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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO ESCOLA POLITÉCNICA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO ENGENHARIA DE MÉTODOS ROTEIRO DE PROJETO DE POSTOS DE TRABALHO Luiz Antonio Meirelles Mario Martins Ferreira Salles Revisto por: Édison Renato Pereira da Silva Luciano Nunes Marcos Pereira Sousa Rio de Janeiro Setembro 2006

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  • UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO ESCOLA POLITCNICA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL

    CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUO ENGENHARIA DE MTODOS

    ROTEIRO DE PROJETO DE POSTOS DE TRABALHO

    Luiz Antonio Meirelles

    Mario Martins Ferreira Salles Revisto por: dison Renato Pereira da Silva

    Luciano Nunes

    Marcos Pereira Sousa

    Rio de Janeiro

    Setembro 2006

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    MEIRELLES, LUIZ ANTONIO

    SALLES, MARIO MARTINS FERREIRA SILVA, DISON RENATO PEREIRA DA

    SILVA, LUCIANO NUNES SOUSA, MARCOS PEREIRA

    ROTEIRO DE PROJETO DE POSTOS DE TRABALHO

    [Rio de Janeiro] 2006

    (DEI-POLI/UFRJ, Engenharia de Produo, 2006) p. 27 iii 29,7 cm

    Roteiro de projeto Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola Politcnica, Departamento de Engenharia Industrial,

    Curso de Engenharia de Produo

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    SUMRIO

    VISO GERAL DO TRABALHO ...........................................................................................................1

    1 INTRODUO ..................................................................................................................................2 1.1 APRESENTAO ............................................................................................................................2 1.2 OBJETIVOS DO ESTUDO .................................................................................................................2 1.3 MTODO DE PESQUISA ..................................................................................................................2 1.4 CRONOGRAMA DO TRABALHO.......................................................................................................2

    2 IDENTIFICAO DA UNIDADE PRODUTIVA..........................................................................3 2.1 INFORMAES GERAIS ..................................................................................................................3 2.2 HISTRICO E CARACTERIZAO DA UNIDADE PRODUTIVA...........................................................3 2.3 ESTRATGIA E POLTICA DE CAPACIDADE PRODUTIVA .................................................................6 2.4 POLTICA DE PRODUTOS ................................................................................................................6

    3 ANLISE DA LINHA DE PRODUTOS..........................................................................................7 3.1 CLASSIFICAO ABC DA LINHA DE PRODUTOS ............................................................................7

    4 ANLISE DO PROCESSO DE FABRICAO DO PRODUTO MAIS RELEVANTE............8 4.1 DIVISO DE TRABALHO NA PRODUO DO PRODUTO CLASSE A...................................................9 4.2 FLUXOGRAMA DE PROCESSOS .....................................................................................................10 4.3 MAPOFLUXOGRAMA....................................................................................................................11 4.4 ANLISE DO FLUXOGRAMA DE PROCESSOS E DO MAPOFLUXOGRAMA .......................................12 4.5 BALANCEAMENTO DE LINHA / DIAGRAMA DE MXIMOS DE CAPACIDADE..................................13 4.6 DIAGRAMA DE FREQNCIA DE PERCURSO.................................................................................14 4.7 IDENTIFICAO DO POSTO GARGALO..........................................................................................14

    5 ANLISE DO POSTO GARGALO ...............................................................................................15 5.1 DESCRIO DO POSTO GARGALO................................................................................................15 5.2 GRFICO HOMEM MQUINA/ GRFICO DE ATIVIDADES SIMULTNEAS...................................17 5.3 GRFICO DE OPERAES (MO DIREITA X MO ESQUERDA) ....................................................18 5.4 CRTICAS SEGUNDO OS PRINCPIOS DE ECONOMIA DE MOVIMENTOS ..........................................18 5.5 CRTICAS SEGUNDO OS PRINCPIOS DA OIT................................................................................20 5.6 RELAO HOMEM X TRABALHO: ERGONOMIA, HIGIENE E SEGURANA DO TRABALHO ............21

    6 LISTA DE PONTOS CRTICOS ...................................................................................................22

    7 DEFINIO DE UM PROJETO BSICO PARA O POSTO ....................................................24 7.1 BUSCA DE CASOS SIMILARES .......................................................................................................24 7.2 ALTERNATIVA DE IMPLANTAO IMEDIATA E BAIXO-CUSTO .....................................................24 7.3 ALTERNATIVA ESTADO DA TCNICA...........................................................................................25 7.4 ALTERNATIVA LIVRE ..................................................................................................................25 7.5 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO BSICO PARA O POSTO DE TRABALHO....................................25

    8 REUNIO COM OS REPRESENTANTES DA UNIDADE PRODUTIVA...............................27

    9 CONCLUSO DO TRABALHO....................................................................................................27

    10 BIBLIOGRAFIA ..........................................................................................................................28

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    Viso geral do trabalho

    O trabalho prtico da disciplina consiste em cinco etapas/ passos: 1. Descrio detalhada da organizao, do posicionamento estratgico e dos

    produtos que ela oferece. 2. Depois disso, utilizada a Classificao ABC para determinar dentre os

    produtos, qual o mais importante. 3. Como terceiro passo, analisado o processo de produo desse produto classe

    A, para que se identifique qual o posto de trabalho (recurso) que limita a capacidade de produo do produto, chamado gargalo.

    4. O quarto passo a descrio e anlise do posto de trabalho (recurso) gargalo1. 5. Por fim, o quinto passo consiste numa proposio de melhoria para o posto de

    trabalho (recurso) estudado, a fim de aumentar sua capacidade mxima de produo.

