Revista Passear Versão Gratuita Nº26

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passear sente a natureza by Nº. 26 . Ano III . 2013 . PVP: 2 € (IVA incluído) Destino Viana do Alentejo Destino de Férias Concelho de Mafra A “famosa” Ecopista do Dão CRÓNICA BTT - Chegada a Santiago de Compostela equipamento Aparelho de GPS ou Smartphone?

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Revista Digital Passear Versão Gratuita Nº26

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passearsente a natureza

byNº. 26 . Ano III . 2013 . PVP: 2 € (IVA incluído)

DestinoViana do Alentejo

Destino de FériasConcelho de Mafra

A “famosa” Ecopista do Dão

CRÓNICABTT - Chegada a

Santiago de Compostela

equipamento Aparelho de GPS ou Smartphone?

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Registada na Entidade Reguladorapara a Comunicação Socialsob o nº. 125 987

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Capa Fotografia

Viana do Alentejo(pág. 16)

Praceta Mato da Cruz, 182655-355 Ericeira - PortugalCorrespondência - P. O. Box 242656-909 Ericeira - PortugalTel. +351 261 867 063www.lobodomar.net

Director Vasco Melo GonçalvesEditor Lobo do MarResponsável editorial Vasco Melo GonçalvesColaboradores Catarina Gonçalves, Luisa Gonçalves....

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Direitos Reservados de reprodução fotográfica ou escrita para todos os países

Publicidade Lobo do MarContactos +351 261 867 063 + 351 965 510 041e-mail [email protected]

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Passear é precisoO contacto com a Natureza e as atividades ligadas à mesma poderão ser uma resposta concreta à crise. O efeito que o contacto com a Natureza produz nas pessoas é uma das melhores receitas para nos ajudar a ul-trapassar o momento difícil pelo qual Portugal está a passar. Por outro lado, a atividade económica ligada ao fenómeno da Natureza poderá ajudar a ultrapassar a crise económica em que nos encontramos através da criação de pequenos negócios locais e, essas mesmas atividades poderem ser utilizadas para a atração de turistas estrangeiros.Em relação a esta edição divulgamos, com a colaboração da Alcáçovas Outdoor Trail, um pouco do potencial do Concelho de Viana do Alentejo como destino turístico.Hernâni Cardoso foi experimentar a Ecopista do Dão e conta-nos a sua experiência. António José Soares e os seus amigos chegaram a Santia-go de Compostela e a Associação Vento Norte partilha a sua experiência na conquista do “Pico Del Teíde”.

Boa leitura e bons passeios.

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Edição Nº.26

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Sumário

04 Atualidades08 Crónica de Hernâni Cardoso16 Destino Concelho de Viana do Alentejo26 Crónica: Caminho Português Interior de Santiago 2012 (3ª Parte)36 Crónica: À conquista do “Pico Del Teíde”60 Equipamento Aparelho de GPS ou Smartphone?64 Onde Comer65 Onde Dormir66 ASSINATURA PASSEAR68 Especial Férias Concelho de Mafra

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Luís Quinta, o mais prestigiado fotógrafo de natureza português, é almadense e expõe no Museu da Cidade alguns dos instantes naturais captados pela sua objetiva em Al-mada e no país.No passado dia 6 de junho abriu ao público, no Museu da Cidade, na Cova da Piedade, uma exposição retrospetiva dos 25 anos de carreira de Luís Quinta, um dos fotógrafos de natureza mais prestigiados a nível internacional. A exposição é composta por dois núcleos: “Natureza em Portugal”, onde é exibida uma seleção de fotografias tiradas por todo o território nacional, e “Almada, entre o mar e o rio”, onde são revelados incríveis momentos naturais captados em Almada pelo autor.A exposição estender-se-á também até ao Parque da Paz, onde fotos de grande formato estarão igualmente em exibição até outubro.Horário: Terça a sábado: 10h - 18h no Museu da Cidade e Parque da Paz.

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Exposição de fotografia de natureza de Luís Quinta

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Valença Com Posto de Atendimento ao Peregrino Um novo espaço de acolhimento e ajuda aos peregrinos para Santiago foi criado, na ave-nida Miguel Dantas, no percurso do Caminho Português, na cidade de Valença, pela Câ-mara Municipal. O espaço disponibiliza um serviço de informação turística aos peregrinos sobre os Cami-nhos de Santiago, bem como a oferta que Valença apresenta em termos patrimoniais, cul-turais, recreativos, desportivos, unidades hoteleiras e restauração.O Posto de Atendimento ao Peregrino pretende ser um espaço de acolhimento, apoio e informação complementar à Loja de Turismo, na Fortaleza e ao Albergue dos Peregrinos de São Teotónio.A par do Posto de Atendimento ao Peregrino a autarquia valenciana criou um circuito alternativo que proporciona a visita à Fortaleza, bem como reforçou a sinalética e a infor-mação turística ao longo dos percursos que atravessam o concelho. Medidas complemen-tadas com o alargamento dos horários de funcionamento do Albergue de São Teotónio.Os Caminhos de Santiago são uma referência de Valença, a capital do Caminho Português para Santiago de Compostela. Ao longo de 2012 passaram por Valença 25628 peregrinos, um volume significativo com as mais diversas proveniências, nomeadamente portugueses, espanhóis, franceses, italianos e brasileiros.Valença é o ponto de confluência, a Caminho de Santiago, dos percursos do Caminho Cen-tral e do Caminho da Costa, percursos que integram o Caminho Português para Santiago de Compostela.Para Jorge Salgueiro Mendes, Presidente da Câmara de Valença “Este espaço vai projetar a oferta turística de Valença, uma cidade onde se sente o espírito dos Caminhos de San-tiago”.

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Saída Botânica na Serra da EstrelaData: 06 julho 2013 09:00 - 07 julho 2013 17:00 Local: andar superior da Serra da Estrela O CISE e a Sociedade Portuguesa de Botânica irão realizar a II Saída Botânica na Serra da Estrela - A flora e vegetação do andar superior da serra da Estrela, nos próxi-mos dias 6 e 7 de julho. Com esta atividade pretende-se: i) divulgar o património ambi-ental da serra da Estrela, enquanto área na-tural de montanha; ii) dar a conhecer e con-tribuir para a valorização dos habitats e das espécies de flora do andar superior da serra da Estrela; iii) alertar para a importância da conservação dos habitats de montanha, en-quanto áreas de refúgio para um conjunto de espécies de flora de distribuição restrita em Portugal; iv) mostrar algumas das adap-tações morfológicas das espécies de flora de montanha às condições ecológicas lo-cais; e v) identificar as principais ameaças que recaem sobre os habitats e as espécies de flora.Mais informação aqui:http://www.cise.pt/pt/index.php/atividades/cursos-e-saidas-tematicas/saida-botanica

Bike Park de Ponte de Lima O Município de Ponte de Lima inaugu-rou oficialmente o Bike Park de Ponte de Lima no passado domingo, 9 de junho.Aberto desde novembro de 2012, o Bike Parke de Ponte de Lima é um autêntico parque de lazer e recreio, em plena Serra d´Arga, entre o Alto do Cavalinho e o lu-gar de Mãos nas Freguesias de Estorãos e Cabração. Com uma área de 308 há, oferece condições únicas para a prática de BTT e Downhill e para caminhadas ecológicas.O Bike Park de Ponte de Lima disponibi-liza 10 pistas de vários graus de dificul-dade, com distâncias compreendidas entre 2,8 a 4 km; 2 circuitos de enduro de 17 e 22 Km, 4 especiais com descida de 400m de desnível em calçada; 1 cir-cuito super enduro de 60 Km, na Serra d´Arga; 1 circuito de iniciação BTT de 10 Km com início e final no Bike Park e 4 circuitos XCM de 20, 40, 60 e 100 (extreme) Km. Toda a estância do Bike Park está assegurada com um serviço de transportes ao topo da montanha. As subidas são efetivadas em carrinhas com disponibilidade para transportar até 36 riders, garantindo uma média de 12 descidas por dia, em pistas diferentes.A abertura oficial coincidiu com a reali-zação do primeiro grande evento do Bike Park, o GT ENDURACE PRO PORTU-GAL. Trata-se de uma competição de Enduro em BTT, homologada pela UVP/Federação Portuguesa de Ciclismo, que ocorre em circuitos marcados por um número variável de Provas Especiais Cronometradas (PEC).

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Na imagem podemos ver o sítio onde rio do sudoeste africano, o Okavango ou Cu-bango, desagua no Delta do Okavango, a norte do Botswana. Esta área é um destino turístico muito popular, onde os visitantes podem avistar uma vida selvagem muito variada, tais como elefantes, búfalos, gnus, girafas, leões, hienas e rinocerontes.O delta é alimentado pelo Rio Ovavango, que tem origem em Angola, passa pela fronteira entre a Namíbia e Angola e de-pois acaba no norte do Botswana. Aqui, formou uma depressão na região semi-árida da bacia do Kalahari.Em Afrikaans, o Kalahari é chamado de ‘Dorsland’, o que significa ‘terra com sede’.A maior parte da água do delta é consu-mida pela transpiração e evaporação. Uma percentagem muito pequena é ab-

sorvida pelo chão, enquanto a restante for-ma um lago sazonal.A roxo, no centro da imagem, surge a Chief’s Island. Esta área, antes um local de caça para as tribos locais, faz agora parte da grande reserva de Moremi, a Moremi Game Reserve.Na parte inferior direita da imagem pode-mos ver um amontoado de reflexões de ra-dar, que correspondem à cidade de Maun. No topo da imagem, pode ver-se um triân-gulo com uma cor semelhante à do delta. Trata-se de uma zona pantanosa e de um parque nacional, localizado sobretudo na Namíbia.Esta imagem é a compilação de três ima-gens do radar do Envisat, feitas a 15 de Setembro 2009, 29 de Dezembro 2009 e 5 de Outubro de 2010 e surge no Earth from Space video programme. Imagem: Copyright ESA

Bike Park de Ponte de Lima

Terra sedenta

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CRÓNICA DE HERNÂNI CARDOSOTRANSPORTUGAL – VISEU > SANTA COMBA DÃOMas que é isto?

