responsabilidade social e de governança corporativa.

A maioria das grandes empresas, na opinião de More, “conta com códigos de ética que ou são palavras sem conteúdo efetivamente vincu-lante da conduta ou são, na melhor hipótese, desavisadamente descumpridos na ponta do balcão de contratação de serviços, o que inclui o design”.

A premência por redução de custos, constata ele, muitas vezes leva os contratantes a assumir, não raro involuntariamente, posturas incorretas frente aos contratados. “O resultado é uma concorrência antiética nos dois polos, tanto na tomada quanto na prestação de serviços, além da evidente degradação ou desvalorização da fi gura do profi ssional”, assinala o advogado.

Avançando no seu diagnóstico, More adver-te que, “sem uma injeção de ética, a profi ssão de designer de embalagem, já anêmica, pode

sucumbir às pressões do mercado. Quero dizer: não se venderá mais design como arte, mas simplesmente como preço”.

Partindo da premissa de que a ética é ques-tão de prática, o especialista preconiza que as empresas devem levar seus códigos à efetiva realização em toda a cadeia de produção. “Elas precisam decidir o que é mais importante no contexto da responsabilidade social que defendem e propagandeiam: o respeito à arte ou a sobrevalorização da redução de custos”, acrescenta.

Avaliando as políticas implantadas pelo seg-mento de embalagens no sentido de contemplar os requerimentos éticos, More lembra que a Abre, há vários anos, conta com um código para orientar designers e contratantes. “Iniciativas como estas são extremamente importantes, pois não poucas vezes empresas demandam serviços e não têm parâmetro algum sobre como proceder”, ressalta.

No Código de Ética do Comitê de Design de Abre, prossegue More, talvez o ponto mais relevante tenham sido as recomendações sobre a participação de agências e designers em con-corrências que não remuneram as propostas, um problema que ainda persiste, mas que já é discutido no Comitê, tendo como base um texto de conteúdo jurídico válido e obrigatório para todos os membros. Na verdade, enfatiza o advo-gado, a orientação ao setor “só terá efetividade e ganhará contornos éticos e de responsabilidade social mais bem delineados quando as empresas passarem a assinar o Código de Ética”.

Por fi m, More observa que “o desrespeito à ética no Brasil sem dúvida contamina produtos que seguem para o Exterior, pois não é raro que o design executado aqui seja empregado global-mente”. Aliás, a utilização internacional é uma regra comumente imposta pelas empresas com relação aos direitos autorais e de propriedade industrial sobre as artes contratadas. “Se aqui há problemas, a exportação dos produtos e do design não acaba com eles, apenas os mascara”, conclui ele.

porções de produtos empacotadas separada-porções de produtos empacotadas separada-mente, de modo a lhes prolongar a vida útil;mente, de modo a lhes prolongar a vida útil;

• Multiplicação de embalagens menores, • Multiplicação de embalagens menores, focadas no público single e em famílias pe-focadas no público single e em famílias pe-quenas;quenas;

• Preocupação maior com a segurança • Preocupação maior com a segurança alimentar, a fi m de garantir a integridade e a alimentar, a fi m de garantir a integridade e a qualidade dos produtos;qualidade dos produtos;

• Criação de embalagens que assegurem • Criação de embalagens que assegurem maior prazo de validade, mesmo sem presença maior prazo de validade, mesmo sem presença de regrigeração;de regrigeração;

designatEndE noVaSdEMandaSSociaiS

“O desrespeito à ética no Brasil sem dúvida contamina produtos que seguem

para o Exterior, pois não é raro que o design executado aqui seja empregado

globalmente”

Rodrigo More, sócio da More & Benevides Advogados

13mercado empresarialmercado empresarial

Page 14: Revista Mercado Empresarial - Brasilpack

julgar pela multiplicidade e pela abrangência das iniciati-vas em curso, o tema da sustentabilidade socioambiental parece ter sido defi nitivamente incorporado à agenda da indústria de embalagens no Brasil. Empresas e entidades

representativas do ramo protagonizam projetos com os mais variados perfi s para contemplar as necessidades de reciclagem, descarte seletivo, consumo consciente e obtenção de matérias-primas a partir de fontes renováveis.

Como enfatiza Luciana Pellegrino, diretora-executiva da Abre (Associação Brasileira da Embalagem), “a responsabilidade am-biental entrou na pauta de toda a sociedade. O nosso setor, em particular, vem registrando um grau elevado de adesão a práticas sustentáveis que se refl etem em ações pró-ativas e efetivas”.

Houve, na verdade, uma grande mudança de postura do segmento, acrescenta Alfredo Felipe Schmitt, presidente da Abief (Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Fle-xíveis) e diretor da FFS Filmes: “Antes, a atitude era meramente reativa, com pouca valorização do tema. Agora, perseguimos a pró-atividade, no reconhecimento de que a sustentabilidade é um valor essencial”, nota ele.

Trata-se, ainda de acordo com Schmitt, de atacar ao mesmo tempo todas as vertentes de um tripé: sustentabilidade econô-mica, social e ambiental. “De nada adianta desfrutarmos de uma boa situação na economia se os aspectos sociais e ambientais

não forem levados em consideração, visto que têm impactos evidentes sobre a vida dos cida-

dãos”, salienta o executivo.A propósito da relevância

assumida por esta temática, Mercado Empresarial, nesta

edição especial, faz um breve levantamento das principais iniciativas em andamento, na indústria da embalagem, que elegeram como foco o cui-dado na produção, manu-seio, consumo e descarte de material, muitas vezes com desdobramentos diretos na área social. Fundamentalmente, po-dem ser mencionadas as seguintes movimenta-ções do setor:

Tendo criado seu Comitê de Meio Am-

biente e Sustentabilidade para tratar do assunto, a Abre lançou recentemente a cartilha “Diretrizes de Sustentabilidade para a Cadeia Produtiva de Emba-lagens e Bens de Consumo”. A meta da publicação, segundo Luciana Pellegrino, é “orientar o segmento sobre como trabalhar este tema de modo a ober ganhos ambientais concretos”. A obra possibilita a cada empresa proceder a uma auto-avaliação, con-forme alguns indicadores desenvolvidos com base no conceito de ecodesign (design for environment). Assim, toda a cadeia produtiva pode agir em uma mesma direção, na busca da melhoria contínua do desempenho ambiental de seus produtos, proces-sos produtivos e embalagens, ao longo de todas as etapas de fabricação.

A Abre também deflagrou a campanha “A Embalagem Construindo Sustentabilidade”, que visa informar e conscientizar o consumidor sobre a importância da reutilização e reciclagem das emba-lagens, tendo como principais pilares valores como proteção, prolongamento da vida, saúde, segurança, economia e bem-estar social. O escopo é promover a responsabilidade em todas as etapas do ciclo de vida

sustentabiliDaDe:aS iniciatiVaS SE MultiplicaM

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panorama do setor

impactos evidentes sobre a vida dos cida-dãos”, salienta o executivo.

assumida por esta temática, Mercado Empresarial

edição especial, faz um breve levantamento das principais

Tema foi defi nitivamente incorporado à agenda da

indústria brasileira deembalagens

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Page 15: Revista Mercado Empresarial - Brasilpack

de uma embalagem, ou seja, desde o seu desenvolvimento até a sua revalorização

após o consumo do produto. Em conjunto com esta empreitada, a Associação lançou a

campanha “Embalagem, eu reciclo!”, almejan-do uma maior aproximação com o público, tendo

sido desenvolvidos para tanto adesivos estilizados com o símbolo de descarte seletivo, o qual foi criado pela Abre e adotado internacionalmente pela ISO 14.021 de Auto-Declaração Ambiental.

A ABPO (Associação Brasileira do Papelão Ondulado) engrossou os esforços ambientalistas tirando proveito das características do papelão, matéria-prima renovável e biodegradável, segundo explica Ricardo Trombini, presidente da entidade e diretor de operação da Divisão Ondulada da Trom-bini. “A cadeia produtiva do material permite criar uma economia plenamente sustentável”, garante ele. Na coleta para reciclagem, mais de 70% dos volumes são recolhidos de forma automatizada entre as organizações do comércio e da indústria, fi cando o restante por conta de agentes como os catadores de rua, informa o executivo. “Além da possibilidade de se reaproveitar as fi bras usadas para confeccionar o material, há também o cuidado de plantar árvores especifi camente para este fi m, con-ferindo sustentabilidade ao uso de fi bras virgens”, adiciona Trombini.

A Abief, com o intuito de disseminar a cul-tura do consumo responsável e criar parâmetros para a produção de sacolas plásticas condizentes com as normas em vigor, engajou-se, juntamente com a Plastivida e o INP (Instituto Nacional do

Plástico), no Programa de Qualidade e Consumo Responsável de Sacolas Plás-

ticas. Este tem como base os chamados 3Rs – Redução, Reutilização e Reciclagem.

“É um exemplo do que pode ser feito concretamente e os resultados até agora têm

sido muito positivos”, avalia Alfredo Schmitt, presidente da entidade.

A multinacional Tetra Pak empreende nume-rosas ações na área, podendo ser citadas as seguintes:

a) Desenvolvimento de tecnologias de reciclagem que possibilitam a fabricação de placas, telhas, móveis, canetas,

vassouras e outros objetos a partir da mistura de plástico e alumí-nio das embalagens, após a retirada do papel, usado na produção de caixas de papelão e papel reciclado; b) Apoio às cooperativas de catadores nas principais capitais do País, o que inclui doação de materiais e cessão de prensas; c) Portal de Educação Ambien-tal, que oferece informações desde como gerenciar e selecionar o lixo até o reaproveitamento de cada material. Este website é uma evolução do Programa Cultura Ambiental nas Escolas, que consiste na distribuição de kits educativos com material informativo e lúdico sobre práticas ecológicas; d) Projeto Rota da Reciclagem, que leva orientações sobre coleta seletiva para a Internet, tornando disponível o primeiro buscador específi co de pontos de recolhimento de materiais; e) Fixação de metas para redução das emissões de dióxido de carbono na multinacional: até 2010, estas emissões devem ser 10% menores do que em 2005 (40.000 toneladas), independentemente do crescimento da empresa, mediante maior efi ciência energética e incremento na utilização de energias limpas. Em 2006, a Tetra Pak reduziu as emissões em 4%; e em 2007, 3%.

Merece também destaque o acordo da Tetra Pak com a pe-troquímica Braskem, fi rmado em dezembro do ano passado, para o uso de plástico (polietileno de alta densidade) verde, baseado no etanol de cana, em embalagens cartonadas. “A Tetra Pak chegou a 100% de sustentabilidade com esse leque de iniciati-vas”, afi rma Eduardo Eisler, diretor-executivo de estratégia de negócios da corporação, que lembra também a conquista do FSC (Forest Stewardship Council), selo verde que assegura práticas de preservação fl orestal no uso de papel. Isto signifi ca que toda fi bra de madeira utilizada para a confecção de embalagens longa vida deve ser proveniente de fl orestas aprovadas por um sistema independente de certifi cação, gerenciadas em conformidade com o princípio do manejo sustentável. No Brasil, a Tetra Pak atua em parceria com a Klabin, a maior indústria brasileira produtora de papel, da qual obtém matéria-prima proveniente, na maior parte, de fl orestas certifi cadas ME

panorama do setor

de uma embalagem, ou seja, desde o seu desenvolvimento até a sua revalorização

após o consumo do produto. Em conjunto

15mercado empresarialmercado empresarial

Page 16: Revista Mercado Empresarial - Brasilpack

evento

ais de 30 mil visitantes/compradores de 30 países são esperados na Bra-silpack 2010 - Semana Internacional

da Embalagem, Impressão e Logística, con-siderado o principal evento especializado na indústria de embalagens do Hemisfério Sul e que acontece de 22 a 26 de março no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo.

Participarão da feira cerca de 700 exposito-res, de mais de 25 países, que apresentarão os últimos avanços em tecnologias do mercado de embalagens. Entre eles, encontram-se fabrican-tes e distribuidores de equipamentos e máquinas para packaging e engarrafados, selagem e aca-bamentos, codificados, pesado, armazenamento e outros. Trata-se de um evento competitivo, com forte imagem de marcas e apelo mercado-lógico e que sintetiza bem a tendência que vem ganhando força nas feiras de negócios: público qualificado e volume expressivo de vendas.

Integram também a Semana Internacional da Embalagem, Impressão e Logística a FIE-PAG (Feira Internacional de Papel e Indústria Gráfica), a Flexo Latino América (Feira In-ternacional de Flexografia), o Salão Embala Inovação (Convertedores e agências de design e desenvolvimento de embalagens) e a Brasil Screen & Digital Show (Feira Internacional de Serigrafia e Impressão Digital). O objetivo é reunir as principais cadeias produtivas desses setores e, ao mesmo tempo, alinhar sua data no calendário internacional dos grandes eventos do ramo. A sinergia entre as feiras atrai e conquista novos compradores, assegurando aos exposito-res novas alternativas de crescimento.

O evento é realizado pela Reed Exhibitions Alcantara Machado com o apoio das mais re-presentativas entidades do setor, entre as quais Abimaq (Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos), Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico), a Abflexo-FTA Brasil (Associação Brasileira Técnica de Flexografia), Abigraf (Associação Brasileira da Indústria Gráfica), Abiea (Associação Brasileira das In-dústrias de Etiquetas Adesivas) e Abief (Asso-ciação Brasileira das Indústrias de Embalagens Plásticas Flexíveis) e muitas outras ME

todo o avanço do setor reunido num mega evento

M

2010brasilPacK

novidade: a Área Verde

A Brasilpack 2010 traz como grande novidade a criação de um novo setor, a Área Verde, visando atender às necessidades da atual economia de mercado cada vez mais preocupada com a sustentabi-lidade e a preservação do meio ambiente. A área, que será dedicada exclusivamente a materiais, produtos e serviços ecologicamente corretos, terá como um dos destaques o processo de reciclagem de papel, plástico, metal e vidro.

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Page 17: Revista Mercado Empresarial - Brasilpack

evento

brasilpack 2008 - Vista parcial

Mais de 30 mil visitantes/compradores de 30 países são esperados para a feira de 2010

17mercado empresarialmercado empresarial

Page 18: Revista Mercado Empresarial - Brasilpack

gestão

er uma Marca sólida e respeitável é o ob-jetivo da maioria das organizações, inde-pendente do porte ou segmento. Em um

cenário onde os consumidores possuem muito mais possibilidades de escolha, as empresas podem ser embaladas por modismos ou mudan-

ças repentinas. Não adianta uma empresa querer pegar carona nas redes sociais, criar comunidades online e investir em perfi s corpo-rativos na web se nem mesmo o SAC ou os colaboradores conse-guem resolver questões e dúvidas dos clientes. Ao mesmo tempo, criar um site interativo ou fazer

uma promoção via SMS não signifi ca interagir com a sua comunidade de Marca. Se não for devidamente utilizada, estas novas ferramentas nunca atingirão os reais objetivos.

E é aqui que entra o Branding, que, por ser uma prática razoavelmente nova no

Brasil, ainda não chegou à maturidade. Antes de falar em tendências, o mer-cado ainda precisa conhecer evolução das práticas e disseminar os conceitos entre líderes das empresas. As agendas dos CEOs começam a abordar a rele-vância da Marca na tomada de decisões,

na construção de novos indicadores de performance e na importância de

se desenvolver uma cultura de Marca dentro (e fora) das organizações. Ao entender que hoje a relação com seus stakeholders deve ser aberta para o diálogo maduro, as empresas são capazes de inovar mais, reduzir custos, ampliar mercado e agregar valor. Aquelas que não estão atentas a isso, certamente perderão competitividade.

Atualmente, nos bastidores de mercado, os temas mais freqüentes entre os CEOs são efi ci-ência e relevância. O que os gestores precisam entender é que investir na Marca não signifi ca investir somente em propaganda. Quem mais investe em Branding otimiza os gastos com mídia e torna-se efi ciente. As métricas antigas, que garantiam verbas enormes para os departa-mentos de marketing, sem uma demonstração clara dos resultados efetivamente gerados, estão com os dias contados. É melhor investir na criação de uma cultura de Marca, no desenvol-vimento dos colaboradores, na capacitação em Branding e na implementação de novos KPIs (Indicadores Chave de Desempenho, em inglês Key Performance Indicators) a que gastar mi-lhões anunciando uma Marca sem identidade. Hoje, o trabalho está muito mais interno do que antes. As empresas estão procurando um olhar crítico sobre elas mesmas com o objetivo de saber com clareza o que vale a pena falar, vender ou fazer.

O grande segredo é entender a relação da Marca com os

públicos da empresa

T

QUE VOCÊ CONHECIAJÁ EVOLUIU!