    1 As etapas 4 e 5 (identificao e anlise do posto gargalo e elaborao de proposta de melhorias

    para o posto gargalo) so realizadas individualmente. Cada estudante analisa um posto, devendo ser escolhidos aqueles que possuem as menores capacidades mximas do processo de produo do produto estudado.

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    1 Introduo Tem a funo de contextualizar o trabalho.

    1.1 Apresentao

    Apresentar os motivos da escolha pela unidade produtiva e descrever, sucintamente, como se deu o processo de contato.

    Devem-se elaborar relatrios sucintos a cada visita realizada, que devem ser inseridos como apndices no fim do trabalho. Estes devero conter:

    Data e hora da visita;

    Orientador interno e pessoas consultadas;

    Itens do roteiro estudados por atividades realizadas na visita;

    Problemas percebidos na produo e dificuldades na pesquisa de campo. Deve ser realizada, tambm, uma apresentao do assunto de cada captulo no

    trabalho, de forma a permitir ao leitor a identificao imediata do que trata cada parte do texto.

    1.2 Objetivos do Estudo

    Os objetivos do estudo devem ser detalhados. Estes podero ser divididos em objetivos gerais do trabalho, que se desdobram em objetivos especficos para a unidade produtiva a ser analisada. Alm disso, devem ser colocados os objetivos pessoais dos integrantes na elaborao do trabalho.

    1.3 Mtodo de Pesquisa

    Deve ser explicitado o mtodo de pesquisa utilizado na elaborao do projeto, a fim de embasar o trabalho cientificamente e academicamente. Os conhecimentos da disciplina Metodologia de Pesquisa podem ser especialmente teis.

    1.4 Cronograma do Trabalho

    necessrio apresentar um cronograma das visitas previstas e do desenvolvimento do trabalho, por item do roteiro. Trata-se de exercitar a capacidade de planejamento dos autores, garantindo a entrega do trabalho no prazo determinado.

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    2 Identificao da Unidade Produtiva

    Consiste na descrio da organizao, do seu posicionamento estratgico e dos produtos oferecidos. A seo Informaes gerais rene uma descrio rpida da organizao. A seo Histrico e Caracterizao da Unidade Produtiva contm uma descrio mais detalhada do passado e do presente da organizao (mais especificamente da sua unidade produtiva). J na seo Estratgia e Poltica de Capacidade Produtiva se deseja entender o posicionamento estratgico atual e futuro da organizao. Por fim, o item poltica de produtos um desdobramento da estratgia competitiva da organizao em termos dos produtos que ela produz.

    2.1 Informaes Gerais

    Razo Social (a razo social o nome jurdico e no o nome fantasia da organizao / fbrica);

    Inscrio Estadual ou CGC;

    Endereo: Rua, Bairro, Cep, Estado, Municpio, Telefone, E-mail, Fax etc.;

    Contatos: nome completo, cargo, telefone para contato. Incluir o orientador interno e outros contatos importantes;

    Nmero total de empregados (incluir data); Nmero de turnos (incluir os horrios de descanso/ repouso e troca de turnos); Nmero de empregados por turno;

    Organograma funcional da organizao.

    2.2 Histrico e Caracterizao da Unidade Produtiva

    O histrico da unidade produtiva um relato das atividades da organizao estudada desde a sua fundao at os dias atuais. O histrico e a caracterizao, em linhas gerais, consistem em:

    Data de fundao/ criao/ inaugurao;

    Cronologia das principais mudanas atravessadas pela organizao2;

    Principais objetivos da organizao;

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    Produtos que a organizao produz (listar todos os produtos fabricados, suas utilizaes, principais famlias de produtos);

    reas de atuao, registradas no Alvar de Licena para Estabelecimento; Caracterizar a estrutura jurdica (organizao SA ou LTDA, privada, pblica

    etc.), grupo controlador, patrimnio; Principais elementos da cultura da organizao (valores divulgados em material

    institucional, de propaganda etc.); Sistemas de gesto da produo utilizados pela organizao (p.ex. MRP, MRP-

    II, TPC, STP) citar quais so usados e explicar como feita a gesto da produo na organizao usando o (s) sistema(s);

    Sistemas de informao utilizados (p.ex. Bancos de dados, softwares de gesto em geral, Sistemas Integrados de Gesto (ERP), GED, Workflow, 6 Sigma) mencionar principais funes e razes da utilizao;

    Polticas de Terceirizao (exemplo: funcionrios, parte da fabricao dos componentes do produto etc.). Deve ser adicionada uma explicao, fornecida pela organizao, sobre os critrios utilizados para a adoo de cada tipo de Terceirizao (de atividades e componentes);

    Modificaes estruturais: fuses e aquisies (fsicas e tecnolgicas), associaes mercadolgicas (jointventures, parcerias, patrocnios, licenas de tecnologia), mudanas na estrutura jurdica (por exemplo, de LTDA para SA, de empresa para cooperativa etc.), ampliaes/redues de escopo;

    Representaes dos trabalhadores (sindicato de trabalhadores, representaes dos funcionrios internas organizao etc.);

    Organizaes e participao dos funcionrios (clubes, fundos de penso, participao nos lucros, canais alternativos de comunicao entre funcionrios e gerncia etc.);

    Cronograma de eventos (datas definidas de comemoraes, atividades especiais de funcionrios, Semana Interna de Preveno de Acidentes SIPA etc.);

    Poltica de contratao e demisso o que a organizao procura e no procura nos seus funcionrios;

    Treinamento dos funcionrios como feita a gesto de conhecimentos, em

    2 Por exemplo, mudanas no posicionamento estratgico (mercado de atuao), capacidade

    instalada, localizao fsica, linha de produtos, tecnologia fsica, tecnologia organizacional e grandes mudanas de efetivo.

