Sebenta JCCS Historia Da Enfermagem
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Historia da Enfermagem XVI CLEDocente: Ana Pires
Finalidades: Fornecer ao aluno um corpo coerente de informaes que lhe permitam uma base de construo da sua identidade profissional.
Carga Horria: 42 Horas
Avaliao:
Trabalho de grupo (Portefollio) 50% Relatrio escrito 5/7 pginas 30% Teste individual 20%
Trabalho de pesquisa: inqurito sobre as crenas, valores, imagens relacionados com a profisso de enfermagem.
QUESTES:
1. O que ser enfermeiro?2. O que ser um bom enfermeiro?
Transformar em trabalho (criar sntese)
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Historia da Enfermagem XVI CLEDocente: Ana Pires
SUMRIO
1 - OS ANTECEDENTES DA PROFISSO DE ENFERMAGEM AO LONGO DA HISTRIA1.1 - A Enfermagem ocupao de mulheresOcupao religiosaOcupao/funo no exrcito
2 - O NASCIMENTO DA PROFISSO (sc. XIX)Factores sociaisFactores cientficos
3 - A EVOLUO DA ENFERMAGEM 3.1 - Do sc. XIX 2 Guerra Mundial 3.1.1 - Funes do enfermeiro3.1.2 - Ensino de enfermagem3.1.3 -Investigao em Enfermagem 3.1.4 - tica profissional3.2 - Da 2 Guerra Mundial aos anos 60 3.2.1 - Funes do enfermeiro 3.2.2 - Ensino de enfermagem 3.2.3 - Investigao em enfermagem 3.2.4 - tica profissional3.3 - Teoria de enfermagem, modelos tericos, metodologia cientfica de trabalho3.4 - Situao actual e linhas orientadoras para o futuro
Funes do enfermeiro Ensino de enfermagem Investigao em enfermagem tica Profissional
4-A ENFERMAGEM EM PORTUGAL
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Historia da Enfermagem XVI CLEDocente: Ana Pires
HISTORIA DA ENFERMAGEM
A palavra Histria tem vrios sentidos, desde o de narrativa imaginada ao de relato autntico de uma ocorrncia, simples ou complexa. Em todos os sentidos est implcito o conceito de sucesso, com mais ou menos tempo para se realizar.
A Histria envolve a conscincia do passado, primeiro como mera anterioridade (mito), depois como delineamento at chegar ao presente, sempre apoiado em actos sequentes realizados por outros homens e outras sociedades.
(Enciclopdia Luso-Brasileira e Enciclopdia Polis)
Ao construir o plano de estudos do Curso de Licenciatura em Enfermagem a Escola Superior de Sade de Beja considerou a importncia de incluir a Histria de Enfermagem como uma disciplina autnoma precisamente porque a compreenso do passado, enquanto sequncia de acontecimentos, nos permite ter mais conscincia do presente e delinear os caminhos do futuro.
O conhecimento das correntes socio-culturais, econmicas e polticas que tm influenciado a prtica dos cuidados de enfermagem possibilitaro perceber o que a profisso de enfermagem, como se chegou situao actual, que problemas existem e quais as tendncias de desenvolvimento da enfermagem.
Assim, com a leccionao dos contedos programticos que integram a disciplina pretendemos que o aluno:
. Compreenda os factores socio-culturais, econmicos, cientficos que permitiram o aparecimento da profisso de enfermagem e que marcam a sua evoluo at aos dias de hoje;
. Compreenda a importncia das Teorias de Enfermagem enquanto base do desenvolvimento cientfico da profisso.
Ana Pires
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BIBLIOGRAFIA
ADAM, Evelyn Ser enfermeira Lisboa, Instituto Piaget, 1994 BALY, Monica - Florence Niqhtingale and the nursinq legacy - London, Whurr Publishers, 2Ed. COLLIRE, M Franoise Promover a vida Lisboa, Lidei, 1999 DONAHUE, Patricia Histria de I'erfermeria Barcelona, Doyme,1985 FAWCETT, Jacqueline Conceptual models of nursing Philadelphia, F.A.bavis Company HESBEEN, W. alter Cuidar no hospital Lisboa Lusocincia, 2000 GEORGE, Julia et ai Teorias de enfermagem Porto Alegre, Artmed, 4ed GONALVES FERREIRA, F. A Histria da sade e dos servios de sade em Portugal Lisboa, Fundao Calouste Gulbenkian, 1990 MARRINER, Ann Modelos y teorias de enfermeria Barcelona, Rol, 1989 NIGHTINGALE, Florence Notes on nursinq New York, Dover PublicationsROPER, Nancy O modelo de enfermagem Roper-Logan -Tierney Lisboa, Climepsi 2001
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Historia da Enfermagem XVI CLEDocente: Ana Pires
HISTORIA DA ENFERMAGEM
A profisso algo que tem uma formao, um ofcio, a arte transmitida de gerao em gerao.
Na altura das cruzadas, apareceram os primeiros homens a prestarem cuidados aos feridos durante os combates (apoio especializado).
Cuidar uma ateno* especial, que se vai dar a uma pessoa que vive uma situao particular com vista a ajud-la, a contribuir para o seu bem-estar, a promover a sade.
W. Hesbeen* Engloba a minha maneira de ser, a teoria que utiliza para que a pessoa fique mais
saudvel.
ela... a enfermeira que habita tanto os romances, mais piegas como os mais violentos, ou que ilustra um imaginrio, solene nos momentos de crise, guerras, cataclismos, flagelos sociais...caricatural nos momentos de regozijo ou acalmia. Personagem magnfica ou rebaixada, sublime ou desprezada, sobrestimada ou desvalorizada, a Enfermeira, figura mtica, determinada pelo papel que dela se espera mais do que por aquilo que a deveria caracterizar profissionalmente e no pessoalmente a sua prtica de cuidados.