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Page 19: Revista Mercado Empresarial - Brasilpack

gestão

E é neste momento que entra a relevância. Com a identidade de Marca estabelecida, tudo ganha um novo signifi cado. O convencimen-to passa a ser mais fácil, os relacionamentos mais fortes e o trabalho do marketing torna-se mais competente, aumentando os índices de produtividade e inovação. A Marca deve estar inserida no pensamento estratégico da empresa e em todas as formas de relacionamento da organização com os seus diferentes públicos, em todos seus processos, de colaboradores a clientes fi nais.

O grande segredo aqui é entender a relação da Marca com esses públicos. Um bom exemplo que podemos citar é o do marketing esportivo. Podemos ver nele algumas ações de construção de identidade que conseguiram bons resultados, como foi o caso do Rio de Janeiro, eleito sede das Olimpíadas. A Marca “Rio de Janeiro” pas-sou por um minucioso trabalho para conseguir reverter a imagem de uma cidade desorganizada e violenta. O discurso foi bem montado, acom-panhado de uma comunicação bem elaborada, investimento político e apoio popular. Agora, após a vitória, entra em cena o mais importante dessa estratégia de Bran-ding: a execução das promessas e implementação das ações, tudo para que esta não seja apenas mais uma campanha política ilusória. Cada

* Sócio-diretor da Vallua Consultoria, Lucas Reñe Copelli

é graduado em engenharia pela UNICAMP e pós-graduado

em marketing pela ESPM. É especialista em planejamento

estratégico e inovação em gestão, integrados à disciplina

de Branding.

vez mais, o público é exigente e, para uma boa construção de Marca, o consumidor não pode ser iludido ou enganado.

A partir desse exemplo, é fundamental que os empresários saibam que a Marca deve ser uma premissa de negócios, que deve ser tratada como um ativo estratégico de toda a organiza-ção e não apenas um trabalho do departamento de marketing. Em mercados cada vez mais competitivos, sujeitos a alterações de humor do consumidor a cada minuto, os CEOs e CMOs devem saber construir e gerir as comunidades de suas Marcas. A comunidade de Marca é independente, tem vida própria e não pode ser controlada. É importante ouvir o que ela tem a dizer, mas acima disso, saber como utilizar a informação.

O cenário hoje é um universo aberto e sem limites, onde cada cliente ou potencial cliente tem autonomia e liberdade de expressão. Por isso as empresas precisam aprender a ouvir e ter uma estratégia efi ciente para atuar na resposta ME

após a vitória, entra em cena o mais importante dessa estratégia de Bran-ding: a execução das promessas e implementação das ações, tudo para que esta não seja apenas mais uma campanha política ilusória. Cada

* Sócio-diretor da Vallua Consultoria, Lucas Reñe Copelli

é graduado em engenharia pela UNICAMP e pós-graduado

em marketing pela ESPM. É especialista em planejamento

estratégico e inovação em gestão, integrados à disciplina

de Branding.

19mercado empresarialmercado empresarial

Page 20: Revista Mercado Empresarial - Brasilpack

mercado

A Activas, uma das maiores distribuidoras de resinas termoplásticas do Brasil, com sede no ABC Paulista, e que completará 20 anos em 2010, planeja aumentar seu faturamento de R$ 250 milhões para R$ 620 milhões em quatro anos, representando um crescimento de 148%. Para 2010, o faturamento ficará ao redor de R$ 320 milhões.

Para alcançar essa meta, a empresa, que é distribuidora da bandeira Quattor, está investindo inicialmente R$ 7 milhões em ativos: nova sede administrativa, nova frota de veículos e na área de logística no ABC. A Activas possui filial em Jaboatão dos Guararapes (PE), Rio de Janeiro (RJ), Joinville (SC) e Caxias do Sul (RS) e prevê a inauguração de uma filial em Anápolis (GO) e outra na Região Norte.

Segundo Laércio Gonçalves, presidente da empresa, hoje são distribuídas 50 mil toneladas para cerca de 3 mil empresas em todo o Brasil e, até 2013, esse volume passará para 105 mil toneladas/ano, dobrando também o número de

clientes.“No Brasil existem 11 mil empresas transforma-

doras que utilizam essa matéria-prima. As maiores do segmento, que chegam a aproximadamente 2,5 mil, são abastecidas diretamente pelas petroquímicas e, as menores, são atendidas pelas distribuidoras. A Activas, por exemplo, atende 3 mil empresas de menor porte e com os investimentos que estamos realizando triplicaremos o atendimento. Hoje 80%

das entregas são efetuadas em até 18 horas após o pedido e chegaremos a mais de 90%, isto nacionalmente’’, explica Laércio Gonçalves.

A Activas possui 150 colaboradores, é certificada na matriz e nas filiais com a ISO 9001:2008 (última atualização da norma) e associada e co-fundadora da Adirplast - Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas Plásticas.

A Novelprint está mais uma vez entre os primeiros colocados no ranking das empresas mais lembradas na Pesquisa Pack Destaque de Preferência 2009. Na categoria de rótulos e etiquetas, cujo mercado é bastante competitivo, a Novelprint empatou em terceiro lugar com a Baumgarten e a Dixie Toga. Mack Color e CCL Label ocuparam o primeiro e o segundo lugares, respectivamente.

A escolha dos fornecedores preferidos do setor de embalagem levou em consideração, além dos aspectos técnicos, os seguintes critérios: qualidade de atendimento, flexibilidade comercial, qua-lidade de impressão, prazo de entrega, desempenho, portfólio, capacidade adesiva, resistência e durabilidade.

actiVaS prEVê crESciMEnto dE 148% EM 4 anoS

A empresa é uma das maiores distribuidoras de resinas termoplás-

ticas do Brasil.

noVElprint, MaiS uMa VEz EntrE aS EMprESaS MaiS lEMbradaS do SEtor

A empresa está entre os pri-meiros colocados no ranking

das empresas mais lembradas na Pesquisa Pack Destaque de

Preferência 2009.

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Page 21: Revista Mercado Empresarial - Brasilpack

mercado

A International Paper (IP), líder mundial na produção de papel não revestido para imprimir e escrever, acaba de apresentar seu novo posicionamento estratégico. Desenvolvido pela Tom Comunica-ção, o novo conceito de comunicação institucional utiliza o tema: ‘’Expresse o seu melhor’’, criado para refletir a postura da empresa, presente na vida das pessoas todos os dias com seus produtos.

‘’O novo conceito quer valorizar a presença do papel no coti-diano das pessoas e mostrar a relação entre o papel e a expressão. Para isso, traz consigo uma proposição: expresse o seu melhor, onde a expressão do melhor de cada um é apresentada como mola propulsora das transformações’’, destaca a gerente de Comunicação e Marketing Institucional da IP, Alessandra Fonseca.

O novo posicionamento institucional da empresa mostra, por meio de uma linguagem emotiva, a presença do papel no dia-a-dia das pessoas como uma importante meio para diferentes formas de expressão. Para consolidar este posicionamento, a empresa es-tabeleceu um plano de ações e relacionamento para os próximos quatro anos. ‘’Criamos mais do que uma campanha. Desenvolvemos um conceito e também uma plataforma para que a comunicação da marca aconteça, em um trabalho que abrange desde a comuni-cação interna e peças publicitárias clássicas à presença nas redes sociais’’, destaca Vinicius Alzamora, diretor de Criação da Tom. Para divulgar o novo conceito foram desenvolvidos folders, apre-sentações, vídeo, entre outros, voltados para clientes, consumidores e fornecedores.

As peças trazem personagens reais, professores e alunos que participam de programas socioambientais promovidos nas comu-nidades onde a empresa atua, demonstrando a utilização do papel para a expressão de sua criatividade, como ilustrações e poemas.

A Máquina 9, fornecida pela Voith Paper à planta da Klabin em Monte Alegre, Telê-maco Borba, Paraná, está obtendo produ-ções acima da média esperada. A capacidade de produção diária estimada no start-up do equipamento, há quase dois anos, era de 1.100 toneladas. Em 2009, o recorde diário de produção chegou a 1.442 toneladas. A MP9 faz parte do Projeto MA-1100, maior investimento da história da empresa.

Os resultados acima do esperado vêm se apresentando por toda a learning curve da máquina. Para 2008, estavam previstas 283.000 toneladas e a produção bruta foi de 299.279. A meta de 2009 é de 330.000 toneladas de papel cartão.

Para a Voith Paper, o salto de desempe-nho se deve à boa performance da máquina, que apresentou ótima estabilidade e eficiên-cia em pouco tempo. Para 2010, a Klabin espera que a MP 9 alcance uma produção de 380.000 toneladas.

intErnational papEr: noVo poSicionaMEnto EStratégico da Marca para a aMérica latina

Klabin coMEMora produção aciMa

da ESpErada coM MÁquina

Voith papEr

Divulgação

21mercado empresarialmercado empresarial

Page 22: Revista Mercado Empresarial - Brasilpack

cases & cases

A Coca-Cola Brasil pretende inaugurar uma nova era no mercado de refrigerantes no País com o lançamento de Coca-Cola light plus, produto de baixas calorias e fonte de vitaminas B3, B6 e B12 e dos minerais magnésio e zinco. O novo produto foi lançado ao consumidor durante os dois principais eventos de moda do País - o Fashion Rio e o São Paulo Fashion Week - e chegou às lojas na primeira quinzena de janeiro.

Coca-Cola light plus segue a tendência do consumidor adulto de conciliar prazer, hidratação, controle de calorias e nutrição, e já foi lançada com sucesso em países como Estados Unidos, Inglaterra, França e Alemanha. Uma lata do produto pretende suprir 23% das necessidades diárias de vitaminas e minerais de um adulto.

O refrigerante é resultado de uma tecnologia avançada que preserva o sabor e permite a adição de nutrientes importantes para a saúde. Sua inovadora formulação, desenvolvida para atender ao paladar do brasileiro, foi testada e aprovada pelos consumidores em pesquisas.

Embalagens também são novasCoca-Cola light plus inova também em embalagens, com uma versão mais

moderna de lata: a sleek de 310 ml, com design especial, mais fi no e alongado. O produto também poderá ser encontrado em garrafa de 1 L ou 1,5L.

Pimenta com maracujá, com manga, com limão capeta. Uma combinação curiosa e saborosa de molhos promete aguçar o paladar dos apreciadores dessa, que é uma das especiarias mais admiradas dos brasileiros. O lançamento é da Vilma Alimentos em parceria com a Abrasel - Associação Nacional de Bares e Restaurantes. A linha, que também é composta por um molho de pimenta tradicional e de temperos, foi lançada com o rótulo do Brasil Sabor, marca do festival gastronômico da Abrasel, o maior festival de gastronomia do Brasil, realizado todos os anos, e que tem abrangência nacional. A Vilma é a primeira empresa brasileira a fechar a parceria.

O vice-presidente de marketing e vendas da Vilma, Cezar Tavares, explica que o investimento da empresa no novo produto é de R$ 300 mil. “A expectativa de vendas são as melhores, pois a Vilma irá utilizar toda a sua logística de distribuição para alcançar o consumidor, por meio de mais de 22 mil pontos de vendas’’, detalha.

A combinação de sabores, que são exclusividade da Abrasel, foi concebida pelo Chef Túlio Montenegro, conhecido pelas pesquisas que desenvolve com as pimentas e as receitas saborosas que sempre incluem a iguaria. ‘’A harmonização entre as frutas com o sabor picante da pimenta resulta numa mistura leve e agradável ao paladar’’, revela.

noVidadES da VilMa, na piMEnta E no rótulo

Novo produto consolida no Brasil tendência mundial de refrigeran-

tes com nutrientes.

coca-cola light pluS: VitaMinaS E MinEraiS E noVaS EMbalagEnS

Pimenta commaracujá

Lançamento é resultado de par-ceria entre Vilma

Alimentos e a marca Festival Brasil Sabores

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Page 23: Revista Mercado Empresarial - Brasilpack

23cases & cases

Chegou ao mercado de emba-lagens do Brasil um novo formato de lata, com 310 ml, fabricado pela Rexam. O primeiro produto a uti-lizar essa embalagem, que já pode ser encontrada nos supermercados, é a cerveja Itaipava, da cervejaria Petrópolis. A idéia do novo formato surgiu a partir do sucesso apresen-

tado na fabricação da lata sleek de 270 ml, que a Rexam vem produzindo desde o fi nal de 2008 para as cervejas Brahma, Skol Beats e Stella Artois.

A sleek de 310 ml tem em seu formato a mesma tampa da lata tradicional de 350 ml, sendo que o corpo segue o diâmetro dessa tampa sem o pescoço mais pronunciado das latas tradicionais. A nova embalagem é vista como uma alternativa também para o mercado de energéticos.

Para Renato Estevão, diretor comercial da Rexam, a lata com 310 ml é moderna e elegante, além de ser uma forma de levar a embalagem para o segmento de produtos Premium. ‘’Com o novo formato, nossos clientes podem oferecer ao consumidor a oportunidade de escolher uma embalagem adequada ao seu perfi l e ocasiões de consumo’’ acrescenta.

Com o lançamento da Itaipava de 310ml, agora três das cinco marcas de cerveja líderes no país já estão disponíveis ao consumidor em latas no formato sleek. A Rexam já está produzindo a nova em-balagem para envasadores em outros países da América do Sul.

Chega ao mercado uma nova versão deCaladryl® Loção, que não tem mais as restrições de um medicamento OTC (medicamento isento de prescrição médica). “Por ser considerada cosmética, essa nova loção poderá ser encon-trada não apenas em farmácias, como também em supermercados e perfumarias, facilitando a vida do consumidor’’, comenta Carolina Schomer, gerente de produto Caladryl®, que também aponta a nova embalagem como um diferencial. “A apresentação do produto ficou mais prática e moderna, além de termos eliminado o cartucho de papelão, diminuindo o consumo de papel, uma das atitudes de sustentabilidade promovidas pela Johnson & Johnson’’, afirma.

Líder de um mercado que movimentaR$ 22 milhões e cresce 2% ao ano, Caladryl® atinge até 35% de market share durante os meses de verão, onde estão concentradas cerca de 50% de suas vendas.

benefícios da nova fórmula A loção Caladryl® Pós-Sol promete só alivia

os efeitos do sol na pele, como também recupera a hidratação perdida devido à exposição ao sol, deixando uma agradável sensação de frescor.

O primeiro produto a utilizar o novo

formato é a cerveja Itaipava, já disponível para os consumidores

rótulos temáticosOutra inovação da Rexam no Brasil são

os latões de 473 ml com rótulos temáticos. A Pitú terá uma edição especial em come-moração aos 70 anos da marca. Além dos latões, as tradicionais latinhas de Pitú tam-bém terão o mesmo tema. Prova de que as embalagens temáticas dão resultado é que em 2007 elas representaram mais de 40% da produção da Rexam.

Fontes: Abralatas e Mundo do Marketing

O primeiro produto a O primeiro produto a

caladrylganha ExcluSiVafórMula póS-SolE noVo ViSual

rExaM lança no braSil lata coM 310 Ml

23mercado empresarialmercado empresarial

Page 24: Revista Mercado Empresarial - Brasilpack

design

A Dezign com Z foi premiada pelo trabalho desenvolvido para FESA, AFro-Reggae e Banco Real, na XX Edição do Festival Brasileiro de Promoção, Emba-lagem e Design, realizada em dezembro último. No Festival, um evento anual que busca contribuir para o aperfeiçoamento das atividades técnicas destas três áreas no país, a Dezign com Z recebeu ouro para os projetos FESA e AFroReggae, além de um bronze pelo projeto desenvolvido para o Banco Real.

Para a FESA, empresa brasileira de recrutamento de profi ssio-nais, a Dezign com Z criou um novo conceito e identidade visual para a marca. Com base nos valores humanos e na felicidade, a partir de refl exões sobre as crenças da empresa, a Dezign desenvolveu o slogan ‘’Liderança Consciente e Transformadora’’. Para os layouts da papelaria e do perfi l institucional, foram utilizadas cores intensas, tipografi as diversas e ilustrações que ultrapassam as fronteiras das páginas para transmitir a sensação de movimento contínuo. Já para o projeto do grupo cultural AFroReggae ‘’Partes que Constroem o todo’’, foram desenvolvidos três livros que apresentam o grupo e sua história, a partir da identifi cação dos elementos de sua identi-dade, tendo como resultado um projeto com conceito visual forte e alinhado com os valores da marca.

O projeto desenvolvido para o Banco Real foi o Relatório de Sustentabilidade 2007. A idéia central era criar um relatório que fosse tratado como uma revista, com o alinhamento das linguagens verbais e visuais do banco para apresentar o conteúdo de forma séria e ao mesmo tempo com uma leitura mais leve e interessante. O relatório contextualiza os resultados do Banco e, ao mesmo tempo, traz histórias e personagens de verdade, que no relato de suas experiências, abrem espaço para refl exões importantes sobre o tema da sustentabilidade.

