Sabeísmo, buda, krishna, zoroastro e assuntos correlatos

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Sabeísmo, Buda,

Krishna, Zoroastro

e Assuntos Correlatos

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Coleção “Seleção de Escritos Bahá’ís”:• APRENDENDO A ENSINAR A FÉ BAHÁ’Í

• APROFUNDAMENTO, CONHECIMENTO E COMPREENSÃO DA FÉ

• AQUISIÇÃO DE SABEDORIA

• ASSEMBLÉIA ESPIRITUAL LOCAL, A• ASSEMBLÉIA ESPIRITUAL NACIONAL, A• BAHÁ’ÍS E O MURO DE BERLIM, OS

• CAPTANDO A CENTELHA DA FÉ (IMPORTÂNCIA DO ENSINO ÀS MASSAS)• CONQUISTA ESPECIAL, UMA (LEVANDO A MENSAGEM A PESSOAS DE PROEMINÊNCIA)• CONSERVAÇÃO DOS RECURSOS DA TERRA

• CONSULTA BAHÁ’Í ( A LÂMPADA QUE GUIA)• CONTRIBUIÇÃO AOS FUNDOS BAHÁ’ÍS

• CONVÊNIO, O• CORPO CONTINENTAL DE CONSELHEIROS, O• CRISE E VITÓRIA

• EDUCAÇÃO BAHÁ’Í

• EM BUSCA DA LUZ DO REINO (EXCELÊNCIA SOBRE TODAS AS COISAS EFESTAS DE 19 DIAS)

• ENSINO RELIGIOSO NAS ESCOLAS

• FÉ EM AÇÃO (PROJETOS BAHÁ’ÍS SÓCIOECONÔNICOS)• FIDEDIGNIDADE

• FUNERAL BAHÁ’Í

• IMPORTÂNCIA DA MEDITAÇÃO E DA ATITUDE DEVOCIONAL

• IMPORTÂNCIA DA ORAÇÃO OBRIGATÓRIA E DO JEJUM, A• IMPORTÂNCIA DAS ARTES NA PROMOÇÃO DA FÉ, A• INDIVÍDUO E O ENSINO, O• INSTITUIÇÃO DOS CONSELHEIROS, A• JEJUM BAHÁ’Í, O• LEI DO HUQÚQU’LLÁH, A• LEIS, HISTÓRIAS E ADMINISTRAÇÃO DA FÉ BAHÁ’Í

• LIBERANDO O PODER DA AÇÃO INDIVIDUAL

• NO LIMIAR DA PAZ

• NOVA RAÇA DE HOMENS, UMA

• NOVO MODO DE VIDA, UM (SIGNIFICADO DE SER UM JOVEM BAHÁ’Í)• OPOSIÇÃO À FÉ

• PADRÃO DE VIDA BAHÁ’Í

• POR AMOR À CAUSA (SOBRE PIONEIRISMO)• POLÍTICA

• PRESERVANDO CASAMENTOS BAHÁ’ÍS

• PROMOVENDO A ENTRADA EM TROPAS

• QUESTÃO MAIS DESAFIADORA, A (ASSUNTOS SOBRE A RAÇA NEGRA)• SAÚDE, HIGIENE E CURA

• VIDA CASTA E SANTA, UMA

• VIDA EM FAMÍLIA (UMA ONDA DE TERNURA)• VIVER A VIDA (ORIENTAÇÕES SOBRE A VIDA BAHÁ’Í)

Pedidos:www.editorabahaibrasil.com.br

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Uma compilação preparada pelo Departamento dePesquisa da Casa Universal de Justiça

EXCERTOS DOS ESCRITOS DE

‘ABDU’L-BAHÁ , SHOGHI EFFENDI E

DA CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA

Sabeísmo, Buda,Krishna, Zoroastro

e Assuntos Correlatos

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Título Original: Buda, Krishna, Zoroaster and Related Subjects

Acrescentados os textos de número: 6, 23, 28, 29, 30.

© 2006Todos os direitos reservados:

Editora Bahá’í do BrasilC.P. 19813800-970 - Mogi Mirim - SP

www.bahai.org.br/editora

ISBN: 85-320-0136-X

1a EDIÇÃO: 2006

Tradução: Maria Trude Alves (Exceto trechos já publicados em língua portuguesa)

Revisão: Coordenação Nacional Bahá’í de Tradução e Revisão do Brasil

Capa: Gustavo Pallone de Figueiredo

Impressão: Prisma Pinter Gráfica e Editora Ltda, Campinas-SP

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CONTEÚDO

Introdução 7

I. DOS ESCRITOS DE ‘ABDU’L-BAHÁ 11

II. DAS PALESTRAS DE ‘ABDU’L-BAHÁ 15

III. DOS ESCRITOS DE SHOGHI EFFENDI 19

IV. DE CARTAS ESCRITAS EM NOME DE SHOGHI EFFENDI ABAHÁ’ÍS OU CONFORME INDICADO 21

V. DE CARTAS DA CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA 29

Referências Bibliogáficas 39

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INTRODUÇÃO

á algum tempo que a Editora Bahá’í do Brasil quer trazerao público escritos bahá’ís sobre as Manifestações deDeus das quais pouco ou nada se sabe, em especial

para nós que nascemos e moramos em um país essencialmentecristão.