Marie Franoise Collire
Cuidar uma arteCuidar uma arte, a arte do terapeuta, aquele que consegue combinar elementos
de conhecimento, de destreza, de saber-ser, de intuio, que lhe vai permitir ajudar algum na sua situao particular.
A arte do terapeuta a que lhe permite apoiar-se em conhecimentos estabelecidos para as pessoas em geral, com vista a apropriar-se deles para prestar cuidados a uma pessoa nica.
W. Hesbeen
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A IMAGEM EXTERNA DOS ENFERMEIROS
A imagem do grupo corresponde representao social, formada: Pela percepo: a percepo que se tem das enfermeiras/os depende obviamente
do que se v ou sente quando em contacto directo com as prprias enfermeiras/os, pelo
que essa imagem parece depender do que os prprios enfermeiros fazem. Isto s
verdade em parte
Pelas fantasias : a imagem de um grupo geralmente uma noo estereotipada,
isto , fabricada com determinadas caractersticas levadas ao exagero e aplicadas a todos
os membros desse grupo, sem ter em conta a individualidade da pessoa e da situao
Pelos mdia: a imagem de um grupo tambm construda pelos media, em especial quando h razes sociais, culturais ou polticas que os pressionem
Estudos efectuados sobre a imagem dos enfermeiros mostram trs caractersticas constantes:
Extenso do trabalho domstico: sendo uma das consequncias a manuteno da
relao da qualidade de quem serve, tanto em relao aos mdicos como s organizaes
de sade onde trabalham.
Feminilidade: traduzida na capacidade para cuidar, amar, dar, servir, o que j se
torna um mito.
Facilmente substituveis : traduzido pela ideia de que uma enfermeira sempre
uma enfermeira, pelo que pode trabalhar indiferentemente em qualquer tipo de servio,
pois verstil e no tem saberes especficos
Os esteretipos tradicionais:Anjo da guarda (associado religio)
Smbolo sexual
Machado de guerra (mulheres mais antigas, ptimas trabalhadoras, aguerridas)
Auxiliar do mdico
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AS ORIGENS
Desde que haja algum que precise de cuidados, algum indefeso, doente, existe algum que toma conta.
A doena, o acidente e a morte acompanham a Humanidade desde a sua existncia sobre a Terra.
Os povos primitivos criaram sistemas de crenas, lendas, mitos e rituais mgicos para explicarem o aparecimento das doenas e da morte.
Durante anos no houve separao ntida entre medicina e magia.
A enfermeira o espelho em que se reflecte a histria da mulher atravs dos tempos.
Robinson, 1946
EVOLUO DA PRTICA DE CUIDADOS
A anlise histrica da prtica de cuidados conduz a trs vertentes essenciais:
A enfermagem enquanto actividade religiosa na medida em que comeou por
ser exercida por mulheres e homens consagrados vida religiosa;
A enfermagem enquanto actividade dirigida aos indigentes, pobres e doentes;
A enfermagem enquanto actividade feminina decorrente do papel da mulher na
famlia e na sociedade.
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EVOLUO DA PALAVRA
NURSE - NUTRIX - ME QUE CRIA
Sculo XIII Ama, ama de leite, mulher que cuida da criana
Sculo XVI Pessoa, geralmente mulher, que atende os doentes ou
se ocupa deles
Sculo XVIII Verbo "to nurse": atender um doente
Sculo XIX Preparao dos que cuidam dos doentes e realizao de
tarefas sob a superviso dum mdico
Quando estou doente como que quero que me tratem?
O que que eu mais aprecio?
- Competncias tcnicas
- Competncias relacionais
- Competncias cientficas
Ser enfermeira:
- Saber-fazer
- Saber-ser
- Saber-saber
Temos de ser conscientes e reafirmar que a Enfermagem uma das artes mais
difceis. Talvez a compaixo seja -o motivo, mas o conhecimento a nossa nica fora
para trabalhar. Talvez tambm seja necessrio lembrar que o crescimento do nosso
trabalho deve ser precedido de ideias e que qualquer condio que reprima o
pensamento, obrigatoriamente impede o crescimento. Certamente sentimo-nos
satisfeitos perpetuando mtodos e tradies. Certamente desejamos ocuparmo-nos
cada vez mais da sua criao.
M. Adelaide Nutting, 1925
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IDENTIFICAO DA PRTICA DE CUIDADOS COM A MULHER
Porque mais prxima da natureza e mais bem informada dos seus segredos, a
mulher das civilizaes tradicionais sempre foi creditada, no s com o poder de
profetizar, mas tambm com o de curar ou de prejudicar por meio de misteriosas
receitas.
As actividades das mulheres organizam-se em torno de dois plos: nascimento e
morte.
As mos so fonte de estimulao, de alvio, de conforto:
. Prticas em torno da alimentao: sedativos, tnicos, txicos,... Aplicados por
ingesto, aplicao, inalao,...
. Prticas em massagem
. Prticas de lavagem
. Rituais funerrios
As expresses tomar conta, cuidar so testemunho de um conjunto de
actividades, que se propem garantir ou compensar as funes vitais comer, beber,
vestir-se, levantar-se, andar, comunicar
Cuidar ajudar a viver aprendendo a conciliar as foras diversificadas,
aparentemente opostas, mas de facto complementares. Os cuidados so fontes de
prazer, de satisfao, expressam de uma relao: pacificam, acalmam, aliviam,
dispersam, os tormentos, tentando evitar o sofrimento.