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    especial de competncias: capacitao, identificao das necessidades de conhecimento, cuidados com a memria da organizao.

    Poltica de remanufatura e de reciclagem (existe histrico do emprego de remanufaturas / reciclagens? Existem perspectivas futuras de uso?).

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    2.3 Estratgia e Poltica de Capacidade Produtiva

    Identificar e descrever os seguintes aspectos:

    Posicionamento da organizao em relao s suas concorrentes em tecnologia, participao no mercado interno e externo, produtos e expectativas de crescimento. Quais so os diferenciais competitivos da organizao, no presente e no futuro? Ela compete em um nicho ou em um mercado amplo?

    Poltica de investimentos da organizao: quais os planos de investimento em capital, tecnologia, e formao de pessoal (aplicar em aumentar o espao fsico ou em tecnologia etc.). Como ser investido o montante e quais os efeitos esperados em relao capacidade produtiva.

    Planejamento de capacidade mxima de produo, para os produtos mais relevantes. Quanto da capacidade mxima de cada posto utilizada na produo dos produtos mais relevantes? A demanda maior do que a oferta ou o oposto?

    2.4 Poltica de Produtos

    um relato de mudanas recentes e de mudanas planejadas na linha de produtos e suas associaes com fatores externos (polticos, econmicos, sociais, entre outros).

    Verificao de qual a parcela do mercado que a organizao atinge hoje e planeja atingir, com sua linha de produtos (market share atual e futuro);

    Identificao dos produtos cuja produo ser mantida, desativada, interrompida temporariamente e/ou, adicionada linha atual, dada a estratgia competitiva da organizao (ciclo de vida de produtos);

    Identificar, se possvel, eventuais tendncias tecnolgicas que a linha de produtos est integrando. Pense em horizontes de planejamento superiores a 4 anos. Exemplo: As indstrias de televisores alteram sua poltica de produtos de TVs analgicas para TVs digitais, respondendo tendncia tecnolgica de miniaturizao de equipamentos eletrnicos e telecomunicao digital.

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    3 Anlise da Linha de Produtos

    Uma vez contextualizado o trabalho (captulo 1 do roteiro) e apresentada a organizao, todos os produtos que ela oferece e como ela est inserida no mercado (captulo 2 do roteiro), deve ser feita uma anlise da linha de produtos, com o objetivo de descobrir qual produto o mais importante para a organizao. A ferramenta sugerida a Classificao ABC.

    3.1 Classificao ABC da Linha de Produtos

    Os seguintes itens sero elaborados:

    A Classificao ABC dos produtos, que consiste em uma tabela ou planilha de clculo cujo objetivo a determinao dos produtos de maior participao em relao toda a linha (em quantidades produzidas anualmente, preo de venda, custo de produo, homens-hora, e/ou outras medidas disponveis e julgadas relevantes ou pelo grupo). Enunciar as fontes de dados para a realizao da classificao ABC.

    Diagramas ou grficos de setores (pizza) referentes tabela da Classificao ABC. No utilizar grficos de setores em perspectiva.

    Um texto comentando quais produtos, dentre os que a organizao fabrica, so pertencentes classe A de acordo com a tabela ou planilha de clculo do item acima.

    Selecionar um produto entre os listados na Classe A para a continuidade do projeto. Obter imagens do produto selecionado.

    Elaborar texto referente descrio das caractersticas do produto selecionado. Exemplos: histrico do produto, patentes, ciclo de vida (data de incio de produo, previso de desativao), mercado consumidor, similares no mercado brasileiro e mundial (concorrentes), pblico-alvo, componentes remanufaturados/ materiais reciclados utilizados, melhorias no produto (tanto j em desenvolvimento quanto futuros projetos), integrao do produto em famlias de produtos e componentes.

    Quaisquer outras informaes relevantes devem ser apresentadas no texto.

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    4 Anlise do Processo de Fabricao do Produto Mais Relevante

    Nesta etapa o processo de produo do produto classe A selecionado ser analisado, visando identificar quais so seus trs primeiros postos-gargalo, ou seja, postos de trabalho (recursos) que limitam a capacidade mxima de produo da linha.

    Esta uma etapa descritiva, onde sero utilizadas ferramentas de Engenharia de Mtodos de modo a fornecer uma viso detalhada de todo o processo de produo, desde a recepo da matria prima at a expedio do produto acabado. Por exemplo, fluxogramas de processos, mapofluxograma, Balanceamento da linha diagrama de mximos de capacidade.

    A caracterizao do processo ser fundamental para as fases posteriores, pois erros de anlise comprometem a elaborao de crticas, de propostas e de reformulaes. Portanto, o cuidado na coleta dos dados e na aplicao das ferramentas deve ser redobrado para que o posto gargalo seja determinado corretamente. fundamental o dilogo com o orientador interno, discutindo as possibilidades de coleta de dados (ex.: acesso toda a planta e documentos com estatsticas da produo, manuais dos equipamentos, entrevistas a funcionrios da linha e experimentos) e eventual obteno de imagens e vdeos para ilustrao do relatrio a ser apresentado.

    Por ser este um trabalho acadmico cujo objetivo central o aprendizado, indispensvel que todas as ferramentas citadas (por exemplo, Classificao ABC, fluxograma, mapofluxograma, diagramas, crticas, alm das propostas de melhorias) tenham um referencial explicitado. Ou seja, necessrio apresentar, por exemplo: descrio geral da ferramenta, objetivo, aplicaes, processo de utilizao, referncias importantes na bibliografia (alm do livro texto). As ferramentas no devem ser encaradas como ilustraes do trabalho para enriquecer a anlise, burocraticamente, mas entendidas como representaes da realidade estudada que contm um referencial metodolgico. Tambm necessrio realizar uma anlise dos dados coletados e apresentados em cada ferramenta e critic-los usando, no mnimo, as listas de verificao contidas no livro-texto.