Esperamos que esta pequena, porém profunda coletâneade Textos Bahá’ís sobre o Sabeísmo, Buda, Krishna e Zoroastrovenha nos esclarecer e enaltecer estas antigas e grandes Perfeiçõesque pela Terra passaram, fundando grandes religiões e com adeptosem vários países, desta forma aumentando nosso amor por Eles erespeito por Seus seguidores.

É nossa esperança, também, que estes textos venham aajudar os escritores e jovens estudantes, e lhes incentive cada vezmais a buscarem conhecimento para romper sempre os véus dopreconceito religioso.

Incluímos nesta compilação (e também no título original)alguns textos a mais sobre o sabeísmo, pois como vivemos em umpaís que possui muitos adeptos desta primeira religião que se temconhecimento, temos a certeza de que mais estas informações serão

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preciosas na nossa constante meta de compartilhar a Mensagemcuradora de Bahá’u’lláh e lhes apresentar uma Fé que os respeitae até destina uma das portas de nossos Templos a eles.

Editora Bahá’í do Brasil

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IDOS ESCRITOS DE

‘ABDU’L-BAHÁ

Almas abençoadas como Moisés, Jesus, Zoroastro,Krishna, Buda, Confúcio ou Muhammad foram a causada iluminação do mundo da humanidade. Como

podemos negar tal prova irrefutável? Como podemos permanecercegos diante de tal luz?

(De uma Epístola de ‘Abdu’l-Bahá, traduzida do persa para o inglês)

Tu escreveste referente a Buda e Confúcio. Buda foiuma personagem ilustre. Confúcio tornou-se a causada civilização, avanço e prosperidade do povo da

China. Agora não é a época para debatermos sobre o grau e aposição dAqueles que se foram. Devemos concentrar nossaatenção no presente. Aquilo que transpareceu em um tempo

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anterior é passado. Agora é a época em que devemos restringirnossa discussão ao Luminar Máximo da Paz e Salvação nestaEra, falar da Abençoada Perfeição (Bahá’u’lláh) e verbalizar Suasexortações, mandamentos e ensinamentos. Buda e Confúcio foramreis em épocas passadas que desapareceram. Sua soberania nestemundo findou e Seu ciclo foi concluído. Agora o Trono do Reinode Abhá está estabelecido e a Abençoada Perfeição senta-Sesobre o Trono da Grandeza. Devemos erguer este Chamado,promulgar a Palavra de Deus e viver de acordo com osensinamentos e conselhos da Beleza de Abhá.

(Tablets of ‘Abdu’l-Bahá Abbás – Vol. 2, pp. 469-70)

Há profecias alusivas a esta Manifestação (Bahá’u’lláh)nos livros budistas, porém estão em símbolos emetáforas, e algumas condições espirituais estão nelas

contidas, porém os líderes da religião não entendem. Eles pensamque essas profecias tratam de coisas materiais; ainda que tais sinaisestejam pressagiando ocorrências espirituais.

(Tablets of ‘Abdu’l-Bahá Abbás – Vol. 3, p. 565)

Buda também estabeleceu uma nova religião, eConfúcio renovou a moral e as antigas virtudes, massuas instituições foram completamente destruídas. As

crenças e os ritos dos budistas e dos confucionistas já não sãoconformes aos ensinamentos de seus Fundadores. Buda foi umaalma maravilhosa. Estabeleceu a Unidade de Deus, masgradualmente desapareceram os princípios originais de Suasdoutrinas, sendo eles substituídos por cerimônias e costumesretrógrados, a ponto de prevalecer finalmente a adoração a estátuase imagens.

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... Assim as religiões, com o decorrer do tempo, desviam-se de sua base original, a tal ponto que a verdade da religião divinadesaparece completamente, seu espírito não persiste, surgemheresias, e resta, afinal, apenas um corpo sem alma. É por issoque se renova a Religião.

Os budistas e confucionistas adoram atualmente imagense estátuas, esquecendo-se da Divina Unidade e acreditando emdeuses imaginários, do mesmo modo que os gregos antigos. Deinício, porém, não era assim, seus princípios eram diferentes, suasleis outras.

