Roseli Caldart Sobre Educação Do Campo

download Roseli Caldart Sobre Educação Do Campo

of 9

Transcript of Roseli Caldart Sobre Educação Do Campo

  • 7/25/2019 Roseli Caldart Sobre Educao Do Campo

    1/9

    Sobre Educao do Campo

    Roseli Salete Caldart 1

    Madrugada camponesafaz escuro (j nem tanto) / vale a pena trabalhar.

    Faz escuro, mas eu canto / porque a manh va chegar.Thiago de Mello, 1962.

    Introduo

    Este texto foi preparado como roteiro de exposio para o III Seminrio do ProgramaNacional de Educao na Reforma Agrria (PRNERA!" reali#ado em $u#i%nia" &" de ' a deoutu)ro de '**+,' Seu o)-eti.o principal / c0amar a ateno para algumas uest2es uede.er3amos considerar no )alano pro-eti.o do Pronera proposto para este Seminrio e" maisamplamente" nas re4ex2es so)re os desa5os da tra-et6ria da Educao do Campo,

    Em a)ril de '**7" no I Seminrio do Pronera" re4et3amos so)re a participao deste

    Programa" ue desde seu in3cio foi pro-etado" especialmente pelos 8o.imentos Sociais ue porele lutaram" como um exerc3cio de construo coleti.a de pol3tica p9)lica" na constituioprtica e te6rica da Educao do Campo, :o-e" em outu)ro de '**+" ;s ./speras do Proneracompletar de# anos de exist e" portanto"para um )alano de seu percurso e uma pro-eo de seu futuro,

    A uesto de fundo parece ser? ue concepo@pro-eto de campo o Pronera esta-udando a construir E ue concepo de educao nos orienta e estamos a-udando a a5rmaratra./s das prticas e da presso por pol3ticas p9)licas de educao para as reas de ReformaAgrria

    Na exposio ue segue consideraremos esta uesto de fundo a partir de duas outras

    perguntas" orientadoras da a)ordagem espec35ca desta mesa? o ue / Educao do Campo ouual o conceito ue o percurso da Educao do Campo .em construindoB o ue / educao paraa Educao do Campo ou ue concepo de educao a constitui@ela a5rma,7

    m/todo proposto para nosso dilogo / o de identi5car nas perguntas alguns dostermos do de)ate ue est posto" pensando nas tens2es e contradi2es ue podem serapreendidas do mo.imento da realidade atual da Educao do Campo, Ao 5nal" procuraremosdestacar algumas uest2es so)re o papel espec35co do Pronera em relao ; Educao doCampo,

    O Que Educao do Campo

    A pergunta indica ue - / poss3.el a)ordar a uesto da Educao do Campo no planoda discusso conceitual, uer di#er" 0 um ac9mulo de prticas" rela2es e em)ates D uepermitem uma a)strao ue passa a ser.ir de categoria te6rica para anlise de cada prticaparticular" de cada posicionamento diante da realidade a ue a Educao do Campo se refere,rataFse de um conceito no.o e em construo na 9ltima d/cada, Portanto um conceito pr6priodo nosso tempo 0ist6rico e ue somente pode ser compreendido@discutido no contexto de seu

    1Go Instituto /cnico de Capacitao e Pesuisa da Reforma Agrria, Goutora em Educao pelaHR&S,28esa so)re Educao do Campo compartil0ada com o prof, Jernardo 8anano ernandes" daHNESP" na man0 do dia 7 de outu)ro,3Com)inadas com a pergunta - antiga em nosso de)ate" aui focali#ada na exposio do prof,Jernardo? =ual / o campo da Educao do Campo> ou ue concepo de campo@de pro-eto decampo a constitui@ela a5rma,4&eralmente os conceitos se constituem pela necessidade de um contraponto? para tentar di#erprimeiro o ue auele fenKmeno da realidade no /? a Educao do Campo no / EducaoRural" por exemplo,