Durante o Festival, são evidenciados desde profi ssionais, empre-sas especializadas, até agências, que merecem destaque no ano.

A Pantanal Cosméticos está lançando uma linha dedicada ao tratamento capilar para a revitalização de fi os. Batizada de Nutriv, a linha é composta por sete produtos que vão de cremes de hidratação a reparadores de pontas. A produção dos rótulos fi cou sob a respon-sabilidade da Novelprint que, seguindo a orientação do cliente, teve como desafi o combinar a cor dos autoa-desivos com as tampas de cada embalagem. ‘’O design do rótulo tem uma combinação harmônica de tom sobre tom e ainda um efeito metalizado. Produzimos um material especial e sem transparência para evitar que a cor do pote interferisse no autoadesivo. Além disso, usamos uma blindagem reforçada contra atritos e umidade’’, explica Guido Raccah, gerente comercial da Novelprint.

De acordo com o fabricante da linha Nutriv, a intenção de combinar as peças autoadesivas com as tampas é uma forma de chamar a atenção do con-sumidor nos pontos de vendas. ‘’Existe uma gama enorme de concorrentes no mercado e os rótulos dão um destaque a mais, chamando o cliente a ex-perimentar o novo produto’’, avalia Joelma Badini, da área de Pesquisa e Desenvolvimento da Pantanal Cosméticos. A empresa contou também com o tra-balho do designer Carlos Kley, que deu aos rótulos um layout moderno e sofisticado. Inicialmente, os produtos podem ser encontrados no mercado varejo

do Rio de Janeiro, Recife e Bahia. O fornecedor das tampas é a Artmed e o for-necedor dos potes, a CRB Embalagem.

Pantanal cosmÉticos: rótuloS MEtalizadoS coM ModErno ESofiSticado dESign

Nova linha de tratamento

capilar Nutriv tem rótulos tom

sobre tom e efeitos

metalizados.

Dezign com zé prEMiada no fEStiValdE EMbalagEM E dESign

Ouro para os projetos FESA e AFroReggae e bronze pelo projeto para o Banco Real.

Divulgação

24

Page 25: Revista Mercado Empresarial - Brasilpack

release

Dezign com z é prEMiada no fEStiVal dE EMbalagEM E dESign

s rodovias estão entre as principais vias de exportação da América Latina e recebem mais de 30 milhões de veícu-

los por ano. É destino de lazer e diversão nos feriados e finais de semana para as pessoas que procuram as praias do litoral paulista. A Nova Imigrantes, inaugurada em 17 de dezembro de 2002, possui 21 km de extensão e dois dos maiores túneis rodoviários do país, com mais de 3 km de extensão.

O projeto de engenharia da Nova Imigran-tes foi considerado uma obra singular no país, porque os túneis, embora extensos, permitiram somente sete pontos de interferência na vege-tação de Mata Atlântica, o que afetou apenas 40 hectares da vegetação contra 1.600 hectares da primeira pista da Imigrantes, construída nos anos 70.

A tecnologia empregada na construção da Nova Imigrantes contou com conceitos pionei-ros na questão da segurança com a instalação de potentes ventiladores e exaustores de grande porte, que tem a função de retirar a fumaça

tóxica dos túneis em caso de acidentes e incêndios. Caso os equipamentos não funcionassem de maneira adequada, poderia haver um aglomerado de carros parados e em funcionamento dentro dos túneis, ocasionando uma tragédia.

É nesta hora que a engenharia responsável pela construção da rodovia pensou na qualidade e durabilidade dos Cabos Elétricos Cofibam, responsáveis pelo fun-cionamento dos equipamentos de segurança. Os Cabos Cofibam instalados nos Túneis da Rodovia Nova Imigrantes alimentam os ventiladores e exaustadores e foram fabricados com características especiais que permitem a baixa emissão de fumaça, preparados inclusive para suportar duas horas sob chama direta sem desligar os sistemas de segurança.

Com a tecnologia empregada nesta importante ro-dovia, os motoristas podem transitar com segurança e tranqüilidade graças à qualidade, à alta tecnologia e à segurança dos Cabos Cofibam ME

a tEcnologia cofibaM inStalada na noVa iMigrantES

AO Sistema Anchieta-Imi-grantes faz a ligação da Região Metropolitana de São Paulo com a Região

Metropolitana da Baixada Santista

25mercado empresarialmercado empresarial

Page 26: Revista Mercado Empresarial - Brasilpack

economia

entro de três cenários possíveis (pro-vável, otimista e pessimista), a Fede-ração do Comércio do Estado de São

Paulo (Fecomercio), após análise de alguns indicadores da economia brasileira, acredita que este ano será bastante positivo e faz projeções para o comércio, Selic e Balança Comercial.

comércioNo cenário provável, os economistas da

Fecomercio avaliam que o comércio brasileiro deve crescer 8% em 2010. No quadro otimista, 10%. Já para os mais pessimistas a expectativa é que o segmento cresça 5%.

Em relação ao desempenho do comércio em São Paulo, o mais provável é que, em 2010,

a elevação seja de 6%. Do lado oti-mista essa projeção será de 8% e o pessimista, de 1%.

A Fecomercio acredita que, este ano, a economia deve voltar a crescer naturalmente, sem a ajuda do governo, que em 2009 teve de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Além disso, a economia contou com subsídios dos bancos públicos, que cederam crédi-to. Em 2010, o país não vai precisar dessa ajuda porque a indústria vai se recuperar, haverá mais emprego e com isso o consumo fi cará mais aquecido.

SelicQuanto à Selic, os economistas da Fecomer-

cio avaliam que provavelmente a taxa fi cará em torno de 10,5% ao ano. Em um cenário otimis-ta, essa taxa giraria em torno de 9,5% ao ano. Em relação a uma perspectiva mais pessimista fi caria em 12,5% ao ano. Para a assessoria eco-nômica da Federação, o Banco Central, bastante conservador no Brasil, deve elevar os juros neste ano devido à retomada do crescimento da economia, aquecendo a demanda.

Além desse conservadorismo, o aumento dos juros também garante rendimentos atrativos para que os setores privado e externo fi nanciem os gastos públicos. Para suprir essa necessidade de juros altos, entrave para os investimentos produtivos no país, a Federação defende uma reforma fi scal que garanta melhoria da redução dos gastos do governo.

balança comercialEm relação à balança comercial, a Fecomer-

cio analisa que o país está perdendo espaço no mercado. No cenário mais provável, a projeção é a de que a balança comercial termine com um saldo de US$ 15 bilhões no próximo ano. A mais otimista prevê um saldo de US$ 20 bilhões e os mais pessimistas, US$ 10 bilhões.

Segundo a Fecomercio, o saldo menor em 2010 é explicado pelo ritmo de crescimento da importação que, neste ano, será maior que o da exportação, com a recuperação da indústria e a manutenção do consumo interno.

D

fecomercioFederação do Comércio

do Estado de São Paulo é a principal entidade sindical paulista dos setores de co-mércio e serviços. Representa 152 sindicatos patronais, que abrangem cerca de 600 mil empresas e respondem por 11% do PIB paulista - cerca de 4% do PIB brasileiro - gerando em torno de cinco milhões de empregos.

na anÁliSE da fEcoMErcio, 2010 serÁ bastante Positivo

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Page 27: Revista Mercado Empresarial - Brasilpack

20302030

20

30

20

30

20302

03

020302030

20302030

2030

2030

economia

Brasil será a quinta maior economia do mundo em 2030, pelos cálculos da consultoria PricewaterhouseCoopers, divulgados no fi nal de janeiro último, em Londres. Até lá, o país terá ultrapassado gigantes como

Alemanha, Reino Unido e França. Os prognósticos econômicos indicam ainda que até 2020 o Produto

Interno Bruto (PIB) do grupo de sete maiores emergentes - chamado E-7 e formado por China, Índia, Brasil, Rússia, México, Indonésia e Turquia - será maior do que o do G-7. Cinco das dez maiores economias, até 2030, serão países hoje tidos como emergentes.

O relatório leva em consideração o ritmo de crescimento e a valorização média das moedas de cada país para traçar perspectivas de médio e longo prazos. Para a PricewaterhouseCoopers, E-7 e G-7 terão pesos equivalentes por volta de 2019. A diferença de riquezas vem caindo - em 2000, o PIB dos sete países mais ricos do mundo era o dobro dos países hoje consi-derados emergentes pela consultoria - e, este ano, deve sofrer sua maior redução: 35%.

Após a ultrapassagem, a distância seguirá aumentando: em 2030, o E-7 será 30% mais rico que Estados Unidos, Canadá, Japão, Alemanha, França, Reino Unido e Itália (G-7).

“Em 2030, nossas projeções sugerem que o top 10 global do ranking de PIB terá a liderança da China, seguida dos Estados Unidos, Índia, Japão, Brasil, Rússia, Alemanha, México, França e Reino Unido”, afir-mou o relatório, assinado pelo diretor de Macroeconomia da PwC, John Hawksworth.

Entre os reposicionamentos, três chamam mais atenção: a China, que ultrapassa os EUA, a Índia, superando o Japão, e o Brasil dei-xando para trás todos os gigantes europeus. Outra constatação do estudo é que a economia indiana crescerá mais rápido que a chinesa na década de 20. “A infl uência do E-7 já é enorme e esta análise mostra que a questão não é se o E-7 ultrapassará o G-7, mas quando”, explicou Ian Powell, economista da PwC.

“O motor do fortalecimento do E7 é o rápido crescimen-to da China. Apesar de esperarmos que este crescimento se desacelere progressivamente nos próximos 20 anos, a China provavelmente destronará os Estados Unidos e ocupará o lugar de primeira economia mundial por volta de 2020”, explica o es-tudo da PwC.

A distância entre o G7 e o E7 se reduzirá a 35% este anos e desaparecerá totalmente no fi nal da década, segundo os cálculos da consultora.

Fontes: G1, Agência Estado e France Presse

O

braSil podErÁ SEr a

Até lá, o país terá ultrapassado

gigantes como Alemanha, Reino Unido e França.

5ª economia Mundial EM 2030

27mercado empresarialmercado empresarial

Page 28: Revista Mercado Empresarial - Brasilpack

legislação

ornar os rótulos de medicamentos mais claros e úteis para a sociedade. Com esse objetivo, a Agência Nacional de

Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou em 23 de dezembro último, a RDC 71/09 que determina novas regras para a rotulagem de medicamentos.

“A resolução foi elaborada para solucionar problemas que vinham sendo identificados no mercado e reclamados tanto pela população quanto por associações do setor farmacêutico’’, afirma o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Ra-poso de Mello. A proposta ficou em consulta pública durante 60 dias,

entre março e abril deste ano.Espera-se que os rótulos possibilitem a

identificação adequada dos medicamentos durante sua dispensação e uso, o arma-zenamento adequado, o rastreamento do medicamento desde sua fabricação até o consumo, bem como orientação quanto ao uso seguro, com a disposição de informações e advertências que se façam necessárias para alertar grupos como diabéticos, celíacos, alérgicos, etc.

principais novidadesEntre as novidades introduzidas está a

obrigatoriedade de apresentação do nome do

medicamento em braile nas caixas, para ga-rantir a acessibilidade e segurança no uso dos medicamentos pelas pessoas portadoras de deficiência visual.

Já as informações impressas nas caixas e cartuchos (número do lote, data de validade e data de fabricação) terão que aparecer em tintas coloridas. A impressão apenas em baixo ou alto relevo, como é feita atualmente por algumas empresas, fica proibida.

Os rótulos deverão trazer ainda alertas sobre cuidados de conservação após o preparado do medicamento ou tempo de validade reduzido após sua abertura.

Veja como ficam os novos rótulos:

Os laboratórios só poderão utilizar figuras nas embalagens se tiverem alguma finalidade de auxiliar no uso do medicamento. Outras figuras, que possam causar confusão ao paciente ou induzir ao uso inadequado do produto, não serão permitidas.

A resolução prevê ainda a inclusão de mecanismos de identificação e segurança que possibilitem o rastreamento do produto desde a fabricação até o momento da dispensação nas embalagens de medicamentos, conforme disposto na RDC n° 59/09. A partir do mo-mento em que este mecanismo for inserido na embalagem, a inclusão do código de barras GTIN e da tinta reativa (raspadinha) passará a ser facultativa.

As empresas terão 540 dias para disponibi-lizar as novas embalagens no mercado.

rótuloS dE MEdicaMEntoS Vão Mudar

Devem facilitar a leitura e dar

mais segurança aos usuários

T

28

Page 29: Revista Mercado Empresarial - Brasilpack

legislação

Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural aprovou em 16/12 último o Projeto de Lei 4769/09, do deputado Germano

Bonow (DEM-RS), que disciplina as características das embalagens dos produtos hortícolas in natura - frutas e hortaliças que não passaram por nenhum tipo de processo industrial. O projeto, que tramita em caráter conclusivo, ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

De acordo com o texto aprovado, são os seguintes requi-sitos para as embalagens:

• dimensões externas que permitam empilhamento, de preferência em palete (caixas), com medidas de 1 metro por 1,20 metro;

• devem ser mantidas íntegras e higienizadas;• devem ser descartáveis ou retornáveis. As retornáveis

devem ser resistentes ao manuseio a que se destinam e às operações de higienização e não devem se constituir em veículos de contaminação;

• devem estar de acordo com as disposições específi cas referentes às boas práticas de fabricação, ao uso apropriado e às normas higiênico-sanitárias relativas a alimentos.

redução das perdasO relator, deputado Luiz Carlos Setim (DEM-PR),

recomendou a aprovação por entender que a proposta “contribuirá para a redução das perdas desses produtos, que giram em torno de 30% da produção’’. Ele ressaltou ainda os ganhos ambientais, uma vez que as caixas de madeira têm baixa durabilidade, além de disseminarem doenças.

“Países da Europa, da América do Norte e o Japão há muito já realizam trabalho para normatizar as embalagens de frutas e hortaliças, evitando perdas, melhorando o controle sanitário, oferecendo proteção ao produto, melhorando sua apresentação e, como consequência, incrementando suas vendas’’, disse.

caixas plásticasPara o autor, o projeto servirá como um incentivo à

substituição de caixas de madeira por caixas plásticas, que são de fácil higienização. Germano Bonow informa que essa substituição reduzirá custos, já que as caixas de plástico são reutilizáveis e possibilitam o manuseio mais adequado dos vegetais.

O parlamentar lembra que as caixas de madeira têm baixa durabilidade (três meses, em média) e são meios de propaga-ção de parasitas. ‘’Substituindo-se as caixas de madeira por

materiais reutilizáveis e hi-gienizáveis, evita-se também a demanda por produtos fl orestais’’, disse Bonow.

A intenção do projeto, segundo seu autor, é dar força de lei às disposições da Instrução Normativa Conjunta 9/2002 dos ministérios da Agricultura; da Saúde; e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Na avaliação do deputado, essa instrução normativa promoveu uma reorganização considerável no setor de abastecimento, com resultados positivos nas áreas ambiental, sanitária e até mesmo econômica.

rotulagemSegundo o projeto, as informações obrigatórias de mar-

cação ou rotulagem, referentes às indicações quantitativas, qualitativas e a outras exigidas para o produto, devem estar de acordo com as legislações específi cas estabelecidas pelos órgãos ofi ciais envolvidos.

Além disso, o fabricante ou fornecedor da embalagem deverá estar identifi cado, com razão social, CNPJ e endere-ço. Será de inteira responsabilidade do fabricante informar as condições apropriadas de uso, como o peso máximo, o empilhamento suportável, as condições de manuseio e se é retornável ou descartável.

fiscalizaçãoO projeto estabelece que a fi scalização dessas regras cabe-

rá aos órgãos técnicos responsáveis nas áreas de agricultura, abastecimento e vigilância sanitária. A proposta concede prazo de dois anos, contados da data da publicação, para a lei entrar em vigência.

Países da Europa, América do Norte e o Japão há muito já cumprem essas

normas

A

agricultura aproVa norMaS para EMbalagEM dE frutaS E hortaliçaS

prazo de dois anos, contados da data da publicação, para a lei entrar em vigência.

29mercado empresarialmercado empresarial

Page 30: Revista Mercado Empresarial - Brasilpack

Câmara analisa a proibição do uso da substância química Bisfenol-A na fabri-cação de produtos para crianças e bebês.

O Projeto de Lei 5831/09, de autoria do depu-tado Beto Faro (PT-PA), proíbe a produção, a importação e a comercialização de embalagens, equipamentos e outros produtos para lactentes e crianças da primeira infância que contenham em suas composição essa substância, que tam-bém é conhecida pela sigla BPA.