(Respostas a Algumas Perguntas, pp. 143-4)

Havias escrito que se encontra nos livros sagradosdaqueles que seguem Zoroastro a profecia de que, nosúltimos dias, em três Dispensações distintas, o solhaveria de parar. Na primeira Dispensação, segundo a

predição, o sol permanecerá imóvel por dez dias; na segunda, porduas vezes este tempo; na terceira, por nada menos de um mêsinteiro. A interpretação dessa profecia é a seguinte: a primeiraDispensação a que ela se refere é a Dispensação Muçulmana,durante a qual o Sol da Verdade permaneceu imóvel por dez dias.Cada dia representa um século. A Era Muçulmana, portanto, deveter durado nada menos de mil anos – exatamente o período quetranscorreu entre o ocaso da Estrela do Imanato e o advento daEra proclamada pelo Báb. A segunda Dispensação mencionadanesta profecia é aquela inaugurada pelo próprio Báb, sendo quecomeçou no ano 1260 (d.H.) e findou no ano 1280 (d.H.). Quantoà terceira – a Revelação proclamada por Bahá’u’lláh – desde queo Sol da Verdade, ao atingir essa posição, brilha na plenitude deseu esplendor meridiano, fixou-se um mês inteiro como o período

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de sua duração – o tempo máximo para a passagem do sol por umsigno do zodíaco. Disto podes imaginar a magnitude do ciclo bahá’í– um ciclo que há de abranger um período de pelo menosquinhentos mil anos.

(‘Abdu’l-Bahá citado por Shoghi Effendi em A Ordem Mundial deBahá’u’lláh, pp. 134-5)

Enfim, as aspirações de todos os grupos e partidosrealizam-se nos ensinamentos de Bahá’u’lláh e, à medidaque forem declarados em igrejas, em mesquitas e em

outros lugares de adoração, seja entre os seguidores de Buda oude Confúcio, em círculos políticos ou entre materialistas, todosdarão testemunho de que esses ensinamentos trazem uma vidanova à humanidade e constituem o remédio imediato para todosos males da vida social. Ninguém pode achar defeitos em qualquerdesses ensinamentos; não, uma vez difundidos, serão todosaclamados, e todos os homens admitirão sua necessidade vital,exclamando: “De fato, isso é a verdade e, fora da verdade, nadahá senão erro manifesto.”

(Epístola ao Dr. Forel, citada em A Revelação Bahá’í, pp. 227-8)

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IIDAS PALESTRAS DE

‘ABDU’L-BAHÁ

O verdadeiro ensinamento de Buda se assemelha aoensinamento de Jesus Cristo. Os ensinamentos dosProfetas possuem o mesmo caráter. Os homens é que

modificaram os ensinamentos. Se observardes a atual prática dareligião budista, vereis que pouco sobrou de sua realidade. Muitosadoram ídolos embora seus ensinamentos o proíbam.

Buda tinha discípulos e desejava enviá-los para o mundoafora para ensinarem, então lhes fez perguntas para saber seestavam preparados como Ele queria:

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–– Quando fordes ao Oriente e ao Ocidente e aspessoas vos fecharem suas portas e se recusarema falar convosco, o que fareis? – disse-lhes o Buda.

–– Seremos muito gratos por não nos causarem dano– os discípulos responderam.

–– E se vos causarem dano e vos motejarem, o quefareis?

–– Seremos muito gratos por não nos daremtratamento pior.

–– Se vos lançarem na prisão?–– Ainda seremos gratos por não nos matarem.–– E se vos matarem? – perguntou o Mestre pela

última vez.–– Ainda assim, seremos gratos por fazerem de nós

mártires. Que destino mais glorioso do que este,morrer pela glória de Deus? – disseram osdiscípulos.

–– Muito bem! – disse Buda.

O ensinamento de Buda foi como uma jovem e linda criança,e agora ele se tornou como um homem velho e decrépito. Comoos idosos, ele não pode ver, não pode ouvir, não pode lembrar denada.

(Palestras de ‘Abdu’l-Bahá – Londres 1911, pp. 52-3)

A Mensagem de Krishna é a mensagem do amor. Todosos profetas de Deus trouxeram a mensagem do amor...

(Palestras de ‘Abdu’l-Bahá – Paris 1911, p. 23)8

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Uma estrela tem o mesmo resplendor, quer brilhe doOriente ou do Ocidente. Libertai-vos do preconceito;assim amareis o Sol da Verdade, seja qual for o ponto

do horizonte em que se levante! Compreendereis que, se a LuzDivina da Verdade brilhou em Jesus Cristo, também brilhou emMoisés e em Buda. Aquele que busca fervorosamente chegará aesta verdade.

(Palestras de ‘Abdu’l-Bahá – Paris 1911, p. 134)

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IIIDOS ESCRITOS DE

SHOGHI EFFENDI

Para Israel, Ele não era nem mais nem menos quea encarnação do “Pai Eterno”, o “Senhor dosExércitos” que nasceu “com dez milhares de

santos”; para a cristandade, o Cristo, que voltou “na glória doPai”, para o islã xiita, a volta do Imáme Husayn; para o islã sunita,a descida do “Espírito de Deus” (Jesus Cristo); para oszoroastrianos, o prometido Sháh-Bahrám; para os hindus, areencarnação de Krishna; para os budistas, o Quinto Buda.

(A Presença de Deus, p. 143)

Ao Seu Tempo os livros sagrados dos seguidoresde Zoroastro se referiam como sendo Aquele emque o sol deveria parar por não menos que um mês.