Com tantos dias de sol, decidiu chover, de repente, e logo hoje?

Bem, de qualquer modo saída de Viseu para Santa Comba Dão, eventualmente até Coimbra, e assim conhecer a “famosa” Ecopista do Dão. [1]

Saio da Pousada da Juventude de Viseu e dirijo-me ao inicio da Ecopista, sei que é por detrás do Tribunal de Viseu.

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Chego à Rotunda, uma das imensas que Vi-seu tem, da Avenida Europa e ando às voltas, à procura de qualquer tipo de sinalização que me indique o início da Ecopista, vou para cima, venho para baixo e de repente num esgar de vis-ta vejo um tapete avermelhado…ahaha a Eco-pista, e dirijo-me a ela. Curioso por saber onde é o início, sigo para a direita e……Voilá! Eis que encontro o início da Ecopista do Dão: um es-paço entre dois edifícios, escondido da avenida Europa por um taipal. Começa bem…Para um investimento que foi avultado e que pode trazer muitos benefícios turísticos à região

que atravessa, o inicio/fim desta Ecopista (consoante se inicie ou termine em Viseu) deveria estar devidamente sinalizada, coisa que não acontece. Ponto negativo!Mas os pontos negativos não se ficam por aqui, infelizmente, cerca de 100m depois, acaba o tapete avermelhado e só com a ajuda de locais descobri mais a frente a sua con-tinuação. Podiam colocar um sinal no pavi-mento a indicar a continuação da Ecopista e mais a frente um sinal vertical que seria vi-sível. Ponto Negativo!

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10 Calma, calma pessoal que os pontos nega-tivos ainda não acabaram. Ao fim de cerca de uns 400 metros mais a frente já eu estava completamente a passar-me com mais uma inovação da Camara de Viseu. Se pensam que o Entroncamento é a terra dos fenó-menos é porque ainda não foram a Viseu. A Camara local e o seu Presidente, não só “inundaram” a cidade com rotundas como inventaram…..As Ciclo-Rotundas

Duas das muitas ciclo-rotundas que inun-dam o primeiro quilómetro da Ecopista que “sai” de Viseu. Eu já nem penso no caso de um cicloturista com alforges querer passar por aqui e desfrutar da beleza que a Ecopis-ta proporciona, compreendo que a Camara

não queira este tipo de turismo/turistas (?), mas suponhamos que eu resido em Viseu, e num belo dia de sol quero ir dar uma volta com o meu fi-lhote, pego na minha bicicleta, instalo o atrelado (o novo Código de Estradas proíbe as cadeiri-nhas) para transportar o meu filhote e faço-me ao caminho, pensando que vou passar um belo dia. Ora cada vez que encontro as Ciclo-Rotundas (e são muitas, acreditem) tenho de desmontar da bicicleta > retirar o filhote do atrelado> desins-talar o atrelado > passar a bicicleta> passar o atrelado> instalar o atrelado> pegar no filhote, se ele ainda estiver no mesmo sitio> colocá-lo no atrelado> montar-me na bicicleta e pedalar, para cerca de 100-200 m adiante repetir a ope-ração, isto vezes sem conta.Senhores responsáveis pela Ecopista no Con-

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11celho de Viseu…Tenham dó! Um pouco de in-teligência e de sentido do ridículo: As Ciclo-Ro-tundas afugentam pais com filhos, cicloturistas e alguns ciclistas menos ágeis. Ponto Negativo !! Eu por esta altura já estava completamente passado da cabeça, afinal preferia andar no meio do trânsito do que ser sujeito a este ziguezague ridículo.

Mas a Ecopista tem Pontos Positivos: a paisa-gem é deslumbrante, o piso excelente e depois das ciclo-rotundas deparei-me com uma antiga estação adaptada para o apoio aos ciclistas/utili-zadores da Ecopista. Um + Grande!

Um senão: O snack-Bar existente no ex-edifício das cargas poderia ser “responsável” pela ex-

ploração de um Albergue tipo Hostel que po-deria ser instalado no Edifício Principal.Outro senão, e este repete-se algumas vezes ao longo da Ecopista: estas maquinetas: Não fun-cionam, decerto foram caras, e se funcionas-sem consumiam energia. Porque não optar por um mapa esquemático da Ecopista com pon-tos de informação simples e concisos? Ponto Negativo!

O percurso continua, com algumas estações/apeadeiros semi-abandonados ou entregues a associações que fazem uso delas mas que não têm a apetência para apoio aos utilizadores da Ecopista. A juntar a esta situação, em todas as estações/apeadeiros, os pontos de água Não funcionavam, ficando aqui um conselho a quem for fazer a Ecopista: Levem água como se fossem para o deserto. Ponto Negativo!

Mais à frente a cor da Ecopista mudou, do avermelhado para o verde. AHA ok, mudamos de concelho, de Viseu para Tondela. E mais adiante iria mudar para azul, de Tondela para Santa Comba Dão. E ponho-me a pensar: o dinheiro que gastaram, e gastam, em tinta dava para umas obras complementares na Ecopista mais à frente verão quais…. Ponto negativo!

Mais à frente um túnel, por momento fez-me lembrar a estrada de Djerdap, na Sérvia, com os seus 21 tuneis. Esses não tinham iluminação, mas este tinha uma iluminação que aposto foi feita por um decorador de interiores. Alguém

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me consegue explicar o que fazem as luzes a apontar para o teto quando o que nós (utilizadores) necessitamos é de um piso iluminado? Isso é desperdiçar energia e recursos. Ponto Negativo!

O único monumento “junto” à Ecopista que poderia ser alvo de “visitação” está ao abando-no. Trata-se de um templo mandado edificar por D. Mafalda, mulher de D. Afonso Henriques, primeiro Rei de Portugal. Este edifício poderia ser aproveitado para visitas ficando a respon-sabilidade a cargo da Junta de Freguesia de Canas de Santa Maria. Ainda poderiam indicar o percurso para a Igreja Nova para que os interessados pudessem visitar o Sacrário renascentista (séc. XVI) o que levaria aí turistas e decerto animaria o comércio local. Aqui faltam apoios aos utilizadores, sejam pontos de água, mesas e parques de bicicletas. Ponto Negativo!

Na ex-estação de Tonda, deparo-me com o que vinha vendo em muitas outras ao longo desta Ecopista. O antigo armazém de cargas sem qualquer utilidade. Este espaço seria ideal para serem instaladas bancadas, em pedra, onde se pudesse cozinhar, recorrendo a fogões de campismo, e que tivesse lava-louças para que se pudesse passar um tempo em família no local ou mesmo proporcionar um ponto de apoio aos cicloturistas de passagem. Fica a ideia.

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É quando se entra no concelho de Santa Comba Dão que se pode desfrutar das paisagens mais belas das margens do rio Dão. Embora o tempo estivesse chuvoso a paisagem era deslumbrante.

Ao fim dos quase 51km de Ecopista estava eu expectante onde ela me iria levar. Não faltou muito para que tivesse a surpresa, mais uma, do dia a belíssima Ecopista terminava abrupta-mente em Nenhures. Um investimento de cen-tenas de milhar de euros acabava em Lado Nenhum o caminho que sugeriam em tabuletas era uma picada em terra batida, que ainda não

se encontrava enlameada e que iria dar a umas subidas atrozes, obrigando qualquer cicloturista com alforges, atrelado ou mesmo a um pai com o filho no atrelado a apear-se, e a puxar a bicicleta encosta acima que iria dar a um degrau enorme que mais não é que o cais da estação da CP do Vimeiro/Santa Comba. Que fim inglório…Recordam-se do que eu disse atrás sobre a pintura mul-ticolor da Ecopista? Pois se não a pintas-sem, se deixassem estar em alcatrão puro o dinheiro daria para terminar a obra. Ponto Negativo!

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15Pontos Negativos ao longo de todo o percurso:A falta de infra-estruturas que cativem o turista de modo a faze-lo permanecer na região e não se encontrar só de passagem, nomeadamente Parques de Campismo Rurais (que necessitam de menos infraestruturas dos Parques de Camp-ismo “normais”). Estes Parques poderiam estar instalados perto de algumas das ex-Estações e funcionarem por um sistema de reservas que poderiam ser online para um dos Centros de Turismo ou das Serviços de exploração da Eco-pista.Falta de sinalização a indicar infra-estruturas/monumentos/sitos a visitar nas redondezas (com a indicação da distância).Falta de pontos de água ao longo do percurso. Eles estão lá, mas não estão ligados.

Falta de infra-estruturas que levam as pessoas a aproveitar os espaços de piquenique instala-dos nas antigas estações.Um mapa com informação turística simples e concisa que poderiam substituir mais eficaz-mente as “maquinetas” avariadas.Pontos Positivos:A beleza da paisagem ao longo de todo o per-cursoO piso em bom estadoA ideia da existência desta Ecopista.Concluindo: A estrutura está lá, falta fazer com que essa mesma estrutura funcione como polo de dinamização da microecono-mia da região e consecutivamente ao desen-volvimento do turismo.

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Destino: Concelho de Viana do Alentejo

Entre chocalhos, montado e história

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Destino: Concelho de Viana do Alentejo

Entre chocalhos, montado e história

VOLTÁMOS AO ALENTEJO À DESCOBERTA DOS SEUS LUGARES DE EXCELÊNCIA. O CONCELHO DE

VIANA DO ALENTEJO É UM DESTINO MUITO INTERESSANTE COMO O VAMOS DEMONSTRAR AO

LONGO DAS PRÓXIMAS EDIÇÕES.

TEXTO E FOTOGRAFIA: VASCO DE MELO GONÇALVES

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Esta é a primeira edição dedicada ao concelho de Viana do Alentejo onde, em colaboração

com a Alcáçovas Outdoor Trails, apresentamos algumas sugestões de percursos para serem

efetuados no concelho. Estes mesmos percursos serão desenvolvidos nas próximas edições da

revista digital Passear complementados por uma entrevista à autarquia de Viana do Alentejo.

