Revista Pejotação_Ed.01

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Publicação Trimestral da Pastoral da Juventude do Regional Sul 1 (Estado de São Paulo)

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Quem faz a Pejotação

Direção: Coordenação Regional da Pastoral da Juventude (CRPJ) e Comissão Regional de Assessores (CRA) do Regional Sul 1

Reportagens: Grupos de Trabalho (GTs) A Juventude Quer Viver; Ajuri, Caminhos da Esperança; Mística e Construção; Tecendo Relações e Teias da Comunicação

Representantes dos GTs: Aline Alcaraz (A Juventude Quer Vi-

ver); Denise Lima(Ajuri), Ir. Flávio Lima (Caminhos da Esperan-ça); Elaine Lima (Mística e Construção) e Marco Júnior (Teias da Comunicação)

Redação virtual: Tiago Motta, Lívia Lima da Silva, Fernando Diegues e Lucas Araújo

Contato: www.pjsul1.org

Pejotação é uma publicação trimestral da PJ do Regional Sul 1

É com grande prazer e satisfação que concretiza-mos este sonho e apresentamos aos/às pejoteiros/as do Regional Sul 1 a primeira edição da Pejotação, um espaço de comunicação e partilha dos trabalhos da Pastoral da Juventude (PJ) em nosso Regional. A ideia surgiu da Coordenação Regional da PJ (CRPJ), junto com a Comissão Regional de Assessores/as (CRA), que no intuito de desenvolverem um projeto de animação pastoral que alcançasse e cativasse os/as jovens paulistas, dos grupos de base às equi-pes de coordenação, aproveitam a celebração dos 40 anos de história da PJ e lançam esta publicação! A revista é também um espaço de visibilidade para os Projetos Nacionais da PJ, que são organizados no regional em grupos de lideranças. São estes/as jovens que articulam a construção das matérias da Pejotação. Temos no Regional Sul1 jovens pensan-do e refletindo os seis Projetos Nacionais. São eles:

Caminhos de Esperança: Potencializar as ini-ciativas de formação de coordenadores/as, lide-ranças e assessores/as, tendo em vista a opção da PJ de trabalhar com a formação integral. Mística e Construção: Alimentar os grupos de jovens com os elementos da espiritualidade e do seguimento a Jesus Cristo. Uma espiritualidade li-bertadora que fortalece a identidade da PJ. A Juventude quer viver: Posicionar-se publica-mente sobre temas que afetam diretamente a vida da juventude, como também potencializar a partici-pação e intervenção política buscando mobilizar a juventude pela garantia dos seus direitos. Teias da Comunicação: Favorecer a articulação e fortalecimento das redes de comunicação da PJ de forma criativa, inovadora e democrática. Ajuri: conhecer, respeitar e defender a realidade social e cultural dos povos tradicionais, garantindo a dignidade e a vida destas comunidades. Tecendo Relações: colaborar na construção da identidade de jovens que desejam aprofundar as temáticas da sexualidade, afetividade, diversidade e corporeidade.

Hoje a Pejotação é dividida em oito seções:

Entrevista: Um bate papo com uma personalida-de ligada à PJ. O Que é: Vamos “desvendar” expressões e sím-bolos que aparecem em nosso cotidiano pastoral. No Grupo: Traremos elementos que ajudarão na preparação de encontros, rodas de conversa, etc. Matéria da Capa: Uma matéria especial do que há no momento, assuntos ligados a temática juvenil. Dicas Culturais: Dicas para aprofundar temáticas com filmes, livros, lugares... Aqui se faz PJ: Nosso Estado é grande e diver-so! Vamos explorar os cantos onde a PJ acontece. Aconteceu: Vamos mostrar atividades da PJ deste nosso Regional. PJ é você quem faz: Espaço para os jovens mos-trarem sua cara e partilhar suas ações. Acreditamos estar diante de um instrumento que, além de contribuir para animação pastoral, estimu-lará e valorizará os Grupos de Jovens como luga-res de vida, privilegiados para a formação, vivência e experiência da fé. A Pejotação é uma revista virtual e trimestral. Ela traz nestas páginas o trabalho de pejoteiros/as com-prometidos/as com a causa da Juventude e sua evangelização. Ela retrata a força de um imenso sonho bom que, assim como esta revista, é fruto da construção coletiva. Compartilhamos este dom com você agora! A todos/as uma boa leitura!

Coordenação Regional da PJ e Comissão Regional de Assessores

Sonho feito por muitas mãos

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Papo da vez: Márcio Camacho

A espir i tual idade e a mís- ti-ca compõem uma das dimensões do processo integral de formação da Pastoral da Juventude. A espiritualidade é “o que nos alimenta e nos dá vida. É o sopro de Deus que age em nosso ser”. É o que anima para a defesa da vida. E a mística por sua vez, vem do grego “escondido”. Sim é algo que não se vê apesar de ser real. Ela é a “alma da espiritualidade”. A espiritualidade e a mística, como um verdadeiro caminho trilhado pela PJ ao longo de 40 anos de história no Regional Sul 1, é o que trataremos com o Márcio Camacho na primeira entrevista da PEJOTAÇÃO!