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A Ele deve Zoroastro ter aludido quando, conforme a tradição,predisse que um período de três mil anos de conflito e contençãodeveria preceder o advento do Salvador do Mundo, Sháh-Bahrám,que triunfaria sobre Ahriman e inauguraria uma era de beatitude epaz.

Somente Ele é subentendido na profecia atribuída ao próprioGautama Buda, que diz que deveria “um Buda chamado Maitreye,o Buda da confraternização universal”, na hora adequada, aparecere revelar “Sua infinita glória”. O Bhagavad-Gita dos hindus a Elese referiu como o “Supremo Espírito”, o “Décimo Avatar”, a“Imaculada Manifestação de Krishna”.

(A Presença de Deus, p. 145)

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IVDE CARTAS ESCRITAS EM

NOME DE SHOGHI EFFENDI

A BAHÁ’ÍS OU

CONFORME INDICADO

Com referência à passagem em “A Dispensaçãode Bahá’u’lláh” na qual o Guardião cita ainterpretação de ‘Abdu’l-Bahá da profecia que se

refere às épocas em que o sol permaneceria parado no céu,ele deseja que eu lhe explique que os dias mencionados nestaprofecia devem ser contados de modo diferente. Nas EscriturasSagradas de diversas religiões podemos freqüentemente encontrarreferências aos dias. Entretanto, estas referências têm sidoconsideradas como indicativas de diferentes períodos de tempo,como por exemplo, no Alcorão um dia é contado como mil anos.

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Os primeiros dez dias na profecia acima mencionada representamcada dia um século, completando assim um total de mil anos lunares.Para os vinte dias relacionados à Dispensação do Báb, cada umrepresenta apenas um ano lunar, o total de vinte anos perfaz aduração da Revelação do Báb. Os trinta dias na última Dispensaçãonão devem ser contados numericamente, mas devem serconsiderados como simbolizando a incomparável grandeza daRevelação Bahá’í, a qual, ainda que não seja a final, é nada menosdo que a mais completa revelação de Deus ao homem. Do pontode vista físico, os trinta dias representam o tempo máximo que osol leva para atravessar um signo do Zodíaco. Representam,portanto, um ponto culminante na evolução desta estrela. Assim,também dentro da perspectiva espiritual, esses trinta dias devemser vistos como indicadores do mais elevado, ainda que não sejao estágio final na evolução espiritual da humanidade.

(De uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi àAssembléia Espiritual Nacional dos Bahá’ís

dos Estados Unidos e Canadá – 7 de agosto de 1934)

Quanto ao seu estudo da religião hindu: A origemdesta, e de muitas outras religiões que sobejam naÍndia, não é bem conhecida por nós, e mesmo os

orientalistas e os estudantes de religião não concordam inteiramentesobre os resultados de suas investigações neste campo. Os escritosbahá’ís também não se referem especificamente a nenhuma dessasformas de religião correntes na Índia. Por conseguinte, o Guardiãosente ser impossível fornecer alguma informação definida edetalhada sobre este assunto. Entretanto, ele lhe estimula a continuarseus estudos nessa área, mesmo que sua vastidão seja quase queestarrecedora, tendo em vista levar a Mensagem aos hindus. Aindaque o Guardião esteja totalmente consciente das muitas dificuldades

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que a tarefa de converter esta camada da população hinduapresenta, esta é uma das obrigações mais vitais. Não obstante,os amigos devem fazer o melhor que puderem para obter tantasconversões quanto lhes for possível entre os hindus.(De uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi – 17 de abril de 1936)

O número nove, o qual é em si mesmo o númeroda perfeição, é considerado pelos bahá’ís comosagrado porque é o símbolo da perfeição da

Revelação Bahá’í, a qual se constitui a nona na linha dasreligiões existentes, a última e a mais completa Revelação que ahumanidade jamais conheceu. A oitava é a Religião do Báb, e assete remanescentes são: hinduísmo, budismo, zoroastrianismo,judaísmo, cristianismo, islamismo e a religião dos sabeístas*. Estasreligiões não são as únicas religiões verdadeiras que apareceramno mundo, mas são as únicas que ainda existem. Os profetas emensageiros divinos sempre existiram, há muitos mais além dosque o Alcorão se refere. Entretanto, os únicos que existemseguidores são os acima mencionados.(De uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi – 28 de julho de 1936)

As nove religiões sobre as quais faz referência,incluem as Dispensações Bábí e Bahá’í. Bahá’u’lláhsendo o nono Profeta nesta série. Os outros

*Também são conhecidos como sabeanos, sabeítas ou sabeãos.Porém, na última opção, não confundir com os sabeãos que eramos seguidores de João Batista e que não aceitaram a Cristo. n.e.

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Profetas inclusos são: Zoroastro, Krishna, Moisés, Cristo,Muhammad, Buda, o Profeta dos sabeístas cujo nome não foiregistrado, o Báb e Bahá’u’lláh. Buda apareceu no ciclo adâmico.(De uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi – 13 de julho de 1938)

Referente a Lao-Tsé: Os bahá’ís não o consideramum Profeta, ou mesmo um profeta secundário ouMensageiro, diferente de Buda ou Zoroastro que

foram divinamente apontados como Manifestantes de Deustotalmente independentes.

