Órgão informativo da USE-Jaú - Ano 17 - Edição 168 ...€¦ · Os originais dos artigos que...

32
Dezembro 1 Órgão informativo da USE-Jaú - Ano 17 - Edição 168 - dezembro 2019 - [email protected]

Transcript of Órgão informativo da USE-Jaú - Ano 17 - Edição 168 ...€¦ · Os originais dos artigos que...

Page 1: Órgão informativo da USE-Jaú - Ano 17 - Edição 168 ...€¦ · Os originais dos artigos que não forem publicados não serão devolvidos aos seus autores. Correspondência para

Dezembro 1

Órgão informativo da USE-Jaú - Ano 17 - Edição 168 - dezembro 2019 - [email protected]

Page 2: Órgão informativo da USE-Jaú - Ano 17 - Edição 168 ...€¦ · Os originais dos artigos que não forem publicados não serão devolvidos aos seus autores. Correspondência para

2 Dezembro

EditorialEXPEDIENTE

O IDEALISTAÓrgão de divulgação do

Movimento Espírita da Região Editado pela USE - União das

Sociedades Espíritas - Regional Jaú.

Órgão da USE - União das Sociedades Espíritas do estado

de São Paulo.

Jornalista Responsável:Rodrigo Galvão Castro

MTb 25.315

Coordenador:Alvaro Francisco Buttignon

[email protected]

Secretária: Sônia Marli Albino Vernier

Diretor Tesoureiro:Antonio Aparecido Rossi

Conselho de Redação:Edson Tomazelli

[email protected]

João [email protected]

Martha Triandafelides [email protected]

Diagramação e Impressão:Gráfica e Editora Rimi Ltda.

R. Angelo Piva, 471 - Brotas - SPFone (14) 3653-1520

[email protected]

Só serão publicadas matérias que estiverem de acordo com a orientação doutrinária do Jornal. Os originais dos artigos que não

forem publicados não serão devolvidos aos seus autores.Correspondência para este

jornal enviar para: Rua General Izidoro nº 453 - sala 6

Cep 17.207-270 - Jaú / [email protected]

Por que, em geral, se cuida tão pouco da vida futura?Trata-se, no entanto, de uma atualidade, pois que todos os dias milhares de homens partem para esse destino desconhecido. Tendo cada um de nós de partir por sua vez e podendo a hora da partida soar de um momen-to para outro, parece natural que todos se preocupem com o que sucederá. Por que não se dá isso? Precisamente porque é des-conhecido o destino e porque, até ao presente, ninguém tinha meio de conhecê-lo. A Ciência, inexorável, o desalojou dos luga-res onde o tinham limitado. Está ele perto? Está longe? Acha-se perdido no infinito? As filosofias de antanho nada respondem, porque nada sabem a respeito.Diz-se então: “Será o que for.” In-diferença.Ensinam-nos que seremos felizes ou infelizes, conforme houver-mos vivido bem ou mal. Mas, isso é tão vago! Em que consistem essa felicidade e essa infelicida-de? O quadro que de uma e ou-

tra nos traçam tão em desacordo está com a ideia que fazemos da justiça de Deus, tão cheio de con-tradições, de inconsequências, de impossibilidades radicais, que involuntariamente a dúvida se apresenta, senão a incredulidade absoluta. Ao demais, pondera-se que os que seenganaram com relação aos lu-gares indicados para moradas futuras também podem ter sido induzidos em erro, quanto às condições que estatuem para a felicidade e para o sofrimento. Aliás, como seremos nesse outro mundo? Seremos seres concretos ou abstratos? Teremos uma for-ma ou uma aparência? Se nada de material tivermos, como pode-remos experimentar sofrimentos materiais? Se os ditosos nada ti-verem que fazer, a ociosidade per-pétua, em vez de uma recompen-sa, será um suplício, a menos que se admita o Nirvana do budismo, que não é mais desejável do que aquela ociosidade.O homem não se preocupará com a vida futura, senão quando

Page 3: Órgão informativo da USE-Jaú - Ano 17 - Edição 168 ...€¦ · Os originais dos artigos que não forem publicados não serão devolvidos aos seus autores. Correspondência para

Dezembro 3

vir nela um fim claro e positiva-mente definido, uma situação lógica, em correspondência com todas as suas aspirações, que resolva todas as dificulda-des do presente e em que não se lhe depare coisa alguma que a razão não possa admitir. Se ele se preocupa com o dia se-guinte, é porque a vida do dia seguinte se liga intimamente à vida do dia anterior; uma e ou-tra são solidárias; ele sabe que do que fizer hoje depende a sua posição amanhã e que do que fizer amanhã dependerá a sua posição no dia imediato e as-sim por diante.

Tal tem de ser para ele a vida futura, quando esta não mais se achar perdida nas nebulo-sidades da abstração e for uma atualidade palpável, comple-mento necessário da vida pre-sente, uma das fases da vida geral, como os dias são fases da vida corporal. Quando vir o presente reagir sobre o futuro, pela força das coisas, e, sobre-tudo, quando compreender a reação do futuro sobre o pre-sente; quando, em suma, veri-ficar que o passado, o presente e o futuro se encadeiam por inflexível necessidade, como o ontem, o hoje e o amanhã na

vida atual, oh! então suas ideias mudarão completa-mente, porque ele verá na vida futura não só um fim, como também um meio; não um efeito distante, mas atual. Então, igualmente, essa cren-ça exercerá sem dúvida, e por uma consequência toda natural, ação preponderante sobre o estado social e sobre a moralização da Humanidade.Tal o ponto de vista donde o Espiritismo nos faz considerar a vida futura.(Obras Póstumas – A Vida Futura)

Boa Leitura

Virtude esquecida e pouco trabalhada, a resignação é a base para nossa paz com Deus.

Ensina-nos o benfeitor espiritual Lázaro, em “O Evangelho segundo o Espiri-tismo” (Cap. IX, item 8), que: “a obediência é o consen-timento da razão; a resig-

nação é o consenti-mento do coração.”

Sobre essa virtude, o benfeitor espiritu-al André Luiz, em seu livro “Agenda cristã”, ensina que “a rocha garante a vida no vale por resignar-se à soli-dão” e que “a resignação

tem o poder de amenizar o impacto causado pelo sofrimento.”

Grupo Espírita Allan Kardec-http://geak2002.blogspot.com

O poder da resignação

Page 4: Órgão informativo da USE-Jaú - Ano 17 - Edição 168 ...€¦ · Os originais dos artigos que não forem publicados não serão devolvidos aos seus autores. Correspondência para

4 Dezembro

(do livro Respostas Espíritas)

Uma das grandes preocu-pações do ser humano é a su-perlotação do nosso planeta e a escassez de recursos neces-sários à manutenção da vida. Teme-se pela falta de água potável, pela inexistência de solo fértil para a produção de alimentos e até mesmo pela carência de emprego para os milhares de pessoas que nas-cem todos os dias.

A par da procura de técnicas mais produtivas e até da ilusó-ria busca de morada alternativa no espaço cósmico, implemen-tam-se métodos anticoncepti-vos e programas governamen-tais de controle da natalidade. Casais são orientados quanto ao uso de pílulas, preservativos e outros procedimentos que impedem a fecundação do óvulo, e conscientizados sobre a necessidade de limitação da prole. Alguns países chegam a ser drásticos nesse controle, principalmente a China, que procura evitar o crescimento de sua população de mais de bilhão de pessoas com repre-sálias fiscais e sociais aos casais com mais de um filho.

Há, porém, o reverso da mo-eda. Países europeus apresen-

tam crescimento populacional negativo, ou seja, nasce menos gente do que morre. Tornaram--se países de velhos e aposen-tados sustentados por uma minoria adulta que trabalha, justamente porque os casais poucos filhos têm. O medo, nesse caso, é o da extinção do povo por falta de gente.

Diz a Doutrina Espírita que não devemos temer a super-população. Deus, que a tudo criou, zela para que em a na-tureza seja mantido o perfeito equilíbrio. O planeta possui terra bastante para alimentar todos os seus habitantes. Basta o homem ser mais fraterno e solidário, dividindo com os se-melhantes de outros países os excessos de sua produção, sem a ganância lucrativa, e haverá alimentos para todos.

Ademais, naturalmente as nações se renovam: as calami-dades, os terremotos, furacões, epidemias e guerras de quando em quando retiram da crosta grandes levas de gentes, o que diminui o índice populacional. Evidentemente que isso não é imposto por Deus para equilibrar o número de habitantes da Terra, mas como tudo na Lei Divina se harmoniza com sabedoria, cada acontecimento é aproveitado para o progresso individual e co-letivo das criaturas.

No campo pessoal, preci-samos pensar no controle de natalidade com muito cuidado. O crescer e multiplicar não é simplesmente necessidade de perpetuar a espécie. É um im-perativo de solidariedade, por-que pelas portas da reencarna-ção damos oportunidades para que outros espíritos também venham à Terra progredir. Al-guns espíritos são ligados a nós por laços de amor e tornam-se companheiros de jornada, am-parando-nos em nossas lutas, em especial na velhice. Mas também podem ser nossos inimigos, nascendo entre nós para que o ódio se converta em simpatia e afeto, devolven-do-nos a paz de consciência.

Não significa que devemos procriar sem critérios e sem res-ponsabilidade. Em sendo sinceros nos nossos propósitos e estando ligados a Deus, temos intima-mente a intuição do número de filhos que devermos abrigar sob nosso lar. Um pouco de bom senso, e considerando as nossas possibilidades pessoais e mesmo financeiras, seremos capazes de decidir quanto à oportunidade de uma gestação. Evitando filhos por puro egoísmo ou para dar va-zão indiscriminada à nossa sen-sualidade, estaremos infringindo a lei de Deus e construindo um futuro de dolorosas experiências no campo genésico, que se tor-nará incapaz de procriar.

Donizete PinheiroMarília/SP

Controle da Natalidade

Page 5: Órgão informativo da USE-Jaú - Ano 17 - Edição 168 ...€¦ · Os originais dos artigos que não forem publicados não serão devolvidos aos seus autores. Correspondência para

Dezembro 5

Filhos, filhas, todos da alma!

Metamorfoseando-se, o materialismo penetra em todos os ramos do conhe-cimento humano e as reli-giões não escapam da sua habilidade camaleônica, per-mitindo-se os métodos per-turbadores das necessidades corporais do ser humano no seu processo de evolução.

Indispensável a vigilância para não nos deixarmos en-gambelar pelas sereias sedu-toras nos seus cânticos que fascinam, entorpecem e ani-quilam a esperança.

Jesus, não poucas vezes, teve que enfrentar a argúcia do materialismo disfarçado, das manifestações farisaicas que se apresentavam vesti-das de traje impecável quais

sepulcros de branco caiados, ocultando cadáveres em de-composição.

Allan Kardec, não poucas vezes, viu-se sitiado pelas manobras maniqueístas do Mundo Espiritual inferior atra-vés de companheiros da So-ciedade Parisiense de Estudos Espíritas, sendo, no entanto, fiel aos postulados do Espírito de Verdade.

Na atualidade, de sofre-guidão e de tormento, o ser humano procura uma forma de escapar das provações necessárias ao seu processo evolutivo, e não raro são atra-ídas essas almas para as pro-postas equivocadas do deus Mamon, e Mamon deísta que fascina, embriaga os invigi-lantes e os precipitados.