4 PROPOSTAS DE PERCURSOSA Alcáçovas Outdoor Trails é composta por guias locais da Associação dos Amigos de Alcáçovas

e organiza caminhadas na área do concelho de Viana do Alentejo e arredores. As propostas de

percursos que apresentamos são de sua autoria.

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1- Percurso Urbano em Alcáçovas

Este percurso Urbano é uma proposta para um

passeio agradável em Alcáçovas, passando nos

principais pontos de interesse da vila.

Percurso circular com 4,2quilómetros de

extensão e com dificuldade técnica fácil.

01 – Torre do Relógio e Palácio dos Núncios

02 – Paço Real e Jardim das Conchas

03 – S. Geraldo

04 – Museu do Chocalho

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2- Pequena Rota em Alcáçovas

Esta pequena rota é a futura Eco-pista de

Alcáçovas e dá aos visitantes uma visão da

planície de Montado que rodeia a vila, as

pequenas quintas e alguns monumentos.

Percurso circular com 5,4 quilómetros de

extensão e com dificuldade técnica fácil.

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3- Percurso Urbano em Viana do Alentejo

Este percurso Urbano é uma proposta para

um passeio agradável em Viana do Alentejo,

passando nos principais pontos de interesse da

vila.

Percurso circular com 8,48 quilómetros de

extensão e com dificuldade técnica fácil.

01 – Castelo e Igreja Matriz

02 – Castelo de Viana do Alentejo

03 – Castelo e Igreja Matriz

04 – Nossa Senhora d’Aires

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4- Percurso BTT entre Aguiar e

S. Bartolomeu do Outeiro

Este percurso BTT, também pode ser feito a pé

e é muito interessante devido á transição de

paisagens, ás duas aldeias que é possível visitar

e ás ruinas das antigas Termas da Ganhoteira.

Percurso circular com 21,34 quilómetros de

extensão e com dificuldade técnica moderada.

01 - Termas da Ganhoteira

02 – Aguiar

03 - S. Bartolomeu do Outeiro

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CRÓNICA

Caminho Português Interior de Santiago 2012 (3ª Parte)CHEGADA A SANTIAGO DE COMPOSTELA

Texto e Fotografia: António José Soares / http://coimbrasantiago.blogspot.pt

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DOMINGO, 5 DE AGOSTO. XUNQUEIRA DE AMBIA - OSEIRA.Apetecia ficar mais umas horas na cama, mas a vida de peregrino é andar ou pedalar, assim antes de alvorecer já se preparavam alforges, em Xunqueira nem uma cafeteria aberta. Foi preciso pedalar quase cinco quilómetros para tomar o pequeno-almoço.Até Ourense o percurso foi favorável. Entrámos na velha cidade termal, situada nas margens do Minho, pelas 08:30, com o Quim a ter que resolver um problema na roda.O Caminho aproximava-se do seu termo,

o cansaço acumulado refletia-se no meu rendimento, assim, sempre que se vislumbrava uma pausa, eu aproveitava-a da melhor forma.Em Ourense tinha passado de visita há um ano atrás, assim não dediquei muito espaço a fotos.Enquanto o Quim tentava resolver o problema bicicleta, o Aguiar tirava fotos, aproveitei para reajustar o pequeno-almoço, antevia-se uma generosa subida depois de Ourense.Assim, enquanto os meus amigos andavam ocupados, após a pausa ilustrada na

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01 - O Joaquim de volta dos alforges02 - Tratando de fazer amigas03 - Podeis crer que estava bom tanto o café, como o queque de canela04 - Ourense, Ponte Medieval sobre o Rio Minho

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05 - Pormenor curioso do comboio à saída de Ourense06 - Uma tasquinha pitoresca07 - Polvo à galega08 - Em Cea o pão é mais famoso que os monumentos

imagem, fui andando em direção à ponte medieval sobre o Minho, aqui tirei algumas fotos e aproveitei o espreitar do sol para estender a roupa na ponte.Prossegui uma vez que o relógio já apontava para as 10:30. Na saída de Ourense, a má sinalização do Caminho fez-me andar às voltas, perdendo tempo e energia.O Caminho prosseguia por uma enorme rampa asfaltada, inserida num denso bosque, o grau de inclinação, não me permitia pedalar, o peso dos alforges, da bicicleta, e, a bem dizer, a má forma foram em conjunto determinantes para que tivesse de empurrar a bicicleta serra acima.Quando finalmente deixei de ter que empurrar a bicicleta e alforges, indaguei, junto de um casal que cozia polvo para venda, tipo como quem vende na feira, um local para saciar a sede e encher o depósito de combustível!

Tinha pedalado cerca de 100 metros quando encontrei o local indicado.Antes de me sentar, e à pergunta: o que queres comer, respondi, sem hesitação, polvo à galega e pão, para beber cerveja sem álcool fresquinha, tal era a sede que foram quatro.Mal tinha começado a almoçar, vislumbrei o Joaquim que entretanto passava, foi preciso chamá-lo, depois de instalado, olhou para o meu prato e logo se decidiu pelo polvo, estava uma maravilha. Conhecedor daquele pitéu desde 2007, aquando do meu primeiro Caminho, deste polvo que nos foi servido nunca mais me esquecerei! Então o Joaquim que nunca tinha experimentado a iguaria, ficou fã.Prosseguimos para Cea, antes de aqui chegar reagrupámos novamente. Não comprámos o famoso pão, mas vontade

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não faltou.De Cea, optámos por seguir para Mosteiro de Santa Maria de Oseira, e em boa hora o fizemos, é sublime a beleza e dimensão deste desta construção cisterciense.O final desta penúltima jornada do Caminho foi um dos momentos altos deste Caminho Português, o ambiente de espiritualidade presente em Oseira contagiou-nos. Não é exagero referir que nos sentimos como que três miúdos num passeio à Eurodisney ou coisa semelhante.Pernoitámos numa das alas do mosteiro, destinada a hospedaria de peregrinos, nessa mesma qualidade fomos convidados a assistir a uma celebração do monges em clausura, que se mantêm ainda em atividade neste magnífico monumento cisterciense, com nalguns aspetos comparável a Alcobaça.Sentimos de forma mais acesa o ambiente e o espírito do Caminho, à visita guiada seguiu-se a celebração religiosa e o merecido repasto para repor as energias, gastas durante a excelente jornada por terras galegas.Após o jantar, um passeio para alongar as pernas e apreciar a grandeza do mosteiro que visto de noite parece ainda maior, recolhendo de seguida ao albergue para a última noite, no dia seguinte... Santiago.Para além de nós, em Oseira, o número a pernoitar no albergue não ultrapassava a meia dúzia.Neste dia fizemos 64,76 km, com 492, 29 km percorridos desde Coimbra. Para chegar a Santiago ainda faltava cumprir cerca de 90 km.

09 - Paisagem10 - Mosteiro de Santa Maria de Oseira11 - Momento de repouso e descontração12 - Oseira, nas imediações do Mosteiro13 - Hospedaria, numa ala do mosteiro

6 DE AGOSTO. OSEIRA - SANTIAGO DE COMPOSTELAÚltimo dia de Caminho. Acordámos cedo, pelas 06:00, o objetivo da jornada, para além de chegar a Compostela, seria o de conseguir alojamento em Redondela, onde no dia seguinte apanharíamos o comboio até ao Porto e daqui a Coimbra.Àquela hora madrugadora, foi preciso andar perto de 10 km para encontrar a primeira localidade, Dozón, para a primeira refeição do dia. É fundamental para quem viaja deste modo as refeições bem repartidas, bem como a hidratação. Assim, depois de alguns quilómetros a pedalar em jejum, o pequeno-almoço soube a pouco, embora tivesse chegado em boa hora.Em Lalin, enquanto o Aguiar e o Joaquim continuaram pelo caminho, tive necessidade de procurar una tienda, a fim de substituir o pneu da roda traseira e mais umas pequenas afinações na bicicleta. Enquanto aguardava, decidi fazer uma incursão a pé pela cidade. Como ainda faltava muito para pedalar até Santiago, achei por bem reforçar o pequeno-almoço. A pequena cidade de Lalín, à semelhança da Mealhada, em Portugal, confere ao porco as honras de estátua, em praça pública. A frequente utilização de carne suína na culinária, com especial destaque para o cocido, é um hábito nestas paragens.Parte do itinerário até Compostela, processa-se paralelo à estrada N525. No entanto o Caminho faz-se em grande parte por frondosos bosques, agradáveis de percorrer. Nesta altura do ano o afluxo

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de peregrinos é maior, e, à medida que nos aproximamos do final maior número de pessoas se encontram.Neste último dia cada um fez o seu Caminho, como me encontrava praticamente no limite das minhas capacidades era importante gerir muito bem o esforço, para chegar a bom porto. Depois de Lalín, sem que percebesse, acabei por passar pelos meus amigos, enquanto procediam a uma pausa.Pouco depois de Silleda, porque já era hora, parei num pequeno restaurante familiar. Fui atendido por uma simpática senhora, que acumulava as funções de cozinheira e empregada de mesa, apenas com a ajuda de um jovem rapaz e lá ia tomando conta de tudo. O meu desejo era comer uma sopa de legumes e umas tapas. Como não tinha sopa de legumes, foi-me sugerida uma favada, algo semelhante à nossa sopa

32da pedra, embora um pouco mais leve. Aceitei o conselho, mas pedi primeiro que me fosse servida uma pequena porção de tortilha. Para acompanhar o café, foi-me oferecida uma saborosa fatia de pão-de-ló, que aceitei e muito agradeci.A pausa para refeição foi aproveitada para relaxar e alguns dedos de conversa com os irmãos galegos. Apenas faltariam cerca de 30 km para Compostela, contudo as dores musculares já me iam apoquentando.Era altura para pôr novamente a bicicleta no Caminho Santiago. Em Puente Ulla, no exterior da igreja de Santa Maria Magdalena, um numeroso grupo de peregrinos aproveitava a sombra para descansar.Após Puente Ulla, foi preciso vencer mais algumas subidas. Perante a proximidade da chegada, parecia que as forças tinham

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33voltado, e as dores muscular pareciam ter desaparecido.No albergue de Vedra procurei o reabastecimento de água, que não chegava a pouco mais que umas gotas. Procurei passar despercebido no albergue, mas logo fui abordado por uma jovem castelhana perguntando se procurava ficar no albergue, informando que o mesmo já estava lotado, mostrou curiosidade para saber de onde vinha, perguntas recorrentes entre quem viaja, após mais alguns dedos de prosa desejámos mutuamente um bom caminho.Por fim a vista sobre as torres da catedral, uma rua em calçada, a descer, levou-me à entrada de Compostela. A enorme sede que levava foi saciada com a fruta comprada mal entrei na urbe. Exagerei ao encher ainda mais os alforges com

ameixas, pêssegos, uvas e bananas.Depois de me misturar com a multidão, entrei na Plaza de Obradoiro descendo perigosamente, de bicicleta, as escadas adossadas à catedral.Antes das tradicionais fotos na praça, corri à Oficina do Peregrino, a fim de solicitar a aposição do selo na credencial e obter a Compostellana.