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    4.1 Diviso de Trabalho na Produo do produto Classe A

    Uma vez selecionado um produto classe A, levanta-se inicialmente a distribuio dos trabalhadores por cada seo/segmento do seu processo de produo. Uma maneira aproximada de se constatar a participao de cada seo consiste em verificar o nmero de funcionrios nas mesmas, caso sejam sees especializadas, apurando-se a carga de trabalho despendida pelos diferentes produtos que passam por cada seo.

    Ex.: Seo de programao 100 funcionrios Seo de desenho 43 funcionrios Seo de fabricao 203 funcionrios Seo de montagem 246 funcionrios Seo de edificao 100 funcionrios

    Neste exemplo, nas sees de montagem e de fabricao h uma maior concentrao de trabalho, pois o nmero de funcionrios maior do que nas outras; e estas sees sero analisadas a priori, para fins de identificao de oportunidades de melhorias de produtividade, em processos de produo onde o trabalho vivo seja um componente classe A de custos. O mesmo vale para outros fluxos, como o de energia (trabalho morto, gerado na cadeia produtiva em fase anterior), em processos energo-intensivos, como na indstria de alumnio.

    Maior concentrao de trabalhadores

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    4.2 Fluxograma de Processos3

    O objetivo descrever uma seqncia das atividades integrantes de todo o processo, desde a recepo da matria prima at a expedio do produto acabado, e analisar cada uma das atividades que compem este processo.

    Definir qual o fluxo (pessoas, valores, informaes, materiais, energia, equipamentos) mais relevante na concepo da unidade produtiva e do produto escolhido. Levantar o fluxograma de processo para este fluxo. Definir incio e fim.

    Utilizar os smbolos da American Society Of Mechanical Engineers (ASME):

    Operao

    Espera

    Transporte

    Inspeo

    armazenamento

    Adicionar a legenda e quadro-resumo (tabela da quantidade de operaes, esperas, transportes, inspees e armazenamento).

    Sugestes para a elaborao do fluxograma: o Se for necessrio, utilizar tamanho A3 ou maior, para que todo o fluxograma

    possa ser visualizado numa mesma folha; o A leitura do livro texto indispensvel para a disciplina e para a elaborao

    do trabalho. A qualidade das propostas de soluo de problemas apresentados depende essencialmente do conhecimento que o engenheiro possui, e este adquirido em grande parte atravs da leitura de material bibliogrfico;

    3 No livro texto, os captulos 4,5, e 6 so essenciais para elaborar o fluxograma e o

    mapofluxograma. Na dissertao de mestrado de Ricardo Seidl da Fonseca (vide bibliografia), captulo 4.

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    o Representar o fluxograma de processos no formato rvore para produtos que envolvem montagens;

    o Numerar as atividades, para facilitar a confeco de fichas das mesmas, e verificao de consistncia com o mapofluxograma;

    o Validar a representao na forma de fluxograma de processo, com a verificao de sua consistncia com o fluxo real;

    o Evitar erros mais freqentes: falta de atividades, normalizao de atividades por produtos-equivalentes, falta de dados, no observncia do vocabulrio prprio do processo de produo estudado.

    4.3 Mapofluxograma

    O objetivo fornecer uma anlise do processo dentro do espao de trabalho. Esta ferramenta consiste do fluxograma (seqncia lgico-temporal do processo) superposto sobre o arranjo fsico detalhado da unidade produtiva (planta baixa). Caso a organizao no possua planta baixa ou esta no for disponibilizada, os prprios estudantes devero faz-la ( mo ou Autocad), realizando medies no local de trabalho.

    Elaborao: o As plantas devem apresentar a escala adotada e serem elaboradas em

    tamanho adequado para que sejam legveis. Se desejado vlido a utilizao de folhas com formato A3 at A0. Numerar as atividades;

    o imprescindvel haver consistncia entre o mapofluxograma e o fluxograma de processos;

    O mapofluxograma deve conter tambm legenda e um quadro resumo com as quantidades de operaes, esperas, inspees, armazenamentos e as distncias percorridas na linha de produo (como instrudo no livro texto).

    Verificaes para melhorias posteriores (anlise do mapofluxograma): o Previso de mudanas no processo e como elas impactariam o layout atual:

    ampliao/ reduo/ modificao do espao fsico; o Localizao de sees e postos de trabalho, considerando vantagens e

    desvantagens para o fluxo em estudo, operao/ manuteno/ riscos para as pessoas e ambiente;

    o Se h ocorrncia de fluxos cruzados;

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    o A existncia de loops nos fluxos.

    4.4 Anlise do Fluxograma de Processos e do Mapofluxograma

    Identificar a organizao do processo, em termos de4: o Espao (produto, funcional, posicional, grupo); o Tempo (job-shop, flow-shop); o Trabalho (especializado, polivalente); o Unidade de Organizao (Homem-tarefa-turno, Grupos-papis).

    Apurar:

    o Destinao dos rejeitos de produo - slidos lquidos e gasosos. o Uso de materiais combustveis, txicos, no-biodegradveis (cuidado, no

    biodegradvel diferente de no bio-destrutvel) e volteis nas CNTP; o Destinao final dos produtos na fase de desuso (aps o consumo); o Existncia ou possibilidade de adoo da tcnica de remanufatura ou

    reciclagem para o produto classe A.

    Discutir a convenincia de estudar mudanas na organizao do processo.

    Discutir cada atividade segundo os critrios (BARNES, 1977): o Eliminao/reduo da necessidade de trabalho. o Combinao de atividades; o Simplificao de atividades; o Mudanas na seqncia das atividades.