Marie Franoise Collire
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OS MITOS GREGO E ROMANO
os conhecimentos da poca
A histria documentada da Grcia comea com as obras de Homero Ilada e
Odisseia
Na Ilada encontra-se descrio de ferimentos, cirurgias usadas, medicamentos
usados: unguentos lenitivos das negras dores.
A medicina descrita na Ilada uma arte natural, sem carcter mgico ou sacerdotal,
exercida por pessoas conhecidas pelo seu saber e pela sua actuao como mdicos: o
mdico um homem que vale por muitos outros, porque sabe extrair as frechas e
acalmar as dores com remdios
APOLO
-lhe atribuda a aco de protector da vida com sade
Deus de: medicina
Canto
Msica
Poesia
Paz
Direito
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Macon: cirurgio com mos hbeis para extrair dardos e sarar feridas
Podalrio: mdico dotado de astcia para saber coisas Impossveis de saber e curar o incurvel
Hgia: deusa da sade
Panaceia: deusa da teraputica
Meditrina: a que conserva a sade
Jaso: a que recupera da doena
ESCULPIO
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EPIDAURO 450 a.C.
Instalaes para: Recepo e abrigo de doentes Banhos Jogos Ginstica Teatro (6200 lugares)
HIPCRATES (460-377a.c.)
A doena um processo da natureza e no um capricho dos deuses
A doena tem as suas leis, que o mdico precisa de conhecer e respeitar para no se tornar prejudicial
Princpios de Hipcrates:
Para ter sade preciso viver uma vida justa
Onde h amor da humanidade haver amor da arte de curar
Primado do bem-estar dos doentes e procurar ajudar o organismo a manter a sade
A doena o resultado da m dieta, dos maus ares e do sistema de vida desordenado
Mtodo de Hipcrates:
Observar tudo Estudar o paciente mais do que a doena Fazer uma avaliao imparcial Ajudar a natureza
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GALENO - Roma (130-210) Mdico de gladiadoresMdico do imperador Marco
Aurlio
A rea de grande desenvolvimento da medicina em Roma foi a militar. Os - nosocomi - eram o grupo de soldados que prestavam cuidados aos soldados feridos
(do grego nosokomeon
hospital)
Nota: dai o nome de infeces nosokomias, so as que so transmitidas dentro dos hospitais, o doente infectado j dentro dos hospitais
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IDENTIFICAO DA PRTICA DE CUIDADOS COM A MULHER CONSAGRADA
O comeo e desenvolvimento do cristianismo trazem consigo uma nova imagem de mulher prestadora de cuidados
O cristianismo torna-se religio oficial (sc. V) do estado romano com o imperador Constantino, o que reala a nova ideia de ajuda aos pobres e necessitados
O cristianismo ensina o alto respeito pela fraqueza, o amor dos humildes e faz da caridade a base da sua doutrina
A prestao de cuidados fica definitivamente ligada caridade, ao amor ao prximo e eram, normalmente, mulheres devotas Igreja que os organizavam
FabolaPaula
Pouco a pouco o exemplo fez criar grupos de mulheres devotadas, virgens (sinal de pureza) que tm por misso tratar dos pobres e doentes Diaconisas (do grego - Diakonein - servir)
. O exemplo de Fabola fortalece a mensagem ideologia de que cuidar releva do dom aos pobres, aos desfavorecidos, aos mais desamparados e, requer uma generosidade excepcional de que s pode dar provas uma mulher de classe social elevada, classe que deve ser o modelo das classes populares
A ascenso da Igreja determina o seu domnio em todos os campos da sociedadeOs Doutores da Igreja so os detentores do saber e determinam todas as linhas de
conduta
O sc. 13 v surgir as primeiras Universidades Paris (1200), Montpellier (1220), Bolonha, Lisboa (1290) onde ensinada medicina sob tutela da Igreja
O saber dos grandes autores da antiguidade constitui o pilar da medicina medieval S se admitiam homensA organizao dos cuidados passa a estar centrada nos, conventos, com uma mulher
religiosa
A forma de cuidar medieval centra-se em aspectos religiosos e espirituais mas tambm na preocupao com a higiene, com a alimentao, condies sanitrias, coma roupa e algum conforto nas instalaes
Instalaes anexas aos conventosA prtica dos cuidados passa a estar a cargo das monjas: A funo hospitalar anexa vida conventual
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Eram damas romanas ricas, ficaram vivas. Com o cristianismo descobrem uma nova razo de viver, pondo disposio as suas casas, formando o primeiro hospital
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IDADE MDIA
. Desenvolvimento duma rede de hospitais
. Estes acolhiam os doentes, os pobres e os viajantes
. Hospital Real de Todos os Santos em Lisboa, criado em 1490 por D. Joo II
. A par da estrutura conventual surgem as Ordens Militares especialmente vocacionadas para as cruzadas que tambm criam hospitais dirigidos aos cruzados e peregrinos (hospital de S. Joo de Jerusalm)
As concepes que orientam a prtica de cuidados das mulheres consagradas dirigem-se a:
Os cuidados do corpo so o suporte dos cuidados espirituais Ao tratar os doentes ajuda-se a salvar a alma Os cuidados dirigem-se apenas ao corpo do sofredor: O sofrimento adquire um valor positivo para se conseguir a salvao da alma
um mal necessrio Os cuidados dirigem-se aos pobres, aos humildes, aos indigentes
A linha de conduta das religiosas orienta-se no eixo obedecer servir
Prestao de cuidados1 Parte 2 Parte
Fabola ReligioImprio romano Organizao e estrutura bem definida
Sem religio Igreja com o poderNo ensino eram as leis divinas que se ensinavamEnsinavam a forma como exercer a prestao de
cuidados
Tinham que obedecer aos homens sem questionar Ideia que vem a existir durante vrios anos No tinha, acesso escola H uma evoluo da Idade Mdia para entrarmos numa poca de alguma
mudana o renascimento Abertura de esprito e menor influncia da igreja da ordem natural entre os homens que as mulheres sirvam os homens, os filhos os
seus pais, porque justo que o inferior sirva o superior.St. Agostinho
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As ordens religiosas Os Beneditinos (S. Bento de Nrcia, 480/547) Os Hospitalrios (1050) Os Cavaleiros de S. Lzaro Irms Agostinianas (sc. XIII)
As ordens religiosas em Portugal Os Eremitas de Santa Maria de Rocamador (1189) Os Hospitalrios (1120) Irmos de S. Joo de Deus
com a dessacralizao do poder poltico (separao da igreja do estado) que vemos surgir a figura da enfermeira.