Indispensável a nossa fide-lidade aos postulados espíri-tas conforme exarados na Co-dificação. O mundo estertora, não pela primeira vez. Perio-

dicamente, conjugam-se fa-tores cósmicos que se tornam sociológicos e ético-morais, sacudindo as civilizações e empurrando-as para o ani-quilamento, para logo surgir um período de esperança e de paz.

Às vésperas da grande transição planetária já inicia-da desde há muito, atingimos o clímax que nos pede sa-crifício e honradez. Quantos desertam na hora do teste-munho! Quantas almas fragi-lizadas pela sua constituição emocional e espiritual, atra-ídas pela doçura do Homem das Bem-Aventuranças, mas que não suportam o ferrete do padecimento humano e optam pela desistência mais uma vez!

Somos alguns deles que retornamos, ouvindo o con-vite de Jesus para a man-suetude, para a misericórdia, para a auto iluminação e

Mensagem de Bezerra de Menezes para esse momento em sua vida

Page 6: Órgão informativo da USE-Jaú - Ano 17 - Edição 168 ...€¦ · Os originais dos artigos que não forem publicados não serão devolvidos aos seus autores. Correspondência para

6 Dezembro

tendo baqueado ontem, en-contramo-nos necessitados da redenção, tropeçando nas próprias mazelas, correndo o risco da desistência perigosa. Tenhamos cuidado para que os encantos rápidos do mun-do não nos distraiam tanto.

Algo temos que fazer e o Mestre Incomparável pe-de-nos fidelidade da última hora. A noite desce e a treva não se faz total porque as estrelas do amor brilham no cosmo das reencarnações.

Este é momento grave, filhas e filhos do coração, e vós tendes a oportunidade de O servir como dantes não lograstes.

Tornai-vos fortes ante a debilidade das forças. Sede fiéis diante das facilidades do comportamento. Por mais longa seja a existência física, ela se interrompe e o ser vol-ta à realidade, à Casa Paterna, com os valores que acumulou durante a trajetória física.

Bendireis amanhã as dificul-dades de hoje, as noites, quiçá indormidas, de preocupações e de zelo, porque o pastor se preocupa especialmente com as ovelhas que tresmalham e deveis estar atentos para essas ou para aquelas que são lobos travestidos de cordeiros em nosso meio, ameaçando a es-tabilidade do rebanho.

Jesus recomendou-nos a vigilância para, depois, a ora-ção. Sede prudentes como as serpentes, sábios como as pombas, parafraseando o Evangelho, e estai vigilantes, porque amigos vossos de ontem, que se encontram conduzindo as leiras do Espi-ritismo com Jesus abrem as portas imensas da Imortalida-de para que as atravesseis em triunfo e em glória.

Bendizei, portanto, as difi-culdades que também expe-rimentamos quando estáva-mos na indumentária carnal. Ninguém em caráter de exce-ção. Quantas vezes choramos convosco, abraçando-vos e dizendo-vos: “bom ânimo, crede e perseverai”, recor-dando-nos de Paulo, sob as ruinas da acrópole antiga em Atenas, renovada, ouvindo as vozes espirituais depois do in-sucesso da sua pregação aos gregos que ele tanto amava. E ele soube esperar, trabalhar, insistir e amar, fazendo que depois Atenas recebesse o di-vino pábulo do Evangelho e o legado sublime de Jesus.

Estamos em uma nova Ate-nas, que teima em não nos aceitar, em substituir Jesus pela tradição dos velhos deu-ses de Dionísio a Momo, de Baco às expressões mais vis do humano comportamento.

O triunfo, sem dúvida, é de Jesus. Ide e pregai com o exemplo, vivendo o Evan-gelho a qualquer preço, não conforme as teologias, mas de acordo com a ética moral de que se utilizou Allan Kar-dec para perpetuar esse mo-delo e guia da Humanidade que nos conduz!

Ide, amados! Antes, servos e, agora, irmãos do Mestre em triunfo, na Era de Luz que se iniciará em madrugada pró-xima, logo seja terminada a noite de trevas.

Mantende-vos em paz e amai, ajudando-vos uns aos outros nas suas debilidades e fraquezas, pois que são eles que precisam do vosso auxí-lio para também atingirem a meta.

O Senhor da Vida irá co-nosco.

Muita Paz, filhos do cora-ção e filhas da ternura!

São os votos dos espíritos--espíritas, por intermédio do servidor humílimo e paternal de sempre,

Bezerra.

(Mensagem psicofônica dita-da pelo Espírito Bezerra de Me-nezes - médium Divaldo Pereira Franco - Reunião Ordinária do Conselho Federativo Nacional – Brasília-12/11/2017. Texto revi-sado pelo autor espiritual.)

Page 7: Órgão informativo da USE-Jaú - Ano 17 - Edição 168 ...€¦ · Os originais dos artigos que não forem publicados não serão devolvidos aos seus autores. Correspondência para

Dezembro 7

Na superfície da Terra, exa-tamente agora, há guerras e violência e tudo parece negro.

Mas, simultaneamente, algo silencioso, calmo e ocul-to está acontecendo e certas pessoas estão sendo chama-das por uma Luz mais elevada.

Uma revolução silenciosa está se instalando de dentro para fora. De baixo para cima. É uma operação global. Uma conspiração espiritual.

Há células dessa operação em cada nação do planeta. Vocês não vão nos assistir na TV, nem ouvir nossas palavras nos rádios e nem ler sobre nós nos jornais.

Não buscamos a glória. Não usamos uniformes. Nós chegamos em diversas formas e tamanhos diferentes. Temos costumes e cores diferentes. A maioria trabalha anonima-mente. Silenciosamente traba-lhamos fora de cena, em cada cultura e lugar do mundo.

Nas grandes e pequenas cidades, em suas montanhas e

vales. Nas fazendas, vilas, tribos e ilhas remotas. Você talvez cru-ze conosco nas ruas. E nem per-ceba.... Seguimos disfarçados.

Ficamos atrás da cena. E não nos importamos com quem ganha os louros do resultado, e sim, que se realize o trabalho.

De vez em quando nos en-contramos pelas ruas. Troca-mos olhares de reconhecimen-to e seguimos nosso caminho.

Durante o dia muitos se disfarçam em seus empregos normais. Mas a noite, por trás de nossas aparências, o verda-deiro trabalho se inicia.

Alguns que conhecem o trabalho nos chamam de “O Exército da Consciência”. Len-tamente estamos construindo um novo mundo, com o poder de nossos corações e mentes.

Seguimos com alegria e paixão. Nossas ordens nos che-gam da Inteligência Espiritual e Central.

Estamos jogando bombas suaves de amor sem que nin-guém note: poemas, abraços,

Uma invasão silenciosa

músicas, fotos, filmes, palavras carinhosas, meditações e pre-ces, danças, ativismo social, sites, blogs, atos de bondades.

O mundo precisa de amor! Expressamo-nos de uma for-ma única e pessoal, com nos-sos talentos e dons.

Sendo a mudança que que-remos ver no mundo. Essa é a força que move nossos cora-ções. Sabemos que essa é a única forma de conseguir rea-lizar a transformação. Sabemos que no silêncio e humildade teremos o poder de todos os oceanos juntos. Nosso trabalho é lento e meticuloso. Como na formação das montanhas.

O amor será a religião do sé-culo XXI. Sem pré-requisitos de grau de educação. Sem requi-sitar um conhecimento excep-cional para a sua compreensão.

Porque nasce da inteligên-cia do coração, escondida pela eternidade no pulso evolucio-nário de todo ser humano.

Seja a mudança que quer ver acontecer no mundo. Ninguém pode fazer esse tra-balho por você. Nós estamos recrutando. Talvez você se jun-te a nós ou talvez já tenha se unido. Todos são bem-vindos. A porta está aberta!

Emmanuel

Page 8: Órgão informativo da USE-Jaú - Ano 17 - Edição 168 ...€¦ · Os originais dos artigos que não forem publicados não serão devolvidos aos seus autores. Correspondência para

8 Dezembro

Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, 30 de maio 2019

Antigo brocardo popular afirma que “todos caminhos levam a Roma”.

O destino dessa cidade nascida nos pântanos do La-cium, é surpreendente.

Suas legiões no passado conquistaram o mundo, e quando entrou em decadên-cia reergueu-se e, novamen-te, passou a ser poderosa, temida e invejada, em razão do Cristianismo, a princípio ferozmente combatido, para depois, tornar-se seu favorito, submetendo o mundo oci-dental aos seus impositivos, muitas vezes cruéis.

Desafiando os tempos, muitos dos seus monumen-tos grandiosos do passado in-comum, permanecem como soberbos escombros, que os ventos e as circunstâncias ameaçam, apesar dos esfor-ços da tecnologia moderna para mantê-los.

Já visitamos um pouco mais de uma dezena de ve-zes, essa cidade incomparável que se nega a desaparecer e

que, periodicamente renasce da destruição com novos pa-drões de deslumbramento.

Em toda parte se encon-tram as heranças do passado, evocando os dias de glórias e desgraças do seu tempo de império ou república, de poder ou de desolação, de-monstrando a vacuidade das vitórias materiais consumidas pelo suceder dos evos.

Desta última vez, visita-mos a extraordinária Vila de Adriano, o grande imperador, considerado historicamen-te como um dos cinco mais brilhantes, nascido no clã dos Antoninos.

A grandeza que revelam comove pela estrutura dos edifícios, elegância dos jar-dins e piscinas, estátuas, colu-nas quebradas e sobranceiras e as árvores coníferas altís-simas como dedos vegetais apontando os céus…

Adriano viveu no luxo e desfrutou das honras que eram atribuídas aos impera-dores, tendo-se apaixonado pelo jovem Antinoo de 15 anos. Nada obstante, os pra-zeres e as glórias da posição que ambos desfrutavam, o jovem suicidou-se no Egito, afogando-se nas águas do Nilo, deixando o amante pro-fundamente infeliz…

Reflexionava em torno das grandezas terrenas e da sua

vacuidade, assim como da pobreza do hedonismo muito disputado, na ânsia de conse-guir-se a felicidade.

A glória terrestre é sempre transitória, o que produz o va-zio existencial. Alguns historia-dores asseveram que Antinoo procurava entender o sentido da vida, mesmo quando o cé-lebre amante escrevia páginas de grande beleza em recanto, preparado unicamente para esses momentos…

O sentido da vida, menos-prezado na atualidade, tem como fator preponderante o autoconhecimento, a fim de entender-se a rapidez com que os dias passam e a inevi-tável aproximação da morte que, inexoravelmente a todos vencerá.

Eis porque, neste período de grandeza e misérias, faz-se inadiável a reflexão em torno da imortalidade do Espírito, trabalhando-se com ardor para os dias porvindouros, qual o fazem todos aqueles que se utilizam da previdên-cia social para os dias da ve-lhice ou das enfermidades.

Perfeitamente compre-ensível que todos busquem os prazeres que a existência proporciona, as posições de destaque, a independência econômica e demais favores, sem esquecimento, porém, da sua imortalidade.