Por GT Mística e Construção

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Ao longo dos 40 anos da PJ no Regional Sul 1, a espiritualidade tem sido uma forma de resistência e também um jeito de reafirmar a identidade da PJ?

Percebo a espiritualidade “pejoteira” como um jeito jovem de viver a espiri-tualidade cristã, com as características, anseios, gritos, sofrimentos e sonhos próprios dos jovens. Espiritualidade cristã é experiência: seguir Jesus e vi-ver a vida “segundo o Espírito” dEle (o

Espírito Santo), ou seja, segundo o jeitão, as opções, e à maneira de Jesus de Nazaré. A vivencia dessa espiritualidade encarnada na vida da juventude sus-cita, naqueles que a experimentam, o compromisso com o projeto evangélico e humanista de “vida plena pra todos” (Jo 10,10). É, por isso, sim, uma espi-ritualidade da resistência frente aos desafios, que fortalece a convicção de que vale a pena lutar/viver por um mundo mais justo e solidário. Mas tudo vivido na alegria militante, não num sacrifício estéril, sem sentido, e nem de um ativismo com fim em si próprio, ou em nome de uma “moda militante”. Esse jeitão de viver a espiritualidade, de forma jovem e comprometida, não alienada nem alienante, a meu ver, marca a identidade da PJ. Não é uma outra espiritualidade: é a própria espiritualidade cristã, en-carnada/inculturada na realidade juvenil. Mas, é bom que se saiba: quando a nossa identidade é revelada, quando a gente mostra a cara, tem gente que “vai com a nossa cara”, e tem gente que não. É o preço que se paga por ser autêntico, o que não deve nos fazer presunçosos, nem arrogantes, mas seguros de ser o que se é.

É comum ouvirmos comentários do tipo “a PJ não reza, não tem espiritualidade”. Na sua opinião, qual a razão para esta falta de compreensão da maneira como a PJ vive esta dimensão?

A quem afirma que a PJ não tem espiritualidade, devemos perguntar, respeitosamente: o que é espiri-tualidade prá você? Se a resposta for “espiritualidade é o quanto se reza”, ou “momentos de espiritualida-de são momentos de forte emoção que nos levam a sentimentos religiosos”, ou coisa parecida, esta opinião/experiência merece nosso respeito, mas te-remos que reconhecer que a PJ não tem esse tipo de espiritualidade. Porque a espiritualidade cristã vivida por quem par-ticipa dos grupos da PJ pode ser compreendida como aquela experimentada nos momentos de oração pessoal, de oração comunitária (celebrações, ofícios

divino, etc.), nos retiros, romarias, cantos, dança, na reflexão a partir da Palavra de Deus, nas parti-lhas, mutirões, na indignação frente as injustiças, no exemplo deixado pelos mártires, na opção/ação junto aos excluídos, inspirada e temperada no exemplo e companhia de Maria, no afeto expressado entre os companheiros e companheiras, na alegria da vivência em grupo, nas brincadeiras... Assim, sem nenhuma presunção, nem pretensão de ser melhor que ninguém, creio que a PJ tem espiritu-alidade “a mais”, e não “de menos”. E isso não quer dizer que a oração não é importante. Pelo contrário: os momentos de oração pessoal e comunitária são momentos especiais de toda essa vivência espiritual... só não são o único, e nem medimos pela quantidade. De qualquer forma, vale a pena lembrar uma frase do D. Angélico Bernardino: “Quem não reza vira bicho”. Entendo que medir a espiritualidade pela quantidade de reza é reduzir a espiritualidade a uma expressão religiosa, a momentos, e não compreendê-la como uma experiência de vida. Não cabem aqui genera-lizações do tipo “a espiritualidade é a vida”, nem “a espiritualidade é a oração”. Mas é experiência, com momentos de oração e momentos de ação, momentos de reflexão e momentos de tomar atitudes, motivados pela mesma força mística do Evangelho, do Reino, do seguimento de Jesus, e da missão.

Como você entende a PJ como ação evan-gelizadora de Jovens? Quais os desafios dessa ação evangelizadora hoje?

Uma ação que procura, inspirada na convocação do Evangelho, lutar para que a juventude tenha vida, inspirada pelos valores do Reino e pela justiça. É uma ação evangelizadora naquilo que de mais explícito se pode pensar a respeito. Ainda que a forma e a expressão, o modo próprio de fazê-lo, incomode a alguns; ainda que não seja uma ação perfeita; que existam mil contradições; que se enfrente crises; ainda que “se pise na bola” muitas vezes; que não se esteja sozinho (graças a Deus) nessa tarefa, e justamente por isso tudo, é uma autentica ação evangelizadora. Também aqui há que se lembrar que tem gente que entende “ação evangelizadora” a partir de outros referenciais como, por exemplo, estilo “pregação”, ou “proselitismo” (ir buscar gente pra aderir à religião para aumentar o numero de adeptos), ou estilo mais moralista ou moralizante, buscando uma “purificação” dos jovens... enfim, sem querer desqualificar qualquer outro entendimento sobre “evangelização”, o fato é que fica difícil desqualificar a ação evangelizadora da PJ, taxando-a de ideológica, ou política (como se política fosse coisa errada quando se trata de viver a