O BPA é um produto químico geralmente associado a outros produtos para a fabricação de plásticos e resinas. Faz parte da compo-sição de policarbonato, um tipo de plástico rígido e transparente utilizado em vários recipientes alimentares, notadamente mamadeiras.

O problema, para o deputado, é que diversos estudos relacionam o Bisfenol A como causador de problemas de saúde,

especialmente distúrbios endócrinos. Ele também cita problemas de

comportamento, reprodução e distúrbios em fetos e recém-

nascidos.A substância poderia

contribuir, por exem-plo, para o desenvol-

vimento de tumores mamários (benig-nos e malignos), diminuir a eficá-cia dos tratamen-tos quimioterápi-

cos do câncer de mama e de próstata, induzir anormalidades urogenitais em bebês, reduzir a qualidade do sêmen, provocar puberdade precoce em meninas e desordens metabólicas, incluindo diabetes tipo 2 e problemas neuro-comportamentais.

“Todo esse verdadeiro arsenal de ameaças à saúde humana tem sido denunciado, e mui-tos setores organizados em vários países têm exigido o estabelecimento de regras claras de proteção, especialmente para os recém-nascidos e crianças’’, afirma.

Segundo o projeto, a proibição do Bisfenol A será regulamentada pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária. O projeto prevê também que a proibição comece a valer 180 dias após a publicação da lei.

tendência internacionalO primeiro país a proibir o uso da substância

em mamadeiras foi o Canadá, em outubro de 2008. As agências canadenses de Saúde e de Meio Ambiente anunciaram várias medidas para restringir a utilização do BPA sob a alega-ção de que a exposição, mesmo a baixas doses, pode acarretar modificações permanentes das capacidades hormonais, de desenvolvimento ou reprodutivas, em particular em recém-nascidos e crianças.

No Parlamento francês, tramita medida semelhante, já adotada também por alguns estados norte-americanos. ‘’Trata-se, assim, de uma tendência internacional, que se contrapõe a aqueles que sustentam que os níveis atuais permitidos de Bisfenol, inclusive no Brasil, estão dentro de parâmetros aceitáveis’’, acres-centa Beto Faro.

O projeto do deputado Beto Faro tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; de Seguridade Social e Família e de Constituição e Justiça e de Cida-dania.

legislação

projEto proíbE SubStância conSidErada tóxica EM EMbala-gEnS E produtoS para lactEntES

Substância poderia provocar diversas

doenças

A

30

Page 31: Revista Mercado Empresarial - Brasilpack

marketing

agência DIA Comunicação foi responsável pela criação da nova lata do Guaraná Jesus, famoso por sua cor rosa, considerado um

fenômeno de vendas no Maranhão - onde a bebida é uma paixão regional. A marca foi adquirida pela Coca-Cola em 2003, e passou recentemente por um processo de branding que, entre outros fatores, buscou integrar a participação dos consumidores, inclusive na escolha da nova embalagem.

Tomando como base a intensa relação entre os maranhenses e a marca, já que no Maranhão o Guaraná Jesus é líder de vendas, a agência criou uma campanha para que os consumidores de todo o Estado pudessem escolher a nova “cara” do refrigerante.

De acordo com Leonardo Lanzetta, sócio-diretor da DIA Comunicação, “além de comunicar ofi cialmente que a marca agora faz parte da Coca-Cola, a campanha buscou valorizar o povo maranhense e sua cultura. Muito mais que um refrigerante, Jesus é um símbolo do Maranhão. Todos têm orgulho de ter no Estado uma marca regional tão forte. Entendemos esta relação e buscamos

trazer toda esta proximidade para o processo de escolha da nova embalagem”.

A agência criou três designs diferentes para emba-lagem do Guaraná Jesus, sempre visando o rejuve-nescimento do produto. A campanha pela escolha do novo modelo ganhou fi lmes publicitários (TV), que circularam em redes sociais e sites de vídeos, outdoors

e anúncios. Também contou com uma equipe de atores, fantasiados de latinha de refrigerante, que circularam

pelas ruas da cidade em busca de votos. Foram desenvolvidos também cartazes, fl yers de di-

vulgação, ações promocionais direcionadas ao poder de escolha do consumidor e a uniformização de promotores. A agência ainda criou hot site exclusivo, ação viral em re-

des de relacionamento, wallpapers e ringtone com o jingle da campanha para celular.

A marca faz parte do portfolio da

Coca-Cola

guaranÁ Jesus, paixãoMaranhEnSE, dE cara noVa

A

31mercado empresarialmercado empresarial

Page 32: Revista Mercado Empresarial - Brasilpack

m vez de simples rótulos que, ainda que coloridos e cria-tivos, são sempre estáticos, as embalagens poderão conter animações e até filmes. Brevemente, as indústrias terão

um recurso a mais para tentar convencer os consumidores a comprar seus produtos.

Em vez de simples rótulos que, ainda que coloridos e criativos, são sempre estáticos, as embalagens poderão conter animações e até filmes.

A possibilidade surgiu a partir dos desenvolvimentos da eletrônica orgânica, que está permitindo a fabricação de circui-tos eletrônicos, principalmente telas, por processos similares ao da impressão.

Embalagens com filmes e animaçõesA primeira empresa especializada na fabricação de telas

para embalagens, que permitirá a criação dos rótulos animados, acaba de ser criada na Europa.

A Lumoza é uma empresa emergente criada pela univer-sidade holandesa de Hasselt, em colaboração com o instituto

de microeletrônica IMEC e com a empresa Artist Screen.

A tecnologia empregada pela Lumoza para a impressão de telas eletrônicas combina uma tinta ele-troluminescente com um circuito eletrônico que controla a sequência e a temporização das animações.

O resultado é uma animação de computador que pode ser impressa em virtualmente qualquer tipo de

superfície, incluindo as caixas plastificadas usadas pela maioria dos produtos. Depois de impressa, a tela pode ser dobrada, en-rolada e até mesmo ser utilizada para embrulhar outro produto, sem perder a funcionalidade.

marketing

tElaS iMprESSaS lEVaM filMES para

a EMbalagEM dE produtoS

capas para dVdsMas as embalagens de produtos não repre-

sentam a única possibilidade de uso das telas impressas. Como a tecnologia funciona para impressão em grandes áreas, as telas poderão ocupar tetos, cartazes, roupas, veículos e ou-tdoors inteiros.

“Nesta primeira fase, nós estamos focando a indústria de propaganda e de embalagens. A indústria de capas para DVDs também já demonstrou interesse. No longo prazo, vis-lumbramos aplicações mais duráveis, como na indústria da construção,” explica o pesquisador Wouter Moons, um dos criadores da empresa emergente.

Filme com instruções de usoEmbora chegar ao supermercado e se depa-

rar com uma prateleira repleta de embalagens com animações, totalmente poluída visualmen-te, possa não surgir como um quadro muito agradável, abrir a caixa de um produto e assistir às instruções para a sua montagem na própria caixa pode ser bem útil.

Como toda empresa emergente, somente os clientes em potencial - e, em última instância, os consumidores - poderão dizer se o que é tecnologicamente viável se tornará também um sucesso de mercado.

Fonte: Inovação Tecnológica

foto: Imagem

: IMEC

Em vez de simples rótulos que, ainda que coloridos e criativos, são sempre estáticos,

as embalagens poderão conter animações e até

filmes

E

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Page 33: Revista Mercado Empresarial - Brasilpack

Meio AmbienteMeio Ambiente1

unca se falou tanto em meio ambiente, biosfera, ecossis-tema, proteção ambiental, aquecimento global, efeito

estufa, camada de ozônio, biodiversidade, sustentabilidade e por aí vai. Um volume imenso de informações é disponibilizado nos mais variados tipos de mídia, diaria-mente, a respeito desses temas, especial-mente falando dos riscos que a vida na Terra corre. Mas, você já se perguntou se realmente tem uma compreensão do que está acontecendo em nosso planeta? Pen-sando nisso é que a Mercado Empresarial assumiu a tarefa de, em seus fascículos educativos, resumir esse grande tema em módulos que procurarão atender a neces-sidade do leitor de compreender melhor a questão.

N

ambienteambienteem risco

ambienteMeio

Meio AmbienteMeio Ambiente1Fascículo

Page 34: Revista Mercado Empresarial - Brasilpack

M e i o A m b i e n t e

Ecologia é o estudo do ambien-te em que vivemos, ou melhor, é a ciência que estuda as relações

dos seres vivos entre si e destes com o

ambiente onde vivem.

P

a “teia da vida”

rimeiro, vamos nos situar. Vivemos dentro de um ecossistema que, por sua vez, se situa dentro de uma biosfera, que é a parte da terra onde existe vida, um espaço que vai desde a altitude de 6.200 metros

até profundidades de cerca de 10.100 metros. A biosfera inclui todos os ambientes onde existe vida: o terrestre, o de água salgada e o de água doce. Ecossistema é uma parte da biosfera: uma fl ores-ta, um lago, um pântano ou a caatinga, tomados em sua totalidade, são exemplos de ecossistemas. Ou seja, ecossistema é o conjunto formado pelos seres vivos, pelo meio ambiente onde vivem e pelas relações que esses seres mantêm entre si e com o meio.

Segundo os pesquisadores *Daniel José da Silva e Sergio Roberto, ambos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a biosfera, esse espaço da vida que envolve o planeta Terra, tem como seu limi-te superior a camada de ozônio, situada a 14 km de altura no Equa-dor e aproximadamente a 7 km dos Pólos; camada essa que protege os seres vivos da radiação ultravioleta do sol. Seu limite inferior varia desde os primeiros centímetros de profundidade do solo, junto à sua superfície, até o fundo do oceano (aproximadamente 10 km). A Biosfera como espaço de vida do planeta é muito pequeno, e pode ser considerado como uma lâmina bastante estreita que envolve a Terra, como se tratasse de uma folha de papel se compararmos sua espessura com o volume total do planeta.

Principais constituintesEmbora seja uma película bastante estreita, a Biosfera apresenta

uma estrutura bastante complexa e dinâmica: sua composição varia continuamente, pois é o resultado da atividade biológica que nela se realiza permanentemente há milhares de anos. Entre as quais as atividades antrópicas (do homem) que, de forma bastante rápida,

e i o A m b i e n t e

Ecologia é o estudo do ambien-te em que vivemos, ou melhor, é a ciência

a “teia da vida”a “teia da vida”Biosfera:

especialmente nestes últimos 50 anos, muito lhe tem infl uenciado. Fisicamente a Biosfera está com-

posta de três partes: a hidrosfera (água, ambiente líquido: rios, lagos, mares), a

litosfera (parte sólida da terra acima do nível das águas: rochas, solo)

e a atmosfera (camada de gás que envolve a terra: ar e seus componentes). Seus elemen-tos fundamentais (água, solo e ar), junto com a energia do sol (energia radiante) cons-

tituem a vida no planeta tal como a conhecemos, manifes-

tada tanto na forma animal como vegetal.

A posição do nosso planeta com relação ao sol fornece condições únicas propícias para a existência da vida, pelo menos da forma como nós a conhecemos e percebemos. A biosfera forne-ce as condições de uma verdadeira estufa (daí o nome do fenômeno efeito estufa), uma vez que permite a união ideal entre temperatura e água de forma constante e em quantidade ideal para a manifestação das diversas formas de vida animal e vegetal.

De um lado, a atmosfera com seus elementos – incluindo a ca-mada de ozônio – nos protege da entrada da parte nociva da radia-ção solar (radiações ultravioletas) e não deixa escapar o calor que é desprendido do solo depois que o sol se põe (atua como um man-to protetor). De outro, o vapor que é desprendido da hidrosfera (mares, lagos, rios, etc) também é aprisionado debaixo deste manto e diariamente é transformado novamente em água pelo processo de condensação (quando este vapor de água sobre e encontra o frio das camadas superiores da atmosfera) transformando-se em chuva que, deste modo, enchem novamente os mananciais de água, num ciclo continuo e interminável que conhecemos como ciclo hi-drológico. Estas características permitem afi rmar que nossa Biosfera é única no Universo, pois este conjunto de fenômenos é exclusivo do nosso planeta. Isto não signifi ca que não exista vida em outros planetas, outras biosferas, mas difi cilmente serão similares as formas de vida que aqui dispomos.

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Vo l .1

a interdependência dos seres vivos, uma vez que todas as formas de vida, das mais simples às mais complexas, não existem isolada-mente na natureza.

Na natureza todos os seres vivos interagem permanentemente entre si, constituindo um sistema onde cada um contribui à vida dos demais e destes se nutrem. Cada ser fornece e recebe ma-téria prima para os outros, tornando-se assim a vida possível para todos. É a idéia da teia da vida, retomada mais recentemente por vários autores. A partir desta metáfora, do símbolo da teia, tecido ou rede, se pode entender a vida como resultado de uma trama resultante da interação de partes (fi os) que se unem para construir um todo diferente e novo.

Os sistemas vivos – os ecossistemas – resultam de um processo similar ao ato de tecer, como se fora uma rede, cujas uniões (rela-ções) entre os nós são mais importantes que estes.

Os nós da rede são importantes, mas sempre serão resultantes das conexões estabelecidas entre si: o fortalecimento da rede será o resultado da qualidade das relações entre os nós. Por isso, dize-se que a biosfera é um sistema complexo (do latim – complexus: o que é tecido junto) e que para entender os sistemas vivos é neces-sário o pensamento complexo, de modo a se enxergar o conjunto, o todo, o sistema completo, a biosfera, a teia da vida.

Biosfera:

*Fontes: Daniel José da Silva e Sergio Roberto Martins, Pesquisadores e Professores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Daniel José da Silva é Engenheiro Civil, Especialista em Hidrologia, Mestre em Sociologia e Doutor em Engenharia de Produção. Sergio Roberto Martins é Engenheiro Agrônomo, Mestre em Gestão e Planejamento do Desenvolvimento e Doutor em Agronomia.

Biomas e EcossistemasNão se deve confundir “ecossistema” com “bioma”. O bioma é geografi camente mais

abrangente e é predominantemente defi nido de acordo com um conjunto de vegeta-ções com características semelhantes além de outros requisitos (como a Mata Atlântica). Entretanto, como o ecossistema pode ser considerado em grande escala, as defi nições fi cam um pouco confusas. Mas, geralmente para grandes extensões de território (de dimensões regionais) usa-se a denominação “bioma”.

Como já dissemos, os ecossistemas são classifi cados de duas formas: em ecossistemas terrestres e ecossistemas aquáticos. Ambos possuem o funcionamento parecido com apenas a diferença óbvia da quantidade de água entre um e outro o que faz com que comportem formas de vida completamente diferentes embora algumas possam com-partilhar ou migrar de um meio para o outro. Aos locais onde os dois tipos de ecossis-temas se encontram dá-se o nome de “wetlands”, no termo em inglês, que podemos chamar de “terras alagadas”. São regiões como o Pantanal Matogrossense e as regiões alagadas da Amazônia.

A formação da terra e da biosferaA história da biosfera, portanto, se confunde com a história do

nosso planeta e com a própria história do Universo, cuja teoria de formação mais aceita é do Big Bang - a Grande Explosão. Há 15 bilhões de anos atrás uma quantidade formidável de matéria, até então concentrada num ponto imaginário, explodiu e a partir de então, em processos contínuos de expansão e condensação, por 11 bilhões de anos passou a formar as galáxias (conjunto de estrelas). Ao redor destas estrelas, processou-se a formação de planetas, a exemplo do nosso – planeta Terra – que se formou ao redor da estrela que conhecemos como sol, formando junto com os demais nove planetas o nosso Sistema Solar, pertencentes a galáxia chamada Via Láctea. Estima-se em 4,6 bilhões de anos o início da formação de nosso planeta, e a Biosfera um pouco depois (3,5 bilhões de anos) atingindo as características que permitiu o aparecimento de todas as espécies que conhecemos somente há um bilhão de anos atrás com a formação da camada de ozônio.

A Biosfera e os EcossistemasA Biosfera como o espaço total de vida da Terra, poder ser con-

siderado o maior sistema que representa o planeta. Este termo foi utilizado pela primeira no séc. XIX pelo geólogo austríaco Eduard Suess. Um sistema é um conjunto de partes que interagem entre si.

Em 1934, um pesquisador inglês – Tansley – propôs o conceito de Ecossistema para designar um determinado ambiente povoado por seres vivos e ao mesmo tempo o conjunto de seres vivos que po-voam este mesmo ambiente. Desta forma os ecossistemas podem ser considerados as unidades funcionais básicas da Biosfera. Resul-tam de um conjunto de fatores bióticos (seres vivos) e de fatores abióticos (meio físico/químico) que interagem de forma inseparável, num dado local, promovendo uma ciclagem de materiais entre com-ponentes vivos e não vivos. Assim, cada local do planeta, em função de suas características próprias oriundas das interações entre solo, água, ar e energia do sol, apresenta manifestações peculiares de vida, que constituem por sua vez distintos ecossistemas. Com este en-tendimento considera-se, portanto, a Biosfera como o resultado da interação entre todos os ecossistemas do planeta.