  • 7/25/2019 Roseli Caldart Sobre Educao Do Campo

    2/9

    surgimento? a sociedade )rasileira atual e a din%mica espec35ca ue en.ol.e os su-eitos sociaisdo campo,

    conceito de Educao do Campo / no.o" mas - est em disputa" exatamente porueo mo.imento da realidade ue ele )usca expressar / marcado por contradi2es sociais muitofortes, Para n6s o de)ate conceitual / importante ; medida ue nos a-uda a ter mais claro uaisso os em)ates e uais os desa5os prticos ue temos pela frente, No de)ate te6rico o

    momento atual no nos parece ser o de )uscar =5xar> um conceito" fec0Flo em um con-untode pala.ras? porue isso poderia matar a id/ia de mo.imento da realidade ue ele uerapreender" a)strair" e ue n6s precisamos compreender com mais rigor -ustamente para poderin4uir ou inter.ir no seu curso,

    8as uma primeira compreenso necessria pra n6s / de ue se o conceito de Educaodo Campo" como parte da construo de um paradigma te6rico e pol3tico" no / 5xo" fec0ado"tam)/m no pode ser aleat6rio" ar)itrrio? ualuer um in.entado por algu/m" por um grupo"por alguma instituio" por um go.erno" por um mo.imento ou organi#ao social, Pelo nossoreferencial te6rico" o conceito de Educao do Campo tem rai# na sua materialidade de origeme no mo.imento 0ist6rico da realidade a ue se refere, Esta / a )ase concreta para discutirmoso ue / ou no / a Educao do Campo,

    Educao do Campo / um conceito em mo.imento como todos os conceitos" mas ainda

    mais porue )usca apreender um fenKmeno em fase de constituio 0ist6ricaB por sua .e# adiscusso conceitual tam)/m participa deste mo.imento da realidade, rataFse" na expressodo prof, Jernardo 8anano" de uma disputa de =territ6rio imaterial>" ue pode em algunsmomentos se tornar fora material na luta pol3tica por territ6rios muito concretos" como odestino de uma comunidade camponesa" por exemplo,

    L / poss3.el identi5car muitas uest2es importantes na discusso conceitual daEducao do Campo, Nesta exposio .amos pontuar tr

  • 7/25/2019 Roseli Caldart Sobre Educao Do Campo

    3/9

    resist

  • 7/25/2019 Roseli Caldart Sobre Educao Do Campo

    4/9

    s su-eitos ue tra)al0am e .i.em do campo e seus processos de formao pelotra)al0o" pela produo de cultura" pelas lutas sociais" no t

  • 7/25/2019 Roseli Caldart Sobre Educao Do Campo

    5/9

    8as ten0amos presente ue na correlao atual de foras da sociedade onde isso tudoacontece" manter a contradio instalada / ainda a nossa luta maiorB se ela for superada o maispro..el / ue isso signi5ue nossa derrota" tal.e# nossa morte,

    No caso da Educao do Campo" manter a contradio instalada signi5ca continuar suatra-et6ria sendo 5el ao seu percurso original de .3nculo com os Tpo)res do campoU e com suasorgani#a2es e lutas sociais, Porue / destes su-eitos (ue 0o-e =lutam pra deixar de morrer>!

    ue esto nascendo@podem nascer experi" ou ue autores =seguimos>, Auesto / mais profunda" e di# respeito ; relao entre teoria e prticaB di# respeito aonecessrio mo.imento da prxis,

    A uesto e o momento exigem ue pensemos em perspecti.a? a Educao do Campona relao com a educao" ou com o de)ate@a prtica da educao contempor%nea, No fundoparece ue est na 0ora de se perguntar? o ue signi5ca a emerg" consolidada0istoricamente como su)ordinao da educao ;s exig

  • 7/25/2019 Roseli Caldart Sobre Educao Do Campo

    6/9

    ue ueremos c0amar a ateno" pois" / ue a premissa do .3nculo entre campo eeducao" entre pro-eto de campo e pro-eto de educao" essencial ; concepo da Educaodo Campo" pode tam)/m nos fa#er cair na armadil0a da .iso li)eral de educao, A c0amada=educao rural> - foi isso? uma .iso pragmtica e instrumentali#adora da educao"colocada a ser.io das demandas de um determinado modelo de desen.ol.imento de campo,Isso no tem nada de emancipat6rio? e ainda menos uando se trata de uma .iso setorial dedesen.ol.imento ou da l6gica dominante de pensar a produo apenas na dimenso do