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fé). Ora, a busca pela vida plena, e pelo bem comum (sentido mais básico de fazer política) está no cerne de toda missão profética e evangelizadora. Desafios? Muitos... de ser uma ação cada vez mais inculturada na realidade juvenil, de muitas vezes não contar com apoio institucional (da Igreja, dos párocos, dos bispos), de lidar com nossas fra-gilidades humanas, de não compreender os sinais dos tempos, de ir constantemente ao encontro do sofrimento de tantos irmãos injustiçados (o que causa sofrimento, mas também alegria), de não se acomodar, de não se deixar levar por modismos, de não fraquejar diante das dificuldades, de não perder a fé, de não se tornar “uns chatos”, e ao mesmo tempo, não abrir mão das convicções evangélicas; de não se sentir superior ou presunçoso, de saber somar respeitando as diferenças, de compreender quais as prioridades, de não ser autoritário, de ter que lutar contra a corrente quase o tempo todo, de nunca perder a esperança, e ao mesmo tempo ter sensibilidade de saber a “hora de parar” (“sob o céu há tempo pra tudo..”, como diz o Eclesiastes), de... quantos desafios ainda cabem nesse papel? Mas, desafios são exatamente a matéria prima que im-pulsiona toda missão libertadora. Se vale uma dica, sugiro: menos reuniões, menos ativismo, mais momentos de comunhão, partilha, amizade, festa, oração, convivência e tolerância com o estilo que cada um molda para fazer sua experiência e, assim, acumulando energia para os momentos de luta. O excesso de reuniões e ativi-dades “preparatórias” pode ser sinal de que nossa metodologia está equivocada e pode levar, inclusive, a uma ineficácia e imobilidade.

Como viver uma espiritualidade libertadora e encarnada, voltada pra defesa da vida, no atual contexto em que o individualismo e consumismo são marcas predominantes na nossa sociedade?

A pergunta já contém a resposta: Como viver isso? Vivendo!!! Testemunhando que é possível, encan-tados e, ao mesmo tempo, encantando com esse modo de viver um “outro mundo possível”, com pro-fundidade e leveza. Além do individualismo e do consumismo, e também por causa desses e de outros fatores, hoje estamos vivendo um momento de grande intolerância com as diferenças, de moralismo exacerbado (não caridoso, mas excludente), de uma retomada de certos valores conservadores, cheios de violência simbólica, exco-munhões, de negação de direitos já conquistados, e bloqueio no acesso a novos direitos, ou aqueles ainda não conquistados... O Evangelho da Vida continua

a nos interpelar a construir relações de tolerância, de respeito. Ser, assim, sinal de contradição, defen-dendo a vida plena, autônoma, livre das amarras e das misérias. Que os tantos desafios a enfrentar e lutas prá encarar não nos impeçam de repetir e experimentar aquela mensagem do poeta: a vida “é bonita, é bonita e é bonita”. Sem medo de ser feliz!

Estamos às vésperas dos 40 anos da PJ no regional e tendo você participado ati-vamente da PJ nos anos 90 conte-nos um pouco desta história!

Márcio foi da Coordenação Nacional da PJ en-tre 94 e 98, por São Paulo.É autor de “Canta Latino América Jovem” (http://is.gd/hPTnh7). Atua no Instituto Paulista de Juventude - IPJ.Divulgação

Algo que marcou a espiritualidade da PJ naquela época foram as primeiras romarias da juventude. Houve alguma resistência, inclusive por membros da coordenação do regional, de realizar um evento como esse, de massa. Mas se tornou o ponto alto anual da espiritualidade no regional. O deslocamento da moçada de todo o estado para se encontrar “na casa da Mãe”, com todas as dificuldades logísticas e de organização/comunicação (na época não con-távamos com a internet) que enfrentávamos, era, no final, um momento de profunda espiritualidade. As duas primeiras romarias, das quais lembro mais efetivamente, foram muito especiais, de grande emoção, caminhadas pela madrugada, levando luzes e cantando... Lembro ainda do momento final da pri-meira romaria: com fios de lã coloridos sobrevoando as cabeças, formamos uma gigante rede, simboli-zando nossa comunhão. Depois a depositamos aos pés de Nossa Senhora, para que ela seguisse com a gente na jornada. Em algumas edições houve tam-bém um momento de vigília na madrugada, dentro da Basílica Nacional... momentos de oração muito profundos, inesquecíveis. Outra marca da espiritualidade dos anos 90 foi a redescoberta da Ofício Divino das Comunidades (ainda não tínhamos o ofício da juventude), e os retiros à moda da leitura orante da Bíblia. Esses métodos de oração foram assumidos pela PJ Na-cional na “Onzima” (11ª Assembleia Nacional da PJ, em 1995). Finalmente, vale lembrar também que nessa época começou a experiência das Missões Jovens, tendo como pioneira a PJ da Diocese de Assis, que após se tornou uma referência para outras dioceses. Quanta vivência de espiritualidade as missões jo-vens proporcionaram? Quantas vidas jovens foram marcadas por essas experiências?