Divaldo FrancoProfessor, médium e conferencista

Novamente em Roma

Page 9: Órgão informativo da USE-Jaú - Ano 17 - Edição 168 ...€¦ · Os originais dos artigos que não forem publicados não serão devolvidos aos seus autores. Correspondência para

Dezembro 9

CAPÍTULO V – BEM-AVENTURADOS OS AFLITOS

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

1. “Bem aventurados os que choram, pois que serão consolados. Bem aventura-dos os famintos e os sequio-sos de justiça, pois que serão saciados. Bem aventurados os que sofrem perseguição pela justiça, pois que é deles o reino dos céus”. (MATEUS, 5:4, 6 e 10)

2. “Bem aventurados vós, que sois pobres, porque vos-so é o reino dos céus. Bem aventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis saciados. Ditosos sois, vós que agora chorais, porque rireis”. (LUCAS, 6:20 e 21)

“Mas, ai de vós, ricos! Que tendes no mundo a vossa consolação. Ai de vós que estais saciados, porque tereis fome. Ai de vós que agora ri-des, porque sereis constran-gidos a gemer e a chorar”. (LUCAS, 6:24 e 25)

JUSTIÇA DAS AFLIÇÕES3. Somente na vida futura

podem efetivar-se as com-pensações que Jesus prome-te aos aflitos da Terra. Sem a certeza do futuro, estas máxi-mas seriam um contra senso; mais ainda: seriam um engo-do. Mesmo com essa certeza, dificilmente se compreende a conveniência de sofrer para ser feliz. É, dizem, para se ter maior mérito. Mas, então, pergunta-se: por que sofrem uns mais do que outros? Por que nascem uns na miséria e outros na opulência, sem coi-sa alguma haverem feito que justifique essas posições? Por que uns nada conseguem, ao passo que a outros tudo pare-ce sorrir? Todavia, o que ainda menos se compreende é que os bens e os males sejam tão desigualmente repartidos en-tre o vício e a virtude; e que os homens virtuosos sofram,

ao lado dos maus que pros-peram. A fé no futuro pode consolar e infundir paciên-cia, mas não explica essas anomalias, que parecem desmentir a justiça de Deus. Entretanto, desde que admi-ta a existência de Deus, nin-guém o pode conceber sem o infinito das perfeições. Ele necessariamente tem todo o poder, toda a justiça, toda a bondade, sem o que não seria Deus. Se é soberana-mente bom e justo, não pode agir caprichosamente, nem com parcialidade. Logo, as vicissitudes da vida de-rivam de uma causa e, pois que Deus é justo, justa há de ser essa causa. Isso o de que cada um deve bem com-penetrar-se. Por meio dos ensinos de Jesus, Deus pôs os homens na direção dessa causa, e hoje, julgando-os suficientemente maduros para compreendê-la, lhes revela completamente a alu-dida causa, por meio do Es-piritismo, isto é, pela palavra dos Espíritos. percorrer de novo as etapas de uma vida

Page 10: Órgão informativo da USE-Jaú - Ano 17 - Edição 168 ...€¦ · Os originais dos artigos que não forem publicados não serão devolvidos aos seus autores. Correspondência para

10 Dezembro

corpórea cheia de angústias, quando já poderia ter chega-do ao fim, é um castigo, pela necessidade em que se vê de prolongar sua permanên-cia em mundos inferiores e desgraçados. Aquele que, ao contrário, trabalha ativamen-te pelo seu progresso moral, além de abreviar o tempo da encarnação material, pode também transpor de uma só vez os degraus intermédios que o separam dos mundos superiores.

Não poderiam os Espíri-tos encarnar uma única vez

em determinado globo e pre-encher em esferas diferentes suas diferentes existências? Semelhante modo de ver só seria admissível se, na Terra, todos os homens estives-sem exatamente no mesmo nível intelectual e moral. As diferenças que há entre eles, desde o selvagem ao homem civilizado, mostram quais os degraus que têm de subir. A encarnação, aliás, precisa ter um fim útil. Ora, qual seria o das encarnações efêmeras das crianças que morrem em ten-ra idade? Teriam sofrido sem

proveito para si, nem para outrem.

Deus, cujas leis todas são soberanamente sábias, nada faz de inútil. Pela reencarnação no mesmo globo, quis ele que os mesmos Espíritos, pondo--se novamente em contato, ti-vessem ensejo de reparar seus danos recíprocos. Por meio das suas relações anteriores, quis, além disso, estabelecer sobre base espiritual os laços de família e apoiar numa lei natural os princípios da solida-riedade, da fraternidade e da igualdade.

A palavra de-sejo lembra von-

tade, que inclusive é uma de suas definições. É a vontade de possuir algo, de alcançar um objetivo, de ir ou estar em algum lugar, de desfrutar de algum benefício, posição, car-go, título ou até um apetite ali-mentar e mesmo uma atração sexual. Digamos, em síntese, que trata-se de uma aspiração humana. A própria conjuga-ção do verbo indica: ter vonta-de, sentir desejo, entre outras definições.

Entre o desejo e a conquis-ta – seja do que for – há um

espaço enorme que envolvem providências, conveniências, precipitação, capacidade, uti-lidade, possibilidade e outros tantos desdobramentos que não é difícil imaginar e elencar.

É quando entra a disciplina de um propósito sempre es-quecido: a educação do desejo.

Afinal, como discipliná-lo correta e coerentemente? Como transformar esse senti-mento de querer numa fonte de alegrias para si mesmo e

para muitos? As situações são variadas, claro, individuais e coletivas.

A educação, por sua vez, mais que instrução que se ad-quire, está na moralização dos próprios hábitos e comporta-mentos, que redundem em po-lidez, fraternidade, moralidade e intenso esforço de melhorar a si mesmo e simultaneamente beneficiar aqueles que estão à nossa volta, em qualquer mo-mento ou situação.

Orson Peter CarraraMatão - SP

Desejos

Page 11: Órgão informativo da USE-Jaú - Ano 17 - Edição 168 ...€¦ · Os originais dos artigos que não forem publicados não serão devolvidos aos seus autores. Correspondência para

Dezembro 11

É exatamente pela ausência dessa educação do querer que temos vivido o caos social da indisciplina e do desrespeito às mais elementares noções de civilidade e cidadania. Fru-to, sem dúvida, da ausência de construção sólida desde a infância do querer educado. Tarefa dos educadores, mas não restrito a eles, pois que inicia-se com os pais e amplia--se para os adultos em geral. Guardamos todos o dever de transmitir às crianças os bons exemplos de civilidade, de desejos educados e discipli-nados.

O desejo simplesmente li-berado, sem refletir sobre con-sequências e desdobramen-tos, sem respeito à presença ou interesses alheios, tem sido um dos fatores da violência na vida social.

Se pensarmos bem, as agressões – inclusive as eco-nômicas e sexuais – são re-sultantes dos desejos desen-freados, alheios ao respeito que devemos uns aos outros e mesmo à indiferença aos sen-timentos de outras pessoas. É o desejo desordenado, com-

parável à direção de um veícu-lo sem freios ou à montaria de um animal desesperado que não controla os caminhos que vai atravessando.

É mesmo o descontrole das emoções convertidas nos de-sejos, que aguarda a correção da educação. Isso lembra as paixões.

A paixão não é um mal em si mesma, pois que da própria natureza humana. Mas, ela a paixão está no excesso acres-centado à vontade. E pode-mos acrescentar: o abuso que delas se faz que causa o mal.

Voltamos à questão do de-sejo educado. Afinal, as pai-xões são como um cavalo que é útil quando está dominado, e que é perigoso, quando ele é que domina. Reconhece-se, pois, que uma paixão torna-se perniciosa a partir do momen-to em que não podemos go-verná-la e que ela tem por re-sultado um prejuízo qualquer para vós ou para outrem.

Podemos notar, com facili-dade, a questão, pois, da vonta-de, do desejo e do controle so-bre ele. Quando descontrolado e domina, torna-se um mal.

Uma paixão por uma inven-ção, por exemplo, dominada pela disciplina, pelos estudos e pesquisas, que elimina o fa-natismo e nutre o ideal a que destina, é extraordinária no alcance do objetivo.

Por outro lado, o desejo descontrolado, por exemplo, de uma atração sexual e, por-tanto, sem domínio que gera o raciocínio, pode gerar trau-mas e tragédias, sofrimento e lágrimas.

É a educação do desejo! Sa-ber desejar, direcionar a von-tade.

A causa maior, contudo, da presença de um desejo des-controlado, está, todavia, no egoísmo. Claro que a precipi-tação, o não amadurecimento, o não equilíbrio emocional apresentam-se como ingre-dientes de expressão, afinal, do egoísmo deriva todo o mal. Sim, se pararmos mesmo para pensar num desejo descontro-lado, em qualquer área, que gera sofrimentos, no fundo está o egoísmo do interesse pessoal. No fundo está o des-respeito com o sentimento alheio.

Page 12: Órgão informativo da USE-Jaú - Ano 17 - Edição 168 ...€¦ · Os originais dos artigos que não forem publicados não serão devolvidos aos seus autores. Correspondência para

12 Dezembro

Você já esteve em ambien-tes em que se sentiu mal, cons-trangido, pouco à vontade?

Ao comentar essas coisas com alguém pode ser que te-nham dito que é coisa de sua cabeça, ou, então, má vontade de sua parte para com aquela “turma”.

Até pode ser, mas... nem sempre é má vontade de nossa parte.

Ocorre que nossa alma sen-te, por intermédio da expansão do períspirito, se aquele am-biente ou aquelas pessoas têm fluidos simpáticos aos nossos.

O corpo engana, os gestos podem ser perfeitamente tra-çados e planejados para agra-darmos os outros, mas o mes-mo não ocorre com os fluidos que não podem ser manipu-lados por algo que não seja o pensamento.

Os fluidos não se corrom-pem com as aparências e os sorrisos falsos, eis porque po-demos sentir uma estranha sensação de mal querer mes-

mo com todos nos tratando de forma simpática.

Nossos fluidos, pois, confor-me ensina Kardec, interpene-tram-se com os de outros Es-píritos e sentimos bem ou mal estar, a depender dos Espíritos encarnados ou desencarnados que estejam ao nosso redor.

Eis a razão pela qual busca-mos, até de forma inconscien-te, estar ao lado de pessoas que possuem valores seme-lhantes aos nossos.

É que nossa alma anseia a calmaria e busca ficar longe dos embates, principalmente os em-bates psíquicos, internos, que ocorrem longe da vista de todos.

Em nossa relação com as pessoas, ou com os Espíritos, há muito mais do que atração dos corpos, há, sobretudo, uma busca da alma, da essência que existe em nós por fluidos que se combinem com os nossos.

Nosso ser almeja a felicidade mesmo que relativa, e impossí-vel é ser feliz num ambiente de constante intriga, mal querer, inveja, portanto, de fluidos que não se combinam.

Não é sem razão que os Es-píritos informam ser uma das maiores felicidades da Terra estar ao lado de almas amigas, que têm valores muito próxi-mos aos que temos.

Entretanto, vale salientar que, conforme crescemos, le-varemos em nós somente o amor e a simpatia, de tal modo que teremos poucas antipatias e muitas afeições.

Mas isto é fruto de um in-tenso labor do Espírito por con-quistar a capacidade de amor incondicional.

Um dia chegaremos lá e te-remos apenas afetos, amores, pessoas pelas quais simpati-zamos, pois pouco importará o fluido que emana do outro, porquanto o fundamental será o fluido que nós emanamos, e este será, tão somente, salpica-do de amor e bem querer.