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14 - Alvorecer em Oseira15 - Igrexa de Santiago de Taboada16 - Igreja de São Martinho Dornelas, Silleda17 - Grupo de peregrinos em Taboada - - Foto Joaquim Tavares18 - Ponte sobre o rio Ulla19 - Igrexa de Santa Maria Magdalena, Puente Ulla20 - Muito próximo de Compostela, o verde que domina a paisagem galega

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34A dois dias de completar 50 anos de idade, cumpri a última etapa, desde Santa Maria de Oseira, 101,71km e 594 km desde a cidade de Coimbra. O esforço valeu a pena, a experiência vivida foi inteiramente gratificante.Uma menção especial aos amigos José Aguiar e Joaquim Tavares, o meu agradecimento pela paciência, sobretudo nas ocasiões em que tiveram de esperar por mim. Foi a primeira vez que fiz o Caminho em deploráveis condições físicas, sobretudo tendo em conta que o Caminho Português, por terras do interior, apresenta um grau de dificuldade superior relativamente a vias de peregrinação mais litorais, os designados Caminho Central e pela Costa.Após a obtenção da Compostellana, seguimos para a estação ferroviária, onde apanhámos o comboio para Redondela,

aqui chegados, de imediato procurámos lugar no albergue de peregrinos, que se encontrava lotado. A solução foi dormir num pavilhão gimnodesportivo local, onde já se encontravam um considerável número de portugueses, a caminho de Compostela. A partir das 22:00 horas não era permitida a entrada no pavilhão, assim tivemos que nos despachar para a refeição da noite, na esplanada de uma pastelaria que encontrámos e onde pudemos escolher rodízio de tarte galega, de excelente degustação, regressando logo de seguida ao pavilhão para tentar dormir. Na manhã seguinte rumámos de comboio até ao Porto e daqui a Coimbra.

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21 - Peregrino a Santiago22 - Ao fundo, quase imperfectíveis, as torres da Catedral de Compostela.23 - Joaquim e Aguiar à saída da Oficina do Peregrino24 - À chegada, na Praça do Obradoiro - Foto Joaquim Tavares25 - A magnificente Catedral de Santiago de Compostela

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Crónica de ViagemÀ Conquista do “Pico Del Teíde”A VENTO NORTE PRECISAVA DE DAR CONTINUIDADE ÀS ATIVIDADES DOS ANOS ANTERIORES, E

APESAR DE TODOS ESTARMOS A ATRAVESSAR DURAS MEDIDAS DE AUSTERIDADE GOSTARÍAMOS

DE OFERECER AOS NOSSOS ASSOCIADOS UMA NOVA AVENTURA COM OS MESMOS VALORES DE

SUSTENTABILIDADE, BAIXO CUSTO E EXPLORAÇÃO E DEFESA DO AMBIENTE COMO ATÉ AQUI FOI

NOSSO LEMA.

HÁ 3 ANOS ANDÁVAMOS PELOS PIRENÉUS, HÁ 2 ESTÁVAMOS A FAZER A TRAVESSIA DA ILHA DA

MADEIRA EM AUTONOMIA E NO ANO PASSADO ESTÁVAMOS NO CUME DO TOUBKAL… MAS

PRECISÁVAMOS DE FAZER ALGO NOVO…

É ISSO!! VAMOS AO TEIDE!! TEMOS UMA COMPANHIA AÉREA DE BAIXO CUSTO DESDE O PORTO

ATÉ LÁ, TEMOS BOA MOBILIDADE LÁ E COM OPÇÕES BARATAS E VAMOS VISITAR UM LOCAL QUE

NUNCA VISITAMOS… UM VULCÃO.

TEXTO – CARLOS FARIA – VENTO NORTEFOTOGRAFIAS – ANA BERTA, CARLOS FARIA, PEDRO CERQUEIRA E NATÁLIA AZEVEDO (VENTO NORTE)

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Declarado parque nacional em 1954, o Parque

Nacional de Las Cañadas del Teide está

localizado nas ilhas Canárias, no centro da ilha

de Tenerife, é o terceiro mais antigo de Espanha

sendo também o maior e mais antigo de todos

os 4 parques nacionais existentes nas Canárias,

com uma área total de 18.990 hectares.

A sua paisagem geológica é um dos

monumentos mais extraordinários e singulares

da Europa, na qual os cones vulcânicos e fluxos

de lava formam uma gama de cores e formas

únicas. A forma actual do complexo vulcânico

iniciou-se há 170000 anos com o deslizamento

dos materiais de um enorme vulcão, originando

a grande caldeira das Cañadas (7 no total)

tendo-se formado no vazio interior o complexo

vulcânico Teide - Pico Viejo.

O Teide é um estratovulcão do tipo

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estromboliano, com uma altitude de 3718

metros (aproximadamente 7000 m sobre o

leito do oceano) sendo o ponto mais alto

do território Espanhol, Países Ibéricos e ilhas

atlânticas.

Foram vários os historiadores que

descreveram o Teide nas suas crónicas, entre

os quais Cristovão Colombo, com especial

destaque para as suas violentas erupções.

A última erupção deu-se em 1798, estando

adormecido desde então, continuando,

contudo, a impor respeito a quem se

aproxima dele, quer pela sua imponência

quer pela actividade sísmica e geológica que

se regista em vários pontos da ilha.

Com uma altitude média acima dos 2000

metros, o parque é característico por ter uma

baixa humidade relativa, que em conjunto

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com a baixa precipitação torna esta área

muito árida, diferente de todas as outras

montanhas. No Inverno todo o parque tem

temperaturas negativas e está sob um manto

de neve, na Primavera coberto de cores vivas

e no Verão seco e árido, com as temperaturas

a rondar os 40º C.

Todas estas características dotam o parque de

fauna e flora muito característica, muita dela

endémica, como o tajinaste vermelho (Echium

wildpretii), a hierba pajonera (Descurainia

bourgaeana), a perdiz moruna (Alectoris

barbara) ou o lagarto tizón (Gallotia galloti).

Tudo bons motivos para visitar e partir à

Conquista do Pico del Teide com a Vento

Norte.

Dia 4 /10 / 2012 – A chegada ao Parque

Nacional

A viagem para a ilha de Tenerife foi feita com

partida no Porto e no dia anterior. Chegamos já

noite dentro e com chuva. E cheios de fome…

Fomos só largar tudo no apartamento em Los

Cristianos e comer algo rápido. Era quarta-feira

à noite e dá para notar que todas as noites

são para sair em Tenerife. Demos uma volta

para comprar o pequeno-almoço para o dia

seguinte e fomos dormir.

Tínhamos de acordar cedo pois havia muita

coisa para arrumar e não poderíamos falhar de

maneira nenhuma o primeiro passo, pois, por

uma questão de sustentabilidade, decidimos

viajar no autocarro da companhia pública

Floresta Autoctone de Pinheiro Canário

Passagem por Los Escuriales

Paisagem deserta a caminho de Guajará

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TITSA até ao local de início da marcha, e como

só há uma viagem por dia até ao Teide, se

perdêssemos este, só no dia seguinte… Mas

também tínhamos muita vontade em acordar

cedo!

O grupo não ficou todo no mesmo hotel,

pois alguns elementos decidiram aproveitar

a semana de férias e viajaram previamente.

Para além disso nós tínhamos mais tralha

para o ultimo dia e só queríamos levar para a

montanha o que era da montanha. A solução

passou por um grupo reservar um quarto antes

e após a subida ao Teide no mesmo hotel e

pedir aos funcionários para nos guardarem as

malas (de todo o grupo!). Um conselho: Esta é

a solução mais prática para este tipo de viagens

pois assim carregamos apenas o material

necessário mas a sua resolução nem sempre

é fácil! A outra solução é deixar em cacifos

que possam existir no aeroporto, comboios

ou estações de autocarros… mas neste caso

não encontramos nada.

Após o pequeno-almoço e junção de

todo o grupo, lá fomos para a paragem

de autocarro em Los Cristianos e como

chegamos lá com tempo decidimos comprar

já os mantimentos. O segundo problema

logístico poderia ser resolvido logo aqui ou

em Vilaflor: é que o refúgio estava equipado

com sertãs e gás mas não tinha comida, que

associado ao fato de não haver nenhum

ponto de venda de comida na área do Parque

Passagem por Los Escuriales

Paisagem deserta a caminho de Guajará Primeira vista do Teide após desaparecimento repentino das nuvens

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Nacional, com exceção das sandwichs e

bolos do El Parador e base de Teide, é um

problema. Tínhamos que comprar a comida

coletiva, para jantares e pequenos-almoços,

e este peso seria dividido por todos, e

tínhamos que comprar os mantimentos

individuais para o máximo de dias, pois para

além de muito cara a comida no El Parador,

este abre tarde e fecha cedo e nunca

saberíamos se os horários das marchas se

enquadrariam aqui.

Pouco passava das 9:30 e lá arrancou

a guagua. É sempre bom viajar com os

locais. São vozes, cores, cheiros e costumes

diferentes dos que estamos habituados.