O campo das actividades mdicas amplia-se (em virtude das descobertas na fsica e na qumica no sc. XIX). Usam-se cada vez reais tcnicas, o que faz com que o mdico precise de ajuda.
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NASCIMENTO DA PROFISSO
Factor sociais, polticos e econmicos que permitiram o eclodir da profisso Aps a idade mdia seguem-se at sculo XIX uma srie de acontecimentos que
ampliaram as ideias at a existentes:
Sc. XV DescobrimentosSc. XVI
Garcia da Orta publicou, em Goa, em 1563 #Colquios dos simples e drogas he cousas medicinais da ndia, trabalho pioneiro sobre a medicina e as plantas medicinais do sudeste asitico
Renascimento (Itlia, 1400)Movimento cultural que se desenvolveu na Europa ao longo dos sc. 15 e 16Caracterizado pela passagem de uma mentalidade teocntrica a uma viso
antropocntrica e a um renovado interesse pela cultura clssica
. 1 Livro impresso em 1454 Gutenberg (livro lido ao espelho)
. Leonardo da Vinci (1452-1519)
Damio de Gis (1502) Thomas Moore (1478)
Erasmo de Roterdo (1966)
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Escreve a utopia, onde descreve a sociedade ideal
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Humanismo:Trabalhos de critica social e politicaRedescoberta da antiguidade e divulgao dos autores clssicos adaptao como
modelos Erasmo de Roterdo (1466)Damio de Gois (1502) e Thomas Moore (1478)
Reforma (Alemanha, 1517)
Reforma Revolta que culminou com a diviso do cristianismo provocada pelos abusos da
Igreja, tais como a venda de indulgncias, penitncias e veneraes de relquiasTeve um impacto negativo na prestao de cuidados dado que muitos hospitais
dirigidos por ordens religiosas foi encerrado e os religiosos expulsos
. A pior situao ocorreu na Inglaterra
Contra-reforma. Reaco da Igreja Catlica reforma . S.Vicente de Paulo (1581-1660) . 1633 Filhas da Caridade: no esto sujeitas a clausura e por isso podem prestar
cuidados na comunidade
Aparecimento de associaes civis com esprito religioso
1504 - Hospitaleiros de Lyon1633 - Filhas da Caridade (S. Vicente de Paulo)
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PERODO NEGRO DA ENFERMAGEM (1550-1850)
Henrique VIII (rei de Inglaterra) suprimiu todas a s ordens religiosas e confiscou os bens de cerca de 600 ordens de carcter caritativo
Esta situao obrigou ao recrutamento nas prises, de mulheres para prestar cuidados
A matron de St. Thomas Hospital, entre 1572 e 1580, respondeu trs vezes em tribunal por alcoolismo
Uma irm deste hospital passa a vida na taberna (1563)Uma irm do St. Bart admoestada por divertir-se com homens e deixa-los jogar s
cartas na enfermaria (1650)
(igreja catlica com a abolio dos conventos = anulao dos cuidados ao doente)
Revoluo Norte-Americana (1775-1783)
Revoluo Francesa (1789-1795)Declarao dos direitos do Homem
Revoluo Industrial (1750)
Sculo 19 em InglaterraRevoluo industrial: . Concentrao da populao nas grandes cidades. Concentrao da riqueza. Ms condies de vida dos operrios. M alimentao e alcoolismo . Grandes epidemias (tuberculose, clera, tifo e sfilis). Doenas profissionais (minas e fiaes de algodo)
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Sara GampRepresenta a prestadora de cuidados, uma figura criada por Charles Dickens
(escreveu tambm Oliver Twist)Representada como uma figura gorda, embriagada
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Enfermeira:Desleixada, sempre com uma garrafa por perto, sempre bastante confortvel.
Sempre com uma garrafa por perto,
Avental sujo
Sempre a presena da sombrinha
Bule de ch para disfarar o vinho
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FLORENCE NIGHTINGALE (1820 - 1910) (90 ANOS) Uma pioneira
A enfermagem desenvolveu-se como resposta s necessidades sociais em mudana
medida que a estrutura da sociedade muda, surgem:Novas exigncias na prestao de cuidadosNovos hbitos Os costumes alteram os padres das doenas enquanto
que as mudanas no tamanho e composio da populao criam novos problemas
Aspectos Biogrficos
1820 - Nascimento a 12 de Maio (Dia Mundial da Enfermagem) em Florena
1837 - Formao no Instituto de Diaconisas em Kaiserswerth (Alemanha)
[onde se ensinam as mes a tomar conta das suas crianas]
Formao nas Filhas da Caridade em Paris
1853 (com 33 anos) Torna-se superintendente do Establishment for
Gentlewomen During Illness" (Londres) [lar, j nesta altura Florence evidencia alguns dos princpios actuais, ela proporciona gua quente, institui o sistema de turnos, implementa as refeies quentes, e alguns cuidados bsicos.]