Por que nos sentimos mal em determinados ambientes?Wellington BalboSalvador/BA

Page 13: Órgão informativo da USE-Jaú - Ano 17 - Edição 168 ...€¦ · Os originais dos artigos que não forem publicados não serão devolvidos aos seus autores. Correspondência para

Dezembro 13

Pelo Espírito Irmão X. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.Livro “Momentos de Ouro”. Lição nº 12.

Nada melhor que os pró-prios autores responderem. O que parece novo, não é tão novo assim. Isso porque falsas notícias, inverdades sempre existiram. É que agora, com o

poder de impulsão pelas redes sociais, tudo parece ser instan-tâneo, em tempo real, e a aces-sibilidade às informações está cada vez mais fácil na socieda-de pós-moderna da informa-

ção, da ciência e da tecnologia em que estamos imersos.

O cuidado com o trato das fake news não é de agora. Jesus e o Espiritismo já nos apontam como nos comportar diante de

FAKE NEWS – O que o Espiritismo tem a ver com isso?Geraldo Campetti Sobrinho-vice presidente FEB

Agora é moda. Ou seria mo-dismo?!…

O novo é inovador, transfor-mador. Assim é a Boa-Nova, a mensagem do Evangelho de Jesus, oportuna. O Espiritismo também é sempre atual em seu conteúdo.

Ao contrário, o modismo vem e passa, alardeia e some, confunde e desaparece… É comum surgir uma ou outra “novidade” que pretende revo-lucionar o mundo, como se a roda fosse descoberta a cada momento!

As informações são veicula-das a mancheias e surgem de inúmeros lugares e de replica-

dores, sem que se saiba ao certo a fonte original. Muito menos se consegue verificar a originalida-de ou fidelidade da informação: verdadeira ou falsa?

Um princípio básico do jor-nalismo é que a fonte deve ser inúmeras vezes checada, con-ferida, antes de a matéria ser publicada, para se ter certeza de sua origem e autenticidade.

Hoje se fala tudo sobre qualquer coisa, sem nenhum compromisso com o conteúdo, fatos e pessoas. Interessa mais o furo, ser o primeiro a disse-minar a novidade. A pressa em compartilhar, postar, divulgar é impressionante e lamentável.

Já ouviram falar em fake news, as tais notícias falsas?

Agora, todo mundo está fa-lando sobre isso, no Brasil e no mundo inteiro. Se você não sabe o que é, fique antenado, pois isso é a febre contagiante dos tempos líquidos em que vivemos.

Fala-se o que não se deve, espalha-se o que não se pode-ria. Notícias falsas, informações incompletas, dados manipula-dos, meias-verdades, polêmicas, tendenciosidades, extremis-mos, formação de opiniões…

O que está por detrás da divulgação de mensagens ou notícias falsas? Enganar, iludir,

O Evangelho de Jesus e o Espiritismo têm algo a ver com tudo isso?

Page 14: Órgão informativo da USE-Jaú - Ano 17 - Edição 168 ...€¦ · Os originais dos artigos que não forem publicados não serão devolvidos aos seus autores. Correspondência para

14 Dezembro

tais situações. Vamos conferir algumas expressões que aler-tam sobre o assunto:

1) Não acrediteis em todos os Espíritos, mas provai se os Espíritos são de Deus, porque são muitos os falsos profetas, que se levantaram no mundo (João, Epístola I, cap. 4: 1).

2) A boca fala do que está cheio o coração (Lucas, 12: 34).

3) Guardai-vos dos falsos profetas que vêm ter convosco cobertos de peles de ovelha e que por dentro são lobos ra-paces. Conhecê-los-eis pelos seus frutos. Podem colher-se uvas nos espinheiros ou figos nas sarças? Assim, toda árvore boa produz bons frutos e toda árvore má produz maus frutos. Uma árvore boa não pode pro-duzir frutos maus e uma árvore má não pode produzir frutos bons. Toda árvore que não pro-duz bons frutos será cortada e lançada ao fogo. Conhecê--la-eis, pois, pelos seus frutos (Mateus, 7:15 a 20.)

4) Tende cuidado para que alguém não vos seduza; por-que muitos virão em meu nome, dizendo: “Eu sou o Cris-to”, e seduzirão a muitos. Le-vantar-se-ão muitos falsos pro-fetas que seduzirão a muitas pessoas; e porque abundará a iniquidade, a caridade de mui-tos esfriará. Mas aquele que perseverar até o fim se salvará. Então, se alguém vos disser: “O

Cristo está aqui, ou está ali”, não acrediteis absolutamente; por-quanto falsos cristos e falsos profetas se levantarão e farão grandes prodígios e coisas de espantar, ao ponto de seduzi-rem, se fosse possível, os pró-prios escolhidos (Mateus, 24:4, 5, 11 a 13, 23 e 24; Marcos, 13:5, 6, 21 e 22.)

5) Deve-se publicar tudo o que os Espíritos dizem? (Allan Kardec, RE, nov. 1859)

6) Antes de falar qualquer coisa, passe pelos três crivos, ou pelas três peneiras: se é bom, verdadeiro e útil (Atribu-ído a Sócrates).

7) Na dúvida, abstém-te, diz um dos vossos velhos provér-bios. Não admitais, portanto, senão o que seja, aos vossos olhos, de manifesta evidência. Desde que uma opinião nova venha a ser expendida, por pouco que vos pareça duvido-sa, fazei-a passar pelo crisol da razão e da lógica e rejeitai de-sassombradamente o que a ra-zão e o bom senso reprovarem. Melhor é repelir dez verdades do que admitir uma única fal-sidade, uma só teoria errônea (Erasto. LM, cap. 20, it. 230).

*É natural nos questionar-

mos sobre qual deve ser nossa postura diante das informa-ções possivelmente falsas.

Recomendável que o discer-nimento oriente nossas ações.

Assim, oportuno lembrar que, perante as possíveis fake news, devemos:

a) ser cautelosos quanto a novidades e notícias bombás-ticas;

b) adotar a dúvida, como segurança informacional, sem julgamentos;

c) levantar rigorosamente a fonte da informação;

d) avaliar se o conteúdo é verdadeiro, bom, útil e perti-nente; e

e) evitar retransmitir conte-údos duvidosos ou suspeitos por quaisquer meios nas redes sociais: Facebook, Twitter, What-sApp, e-mail, textos, palestras, conversas, dentre outros.

Lembremo-nos de que somos divulgadores, influen-ciamos e somos influenciados o tempo todo na vida. E, con-sequentemente, somos res-ponsáveis pelos nossos pensa-mentos, palavras e ações onde estivermos e aonde formos.

Pensemos no bem! Falemos sobre o bem! Ajamos no bem! Assim, o mundo será melhor para todos nós.

Referências:DEVE-SE publicar tudo o que dizem os Espíritos? Revista Espírita, nov. 1859. Disponível em: http://www.febnet.org.br/blog/geral/colunistas/deve--se-publicar-tudo-quanto-dizem-os-espiritos/>. Acesso em: 14 dez. 2017.KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritis-mo. Tradução de Guillon Ribeiro. 131. ed. 8. imp. (Ed. Histórica). Brasília: FEB, 2017. Cap. 21, it. 1-3.O livro dos médiuns. Tradução de Guillon Ribeiro. 81. ed. 5. imp. Brasília: FEB, 2016. (Ed. Histórica). Cap. 20, it. 230.

Page 15: Órgão informativo da USE-Jaú - Ano 17 - Edição 168 ...€¦ · Os originais dos artigos que não forem publicados não serão devolvidos aos seus autores. Correspondência para

Dezembro 15

Mãe: - Felipinho, meu filho, você está atrasado para a esco-la! Vamos, levanta! Ainda preci-sa tomar banho e tomar o café da manhã! Você vai acabar per-dendo o horário para o ônibus!

Felipinho: - Mãe, por favor... não quero ir à escola hoje! Só hoje! Não quero outro dia infeliz...

Mãe: - Meu filho, mas o que aconteceu? Você não é feliz na escola? Você tem uma profes-sora tão educada e prestativa, além de amigos muito legais!

Felipinho: - Mãe, eu só queria ser feliz na escola! Ontem meu dia foi muito triste!

Mãe: - O que você precisa para alcançar a felicidade na escola, meu filho?!

Felipinho: - Para ser feliz na es-cola, eu gostaria que as pessoas me cumprimentassem, disses-sem bom dia! Ontem quando eu cheguei ninguém me disse bom dia: o seu Zé - o nosso porteiro brincalhão, a professo-ra Carolina também não, muito menos os meus amigos na sala!

Felipinho: - Depois, começou a aula de matemática! Eu sou fera! Terminei os exercícios an-tes de todo mundo e fiquei de boa! Mas quando começou a aula de português, senti muita dificuldade e ninguém se ofe-receu para me ajudar!

Felipinho: - Quando tocou o sinal para o recreio, descobri que eu tinha esquecido meu lanche em casa. Que tristeza! Sorte a minha que me lembrei do dinheiro que eu tinha guar-dado na mochila, dava pra com-prar um salgado pelo menos!

Mãe: - Eu sempre aviso para você não esquecer o lanche, né meu filho?!

Felipinho: - Então mãe, mas as coisas continuaram tristes. Na correria para o recreio, aca-bei perdendo meu dinheiro. Quem achou, não me devol-veu! Eu até perguntei para o seu Zé se alguém entregou alguma coisa... e nada! Além de ficar sem meu lanche, os amigos que estavam comendo não me ofereceram nada, nem um pedacinho!

Mãe: - E o que você fez?Felipinho: - Depois disso eu

resolvi é brincar! Mas como eu me atrapalhei com o lanche, todo mundo já estava jogando futebol e nem repararam que eu estava ali do lado de fora es-perando o convite pra brincar. Tocou o sinal e nem brinquei e para completar, voltamos para a aula de português novamen-te e eu fiquei lá boiando, sem nada entender.

Felipinho: - E ainda tem mais,

mãe! Na saída, todo mundo foi embora junto, brincando, con-versando até o ponto de ônibus e ninguém se despediu de mim. Inclusive o seu Zé, o porteiro! E pra completar, perdi o ônibus e tive que esperar outro! Chega né mãe, foi muita coisa chata para um dia só! Eu gostaria de ser mais feliz na escola!

Mãe: - Meu filho, peço que seja sincero e escute com mui-ta atenção, promete?

Felipinho: - Prometo, mãe!Mãe: - Agora me diga, o que

você fez quando chegou a es-cola ontem? Cumprimentou as pessoas?

Felipinho: - Ah mãe, eu esta-va muito atrasado, como sem-pre! Passei correndo pelo seu Zé, e fui correndo para a sala de aula, sentei e já abri os meus livros e caderno!

Mãe: - E durante as aulas de matemática, que você é fera,

A felicidade de Felipinho

Page 16: Órgão informativo da USE-Jaú - Ano 17 - Edição 168 ...€¦ · Os originais dos artigos que não forem publicados não serão devolvidos aos seus autores. Correspondência para

16 Dezembro

você percebeu se tinha alguém com dificuldade? Ajudou al-guém a fazer os exercícios? Já que não é uma matéria tão fácil...

Felipinho: - Sabe que eu nem observei, mãe?! Eu faço tudo rápido, na esperteza!