Para além destes o autocarro tem alguns

turistas, dos menos convencionais pois

normalmente vão nos autocarros de luxo,

e tem praticantes de downhill (com as

bicicletas na mala). Realmente pelo declive

e trilhos ainda em bruto, a ilha tem boas

condições para a prática da modalidade.

Em pouco mais de 30 minutos estávamos

nos 1450 metros de altitude. Estava

bastante mais frio que ao nível do mar e nós

não estávamos ainda preparados para isso.

Mas um conselho: se tiver com um pouco

de frio antes de começar a marcha não vale

a pena agasalhar-se muito. Mal começa a andar

vai logo aquecer e se tiver muita roupa vai ter

de voltar a parar em menos de 5 minutos para

tirar tudo o que voltou a pôr.

Enquanto tomámos um café lá perguntamos

como apanhar o Camiño de Chasna (PR-TF72)

até à Paisaje Lunar, pois na localidade não está

muito percetível. O Camiño de Chasna é uma

via com mais de 500 anos de existência, que

atravessa grande parte da ilha, passando por

Vilaflor e que atravessa o Parque Natural de

Corona Florestal, que se caracteriza pelas suas

florestas de pinheiro canário entre os cerca de

1000 e 2000 metros de altitude, passando-se

mesmo por muitas árvores centenárias. Nós

apenas fizemos a extensão entre Vilaflor e a

base da montaña de Guajará, com passagem

pelos Los Escurriales e Paisaje Lunar.

Ao lado de uma corrente de lava a caminho de refúgio

Os últimos raios de luz natural no refúgio

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Às 10:30 em ponto estávamos a iniciar a

marcha. Depois de sair de Vilaflor o caminho

está todo bem marcado e definido no terreno

quer por muros de pedra ou rochas vulcânicas

alinhadas, que sobre a caruma dos pinheiros

define perfeitamente a direção a seguir. O

percurso total até à descida pela Degollada

de Guajará tem a extensão aproximada de

10 Km, ficando a Paisaje Lunar aos 6 Km,

sendo feito quase sempre em subida ligeira

mas constante, sendo intercalada por zonas

planas para recuperar o folego. Aos 3 Km

o caminho bifurca-se sendo o destino o

mesmo (apenas vai permitir que o caminho

seja circular). Decidimos circular pelo lado

esquerdo (ligeiramente mais curto e já

conhecia a outra opção). É muito agradável

caminhar numa floresta de pinheiro com esta

extensão. O cheiro da floresta é tão peculiar e

o som da caruma a ser pisada é maravilhoso.

Fez-me lembrar as provas de orientação na

zona de Pataias e Vieira de Leiria…

Paramos para comer algo na Paisaje Lunar

(1890 metros de altitude). A esta altitude

está bastante frio e estamos no meio de

uma massa de nuvens que não consegue

vencer a altitude, sendo muito comum a sua

formação neste local, não se tendo qualquer

visibilidade a longa distância. Los Escurriales

e Paisaje Lunar são uma extensa área com

formações rochosas ou de acumulações de

sedimentos que devido à erosão do vento

e água apresentam formas espantosas. Pelo

caminho passamos junto a algumas mas no

interior da floresta são muitas, principalmente

em forma de cone.

Continuamos a marcha em subida cada

vez mais forte e, ultrapassada a altitude da

floresta, entramos em zonas de deserto,

absolutamente fantásticas, com areia bastante

fina e completamente negra no início e depois

com areia mais grossa mas em locais onde não

existe uma única rocha ou árvore ao nosso

redor (apenas Tajinaste Rojo mas já seco). A

este local se juntarmos as nuvens que teimam

em não subir tornam este local um dos mais

espetaculares que se pode passar por toda a

ilha. Normalmente, e como estamos aos 2200

metros as nuvens já desapareceram e aqui o

Sol é muito intenso e torna esta subida uma

das mais difíceis. Mas abençoadas nuvens hoje

não desapareceram.

A caminhada continua sempre numa

subida constante e que parece interminável,

aparecendo de vez em quando um pinheiro

centenário isolado que serve para tirar uma

fotografia e descansar. Até que chegamos aos

2375 e como não subimos ao pico da montaña

de Guajará chegamos a um entroncamento

de caminhos em que um segue pelo alto de

las Cañadas del Teide e o outro desce para

o interior da antiga cratera. Este é o ponto

em que temos a certeza que já saímos do

Parque Natural e entramos no Parque Nacional

del Teide. É o ponto em que teoricamente

veríamos, pela primeira vez, o cume do vulcão

e logo num dos melhores pontos de vista.

Contudo as mesmas nuvens que nos ajudariam

até aqui, agora prejudicavam-nos. Como este

ponto localiza-se numa portela e passam

aqui as correntes de nuvens, decidimos logo

começar o trilho da Degollada de Guajará (n.º

5 da rede de caminhos do parque) em direção

ao interior das Cañadas.

As Cañadas não são mais que as paredes do

cone do antigo vulcão que existia antes de se

formar o vulcão atual do Teide. Formada por

constantes erupções, após a ilha ter a forma

Os últimos raios de luz natural no refúgio

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atual, era caracterizada pela existência de

um enorme complexo vulcânico (Cañadas)

que, após se ter esvaziado a sua câmara

magmática, viu a sua cratera aluir ficando

apenas as paredes. Posteriormente no

interior deste vulcão surgiu um outro vulcão,

o Teide, de menores dimensões, dando a

forma atual a todo o complexo de origem

vulcânica que compõe o Parque Nacional.

Portanto não estamos perante um vulcão

mas vários

Durante a acentuada e matreira descida

(cerca de 1,5 Km de extensão) no meio de

tanta neblina eis que surge a grande imagem

do dia, vê-se o cume do Teide!! Primeiro

apenas o cume e por uns segundos… E num

ápice eis que todas as nuvens desaparecem e

assim tão espontaneamente ei-lo imponente

mesmo à nossa frente: o vulcão Teide! É

enorme o vulcão! E já estávamos tão próximo!

E vê-se tudo… tantas correntes de lava seca…

algumas no final do nosso caminho… e têm

tantas cores. Definitivamente impressionante

e único… Lembrei-me neste instante que

este é o motivo pelo qual vim aqui…

Agora com o céu aberto e sob um Sol tórrido

caminhamos mais 4 Km pelo trilho das Siete

Cañadas (n.º 4) em direção ao El Parador,

com uma enorme corrente de lava seca

imediatamente à nossa direita e com o cume

logo atrás dela e as formas escarpadas das

Cañadas à nossa esquerda. Aqui a paisagem

é já totalmente diferente, completamente

seca da lava e sem vegetação, vendo-se

apenas o Tajinaste Rojo seco. Vim a descobrir

mais tarde que não estão mortos, mas

apenas florescem e ganham a forma normal

entre Abril e Agosto. É uma das imagens

típicas do parque nacional e realmente uma

flor muito peculiar.

Uma hora depois estávamos no El Parador.

Estava cumprida a primeira missão. Uma caña

para comemorar! Perguntamos por indicações

acerca do refúgio e fomos embora. Fomos à

procura do refúgio Edmundo Herrero. Este

não é um refúgio oficial do parque. Foi uma

associação de montanhistas da ilha, designada

de Grupo Montañero de Tenerife, que

aproveitou uma construção antiga (mais antiga

que o parque) e solicitou transformar o espaço

em refúgio. Não tem habitantes permanentes

não está disponível ao publico e apenas serve

o clube, seus associados e associações amigas

que o pretendam. Apenas vimos fotografias

na internet e sabia aquilo que o Pancho me

tinha dito por mail. Não sabia bem aquilo que

iriamos encontrar pois sabemos como são

estas situações. Apenas descobrimos o refúgio

porque o Altavista já estava lotado. As chaves

tiveram de as ir buscar aos subúrbios da capital

uns dias antes. Combinamos previamente com

o responsável, Pancho, e ele fez o favor de nos

deixar gasolina e um motor e 40 litros de água

mediante a caução que pagamos. O refúgio

é fácil de encontrar mas difícil de entrar…

Para abrir a porta principal temos de ter 4

chaves! Mas depois de entrar… espetacular…

Dos melhores refúgios de montanha que já

estive. Todo bem equipado! Casas de banho,

cozinha, sala de material, sala de estar e sala de

dormir com camaratas… Muito bom. E estava

decorado com fotos e mapas de atividades do

clube, desde os fundadores às vias de escalada

mais atuais, com mapas de todos os trilhos e

muitas descrições destes.

Saímos para apanhar os últimos raios de Sol

e depois fomos preparar o jantar, que recaiu

na mítica massa spaguetti com atum! Depois

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do jantar aproveitamos para ver um pouco as

estrelas, e acreditem, nunca vi uma imagem

assim do céu. É fantástica a nossa Via Láctea.

E são tantas as constelações que se identificam

aqui… Aproveitamos também para decidir qual

o plano para subirmos ao cume, pois tínhamos

duas hipóteses: subir de dia ou subir de noite.

Como não estava muito calor de dia e de noite

ainda não tínhamos luar, a opção recaiu em

manter o plano inicial e subir no dia seguinte

com saída de manhã cedo. Às 22 horas

estávamos a tentar dormir.

Dia 5/10 / 2012 – O dia mais alto!

São 6:30 da manhã e começam a tocar os

despertadores. Mas eu já tinha acordado há

muito tempo. Aliás, tenho a noção de que não

dormi. Reconheço que estava ansioso, sempre

com o percurso em marcha e com as possíveis

lacunas ou imprevistos na minha mente… e

se… e se… sempre a pensar nos e se… Toda

a planificação e tentativa de controlo do dia

que foram feitas e verificadas anteriormente

esfumam-se aqui. Para além disso, com a

ansiedade, o mínimo barulho é percecionado

na minha cabeça como um megafone. Para

mim foi um alívio o despertador ter tocado.