    neg6cio,A .iso de campo da Educao do Campo exige por si s6 uma .iso mais alargada de

    educao das pessoas" ; medida ue pensa a l6gica da .ida no campo como totalidade emsuas m9ltiplas e di.ersas dimens2es, 8as ainda assim 0 um risco de instrumentali#ao, Lsa)emos pela 0ist6ria? toda .e# ue se su)ordina a educao a interesses@necessidades deformao imediata (por =mel0ores> ue se-am! a educao se empo)rece do ponto de .ista deformao 0umana" de perspecti.a omnilateral" necessariamente de =tempo longo>, E essaperspecti.a pedag6gica no tem nada a .er com a defesa de uma educao descolada da .idareal, Ao contrrio" / exatamente a .ida real ue para ser emancipada exige processoseducati.os mais complexos" densos" relacionais" de longa durao,

    A materialidade de origem da Educao do Campo" e o percurso dos de)ates e dasre4ex2es te6ricas ue temos produ#ido nesta d/cada" pende a Educao do Campo para oprimeiro p6lo desta contradio (primeiro no nosso enunciado" na prtica o ue no /0egemKnico!" mas o contexto da disputa atual pode facilmente dar a .it6ria ao segundo"porue / ele ue est =no leito>" a fa.or da mar/ li)eral, s pr6prios mo.imentos sociais"respons.eis na 0ist6ria recente por tensionar e exigir uma .iso alargada de educao"tendem ;s .e#es" nas suas prticas educacionais concretas" a pensar a educao no .i/s deinstrumentali#ao (se-a pol3tica ou t/cnica!" mo.idos tal.e# pelas circunst%ncias o)-eti.as oupela necessidade de garantir conuistas imediatas" de so)re.i.er" a5nal,,,+

    Segundo: As lutas e o de)ate da Educao do Campo so)re pol3ticas p9)licas t

  • 7/25/2019 Roseli Caldart Sobre Educao Do Campo

    7/9

    M preciso no perder de .ista (e esta / uma re4exo ue certamente reuer umaprofundamento te6rico )em maior do ue / poss3.el fa#er nos limites desta exposio! ue aescola tem uma forma institucional e uma l6gica de tra)al0ar com a educao ue foiconstru3da socialmente e ue tra# entran0ados os mesmos condicionantes 0ist6ricos dasrela2es sociais ue o pro-eto da Educao do Campo se coloca como desa5o transformar"entre os uais o da antinomia entre tra)al0o manual e tra)al0o intelectual e entre cidade ecampo, Por isso" e muito mais do ue pelos conte9dos de ensino ue tra)al0a" / ue os

    processos de escolari#ao" deixados por conta da l6gica dominante" podem representar umentra.e em .e# de um a.ano nos processos de transformao, Por isso" um pro-eto deeducao emancipat6ria precisa tensionar a =l6gica escolar> assumida pelos processosformadores" por .e#es tam)/m naueles ue acontecem fora da escola,W

    Go ponto de .ista da teoria pedag6gica (ue ainda no pode ser o mesmo da pol3ticap9)lica! descentrarFse da escola / condio para ue a Educao do Campo se manten0a 5el auma .iso mais alargada de educao e no perca o 0ori#onte das grandes uest2es daformao 0umana" rea5rmando e tra)al0ando uma concepo de educao emancipat6ria,

    A materialidade educati.a de origem da Educao do Campo est nos processosformadores dos su-eitos coleti.os da produo e das lutas sociais do campo, Por isso ela desa5ao pensamento pedag6gico a entender estes processos" econKmicos" pol3ticos" culturais" comoformadores do ser 0umano e portanto constituintes de um pro-eto de educao emancipat6ria"onde uer ue ela acontea" inclusi.e na escola, 1*

    Esta / a centralidade da re4exo pedag6gica da Educao do Campo ue de.e sermantida, Se o p6lo escolacentrista for .itorioso" especialmente na .iso de educao dospr6prios su-eitos do campo" no 0 como pensar@fa#er uma escola na perspecti.a da Educaodo Campo,