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PejotAç@oMatéria da Capa

Gosto de observar o fascínio que as pessoas têm por números redondos. Eles representam uma vira-da, uma nova possibilidade, um marco. Senão ve-jamos: “uma década de sucessos”, “balzaquianas, as mulheres de 30”, “a vida começa aos quarenta”, “50 anos, bodas de ouro”, “100 anos, o centenário”. Se um aniversário que termina com um zero não representa de fato tudo isso, as ideias por trás des-tas afirmações são muito boas. Olhemos para a PJ do Regional Sul 1, década a década para perceber as mudanças de seu jeito de ser e a formação e es-truturação de características próprias para um agir pastoral no meio e com a juventude. A bebezinha pejoteira e paulista nasce em 1973. Herdeira das experiências da Ação Católica Espe-cializada, ela nasce no meio das CEB’s, colhendo a experiência de vários grupos. O contraponto do cenário eclesial de então, no que se refere ao tra-balho com a juventude, vinha dos grupos massivos de encontros, carregados de muita emoção. É um contexto de ditadura, mas também de busca por libertação. Os bispos latino-americanos já apon-tavam isso desde 1968 quando se reuniram em Me-dellin. Para isso era preciso se organizar, articular-se enquanto forças vivas de uma Igreja comprometida com a causa do Reino. A bebezinha pejoteira foi uma criança planejada. Nasceu no tempo certo e cresceu neste ambiente, absorvendo e aprendendo com os contextos e conjunturas daquela época. Daí veio a primeira virada. Quando completou dez anos já era uma garotinha que enxer-gava um cenário mais amplo. Perce-bia a necessidade de estar articulada organicamente no estado, buscava fortalecer onde estava mais fra-ca e apoiava as iniciativas de

onde estava mais forte. Os cenários de Igreja e de sociedade também apontavam para isso. As forças vivas clamavam por redemocratização e participação plena. As pes-soas se juntavam em pastorais, associações, sindi-catos e partidos. E a garotinha pejoteira ia firmando passos, construindo sua própria metodologia, ma-turando a tal da formação integral, acumulando ex-periências e forjando o futuro. Chega a crise da juventude, quando a garo-

ta pejoteira completa vinte anos. As contradições batiam em sua porta e ela não sabia muito bem para onde ir. O mundo já não era tão maniqueísta quando ela pensara. O muro caíra, o presidente caíra. Um ano antes, ela saíra com os cara--pintadas na rua, no mesmo ano em que a Igreja celebrara uma Campanha da Fraternidade falando da juventude. A sua organização já não aponta-va novos rumos, havia certa incerte-za no ar. Mas era preciso continuar caminhando, ora para frente, ora recuando. Para os recém-che-gados, ela ainda apresentava o fascínio da organização, da meto-dologia, da formação, da vida nova. Nós nos conhecemos em Bauru, no ano de 1996. Ambos estávamos por completar 23 anos. Por causa deste encontro, pela primeira vez tive a sensação de pertencer realmente a algo grande, organizado, com tantos rostos diferentes e tanta vontade de semear o Reino de Deus. Nesta década de contato, fui entendendo sua histó-ria, conhecendo seu passado para poder compreen-

A vida começa aos quarenta...Por Rogério Oliveira*

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2001 a 2006: DNJs sobre PPJs

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PJ NACIONAL TAMBÉM FICA QUARENTONA

Além da galera do Regional Su 1, a PJ Nacio-nal chegou na “casa dos 40” e criou um símbolo para celebrar a data histórica. O mapa do Brasil foi pano de fundo. Seus contornos estilizados compõem o chão onde a PJ escreveu sua his-tória nesses 40 anos e onde estão gravadas as lutas, o rosto juvenil e toda a ação realizada em prol da juventude. O 40 é formado por fitas coloridas em movi-mentos que não se prendem. São abertas e con-tínuas indicando que é tempo de festa, mas que a história não termina aqui. Os desenhos em preto e branco ressaltam a espiritualidade e o engajamento. O preto simbo-liza a reunião de todas as outras cores juntas.

der as opções que tinha naquele momento presente. Senti que a PJ neste regional estava às buscas dos sentidos de suas raízes e que ao tentar entender o fenômeno juvenil de então, também enveredava pe-los caminhos das artes, da missão jovem e da espiri-tualidade. Foram as primeiras romarias da juventude que aproximaram mais os grupos de base desta di-mensão regional, por exemplo.

Lembro bem da festa que foi a comemoração dos 30 anos. Novamente repetia-se o ciclo: ce-lebrava-se o passado e projetava-se o futuro.