Com relação à religião dos sabeístas, muito pouco éconhecido sobre a origem desta religião, ainda que nós bahá’ísestejamos certos de uma coisa, que seu Fundador foi umMensageiro divinamente enviado. O país em que o sabeísmotornou-se difundido e floresceu foi a Caldeia, e Abraão éconsiderado como tendo sido um seguidor desta Fé.

(De uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi –10 de novembro de 1939)

Zoroastro viveu cerca de mil anos antes de Cristo.Não há data exata nos Ensinamentos referente aoinício de Sua Dispensação. Não há que se

considerar as personagens no Zenda-Avesta como totalmenteconfiáveis, uma vez que o Avesta não deve ser visto como aautêntica compilação dos escritos do Profeta.

(De uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi a um ComitêNacional e a um bahá’í – 30 de julho de 1940)

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Quanto à sua pergunta referente ao sabeísmo e aohinduísmo: Nada há nos Ensinamentos que possanos ajudar a assegurar qual dessas duas religiões é

a mais antiga. Nem mesmo a história parece ser capaz de ofereceruma resposta definitiva a esta questão. Os registros referentes àorigem dessas religiões não são suficientemente detalhados econfiáveis para fornecerem qualquer evidência conclusiva sobreeste ponto.

(De uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi –9 de novembro de 1940)

Sua pergunta com relação a Brahma e Krishna: Umavez que não há referência alguma sobre tais assuntosnos Ensinamentos, estes são deixados aos

estudantes de história e religião para resolvê-los e esclarecê-los.(De uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi – 14 de abril de 1941)

Confúcio não foi um Profeta. É correto, noentanto, dizer que ele é o fundador de um sistemamoral e um grande reformador. Buda foi um

Manifestante de Deus, assim como Cristo, porém Seus seguidoresnão possuem Seus escritos autênticos.(De uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi à Assembléia Espiritual

Nacional da Austrália e Nova Zelândia – 26 de dezembro de 1941)

Nos ensinamentos bahá’ís está escrito que todosos Profetas predisseram um Prometido, e Este éBahá’u’lláh. Não podemos ter certeza da

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autenticidade, palavra por palavra, de quaisquer das SagradasEscrituras do passado exceto o Alcorão, uma vez que não foramescritas durante a vida do Profeta, além de terem sido alteradascom o passar do tempo e seus originais perdidos; o que podemoster certeza é que quando Bahá’u’lláh ou o Mestre declararam queZoroastro predisse a vinda de um Prometido, está correto. Oszoroastrianos não têm como contradizer esta nossa asserção, poiseles mesmos sabem que suas escrituras não estão na forma originale, por conseguinte, não são absolutamente autênticas.(De uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi – 22 de junho de 1943)

Não há menção nos escritos bahá’ís sobrequalquer conexão entre os Profetas do OrienteMédio e do Oriente. Há poucas referências feitas

a Buda, como evidentemente deve ter percebido. Em A Presençade Deus lerá que Bahá’u’lláh é o retorno do Quinto Buda, etc., eesta é toda informação que o Guardião possui no presente sobreeste assunto do cumprimento por Bahá’u’lláh das profeciasbudistas.(De uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi – 24 de junho de 1947)

Sobre suas questões: Não podemos acrescentarnomes de pessoas (ou qualquer um) quepensamos ser Profetas Menores aos aqueles

citados no Alcorão, na Bíblia ou em nossas próprias Escrituras.Pois somente estas podemos considerar como Livros autênticos.

(De uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi a um bahá’í –31 de março de 1941)

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Quanto a suas perguntas: A única razão pela qualnão há mais menções sobre os Profetas asiáticos éporque Seus nomes parecem estar perdidos em

meio à história antiga. Buda e Zoroastro são mencionados emnossas Escrituras, ambos Profetas não-judeus ou Profetas não-semíticos. Foi-nos ensinado que sempre existiram Manifestantesde Deus, porém não temos quaisquer registros de Seus nomes.

(De uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi –4 de outubro de 1950)

Não podemos ter certeza da autenticidade dasescrituras de Buda e Krishna, assim sendo, nãopodemos tirar conclusões sobre nascimento dEles

provindo de mães virgens, mencionado naquelas escrituras. Nãohá referência sobre este assunto em nossos Ensinamentos, portanto,o Guardião não pode expressar uma opinião a respeito. Não hádatas em nossos Ensinamentos referentes às verdadeiras datas dosProfetas do Ciclo Adâmico, assim, não podemos dar alguma. Demodo experimental, podemos aceitar aquelas que os historiadoresconsideram como exatas. Naturalmente, estamos seguros sobreas datas referentes a Muhammad, o Báb e Bahá’u’lláh.

Uma vez que nossos Ensinamentos não informam queZoroastro é o elo entre o Eufrates e os Profetas na Índia, nãopodemos assegurar isto. Abraão e Krishna são dois indivíduosdistintos, sem alguma conexão que seja do nosso conhecimento.