    Elaborar comentrios, crticas e/ou sugestes a partir da discusso do fluxograma de processo. possvel estudar alteraes no fluxograma de processo forma a diminuir a quantidade de problemas identificados, especialmente no posto gargalo.

    Alguns pontos para adicionais para estudos de melhorias: o Mudanas j previstas para o processo; o Se h grande nmero de transportes e grandes distncias percorridas,

    sugerindo necessidade de reviso do arranjo fsico; o Se ocorre grande nmero e tempos de esperas devido s solues de

    seqenciamento de atividades em uso, sugerindo necessidade de reviso dos

    4 Referncia: Fleury, P.; Vargas, N., 1983.

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    mtodos de Planejamento e Controle da Produo (PCP).

    4.5 Balanceamento de linha / Diagrama de Mximos de Capacidade

    O objetivo permitir a identificao do posto gargalo. um modelo para a identificao do posto que possui a menor capacidade mxima da linha. Deve-se notar que este grfico mostra os mximos de capacidade ideal de cada posto/ segmento da linha de produo (e no a capacidade nominal das mquinas e nem a capacidade utilizada no dia-a-dia, pois muitas vezes as mquinas so reguladas para funcionar abaixo de suas capacidades mximas). Ou seja, ele identifica qual(is) o(s) posto(s) do processo que est(o) limitando a capacidade produtiva do processo.

    Elaborao: o Experimentos: testa-se a capacidade mxima do posto na produo de itens

    com qualidade aceitvel; o Histrico: analisam-se dados da produo passada, identificando-se

    mximos.

    o Para o fluxo de processos levantado, representar as capacidades mximas de produo, em equivalentes do produto final, para cada posto, em uma seqncia desde o primeiro at o ltimo. O posto de menor capacidade ser o denominado posto gargalo.

    Verificaes para melhorias posteriores:

    o Pode-se verificar todos os mximos da linha para se planejar o balanceamento da mesma;

    o Pode-se fazer um planejamento de capacidade real de produo (que ser igual capacidade mxima do posto gargalo);

    o Pode-se planejar a reposio de equipamentos, alteraes de mtodos e materiais, para o aumento da capacidade de produo.

    Observaes: o necessria a apresentao de comentrios a respeito do diagrama, deixando

    claro como o mesmo foi construdo (e principalmente como os dados foram obtidos);

    o Devem ser apresentados os grficos e planilhas correspondentes; o As principais dificuldades encontradas neste tpico, em geral, dizem respeito

    diferena de unidades de medida (equivalentes em produto final) e com o

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    emprego dos termos produo e produtividade. A leitura do livro texto e do material da OIT tende a reduzir esse ltimo problema.

    4.6 Diagrama de Freqncia de Percurso5

    O objetivo do diagrama de freqncia medir o nmero de vezes que um percurso utilizado para a ligao de dois pontos distintos. De posse de um layout detalhado pode ser efetuada a marcao. O uso dessa ferramenta facultativo, sendo aconselhado nos casos onde h ntida concentrao de fluxos ou necessidade de coordenao de vrias atividades (por exemplo, atividades que antecedem a montagem final).

    Elaborao: o Obter layout detalhado; o Registrar no layout detalhado os movimentos do(s) agente(s) em estudo; o Analisar a freqncia de movimentos do agente em estudo, comentando;

    Verificaes para melhoria posteriores:

    o Dizer quais os postos de maior freqncia de utilizao e prioridades de aproximao entre postos;

    o Elaborar novo layout da seo e fazer comparao com o layout original.

    4.7 Identificao do Posto Gargalo

    Nesta seo, deve-se dizer qual o posto gargalo principal e os dois postos mais prximos em capacidade mxima, baseado no diagrama de mximos apresentado anteriormente.

    Com a identificao dos postos-gargalo encerra-se a primeira parte do trabalho. Passaremos agora a uma descrio do posto gargalo em seus componentes, como veremos a seguir, para depois passar a uma etapa de proposta de solues. Cada membro da equipe estudar um posto diferente.

    5 Uma boa referncia para os diagramas de freqncia de percurso a dissertao de mestrado

    de Fonseca.

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    5 Anlise do Posto Gargalo

    A ateno agora ser focalizada na descrio e estudo do posto gargalo. Sero expostas as diversas caractersticas do trabalho executado neste posto e estas sero discutidas luz dos critrios indicados no livro-texto, assim como pela OIT e pela legislao federal brasileira.

    5.1 Descrio do Posto Gargalo

    O objetivo descrever as atividades desenvolvidas neste posto, baseado nas informaes obtidas junto aos operrios, organizao e inspeo visual.

    Alguns itens importantes:

    Relativos aos produtos que passam no posto: o Lista de produtos que passam no posto; o Percentual de produtos rejeitados por no-conformidade com os padres de

    qualidade adotados; o Lista de ciclos de trabalho realizados no posto, para cada produto. o Produtos que passam pelo posto; o Projeto do posto atual (se houver); o Preparaes para o trabalho no posto (regulagens, calibraes e

    manutenes). Estas so costumam ser feitas para vrios ciclos repetidos; o Perodos de interrupo na linha de produo; o Unidades de organizao predominantes na produo (homem-tarefa-turno,

    etc)6; Relativos aos trabalhadores do posto: o Perfil dos funcionrios (qualificao, treinamento especfico, grau de

    escolaridade, idade dos funcionrios, tempo de experincia no posto); o Se ocorrem treinamentos/ aperfeioamento dos funcionrios; o Nmero de operrios trabalhando; o Incio e fim do turno, pausas para descansos; o Vestimenta dos funcionrios: roupas obrigatrias/ necessrias, uso de

    Equipamentos de Proteo Individual (EPI), uso de Equipamentos de Proteo Coletiva (EPC);

    6 O material da OIT pode ser til para a descrio desse item, alm das notas de aula.

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    o Posturas tpicas de trabalho (tanto fsicas quanto psicolgicas quais so as posturas necessrias (desenhar) e quais so as condies psicolgicas necessrias, por exemplo, ateno necessria, tranqilidade, pacincia, energia (justificar);

    o Condies de higiene e segurana do trabalho (agentes fsicos, qumicos, biolgicos e sociais observveis). Histrico de acidentes e doenas. Adicionar o mapa de riscos do posto de trabalho (ou da localidade onde ele se encontra).