Mãe: - E meu filho, o que você faz quando encontra algo que não é seu?

Felipinho: - Mãe, se eu puder usar até que fico pra mim né! Achado não é roubado, quem perdeu é relaxado!

Mãe: - E quando sua mãe prepara seus lanches tão gos-tosos, alguém já experimentou um pedacinho?

Felipinho: - Até parece, mãe! O lanche é muito bom e gos-toso para ser dividido, quero só pra mim!

Mãe: - Qual a brincadeira mais divertida na hora do recreio?

Felipinho: - O pessoal é muito bom na queimada!

Mãe: - E sempre tem crian-ças novas sendo convidadas a participar?

Felipinho: - Xi mãe, sabe que eu nem reparo nessas coisas...

eu estou é curtindo, pra quê vou ficar observando quem está brincando ou não?!

Mãe: - E na hora de ir embo-ra meu filho, você se despede das pessoas?

Felipinho: - Olha mãe, o ônibus chega muito rápido, eu tenho que sair correndo, não dá tempo de dizer tchau pra ninguém!

Mãe: - Agora, seja sincero e observe as suas atitudes. Tudo o que você gostaria que as pesso-as fizessem para você ter um dia mais feliz, você também faz por elas? Pense nas atitudes das pes-soas, que deixaram seu dia infeliz ontem e pense nas atitudes que você também fez. Pensou?

Felipinho: - É, pensando bem, eu acho que eu também

Pirilampo e a Leitura“Neste livro, a Turma da Mônica recebe a visita de André, um primo do Cascão que vai apresentar para as crianças conceitos do Evangelho que todos podemos usar no dia a dia, independentemente da religião que praticam. Meu Pequeno Evangelho traz lindas mensagens de amor, caridade e humildade, contadas de forma divertida com os personagens mais queridos do Brasil.”

posso deixar o dia de alguém triste me comportando assim! Na verdade, eu fiz igual a todo mundo e ainda reclamei.

Mãe: - Filho, a felicidade co-meça a partir de nós. Se que-remos o amor do próximo, precisamos amar ao próximo. E é nas pequenas atitudes que mostramos o nosso amor pelas pessoas.

Mãe: - Jesus nos ensinou amar ao próximo como a nós mesmos. Se você, Felipinho, procura a ale-gria e a felicidade na escola, seja para com os outros como deseja que os outros sejam com você. E se cada pessoa pensar dessa mesma forma, muito em breve a sua escola poderá ter somente dias de alegria!

Page 17: Órgão informativo da USE-Jaú - Ano 17 - Edição 168 ...€¦ · Os originais dos artigos que não forem publicados não serão devolvidos aos seus autores. Correspondência para

Dezembro 17

Reflexão para os Pais

A criança é um Espírito reen-carnado, uma alma que recome-ça uma nova existência na carne.

Como ser espiritual, traz toda uma bagagem acumulada ao longo de sua trajetória evolutiva. Seu destino é a perfeição de que é suscetível e, para isso, conta com o tempo necessário, pois seu esforço de aperfeiçoamen-to não se circunscreve apenas a uma existência terrena.

No corpo e fora dele, dá continuidade ao seu aperfeiço-amento e à sua caminhada na conquista da felicidade.

Precisamos entender bem a função própria do período infan-til para avaliarmos a real impor-tância da Evangelização Espírita Infanto-Juvenil.

A principal finalidade de o Es-pírito nascer criança outra vez é ser educado novamente.

“Nessa fase é que se lhe pode reformar os caracteres e reprimir os maus pendores”- Allan Kardec (O Livro dos Espíritos, questão 385).

As impressões positivas que

recebe durante a infância po-dem ser determinantes em sua existência atual e até em próxi-mas vidas.

Exatamente por causa do estado de semiconsciência do Espírito encarnado num corpo infantil, suas barreiras de defe-sa psíquica estão neutralizadas: ele está brando, mais receptivo, mais maleável, mais aberto a to-das as influências.

Daí a importância da Evange-lização Espírita, pois evangelizar é preparar o ser humano para enfrentar todos os momentos e adversidades da vida nos postu-lados do Evangelho.

É o único meio de cultivar no Espírito da criança, desde o alvo-recer da vida, o entendimento da prática das boas obras, a aquisição da moral e do saber, para que ela atinja o crepúsculo físico conscien-te de suas conquistas espirituais, conhecendo a si mesma e situan-do-se no Universo como colabora-dor da Divindade Suprema.

Quando Jesus nos reco-mendou não desprezar os pe-queninos, esperava de nós não somente medidas providenciais alusivas ao pão e à vestimenta. É imprescindível o abrigo moral que assegure ao espírito renas-cente o clima de trabalho neces-sário à sua sublimação.

A criança é o sorriso do futuro na face do presente. Evangelizá--la é, pois espiritualizar o porvir, legando-lhe a lição clara e pura do ensinamento cristão, a fim de que, verdadeiramente, viva o

Cristo nas gerações de amanhã.Sob a ótica da doutrina espí-

rita, devemos entender que, na juventude, o indivíduo já deixou de ser criança, mas ainda não é adulto.

Ele está numa outra fase de seu desenvolvimento, etapa di-fícil, marcada por mudanças de ordem biológica, psicológica, social e necessita, mais do que nunca, de orientação e amparo para que possa estar bem consi-go, com o próximo e com Deus, conforme nos instrui Kardec em O Livro dos Espíritos, questão 385: “Na adolescência o espírito reto-ma a natureza que lhe é própria e se mostra qual era”. - Allan Kardec

É um período de reorganização que se inicia, na maioria das ve-zes, com contestações, rebeldias, rupturas, inquietações, podendo passar por transgressões, para desembocar numa reflexão sobre os valores que o cercam sobre o mundo e sobre a sua existência.

É preciso saber um pouco da história de vida do adolescente para conhecer suas potenciali-dades e dificuldades. Esse co-nhecimento facilita o diálogo entre adolescente, evangeliza-dor e grupo.

No jovem, ainda é possível corrigir, compensar falhas e de-ficiências da infância, mas no adulto a tarefa de remodelação é normalmente muito mais difícil.

O homem será o que de sua infância se faça.

A criança é sementeira que aguarda, o jovem é campo fe-

A importância da Evangelização infantil

Page 18: Órgão informativo da USE-Jaú - Ano 17 - Edição 168 ...€¦ · Os originais dos artigos que não forem publicados não serão devolvidos aos seus autores. Correspondência para

18 Dezembro

Atividadescundado, o adulto é seara em produção.

Desse modo, conforme a qualidade da semente, teremos a colheita.

Saibamos cuidar de nossos jovens, moldando-lhes o ca-ráter e a personalidade, sob as diretrizes dos ensinamentos do Cristo à luz da Doutrina Espírita e estaremos, assim, contribuin-do para a formação de adultos mais equilibrados e conscientes de suas responsabilidades dian-te da construção do Mundo do terceiro milênio.

O caminho pode ser longo. Estamos sempre por chegar, construindo e reconstruindo. Trata-se de um caminhar con-tinuo repleto de descobertas e surpresas.

Assim é o trabalho: cheio de possibilidades e de reconstru-ções. As sementes deixadas ger-minarão a seu tempo.

Os frutos, talvez não os possa-mos colher, mas sabemos que lá estarão para serem colhidos.

Trabalhamos para estabele-cer bases para a compreensão e vivência dos valores morais calcados nas leis de Deus, e essa compreensão e vivência preci-sam de tempo para construir-se e consolidar-se.

Material IV Encontro de Evangelizadores – FEB

O Livro dos Espíritos AllanKardecA Educação segundo o

Espiritismo – Dora Incontriwww.consolador.com.br

ww.institutochicoxavier.com

Page 19: Órgão informativo da USE-Jaú - Ano 17 - Edição 168 ...€¦ · Os originais dos artigos que não forem publicados não serão devolvidos aos seus autores. Correspondência para

Dezembro 19

Livro-Alerta - Joana de Ângelis Psicografia Divaldo Pereir Franco

Nas contingências afligen-tes do cotidiano e ao largo das horas que parecem estaciona-das sob a injunção de dores íntimas, extenuantes, que se prolongam, não te deixes es-tremunhar, nem te arreben-tes em blasfêmias alucinadas, com que mais complicarás a situação.

Tempestade alguma, devas-tadora quão demorada, que não cesse.

Alegria nenhuma, repletada de bênçãos e glórias, que se não acabe.

A saúde perfeita passa; a juventude louçã desaparece; o sorriso largo termina; a algara-via de festa silencia…

Da mesma forma, o agui-lhão do infortúnio se arreben-ta; a enfermidade se extingue; a miséria muda de lugar; a

morte abre as portas da vida em triunfo…

Tudo quanto sucede ao ho-mem constitui-lhe precioso acervo, que o acompanhará na condição de tesouro que pode-rá investir, conforme as circuns-tâncias que lhe cumpre enfren-tar, ao processo da evolução.

Os que aspiram a fortunas alegam, intimamente, que se as possuíssem mudariam a situação dos que sofrem es-cassez. No entanto, os grandes magnatas que açambarcam o poder e usufruem da abundân-cia, alucinam-se com os bens, enregelando os sentimentos em relação ao próximo…

Quantos anelam pela saúde, afirmam, no silêncio do cora-ção, as disposições de aplicá-la a benefício geral. Não obstan-te, os que a desfrutam, quase sempre malbaratam-na nos excessos e leviandades com

que a comprometem, desas-trados…

O bem deve ser feito como e onde cada qual se encontre.

Em razão disso, as situações e acontecimentos de que se não é responsável, no mo-mento, devem ser enfrentados com serenidade e moderação de atos, por fazerem parte do contexto da vida, a que cada criatura se vincula.

A vida são o conteúdo supe-rior que dela se deve extrair e a forma levada com que se pode retirar-lhe os benefícios.

Um dia sucede o outro, con-duzindo as experiências de que se reveste, formando um todo de valores, que programam as futuras injunções para o ser.

Recorre, as situações diver-sas, aos recursos positivos de que dispões, e aguarda os re-sultados desse atitude.

Jesus é sempre o exemplo.

Mensagem de coragem para a sua vida

Page 20: Órgão informativo da USE-Jaú - Ano 17 - Edição 168 ...€¦ · Os originais dos artigos que não forem publicados não serão devolvidos aos seus autores. Correspondência para

20 Dezembro

Poderia haver liberado to-dos os enfermos que encon-trou pela senda; mas não o fez.

Se quisesse, teria modifi-cado as ocorrências infelizes, que o levaram às supremas humilhações e à cruz; todavia, sequer o intentou.

Conferiria fortuna à pobre-za, à mole esfaimada que O buscava, continuamente; to-davia, não se preocupou com essa alternativa.

Elegeria para o Seu labor so-mente homens que O compre-endessem e Lhe fossem fiéis, sem temores, nem fraquezas;

porém optou pelo grupo de que se cercou.

Modificaria as estruturas so-ciais e culturais da Sua época; sem embargo, viveu-a em toda a plenitude, demonstrando a importância primacial da expe-riência interior e não dos valo-res externos, transitórios.