Os agrupamentos sociais e o conjunto das atividades humanas conferem características adi-cionais aos ecossistemas naturais, com inúmeras outras interações fruto dos aglomerados e atividades econômicas sejam nas cidades (ecossistemas urba-nos) ou no campo (agroecossistemas).

A teia da vidaAo apresentar o conceito de Ecossis-

tema Tansley deixou também o enten-dimento de que nenhuma espécie vive sozinha: o ecossistema (ou sistema ecológico ou meio ambiente) é um conjunto de seres vivos mutua-mente dependentes uns dos ou-tros e do meio ambiente no qual eles vivem. Este conceito evidencia

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M e i o A m b i e n t e

• A Amazônia A Floresta Amazônica ocupa a Região Norte do Brasil, abrangendo

cerca de 47% do território nacional. É a maior formação fl orestal do planeta, condicionada pelo clima equatorial úmido. Esta possui uma grande variedade de fi sionomias vegetais, desde as fl orestas densas até os campos. Florestas densas são representadas pelas fl orestas de terra fi rme, as fl orestas de várzea, periodicamente alagadas, e as fl orestas de igapó, permanentemente inundadas e ocorrem na por quase toda a Amazônia central. Os campos de Roraima ocorrem sobre solos po-bres no extremo setentrional da bacia do Rio Branco. As campinaranas desenvolvem-se sobre solos arenosos, espalhando-se em manchas ao longo da bacia do Rio Negro. Ocorrem ainda áreas de cerrado isoladas do ecossistema do Cerrado do planalto central brasileiro.

• O Semi-árido (Caatinga) A área nuclear do Semi-Árido compreende todos os estados do

Nordeste brasileiro, além do norte de Minas Gerais, ocupando cer-ca de 11% do território nacional. Seu interior, o Sertão nordestino, é caracterizado pela ocorrência da vegetação mais rala do Semi-árido, a Caatinga. As áreas mais elevadas sujeitas a secas menos intensas, loca-lizadas mais próximas do litoral, são chamadas de Agreste. A área de transição entre a Caatinga e a Amazônia é conhecida como Meio-norte ou Zona dos cocais. Grande parte do Sertão nordestino sofre alto risco de desertifi cação devido à degradação da cobertura vegetal e do solo.

• O Cerrado O Cerrado ocupa a região do Planalto Central brasileiro. A área

nuclear contínua do Cerrado corresponde a cerca de 22% do território nacional, sendo que há grandes manchas desta fi sionomia na Amazô-nia e algumas menores na Caatinga e na Mata Atlântica. Seu clima é particularmente marcante, apresentando duas estações bem defi nidas. O Cerrado apresenta fi sionomias variadas, indo desde campos limpos desprovidos de vegetação lenhosa a cerradão, uma formação arbórea densa. Esta região é permeada por matas ciliares e veredas, que acom-panham os cursos d’água.

• A Mata Atlântica A Mata Atlântica, incluindo as fl orestas estacionais semideciduais, ori-

ginalmente foi a fl oresta com a maior extensão latitudinal do planeta,

indo de cerca de 6 a 32oS. Esta já cobriu cerca de 11% do território nacional. Hoje, porém a Mata Atlântica possui apenas 4% da cobertura original. A variabilidade climática ao longo de sua distribuição é grande, indo desde climas temperados superúmidos no extremo sul a tropical úmido e semi-árido no nordeste. O relevo acidentado da zona cos-teira adiciona ainda mais variabilidade a este ecossistema. Nos vales geralmente as árvores se desenvolvem muito, formando uma fl oresta densa. Nas encostas esta fl oresta é menos densa, devido à freqüente queda de árvores. Nos topos dos morros geralmente aparecem áreas de campos rupestres. No extremo sul a Mata Atlântica gradualmente se mescla com a fl oresta de Araucárias.

• O Pantanal Mato-Grossense O Pantanal mato-grossense é a maior planície de inundação contí-

nua do planeta, coberta por vegetação predominantemente aberta e que ocupa 1,8% do território nacional. Este ecossistema é formado por terrenos em grande parte arenosos, cobertos de diferentes fi sionomias devido a variedade de microrelevos e regimes de inundação. Como área transicional entre Cerrado e Amazônia, o Pantanal ostenta um mosaico de ecossistemas terrestres com afi nidades sobretudo com o Cerrado.

Outras Formações • Os Campos do Sul (Pampas)

No clima temperado do extremo sul do país desenvolvem-se os campos do sul ou pampas, que já representaram 2,4% da cobertura vegetal do país. Os terrenos planos das planícies e planaltos gaúchos e as coxilhas, de relevo suave-ondulado, são colonizados por espécies pioneiras campestres que formam uma vegetação tipo savana aber-ta. Há ainda áreas de fl orestas estacionais e de campos de cobertura gramíneo-lenhosa.

• A Mata de Araucárias (Região dos Pinheirais)

No Planalto Meridional Brasileiro, com altitudes superiores a 500m, destaca-se a área de dispersão do pinheiro-do-paraná, Araucária an-gustifolia, que já ocupou cerca de 2,6% do território nacional. Nestas fl orestas coexistem representantes da fl ora tropical e temperada do Brasil, sendo dominadas, no entanto, pelo pinheiro-do-paraná. As fl o-restas variam em densidade arbórea e altura da vegetação e podem ser classifi cadas de acordo com aspectos de solo, como aluviais, ao longo dos rios, submontanas, que já inexistem, e montanas, que dominavam a paisagem. A vegetação aberta dos campos gramíneo-lenhosos ocorre sobre solos rasos. Devido ao seu alto valor econômico a Mata de Arau-cária vêm sofrendo forte pressão de desmatamento.

• Ecossistemas costeiros e insulares Os ecossistemas costeiros geralmente estão associados à Mata Atlânti-

ca devido a sua proximidade. Nos solos arenosos dos cordões litorâneos e dunas, desenvolvem-se as restingas, que pode ocorrer desde a forma rastejante até a forma arbórea. Os manguesais e os campos salinos de origem fl uvio-marinha desenvolvem-se sobre solos salinos. No terreno plano arenoso ou lamacento da Plataforma Continental desenvolvem-se os ecossistemas bênticos. Na zona das marés destacam-se as praias e os rochedos, estes colonizados por algas. As ilhas e os recifes constituem-se acidentes geográfi cos marcantes da paisagem superfi cial.

úmido e semi-árido no nordeste. O relevo acidentado da zona cos-teira adiciona ainda mais variabilidade a este ecossistema. Nos vales geralmente as árvores se desenvolvem muito, formando uma fl oresta densa. Nas encostas esta fl oresta é menos densa, devido à freqüente queda de árvores. Nos topos dos morros geralmente aparecem áreas de campos rupestres. No extremo sul a Mata Atlântica gradualmente

ecossistemas

Fontes: Portal do Meio Ambiente, Portal Campus Fortunecity,”Curso Básico de Educação Ambiental” de Ayrton Marcontes, IBGE e Ibama.

de campos rupestres. No extremo sul a Mata Atlântica gradualmente se mescla com a fl oresta de Araucárias.

• O Pantanal Mato-Grossense O Pantanal mato-grossense é a maior planície de inundação contí-

nua do planeta, coberta por vegetação predominantemente aberta e

densa. Nas encostas esta fl oresta é menos densa, devido à freqüente queda de árvores. Nos topos dos morros geralmente aparecem áreas de campos rupestres. No extremo sul a Mata Atlântica gradualmente brasileiros

ecossistemasbrasileirosbrasileiros

Os

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meio ambiente

O Projeto Repensar, da Plastivida, reúne grandes redes vare-jistas para promover a reciclagem do Iso-

por®, que é plástico e é 100% reciclável. Em três anos, o Projeto já reciclou cerca de 300 toneladas do produto.

38

renault recicla 4 tonEladaS dE iSopor® por MêS EM parcEria coM a plaStiVida

Renault do Brasil é a mais nova parceira da Plastivida Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos, na reciclagem de polies-

tireno expandido e extrudado (EPS e XPS), mais conhecido no Brasil pela marca Isopor®. Desde outubro último, o parque industrial da Renault do Brasil, localizado em São José dos Pinhais (PR), faz parte do Projeto Repensar que

envolve a cadeia produtiva do Isopor® na coleta e reciclagem deste material.

As peças veiculares chegam à Re-nault do Brasil embaladas em Isopor®. A cada mês, a montadora gera cerca de 4 toneladas do material, que demanda-vam transporte em 13 caminhões. ‘’O espaço era praticamente inutilizado com as embalagens’’, afirma Douglas Vellasques de Castro, da divisão de Engenharia de Materiais América da Renault.

Como solução, a Plastivida indicou a Santa Luzia, empresa recicladora de Isopor®, localizada em Santa Catarina, que forneceu em comodato

à montadora uma máquina de degasagem - processo térmico que retira o ar do Isopor® e o compacta. Francisco de Assis Esmeraldo, presidente da Plastivida, explica que o material, após ser processado, torna-se matéria-prima para fabricação de réguas, esquadros, brinque-dos, rodapés e perfis para obra civil, molduras para quadros e solados plásticos para calçados, entre outros produtos.

O resultado foi a desocupação do espaço na empresa, além de economia no transporte - atualmente os resíduos gerados em um mês são transportados em apenas um caminhão à Santa Luzia, que realiza a reciclagem. ‘’Projetos como este são extremamente importantes e benéficos para a natureza. Ao reciclar o Isopor® que vem de nosso processo de fabricação, conseguimos reduzir o consumo de matéria-prima virgem, minimizamos o impacto ambiental pela dispo-sição de resíduos em aterros, economizamos energia elétrica e contribuímos para a geração de empregos’’, comenta Grazielle Coutinho, responsável pela Gestão de Resíduos da Renault do Brasil.

repensarCom objetivo de divulgar que o Isopor®

é plástico e que é 100% reciclável e promover essa reciclagem, a Plastivida lançou, em 2006, o Projeto Repensar, que reúne fabricantes de matéria-prima, as indústrias transformadoras e as empresas recicladoras. Atualmente, parti-cipam do Projeto Repensar grandes redes de todo o Brasil, como Carrefour, Pão de Açúcar, Extra, Wal Mart, Magazine Luiza, Casas Bahia, Laboratórios Roche, entre outros.

Em 2007, o Projeto Repensar destinou para reciclagem 32 toneladas de Isopor®. Em 2008, foram 112 toneladas e em 2009, com a entrada de novas empresas no Projeto, o número deverá ser ainda maior. Segundo Francisco de Assis Es-meraldo, a estimativa é que o Projeto Repensar

A

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meio ambiente

chilena Viña Ventisquero continua a investir no conceito eco-friendly, promovendo constantemente programas de conscientização ecológica. Uma de

suas últimas ações é o uso de novas garrafas Ecoglass, que trazem o equilíbrio perfeito entre a satisfação do cliente e a preservação do meio ambiente. A tecnologia, que permite diminuir em 12% o peso das garrafas, será utilizada nas linhas Reserva e Varietal.

Os benefícios do uso deste tipo de garrafa é que ao empregar uma quantidade menor de vidro, se gasta menos combustível e consequentemente há a diminuição das emis-sões de CO2 durante o transporte. Além disso, se contribui com a reciclagem do vidro.

‘’Esta ação se soma a todas as iniciativas que a Ventis-quero realiza como parte de sua política ambiental, e entre as quais se encontra, por exemplo, a aliança com a Wrap, organização britânica que ajuda e assessora a redução de resíduos de lixo, a aplicação de medidas de reciclagem promovendo o melhor uso de recursos e a diminuição das mudanças climáticas. Os objetivos são muito claros e estão em sintonia com o que à Viña Ventisquero interessa

alcançar: redução de desperdícios, redução de emissões de CO2 e o uso efi ciente dos recursos’’, explica Juan Ignacio Zuniga, diretor de exportações das Américas.

A Ventisquero é a única vinícola do Chile que possui os certifi cados ISO 9001, da qualidade, e ISO 14001, do meio ambiente, e HACCP (Análise de Riscos e Pontos Críticos de Controle), assegurando o máximo controle de qualidade de seus vinhos. Além disso, foi a primeira vinícola do Chile a compensar voluntariamente a emissão de CO2 por meio de uma aliança com a organização inglesa Climatecare.

Suas ações de integração com o meio ambiente e com o planeta também estão estampadas no nome da vinícola, que homenageia um tipo de geleira chamado Ventisquero (foto), e nos rótulos de seus vinhos, como o Grey e o Queulat, dois dos mais importantes ventisqueros do Chile. Os vinhos Ventisquero são trazidos ao Brasil com exclusividade pela Cantu Importadora.

Através do uso de garrafas Ecoglass, a vinícolasegue intensifi cando seus esforços para criar consciência ecológica e diminuir o impacto

ao seu redor

vinÍcola reDuz o Peso De suas garrafas em 12%

A

39mercado empresarialmercado empresarial

encerre o ano com a coleta e reciclagem ente 165 e 170 toneladas de Isopor®, o que somará por volta de 300 toneladas do material, desde o início do Projeto até o momento. ‘’Até outu-bro de 2009, foram reciclados 141 toneladas’’, lembra Esmeraldo.

Segundo a Associação Brasileira da In-dústria Química (Abiquim), em 2008, foram produzidos no Brasil aproximadamente 62,9 mil toneladas por ano de EPS e aproxima-damente 20 mil toneladas por ano de XPS, totalizando cerca de 82,9 mil toneladas por ano de matéria-prima produzida. Desse total, estima-se que voltaram para o processo pro-dutivo com destino à reciclagem, entre 6,8 a 7,2 mil toneladas por ano. Ou seja, mais de 8% de tudo que foi produzido, retornou para ser reciclado. Aproximadamente 70% desse montante foi coletado e destinado à recicla-gem pelos recicladores associados à Plastivida

e cooperativas de coleta seletiva parceiras do Projeto Repensar. ‘’Para que esse número au-mente, é importante que as pessoas saibam que o Isopor® é plástico, é 100% reciclável e que tem destino certo no mercado de reciclagem brasileiro’’, completa Esmeraldo.

plastividaA Plastivida Instituto Sócio-Ambiental dos

Plásticos foi fundada em 1994. Nesses anos, acumulou grande conhecimento em áreas como educação ambiental, responsabilidade social e legislação sobre manejo de resíduos sólidos urbanos, coleta seletiva e reciclagem. Com esse perfi l, a entidade vem promovendo a interação entre a sociedade, os governos e as indústrias do setor. A utilização ambien-talmente correta do plástico está entre seus principais objetivos.

(Isopor® é marca registrada da Knauf-Isopor®)

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O

Selo no aromatizador Capim Santo atesta que

o produto não utiliza matérias-primas de

origem animal

aPoema e PacKing:rESponSabilidadE SocioaMbiEntal

desenvolvimento de produtos de higiene pessoal e cosméti-cos a partir de matérias-primas naturais e orgânicas tem sido o principal diferencial da Apoema, empresa do Grupo Iah

Cosmetics que, no fi nal de 2009 contratou a paulistana Packing como sua agência de marketing, comunicação. Além de desenhar o rótulo do aromatizador de ambientes Capim Santo e todo o material de apoio usado no evento de divulgação, a Packing foi responsável pela criação do selo da campanha “Adote essa Pegada” fruto da parceria da marca com a ONG Rancho dos Gnomos, reserva ecológica que cuida de animais silvestres em situação de risco.

O selo aplicado no aromatizador Capim Santo atesta que durante a fabricação dos produtos Apoema não são utilizadas matérias-primas de origem animal e não são realizados testes em animais. “A renda obtida com a venda dos produtos que levam o selo é 100% revertida para o Rancho dos Gnomos”, explica Carlos Zardo, Di-retor da Packing.

A agência também desenvolveu as embalagens e rótulos da linha Apoema Fruits composta por hidratantes de mão e corporal, sabonete líquido e body splash. Segundo Zardo, o visual das novas embalagens traduz o compromisso da empresa e da marca Apoema com a responsa-bilidade socioambiental. Os produtos contam com ativos naturais, não têm corantes artifi ciais nem parabenos, e sua base é 100% vegetal.

meio ambiente40

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sustentabilidade

omo parte de sua política de sustentabilidade, a International Paper (IP) acaba de concluir um projeto para utilização de embalagem 100%

reciclável, produzida em BOPP (Polipropileno Bio-rientado), em toda a sua linha de papéis Chamex. O projeto foi conduzido durante aproximadamente um ano em parceria com os principais fornecedores deste tipo de insu-mo de forma que a mudança pudesse acontecer sem comprometer o andamento das fábricas. Para a substituição, a IP investiu cerca de 3 milhões de dólares em novas empacotadeiras.