    Relativos aos equipamentos do posto: o Equipamentos: mquinas, marca/ tipo, tempo de implantao na linha,

    funcionalidades, quantidade de mquinas (por tipo de mquina no posto), planejamento das preparaes, em funo das mudanas de produto em processo;

    o Freqncia histrica de quebras nas mquinas; o Manutenes ocorridas no ltimo ano: preventivas (colocar tambm as

    futuras), de emergncia e corretivas; No esquecer:

    o Entrevistas com funcionrios do posto para a validao dos itens citados acima.

    o Texto com comentrios e outros recursos julgados necessrios, tais como: fotos, desenhos, grficos, plantas, etc. Caso no seja autorizada a utilizao de cmeras, o grupo poder utilizar seus conhecimentos de Autocad para a confeco de um desenho do posto estudado.

  • 17

    5.2 Grfico Homem Mquina/ Grfico de Atividades Simultneas7

    O objetivo avaliar a simultaneidade de fluxos, em particular a utilizao das mquinas pelo homem. A idia descrever as atividades e o tempo de durao das mesmas durante um ciclo de trabalho. Determina-se assim, se a mquina est sendo satisfatoriamente utilizada e se o operador fica tempo em espera, para propor melhorias no processo.

    Os Grficos Homem-Mquina e de Atividades Simultneas refletem a durao de um ciclo completo de trabalho, portanto, so usados para ter-se uma subdiviso do processo de trabalho no posto em uma srie de atividades. Entretanto, necessria a realizao de diversas medies de modo a se eliminar medidas discrepantes, alm da determinao exata dos limites de incio e fim de cada operao. Cada ciclo diferente exige a elaborao de um grfico.

    Verificaes para melhorias posteriores:

    o Reduo no tempo total do ciclo; o Reduo nos tempos de preparao da mquina; o Reduo do tempo em que a mquina ou homem permanecem parados; o Eliminao de esperas do operrio e das mquinas o operador pode ser

    colocado para operar mais de uma mquina? o Planejamento das atividades humanas de modo que se obtenha uma

    performance mxima da mquina.

    OBS: Se o Grfico Homem-Mquina no for elaborado, pode ser oportuno apresentar a seqncia de atividades na forma de um Grfico de Atividades Simultneas (GAS).

    7 Para o grfico homem-mquina e grfico de atividades simultneas, ver Barnes captulo 8;

    Fonseca captulo 4.

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    5.3 Grfico de Operaes (Mo Direita X Mo Esquerda)8

    O objetivo descrever como o operrio utiliza as mos nas diversas atividades nos ciclos existentes no posto em estudo. Em sntese, uma ajuda simples e efetiva para a anlise de uma operao, sendo desnecessrio qualquer instrumento para a medida de tempo, podendo assim ser construdo de observaes diretas do trabalhador em seu posto de trabalho.

    Verificao para melhorias posteriores:

    o Observar movimentos das mos esquerda / direita; o Analisar (eliminar movimentos, equilibrar o uso da mo esquerda e da mo

    direita, propor pr-solues). OBS:

    o necessrio comentar, criticar e propor melhorias para o Grfico de Operaes, observando a lista de verificao do livro-texto;

    o Devem ser apresentados grficos e planilhas correspondentes.

    5.4 Crticas segundo os Princpios de Economia de Movimentos9

    Consiste em crtica situao do posto gargalo segundo os Princpios de Economia de Movimentos. Deve-se listar os princpios violados e coment-los, realando como ocorreu a violao deles, para cada atividade, em cada ciclo.

    8 Barnes captulos 9, 10 e 11; Fonseca captulo 4.

    9 Barnes captulos 17 a 20.

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    5.5 Crticas Segundo Os Princpios da OIT

    O objetivo elaborar um texto verificando, analisando e comentando quais princpios da OIT foram violados. Utilizar o livro Introduo ao Estudo do Trabalho para a elaborao deste item10.

    A. Contedo de trabalho suplementar devido ao projeto do produto: 1. Projeto do Produto X Economias na produo Devido falhas na

    concepo dos produtos, no possvel usar os procedimentos mais econmicos;

    2. Falta de Padronizao nos produtos Torna impossvel o uso de mtodos de produo em larga escala;

    3. Normas de qualidade erradas Gera trabalho desnecessrio; 4. Projeto requer eliminao de material em demasia.

    B. Contedo de trabalho suplementar devido a mtodos ineficazes de produo e ao posto de trabalho:

    1. Maquinrio inadequado; 2. Condies inadequadas; 3. Ferramentas inadequadas; 4. Movimentos desnecessrios; 5. Mtodos no posto inadequados.

    C. Tempo improdutivo devido deficincias da direo; 1. Variedade excessiva de produtos; 2. Falta de padronizao nas atividades; 3. Mudanas no desenho dos produtos; 4. Falta de planejamento do trabalho e da produo; 5. Falta de matrias-primas por causa planejamento ineficaz; 6. Avarias nas instalaes e equipamentos (quebras excessivas de

    mquinas); 7. Mau estado das instalaes e equipamentos; 8. Condies ruins de trabalho 9. Ocorrncia de acidentes.