Apresentar-se-ia em triunfo social, submetendo o reizete que Lhe decidiu a sorte; apesar disso, facultou-se viver sob as condições do momento em plena aridez de sentimentos e escassez de amor entre as criaturas…

Jesus, no entanto, conhe-

cia as razões fundamentais de todos os problemas humanos e a metodologia lenta da evo-lução; identificava que a emu-lação pela dor é mais signifi-cativa e escutada do que a do amor, sempre preterido; sabia do valor das conquistas su-periores do Espírito, em detri-mentos das falazes aquisições que se deterioram no túmulo e dissociam os tesouros da alma.

Tem, portanto, coragem e faze como Ele, ante dificulda-des e problemas que passarão, armando-te hoje de esperança para o teu amanhã venturoso.

A trilogia acima, como to-dos os ensinamentos atribuí-dos a Jesus, merece uma refle-xão mais acurada.

Diante das lutas terrenas fa-z-se imprescindível o homem aprender sobre os caminhos libertadores do espírito, dis-solvendo a cadeia de conven-ções sufocantes, preconceitos

estéreis, dedicações vazias e hábitos cristalizados.

Infelizmente, por nos faltar um olhar mais sensível aquilo que somos verdadeiramente, ou seja, espíritos imortais, vamos aceitando de forma mecanizada as formas arcaicas e ultrapassa-das de nos conectarmos com o divino e, dessa forma, o instru-mento valiosíssimo da prece, é utilizado de forma equivocada.

O que estamos pedindo? Facilidades, isenção de res-ponsabilidade diante de nos-sas atitudes, “milagres”?

Na verdade, o primeiro pas-so, ou seja, pedir, deve revestir--se de entendimento, de lucidez mental, para que os nossos pe-didos encontrem ressonância no bem, dissipando o escuro cipoal das ilusões que nos des-viam dos interesses eternos.

Os três imperativos: Pedi, Buscai, Batei!Martha Triandafelides CapelottoJaú / SP

Page 21: Órgão informativo da USE-Jaú - Ano 17 - Edição 168 ...€¦ · Os originais dos artigos que não forem publicados não serão devolvidos aos seus autores. Correspondência para

Dezembro 21

Simples? Nem um pouco, pois, a grande maioria, sequer pensa na sua própria essência, sem se dar conta do quanto pode realizar em seu próprio benefício, por meio da rogati-va correta.

A seguir, depois de saber o que pedir, será preciso buscar, e a pergunta: o que estamos buscando? E não menos fácil é a tarefa, pois a procura cons-titui-se de esforço seletivo. Quantas sugestões inferiores se nos apresentam revestidas de brilho falso, acobertando o pano de fundo, precipitado-ras aos abismos mais profun-dos da degradação humana. Quanto vemos todos os dias, pela incapacidade de se buscar o roteiro do bem, verdadeiras tragédias morais que arrastam as criaturas a comprometimen-tos que retardarão a elevação espiritual das mesmas.

Assim, aprendendo a pedir e buscar, chega-se ao momen-to de preparar o terreno da edi-ficação que só se concretizará com o esforço metódico. Ali-ás, a vontade, como uma das potências de nossa alma, será

sempre o “start” para todas as nossas empreitas. Todo o es-forço para a transformação no bem, só se realizará se acionar-mos a vontade. De nada adian-tará rogar sem rumo, procurar e agir sem objetivo elevado, esperando “cair” do céu.

Para que essa trilogia possa ser compreendida e posta em prática, algumas orientações de Emmanuel, mentor de Chi-co Xavier, encontradas na obra “Assim Vencerás”, capítulo 31, Ed. Ideal, poderão ser analisa-das, como as que se seguem: “Pede a graça da saúde, mas não te esqueça da própria defesa contra a enfermidade; roga o favor da luz, todavia, não permaneças na sombra; solicita o facho da esperança, contudo, aprende a cultivar a serenidade, a fim de que não te arrojes aos precipícios do desespero; pede a benção da coragem, mas preserva-te con-tra o desânimo; roga a conces-são de recursos materiais para a solução dos problemas que te afligem no mundo, mas não te esqueças de aprender a gas-tar com equilíbrio e respeito

sem te precipitares em débitos insolúveis. Tudo na vida é per-muta, colaboração, experiência e o nosso trabalho é sempre um contrato entre o Senhor e nós outros, na execução do qual precisamos receber para dar e dar para receber.”

Pedi, buscai e batei! E nós poderíamos acrescentar mais um imperativo: Pedi, buscai, batei e obtereis, pois, todo aquele que pede, recebe e aquele que busca, encontra...quem procura o mal encon-tra-se com o mal igualmente. Inegavelmente, num campo de lutas chocantes como a es-fera terrestre, a caçada ao mal é imediatamente coroada de êxito, pela sua preponderân-cia entre as criaturas.

Por todas as razões ex-postas, preciso será buscar o bem todos os dias, para que as desilusões, a descrença, os propósitos inferiores, não ocu-pem lugar em nossas vidas.

Saibamos pedir e como pe-dir, conscientes de que tudo será dado, de acordo com a perfeita correspondência entre nossa alma e a alma das coisas.

Page 22: Órgão informativo da USE-Jaú - Ano 17 - Edição 168 ...€¦ · Os originais dos artigos que não forem publicados não serão devolvidos aos seus autores. Correspondência para

22 Dezembro

Em uma das sessões mediú-nicas do Centro Espírita Francisco Cândido Xavier, de São José do Rio Preto, um Espírito se manifes-tou pela mediunidade de psico-fonia relatando sua condição.

Disse sentir-se cansado e muito pesado, com muita di-ficuldade de movimentar-se. Percebia-se também uma falta acentuada de ânimo.

Questionado se tinha noção da causa de sua atual condi-ção, disse que sim, e que a sua situação era decorrente do tipo de vida que experimentara em sua última encarnação. Volta-do para a materialidade, tinha como premissa básica tirar pro-veito de tudo o que a vida física possa permitir ao sensório cor-poral, com pouca atenção aos valores do espírito imortal.

A conversa com o dialo-gador se estendeu um pouco mais, dando-nos uma oportu-nidade de reflexão.

A presença dele atestava que o socorro espiritual che-gara, provavelmente em de-corrência do “cair em si” após o desencarne, com a presença do arrependimento sincero.

Há mais alegria no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove jus-

tos, que não tem necessidade de arrependimento, disse Nosso Se-nhor Jesus Cristo (1), mostrando--nos que o céu espera a decisão pessoal e trabalha pelo arrepen-dimento da criatura humana, se alegrando quando este ocorre, porque essa é a condição neces-sária ao resgate do “pecador”.

A respeito do arrependi-mento os Espíritos Superiores responsáveis pela Codificação Espírita nos esclarecem, entre outras coisas, que (2):

– Se dá “Na vida espiritual; mas também pode ocorrer na física, quando chegais a com-preender a diferença entre o bem e o mal.

– Tem como consequência “O desejo de uma nova en-carnação para se purificar. O Espírito compreende as imper-feições que o impedem de ser feliz e por isso anseia por uma nova existência em que poderá reparar suas faltas”.

Se não reconheceu suas faltas na vida corporal, na vida espiritual “sempre as reconhe-ce, e então sofre mais, porque sente todo o mal que fez ou de que foi causa voluntária. Entre-tanto, o arrependimento nem sempre é imediato. Há Espíritos que teimam nas inclinações negativas, apesar dos seus so-frimentos; mas, cedo ou tarde,

reconhecerão o caminho falso, e o arrependimento virá. É para esclarecê-los que trabalham os bons Espíritos, e vós também podeis trabalhar nesse sentido”.

– “A reparação ocorre du-rante a vida física pelas provas a que o Espírito é submetido, e na vida espiritual pelos sofri-mentos morais ligados à infe-rioridade do Espírito”.

“Toda queda moral nos seres responsáveis opera certa lesão no hemisfério psicossomático ou pe-rispírito”, ensina o Benfeitor André Luiz (4), e como a queda moral é assinalada pela consciência, pois que é onde está escrita a Lei de Deus (3), o estado mental corres-pondente sempre será refletido no corpo perispiritual, daí a sen-sação de peso e cansaço experi-mentados pelo nosso irmão da sessão mediúnica.

Tanto ele quanto nós tive-mos, com a oportunidade do intercâmbio mediúnico, condi-ções de dilatar um pouco mais o entendimento das Leis que regem nossas vidas, através do conhecimento da verdade. Aquela, que o Senhor Jesus anunciou como sendo a porta-dora de nossa liberdade (5).

Pensemos nisso.Referências: (1) Lucas 15:7; (2) O Livro dos Espí-ritos, questões 990 a 1002; (3) O Livro dos Espí-ritos, questões 621; (4) Evolução em Dois Mun-dos, André Luiz e Francisco C. Xavier, cap. 35;(5) João 8:32.

Um caso de arrependimentoAntônio Carlos NavarroSão José do Rio Preto/SP

Page 23: Órgão informativo da USE-Jaú - Ano 17 - Edição 168 ...€¦ · Os originais dos artigos que não forem publicados não serão devolvidos aos seus autores. Correspondência para

Dezembro 23

“E Eu, quando levantado da terra, atrairei todos a mim.” (João:12-32)

Jesus veio para inaugurar na terra o reino do amor. En-controu dificuldades de toda natureza, porque os homens daqueles dias em que ele vi-veu entre nós, estavam acos-tumados ao poder e à força.

As criaturas se encontra-vam divididas entre senhores e escravos, poderosos e os sem valor nenhum.

A vida não era respeita-da, porque a guerra destruía as esperanças e submetia os que não podiam vencer,

deles fazendo infelizes sem liberdade.

Quando Jesus ensinou que todos os homens são iguais e que as diferenças se fazem somente através das conquistas morais, houve aborrecimentos por parte dos que governavam e queriam manter o estado de coisas no ritmo em que se encontrava.

Ele, porém, continuou a ensinar o amor a todos os seres, o perdão a todas as ofensas e a humildade como formas de crescimento para Deus. Vivia cercado pelos po-bres, pelos sofredores, pelos que eram desprezados e não mereciam nenhuma conside-ração.

Em qualquer lugar em que ele aparecia, as multidões se aproximavam para o ouvir e receber das suas mãos o ali-mento da paz, a esperança de felicidade e a saúde. Nada conseguia perturbar Jesus. Ele convidou doze homens para que se tornassem seus discípulos, porque era o mais sábio do mundo, assim fazen-do-se mestre de todos.

Esses amigos o amavam, mas não compreendiam a missão dele, o reino que fun-dava. Porque sofriam, e eram pobres, esperavam que ele se tornasse rei do país onde todos eles haviam nascido, e que se chamava Israel.

Ele demonstrava não ter interesse pelas coisas do mundo, nem pelas posições de destaque social na terra. Renunciava a tudo: aos aplau-sos, às gratidões, aos jogos humanos.

Mas, os companheiros não entendiam a sua atitude e ficavam inquietos. Eles ama-vam a Deus, mas queriam a felicidade no mundo.

Jesus, no entanto, ensi-nou-lhes, dizendo:

Lição de Jesus para a sua vidaLivro O Vencedor - Espírito Amélia Rodrigues - Divaldo Pereira Franco

Page 24: Órgão informativo da USE-Jaú - Ano 17 - Edição 168 ...€¦ · Os originais dos artigos que não forem publicados não serão devolvidos aos seus autores. Correspondência para

24 Dezembro

Agenda Cristã – pelo Espirito André Luiz – psicografia

Francisco Cândido Xavier

– Eu sou o caminho para Deus, que é a verdade e a vida, e ninguém consegue compreender essa realidade, senão por meu intermédio.