(De uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi –25 de novembro de 1950)

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Quanto à questão de dias referindo-se, em algunscasos, a anos e, em alguns casos, a séculos naEpístola a um seguidor da Fé que era zoroastriano:

A única resposta que podemos dar àquelas pessoas que carecemde fé para aceitar as palavras do Mestre como sendo interpretaçõesdivinamente inspiradas da verdade, é que a linguagem da profecia,no passado, foi sempre velada em seu significado, e que alusõessão encontradas em todos os Livros Sagrados que não podem serliteralmente aceitas, além de não terem sido satisfatoriamenteinterpretadas até o surgimento desta Revelação, quando,acreditamos, os livros do passado e seus mistérios foram finalmentedesvelados. Poderia alguém encontrar uma interpretação maislógica desta alusão na literatura zoroastriana do que aquela dadapor ‘Abdu’l-Bahá ou uma que seja tão apropriada a umainterpretação coerente da história religiosa quanto o são as palavrasdo Mestre?(De uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi – 16 de abril de 1951)

Uma vez que não houve seguidores do Báb e deBahá’u’lláh provenientes das religiões do Orientedurante Seus dias, esta pode ser a razão pela qual

Eles não dedicaram diretamente Epístola alguma a essas pessoas.Também devemos nos lembrar que toda religião brota de umaraiz, e assim como o cristianismo brotou do judaísmo, nossa própriareligião brotou do islamismo, e este é o motivo pelo qual umagrande parte dos Ensinamentos deduz suas provas do islamismo.

(De uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi – 5 de março de 1957)

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VDE CARTAS DA

CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA

O Ciclo Adâmico inaugurado há 6.000 anos atráspela Manifestação de Deus chamada de Adão ésomente uma das muitas dos ciclos de outrora.

Bahá’u’lláh, como você diz, é a culminação do Ciclo Adâmico.Ele, também, é o inaugurador do Ciclo Bahá’í.

Obviamente, devem ter existido Profetas e Manifestaçõesem épocas precedentes ao Ciclo Adâmico. Isto é confirmado pelaseguinte declaração revelada por Bahá’u’lláh:

“E agora, quanto à tua pergunta: ‘Como é que nãose encontra registrado, nada concernente aos Profetasque precederam a Adão, o Pai da Humanidade, ouaos reis que viveram nos dias dAqueles Profetas?’Sabe tu que a falta de qualquer referência a Eles, não

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é prova de que não existiram realmente. O fato deagora nada existir registrado a respeito, deve seratribuído à sua extrema antigüidade, bem como àsvastas transformações pelas quais a terra tem passadodesde aquele tempo.”

(Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh, LXXXVII)

A respeito da estória da criação, nós citamos a seguinteEpístola de ‘Abdu’l-Bahá, ainda não publicada:

“Sabe tu que a Tora é aquela que foi revelada na Tábuade Moisés, que a paz esteja sobre Ele, ou naquiloque Ele proibiu. Mas as estórias são narrativashistóricas e foram escritas após Moisés, que a pazesteja sobre Ele.”

A respeito da estória de Adão e Eva, ‘Abdu’l-Bahá, emRespostas a Algumas Perguntas, explica que não pode sertomada literalmente. Sugerimos que se dirija a este livro para asexplicações sobre o simbolismo desta estória.

(De uma carta escrita em nome da Casa Universal de Justiça a umbahá’í – 13 de março de 1986)

1. A respeito do início da era zoroastriana, emuma de Suas Epístolas, ‘Abdu’l-Bahá, declara queZoroastro viveu 750 anos após Moisés. Em uma

carta a um bahá’í, o secretariado do Guardião escreveu em seunome: “Zoroastro viveu há quase 1.000 anos depois de Cristo.Não existe nenhuma data específica nos ensinamentos a respeitodo começo de Sua Dispensação.”

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2. A respeito de sua segunda pergunta sobre uma Epístola do Bábdeclarando que existiram 30 Zoroastros, o Departamento dePesquisa declara que nenhum texto do Báb foi encontrado sobretal assunto. Entretanto, Mírzá Abu’l-Fazal declarou em seus escritosque apareceram, no Irã, vários profetas antes da Dispensação deZoroastro.

(De uma carta do Departamento de Secretariado da Casa Universalde Justiça a sra. Gayle Woolson – 13 de maio de 1979)

O sr. García anexou uma descrição detalhadadestes movimentos religiosos e seu impacto nasAméricas. Ele se refere às religiões africanas

baseadas nas Américas como “religiões modernas do hemisférioocidental baseado nas tradições fortes dos escravos dedescendência Ioruba (Camdomblé/Umbanda/Quimbanda/Santería,entre outras denominações), misturados com alguns aspectos decatolicismo e influenciados por um moderno espiritismo teosófico”.Enquanto seus seguidores são tipicamente achados em Cuba, Haitie Brasil, crescentemente, estes grupos estão atraindo profissionaisbem sucedidos, acadêmicos e artistas ...