1854 - Guerra da Crimeia, onde fica destacada
1860 - Criao da primeira Escola de Enfermagem no Hospital de St. Thomas: Nightingale Training School for Nurses
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Guerra da Crimeia:
Esta a primeira vez que existe algum que descreve, (reprter de campo) como tal existia algum que relatava o que ia acontecendo, a falta de condies nos hospitais militares, e as estatsticas de morte que revelavam que a maioria dos soldados morria por falta de higiene. Como tal o secretariado de guerra convidou Florence a organizar os hospitais militares na Turquia.
Florence ofereceu os seus servios Registou tudo o que fez, o que encontrou e o que conseguiu melhorarMostrou que os cuidados de enfermagem eram muito importantes Fazia ronda durante a noite
Baixou o ndice de mortalidade de 42% para 2% em 6 meses de trabalho, facto esse que foi relatado nos jornais que acabariam por dar a Florence o seu prestgio e reconhecimento.
Criou:- 5 Cozinhas
- 1 Lavandaria*- Salas de repouso- Salas de leitura
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Atravs desta popularidade, e com a ajuda do jornal de Londres conseguiu recolher donativos para melhorar as condies dos soldados.
*nesta utilizavam o sabo azul, apesar de nem saberem para que servia
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Nightingale Training School for Nurses
Formao de 1 ano Preparao para:- Exercer no hospital- Assistncia domiciliaria- Ensinar outras enfermeiras
Introduziu o avental
Condecorada pela Rainha Vitoria
Esta escola foi fundada com o dinheiro de oferendas e de condecoraes de quando voltou da guerra.
A sua educao: Foi uma aluna curiosa e interessadaAprendeu matemtica, filosofia e lnguasViajou pelo continente Europeu
A ObraTotal de escritos impressos 147Notes on Nursing (1860)- um ensaio sobre a organizao e manipulao do ambiente das pessoas que
necessitam de atendimento em enfermagem Notas sobre questes relativas sade, eficcia e administrao do exrcito
britnicoDemonstra a relao entre aces e resultados atravs de estudos estatsticos
O que a que F.N., trs de novo? Princpios cientficos Investigao Apelo das qualidades morais
O que ela pensa, o que a enfermagem?O que a sade e doena?
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As ideias
Comecemos tornando-o como princpio geral que toda a doena em algum perodo do seu curso, mais ou menos um processo reparador, no necessariamente acompanhado de sofrimento: um esforo da natureza para remediar um processo de envenenamento ou decadncia que se iniciou h semanas, meses, algumas vezes anos antes, passando desapercebido, ocorrendo, ento o fim da doena enquanto se realiza o processo anterior
Ao observar as doenas, o que mais chama a ateno que os sintomas ou os sofrimentos, geralmente considerados como inevitveis ou inerentes doena no so frequentemente sintomas da doena, mas sim algo diferente:
Necessidade de ar fresco- Necessidade de luz ou de calor- Necessidade de tranquilidade ou de limpeza
Revela uma enorme capacidade para reflectir sobre as suas experincias, para observar
A enfermagem significa ter a seu cargo a sade de algum, e o papel da enfermeira era visto como o colocar o paciente nas melhores condies para a natureza agir sobre ele
Os cuidados no podem depender da simples caridade. Este instinto de caridade deve ceder lugar a uma aproximao dos problemas sociais, apoiada na reflexo
F. N. afirma que, a maior parte das vezes os maus cuidados de enfermagem eram mais resultado de uma falta de reflexo do que uma falta de ateno aos outros. Assim, o seu objectivo era ajudar as enfermeiras a adquirir uma maior capacidade de raciocnio
Esteja sempre vista do doente, de modo que quando ele lhe fala no tenha que voltar a cabea para o ver. Todos olham involuntariamente para a pessoa que est a falar. Se fizer deste acto algo que canse o doente, est a causar-lhe dano
Formao das enfermeiras Conhecimentos cientficos
Atitudes/comportamentos
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"O acto mdico exige, cada vez mais colaborao. Na cidade, no campo, no hospital, no, dispensrio, em todo o lado, o mdico precisa de ser ajudado. Aqui h que detectar os sinais precoces da doena, procurar na prpria fonte as informaes sobre as condies de existncia do indivduo, aqui, aplicar e vigiar o tratamento, consolar, encorajar numa palavra, preparar, ajudar e prosseguir a aco mdica e moral do mdico. enfermeira que este papel na sua maioria incumbe. De resto, ningum melhor que a enfermeira estaria apto para o preencher. Ele exige muita delicadeza.
1834
Papel da enfermeira como submissa s ordens do mdico, ajudante do mdico - que levou valorizao do conhecimento tcnico.
As principais Ideias
Cada dia tem maior importncia o conhecimento da higiene, o conhecimento da enfermagem, por outras palavras, a arte de se manter um estado de sade, prevenindo a doena ou recuperando-se dela.
E estes so conhecimentos distintos dos de mdico prprios de enfermagem.
A enfermagem deve significar o uso apropriado de ar, luz, calor, limpeza, tranquilidade, seleco e administrao da dieta e, com menor gasto de energia para a doente.