Cada vez que ele apresen-tava lições tão profundas, que contrariavam religiosos da época, aumentavam os ódios contra a sua vida.

Foi durante a sua visita a Jerusalém, que era a capital de Israel, como ainda hoje, duran-te umas festas chamadas de Páscoa, que Ele foi preso e le-vado a um julgamento injusto.

Judas, que era também seu discípulo, o vendeu aos sacerdotes, traindo o seu amor. E Pedro, que igualmen-te o amava muito, quando foi apontado como sendo seu amigo, respondeu com medo, por três vezes:

– Eu nunca vi esse homem!Os dois se arrependeram,

quando o viram, depois de condenado, ser crucificado, no alto de um monte que era conhecido pelo nome de Calvário. Judas, atormentado,

suicidou-se, envergonhado do que fizera, cometendo, com esse ato, um crime mui-to grave diante de Deus.

Pedro procurou recupe-rar-se, também arrependido, vivendo totalmente dedicado a pregar e a viver a doutrina que ele havia ensinado. E, de fato, foi na cruz, erguido da terra, que todos compreen-deram que Jesus era o verda-deiro vencedor do mundo.

Embora houvesse morri-do, ele ressuscitou, três dias depois, e voltou a conviver com os amigos, aparecendo até aos estranhos, num lugar onde estavam quase qui-nhentas pessoas, num mon-te, escutando João, que era o seu discípulo amado, falando a respeito dele.

O verdadeiro vencedor não é aquele que domina os outros, mas quem consegue dominar os seus ímpetos, amando sem qualquer ran-cor de ninguém, nem mesmo daqueles que o persigam e maltratem.

Ande Acima- Ante o bloco de pedra bruta, não se prenda à ideia do peso.- Lembre-se da estátua primorosa que poderá sair dele.- Contemplando as dificuldades da sementeira, não se detenha no receio à enxurrada e aos vermes daninhos. Recorde o pão que lhe fartará o celeiro.- À frente da tempestade, não se perca em lamentações. Medite nos benefí-cios que advirão de sua passagem.- À face do trabalho árduo, não tema o suor que correrá copiosa-mente.- Centralize a expectativa nas boas obras que surgirão.- Não se fixe no calor da forja. Espe-re as utilidades que ela fornecerá à sua vida.- Não imagine tão-somente os perigos da enfermidade. Calcule a alegria e o poder de curar.- Se você está governado, efetiva-mente, pelo ideal superior, esqueça o amigo que desertou, a mulher que fugiu, o companheiro ingrato e o irmão incompreensível. Todos eles estão aprendendo e passando, como acontece a você mesmo... O que importa é a intensificação da luz, o progresso da verdade e a vi-tória do bem.

Page 25: Órgão informativo da USE-Jaú - Ano 17 - Edição 168 ...€¦ · Os originais dos artigos que não forem publicados não serão devolvidos aos seus autores. Correspondência para

Dezembro 25

Apesar dos dias passarem rapidamente, fica a sensação de que na verdade eles se re-petem.

Acorda-se, vive-se a rotina das preparações para traba-lho, estudo, afazeres domés-ticos, dos hábitos de higiene e alimentação, e o desenvol-vimento de tantas outras ati-vidades que compõem essa vivência diária.

Ao findar-se o dia regres-sa-se ao lar. Vive-se, então, momento de descontração, descanso, hábitos de higiene e alimentação, resolução de pendências (tarefas, trabalhos extra, etc.) e a preparação para uma noite de repouso.

Diante desse cenário po-demos concluir que nossa existência é um eterno reviver de atitudes e hábitos.

Seria esse pensamento correto? Mas o que seria viver então? Seria um reviver eter-no?

E onde se encaixaria nesse reviver o aprendizado?

O avaliar ações, comporta-mentos?

E o estar com Deus através de um diálogo constante?

Onde estaria o sentido maior de tudo?

O homem carrega consigo conceitos equivocados do que seja Viver e Reviver, como se a cada existência tivesse que se limitar a repetir atos mecanica-mente, como se não pudesse pensar, plasmar e criar, ou me-lhor, co-criar com o Pai, aqui nesta grande Teia da Vida, esta-belecendo novas relações, re-fazendo conceitos, eliminando o que não se faz mais necessá-rio, liberando espaço para um aprendizado mais profundo.

Os questionamentos são necessários, pois eles expan-dem a inteligência, a percep-ção e a visão.

Já não existe mais a limita-ção de se viver a rotina, mas a busca por sentidos novos, um entendimento maior e mais profundo de si mesmo. É nesse exato momento que se tem a percepção da busca que se faz mais que urgente da centelha divina que habita em cada um.

Era de se esperar que essa busca e esse encontro de si mesmo viessem acompanha-dos de imensa alegria, mas muitas vezes vem acompa-nhado de dor.

Dor pela descoberta de um “eu” que jamais ousaría-mos supor existir. Mas essa dor não é em vão, pois é atra-vés dela que as máscaras são retiradas e o processo de cura

e amadurecimento tem início.O Reviver entendido des-

sa forma nos leva a certeza e que o resgate do “eu divino” em cada ser, faz com que to-dos sejamos Um no Pai.

Viver então pode ser en-tendido como sendo a co-ragem de assumir esse eu divino, mesmo que ele ainda esteja encoberto de lama, de miasmas construídos ao lon-go das existências, onde se relegou o Amor.

Convido-os a mergulha-rem nessa aventura de Revi-ver para aprender a Viver.

Pois é dela que vem o nosso amadurecimento espi-ritual. Ou como ultimamente costumam chamar da Inteli-gência Espiritual.

E assim encontrarão a rege-neração que já está disponível a todos os seres vivos da Terra.

Coragem e perseverança nessa caminhada de conhe-cimento.

As bênçãos de Maria para nos iluminar e continuar abrindo os caminhos para nossa caravana do bem.

Reviver para aprender a viverMédium Lúcia. (Casa Virtual Luz Espírita)Espírito: Irmão Matheus. (Colônia Espiritual Maria de Nazaré) – 04/11/2013

Page 26: Órgão informativo da USE-Jaú - Ano 17 - Edição 168 ...€¦ · Os originais dos artigos que não forem publicados não serão devolvidos aos seus autores. Correspondência para

26 Dezembro

A natureza é sábia, é fantás-tica. É só observarmos uma la-voura com profundidade e se-renidade, e talvez, poderemos entender as leis Divinas mais claramente.

No início o agricultor prepa-ra o solo, com o carinho e des-velo necessário para estar apto a receber a semente que guar-da em seu bojo todo esplendor da planta.

Feito o plantio logo surge a germinação, é a semente desabrochando a procura da luz solar, para, nos processos de crescimento e fortaleci-mento a planta tenra adquirir os nutrientes necessários para assegurar frutas suculentas e saborosas.

A seguir a floração se faz presente, exalando pelo cam-po o perfume suave, caracterís-tico, e as vésperas do fruto, des-vela-se o agricultor, com mais carinho, pelo aprimoramento da árvore, pois imprescindível é que haja fartura e proveito.

Transportando a sabedoria da natureza para o homem, podemos afirmar que toda criatura, em verdade, é uma planta espiritual, objeto de mi-nucioso cuidado por parte do Divino Semeador.

Cada homem, qual ocorre ao vegetal, apresenta diferen-ciados períodos na existência.

Sementeira, germinação, adubação, desenvolvimento, utilidade, florescência, frutifica-ção, colheita...Na luta espiritual, em identidade de circunstân-cias, o Senhor adota iguais nor-mas para conosco.

Atingindo o conhecimen-to, a razão e a experiência, o Agricultor Celeste nos confere preciosos recursos de enxertia espiritual, com vistas à nossa sublimação para a vida eterna. Se recebemos o Evangelho de Jesus como sendo a lâmpada acesa para a nossa jornada, somos compulsoriamente considerados colaboradores do ministério de Jesus, com-petindo-nos a sementeira e a construção dele em todas as criaturas que nos partilham a estrada.

A cada novo dia de nossa experiência humana, recebe-mos valioso concurso para que os resultados da presente encarnação nos enriqueçam de luz divina pela felicidade que transmitimos aos outros. Somos, contudo, uma “árvore consciente”, com indepen-dência para aceitar ou não os elementos renovadores, com liberdade para registrar a bên-ção ou desprezá-la.

O serviço é de plantação e edificação, reclamando esfor-ço pessoal e boa-vontade para com todos, porquanto, o vege-tal pede tempo e carinho para

desenvolver-se e a casa sólida não se ergue num dia.

Em toda parte, porém, ve-mos cultivadores que detes-tam as exigências de adubo e proteção à planta frágil. Repa-ra, atentamente, quantas vezes nos convoca o Sublime Seme-ador ao engrandecimento de nós mesmo. O ensinamento do Evangelho, contudo, não deixa margem a qualquer dúvida.

A enxertia do Alto procu-ra-nos através de mil modos. Hoje, é na palestra edificante de um companheiro, amanhã, será num livro amigo. Depois, virá por intermédio de uma dádiva aparentemente insigni-ficante do caminho.

Se guardas, pois, o propósito de elevação, aproveita a contri-buição do Céu, iluminando e santificando o templo íntimo, pois, se já conheces os bene-fícios de Jesus, és colaborador dele, na vinha do mundo e na edificação do espírito humano para a Eternidade.

Mas, se a incredulidade por enquanto te isola a mente, eno-velando-te as forças no carretel do egoísmo, o enxerto de subli-mação te buscará inutilmente, porque ainda não produzes, nos recessos do espírito, a seiva que favorece a Vida Abundante.

Assim não nos esqueça-mos a advertência do apostolo Paulo aos Romanos, (11:23.) “Se não permanecerem na in-credulidade, serão enxertados; porque poderoso é Deus para os tornar a enxertar.”