    E a Educao do Campo no precisa tirar o foco da escola para no ser escolacentrista,Se tirar" pelo menos no momento 0ist6rico atual" pode perder um dos seus sentidos de lutasocial originria, Jasta ue a escola se-a tratada em perspecti.a" inclusi.e na sua dimenso depol3tica p9)lica, A realidade atual do campo )rasileiro at/ facilita este ol0ar de totalidade" aindaue pelas suas circunst%ncias trgicas,

    Terceiro: Relacionado ao ponto anterior" mas no s6? a Educao do Campo tem dadocentralidade@peso ; luta pela democrati#ao do acesso ao con0ecimento" recon0ecendo suaimport%ncia estrat/gica na formao de su-eitos capa#es de construir no.as alternati.aspopulares para o desen.ol.imento do campo (do pa3s!,

    Ge um lado" pelos su-eitos ue a Educao do Campo coloca em cena e pelas uest2esde sua realidade" isso pode tra#er interroga2es importantes so)re a ue con0ecimentos teracesso" produ#idos por uem e a ser.io de ue interesses" retomando o tenso e necessrio.3nculo entre con0ecimento" /tica e pol3tica, Se for 5el aos mo.imentos sociais de suaconstituio" a Educao do Campo com)inar a luta pelo acesso uni.ersal ao con0ecimento" ;cultura" ; educao com a luta pelo recon0ecimento da legitimidade de seus su-eitos tam)/mcomo produtores de con0ecimento" de cultura" de educao" tensionando" pois" algumasconcep2es dominantes, M o ue - acontece em muitas de nossas prticas" re4ex2es" de)ates,

    tam)/m respons.el pela produo e reproduo da estrutura de valoresno interior da ual osindi.3duos de5nem seus pr6prios o)-eti.os e 5ns espec35cos, As rela2es sociais de produorei5cadas so) o capitalismo no se perpetuam automaticamente, Elas s6 o fa#em porue osindi.3duos particulares interiorizam as press2es externas? eles adotam as perspecti.as geraisda sociedade de mercadorias como os limites inuestion.eis de suas pr6prias aspira2es, Mcom isso ue os indi.3duos Tcontri)uem para manter uma concepo do mundoU e para amanuteno de uma forma espec35ca de interc%m)io social" ue corresponde ;uela concepode mundo> (A teoria da alienao em 8arx, So Paulo? Joitempo" '**!,9Este" digaFse de passagem" / um dos grandes desa5os pedag6gicos dos 8o.imentos Sociaisde perspecti.a emancipat6ria ue incluem a educao escolar entre suas tarefas e lutas,10 Hm detal0e ue pode ser signi5cati.o para nossa re4exo aui? se prestarmos ateno naarte ue 5cou como s3m)olo da Educao do Campo desde a primeira Confer

  • 7/25/2019 Roseli Caldart Sobre Educao Do Campo

    8/9

    8as de outro lado" no.amente" podemos cair na armadil0a li)eral e 5car ref/ns de umadeterminada .iso de con0ecimento" e tal.e# ref/ns 0o-e do c0amado cogniti.ismo e da (falsa!centralidade da instruo nas prticas educacionais" e especialmente na escola, E 5carsu)ordinados ainda ao mito da ci, rataFse de uma esp/cie de retorno ; perspecti.ailuminista" mas tendo a instruo a)ordada em um .i/s cada .e# mais cogniti.ista" mentalista"como se a l6gica do =aprender a aprender> fosse toda a explicao ou totali#asse acompreenso do processo educati.o, E como se no 0ou.esse mais interesses de classeen.ol.idos na produo do con0ecimento e nem a disputa pelo ue se considera umcon0ecimento socialmente leg3timo, u se-a" a su)ordinao de pro-etos educacionais aosinteresses da reproduo das rela2es capitalistas" / disfarada de uma forma so5sticadamenteass/ptica" despoliti#ada,

    A instruo / um direito uni.ersal, con0ecimento / direito e / necessrio, 8as / falsaesta centralidade uando ele / entendido nestes termos" como descolado de outras dimens2esde um processo formati.oB uando se separa con0ecimento de .alores e de interesses sociais, pro-eto educacional@cultural ue sustenta o capitalismo no / colocado em discusso nosespaos educacionais" como a escola" por exemplo" porue se con.ence aos professores de ues6 importa discutir os m/todos de instruo ou de ensino" ou as formas de apropriao decon0ecimentos supostamente neutros" produ#idos fora da 0ist6ria e para al/m de par%metrossociais" /ticos" 0umanos, Isso / politicamente e 0umanamente muito per.erso,