Os mesmos princpios de enfermagem so vlidos tanto para os indivduos sos como para os doentes independentemente das diferenas biolgicas, de classe ou crena e de doena.
A pessoa considerada nas suas componentes fsicas, intelectual, emocional e espiritual, com capacidades e responsabilidade de mudana da situao existente.
A sade no o oposto da doena. Significa tambm vontade de usar bem cada capacidade que temos"
Os sintomas ou sofrimentos considerados como inevitveis e inerentes doena so, muitas vezes a necessidade de ar fresco, ou de luz, ou de calor, ou de tranquilidade, ou de limpeza, ou de pontualidade e cuidado na administrao da dieta, de cada uma delas ou de todas.
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Historia da Enfermagem XVI CLEDocente: Ana Pires
Toda a doena um processo reparador que pode ser interrompido por falta de conhecimentos ou de cuidado.
Os cuidados de enfermagem baseiam-se no s na compaixo, mas tambm na observao e na experincia em dados estatsticos, no conhecimento da higiene pblica e em nutrio e em competncias administrativas.
Cuidar tanto uma cincia como uma arte pelo que requer uma educao formal.
A enfermagem uma arte, e sendo considerada uma arte exige uma devoo exclusiva e uma reparao to rdua como o trabalho de pintura ou de escultura; mas o que trabalhar a tela vazia ou o mrmore frio, comparado com o cuidar de um corpo vivo 0 Templo de Esprito de Deus. uma das grandes artes, diria mesmo a arte por excelncia!
Florence dizia:Deixem as senhoras serem enfermeiras e as enfermeiras serem senhoras
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CONCEITO de ENFERMAGEM
International Council of Nurses
A enfermagem parte integrante do sistema de cuidados de sade; engloba a promoo da sade, a preveno da doena e os cuidados a pessoas de todas as idades com doena fsica, doena mental ou deficincia, em todas as organizaes de sade e noutros locais da comunidade. de entre a amplitude dos cuidados de sade, o fenmeno que mais importa aos enfermeiros a resposta aos problemas de sade reais ou potenciais de indivduos, famlias e grupos.
As respostas humanas a estes problemas variam grandemente, desde reaces de recuperao da sade perante episdios individuais de doena, ao desenvolvimento de politicas de promoo de sade de uma populao
O que distingue as enfermeiras dos outros profissionais no tanto o que fazem mas, essencialmente o modo como o fazem
No so os procedimentos tcnicos que caracterizam o trabalho das enfermeiras. o recurso a um suporte terico especfico e a uma metodologia prpria,
associados a uma preocupao com a pessoa no seu todo, e com a envolvente familiar e cultural, que melhor representam a identidade profissional.
Os cuidados de enfermagem so a ateno particular prestada por uma enfermeira ou por um enfermeiro a uma pessoa e aos seus familiares ou a um grupo de pessoas com vista a ajud-los utilizando as competncias e as qualidades que fazem deles profissionais de enfermagem. Os cuidados de enfermagem inscrevem-se assim numa aco interpessoal e compreendem tudo o que as enfermeiras e os enfermeiros fazem, dentro das suas competncias, para prestar cuidados s pessoas [Hesbeen (2000:67)]
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A ENFERMAGEM no SC.XX(at segunda guerra mundial)
Identificao da prtica de cuidados com a mulher enfermeira auxiliar do mdico.
As descobertas do fim do sc.19, no domnio da fsica e da qumica, permitem aplicar medicina os efeitos desses conhecimentos e apurar tecnologias cada vez mais complexas para diagnosticar e, depois, para tratar as doenas.
O campo das actividades mdicas amplia-se e utiliza tcnicas cada vez mais elaboradas.
O objecto da medicina cada vez mais o corpo portador duma doena a identificar e, depois a erradicar, um corpo cuja mecnica deve ser reparada.
Torna-se necessrio que o mdico delegue funes
A enfermeira adquire a funo de auxiliar do mdico.
Consequncias:
O objecto de trabalho da enfermeira a doena. em torno dela que os conhecimentos so elaborados e seleccionados.
A prtica de enfermagem organiza-se em torno de diferentes tarefas prescritas pelo mdico.
O seu cumprimento exige um domnio tcnico de crescente complexidadeOs cuidados de manuteno da vida (higiene, alimentao, eliminao, vestir-se...),
considerados como no exigindo qualquer competncia particular, so considerados pouco importantes e por vezes delegados a auxiliares.
Cria-se a ideia de subalternidade de certos conhecimentos. Valoriza-se a tcnicaOs manuais escritos por enfermeiras referem-se moral profissional. Os manuais
tcnicos so escritos por mdicos
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NA ESCOLA
um local de modelao da personalidade. Aprende-se a ser enfermeira
Recomenda-se (ou obriga-se) o regime de internato
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A ENFERMAGEM no SC.XX(A ORIENTAO da ENFERMAGEM PARA A PESSOA)
A revalorizao da relao enfermeiro / doente
Inicia-se nos EUA por volta dos anos 50.Alguns factores influenciam o incio desta viagem:
Desenvolvimento das Cincias Sociais:C. Rogers terapia centrada no clienteA. Maslow teoria da motivaoH. Selye stress e mecanismos de adaptao
Novas orientaes dadas medicina pela OMS:A OMS prope uma viso mais social e integrada da sade. Prope a noo de sade
da comunidade
A formao de nvel universitrio nos EUAUniversidades de Columbia e Yale
CONSEQUNCIAS PARA A ENFERMAGEM
H um mal-estar relacionado com os cuidados muito ligados tcnica e, enfermeiros que querem reencontrar o sentido dos cuidados aos doentes
A abordagem psicolgica privilegia a relao dual. O eixo dos cuidados passa a ser a relao com o doente.