Já tínhamos uma metodologia, um modelo de formação, um processo de educação

na fé. Contudo, firmava-se neste tempo o real sentido de ser PJ: sermos cuidadores da vida dos jovens. Era preciso olhar o mundo

juvenil além dos muros ecle-siais. Muitos jovens morriam (e morrem) por nada. Outros tantos eram largados à mar-gem da educação, saúde e

cultura. Era preciso se empe-nhar e pressionar as autoridades

por políticas públicas para a juventu-de (PPJs). A PJ foi uma das pioneiras

neste sentido. Quantas moças e rapazes, contemporâneos meus (outros nem tanto), hoje engrossam as fileiras da-queles que querem construir um mundo mais justo

A vida começa aos quarenta...

* Rogério é membro da Comissão Regional de Assessores da PJ Sul 1. É autor do livro “Pas-toral da Juventude - E a Igreja se fez jovem”. Atua no Instituto Paulista de Juventude - IPJ.

Concílio Lins, em julho de 1998, reuniu jovens de todo o Brasil

2001 a 2006: DNJs sobre PPJs

e solidário. Sinto a alegria de saber que foram estes 40 anos de PJ que contribuíram para moldar a his-tória de tanta gente. Quarenta anos. Um aniversário redondo. Uma op-ção de virada, de novas perspectivas, de nova mis-são. Quarenta é um número bastante simbólico. Foi o tempo em anos que o povo de Deus peregrinou no deserto, o tempo em dias em que Jesus jejuou no deserto e os dias e noites de duração do dilúvio. É um número que para o povo hebreu revela com-pletude, fim de um ciclo e início de outro. Não. A PJ não está velha. Está novinha e, de novo, começa outro ciclo, mais madura, mais experiente, com mais história e com muito mais energia. Afinal, a vida começa aos quarenta, não é?

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O que é......Essa cruz “torta” dentro de um círculo?

Quantas vezes você já exibiu orgulhoso este símbolo acima em alguma camiseta, em bandei-ras agitadas fervorosamente ou já pulou horas ao lado de quem nem conhecia, mas que também ti-nha o mesmo amor que você por este símbolo? Essa imagem tem o poder de unir e fazer com que pjoteiros e pjoteiras do país todo se reconheçam. Mas você sabe o real significado deste símbolo? Ou como foi que ele surgiu? Não? Então fique sa-bendo agora. O símbolo da Pastoral da Juventude surgiu de um concurso nacional realizado entre o final dos anos

80 e início dos anos 90. Foi criado pelo

Que saber mais coisas? Dá uma olhada em http://www.pjsul1.org/site/pastoral-da-juventude.php

Por GT Ajuri

“Traga a bandeira de luta, deixa a bandeira passar, essa é a nossa conduta, vamos unir pra mudar.”

(Zé Vicente)

então jovem Cristiano, aqui do Regional Sul I, hoje já adulto e casado. O símbolo da PJ representa uma cruz estilizada, como se ela estivesse deitada no chão, servindo de estrada, um caminho, rumo à “Civilização do Amor” tão citada em nossos documentos e proferi-da pelo saudoso Papa Paulo VI para os jovens de todo planeta. O Arco em volta simboliza o compro-misso com os pobres, indígenas, excluídos e com o Reino de Deus. A cor vermelha do nosso símbolo é a cor da pai-xão. Paixão pelo novo, pelo protagonismo juvenil, pela utopia. E quando realmente estamos apai-xonados, a gente respeita, a gente cuida, a gente ama e amar nos leva a “Civilização do Amor”. Com o passar dos anos o símbolo foi se modifi-cando e tomando varias formas até chegar neste que hoje temos como sendo o oficial (abaixo). Mas mesmo assim, alguns grupos de jovens fazem uma releitura própria ao confeccioná-lo, mas sem nunca perder sua formação original e sua essência.

Fernando Diegues

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Que saber mais coisas? Dá uma olhada em http://www.pjsul1.org/site/pastoral-da-juventude.php

Para grupos

Era uma vez uma Pastoral da Juventude em crise (sim, parece incrível, mas a PJ já esteve em crise!), e a experiência lhe mostrou que ficar discutindo a situação de crise não estava ajudando a resolver as coisas. Então, a Sra. PJ decidiu tomar uma ati-tude, apostar em levantar uma bandeira que esta-va começando a ser discutida em todo o Brasil. Era início de 2001, e o tema das PPJ’s (Políticas Públi-cas de Juventude) arrebatou o coração de tod@s os pejoteir@s que, naquela época, sonhavam com uma nova Pastoral e com uma nova sociedade. Como sinal desse novo compromisso, os Sub--regionais SP1 e SP2 realizaram um Congresso que teve como eixo central as tais das PPJ’s. Foi a primeira atividade com essa temática que rolou no nosso Regional. E os frutos dessa história de amor, estão espalha-dos por todo o país: Conselhos Municipais dos Direitos da Juventude, Secretarias e Coordenadorias de Juventude foram criadas com a parti-cipação protagonista de pejoteir@s; ocupamos a cadeira “Segmento Religio-so” no CONJUVE (Conselho Nacional de Juventude) e sua grande contribuição na constru-ção das duas Conferências Nacio-nais de Juventude (2008 e 2011). Além do mais, como mensurar a transformação que a militân-cia politica (leia: Fé posta em prática) gerou no coração de tant@s pejoteir@s? Certamente, esse processo iluminou e reforçou a opção preferencial pelos pobres e pelos jovens rumo à Construção da Civilização do Amor. Assim, certos de que essa his-tória de amor entre a Pastoral da Juventude e a luta pelos direitos juvenis precisa continuar sen-do cativada nos corações de tod@s os pejoteir@s, e certos, também, de que construir um ca-