    Este / ento um 5o de na.al0a e por isso um de)ate muito importante para oseducadores e as educadoras do campo, A Educao do Campo tem rece)ido cr3ticas por tentara5rmar na escola diferentes dimens2es formati.as" o ue poderia secundari#ar a uesto docon0ecimento e ento fragili#ar politicamente a classe tra)al0adora do campo,

    ue temos a di#er so)re essas cr3ticas A ue con0ecimento estas cr3ticas se referem ede ue modo de con0ecer se trata ual o lugar da instruo na concepo de educao daEducao do Campo ue instruo forma emancipa M s6 uma uesto de conte9do ou /tam)/m de m/todo ue nuances entre nossa preocupao com m/todo depensamento@capacidade de analisar a realidade e a re4exo ou reao cogniti.ista do=aprender a aprender>

    Infeli#mente no ser poss3.el desdo)rar estas re4ex2es todas nos limites da presenteexposio, 8as pelo menos gostaria de c0amar a ateno so)re sua import%ncia no de)ate danossa concepo de educao,

    Quarto: A Educao do Campo precisa tra)al0ar com a uesto do pluralismo, Elaprecisa desta id/ia? existe o outro e ele de.e ser respeitado, s su-eitos do campo so di.ersose esta di.ersidade precisa ser incorporada em nossa re4exo pol3ticoFpedag6gica,

    8as tam)/m aui 0 uma contradio a ser enfrentada, A concepo de pluralismo uepredomina 0o-e na sociedade / a de .i/s li)eral ue .< na di.ersidade a derrota da perspecti.ade totalidade (na construo de um pro-eto social! e de unidade da classe tra)al0adora,Respeito ; di.ersidade ue le.a ento ; disperso social" ao relati.ismo pol3tico e aoconseente enfrauecimento dos su-eitos coleti.os,

    desa5o colocado ; Educao do Campo" como a toda perspecti.a de educaoemancipat6ria 0o-e" / o de re.alori#ao ou de construo de um pluralismo desde outras)ases pol3ticas e te6ricas, Pluralismo ue no plano da educao se-a dilogo" ue pode ser decomplementao ou de o)-eo e contraponto" mas ue inclua s3nteses" supera2es,

    Esta / outra das uest2es ue no conseguiremos aprofundar aui" mas ueenunciamos como parte da agenda das re4ex2es necessrias para o de)ate da Educao doCampo,

    8

  • 7/25/2019 Roseli Caldart Sobre Educao Do Campo

    9/9

    O PRONERA e a Educao do Campo

    Para 5nali#ar esta exposio retornando ao foco deste Seminrio? o Pronera tem prticase se pro-eta como pol3tica ue a5rma determinada concepo de educao" de Educao doCampo, s su-eitos ue o constituem estruturalmente o colocam como guardio das

    concep2es originrias da Educao do Campo, E pela sua nature#a este papel tem a .er comalguns desaos prticos projetivos, diante dos uais de.er tomar posioprtica@pol3tica@te6rica,

    : algumas uest2es 0o-e em de)ate ue exigem uma posio urgente do Pronerauando se prepara para entrar nas comemora2es de seus de# anos, Gestaco uatro paranosso de)ate neste seminrio?

    - ormao de Educadores? o Pronera mostrou na prtica ue / poss3.el pensar a formao doseducadores do campo de outro -eito ue no se-a a educao a dist%ncia" e ue no se-amcertas alternati.as de )arateamento da formao ue se tem multiplicado em nosso pa3s, Noter3amos c0egado ; $icenciatura em Educao do Campo (proposio pelo 8EC em '**"formato e concepo de curso! se no ti./ssemos reali#ado as turmas especiais de Pedagogiada erra, Agora o papel do Pronera / tomar posio diante dessa forma constru3da, A)strair de

    suas experi do Seminrioso)re Educao Pro5ssional para as reas de Reforma Agrria da Regio Sul reali#ado peloIterra em maio de '**+ a partir da experi