Agora não podíamos perder tempo, o plano

era sair às 7:00. A água já aquecia para

café e chá e estava na altura de fazermos

as mochilas. Tínhamos de ter mochilas leves

e ao mesmo tempo ter água e alimentos

para todo o dia. Pelas minhas contas só às

17 horas estaríamos com acesso a comida.

Saí do refúgio para testar o tempo: noite

cerrada e fria mas limpa, céu estrelado e boa

Inicio da subida nos Huevos Del Teide e com o Oceano no fundo

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visibilidade sob luar.

Saímos do refúgio já atrasados (7:25 horas)

e como ainda era bem noite, e para não

atrasarmos ainda mais, decidimos fazer

a aproximação até à base do teleférico

caminhando por estrada. Pelo caminho, ainda

noite, era possível adivinhar alguns pontos de

luz no cume ou perto dele, provavelmente

de gente que optou por dormir no refúgio

Altavista e foi de madrugada ao cume. Com o

nascer do Sol, começou-se a definir a silhueta

do Teide até se tornar numa imagem definida

e imponente. Chegamos à base do Teide

(2250 metros), onde um nosso elemento

decidiu ficar e não forçar a lesão no joelho,

fazendo parte da subida por teleférico.

Continuamos a marcha e chegamos ao início

da subida às 9:00, a hora prevista. Aqui é

aquele momento onde a dúvida surge a

muita gente e muitos pensam: será que vou

conseguir, onde se sente um vazio de forças

e parece novamente que toda a preparação,

neste caso física, não serviu para nada. É o

ponto de vamos ou não? Mas isto só surge

porque estamos parados. Mal começamos a

andar, ou não tivéssemos parado, a dúvida

dissipa-se.

No início deste percurso, trilho 7 e depois

10 da carta do parque – Montaña Blanca

- Pico del Teide via Telesforo Bravo – existe

uma placa descritiva da subida e é fácil

definir uma estratégia em relação ao que

teremos pela frente. Começamos aos 2399

metros de altitude e acabamos aos 3718

metros, no Pico do Teide. Decidimos dividir

esta ascensão em 4 partes: 1.ª até ao fim da

Montaña Blanca; 2.ª até ao refúgio Altavista;

3.ª até à La Rambleta e 4.ª Telesforo Bravo

até cume do Teide.

Na primeira parte o trilho é largo e de pedra

batida (pedra pome), vê-se bastante gente

a circular, principalmente famílias, tem uma

extensão aproximada de 5,200 metros e

uma pendente máxima de 12%. Esta subida,

digamos de preparação ou aclimação permite-

nos uma vista muita boa sobre as florestas e

costa nordeste de Tenerife e sobre o enorme

complexo de telescópios existentes em Tenerife,

compondo este o maior centro de estudo

astronómico da Europa. Passa-se também pelas

formações designadas de Huevos del Teide,

estruturas rochosas de origem vulcânica com

formas ovais e que provavelmente constituíram

matéria piroclástica. Durante esta fase da

subida vão-se formando pequenos grupos com

andamentos diferentes, pois convêm cada qual

ir sempre ao seu ritmo, sendo algo normal

numa subida de montanha.

A segunda fase da subida caracteriza-se

por ser entre correntes de lava, acentuada e

constante de 2 800 metros de extensão com

uma pendente média a rondar os 25 %, com

o caminho feito em pedra pome, a maioria

solta sob forma de cascalho. Aqui surge o início

da parte mais dura do percurso com o trilho a

ser feito em constantes “S”, para contornar o

declive, e sempre com o Sol já bem presente

e sem qualquer tipo de sombra. Aqui o olhar

centra-se sempre no passo a passo, pelo

traiçoeiro do caminho e para não desmotivar

olhando para cima e ver o quanto sobe.

Volta o meia olhamos para baixo à procura

dos restantes companheiros, recuperamos o

folego, tiramos uma fotografia e vimos o que já

subimos. Olhando ao nosso redor é visível uma

grande camada de nuvens nas Cañadas que

não consegue vencer a altitude da montanha e

vê-se ao longe a Grande Canária. A meio desta

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subida há uma pequena zona plana cheia de

rochas enormes que deslizaram das correntes

de lava. Esta zona, conhecida como Estancia

de los Ingleses, devido ao fato de as grandes

expedições internacionais pararem aqui para

descansarem, foi também aproveitada por nós

para almoçar, pois ainda havia uma pequena

sombra devido ao fato de serem 11 horas.

Ao meio dia tínhamos chegado ao refúgio

Altavista, 3260 metros, construído em 1893

e entretanto remodelado. Perante a escassez

de dormidas na montanha, este é o refúgio

onde normalmente todos os montanheiros

ficam, pela proximidade do cume e pelo

excelente visão que permite sobre o céu

estrelado, sendo também muito requisitado

por astrónomos por permitir uma experiência

única de observação estrelar. Contudo, pela

escassez do número de vagas não foi possível

ficar aqui. A vantagem de não ficar aqui

foi que não nos temos de sujeitar a dormir

em altitude, não nos sujeitando a todos os

sintomas que isso possa acarretar como as

cefaleias, vómitos e fadiga. Tivemos, contudo,

a sorte de o refúgio estar aberto na altura da

nossa passagem e assim foi possível beber

uma bebida fresca e descansar um pouco

com vista sobre as Cañadas e Gran Canária.

Nesta fase da subida é raro encontrar alguém,

contudo tivemos o prazer de passarmos por

um corredor de trail running a descer esta

parte em corrida. Fantástico. Para os amantes

deste desporto no final de Outubro decorreu

a utramaratona Bluetrail em Tenerife com

A descansar da dureza da subida com vista para as Canadas del Teide e Gran Canária

Próximo da Rambleta com vista para o cume do Teide Descida do cume

A Vento Norte no cume do Teide

Page 46: Revista Passear Versão Gratuita Nº26

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passagem pelo Teide!

A terceira fase tem a extensão de 2 Km e

com um declive de 300 metros sendo a

subida muita agreste, ainda com pendentes

mais acentuadas e com a agravante de maior

altitude, calor e consequente fadiga. Este

penoso trilho é feito sobre lavas negras,

procedentes da última erupção medieval,

em 1798, e sem ser visível qualquer tipo de

vegetação. O trilho continua a ser feito em

curvas constantes devido ao declive e na parte

final do trilho vê-se o cone do vulcão, sendo

que neste local começamos a sentir os fortes

odores a enxofre. Cada vez as vistas são mais

fantásticas e na parte final do trilho começa-

se a ver muita gente devido ao teleférico.

Pela sua preparação, são claramente turistas,

e não estavam preparados para a montanha.

Existe a viragem opcional para o miradouro

La Fortaleza mas virando à esquerda o trilho

continua até se chegar à La Rambleta, ponto

de agrupamento de todos os elementos, que

se deu por volta das 13:30. Este ano não houve

gelo nem neve, mas numa outra passagem

por aqui em Junho de 2011 tinha bastante

neve e gelo nesta ultima parte do percurso.

Como esta zona é muito frequentada por

turistas as condições de segurança são

maiores aqui.

Neste local pode-se tomar duas opções:

descer à base ou subir ao cume. Não é

permitida a pernoita fora dos abrigos ou

circulação noturna em toda a área do

parque. E de dia apenas se pode andar nos

trilhos oficiais. A descida pode ser feita pelo

mesmo caminho da subida, pelo caminho

que passa pelo Pico Viejo ou de teleférico. A

subida ao cume é interdita e apenas pode ser

feita mediante autorização prévia concedida

pelo Parque Nacional mediante identificação

pessoal. A autorização deve ser pedida via

internet várias semanas antes, pois as vagas

são muito limitadas, apenas 20 pessoas por

cada 2 horas, desde as 9 até às 17 horas.

Um conselho: os guardas no início do trilho

(e estão sempre lá) não deixam mesmo passar

que não tiver os papéis da autorização ou não

coincidir a identificação, e não há volta a dar. É

muito frustrante um montanhista subir até ali

e por nem 200 metros não ir ao cume. Tratem

disso antes de mais nada e caso não consigam

a alternativa é subir durante o nascer do sol

(antes das 9). Esta proibição deve-se ao grande

impacto que o turismo provoca no cume

e por razões de segurança. Na zona de La

Rambleta são imensos os turistas que chegam

de teleférico, tiram a fotografia e voltam a

descer. Por dia podem ser milhares. O cume

é frágil e quando foi concedido o título de

Património Natural da Humanidade atribuído

pela Unesco foi também com o intuito de

proteção e passou-se a limitar a subida só

mesmo a quem está interessado. Recordamos

que em 2010, o Parque Nacional del Teide foi

o Parque Nacional mais visitado da Europa e o

segundo no mundo.

Depois de termos parado aqui para recuperar

forças o mais difícil foi termos arrancado

novamente. Neste ponto é preciso muito

incentivo e motivação coletiva para vencer

a última barreira. Após o guarda confirmar

as nossas autorizações e identificação, lá

partimos para a última subida. O caminho é

sobre rocha de correntes de lava compacta

que desceram do cume, tem extensão de 1

Km e desnível vertical de cerca de 180 metros,

designa-se de Telesforo Bravo (n.º 10 da rede

de trilhos) em homenagem ao geólogo local

Page 47: Revista Passear Versão Gratuita Nº26

47

que apresentou a teoria de formação da ilha

e das Cañadas del Teide. Esta subida é ainda

mais penosa, e na parte final além do calor,

temos a elevada quantidade de enxofre e as

altas temperaturas dos vapores que saem

do solo, designando-se este fenómeno de

Fumarolas do Teide. Durante a subida, são

visíveis muitos lagartos e sardões mas a

vegetação rareia.

No cume, onde o caminho chega pelo

lado oriental, é bem visível a depressão da

cratera, de tons brancos e com manchas

amarelas do enxofre. Nota-se bem uma

rocha mais elevada em relação às restantes,

e ali sobre ela, às 15 horas estamos aos 3718

metros de altitude, ponto mais alto de todo

o território espanhol e ponto mais alto de

todas as ilhas atlânticas. Ali, e como o céu

estava limpo, via-se com clareza várias ilhas

do arquipélago canário.