Pejoteiros são pioneiros na discussão das Políticas Públicas para Juventude

minho é pisar o chão com insistência e fidelidade, o GT A Juventude Quer Viver... traz uma dica para você, animador de grupo de base. O roteiro na próxima página convida a fazer me-mória da opção pastoral que fez com que a PJ, junto a diversas outras entidades, contribuísse para que no Brasil houvesse o reconhecimento da Juventude como uma fase peculiar e relevante da vida, e para os direitos específicos de que essa parcela da po-pulação precisa para alcançar uma vida plena.

*Colaborou Marcos Dantas (assessor na PJ e membro do Ins-tituto Paulista de Juventude - IPJ)

Por GT A Juventude Quer Viver...*

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No encontro!Objetivos e reflexões: somos convidados a discutir com a sociedade, mas principalmente com a nossa comunidade, a vida da juventude.

Materiais: recortes de jornais e/ou revistas relatando/ilustrando situações que evidenciem tanto a vida como a falta dela para a juventude, bíblia, vela, panos e outros objetos que sirvam para a ambientação do local do encontro

Acolhida: Cada jovem que chega é acolhido/a com um abraço e direcionado para o ambiente. Ao fundo a música “Ideologia” do Cazuza (link para o clipe: www.youtube.com/watch?v=jfw7XVkLqlY )

Mantra: “Vidas pela vida” (escute a música em www.youtube.com/watch?v=v4AfrLKO1VA )

Convidar os/as jovens a perceber o cenário, recordar a música do Cazuza, e recordar sua realidade, a de seus amigos, a que vê na TV, etc. Primeiro em silêncio, depois algumas pessoas podem partilhar.

Dinâmica: (Objetivo - Compreender que a libertação é nossa missão como cristãos e cristãs)

Apresentar uma pessoa com os olhos vendados, boca lacrada, os ouvidos fechados, os pés amarrados, as mãos amarradas e convidar os/as participantes a olharem um pouco em silêncio para ela. Passado um tempo, convidar algumas pessoas para retirar suas amarras, uma por uma, dizendo o porquê estão fazendo isso. O que deseja libertar ao tirar a amarra? Quando o jovem estiver totalmente livre, dirá como está se sentindo.

Iluminação com a Palavra: Is 6,8

“Ouvi, então, a voz do Senhor que dizia: ‘Quem é que vou enviar? Quem irá de nossa parte?’ Eu respondi: ‘Aqui estou. Envia-me!’” (trecho em: www.pnsbspombal.com.br/web/index.php/biblia-pastoral-online.html )

Reflexão: O projeto de Deus, do Jesus Cristo Libertador, nos convida à superação das injustiças e de todas as formas de escravidão, em favor, assim, da construção de um mundo justo e solidário. O evangelho nos remete à disposição à construção do Reino. Hilário Dick nos diz: “Não somos justos so-zinhos; Não somos solidários sozinhos; Não somos cidadãos chaveados em nosso quarto. Feliz quem sai de si.”

Partilha: Nossa comunidade tem discutido as responsabilidades e formas de, enquanto cristãos/ãs, as-sumirmos uma prática libertadora? A luta pela construção e efetivação de PPJ’s é um caminho de prática que liberta e contribui para a Construção do Reino do qual podemos/devemos fazer parte.

Leitura para reflexão: Feliz quem sai de si - Hilário Dick (anexo do link: http://xa.yimg.com/kq/groups/22313370/1532026293/name/SUBSIDIO-MISSAO-JOVEM )

Oração final: Benção mariana

“A Divina Mãe nos abençoe e nos proteja.Encha os nossos pés de dança e os nossos braços de força.Cumule os nossos corações de ternura e nossos olhos de alegria.Povoe os nossos ouvidos de música e nosso nariz de perfume.Inunde nossa boca de júbilo e nossa alma de felicidade.Conceda-nos sempre os dons do deserto: silêncio, confiança e água pura.Inunda em nós energia, para dar um rosto novo à esperança.A Divina Mãe nos abençoe!”

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Aqui se faz PJ

Guarulhos e Limeira movimentam a juventudePor GT Caminhos da Esperança

Aproximadamente 155 quilômetros separam as cidades de Guarulhos (sub regional SP2) e Limeira (Sub de Campinas), mas a distância não impede que elas tenham coisas em comum. Além de serem as sedes de suas respectivas dioceses, nos dois locais a Pastoral da Juventude segue fazendo história.

Lá em Guarulhos, a PJ abusa da criatividade para construir atividades que cativam e ofereçam um pro-cesso de formação contínuo aos, aproximadamente, 20 grupos de base em atividade. Vamos conhecer?