Além da embalagem 100% reciclável, a linha de papel Chamex possui o selo Cerfl or, certifi cação fl orestal gerenciada pelo Inme-tro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) e reconhecida internacionalmente pelo PEFC (Program for Endorsement on Forestry Certifi cation), uma organização internacional que congrega sistemas de certifi cações fl orestais em todo o mundo.

Segundo a gerente de marketing da linha Chamex, Gisele Gaspar, a demanda por produtos sustentáveis é um refl exo da preocupação das pessoas com as questões ambientais e sociais. Para Gisele, a marca Chamex está alinhada com este comportamento do consumidor e esta iniciativa representa mais uma oportunidade de reforçar o reconhecimento de Chamex como a melhor opção de consumo consciente e sustentável. “A International Paper está sempre buscando novas formas de fabricar seus produtos respei-tando o meio ambiente e o bem-estar das pessoas, com atenção a esta questão em todos os pontos da cadeia de fabricação de seus papéis para imprimir e escrever”, afi rma a gerente.

C A embalagem é produzida em Polipropileno Biorientado

papEl chaMEx tEM EMbalagEM

100% reciclÁvel

41mercado empresarialmercado empresarial

Page 42: Revista Mercado Empresarial - Brasilpack

sustentabilidade

embalagem tem papel fundamental na criação de produtos sustentáveis. Segundo a Associação Brasileira de Embalagem de Aço (Abraço), para uma

embalagem tornar-se sustentável, ela precisa trabalhar em conjunto com o produto para maximizar seu uso e minimizar a geração de resíduo. Além disso, não pode ter efeitos inde-sejáveis ao meio ambiente, que possam reduzir a qualidade de vida das próximas gerações.

Para a Abraço, a embalagem de aço cumpre categoricamente esse papel, e por isso pode ser tratada como uma embalagem sustentável: é reciclável, reutilizável, trabalha constantemente a redução nos níveis de CO2 no processo de fabricação e a maximização do ín-dice de reciclagem, limita o uso de combustíveis fósseis e ainda avança tecnologicamente na redução do peso da lata para que se gere menos resíduos pós-consumo.

Ainda segundo a Associação, para que a sustentabilidade da embalagem seja trabalhada corretamente ela deve respeitar 3 pilares básicos: ambiental, econômico e social. No pilar ambiental, a primeira vantagem da lata de aço é a extrema facilidade de separação entre

materiais orgânicos e não orgânicos pela atração magnética, facilitando a seleção de resíduos. Além disso, ela é 100% reciclável, pois pode retornar infi nitas vezes ao processo de fabrica-ção sem que perca as características mecânicas do material. A lata de aço de hoje pode virar o carro de amanhã, depois a geladeira, depois uma nova lata e assim por diante.

A cada ano, são recicladas no mundo 385 milhões de toneladas de latas de aço, ou seja, a cada dia mais de 1 milhão de toneladas são recicladas. A economia de energia também impressiona: a cada 75 embalagens de aço reci-cladas, salva-se uma árvore que, sem isso, estaria sendo transformada em carvão vegetal. A cada 100 embalagens de aço recicladas, poupa-se o equivalente a uma lâmpada de 60W acesa por uma hora.

Ainda no pilar ambiental, a produção do material aço para embalagem apresenta bai-xíssimos níveis de consumo de água e energia quando comparado a outros materiais. A fabri-cação do aço consome 3 vezes menos energia que a fabricação do alumínio, por exemplo, e cerca de 9 vezes menos água que a fabricação do papel.

A sustentabilidade da lata de aço ainda pode ser comprovada em seu processo de fabrica-ção: o aço reciclado é ingrediente necessário e

A

Além de poder retornar infi nitas vezes ao

processo produtivo, a fabricação do aço apre-senta baixo consumo de energia e água quando

comparado a outrosmateriais de embalagem

embalagem tem papel fundamental materiais orgânicos e não orgânicos pela atração AtambÉm É sustentÁvel

AtambÉm É sustentÁvelLATA DE AÇOLATA DE AÇOLATA DE AÇOLATA DE AÇOLATA DE AÇOLATA DE AÇOtambÉm É sustentÁvelLATA DE AÇOtambÉm É sustentÁvelLATA DE AÇOtambÉm É sustentÁvelLATA DE AÇOtambÉm É sustentÁvel

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fundamental para a fabricação do novo aço. O processo também vem sofrendo cada vez maior redução dos níveis de emissão de CO2, nas úl-timas 3 décadas a emissão foi reduzida em mais de 50%. Além disso, reduziu-se também o nível de consumo de energia primária no processo produtivo do aço em cerca de 40%.

A redução no peso da embalagem também vem sendo trabalhada para que minimize a geração de resíduos, contribuindo para a sus-tentabilidade da cadeia. A lata de aço de 425ml, por exemplo, teve seu peso reduzido em mais

sustentabilidade

de 25% em um período de pouco mais de 10 anos. Em relação ao pilar sócio-econômico a lata de aço

gera renda na reutilização da embalagem, a mesma pode virar desde simples objetos como carrinhos e porta

trecos para serem vendidos em feiras de artesanato até objetos sofi sticados como quadros e esculturas ven-didos em renomadas gale-rias de arte. A reciclagem, também fonte geradora de renda, é trabalhada em diversos projetos.

Exemplo disso é o projeto desenvolvido pela Cia. Me-

talic do Nordeste que criou, em 2001, o programa Reciclaço, com o objetivo de trabalhar na recuperação de latas de aço para bebidas pós-consumo. O programa traz benefícios ambientais e sócio-econômicos: gera renda para cerca de 50 mil catadores de sucata da região. Eles são credenciados e recebem subsídio fi nanceiro para a coleta da lata de aço. O resultado gera impacto direto no meio ambiente: o projeto alavancou o índice de reci-clagem de latas de aço para bebidas em 88%, contra os 20% iniciais. O reaproveitamento das embalagens tem como resultado a diminuição na exploração de recursos naturais e a ampliação da vida útil de aterros sanitários. Segundo dados da Association of European Producers of Steel for Packing (Apeal), países como Espanha e África do Sul registram índices de 100% de utili-zação de latas de aço no segmento de bebidas.

A Associação Brasileira de Em-balagem de Aço foi criada em maio de 2003 para fortalecer o mercado de embalagem de aço e dar suporte técnico e mercadológico a seus fa-bricantes. ME

A cada 100 embala-gens de aço recicla-

das, poupa-se o equiva-lente a uma lâmpada de 60W acesa por uma hora.

A cada 75 embalagens de aço recicladas, salva-se uma árvore que, sem

isso, estaria sendo transformada em car-

vão vegetal.

fundamental para a fabricação do novo aço. O

tambÉm É sustentÁvel

43mercado empresarialmercado empresarial

Page 44: Revista Mercado Empresarial - Brasilpack

qualidade

Brasi recebeu 8 troféus mundiais de em-balagens no WorldStar 2009, prêmio que julga as melhores embalagens do mundo

de acordo com 14 profi ssionais de instituições fi liadas à WPO (World Packaging Organisation). Ao todo foram 280 recipientes avaliados após serem premiados em seus países de origem. As embalagens brasileiras premiadas foram Pizza Hot Pocket Sadia, Porta Club Social, Biodegradável de Fonte Renovável Margarina Cyclus, Cachaça Extra-Premium Reserva 51, Leite Ninho UHT, Whiteness HP Blue, Color Scents e Blade N.O Explode.

O Brasil concorreu com 10 embalagens já reconhecidas em sua maioria pelo Prêmio ABRE de Design & Embalagem 2009 – que consagrou 29 embalagens e também Elio Ce-pollina como personalidade do ano e a Bunge como empresa do ano.

pizza hot pocketNeste ano, um dos projetos premiados de

destaque foi o da Pizza Hot Pocket, da Sadia, embalagem para uma única fatia de pizza. “Essa embalagem cumpre todas as funções: acondiciona adequadamente o produto, traz

oito embalagens brasileiras entre as melhores Do munDo

OO

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Page 45: Revista Mercado Empresarial - Brasilpack

qualidade

O Grupo Orsa foi premiado em 4 projetos na categoria Embalagens de Papelão Ondulado na 17ª edição do mais importante prêmio da indústria gráfica nacional, o Qualidade Flexo Prof. Sérgio Vay, promovido pela Associação Brasileira Técnica de Flexografia (Abflexo), e entregue em dezembro último.

Os destaques ficaram para a embalagem desenvolvida para o chocolate Alpino, da Nestlé, com o primeiro lugar na subcategoria ‘’Cromia 4 Cores’’ e para os segundos lugares nas subcategorias ‘’Reticulado 4 Cores’’, com a embalagem criada para o Projeto Talento, e ‘’Reticulado 6 Cores’’, com embalagem para impressora da HP.

O quarto troféu recebido pela empresa foi para a embalagem da cerveja Xingu, da FEMSA, que ficou com o terceiro lugar na subcategoria ‘’Cromia 6 Cores’’.

grupo orSa é prEMiado na Edição 2009 do qualidadE flExo prof. Sérgio Vay

todas as informações no rótulo, inclusive em braile, identifica de que forma deve ser feita a reciclagem e apresenta um pro-duto diferenciado,” diz Luciana Pellegrino, diretora executiva da Associação Brasileira de Emba-lagem (Abre). Com essa emba-lagem, a Sadia concorre ao prêmio dado pelo presidente da WPO, entidade que realiza o evento. O vencedor do “WorldStar President’s Award” será divulgado durante a premiação do WorldStar na China, em junho de 2010.

O Brasil tem se destacado no WorldStar: em média ganha mais de 12 troféus todo ano. Em 2008, os brasileiros foram o segundo país com mais embalagens premiadas. O primeiro foi a China.

Acredita-se cada vez mais que a embalagem pode vender tan-to quanto o próprio produto. É por isso que as empresas tendem a fez investimentos maiores no segmento. Muitos fabricantes usam, inclusive, a embalagem como a única forma de promo-ção junto ao consumidor. “Hoje mais de 90% dos produtos no mercado não têm apoio de mídia. Ou seja, eles dependem basicamente da embalagem para serem vistos e comprados pelo consumidor”, afirma Luciana Pellegrino.

A Diretora da ABRE salienta também que o consumidor contemporâneo não dissocia o produto da embalagem. Mais do que um meio para ele usar o detergente líquido ou para transportar uma porção de ervilhas em conserva, a embala-gem tornou-se parte da compra. Ou seja, eles preferem uma marca em detrimento da outra em razão da forma como o bem foi embalado. “No caso dos bens de consumo não duráveis, as pessoas olham produto e embalagem como um único componente em razão das facilidades que ele propor-ciona”, Luciana.

blade n.o Explode Outro destaque foi a embalagem do suplemento nu-

tricional Blade N.O Explode, produto da Integralmédica que conquistou o Worldstar 2009 na categoria Fármacos e Medicamentos. Criada pelo time de marketing da própria Integralmédica, a embalagem foi desenvolvida com uma orientação criativa militar, suas cores escuras, como o preto e verde oliva, lembram os fardamentos de Grupos de Elite da Polícia. É o primeiro produto voltado ao mercado de suplementos nutricionais que utiliza uma nova técnica na embalagem, ou seja, a caixa cartucho é composta por texturas ‘’rugosas’’ que proporcionam uma experiência visual e tátil inovadora. O vermelho presente na embalagem remete a um produto forte e robusto.

A embalagem foi impressa pela gráfica Lavezzo que com-partilhou o Prêmio com a Integralmédica.

Fontes: Investimentos e Notícias, Guia da embalagem e Época Ne-gócios

O Brasil tem se destacado no

WorldStar: em média ganha mais de 12 troféus todo ano.

Empresa conquistou quatro prêmios (1º, 2º e 3º lugares) por embalagens desenvolvi-das em papelão ondulado

45mercado empresarialmercado empresarial

Page 46: Revista Mercado Empresarial - Brasilpack

tecnologia

Toledo do Brasil está lançando no país a primeira balança para check-out com leitor bióptico de 5 lados, que permite a leitura do

código de barras dos produtos nos sentidos vertical, horizontal e inclinado. ‘’Isso significa que o operador não precisa mais ficar procurando a posição da etiqueta

antes de passar o produto. Não importa se ela está na frente, dos lados, atrás ou embaixo da embalagem. Basta deslizar a mercadoria pela balança para que a leitura do código de barras seja feita’’, observa Marcio Oliveira, coordenador de marketing e de soluções da Toledo. Segundo ele, a novidade vai agilizar ainda mais o atendimento aos clientes, evitando problemas ocasionados por

esforços repetitivos dos operadores do caixa.O novo produto da Toledo está sendo lançado

com o mesmo nome do seu leitor de códigos de barra: Magellan 8300. Esse aparelho, que vem acoplado à balança, é produzido pela Datalogic Scanning, a maior fabricante de leitores do mundo. O Magellan 8300

também apresenta alto nível de desempenho ao registrar, já na primeira passagem, códigos de barra danificados, enrugados ou com má qua-lidade de impressão. Além dessa versatilidade, o produto ainda se destaca por possuir a maior velocidade de leitura do mercado.

A nova balança da Toledo apresenta prato de pesagem exclusivo e patenteado, também fa-bricado pela Datalogic. O seu visor é composto por um display único com suporte, que possi-bilita, simultaneamente, a visualização do peso pelo operador e pelo cliente. Com capacidade de pesagem de 15 kg, a balança é indicada para pontos de venda que operam com produtos hortifrutigranjeiros.

O Magellan 8300 foi projetado para atender as exigências da atual legislação referente à er-gonomia observada nos caixas. O produto, que pode ser facilmente embutido no mobiliário do check-out, está sendo comercializado pela Toledo em todo o território nacional por meio de suas 21 filiais.

nova balança Da toleDo lê o código dE barraS SEM a nEcESSidadE dE localizar a EtiquEta

ABasta que o

operador do check-out passe o produto em qualquer sentido

e direção

46

Page 47: Revista Mercado Empresarial - Brasilpack

tecnologia

Ibema, Tradbor, Dow e o Laboratório de Embalagem ESPM uniram esforços e acabam de lançar uma nova embala-

gem, diferente e funcional: o PaperPouch. A inovação resulta de uma cuidadosa

combinação de materiais. A rigidez do papel coloca o PaperPouch “de pé’’, além de conferir aparência e tato únicos para o mundo dos pou-ches no mercado nacional. Já o polietileno fica responsável pela integridade física e proteção do conteúdo. As possibilidades de incorporar outros materiais são praticamente infinitas, possibilitando oferecer a proteção necessária para as mais diversas aplicações.

Rogério Junqueira, gerente de desenvol-vimento de produtos da Ibema, destaca o esforço empregado para atingir o papel ideal. “Nos tivemos que desenvolver um novo papel especialmente para o PaperPouch. O resulta-do foi espetacular, balanceando textura, cor e as propriedades físicas necessárias para a aplicação’’.

Alan Baumgartem, diretor da Tradbor, relata que “o PaperPouch trouxe inúmeros desafios na conformação da embalagem, mas nossa experiência de mais de dez anos no mercado de Stand up Pouches fez a diferença. Além de apresentar o PaperPouch nos mais elevados padrões de acabamento, oferecemos a possibili-dade de incorporar acessórios tais como zipper e bicos dosadores. Nós da Tradbor sabemos que o cliente precisa de uma solução comple-ta, por isso mesmo oferecemos não somente o PaperPouch pré-formado, mas também equipamentos práticos e de baixo custo para o enchimento automático.’’

Já no campo do plástico, Rosana Rosa, desenvolvimento e suporte técnico na Dow, garante que “proteger o produto é nossa priori-dade número um. A versatilidade do polietileno aliado à outros materiais incorporáveis por co-extrusão ou laminação habilitam o PaperPouch a armazenar grãos secos, cereais, café em grãos,

alimento para animais, produ-tos de limpeza em pó entre muitos outros.’’, Caroline Sus-ca, gerente de contas, comple-ta, “as possibilidades são prati-camente infinitas. Estruturas já desenvolvidas em parceria com a Bazei oferecem soluções Plug & Play para diversas necessida-des do mercado.’’

Para Fábio Mestriner, coordenador do Núcleo de Estudos da Embalagem da ESPM, “esse projeto é um ‘pequeno milagre’ que nasceu no nosso núcleo. Empresas com-pletamente diferentes, por vezes concorrentes, foram capazes de somar esforços e criar o impensável. Esse é o caminho para a inovação de embalagem: combinação de materiais com benefícios reais para o cliente.’’. Fábio completa, “ficamos muito felizes do Núcleo de Estudos da Embalagem ter catalizado o desenvolvimento do PaperPouch.’’ Reconhecemos que sustenta-bilidade é um fator importante no desenvolvi-mento de qualquer embalagem.