Tiradas as fotografias da praxe no cume

e com um enorme sorriso e sensação de

missão cumprida, era altura de voltar até

porque se sente muito o efeito do enxofre

e são frequentes as sensações de mau

estar. Primeiro voltamos até à La Rambleta,

e depois descemos de teleférico até à base

do Teide. Uma descida num cubículo com

cerca de 30 pessoas, um desnível de 1195

metros verticais em menos de 8 minutos.

Uma experiencia recomendável. Na base

aproveitamos para recuperar forças e comer

algo num café antes de seguirmos o caminho

até ao refúgio.

De regresso ao refúgio optamos pelo trilho

Májua (trilho 19), com quase 4 Km até ao

El Parador, que passa ao lado de uma zona

com muita pedra pome e depois ao lado de

uma corrente de lava, sendo um caminho

muito arenoso e nada agradável. Contudo

na zona envolvente existe muita vegetação,

principalmente hierba pajonera, e na altura

da Primavera e Verão é uma zona com muitas

abelhas que frequentemente picam quem lá

passa.

Chegamos ao refúgio a tempo de ver o pôr-do-

sol e descansar no alpendre ainda quente. A

refeição desta vez recaiu sobre um maravilhoso

spaguetti com carne e apesar da muita vontade

em nos divertirmos para comemorar o cume, o

cansaço cedo venceu-nos. Apenas voltamos a

maravilhar-nos mais um pouco com as estrelas

de Tenerife e fomos dormir.

Dia 6 / 10 / 2012 – Hoje somos turistas!

No dia anterior, como prémio de termos

alcançado o nosso objetivo, decidimos que

neste dia poderíamos dormir até mais tarde…

até às 9:00 horas. Contudo, habituado a

madrugar e incentivado pelos intensos raios de

luz o meu corpo despertou muito mais cedo. E

não foi o primeiro! Desde cedo que ouvi vozes

do exterior… o mais estranho é que eram em

espanhol… Raciocinava ainda no quentinho

do saco-cama: “Mas porque carga de água

haveriam os meus companheiros de falarem,

entre eles, espanhol?!? Ainda por cima de

manhã!” Levantei-me para o pequeno-almoço

e saí do refúgio: tínhamos uma visita. Chamava-

se Alberto, pertencia ao Grupo Montañero de

Tenerife e chegou noite dentro. Tinha dormido

num apêndice do refúgio (que nem sabia que

existia), reservado aos elementos do clube.

Estava à espera que alguém acordasse no

refúgio para aquecer água e preparar-se para

fazer uma marcha. Prontamente o convidamos

a entrar e a tomar o pequeno-almoço connosco.

O Alberto é um montanhista puro! Nos últimos

Page 48: Revista Passear Versão Gratuita Nº26

48

3 fins-de-semana tinha subido ao cume 2

vezes e tinha por objetivo subir novamente

durante esta noite! Seria a terceira vez neste

mês. Era fanático também por escalada,

como comprovava o quadro na parede em

que referia os 3 elementos que abriram a

via Edmundo Herrero ali bem perto. Neste

dia Alberto tinha como objetivo subir à

Montaña Guajará durante a manhã e à

noite/madrugada subir ao cume do Teide,

via Pico Viejo. A presença do Alberto foi

muito agradável porque tem muitas histórias

e experiências de montanha e conseguimos

falar com alguém que “vive” no Teide acerca

dos nossos planos e constatar se fizemos

corretamente, saber que aventuras ficaram

por fazer, conhecer um pouco mais o clube

deles e suas atividades e, essencialmente,

obter uma visão critica acerca da organização

e funcionamento do Parque Nacional do Teide,

principalmente nas potencialidades naturais,

limitações impostas aos amantes da natureza

e o impacto desmesurado que o fácil acesso

dos turistas provoca no meio natural. Lembro-

me muitas vezes de nos questionar: Quantas

montanhas conheces em que num dia de

marcha começas ao nível do mar e acabas

quase aos 4000 metros? Para ele, tal como para

nós, a montanha é dos montanhistas.

Com pequeno-almoço tomado saímos por

voltas das 10 horas do refúgio para a última

caminhada da atividade, o trilho Roques del

Garcia (trilho 3 do Parque Nacional). Situado a

cerca de 1,5 km da nossa base, este é o trilho

mais turístico e requisitado do Parque Nacional,

devido à sua localização na base do vulcão e

proximidade de estrada, à sua curta extensão

e trajeto circular e, essencialmente, devido à

grande e singular beleza que as rochas que

se encontram no trilho apresentam, que, no

enquadramento com o vulcão Teide, formam

uma das paisagens mais fotogénicas de toda a

ilha, digna de postal.

Com inicio e fim junto ao mirador de La Ruleta,

este trilho tem a extensão aproximada de 3,5

Km, sendo percorrido em aproximadamente 1

hora e meia (foram tantas as fotografias que no

final o tempo de marcha e tempo de fotografia

é quase igual!!) e o seu grau de dificuldade é

fácil (apenas com subida na parte final). Para

compor a paisagem, fomos acompanhados

em grande parte do percurso por um falcão,

sempre à procura das suas presas.

Los Roques são enormes formações rochosas

com características e formas muito peculiares,

que dividem ao meio a grande caldeira de Las

Cañadas, sendo constituídos pelo acumular

Foto de Grupo com Roque Cinchado e Teide

Panorámica com Roque Cinchado com vulcão como pano de fundo

Page 49: Revista Passear Versão Gratuita Nº26

49

e deslizar de diversos materiais vulcânicos

que foram sujeitos a grande erosão e pelo

alinhamento e formações em agulha por falhas

no solo. Entre os mais conhecidos estão o Roque

Cinchado, El Torrotito, El Burro, Roques Blancos

e La Catedral.

No final, regressamos ao refúgio para a última

refeição, para arrumar as mochilas e o refúgio,

pois iria outro grupo para lá no dia seguinte e

queríamos que a caução fosse devolvida por

inteiro! Para facilitar a vida a todos, entregamos

a chave do refúgio ao Alberto (que já tinha

descido de Guajará) em conjunto com uma

t-shirt da Vento Norte com dedicatória de

agradecimento e como tínhamos que esperar

até às 16 horas pelo autocarro da TITSA de

regresso a Los Cristianos aproveitamos para

beber a última caña com vista para o vulcão

do Teide! Eu aproveitei ainda para tratar das

recordações da viagem. Sendo o artesanato

muito caro e maioria de gosto duvidável, que

melhor recordação poderemos ter que pedras

de origem vulcânica? São tantos os tipos, as

formas e as cores… é só escolher… Para já ainda

não passam de calhaus mas em breve vou tratar

de identificar e classificar e já passarei a ter uma

coleção de rochas. Mas não exagerem… Há

controlo de peso das malas no aeroporto!

Sem contarmos, ainda tivemos outra aventura

antes de chegarmos à praia! A descida de

autocarro desde os 2000 metros até ao nível do

mar em 45 minutos já implica algum respeito,

mas fazê-lo naquela estrada estreita e com

ravinas, cheia de curvas e contracurvas, com o

autocarro no meio da estrada e motorista sempre

com o pé no acelerador e em alta rotação é algo

digno de registo. Um conselho: levem máquina

de filmar e sacos para o vómito (se não levarem

o motorista está bem prevenido).

No último dia aproveitamos para conhecer a

faceta mais conhecida de Tenerife… as suas

praias, com água quente e límpida. Também

vale a pena. Ao contrário do Teide, não é

algo único que por si só seja motivo de visita

à ilha mas vale a pena. O ideal é, sem dúvida,

enquadrar os dois.

Por fim apenas mais um conselho… na

viagem de regresso de avião, se ocorrer com

o pôr-do-sol, sentem-se do lado esquerdo…

o enquadramento pôr-do-sol com vulcão

Teide dá uma excelente última imagem da

ilha!Vento Norte – Associação de Defesa do Ambiente e

Ocupação dos Tempos Livres, principalmente através da

prática sustentável de desporto de ar livre e sempre com

componente de educação ambiental presente, sendo

uma associação de não-governamental e sem fins

lucrativos. Sediada em Vila Nova de Famalicão, a Vento

Norte foi fundada em 1996, tem inscritos cerca de 400

sócios e atualmente possui 5 departamentos: defesa

do ambiente e educação ambiental, montanhismo e

pedestrianismo, canoagem, cultural e fotografia e BTT

e cicloturismo.

As novidades podem ser consultadas em www.

ventonorte.com e dúvidas e sugestões em geral@

ventonorte.com

Mapa de Roques del Garcia

Page 50: Revista Passear Versão Gratuita Nº26

60

equipamento

Aparelho de GPS ou Smartphone?SÃO CADA VEZ MAIS AS ATIVIDADES LIGADAS AO TURISMO DE NATUREZA A SEREM DESENVOLVIDAS EM PORTUGAL. A COMPROVÁ-LO ESTÁ O CRESCENTE NÚMERO DE PESSOAS QUE COM FREQUÊNCIA PRETENDEM ESCAPAR DAS ROTINAS DE UM QUOTIDIANO URBANO E PASSEIAM POR LOCAIS DE MENOR DENSIDADE POPULACIONAL COM UMA GRANDE ENVOLVENTE CÉNICA NATURAL. SERRAS, CAMPO, LEZÍRIAS, RIAS E RIOS, PRAIAS FLUVIAIS E ARRIBAS OCEÂNICAS, PARQUES NATURAIS E ALDEIAS HISTÓRICAS SÃO OS PREFERIDOS PARA UM MAIOR CONTACTO COM A NATUREZA E A FUGA DA POLUIÇÃO SONORA E ATMOSFÉRICA DAS CIDADES.

Page 51: Revista Passear Versão Gratuita Nº26

61As caminhadas em percursos mais ou menos

identificados, os passeios em bicicleta em

modo desportivo ou em passeio turístico e até

o geocaching estão ao alcance de qualquer

pessoa com gosto pela georreferenciação e

exploração de novos caminhos, mesmo que não

possua um aparelho de GPS.