    D. Tempo improdutivo imputvel ao trabalhador. 1. Ausncias, atrasos e ociosidade;

    10 Pginas 15 a 20.

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    2. Gerao de retrabalhos por causa de descuidos ou falta de ateno; 3. No observncia de normas de segurana e sendo vtima ou causa de

    acidentes por negligncia.

    5.6 Relao Homem X Trabalho: Ergonomia, Higiene e Segurana do Trabalho

    O objetivo deste item a anlise do posto de trabalho segundo os critrios de ergonomia, higiene e segurana do trabalho para o posto em estudo e ambiente prximo. O livro Ergonomia: Projeto e Produo, de Itiro Iida, detalha o contedo ministrado em aula. importante justificar os itens levantados e tambm realizar de entrevistas ou tentar providenciar alguma forma de validao desses tpicos, comprovando a existncia dos mesmos. Alguns pontos importantes so:

    Condicionantes de acidentes e doenas;

    Leis e regulamentos do trabalho com aplicao na linha11; o Temperatura, rudos e vibraes; o Adequao e fatores antropomtricos; o Iluminao e cores;

    o Agentes qumicos;

    o Programas de segurana do trabalho/ CIPA (Comisso Interna de Preveno a Acidentes);

    Trabalho em turnos;

    Motivao, fadiga e monotonia;

    Seleo e treinamentos;

    Descrio dos meios de trabalho;

    Percepo do operador sobre o trabalho e suas condies;

    Ergonomia dos produtos, ferramentas e mquinas no posto de trabalho e ambiente prximo;

    Anlise do impacto ambiental do posto de trabalho: o Verificar destinos dos rejeitos (reciclagem, venda, etc); o Poluio sonora, qumica (lquidos, volteis), radioativa, trmica, poluio

    do ar;

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    o Consumo energtico; o Descarte de mquinas ao final do ciclo de vida.

    6 Sntese das Crticas aos fluxos , mapofuxo e posto de trABALHO SEGUNDO pem, oit, Port. 3214, e condies de trabalho

    Neste ponto do trabalho, aps percorrermos todas as fases anteriores de levantamento e anlise deve ser elaborada uma lista de pontos crticos. Os pontos crticos so aqueles que no futuro projeto do posto de trabalho assumem um peso maior do que os outros no entender do projetista. A lista de pontos crticos a ser elaborada e seu respectivo peso deve estar fundamentada no material mencionado anteriormente na documentao. Em outras palavras, a lista de pontos crticos contm os problemas/ oportunidades de melhoria relacionados ao posto de trabalho que merecem prioridade no desenvolvimento, seja porque so causas de outros problemas, ou porque impactam diretamente na segurana do trabalhador, ou porque reduzem a capacidade mxima do posto.

    A partir desta lista, um projeto do novo posto de trabalho ser formulado12. Devero ser adicionadas especificaes para o projeto do posto, que consistem numa ficha tcnica dos requisitos que o posto de trabalho deve atender, de acordo com os princpios de economia de movimentos, ergonomia, higiene e segurana do trabalho e princpios da OIT.

    7 ) Especificaes de projeto do posto

    alteraes do fluxo com impacto no posto,capacidade produtiva balanceamantio da inha posturasw tpicas de traqbalho,

    Entre as crticas apresentadas, cabe definir prioridades. As crticas passveis de soluo com mudanas no posto de trabalho devem ser estudads com vistas elaborao de uma lista de especifica~es para a s mudanas desejveis. Por exemplo, se no posto se trabalha em p por toda a jornada , em posturas tpicas que introduzem riscos de doenas e desconforto, pode-se especificar : alternncai de postura sentada e em p , com posturas tpicas de trabalho ereta

    11 Por exemplo, as Normas Regulamentadoras do Ministrio do Trabalho e Emprego MTE,

    disponveis em www.mte.gov.br/Empregador/segsau/Legislacao/Normas/ (Maio de 2006) 12

    As explicaes sobre como realizar o projeto do posto de trabalho esto detalhadas nos itens subseqentes do roteiro.

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    e com antebrao apoiado. O desenvolvimento de solues para uma especificao como essa resultar no projeto / seleo de cadeiras, gabaritos, apoios, lentes de inspeo, sistemas de iluminao, etc... . As especificao deve ser estudadas uma a uma e solues de compromisso sero consideradas quando ocorrerem superposies. Por exemplo , a melhor soluo para a pega de objetos no uma boa soluo para o ,ovimento dos olhos e da cabea buscando a focalizao dos olhos no mesmo.3 do mesmo. A O resultado sdesse estudo ser documentados completamente ao final do projeto.

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    Definio de um Projeto Bsico para o Posto Uma vez desenvolvida uma anlise detalhada do posto de trabalho e listados os

    pontos crticos (principais problemas / oportunidades de melhoria do posto), passa-se para uma etapa de desenvolvimento de solues para o posto de trabalho. Ela contm trs grandes etapas: busca de casos similares, desenvolvimento de alternativas para o posto e desenvolvimento de projeto bsico do posto.

    A busca de casos similares til para validao das alternativas desenvolvidas e comprovao das vantagens (e desvantagens) do projeto que ser desenvolvido para o posto.

    A gerao de trs alternativas (uma implantao imediata e baixo custo, uma estado da tcnica e uma livre) alia: pequenas mudanas para resoluo dos problemas, a soluo mais atual para resoluo dos problemas do posto e um estmulo criatividade do projetista.