O doente objecto de cuidados e no dos cuidados, o que significa que os cuidados s fazem sentido em relao sua realidade, ou seja, maneira como o doente vive a sua doena
A orientao dos conhecimentos a adquirir j no se centra na patologia mas antes na compreenso das necessidades de sade das pessoas e grupos
Comea a considerar-se a existncia dum campo autnomo de conhecimento A enfermagem passa a definir dois tipos de funes:
-As que derivam da prescrio mdica-As que resultam da relao com o doente
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A preocupao pelo indivduo determina uma organizao da prestao de cuidados orientada pela continuidade / estabelecimento do plano de cuidados.
A enfermeira para exercer a sua actividade tem de aprender a olhar, a ouvir, a ir ao encontro daquele que no se conhece.
Precisa saber interagir.
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A ENFERMAGEM PORTUGUESAAlgumas referncias histricas
A histria da Enfermagem portuguesa segue, no essencial, os passos e as vicissitudes do cuidado e do tratamento dos enfermos e dos necessitados, comuns histria de enfermagem de outros pases.
A primeira fase da organizao assistencial em Portugal caritativa crist, independente do ensino da medicina
No sc. XI e XII surgem as primeiras albergarias a primeira atribuda me de D.Afonso Henriques destinadas, entre outros fins, a dar abrigo aos peregrinos que se deslocavam a Santiago de Compustela.
Mais tarde surgem os Hospitais onde j existe o compromisso de haver elementos do clero com experincia de cuidar.A primeira instituio com este nome parece ter sido o Hospital de Jerusalm em vora referido no testamento de D.Afonso Henriques.
Hospital de Beja 1469 fundado pelo Duque de Beja, mais tarde D.Manuel I
1487 D. Leonor, mulher de D. Joo II funda o que se pensa ser o mais antigo hospital termal do mundo Hospital Termal das Caldas da Rainha.
Aconselhado a doentes reumticos e da pele.
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Ordens religiosas hospitaleiras:
Santa Maria de Roca-Amador;Irmos da Ordem Terceira de S.Francisco;Carmelitas da Ordem Terceira do Carmo...
1290 Estudo Geral de Lisboa ( D.Dinis) 1498 Santa Casa da Misericrdia de Lisboa ( D. Leonor)
Compromissos: 7 espirituais e 7 corporais Corporais: remir os cativos e visitar os presos Curar os enfermos Vestir os nus Dar de comer aos famintos Dar de beber a quem tem sede Dar pousada aos peregrinos e aos pobres Enterrar os mortos
Sc. 18 e primeira metade do sc. 19 expulso das ordens religiosas Passou a ser admitido ao servio pessoal analfabeto e sem qualquer tipo de
preparao prvia
1881 - Criada a primeira escola de enfermagem em Coimbra Dr. Costa Simes (particular)
1886 Primeira Escola para o Ensino da Enfermagem em Portugal Hosp. de S.Jos
Os indivduos aceites para os hospitais eram na sua maioria analfabetos
1901 Escola Profissional de Enfermeiros no Hosp. de S.Jos
1942 Primeira interveno do Estado na regulamentao do ensino de enfermagem
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Reformas do Ensino:
1952 Durao do curso 3 anosIdade mnima de admisso 18 anos e mxima 30 2 Ano dos liceusBoa condio fsica e irrepreensvel conduta Moral 1965 Durao do curso 3 anos
5 Ano dos liceus(plano de estudos submetido apreciao da OMS, CIE e Cruz Vermelha
Internacional)
1979 12 ano de escolaridade
1988 Criao das Escolas Superiores de Enfermagem
1998 Criao da Ordem dos Enfermeiros
1999 Grau de licenciatura na formao base dos enfermeiros
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MODELOS CONCEPTUAIS de ENFERMAGEM
O desenvolvimento da profisso gerou a necessidade de criar bases cientficas e filosficas e ir alm da simples descrio de tarefas.
Os modelos conceptuais de enfermagem desenvolvem-se inicialmente nos E.U.A (nos anos 50) na tentativa de criar uma base para a prtica de enfermagem que fosse para l das prescries mdicas.
Os modelos descrevem o que as coisas so ou deviam ser
Derivam da observao, so baseados na prtica
So um conjunto de ideias que guiam a prtica de enfermagem.
Os modelos conceptuais so um conjunto de conceitos e proposies que se integram numa configurao com sentido. (J.Fawcett)
O objectivo do modelo oferecer uma estrutura para as enfermeiras planearem uma abordagem individualizada para as intervenes.
Tm impacto: No modo de observar as pessoas; Nas perguntas que fazemos; Como processamos a informao; Que actividades so decididas
Em qualquer modelo conceptual de enfermagem encontramos a definio de:
PessoaMeio SadeCuidados de enfermagem
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Conceitos centrais da disciplina de enfermagem
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Pessoa receptor das aces de enfermagem. Pode ser o indivduo, famlia, grupo ou comunidade.
Meio refere-se ao envolvente da pessoa: meio fsico, outros significativosSade refere-se ao estado de bem-estar do indivduoCuidados de enfermagem aces realizadas pela enfermeira em nome de ou em
conjuno com o indivduo
CURIOSIDADE
MODELOS CONCEPTUAIS de ENFERMAGEM
VIRGINIA HENDERSON
A funo exclusiva do enfermeiro auxiliar o indivduo, so ou doente, na realizao das actividades que contribuem para a sade ou para a sua recuperao (ou morte pacfica) que ele realizaria sem auxilio se tivesse fora, a vontade ou o conhecimento necessrios. E fazer isso para que ele adquira a independncia to depressa quanto possvel.