Segundo Bruno Pereira, gerente de susten-tabilidade para plásticos básicos na Dow, “o Pa-perPouch oferece uma solução mais sustentável para um amplo espectro de aplicações. Proteção ao produto, pouca geração de resíduos pós-consumo e baixo consumo de recursos naturais estão entre os pontos fortes dessa aplicação’’. Mas adverte, ‘’não existe embalagem univer-salmente mais sustentável que todas as outras, com o PaperPouch não é diferente, cada caso merece uma análise fundamentada no ciclo de vida como um todo.’’

O reponsável pela gestão de contas FSC da Ibema, Fernando Sandri, reforça a caracte-rística renovável da estrutura do Paperpouch pela presença de fibras celulósicas originadas de florestas plantadas e pelo uso intensivo de fontes energéticas renováveis na fabricação do papel base.

A

A nova embalagem é

diferente e funcional.

PaPerPouch: grandE protEção ao contEúdo

47mercado empresarialmercado empresarial

Page 48: Revista Mercado Empresarial - Brasilpack

m novo filme plástico, com registro de patente já requerido, oferecerá maior proteção ao excipiente farmacêutico polivinilpirrolidona (PVP) produzido

pela BASF, contra a entrada de oxigênio atmosférico e, consequentemente, contra oxidação. ‘’Com isto, a BASF po-derá oferecer aos seus clientes na indústria farmacêutica um produto de mais qualidade e, desta forma, maior segurança ao consumidor final’’, diz o Dr. Boris Jenniches, da unidade mundial de negócios de PVP da BASF.

As aplicações farmacêuticas exigem os mais altos padrões de qualidade. Os produtos, processos e instalações da BASF excedem os rigorosos padrões de qualidade internacionais da indústria farmacêutica. Conseqüentemente, a Farmacopéia Americana (USP), um instituto independente, certificou o PVP produzido pela BASF. A USP não verificou apenas a conformidade com as exigências das Melhores Práticas de Produção (cGMP) atuais, mas também a qualidade e a do-cumentação dos controles de produção e de qualidade. Ao mesmo tempo, o PVP comercializado pela BASF também recebeu a certificação para o mercado europeu através de uma auditoria abrangente de GMP.

‘’O reconhecimento da qualidade de ingredientes far-macêuticos tornou-se uma constante. A BASF garante uma qualidade de produto consistentemente alta e, desta forma, contribui para o sucesso de seus clientes da indústria farma-cêutica’’, diz Jenniches.

PVP é usado em diversas linhas de produtos da BASF, incluindo os produtos destinados às indústrias de cosméticos, detergentes e alimentos. Luviskol®, por exemplo, já é utili-zado como um componente em géis e sprays para o cabelo há 50 anos. Divergan® é usado no processo de filtragem de cerveja e no tratamento de vinho, assegurando que as bebidas mantenham sua claridade por mais tempo.

Os produtos à base de PVP com a marca Luvitec® são usados em aplicações técnicas completamente diferentes. Por exemplo, o produto Luvitec desempenha um papel essencial na fabricação de membranas de diálise e filtragem de água. Nas colas em bastão, o produto fornece a quantidade certa de aderência. Graças às suas inúmeras propriedades, ainda hoje novas aplicações estão sendo encontradas para PVP e, portanto, o produto continuará ocupando no futuro um lugar no portfólio de produtos da BASF.

O precursor de PVP, conhecido como N-vinilpirrolidona (NVP), é produzido desde 1939 em Ludwigshafen e des-de 1992 na unidade produtiva da BASF em Geismar, nos EUA.

basf: EMbalagEM darÁ Maior SEgurança aoS conSuMidorES

Empresa cria novo filme plástico

contra oxidação

U

48 tecnologia

Page 49: Revista Mercado Empresarial - Brasilpack

uscando oferecer a seus clientes soluções em de-senvolvimento de garrafas PET que resultem em menores custos de produção e respeito ao meio

ambiente, a Krones oferece a nova tecnologia de finish Short Height (altura baixa), que chegou ao mercado no fim do ano passado.

Já existem preformas com esta solução tecnológica da Krones em vários fabricantes do sistema Coca-Cola. A solução será aplicada em todo tipo de embalagem PET da empresa.

De acordo com Ayrton Irokawa, supervisor de Ven-das da Krones do Brasil, a tecnologia do novo finish Short Height leva em consideração a necessidade da redução de matéria-prima e da gramatura das garrafas. ‘’Uma das alternativas encontradas para a redução de peso foi justamente a alteração do finish’’, explica Irokawa.

A principal vantagem desta tecnologia está na economia de matéria-prima, tanto da resina PET da preforma como também da tampa da garrafa. Com um pescoço da garrafa mais curto, pode-se também utilizar uma tampa mais leve. As tampas são fornecidas por empresas como Alcoa e Bericap.

Uma boa notícia para os clientes da Krones é que, a princípio, todos os modelos de sopradoras da Krones

B

Krones: garrafa MaiS lEVE E EconôMica coM Solução Short hEight

são capazes de operar com a tecnologia Short Height, apenas com a necessidade de uma conversão. Os modelos mais novos de sopradoras já têm a tecnologia incorporada como padrão.

Para se ter uma idéia da redução de custos com as novas garrafas, em uma linha de 24.000 garrafas por hora, com eficiência de 92%, com seis dias de produção por semana em três turnos, a economia em resina para a preforma seria de R$ 75.000 por mês.

O custo da resina virgem foi calculado em R$ 3.700 a tonelada e o peso da preforma de 1,55 grama. No caso da tampa, com redução de 10% (0,5 grama) e preço-base de R$ 28 o milheiro, a economia seria de R$ 37.000 por mês.

Solução reduz de forma significativa a altura do

gargalo e o tamanho da tam-pa, com custos mais baixos

49mercado empresarialmercado empresarial tecnologia

Page 50: Revista Mercado Empresarial - Brasilpack

nova codificadora Ink Jet 5600 da Markem-Imaje traz o mais recente desenvolvimento em tecnologia a jato

de tinta líquida de secagem rápida, garantindo impressão de elevada resolução para a marcação direta de embalagens de papelão corrugado e laminado (substratos porosos), em condições ambientais de 0 a 40º C. O lançamento no Brasil acontece, simultaneamente, ao de outros países onde a empresa está presente.

As tintas líquidas de secagem rápida da Ma-rkem-Imaje, combinadas com a tecnologia de cabeça de impressão desenvolvida pela empresa, proporcionam contraste de qualidade superior,

produzindo imagens e textos ní-tidos e constantes, com códigos de barras legíveis (exigidos para uma melhor movimentação dos produtos), e utilizando menos tinta a cada impressão.

Entre as funcionalidades

coDificaDora 5600 da MarKEM-iMajE: MaiS qualidadE coM EconoMia

Produto oferece secagem rápida, mais

definição de caracteres e maior economia de tinta

mais eficientes da Ink Jet 5600 está um sistema de gestão de tinta composto de um cartucho independente com grande capacidade, pro-jetado para recuperar a tinta excedente (para que não haja transbordamento e desperdício) e para ser substituído sem necessidade de inter-romper a produção. Os cuidados técnicos com as cabeças de impressão fazem com que sejam programáveis em função das opções do usuário, permitindo, assim, reduzir as interrupções de funcionamento.

A Ink Jet 5600, que opera com uma veloci-dade de impressão até 182 m/min, representa a evolução das soluções a jato de tinta de alta resolução, integrando a linha de última geração de impressoras desenvolvidas pela Markem-Imaje.O novo modelo existe em versão autô-noma ou sob forma de equipamento integrado, utilizável com o software CoLOS Enterprise e possibilitando gestão centralizada dos dados a partir de banco de dados remotos ou de sistemas ERP. Possui touchscreen colorida, Ethernet, USB e oferece interfaces de usuário intuitivas, baseadas em ícones, proporcionando uma plataforma familiar.

A

50 tecnologia

Page 51: Revista Mercado Empresarial - Brasilpack

om o objetivo de atender à crescente demanda por embalagens que garantam total segurança contra contaminações, especialmente em alimentos e produtos

químicos, a Embaquim desenvolveu o exclu-sivo sistema de desenvase de bag-in-box com rompedor descartável. O dispositivo, injetado em polipropileno (PP), possui serrilhas que rompem a membrana do saco plástico sem difi-culdade, evitando a contaminação do sistema.

O novo sistema está sendo adotado prin-cipalmente nas embalagens de 200 litros e nas octogonais para grandes volumes (até 1.000 litros), muito usadas para a exportação de pol-pas de frutas, sucos, adesivos, óleos e produtos químicos em geral. “De fato, todo o processo de desenvase é bastante simples e amigável. Depois de remover o rompedor descartável do saco plástico, basta posicionar a válvula de desenvase, rosqueá-la e desenvasar o produto normalmente”, explica Eduardo Casali, Geren-te Comercial da Embaquim.

A válvula não é descartável e o rompe-dor deve ser descartado junto com o bag de acordo com a legislação vigente para descarte de embalagens contaminadas com o produto envasado. Segundo Casali, a grande vantagem do sistema de rompedor descartável é a signi-ficativa redução do custo da válvula de envase. “Normalmente o cliente compra a válvula com o kit rompedor com peças feitas em torno me-cânico e que chega a custar R$ 230,00. Embora ele seja infinito, os clientes acabam perdendo-o. Já com o rompedor descartável da Embaquim, o cliente compra apenas a válvula, que não custa mais do que R$ 30,00, em qualquer loja de material hidráulico.”

De modo geral, os sistemas bag-in-box octogonais da Embaquim garantem uma re-dução significativa de custo em comparação às embalagens convencionais, além do aumento de 25% no volume transportado por container. “O sistema também se diferencia por ser facilmente

descartável como resíduo sólido, ser passível de reciclagem e dispensar a lavagem pós-uso, comum nos tambores.”

Recentemente o sistema bag-in-box desen-volvido pela Embaquim em parceria com a Alcan Packaging e Rigesa, para a Coim, para a exportação de adesivos poliuretânicos, recebeu o Prêmio Embalagem Marca Grandes Cases de Embalagem; o destaque ficou por conta da estrutura multicamada do bag de 1.000 litros. A mesma embalagem já tinha sido uma das três finalistas na categoria “Embalagem para exportação” da 9ª edição do Prêmio ABRE de Design & Embalagem.

Fundada há 28 anos, a Embaquim foi pio-neira na produção de sistemas bag-in-box no Brasil; ela também produz bag-in-box assépti-cos e embalagens especiais. Além de produzir os filmes e formar as embalagens em máquinas automáticas, a empresa é responsável pela inje-ção de peças plásticas usadas no sistema, como bocais e tampas. Hoje a Embaquim fornece para várias indústrias entre elas alimentos, bebi-das, químicos, cosméticos e farmacêuticos.

Fonte: Maxpress Net

C

EMbaquiM: inovaDor sistema dEScartÁVEl para o dESEnVaSE dE EMbalagEnS

O dispositivo possui serrilhas que rompem a membrana do saco plástico

sem dificulda-de, evitando a contaminação do sistema.

51mercado empresarialmercado empresarial tecnologia

Page 52: Revista Mercado Empresarial - Brasilpack

pesquisa

las aparecem em formatos, cores, texturas e fechamen-tos diferentes. Tomam conta das gôndolas e prateleiras de supermercados, padarias, lojas e comércio em geral.

As embalagens atraem os primeiros olhares dos consumi-dores que, segundo uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Embalagem (Abre), muitas vezes não distinguem produto de embalagem, ou seja, a embalagem é praticamente “o produto”.

Para a diretora de criação da Agência New 360ø, Angela Dourado, a relação entre produto e embalagem é muito forte e prevê sentimentos de satisfação. “A embalagem tem que despertar a vontade de consumir o produto e de levá-

lo pra casa. Ela ajuda o consumidor a fazer a escolha no momento da compra, uma vez que antecipa as caracterís-ticas, as propriedades e a qualidade do produto que será encontrado no interior”, destaca.

Diante de um cenário cada vez mais competitivo e congestionado de informações, o desafio das agências de publicidade e design é buscar o diferencial em cada projeto de embalagem, atendendo aos anseios de consumidores e às necessidades das empresas.

“A embalagem é uma ferramenta fundamental para o sucesso de venda dos produtos. Através de cores, efeitos gráficos, imagens e formatos ela transmite aos consumidores as sensações e as vantagens do produto. O trabalho de criação

e desenvolvimento de embalagens precisa estar pautado em pesquisas de mercado e de hábitos de consumo e em tendên-cias de design”, explica Angela Dourado. Ela acrescenta que os produtos estão cada vez mais parecidos nas prateleiras e que, justamente por isso, o design das embalagens se torna grande diferencial, com resultado direto nas vendas.

preferências De acordo com a pesquisa da Abre, os homens priorizam

a praticidade, as informações e a possibilidade de reutilização das embalagens. Já as mulheres se preocupam com os aspec-tos visuais dos frascos, potes, caixas e outros formatos.

Existem diferenças também entre os casados e os solteiros. Os primeiros preferem embalagens maiores e econômicas; enquanto os segundos valorizam as informa-ções e itens como comodidade, praticidade e conforto. No momento da compra, os consumidores das classes C/D sempre buscam a melhor relação custo/benefício, já as classes A/B chegam a aceitar um valor mais alto quando a praticidade compensa.

Angela Dourado esclarece que o ideal é que os fabricantes façam pesquisas para entender melhor cada público, antes de desenvolverem e produzirem as embalagens. “O cliente está cada vez mais seletivo e tem necessidades racionais, como praticidade, funcionalidade e resistência da embalagem. O maior desafio é, na verdade, atender aos desejos emocionais dos consumidores, que esperam ser seduzidos”.

A New 360ø é a agência responsável pela criação das embalagens da Linha Premium Itambé, que contam com um design clean, uso de poucas cores e informação direta para ca-

embalagens: a MulhEr prioriza o ViSual, o hoMEM a praticidadE

O desafio das agências de publicidade é

atender os anseios dos consumidores

E

52

Page 53: Revista Mercado Empresarial - Brasilpack

pesquisa

tivar o consumidor pela elegância e sobriedade. Além da linha de leites, a New desenvolveu para a mineira Itambé várias outras linhas tais como Leite Condensado, Creme de Leite, requeijão e iogurtes. No caso dos iogurtes, Angela Dourado exemplifi ca que a embalagem de um iogurte não tem que simplesmente mostrar o leite e o fruto, matérias-primas do produto, “mas tem

que expressar seus diferencias, sejam eles cremosidade, vitaminas, o fato

de serem saudáveis, entre outros”. A New 360ø já criou mais de 100 embalagens para 20 empresas de atuação regional e nacional.

A agência de comunicação Torchetti Design assinou o conceito das embalagens da nova linha de produtos do Villa Café, marca mineira de cafés es-

peciais. Os primeiros trabalhos são da linha de Cappuccino, que

chega ao mercado em três sabo-res: tradicional, chocolate e light. O

rótulo e o design do produto foram pensados a partir de pesquisas e análises de

embalagens já existentes no mercado. “Para chegar à linguagem gráfica do Cappuccino Villa Café trabalhamos os conceitos inerentes à marca: qualidade e sabor genuínos do Sul de Minas”, avalia o diretor de criação da agência, Vittorio Torchetti.

A nova embalagem do Cappuccino dá destaque à marca e, em segundo plano, para o cappuccino, cremoso e convidativo. As informações técnicas possuem unidade com a marca e cada sabor é caracterizado por uma cor referente. O rótulo ressalta a cre-mosidade do cappuccino para reforçar esta identificação. A sutileza da fumaça e as cores mais sóbrias foram escolhidas para destacar o sabor e a textura do novo produto do Villa Café. A marca de café ganha uma embalagem de médio porte, para melhor proveito do consumidor.

A Torchetti é ainda responsável pela nova linha de chocolates artesanais, que será lança-da pelo Villa Café até o primeiro trimestre de 2010. “Buscamos sempre parcerias de longo prazo, que mantenham uma linha de pensa-mento desenvolvida desde o início e garantam a identidade da marca. Ficamos muito satisfei-tos com a qualidade do trabalho da Torchetti e estamos ansiosos para ver as embalagens da linha de chocolates fi nalizadas”, conclui Rafael Duarte.

Fonte: Diário do Comércio - MG

Associação Brasileira de Embalagem (Abre), por meio de seu Comitê de

Design, desenvolveu uma pesquisa para traçar e apresentar um pano-rama do mercado de design de embalagem em 2009 (ano base 2008). As informações foram coletadas mediante questionário enviado a todas as agências participantes do comitê. Desse total, 35 agências responderam à pesquisa, representando uma adesão de 92,11%.