Com a propagação das novas tecnologias, a

generalidade das pessoas tem no seu bolso,

muitas vezes sem o saber, um potentíssimo

instrumento de navegação: o GPS do seu

telemóvel de nova geração.

Os smartphones têm hoje diversas capacidades

que permitem preparar desde uma pequena

caminhada até à orientação numa longa viagem

de bicicleta, em qualquer parte do globo

terrestre. Com acesso à internet é ainda possível

aceder nestes aparelhos a mapas e imagens de

satélite recentes e detalhados, roteiros turísticos

e até realidade aumentada.

Diversas aplicações para smartphone

transformam o seu telemóvel num potente

aparelho de georreferenciação GPS. Através

da internet e do Google Earth, conseguimos

aceder ou criar trilhos de navegação que

podem ser exportados para o telemóvel

e que com o auxílio dos sistemas de

navegação por satélite guiam o viajante

pelos trilhos desejados, sem que este se

perca ou necessite de qualquer sinalética no

terreno.

Cientes de que muitas pessoas não possuem

os conhecimentos suficientes para utilizar o

smartphone como GPS, surgiu agora um

curso que ensina os amantes do turismo

de natureza a retirarem o maior proveito

da tecnologia que trazem no bolso. A

Cenas a Pedal (loja de bicicleta urbanas)

Page 52: Revista Passear Versão Gratuita Nº26

62

vai realizar nas suas instalações de Lisboa

o primeiro curso de georreferenciação GPS

para smartphone.

Neste curso, que decorrerá em duas sessões

a 10 e a 12 de Julho em horário pós-laboral,

iremos ensinar-lhe a trabalhar com aplicativos

de mapas, imagens de satélite e de GPS

para smartphone. Depois de um introdução

aos sistemas de navegação global por satélite

aprenderá a criar tracks no Google Earth e a

pesquisá-los na internet, a perceber o que são

altimetrias e inclinações e ainda haverá tempo

para um mini passeio pedestre guiado pelo seu

smartphone.

SE TEM UM SMARTPHONE COM GPS E QUER UTILIZÁ-LO NOS SEUS PASSEIOS A

PÉ OU EM BICICLETA, NÃO PERCA ESTE CURSO. MIAS INFORMAÇÃO NA PÁGINA

DA CENAS A PEDAL EM:http://www.cenasapedal.com/escola/mais-cursos-e-workshops/georreferenciacao-gps-c-smartphones/

Page 53: Revista Passear Versão Gratuita Nº26

www.lobodomar.net

VISITE-NOSem

siga

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do

ma

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Page 54: Revista Passear Versão Gratuita Nº26

TAVERNA “OS TEMPLÁRIOS”

Informação de contactoA Taverna “Os Templários” está aberta até à meia-noite ou mais, uma coisa rara no Alentejo e, em particular, em Monsaraz.

Coordenadas:Rua Direita, 72 / 7200-175 Monsaraz

{

9

onde

com

er

EM PLENA VILA DE MONSARAZ (ALENTEJO)

NASCEU UM NOVO RESTAURANTE, TAVERNA

“OS TEMPLÁRIOS”.

COM UMA VISTA ESPETACULAR SOBRE

O ALQUEVA, O RESTAURANTE POSSUI

UMA EMENTA VARIADA E COM ALGUMAS

INOVAÇÕES (NÃO SE FICA PELOS

TRADICIONAIS PRATOS ALENTEJANOS). A

GARRAFEIRA É COMPLETA E COM VINHOS

PARA TODOS OS GOSTOS E PREÇOS.

A MINHA REFEIÇÃO FOI MUITO AGRADÁVEL

E NÃO ULTRAPASSOU OS 15,00 EUROS.

ENTRADA DE PÃO COM AZEITONAS

VINHO REGIONAL TINTO A COPO

CHAMBÃO (CARNE DA PERNA DA VITELA)

À CHEFE COM ARROZ DE PASSAS E BATATA

ASSADA COM MOLHO DE ALLIOLI. A CARNE É

CONFECIONADA EM TACHO DE BARRO E COM

VINHO.

PARA SOBREMESA, O FAMOSO BOLO

RANÇOSO. UMA DELÍCIA!

Onde Comer}

64

Page 55: Revista Passear Versão Gratuita Nº26

} VILLA DAS ROSAS

Informação de [email protected].: 258 741 672

{

9

onde

dor

mir

UM VERDADEIRO PARAÍSO EM PLENO CENTRO

HISTÓRICO DE SINTRA

PARA OS AMANTES DA CULTURAL E DA NATUREZA, A

VILLA DAS ROSAS E A SUA ENVOLVENTE CONSTITUEM

UM VERDADEIRO PARAÍSO. LOCALIZADA MUITO

PRÓXIMA DO CENTRO HISTÓRICO DE SINTRA, A VILLA

DAS ROSAS, CONSTRUÍDA NOS FINAIS DO SÉC. XIX, FOI

RENOVADA E RESTAURADA RECENTEMENTE, PARA

TURISMO DE HABITAÇÃO. OS SEUS PROPRIETÁRIOS

MARIA DO MAR E FILIPE MOUTA LIZ FORAM EXÍMIOS EM

PRESERVAR O PATRIMÓNIO EXISTENTE, OS AZULEJOS

E AS TALHAS, MANTENDO O ESPÍRITO DA ÉPOCA

ROMÂNTICA, E AO MESMO TEMPO GARANTINDO

O CONFORTO E O BEM-ESTAR DE TODOS QUE A

VISITAM. A QUINTA FOI TOTALMENTE RECUPERADA,

MANTENDO O AMBIENTE E A DELICADEZA DA TRAÇA

ORIGINAL NO INTERIOR DA CASA, NO JARDIM E NOS

RECANTOS EXTERIORES. NA VILLA DAS ROSAS TODOS

OS PORMENORES SÃO CUIDADOS PARA CRIAR UMA

HARMONIA ENTRE LAZER E CONFORTO E ASSEGURAR

A PRIVACIDADE AOS HÓSPEDES. DISPÕE DE 6

QUARTOS ESPAÇOSOS E LUMINOSOS, COM PREÇOS A

PARTIR DE 110 EUROS/NOITE, COM UMA DECORAÇÃO

ATUAL E CONFORTÁVEL, ESTA CASA ACOLHEDORA,

COMBINA A SOBRIEDADE DAS ANTIGUIDADES COM

A CRIATIVIDADE E BELEZA DOS ESPAÇOS. A VILLA

DAS ROSAS É O LOCAL IDEAL PARA DESFRUTAR

DA VILA DE SINTRA, CLASSIFICADA PELA UNESCO

COMO PATRIMÓNIO MUNDIAL E DE TODA A SUA

EXUBERÂNCIA NATURAL E MONUMENTAL, E PARA

DESCOBRIR A REGIÃO DE LISBOA E VALE DO TEJO.

65

}Onde Dormir

Page 56: Revista Passear Versão Gratuita Nº26

número de leitores

Nº. 25 7305

edição digital

gratuita

passearsente a natureza

byNº.5 . Ano I . 2011

PRS3CASTELO

DOS MOUROS

Crónica de ViagensEstrada

da Morte

DestinoPonte de Lima

edição digital

gratuita

passearsente a natureza

byNº.7 . Ano I . 2011

De MÉRTOLA por lugares adormecidos

Crónica de Viagens

Bolívia II

OpiniãoGerês, o PNPG e o seu potencial

DESTINOAllariz,

no coração da Galiza

edição digital

gratuita

passearsente a natureza

byNº.8 . Ano I . 2011

ORVALHO Passeio numa aldeia beirã

À descoberta dos castelos

de Monsaraz e Mourão

Ecovia1De Lisboa a Badajoz

ContactoSpecialized CrossTrail

CanoagemDouro Internacional

ReportagemII Ultra-rota dos Templários

passearsente a natureza

byNº.9 . Ano I . 2011

Évora e Montemor-o-Novo MonuMentos GRANDIOSOS

CaminhadaNas margens do rio Lizandro

Crónicas do GerêsO trilho de Carris

ContatoGARMIN Montana 650T

100% recomendado

passearsente a natureza

byNº.10 . Ano I . 2012

Ericeira – S. Lourenço – EriceiraUma CAMINHADA de contrastes

Destino

Cidades e vilas medievais Crónicas do Gerês

Leitura deturpada da Portaria

Ecovia Lisboa a BadajozAS VIVÊNCIAS DE FRANCISCO MORAIS

Ligação Angola a MoçambiqueA aventura em BTT de PEDRO FONTES

edição digital

passearsente a natureza

byNº.11 . Ano I . 2012

Castelos de Portugal

Alcácer e Viana do Alentejo

CaminhadaTrilho da Mesa

dos 4 Abades

Passeio Parque da Espanha Industrial

KayakVolta Ibérica

Ecovia 2Reconhecimento na Serra de Sintra

edição digital

passearsente a natureza

byNº.17 . Ano II . 2012 . PVP: 2 € (IVA incluído)

Rota dos Moinhos

CrónicaRuta de los Túneles

EquipamentoMochila Deuter Futura 28

Washington SummitBobble, a garrafa

edição digital

DestinosParque das NecessidadesMata Bom Jesus do Monte

Nº. 2 5425 Nº. 3 8719 Nº. 4 6941 Nº. 5 10226 Nº. 6 10214

Nº. 7 6899 Nº. 8 12622 Nº. 9 11188 Nº. 10 13851 Nº 11 7291

Nº.12 7394 Nº. 13 10066 Nº. 17 9030 Nº. 18 8562 Nº. 19 10384

Nº. 20 8117 Nº. 21 9368 Nº. 22 7331 Nº. 23 5879

passearsente a natureza

byNº. 24 . Ano III . 2013 . PVP: 2 € (IVA incluído)

CaminhadaPiódão - Foz d´Égua - Piódão

De Óbidos a Torres Vedras

EQUIPAMENTOS• BINÓCULOSSTEINER• NOVOSMODELOSGARMIN

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Caminho Português Interior de Santiago

(1ª Parte)PR6 VLR Rota das Conheiras

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Nº. 24 8236

Page 57: Revista Passear Versão Gratuita Nº26

número de leitores

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