Fest Jovem: já na 23ª edição, o “Fest” é o maior evento da PJ diocesana e celebra a comunhão entre os pejoteiros. Os grupos de base se inscrevem para apresentar composições musicais próprias e/ou coreografias organizadas dentro de um tema e um lema. A Equipe Diocesana produz um subsídio de estudo “pré-festival” e jurados avaliam as apresenta-ções considerando quesitos como teologia, pastoral e técnica. Assim, o Fest Jovem também serve como avaliação da caminhada dos grupos.

Acampamento de Carnaval: realizado em um sítio e uma semana antes do Carnaval, o Acampa-mento está em sua quinta edição e busca provocar o olhar para a realidade social e individual dos jovens.

Formação de Coordenadores: a atividade foi pensada para o preparo e “reciclagem” dos coor-denadores dos grupos de base e é preparada pela Equipe Diocesana. Os participantes são divididos em dois grupos, novos e veteranos, cada qual com o seu enfoque, sejam as bases da PJ, para os pri-

Galera de Guaulhos reunida durante o tradicional festival

Antes do Carnval, momentos de reflexão sobre a realidade

meiros, ou uma avaliação e partilha de experiên-cias para os últimos. Há também um momento de formação comum. Escola Bíblica: o projeto já está no seu quarto ano e busca garantir um estudo mais aprofundado sobre as bases da nossa fé. São realizadas, anual-mente, quatro escolas bíblicas voltadas aos jovens participantes dos grupos de base.

Além das atividades permanentes, a PJ de Gua-rulhos tem, ainda, um projeto de divulgação de mú-sicas pastorais: a banda “PJ e Raiz”. Ela atua para popularizar músicas da base de nossa espiri-tualidade e trazê-las para o meio dos grupos.

Banda pejoteira produziu CD para divulgar seu trabalho

Divulgação

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Chegando mais pro “interiorrr” do estado, encon-tramos em Limeira uma experiência de sucesso no processo de formação integral que fundamenta a prática da PJ.

A Escola de formação para líderes, coordenado-res e assessores (Escoli-ca) da Pastoral da Juven-tude, surgiu na Diocese de Limeira em 2001 como um projeto focado na formação integral. Ela busca garantir

um processo continuado no desenvolvimento dos jovens das bases e propiciar uma vivência prática da espiritualidade e mística pastoral. Partindo do princípio do Processo de Educação na Fé (PEF), os alunos da Escolica vivenciam, em etapas bimestrais de dois dias, os temas: “Afetivi-dade, Sexualidade e Autoconhecimento”; “Bíblia”; “História da Igreja e da PJ”; “Metodologia Pastoral e o papel do Coordenador”; “Espiritualidade, Místi-ca e Liturgia”; “Militância, Fé e Política”. Há também uma oficina permanente de Projeto de

facebook.com/pj.diocesedeguarulhos

Se liga!

Diocese de Limeira

- Sub-região Campinas - 37 grupos de PJ

Diocese de Guarulhos

- Sub-região SP2- 20 grupos de PJ

facebook.com/groups/213356655378304/?fref=ts

155 Km é a distância entreas duas cidades sede

O projeto trabalha a partir do Processo de Educação na Fé (PEF)

Em 12 anos, mais de 500 jovens participaram da Escolica

Vida (PDV) onde, em cada etapa, os jovens recebem ferramentas para a construção de seu projeto pessoal de vida. Eles tambêm contam com acompanha-mento dos assessores, que contri-buem conforme as necessidades individuais dos participantes. Hoje, após 12 anos de

construção de uma bela história, que perpassa pela história pessoal de vida de mais de 500 pes-soas, a Escolica é reconhecida como Escola de Formação Diocesana, assim como as escolas de Catequese e Teologia, porém se mantendo vin-culada diretamente à coordenação diocesana da PJ. O projeto é um dos maiores orgulhos d@s pejoteir@s de Limeira por conseguir atingir, de forma direta, as juventudes dos cinco cantos da diocese e conseguir disseminar a espiritualidade Cristocêntrica libertadora da Pastoral da Juventu-de, formando jovens conscientes e engajados nas lutas pela vida da juventude

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Dicas culturaisTecendo relações entre Juventude e EducaçãoPor GT Tecendo relações

1) Vocacional – uma aventura humana (Toni Venturi) http://is.gd/TeYKLhwww.youtube.com/watch?v=kxlrQokWeqo

O documentário detalha a forma covarde como a ditadura militar abortou o projeto de desenvolver (nos anos 60) uma escola em que os alunos eram in-centivados a pensar, debater, a assumir atitudes críticas diante da realidade. Ou seja, uma escola subversiva, pelo visto, não só para os padrões da época. Pressões para forçar a matrícula dos filhos da elite sem passar pelo processo de seleção, perseguições políticas, desafetos acusando colegas de engaja-mento em movimentos de esquerda acabaram por levar à demissão de Maria Nilde Mascellani, considerada pelos entrevistados a maior responsável pelo projeto de escola libertária, Depois ela foi presa no DOPS, onde sofreu torturas psicológicas durante dois meses. Em 1969 houve, inclusive, uma invasão militar em todos os Ginásios Vocacionais, levan-do à prisão de orientadores e professores.