Planta EspiritualAlvaro Francisco ButtignonJaú / SP

Page 27: Órgão informativo da USE-Jaú - Ano 17 - Edição 168 ...€¦ · Os originais dos artigos que não forem publicados não serão devolvidos aos seus autores. Correspondência para

Dezembro 27

Naquele dia, ergueram-se três cruzes no cimo do monte deno-minado Cal-vário. Na do meio, foi justiçado o Cristo de

Deus. Nas laterais, dois la-drões — Dimas à direita, Ges-tas à esquerda. Este vociferava contra a puni-ção que lhe infligiram as auto-ridades do século; insultava a Jesus, dirigindo-lhe impropé-rios. O outro, arrependido do seu passado culposo, recebia com humildade o suplício do madeiro, como consequência de seus crimes. Confessan-do-se pecador, apelava para Jesus, dizendo-lhe: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino. Essas três cruzes são também três dores. A do centro é a dor de amar sem ser amado, nem compreendido. É a dor que

abrasa e tortura, no anseio de realizar um grande bem, cuja consumação está dependen-do do mesmo objeto desse bem acalentado. A cruz de Dimas alegoriza a dor do arrependimento, a dor que regenera, que converte e salva. É a dor da redenção, que liberta o Espírito das tre-vas do pecado, conduzindo-o às esferas luminosas de uma nova vida; é a dor que faz su-ceder à noite caliginosa do ví-cio e do crime, causa eficiente da morte, a aurora bendita da imortalidade. No madeiro onde praguejava o mau ladrão, ostenta-se a dor da revolta, a dor enfurecida do orgulho vencido, que atri-bui suas vicissitudes a causas estranhas que lhe não dizem respeito. É a dor do impeni-tente, que escabuja, estertora e blasfema, dizendo-se vítima inocente. A dor é como o fogo. Seus efeitos podem ser benéficos e salutares, ou destrutivos e aniquiladores. O fogo, no cadinho, purifica os metais, escoimando-os de todas as escórias que os pre-judicam. O fogo, na cerâmica,

coze o barro, dando-lhe re-sistência e transformando-o em objetos de utilidade, ou em materiais de construção. O fogo, na lareira, aquece os lares, dá conforto e bem-es-tar à família; na arte culinária, torna os alimentos em con-dições de serem ingeridos e assimilados. Mas, o fogo entregue a si mesmo, sem objetivo defini-do, sem aplicação inteligen-te, é o incêndio que devasta, destrói e consome. Assim a dor: é benéfica, se-gundo a maneira por que a recebemos e o modo pelo qual a suportamos. A dor de Dimas é o fogo que redime, eleva e purifica o espírito. A dor de Gestas é o fogo que devasta as florestas do orgu-lho revoltado, desprendendo chamas rubras e fumo negro. A dor do Filho de Deus é a luz que ilumina o mundo, que acorda as consciências ador-mecidas, que enobrece os corações, afinando as cordas do sentimento. Esta última modalidade da dor é desconhecida dos ho-mens. Ela só atinge os anjos e os deuses.

As Três DoresLivro: Em Torno do Mestre – Vinícius

Page 28: Órgão informativo da USE-Jaú - Ano 17 - Edição 168 ...€¦ · Os originais dos artigos que não forem publicados não serão devolvidos aos seus autores. Correspondência para

28 Dezembro

Senhor Jesus!Quando vieste ao mundo, numerosos conquistadores haviam passado, cimentando reinos de pedra com sangue e lágrimas.Na retaguarda dos carros de ouro e púrpura com que lhes fulgia a vitória, alastravam-se, como rastros da morte, a de-gradação e a pilhagem, a mal-dição do solo envilecido e o choro das vítimas indefesas.Levantavam-se, poderosos, em palácios fortificados e faziam leis de baraço e cutelo, para serem, logo após, esquecidos no rol dos carrascos da Humanidade.Entretanto, Senhor, nasceste nas palhas e permaneceste lembrado para sempre.Ninguém sabe até hoje quais tenham sido os tratadores

de animais que Te ofertaram esburacada manta, por leito simples, e ignora-se quem foi o benfeitor que Te arrancou ao desconforto da estrebaria para o clima do lar.Cresceste sem nada pedir que não fosse o culto à verdadeira fraternidade.Escolheste vilarejos anônimos para a moldura de Tua palavra sublime…Buscaste para companheiros de Tua obra homens rudes, cujas mãos calejadas não lhes favoreciam os voos do pen-samento, e conversaste com a multidão, sem propaganda condicionada.No entanto, ninguém conhe-ce o nome das crianças que Te pousaram nos joelhos ami-gos, nem das mães fatigadas a quem Te dirigiste na via pública!A História, que homenageava

Júlio César, discutia Horácio, enaltecia Tibério, comentava Virgílio e admirava Mecenas, não Te quis conhecer em pes-soa, ao lado de Tua revelação; mas o povo Te guardou a pre-sença divina e as personagens de Tua epopeia chamam-se “o cego Bartimeu”, “o homem de mão mirrada”, “o servo do centu-rião”, “o mancebo rico”, “a mulher Cananéia”, “o gago de Decápo-lis”, “a sogra de Pedro”, “Lázaro, o irmão de Marta e Maria”.Ainda assim, Senhor, sem finan-ças e sem cobertura política, sem assessores e sem armas, venceste os séculos e estás diante de nós, tão vivo hoje quanto ontem, chamando-nos o espírito ao amor e à humilda-de que exemplificaste, para que surjam, na Terra, sem dissensão e sem violência, o trabalho e a riqueza, a tranquilidade e a ale-gria, como bênção de todos.É por isso que, emocionados, recordando-Te a manjedoura, repetimos em prece:– Salve, Cristo! os que aspiram a conquistar desde agora, em si mesmos, a luz de Teu reino e a força de Tua paz, Te glorificam e Te saúdam! …

Ao ensejo de nos aproximarmos das comemorações do Natal, gostaria de aproveitar este es-paço e convidar você a uma re-flexão sobre essa data, que para alguns tem sido mais motivo de comércio, com excessos de

Mensagem de Natal a JesusEmmanuel - psicografia Francisco Cândido Xavier

ordem material e pouca ou ne-nhuma referência ao verdadeiro motivo da festa, o nascimento de Jesus, sua vinda até nós e tudo que isso significa para a Humanidade.Jesus é um espírito tão especial,

de tanta importância para nós que seus ensinos, suas palavras, suas ações repercutem até hoje em nossa intimidade e, com a ajuda da Doutrina Espírita, nos faz entender nossa realidade de espíritos, viajores do Universo,

O Natal e Nós: Uma Reflexão Espírita FEAL - Artigo atualizado: dezembro 19, 2016

Page 29: Órgão informativo da USE-Jaú - Ano 17 - Edição 168 ...€¦ · Os originais dos artigos que não forem publicados não serão devolvidos aos seus autores. Correspondência para

Dezembro 29

herdeiros do Pai, portadores da marca Divina em nossa consci-ência.Por isso, amigo leitor, reflita um instante no que significa para você Jesus ter vindo até nós.Um espírito de incomensurável desenvolvimento moral e inte-lectual, “guia e modelo da Huma-nidade”, no ensino dos espíritos superiores, consoante a questão 625 de O Livro dos Espíritos e que deixa as inimagináveis vi-brações celestiais para estar co-nosco, encarnando no planeta que dirige, como Governador Espiritual, nos exemplificando a todo instante Amor, Tolerância, Paciência, Caridade, Perdão.Uma alma tão especial que foi capaz de, mesmo não tendo dei-xado nenhuma obra escrita, ser o Ser mais fecundo que conhe-cemos, capaz de dividir nossa contagem do tempo e de nos fazer refletir por dois mil anos sobre o que disse e fez.Esse é Jesus! A quem devemos seguir, por seus exemplos, não necessariamente por declara-ções verbais, mas sobretudo por nossas ações renovadas, já que no dizer do Apóstolo Paulo, “quem está em Cristo nova Cria-tura é” (2 Coríntios 5-17)

E essa justamente é a proposta espírita, a de nossa renovação moral, a partir do entendimento, mas sobretudo da compreensão e vivência dos ensinos de Jesus, conduzindo-nos para o homem novo de que o Mestre nos fala, o homem do terceiro milênio, o homem do mundo de regenera-ção, pois no dizer de Kardec, em O Evangelho Segundo o Espiritis-mo, Cap. XVII, item 4 “Reconhece--se o verdadeiro espírita por sua transformação moral e pelos es-forços que faz em combater suas más inclinações”, portanto, amigo leitor, ser espírita não é ser perfei-to mas é estar na busca constante e contínua por nossa autotrans-formação, autoconhecimento e atitudes renovadas no Bem.Fiquemos em apenas um exem-plo, dos inúmeros que Jesus nos dá por sua vivência do Evange-lho. Como sabemos, os sama-ritanos eram execrados pelos judeus por suas divergências, eram dissidentes em termos reli-giosos, portanto, alvo de precon-ceito por parte destes. Pois bem, Jesus em inúmeras oportunida-des refere-se aos samaritanos, seja curando-os, seja dialogando com a mulher da Samaria no poço de Jacó, seja ensinando-

-nos na Parábola do Bom Sama-ritano uma postura de tolerância com o diferente, de respeito, de valorização do outro e não de desprezo e preconceito.E hoje, quem é o samaritano? Aquele que pensa diferente de nós em termos políticos, religio-sos, sociais, culturais. Todos afinal são sempre espíritos, semelhan-tes nossos, a quem devemos res-peito e não intolerância, a quem devemos fraternidade e não perseguições, a quem devemos amar e não odiar. Simples assim!Fica aqui nossa singela reflexão sobre o Natal de Jesus. Apro-veitemos para nos reunir em família, com os amigos, com os nossos irmãos em Humanidade, em preces, fraternalmente, lem-brando-nos de que Jesus esteve conosco há dois mil anos e con-tinua conosco, nos aguardando pacientemente, em nossa lenta marcha rumo ao seu Amor!Certa feita um amigo espiritual nos inspirou um singelo poema, em louvor ao Infinito Amor de Jesus por nós, que aqui comparti-lho com você, amigo leitor, como minha pequena homenagem e eterna gratidão ao Espírito que nos ilumina, nos sinaliza o Caminho e nos sustenta repleto de Amor.

Estrela Magnânima e BenditaQue dos Páramos Celestiais vemTrazer ao homem em grande desditaO caminho da Paz, do Amor e do BemSê conosco, oh Sublime AmigoConsola nossos corações em dorAcolhe-nos em Teu Seio a fim de estarmos contigoMostrando-nos o caminho do Eterno Amor

Possamos nós, homens ainda pequeninosAo levantarmos a fronte diante de Ti, JesusRejubilarmo-nos, corrigindo nossos desatinosE caminharmos no rumo dessa Sublime LuzIlumina-nos, Mestre da Paz e do BemAmpara-nos em Teu Coração puro, SenhorConduze-nos oh Sublime Estrela de BelémA fim de habitarmos para sempre no Seio de Teu infinito Amor!!

Page 30: Órgão informativo da USE-Jaú - Ano 17 - Edição 168 ...€¦ · Os originais dos artigos que não forem publicados não serão devolvidos aos seus autores. Correspondência para

30 Dezembro

Page 31: Órgão informativo da USE-Jaú - Ano 17 - Edição 168 ...€¦ · Os originais dos artigos que não forem publicados não serão devolvidos aos seus autores. Correspondência para

Dezembro 31

Apresentação

Não importa o tamanho da crise. Não importa a loucu-ra do mundo. Não importa a sensação de impotência. Exis-te a força do um. A força de uma ideia impactante. A força de um sentimento superior. A força de uma ação transforma-dora. O conhecido e respeita-do jornalista André Trigueiro compartilha ideias, expõe sentimentos e sugere ações transformadoras, mostrando algo muito poderoso: cada um de nós tem o poder de in-

Dadostítulo: autor: gênero: assunto: idioma: mídia: editora: grupo: páginas: tamanho:

Disque Livro 021 14 3032-7655 - Praça Siqueira Campos - Centro - Jaú

Banca do Livro Espírita Édion Fagnani

apenasR$ 31,20

A Força do UmAndré TrigueiroAutoajudaAutoconhecimentoPortuguêsLivroINFINDAEspírita22415,70 x 22,50

terferir na realidade que nos cerca; a força do um transforma a realidade de todos. Comece com uma ideia. Aja com o seu sentimento. Transforme com a sua ação. Seja a força do um!

20%desconte

Page 32: Órgão informativo da USE-Jaú - Ano 17 - Edição 168 ...€¦ · Os originais dos artigos que não forem publicados não serão devolvidos aos seus autores. Correspondência para

32 Dezembro