1.1 Relação com o SabeísmoO sr. García indaga se a tradicional religião Ioruba da Nigéria

derivou da religião do Profeta dos sabeístas (como algumas notasdos peregrinos sugerem)? E, dadas as semelhanças que parecemexistir entre as crenças européias cristãs e suas formas religiosas eaquelas achadas na África, ele pergunta se a religião européia antigatambém deriva do Sabeísmo original? Ele fornece a seguintedefinição de seu entendimento por Religião Sabeísta:

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“A Religião Sabeísta é a que provavelmente seoriginou na terra de Sabá (Sheba) no Sul da PenínsulaÁrabe..., não os sabeãos ... que é referida no Alcorãoe que é formada pelo restante dos seguidores de JoãoBatista que não aceitou a Jesus Cristo, chamadostambém de mandeãos no Iraque e Irã.”

Antes de tratar estas perguntas, é útil considerar o fatoque os ensinamentos bahá’ís contém algumas referências sobre osabeísmo. Como o sr. García está ciente, Bahá’u’lláh em SuasEpístolas no idioma persa, descreve dois grupos diferentes comosabeãos. São eles:

• Os seguidores de uma religião antiga que adoravam ídolos,estes eram nomeados através das estrelas e reivindicam teremrecebido sua religião de Seth e Idrís;

• Os seguidores de João Batista que falharam em reconhecerJesus como a Manifestação de Deus. Ele, também, declaraque este grupo é conhecido por alguns como sabeãos e quecontinua a existir no mundo.

Para os sabeístas que reivindicam derivar sua religião deSeth e Idrís, o Departamento de Pesquisa tem, no momento,conseguido localizar só uma breve referência adicional dasEscrituras Bahá’ís para Seth. No A Promulgação da PazUniversal, onde ‘Abdu’l-Bahá descreve Seth como um dos “filhosde Adão”. Existem, porém, duas referências muito interessantespara Idrís, contidas em uma nota de rodapé que aparece na página148* de Epístolas de Bahá’u’lláh. A primeira é uma citação doAlcorão 19:57-58, que declara:

*Esta nota de rodapé não aparece na versão em português. n.e.

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“E comemore Idrís no Livro; porque Ele era umhomem de verdade, um Profeta; E nós O levantamospara um lugar no alto.”

A segunda é uma declaração de Bahá’u’lláh em que Eleidentifica Idrís com Hermes:

“A primeira pessoa que propriamente se dedicou emfilosofia era Idrís. Este era o nome pelo qual iria serconhecido. Alguns o chamaram também por Hermes.Em toda língua ele tem um nome especial. Ele é aqueleque se esforçou em todos os ramos da filosofiacompleta e reconhecidas declarações. Depois dele,Balínus derivou seu conhecimento e ciências dasEpístolas de Hermes e a maioria dos filósofos que oseguiram fizeram suas descobertas filosóficas ecientíficas de suas palavras e declarações....”

A conexão entre Idrís e o sabeísmo é interessante porqueEle não confirma só a longínqua idade deste grupo de sabeãos,mas também o fato que o conhecimento da religião espalhou-sepor toda a Terra, que é o que Bahá’u’lláh afirma sobre Idrís: “Emtoda língua ele tem um nome especial.” Deve ser notado, porém,que Bahá’u’lláh não nomeia especificamente Idrís como o Profetado Sabeísmo.

Na carta escrita em seu nome, citada abaixo, Shoghi Effendidestaca a falta geral de registros históricos conclusivos relativo àsorigens da Religião dos Sabeístas*:

*O Departamento de Pesquisa cita mais dois escritos que já foramreferenciados na parte IV desta compilação. n.e.

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“À respeito da declaração de Mírzá Abu’l-Fadl emseu livro The Bahá’í Proofs em que as grandesreligiões do mundo, excluindo as Dispensações doBáb e Bahá’u’lláh, são sete em número: O que o autorquis dizer por aquela declaração é que existem sósete grandes religiões do qual existe algum rastro ouregistro, e não que só sete religiões apareceram nomundo. Estas sete religiões mencionadas por MírzáAbu’l-Fadl são as seguintes: zoroastrianismo,budismo, hinduísmo, judaísmo, cristianismo, islamismo,e a religião dos sabeãos, que era originalmentemonoteísta, e se tornou gradualmente corrompida, epara a qual acredita-se que os antepassados deAbraão possam ter pertencido.”

(9 de julho de 1939 a um bahá’í)

“Os ensinamentos não nos informam nada sobre oProfeta do sabeísmo. Os seguidores desta religiãoviveram em Ur na Caldéia, onde Abraão apareceu.”

(30 de julho de 1941 para um crente individual)

Para mais informações sobre este assunto, o sr. García deve,também, se referir aos escritos de Mírzá Abu’l-Fadl,especificamente, The Bahá’í Proofs (Wilmette: Bahá’í PublishingTrust, 1983), e um artigo intitulado “Explanation of Daniel’sInterpretation of Nebuchadnezzar’s Dream” (Explicação daInterpretação de Daniel sobre o Sonho de Nebucodonozor) queé publicada em Star of the West, 28 de abril de 1916, volumeVII, número 3, páginas 17-24. ...