Celebrar 40 anos de Pastoral da Juventude no Regional é, também, fazer memória do sistema de educação que temos à disposição dos/as jovens, afinal, esta é uma temática que integra o projeto de vida e está sempre presente na construção dos horizontes. Durante a juventude muitos valores são questio-nados, reafirmados e construídos. Nos deparamos constantemente em nossas rodas e grupos juvenis com questionamentos sobre o futuro envolvendo sonhos, angústias, decepções, perguntas e curio-sidades. E um dos principais ambientes para o

qual o/a jovem leva estas necessidades de diálogo é a escola. Entretanto... Como a escola pauta esses debates, essa construção de valores? Dá para eles a priorida-de que têm na vida dos/as jovens? Será que um dia já deu? Em algum lugar do nosso extenso país as escolas estão focadas em contribuir neste debate? Para lançar luzes a estas questões e refletir “ju-ventude e educação” como ponte e parte impor-tante das relações humanas, propomos dois docu-mentários que poderão fortalecer nosso diálogo. Bora assistir!!!

2) Pro dia nascer feliz (João Jardim)

www.youtube.com/watch?v=g5W7mfOvqmU

Um documentário sensacional e angustiante. Mostra a educação brasileira em um ângulo pouco visto, dentro da sala de aula, abordando os dramas dos jovens e professores de diferentes regiões do Brasil. A precariedade das insta-lações, o preconceito, a violência e o abandono são temas presentes. O filme é fundamental para jovens estudantes, pois perceberão que, apesar dos cenários e classes sociais diversificadas, os dramas são, em alguns aspectos, se-melhantes tanto no sertão nordestino quanto nas grandes metrópoles do sudeste, guardadas as devidas proporções. Para educadores, é extremamente válido, pois demonstra os abismos da educação brasileira, os dramas dos professores que abdicam de lazeres e se dedicam à educação. A angústia que e o filme passa é que o problema da edu-cação é profundamente grave, abrange todo o Brasil e, infelizmente, sem perspectivas de melhoras.

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Visitas Pastorais

A Sub Campinas este ano está em constante “pé na estrada”, pois após a Ampliada do ano passado se percebeu que é necessário conhecer e fincar o pé na realidade das Dioceses. Por isso, a equipe da sub iniciou em janeiro encontros com as dioceses. Em 18 de maio a visita foi para a Arquidiocese de Campinas, que ficou um tempo desarticulada pastoralmente. Hoje ela está em processo de reestruturação, chamando os grupos e articulando atividades. Ver o esforço e a vontade de manter viva a PJ naquelas terras deixou a Sub Região com mais esperança e vontade de seguir na luta.

Aconteceu

Reaproximação

D u r a n t e o final de semana dos dias 25 e 26 de maio a Coordenação Regional (CR) da PJ esteve reu-nida na Diocese de Jaboticabal. A ideia da reunião acontecer na Sub

Região RP 1 tinha um propósito claro: Reaproximação da sub que passa por um momento de desarticulação. Os membros da CR pu-deram conhecer a realidade da PJ local e algumas das lideranças das dioceses de Jaboticabal e Ribeirão Preto (Franca e São João da Boa Vista são as outras dioceses da sub). E durante os papos, todos/as juntos/as, começou-se a pensar um caminho possível para a integração entre as dioceses e a rearticulação da sub.

SUB REGIÃ0 CAMPINAS

Tardes de Formação

Teve inicio em 20 de abril o projeto Tarde de Formação da PJ São Paulo, junto com o Anchietanum, o Centro de Capacitação da Juventude (CCJ) e o Instituto Paulista de Juventude (IPJ). Para abrir o projeto o tema tratado foi Di-reitos Juvenis. Alex Piero con-tribuiu na reflexão, trazendo a questão “o que é ser jovem?” Para aprofundar a temática com mais dinamismo, os/as jo-vens foram divididos em cinco oficinas: Direitos Humanos e Cidadania, Direito à Diversida-de, Mobilidade Urbana, Edu-cação e Trabalho e Cultura. A tarde foi encerrada com uma provocação feita pelo Pe. Alexandre, do Anchietanum, mostrando que não se deve sonhar sozinho e que existem pessoas ao nosso redor que sempre podem nos ajudar.

SUB REGIÃ0 SOROCABA

Assembleia

A assembleia da PJ da Sub Região aconteceu em Itapetininga, entre 5 e 7 de abril, e foi um momento de pen-sar a sub de forma conjunta. Com exceção da Diocese de Registro, as outras dioceses da sub (Itapetinin-ga, Sorocaba, Jundiaí e Itapeva) es-tiveram presentes. A atividade teve a colaboração do assessor da PJ no Regional Sul 1, Rogério Oliveira, que trabalhou o sentido e o papel da sub região e a importância de se for-talecer esse espaço.

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Pj é você quem faz!

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