Entre os dados apurados estão informações sobre onde estão localizadas as principais agências do comitê, há quanto tempo atuam no mercado, há quanto tempo desenvolvem design de embalagem, número de profi ssionais envolvidos na operação, quanto o design de embalagem representa no faturamento da empresa, número de projetos concluídos, tipos de projetos realizados – novos ou redesign, qual mercado alvo – mercado nacional, latino-americano ou global, entre outros.

Delineando as atividades desses escritórios, a pesquisa concluiu que 70,3% das agências participantes do comitê estão instaladas no estado de São Paulo, 71% das agências associadas estão no mercado há mais de dez anos e 40% desse total estão presentes há mais de 15 anos em sua área de atuação.

Em relação à contratação do design de embalagem, foi apurado que 57% desses escritórios atendem entre 16 e 20 clientes por ano com 66% dos clientes sendo atendidos há pelo menos três anos pela mesma agência. Outro dado que chamou a atenção comprovou a expertise dessas agências no design de embalagem, pois 75% dos escritórios trabalham com embalagens há mais de dez anos com 31% desse total atuando na área há mais de 15 anos.

As agências associadas tiveram, em média, 10 colaboradores envolvidos em suas operações em 2008 com 35% das agências empregando entre 11 e 20 profi ssionais e 42% das agências empregando mais de 20 profi ssionais com formação superior, multidisciplinar e altamente qualifi cados.

panoraMa domercaDo De Design dE EMbalagEMEM 2009

Pesquisa foi reali-zada pelo Comitê de Design da Abre

A

53mercado empresarialmercado empresarial

Page 54: Revista Mercado Empresarial - Brasilpack

dicas de leitura

GEstão EstratéGica dE EMba-laGEM: UMa FErraMEnta dE

coMpEtitividadE

Você sabia que cerca de 80% das decisões de compra são tomadas no ponto-de-venda e que mais de 90% dos produtos vendidos em um supermercado não têm apoio de marketing e comunicação, dependendo, para sua sobrevivência, única e exclusivamente da embalagem?A obra “Gestão estratégica de embalagem” é um verdadeiro manual de apoio a todas as pessoas envolvidas direta ou indiretamente nas decisões relativas à embalagem, auxiliando-as a detectar os possíveis problemas presentes nos produtos disponíveis no mercado, assim como a desenvolver passo a passo a estratégia de embalagem mais adequada a cada um deles. Baseado na experiência de sucesso do autor, o livro aborda desde a pesquisa inicial de desempenho do produto nas prateleiras até o design final da embalagem - tudo para que as empresas e seus profissionais possam aprimo-rar seus produtos e adequá-los às necessidades do mercado.

autor: Fabio Mestriner

Editora: prentice-Hall / 2008

número de páginas: 176

EnGEnHaria dE EMbalaGEns

O livro aborda os diversos aspectos a serem considerados no projeto de uma embalagem, fala sobre a formação da equipe para o desenvolvimento do projeto e serve de guia para a especificação dos testes de verificação da estabilidade dos produtos e o desempenho das embalagens projetadas. Você

aprenderá, antes de começar o projeto da embalagem, e mesmo do produto, como se organizar para atingir o sucesso esperado. Também responde a inúmeras questões que até hoje só se obtinham as respostas contratando (e pagando) um especialista por um projeto de embalagem.

A autora é Engenheira mecânica formada pela Universidade Católica de Petrópolis é especialista em embalagens e desenvolvimento de produtos, árbitro formado pelo INAMA, articulista de revistas especializadas, diretora técnica da JIT Assessoria e Consultoria.

autor: Maria aparecida carvalho

Editora: novatec /2008

número de páginas: 288

EMbalaGEns para a indústriaaliMEntar - nova edição

Esta nova edição do livro Embalagens para a Indústria Alimentar destina-se a todos os in-teressados nas diversas vertentes da indústria de embalagens, particularmente às que dizem respeito às questões relacionadas com a saúde

do consumidor e a poluição ambiental.

autores: a.gomes de castro & a.sergio pouzada

Editora: instituto piaget /2003

número de páginas: 609

54

Page 55: Revista Mercado Empresarial - Brasilpack

adMinistraÇão da EMba-laGEM

Trata-se de uma abordagem intro-dutória sobre a administração da embalagem, apresentando o que há de mais relevante e interessante sobre o assunto. O autor pretende propor-

cionar aos que nunca tiveram contato com o segmento uma forma de rapidamente se entrosar com a maioria dos temas conhecidos pelos profissionais mais experientes da área.Obra útil especialmente a estudantes e a executivos no dia-a-dia nas empresas.

autor: Floriano c. do amaral Gurgel

Editora: cengage learning / 2007

número de páginas: 376

EMbalaGEM,UnitizaÇão E contEi-nErizaÇão 4ª. Ed.

Este livro é o resultado de mais ou menos duas décadas de experiên-

cia dos autores no campo de movimentação e armazenagem de materiais, seja no exercício profissional de suas atividades em empresas, seja no treinamento e consultoria junto a centenas de empresas, através do IMAM.

autores: reinaldo aparecido Moura &

Jose Mauricio banzato

Editora: instituto iMaM /2003

número de páginas: 354

o livro E o dEsiGnEr i:EMbalaGEM, navEGaÇão,EstrUtUra

O Livro e o Designer I reúne os mais interessantes, influentes e talentosos designs de livros dos últimos dez anos. São mais de cem títulos sele-

cionados entre publicações de grandes editoras estrangeiras independentes e até mesmo de livros artísticos por suas qualidades excepcionais de design. Também estão presentes publicações esmeradas que utilizam formatos não-conven-cionais e de técnicas de impressão e materiais incomuns e ainda são apresentadas publicações extravagantes produzidas para diferentes mercados. Uma grande variedade de livros é apresentada, de romances em edição de bolso de capa mole a monografias sobre arquitetura, de livros com muitas ilustrações a livros puramente textuais. O livro é dividido em quatro capítulos: embalagem, nave-gação, estrutura e especificações.Os capítulos examinam cada uma das facetas do design de livros: design da capa, conteúdo e estrutura, grades, tipo-grafia, papel, impressão e encadernação.Cada capítulo inclui ainda uma entrevista com uma perso-nalidade importante da indústria do livro, desde designers e editores a livreiros. Buscando exemplos surpreendentes e menos conhecidos de um leque bem variado de países esta obra oferece farta inspi-ração tanto aos estudantes de design quanto aos profissionais da área. Contém cerca de 700 imagens coloridas.

autor: roger Fawcett-tang

Editora: rosari /2007

número de páginas: 192

dicas de leitura 55mercado empresarialmercado empresarial

Page 56: Revista Mercado Empresarial - Brasilpack

vitrine

Para os produtores de tomate, o transporte está diretamente ligado à qualidade dos pro-dutos. Afi nal, os alimentos têm que chegar até o consumidor com uma aparência atraente, como se tivessem sido colhidos na hora. Pen-sando nisso, as caixas de transporte evoluem e as caixas de papelão ondulado ganham espaço no mercado devido aos seus benefícios.

As caixas de papelão ondulado facilitam a logística, pois eliminam a necessidade de controle das caixas vazias e os espaços de armazenagem, além dos fretes de retorno. Por ser reciclável, não retorna com resíduos e fungos para o produtor, atendendo a todas as

leis fi tossanitárias. Além da vantagem econômica, são mais higiênicas, pois não são reutilizadas e, por serem produzidas a base de água, não agridem o meio ambiente.

A Rigesa oferece ao mercado embalagens com tecnologia Plafprm®, patenteada pela empresa e ideal para o transporte de legumes e frutas frágeis, como o tomate. A embalagem resiste a condições de frio e umidade e contribui para a conservação da fruta, melhorando sua aparência, além de impedir o desenvolvimento de fungos. A empresa também possui a tecnologia Defor®, específi ca para o transporte de fru-tas. A embalagem é altamente resistente, pois é produzida com papelão ondulado de parede simples, com lateral dupla. Além disso, permite impressão em várias cores, dando mais visibilidade ao produto.

Bardahl Clean, o limpador de siste-mas de ar-condicionado e ventilação de veículos, passa a ser comercializado em nova embalagem, de 125 ml. Essa em-balagem substitui a antiga, de 300 ml, e serve, como a anterior, para uma única aplicação. A nova formulação apresenta desempenho e características superiores à formulação anterior. O produto pro-mete rápida limpeza das superfícies do sistema de ar-condicionado e ventilação, um odor agradável e utiliza componen-tes ecologicamente corretos e atóxicos. Segundo o fabricante, o propelente utili-zado não destrói a camada de ozônio.

A aplicação do produto Bardahl Clean atenua odores provocados por fungos e bactérias que se proliferam com a presença de umidade e resíduos orgânicos, como folhas, no sistema de ar dos veículos. Sem a correta manuten-ção, a sujeira no sistema pode acarretar doenças respiratórias e odores desagra-dáveis.

rigESa: EMbalagEnS dE papElão ondulado para tranSportE dE toMatE

A Rigesa possui embalagens com

tecnologiaPLAFORM®, paten-

teada pela em-presa e ideal para o transporte de

legumes e frutas frágeis, como o

tomate.

bardahl clEanganha noVo ViSual E forMulação quE proMEtE dESEMpE-nho SupErior

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A Mack Color, em parceria com a empresa Cosmed Cosméticos, produziu novos rótulos adesivos para a linha Hidrashine da Monange, marca líder em hidratantes no Brasil. A emba-lagem é moderna e remete ao balanço dos fi os capilares com nova roupagem, design e cores vibrantes, valorizando os grafi smos que são relacionados aos benefícios oferecidos.

Os rótulos foram impressos no sistema letterpress em serigrafi a rotativa e em 7 cores especiais.

3M rElança SupEr adESiVo uniVErSal crEME

Com o objetivo de oferecer praticida-de e rapidez para os profi ssionais das mais diversas áreas, a 3M do Brasil relança o Super Adesivo Universal Creme. O pro-duto é versátil, resiste a altas variações de temperatura e traz ainda nova embalagem em formato caixa, para facilitar exposi-

ção em gôndolas e ganchos. O produto possui fácil aplicação, além de secagem rápida, o que resulta em economia de tempo.

‘’Estamos relançando o Super Adesivo Universal Creme com preço muito competitivo. Além disso, a nova embalagem destaca as mais variadas aplicações em que o produto se adéqua’’, destaca Juliana Rodrigues da Silva, especialista de marketing da divisão de reparação automotiva da 3M do Brasil.

O Super Adesivo Universal Creme apresenta boa adesão inicial quando utilizado em metais, borrachas, madeiras, vidros, porcelanas, compensados, plásticos, guarnições de portas, tecidos em geral, madeiras, lã de vidro, entre outros materiais. Profi ssionais das áreas de construção, papelaria e reparação automotiva constituem o target do adesivo.

Com cor clara e pronto para o uso, o Super Adesivo Universal Cre-me é à base de borracha sintética e resistente à líquidos e detergentes em geral. Disponível em bisnagas de 75 gramas, pode ser encontrado em casas de materiais de construção e produtos automotivos ou por meio dos distribuidores 3M.

Produto mantém a formulação e pode

ser utilizado em diversas aplicações

corES VibrantES noS noVoS rótuloS da MonangEhidraShinE

boniquEt: EnxaguatórioS bucaiS coMpErSonagEnS da diSnEyO Laboratório Boniquet, empresa pioneira no mercado na fabricação de marcas próprias

em todo o mundo, lança uma nova linha de produtos, que pretende auxiliar na proteção dos dentes das crianças. Além da linha dental com personagens Disney, já consolidada do mer-cado, a Boniquet lança três enxaguatórios bucais que vêm em divertidas embalagens com personagens da Disney e sabores que os pequenos, em geral, adoram.

A linha Action Kids, para crianças de 4 a 12 anos, traz enxaguatórios bucais licenciados da Disney com personagens como Mickey e seus amigos, Princesas e Power Rangers, nos sabores morango, bubble gum e tutti frutti, respectivamente. Os Anti-sépticos bucais não possuem álcool.

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A Leco, marca da Bertin S.A, presente há mais de 70 anos no mercado, está lançan-do um novo conceito em pro-duto lácteo. O consumidor já pode encontrar nas gôndolas dos supermercados o creme de leite pasteurizado. Com emba-lagem Tetra Pak, que permite maior desempenho durante a refrigeração, o produto pode ser utilizado em receitas doces e salgadas.

Segundo o gerente de mar-cas da Leco, Rafael Souza, o desenvolvimento do creme de leite pasteurizado, na embala-gem Tetra Pak, se deu com a constatação de uma oportu-nidade de vendas, pois o mes-mo produto em embalagem comum não apresenta grande durabilidade no varejo e nem na casa do consumidor.

‘’Essa nova embalagem permite que o produto tenha uma durabilidade maior, aproximadamente 20 dias, muito acima da média de validade de outros cremes de leite frescos. Além disso, o creme rende aproximadamente o dobro do seu volume quando batido como chantilly e ferve sem talhar durante a preparação dos pratos’’, explica Souza.

O creme de leite é voltado para elaboração de pratos como suflês, sopas e molho para massas. Também pode ser usado no preparo de doces e ainda em drinques e coquetéis, o que comprova sua versatilidade.

O consumidor encontra este lançamento nas pratelei-ras dos supermercados de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Paraná. Para clientes food service da Bertin a distribuição atenderá a todos os estados do País.

Os consumidores já po-dem notar uma grande dife-rença em uma das mais lem-bradas linhas de balas do país: Supra Sumo, da Hypermarcas. Todos os sabores estão com novos layouts e contam com

cores muito mais vibrantes, traços modernos e com embalagens maiores - antes tinham 61g e, agora, 150g. Há também a versão sortida de 700g que, além de tudo isso, vem com mais balas por embalagem. Isso signifi ca mais economia e rendimento para o consumidor. Além disso, as balas de frutas ganharam o fator ‘’Super Re-frescante’’, à base de mentol. A substância garante ao consumidor o seu tradicional sabor aliado a um hálito sempre refrescante.

Para agradar aos diferentes paladares no segmento refrescante, os sabores disponíveis são: Abacaxi, Limão, Menta, Morango e Uva e versão sortida com Morango, Uva, Limão e Abacaxi. Já no segmento quente, Supra Sumo conta com os sabores Cappuccino e Leite nas versões 150g e sortida com 700g. Todas as balas da marca, presente no mercado há mais de 40 anos, são embaladas individualmente.

O mercado de guloseimas movimentou aproximada-mente R$ 1,4 bilhões em 2008 (Dados Nielsen). Dentro deste segmento Balas e Pirulitos representaram 47,5% das vendas. De 2004 para 2008, o setor cresceu cerca de 30%.

crEME dE lEitEpaStEurizado da lEco agora EM EMbalagEM tEtra paK

Com a nova em-balagem, o pro-duto terá maior

durabilidade

Balas estão mais refrescantes e

pacotes chegam ao mercado em novas versões

S.A, presente há mais de 70 anos no mercado, está lançan-do um novo conceito em pro-duto lácteo. O consumidor já pode encontrar nas gôndolas dos supermercados o creme de leite pasteurizado. Com emba-lagem Tetra Pak, que permite maior desempenho durante a refrigeração, o produto pode ser utilizado em receitas doces e salgadas.

cas da Leco, Rafael Souza, o desenvolvimento do creme de leite pasteurizado, na embala-

Supra SuMorEnoVa fórMulaE EMbalagEnS

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índice de anunciantes

Anton Blaselbauer Artécnica ......................................................... 54

Anuário das Indústrias .................................................................... 17

Barão Móveis .................................................................................. 43

Beerre Assessoria Empresarial ...................................................... 41

Brasved Ind. e Com. de Borrachas ................................................ 57

CIESP ................................................................................................. 37

Chapaço Distribuidora de Produtos Siderúrgicos ......................... 50

Cofibam Condutores Elétricos ................................................2ª Capa

Eleko Parafusos ............................................................................... 40

Equipamentos Vacuum Machine ................................................... 31

Fábrica de Escovas Tatuapé ........................................................... 43

Fama Ind. e Com. de Equipamentos de Segurança .................... 41

Histec Comercial ................................................................. Selo Capa

Inco-Rubber Produtos de Borracha .............................................. 55

Inova Laser Gravações ................................................................... 31

L G Comércio de Equipamentos de Segurança ............................ 50

Lamiflex do Brasil ........................................................................... 49

Lotus Metal Ltda ............................................................................. 54

Moreira Prado Mudanças ............................................................... 49

Mudras Comercial e Industrial .......................................46/ 4ª Capa

Sensores Industriais Maksen ......................................................... 46

Sesi - SP e Senai - SP ..................................................................... 11

Super Finishing do Brasil Coml .....................................05 / 3ª Capa

VC Máquinaspara Embalagens Plásticas ...................................... 40

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