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Em consideração às perguntas específicas levantadas pelosr. García, como ele corretamente escreveu, Shoghi Effendi emsuas conversas para com os peregrinos é citado para ter descritoos seguidores das tradicionais crenças africanas pagãs como asremanescentes do sabeísmo. Porém, com a possível exceção dadeclaração na Epístola de Bahá’u’lláh relativa a Idrís e a sugestãode que o conhecimento desta religião foi espalhado por toda aTerra, o Departamento de Pesquisa não pôde localizar quaisquerreferências nas Escrituras de Bahá’u’lláh que trata o assuntolevantado pelo sr. García.

1.2 Atitude da Fé Bahá’í para com as “Novas ReligiõesBaseadas no Ioruba”

O sr. García investiga se os Escritos Bahá’ís comentam aimensa popularidade e crescimento atual destas religiões baseadasno ioruba no Novo Mundo e ele pergunta a visão bahá’í da“incorporação” que acontece durante os rituais que invocam osdeuses iorubas – Orixás.

Apesar de nós não acharmos qualquer referência específicasobre estes movimentos religiosos nas escrituras da Fé, o sr. Garcíapode bem se interessar pelo discurso de Shoghi Effendi sobre a“fermentação universal” que caracteriza a “Idade de Transição”,...

Para o estudo do sr. García, nós citamos uma compilaçãointitulada Psychic Phenomena and Practices (Fenômenos ePráticas Psíquicas) que permeia, de um modo geral, sua pergunta.Nós desejamos chamar sua atenção para os seguintes extratostirados desta compilação, a qual resume seus ensinamentos nestetópico:

“Nós devemos usar as Escrituras dos Profetas comonossa medida. Se Bahá’u’lláh não deu a menor

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importância para as experiências ocultas, para o poderde ver as auras, para a capacidade em ouvir vozesmísticas; se Ele acreditasse que reencarnação era umfato, Ele mesmo, teria mencionado tais coisas em Seusensinamentos. O fato dEle ter ignorado-as e mantidosilêncio, mostra que para Ele isto não tem nenhumaimportância ou nenhuma realidade, e não eram,conseqüentemente, merecedoras de ater Seu tempocomo o Educador Divino da raça humana.

Não devemos dirigir nossas faces a estas coisas,mas sim, em direção à prática real de SeusEnsinamentos em todos os dias de nossa vida, atravésde nossa Administração Bahá’í, e em nosso contatocom outras pessoas e os exemplos que nós damos.”(De carta escrita em nome de Shoghi Effendi a um bahá’í

– 22 de abril de 1954)

“Apesar de tais acontecimentos sereminteressantes e provocarem curiosidade, nós nãotemos nenhum modo de conferir a veracidade de taisexperiências. Shoghi Effendi aconselhou em suascartas aos amigos que perguntaram a ele sobre ospoderes psíquicos, que nós não entendemos anatureza de tais fenômenos, que nós não temosnenhum modo de estar certos do que é verdade e doque é falso, que muito pouco se sabe sobre a mente eseu funcionamento, e que nós devíamos nos esforçarpara evitar dar impróprias considerações em taisassuntos.”

(De carta escrita em nome da Casa Universal de Justiçaa um bahá’í – 16 de maio de 1985)

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Em consideração à pergunta do sr. García sobre como osbahá’ís podem melhor ensinar “as pessoas que cultuam estasreligiões”, é sugerido que, já que isto é um assunto que é melhorlidado através de consulta e exige conhecimento das condiçõeslocais, pode ser útil para o sr. García consultar com sua AssembléiaEspiritual Local ou um Membro do Corpo Auxiliar, para ter idéiasespecíficas de como proceder.(Carta do Departamento de Pesquisa da Casa Universal de Justiça ao

sr. David Garcia – 6 de agosto de 1996)

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• Tablets of ‘Abdu’l-Bahá Abbás – Vol. 2. Bahá’í PublishingSociety, Chicago, EUA, 1915.

• Tablets of ‘Abdu’l-Bahá Abbás – Vol. 3. Bahá’í PublishingSociety, Chicago, EUA, 1916.

• Respostas a Algumas Perguntas. Editora Bahá’í do Brasil, 5ªedição, 2001.

• A Ordem Mundial de Bahá’u’lláh. Editora Bahá’í do Brasil, 1ªedição, 2003.

• Palestras de ‘Abdu’l-Bahá – Londres 1911. Editora Bahá’í doBrasil, 1ª edição, 2005.

• Palestras de ‘Abdu’l-Bahá – Paris 1911. Editora Bahá’í doBrasil, 4ª edição, 2005.

• A Presença de Deus. Editora Bahá’í do Brasil, 1ª edição, 1981.• A Revelação Bahá’í. Editora Bahá’í do Brasil, 2ª edição, 1976.• Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh. Editora Bahá’í do Brasil,

2ª edição, 2001.

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