    O desenvolvimento do projeto bsico do posto compreende uma soluo completa (que faa sentido e que ataque todos os pontos crticos) e implantvel (que alm de ser factvel, contenha dados e documentao tcnica, como plantas, preos, dimenses e especificaes em geral, que viabilizem a implantao do projeto) para o posto. Pode ser composta por somente uma das trs alternativas geradas ou uma combinao delas.

    6.1 Busca de casos similares

    exigida a pesquisa em peridicos, bancos de patentes e outras referncias bibliogrficas para a busca de mais informaes sobre os problemas do posto (casos similares). Trabalhos anteriores da disciplina tambm podem ser importante fonte na busca de situaes semelhantes. Para alm da formulao do problema, as informaes publicadas nos peridicos, artigos ou trabalhos anteriores tambm devem ser consideradas para o desenvolvimento de alternativas para o projeto do posto. No texto final devem haver referncias aos casos similares encontrados, descrevendo-se o caso e identificando-se as similaridades com o posto estudado.

    6.2 Alternativa de Implantao Imediata e Baixo-custo

    Esta alternativa corresponde a solues desenvolvidas a partir de toda a documentao anterior, onde se tenta os pontos crticos com mudanas em mtodos,

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    ferramentas e materiais. Devem ser apresentados grficos, plantas, planilhas e qualquer outro tipo de material que esclarea o projeto. Todas as alternativas devem possuir indicaes das vantagens comprovadas, custos e conseqncias previstas (usando casos similares). O livro texto, catlogos comerciais e as referncias bibliogrficas em Engenharia de Mtodos so de grande ajuda nessa alternativa.

    6.3 Alternativa Estado da Tcnica

    Consiste em uma proposta em que seja utilizado o que h de atual no planeta para a soluo dos problemas encontrados. Envolve a busca em bancos de patentes e catlogos comerciais, tanto do Brasil quanto do exterior. Combinaes de solues (patentes) tambm podero ser empregadas13. Este tipo de alternativa , em geral, mais cara do que a anterior e de implantao mais demorada. Devem ser apresentados grficos, plantas, planilhas que esclaream o projeto. Todas as alternativas devem possuir indicaes das vantagens comprovadas, custos, conseqncias previstas (atravs dos casos similares).

    6.4 Alternativa Livre

    Esta forma de encaminhamento das solues busca contemplar melhorias que so associadas dimenses outras do trabalho que no a Engenharia de Mtodos, de forma que haja uma conciliao entre os interesses da organizao e do operador, ou seja, que os objetivos da organizao consigam ser atingidos em consonncia com os objetivos dos trabalhadores, valorizando as pessoas e a organizao. O projetista deve usar sua criatividade para desenvolver uma alternativa para o posto de trabalho que consiga resolver os pontos crticos. Devem ser apresentados grficos, plantas, planilhas que esclaream o projeto.

    6.5 Desenvolvimento do Projeto Bsico para o Posto de Trabalho

    Uma vez elaboradas alternativas para o projeto do posto de trabalho, deve ser desenvolvido um projeto para o posto de trabalho. Esse projeto consiste em um conjunto de solues que contemplem as oportunidades de melhoria identificadas e que seja

    13 Banco de patentes dos Estados Unidos: www.uspto.gov

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    factvel de implantao. Pode ser desenvolvido um cronograma que considere a implantao no curtssimo, curto e longo prazo.

    Adicionar todos os documentos necessrios para a confeco de peas e mudanas no mtodo (desenhos tcnicos cotados, grficos Homem-Mquina, Grficos de Operaes). Apresentar desenhos em perspectiva e, se possvel, maquetes ou mock-up.

    Indicar:

    Aumento de produtividade e produo esperado;

    A migrao do posto gargalo, isto , onde ser o novo posto gargalo e a sua influncia na linha;

    Analise dos benefcios financeiros esperados;

    Melhoria nas condies de trabalho;

    Realocaes de pessoal (provveis treinamentos, admisses ou demisses); Lista de compras (especificao dos materiais ou equipamentos a serem

    adquiridos e respectivos preos e fornecedores) Cronograma de implantao;

    Custo total de implantao;

    Impacto do projeto do posto de trabalho para o processo como um todo.

    Instituto Nacional da Propriedade Industrial INPI www.inpi.gov.br

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    7 Reunio com os Representantes da Unidade Produtiva

    Entregar o trabalho desenvolvido at ento, apresentar o Diagnstico e os estudos de solues do problema para o debate junto os representantes da organizao/ fbrica. Elaborar uma ata de reunio e anexar no texto final.

    8 Concluso do Trabalho

    A concluso consiste em um resumo do trabalho, do resultado final obtido e a verificao do cumprimento dos objetivos da disciplina por parte do grupo.

    Deve-se incluir os seguintes tpicos:

    o Comparao do estado atual e a proposta apresentada para os postos estudados;

    o Ata de reunio de apresentao da proposta; o Cronograma de implantao do projeto. o Avaliao do curso;

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    9 Bibliografia

    BARNES, Ralph M., Estudo de Movimentos e Tempos: Projeto e Medida do Trabalho, traduo da sexta edio americana, quinta reimpresso 1991, Editora Edgard Blcher Ltda, So Paulo, Brasil.

    FLEURY, A. e VARGAS, N., A Organizao do Trabalho, 1983, Editora Atlas, So Paulo, Brasil.

    FONSECA, Ricardo Seidl da, Conceituao e Anlise dos Modelos Esquemticos da Engenharia de Mtodos 1978, D.A.P., Universidade Federal do Rio de Janeiro.

    IIDA, Itiro. Ergonomia: Projeto e Produo. 2 edio, 2005, Blcher.

    OIT. Introducin al estudio del trabajo. 1983, Genebra.

    TAYLOR, Frederick W., Princpios da Administrao Cientfica, oitava edio, 1990, Editora Atlas S.A., So Paulo, Brasil.