BETTY NEUMAN
A principal preocupao da enfermagem ajudar o sistema cliente a atingir ou a manter a estabilidade do sistema, definindo as aces apropriadas em situaes de stress ou em possveis reaces do cliente aos factores de stress
V. Henderson Betty Neuman
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Modelo de Enfermagem (Nancy Roper)
Identificar as caractersticas principais de um fenmeno altamente complexo
Conceitos:
Actividades de Vida: Manuteno de um ambiente seguroComunicaoRespiraoAlimentaoEliminaoHigiene pessoal e vesturioControlo da temperatura do corpoMobilidadeTrabalho e lazerExpresso da sexualidadeSonoMorte
Etapas de vida Cada pessoa tem as suas etapas de vida desde a concepo at a morte
Grau de dependncia e independncia (relacionado com as etapas e actividades de vida)
Factores que influenciam as actividades de vida Cada indivduo desempenha as actividades de vida de forma diferente influenciado
por factores:FsicosPsicolgicosSocioculturais AmbientaisPoltico-econmicos
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Individualidade de Vida: A individualidade de cada um efectuada na actividade de vida, em parte
determinada pelo estdio das etapas de vida e o grau de dependncia/independnciaA individualidade manifesta-se:
Como uma pessoa efectua a actividade de vida Quantas vezesOndeQuandoPorque queO que que sabeO que que acredita Qual a atitude
O objectivo do modelo de enfermagem oferecer uma estrutura para as enfermeiras planearem uma abordagem individualizada para as suas intervenes.
A enfermagem vista a ajudar os doentes e evitarem, aliviarem, resolverem ou ainda a viverem com os problemas (reais ou potenciais} relacionados com as actividades de vida
As actividades de vida so: Observveis Podem ser explicitamente descritasO reconhecimento do facto de que os problemas dos doentes podem ser reais ou
potenciais significa que a enfermagem responde, no apenas aos problemas existentes, mas tambm est preocupada em evitar sempre que possvel
Conceitos centrais Pessoa Sociedade Sade Cuidados de enfermagem Enfermagem teraputica Sade
O enunciado da relao estabelecida entre estes conceitos representa um primeiro nvel de especificidade da disciplina. Por isso, importante pesquisar e clarificar esta relao para melhor compreender e definir, a essncia da disciplina
A enfermagem estuda o ser humano na sua totalidade ou sade, reconhecendo que o indivduo est em contnua interaco com o meio que o envolve
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Estrutura hierrquica do conhecimentoMetaparadigma
Modelo Conceptual/1 Modelo Conceptual/2 ModeloConceptual/3
Teorias A / B / C
Um instrumento de anliseAnlise Avaliao
A anlise pretende separar o todo mas em componentes com o objectiva de clarificar o contedo e indicara sua organizao
Requer:Identificao de conceitos, proposies, assuntos e recados
Desenvolvimento do modelo Qual a evoluo do modelo Que abordagem segue o modelo para desenvolver o conhecimento em
enfermagem Em que pressupostos o modelo se baseia
Requer uma reviso das publicaes: referncia a influncias de outros autores, momento histrico, dados biogrficos sobre o autor, bibliografia existente)
Contedo do Modelo Como esto os quatro conceitos do metaparadigma explicados? Como que a pessoa descrita e definida? Como que o meio descrito e definido? Como que a sade descrita e definida? Como se diferencia da doena? Como que a enfermagem definida Que afirmaes so feitas sobre as relaes entre os quatro conceitos
Aspectos bons Vocao Aspectos maus
Dilogo Gostar Bruta
CarinhoTer jeito para lidar com
pessoasFalta de respeito
Humana Saber Falta de ateno
(preocupada) Vontade
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Cuidar a essncia da Enfermagem.Cuidar no um conceito novo em enfermagem
Desde que surge a vida que existem cuidados porque preciso tomar conta da vida para que ela possa permanecer
Collire
Cuidar implica uma responsabilidade social orientada para o desenvolvimento das pessoas traduzido num agir responsvel com a inteno de manter ou desenvolver as capacidades de vida das pessoas
Cuidar um fenmeno universal, mas o modo como se expressa que varia de cultura para cultura
M. Leininger
Cuidar implica considerao e respeito pela pessoa humanaA nfase das aces de enfermagem posto no ajudar a pessoa a obter mais
conhecimento de si prprio e mais capacidade de cuidar de si prprio
uma competncia que emerge da preocupao e respeito pela pessoa
Subjacente aos actos que a enfermeira realiza (baseados no conhecimento das necessidades do doente e avaliados em funo do bem-estar deste) est o compromisso moral e a vontade que a enfermeira tem de cuidar do doente
A. Griffin
O conceito de cuidar contm 2 aspectos essenciais:As aces que se realizamAs atitudes e sentimentos subjacentes a essas acesAs aces que a enfermeira realiza so cuidar se forem realizadas de determinada
maneira: se forem enquadradas por aspectos morais e emocionais
Morais: compromisso e responsabilidade perante o outro
Emocionais: demonstrando simpatia e at afecto
fundamental que a enfermeira: tenha uma boa relao consigo prpria, dado que esta uma condio para manter uma boa relao com o outro
A enfermagem no mais nem menos do que a profissionalizao da capacidade humana de cuidar pela aquisio e aplicao de conhecimentos: atitudes e habilidades prprias dos papis convencionais da enfermagem.
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As ideiasAs principais Ideias